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Aula 1 Mensagem e conteúdo educacional: Estes elementos também

Leitura: O que se lê está registrado pela escrita, sempre será a indicarão onde estão as dificuldades para a produção de
mesma história, pode ser retomada quantas vezes se quiser, sendo caracterizações e cenários.
conto de fadas ou uma fábula. 1. Introdução
Na leitura de um conto, até um ponto permanece onde está. A 2. Enredo
função da escrita é preservar tanto a história quanto a forma como Introdução: situará os ouvintes no tempo e no espaço, apresenta os
ela está registrada. principais personagens.
Deve ser clara, sucinta, curta mas suficiente
Contação: Evidência o valor da cultura oral. As histórias são Esclarece os elementos que comporão a história.
transmitidas de geração para geração, e não possuem um suporte 3. Ponto Culminante
concreto como na escrita. Por isso as narrativas podem sofrer 4. Desfecho
diversas transformações, dependendo do tempo e de quem conta. Ponto culminante: O narrador deverá estudar a intensidade da
É importante estimular as crianças através da leitura e da contação emoção em cada fato e as estratégias para despertar as sensações
de histórias, Os alunos terão momentos onde criarão suas histórias desejadas. Porém o ponto culminante deverá merecer atenção
e desenvolverão a: especial.
Imaginação, Criatividade, Interpretação de imagens e textos,
Oralidade Gosto pela leitura. Desfecho: conclusão deverá ser simples, preferivelmente sem fazer
A criança deve ser estimulada desde pequena pelo gosto da leitura, alusão à moral da história ou às lições que ela encerra. Uma boa
pois é até os sete anos de idade que ela forma este gosto. Não narração expõe a conclusão: cabe aos ouvintes encontrá-la.
importa que a criança não saiba ainda fazer a leitura de um livro, o O contador de histórias contemporâneo atende a um público cada
professor deve ler e assim, dar esta referência de leitura para ela. vez mais diversificado: infantil, juvenil, adultos e terceira idade.
Estímulo à leitura A diferença que os envolve deve ser considerada não apenas em
É muito importante ser trabalhado porque conseguindo estabelecer termos de faixa etária.
uma relação prazerosa entre crianças e livros, essa relação é Competências do contador de histórias
mantida até o letramento A criança vai gostar de ler em toda sua Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os
vida, cultivando ainda mais o hábito e a amizade com o livro. personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer
Hábito da leitura na educação com que ele se incorpore à trama da história.
Os contos de fadas têm natureza espiritual, ética e existencial. Sua Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente
origem está ligada à cultura celta e retratam a história de heróis e apresentada em seu enredo. Para se contar bem uma história é
heroínas, em narrativas ligadas ao sobrenatural e visavam à preciso possuir habilidade, treino e conhecimento técnico do
realização interior do ser humano. trabalho, pois os valores artísticos, lingüístico e educativos
O que são os contos de fada? dependem da arte do narrador.
A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são Competências do contador de histórias
geralmente animais que possuem características humanas. Pode Agora é sua vez
ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma Atividade
lição de moral, constatada na conclusão da história. Questão 1 – Como deve ser a estrutura de uma narrativa?
Fábulas Introdução, Enredo, Clímax e Desfecho.
É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações
e maneiras de se explorar um assunto. Muito interessante para A introdução é formada pela parte inicial da história. Compreende,
crianças! Permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos às vezes, um trecho formado de vários períodos, mas em muitos
morais sem que percebam. casos fica reduzida a um único período.
Enredo: Personagens principais, secundários e supérfluos e Localizar o entrecho da história no tempo e no espaço.
ambiente (local, época, civilização). Apresentar os principais personagens da história e caracterizá-los
Cenários: quantas cenas são necessárias para o seu É o momento no qual o narrador deverá usar toda a sua habilidade
desenvolvimento. da oratória, mudando a rigidez da seqüência lógica para a graça e a
leveza que provocam emoções, tendo licença, inclusive, para
pequenos desvios criados no momento, que agregam encanto à A noção de hipertextualidade redireciona, assim, as práticas de
audiência e ao próprio contador. linguagem e propõe uma reavaliação das abordagens direcionadas
É possível definir o enredo como o encadeamento de fatos que à obra literária.
sucede à descrição dos personagens e do cenário e que leva ao ponto A intertextualidade ganha maior destaque nas interfaces
culminante da história. eletrônicas, na medida em que as interconexões entre diferentes
códigos, linguagens e textos invadem o ciberespaço, com mescla de
O narrador deve terminar a história de forma solene, ficando em informações, som, imagem, fotografia, pintura, entre outros
silêncio por alguns segundos, mantendo a sua postura, ficando com recursos
o adereço, ou mantendo a música de fundo.
A saída do mundo da fantasia e entrada no mundo real deve Leitura: O que se lê está registrado pela escrita, sempre será a
acontecer de forma suave, numa transição contínua, quase que mesma história, pode ser retomada quantas vezes se quiser, sendo
imperceptível. conto de fadas ou uma fábula.

Questão 2 – Cite alguns recursos auxiliares para contação de Na leitura de um conto, até um ponto permanece onde está. A
histórias. função da escrita é preservar tanto a história quanto a forma como
Podemos utilizar várias técnicas como recurso para contação de ela está registrada.
histórias, sendo cada uma delas um novo desafio para quem se Contação: Evidencia o valor da cultura oral. As histórias são
habilita no tocante a aperfeiçoar seu conhecimento de aplicação. transmitidas de geração para geração, e não possuem um suporte
Usar o próprio livro concreto como na escrita.
Movimentos corporais
Gravuras
Figuras sobre o cenário Aula 2
Teatro de sombras
Dobraduras A leitura e a escrita têm na educação uma função social enfatizada
Maquetes na comunicação entre pessoas.
Marionetes É importante estimular as crianças através da leitura e da contação
Bocões de histórias. Os alunos terão momentos para criar suas histórias e
Dedoches para desenvolver:
Flanelógrafo Imaginação; Criatividade; Interpretação de imagens e textos;
Sons Oralidade; Gosto pela leitura.
A contação de histórias é uma prática muito antiga, remonta à
época do surgimento do homem.
Finalizando Antecede o desenvolvimento da escrita.
Revisão A ação de contar histórias deve ser utilizada dentro do espaço
A leitura assume um papel de destaque no contexto marcado pelo escolar.
automatismo e pela Com o surgimento das novas tecnologias, desenvolver o gosto e o
Superabundância de informações, ou seja, fatores que exigem um prazer pela leitura se torna um desafio cada vez mais intenso no dia
leitor ativo, extremamente dinâmico, capaz de selecionar a dia escolar.
quantitativa e qualitativamente informações. Novas tecnologias
A partir dos diversos suportes eletrônicos e dos novos gêneros A criança deve ser estimulada desde pequena para o gosto por
textuais que surgem na era da Internet, o ato de ler assume novos leitura, pois é até os sete anos de idade que ela forma este gosto.
rumos e esses novos textos “implicam outras leituras, através de Não importa que a criança não saiba ainda fazer a leitura de um
novas práticas para mediar as negociações dos sentidos possíveis” livro, o professor deve ler e assim, dar esta referência de leitura para
ela.
É fundamental na transmissão de conhecimentos e valores para os
pequenos;
Trata-se de uma atuação decisiva no processo ensino- Vantagens
aprendizagem. As histórias ampliam o contato com o livro para que os alunos
Configura-se como um recurso lúdico – desenvolve na criança um possam expandir seu universo cultural e imaginário através de
comportamento prazeroso. variadas situações.
Por que contar histórias Possibilita a aprendizagem de conteúdo, a socialização, a
Para levar a leitura aos mais novos, para que tenham proficiência e comunicação, a criatividade e a disciplina.
consigam interpretar o contexto lúdico de acordo com sua vivência
de mundo. intrigar, fazer pensar, trazer descobertas, provocar o riso, levar à
Para levar a criança a se integrar aos personagens, sentindo a perplexidade, produzir encantamento etc.
história de perto. A contação de história é fonte inesgotável de prazer, conhecimento
Por que contar histórias e emoção, em que o lúdico e o prazer são eixos condutores no
O professor deve se entregar totalmente ao processo de contação, estímulo à leitura e à formação de alunos leitores.
com adequação da voz, gestos, roupas, dentre outros. Proporciona à criança o desenvolvimento de diversas habilidades,
ampliando os horizontes da leitura e da escrita.
