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DEJAIR ZANOTTO
Canoas
2008
2
DEJAIR ZANOTTO
Canoas
2008
PARECER DE ADMISSIBILIDADE
Senhor Coordenador:
_________________________________
Prof. Orientador
4
Dedicatória
Agradecimentos
John Ruskin
7
RESUMO
Palavras chave:
Salário – remuneração variável – empregador – empregado - adicional -
gueltas - Stock options
8
ABSTRACT
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................10
3 OUTRAS PARCELAS..............................................................................................31
3.1 GUELTAS..............................................................................................................31
3.2 STOCK OPTIONS ................................................................................................33
3.3 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO...........................................................................37
3.4 ADICIONAIS LEGAIS...........................................................................................39
3.4.1 Adicional de Horas Extras...............................................................................39
3.4.2 Adicional Noturno............................................................................................40
3.4.3 Adicional de Insalubridade..............................................................................40
3.4.4 Adicional de Periculosidade...........................................................................41
10
CONCLUSÃO.............................................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................46
11
INTRODUÇÃO
O foco das empresas não é mais seus produtos e processos, mas suas
competências básicas e sua capacidade de reação e aprendizado, isto é, de criar
novas competências.
Esta nova realidade define então, um papel decisivo dos recursos humano na
competitividade das empresas. A produtividade do trabalhador não poder mais ser
obtida e medida pelos métodos tradicionais de pagamento de salários.
trabalhador de recompensa por seus esforços que pode ser obtida através de
sistemas de premiação ou remuneração por habilidades, dividindo-se em três
capítulos a saber.
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2005. p. 206.
2
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 78.
3
RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de Direito do Trabalho. Curitiba: Juruá, 2002. p. 97.
14
Por este princípio, de acordo com o preceito constitucional (art. 7º, VI), não
pode o empregador reduzir os salários dos seus empregados. O princípio em tela
acha-se agasalhado, também, no art. 468, da CLT, que veda quaisquer alterações
das condições de trabalho, que sejam prejudiciais aos empregados.
9
PINTO, José Augusto Rodrigues. Curso de Direito Individual do Trabalho. São Paulo: LTr, 2000.
p. 34.
18
acordo coletivo é que pode haver redução salarial, não sendo possível que lei
infraconstitucional disponha sobre a matéria.
10
Artigo 468, CLT – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
11
Artigo 462, CLT – Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários dos
empregados, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato
coletivo.
19
desde que existente previsão contratual), para quitar débito de habitação adquirida
junto ao Sistema Financeiro Habitacional, para quitar empréstimos, financiamentos e
operações de arrendamento mercantis concedidos por instituições financeiras, etc.
a) Certeza do pagamento:
O salário deve ser pago mediante recibo assinado pelo empregado (art. 464,
CLT12), mesmo porque o seu pagamento somente se prova documentalmente,
admitindo-se, excepcionalmente, a confissão do credor quanto ao recebimento.
Atualmente, aceita-se o pagamento efetuado por meio de crédito em conta bancária
do empregado, cujo comprovante, respectivo tem força de recibo.
b) Época do pagamento:
A retenção dolosa de salário constitui crime (art. 7º, X, CF88), a ser tipificado
12
Artigo 464, CLT – O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo
empregado; e se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou não sendo esta possível,
a seu rogo.
13
Artigo 459, CLT – O pagamento de salário que seja a modalidade de trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
20
c) Lugar do pagamento:
O salário deve ser pago em dia útil e no local de trabalho, dentro do horário
de serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por
depósito em conta bancária (art. 465, CLT14).
d) Forma de pagamento:
1.2.2.1 Impenhorabilidade
14
Artigo 465, CLT – O pagamento dos salários será efetuado em um dia útil e no local do trabalho,
dentro do horário do serviço e imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por
depósito em conta bancária. (...)
15
BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em http//www.senado.gov.br. Acesso em 25 maio
2008
21
16
BRASIL. Lei de Falências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 18 maio 2008.
22
do trabalhador. Aliás, não é à toa que diversos tratados jurídicos já foram escritos
sobre o tema.
Nesse sentido, para que possa haver equiparação, cumpre sejam atendidas
seis identidades necessárias, a saber: funcional; produtiva; qualitativa; de
empregador; de local de trabalho; e de tempo de serviço.
17
Súmula 6, inciso II, TST – Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-
se o tempo de serviço na função e não no emprego.
24
18
Art. 37, Inciso XIII, CF/88 - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
19
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior
a 2 (dois) anos.
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado
em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade
e merecimento.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por
merecimento e por antigüidade, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada
pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação
salarial.
25
por unidade de tempo não sofre influência direta do rendimento do empregado nem
do resultado obtido pelo empregador, pois se relaciona com o tempo gasto na
prestação do serviço.
