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NBR-14787 ABNT e NR-33

PAULA SCARDINO

Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde nos Trabalhos em


Espaços Confinados

Apresentação
Paula Scardino
1
Coordenação Nacional da Norma - ABNT NBR 14.787,
publicada em Dezembro de 2001
Membro do GT Tripartite da NR-33, publicada em 27/12/2006

Al. Iraé, 620 – conjunto 56 – Indianópolis – São Paulo – SP


Tel: (11) 3499-1009 – 3499-6061 - Fax: 5052-8640
E-mail: paulascardino@uol.com.br

Celular: (11) 9267-3526

1
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1. Introdução

 Riscos “Invisíveis” existentes


Importância  Vôo por instrumento x precisão de medições
da NR- 33  Gravidade dos Acidentes
 Mortes em “Série”

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2. Definição

Espaço Confinado é:
33.1 a)...qualquer área não projetada para ocupação
contínua
b)... a qual tem meios limitados de entrada e saída
c)... ou na qual a ventilação existente é insuficiente
para remover contaminantes perigosos e/ou 9
deficiência/ enriquecimento de oxigênio que possam
existir ou se desenvolverem.

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3. Condição de Entrada:
Condições ambientais que devem permitir a
entrada em um espaço confinado onde haja
critérios técnicos de proteção para riscos
atmosféricos, físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e/ou mecânicos
que garantam a segurança dos
trabalhadores.

Ação pela qual as pessoas ingressam através 46


de uma abertura para o interior de um espaço
confinado.

Essa ação passa a ser considerada como


tendo ocorrido logo que alguma parte do
corpo do trabalhador ultrapasse o plano de
uma abertura no espaço confinado.
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Falta/excesso de oxigênio, gases inflamáveis e


Atmosféricos gases tóxicos

Ruídos, Vibrações, Radiações, Frio, Calor,


Pressões Anormais, Umidade
Físicos
Poeiras, Fumos, Névoas, Gases, Vapores,
Produtos Químicos em Geral
Químicos

Vírus, Bactérias, Parasitas, Bacilos


Biológicos
Trabalho em Turno ou Noturno, Esforço Físico
Ergonômicos Intenso, Postura Inadequada...

Incêndio, Explosão, Máquinas sem proteção,


De Acidente Ferramentas Inadequadas...
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4. Atmosfera de Risco:

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Condição em que a atmosfera, em um


espaço confinado, possa oferecer riscos
ao local e expor os trabalhadores ao
perigo de morte, incapacitação, restrição
da habilidade para auto–resgate, lesão ou
doença aguda causada por: 6
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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

L.I.I. Gás/Vapor ou névoa inflamável


em concentrações superiores a
10% do seu Limite Inferior de
Inflamabilidade LII ou
Lower Explosive Limit LEL;
10%
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LII, LIE (limite inferior de explosividade), ou LEL (lower


explosive limit) = fração expressa em volume

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

L.I.I. é o ponto onde existe a mínima


concentração para que uma mistura
de ar + gás/vapor se inflame.

L.S.I. é o ponto máximo onde ainda


existe uma concentração de mistura de
ar + gás/vapor capaz de se inflamar.
50
Combustível 0% L.I.I. L.S.I. 100% Combustível

POBRE EXPLOSIVA EXPLOSIVA


RICA
Pouco Gás Muito Gás e pouco Ar 0% Ar

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

Área Classificada:

Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está


presente ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de
exigir precauções especiais para construção,
51
instalação e utilização de equipamento elétrico.

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

Equipamento à Prova de Explosão Ex d

É todo equipamento que está encerrado em


um invólucro capaz de suportar a
pressão de explosão interna e não
permitir que essa explosão se propague 52
para o meio externo.

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

R L

C Equipamento Intrinsecamente Seguro Ex-i

Um equipamento é intrinsecamente seguro quando não é capaz de


liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em
condições normais (isto é, abrindo ou fechando o circuito) ou 53
anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta à terra), causar a
ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no
certificado de conformidade do equipamento.

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

Ventiladores – especificação:

É importantíssimo observar a especificação dos motores dos ventiladores, a


qual recomendamos que conste que o motor do mesmo deve ser Totalmente
Fechado com Ventilação Externa (TFVE), motor de indução ou “gaiola de
esquilo”. O material do mesmo deve ser de material não ferroso e, sendo de
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plástico, a resistência do material não pode ser inferior a 1 MOhm.

