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3 de Outubro de 2017
1) Processo de conhecimento: é aquele em que o juiz decide qual das partes tem
razão na lide;
2) Processo Cautelar: é o processo que tem por finalidade proteger o objeto da ação
principal;
3) Processo de execução.
No Novo Código de Processo Civil, não haverá mais o processo cautelar autônomo.
Existirá no diploma processual medidas e providências com as mesmas
características cautelares, mas que não darão origem a um processo autônomo.
A estrutura das duas espécies é o título. O credor precisa ter um título para
executar em juízo exatamente o que determinar seu conteúdo. O título precisa ser
líquido, com valor estipulado; certo e exigível, isto é, estar vencido e não houver
sido pago.
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis
ou inalienáveis.
VI - o seguro de vida;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das
custas da execução.
Não se admite a penhora de bens que não representem utilidade ao credor. Isto é,
em razão de a execução ser um meio de pagamento ao credor, se os bens
penhorados forem inúteis, de nada servirão, de modo que não se pode proceder à
execução como forma de punição ao devedor.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.
A execução deverá ser feita pelo meio menos gravoso possível para o devedor. No
entanto, a ausência de meios menos gravosos não exclui a possibilidade do modo
mais gravoso.
O credor pode desistir da execução, já que não existe previsão de defesa para o
devedor dentro do processo de execução. Se o devedor, todavia, houver constituído
advogado, mesmo que não haja apresentado defesa pela via separada, haverá
sucumbência. A desistência, porém, pode ser feita sem a anuência do devedor.
O modo pelo qual o Código de Processo Civil confere defesa ao devedor é a ação de
embargos do devedor. É uma ação voltada ao combate da execução em questão. A
matéria dos embargos pode ser processual ou de mérito. Como exemplo de matéria
processual, pode-se citar a alegação de ilegitimidade passiva na execução; e de
matéria de mérito, cita-se a inexigibilidade do débito.
O fato de não haver previsão de defesa do devedor dentro da ação de execução não
significa que não existe o contraditório. Dentro do processo o devedor pode opor
defesas com relação a incidentes processuais e não especificamente quanto ao
objeto da execução que é o título. Um exemplo destes incidentes diz respeito à
avaliação de um bem, que será penhorado, abaixo do seu valor real. Assim, discute-
se incidentalmente o valor e a avaliação errada, e não o título que estiver sendo
executado.
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; Nota promissória e cheque
sem data não são títulos executivos. A duplicata só é título executivo se houver o aceite, porém será título
executivo se houver prova da entrega da mercadoria e protesto da duplicata. Estes títulos precisam ser
executados no original, a fim de se evitar que passe adiante e posteriormente haja cobranças indevidas
realizadas por terceiros de boa-fé, conforme o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais.
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; é uma maneira de executar tributos não
pagos.
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; o cartório pode
executar o contratante de um serviço que não tenha pago.
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar
pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
Exemplo: uma pessoa está executando um cheque e o executado perdeu prazo para
os embargos. Assim, este executado entra com uma ação um processo autônomo
que não são os embargos e diz que o título foi emitido mediante coação, sendo que
vai provar que assim aconteceu e pede sentença que anule o cheque por conta da
coação. Essa ação não é embargos do devedor. É uma ação de conhecimento que
está subordinada ao art. 785.
Essa ação em que digo que assinei um cheque mediante coação não justifica a
suspenção da execução porque o art. 785 diz expressamente que qualquer ação
relativa ao título não suspende o processo de execução.
Toda vez em que há uma obrigação, há uma prestação a cumprir. Se o devedor não
cumpre a prestação devida, a consequência é a penhora do seu patrimônio.
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Este artigo significa que o devedor responde com os bens que possui no momento
da execução. Falar que vai penhorar os bens futuros se tornaria estranho, porém
significa que, mesmo que o devedor tenha comprado bens após a dívida, estes
podem responder pelas dívidas.
