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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB


CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA - CEAD
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL ANA JOAQUINA DE CARVALHO –
ESPERANTINA-PI

SILVANE DA SILVA OLIVEIRA

Luzilândia
2018
SILVANE DA SILVA OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL ANA JOAQUINA DE CARVALHO –
ESPERANTINA-PI

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal do
Piauí-UFPI / Núcleo de Educação à
Distância-NEAD, como pré-requisito para
obtenção do título em Pedagogia.

Orientador: Prof. Msc. Jean Douglas Moura


dos Santos

Luzilândia
2018
SILVANE DA SILVA OLIVEIRA

A IMPORTANCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL ANA JOAQUINA DE CARVALHO –
ESPERANTINA-PI

Trabalho apresentado em____/_____/_____

COMISSÃO EXAMINADORA

___________________________________________________________

Professor (a) orientador (a): Jean Douglas Moura dos Santos

___________________________________________________________

Professor (a) avaliador (a): Adriano Cardoso Silva

___________________________________________________________

Professor (a) avaliador (a): Maria Francisca Ferreira Machado

Luzilândia
2018
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela força durante esses quatro anos de


curso, em meio a tantas dificuldades. E por ter me guiado ao longo dessa caminhada e
ter me permitido chegar até aqui.
Ao meu pai, Teófilo, à minha mãe, Maria das Graças, à minha irmã pelo apoio e
palavras de incentivo quando estava em meio às dificuldades.
Ao meu esposo pela colaboração, atenção e incentivos dados na trajetória
deste curso.
A UFPI – CEAD que me proporcionou a oportunidade de realizar este curso.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desta
pesquisa.
Dedico primeiramente a Deus pelo dom da
vida e aos meus pais pela força durante essa
caminhada. Enfim, com toda dedicação à
vocês.
RESUMO

A importância da ludicidade na educação infantil é imensurável, já que os jogos e as


brincadeiras são ótimas ferramentas de conciliação entre o prazer e o desenvolvimento
cognitivo, através da experiência lúdica a criança pode desenvolver sua coordenação
motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e sua inteligência.
Infelizmente, professores, na ansiedade de ensinar os conteúdos propostos, ainda
encontram barreiras limitadoras de tais atividades, sobretudo por carência de
capacitação teórica para formular e construir os recursos necessários para tal prática no
cotidiano escolar. Essa realidade requer efetivas mudanças de pensamento e
comportamento, uma vez que é responsabilidade de cada professor e instituição de
ensino tornar mais atrativo e prazeroso, portanto mais eficaz, o processo de ensino-
aprendizagem nas séries iniciais, preparando a criança para a construção do
pensamento crítico em relação à percepção do meio em que vive. O estudo mais
aprofundado e criterioso sobre o lúdico na educação infantil se faz necessário como
ferramenta alternativa e complementar na prática pedagógica, pois os benefícios para o
desenvolvimento da criança são inegáveis.

Palavras-chave: Lúdico, ensino infantil, aprendizagem.


ABSTRACT

The importance of playfulness in early childhood education is immeasurable, since


games and play are great tools to reconcile pleasure and cognitive development.
Through playful experience the child can develop his motor coordination, his visual and
auditory abilities, his reasoning creative and their intelligence. Unfortunately, teachers, in
the anxiety to teach the proposed contents, still find limiting barriers to such activities,
mainly due to lack of theoretical training to formulate and build the necessary resources
for such practice in the school routine. This reality requires effective changes in thinking
and behavior, since it is the responsibility of each teacher and teaching institution to
make the teaching-learning process more attractive and enjoyable, therefore more
effective, in the initial grades, preparing the child for the construction of thought critical in
relation to the perception of the environment in which he lives. The more thorough and
judicious study on playfulness in children’s education becomes necessary as an
alternative and complementary tool in pedagogical practice, since the benefits for the
child’s development are undeniable.

Keywords: Playful, infant education, learning.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................8
2 INFÂNCIA, BRINCADEIRAS E APRENDIZAGEM...................................................11
2.1 ASPECTOS LÚDICOS DA BRINCADEIRA...........................................................12
2.2 O QUE É BRINCADEIRA?....................................................................................18
2.3 O BRINQUEDO......................................................................................................19
2.4 A BRINCADEIRA NA PRÁTICA DOCENTE...........................................................22
2.5 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.................................................................23
3 METODOLOGIA........................................................................................................26
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................................................................29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................31
REFERÊNCIAS............................................................................................................32
APENDICE – INSTRUMENTO DE PESQUISA...........................................................34
8

1 INTRODUÇÃO

A finalidade desta pesquisa é justificar a importância do lúdico na aprendizagem


da criança nos anos iniciais escolares, bem como compreender como o lúdico é
trabalhado no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil da Escola
Municipal Ana Joaquina de Carvalho localizada na localidade Beirute, zona rural do
município de Esperantina-PI.
O ato de brincar não deve ser visto simplesmente um momento de diversão
pura e simples, torna-se extremamente importante perceber as inúmeras possibilidades
que a criança tem de socializar, raciocinar, aprender, ensinar, construir e descobrir
através do que antes era apenas passatempo.
O lúdico é uma ferramenta pedagógica que pode e deve ser utilizada dentro e
fora da sala de aula como alternativa metodológica de aprendizagem, uma vez que
através da ludicidade as crianças aprendem de maneira mais efetiva, concreta e
significativa, o que resulta em uma educação de mais qualidade. No entanto, a questão
que motivou a realização desse estudo foi justamente a utilização do lúdico na sala de
aula ainda de modo tímido e insatisfatório.
A principal proposta é analisar o uso de jogos e brincadeiras no processo de
ensino-aprendizagem na Educação Infantil na prática pedagógica do professor. De
forma mais específica, espera-se verificar se os docentes utilizam técnicas lúdicas no
decorrer de sua atuação; identificar as mesmas e descobrir a importância que os
professores dão ao lúdico como uma ferramenta pedagógica.
A escolha da temática se deu em decorrência da experiência durante a
realização do Estágio Supervisionado em Educação Infantil.
Winnicott afirma que: “A brincadeira permite a associação livre de ideias,
pensamentos, impulsos, sensações sem conexão aparente e emersão de ideias. Para
ele, com base na brincadeira, se desenvolve a comunicação e se constrói a totalidade
da existência experimental do homem.” E que “É na brincadeira, que o indivíduo,
criança ou adulto pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente
sendo criativo que o indivíduo descobre o seu eu (self)”.
9

