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Curso de Especialização em

Interpretação Exploratória
Dobras
CARACTERÍSTICAS GERAIS
‡ Dobras são estruturas em forma de onda que resultam da deformação do
acamamento, foliação ou qualquer outra superfície originalmente planar nas
rochas.
‡ Podem ser discretas, muito amplas e suaves, ou bem evidentes, decorrente
de forte encurtamento.
‡ Podem ocorrer como dobras isoladas ou formar trends extensivos de
diferentes dimensões.
Dobras
Dimensões de Dobras
‡ As dobras ocorrem em todas as escalas: micro, meso, macro e mega

Escala de cordilheira
Dobras
Escala de montanhas Canadian Rockies
Dobras

1 km

2.0s

3.0s

4.0s

5.0s
Dobras
Escala de afloramento e de lâmina
Dobras

Escala de Laboratório: Modelos Físicos


Dobras
Significado Tectônico
‡ Dobras constituem formas de acomodar o encurtamento crustal, ...
‡ Dobras relacionadas a falhas
„ Fault-Bend Fold
„ Parallel Fault-Propagation Fold
„ Trishear Fault-Propagation Fold
„ Detachment Fold
Dobras
fb
g
=
q

Ejercicio Sísmico: Delta del Niger 0.5 km

Datos Cortesía de VERITAS


Dobras
Importância de Dobras

‡ Estrutura fundamental para o estudo da deformação da crosta terrestre


™ Marcadores sensitivos dos esforços tectônicos
™ Informação cinemática (direção de transporte tectônico)

‡ Controle estrutural de armadilhas para óleo e gás – trapas estruturais


Dobras
‡ Controle estrutural de mineralizações:
™ Depósitos do tipo saddle reef: veios de metais preciosos ou
preenchimento de charneiras de dobras
™ Depósitos estratiformes deformados por dobramentos

É necessário entender a geometria 3D para


mapear trapas e modelar corpos de minério
Seção geológica da mina de ouro de Dufferin,
Salmon River Gold District (Malcolm and
Faribault, 1912). Veios auríferos foram
minerados ao longo de estruturas do tipo
"saddle reef" ao longo da charneira da dobra.
Dobras
TIPOS BÁSICOS DE DOBRAS

Convexidade versus Idade das Camadas

FACING DIRECTION
Dobras
Facing Direction
‡ Define a direção em que as camadas são mais jovens (empilhamento
estratigráfico), avaliada ao longo da superfície axial da dobra
‡ Pode ser para cima ou para baixo ou no sentido de uma direção geográfica.
‡ Importante na definição de anticlinais e sinclinais.

Necessário conhecer a
ordem estratigráfica
Mais novo

Mais antigo
Dobras
‡ ANTICLINAL & SINCLINAL
Dobras
‡ Caso não se conheça a estratigrafia através de dobras, deve-se empregar os
termos descritivos para se referir ao tipo geométrico:
™ Antiforme: convexidade para cima

™ Sinforme: convexidade para baixo

‡ Em função da estratigrafia podem ocorrer duas situações:


™ Anticlinal sinformal: convexidade para baixo, porém com camadas mais jovens no
sentido oposto
™ Sinclinal antiformal: dobra com convexidade para cima, porém com camadas mais
jovens no sentido oposto

Anticlinal sinformal Sinclinal antiformal


Dobras
‡ DOMO: antiforme estruturalmente fechada,
circular, onde o acamamento mergulha
centrifugamente a partir de um ponto central.
‡ BACIA: sinforme estruturalmente fechadas,
circular, onde o acamamento mergulha
radialmente no sentido de um ponto central.
Dobras
‡ Em geral, domos formam estruturas importantes como trapas petrolíferos.

Dome de Grenville (Sinclair, Wyoming)


Dobras
Pares Sinclinal-Anticlinal + Domos
(Zagros Mts, Irã)
Dobras
‡ MONOCLINAL: define uma dobra em
degrau, com apenas um flanco inclinado
interposto a dois flancos horizontais.
Dobras
‡ DOBRAS EM KINK E CHEVRON: são dobras conjugadas que apresentam
flancos retos e charneiras bem angulares.

Dobras em Kink
(conjugadas)

Dobras em Chevron
Dobras
1 km

1.5s

2.0s

2.5s
Dobras
‡ DOBRAS EM CAIXA: são dobras conjugadas
com zonas de charneira arredondadas.

‡ DOBRAS PTIGMÁTICAS : apresentam


forma lobada e se assemelham com intestinos.
São definidas por veios dobrados, ou camadas
de litologias constrastantes, irregulares e
geralmente isolados.
Dobras
Harmonia no Dobramento
‡ Dobras Harmônicas: exibem apenas uma
ordem de comprimento de onda, com as
superfícies axiais contínuas
‡ Dobras Desarmônicas: revelam duas ou
mais ordens de comprimento de onda
(poliharmônicas), com superfícies axiais
descontínuas. A forma ou o comprimento
de onda varia de camada para camada.
Dobras
ANÁLISE GEOMÉTRICA
Partes e elementos geométricos de dobras
‡ Linha de Charneira: conecta pontos de máxima curvatura na dobra. Pode ser
descrita por uma linha física, fixa, assinalada sobre uma camada estratigráfica e
contida na superfície/plano axial da dobra e medida diretamente com a bússola.
‡ Zona de Charneira: região ao redor da linha de charneira

Linha de Chaneira
Dobras
‡ As dobras podem exibir mais de uma linha de charneira.
Dobras
Orientação da Linha de Charneira

