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Por César Souza (presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos,
além de autor e palestrante)
Por essas razões, o líder eficaz passou a ser aquele que souber criar condições para que a liderança se manifeste nas outras
pessoas. Em vez do mítico líder carismático que serviu de modelo na Era do Comando, os líderes eficazes serão aqueles capazes
de arquitetar e implantar formas de organização que permitem o florescimento da liderança nos outros.
Muito diferente daqueles líderes que sofrem da Síndrome da Branca de Neve e preferem cercar-se de pessoas menores para
brilhar na incompetência da sua equipe. Ou na lealdade cega de seus seguidores.
O líder eficaz cria condições para que seja revelado o potencial de liderança das pessoas com as quais convive. Não é mais
aquele que tem talento apenas para comandar. Os líderes dessa era que se finda foram especialistas em construir paredes que
delimitavam muito bem o território de ação de seus departamentos ou da empresa como um todo. Brilharam na especialização
de atividades e formaram seguidores baseados na cultura do “cada macaco no seu galho” e no “manda quem pode, obedece
quem tem juízo”.
Daqui para frente, vão brilhar os líderes que souberem formar outros líderes, que souberem construir pontes entre os diversos
departamentos, entre a empresa e seus clientes, com seus canais de distribuição, investidores e comunidades onde atuam. Mas
isso é tema para a próxima coluna aqui no Portal HSM Online. Proporei que você seja um líder 360 graus, e deixe de ser apenas
um líder 90 graus, como a maioria ainda é.
Por César Souza, presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de
autor e palestrante.
Luluzinha x Bolinha: nenhum dos dois, agora a tendência é ter uma equipe mista!
05 de maio de 2009
Por Luana Cristina de Lima Magalhães – InfoMoney
Ter uma equipe predominantemente masculina ou feminina está ficando cada vez mais difícil no mundo corporativo. Segundo o
consultor do IDORT/SP, Francisco Pescuma, a tendência é ter um time de colaboradores mistos.
"O ramo da empresa é o que geralmente define se a equipe terá mais mulheres ou mais homens. Em atividades que precisam de
agilidade manual, como em determinadas linhas de produção das indústrias, as mulheres ganham mais espaço, já no setor de
construção, os homens são a maioria", diz Pescuma.
Luluzinha x Bolinha
Para o consultor, o maior nível de instrução e, na maioria das vezes, a habilidade em se comunicar fazem com que cada vez
mais as mulheres ocupem cargos em posições estratégicas. "Oitenta por cento das vagas das faculdades são ocupadas por
mulheres. Essa preocupação com a formação profissional e, consequentemente, com a carreira possibilita que elas alcancem
cargos de liderança e estratégia".
Já em serviços operacionais, elas predominam nas áreas de call centers e de atendimento ao consumidor, por terem mais
facilidade em se comunicar e em conquistar novos clientes.
Com relação aos homens, eles se destacam em indústria pesada, além dos setores de TI e de Engenharia.
Remuneração
Quanto à remuneração, Pescuma ressalta que a mulher ainda tem uma remuneração menor do que os homens no País.
"Porém, quando são cargos relacionados a posições estratégicas, não há diferenciação de salários. A tendência é que os salários
de homens e mulheres fiquem iguais, com o passar do tempo, em todos os cargos".
Um líder visionário!
Marizete Furbino
Marizete Furbino
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo,
Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC-Vale do Aço.
+ textos de Marizete Furbino
Nos dias atuais, com excessiva competição, torna-se de fundamental importância conhecer e compreender as necessidades dos
clientes e ser, além de um intra-empreendedor, um líder visionário. Este gestor é focado no futuro, possuidor de uma visão micro
e macro do negócio, como também do mercado, capaz de discernir e prever, se antevendo ao futuro.
Podemos ressaltar que este profissional é indispensável numa empresa que quer ser competitiva no mercado. Para tal, deve-se
identificar a pessoa que tenha tal talento e tê-la a todo custo na empresa. Mas deve-se, igualmente, ter extremo cuidado e saber
distinguir um “visionário realista” de um “delirante”. Nem sempre isso é fácil, já que a fronteira entre o “ousar de forma
conseqüente e com pé no chão” e o “ousar de forma extravagante e onírica” é bem tênue.
Grandes idéias que foram ousadas e deram certo são diferentes de idéias insensatas que submergiram uma organização. Testes
psicológicos específicos podem ajudar na seleção de um profissional com as características de líder visionário conseqüente.
Outra estratégia para preservar a companhia de futuros aborrecimentos é acatar novos conceitos desse profissional recém-
contratado e a quem se atribui a característica de “líder visionário”, mas que tenham baixo impacto nos negócios da empresa. À
medida que a confiança cresce, opiniões mais arriscadas e de maior impacto podem ser aceitas.
Dentro desse contexto, através de um comportamento dinâmico, ativo e pró-ativo no exercício da função, observa-se que, o líder
visionário é capaz de enxergar oportunidades onde ninguém as vê, e, por conseguinte, obter além do resultado esperado, poder,
fazendo assim, o seu diferencial. Nesse sentido, à medida que enxerga a realidade em que a empresa está inserida, e através do
exercício do pensar e do repensar sobre o posicionamento da empresa frente ao mercado, o gestor possui a capacidade de não
apenas desvendar a realidade existente, mas de realizar adaptações.
Além disso, ele pode provocar mudanças necessárias e, em tempo hábil, transformar a realidade encontrada, criando e inovando
sempre, colocando em prática suas idéias e procurando realizar um verdadeiro trabalho em equipe. O gestor deve preocupar-se
em atuar de forma a estabelecer parcerias com todos os stakeholders, com a finalidade de desenvolver, crescer e melhorar cada
vez mais a empresa no qual exerce sua função através da pró-atividade.
Deve-se ressaltar também que, por meio de sua autoconfiança, se permite correr riscos, ousar e até mesmo errar, o que
contribui para que a organização não apenas alcance resultados além do esperado, mas esteja um passo à frente das ameaças
do mercado.
Através de suas competências, habilidades e conhecimentos, o líder visionário passa a ser um exemplo para a empresa, pois,
além de ter uma clara visão de onde quer chegar e qual o caminho a percorrer, não perde o foco e nem a visão um instante
sequer. Possui um incansável entusiasmo, irradiando luz e energia a todos ao seu redor, incentivando e conseguindo mobilizar
aos que prosseguirem a caminhada em prol de objetivos comuns.
O gestor com muita garra e muita vontade de vencer, se esforça ao máximo em prol da empresa, dando o melhor de si e sendo
um agente de mudanças, assim como um ser transformador, dando sempre a sua contribuição de forma perene. Deste modo,
conduz a empresa à “decolagem” frente ao mercado.
Somados a isso, o líder visionário, além de ser cheio de sonho e de fé, acredita piamente no resultado favorável e
correspondente a seus ideais. Enxerga “anos-luz” à frente dos demais profissionais, o que o permite transformar dificuldades,
obstáculos e ameaças em oportunidades, fazendo destes entraves um “trampolim”.
Sabedor de que, apenas através da soma é que se consegue um bom resultado, o líder visionário, além de deixar claro para
todos da empresa a sua visão e a sua proposta de trabalho, age de forma bastante otimista. Não se deixa abater pelas
dificuldades encontradas, esbanjando sempre muita energia, muito entusiasmo e muita vontade de fazer acontecer, ficando
sempre bem atento ao seu propósito e, dessa forma, surpreendendo sempre os demais profissionais com os resultados
alcançados.
Um outro aspecto que devemos ressaltar é a sua transparência no exercício da função, sua boa comunicação e seu poder de
persuasão. Envolve todos ao seu redor despertando e criando um forte espírito de equipe, onde todos, ou a maioria, aprende a
admirá-lo por sua sabedoria. Assim sendo, possui o poder de converter tanto os clientes internos quanto os externos em fãs
incondicionais, levando todos os envolvidos a abraçarem e a defenderem determinada causa.
Entretanto, é muito exigente e, por conseguinte, não consegue agradar a todos, mas, os profissionais que permanecem ao seu
lado, são extremamente motivados, satisfeitos e comprometidos. Finalmente, reconhece que está de passagem pelo cargo de
liderança. Tem a humildade para reconhecer que está no cargo para servir, somar forças, e assim, cria e articula sua visão
envolvendo os demais profissionais da empresa, procurando fazer o que for preciso em prol da eficiência, eficácia, e melhoria
contínua, como também sempre desejando realizar um trabalho conjunto para acertar o alvo, perseguindo assim, o objetivo
esperado.
Diante do exposto, constata-se que, em meio a trajetória neste mercado selvagem, é de suma importância que a empresa seja
composta e apóie líderes visionários, pois, são profissionais altamente comprometidos e de visão estratégica intensa. Isso
constitui em uma vantagem competitiva e contribui para que a organização faça a diferença e decole no meio corporativo por
um período mais longo de tempo.
Por natureza, o respeito está atrelado ao comportamento e à atitude. Pensando assim, é preciso lembrar que cada ser humano
veio de um "seio" familiar distinto. Cada um tem características peculiares, com valores e princípios diferenciados. Portanto,
torna-se necessário que cada pessoa faça de seu íntimo uma breve análise, procurando seu autoconhecimento, analisando desta
forma as profundezas de seu ser e sua conduta. Igual atenção deve ser dada ao comportamento diante de todos, diante da vida,
verificando e buscando, desta forma, detectar suas falhas e procurando realizar os devidos acertos, tornando-se assim um ser
humano cada vez melhor, uma nova pessoa.
Isto posto, torna-se de grande importância cuidar de sua atitude. É da mesma forma importante quanto cuidar de sua aparência
perante o cenário mercadológico, e isto vale para quem deseja sobreviver no mercado de forma perene. É preciso aprender a
respeitar a si próprio, para depois aprender a respeitar o próximo; logo, quem não se respeita, possui grande dificuldade em
respeitar o outro.
Sabemos que o respeito é a base para a construção de quaisquer relacionamentos sólidos e equilibrados. Assim, na empresa, é
preciso estar atento o tempo todo, procurando sempre respeitar o ambiente interno e externo em que estamos inseridos,
enxergando nossos limites e respeitando o colega de trabalho como um verdadeiro ser humano.
É prioritário que também o percebamos como um verdadeiro parceiro, sabendo ouvi-lo, respeitando sempre o seu jeito de ser,
dando-lhe a devida atenção, sendo cortês e educado para com todos, sem distinção. Todos merecem o devido respeito: desde o
porteiro até a diretoria da empresa. Todos são parceiros e precisam ser respeitados.
Conhecedor da valiosa importância que tem o respeito no mundo dos negócios, um gestor do Século XXI deve ter o cuidado de
inserir esse conceito na cultura organizacional da empresa do qual é responsável, preocupando-se em propagar o zelo pelo
mesmo.