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Incêndio em andaime causa morte de operário em São Paulo

Folha de S.Paulo

De acordo com testemunhas, a explosão


ocorreu quando o operário José Roberto
da Conceição Santos, 36, acendeu um
cigarro no andaime, onde havia latas do
produto inflamável thinner. Ele caiu de
uma altura de 86 metros e morreu. 54

14/09/2006
Santos trabalhava em um andaime com outro operário.
Com a explosão, esse segundo funcionário, também
em chamas, decidiu pular até o outro andaime, mais
abaixo, onde estavam dois funcionários e mais latas de
material inflamável.

Com isso, um novo incêndio então teve início, tomando


conta das paredes externas do prédio.
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4.1 Precisão em Detectores

Correlação de Gases Inflamáveis x Instrumentação

300%
Metano
250% Acetileno
Hidrogenio
200%
n-Hexano
150% 63

LII
100%

50%

0%
LII
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

Detector de gás: Cromatógrafo:


quantifica uma atmosfera qualifica e quantifica qual gás
inflamável. inflamável está presente.

Cada substância inflamável possui um L.I.I. % de Volume

O sensor de gás inflamável do detector deve ser calibrado com um gás 64


padrão, que será a referência do mesmo em % de volume;

Quando um detector for calibrado com gás metano, LII = 5,0% VOL (por ex.),
e encontrar com uma atmosfera com gás hexano, LII = 1,2% VOL,
a leitura de 25% do LII será, na verdade, de 104% do LII

(5,0/1,2 = 4,16 como fator de multiplicação);


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Medir em diferentes níveis de altura, devido a densidade


dos gases que poderão estar no interior do E.C.

Densidades relativas:
H2 = 0,07
65
CH4 = 0,55
CO = 0,97
Ar = 1,00
H2 S = 1,19
Gasolina = 3,40

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4.1 Gases e Vapores Inflamáveis

AMOSTRAGEM EM ZONA 0 (área onde uma mistura


explosiva ar/gás está continuamente ou presente por longos
períodos)

 Em zona 0 somente poderemos utilizar instrumentos que


na sua totalidade sejam classificados e certificados por OCC
do Inmetro, como sendo intrinsecamente seguro Ex ia.
66

 Importante: Caso o instrumento não seja apropriado para


zona especificada, deveremos fazer uso de sistema de
amostragem, tipo bomba (elétrica ou manual)
succionando a amostra para o equipamento que deverá estar
localizado no lado externo do espaço onde exista a
atmosfera potencialmente explosiva.
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Medidas Técnicas

 Avaliar a atmosfera nos espaços


confinados para verificar se as condições
de entrada são seguras;

 Manter condições atmosféricas


aceitáveis na entrada e durante toda a
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realização dos trabalhos, monitorando,
ventilando, purgando, lavando ou
inertizando o espaço confinado;

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 Monitorar continuamente a
atmosfera nos espaços confinados nas
áreas onde os trabalhadores estiverem
desempenhando as suas tarefas, para
verificar se as condições de acesso e
permanência são seguras;

 Proibir a ventilação com oxigênio puro; 19

 Testar os equipamentos antes de


cada utilização;

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Comunicação Vigia x Trabalhador:

Em espaços confinados precisamos ter certeza da


eficiência da comunicação entre vigia e trabalhador(es).

Se não for possível a comunicação por rádio, outra forma


deverá ser estabelecida.
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Deficiência e Excesso de Oxigênio


>23% Aumento da inflamabilidade dos materiais

O2 20.9% Nivel normal de oxígenio no ar


19.5% Nivel mínimo de oxígenio para uma entrada segura.
Teores abaixo de 19,5 podem causar:
Concentração de
oxigênio atmosférico
abaixo de 19,5 % ou 10-11% A respiração se acelera e falta de coordenação,
acima de 23 % em
volume; incremento da pulsação, euforia e dor de cabeça.
74
IPVS = < 12,5% em 6 -10% Nauseas e vômitos, dificuldade de movimentos, perda
volume ao nível do mar. de conhecimento, falhas mentais, rosto palido e labios
azuis.
<6% A respiração cessa, seguindo de parada respiratória e a
Morte em minutos.
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Deficiência de Oxigênio

Causas da deficiência de oxigênio (1):

Consumo:
Ocorre tanto na combustão, quando o O2 do ar reage com o
material combustível (incêndios, por ex.), como na oxidação de
metais

75
Causas da deficiência de oxigênio (2):

O2 Diluição:
Dá-se a diluição quando gases inertes são utilizados na
inertização de tanques ou de equipamentos que vão sofrer
manutenção.