Orientação da
Mergulho
dobra

0° dobra horizontal

1-10° dobra suborizontal

10-30° suave

dobra com
caimento
30-60° moderado

60-80° forte
Trend Axial: refere-se à atitude
da linha de charneira 80-89° dobra subvertical

90° dobra vertical


Dobras
‡ Flanco: aba lateral da dobra, situada entre duas linhas de charneira adjacentes

Charneira
Charneira

flanco
Dobras
‡ Eixo da dobra: é um elemento geométrico
definido por uma linha imaginária que, ao se
mover paralelamente a ela mesmo, pode definir
a forma da dobra. Por não se tratar de uma linha
física, ela não apresenta uma localização fixa
sobre a superfície dobrada.
Dobras
Geratriz do dobramento

Dobra = superfície curviplanar


Dobras
Cilindricidade do dobramento

‡ Dobras Cilíndricas: apresentam forma


alongada segundo o strike na qual um cilíndro
pode ser inscrito dentro da zona de charneira;
revela superfície axial bem definida

‡ Dobras Quase-Cilíndricas: dobras que podem ser


aproximadas pelo modelo cilíndrico.
Dobras
‡ O eixo de dobra só faz sentido em dobras cilíndricas, sendo paralelo à linha
de charneira. Em qualquer lugar sobre uma dobra cilíndrica há uma linha
(eixo) paralela à linha de charneira.
‡ Há uma infinidade de linhas (eixos) sobre a camada dobrada cilindricamente,
as quais não se restringem à zona de charneira da dobra.

‡ Por conseguinte, o eixo da dobra


não pode ser medido diretamente
no campo. Ele deve ser
determinado indiretamente,
fazendo uma série de medidas com
a bússola e tratando os dados em
um estereograma.
‡ Nas dobras não cilíndricas de
grande escala (maioria dos casos),
é possível segmentar a estrutura
em pequenas partes (domínios ou
setores estruturais)
Dobras
‡ Dobras não cilíndricas: muito complexas para terem apenas uma única
superfície axial bem definida. A charneira é curva, não paralela.
‡ Não têm eixo, apenas linha de charneira
Dobras
‡ Dobras em Bainha (sheet folds): quando a charneira da dobra se encurva
dentro da superfície axial.
Dobras

‡ dobras formadas por elevada


deformação cisalhante. Normalmente
ocorrem em zonas de cisalhamento.
‡ As lineações de estiramento são
paralelas ao eixo da dobra.
Dobras
Dobras
Grau de Simetria de Dobras
A, B e C – Eixos geométricos
‡ Dobras Cilíndricas:
™ Ortorrômbicas: dois planos de simetria (AB – plano
axial – e AC – perfil da dobra; eixo B – eixo da dobra)
™ Monoclínicas: um plano de simetria (AC)

‡ Dobras Não cilíndricas


™ Triclínicas: nenhum plano de simetria
Dobras
‡ Crista: o ponto mais alto de uma dobra em seção
‡ Calha: o ponto mais baixo de uma dobra em seção

crista charneira

flanco

Calha
Dobras
‡ Superfície Envoltória: construídas para camadas individuais.
¾ Superfície envoltória de antiformal: conecta os pontos de crista
¾ Superfície envoltória de sinformal: conecta os pontos de calha
Dobras
‡ Em geral, a linha de charneira ondula ao longo de seu strike, alterando a atitude
para uma determinada dobra. Esse fato produz estruturas tipo:
Culminações
Depressões
Selas
Domos
Bacias
Dobras com Caimento (plunging folds)
‡ Praticamente todas as grandes dobras possuem eixos com caimento (ou
mergulhantes), com flancos não paralelos convergindo para o nariz ou zona
periclinal da dobra.
‡ Anticlinal com caimento: o eixo aponta para fora da estrutura; as rochas
mais antigas ocorrem no seu núcleo.
‡ Sinclinais com caimento: o eixo aponta para dentro da estrutura, onde
afloram rochas mais novas.
Par anticlinal-sinclinal com caimentos opostos
Dobras com Duplo Caimento (doubly plunging folds)
‡ Possuem caimentos opostos a partir de um ponto central, definindo
antiformes e sinformes de caimento duplo.
‡ Denominam-se braquianticlinal e braquissinclinal, respectivamente, um
anticlinal e um sinclinal de duplo caimento, que possui extensão algo maior
que sua largura.
Dobras
‡ Superfície axial: que passa através das sucessivas linhas
de charneiras
‡ Quanto à morfologia, a superfície axial pode se apresentar
como ...

A. Superfície planar
B. Superfície curviplanar sistemática
C. Superfície curviplanar não sistemática
Dobras
‡ Para encontrar a superfície axial de uma dobra deve-se unir todas as linhas de
charneira identificadas em camadas diferentes de uma dobra.
‡ Pode resultar uma superfície planar, curva ou curviplanar.
Dobras
Orientação da Superfície Axial

Mergulho Orientação da dobra


Recumbente
1-10°

10-30° Suavemente Inclinada

30-60° Moderadamente

60-80° fortemente

80-89°
Normal
90°
Atitude da dobra
‡ Definida pela orientação do plano axial (strike/dip) e do eixo de dobra ou
linha de charneira (rumo/caimento)

Linha de Charneira
Dobras
Classificação de dobras com base na orientação

Horizontal Inclinada

Normal Horizontal Mergulho da superfície axial

Inclinada com caimento


Recumbente

Pitch da linha de charneira


Normal com Caimento

Reclinada com Caimento

Vertical
Dobras
Dobras normais
Dobras
Dobras horizontais inclinadas

‡ Os flancos mergulham em sentidos


opostos
Dobras
Dobras Inversas com um flanco invertido (overturned folds)

