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“remédios constitucionais” é uma construção doutrinária e não legal, pois a legislação

contempla cada remédio com nome específico. Dito isso, passaremos à análise de cada um
desses remédios, que a saber são: habeas corpus; habeas data; mandado de segurança;
mandado de injunção, ação popular e ação civil pública.

A Lei Federal brasileira nº 12.016, de 07 de agosto de 2009, no seu art. 1.º determina que
"Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer
pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça".

Direito líquido e certo é um dos requisitos para se ingressar com um Mandado de Segurança,
com vistas a proteger direito violado ilegalmente ou com abuso de poder, ou que se tenha
receio de ser violado, por autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções
que exerça.

Para que seja considerado liquido e certo, o Direito deve ser expresso em Lei e ser
demonstrado de plano, ou seja, as provas de sua existência devem acompanhar o pedido ao
juiz, sob pena de indeferimento, já que no Mandado de Segurança não há espaço para a
produção de provas.

são mecanismos que garantem aos cidadãos os direitos fundamentais previstos na


Constituição Federal quando o Estado não cumpre seu dever, seja por despreparo, ilegalidade
ou abuso de poder.

Com louvor nos oferece o conceito Pedro Lenza, ao ensinar:

"O direito líquido e certo é aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-
constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito manifesto na sua
existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração.
Importante lembrar a correção feita pela doutrina em relação à terminologia empregada pela
Constituição, na medida em que todo direito, se existente, já é líquido e certo. Os fatos é que
deverão ser líquidos e certos para o cabimento do writ

Segundo Gilmar Mendes e Paulo Branco, em seu livro "Curso de Direito Constitucional", o
Mandado de Segurança é um instrumento processual que surge de complementação ao
habeas corpus [1]. Assim, tem como função, como dita o art. 5º, inciso LXIX da Constituição
Federal de 1988, a defesa de direitos líquidos e certos feridos por atos do poder público e não
abrangidos por habeas corpus ou habeas data. O Mandado de Segurança, dessa forma, aborda
somente os direitos subjetivos públicos que não sejam amparados por processo administrativo
próprio ou habeas corpus ou habeas data

O mandado de segurança é um instrumento que serve para garantir direito líquido e certo,
individual ou coletivo, que esteja sendo violado ou ameaçado por ato de uma autoridade, em
ato ilegal ou inconstitucional.

Pode ser:

Mandado de segurança preventivo: O mandado de segurança preventivo é aquele pedido com


fins de evitar uma ilegalidade. Para garantir que o direito se cumpra, o indivíduo entra com o
mandado.

Mandado de segurança repressivo: no caso de o ato ilegal já ter sido cometido pela autoridade
pública, entra-se com a ação de mandado de segurança repressivo, para reprimir a injustiça
cometida.

Nesse sentido inovou a Constituição de 1988 ao dispor no inciso LXX do art. 5° que:

"LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a)partido político com representação no Congresso Nacional;

b)organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;"
não é qualquer agente público que pode sofrer o mandado de segurança: é um instrumento
voltado apenas àqueles com poder de fazer e desfazer atos dentro da administração pública
(por isso o termo “autoridade”).

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