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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Autores: Larissa Freitas Santos; Leonardo


Luís de Sousa Alves.
Professora: Ronéria.

POMPÉU
2018

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1. INTRODUÇÃO

A contabilidade é tão antiga quanto o ser humano, podendo associa-la ás


ideias de mercado que existem desde que o homem começou a fazer suas
trocas ou tomar suas posses de terras no início da agricultura, necessitando
então de fazer um controle de seus ganhos.

Para estudar a história da contabilidade se faz necessário o entendimento de


alguns conceitos, como: o que é a contabilidade, e qual é seu objetivo e sua
importância.

Segundo CREPALDI (2002) A contabilidade é a ciência que estuda e controla


os bens e as finanças de uma empresa através de registros financeiros.
Podemos dizer então que seu objetivo é o gerenciamento do patrimônio, e os
registros financeiros devem abranger todas as transações da entidade.

O conceito oficial no Brasil foi formulado pelo primeiro Congresso Brasileiro de


Contabilidade, realizado no Rio de Janeiro, e diz que a contabilidade é uma
ciência que estuda e pratica a orientação, o controle e os registros relacionados
à administração econômica.

As informações oferecidas pela contabilidade para as empresas são de suma


importância, através dela o proprietário (ou sócios), tem condições de avaliar a
situação, ou saúde financeira da empresa, analisando receitas, despesas e
prejuízos. Essas informações dever ser: confiáveis, trazendo segurança aos
usuários; ágeis, sendo elaborados em tempos hábeis; fonte para tomada de
decisões (CREPALDI, 2002).

Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo fazer uma breve pesquisa
bibliográfica sobre a história da contabilidade, e descreve-las, evidenciando os
fatos históricos acerca do surgimento e da evolução da contabilidade, tanto em
âmbito mundial quanto no Brasil.

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2. DESENVOLVIMENTO

Como a contabilidade teve início há muito tempo, a sua história pode ser
dividida em partes, começando pela antiguidade, passando pela idade média,
era moderna, até ser considerada uma ciência.

2.1. Antiguidade

A Contabilidade na época medieval, era um sistema bem simples, feito através


de cálculos básicos apenas para ter uma noção dos bens que a pessoa
possuía. Pelo fato de quase não existir dinheiro, a maioria das transações eram
feitas por meio de trocas, sejam elas, trocas de serviço, alimentos, roupas,
animais, tecidos e até mesmo de armamento (MARQUES, 2010).

Segundo Reinaldo Lunelli, a contabilidade, seguindo seu caminho, teve seu


crescimento e aperfeiçoamento, que se deu das necessidades do capitalismo,
com o aumento da produção e retenção de capital o que resultou em
alterações de relações de trabalho passando de mão-de-obra escrava para
assalariada, modificando os processos da época tronando-se mais complexos.

2.2. Idade média

Já na idade média a contabilidade teve um longo período de estagnação, esse


retrocesso se deu devido acontecimentos como, a invasão de bárbaros e
hunos a Europa ocidental, acarretando na desagregação da base econômica e
política criando uma terrível crise socioeconômica (HENDRIKSEN, VAN
BREDA, 2009).

Reinaldo Lunelli diz que a era medieval é considerada uma época que soube
aprender e aproveitar os conhecimentos das civilizações antigas, consideradas
importantíssimas para o desenvolvimento da ciência, grandes inovações foram
feitas e aprimoradas como, o moinho de vento, aperfeiçoamento da bussola,
técnicas na indústria artesanal com sistema de mineração e metalurgia e para

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a contabilidade o principal foi a necessidade do comercio exterior em registrar
os recebimentos e pagamentos em dinheiro diários o que resultou na ideia do
“livro caixa”. (HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999)

2.3. Era moderna

Esse período é chamado de Renascença, e o marco desses períodos foi a


primeira obra conhecida que difundiu as partidas dobradas para o mundo como
a obra do Frei Luca Paccioli e foram inseridas em uma obra de Aritmética,
Geometria, Proporções e Proporcionalidade, editada em 1494, por Paganino
dei Paganini, em Veneza. A seguir conceituava o inventário e como fazê-lo.
Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a
autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas,
sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de
armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre
correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc. Sobre o
Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Paccioli expôs a terminologia
adotada: · "Per", mediante o qual se reconhece o devedor; "A", pelo qual se
reconhece o credor. Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o
credor, prática que se usa até hoje. (SÁ, 2004).

2.4. As mutações sofridas em sua evolução

Com o passar dos anos, a contabilidade tem sofrido constantes mutações, não
apenas legais, mas também práticas. Esta evolução vem da própria
necessidade do mercado em receber informações cada vez mais detalhadas e
hábeis para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras.