‡ Ambos os flancos mergulham


na mesma direção.
Dobras
Dobras Recumbentes

‡ Plano axial horizontal a suborizontal


Dobras
‡ Traço axial de uma dobra: linha de interseção entre a superfície axial e qualquer
outro plano, incluindo a superfície topográfica;
¾ Em geral, eixo e traço não são a mesma coisa.
Dobras
‡ Ponto e linha de inflexão: pontos de curvatura zero. As linhas conectam os
pontos de inflexão de um mesmo flanco.
‡ Superfície mediana: superfície imaginária que conecta os pontos de inflexão

‡ Superfície de Inflexão: superfície que


passa através das linhas de inflexão de
todas as camadas dobradas
Dobras
‡ Comprimento de dobra: distância entre charneiras de dobras sucessivas.
‡ Amplitude da dobra: altura medida da charneira até a superfície (traço)
mediana, ou metade da distância da calha até a crista subseqüente.
Dobras
Geometria da deformação
‡ Eixos Cinemáticos
™ Eixo a – direção de transporte tectônico
™ Eixo b – perpendicular ao eixo a
™ Eixo b – perpendicular ao eixo a
™ Plano ab – plano representativo do movimento

‡ Eixos de Deformação
™ Eixo x – direção de alongamento máximo
™ Eixo y – de direção intermediária e perpendicular a x
™ Eixo z – direção principal de achatamento, normal ao plano xy
™ Plano xy – plano principal de deformação

Os eixos de deformação definem o


elipsóide de deformação finita
Dobras
Classificação de Dobras
‡ Feita com base no estudo do perfil da dobra, sendo avaliados os seguintes
parâmetros:
™ Forma
™ Assimetria
™ Arredondamento da charneira
™ Variação de Espessura
™ Isógonas de mergulho de Ramsay
Dobras
Forma da dobra

‡ Fechamento: definido pelo ângulo interflancos


‡ Ângulo Interflancos: ângulo entre as tangentes
à superfície da dobra que passam pelas linhas
(pontos) de inflexão.

Fechamento Ângulo interflanco

Suave 180o-120o

Aberta 120o-70o

Fechada 70o-30o

Cerrada 30o - 0o

Isoclinal 0o

Elástica Valores negativos


Dobras

Suave

Aberta
Dobras

Fechada
Dobras
Dobras
Assimetria de dobras
‡ Avaliado mediante um plano imaginário que divide o
dobra o mais simetricamente possível – em geral, o
plano axial. Contudo a superfície axial nem sempre
coincide com a superfície bissetriz da dobra.
‡ As dobras assimétricas são definidas olhando segundo o
caimento, ou projetado no plano horizontal. Podem ser
do tipo Z, S, W ou M.
‡ As assimetrias podem ser usadas para determinar o
fechamento de dobras de maior ordem.
Dobras
Dobras

Flanco
Flanco

l
axia

axia
Flanco

no

no
Pla

Pla
Dobras
Grau de arredondamento da charneira
Dobras

Arredondamento (ou angularidade)


Dobras
Dobras
Variação de Espessura
‡ Isópacas (paralelas): a espessura das
camadas é constante ao longo da
dobra.
‡ Concêntricas: dobras paralelas nas
quais a superfície dobrada define arcos
circulares.
‡ Similares: há variação de espessura;
em geral, espessamento da charneira e
afinamento dos flancos
Dobras
Dobras Concêntricas (Paralelas)
‡ Em geral apresentam algum tipo de problema de
espaço no núcleo da dobra
Dobras
Dobras Similares
‡ Em geral apresentam certo grau de afinamento nos flancos e de espessamento
na charneira.
Dobras
Classificação de dobras com base na isógonas de mergulho de Ramsay)

‡ Tangentes aos limites superior e inferior da


camada dobrada, com o mesmo ângulo (α) em
relação a um sistema de referência arbitrário.
‡ As isógonas de mergulho conectam pontos sobre
os limites superior e inferior da camada dobrada,
onde as camadas apresentam o mesmo mergulho
em relação a um sistema de referência arbitrário.
‡ A espessura da camada varia por toda a extensão
aferida da dobra.
Dobras
Dobras
Dobras

Isógonas de Mergulho
Dobras
ESTRUTURAS MENORES ASSOCIADAS A DOBRAS
Dobras
RECONSTRUÇÃO DE DOBRAS MAIORES
Dobras
Relações Geopetais
Dobras
Dobras
Indicadores Geopetais
Dobras

Ripple simétrica
Ripple assimétrica
Dobras

normal

assimétrica

invertido

normal

simétrica

invertido
Dobras
Dobras
Dobras de Menor Ordem (Parasíticas)
‡ Ocorrem associadas ao flancos da estruturas regionais
Dobras
‡ A superfície envoltória permite estimar a relação entre dobras menores e de
maior ordem
Dobras
Ordem de Dobras Parasíticas
‡ Dobra de primeira ordem: a dobra mestre (a maior)
‡ Dobras de segunda ordem: dobras menores nos flancos das dobras de primeira
ordem
Dobras
Vergência de dobras parasíticas
‡ Vergência da dobra é a direção horizontal,
Dobra em Z (Dextral) contida no plano do perfil da dobra, no qual o
flanco superior e mais longo da dobra
assimétrica aparenta ter-se movido causando
a rotação do flanco mais curto. A vergência
deve ser definida com relação à malha de
referência geográfica (norte, sul, leste, oeste).
Dobras

Dobra em S (Sinistral)
Dobras
Dobras parasíticas associadas a dobras simétricas de maior ordem

‡ As dobras parasíticas sempre exibem vergência ...