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Deficiência de Oxigênio

N2
Inertização:

O processo de inertização ocorre geralmente pela


diluição da atmosfera interior pelo gás inerte (N2,
CO2, Argônio, Hélio, etc..). Este deslocamento da
atmosfera devido a entrada do gás inerte, é uma

CO2 inertização que impede a explosão.

Portanto a inertização substitui uma atmosfera


inflamável /explosiva por uma atmosfera asfixiante,
77

geralmente IPVS.

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Transporte e Armazenamento de cilindros N2, CO2, Argônio....

77

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Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas em um bueiro de 6 metros no município de
Pombos, no Agreste de Pernambuco, nesta terça-feira (4). De acordo com informações do Corpo de
Bombeiros, um jovem de 14 anos estava tentando limpar o local quando passou mal e caiu no
buraco. Dois irmãos, de 14 e 26 anos, tentaram resgatá-lo e também acabaram morrendo. 78

Os bombeiros resgataram com vida outros três homens, que desceram no buraco para tentar ajudar
os amigos. Eles foram internados em hospitais da região.

Segundo informações de testemunhas, o rapaz teria sido pago por um morador das redondezas para
limpar o local - a água que corria por essa tubulação seria dada aos animais criados por esse
homem, ainda não identificado.

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Excesso de Oxigênio

O2 O respirar excesso de oxigênio se chama Hiperoxia

Efeitos:
 vaso dilatação cerebral (risco de edema)

 riscos no pulmão: bronco displasia (inflamação e espessamento) 80

 aumento de radicais livres de oxigênio no sangue, e como conseqüência:


lesão no Sistema Nervoso Central, o que por sua vez pode piorar o edema
cerebral.

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Gases Tóxicos (Limite de Tolerância

Deve-se manter a exposição do trabalhador abaixo do


Limite de Tolerância (publicado na NR-15 do MTbE ou
em recomendação mais restritiva – ACGIH - American
Conference of Governmental Industrial Hygienists.

Comparar LT’s da NR-15 e ACGIH e adotar o mais


restritivo. 81

Buscar informação na FISPQ – Ficha de Informação de


Segurança de Produto Químico

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4.4 Gases Tóxicos (LT, IPVS)

FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico


 Identificação do produto e da empresa;
 Composição e informação sobre os ingredientes
 Identificação de perigos
 Medidas de primeiros socorros
 Medidas de combate a incêndio
 Medidas de controle para derramamento ou vazamento
 Manuseio e armazenamento 82

 Controle de exposição e proteção individual


 Propriedades físico-químicas
 Estabilidade e reatividade
 Informações toxicológicas e ecológicas
 Considerações sobre tratamento e disposição
 Informações sobre transporte
 Regulamentações. 42
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IPVS - Condição Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde

Qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que possa causar
efeitos adversos irreversíveis à saúde (instantanea ou retardada, ou exposições
agudas aos olhos que impeçam a fuga da atmosfera perigosa) ou que interfira com
a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda.

Nota: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que, apesar
de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina
possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima pode não 85
apresentar sintomas de mal-estar durante a recuperação de efeitos transientes,
porém está sujeita a sofrer um colapso. Tais substâncias em concentrações
perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à
saúde (ex. fumos de cádmio).

IPVS = IDLH – Immediately Dangerous to Health and Life

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Agentes Químicos x vias de entrada

Respiratória:
Inalação
(gases, vapores ou
aerossóis) – principal via de
penetração de sustâncias Cutânea:
tóxicas no organismo Os agentes tóxicos
podem atuar na pele
por reação direta ou
penetrando-a
86
Gastrointestinal:
Ingestão, absorção
(quando o
trabalhador fuma ou
come no ambiente
de trabalho)

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Monóxido de Carbono
Gás Tóxico, Asfixiante Bioquímico e Inflamável

CO Não apresenta odor nem cor

É absorvido pelo pulmão até 100 vezes mais rápido


que o Oxigênio.
IPVS = 1200 ppm
Limite de Tolerância (Brasil) = 39 ppm;
TLV(EUA) = 25 ppm
87

Efeitos do CO (concentração x tempo de exposição):


 Ligeira dor de cabeça, desconforto (200ppm x 3hs)
Limites de  Dor de cabeça, desconforto (600ppm x 1 h)
inflamabilidade no ar:  Confusão, dor de cabeça (1000 a 2.000 ppm x 2 hs)
Limite Superior: 75 %  Tendência a cambalear (1.000 a 2.000 ppm x 1,5 hs)
Limite Inferior: 12 %  Palpitação leve (1.000 a 2.000 ppm x 30 minutos);
 Inconsciência (2.000 a 5.000 ppm);
45
 Fatal (10.000 ppm).
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Crenças sem sentido....

