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Esta restrição foi criada especificamente para o cálculo das horas extras
dos funcionários, uma vez que estas situações não valem para o que
acontece dentro do horário de expediente. Ou seja, caso o funcionário
opte por chegar mais cedo ou sair mais tarde para resolver problemas
pessoais, como estudar para a faculdade ou pagar uma conta pela
internet, este período não será contabilizado como hora extra.
Uniforme
Quem precisa usar uniforme no seu trabalho deve chegar um pouco mais
cedo para se trocar, caso não deseje ir ao trabalho já utilizando o traje
necessário. Isso porque, segundo o texto, o tempo usado para trocar de
roupa não poderá ser considerado como hora extra, a menos que o
empregador exija que a essa troca seja realizada na empresa.
Banco de horas
A nova lei também prevê que o banco de horas poderá ser negociado por
acordo individual entre patrão e empregado, sem a intermediação do
sindicato representante do profissional para fazer essa negociação
coletiva.
Fiscalização
Pode parecer óbvio, mas vale à pena lembrar que o papel de fiscalizar os
motivos do período extra que o funcionário passa na empresa cabe ao
gestor, não ao Contador. Então os dados corretos deverão ser passados
por ele ao profissional da Contabilidade, sendo dele a responsabilidade
pela veracidade dos fatos. Então não custa nada sentar com o seu cliente
e explicar o que mudou e o que não foi alterado pela nova lei.
Regra geral
No mais, o cálculo da hora extra permanece como era: o seu valor
deverá ser 50% superior ao valor da hora normal. Para as horas
complementares realizadas nos finais de semana e feriados, o valor da
hora extra deverá ser 100% superior ao valor da hora normal trabalhada.
Assim, você precisará dobrar o valor do salário-hora para calcular o valor
da hora extra realizada nesses dias.
Adicional Noturno:
FÉRIAS:
Não importa a área, o cargo ou o trabalho. Férias são sempre férias. O
período tão aguardado é garantido não somente pela Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT) como pela própria Constituição Federal de 1988. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) entende que as férias são
um direito essencial para garantir a segurança e a saúde do trabalhador.
O que a lei diz sobre as férias para quem é contratado com carteira
assinada?
O artigo 129 da CLT determina que todo empregado tem direito a férias
anuais remuneradas. A Constituição Federal de 1988 assegura o mesmo
direito e ainda prevê que o trabalhador deve receber um terço a mais do
que seu salário habitual. O que a reforma trabalhista, aprovada pelo
Senado em julho de 2017, muda é a possibilidade de dividir as férias em
três períodos.
É preciso esperar um ano após a volta das férias para tirar novas férias?
A remuneração deverá ser feita até 2 dias antes do início das férias.
Quer um exemplo? Vamos supor que você tire férias em outubro, tenha
vendido 10 dias e receba duas vezes ao mês da empresa (dia 5 e dia 20).
Você irá sair de férias entre dia 10 de outubro e 30 de outubro. No dia 5
de outubro, receberá o dinheiro referente ao pagamento do mês de
setembro e o salário do mês de outubro, além do adicional de férias. No
dia 5 de novembro, porém, apenas ganhará pelos dez primeiros dias
trabalhados de outubro e pelos cinco primeiros dias de novembro. Ou
seja, por já ter recebido seu salário de outubro junto ao adicional de
férias, você não receberá em 5 de novembro seu salário integral.
Sim, essa é uma opção que o empregado tem, caso deseje converter
uma parte de suas férias em dinheiro (prática chamada abono). Esta
parte deve ser de no máximo 1/3 do período de férias — nunca superior
a isso. Ou seja, o funcionário pode vender, no máximo, dez dias. Com a
reforma trabalhista, a mesma regra passou a valer para os funcionários
de regime parcial (aqueles que fazem meio período ou jornada reduzida).
Como eles ganharam direito a 30 dias de férias, também passarão a
poder vender parte delas.
Vale lembrar que o valor recebido pelos dias de férias vendidos não são
passíveis de cobrança de imposto de renda (IR). O abono deverá ser
requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo.
E o funcionário demitido?
Sim, quem é demitido tem direito a receber férias proporcionais [aquelas
garantidas ao empregado demitido sem justa causa, segundo o artigo
146 da CLT].
Desta forma, salvo nos casos de demissão por justa causa, o empregado
tem direito à remuneração relativa ao período aquisitivo incompleto de
férias, ou seja, férias à proporcionalidade de 1/12 (um doze avos) por
mês de trabalho. Isso só não ocorre se o período que o funcionário
trabalhou na empresa foi inferior a 14 dias. Neste caso, ele não tem
direito a férias proporcionais.