Por meio da leitura, torna-se possível estabelecer uma relação Devem ter conteúdo de fácil entendimento pelas crianças, afim de
prazerosa entre crianças e livros; essa relação é mantida até o que elas consigam compreendê-lo, seja por si mesmas, ou com a
letramento. ajuda de uma pessoa intermediadora.
A criança vai gostar de ler em toda sua vida, cultivando ainda mais Acima de tudo precisa ser interessante e estimular a
o hábito e a amizade com o livro. criança.possuem apenas grupos de palavras e/ou poucas e simples
Contribui na aprendizagem em todos os aspectos: cognitivo, físico, frases. os livros são coloridos e/ou possuem muitas imagens e/ou
psicológico, moral ou social. fotos para atrair a criança que está aprendendo a ler e para
Proporciona um maior desenvolvimento perceptivo no aluno. estimulá-la a ter novos contatos com livros e histórias.
O professor estabelece com o aluno um clima de cumplicidade.
Trata-se de uma experiência que os remete à época dos antigos Agora é sua vez
contadores que, ao redor do fogo, contavam a uma plateia atenta às A formação de leitores
histórias e perpetuavam os costumes e os valores do seu povo. Questão 1 – Qual é o valor educacional das histórias?
Ao contar histórias: As histórias são um importante instrumento de lúdica educação.
educar, instruir, socializar, desenvolver a inteligência e a Aprender brincando. Isso é mágico!
sensibilidade.
A contação de histórias é uma alternativa para que os alunos Questão 2 – O que Piaget discorre sobre o jogo?
tenham uma experiência positiva com a leitura. Conforme Piaget (1994), os jogos proporcionam oportunidade de
Formação de grandes leitores, de leitores críticos. conviver com regras e isso não se limita à aceitação e à obediência.
Não basta ensinar a ler. É preciso ensinar a gostar de ler. [...] com Levam à criação de uma normatização e até de uma jurisprudência.
prazer, isto é possível, e mais fácil do que parece. (VILLARDI, 1997, Atividade
p. 2). Questão 3 - Como são as obras literárias destinadas às crianças
com 4 a 6 anos de idade?
É preciso tornar as crianças familiarizadas com os livros, Apresentam maiores grupos de palavras organizados em um texto,
orientando-as quanto ao manuseio e à sua conservação, já que com sem abrir mão de estímulos visuais como imagens e fotos.
as histórias elas aprendem brincando a: respeitar regras, se Aqui podem ser incluídas algumas histórias em quadrinhos, como
divertirem, a Turma da Mônica.
Seja por meio da imitação, socialização, interação ou dificuldade a Atividade
ser superada. Questão 4 – Como devem ser os textos para crianças com 7 a
Relação com o livro 10 anos de idade
Professor: ministrará aulas muito mais agradáveis e produtivas e Devem possuir cada vez menos cores e imagens, e apresentar cada
alcançará o objetivo pretendido: a aprendizagem significativa. vez mais fatos mais complicados e explicativos.
Aluno: será instigado a imaginar e criar.
Questão 5 – Como trabalhar com crianças com 7 a 10 anos de realização interior do ser humano. Remontam a tempos antigos,
idade? vindos da tradição oral de diferentes culturas pelo mundo. Eram
O leitor, agora já em fase escolar, é estimulado a encontrar histórias contadas de pai para filho e, dessa maneira, acabaram
respostas por ele mesmo - o começo da racionalização. perpetuando-se no imaginário coletivo. Só começaram a ser
e registradas em livros na Idade Média, quando a criança começou,
Finalizando de fato, a ser tratada como criança.ontos de fadas?
Contar histórias As histórias originais pouco lembram as histórias que conhecemos
A formação de leitores hoje e, em sua maioria, apresentavam enredos assustadores que
Os valores educacionais das histórias dificilmente fariam sucesso nos tempos atuais.
O desenvolvimento que as histórias propiciam Devido ao respeito à infância, alguns escritores, como o francês
Charles Perrault, adaptaram alguns contos para que eles pudessem
Ao se contar uma história, percorre-se um caminho absolutamente ser mais bem aceitos pela sociedade. Contos de fadas
infinito de descobertas e compreensão do mundo. Demonstram uma preocupação com o impacto que podem produzir
Histórias despertam a imaginação, a emoção e o fascínio da escrita nas crianças e na influência que suas histórias podem causar na
e da leitura. vida dos pequenos.
Contar histórias é revelar segredos, é seduzir o ouvinte e convidá-lo Por isso, temáticas consideradas violentas e pouco lúdicas foram
a se apaixonar... pela história... pela leitura. completamente abolidas
A contação de história é excelente recurso para aulas mais atrativas Hoje os contos de fadas podem nos fazer sonhar, mas lá no início
e instigadoras, contribuindo de forma ímpar para a construção de eram histórias dignas de nossos piores pesadelos! Contos atuais
cidadãos mais criativos. Os contos de fadas tendem muito para o lado do encantamento, do
Professores e alunos terão a oportunidade de resgatar a memória e fantástico. Um mundo habitado por seres maravilhosos, todos
propor novas significações. convivendo naturalmente. Nada é considerado estranho.
Tudo é maravilhoso no mundo da magia, do sonho e da fantasia.
gostar de ler, estar atualizado, ler para suas crianças, acreditar no Não há limitações da vida humana e os conflitos são resolvidos por
poder da leitura, da fantasia e imaginação infantil. meios sobrenaturais. RESSURREIÇÃO,2007) Estrutura dos Contos
Cabe ao professor: de Fadas
dá significado à contação de história e, mantendo essa prática Para Bettelheim, os contos de fada se estruturam de forma com que
pedagógica, proporciona um ambiente propício à aprendizagem e ao a criança consiga também estruturar seus devaneios e assim
prazer humano. direcionar melhor a sua vida. Eles não iludem, e sim, expõem as
O Professor como contador de histórias: crianças às dificuldades fundamentais do homem. Além disso,
A prática da literatura infantil, por meio da contação de histórias, aguçam a imaginação. A fábula é uma narrativa figurada, na qual
pode auxiliar no desenvolvimento da criança e auxiliá-la na as personagens são geralmente animais que possuem
construção e na compreensão do mundo, características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e
Por meio da imaginação, a criança é capaz de desvendar os segredos é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada
propostos pela história. Na conclusão da história. Está presente em nosso meio há muito
tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. Muitos
provérbios populares vieram da moral contida nessa narrativa
Aula 3 alegórica. Por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre
ula 3 e
Formas de classificação das histórias e como cada uma delas tem A tartaruga” “Um amigo na hora da necessidade é um amigo de
impacto nos seus ouvintes. Divisão clássica: contos de fadas e verdade” em “A cigarra
fábulas. e as formigas. “É um gênero textual muito versátil, pois permite
Conteúdo que será abordado diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. Muito
Os contos de fadas têm natureza espiritual, ética e existencial. Sua interessante para crianças! Permite que elas sejam instruídas
origem está ligada à cultura celta e retratam a história de heróis e dentro de preceitos morais sem que percebam.ábulas
heroínas, em narrativas ligadas ao sobrenatural e visavam à A fábula é uma das mais antigas formas de
Narrativa. Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três mentalidade mágica. Autoestima. Fantasia como Instrumento para
ficaram mundialmente famosos: O grego Esopo (século VI a.C.), O compreensão e adaptação ao real.
latino Fedro (15 a.C.-50 d.C.) O o francês Jean de La Fontaine (1621 Estágio de desenvolvimento – Leitura compreensiva textos curtos.
- 1695). Fábulas Leitura silábica e de palavras. Ilustração necessária: facilita
No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou. Millôr associação entre o que é lido e o pensamento a que o texto remete.