Também Vygotsky (1994) destaca o papel do meio social e cultural na formação


do indivíduo, entendendo que a “brincadeira serve para o desenvolvimento de inúmeras
habilidades cognitivas e afetivas.”
Portanto, a brincadeira permite a criança resolver conflitos internos, tendo a
oportunidade de aprender sozinha com sua própria falha sem se sentir constrangida em
errar e tentar novamente. O errar e o tentar de novo se torna um ato natural, sem
traumas ou consequências negativas para o seu desenvolvimento total, uma vez que

“Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito
difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar a angústia,
controlar ideias ou impulsos que conduzem à angústia se não forem
dominados”. (Winnicott, 1966)

Reconhecendo que a criança se expressa através do simbólico, podemos ver


que o brinquedo dentro de uma brincadeira tem um grande sentido e que assim ela vai
transportar para este o seu mundo, a sua vivencia, crescendo e se desenvolvendo
intelectualmente e socialmente. Não é preciso que diga a uma criança coma brincadeira
com este ou aquele brinquedo, ela vai transferir para ele toda a sua fantasia, todo o seu
potencial criador e é aí que o educador pode atuar e aproveitar para orientar as
atividades lúdicas de forma a desenvolver o que for escolhido como tema de
determinada aula.
É na brincadeira que a criança toma consciência de si mesma, aprende a atuar
subordinando suas ações a um determinado modelo, a uma norma de comportamento.
Assim, no lúdico a iniciativa é da própria criança reconhecendo-o como algo desejado e
não uma imposição, uma obrigação, uma rotina sem mudanças, o que vai tornando o
tempo entediante e sem fins educativos, pois a criança perde o interesse e a atenção
para a situação imediata, o que não acontece na brincadeira , que oferece o prazer, a
emoção e a fantasia, envolvendo-a e prendendo assim sua atenção. E é dentro desse
contexto de prazer, emoção e fantasia que ela verbaliza, comunica-se e desenvolve-se
de maneira holística.
10

Tendo em vista as questões colocadas acima, essa pesquisa tem como


proposta estudar e mostrar a importância que a brincadeira tem para a criança. Fazer
com que o educador descubra que, mais que uma simples brincadeira, as atividades
que as crianças fazem com seu grupo ou até mesmo sozinhas, tem um valor social
implícito, onde novas relações são formadas e vínculos são estabelecidos, sejam essas
atividades livres ou dirigidas.
A cada nova brincadeira um novo e mais forte grupo será formado entre as
crianças, e essas estarão cada vez mais fortes e preparadas para um desenvolvimento
natural, amplo e social compreendendo melhor o significado de se viver em grupo, ser
um cidadão crítico e atuante na sociedade em que vive, buscando por melhores
condições de vida individual e coletiva.
11

2 INFÂNCIA, BRINCADEIRAS E APRENDIZAGEM

A infância é um período muito importante na vida, nela acontecem as principais


mudanças, tais que definem um indivíduo pelo resto de sua vida. Etimologicamente
infância, vem do latim infância. Mesmo com toda a limitação colocada neste conceito é
na infância que ocorre as principais mudanças e aprendizados, através da
multiplicidade de áreas de conhecimento.
Segundo Rousseau, em sua obra Emílio ou da Educação (1999), é importante
que a educação se dê de forma natural, onde a criança era vista de modo diferente e a
educação seria resultado de vontades próprias e não repetidas por imposições de
regras exteriores e artificiais.
Nesta mesma obra Rousseau, defendia que a educação natural era muito maior
que a educação intelectualista da época. Pois ele via a criança de maneira totalizada,
onde apenas não era levado em consideração seu lado intelectual, mas também suas
disposições primitivas, como: as emoções, os instintos e sentimentos, primitivos de
qualquer ser humano, que existe antes do pensamento construído e merece confiança,
pois ainda não foram forjados pela sociedade ou impostas ao indivíduo, ou seja, ela
ainda possui sua inocência e acredita na bondade e pureza dos outros.
Rousseau traça um caminho que leva a criança, ao ser respeitada a ordem
natural, a resguardar a bondade, a liberdade, a felicidade comprometida pela ordem
social. Indica ao mesmo tempo um entendimento da natureza social para o homem
(social e maléfica) e um entendimento da natureza social da criança (boa, pura, que
deveria ser conservada). Coloca a criança frente a ela mesma, voltada para si, uma
espécie de ordem individualista (JARDIM, 2003).
Trazendo esta temática para ser discutida no contexto brasileiro, fica ainda pior,
pois seu papel social não era reconhecido e ela na maior parte das vezes passava
despercebida, sem que fosse levada em consideração sua importância histórica e
social. A verdade é que a criança não existia como objeto de compreensão a merecer
visibilidade e reconhecimento.
12

A brincadeira até então era visto como algo sem muito significado, onde servia
apenas para entreter as crianças e fazer com que seu tempo fosse totalmente usado.
Mas a brincadeira vai muito além de divertir uma criança, essa pode ter um aprendizado
mais significativo do que algo imposto.
É importante mencionar que o lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus"
que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se
referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser
reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De
modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. Conforme Antunes
(2005) “as implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar
espontâneo”.
Dessa forma, o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da
vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente
pedagógica. De acordo com Neves (2009), “a criança e mesmo o jovem opõem uma
resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não costuma
ser prazerosa”
Nesse sentido, Carneiro (1995) destaca que “todas as pessoas têm uma cultura
lúdica, que é um conjunto de significações sobre o lúdico”. Assim, é possível dizer que a
cultura lúdica é produzida pelos indivíduos, a qual se constrói a todo tempo, por meio
de brincadeiras que a criança começa desde cedo.
Todos os significados remetem ao mesmo entendimento: a brincadeira faz parte
da experiência humana. As brincadeiras possibilitam às crianças vivenciar aventuras
potencializadoras da criatividade e imaginação, portanto compreende-se o lúdico como
cultura, onde cada brinquedo ou brincadeira pode se tornar um fundamental mecanismo
de aprendizagem.