Os métodos utilizados na era primitiva com certeza não são os mesmos de


hoje, tudo naquela época era mais simples porem mais complexos. Não
existiam registros das transações, tudo era feito apenas no ato, não existiam
registros nem notas fiscais que pudessem comprovar nem compra nem a
venda daqueles negócios.

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Hoje, com a internet cada vez mais consolidada dentro das organizações,
basicamente todas as obrigações acessórias das entidades podem ser
cumpridas através de programas de processamento de dados que tratam as
informações e as remetem ao órgão competente. É claro que com isto, a
fiscalização também ganhou agilidade.

2.5. Seus objetivos dentro de uma empresa

A Contabilidade é um dos principais sistemas de informações das empresas.


Ela fornece várias informações e dados para as decisões dos sócios
proprietários e administradores. As informações oferecidas pela Contabilidade
interessam também aos bancos, às financeiras, às empresas fornecedoras e
compradoras, bem como ao Governo.

Às vezes, uma empresa tem condição de desenvolver-se, bastando para isso


obter recursos financeiros externos. Um banco poderá emprestar-lhe esses
recursos se, após analisar o balanço da empresa, concluir que ela tem
condições de aplicar o empréstimo com bons resultados. Muitas empresas,
antes de efetuar grandes vendas a outras empresas, costumam verificar se
estas têm condições de saldar suas dívidas. O inverso também ocorre: as
empresas compradoras procuram verificar se as empresas fornecedoras têm
recursos necessários para atender os seus pedidos nos prazos estipulados. Ao
governo interessa o sucesso e a solidez das empresas, uma vez que elas são
direta ou indiretamente responsáveis pelos recursos necessários as
realizações governamentais.

2.6. História da contabilidade no Brasil

A história da contabilidade no Brasil, também, vem atrelada à necessidade que


os comerciantes tinham em melhorar a qualidade do controle de seus bens. O
ensino contábil no Brasil, no início do século XIX os comerciantes iam
aprendendo com a experiência adquirida na prática cotidiana de uma casa de
comércio. No entanto a profissão de comerciante demandou conhecimentos
que com a entrada da Colônia no mundo dos negócios, percebeu-se a

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necessidade, para a economia nacional, de um comércio instruído e moralizado
(BIELINSKI,2011).

A contabilidade no Brasil, provavelmente começou a ser lecionada com a aula


de comércio da corte, em 1809, que foi a Escola de Comércio Alvares
Penteado, já em 1856 passara a ser, Instituto Comercial do Rio de Janeiro,
sendo o Brasil um dos primeiros países a ter um estabelecimento de ensino
superior de contabilidade. Em 1902 tornou-se a primeira escola especializada
no ensino da contabilidade. Sofrendo bastante influencia italiana, nunca perdeu
os traços de uma escola verdadeiramente brasileira. (BARROS LEITE, 2005)

Logo, em 1946, foi criada a Faculdade de Ciências Econômicas e


Administrativas da USP, instalando também, o curso de Ciências Contábeis e
Atuarias. Nessa faculdade foi que Francisco D’Auria, Frederico Herrmann
Júnior e outros professores conceituados, puderam realizar trabalhos
científicos de tamanho valor e dando base para o surgimento de outros novos
talentos da contabilidade. (BARROS LEITE, 2005).

A sua história no Brasil se destacou, com muita importância, na década de 70.


Que relembra os principais passos da contabilidade nesta época que se
destacaram com a obrigatoriedade de as companhias abertas terem suas
demonstrações contábeis padronizadas, quanto à sua estrutura e auditadas por
auditores independentes. Outro fato importante foi a influência da escola norte-
americana de contabilidade que deu início a estudos sobre princípios contábeis
e a promulgação da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), (NIYAMA
2009)

3. CONCLUSÃO

A Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar o patrimônio


das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios, técnicas,
normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os
fatos contábeis aos donos das empresas. Pode-se dizer que é uma ciência que
tem por objetivo orientar, controlar e registrar atos e fatos de uma

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administração econômica, tendo uma história que acompanha a humanidade
desde os seus primórdios, evoluindo a cada era que se passava.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial – Teoria e Prática ed.


Atlas. São Paulo, 2002.

MARQUES, Wagner Luiz. Contabilidade Geral I – Passo a Passo


(Contabilidade Comercial) – Gráfica Vera Cruz. Cianorte – Paraná 2010.

HENDRIKSEN, Eldon S.; Van Breda, Michael F. Teoria da Contabilidade – 5ª


Edição - São Paulo: Atlas, 2009.

BIELINSKI, Alba Carneiro. Educação Profissional no século XIX – Curso


Comercial do Liceu de Artes e Ofícios: um estudo de caso.

LUNELLI, REINALDO LUIZ. Portal de contabilidade. Disponível em: <


http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidadeetecnologia.ht
m>. Acesso em: abril de 2018

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