Fernandes é um escritor carioca que recriou as antigas fábulas de Tipo de leitura Aventuras no ambiente próximo: família, escola,
Esopo e La Fontaine, de forma satírica e engraçada. A fábula se comunidade, histórias de animais, fantasias, e problemas infantis.
divide em 2 partes: 1ª parte - a história (o que aconteceu) Idade 8 a 11 anos
2ª parte - a moral (o significado da história) A origem da fábula Estágio de desenvolvimento Personalidade
perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo Operações concretas Pensamentos descentrados da percepção e
como fundador da fábula. fábulas ação. Capacidade de classificar, enumerar e ordenar.
“O lobo e o cordeiro", "A raposa e o esquilo", "A corte do leão", "O Estágio de desenvolvimento – Leitura interpretativa
leão e o rato", “ "A cigarra e a formiga", “A raposa e as uvas” “A Tipo de leitura pontos fantásticos, contos de fadas, folclore,
tartaruga e a lebre”. A seleção das histórias deve se encaixar com histórias de amor, animismo.
interesse do público ouvinte, e esta deve apresentar diversos fatores Desenvolvimento da leitura. Capacidade de ler e compreender
que vão de encontro com a necessidade das crianças. É relevante textos curtos e de leitura fácil, com menor dependência da
pensar na maturação de cada criança e o estágio emocional que a ilustração. Orientação para o mundo. Fantasia.
criança se encontra, a história Idade 11 a 13 anos
tem que alcançar a criança sem haver saturação. Não se deve contar Estágio de desenvolvimento Personalidade Operações formais
qualquer história para as crianças, história só pode ser assimilada Domínio das estruturas lógicas do pensamento abstrato. Maior
de acordo com o desenvolvimento da criança, não podendo a orientação para o real. Permanência eventual da fantasia.
história ser algo que não se encaixe com a faixa etária específica. Desenvolvimento da leitura. Capacidade de ler textos mais extensos
Há uma classificação a ser respeitada, Tahan menciona quatro e complexos quanto à ideia, estrutura e linguagem. Introdução à
critérios que podem ser seguidos para a classificação das histórias. leitura crítica.
1º de acordo com a idade ou adiantamento do ouvinte; 2º de acordo Estágio de desenvolvimento – Leitura informativa, ou factual
com a relação entre o narrador (atuante) e o enredo da história; 3º Tipo de leitura Aventuras sensacionalistas: detetives, fantasmas,
de acordo com a forma pela qual a história é apresentada; 4º de ficção cientifica, temas da atualidade história de amor.
acordo com o gênero ou natureza da história. (TAHAN, 1957, p.111) Idade 13 a 15 anos
Estágio de desenvolvimento Personalidade Operações formais
Agora é sua vez Descoberta do mundo interior. Formação de juízos de valor.
Aula 03: Classificaçã Capacidade de assimilar ideias, confrontá-las com sua própria
Questão 1 – Quais são as características dos estágios do experiência e reelaborá-las em confronto com material de leitura.
desenvolvimento cognitivo infanto-juvenil e do desenvolvimento da Estágio de desenvolvimento – Leitura crítica
leitura? A resposta a essa questão é longa. Idade 3 e 6 anos Estágio Tipo de leitura Aventuras intelectualizadas, narrativas de viagens,
de desenvolvimento personalidade Pensamento pré‐conceitual conflitos psicológicos, conflitos sociais, crônicas, contos.
Construção dos símbolos. Mentalidade mágica. Indistinção Questão 2 – Há diferentes orientações de tipos de textos conforme
eu/mundo. o estágio no qual a criança se encontre, por quê? Temos que pensar
Estágio de desenvolvimento – Pré-leitura Desenvolvimento da no desenvolvimento cognitivo e emocional
linguagem oral. Percepção e relacionamento entre imagens e
palavras: som, ritmo. Finalizandoulhistórias
Tipo de leitura Livros de gravuras, Rimas infantis, Cenas Classificação das histórias
individualizadas. Sobre o que falamos hoje?
Idade 6 a 8 anos Quando lemos um conto de fadas somos atingidos por uma áurea
Estágio de desenvolvimento Personalidade Pensamento intuitivo de fantasia que nos transporta para um mundo de imaginação,
aquisição de conceitos de espaço, tempo e causa. Ainda envolto em uma névoa que embora indescritível é suficiente para
justificar um ambiente onde tudo é possível, não necessitando de É necessário: pesquisar, ler literatura especializada, feita para elas,
muita explicação. Porém, quando tentamos analisar o seu conteúdo conhecer seus heróis, assistir a filmes, conhecer suas brincadeiras
de forma racional, pouca coisa encontramos que seja aproveitável e preferências.
na construção de uma mensagem educacional. Pelo contrário, nos Estudando uma história
contos de fadas encontramos frequentemente situações de Assim saberemos escolher, dentro de um repertório conhecido, qual
preconceitos, discriminatórias, violentas, pouco aproveitáveis as história se adapta
condições específicas da vida moderna. Contos de fadas àquele comportamento que desejamos (ou precisamos) abordar .
No momento que falamos de fábulas passamos para uma forma de Quanto ao tema podemos recorrer a diversas fontes: história de
ver as histórias bem diferente daquele com a qual vemos os contos fadas, fábulas, lendas folclóricas, passagens bíblicas, fatos
de fadas. As fábulas trabalham com a parte racional das crianças, históricos, fatos do cotidiano, narrativas de aventuras,
e por esta razão são adequadas a uma faixa etária maior.
As fábulas irão trazer a ela exemplos de fatos, características de Continuando
personalidades e tipos de relacionamentos que vão levar a
consequências. Estes exemplos farão com que ela exercite o seu O sucesso de uma narrativa depende de vários fatores que se
raciocínio crítico, convidando-a a relacionar estas experiências com interligam, sendo fundamental a elaboração de um planejamento,
anteriores e com os valores que seus pais e professores estão lhe no sentido de organizar o desempenho do narrador, assim,
transmitindo, bulas garantindo-lhe segurança e assegurando-lhe naturalidade.
Assim formando uma escala de valores própria e capaz de formar O primeiro passo, consiste em escolher o que contar, a quem, onde
um repertório de inspiração de como agir em situações concretas. e quando iremos contar. A escolha é algo pessoal.
Fábulas O contador precisa sentir a história, ser capaz de emocionar-se e
emocionar os outros.
Dentre os vários indicadores que nos orientam na seleção da
Aula 4 história destaca-se
O conhecimento dos interesses predominantes em cada faixa etária
Importância do estudo detalhado da história dos ouvintes, mas que isso não impeça o contador de narrar
É necessário estudar a história antes de contá-la às crianças? histórias mais elaboradas, principalmente se conhecer bem o
Conteúdo que será abordado público para o qual vai atuar.
O antropólogo e pesquisador norte americano Joseph Campbell Seleção da história
(1904-1987), um dos grandes incentivadores da prática, defendia A qualidade literária da história é outro fator que determina uma
que todas as narrativas podem ser instrutivas, basta saber contá- boa contação de histórias.
las. É preciso saber se o assunto contém riqueza de imaginação, se é
Contar histórias é uma arte... e tão linda!!! É ela que equilibra o que interessante e do agrado das crianças.
é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente Seleção da história
declamação ou teatro.... Ela é o uso simples e harmônico da voz" Os recursos onomatopaicos e as repetições contribuem para tornar
(ABRAMOVICH, 1989: 18). a história mais apreciada, além de fortalecer as expressões. A
Estudar antes linguagem deve ser simples, correta, de bom gosto.
A contação de histórias é utilizada para o desenvolvimento da A qualidade literária da história é outro fator que determina uma
criança nos mais diversos aspectos. boa contação de histórias.
Desde a socialização da criança, o estímulo à imaginação, até o Portanto, ao se fazer a seleção das histórias, é preciso saber é
desenvolvimento da leitura e da escrita. preciso saber se o assunto contém riqueza de imaginação, se é
Primeiramente estudar o mundo a que pertencem nossas crianças. interessante e do agrado das crianças.
O excesso de apelos a que a criança está sujeita nos dias de hoje Seleção da história
faz com que diversas outras fanta-sias despontem no seu cenário Os recursos onomatopaicos e as repetições contribuem para tornar
(infelizmente quase nenhuma delas objetivando construir al-go a história mais apreciada, além de fortalecer as expressões. A
positivo no comportamento da criança). linguagem deve ser simples, correta, de bom-gosto.
