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Integrada na Região do Minho, sob denominação de DOC vinhos verdes, esta região é a
maior zona vitícola de Portugal. Situada a Noroeste do país, coincide com a região
administrativa Entre Douro e Minho.
1) Monção;
2) Lima;
3) Cávado;
4) Ave;
5) Basto;
6) Sousa;
7) Amarante;
8) Paiva e
9) Baião
Solos
Clima
Castas
Vinhos
Os vinhos desta região apresentam características muito distintas, dos restantes vinhos
portugueses, nomeadamente pela presença de gás carbónico.
A maior parte das castas utilizadas nesta região encontram-se confinadas à mesma, não
se encontrando noutras regiões do país, como é o caso do Loureiro.
Com produção maioritária de vinhos brancos, das castas Loureiro e Alvarinho, os tintos
da região apresentam-se carregados de cor, frescos e aromáticos, predominando as
castas Vinhão e Borraçal.
Situada a nordeste de Portugal, acima da Serra do Marão, a norte do rio Douro, a região
vitícola de Trás-os-Montes, divide-se em três sub-regiões:
1) Chaves;
2) Valpaços e
3) Planalto
A região de Chaves vitícola, situa-se essencialmente nas encostas dos seus pequenos
vales, bem junto dos afluentes do Tâmega. Ligeiramente mais abaixo, a região de
Valpaços, bastante rica em recursos hídricos, situa-se numa zona de planalto, por fim o
Planalto Mirandês, fortemente influenciado pelo rio Douro, quer do ponto de vista
geográfico quer climático.
Solos
Com solos de origem granítica, mais concretamente, litólicos não húmicos de granito e,
solos mediterrânicos pardos ou vermelhos de xisto, argila, gneisses e outros.
Clima
Castas
Vinhos
1) Baixo Corgo;
2) Alto Corgo;
3) Douro Superior
A distribuição das áreas não é uniforme, no entanto, toda a região é caracterizada pela
presença maioritária de pequenos e médios produtores, sendo a média de dimensão das
vinhas inferior a 1 hectare na região do Baixo e Alto Corgo, aumentando um pouco na
zona do Douro Superior.
Solos
Clima
O Baixo Corgo é ligeiramente mais húmido e fresco devido à forte influência atlântica.
Castas
Tintas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz (sin. Aragonês),
Tinto Cão, Trincadeira e Souzão.
Vinhos
Solos
Clima
Clima temperado, marcado pela forte influência do oceano Atlântico, confere a esta
região a predominância de invernos frescos e chuvosos e verões quentes, embora
amenizados pela proximidade o mar.
Castas
Brancas: Fernão Pires (Sin. Maria Gomes), Arinto, Rabo de Ovelha, Cercial e
Chardonnay.
Vinhos
Os brancos, de cor citrina, emitem agradáveis aromas frutados que vão complexando e
evoluindo com o envelhecimento.
REGIÃO DO DÃO
Rodeada pelas serras: Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela, que a protegem dos
fortes ventos da região, o Dão detém cerca de 20000 hectares de vinha espalhados
pelos diversos conjuntos montanhosos, a altitudes que variam entre os 400 e 700
metros de altitude.
1) Besteiros;
2) Salgueiros;
3) Castendo;
4) Terras de Senhorim;
5) Terras de Azurara;
6) Alva; e
7) Serra da estrela
Inserida nos Vinhos Regionais de Terras do Dão, encontra-se também a região de Lafões.
De reduzida dimensão Lafões é composta por um pequeno número de produtores que,
apesar disso produzem vinhos de intensa luminosidade e brancos caracterizados pela
sua típica acidez.
Clima
Castas
Vinhos
O Dão é uma região com forte tradição vitivinícola, mantendo até hoje os lagares
tradicionais que, aos poucos vão modernizando, fazendo face às novas exigências dos
mercados. Estes efeitos de modernização também se fazem sentir na escolha das castas,
a ilustrar essa situação, marcava presença no início do século, quase na totalidade das
vinhas, a Touriga Nacional que, ao longo dos anos foi perdendo significado mas que
actualmente está a recuperar a notoriedade e expressão de então, voltando a aparecer
como casta predominante.
Os vinhos do Dão caracterizam-se, no caso dos tintos, pela sua cor intensa e profunda,
na boca são encorpados, de acidez equilibrada e alcoólicos, antevendo boa longevidade
e capacidade de envelhecimento.
