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1.

AÇO

Decorrente do final do século XIX – dando origem ao que se denomina revolução


do aço – o aço tornou-se um dos principais materiais utilizados na construção civil. Sua
resistência aos mais diversos tipos de esforços – tração, compressão, cisalhamento –, sua
incombustibilidade e sua facilidade ao ser manuseado, são fatores que, proporcionam ao
mesmo, uma vasta aplicação.

1.1. AÇO DOCE

O aço doce – sendo o mais utilizado na construção civil – possui 0,3% ou menos
de carbono em sua composição, 04 a 07% de manganês e 01 a 05% de silício, contendo
também residuais de enxofre, fósforo e outros elementos.

Mesmo com a adição de outros elementos de liga, o aço doce não tem suas
propriedades mecânicas alteradas. A figura abaixo exemplifica de forma sucinta a
influência dos elementos de liga que podem ser empregados na composição do aço doce.

Figura 2: Influência dos elementos de liga na composição do aço doce

Fonte: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6362-elementos-quimicos- presentes-


e-sua-influencia#.W3wMp-hKjIU

1.1.1. Propriedades Mecânicas do aço doce

Com base nas propriedades físicas e mecânicas do aço, tem-se a noção da sua
importância nos diferentes campos da engenharia. No campo civil, a aplicação do aço
doce pode ser dada por meio da confecção de estruturas em concreto armado, onde aço +
concreto + aderência, trabalham conjuntamente.

Os aços utilizados em estruturas de concreto armado são denominados pelas siglas


CA (Concreto Armado) seguidas de valores que simbolizam suas devidas tensões de
escoamento (25, 50 e 60 Kn/m²), possuindo uma massa específica de 7850 Kgm/m³.

A classificação de tipo A, dá-se ao aço que possui ligantes especiais, fazendo com
que sua soldabilidade seja executada sem maiores cuidados. A categoria B se aplica as
barras de aço mais usuais e baratas, são encruadas a frio, fazendo com que sua resistência
seja perdida quando submetidas a aquecimentos, por exemplo durante o processo de
solda. A figura 3 demonstra o diagrama de “tensão-deformação” de aços tipo A.
Subsequente a ela tem-se o diagrama de “tensão-deformação” de aços tipo B.

Figura 3: Diagrama de tensão-deformação de aços tipo A. Limite de proporcionalidade (A),


limite de resistência (B), limite de ruptura (C).

Fonte: https://www.slideshare.net/TimteoRocha/concreto-armado-1-72745690

Figura 4: Diagrama de tensão-deformação de aços tipo B. Limite de proporcionalidade (A),


limite de escoamento (B), limite de resistência (C), limite de ruptura (D).

Fonte: https://www.slideshare.net/TimteoRocha/concreto-armado-1-72745690
1.2. AÇO DE PROTENSÃO

O aço de protensão caracteriza-se essencialmente por sua elevada resistência e


pela ausência de patamar de escoamento. Pode ser considerado sensivelmente mais
econômico que o aço doce, já que sua resistência é, aproximadamente, três vezes maior.
Podem ser fornecidos em grandes comprimentos, na forma de cordoalhas e fios, evitando
qualquer problema relacionado com a emenda de armaduras em peças, cujas funções
estruturais, buscam vencer grandes vãos.

A utilização de aços de alta resistência, em estruturas de concreto armado, é


proibitiva, visto que os excessivos alongamentos do mesmo causariam patologias
consideráveis, no caso, fissuras muito abertas. Na construção de estruturas em concreto
protendido esse problema é sanado. Como as estruturas que receberão o aço de protensão
são previamente tensionadas, ao receberem as cargas finais, os esforços se tornam
inversos, fazendo com que haja a redução de fissurações.

Mesmo com uma vasta gama de qualidades o aço de alta resistência possui
algumas peculiaridades que merecem uma atenção maior.

A relaxação, que é a perda gradual de tensão, sendo natural em estruturas que


possuem um estado de deformação constante com o concreto, ocorre devido a propensão
de distorções na estrutura, juntamente com a retração, sendo a secagem (cura) do concreto
que se dá por meio de interações com o ambiente, sofrendo com trocas de temperaturas e
as mais várias intempéries.

A corrosão, que é o desgaste gradual de um corpo qualquer, no caso o aço, provém


de fatores imutáveis na confecção de uma estrutura, por exemplo o processo de
concretagem. A umidade (advinda da água usada na preparação do concreto), faz com
que o aço se deteriore, deixando-o frágil e consequentemente fazendo com que perca sua
função. As depressões causadas devido a tal fenômeno podem acarretar em perigosos
picos de tensões em aços tensionados, valendo a hipótese de ruptura dos mesmos.

1.2.1. Propriedades mecânicas do aço de protensão

Os aços de protensão são denominados pelas siglas CP (Concreto Protendido),


seguido de valores que simbolizam sua resistência mínima a ruptura por tração, por
exemplo 175 kn/cm², sendo finalizado por suas modalidades RN ou RB.
A modalidade RN – Relaxação Normal – são dadas aos aços retificados por um
tratamento térmico, tendo por função aliviar as tensões internas de trefilação.

A modalidade RB – Relaxação Baixa – são dadas aos aços que recebem


tratamentos termomecânicos, tendo por função a melhoria das características elásticas do
material e a diminuição das perdas de tensão por relaxação.

A figura 5 demonstra o diagrama de “tensão-deformação” para aços sem patamar


de escoamento.

Figura 5: Diagrama de tensão-deformação para aços sem patamar de escoamento. fptk –


resistência característica a ruptura por tração do aço. fpyk – limite de escoamento convencional,
corresponde a deformação residual.

Fonte: http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-vol1.pdf

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