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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

Estado: Nação politicamente organizada (povo, território e governo soberano). Pessoa


jurídica de direito público.
Governo: Parte do Estado responsável por gerir a atividade do mesmo.
Administração: Uma das funções estatais: administrar

Estado de direito: Estado submisso às leis.

Tripartição de poderes: legislativo, judiciário, executivo (função administrativa)

Administração Pública:
*Sentido formal/subjetivo/orgânico: máquina do Estado, estrutura do Estado voltada para
administração.

*Sentido material/objetivo: aplicação das normas no caso concreto.

Escolas:
→ Critério do serviço público: O direito administrativo está ligado à prestação de serviços
públicos (muito restrito)

→ Critério do Poder Executivo: o Direito Administrativo diz respeito a toda a atuação do


Poder Executivo (nem toda a atuação do executivo é analisada no Direito Administrativo,
pois existem as funções atípicas)

→ Critério das relações jurídicas: relações entre o Estado e o administrado (outros ramos do
direito também o fazem)

→ Critério residual: Afasta a função legislativa, judiciária e atividades de direito privado.

→ Critério teleológico (finalidade): toda a atuação do Estado visando interesse da


coletividade (insuficiente)

→ Critério da administração pública/funcional (Hely Lopes Meireles): é um conjunto


harmônico de princípios que regem os órgãos, os agentes e a atividade pública para a
realização dos fins desejados pelo Estado de forma direta (independente de provocação),
concreta (diferente da função Legislativa que é geral e abstrata) e imediata (resolve
problemas de governo específicos, diferentemente da função política).

(Realiza os fins do Estado, sendo que quem os define é o direito constitucional)

Fontes do Direito Administrativo

Lei: É a fonte primária do Direito Administrativo, abrangendo a Constituição, as leis


ordinárias, dele-gadas e complementares e os regulamentos admi-nistrativos.

Doutrina: É resultante de estudo feito por especialistas, que analisam o sistema normativo,
resolvem contradições e formulam definições e classificações.

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Jurisprudência: É o conjunto de decisões reitera-das e uniformes, proferidas pelos órgãos
jurisdicio-nais ou administrativos, em casos idênticos ou semelhantes.

Costume: É a norma jurídica não escrita, origina-da da reiteração de certa conduta por
determinado grupo de pessoas, durante certo tempo, com a consciência de sua
obriga-toriedade.

Interpretação (pressupostos)
Desigualdade entre o estado e o particular.

Presunção (relativa) de legitimidade dos atos da administração.

Necessidade da discricionariedade (margem de escolha dentro dos moldes da Lei).

Sistema administrativo:
Contencioso administrativo (francês): separação absoluta de poderes

Jurisdição única (inglês): somente o judiciário faz coisa julgada material (por isso, as
questões processadas administrativamente podem ser reapreciadas pelo Judiciário)

Princípios Gerais + Características

Legalidade: Na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na


Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está
rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.

Impessoalidade: O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer


distinções com base em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser
praticada tendo em vista a finalidade pública.

Moralidade: O dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas


cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração.

Publicidade: Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos


atos da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e
controle.

Eficiência: É a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na
Adm. Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de
meios.

Supremacia do Interesse Público: O interesse público têm SUPREMACIA sobre o interesse


individual; Mas essa supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos são
atendidos.

Presunção de Legitimidade: Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova


em contrário (presunção relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova
contrária.)

Finalidade: Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e

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garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da
Administração Indireta.

Autotutela: A autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e


eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole SOBRE SEUS ATOS.

Continuidade do Serviço Público: O serviço público destina-se a atender necessidades


sociais. É com fundamento nesse princípio que nos contratos administrativos não se
permite que seja invocada, pelo particular, a exceção do contrato não cumprido. Os serviços
não podem parar !

Razoabilidade: Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida


necessária ao atendimento do interesse coletivo, SEM EXAGEROS.

Continuidade: a atividade administrativa é ininterrupta.


Observações ao princípio da continuidade:

→ Direito de greve: o militar não o possui, mas os servidores públicos civis possuem (norma
de eficácia limitada, aplicando-se a lei geral de greve até que lei especial superveniente seja
editada)

→ É possível a interrupção do serviço público por inadimplemento? Sim, não configura


violação ao princípio, desde que haja a situação de urgência e que haja aviso prévio ⟶
supremacia do interesse público sobre o privado (alguns doutrinadores discordam).

→ É possível exceção de contrato não cumprido no Direito Administrativo? Sim, se a


administração pública for inadimplente até 90 dias (exceção de contrato não cumprido
diferida ou postergada)

Poderes Administrativos:

Introdução:
→ Poderes E deveres

→ Poderes instrumentais: instrumentos dados à administração para o alcance do interesse


público.

Abuso de poder: Excesso de poder: vício de competência (sanável)

Desvio de poder: vício de finalidade


Poder Vinculado x Poder Discricionário

Poder vinculado: ocorre quando a lei não dá margem de escolha ao agente (todos os
elementos estão definidos em lei)

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