Uma vez escolhida a história a ser contada, passa-se a estudá-la. 10 a 12 anos: Narrativas de viagens, explorações, invenções, mitos
Isso não significa que ela deva ser decorada textualmente. e lendas.
Estudar uma história é, em primeiro lugar, divertir-se com ela, Questão 2 – Como identificar os elementos de uma história?
captar a sua essência e, em seguida, após algumas leituras, Resposta:
identificar os elementos constituintes de sua estrutura: introdução, Enredo: Personagens principais, secundários e supérfluos e
enredo, clímax, desfecho. ambiente (local, época, civilização).
Uma vez escolhida a história a ser contada, passa-se a estudá-la. Cenários: quantas cenas são necessárias para o seu
Isso não significa que ela deva ser decorada textualmente. Estudar desenvolvimento.
uma história é, em primeiro lugar, divertir-se com ela. Mensagem e conteúdo educacional: Estes elementos também
Captar a sua essência e, em seguida, após algumas leituras, indicarão onde estão as dificuldades para a produção de
identificar os elementos constituintes de sua estrutura: introdução, caracterizações e cenários.
enredo, clímax, desfecho. Questão 3 - O fluxo do enredo de uma história pode ser
Estudar a história compreendido em 4 partes. Quais são?
Estudar uma história é também inventar as músicas ou adaptar a 1- Introdução
letra às músicas conhecidas, conforme sugestão do texto, que são 2- Enredo
introduzidas no decorrer do enredo ou no final. 3- Ponto Culminante
Estudar a história é, ainda, escolher a melhor forma ou suporte 4- Desfecho
mais adequado de apresentá-la. Atividade
Estudar a história Resposta:
Os suportes mais utilizados são: a simples narrativa, narrativa com Introdução: situará os ouvintes no tempo e no espaço, apresenta os
interferências do narrador e ouvintes, a narrativa com o auxílio de principais personagens.
gravuras, de desenhos, de recursos audiovisuais, de objetos Deve ser clara, sucinta, curta, mas suficiente
variados, Esclarece os elementos que comporão a história.
Ponto culminante: O narrador deverá estudar a intensidade da
Agora é sua vez emoção em cada fato e as estratégias para despertar as sensações
stória desejadas. Porém o ponto culminante deverá merecer atenção
Questão 1 - Para orientar a escolha dos textos úteis é importante especial.
saber exatamente os assuntos preferidos relacionados às faixas Desfecho: conclusão deverá ser simples, preferivelmente sem fazer
etárias. Como relacionar? alusão à moral da história ou às lições que ela encerra. Uma boa
Atividade narração expõe a conclusão: cabe aos ouvintes encontrá-la.
Resposta: O estudo da história, deve-se identificar estas quatro fases, a fim de
Até 3 anos: Histórias de bichinhos, de brinquedos, animais com dar o tratamento adequado a cada uma.
características humanas (falam, usam roupa, tem hábitos É útil fazer um resumo de cada uma delas.
humanos), histórias cujos personagens são crianças.
Entre 3 e 6 anos: Finalizando
Histórias com bastante fantasia, histórias com fatos inesperados e
repetitivos, histórias cujos personagens são crianças ou animais. Conteúdo abordado
7 anos: Aventuras no ambiente conhecido (a escola, o bairro, a Importância do estudo detalhado da história
famí-lia, etc), histórias de fadas. É necessário estudar a história antes de contá-la às crianças?
8 anos: Histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada, Dedicação ao estudar uma história
histórias vinculadas à realidade. O antropólogo e pesquisador norte americano Joseph Campbell
9 anos: Aventuras em ambientes longínquos (selva, oriente, fundo (1904-1987), um dos
do mar, outros planetas), histórias de fadas com enredo mais grandes incentivadores da prática, defendia que todas as narrativas
elaborado, histórias humorísticas, aventuras, narrativas ele podem ser instrutivas, basta saber contá-las.Estudar antes
viagens, explorações, invenções. Contar histórias é uma arte... e tão linda!!! É ela que equilibra o que
é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente
declamação ou teatro.... Ela é o uso simples e harmônico da voz" Para se contar bem uma história é preciso possuir habilidade, treino
(ABRAMOVICH, 989: 18). e conhecimento técnico do trabalho, pois os valores artísticos,
A contação de histórias é utilizada para o desenvolvimento da linguístico e educativos dependem da arte do narrador.
criança nos mais diversos Os segredos de um contador de histórias são:
aspectos. Desde a socialização da criança, o estímulo à imaginação, Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se
até o desenvolvimento da leitura e da escrita. envolve e vibra com ela. Se o professor não estiver interessado,
Primeiramente estudar o mundo a que pertencem nossas crianças. dificilmente conseguirá interessar as crianças.
O excesso de apelos a que a criança está sujeita nos dias de hoje
faz com que diversas outras fantasias despontem no seu cenário Evite adaptações – deve-se ler o que está escrito no livro. Não
(infelizmente quase nenhuma delas objetivando construir algo privar os alunos do contato com o texto literário.
positivo no comportamento da criança).o uma história Não explique demais – a adaptação de histórias é uma
Ler muitas vezes o texto e visualizar as cenas para saber contar a descaracterização da história na vida da criança. Muitas vezes, a
história sem decorá-la. história exerce a função de desenvolver ou até prolongar o mistério.
O conto decorado destrói a naturalidade. Ao fazer a tradução ou adaptação, o professor deixa tudo muito bem
Visualize a história lembrando que cada personagem tem a sua esclarecido, não restando qualquer mistério.
própria história, Uma história é um ponto de encontro – ao entrar numa roda de
Imagine as cenas. história, a criança participa de uma experiência comum que facilita
Torne-se íntimo dos/as personagens e do local onde ocorre a o conhecimento e as ligações com outras crianças.
história. Uma história também é um ponto de partida – a partir de uma
Geralmente a estrutura segue 4 fases: história é possível desenvolver outras atividades pedagógicas:
Introdução: deve ser rápida, interessante e apresentar os/as desenho, massa, cerâmica e teatro.
personagens sem divagação (quando, onde, quem). Ex: há muito Dar modalidades e possibilidades da voz – sussurrar quando a
tempo atrás, era uma vez... personagem fala baixinho ou está pensando em algo importante.
Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais, há um Nos momentos de dúvidas, usar humoradamente as onomatopéias,
crescimento gradativo da emoção da história com a estrutura da os ruídos, os espantos, levantar a voz quando uma algazarra está
história acontecendo.
Clímax: ponto de maior emoção da história. É fundamental dar longas pausas quando se introduz o “Então...”,
Conclusão: deve ser breve e clara. Pode-se encerrar com frases tipo: para que haja tempo de cada um imaginar as muitas coisas que
entrou por uma porta saiu por outra quem quiser que conte estão para acontecer em seguida.
outra.strutura da história 1.Escolha histórias cujo tema faça parte do universo infantil (que
Aula 5 despertem o interesse das crianças).
ula 5 2.Incentive as crianças diariamente, contando pequenas histórias
Didática da contação de histórias sem mesmo ter o livro nas mãos:
Competências do contador de histórias 3.Use entonação de voz atraente, sem exageros, faça suspense, faça
Formas de contar histórias drama, se emocione, expresse sua opinião sobre o tema e dê
Conteúdo que será abordado oportunidade para que a criança também apresente sua opinião.
O contador de histórias contemporâneo atende a um público cada 4. Enriqueça a narração com ruídos (onomatopeias) como “miau!
vez mais diversificado: infantil, juvenil, adultos e terceira idade. Au! Au!” Evite cacoetes como: “aí...”, ‘então...”, “entenderam...” ,
A diferença que os envolve deve ser considerada não apenas em “não é?”
termos de faixa etária. 5. As crianças adoram que se conte a mesma história várias vezes.
Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os Se preciso, repita as histórias para que as crianças possam
personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer apropriar-se delas.
com que ele se incorpore à trama da história. 6. Use recursos gestuais para enriquecer a contação de histórias.
Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente
apresentada em seu enredo.