... no sentido da anticlinal, ao longo da envoltória externa da dobra;
... no sentido da sinclinal ao longo da envoltória interna
Dobras
Dobras parasíticas associadas a dobras assimétricas de maior ordem
Dobras
PROCESSOS DE DOBRAMENTO
‡ As forças causam dobramento, porém, para formar dobras, é necessário que as
rochas possuam uma feição planar (acamamento, foliação, veio, etc.) para
configurar as dobras.
Dobras
‡ Ao comprimir um bloco de argila, as dobras não aparecem

‡ Entretanto, ao adicionar elementos planares ao bloco de argila, após comprimi-lo,


percebe-se o aparecimento de dobras. Portanto, deve haver alguma espécie de
acamamento ou estrutura planar na rocha para definir a forma da dobra.
Dobras
Dobras “Livres” versus Dobras “Forçadas”
‡ Dobras Livres: resultam inteiramente das propriedades físico-mecânicas
das camadas envolvidas.
‡ Dobras Forçadas: resultam do movimento sobre falhas, deformando-se de
forma passiva.
Dobras
MECANISMOS DE DOBRAMENTO
‡ Com base na função mecânica das camadas, os mecanismos podem ser
agrupados em três tipos básicos:

n
Dobramento Ativo

Por Flambagem (Buckling)


(ou flexural)

Î Dobramento Livre

o
Por Flexão (Bending)
Î Dobramento Forçado

p
Dobramento Passivo

‡ Os tipos n e o são os mais comuns na tectônica regional


Dobras
Condições do dobramento passivo:
‡ Camadas fracas (mecanicamente), uniformemente macias;
‡ Elevada ductibilidade média;
‡ Baixo contraste de ductibilidade (pouca influência do acamamento)
‡ Exemplos
Sedimentos inconsolidades, ricos em água;
Gipso e sal
Rochas sob elevadas temperaturas (rochas metamórficas)
Dobras
Dobramento por cisalhamento puro Dobramento por cisalhamento simples
Dobras
Dobramento Ativo (ou Dobramento Flexural)
‡ O acamamento exerce significado mecânico durante a deformação. As camadas
apresentam diferentes competências, afetando diretamente o estilo deformacional
do corpo de rocha.
‡ Há duas condições dinâmicas para o dobramento ativo:

Flexão (Bending): a força aplicada atua com orientação oblíqua ao


acamamento.
Exemplos: formação de bacia sedimentar, carregamento litosférico,
desenvolvimento de monoclinais.

Flambagem (Buckling): a força aplicada atua paralela ao acamamento.


Exemplos: formação de boa parte das dobras.
Dobras
Dobramento por Flambagem (Buckling)
‡ Ocorre quando há um grande contraste de competência entre as camadas, em
geral marcado por camadas rígidas (fortes) intercaladas em camadas mais
fracas.
‡ Com a incidência da tensão compressiva, a camada se torna instável e se
encurva ou se flexiona.
‡ A deformação ocorre mediante encurtamento paralelo à camada.
‡ As camadas mais forte dobram ao passo que as mais fracas se acomodam nos
espaços criados.
Dobras
Dobras
Dobras
‡ As dobras parasíticas podem indicar o sentido de cisalhamento que operou ao
longo dos flancos da dobra, bem como a posição das charneiras de dobras de
grande escala.
Dobras
Dobras
Dobramento por Processos de Flexão – Dobras Forçadas
‡ Neste caso, as dobras estão associadas com a curvatura
ou o deslocamento de uma falha situada abaixo delas.
‡ As camadas não são livres para se dobrar, podendo
apresentar ou não uma tensão significativa paralela à
camada.
‡ Em geral, elas viajam passivamente, até certo grau, ao
longo do trajeto, muitas vezes associados com
falhamento.
Dobras
Dobras relacionadas a falhas
Dobras
Dobras
fb
g
=
q

Ejercicio Sísmico: Delta del Niger 0.5 km

Datos Cortesía de VERITAS


Dobras
Dobras Monoclinais
‡ Em muitos casos, a formação de monoclinais parece estar associada com a
reativação de falhas cegas de alto ângulo, existentes no embasamento, sob
coberturas sedimentares
No caso, as falhas se localizam imediatamente debaixo do flanco basculado.
‡ Uma hipótese alternativa sugere que as monoclinais refletem um
dobramento livre, com instabilidade por flambagem da crosta superior
Dobras
MODELOS CINEMÁTICOS DE DOBRAMENTO
‡ Os mecanismos que descrevem a deformação para gerar dobras “livres”, onde
as formas dependem das propriedades das camadas, podem ser agrupados em
três tipos básicos.

Deformação Fluxo Flexural


Deslizamento Flexural longitudinal tangencial
(superfície neutra)
Dobras
Dobramento por Deslizamento Flexural
‡ Acomoda a flambagem por deslizamento paralelo à camada (layer-parallel slip),
entre os sucessivos leitos.
‡ Como conseqüência geométrica do deslizamento flexural, a dobra resultante é
cilíndrica e paralela (a espessura das camadas permanece a mesma)

‡ Formam dobras da classe 1B


‡ Esse mecanismo é realçado pela baixa coesão entre as
camadas, isto é, por seqüências bem acamadadas a base
de cherts, calcários etc.
Dobras
‡ Características do dobramento por deslizamento flexural:
ƒ Marcado por camadas resistentes com contatos de resistência coesiva;
ƒ A direção de deslocamento relativo é perpendicular à charneira;
ƒ Os deslocamentos individuais são pequenos, mas a soma é suficiente para acomodar
a flexão da rocha;
ƒ A quantidade de movimento entre camadas aumenta com a distância da charneira;
ƒ A quantidade de movimento é proporcional ao mergulho do flanco; maior o
mergulho, maior o deslocamento.
ƒ A deformação é plana (x,z), porém, a razão de
deformação e a orientação diferem a cada ponto no plano do
perfil.
ƒ Qualquer relação angular original na superfície de deslizamento
antes do dobramento (por ex., flute casts) permanecerá a mesma
ao longo da dobra (sem deformação no topo/base da superfície
dobrada)

