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BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste domingo (26)
que chegou o "início do fim" das Farc, após a morte de seu chefe militar, 'Mono Jojoy',
em uma operação do Exército que encontrou computadores com valiosas informações
sobre a guerrilha.
"O sucesso da operação contra ‘Mono Jojoy’ é o ponto de inflexão, e com boa margem
de confiança podemos dizer que é o início do fim das Farc", destacou Santos ao
sobrevoar o acampamento La Macarena (700 km ao sul de Bogotá), onde o líder rebelde
foi morto.
"Jamais disse isto, nem quando (morreu Raúl) Reyes', nem quando houve a 'Operação
Xeque', mas hoje posso afirmar que é o início do fim deste grupo", destacou Santos, que
foi ministro da Defesa entre 2006 e 2009, no governo de Álvaro Uribe (2002-2010).
Santos afirmou hoje que a operação 'Sodoma', que permitiu eliminar 'Jojoy' e outros seis
guerrilheiros da direção das Farc, foi o "ponto de quebra" para este grupo.
"Agora temos onze vezes mais informação" do que o obtido com os computadores
encontrados com Reyes, "tanto em volume como em qualidade".
— Hoje não é apenas um dia de eleições na Venezuela. Este povo está dando uma lição. O povo
está falando e estou certo de que a voz do povo será ouvida — afirmou o mandatário.
— Faço um apelo a todos: vamos votar. O que queremos aqui é democracia e participação —
disse o presidente, comemorando a transparência e a eficiência do sistema eleitoral
venezuelano.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), até as 12h, no horário local, apenas 35%
dos cerca de 17,5 milhões de eleitores estão inscritos, tinham votado. Segundo Chávez, no
entanto, a participação poderá chegar a 70% do eleitorado de mais de 17,5 milhões de
venezuelanos. O presidente lembrou que antes de chegar ao poder, em 1998, a abstenção podia
chegar a 80%, já que havia um desinteresse generalizado da população pela política.
— Aqui o povo não acreditava em política. A revolução bolivariana recuperou um nível alto de
credibilidade e o povo está amadurecendo — afirmou.
Chávez, eleito pela primeira vez em 1998 e que tentará um terceiro mandato em 2012, desafiou
a oposição a convocar um referendo para tirá-lo do poder.
— É estranho que alguns analistas digam que estou balançando e sem apoio popular. Então
convoquem um revogatório. Busquem as assinaturas no lugar de esperar que Chávez parta em
um raio. A Venezuela é hoje o epicentro de uma batalha — destacou.
— Todo nosso processo chama poderosamente a atenção do mundo porque aqui está se
desenvolvendo uma verdadeira revolução e um ensaio apaixonante — afirmou.
Chávez também falou sobre sua expectativa para as eleições brasileiras que se realizam no
próximo final de semana.
— A coisa vai bem no Brasil. Há bons ventos por lá e faltam apenas alguns dias. Lula parte da
presidência do Brasil com 80% de apoio do povo brasileiro, e quem chega terá igualzinho 80%
para continuar governando o Brasil pelo mesmo caminho, criando a união sul-americana e a
libertação do nosso povo. Na América do Sul acendem as luzes da esperança e não vamos
permitir que sejam apagadas por mais impérios, por mais ameaças, por mais lacaios que haja em
todos os povos — advertiu o líder venezuelano.
AFP
ZERO HORA