Competências do contador de histórias
7. Pense em locais para além da sala para conta histórias. Questão 1 - Qual a duração ideal de uma história?
Ambientes diferenciados como num gramado, debaixo de uma Dependerá do número de crianças, da faixa etária e da técnica
arvore, tornam o momento mais agradável. O importante é garantir escolhida para a contação.
que todas as crianças estejam confortáveis e possam visualizar o Observe quanto tempo, em média, elas ficam numa mesma
professor. atividade sem desviar a atenção e programe sua contação com a
E interagir com a história contada. mesma duração.
8. Conheça o texto da história: o ideal é que conte a história com Atividade
suas próprias palavras. Questão 2 - Fantasia e maquiagem ajudam a contar histórias?
Para isso é importante que ele se prepare para apresentar a história Podemos contar brilhantemente histórias sem maquiagem, figurino
principalmente se for fazer uso de objetos, caixas de história, ou outro apoio.
fantoches ou qualquer outro apoio para a Dependendo da idade das crianças, tais recursos criam uma magia,
contação. ou realismo que dotam o contador com a qualidade visual que o
9. Preserve a atenção das crianças no local em que a história está personagem da história necessita.
sendo contada. Muito barulho, pessoas estranhas interrompendo, Atividade
etc. Questão 3 - Mostrar, ou não mostrar as ilustrações nos livros?
10. Crie suspense sobre a história a ser contada. Desperte a Na maioria das vezes é difícil não mostrar.
curiosidade em seus alunos para envolvê-los. Se você escolheu contar história com o livro, estabeleça, desde o
11. Envolva as crianças, busque a participação delas fazendo início, as regras.
questionamentos Atividade
de forma que elas possam interagir com a história que está sendo
contada.
E na hora de contar histórias é preciso adotar algumas posturas Resposta
recomendadas por Celso Sisto (2001), tais como: Ou você mostra antes, durante, ou depois, mas deixe isso bem
Olhar para a plateia; claro. Mostrar, ou não, dependerá mais da sua proposta
Distribuir o olhar igualmente por toda a audiência; pedagógica, ou artística.
Linguagem de acordo com a plateia;
Linguagem fluida; Questão 4 - Posso contar mais de uma história numa mesma
Visualizar a história enquanto narra; atividade?
* Criar um roteiro visual e verbal, por episódio, na sequência da Não há regras para contar histórias.
história; Tudo dependerá da atividade, do tempo disponível para a contação
Movimentar-se só quando a história ‘exigir'; preparar a história e quantas crianças estarão assistindo.
antes; ensaiar sempre; Atividade
Não explicar a história; o texto deve falar por si mesmo; Resposta
Não prender qualquer parte do corpo enquanto está contando, tipo Quando maior o número de histórias que pretendemos contar, mais
mãos no bolso, braços cruzados (na frente ou atrás); curta e coesa e dinâmica deve ser, para prender a atenção das
Evitar movimentos repetitivos; crianças.
Que o tom de contar seja diferente do tom de bater-papo;
Projetar a voz em direção ao espaço; Finalizando
Usar diversos ritmos no decorrer da narração;
Acreditar na história que está sendo contada; Didática da contação de histórias
Usar pausas durante a história, explorar o silêncio, o movimento Competências do contador de histórias
sem palavras; Formas de contar histórias
Dar à apresentação um tratamento de espetáculo. Conteúdos abordados
O contador de histórias contemporâneo atende a um público cada
Agora é a sua vez vez mais diversificado: infantil, juvenil, adultos e terceira idade.
A diferença que os envolve deve ser considerada não apenas em Formação de hábitos e atitudes sociais e morais - por meio da
termos de faixa etária. imitação de bons exemplos e situações decorrentes das histórias,
Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os estimulando bons sentimentos na criança incitando-a à vida moral.
personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer Cultivo da sensibilidade
com que ele se incorpore à trama da história. e da imaginação –Condição essencial ao desenvolvimento e
Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente aprendizagem da criança.
apresentada em seu enredodo contador de histórias Cultivo da memória e da atenção -
Desenvolve a imaginação. Ensinando a criança a agir e preparando-a para a vida.
Resgata a cultura oral e incentiva a escrita. Interesse pela leitura - Familiarizamos a criança com os livros
Proporciona momentos lúdicos e de interação.Em resumo - Ouvir e literários.
contar histórias... Introdução
O olhar – É fundamental olhar nos olhos das crianças, como se Enredo
estivesse contando para aquele ouvinte. Clímax
Não se deve flutuar sobre os ouvintes. O olhar do contador deve Conclusão
ater-se aos olhos das pessoas, sem exagerar. Partes da história
A voz: é o elemento fundamental da narração oral, merece um curso A introdução é formada pela parte inicial da história. Compreende,
à parte. Uma dica é cuidar da dicção. Ela deve ser impecável, às vezes, um trecho formado de vários períodos, mas em muitos
pronunciando-se todas as letras de cada palavra. casos fica reduzida a um único período.
É importante também evitar falar muito lento, as pausas são Localizar o entrecho da história no tempo e no espaço.
necessárias, mas cuidando sempre para que não sejam Apresentar os principais personagens da história e caracterizá-los
prolongadas.Em resumo (TAHAN, 1961, p. 0).
O diálogo – É muito importante começar com um pequeno diálogo
antes das histórias. Por exemplo: É o momento no qual o narrador deverá usar toda a sua habilidade
explicar quem é o autor, porque se escolheu o tema, se o tema da oratória, mudando a rigidez da seqüência lógica para a graça e a
coincide com algum acontecimento importante. leveza que provocam emoções, tendo licença, inclusive, para
Em resumo pequenos desvios criados no momento, que agregam encanto à
audiência e ao próprio contador.
Aula 6ras de contar histórias É possível definir o enredo como o encadeamento de fatos que
Aula 6 sucede à descrição dos personagens e do cenário e que leva ao ponto
Técnicas para contar histórias culminante da história
Partes que compõem uma história O narrador deve terminar a história de forma solene, ficando em
Conteúdo que será abordado silêncio por alguns segundos, mantendo a sua postura, ficando com
Contar histórias é a forma literária expressiva, de mais fácil o adereço,ou mantendo a música de fundo. A saída do mundo da
compreensão, tanto para crianças quanto para adultos. fantasia e entrada no mundo real deve acontecer de forma suave,
Expansão da linguagem infantil - Enriquece o vocabulário e numa transição contínua, quase que imperceptível.
facilita a expressão e a articulação. 1. Leia com atenção, se preparando para contá-la.
Estimula à inteligência - Desenvolve o poder criador do 2. Assimile as idéias principais.
pensamento infantil. 3. Faça um pequeno esboço, se necessário.
Aquisição de conhecimento 4. Sublinhe as palavras-chaves da história.
Alarga os horizontes e amplia as experiências educativas e culturais Apresentação da História
da criança. Não decore a história: tente imaginar a cena ou ouví-la. fica mais
Objetivos das histórias infantis vivo na mente.
Socialização: identifica a criança com o grupo e ambiente levando- Precisa sempre adaptar: à idade e a cultura das crianças.
a a estabelecer associações, por analogia, entre o que ouve e o que Vivencie e experiencie a história: tente se colocar no lugar do
conhece. personagem…
Dê vida aos animais e pessoas: linguagem onomatopeica.
Tenha um propósito ao contar a história. A escolha e o preparo da história.
Forme o conceito de altura, tempo, idade, distância, etc., or meio O local.
de comparações e repetições. A luminosidade.
Use a imaginação O conforto.
Repetir palavras como: “então”; “…e foi”; “…se depois”; “…né”; “…e O silêncio.
disse”, etc. A atenção.
Toda hora parar a história para tirar uma lição de moral. Os elementos mágicos.
Não apontar a lição moral, deixe que a criança conclua. A surpresa.
Motivo: cada criança deve fazer sua aplicação individual. Deve Para quem eu contarei?
raciocinar sobre a história. Onde eu contarei?
Necessário selecionar observando o interesse do público ouvinte, a É preciso especificar o contexto e definir o público.
ideologia do conto, o objetivo que se espera atingir. Para escolher: Atividade 2 - O preparo geral:
levar em conta a qualidade literária; observar a linguagem
(rebuscada, simples, vulgar) lembrando que a história é um
alimento para imaginação. Para quê eu contarei a história?
introdução, enredo, clímax e desfecho. Nessa etapa define-se a finalidade.