ƒ Ocorre nos níveis mais superiores da crosta


Dobras
Deslocamento no topo da camada A e B, para incrementos de 10°
‡ A quantidade de movimento aumenta para camadas mais espessas e com o
distanciamento da charneira;
‡ A deformação cisalhante (g) do deslizamento interestratal depende apenas da
inclinação do flanco
Dobras
Estruturas de menor ordem relacionadas ao dobramento por deslizamento flexural
Dobras
Dobramento por Deformação Tangencial Longitudinal
‡ Também conhecido como dobramento de superfície neutra, caracteriza uma
partição da deformação ao redor da zona de charneira da dobra, através de
uma superfície neutra
No arco externo (extrado), ocorre estiramento paralelo à camada
No arco interno (intrado), ocorre encurtamento paralelo à camada
Ao longo da superfície neutra, não há deformação (atensional)

‡ O dobramento resultante é paralelo e


cilíndrico. Não há deslizamento entre
as camadas
‡ Formam dobras da classe 1B
Dobras
Distribuição da Deformação
‡ Arco tracional externo (superfície de topo): os eixos longos da elipse de
deformação são paralelos à camada dobrada
‡ Arco compressional interno (superfície basal): os eixos são normais à camada
Dobras
Estruturas de menor ordem geradas durante o dobramento
‡ São geradas em conseqüência do deslocamento ao longo das camadas e da
deformação interna das delas. Há quatro mecanismos complementares:
Encurtamento total paralelo à camada
Deslizamento paralelo à camada nos flancos da dobra
Estiramento paralelo à camada no extrado da charneira
Encurtamento paralelo à camada no intrado da charneira

Encurtamento paralelo à
camada, antes da flambagem

O deslizamento flexural e a
flambagem transformam dobras
simétricas em dobras assimétricas
Dobras
Desenvolvimento de juntas durante o dobramento
‡ É possível o desenvolvimento de 3 classes de juntas:
™ Juntas transversais (modo I): perpendicular ao eixo da dobra
™ Juntas longitudinais (mode I): paralelas às superfícies axiais. Sua origem não é clara.
Talvez estejam relacionadas à liberação de tensões ao cessar o dobramento

™ Juntas oblíquas (modo II ou III): duas


juntas de cisalhamento conjugadas. A
superfície axial bisecta o ângulo entre os
pares conjugados
Dobras
Estruturas de menor ordem na formadas na zona de charneira

‡ O estiramento de camadas mais


rígidas no arco externo pode
produzir tension gashes, falhas
normais e boudinagem
‡ O encurtamento no arco interno
pode produzir falhas de empurrão.
Dobras
Manifestações no arco externo
Boudinage e estrutura pinch-and-swell
Fraturas de extensão preenchidas
Dobras
Dobramentos por Fluxo Flexural
‡ O dobramento por fluxo flexural ocorre quando não há suficiente influência
mecânica do acamamento na rocha.
‡ Semelhante ao dobramento por deslizamento flexural, porém sem desenvolvimento
de superfícies de deslizamento.
Dobras

Fluxo Flexural x Deslizamento Flexural


Dobras

Fluxo Flexural x Deformação Tangencial Longitudinal


Dobras
Estruturas de menor ordem relacionadas ao dobramento por fluxo flexural
Dobras
PARTIÇÃO DA DEFORMAÇÃO

Exemplo de dobras formadas por flambagem e dobras


relacionadas a uma falha, na mesma amostra de mão
de gipsito (Fm. Castille, Oeste do Texas)
Dobras
MECANISMO DE DOBRAMENTO POR KINKS
‡ São caracterizadas por flancos retos e
charneiras angulares.
‡ Ocorre quando há uma forte trama de
rocha, como um folhelho, xistosidade
etc.

Importância da coesão entre as camadas:


‡ A formação de dobra Kink depende de
forte coesão entre as camadas e de
encurtamento paralelo à camada.
¾ A baixa coesão e fricção favorecem
dobras suaves e arredondadas;
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
Cinemática de Kink Bands e orientação do elipsóide finito deformação

Pares Sinistral e Dextral

Apenas Sinistral

Apenas Dextral
Dobras
Crescimento dos Kinks

‡ Eles migram através do material (A & B)


‡ Eles podem permanecer fixo em largura e evoluir por
meio de cisalhamento simples, paralelo ao kink band (C)
‡ Rotação de corpo rígido dentro do Kink band (D)
Dobras
Domínios de Mergulho
‡ Os dip domains são separados por superfícies axiais; isto é, planos imaginários
que, quando vistos em duas dimensões, definem traços axiais.

Anticlinais: superfícies axiais


convergem para baixo

Sinclinais: superfícies axiais


convergem para cima
Dobras
‡ Em geral as superfícies axiais ocorrem em pares que limitam os flancos das
dobras, classicamente denominados de KINK BANDS
Dobras
Dobras
Espessura do Acamamento em Dobras
‡ As dobras podem ser classificadas de acordo com a variação da espessura
estratigráfica das camadas, verificada nos domínios de mergulho ou através das
superfícies axiais.
Dobras

Conservam a espessura das camadas (T1 = T2)


São comuns em estratos que se deformam predominantemente pelo mecanismo
flexural slip.
As superfícies axiais bisectam os ângulos inter-flancos (γ1 = γ2)
Dobras
No FLEXURAL SLIP o dobramento é acomodado por meio de deslocamentos em
falhas menores instaladas ao longo de alguma aleitamento mecânico – em geral, o
acamamento.
Dobras

A quantidade de rejeito aumenta com o grau de fechamento da dobra, sendo uma


função do espaçamento entre as superfícies de deslizamento.