2.1 ASPECTOS LÚDICOS DA BRINCADEIRA

As formas que se apresentam a ludicidade são das mais diversas, através das
histórias, dos jogos, das dramatizações, das músicas, das danças, das canções e das
13

artes, mas o principal motivo do interesse desse estudo gira em torno da importância
que a ludicidade assume, principalmente no âmbito escolar, durante a prática educativa,
como uma ferramenta que auxilie a prática pedagógica, em atividades que envolvam a
criatividade e o pensamento crítico e sistemático.
O fato de ser algo desprendido do modelo escolar tradicional, a ludicidade como
atividade livre, leva-nos a não notar quão sutil seu ensinamento age em nossas mentes,
não como uma atividade opressora e repressiva que limita e bloqueia a criatividade
tornando- se um obstáculo para a aprendizagem, mas como algo agradável e sutil, “não
sério” e que pode ser facilmente assimilado, por quem tem toda jornada de
conhecimento para trilhar.
Ajuda-nos a entender melhor o aspecto lúdico, algo que seja estudado em
conjunto, não como algo compartimentalizado do conhecimento, mas como a totalidade
que todo ser humano está inserido, ou seja, suas emoções, sua crítica, a autonomia, a
construção de seu próprio pensamento ao proporcionar uma visão que inclua os seus
interesses, suas necessidades e o prazer de cada indivíduo.
A cultura de um povo leva ao questionamento do lúdico no ensino, mas quando
uma criança apresenta um enigma não deixa de ser uma questão filosófica. O
historiador facilmente afirma que ao esboçar as fases da Filosofia, as primeiras ideias
começaram através do jogo de enigmas sagrados segundo o qual era ao mesmo tempo
um ritual e um divertimento festivo.
Em nossa sociedade moderna, as escolas priorizam o conteúdo, onde os
profissionais se veem imersos em objetivos a serem alcançados, deixando um pouco
de lado as brincadeiras por não haver tempo suficiente para fazerem os dois de forma
correta e sistemática. Para esta criança foi reservado o mínimo de tempo para que ela
pudesse brincar ocupando a maior parte de seu tempo em salas de aula onde os
conteúdos são considerados superiores às questões lúdicas e ao próprio
processamento da aprendizagem significativa no educando. As instituições de
Educação Infantil têm restringido as atividades das crianças aos exercícios repetitivos,
motora e, ao mesmo tempo em que bloqueiam a organização independente das
crianças para as brincadeiras, essas práticas não estimulam a criatividade dos alunos,
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como se suas ações simbólicas servissem apenas para explorar e facilitar ao educador
a transmissão de determinada visão do mundo, definida, a princípio, pela instituição
infantil. Nessa perspectiva, Wayskop (1995) aponta que se as instituições fossem
organizadas em torno do brincar infantil, elas poderiam cumprir suas funções
pedagógicas, privilegiando a educação da criança em uma perspectiva criadora,
voluntária e consciente.
Fora da escola o indivíduo está inserido num meio social onde a informação
impera e as distrações às vezes são: mexer em um computador, assistir uma televisão,
uma brincadeira em jogos eletrônicos onde ele está o tempo todo recebendo novas
informações, o que mudar enriquecer e modificar suas ações ou não podem acabar
piorando.
Na visão de Campos (2011) o jogo, nas suas diversas formas, auxilia no
processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no
desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de
habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão,
a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a
aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem
quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa
competição, etc.
É realmente possível a aprendizagem através do lúdico, através de brincadeiras
direcionadas, dentro de uma proposta pedagógica séria; essa aprendizagem ocorre de
maneira mais duradoura através dos brinquedos porque não é nada imposto e sim algo
que toda criança gosta que seja manipular uma brincadeira. É nessa brincadeira que
ela acaba aprendendo que o ensino pode e deve ser algo prazeroso e que aprender
não implica em somente sentar ler e escrever em um ambiente propício a isso, ou seja,
as escolas e centros de ensino.
É imprescindível enxergar com novos olhos o verdadeiro universo mágico e
encantador do lúdico em sala de aula e consequentemente, entendendo-se aí toda a
prática cotidiana do aluno, visto que, é na educação infantil que as crianças são
capazes de construir a aprendizagem através do brincar, criando e imaginando
15

situações de representações simbólicas entre o mundo real e o mundo a ser construído


com base nas suas expectativas e anseios.
Nessa perspectiva, é através da atividade lúdica que a criança se prepara para
a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando, adaptando-se
às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com seus
semelhantes e conviver como um ser social. Portanto, os professores, na posição não
de meros transmissores de informações e conhecimentos sistemáticos, mas como
mediadores desses conhecimentos, devem oportunizar condições para que por meio do
desenvolvimento dessas atividades, a criança possa construir de forma autônoma o seu
próprio conhecimento.
A brincadeira envolve uma atitude positiva diante da vida, onde podemos fazer
coisas, não simplesmente pensar ou desejar, pois brincar é fazer, é uma experiência
que envolve o corpo, os objetos, um tempo e um espaço. É como a vida: tem início,
meio e fim. Permite ainda desenvolver a tolerância à frustração, canalizar a
agressividade, inscrever o gesto pessoal, usar objetos da realidade externa que são
transfigurados, de acordo com fantasia, é à base da capacidade de discriminação
necessária ao processo de aprendizagem criativo que envolve a autoria e apropriação
criativa de conhecimentos.
Winnicott afirma que:

“A psicoterapia é efetuada na superposição de duas áreas lúdicas, a do


paciente e do terapeuta. Quando o paciente não pode brincar, algo precisa ser
feito pra ajudá-lo a tornar-se capaz de brincar, após o que a psicoterapia pode
começar. A brincadeira é essencial porque nele o paciente manifesta sua
criatividade.”