II - do sócio, nos termos da lei; Nessa hipótese, deve-se analisar junto com o inciso VII. Quando se fala em
responsabilidade dos bens pela dívida e respondem os bens primeiramente do sócio e depois os
decorrentes da desconsideração da personalidade jurídica, esta regra não é importante quando se trata da
penhora dos bens do devedor. Neste caso, o Código prevê que podem ser penhorados os bens dos sócios
e da pessoa jurídica cuja personalidade tenha sido desconsiderada.
Alguns tipos de sociedade viabilizam ao lado dos bens da pessoa o jurídica os bens
do sócio. Caso o sócio não tenha integralizado o capital social da sociedade, o
credor pode executar tanto os bens da sociedade quanto os bens do sócio que não
tenha integralizado. Essa hipótese não é a do inciso VII. A hipótese do inciso VII
não tem relação com os casos em que a lei diz que o sócio pagará para integralizar
o capital social, pois a integralização do capital social não se trata de
desconsideração da personalidade jurídica.
Portanto, somente pode penhorar bens dos sócios desde que haja desconsideração
da personalidade jurídica.
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; Podem ser penhorados bens do
devedor estiver em poder de terceiros. A hipótese se trata somente do caso em que
o devedor é proprietário do bem. Está subentendido, logo, que pode ser penhorado
pois o devedor ainda é proprietário do bem.
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
A fraude contra credores é um defeito do negócio jurídico anulável, uma vez que há
prejuízo ao credor, pois, alguém sendo devedor de outra pessoa se desfaz de seu
patrimônio de modo a ficar insolvente. Esta lógica é a prevista nos artigos 158 e
159, do Código Civil.
Se outra pessoa que não foi aquela que propôs a ação pauliana desejar penhorar
também poderá fazê-lo, pois a anulação decorrente da ação pauliana significa que a
venda foi desfeita, de maneira a ser resgatado o status quo ante. Assim, todos
podem penhorar o bem como se nunca tivesse saído do patrimônio do devedor.
Quando se diz que se pretende anular a venda em fraude contra credores, é preciso
olhar o artigo 158, CC. O artigo trata de doação e, quando se faz a transferência de
um bem para o patrimônio de outra pessoa, o credor ajuíza ação pauliana e terá
grandes chances de procedência no julgamento. Não é preciso levar em
consideração a ciência ou não do donatário (concilium fraudes) quanto à existência
da dívida, pois em seu patrimônio nada será afetado, somente deixará de ganhar
algo, ao contrário do credor que estará perdendo seu patrimônio.
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no
respectivo registro público, se houver;
Qualquer figura de ação que tenha por objeto uma coisa pode ser objeto de fraude
à execução. Nestas hipóteses não precisa haver insolvência pois o objeto da
demanda é algo específico. A ação reipersecutória é uma ação com o objetivo de
anular a venda de um imóvel.
Para saber que uma pessoa moveu uma ação para anular a venda realizada a outra
é preciso fazer uma averbação na matrícula do imóvel no Cartório de Registro de
Imóveis. Ex: X move uma ação para anular a venda de um imóvel realizada de Y a
Z.
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial
originário do processo onde foi arguida a fraude;
Se não houver registro, para que se reconheça a má-fé, é ônus do credor provar que
o comprador tinha conhecimento da execução. Para haver fraude à execução deve-
se ter prova da ciência da execução pelo adquirente.
OBS: O STJ está entendendo que fraude contra credores seria um motivo de
ineficácia.
Súmula 195, STJ: Não se pode reconhecer a fraude contra credores em ação de
embargo de terceiro.
Art. 792, § 4º, NCPC: Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o
terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de
15 (quinze) dias.
Os embargos de terceiro são uma ação específica que pretende evitar que um
terceiro sofra um dano decorrente de um processo. Pelo prazo no artigo, infere-se
que os embargos são opostos antes da efetivação do dano.
Somente pode haver se a alienação for posterior à citação. Com relação à pessoa
jurídica, ela está no processo desde o começo. O sócio, ao saber do risco de
desconsideração da personalidade jurídica após a citação, passa a vender seu
patrimônio particular, depois da citação da pessoa jurídica, mas antes da citação
da pessoa física.