Em dobras angulares o deslizamento muda instantaneamente ao atravessar a


superfície axial;
Em dobras de charneira concêntrica, o deslizamento aumenta ao longo das
superfícies de acamamento após passar a charneira.
Dobras

As superfícies de deslizamento flexural


inter-estratais podem ser observadas
em afloramentos ou em testemunhos de
sondagem.
O espaçamento entre elas pode variar
de alguns milímetros a várias dezenas
de metros.
Dobras

A espessura das camadas estratigráfica variam gradualmente nos domínios de


mergulho ou mudam bruscamente ao passar através de superfícies axiais (T1 ≠ T2)
A variação pode ser causada por vários mecanismos deformacionais, incluindo fluxo
dúctil em camadas incompetentes. Alternativamente a variação pode ser de origem
deposicional.
A orientação das superfícies axiais (γ1 e γ2) é governada pela magnitude de variação
na espessura da camada.
Dobras
ANÁLISE DE DOBRAS POR PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA
Dobras
A geometria e a forma de uma dobra pode ser avaliada:
‡ Diretamente, medindo as atitudes do plano axial e do eixo da dobra em afloramento
‡ Indiretamente, medindo vários pontos da superfície dobrada e tratando os dados por meio
de estereogramas
Dobras
‡ A rede de Schmidt permite estudar o comportamento espacial de dobras

Representação de Planos

Representação de Pólos do Planos


Dobras (P2)
EXERCÍCIO 1: Representar os flancos de uma dobra em diagramas Pi e Beta.
Determinar o eixo da dobra.

Flanco NE = 60/40
Flanco NW = 290/50
Dobras
Dobras
‡ Os diagramas β e π são equivalentes – representam a mesma propriedade geométrica

i – Número de interseções possíveis


n – número de medidas

n(n − 1)
i=
2
Dobras
Dobras
Determinação do grau cilindricidade da dobra
‡ Função do ajuste dos pólos por um grande círculo
‡ Os pólos de acamamento serão coplanares quando a
geometria do dobramento for cilíndrica.
Dobras
Determinação do eixo de dobras cilíndricas
‡ Interseção de grandes círculos de acamamento
‡ O eixo da dobra (linha de charneira) é o pólo do
grande círculo que contém os pólos de acamamento
Dobras

Dobras cilíndrica

Dobra quase-cilíndricas

Dobra não-cilíndrica
Dobras (P3)
EXERCÍCIO 2: Construa os diagramas Pi e Beta para os dados de acamamento
coletados através de uma dobra. Construa o diagrama de intersecções. Determine o
eixo da dobra e o grau de cilindricidade.

123/70
111/60
94/50
59/40
41/40
03/50
348/60
337/70
328/80
320/90
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Ajuste manual do grande círculo – eliminação de dado

123/70
111/60
94/50
59/40
41/40
03/50
348/60
337/70
328/80
320/45
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Avalie os dados estruturais de
acamamento para cada setor ao longo do
Espinhaço Setentrional.
Dobras
Determinação do eixo de dobras cônicas
‡ Dobras cônicas com eixos horizontais: lugar
geométrico definido pelo eixo de um círculo
mínimo (paralelo) da rede de Schmidt
‡ Dobras cônicas com eixos inclinados: lugar
geométrico que se situa a uma certa distância
angular dos pólos medidos, determinado com o Abertura de uma dobra cônica = 2α
auxílio das redes basculadas.

Dobras cônicas com eixos horizontais Dobras cônicas com eixos inclinados
Dobras (P4)

EXERCÍCIO 3: No campo foram efetuadas 10 medidas ao longo dos flancos e


charneira de uma dobra. Com os valores a seguir indicados, determine o seu eixo.

63/68
58/61
69/55
40/51
30/50
20/51
11/54
00/60
264/70
260/80
Dobras
Dobras (P5)

EXERCÍCIO 4: Para a determinação do eixo B de uma dobra cônica foram efetuadas


as medidas indicadas abaixo. Quais as coordenadas do eixo?

93/47
91/40
90/36
93/27
102/22
124/20
138/21
148/27
150/35
150/45
Dobras
Dobras

Dobra Cônica
Dobra Cilíndrica
Dobras

Área afetada por dobramento não


cilíndrico, subdividida em domínios
de dobramento cilíndrico
Dobras
Determinação do grau de fechamento da dobra

‡ Avaliado pelo padrão de distribuição dos pólos do acamamento


Dobras
Determinação da curvatura de uma dobra
‡ Avaliado pelo padrão de dispersão dos pólos do acamamento sobre a guirlanda
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
Determinação do ângulo inter-flancos de uma dobra cilíndrica
‡ Ângulo entre os dois planos tangentes à linha de inflexão da dobra

α + α’ = 180°

O cruzamento de dois planos fornece sempre


quatro ângulos, iguais dois a dois.
Dependendo da natureza da dobra, o ângulo
procurado poderá ser o agudo ou o obtuso.
Dobras
EXERCÍCIO: Determinar o ângulo inter-flancos de anticlinal cujos flancos (no
GeoCalc), medidos tangencialmente às respectivas linhas de inflexão, possui as
seguintes atitudes:
Flanco NE = 60/40
Flanco NW = 290/50

No caso (anticlinal) procura-se o ângulo agudo


Dobras
‡ Valor angular da porção do círculo máximo onde se
situam os pólos, ou pelo espaço sem pólos, a depender
do tipo de dobra.