O conhecimento não deveria ser passado de forma tão rígida para que as
crianças não se sentissem forçadas a gravar na mente, pelo contrário, ele deveria ser
passado de forma suave, de uma forma que chegue mais próximo ao mundo imaginário
dessa criança, vivido com muito prazer e alegria. Nada é mais próximo que isso do
ensinar brincando, ensinar como um “faz de conta”.
16

Através da ludicidade a criança se apropria do conhecimento de maneira


prazerosa, favorecendo as novas descobertas que é o objetivo de uma atividade
direcionada ao saber, enriquecendo e aprimorando sua personalidade e favorecendo o
desenvolvimento cognitivo. Para Vygotsky (1994) o brinquedo faz aparecer uma nova
forma de desejo, encorajando-a a desejar e relacionar seus desejos num “eu” fictício ao
seu papel no jogo e suas próprias regras.
No brinquedo, a criança opera com significados desligados dos objetos e ações
aos quais estão habitualmente vinculados; entretanto, uma contradição muito
interessante surge, já que, no brinquedo, ela inclui, também, ações reais e objetos
reais. Isto caracteriza a natureza de transição da atividade do brinquedo: é um estágio
entre as restrições puramente situacionais da primeira infância e o pensamento adulto,
que pode ser totalmente desvinculado de situações reais.
Percebe-se assim que quando a criança expõe suas ideias através da
brincadeira ela se envolve num mundo ilusório e imaginário onde seus desejos podem
se tornar realizados. Em suas experiências de brincar colocam situações e desafios que
estão além de sua vivência e do seu comportamento do dia-a-dia. As experiências
sociais das crianças se estabelecem desde muito cedo e na sua vivência social e
cultural diária que experimentam com os adultos e o mundo imposto por eles. A
brincadeira acaba por ser o instrumento condutor que lhes colocará nesse meio
sociocultural dos adultos.
A brincadeira é algo imprescindível para a formação da personalidade do
indivíduo, levando em consideração o meio social da qual está inserida e tanto pode ser
um processo educacional como também uma atividade social integradora entre
diversas culturas. Conforme Vygotsky, a importância da brincadeira pode ser justiçada,
pois a criança será inserida no mundo adulto através dessas brincadeiras antevendo
seus papéis na sociedade e seus valores futuros, ou seja, por meio de brincadeiras ela
pode se desenvolver socialmente, conhecendo seus deveres e seus direitos para um
bom convívio social. A imaginação será expandida através das habilidades conceituais
que a criança adquiriu, bem como seu universo psíquico proporcionado pelas atividades
lúdicas. É possível verificar tal coisa na afirmativa abaixo:
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Durante a brincadeira, afeto, motricidade, linguagem, percepção,


representação, memória e outras funções cognitivas estão profundamente interligadas.
A brincadeira favorece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o processo
de apropriação de signos sociais. Cria condições para uma transformação significativa
da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexas de
relacionamento com o mundo. Isso ocorre em virtude das características da brincadeira:
a comunicação interpessoal que ela envolve não pode ser considerada “ao pé da letra”,
sua indução a uma constante negociação de regras e à transformação dos papéis
assumidos pelos participantes faz com que seu enredo seja sempre imprevisível
(OLIVEIRA).
A brincadeira como atividade social supõe, está interligado a vários aspectos
tais como: os sociais, os culturais, os históricos, o biológico, o sociológico, o psicológico
que se juntam numa realidade simbólica criada pela própria criança mediando sua
relação com o mundo real (não-fictício) e contribuindo para possíveis mudanças na
história de quem brinca.
Em uma visão um pouco mais ampla, observamos que vários pensadores tem a
mesma linha de pensamento sobre o tema proposto, sempre com a mesma ideia sobre
essa questão tão importante da infância.
Assim, partindo por Maria Montessori, o jogo em sala de aula poderia ser um
riquíssimo suporte pedagógico para ser utilizado nas mais diversas disciplinas, levando
nossos educandos a aprendizagens mais significativas e duradouras, pois estimulam ao
mesmo tempo a parte motora e cognitiva das crianças.
A partir da Montessori começou-se a popularizar o conceito de “aprender
brincando” muito utilizado em nossos dias de maneira inadequada e errônea. Pois a
brincadeira deve ser direcionada, fundamentada em conteúdos didáticos, onde o
conhecimento seja significativo no dia a dia de nossas crianças.
No início de sua concepção o conceito do aprender brincando era totalmente
deturpado por profissionais despreparados e sem nenhuma formação do que
significava essa nova teoria. O aluno era deixado livre com seu brinquedo para fazer
suas descobertas a partir de suas próprias indagações, sem que o educador agisse de
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maneira a instigar a criança, a saber, cada vez mais sobre o que ela podia manipular o
conhecimento que ela poderia obter.
Contudo, sabemos que até mesmo em brincadeiras livres, onde o profissional
não intervém no saber, a criança alcança um conhecimento significativo, pois interage
com o meio em que está, ou seja, tanto com outras crianças na escola como com
adultos em sua casa.
Maria Montessori (1987) pontuou “O adulto e a criança devem se unir; o adulto
deve se fazer humilde e aprender a ser grande com criança”. Portanto, é através das
brincadeiras descontraídas e prazerosas que também o adulto vai construir um novo
tipo de conhecimento com a pouca experiência das crianças que encaram há todos os
dias os mesmos desafios de aprender, onde este aprender pode ser simplesmente mais
prazeroso.

2.2 O QUE É BRINCADEIRA?

O contexto social da criança influencia fortemente no seu desenvolvimento.


Diante disso, as crianças são passiveis de influencias lúdicas de seu cotidiano. Mas,
infelizmente os adultos que convivem e brincam com as crianças não se dão conta
desse fato tão importante. Muitos desconsideram a brincadeira como promotora de
aprendizagem.
No entanto, teóricos e pesquisadores da área já reconheceram que a
brincadeira é uma forma privilegiada de aprendizagem infantil porque as crianças
trazem para suas brincadeiras sua visão de mundo carregada de descobertas. Para
clarear essa grande confusão conceitual construída historicamente sobre a brincadeira,
Kishimoto (2005) diz que:

“A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do


jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Desta
forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não
se confundem com o jogo”.
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A partir dessa conceituação, podemos dizer que, para a criança, a brincadeira é


a materialização do pensamento lúdico, pois quando a criança executa as regras de um
jogo, ela está brincando, houve a ação da criança.
A brincadeira está longe de ser somente uma atividade natural da criança no
seu dia-a-dia, ela é também uma aprendizagem social, portanto declarar a brincadeira
como uma ação importante para a criança exige mais do que somente permiti-la, mas
sim, promovê-la.
Assim, a brincadeira é uma atividade que, ao mesmo tempo, identifica e
diversifica os seres humanos em diferentes tempos e espaços. É também uma forma
de ação que contribui para a construção da vida social coletiva. A brincadeira é
patrimônio e prática social que cria laços de solidariedade e de comunhão entre os
sujeitos que dela participam.