Observar a estrutura da narrativa: Depois de selecionar a história, ler atentamente e gostar dela, para
A introdução da história a localiza em um tempo e em um espaço, posteriormente apresentar às crianças.
ou fora dele... (deve ser curta) Recontar para si mesma (o) em voz alta.
“Era uma vez...” Atividade 3 - O preparo específico:
“Há muitos e muitos anos...” Reconhecer a introdução da história, o desenvolvimento e a
“Numa floresta distante...” conclusão.
“três porquinhos resolveram fazer uma casa” Identificar claramente o início e o fim, marcar o clímax.
Deve-se explorar os tesouros da história: Memorizar as imagens e sequências da história
Qual a moral, a mensagem que você quer passar? Preparar o ambiente.
Onde - quando - quem Escolher um elemento surpresa que seja marcante na história.
Simples narrativa. Cuidar dos gestos, voz, roupas.
Com o livro. É preciso que as pessoas te ouçam com atenção, fiquem atentas à
Com gravuras. sua voz.
Com flanelógrafo. A história deve ser contada calmamente, porém com ritmo e
Com desenhos. entusiasmo.
Com fantoches. Usar umas fórmulas tradicionais de introdução e de encerramento.
Com música. apresentar a história Ao terminar: jamais moralizar o conteúdo nem dar explicações
Pode haver interferência ou não da platéia. psicológicas.
É importante atentar para o setting onde a história será narrada. Finalizando
A voz, a postura e o olhar transmitem emoção! Sobre as técnicas de contar histórias.
A narrativa não deve ultrapassar: 10 minutos para jovens e crianças Contar histórias é a forma literária expressiva, de mais fácil
e 20 minutos para adultos. compreensão, tanto para crianças quanto para adultos.A arte de
Formas de apresentar a história contar histórias
Evitar e corrigir cacoetes e viroses verbais. Expansão da linguagem infantil: enriquece o vocabulário e facilita
Falar com voz adequada à história e seus personagens. a expressão e a articulação.
Ser moderado no gesto. Estimula à inteligência: desenvolve o poder criador do
Viver a história. pensamento infantil.
Conhecer o enredo. Aquisição de conhecimento:
Narrar com naturalida-de. alarga os horizontes e amplia as experiências da crianças infantis
Agora é sua vez
Revelação das diferenças individuais: facilita ao professor o apontando-se as figuras correspondentes ao momento da
conhecimento de características predominantes em seus alunos. narrativa.e histórias
Socialização: identifi-ca a criança com o grupo e ambiente levando- Movimentos corporais: onde o professor utiliza-se de expressões
a a estabelecer associações, por analogia, entre o que ouve e o que através do corpo para demonstrar a emoção e o estado psicológico
conhece. dos personagens.
Introdução: Objetiva apresentar e caracterizar os principais Gravuras: fazer uma sequência de figuras (slides, cópias do livro),
personagens, enfatizando o ambiente em que os fatos irão se que deverão ser mostradas à medida que se vai narrando a história.
desenrolar. Figuras sobre o cenário: será um quadro simples, ou um painel,
Enredo é o desenrolar dos fatos que compõe a histórias das usando o velcômetro
histórias infantis ou tachinhas para ir colocando as figuras no cenário
Clímax: é o ponto culminante da história. Teatro de sombras: uma luz projeta figuras em uma superfície
Uma história sem clímax é como um corpo sem alma – falta-lhe o opaca. A sombra de bichinhos feitas com as mãos exerce grande
essencial, a vida. fascínio sobre as crianças e com figuras recortadas não é diferente
Conclusão deve ser curta e satisfatória. Fantoches: as crianças adoram e podem ser usadas com interação
entre mais de um narrador ou entre as próprias crianças.
Aula 7 Dobraduras: embora não seja uma técnica que a maioria domine, o
7 resultado é fantástico, proporciona uma boa interação com as
Uso de recursos para contar histórias. crianças quando a narração acompanha a sucessão de dobraduras
Estratégias para contar histórias. feitas por elas.
Conteúdo que será abordado Maquete: floresta de papel, casinha de papelão, bonecos de feltro
A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode dão um grande efeito a qualquer narrativa
favorecer de maneira significativa a prática docente na educação Marionetes: são aqueles bonecos comandados por fios presos na
infantil e ensino fundamental. cabeça, nas mãos e nos pés. Os operadores ficam por trás de um
A escuta de histórias desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o cenário e a cena se desenrola no chão.
processo de leitura e escrita, é uma atividade interativa que Bocões: são bonecos grandes (tipo ventríloco). prendem a atenção
potencializa a linguagem infantil, estimula a imaginação, educa, das crianças e fazem praticamente esquecerem do narrador.
Instrui. Flanelógrafo: é um quadro de forma retangular em madeira
A ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e contação de compensado ou papelão grosso, com uma face coberta de flanela de
histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a cor clara, azul de preferência, porque servirá de cenário, é ideal para
responsabilidade e a autoexpressão, assim a criança sente-se apresentar os personagens da história que se movimentam durante
estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento a narrativa.
sobre o mundo. Dedoches: são fantoches pequenininhos utilizados nos dedos, são
Em meio ao prazer, à maravilha e ao divertimento que as narrativas excelentes para uma pequena plateia.
criam, vários tipos de aprendizagem acontecem.
Espaço físico adequado, expressões e gestos utilizados pelo Desenhos: esta técnica é para dar asas à imaginação de seus
contador, de forma a imitar os personagens; o ambiente deve ser ouvintes, pois alunos participam da contação, de forma com que
harmonioso e aconche-gante, sem distrações externas, com todos ou parte do grupo vá até o quadro desenhar as ideias
crianças agrupadas história não é atividade simples. Pensando sugeridas pela leitura.
nisso, a utilização de diversos recursos para a contação de histórias Este recurso é uma forma do aluno imaginar e criar sua própria
(principalmente tecnológicos) deve preceder o conhecimento do versão da história.
aparato tecnológico a ser utilizado. Utilizando sons: a utilização desse recurso trás ao ouvinte uma
Podemos utilizar várias técnicas como recurso para contação de imaginação rica, pois eles podem projetar em seu imaginário as
histórias, sendo cada uma delas um novo desafio para quem se imagens da narrativa.
habilita no tocante a aperfeiçoar seu conhecimento de aplicação. O contador pode utilizar das onomatopeias para projetar as imagens
Usar o próprio livro: se a história for baseada em um livro com do texto, ou seja, imitar a porta que se abre dentre muitos outros
bastante ilustrações, será um ótimo recurso, pois poderá ser usado exemplos.
Interação com a narração, para os diferentes estilos de aprendizagem e características
Utilizar música, a todo momento ela é bem vinda, quando em individuais.
momento que signifique perigo na narração ou para marcar
determinado personagem. Finalizando
Não existem limites para a criatividade,coisas simples na hora certa Uso de recursos para contar histórias.
darão um grande desfecho à história. Estratégias para contar histórias.o abordado
Use e abuse de objetos ou roupas que façam parte de algum A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode
personagem (ou de todos os personagens) da história a ser contada. favorecer de maneira significativa a prática docente na educação
infantil e ensino fundamental.
Agora é sua vez A escuta de histórias desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o
Atividade processo de leitura e escrita, é uma atividade interativa que
Questão 1 – Como utilizar tapete e aventais na contação de potencializa a linguagem infantil, estimula a imaginação, educa,
histórias? Instrui.
Há técnicas simples de realizar em que o contador faz uma A ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e contação de
decoração utilizando um tapete ou um avental, onde lhe é permitido histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a
trabalhar toda a narrativa com figuras e imagens estimulando e responsabilidade e a auto expressão, assim a criança sente-se
encantando o imaginário dos ouvintes. estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento
Atividade sobre o mundo.
Questão 2 – Pode haver interferências durante a contação? Em meio ao prazer, à maravilha e ao divertimento que as narrativas
O professor permite que durante a contação os alunos participem criam, vários tipos de aprendizagem acontecem.
ativamente pela voz, gestos e fala, procurando manter um equilíbrio Os bonecos atraem as crianças proporcionando o prazer de dar vida
para que a contação não se torne uma desordem. e voz a eles; graças ao fantoche pode-se superar a timidez que
Atividade dificulta a comunicação e podem ser expressos sentimentos.