Face ao exposto, salientamos a importância de resgatar junto aos seus colaboradores os valores necessários à construção de
uma pessoa melhor, que muitas vezes encontram-se perdidos no decorrer da caminhada. Tais valores são imprescindíveis para
que esse "ser humano" se torne de fato humano, passando assim a não somente valorizar mais o outro, mas a respeitar a si
próprio, bem como o próximo, tratando-o com dignidade, atenção, educação e respeito.
Vale frisar que o respeito e a educação são atributos bastante notáveis nas pessoas de destaque, e no trabalho faz todo um
diferencial, já que sua imagem está sempre sendo observada.
É oportuno perceber que a ausência de respeito gera um estresse no ambiente de trabalho, situação essa desnecessária, que
unicamente contribui para que ocorra certo desequilíbrio na produtividade, pois o colaborador, quando não se sente respeitado,
não respeita os colegas de trabalho e nem a empresa da qual faz parte. Assim, ele não se dedica, não se empenha, não faz
"aliança" com a empresa, não executa suas funções de forma a compartilhar idéias em equipe, e não se compromete com suas
atividades, atribuições e/ou funções, podendo causar futuros transtornos dentro da organização.
De outro lado, quando se tem respeito, o ambiente de trabalho fica harmonioso e alegre, prevalecendo a transparência, a
sinceridade e a verdade entre os componentes; assim, além de facilitar todo o trabalho em equipe, os colaboradores sentem que
fazem parte de todo o processo, sentindo-se valorizados e satisfeitos.
Quando criamos em cada departamento esse clima favorável, temos o comprometimento e o envolvimento cada vez mais com
as atividades, tendo cada "parceiro" sua natural iniciativa e seu consequente engajamento no trabalho em prol da busca
incessante por resultados e, por conseguinte, maior produtividade.
Por fim, é preciso conscientizar que a empresa é composta por seres humanos, que devem não somente compartilhar, mas
somar ideias, ideais, valores, princípios, conhecimentos, habilidades, talentos e compromissos; caso contrário, estará em pouco
tempo fadada ao fracasso. Portanto, verifica-se que é de suma importância a empresa zelar pela agregação de todos esses
valores.
O estudo, que foi divulgado na segunda-feira (1º), também constatou que 48,2% dos
entrevistados são autoritários. Considerando somente os níveis de comando, 27,1% dos
gestores do País apresentam estilo de liderança à moda antiga: autoritária e tradicional.
Porém, líderes autoritários impedem que muitas mudanças positivas ocorram, inibindo a
renovação e a evolução da empresa. "É preciso exigir criatividade e autonomia da equipe, bem
como ser aberto a mudanças, para garantir um fluxo melhor de ideias e tarefas", explica
Adriana.
Por fim, a pesquisa constatou que houve pouca evolução entre 1998 e 2008 com relação ao
autoritarismo e à capacidade de liderar equipes. Confira:
Traço do
1998 2008
profissional
51,5 48,2
Autoritarismo
% %
31,3 32,8
Liderança
% %
É lógico que as idéias de Taylor, refletindo a conjuntura e os códigos morais, culturais e econômicos da
sua época teriam que sofrer a ação do tempo e do avanço tecnológico. No entanto, é inegável o mérito de
ter sido o pioneiro na abordagem científica da administração.
Tal colocação surpreendeu os muitos administradores da época que imaginavam que os empregados
eram dominados unicamente por necessidades fisiológicas e de segurança, preocupados em ganhar
dinheiro com o menor esforço possível. Esta visão explicava a postura das chefias, autoritária e orientada
para as tarefas - visão que Mayo denominou de “hipótese da ralé”.
Sabe-se que o homem se comporta de acordo com suas convicções pessoais. Durante toda a vida, o
ser humano vai acumulando experiências ininterruptamente. Ele ouve as opiniões de seus pais, de
amigos, acredita em algumas, duvida de outras, desenvolve suas próprias idéias, aprende e desaprende
na igreja, na rua, na escola, ... e vai vivendo. Nesse movimento vai criando teorias de como as pessoas
são, crenças a respeito do mundo e sobre o que é e o que não é importante: seus valores.
Gradativamente, passa a avaliar o mundo através desse conjunto de teorias, crenças e valores
pessoais. As experiências que têm são interpretadas de modo a respaldar esse conjunto de convicções, o
que torna mais e mais sedimentado em sua mente. Mesmo nas situações em que suas convicções são
contraditadas, as conclusões que tira, consciente ou inconscientemente, tendem a reforçá-las, não se
apercebendo (ou não admitindo) a falta de coerência entre suas teorias, crenças e valores pessoais e a
realidade. Um exemplo, infelizmente extraído da vida:
Xis é uma pessoa que cresceu acreditando que as pessoas são basicamente desonestas e preguiçosas e que só aprendem
por punição. Ele se sente um ser especial neste mundo injusto, pois “sabe” que, ao contrário de quase todas as pessoas
que conhece, ele é trabalhador, honesto e inteligente. Em face dessas “virtudes” ou não, foi promovido a Chefe de um
departamento. Independente de como foi o desempenho passado de cada um dos seus novos “subordinados”, ele tende a
vê-los como pessoas comuns, isto é, preguiçosos e desonestos. Seu estilo de administrar pessoas vai refletir esse conjunto
de convicções: tentará controlar cada movimento de seus funcionários, desconfiará de cada palavra, verá em tudo um
movimento para traí-lo, etc.
Quando alguém acerta, foi coincidência. Ou pior, não fez nada mais que sua obrigação. Quando erra, foi por
malandragem, preguiça, desonestidade, incompetência ou má-fé e, portanto, merece punição.
Um Chefe assim pede para ser enganado. Se alguém erra, esconde seu erro para não ser punido,
mesmo que tenha mil motivos para o engano e mesmo que a companhia saia prejudicada. Com um Chefe
assim, “o negócio é se garantir”. Forma-se inevitavelmente um conluio entre os funcionários para a mútua
proteção e pronto.
McGregor constatou que, em geral, os gestores mais participativos são os que acreditam que as
pessoas podem ser felizes trabalhando, pois o trabalho pode ser algo estimulante, compensador e
gratificante, se houver um ambiente adequado para isso. Acreditam ainda que o trabalho não é castigo
divino, mas pode se constituir em uma dádiva para a grande maioria das pessoas; que as pessoas são
criativas e responsáveis por natureza; e outras convicções otimistas com relação ao ser humano no
trabalho. A esse conjunto de idéias sobre a natureza do homem, McGregor chamou de teoria Y.
Outra constatação sua foi a de que os gestores mais autoritários, pelo contrário, são os que acreditam
que o ser humano médio não gosta de trabalhar porque o trabalho por natureza é desagradável; é
dependente, fraco e requer proteção e controle de perto. Para eles, o homem e o trabalho são
necessariamente incompatíveis. McGregor chamou a este conjunto de teorias, crenças e valores pessoais
em que muitos acreditam de teoria X.
Teoria X
- Falta-lhe ambição: não gosta de assumir responsabilidades e prefere ser dirigido e sentir-se seguro
nessa dependência;
- O homem é fundamentalmente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos
da organização;
- A sua própria natureza leva-o a resistir às mudanças, pois procura sua segurança e pretende não
assumir riscos que o ponham em perigo;
- A sua dependência torna-o incapaz de autocontrole e autodisciplina: ele precisa ser dirigido e controlado
pela administração.
Teoria Y
Moderna concepção da administração, de acordo com a Teoria Comportamentalista, sem preconceitos
a respeito da natureza humana.
- As pessoas não têm desprazer inerente ao trabalho. Dependendo de condições, o trabalho pode ser uma
fonte de satisfação e de recompensa.
- As pessoas não são, por sua natureza, passivas ou resistentes às necessidades da empresa: elas podem
tornar-se assim como resultado de sua experiência negativa em outras empresas.
- O homem aprende sob certas condições não somente a aceitar, mas também a procurar
responsabilidade. A fuga à responsabilidade, a falta de ambição e a preocupação exagerada com a
segurança pessoal são conseqüências da experiência insatisfatória de cada pessoa.
É importante enfatizar que um líder possui um dado estilo na medida em que seus funcionários (ou
liderados informalmente) assim o consideram porque, enfim, as pessoas serão influenciadas por ele
através do que percebem em seu comportamento.
Veremos a seguir um estudo do casal Blake e Mouton, no qual nota-se que os gestores vistos como
verdadeiros líderes têm um conjunto de convicções otimistas com relação ao ser humano no trabalho
(teoria Y) e isto parece ser uma das grandes chaves da liderança.
Líderes Y Líderes X
ESTUDO DE CASOS
Abílio, motorista em sua empresa, pediu um empréstimo de R$1500,00. Ele disse que precisa do
dinheiro para quitar uma dívida do financiamento de sua casa que venceu há 3 meses e que se não for
paga até amanhã, ele corre sério risco de perder a casa para a CEF.
Abílio é funcionário há pouco mais de 3 anos e podemos considerá-lo um funcionário mediano,
cumprindo corretamente suas tarefas, prestativo, entretanto um pouco atrapalhado. Já demonstrou ser de
relativa confiança, afinal, realizando auditorias nos registros de suas viagens, nenhum problema foi
encontrado.
Analisando se realiza o empréstimo ou não, você considera ainda outros fatores:
Abílio já havia solicitado um empréstimo de R$300 há 6 meses, também para pagar uma taxa na
CEF. E, na época, você emprestou o dinheiro sem pedir maiores explicações. O valor foi descontado no
contracheque em 3 parcelas;
O salário líquido de Abílio é cerca de R$550 e o valor solicitado é bem mais alto;
A empresa está num período de baixo volume de vendas;
No próximo mês Abílio terá férias vencendo; e
Estamos em Setembro. Falta pouco tempo para o final do ano, época em que a empresa tem mais
despesas com folha de pagamento, promoções, férias, etc.
Você aprova o empréstimo?
Se “sim”, sob quais condições? Se “não”, como você vai agir em relação ao funcionário?
Nem todo mundo nasceu para ser líder. E isso não tem a ver com dom ou qualquer outra prerrogativa de
cunho genético ou espiritual. A questão é que há pessoas que simplesmente não querem ser líderes. Agem
de forma consciente ou inconsciente contra o papel da liderança. Não se sentem “tocadas” com o espírito da
liderança.
Liderar significa correr riscos. Esta ação gera medo em certas pessoas. Ter de assumir uma posição é
algo incômodo, pois gera ansiedade, dúvida, insegurança. Há indivíduos que preservam mais do que tudo sua
sensação de segurança e assumir o papel da liderança é exatamente quebrar este equilíbrio.