88

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Isolamento

Separação física de uma área ou espaço


considerado próprio e permitido ao
adentramento, de uma área ou espaço
considerado impróprio (perigoso).

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Cuidados ao abrir a tampa de acesso

Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os


tornem inseguros no momento anterior à remoção de
um vêdo, tampa ou tampão de entrada.

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Atividades Agravantes

Os trabalhos de solda, cortes a quente, tratamento


térmico, funcionamento de motores a combustão no
interior de espaços confinados, pode criar atmosferas
de alto risco ou perigosas. A deficiência de oxigênio é
causada pelo seu consumo, nas reações de combustão
ou nos processos de oxidação, ou ainda deslocado pelos
produtos de combustão.
123
Os gases tóxicos, como o CO, são produzidos pela
incompleta combustão. Outros gases podem ser
produzidos pelo material aquecido; cádmio, por exemplo,
vapores de mercúrio, chumbo e outros metais pesados.

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Gás Sulfídrico ou Sulfeto de Hidrogênio

H2 S
Gás Tóxico, Asfixiante Bioquímico e Inflamável

Considerado um dos piores agentes ambientais agressivos ao


ser humano. Em concentrações médias, inibe o olfato.
IPVS =100 ppm
Limite de Tolerância (Brasil) LT = 8ppm
TLV (EUA) = 10ppm
89

Efeitos do H2S (concentração x tempo de exposição):


BRS
 Nenhum (8 ppm x 8 horas)
Bactéria  Irritação moderada nos olhos e garganta (50 a 100 ppm x 1 h)
Redutora de  Forte irritação (200 a 300 ppm x 1 h)
Sulfato  Inconsciência e morte por paralisia respiratória
(500 a 700 ppm x 1,5 h)
 Inconsciência e morte por paralisia respiratória
(>1000 ppm x minutos). 50
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Atmosfera Aquecida

Os ambientes quentes representam um dos


pontos mais importantes da patologia
ocupacional devido a:

 Alta fadiga física;


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 Perda de produtividade, motivação,
velocidade, precisão, continuidade e
aumento da incidência de acidentes.

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Atmosfera Aquecida

Principais distúrbios por exposição ao calor:

 Instabilidade do sistema cardiocirculatório


(edema do calor e sincope do calor)

 Distúrbios hidroeletrolíticos (desidratação,


depleção de sal) – hiponatremia (excessiva
ingestão de água, diminuindo a concentração de
92
sódio), cãibras.

 Distúrbios dermatológicos (erupção cutânea)

 Distúrbio do bloqueio do sistema de


termoregulação (hipertermia)

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Atmosfera Aquecida

Avaliação de Conforto Térmico


Pode ser avaliado pelo uso do Medidor de Stress
Térmico - IBUTG.

NHO – 06, Item 5.2.2: é permitida a utilização de


equipamento eletrônico ... desde que, para
93
quaisquer condições de trabalho avaliadas,
apresentem resultados equivalentes.

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Atmosfera Aquecida

Fatores que influenciam a troca térmica no


interior do espaço confinado:

 Temperatura do ar

 Velocidade do fluxo de ar
Quando a temperatura do 94
corpo atinge 38,9º C, a  Umidade relativa do ar (difícil de controlar)
probabilidade do
trabalhador ser acometido  Calor radiante (difícil de controlar)
de distúrbio por calor é
muito grande.

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Atmosferas Frias

 O frio pode causar congelamento das


extremidades e hipotermia.