Esta técnica é um ótimo recurso para ser utilizado com um público O teatro de fantoches ensina a criança a prestar atenção no mundo
numeroso. sonoro, é um excelente recurso didático onde os professores podem
Música e poesia: o professor pode estar adaptando ou inventando abordar assuntos do conteúdo programáticos, focalizando o
músicas e pequenos versos poéticos para dar uma complementação interesse para o assunto proposto, enriquecendo a aula.
para sua narrativa, utilizando-se de uma A música, tem o poder de alterar o comportamento incentivando a
entonação leve e suave que encante seus ouvintes. realização das atividades com prazer, diversas são as musicas
Atividade infantis que podem ser trabalhadas nas diferentes modalidades e
Questão 3 – Quais objetos podem ser usados na contação de estratégias educacionais.
histórias? A educação ganha força ao aliar-se a expressão oral, expressão
Podem ser usados fantoches, objetos acústicos, personagens e plástica e as emoções.
cenário baseado na história.
Atividade
Resposta Aula 8
Esta construção pode ser feita por meio de sucata ou de utensílios Livro impresso versus tabletes.
cotidianos como talheres, copos descartáveis, sacos de lixo, Relatório Delors: Educação um tesouro a descobrir Os setes
embalagens, utilidades domésticas, garrafas, papelão, dentre saberes necessários para a educação do futuro. As histórias no
outros materiais. século XXI
Atividade Conteúdo que será abordado
Usos de tecnologia: pode ser incrementado de várias formas, como Essa era tem mudado drasticamente nossas concepções acerca do
utilizar um aparelho de som, utilizar o computador para que as Homem, da sociedade, da economia, da família e da infância,
crianças além de ouvir a história, e ler, possam ver imagens como consequentemente nossa maneira de ver o mundo, de se relacionar,
na comunicação alternativa, o que possibilita múltiplas linguagens de aprender e brincar também passa por transformações radicais.
As formas de aprender, se relacionar, brincar e se divertir também Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a viver com os
foram sofrendo transformações, com o advento das tecnologias outros, Aprender a ser.Os quatro pilares da educação
digitais e telemáticas. As aprendizagens tradcionais, direcionadas para a aquisição de
Reconhecimento do potencial educativo que o jogo eletrônico instrumentos de compreensão, raciocínio e execução, não podem
possui, Moita afirma (2007, p. 18) sobre os jogos, disposição para ser consideradas completas sem os outros domínios da
se aprender, pois cria situações de desafio, ao mesmo tempo em que aprendizagem, muito mais complicados de explorar, devido ao seu
liberta, enquanto normatiza, organiza e integra” caráter subjetivo e dependente da própria entidade educadora.
São tidos como modos de subjetivação que, de acordo com Mendes É o tipo de aprendizagem que tem por objetivo estimular o prazer
(2006) envolvem técnicas intelectuais de compreender, de conhecer e de descobrir.
Ler,
Contar, É preciso que as crianças e os jovens sejam estimulados a descobrir
Memorizar, o prazer de estudar.r a conhecer
Anotar, Recomenda-se valorizar a curiosidade e a autonomia dos alunos,
Registrar, para que isso resulte em pessoas capazes de estabelecer relações
Diferenciar, entre os conteúdos aprendidos e as situações vividas, enfim,
Identificar. pessoas que saibam pensar.er a conhecer
Proporcionam uma “alfabetização com domínios semióticos: O conhecimento é a chave que levará à compreensão dos diversos
imagens, símbolos, gráficos, diagramas e muitos outros símbolos aspectos da realidade e que tornará as pessoas mais críticas e
visuais significantes” (GEE, 2004 apud MOITA, 2007, p. 59). analíticas.
eletrônicos É possível aprender a fazer sem, antes, aprender a conhecer?
Fazem parte do meio no qual o sujeito se desenvolve e aprende e se Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer – são considerados
consideramos o processo de aprendizagem sob uma perspectiva “indissociáveis”.r a fazer
interacionista, precisamos considerar o ambiente social e cultural É essencial saber trabalhar coletivamente, ter iniciativa, saber
permeado por recursos tecnológicos atrativos e complexos que resolver conflitos e ter flexibilidade para se adequar a novas
impõem desafios ao homem, gerando desequilíbrios e a necessidade situações. Investir na competência pessoal.a fazer
de adaptação, aprendizagem.ls Uma educação capaz de estimular a convivência entre os diferentes
As escolas têm de incorporar essa lógica e esses recursos nos grupos e ensiná-los a resolver suas diferenças de maneira pacífica.
processos de ensinar e aprender, visando dar conta de todo A construção cotidiana da cultura de paz depende da capacidade de
universo presente, no qual ela está inserida, aprender a viver e a conviver com pessoas e grupos diversos.
Atenção! A educação deve contribuir para que cada pessoa consiga ter um
Para lidar com esses alunos que não são os mesmos de anos atrás. nível de autonomia intelectual que lhe permita formar o próprio
As escolas devem identificar quem é esse aluno imerso na juízo de valor diante das mais variadas situações.
cibercultura e se ele experimenta novas formas de pensar, de Tenha capacidade de escolher caminhos e alternativas baseadas no
aprender e de socialização. seu entendimento da realidade.r a ser
A educação deve ser organizada com base em quatro princípios, Envolve a realização pessoal, a capacidade de cada um de descobrir
também chamados de pilares da educação ou pilares do o próprio potencial e a força criativa.
conhecimento. O exercício de “aprender a ser” leva as pessoas a encontrar a sua
São conceitos de fundamento da educação baseado no Relatório definição de felicidade, que, é claro, não é igual para todas.
para a UNESCO da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, Agora é sua vez
coordenada por Jacques Delors.
No relatório editado sob a forma do livro: "Educação: Um Tesou-ro Questão 1 - E qual a importância das histórias no contexto do
a Descobrir" de 1999. séc. XXI?
Os quatro pilares da educação Questão 2 - As histórias que serviram a crianças de todos os povos
Se propõe uma educação direcionada para os quatro tipos há séculos podem
fundamentais de educação: ser um meio de comunicação no século XXI?
A democratização do conhecimento é uma necessidade cada vez Este fogo aceso para aquecer as salas de leituras se alastrou e
mais presente na sociedade, pois atende às necessidades de ganhou a praça, o teatro, a televisão, as rádios, os clubes, as feiras
formação de um cidadão apto a enfrentar os desafios trazidos por de livros, os centros culturais, conquistando assim os mais variados
rápidas transformações sociais. adeptos. BUSATTO, 2006: 21; GIRARDELLO, 2004: 13).
A informação supera as barreiras nacionais, aproxima as pessoas e Contadores de história no séc. XXI
contribui para o estabelecimento de um mundo globalizado e Finalizando
interdependente.
Aos textos impressos, somam-se os hipertextos e os livros Conteúdo abordado
eletrônicos (e-books) que surgem como novas ferramentas de Livro impresso versus tabletes.
comunicação e interação, instaurando outros paradigmas nas Relatório Delors: Educação um tesouro a descobrir
relações entre autores, textos e leitores. Os setes saberes necessários para a educação do futuro.
Do leitor convencional, passa-se para a noção de leitornavegador ou As histórias no século XXI
hiperleitor. Essa era tem mudado drasticamente nossas concepções acerca do
Atividade Homem, da sociedade, da economia, da família e da infância,
Questão 3 - Qual o futuro da literatura na era do hipertexto, em consequentemente nossa maneira de ver o mundo, de se relacionar,
que surgem novos gêneros digitais, os quais redirecionam a de aprender e brincar também passa por transformações radicais.ca
interação entre autores, textos e leitores? ou Era da informação
A leitura assume um papel de destaque no contexto marcado pelo As formas de aprender, se relacionar, brincar e se divertir também
automatismo e pela foram sofrendo transformações, com o advento das tecnologias
Super abundância de informações, ou seja, fatores que exigem um digitais e telemáticas.
leitor ativo, extremamente dinâmico, capaz de selecionar Felizmente, as histórias estão contribuindo com o desenvolvimento
quantitativa e qualitativamente informações. das crianças e lhes dando a alegria e o prazer de transitar por este
A partir dos diversos suportes eletrônicos e dos novos gêneros universo mágico, persiste no século XXI.
textuais que surgem na era da Internet, o ato de ler assume novos Resta-nos, como edu-cadores, lutar para que esta magia permaneça
rumos e esses novos textos “implicam outras dentro da escola.
leituras, através de novas práticas para mediar as negociações dos Conforme a sociedade se defronta com mudanças significativas em
sentidos possíveis” suas bases sociais e tecnológicas, novas atribuições passam a ser
(BUSATTO, 2006: 12). exigidas à escola.
