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A SOLIDÃO DE DEUS
A SOLIDÃO DE DEUS
O título desse Estudo talvez não seja suficientemente claro para indicar o
seu tema. Isto se deve, em parte, ao fato de que hoje em dia bem poucas
pessoas estão acostumadas a meditar nas perfeições pessoais de Deus.
Deus é único na excelência do Seu Ser. "Ó Senhor, quem é como Tu entre
os deuses? Quem é como Tu glorificado em santidade, terrível em
louvores, operando maravilhas?" (Êxodo 15:11).
"No princípio... Deus..." (Gênesis 1:1). Houve tempo, se é que se lhe pode
chamar "tempo", em que Deus, na unidade de Sua natureza, habitava só
(embora subsistindo igualmente em três pessoas divinas).
Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o universo, para
ser sustentado pela palavrado Seu poder.
Não havia nada, nem ninguém, senão Deus; e isso, não durante um dia, um
ano ou uma época, mas "desde sempre".
É muito certo afirmar que este atributo não é muito mencionado nas
pregações atuais, nas escolas dominicais, ou até em seminários teológicos,
não se fala muito sobre a Solidão de Deus ou da Eternidade de Deus, mas
este atributo é o principio de tudo, Deus estava só, e era tão Deus quanto
se fez conhecer hoje a nós.
Deus não estava angustiado, por falta de algo, ou estava chorando por se
sentir só, Ele já estava lá como o Grande e Eterno Deus, subsistindo em
três pessoas distintas com toda a sua glória, Ele é bem-aventurado em si
mesmo (Marcos 14:61)!
Ele não muda (Malaquias 3:6), pelo que, essencialmente, a Sua glória não
pode ser aumentada nem diminuída.
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Deus não estava sob coação, nem obrigação, nem necessidade alguma de
criar.
Deus não ganha nada, nem sequer com a nossa adoração. Ele não precisava
dessa glória externa de Sua graça, procedente de Seus redimidos, porquanto
é suficientemente glorioso em Si mesmo sem ela.
Que foi que O moveu a predestinar Seus eleitos para o louvor da glória de
Sua graça? Foi como nos diz Efésios 1:5, “.... o beneplácito de sua
vontade".
Sabemos que o elevado terreno que estamos pisando é novo e estranho para
quase todos os crentes; por esta razão faremos bem em andarmos devagar.
"Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá da tua mão? A tua
impiedade faria mal a outro tal como tu; e atua justiça aproveitaria a um
filho do homem" (Jó 35:7-8),
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Não contestamos isso, e não ousamos fazê-lo nem por um momento. Mas
isso tudo tem que ver com a Sua glória declarativa e com o nosso
reconhecimento dela.
Todavia, se assim Lhe aprouvesse, Deus poderia ter continuado só, por
toda a eternidade, sem dar a conhecer a Sua glória a qualquer criatura.
Que o fizesse ou não, foi determinado unicamente por Sua própria vontade.
Ele era perfeitamente bem-aventurado em Si mesmo antes de ser chamada
à existência a primeira criatura.
E, que são para Ele todas as Suas criaturas, mesmo agora? Deixemos outra
vez que as Escrituras dêem a resposta:
"Eis que as nações são consideradas por ele como a gola dum balde, e
como o pó miúdo das balanças: eis que lança por ai as ilhas como a uma
coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus
animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante
ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois
fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?" (Isaías 40:15-18).
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"Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são
para ele como gafanhotos; Ele é o que estende os céus como cortina, e os
desenrola como tenda para neles habitar; o que faz voltar ao nada os
príncipes e torna coisa vã os juízes da terra" (Isaías 40.22-23).
"A qual a seu tempo mostrará o bem aventurado, o único poderoso Senhor,
Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade,
e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver:
ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 Timóteo 6:15-16).
Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele
dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém.
Um Deus tal não pode ser encontrado mediante investigação; só pode ser
conhecido como e quando revelado ao coração pelo Espírito Santo, por
meio da Palavra.
"Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; e quão pouco é o que
temos ouvido dele! Quem pois entenderia o trovão do seu poder?" (Jó
26:14).
O Deus das Escrituras só pode ser conhecido por aqueles a quem Ele
próprio Se dá a conhecer.
Mas o homem decaído não é espiritual; é carnal, Está morto para tudo que é
espiritual.
A nossa principal oração e finalidade como cristãos deve ser que possamos
"... andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus"
(Colossenses 1:10).