 A hipotermia pode causar lesões permanentes na pele


e pode levar a morte
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Riscos de Queda

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Indução de Corrente

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Trava: Dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para


garantir isolamento dos dispositivos que possam liberar
energia elétrica ou mecânica de forma acidental
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Radiações Ionizantes / Não Ionizantes

Ionizante: Análise de toda qualquer fonte de radiação ionizante,


eventualmente presente no interior do EC que possa resultar
na exposição do trabalhador;

Não Ionizantes: Observar possível interferência de rádio nos 98

equipamentos eletrônicos (ex. detectores de gases), a fim de


evitar alarmes falsos.

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Vibração

Efeitos da vibração:

 Visão turva – a partir de 4 Hz

 Perda de equilíbrio – degeneração gradativa


dos tecidos muscular e nervoso
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 Danos permanentes de órgãos do corpo

 Falta de concentração

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Ruído

É necessário utilizar os protetores auditivos adequados


ao local onde estaremos expostos.

A ausência do EPI em questão, poderá ocasionar perda


auditiva e conseqüente diminuição na qualidade de vida.

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Riscos Biológicos

Baratas:
A barata de esgoto normalmente habita locais com muita gordura e
matéria orgânica em abundância como galerias de esgoto, bueiros,
caixas de gordura e de inspeção. São excelentes voadores.

Importância para a saúde:


104
As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de
várias doenças, principalmente gastroenterites, carregando vários
agentes patogênicos através de seu corpo, patas e fezes, pelos
locais por onde passam (são por isso consideradas vetores
mecânicos).

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Carrapato Estrela:

Seu ataque freqüentemente resulta em intenso prurido no homem,


que comumente conduz à formação de lesões nos locais das
picadas, causadas pelo ato de coçar. A cicatrização dessas lesões
é lenta, podendo demorar meses.

Os sintomas clássicos iniciais da doença incluem febre, náuseas, 105


cefaléias, mialgia e máculas. Estas, inicialmente, são pequenas,
achatadas e rosadas. Surgem nas palmas e nas solas dos pés,
pulsos e nos braço anterior, progredindo pelo resto dos membros
até alcançar o tórax e o abdome. A lesão característica de
petéquias vermelhas da febre maculosa geralmente aparece após
o sexto dia. Quando o quadro clínico atinge tal magnitude, o
diagnóstico é desfavorável. Se não tratada a tempo, essa
enfermidade pode levar à morte.
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Escorpiões Cobras Aranhas


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Riscos Biológicos

Locais com ferrugem, oxidação

Tétano: A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou
na terra. A infecção se dá pela entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele
contaminado com areia ou terra. Queimaduras e tecidos necrosados também são porta de
entrada para a bactéria.

O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados
pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos
107
prolongados.

O primeiro sinal de tétano é o tristus, ou seja contração dos músculos mandibulares, não
permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço, costas, risus
sardonicius,(riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), dificuldade de
deglutição, rigidez muscular do abdômen.O paciente permanece lúcido e sem febre.

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Riscos Biológicos

A leptospirose é causada por uma bactéria, a Leptospira


interrogans, que é eliminada através da urina de animais,
principalmente o rato de esgoto, e sobrevive no solo úmido e na
água. As inundações facilitam o contato da bactéria com seres
humanos.

A Leptospira interrogans pode penetrar no organismo através do


contato da pele e de mucosas com a água e a lama das enchentes.
A infecção também pode ocorrer por ingestão, uma vez que as
inundações podem contaminar a água de uso doméstico e os 108
alimentos. As manifestações, quando ocorrem, aparecem entre 2 e
30 dias após a infecção.

Não existe vacina para humanos. Utilizar EPI adequado

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Contaminação cruzada

Esse risco ocorre quando pessoas, que não estiveram presentes no


ambiente contaminado, podem vir a se contaminar por contato com
instrumentos, equipamentos e peças do vestuário que vieram do local
sem passarem pela competente descontaminação. Um simples
uniforme levado para ser lavado com a roupa da família já pode ser um
foco de contaminação cruzada.
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Riscos Biológicos

Presença de esgoto doméstico, efluente industrial

A hepatite A é causada por um vírus. A transmissão do vírus da


hepatite A é fecal-oral, e pode ocorrer por meio da ingestão de
água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa
para outra.

A infecção é muito comum onde o saneamento básico é deficiente


ou não existe, mesmo sem a ocorrência de inundações. Como
conseqüência, a maioria da população dessas áreas foi infectada 109
quando criança e tem imunidade contra a doença.

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Riscos Biológicos

Presença de esgoto doméstico, efluente industrial

A Hepatite E, para a qual ainda não existe vacina disponível, tem transmissão e evolução
semelhantes às da hepatite A, porém está mais associada a inundações.