Há vários exemplos de pessoas que eram excelentes técnicos, e ao serem içados a uma posição de
liderança tornaram-se fracassos absolutos. Como recusar uma promoção? Eis aí um grande dilema para tantas
pessoas no mundo corporativo moderno.
Até o início dos anos 80 era muito presente no ambiente profissional a velha máxima: para ser líder,
gerente ou diretor é preciso ter tempo de casa. Dali até os dias atuais vemos cada vez mais este tipo de
pensamento e atitude corporativa sendo extinta. No mundo competitivo atual não há mais espaço para
protecionismos, mas para competência.
O grande erro que se cometia era o de promover à liderança aquele mais antigo. Hoje o erro continua, mas
de outra forma. Promove-se aquele que é muito competente no que faz. O ponto crucial é a não observação de
que há diferenças entre a competência técnica e a competência da liderança.
Apesar do exercício da liderança exigir método, rotina, conhecimento e outras habilidades técnicas, atuar
como líder exige muito mais do comportamento do indivíduo, do que o tempo de casa ou sua capacitação
acadêmica e profissional. Por isso, é possível encontrarmos excelentes Engenheiros ocupando o papel de
liderança e Administradores e Psicólogos sendo péssimos líderes. Não basta ter a capacitação técnica apenas;
é preciso ter o preparo comportamental, mas principalmente a vontade de liderar. É necessário ter
identificação com o papel da liderança. Saber que ao assumir esta posição o indivíduo lidará com uma
atividade que vai além daquela que aprendeu na universidade.
Por isso, é preciso ter coragem para liderar. É fundamental que a pessoa faça o exercício solitário de
pensar em si como um líder e todas as suas implicações. O que irá ganhar e perder; analisar se está
preparado para as novas pressões que irá sofrer e como poderá lidar como elas. Entender que esta nova
posição irá exigir muito mais do que conhecimento técnico, mas preparo pessoal para lidar com um fator
intangível: o ser humano.
Não há demérito em não ser líder. Imagine se o mundo fosse repleto de líderes, como conseguiríamos
viver? Há espaço para todos, líderes e liderados. Pense em si mesmo e o que te faz bem. Como gosta de
trabalhar? Prefere estar à frente de tudo ou executando suas atividades? Gosta de tomar decisões e planejar
estratégias ou prefere analisar, pesquisar ou executar o trabalho? Note que é possível agir como um líder em
diversas situações do dia-a-dia. A diferença de assumir um cargo ou posição de liderança é que isso será
constante, e nem todos se dispõem a assumir este papel.
A sociedade atual por vezes induz os indivíduos a assumirem uma posição que não lhes diz respeito. Por
isso, clarifique para si mesmo o que quer. O que te faz bem. Ao perceber que a atuação como um líder é algo
instigante, desafiador, enriquecedor, vá em frente: prepare-se, estude, pratique, mas tenha a humildade
para saber reconhecer no meio do caminho se é isso mesmo o que você quer. Há momentos quando
precisamos recuar para avançar. Há situações que é melhor esperar, analisar e aprender, para depois seguir
em frente. Agora, se perceber que isto não é para você, seja o melhor naquilo que buscar fazer. Sucesso!
os liderados são pessoas inteligentes, criativas e dotadas de motivação interior, que inclui
auto-estima e auto-realização em fortes doses, se adequadamente facilitadas;
a tarefa que um grupo deve realizar não precisa ser necessariamente chata,
desmotivadora, mas pode gerar prazer na medida em que permitir a auto-realização dos
indivíduos responsáveis por ela; e
Entretanto, foi justamente contestando esta visão simplificadora que começou a grande
contribuição de Blake e Mouton: eles constataram que há gestores que, tendo uma alta
preocupação com a realização de tarefas, não deixam de ter uma alta consideração com as
pessoas de sua equipe. O inverso também é verdadeiro: há aqueles que, mesmo demonstrando
uma baixa consideração para com os resultados das tarefas e da produção, não demonstram
compensar com preocupações maiores com as pessoas.
O modelo gráfico que esses cientistas desenvolveram para melhor explicar esta maneira
de ver as variações de estilo gerencial é o seguinte:
1/9 9/9
Clube recreativo Gestão em Equipe
Atenção concentrada Os resultados do
9 nas necessidades das trabalho provêm do
pessoas no sentido empenho do pessoal.
de criar um A interdependência
relacionamento através do
amistoso, uma compromisso de
atmosfera sociável e todos com os
ritmo de trabalho objetivos da
confortável. organização leva a
um relacionamento
de confiança e
respeito.
5/5
1/1 9/1
Gestão Autoridade-
empobrecida Obediência
1 O emprego do A eficiência
esforço mínimo para operacional resulta
que seja executado o da organização das
trabalho requerido é condições de trabalho
o suficiente para de tal forma que o
permanecer como elemento humano
membro da organi- interfere em grau
zação. mínimo.
1 5 9
Interesse por produção
Participaç O Chefe espera O Chefe O Chefe espera O Chefe espera O líder estimula
ão Ativa que cada um estimula uma que todos a obediência e a participação
saiba o que interação social abracem os não a de todos para
fazer; não há forte pontos de vista participação da obter
necessidade de envolvendo a da maioria equipe envolvimento,
participar equipe; há criatividade e
participação comprometimen
social to – bases da
efetividade dos
resultados de
Qualidade
LIDERANÇA SITUACIONAL
As primeiras abordagens ao tema da liderança visavam definir quais os traços de
personalidade que tornam um mero chefe num bom líder. Todavia, rapidamente os gurus da
gestão perceberam que a eficácia de um determinado tipo de líder varia muito, conforme a
situação em que é chamado a liderar. Assim, Daniel Goleman não é pioneiro ao alertar para o
fato de que não existe um estilo de chefia melhor do que os outros. Em meados da década de
60, Fiedler apresentou a teoria contigencial. E, no final da década, Ken Blanchard e Paul Hersey
surgiram com o conceito de Liderança Situacional. Blanchard, popularizado com a coleção "O
Gerente Minuto", introduziu alterações no modelo, surgindo com a liderança situacional II.
O aspecto mais revolucionário da teoria da liderança situacional é a crença de que não
há um estilo de liderança que seja melhor que os restantes — tudo depende da situação. Os
estilos de liderança diferem conforme a variável situacional mais importante — a pessoa que o
líder tenta influenciar: a sua motivação (querer) e a sua competência e experiência (saber).
Afinal não existe apenas um estilo de liderança, mas seis. Tal como um profissional de
golfe escolhe o taco de acordo com a exigência da tacada, os líderes eficazes escolhem o estilo
consoante a situação.
O mistério em torno do que os líderes podem e devem fazer para tirar o máximo partido
das pessoas que os rodeiam já é antigo. Nos últimos anos, esse mistério gerou uma verdadeira
indústria: milhares de “especialistas em liderança” fizeram carreira testando e treinando
executivos, com o intuito de criarem pessoas capazes de transformar objetivos audazes —
estratégicos, financeiros ou organizacionais — em realidades.
Uma nova pesquisa, efetuada pela consultora Hay/McBer com base numa amostra
aleatória de 3871 executivos de todo o mundo, levanta um pouco o véu em torno do mistério
da liderança eficaz. A pesquisa identificou seis estilos de liderança distintos — cada um deles
decorrente de diferentes componentes da inteligência emocional —, e chegou a uma
conclusão: os líderes com os melhores resultados não se apoiam somente num estilo de
liderança, mas em vários, dependendo das situações.
Imagine os estilos como os diferentes tacos existentes num saco
de golfe de um jogador profissional. Durante o jogo, o profissional
escolhe os tacos com base nas exigências da tacada. Por vezes
tem que ponderar a sua seleção, embora normalmente esta seja
automática. Ele sente o desafio à sua frente, escolhe a
ferramenta mais adequada para a situação e joga. Esta é a forma
como os líderes eficazes operam.
O estilo paternalista
Este estilo de liderança gira em torno das pessoas — valoriza os indivíduos e as suas
emoções mais do que as suas tarefas ou objetivos.
Um dos defeitos desse tipo de liderança é o crescimento e o desenvolvimento apenas dos
líderes, que têm oportunidade de tomar decisões, cometer erros e aprender com a própria
experiência.
Esse tipo de líder teme entregar seu cargo a outra
pessoa porque nunca está seguro de que outro líder possa
conduzir seu grupo com tanta dedicação, eficiência e
proteção como ele. É muito trabalhador, exclusivista e
perfeccionista. Em discussões, é comum ver esse tipo de
líder dando conselhos paternais e expressando opiniões
“de peso” e “palavras finais”, decisivas e importantes.
Conta com o respeito e estima do grupo e é considerado o
“paizão”.
Como funciona - O líder paternalista luta para manter os seus funcionários felizes e para que
reine a harmonia entre eles. Ele gerencia através da construção de laços emocionais fortes e
colhe os benefícios sob a forma de uma intensa lealdade. Este estilo possui igualmente um
O estilo democrático
Ao despender tempo com as pessoas e com a análise das suas idéias, um líder
democrático inspira confiança, respeito e empenho.
Como funciona - O líder democrático permite que os funcionários tenham uma palavra a dizer
nas decisões que afetam os seus objetivos e a forma como realizam o seu trabalho,
estimulando a flexibilidade e a responsabilidade. Ele escuta as preocupações dos funcionários,
aprendendo o que deve fazer para manter a moral em alta. Por outro lado, como os
funcionários têm participação na fixação dos seus objetivos e nos padrões de avaliação do
processo, tendem a ser realistas sobre o que pode ou não ser atingido.
Impacto - O estilo democrático encerra, porém, algumas dificuldades, o que o leva a ter um
impacto mais reduzido no ambiente empresarial do que os outros estilos. Uma das
consequências mais negativas podem ser as reuniões
intermináveis, onde as idéias são repisadas continuamente,
o consenso permanece ilusório e o único resultado visível é
agendar novas reuniões.
Riscos - Alguns líderes democráticos usam este estilo para
adiarem decisões cruciais. Na verdade, os seus
colaboradores acabam por sentirem-se confusos e
desorientados. E este tipo de abordagem poderá
intensificar conflitos. Claro que este estilo faz muito menos
sentido quando os empregados não são competentes ou
informados o suficiente para poderem gerar conselhos úteis. E não será preciso dizer que a
procura de consenso é perigosa em algumas ocasiões — particularmente quando, por exemplo,
a empresa está pressionada pela concorrência e tem de tomar decisões rápidas.
O estilo autoritário
O líder autoritário, além estabelecer elevados padrões de desempenho, busca colocar-se
como exemplo. É obcecado em fazer as coisas melhor e de forma mais rápida e exige o mesmo
dos que o rodeiam.