Este artigo diz que para fins de fraude de execução o sócio, pessoa física, será
considerado citado na data em que a pessoa jurídica foi citada. Tem o fundamento
de que, a partir do momento em que a pessoa jurídica for citada, o sócio não
poderá dispor de seus bens. No entanto, continua sendo necessário o
conhecimento do comprador para constituir fraude à execução. É preciso que haja
a ciência da má-fé pelo adquirente na fraude de execução.
§ 2o No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem
o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a
exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local
onde se encontra o bem.
Quando a penhora atinge bens sujeitos a registro, como imóveis, pode-se tornar
pública a execução ou a penhora. Ocorre que não há como tornar pública a
penhora de alguns bens, como gado, pois não há registro. Nestes casos em que o
registro é inviabilizado, o credor deve provar que o comprador sabia que o bem era
de devedor que não pagava a dívida. A ideia deste artigo é obrigar o credor a provar
a má-fé do comprador, mas a boa-fé se presume.
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão
depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e
desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo
processo.
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte
que lhe coube.
Entre os arts. 771 a 782 do NCPC, está disposto que a execução se baseia em um
título executivo líquido, certo e exigível. Líquido significa que pode ser expresso
em um valor determinado.
Pode-se executar quem figura no título como devedor, pois é em seu conteúdo que
se tiram legitimidade, a causa de pedir e o limite do pedido. No entanto, há
possibilidade de alguém que não figure no título ser titular do crédito e, embora
não estar diretamente no título, ser parte no processo.
Se houver uma cessão de crédito, um credor for substituído por outro, aquele que
adquirir o título terá legitimidade para propor ação, de maneira que a cessão pode
estar em outro instrumento que não seja o título.
Ainda dentro destas regras, há a que trata da competência. Na propositura da
execução, os arts. 781 e 782 preveem as regras de competência.
Isto não quer dizer que, embora tendo um título executivo extrajudicial, o credor
não possa optar por um processo de conhecimento. Neste caso, o título se torna
princípio de prova. O CPC dispõe que esta é uma faculdade do credor. É comum
optar pelo processo de conhecimento no caso de o credor ter dúvidas acerca do
título, fazendo-o de modo a ter uma garantia.
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada
exequente conservará o seu título de preferência.
Este artigo diz que a penhora oferece ao credor, naquele processo, a preferência.
Significa que se houver um devedor e vários credores, aquele que penhorar
primeiro receberá primeiro. Esta regra não é absoluta, sendo aplicada em situações
específicas.
Caso haja um crédito com garantia real, este se sobrepõe às demais, gerando um
privilégio ao credor que possui garantia real, não importando o momento em que
se propõe o processo de execução. Logo, a preferência não será do credor que
penhorar o bem anteriormente. A garantia real prevalece, desta maneira, sobre a
penhora realizada anteriormente, sendo que o credor pignoratício receberá
primeiramente.
Caso esteja na hipótese de não haver garantia real e nem incorrer sobre estas
hipóteses de privilégios, procede-se com base na anterioridade da penhora.
II - indicar:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder
ser realizada;
O art. 799 diz que para executar um crédito e penhorar um bem ou crédito
proveniente de contrato, deve-se intimar certas pessoas. Penhorado um bem que
tenha relação com interesse de terceira pessoa, a penhora deve ser comunicada ao
terceiro, devendo ser intimado da penhora do bem.
Quando um imóvel é dado em garantia a uma pessoa, não faz com que o
proprietário perca a propriedade do bem.
Hipótese: uma pessoa tem uma garantia real sobre um imóvel de um devedor e
houve posterior penhora deste imóvel por outro credor e uma consequente
alienação do imóvel, sem a ciência do credor pignoratício. A alienação é ineficaz
perante o credor pignoratício, de modo que este credor poderá ignora-la, como se
não houvesse ocorrido. Há essa permissão do credor pignoratício em razão do
direito de sequela, dispondo que o credor tem o direito de perseguir a res ainda
que em posse de terceiro.