A Hepatite B é transmitida por relações sexuais e por transfusões de sangue. A vacinação


produz imunidade apenas após a aplicação de três doses, que são feitas ao longo de seis
meses. Portanto, a vacinação contra a hepatite B não é procedimento útil em caso de
enchentes.
110

A Febre tifóide é uma doença causada pela Salmonella typhi, uma bactéria que é adquirida
através da ingestão de água e alimentos contaminados. Pode haver contaminação de poços,
sistemas de abstecimento e de alimentos, com subsequente proliferação bacteriana
possibilitando a ocorrência de casos. Obs: Não tem nenhuma associação com o TIFO.

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Riscos Químicos

Análise da atividade a ser desenvolvida no local

Processos de limpeza, pintura,


impermeabilização, solda, jateamento, etc.,
poderão gerar atmosferas perigosas.
A APR é obrigatória e fundamental para a
análise do trabalho a ser executado. 112

Acidente: pintor de 18 anos executando pintura com tinta


a óleo em um reservatório de água e Londrina-PR, 2007.

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Riscos Químicos

Três homens passaram mal e perderam o controle dos


movimentos quando aplicavam um impermeabilizante na
parede interna do reservatório, que tem 3 metros de
diâmetro por 20 metros de altura. De quatro homens que
entraram no reservatório, só um conseguiu sair para
pedir socorro.
GÁS:
Segundo os bombeiros, o produto exalava um gás com
cheiro parecido ao de cola de sapateiro, que atinge 113
diretamente o sistema nervoso central, comprometendo
os movimentos e a iniciativa das pessoas. A aplicação do
produto deveria ser feita no dia seguinte ao acidente.
Mas um operário resolveu verificar a qualidade do
impermeabilizante e entrou no reservatório. À medida
que os outros foram atrás deles, acabaram sendo
intoxicados também.

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Riscos Ergonômicos

Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados


às reduzidas dimensões do acesso ao espaço confinado
(exigindo contorções do corpo, o uso das mãos e dificultando
o resgate em caso de acidente).

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Riscos Mecânicos

 Andaimes

 Tubos

 Pranchões de madeira

 Chapas metálicas
115

 Queda de ferramentas

 Movimentação de carga

 etc..

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PET – Permissão de Entrada e Trabalho


APR – Análise Preliminar de Riscos

PET = “Check list” baseado nos riscos dos EC´s


APR – Baseada no trabalho a ser ecexutado

Processo de análise onde os riscos aos quais os


trabalhadores possam estar expostos num espaço
confinado são identificados e quantificados. A APR
deverá levar em conta, especialmente qual o tipo de 117
serviço será executado no interior do espaço confinado.

NOTA: recomenda-se a participação dos executantes na


elaboração da APR.

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Dizendo não....

Condição proibitiva de entrada

119

Qualquer condição de risco que não permita a entrada


em um espaço confinado.

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Emergência

Qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos


equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou
evento interno ou externo, no espaço confinado, que
possa causar perigo aos trabalhadores.

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Observar:
calibração e teste antes do uso de instrumentos para
detecção de gás

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Reinício dos Trabalhos / Pausa

O reinício dos trabalhos, após uma paralisação, em função de anormalidades


que coloquem em risco a segurança do trabalho, deverá ser precedido de
uma reavaliação geral por todos os envolvidos, das condições ambientais de
forma a garantir a segurança das atividades e dos seus executantes.

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Abandono do Local

A saída de um espaço confinado deve ser processada


imediatamente se:

 o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem


abandono;
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 o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco


ou sintoma de exposição a uma situação perigosa;

 um alarme de abandono for ativado.

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Bibliografia

NR - 33
NBR 14787 da ABNT
Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo - Atmosferas Explosivas
Autor: Engº Dácio de Miranda Jordão - 3ª Edição
Editora Qualitymark - Tel.: 21-3860- 8422
Site: www.qualitymark.com.br

Manual de Proteção Respiratória 126


Autores: Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira
Site: www.abho.com.br

TLV´s e BEIs – Limites de Exposição para substâncias químicas, agentes físicos


Site: www.abho.com.br

Limites de tolerância atualizados, fichas técnicas de substâncias: www.cetesb.sp.gov.br


emergências químicas – manual de produtos químicos perigosos.
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