Ainda que não haja reciprocidade entre trabalho e ganho, o salário por
unidade de tempo, ao se buscar, pode-se afirmar, um valor “médio”, acrescentando
que as normas do direito positivo italiano provam que o sistema mais comum, poder-
se-ia mesmo dizer basilar da retribuição, é o tempo.
realizado. Seu valor é ajustado para cada unidade de obra, por exemplo, quantidade
de frutos colhidos.
É uma forma mista de salário, que abrange os dois primeiros, pois leva em
conta o resultado da produção num determinado espaço de tempo.
Segundo Alice Monteiro de Barros22, são várias as teorias que surgiram para
explicar a natureza jurídica do salário, destacando-se entre elas:
a) A que considera o salário como o preço do trabalho. Esse posicionamento,
segundo a autora, típico do liberalismo econômico, vigorava no tempo em
22
BARROS. Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2008 p. 740
29
a) Salário básico
b) Comissões e percentagens
23
CASSAR. Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. Niterói/RJ: Impétus, 2008. p. 773-774
24
SCHWARZ. Rodrigo Garcia. Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 p. 108
30
c) Gratificações
d) Adicionais
e) Abonos
25
DELGADO. Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2005. p. 699
26
SCHWARZ. Rodrigo Garcia. Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 p. 113
31
j) Contribuições Previdenciárias
32
3 OUTRAS PARCELAS
3.1 GUELTAS
de Trabalho e Previdência Social – do empregado deve trazer o seu valor, ainda que
seu valor seja estimativo, conforme o art. 29, §1º, da CLT:
Neste particular a doutrina divide-se entre os que entendem que a guelta não
é remuneração, e aqueles que veêm semelhanças entre gorjeta e guelta, portanto,
esta compõe a remuneração salarial.
Como as gueltas ainda não reguladas em lei, nem sumuladas pela orientação
do Tribunal Superior do Trabalho, a dúvida reside em saber, se o mesmo tratamento
das gorjetas pode ser aplicado às gueltas.
Os juízes que adotam esse raciocínio vão além e argumentam que a empresa
empregadora é beneficiada com a guelta, pois o estímulo das vendas, ainda que de
determinadas marcas, acaba sempre gerando lucro ao estabelecimento final,
interessado na “premiação” de seus vendedores.
27
DUARTE, Juliana Bracks. A prática das gueltas e sua repercussão no contrato de trabalho.
Disponível em: http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=6045 Acesso em 30
março 2008.
34
Assim, a guelta não tem natureza salarial, quando esta é quitada pelos
fornecedores, a fim de fomentar as vendas de seus produtos comercializados no
estabelecimento comercial da empresa parceira, trata-se de incentivo pecuniário aos
vendedores que privilegiam a sua marca em detrimento das demais, no momento da
oferta aos clientes.
28
CALVO, Adriana. A natureza jurídica dos planos de opções de compra de ações no direito do
trabalho - (“employee stock option plans”). Disponível em:
http://www.calvo.pro.br/artigos/stock_options.htm. Aceso em 21 abril 2008.
36
trabalhador deixa de ter direito a 1/12 avos relativos ao mês de trabalho, quando
tiver mais de 15 faltas não justificadas no mês.
32
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. p. 233.
33
Artigo 192, CLT – O exercício do trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho assegura a percepção de adicional respectivamente de
40%, 20% e 10% do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.
34
Artigo 59, § 1, CLT – A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares,
em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou
mediante contrato coletivo de trabalho.
41
Segundo Sergio Pinto Martins37, o inciso XXIII do art. 7º da CF/88 não dispõe
que o adicional de insalubridade é calculado sobre a remuneração, mas sim, que se
trata de um adicional de remuneração.
35
PINTO, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. p. 234
36
CARRION. Valentin, Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva,
2008. p. 1313.
37
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. p. 237
42
38
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva,
2008. p. 1315.
39
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva,
2008. p. 190-191.
40
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. p. 238.
41
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. p. 239.
43
42
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho – Súmula 191 do TST.
São Paulo: Saraiva, 2008. p.1316.
44
43
FAQUIM, Lucilene. Empresas adotam novos modelos de remuneração. Revista RJ em Síntese –
JAN-FEV/1999 ANO IV – p. 25 a 27.
44
FAQUIM, Lucilene. Empresas adotam novos modelos de remuneração. Revista RJ em Síntese –
JAN-FEV/1999 ANO IV – p. 25 a 27.
45
CONCLUSÃO
Trabalho este, que deve ser pago, recompensado por quem o toma. Não só
por salário, mas por vários tipos de remuneração que foram surgindo ao longo do
caminho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARROS. Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2008
CATHARINO, José Martins. Tratado Jurídico do Salário. São Paulo: LTr, 1994.
DELGADO, Murício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. SP: LTR, 4 ed, 2005,
p. 206.
PINTO, José Augusto Rodrigues. Curso de direito individual do trabalho. SP: LTr,
4 ed., 2000.