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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL


GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

FICHAMENTO

“A HISTÓRIA DA ARTE”
CAPÍTULO 9

E. H. GOMBRICH

PETRÓPOLIS
2017
GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

“ A HISTÓRIA DA ARTE”
FICHAMENTO – CAPÍTULO 9

Trabalho apresentado no primeiro semestre do


ano letivo do ano de 2017, como requisito
avaliativo parcial à disciplina de História da Arte
e Arquitetura do curso de Graduação em
Arquitetura e Urbanismo da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro.

Professor: Dr. Guilherme Moerbeck

PETRÓPOLIS
2017
 A Igreja Militante
- Século XII
- 1066 – data que, segundo o autor serve como um dos “cabides para pendurar a
tapeçaria da história”
* No dia 28 de dezembro de 1066, homens liderados por Guilherme, o Duque
da Normandia, invadem a Inglaterra e dão início à Conquista Normanda.
- Não há na Inglaterra, construções inteiras datadas do período saxão;
- Com a dominação normanda na Inglaterra, há a instalação de um estilo de
construção normando, que nada mais é que o estilo românico;
- A construção de abadias e mosteiros se tornou uma forma de demonstração de
poder dos novos senhores feudais (clero e nobreza);
- A igreja
*A igreja era a única construção de pedra da região;
* Ponto de referência e de encontro de toda a cidade aos domingos;
* Edifício grandioso x casas humildes
* Envolvimento de toda a comunidade na construção e ornamentação da igreja
local → sentimento de pertencimento.
- As igrejas da idade média mantém a forma basilical romana:
“O plano fundamental era usualmente o mesmo – uma nave central que levava a
uma abside ou coro, e duas ou quatro naves colaterais”. (p.171)
- A criação do transepto – “uma galeria transversal entre o coro e a nave”
(p.173) – que permitia a obtenção de uma planta cruciforme e reforçava o
simbolismo da igreja.
- Diferenças da igreja normanda em relação à basílica romana:
* arcos redondos alicerçados em pés direitos inteiriços x “colunas que
sustentavam entablamentos retos”.
* Sensação de “robustez compacta”.
* Poucas decorações, poucas janelas e torres → semelhança com fortalezas
medievais;
- A arquitetura pesada e poderosa contribua a convencer os pagãos recém-
convertidos em cristãos, da missão da Igreja em combater o mal até o fim dos
tempos;
- Problema na construção de igrejas:
* Construir um telhado de pedra eficiente, uma vez que telhados de madeira
tinham facilidade em se incendiarem, e a construção de abóbadas necessitava de
cálculos e estudos, que haviam sido perdidos ao longo do tempo;
* Séculos XI e XII – período de experimentação
* Abóbadas de túnel
- Inicialmente, sua execução seria muito pesada, até que os normandos
chegaram à conclusão de que deveriam “construir os arcos ou nervuras
transversalmente entre os pilares” e preencher as repartições entre eles.

- França
* Igrejas românicas decoradas com esculturas
* Em cada peça, há um simbolismo ligado aos ensinamentos da Igreja.
* Catedral de Saint Trophine
- Arles, sul da França
- O pórtico lembra um arco triunfal romano;
* Tímpano:
- “Cristo em Sua glória, cercado pelos símbolos dos quatro evangelistas”.
- Marcos – leão
- Mateus – anjo
- Lucas – boi
- João – águia
- As imagens simbólicas de animais e seres celestiais representando os
evangelistas é baseada nas visões contidas no livro de Ezequiel;
- Figura dos doze apóstolos sentados
- “Uma fila de figuras nuas acorrentadas”(p.176) à esquerda de Cristo –
almas perdidas
- “À direita do Cristo estão os bem aventurados, seus rostos virados para
Ele em eterna glória”.(p. 177)
- Na parte inferior há figuras de rostos de santos, que segundo a tradição
católica intercederiam pelos fieis até o juízo final.

- “Essas imagens perduraram no espírito das pessoas ainda mais


poderosamente do que as palavras do sermão do pregador”. (p.177)
- As esculturas e representações não são tão naturais e leves quanto as obras
greco-romanas;
- Todos os elementos e detalhes são pensados de modo a reforçar a
mensagem.
- A partir do século XII, com as Cruzadas, há um maior contato com a arte
Bizantina, o que leva os artistas a se inspirarem na arte sacra oriental,
deixando as imagens mais serenas e naturais que as anteriores;
- A arte medieval não pretende se assemelhar à realidade, tendo uma
importância simbólica muito mais relevante;
* Sem essa obrigação de representação da realidade, foi possível retratar
cenas “macabras” de forma alegórica e amenizada.
* Os artistas tiveram mais liberdade na escolha das cores, optando por cores
profundas e brilhantes.
“Essa liberdade, que os emancipou da
necessidade de imitar o mundo natural,
iria habilitá-los a transmitir a ideia de
sobrenatural”.(p.183)

GOMBRICH, E. J. A História da Arte, ITC, 1950

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