No ambiente autocrático, o líder, designado para a chefia do grupo por alguma
autoridade, atua como dirigente e toma as decisões. O líder autoritário determina os
programas do grupo, faz os planos mais importantes, só ele conhece a seqüência de passos
futuros nas atividades do grupo, só ele dita as atividades dos membros e o padrão de inter-
relações entre eles. É o encarregado de prêmios e castigos.
Esse tipo de líder não tem confiança em que as pessoas possam tomar decisões,
escolher os objetivos mais adequados, e poder vencer as dificuldades. Tende a produzir, depois
de certo tempo, indivíduos imaturos.
Como funciona - O líder autoritário identifica os colaboradores com fraco desempenho e
busca exigir mais deles. Se não estiverem à altura das exigências, serão substituídos por quem
esteja.
Impacto - Podemos ser levados a pensar que este tipo de abordagem aumenta os resultados,
mas não é assim. Na verdade, ele destrói o ambiente. Muitas pessoas sentem-se esmagadas
pelas exigências de excelência, o que tem efeitos prejudiciais na sua moral. Os procedimentos
para a realização do trabalho podem ser claros na cabeça do líder, mas nem sempre ele os
apresenta dessa forma.
Riscos - O líder autoritário espera que as pessoas saibam o que
fazer. O trabalho transforma-se não numa questão de se dar o
melhor, mas sim numa tentativa de adivinhação dos desejos do líder.
Ao mesmo tempo, as pessoas sentem que o líder não confia na sua
forma de trabalho nem na sua capacidade de iniciativa. A
flexibilidade e a responsabilidade desaparecem; o trabalho é tão
rotineiro, que se torna extremamente aborrecido.
No que diz respeito a recompensas, o líder autoritário ou não
dá qualquer tipo de feedback às pessoas ou simplesmente assume o
controle quando pensa existirem atrasos. E caso o líder precise sair,
as pessoas sentem-se desorientadas, na medida em que já se
habituaram a seguir as regras ditadas pelo "especialista".
Como usar - Contudo, este estilo nem sempre significa desastre. A abordagem funciona bem
quando todos os funcionários se sentem motivados, são competentes e precisam de pouca
orientação e coordenação. E quando se tem uma equipe talentosa, este estilo atinge
exatamente aquilo que se propõe: cumpre, ou até antecipa, os prazos determinados.
O estilo treinador
Os líderes treinadores ajudam os colaboradores a
identificar os pontos fortes e fracos e estimulam-nos a
perseguir os objetivos pessoais e profissionais.
Como funciona - Estes líderes encorajam os funcionários a
estabelecer objetivos de longo prazo e ajudam-nos a
conceber um plano para atingi-los. Fazem acordos com os
colaboradores sobre o seu papel e responsabilidades na
realização de planos de desenvolvimento e são férteis em
instruções e feedback. Estes líderes são exímios em delegar;
Impacto - É óbvio o paradoxo existente no efeito positivo que o estilo treinador exerce na
performance do negócio, pois ele concentra-se primeiramente no desenvolvimento pessoal, e
não em tarefas imediatamente relacionadas com o trabalho. Mas, mesmo assim, este estilo
aumenta os resultados. A razão: ele exige um diálogo constante, que funciona como
catalisador de energia. O diálogo contínuo do líder treinador com os funcionários permite-lhes
saber o que se espera deles e de que forma o seu trabalho se encaixa na visão ou estratégia
da empresa, o que, obviamente, tem efeitos sobre o sentido de responsabilidade.
Riscos - No entanto, este estilo faz muito pouco sentido quando os funcionários são resistentes
à aprendizagem ou à mudança. E falha quando o líder não possui as capacidades necessárias
para ajudá-los a progredir. Muitos gestores não estão familiarizados ou simplesmente não têm
jeito para servir de treinadores, particularmente no que diz respeito a dar feedback contínuo do
desempenho, o que desperta sentimentos de medo ou apatia. Algumas empresas já
perceberam o impacto positivo deste estilo e estão transformando-o numa competência-chave.
Mas também existem muitas organizações que têm ainda que aprender a tirar vantagens deste
estilo. Embora possa não evidenciar resultados "gritantes", eles existem.
Como usar - O estilo treinador funciona muito bem em diversas situações, mas talvez seja
mais eficaz quando as pessoas estão dispostas a "aceitá-lo". Por exemplo, ele é
particularmente positivo quando os funcionários estão conscientes das suas fraquezas e
verdadeiramente dispostos a aperfeiçoar o seu desempenho, ou quando percebem de que
forma o desenvolvimento de novas capacidades pode ajudá-los em termos profissionais. Em
resumo: este estilo funciona melhor com os funcionários que querem ser ensinados.
O estilo servidor
Dos seis estilos, este parece ser o mais eficaz, repercutindo-se em todos os aspectos do
ambiente de trabalho.
Como funciona - O líder servidor é um visionário:
motiva as pessoas, fazendo-as sentir que a sua
contribuição se enquadra numa visão abrangente para
a organização. Quem trabalha para estes líderes
percebe que aquilo que faz é importante e porquê.
Impacto - A liderança servidora maximiza o empenho
em relação aos objetivos e à estratégia da organização.
Ao alinhar as tarefas individuais com a visão do setor e
da organização, o líder servidor define os padrões que
dizem respeito a essa visão. Quando fornece um
feedback sobre o desempenho, o critério que utiliza é se
ele está de acordo com a visão ou não. As medidas para
o sucesso são claras para todos, tal como as
recompensas.
Um líder servidor define o fim a atingir, mas geralmente proporciona às pessoas espaço
de manobra para agirem, dando-lhes liberdade para inovar, experimentar e correr riscos
calculados.
Riscos - Este estilo, contudo, apresenta também alguns possíveis fracassos. A abordagem
falha, por exemplo, quando um líder está trabalhando com uma equipe que tem mais
experiência do que ele, pois podem considerá-lo como alguém pomposo ou intocável. Uma
outra limitação: se um gestor tenta ser servidor e fica insuportável, pode destruir o espírito
igualitário de uma equipe eficaz.
Como usar - Devido ao impacto positivo que produz, o estilo servidor funciona em quase todas
as situações. Mas é particularmente eficaz quando uma empresa se encontra em crise. Um
ainda menos os que sabem quando e como os utilizar. "Mas eu tenho apenas dois deles", é a
reação típica dos líderes quando conhecem os resultados desta pesquisa.
Tal como a educação que se dá às crianças, a liderança nunca será uma ciência exata.
Mas também não tem que ser propriamente um mistério para aqueles que a praticam. Nos
últimos anos, as pesquisas têm ajudado os pais a compreenderem os componentes genéticos,
psicológicos e comportamentais que afetam a sua performance. Com esta nova pesquisa,
também os líderes conseguirão ter uma visão maior dos fatores necessários para uma
liderança eficaz.
O ambiente de negócios está em contínua mudança e um líder tem que estar em
sintonia com essas alterações. Hora a hora, dia a dia, semana a semana, os gestores devem
utilizar os seus estilos de liderança com máxima eficácia — usando aquele que é correto numa
determinada altura e na medida certa. A recompensa colhe-se nos resultados obtidos.
Segue-se um resumo dos estilos, da sua origem, das alturas em que funcionam melhor
e do seu impacto no clima das organizações e, consequentemente, na sua performance.
Condensado de "Leadership that gets results" (Harvard Business Review, Março/Abril de 2000Adaptado
por Helena Oliveira para a Revista Executive Digest ed. 70 - Portugal
Daniel Goleman é autor de Emotional Intelligence e de Working with Emotional Intelligence. É consultor
da Hay/McBer na área de desenvolvimento da liderança.
São identificados hoje sete modos de liderar: diretivo, participativo, modelador, autoritário, afetivo,
coach e visionário. Normalmente nos apossamos de um deles e o utilizamos para todos os funcionários,
sem identificar qual estilo seria mais apropriado para conduzir e motivá-los individualmente. Peguemos
como exemplo o líder modelador. Este estilo, como o próprio nome diz, modela seu funcionário, isto é,
determina “o que” ele deve fazer e “como” deve fazer, detalhando passo-a-passo as atividades
necessárias para alcançar o seu objetivo. Essa forma de liderar é adequada quando o liderado possui
baixa ou média competência, pois o líder não pode permitir falhas na realização do projeto. Já para um
liderado com alta competência, esse estilo é perigoso, pois não permite que ele participe, crie ou dê
opiniões para a solução do problema ou evolução do projeto. Com o tempo, o funcionário ficará
desmotivado, pois não lhe é permitido contribuir com suas idéias. Para colaboradores de alta
competência, os estilos ideais são o participativo (solicita que o funcionário participe do “como”) ou o
diretivo (determina-se o objetivo a cumprir e o funcionário desenvolve seu modo de proceder,
empregando sua competência).
Vejamos um caso inverso, isto é, de um líder que aplica o estilo diretivo (determina apenas o que
deve fazer, não explicando o “como”) para um funcionário de baixa/média competência. É fato que este
liderado não possui conhecimentos suficientes para elaborar um plano de ação para atingir o objetivo de
seu setor ou da empresa, portanto corre-se um grande risco da tarefa não ser executada de forma
assertiva. Nesse caso, o estilo modelador seria mais apropriado, pois o líder especifica os detalhes para a
execução das atividades.
O gestor não deve ser líder e sim "estar" líder, aplicando os sete estilos pontualmente de acordo com
o nível de maturidade de seu liderado (competência e comprometimento) ou com o contexto existente
(normal ou de crise). Como vimos, nossos funcionários são diferentes, de modo que é necessário
aplicarmos estilos diferentes para alcançarmos patamares de excelência mais elevados.
Entretanto, você percebeu que ela não tem mais aquele sorriso que lhe era característico, e também
tem evitado conversar com as colegas de setor, com quem almoçava todos os dias e formava animadas
rodas de bate-papo.
Ao investigar, você descobriu que ela estava chateada com a gozação crescente que se formou por
causa de seus hábitos diferentes de se maquiar e vestir e até suas dúvidas em relação à língua
portuguesa e hábitos de nosso país.
2- Abílio, o motorista de sua empresa*, foi deslocado para cobrir as férias de um motorista de uma das
filiais. Como Miranda, seu supervisor já previa, Abílio não gostou da mudança, mesmo que temporária,
pois durante 4 semanas ficaria na outra cidade, só retornando pra casa nas sextas-feiras a noite. Miranda
sabia que isso ocorreria e, alem disso, sabia que Abílio não conhecia a cidade. Porem, era o único que
tinha habilitação para dirigir o caminhão da filial.
Não se sabe se por não ter gostado da mudança, o fato é que seu desempenho (medido em volume
de entregas/km rodado) caiu muito. Cerca de 35%.
Miranda foi contatado pelo Supervisor de Expedição da filial, que pediu para que ele tomasse uma
providência.
Que atitude Miranda deve tomar? Qual o estilo de gestão a ser adotado?