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição
realizados, para conhecimento de terceiros.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de
ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
O credor precisa, toda vez em que distribui uma ação de execução, averbar junto
aos locais onde houver bens penhoráveis a certidão expedida pelo distribuidor
forense. Se o credor averba a execução que distribuir às margens dos locais onde
houver bens penhoráveis, gera fraude de execução na hipótese de alienação
posterior. Este procedimento é feito antes do despacho do juiz e antes de o devedor
ser citado para que qualquer venda que seja feita posteriormente seja considerada
como fraudulenta.
Se este procedimento não for realizado e a venda for feita, não ocorrerá a fraude de
execução.
§ 2o Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa.
O credor precisa de uma medida de natureza cautelar para evitar que o devedor-
executado aliene bens que não se tratem de bens imóveis ou que a averbação se
encontra impossibilitada (não é registrável), como uma safra de soja. O juiz, a
pedido do credor, poderá decidir liminarmente, antes mesmo da citação do
executado, pela apreensão desta mercadoria para que não seja alienada pelo
executado.
Supondo que o credor tenha distribuído a inicial, mas não tenha apresentado o
demonstrativo do valor da dívida havendo uma irregularidade na inicial. Nessa
hipótese haveria ausência de pressuposto válido para o desenvolvimento do
processo. O juiz é obrigado, nessa hipótese, a conceder o prazo de 15 dias para a
emenda da inicial. Caso não seja feito, haverá o indeferimento da petição inicial.
Estando a petição inicial regular, o juiz mandará citar o devedor para: I – conceder
3 (três) dias para o devedor pagar a dívida; ou II – o devedor apresentar, em 15
dias, embargos à execução. O juiz, ao despachar, supõe que o devedor pode preferir
pagar a dívida em 3 dias. Caso opte por esta decisão, o NCPC concede uma
vantagem ao devedor que é a de pagar honorários pela metade. Nesta etapa
processual, já há a discussão dos honorários pois o juiz deve determinar a
porcentagem de 10% sobre o valor da dívida já no despacho inicial. Assim, se o
devedor escolher pagar a dívida, arcará com 5% de honorários.
Quando se trata do prazo de três dias para pagamento, há uma complicação quanto
ao prazo de contagem. A regra geral é a de que o prazo se conta a partir da juntada
do mandado. No entanto, nessa situação há uma regularidade prática, pois, se
conta o prazo a partir da citação do devedor, sem contar da juntada do mandado.
A lógica deste dispositivo é a de que o oficial de justiça cita o réu e fica com duas
vias. Uma ele junta no cartório e, desta juntada, corre o prazo de embargos. A
outra permanece consigo pois desta maneira correrá o prazo citatório. Se não
houver o pagamento, o Oficial de Justiça retornará ao encontro do devedor e
penhorará os bens para o pagamento da dívida.
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias,
contado da citação.
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4o deste artigo ou, não havendo este,
da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas da prevista no inciso
I deste parágrafo.
§ 4o Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação será
imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
A citação pode ser feita somente pessoalmente ou por edital. A por edital é cabível
quando o réu estiver em local incerto ou ignorado; a pessoalmente é feita
diretamente com o réu.
A citação pode ser real ou por hora certa. Durante muito tempo a citação por hora
certa era incabível. A justificativa é a de que se o Oficial de Justiça não localizar o
devedor, o legislador o oferece um modo de agir nos casos de não localização do
devedor. O Oficial de Justiça deve arrestar bens do devedor.
Este arresto é distinto daquele verificado em casos de cautelar ordenado pelo juiz
na presença de determinadas circunstâncias. O arresto do art. 830 tem outra
natureza não depende de ordem do juiz. É um desdobramento da conduta que o
Oficial de Justiça deve ter quando não localizar o devedor.
§ 2o Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa.
§ 3o Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto
converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
Atualmente, o depositário do bem em execução não pode ser preso. Significa que o
NCPC passou a preferir que o bem penhorado fique na posse do credor.
§ 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos.
§ 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em
penhora.