A noção de hipertextualidade redireciona, assim, as práticas de E as perspectivas tecnológicas para as formas literárias podem ser
linguagem e propõe uma reavaliação das abordagens direcionadas grandes atrativos para despertar o gosto artístico.
à obra literária. A prática pedagógica da contação de histórias pode ser desenvolvida
A intertextualidade ganha maior destaque nas interfaces junto à nova
eletrônicas, na medida em que cultura tecnológica, o ciberespaço, que permite a formação de
as interconexões entre diferentes códigos, linguagens e textos comunidades virtuais,
invadem o ciberespaço, possibilitando uma experiência social diferente para a criança.
com mescla de informações, som, imagem, fotografia, pintura, entre
outros recursos
As histórias antigas podem até parecer ultrapassadas neste Aula revisão
ciberespaço dinamizado
pelas informações e pelas conquistas da eletrônica e da informática. Leitura: O que se lê está registrado pela escrita, sempre será a
É neste confronto que as histórias revelam que são verdadeiras mesma história, pode ser retomada quantas vezes se quiser, sendo
fontes de sabedoria, que têm papel formador da identidade. conto de fadas ou uma fábula.
Para Girardello (2004: 13), hoje assistimos ao nascimento de muitos Na leitura de um conto, até um ponto permanece onde está. A
grupos de contadores de histórias, uma novidade para um ofício função da escrita é preservar tanto a história quanto a forma como
que foi quase sempre individual.res de história no séc. XXI ela está registrada.
Contação: Evidência o valor da cultura oral. As histórias são 3. Ponto Culminante
transmitidas de geração para geração, e não possuem um suporte 4. Desfecho
concreto como na escrita. Ponto culminante: O narrador deverá estudar a intensidade da
Por isso as narrativas podem sofrer diversas transformações, emoção em cada fato e as estratégias para despertar as sensações
dependendo do tempo e de quem conta. desejadas.
É importante estimular as crianças através da leitura e da contação Porém o ponto culminante deverá merecer atenção especial.
de histórias, Desfecho: conclusão deverá ser simples, preferivelmente sem fazer
Os alunos terão momentos onde criarão suas histórias e alusão à moral da história ou às lições que ela encerra. Uma boa
desenvolverão a: narração expõe a conclusão: cabe aos ouvintes encontrá-la.
Imaginação, Criatividade, Interpretação de imagens e textos, O contador de histórias contemporâneo atende a um público cada
Oralidade Gosto pela leitura. vez mais diversificado: infantil, juvenil, adulto e terceira idade.
A criança deve ser estimulada desde pequena pelo gosto da leitura, A diferença que os envolve deve ser considerada não apenas em
pois é até os sete anos de idade que ela forma este gosto. termos de faixa etária.
Não importa que a criança não saiba ainda fazer a leitura de um Competências do contador de histórias
livro, o professor deve ler e assim, dar esta referência de leitura para Contar uma história é fazer a criança sentir-se identificada com os
ela. leitura personagens. É trazer todo o enredo à presença do ouvinte e fazer
É muito importante ser trabalhado porque conseguindo estabelecer com que ele se incorpore à trama da história.
uma relação prazerosa entre crianças e livros, essa relação é Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente
mantida até o letramento apresentada em seu enredo.
A criança vai gostar de ler em toda sua vida, cultivando ainda mais Para se contar bem uma história é preciso possuir habilidade, treino
o hábito e a amizade com o livro. e conhecimento técnico do trabalho, pois os valores artísticos,
Os contos de fadas têm natureza espiritual, ética e existencial. Sua lingüístico e educativos dependem da arte do narrador.
origem está ligada à cultura celta e retratam a história de heróis e Competências do contador de histórias
heroínas, em narrativas ligadas ao sobrenatural e visavam à Agora é sua vez
realização interior do ser humano são os contos de fada?
A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são Questão 1 – Como deve ser a estrutura de uma narrativa?
geralmente animais que possuem características humanas. Introdução,
Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por Enredo,
uma lição de moral, constatada na conclusão da história. Fábulas Clímax e
É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações Desfecho.
e maneiras de se explorar um assunto.Muito interessante para A introdução é formada pela parte inicial da história. Compreende,
crianças! às vezes, um trecho formado de vários períodos, mas em muitos
Permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos morais sem casos fica reduzida a um único período.
que percebam. Localizar o entrecho da história no tempo e no espaço.
Enredo: Personagens principais, secundários e supérfluos e Apresentar os principais personagens da história e caracterizá-los
Ambiente (local, época, civilização). (TAHAN, 1961, p. 0).
Cenários: quantas cenas são necessárias para o seu Introdução
desenvolvimento. Mensagem e conteúdo educacional: Estes É o momento no qual o narrador deverá usar toda a sua habilidade
elementos também indicarão onde estão as dificuldades para a da oratória, mudando a rigidez da seqüência lógica para a graça e a
produção de caracterizações e cenários. leveza que provocam emoções, tendo licença, inclusive, para
1. Introdução pequenos desvios criados no momento, que agregam encanto à
2. Enredo audiência e ao próprio contador.
Introdução: situará os ouvintes no tempo e no espaço, apresenta os É possível definir o enredo como o encadeamento de fatos que
principais personagens. sucede à descrição dos personagens e do cenário e que leva ao ponto
Deve ser clara, sucinta, curta mas suficiente culminante da história.
Esclarece os elementos que comporão a história.
O narrador deve terminar a história de forma solene, ficando em com mescla de informações, som, imagem, fotografia, pintura, entre
silêncio por alguns segundos, mantendo a sua postura, ficando com outros recursos
o adereço, ou mantendo a música de fundo. Leitura: O que se lê está registrado pela escrita, sempre será a
A saída do mundo da fantasia e entrada no mundo real deve mesma história, pode ser retomada quantas vezes se quiser, sendo
acontecer de forma suave, numa transição contínua, quase que conto de fadas ou uma fábula.
imperceptível. Na leitura de um conto, até um ponto permanece onde está. A
Atividade função da escrita é preservar tanto a história quanto a forma como
Questão 2 – Cite alguns recursos auxiliares para contação de ela está registrada.
histórias. Contação: Evidencia o valor da cultura oral. As histórias são
Podemos utilizar várias técnicas como recurso para contação de transmitidas de geração para geração, e não possuem um suporte
histórias, sendo cada uma delas um novo desafio para quem se concreto como na escrita.
habilita no tocante a aperfeiçoar seu conhecimento de aplicação.
Atividade
Usar o próprio livro
Movimentos corporais
Gravuras
Figuras sobre o cenário
Teatro de sombras
Dobraduras
Maquetes
Marionetes
Bocões
Dedoches
Flanelógrafo
Sons

Finalizando
Revisão
A leitura assume um papel de destaque no contexto marcado pelo
automatismo e pela
Super abundância de informações, ou seja, fatores que exigem um
leitor ativo, extremamente dinâmico, capaz de selecionar
quantitativa e qualitativamente informações.
A partir dos diversos suportes eletrônicos e dos novos gêneros
textuais que surgem na era da Internet, o ato de ler assume novos
rumos e esses novos textos “implicam outras leituras, através de
novas práticas para mediar as negociações dos sentidos possíveis”
BUSATTO, 2006: 12).
noção de hipertextualidade redireciona, assim, as práticas de
linguagem e propõe
uma reavaliação das abordagens direcionadas à obra literária.
A intertextualidade ganha maior destaque nas interfaces
eletrônicas, na medida em que
as interconexões entre diferentes códigos, linguagens e textos
invadem o ciberespaço,

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