É entusiasmante para um Diretor perceber esse clima positivo na produção. Por isso, você chamou
Renato, o Gerente de Produção, para uma conversa a respeito. Renato tem alcançado sempre os objetivos
do setor, mas não é comum ele permitir que reuniões aconteçam no horário de trabalho. Até mesmo o
treinamento sobre o MASP foi duramente negociado com o Diretor de RH para que as máquinas ficassem
o menor tempo possível paradas. Ainda bem que já na realização do treinamento se pôde perceber que
alguns índices de qualidade melhoraram.
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Qual estilo de liderança é o mais eficaz para o líder dessa equipe nessa situação?
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Entretanto, Renato, o Gerente de Produção, está a ponto de pedir a demissão de Silvério. Sérgio, o
Supervisor de Produção, já advertiu Silvério várias vezes, alertando-o sobre seu baixo desempenho por
desatenção e as graves conseqüências de seus erros, que normalmente resultam em entregas erradas
para os clientes ou atrasos na produção.
Em sua opinião, o que deverá ser feito? Qual estilo Sérgio deve adotar?
a atividade em si;
Níveis de Influência
De modo geral, podemos imaginar uma graduação da disposição e da influência de
alguém em uma atividade através de uma “régua” que considere tanto a extrema participação
quanto a extrema sabotagem e que leve em conta estágios intermediários.
Na situação 2, por que a reação da equipe pode ser de apatia ou apoio? Dê 4 exemplos de
fatos que podem ocorrer de forma negativa no ambiente de trabalho.
Na situação 3, por que a reação da equipe será de baixo compromisso? Dê 4 exemplos de fatos
que podem ocorrer de forma negativa no ambiente de trabalho.
Descreva uma situação (se possível real) que possa levar a equipe a um médio ou baixo
compromisso e quais são suas possíveis causas.
Se você tem essas respostas, está no caminho certo. Agora, se não tem ou sua empresa só
oferece treinamentos focados exclusivamente em como gerenciar equipes, é bom você mesmo
fazer a lição de casa. "Não é a mão de Deus que vai torná-lo líder", diz o consultor Pedro
Mandelli.
"Liderança é matéria de estudo, é preciso estudar e aprender como se tornar um líder no
contexto atual." O ponto de partida é compreender bem esse conjunto de competências que o
mundo corporativo vem exigindo. Veja como você pode ser completo em cada uma delas:
Produtos e serviços
Você sabe exatamente o que sua empresa faz? Isso está além de responder: celular, carro
ou alimento. Por trás do produto e dos serviços há um conceito. Qual o exercício a ser feito?
Fuçar. Comece articulando conversas com pessoas de outras áreas para saber qual a parte
delas no todo. Quando fechar esse ciclo, estude o seu mercado. Saiba o que e como a
concorrência faz o mesmo produto e serviço, e trabalhe para ser melhor, levando idéias para as
pessoas.
Clientes
Se você já conhece bem o que faz na empresa, é hora de cultivar o cliente, seja lá qual for
sua área. Mais do que telefonar uma vez por semana, é necessário manter um relacionamento
mesmo. Sabe a história do networking que você deve manter e cultivar porque nunca se sabe o
dia de amanhã? Então, aqui vale o mesmo. Cliente precisa ser cultivado o tempo todo. É dele
Mas não é só de dentro que nasce essa liderança. Ela vem também de pessoas recém-
contratadas. Dos seus 11 000 funcionários, a IBM conta hoje com 750 gerentes. Desses, 30%
tem menos de 11 meses no cargo. Foram promovidos ou recrutados no mercado exatamente
por demonstrarem ter as competências exigidas ao novo modelo de líder. Um deles é o
engenheiro paulista Antonio Zubieta Alves, de 35 anos, que acaba de ser contratado como
gerente de consultoria da IBM, depois de receber mais três propostas de emprego. Engenheiro
agrônomo, Antonio passou por empresas bem diferentes, como Schincariol, Avon, Itaú e Vivo.
Na Schincariol, Antonio começou como trainee no laboratório e no final do terceiro ano de
casa migrou para a área de RH. Foi nessa área que atuou nas empresas seguintes até ser
fisgado pela IBM no mês passado. Ele vai tocar projetos demandados pelos clientes da
empresa. Em cada companhia por onde passou, Antonio teve duas preocupações contínuas:
"Tudo que eu falo e faço precisa ter coerência com meus valores" e "Não tenho pressa em
crescer". Com essas duas premissas na cabeça, ele dá mostras de que quem lidera sua vida - e
sua carreira - é ele mesmo.
Antes de ir para a IBM, Antonio estudou bem a empresa e só disse estar preparado para
assumir o desafio porque, além da área de consultoria encantá-lo, se identifica com os valores
da organização: "É uma empresa que incentiva o autodesenvolvimento de seus profissionais,
além de ser ética e ter um claro compromisso com o cliente", diz. Valério, do Ibmec-SP, foi seu
chefe no Itaú e afirma que o executivo desenvolveu bem as dimensões do líder completo. "O
Antonio é um profissional que cria valor para o cliente interno, busca alternativas de produtos e
serviços, é focado em resultados a ponto de apoiar a equipe a buscar as metas que a empresa
traçou. É um bom exemplo para seus pares e demonstra ter um equilíbrio de vida bem
Auto-retrato do líder
Pesquisa exclusiva da FGV-RJ com 100 presidentes de empresas nacionais e estrangeiras revela
o perfil do líder brasileiro e seus principais desafios no dia-a-dia do negócio:
PERFIL
- É formado em engenharia - 58%
- Tem experiência profissional no exterior - 52%
- Tem idade entre 46 e 50 anos - 29%
- Assumiu o cargo por volta dos 41 anos - 33%
- Trabalha em média 11 horas por dia - 47%
- É casado - 90%
- Tem filhos - 95%
- Prepara alguém para sucedê-lo - 73%
- Pensa em se aposentar com 60 anos - 30%
DESAFIOS
- Atrair, treinar e reter os melhores talentos - 45%
- Manter um clima de alta performance - 45%
- Alinhar visão, estratégia e comportamento - 38%
- Conciliar metas ao planejamento sustentável da empresa - 35%
- Pensar e planejar estrategicamente - 31%
- Atender às expectativas de vários públicos
(clientes, funcionários e fornecedores) - 29%
- Estimular a inovação na empresa - 22%
- Aumentar a satisfação do cliente - 18%
- Equilibrar a vida pessoal e o trabalho - 15%
Liderança tem a ver com visão, missão e inspiração. É criar um mundo no qual os profissionais
querem pertencer. É a habilidade de criar estratégias, gerenciar sistemas, desenvolver culturas
para as boas práticas de negócios. Os líderes devem criar sistemas e estruturas para as
pessoas se desenvolverem, fazerem o seu melhor, quebrar barreiras que limitam a inovação. O
problema é que muitos líderes estão mais confortáveis dirigindo números do que ajudando
pessoas a dirigir números.
Revista VOCÊ S.A. ed. 109 / julho-07 e site da revista
DE MÃOS DADAS
Marizete Furbino
Em pleno Século XXI, vê-se de maneira urgente e emergente que temos de ser, além de gerente, um grande líder; caso
contrário, estaremos fadados não apenas ao fracasso, mas também a sucumbirmos no mercado em que atuamos.
Enquanto líder, o gerente, além de se preocupar em demasia com todos os recursos humanos envolvidos no processo
organizacional, procurando investir, manter e reter os talentos dentro da organização, ele possui também a preocupação
incansável em incentivar toda a equipe de trabalho, fazendo destes um verdadeiro time, e assim, alcançar resultados mais do
que esperados.
Enquanto gerente, o líder se preocupa em descentralizar ações, realizando um trabalho em equipe, de forma a somar talentos,
habilidades e conhecimentos, colocando de forma clara as atribuições para cada um dentro da organização, deixando de
maneira transparente o que se espera de cada profissional. Além disso, realiza o planejamento de forma conjunta, atuando de
forma a atender a satisfação de seus clientes, estipulando prazos para cumprimentos de tarefas e, assim, buscando alcançar
eficiência e eficácia.
Enquanto líder, o gerente entende bastante de gente, sabe como ninguém lidar com o ser humano, procurando não somente
conhecer os seus anseios e reais necessidades, mas buscando atendê-los, pois tem consciência que profissional satisfeito é
sinônimo de produtividade.
Enquanto gerente, o líder busca controlar, assegurando a compreensão e monitorando as ações realizadas, detectando falhas
em tempo hábil e corrigindo-as, demonstrando indignação diante de um erro ou falha, mas também vibrando com seus
colaboradores a cada conquista.
Enquanto líder, o gerente sabe ouvir, dialogar e respeitar seus colaboradores, pois sabe que cada ser humano da organização
tem algo a contribuir, uma vez que são seres dotados de inteligência, conhecimentos, habilidades e talentos. Nesse viés, além
de valorizar todos dentro da empresa, energiza-os com muita paixão. Através do carisma que possui, envolve, de certa forma,
todos no trabalho, fazendo com que seus colaboradores se entreguem de "corpo e alma" ao que se propõem a fazer, e com
muito gosto.
Enquanto gerente, o líder preocupa-se com a qualidade da prestação de serviço e fabricação do produto. Às vezes impõe suas
idéias e opiniões, esquecendo-se que está cercado de pessoas que podem colaborar e muito com a organização, se estas
tiverem vez e voz.
Ainda, é importante notar que um grande líder é um gerente orientado para resultados. Os líderes são profissionais que, além de
aguçar a vontade de toda equipe em trabalhar mais, melhor e com gosto, incentiva-os sempre, desenvolvendo a difícil arte de
trabalhar em equipe. Entre seus necessários talentos, sabe ouvir seus colaboradores, possuindo muita facilidade em se
relacionar. Inspirado sempre na confiança se apóia nas pessoas envolvidas no processo, procurando atuar sempre inovando,
tomando continuamente a decisão mais acertada, contribuindo assim para o desenvolvimento e crescimento da organização em
que atua.
Ressalta-se que o líder, além de possuir um forte equilíbrio emocional, exerce sua função com muita humildade e sabedoria,
sabendo reconhecer seus erros, driblar as crises e conflitos que porventura poderão surgir. Lida muito bem com as pressões,
procurando transformá-las em desafios e, como resultado, obtendo grandes conquistas.
É pacífico dizer que, sendo pró-ativo, o líder muitas vezes quebra regras e se antecipa aos problemas, sendo flexível e adaptando
às mudanças, trilhando um novo caminho. É com essa sutil tática que reinventa uma nova forma de caminhar, pois é um
profissional que se encontra sempre obcecado pelas transformações, procurando sempre olhar para além do plano já traçado
com o objetivo de fazer acontecer. Em síntese, é através dessa visão futurista que enxerga o que o outro ainda não viu,
"abocanhando", assim, as grandes oportunidades de mercado.