Dobra reclinada Dobra inversa com caimento


Dobras
‡ Ângulo entre os dois máximos representativos dos flancos da dobra

α + α’ = 180°

O cruzamento de dois planos fornece sempre


quatro ângulos, iguais dois a dois.
Dependendo da natureza da dobra, o ângulo
procurado poderá ser o agudo ou o obtuso.
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 45: Em uma área aflora uma dobra normal, cujos dados de acamamento
estão arquivo Interflancos2. Determine o ângulo inter-flancos dessa dobra a partir dos
máximos representativos de cada um de seus flancos.

Máximo de pólos = 34/47


Plano médio = 214/43

Máximo de pólos = 222/50


Plano médio = 42/40
Dobras
Flanco SW Flanco NE
Máximo de pólos = 34/47 Máximo de pólos = 222/50
Plano médio = 214/43 Plano médio = 42/40

Testar linha bissetriz para avaliar qual o ângulo correto: agudo ou obtuso
Dobras
Flanco SW Flanco NE
Máximo de pólos = 34/47 Máximo de pólos = 222/50
Plano médio = 214/43 Plano médio = 42/40

Testar linha bissetriz para avaliar qual o ângulo correto: agudo ou obtuso
Dobras
Flanco SW Flanco NE
Máximo de pólos = 34/47 Máximo de pólos = 222/50
Plano médio = 214/43 Plano médio = 42/40
Dobras
Determinação do plano axial

‡ O plano axial bisecta o ângulo inter-flanco.


‡ Círculo máximo que contém o eixo B e o ponto médio de abertura da
dobra (inter-flancos) ou o ponto médio oposto, a depender do tipo de
dobra.
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 45: Encontrar o plano axial da dobra do exercício anterior (arquivo
Interflancos2).
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 47: Para determinação do plano axial de uma dobra foram efetuadas 10
medidas de acamamento ao longo dos flancos e foi possível determinar uma linha de
charneira com atitude 214/39. Determine a atitude do plano axial.

44/50
32/48
49/52
62/50
66/49
54/50
69/50
38/50
29/50
58/48
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Para se encontrar o eixo e o plano axial de uma dobra de grandes
dimensões, numa região quase plana, foram feitas as medidas a seguir indicadas. Por
meio de um diagrama do tipo Pi, determine as coordenadas dos elementos solicitados.

88/54
80/48
356/44
30/40 224/56
64/44 56/41
90/54
70/44
15/42 90/54
52/40
60/42
84/50
06/45
20/42
42/40
88/52
356/44
Dobras
Pontos extremos da mancha de pólos: 90/54 e 356/44
Dobras
Linha bissetriz sobre guirlanda: 224/56
Eixo Beta: 56/41
Dobras
EXERCÍCIO 49: O mapa estrutural abaixo corresponde a um anticlinal invertido.
Procure determinar a orientação do eixo da dobra e do plano axial.

Traço axial: N11W


Dobras
Seqüência para avaliar o eixo de dobras
(I) Verificar se os pólos se ajustam em algum círculo máximo. Se positivo, trata-se de dobra
cilíndrica

(II) Em caso negativo, verificar se os pólos se ajustam em algum círculo mínimo. Se positivo
trata-se de dobra cônica com eixo horizontal.

(III) Em caso negativo, verificar se os pólos se ajustam em algum círculo mínimo de alguma rede
basculada. Se positivo trata-se de dobra cônica com eixo inclinado.

Campos de variações de atitudes de


eixos de dobras e planos axiais no
critério de Rickard (1971)
Dobras
Determinação do Pitch de uma dobra cilíndrica
‡ Ângulo contido entre o eixo da dobra e uma linha
horizontal, medido no plano axial
‡ Aferido ao longo do círculo máximo do plano axial, que
contém o eixo de dobra
Dobras
EXERCÍCIO 50: O plano axial de um anticlinal cilíndrico apresenta atitude 97/80 (ou
e o eixo da dobra 170/58. Qual seu rake?
Dobras
Dobra normal horizontal Dobra normal com caimento

Dobra inclinada horizontal Dobra inclinada com caimento


Dobras
Dobra vertical

Dobras Neutras

Dobra Reclinada Dobra recumbente


Dobras
Dobras
Classificação de dobras com base na:
(a) Orientação do plano axial (PA; P – pólo)
(b) Orientação da linha de charneira (B)

a) Dobras normais horizontais

b) Dobras normais com caimento

c) Dobras inclinadas sem caimento

d) Dobras inclinadas com caimento

e) Dobras reclinadas

f) Dobras recumbentes

g) Dobras verticais
Dobras
Determinação da vergência
‡ Definido por uma reta ortogonal ao eixo da dobra, situando-se tal como ele, no plano
axial. O sentido de movimento ocorre na direção oposta ao mergulho do plano.

Vergência
Dobras
EXERCÍCIO 51: A partir dos dados de plano axial (220/50) e eixo (264/40) de uma
dobra, calcular as coordenadas de sua vergência.

1°) calcular o pitch do eixo B sobre o PA


Dobras
2°) calcular a linha correspondente à vergência, situada a 90° do eixo B, considerando o
pitch desse eixo (58W).