2.3 O BRINQUEDO

O brinquedo faz-se tão importante neste contexto infantil por ter a capacidade
de instigar a imaginação da criança, e é através dele que a pedagogia interage com o
lúdico no sentido de também educar.

“uma criança que domina o mundo que a cerca é a criança que se esforça para
agir neste mundo. Para tanto, utiliza objetos substitutos aos quais confere
significados diferentes daqueles que se normalmente possuem. O brinquedo
simbólico e o pensamento estão separados dos objetos e a ação surge das
ideias então das coisas (VYGOTSKY, 1991)”.

O brinquedo faz com que a criança solte sua imaginação e desenvolva a


criatividade possibilitando o exercício da concentração, da atenção e do engajamento,
por isso ele estimula a inteligência, proporcionando desafios e motivação.
Com o brinquedo a criança reconhece as coisas, descobre mais, experimenta e
reinventa, analisa, compara e cria. Seu mundo interior é enriquecido e cada vez mais
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pode se comunicar com o mundo que a cerca, suavizando o impacto provocado pelo
tamanho e pela força dos adultos, diminuindo seu sentimento de impotência.
O brinquedo oferece uma ótima oportunidade de fazer a criança desenvolver
sua linguagem verbal, pois a variedade de situações que ele possibilita pode favorecer
a aquisição de novos conceitos. Portanto, o brinquedo é a forma mais completa que a
criança tem de ser comunicar consigo mesma e com o mundo. É na magia do
brinquedo que a criança desenvolve a autoestima, a imaginação, a confiança, o
controle, a criatividade, a sensopercepção, a cooperação e o relacionamento
interpessoal. Os brinquedos também estimulam a percepção, as capacidades sensório-
motor, condutas e comportamentos socialmente significativos nas ações infantis.
Na concepção Vygotskyana, o brinquedo oferece suporte que não produzirá
somente novos significados, mas transmite um significado social e simbólico.

“se o brinquedo é entendido como simbólico existe o perigo de que ele possa vir
ser considerado como uma atividade semelhante à álgebra, isto é, o brinquedo
como álgebra, poderia ser considerado como um sistema de signos que
generalizam a realidade, sem nenhuma característica que considere
específica.”

“Pode acreditar que o brinquedo não é uma ação simbólica no sentido próprio
do termo, de forma que se torna essencial mostrar o papel da motivação no brinquedo.
E essas abordagens não ajudam a compreender o papel do brinquedo no
desenvolvimento posterior. (Vygotsky, 1994)”.
A criança se socializa através da integração dela com o objeto e o ambiente
cultural que a rodeia, assimilando seus códigos e o brinquedo torna-se o objeto
mediador da comunicação entre a sociedade e a criança.
O apoio do brinquedo também favorece a construção dos valores e a formação
do indivíduo, pois ao manipulá-lo a criança está aprendendo de maneira prazerosa e
significativa e ainda está lhe propiciando meios que venham ajudá-la psicologicamente.
Diante desta concepção Kishimoto apresenta uma visão contemporânea (1999):
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“Hoje a imagem de infância é enriquecida, também com o auxílio de


concepções, psicológicas e pedagógicas, que reconhecem o papel de
brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento e na construção do
conhecimento infantil... (Kishimoto; 1999)”.

Ainda segundo Kishimoto (1996) os brinquedos devem ser comprados de


acordo com a idade, a capacidade e a área de interesse para a criança.
Kishimoto classifica-os como:
Brinquedos de berço: móbiles, chocalhos, bichinhos de vinil, brinquedos para
olhar, ou ouvir, pegar e morder são valiosos para as estimulações sensorial e motora da
criança. A presença destes pequenos objetos no universo da criança, chamando sua
atenção e despertando seus sentidos é uma contribuição importante para seu
desenvolvimento.
Brinquedos do faz de conta: funcionam como elementos introdutórios e de
apoio à fantasia; e facilitam o processo de simbolização e proporcionam experiências
que, além de aumentarem o repertório de conhecimento da criança, favorecem a
compreensão de atribuições e de papéis.
O faz de conta dá oportunidades para expressão e elaboração em forma
simbólica de desejos e conflitos; quanto mais rica for a fantasia e a imaginação da
criança, maiores serão suas chances de ajustamento do mundo ao seu redor. Como
exemplos, podemos citar as bonecas, os fantoches, as mobílias infantis, os carrinhos,
as fantasias, os teatrinhos e outros.
Brinquedos pedagógicos: costuma-se chamar brinquedo pedagógico ao que foi
fabricado com objetivo de proporcionar determinadas aprendizagens, tais como cores,
formas geométricas, números, letras, etc.
Usar o jogo na educação infantil significa transportar para o campo do ensino-
aprendizagem condições para facilitar a construção do conhecimento, introduzindo as
propriedades do lúdico, do prazer e a capacidade de ação motivadora.
Brinquedos de construção: servem para enriquecer a experiência social,
estimulando a criatividade e desenvolvendo habilidades na criança; para se
compreender a relevância das construções é necessário considerar tanto a fala como a
22

ação da criança e também considerar as ideias presentes em tais representações,


como elas adquirem tais temas e como o mundo real contribui para a sua construção.
Brincadeiras tradicionais: estes são filiados ao folclore, considerada como parte
da cultura popular por ser um elemento folclórico, a brincadeira tradicional infantil
assume características de anonimato e tradicionalismo, seus criadores são anônimos.
Sabe-se apenas, que provem de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de
romances, poesias, mitos rituais religiosos. Enquanto manifestações livres e
espontâneas da cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a
cultura infantil, desenvolver formas de convivências sociais e permitir o prazer de
brincar.