Não se pode esquecer que o líder preocupa-se muito com a ética e a moral, zelando então pelo seu comportamento, tendo um
autocontrole invejável, sendo sempre gentil e extremamente transparente em suas ações, pois quando comunica, expõe de fato
o que realmente sente; expõe sua alma, o seu coração. É admirável verificar que suas ações refletem sempre a sinceridade do
momento.
Pautados em três pilares - inteligência, conhecimento e criatividade - o gerente atua na organização canalizando esforço em prol
da produtividade, agindo com maestria. Já para o líder existem três pilares que o sustentam: visão, valores e comportamentos, e
é exatamente esta tríade que o conduz habitualmente ao sucesso.
Por fim e diante todo o exposto, conclui-se que liderar e gerenciar predispõe papéis diferentes, porém complementares. Um
gerente não sobrevive sem ser um grande líder e vice-versa. Assim, torna-se essencial que gerentes se preocupem em
desenvolver capacidades que os tornem grandes líderes, pois a liderança está intimamente ligada a comportamento
interpessoal, e a boa notícia é que se pode aprender, bastando querer ser.
Marizete Furbino
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo,
Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC-Vale do Aço.
COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS
O que é mais relevante num perfil profissional? Habilidade técnica ou comportamental?
Uma pesquisa realizada pela Thomas International Brasil, empresa de origem inglesa
especializada em prover sistemas para gerenciamento e desenvolvimento de pessoas, revelou
que a exigência das empresas que procuram candidatos com competências comportamentais
aumentou 40%. Veja a entrevista com o vice-presidente da companhia.
"O perfil comportamental representa cerca de 70% das razões de sucesso ou fracasso de um
indivíduo em uma função"
Vencer!: Quais são os principais motivos da procura por profissionais com competências
comportamentais adequadas?
Edson Rodriguez: O mercado torna-se cada dia mais e mais consciente de que o perfil
comportamental dos indivíduos tem importância muito grande quando se trata da obtenção de
resultados no preenchimento de uma vaga. Cada empresa tem sua cultura e seus valores
particulares, que se refletem no nível de exigência ao candidato, isso sem falar das
características de comportamento inerentes à função em si. Pessoas são contratadas por seu
currículo e experiência profissional, mas são demitidas por suas falhas comportamentais ou por
não se adaptarem ao ambiente de trabalho.
V!: Isso quer dizer que conhecimento técnico já não é mais o bastante?
ER: Na verdade, nunca foi o bastante. Ocorre que no passado não havia formas eficazes de
avaliar perfil comportamental. É relativamente simples avaliar conhecimento técnico, testes de
proficiência existem para isso. Conhecimento técnico é informação que pode ser aprendida.
Perfil comportamental é inerente e representa cerca de 70% das razões de sucesso ou fracasso
de um indivíduo em uma função. Isso não quer dizer que as pessoas estão "presas" a seus
perfis. Comportamentos podem ser mudados, através de treinamento e desenvolvimento. A
questão é que quanto m'ais o indivíduo tem o perfil comporta mental próximo do ideal para o
cargo, mais fácil será seu aprendizado, sua adaptação e seus resultados.
V!: Sobre competências comportamentais, quais foram as grandes mudanças que ocorreram
no mercado nacional?
ER: Existe uma busca muito forte de competências voltadas à liderança, ao empreendedorismo,
ao foco no resultado, à comunicação, persuasão, capacidade de demonstração, bem como
adaptabilidade, resiliência, flexibilidade e ritmo. Esse perfil torna-se cada vez mais requisitado
porque as atividades que exigem capacidade de negociação e relacionamento interpessoal
aparecem em número cada vez maior, em detrimento das atividades de execução que estão
diminuindo ou mesmo desaparecendo, em função da automação e da informatização da
sociedade.
V!: A pesquisa mostrou, também, o quanto está difícil encontrar profissionais com esse perfil.
Por que isso ocorre?
ER: Essa mudança nos perfis desejados é relativamente recente, vem ocorrendo há poucas
décadas e está se acirrando rapidamente. Entretanto, as características procuradas não apare -
cem no "mix" de perfis da população com a mesma freqüência. Afinal, esse mesmo mix não
mudou nas últimas décadas, ou pelo menos não mudou na mesma velocidade. O perfil da
população ainda é o mesmo do passado e isso significa que há grande quantidade de pessoas que
buscam segurança, estabilidade de emprego, rotina e previsibilidade, quando o mercado busca ou-
tros valores. Assim, sobram pessoas com essas características antigas e faltam pessoas com
aquelas.
V!:Até que ponto o conhecimento técnico e o embasamento teórico são menos importantes
para uma empresa?
V!: Qual é o impacto que os profissionais que não possuem competências comportamentais
adequadas gera nas empresas?
ER: Usualmente o maior impacto está nos resultados obtidos, que costumam ser entre sofríveis
e medíocres. Outros problemas, tais como relacionamentos internos e externos e imagem da
empresa. Há exceções, é claro, mas elas são exatamente isso: exceções.
V!: O que as empresas estão fazendo para trabalhar os estilos comportamentais de um
profissional?
ER: Existem processos de treinamento onde o profissional inicialmente é submetido a uma
bateria de testes que identificam suas características comportamentais e cruzam com as
características desejadas pela empresa e nesse processo aparecem os gaps. No passo
seguinte, o profissional é convidado a fazer uma reflexão acerca desses gaps, de sua carreira e
sua disposição em trabalhar seu estilo comportamental de modo a se aproximar do modelo.
V!: Quais são os resultados desses trabalhos, tanto para as empresas quanto para os
profissionais?
ER: Para as empresas, melhoria de resultados e de lucratividade, além de melhoras
significativas no clima organizacional e maior retenção dos talentos. Para os profissionais en-
volvidos, melhoria em seu desempenho, suas carreiras e em sua qualidade de vida.
V!: Um profissional bem sucedido tem obrigatoriamente competências comportamentais
adequadas à área?
ER: Em mais de 70% dos casos, sim.
V!: Quem está disposto a melhorar sua competência comportamental, o que deve fazer?
ER: Em primeiro lugar, visualizar a si próprio na função em que está e no quanto é bem (ou
mal) sucedido. Buscar processos de orientação de carreira que contemplem uma aná lise de
perfil pessoal e uma linha de aconselhamento e monitoramento é o segundo passo.
Importante: as mudanças comportamentais só se implementam de forma consistente se
estiverem alinhadas com o motivador maior do indivíduo, que usualmente está relacionado
com seus sonhos. Mudanças comportamentais e crescimento de carreira têm a ver diretamente
com a realização dos sonhos.
Aline Oliveira - Aline Oliveira faz estágio na redação da Revista Vencer! Cursa o 4° ano de jornalismo na
Universidade Metodista de São Paulo. Revista vencer! Ed 101
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Hoje em dia, muito se fala sobre liderança. Existem milhares de "cursos" sobre liderança,
treinamento para desenvolvimento das habilidades dos líderes, livros sobre o assunto etc.
Depois de ler muito sobre o assunto, observar casos práticos, ver exemplos de grandes líderes
mundiais, não só no mundo dos negócios, mas em todas as áreas do conhecimento humano,
fiquei intrigado em descobrir a principal qualidade, habilidade, conhecimento, enfim, o que
diferencia, efetivamente, um líder das outras pessoas.
Ouvi falar muito do tripé "CONHECIMENTO-HABILIDADE-ATITUDE", o famoso CHA, ou como
diria um gerente que conheci: "O chá da vida". Basicamente, esse conjunto de fatores define a
vida profissional e pessoal de qualquer indivíduo, pois é a soma deles que vai definir a
trajetória profissional, não só em uma empresa, mas em toda a vida da pessoa, bem como vai
influir em sua vida pessoal também.
O primeiro fator - CONHECIMENTO - não define uma liderança, pois existem líderes com
grande conhecimento em várias áreas, mas também são encontrados verdadeiros gestores
sem grandes conhecimentos, apenas com um ideal e a capacidade de fazer com que as
pessoas lutem pelo mesmo ideal. Tome como exemplo muitas ONG´s nascidas em
comunidades mais carentes e que se desenvolveram através da capacidade de seus líderes
infundirem a necessidade de lutar por aquele objetivo.
O fator seguinte - HABILIDADE - pode ser definido como a capacidade de fazer algo,
destreza, e aqui entramos em uma nova controvérsia, pois alguns estudiosos dizem que
somente as habilidades motoras - dirigir um carro ou pilotar um avião - podem ser aprendidas,
enquanto que outras habilidades, como, por exemplo, a capacidade de influenciar as outras
pessoas, são inatas, enquanto outros estudiosos acreditam que podemos desenvolver qualquer
habilidade.
Em relação ao terceiro fator - ATITUDE - podemos entendê-lo como o posicionamento do
indivíduo em relação às diversas situações que vivemos no dia-a-dia. Podemos ter uma atitude
arrogante em relação a determinadas pessoas (ou uma atitude acolhedora), em outros
assuntos podemos ter uma atitude positiva - a pessoa que enxerga o copo sempre meio cheio.
Iniciativa, pró-atividade e outros são exemplos de atitudes que fazem a diferença quando
avaliamos funcionários ou procuramos alguém para determinado cargo.
Como já definimos que conhecimento não é o diferencial de um líder, nos restam as
habilidades e as atitudes. As atitudes são fundamentais para o crescimento pessoal e
profissional de uma pessoa, pois, como já disse, elas são o diferencial, algo que faz com que
um funcionário trabalhe 35 anos em uma mesma função, muitas vezes reclamando por não
receber o que merece ou por não ser reconhecido e outro galgue novos cargos rapidamente,
por ter uma atitude pró-ativa, uma atitude que chama as responsabilidades para si e luta pelos
seus ideais de vida. Mas muitas das atitudes derivam das habilidades intrínsecas das pessoas.
Independente das habilidades serem inatas ou desenvolvidas, algumas influenciam as atitudes
das pessoas.
Então, a chave para nossa pergunta inicial está nas habilidades! Mas qual habilidade
especificamente?
Existe uma história sobre Jack Welch, que conta que, quando a GE adquiriu a NBC, ao ser
questionado como ele ia gerir uma empresa de uma área que ele não entendia, Welch
respondeu que também não entendia como eram construídas as turbinas de avião fabricadas
pela GE, mas entendia a alma humana, sabia gerir recursos humanos e financeiros.
Esse é apenas um exemplo, dentre muitos que podemos destacar na história da
humanidade. Sempre houve grandes líderes, alguns com muito conhecimento - no sentido
Estude. Prepare-se. Estude como a sua mãe dizia que você tinha que estudar, ou seja,
todos os dias.