Dispersas entre a Beira Alta e a Beira Baixa, as regiões vitivinícolas da Beira Interior e
Távora-Varosa, são produtoras de vinhos com características muito distintas,
consoante o microclima e o terroir da sub-região.
As adegas cooperativas são os principais produtores da região, ainda que, nos últimos
anos alguns produtores privados tenham vindo a despontar, produzindo vinhos
brancos bastante frescos e aromáticos, bem como tintos frutados e encorpados.
Os solos de origem granítica ou xisto, são fruto das características orográficas da região
em que se inserem.
Clima
Castas
As castas variam também de acordo com a sub-região, desta forma podemos encontrar
na região da Beira interior:
Tintas: Touriga Franca, Tinta Barroca, Touriga Nacinal, Tinta Roriz e Pinot Noir.
Vinhos
Os vinhos com Denominação de Origem Beira Interior são muito distintos dos
produzidos em Távora-Varosa, Dão e Bairrada.
Esta região também é produtora de vinhos palhetes, estes podem ser exclusivamente
elaborados a partir de castas tintas ou, desde que a percentagem de uvas brancas não
ultrapasse os 15%, podem ser elaborados com misturas de brancas e tintas.
Composta por nove Denominações de Origem, é também das mais antigas de Portugal:
1) Colares;
2) Carcavelos;
3) Bucelas;
4) Alenquer;
5) Arruda;
6) Torres Vedras;
7) Lourinhã;
8) Óbidos;
9) Encostas D’Aire
Com ínfimas produções, os vinhos que ainda hoje aqui se produzem são bastante
procurados e conceituados a nível nacional e internacional. Pela sua proximidade com
o mar e solos maioritariamente de areia, a região reúne o terroir perfeito para estes
vinhos com características tão peculiares.
Solos
Clima
Clima mediterrânico temperado, com verões quentes e invernos bastante amenos e com
baixas amplitudes térmicas ao longo de todo o ano.
Castas
Colares
Tintas: Ramisco
Bucelas
Encostas D’Aire
Vinhos
Os vinhos de Colares, com produções anuais que não ascendem às 10000 garrafas, são
vinhos com características muito especiais pesando muito o facto das vinhas ainda
estarem instaladas em pé-franco.
Em Bucelas a casta dominante é o Arinto, que confere aos seus vinhos aromas frutados
e acidez equilibrada, é um vinho seco, leve de uma bela cor citrina.
De uma forma geral os vinhos da região de Lisboa, são vinhos aromáticos, frescos e
ligeiramente acídulos.
1) Tomar;
2) Chamusca;
3) Cartaxo;
4) Almeirim;
5) Santarém;
6) Coruche;
A região em si, encerra algumas diferenças, tendo o rio Tejo como referência, a zona da
Lezíria é uma zona bastante rica em recursos hídricos onde, muitas vezes durante o
Inverno as culturas ficam completamente submersas. Com índices de produtividade
bastante elevados esta zona é essencialmente produtora de hortícolas e arroz. Do lado
direito do Tejo avistamos a zona do Bairro, zona mais pobre, sem abundância de água
podemos já encontrar algumas vinhas aqui instaladas, intercaladas com olival. Com
características distintas das anteriores, temos a zona da Charneca, mais quente e seca
onde efectivamente predominam as vinhas e os montados de sobreiros.
Solos
Clima
Castas
Brancas: Fernão Pires, Arinto, Tália, Trincadeira das Pratas, Vital, Chardonnay e
Sauvignon Blanc.
Vinhos
A sul de Lisboa, rodeada de água pelo oceano Atlântico e pelos rios Tejo e Sado, a
Península de Setúbal é marcadamente turística, reflexo da paisagem conferida pela
serra da Arrábida, ou pela peculiaridade e singularidade de Palmela.
Influências da Serra da Arábida, fazem desta região uma zona excelente para o
turismo, aproveitando as encostas da Serra, que protegem as vinhas dos ventos o
oceano. Fora da zona serrana, a paisagem é dominada por pequenas ondulações ou
planícies onde nascem os famosos e emblemáticos vinhos de Moscatel de Setúbal.
Dividida entre duas denominações de origem, estas sub-regiões são, em quase tudo,
distintas.
1) Palmela;
2) Setúbal.
A região de Palmela, detentora da famosa casta Castelão, à qual, apenas os vinhos desta
zona, podem sair sob denominação de Periquita, é caracterizada por grandes
explorações vitivinícolas.