2.4 A BRINCADEIRA NA PRÁTICA DOCENTE

A utilização de jogos pode auxiliar e muito a prática docente, especialmente


quando o educador direciona suas ações, ou seja, as organiza de forma a ser
aproveitada de maneira mais eficiente e significativa para seus educandos.
É extremamente importante reconhecer que a ludicidade na prática docente não
basta para garantir uma prática lúdica de qualidade. Este caminho para a construção do
conhecimento requer do profissional de educação muita disciplina para fazer com que
seu jogo funcione.
Ainda hoje vemos que muito se tem para fazer em relação a quebra de
paradigmas anteriormente estabelecidos e veiculados a um descrédito de tais
profissionais que utilizam essa prática pedagógica. Em uma sociedade onde até mesmo
nas escolas se espera do aluno que sua produção acadêmica seja exemplar em termos
de exercícios e quantidade de tarefas e não em uma aprendizagem onde ocorra o
conhecimento na forma e no tempo do aluno, a ludicidade vem resgatar esta questão
na íntegra.
Portanto, incluir um planejamento das ações lúdicas se faz necessário para que
o professor não perca a essência do que a brincadeira pode oferecer ao aluno em
termos de conhecimento significativo e duradouro.
23

Como todo processo na educação, a avaliação também deve se fazer presente


neste suporte pedagógico. Devemos avaliar de um ângulo um pouco diferenciado este
trabalho, nosso objetivo não é que a brincadeira saia perfeita sem nenhuma interrupção
e sim se nosso objetivo proposto, que foi a consolidação de uma aprendizagem mais
significativa ocorreu de maneira esperada.
Assim como em todo processo de avaliação o educador deve também rever sua
prática pontuando os pontos positivos e negativos da atividade planejada utilizada
anteriormente, a brincadeira e o jogo; para saber em qual aspecto deve mudar de
estratégia para uma próxima confecção de atividade lúdica.
Incluir o lúdico no fazer educacional, além de uma necessidade básica de toda
a criança, contribui para a construção de uma sociedade brincante, que reconhece a
ludicidade como comportamento social da criança.
Brincar auxilia o desenvolvimento físico, mental, social, afetivo e intelectual de
nossos educandos, pois a criança cria conceitos e relaciona ideias, estabelece relações
lógicas, ou seja, integra-se na sociedade e constrói a partir daí seu próprio
conhecimento.

2.5 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O trabalho com o lúdico no âmbito escolar não pode ser desvinculado de um


significado. A infância é um período em que a criança está se construindo culturalmente
e a brincadeira assume uma importância fundamental como forma de participação
social e como atividade que possibilita a apropriação, a ressignificação e a
reelaboração da cultura pelas próprias crianças.
Então, o currículo da Educação Infantil deve integrar a brincadeira, a música, a
dança, as artes plásticas e a literatura, entre outras produções culturais, ao trabalho
com os conhecimentos específicos.
Ao incorporar o lúdico no trabalho com os conteúdos específicos o professor
apropria-se de diferentes formas de argumentar, registrar e comunicar seus saberes por
meio de suportes relacionados à própria ludicidade.
24

Assim, a criança da Educação Infantil inicia sua vida escolar sem sofrer um
desapego da sua infância, tendo suas brincadeiras agora com uma apropriação de
conhecimentos, estabelecendo associações e significações que ampliam suas
possibilidades de aprendizagem.
A organização dos espaços de forma a disponibilizar brinquedos e materiais
para as crianças, oferecendo diferentes possibilidades de interação, proporciona aos
espaços da Educação Infantil alegria, aconchego e acolhida, de forma a apoiar os
movimentos e as relações sociais das crianças, motivando sua autoria e autonomia na
formação de grupos e construção de suas brincadeiras.
Assim, o educador poderá ampliar e enriquecer as possibilidades de ações
lúdicas ao trabalho com os vários suportes pedagógicos relacionados aa brincadeira, à
brincadeira, ao jogo.
A seleção dos brinquedos nessa fase envolve diversos aspectos: ser durável,
atraente e adequado, apropriado a diversos usos, garantir a segurança, ampliar
oportunidades para brincar, atender à diversidade racial, não conter preconceitos de
gênero, classe social e etnia, não estimular a violência, incluir diversidade de materiais
e tipos: industrializados, artesanais e produzidos pelas crianças, professores e pais.
A análise da brincadeira na Educação Infantil será efetuada de acordo com os
artigos 9º ao 12º das Diretrizes Curriculares de Educação Infantil. De acordo com o
artigo 9º, os eixos norteadores das práticas pedagógicas devem ser as interações e a
brincadeira, indicando que não se pode pensar na brincadeira sem interações:
Interação com a professora: a brincadeira interativa na escola é essencial para
o conhecimento do mundo social e para dar maior riqueza, complexidade e qualidade
às brincadeiras.
Interação com as crianças: a brincadeira com outras crianças garante a
produção, conservação e recriação do repertório lúdico infantil.
Interação com os brinquedos e materiais: é essencial para o conhecimento do
mundo dos objetos.
A interação entre criança e ambiente: a organização do ambiente facilita ou
dificulta a realização das brincadeiras e das interações entre as crianças e adultos.
25

As interações (relações) entre a instituição, a família e a criança: a relação entre


a instituição e a família possibilita o conhecimento e a inclusão da cultura popular que
inclui os brinquedos e brincadeiras que a criança conhece no projeto pedagógico.
Enfim, os espaços de Educação Infantil devem garantir às crianças tanto suas
necessidades básicas físicas e emocionais quanto às de participação social de troca e
interações, de constituição de identidades e subjetividades, de ampliação progressiva
de experiências e conhecimentos sobre o mundo, através da brincadeira, para que este
seja parte integrante do processo educativo, devendo ser incentivado, garantido e
enriquecido com alegria, imaginação, transgressão, participação e cooperação.
26

3 METODOLOGIA

Para êxito desta pesquisa fez-se necessário o uso da metodologia científica


como forma de garantir o alcance dos resultados esperados. Para Fiorese (2003), a
metodologia científica é um conjunto de métodos pelos quais se torna plausível o
desenvolvimento dos artifícios necessários para o alcance de um determinado objetivo.
Assim, pode se dizer que a metodologia é o caminho que o pesquisador irá utilizar para
chegar ao seu destino.
Barros e Lehfeld (2003), afirma que a pesquisa científica é a exploração, o
questionamento e é o artifício ordenado e claro que tem por fim, identificar, encontrar e
compreender os casos que estão implantados em uma determinada realidade. Desta
forma a pesquisa exige de seu executor certa formalidade, levando em consideração os
métodos e os tipos de pesquisa a serem realizadas.
Para Severino (2007, pág. 102) no método científico “não basta ver é preciso
olhar,” observar um problema já identificado de forma racional.