Como você pode saber o que fazer para aumentar as vendas da sua empresa se você
não leu um livro sequer sobre como aumentar as vendas de uma empresa nos últimos seis
meses? Como você pode acreditar que sabe como motivar funcionários, se você não pesquisou
novas idéias sobre como motivar funcionários nos últimos seis meses? Como você pode tomar
decisões críticas baseado em experiências que você sequer teve no passado?
Definição de líder
Mas como fazer isso? Na rotina do trabalho, muitas vezes, o líder esquece de detalhes importantes que
podem influenciar no comportamento de sua equipe, como a valorização do trabalho, envolvimento
profissional e principalmente a humanização. O líder deve analisar e avaliar suas atitudes, buscando uma
postura que ajude sua equipe a se desenvolver, alinhando suas necessidades pessoais e valores aos da
empresa, fazendo com que a produtividade cresça e o objetivo final seja atingido com êxito.
Mas, como alcançar resultados satisfatórios numa realidade na qual o que um líder promete deve estar
alinhado com o que alcança? Há quatro comportamentos essenciais que tornam o líder mais eficaz:
Em empresas que não conseguem atingir os resultados prometidos, os líderes, em geral, não se
envolvem com a realidade do dia-a-dia. Eles recebem muita informação, mas ela chega filtrada –
apresentada pelos seus subordinados diretos com suas próprias percepções, limitações e agendas, ou
coletadas por outros funcionários com suas próprias perspectivas. Os líderes não estão onde a ação está.
Não estão envolvidos com a empresa, por isso não conhecem sua organização de forma abrangente, e
seu pessoal não o conhece de verdade.
Para resolver essa questão, o líder deve ser parte da equipe, isto é, não se colocar no papel de
superior e sim de parceiro, dividindo as tarefas e sendo cúmplice de seu time e vice-versa. Além disso,
um bom líder precisa conhecer as metas pessoais dos seus liderados e alinhá-las com as metas
corporativas, para assim alinhá-las e de forma interligada alcançar um objetivo comum.
Autoconhecimento
"Conhece-te a ti mesmo" frase atribuída a Tales de Mileto, um dos chamados 7 sábios da Grécia antiga
e adotada por Sócrates como princípio e fim da sabedoria humana. Desde os primórdios é elementar que
para conhecer o outro é preciso, primeiramente, ter autoconhecimento. Esse pensamento deve ser
aplicado em grandes corporações. Hoje, um grande número de líderes, com todos os requisitos e
elementos para triunfar, não conseguem dominar a disciplina da execução. Apesar de terem capacidade,
formação, talento e até personalidade marcante, não demonstram firmeza emocional para lidar com a
realidade do negócio e da organização ou para fazer avaliações francas das pessoas que lideram.
Essa firmeza emocional tem como principal fonte o autoconhecimento. Quando o líder se conhece ele
aceita e lida com seus pontos fracos, consegue ser firme e justo com as pessoas que não estão
desempenhando bem suas funções e compreende a ambigüidade inerente de uma organização que se
move rapidamente e é complexa. O líder deve sempre se adaptar a realidade dos seus liderado, tendo
sempre em mente o bem-estar da equipe e os objetivos da empresa.
As pesquisas sobre comportamento humano reconhecem e dão cada vez mais importância às práticas
de planejamento e estabelecimento de metas como fatores de desenvolvimento pessoal. Observando
vários empreendedores, é possível constatar que metas pré-estabelecidas influenciam a motivação
pessoal.
Considerando que as empresas nascem e se desenvolvem em função das pessoas e que não
conseguem ser mais poderosas e influentes do que quem as representa, é lógico afirmar que as metas
corporativas estão atreladas às metas pessoais dos seus líderes. Nesse caso, o grande desafio dos líderes
é compatibilizar as metas pessoais com as metas corporativas.
Estabelecer prioridades é, no que tange às metas corporativas, o maior desafio que um executivo tem
de enfrentar. Um líder que diz: "Tenho dez prioridades!" não sabe o que está falando – ele próprio não
sabe quais são as "suas verdadeiras prioridades". Para ser eficaz, um líder precisa ter poucas metas e
prioridades realistas focadas no desempenho geral da organização.
Além de definir metas claras, os líderes que sabem executar comunicam suas prioridades de uma
forma simples e direta. Eles falam simples e francamente sobre o que pensam. Eles sabem como
É preciso maturidade para reunir as habilidades gerenciais e compartilhá-las, sem egoísmo, com a
equipe. Ampliar as habilidades do seu grupo é, fundamentalmente, orientar, educar, treinar enfim
compartilhar. Um líder só atinge esse status quando adquire conhecimento e experiência ao longo do
caminho. Uma das partes mais importantes de seu trabalho é passá-lo para a próxima geração de líderes.
A forma mais eficiente de orientar é observando a ação do outro e dar o feedback específico. O
feedback deve destacar exemplos de comportamento e desempenho que são ideais ou que precisam ser
mudados. Os líderes mais eficientes na arte de executar são orientadores positivos. A habilidade de
orientar é a arte de questionar. Fazer perguntas objetivas força às pessoas a pensar, a descobrir e a
buscar soluções. O treinamento é uma parte importante para ampliar as habilidades das pessoas.
Segundo uma pesquisa feita pela McKinsey com mil companhias americanas e apresentada pela
revista Exame em abril de 2005, o desenvolvimento de subordinados figura como uma das principais
atividades em que os diretores gostariam de gastar mais tempo. Desenvolver colaboradores é a essência
da ampliação das habilidades pela orientação.
Se um líder quiser dominar os comportamentos essenciais precisa reunir essas quatro habilidades para
executar com consistência, combinando suas habilidades às dos outros na sua equipe. Todos, na equipe,
precisam se envolver. Não pode haver nenhum peso morto – é muito pesado... e custa muito caro.
Wilson Mileris- www.mileris.com.br
Liderar é verbo transitivo direto. Exige um complemento, não tem sentido sozinho. Fica incompleto,
sem definição. Afinal, quem lidera, lidera alguma coisa ou alguém. Essa regra gramatical envolve muito
mais do que conhecimento técnico da profissão e embasamento teórico. É necessário gostar de pessoas,
retirar o que há de melhor nelas e, ainda, desenvolvê-las. “À medida que ergo alguém, eu cresço junto
com ele”, explica John C. Maxwell, o maior guru de liderança da atualidade.
Mas como definir liderança? Será que é possível encontrar uma explicação simples para uma
atribuição tão complexa? John Vereecken, presidente da Lidere, tem uma definição curta e direta:
“Liderança é influência”. Segundo ele, ser líder independe do cargo, mas tem tudo a ver com a habilidade
do profissional para entusiasmar pessoas.
O psiquiatra, professor e consultor Paulo Gaudêncio defende a mesma tese e usa o ex-presidente norte-
americano John Kennedy para ilustrar seu modelo de líder: “O sonho dele era colocar um americano na Lua
antes dos russos e ele comprometeu toda a nação com esse ideal”. O fato de esse feito ter ocorrido após a
morte de Kennedy reforça ainda mais a tese de Gaudêncio. “Ele não era mais necessário, pois já tinha
influenciado todo o país a realizar esse objetivo.”
Para muitos estudiosos e especialistas, o alicerce de um bom líder está na capacidade de despertar
nos liderados o desejo de ação e realização de uma meta. O ideal não é que todos os funcionários o
idolatrem, mas que vejam nele uma fonte de inspiração para desenvolver uma tarefa da melhor maneira
possível. Entretanto definir virtudes de um profissional não é uma equação exata, porque cada
característica tem um peso para uma companhia. A somatória delas implica o valor que a empresa atribui
para sua balança. Uma qualidade que pode ser essencial para uma, pode ser irrelevante para outra. No
entanto, os defeitos de um líder não seguem a mesma regra aritmética, pois seus pesos têm o mesmo
valor para empresas de todo o mundo. Mais que isso, tornam-se pecados mortais e levam qualquer líder à
falência. Saiba agora quais são as atitudes que podem derrubar sua liderança.
Arrogância
Ser centralizador
“Se quiser que algo fique bem feito, faça você mesmo”. Esse é o
mantra que rege a cabeça de um líder centralizador. Ele acredita que
ninguém tem capacidade de produzir algo do jeito que deseja, por
isso prefere fazer sozinho. “Esse perfil é mais comum do que se
imagina e ocorre porque muitos dos líderes já passaram por quase
todas as funções da empresa e sabem fazer tudo”, diz Ricardo
Mesquita, empresário, diretor e professor de empreendedorismo da
Escola Internacional de Alphaville. Essa atitude pode gerar
competição dos liderados com o líder ou a transferência das
Assédio moral
Ser egocêntrico
O psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) defendia que a personalidade é dividida em três sistemas
principais: id, ego e superego. Sintetizados de uma maneira superficial, esses elementos podem ser
entendidos da seguinte forma: Id é o princípio do prazer, Ego o princípio da realidade e Superego o da
moralidade. Portanto, de acordo com a psicanálise, o ato de se preocupar somente consigo mesmo está
ligado ao Id. Entretanto independentemente da terminologia, quando um líder coloca seus interesses à
frente dos interesses da empresa e de seus colaboradores está fadado ao fracasso. “O ego exacerbado de
um líder compromete todo o desempenho de seus colaboradores e esta postura transforma-se em custo,
sem nenhum retorno para a empresa”, defende Marcelo Mariaca, presidente da Mariaca Consultoria.
Desequilíbrio emocional
“Características como pavio curto e humor variável são predispostos ao desequilíbrio”, defende
Ricardo Mesquita. Ele acrescenta que há empresas que estimulam o comportamento desequilibrado. “A
pressão por prazos e resultados pode contribuir para o quadro.”
Quem não conhece um líder que não assume os erros do grupo? Ou, então, aquele que se glorifica
para o superior dizendo que os bons feitos são originários de suas idéias. Esse perfil de liderança é
definido por Gaudêncio da seguinte maneira: “Eu ganhei, nós empatamos e vocês perderam”. Creditar as
vitórias para si e os erros para os funcionários mostra, além de insegurança, falta de honestidade. “É
necessário compartilhar vitórias e derrotas e não fazer parte da equipe espanta outras futuras
lideranças”, completa Ricardo Mesquita. E acrescenta: “Quem não sabe trabalhar em equipe não poderia
nem ser líder, pois não tem futuro no meio empresarial”.
Tentar transformar qualquer pessoa em líder é um erro. Eu fiz isso durante muitos anos e errei.
Você deve saber quais são as pessoas que podem ser líder. Não dá para investir em todo mundo, é
preciso escolher alguém.
Para escolher um líder é preciso colocar 21 qualidades num papel e na hora da entrevista deve
avaliar se o candidato tem as qualidades que você precisa. Por isso, é preciso saber o que está
procurando.