A maior parte dos encepamentos existentes são compostos pela Castelão, que confere a
estes vinhos características individuais. Como casta tradicional tem que fazer parte dos
vinhos com denominação de origem em pelo menos 66.7% da sua composição, facto
que justifica a sua tão marcada presença nas vinhas.
Solos
Clima
Castas
Brancas: Moscatel
Tintas: Castelão
Vinhos
REGIÃO DO ALENTEJO
Estendendo-se ao longo das suas belas planícies, o Alentejo é uma das maiores regiões
vitivinícolas de Portugal. De solos pobres e clima quente e seco, reúne todas as
características necessárias para produzir vinhos de excelente qualidade. A excepção
está na zona de Portalegre, de clima ligeiramente mais húmido e fresco, nascem as suas
vinhas nas suaves encostas na serra de São Mamede, estendendo-se pelas planícies
adjacentes.
1) Borba;
2) Reguengos;
3) Redondo;
4) Portalegre;
5) Évora;
6) Vidigueira;
7) Moura;
8) Granja-Amareleja.
Solos
Clima
Castas
Com uma enorme riqueza varietal, o Alentejo é berço de um vasto leque de castas
nacionais e internacionais, assim ditam as tendências dos novos mercados e a
necessidade de adaptação aos mesmos.
Vinhos
Desde tempos ancestrais que se produz vinho nesta região, recorria-se para tal ao uso
de túneis ou talhas de barro (herdadas do tempo dos romanos), ainda hoje existentes
em algumas explorações agrícolas para produzirem vinhos diferenciados com
características únicas, que apesar das suas reduzidas quantidades têm grande aceitação
pelos mercados.
Mais recentes, as novas adegas, modernizadas e preparadas para fazer face às novas
exigências, produzem vinhos brancos límpidos, onde predomina a cor citrina, bastante
aromáticos, onde se identificam os aromas frutados e alguns florais, de ligeira acidez,
macios e equilibrados.
Resultante das evoluções turísticas da região, o Algarve abrandou durante muitos anos
o processo de desenvolvimento vitivinícola, resultando num decréscimo da área de
vinha e consequente produção de vinho.
A sul de Portugal, com o mar no horizonte e as serras como “amparo”, o Algarve tem
grande potencial para produção de vinhos de qualidade, o seu clima quente e seco
permite reunir condições para uma excelente maturação das uvas e, a proximidade das
serras do Caldeirão, Espinhaço e Monchique, oferecem-lhe a protecção necessária
contra os ventos e brisas salgadas.
1) Lagos;
2) Lagoa;
3) Tavira;
4) Portimão
Solos
Clima
Castas
Vinhos
A região utiliza para a elaboração dos seus vinhos a casta Moscatel, resultando na
produção de dois vinhos distintos: doce e seco. Vindimada em sobre maturação, muitas
vezes já em passa, a casta permite a elaboração de vinhos doces com excelentes
características, resultando vinhos de cor dourada, bastante aromáticos onde
sobressaem os frutos secos, noz e amêndoa, deixam um final de boca persistente e
agradável.
A Ilha da Madeira há muito que é conhecida pela produção do seu vinho generoso
“Madeira”.
Solos
Clima
Mediterrânico, conferindo a esta ilha temperaturas amenas durante todo o ano. Pela
sua envolvente com o Atlântico apresenta humidades relativas anuais bastante
elevadas.
Castas
Vinhos
A Madeira produz vários tipos de vinhos, consoante o teor de açúcar, estes variam entre
os: doce, meio doce, meio seco e seco.
O mais conhecido é sem dúvida o doce Madeira, elaborado em grande parte à base da
casta Malvasia, resultam em vinhos bastante aveludados, extremamente aromáticos,
finos e com uma longevidade extrema.
Os vinhos secos e meio secos, elaborados com base nas castas Sercial e Verdelho, têm
vindo a ganhar algum espaço nos novos mercados. São vinhos também bastante
aromáticos, ligeiramente acídulos, frescos e equilibrados.
1) Graciosa;
2) Pico;
3) Biscoitos (Ilha Terceira)
Os Açores produzem alguns vinhos brancos secos, no entanto, na ilha Terceira, onde se
insere a denominação de Biscoitos, produz-se alguns dos melhores vinhos generosos da
região.
Solos
De origem vulcânica, são pouco profundos e de baixa fertilidade, fazem parte da sua
constituição o basalto, traquites, andesites e formações argilosas.
Clima
Castas
Graciosa
Pico/Biscoitos
Vinhos