O problema se formula então como a questão pela causa dos fenômenos


observados, qual a relação causal constante entre eles. “Aí entra em ação
novamente o poder lógico da razão, com a sua criatividade, que formula uma
hipótese, ou seja, propõe uma determinada relação causal como explicação”.
(SEVERINO, 2007, pág.103).

Este trabalho trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que


apresenta como vantagens, segundo Polit et al (2004), o aprofundamento da pesquisa
buscando compreender o contexto do fato, coleta dados sem instrumentos formais
estruturados, não tenta controlar o objeto da pesquisa, mas captar o máximo possível
de dados, destaca o individual como forma de tentar compreender e comentar as
experiências, analisa as informações registradas de forma organizada.
Para Gerhardt e Silveira (2009), as características da pesquisa qualitativa são:

Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever,


compreender, explicar, recisão das relações entre o global e o local em
determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o
mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos
investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de
resultados os mais fidedignos possíveis; e oposição ao pressuposto que
27

defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. (Gerhardt e


Silveira, 2009, pág. 32)

Desta forma, acredita que a pesquisa qualitativa, será importante e poderá


fornecer a metodologia necessária para o alcance dos resultados propostos neste
trabalho científico. Ainda nesse sentido, Gerhardt e Silveira (2009. Pág 31) apud Minayo
(2001), enfatiza a importância da pesquisa qualitativa a descrever que a mesma
trabalha com “o universo de significado, motivo, aspirações, crenças, valores e atitudes,
o que corresponde a um espaço mais profundo das relações e dos fenômenos e que
não pode ser reduzida a operacionalização de variáveis.”
Quanto ao tipo de abordagem, esta pesquisa é exploratória, pois conforme cita
Gil (1991), amplia, explana e transforma opiniões, tendo como produto final o
esclarecimento de um problema, mediante métodos sistematizados, produzindo maior
familiaridade com um problema, através da análise documental e aplicação de
entrevistas.
Os procedimentos utilizados para o alcance dos resultados foram: pesquisa
bibliográfica, estudo de caso e pesquisa de campo, o que possibilitou um bom alcance
dos resultados, contribuindo com os objetivos propostos. A pesquisa bibliográfica
conforme cita Fonseca (2002) é realizada através do levantamento de referências
teóricas já analisadas e publicadas sejam por meios eletrônicos ou escritos. Neste
sentido fez se a análise de obras, periódicos, documentos instrumentais, revistas e
artigos, buscando garantir o embasamento teórico para a pesquisa.
O estudo de caso por sua vez, tem sua importância para o campo das ciências
sociais e humanas por possibilitar a observação do indivíduo pesquisado.
A pesquisa foi realizada Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Ana Joaquina de Carvalho, localizada na zona rural de Esperantina, na
localidade Beirute, a mesma foi fundada em 1978. A escola oferece atualmente as
modalidades de ensino: pré-escola e anos iniciais do ensino fundamental e funciona
nos turnos matutino e vespertino.
A equipe gestora da escola e composta por uma diretora, um orientador
pedagógico e uma secretario escolar.
28

A estrutura física da escola está dividida em 12 ambientes sendo estes: 05


salas de aula, 01 sala de direção e secretaria, 01 cozinha, 01 refeitório, 01 sala de
professores, 01 cantina e 02 banheiros. Os muros e as pinturas da escola estão um
pouco precários precisando de alguns reparos.
Foram sujeitos da pesquisa: 01 professora e 23 alunos da educação infantil.
A pesquisa trata-se de um estudo de caso acerca da importância do lúdico no
processo de ensino-aprendizagem de uma escola pública do município de Esperantina-
PI. Desta forma, foram utilizados os seguintes os seguintes instrumentos de coleta de
dados: Pesquisa Bibliográfica, Aplicação de Questionário, Observação de Atividades e
Estudo de Caso.
Na fundamentação teórica, fez-se uso da pesquisa bibliográfica, como forma de
fundamentar a referida pesquisa e compreender sobre a importância do lúdico para a
aprendizagem na educação infantil.
O objetivo da aplicação da entrevista de maneira informal foi proporcionar um
momento de reflexão mais próximo possível da realidade cotidiana sobre as ações dos
professores durante as aulas e verificar opiniões dos profissionais sobre a temática, o
que permitiu gerar bons momentos de reflexão, enriquecedores para a observação e
elaboração deste trabalho.
Durante o estágio curricular foi utilizado a metodologia de estudo de caso,
através da observação das práticas lúdicas e da satisfação das crianças em aprender a
partir da brincadeira.
Os dados alcançados durante a observação foram apresentados neste trabalho,
através de relato no tópico de análise e discussão dos resultados.
29

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A pesquisa foi realizada junto a uma turma da Educação Infantil da Escola


Municipal Ana Joaquina de Carvalho. Durante o estágio foi feito a observação das
práticas lúdicas e dos seus efeitos sobre o processo de ensino aprendizagem, bem
como o grau de satisfação das crianças em aprender a partir da brincadeira.
A turma da Educação Infantil pesquisada era composta por 01 professora e 23
alunos com idade entre 04 e 05 anos. A professora foi entrevistada durante a realização
da pesquisa.
Perguntou-se sobre a sua formação acadêmica, ela respondeu que era
licenciada em pedagogia e especialista em Educação Infantil. Questionou-se sobre a
sua experiência em sala de aula, segundo a mesma, estava em sala de aula há 06
anos.
Desta forma, foi requerido que a mesma comentasse sobre as atividades
lúdicas realizadas em sala de aula. Disse considerar importantes sendo que são
fundamentais para o desenvolvimento da criança, fazendo parte do processo educativo.
Citou como práticas lúdicas comumente realizadas em sala de aula: alfabetização com
letras presas em prendedores, gravuras e colagem de figuras e o uso de dado e dominó
no ensino da matemática.
Durante o estudo de caso foi possível diagnosticar a utilização de diversas
atividades processo educativo. A aula inicia geralmente, algumas músicas onde o aluno
é incentivado a fazer gestos com as mãos e os pés integrando-se com os demais
colegas da sala de aula.
No ensino de português, pode-se perceber a utilização de um varal de palavras,
onde o aluno ia pendurando as sílabas até formar uma palavra, a presença dos
cânticos, danças e jogos é continuo e em quase todas as atividades a professora fez
uso destas práticas na abertura das atividades. Notou-se que as crianças eram
impulsionadas a aprender e fazia do ensino um momento prazeroso entre elas.
30