Como por definição, o sentido da vergência é contrário ao mergulho do plano, para o obter seu valor
deve-se somar 180° à direção determinada (152), resultando vergência para 332 (ou NW)
Dobras
Dobras
Determinação da simetria de uma dobra
‡ O grau de simetria de uma dobra depende do número de planos de simetria,
contidos em um sistema triortogonal de eixos de referência, que por esta possam
passar.
‡ A simetria é máxima (ortorrômbica) quando ela contém dois planos (AC e AB)

Dobra simétrica

Dobra assimétrica
Dobras
EXERCÍCIO XX: Determinar o sistema de eixos de referência contidos numa dobra
cilíndrica ortorrômbica cujos mergulhos reais dos flancos são as retas de atitudes 16/37
(X) e 119/46 (Y).
1° determinar o plano que contém as linhas das atitudes
Dobras
2°) Marcar o pólo do plano encontrado: 255/35
Dobras
3°) Determinar o plano bissetriz entre XY: 333/84. Se a dobra é cilíndrica e simétrica, o
plano bissetor do ângulo agudo XY é, igualmente, um plano de simetria.
Dobras
4°) Determinar a intersecção entre os dois planos anteriores: 55/53, cujo ponto
corresponde ao valor médio da distância angular entre XY
Dobras
5°) Encontrar o grande círculo que contém o pólo e o ponto médio.
Dobras
6°) A bissetriz do ângulo obtuso de XY fornecerá um terceiro eixo de simetria, que
coincide com P2.
Dobras
4° Unindo P2 com P1 define-se o terceiro plano de simetria e seu pólo coincide com Z.
Dobras
Expressão da morfologia de dobras em diagramas
Estilos de dobras com eixo vertical

Î Dobras anisópacas

Î Dobras concêntricas abertas

Î Dobras em chevron

Î Dobras desarmônicas
Dobras
Dobras
Dobras
Análise de dobras parasíticas
Dobras
Vergência de dobras parasíticas
Dobras
EXERCÍCIO 27: Interprete o afloramento na foto de um corte, localizando
superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P11)
Dobras
EXERCÍCIO 28A: Interprete o afloramento na foto de um corte,
localizando superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P11)
Dobras
EXERCÍCIO 28B: Interprete o afloramento na foto de um corte,
localizando superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P12)
Dobras
‡ As dobras parasíticas formam um padrão estrutural
em “montanha”, não um padrão em “pinheiro”.

Sim!

Não!
Dobras
EXERCÍCIO 29: Interprete o estilo estrutural a esquerda e a direita do afloramento

(P12)
Dobras
Dobras
Dobras
Representação de dobras parasíticas em mapa
‡ Exemplos de símbolos que representam dobras parasíticas com orientações
diversas. O norte situa-se no topo da figura.
a) Caimento de eixo 00/20; sentido de rotação horário;
b) Caimento de eixo 135/45; sentido de rotação antihorário;
c) Caimento de eixo 270/05; sentido de rotação antihorário;
d) Eixo de caimento de dobra Z 360/15
Dobras
EXERCÍCIO 30: A figura abaixo exibe um visão oblíqua de uma pequena área de mapa,
mostrando vários afloramento, alguns dos quais com dobras parasíticas, outros com
indicadores geopetais. Cada um desse afloramento é representado no mapa estrutural por
meio de símbolos de atitude de acamamento e de eixo de mesodobra assimétrica. As
camadas em preto representam calcários intercaldos a folhelhos. Tais camadas não
representam necessariamente o mesmo horizonte estratigráfico.

(P14)
Dobras
(a) Complete o mapa representando de forma adequada os símbolos de dobras parasíticas
(sentido de rotação).
(b) Desenhe o traço axial da dobra maior no mapa;
(c) Desenhe uma seção estrutural esquemática, mostrando dobras parasíticas
Dobras
EXERCÍCIO 31: Interprete o mapa estrutural abaixo, assinalando os traços axiais de
dobras maiores e construa uma seção estrutural esquemátca.

(P15)
Dobras
Dobras
Reconstrução de Dobras Concêntricas pelo Método Busk
Dobras
Dobras (P6)
EXERCÍCIO 200: Reconstruir dobras pelo método Busk
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 201: Reconstruir dobras pelo método Busk
(P7)
Dobras
Dobras
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade
‡ Deve-se redesenhar a geometria das dobras de forma que a seção geológica
final compatibilize os mergulhos e a estratigrafia real.
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 202: Reconstruir a camada Q pelo método Busk, considerando o
dado de poço.
(P8)

g f e d c
c
Superfície Ponto de campo

Camada P

Camada Q
a

Camada R
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 203: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 204: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
EXERCÍCIO 206: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Plano Kink 2: linha situada no ponto
Plano Kink médio
Plano entre
Kink
1: linha queos3: pontos
linhaosituada
bisecta ângulono ponto
entre os médio entre os pontos 3 e
2 e 3, que bisecta os mergulhos correspondentes
mergulhos 4, com
nos inclinação
pontos 1 e 2. (em relação a uma linha vertical) dada
pela média dos mergulhos adjacentes
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade
‡ Deve-se redesenhar a geometria das dobras de forma que a seção geológica
final compatibilize os mergulhos e a estratigrafia real.
Dobras
EXERCÍCIO 207: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
EXERCÍCIO 208: Reconstrução de dobras pelo método Kink

T T'
=
senγ senγ '
Dobras
Dobras
Reconstrução de Dobras Similares
EXERCÍCIO 209: Reconstrução de dobras pelo método de cisalhamento angular (P9)
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade

‡ Deve-se redesenhar a geometria das dobras de forma que a seção geológica


final compatibilize os mergulhos e a estratigrafia real.
Dobras
Dobras
Classificação de Dobras

Diagrama de Rickard (1971), com


símbolos para lançamento em
mapas (Carneiro 1983)

Parâmetros
(a) Orientação do plano axial
(b) Orientação da linha de charneira
(c) Pitch da linha de charneira no PA

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