Notou-se a utilização do lúdico no ensino da matemática, com a utilização de


jogos de dominó e dado para ensinar e no ensino de geografia, com a utilização de
pinturas e desenhos para descrever localidades.
Verificou-se há uma parceria e um relacionamento amigável entre a professora
e os alunos, as brincadeiras fazem parte do processo de ensino aprendizagem. Em
diversos momentos a professora faz uso do mesmo.
A sala é composta por alunos agitados, o que torna imprescindível o uso de
metodologias que possibilita a concentração dos alunos durante o processo de ensino
aprendizagem.
Para o desenvolvimento da linguagem e expressão, é utilizado o teatro com
fantoches, cantigas de roda e apresentação de filmes infantil na sala de vídeo. Para o
desenvolvimento cognitivo e motor são utilizadas cantigas de rodas, danças,
brincadeira como pega e esconde-esconde etc. Para o ensino da matemática, são
utilizados jogos de raciocínio lógico. No ensino de religião, ciências e geografia, são
utilizadas, além do teatro de fantoche, apresentação de filmes, cantigas de rodas,
brincadeiras e danças, pintura de desenhos e colagem de figuras e apresentação oral
de histórias sobre amor, perdão e solidariedade.
Observou-se que a professora consegue atrair a atenção das crianças durante
a realização das atividades lúdicas, as crianças demonstram satisfação em aprender a
partir da brincadeira, o índice de satisfação é alto, há poucas brigas e discussão
durante a aprendizagem, as quais foram facilmente contornadas pela professora
através do diálogo.
Logo, o lúdico é muito eficaz no processo de ensino aprendizagem, sendo
recomendado a sua utilização nas classes de Educação Infantil e séries iniciais do
Ensino Fundamental. Observou-se que toda criança gosta de brincar e que o lúdico
possibilita a criança aprender enquanto brinca o que produz satisfação e prazer na
aprendizagem, e que as os resultados destas são significativamente melhores do que
as de crianças sem acesso a métodos lúdicos de aprendizagem.
31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso refletir sobre a necessidade de se inserir uma metodologia ativa


baseada em brinquedos e brincadeiras, considerando a idade da criança e o processo
de construção do conhecimento, respeitando-se assim sua predisposição natural, pois
criatividade e autonomia se desenvolvem quando se propicia à criança um ambiente
familiar e escolar que favorecem essas características. O lúdico está presente em todas
as fases da vida do ser humano, em especial na infância que é uma fase tão
importante, pois é nela que moldamos o caráter e a personalidade do indivíduo. É um
assunto que tem conquistado espaço nas mais diversas áreas do conhecimento.
Durante a realização do estudo de caso, foi possível verificar a importância da
utilização do lúdico em sala de aula, na Educação Infantil, para a aquisição do
conhecimento. Verificou-se que a turma é formada por alunos agitados e que a
utilização do lúdico, possibilita a professora atrair a atenção dos mesmos, de forma que
a aprendizagem seja plena. Os alunos demonstram satisfação em aprender através do
lúdico, isto porque, a brincadeira, jogos, música e contos possibilitam ao aluno o
desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. Acredita-se que a criança aprende muito
mais quando brinca, a brincadeira é, portanto, uma ferramenta eficiente de ensino-
aprendizagem.
No que se refere a educação infantil, considera-se muito insatisfatório a ideia de
uma metodologia rígida de ensino, sem o uso do lúdico, pois o brincar faz parte da
formação do cotidiano da criança, logo, a criança que não brinca tende a ter dificuldade
de concentrar-se no ensino, ficar insatisfeitas e entristecida e logo não se desenvolver
plenamente. Logo, a inserção das atividades lúdicas nas práticas escolares é um
grande desafio, as quais o professor e a escolar devem aceitar como forma inovar no
ensino e prender a atenção do aluno por meios prazerosos de aprendizagem. A escola
e a professora que faz uso do lúdico na sua metodologia de ensino tende a apresentar
muito mais êxito do que as práticas tradicionais e rudimentares de ensino, onde o aluno
é como uma folha em branco que precisa ser preenchida e o professor é o detentor do
conhecimento.
32
33

REFERÊNCIAS

ABNT NBR 9050:2004. 97 páginas. Norma Brasileira. ABNT NBR. 9050.

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34

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WINNICOTT, D.W. A brincadeira e a realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975.


35

APENDICE – INSTRUMENTO DE PESQUISA


Questionário

1. Qual sua formação acadêmica?


( ) Ensino Médio
( ) Ensino Superior
( ) Ensino Superior incompleto
( ) Especialização _________________________

2. Qual o tempo de docência na educação Infantil?


( ) 1 a 2 anos
( ) 3 a 4 anos
( ) 5 a 6 anos
( ) 7 a 8 anos
( ) acima de 9 anos

3. Você trabalha a muito tempo nesta instituição?


( ) sim
( ) não

4. Como são feitos os planejamentos de ensino? E o que você acha deles?


( ) Anual
( ) Semestral
( ) Trimestral
( ) Bimestral
( ) Semanal
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
36

5. Como é a participação da família na vida escola dos alunos dessa escola? Eles são
presentes na escola?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6. Você trabalha nesse ano letivo com alunos de qual idade?


( ) 2 anos e meio
( ) 3 anos
( ) 4 anos
( ) 5 anos

7. Para você as brincadeiras e jogos fazem parte do desenvolvimento da criança?


( ) Sim
( ) Não

8. Como as brincadeiras são trabalhas para que haja a socialização?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

9. Você tem alguma dificuldade de trabalhar com brincadeiras e jogos? Cite algumas?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
37

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10. Dê sua opinião sobre o lúdico na Educação Infantil.


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

11. Você trabalha os jogos de acordo com os conteúdos de matemática, natureza,


sociedade e linguagem oral?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes

12. Nesta escola tem material de apoio aos docentes? Cite alguns?
( ) Sim
( ) Não
( ) Poucos

13. Na escola tem salas amplas para que os alunos fiquem confortáveis enquanto estão
desenvolvendo atividades lúdicas?
( ) Sim
( ) Não

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