1° Influenciar outras pessoas: Procuro pessoas que têm influência e que atraem outras para perto de si.
Isso mostra que ela já tem um talento de liderança. Sempre procuro um influenciador, porque lá tem
um bom líder.
2° Gerar resultados: Procuro pessoas que têm a capacidade de gerar resultados e de execução. Melhor
ainda quando você dá uma tarefa e ela faz mais do que você pediu. Isso é importante para a liderança
porque se eu não consigo produzir para mim mesmo, não posso ensinar os outros a produzir. Se não
gero resultados, não posso influenciar os outros a ter resultados.
3° Ter caráter e integridade: Saber se o profissional é digno de confiança. Falar a verdade e ter bom
caráter é fundamental. Quando você confia uma responsabilidade a uma pessoa, essa pessoa tem que
ser digna de confiança, porque senão ela vai usar o poder que você deu para atrapalhar os outros.
Aline Oliveira - Aline Oliveira faz estágio na redação da Revista Vencer! Cursa o 4° ano de jornalismo na
Universidade Metodista de São Paulo. Edição 102 da revista Vencer!
Antes de começar a pesquisa, todos tinham como certo que o problema da corrupção era uma questão
de salários baixos. O sujeito ganha pouco, portanto rouba. A pesquisa foi feita em vários países.
Conclusão? A corrupção nos serviços públicos não é causada por salários baixos, mas pelo exemplo dos
líderes. EXEMPLO. Dos LÍDERES.
Quando os líderes não respeitam a lei, os liderados vão atrás. E entra geração, sai geração, criamos a
cultura do desrespeito às leis. Aquela flexibilidade do jeitinho, do quebra galho, do "todo mundo faz", tão
brasileira... O desrespeito às leis arraigado ao jeito de ser do brasileiro.
Aí eu quebro o pau com o velho amigo que tenta me provar que todo político não presta, que essa
cambada que está aí não vale nada, que não tem como ter esperança... E eu insisto: quem é o reflexo de
quem? O povo é reflexo de seus políticos ou os políticos são o reflexo do povo? A Câmara de Deputados,
ou o Senado são micro-Brasis. O espelho da nossa sociedade. (...)
A encrenca é que o problema é muito mais complexo do que parece. Para tentar, eu disse tentar
resolvê-lo, tem que ter gente competente em todos os escalões, da estratégia à execução. Tem que ter
lideranças competentes em Brasília, nos ministérios, nos estados, nas cidades e nos sem-terra.
Lideranças com capacidade de analisar causa e conseqüência. Mas que encrenca!
No Brasil, só temos analistas de conseqüências. Gente que trata a dor de cabeça com aspirina, sem
buscar a causa. Líderes que não são líderes. São chefes. E meia-boca. Não conhecem o escopo de suas
funções. Não entendem onde é que agregam valor. Não conseguem avaliar o impacto de suas atitudes
junto a seus subordinados.
Líderes assim são mortais, pois são exemplos que a turba segue. E quem conhece o assunto, diz que
75% de todo o conhecimento que uma pessoa adquire ao longo da vida, vem do EXEMPLO de outros...
Agora disfarce e olhe em volta. Olha ali seu chefe. E lá seus subordinados. E acolá seus colegas em
cargos de liderança. Quantos você admira? Quantos dão prazer de ficar perto? De ouvir? De trocar idéias?
Quantos? Só um? Parabéns! Você acaba de encontrar um exemplo. Cuide muito bem dele, afinal, pode ser
que seja você...
A falta de franqueza é o maior pequeno truque sujo em negócios. E como é sério esse problema. A
falta de franqueza bloqueia as idéias inteligentes, retarda as ações rápidas e impede que as pessoas
capazes contribuam com todo o seu potencial. É algo devastador. Quando se pratica a franqueza - e
nunca se é absolutamente franco, esteja certo - tudo funciona com mais rapidez e mais eficácia. Mas
quando digo "falta de franqueza", não me refiro à desonestidade mal intencionada. Estou falando de como
tantas pessoas - com tanta freqüência -, instintivamente, não se expressam com sinceridade. Não se
comunicam com objetividade nem manifestam suas idéias de modo a estimular o verdadeiro debate.
Simplesmente não se abrem com transparência. Em vez disso, engolem seus comentários e críticas.
Ficam de boca fechada para não ofender os outros e para evitar conflitos, além de adoçarem as más
notícias para manter as aparências. Reprimem sentimentos e idéias e guardam as informações para si
mesmas.
Em minhas viagens ouço histórias de pessoas descrevendo a completa falta de franqueza que
experimentam no dia-a-dia. Quase todas se queixam da burocracia, dos intermediários, da politicagem e
da falsa polidez, como pragas disseminadas pela falta de franqueza. Perguntam como podem transformar
suas empresas em lugares onde as pessoas põem na mesa seus pontos de vista, falam sobre o mundo
com realismo e debatem as idéias sob todas as perspectivas. Quase sempre também reclamam de que a
falta de franqueza compromete as avaliações do desempenho.
Ouço tudo isso tantas vezes que sempre acabo pedindo que o público responda à seguinte pergunta,
levantando à mão: "Quantos de vocês participaram de uma sessão de avaliação no ano passado, na qual
receberam feedback honesto, direto nos olhos, e da qual saíram sabendo exatamente o que tinham de
fazer para melhorar e qual era sua situação na organização naquele momento?"
Nos melhores dias, apenas 20% dos presentes erguiam a mão. Quase sempre, o resultado ficava
perto de 10%. Curiosamente, quando reformulo a pergunta no sentido contrário e pergunto quantos dos
presentes geralmente oferecem avaliações honestas e francas ao seu pessoal, os números não melhoram
muito.
O fato é que somos educados desde a infância para atenuar as más notícias e adoçar os temas
amargos. Isso é verdade em todas as culturas, em todos os países e em todas as classes sociais. Não
importa que você esteja em Portugal ou na Islândia, você não deve dizer que a comida da sua mãe é
ruim, chamar seu melhor amigo de gordo ou reclamar do presente de casamento que recebeu de sua tia.
Essas atitudes são condenadas. A franqueza pode irritar as pessoas. Evidentemente, esse foi um exemplo
simples, sem grandes implicações, mas quando se tenta compreender a franqueza, realmente se está
procurando compreender a natureza humana.
Você acaba concluindo que as pessoas não dizem o que pensam porque é mais fácil agir assim.
Quando você diz a verdade, é muito provável que daí resulte uma situação embaraçosa - raiva, dor,
confusão, tristeza, ressentimento. Para piorar ainda mais as coisas, você se sente forçado a consertar a
situação, o que geralmente é terrível, constrangedor e demorado. Assim, justifica-se a falta de franqueza,
para evitar tristeza ou dor em outra pessoa, ou seja, não dizer tudo ou mentir um pouco é o
comportamento mais gentil e adequado. Mas, de fato, os filósofos clássicos, como Immanuel Kant,
desenvolvem argumentos poderosos no sentido de que não ser franco, no final das contas, é sempre
melhor para nossos próprios interesses - ou seja, facilita nossa vida.
Kant também sustenta outro aspecto. Para ele, as pessoas geralmente tendem a não ser francas por
não encararem o panorama geral. Elas receiam que, se falarem com franqueza e o que disserem não for
bom, são fortes as chances de que afastem a outra pessoa. Mas o que elas não percebem é que a falta de
franqueza é uma forma extrema de alienação.
De lá para cá
A importância fundamental da franqueza nas empresas americanas é algo relativamente novo. Até o
princípio da década de 1980, grandes empresas como a GE e milhares de outras não cultivavam esse
atributo. Poucos eram os confrontos abertos sobre estratégia ou valores; as decisões eram tomadas quase
sempre a portas fechadas. E quando se tratava de avaliações, também elas eram conduzidas com uma
espécie de distância cortês. O bom desempenho era elogiado, mas como as empresas desfrutavam de
excelente saúde financeira, o mau desempenho também era tolerado, e quem não se desincumbia a
contento geralmente era congelado num departamento ou divisão distante, até a aposentadoria.
Talvez se pudesse prever que, considerando todas as suas vantagens competitivas, a franqueza
entraria triunfante nas empresas americanas com a chegada dos japoneses. Mas, ao contrário, a maioria
das empresas combateu a competição global por meio de armas mais convencionais: demissões de
pessoal, reduções de custo drásticas e, nos melhores casos, inovação. A franqueza, embora insinuando-se
aos poucos, ainda é parte muito pequena do arsenal.
Agora, a notícia realmente ruim. Embora a franqueza seja vital para a vitória, instituí-la em qualquer
grupo é difícil e demorado, não importa o tamanho.
No entanto, é possível fazê-lo. Não há nada de científico no processo. Para conseguir franqueza, é
necessário elogiá-la, recompensá-la e falar sobre ela. Acima de tudo, é importante demonstrá-la de
maneira exuberante e até exagerada - ainda que você não seja o chefe.
Imagine que você esteja numa reunião na qual o tema é crescimento. Todos estão sentados em torno
da mesa, conversando de maneira civilizada sobre as dificuldades de vencer nesse mercado ou setor.
Todos falam sobre a intensidade da competição. Todos abordam as mesmas velhas razões sobre por que
não conseguem crescer e ainda se congratulam por ainda produzirem resultados razoáveis nesse
ambiente adverso. Na verdade, ao fim da reunião, ainda se cumprimentam pelo "sucesso" que vêm
alcançando, "sob circunstâncias tão negativas".
No íntimo, você está prestes a estourar, pensando consigo mesmo: "Lá vamos nós de novo. Sei que
várias pessoas que estavam na mesa, sentem o mesmo que eu - toda essa complacência nos está
matando".
No entanto, para efeitos externos, todos estão participando do jogo. Todos se limitam a acenar, como
se concordassem com tudo.
Agora, suponha-se num ambiente em que vocês assumem responsabilidade pela franqueza. Você e
seus amigos fariam perguntas do seguinte tipo:
"Será que não existe alguma idéia sobre novo produto ou serviço que nós ainda não tenhamos
explorado?"
"Esse negócio está consumindo muitos recursos. Por que simplesmente não nos livramos dele?"
Que reunião diferente! Muito mais dinâmica e muito melhor para todos.
Outra situação que acontece a toda hora é a de um negócio de alto crescimento, gerenciado por uma
multidão satisfeita consigo mesma. A cena típica de uma reunião de planejamento a longo prazo é muito
conhecida: Todos os gerentes exibem taxas de crescimento de dois dígitos - digamos, 15% - e projetam
sucessivos slides demonstrando a excelência dos resultados. A alta administração acena com ares de
aprovação, mas você está sentado lá, sabendo que o negócio tem muito mais suco. Para agravar a
situação, as pessoas que estão apresentando os slides são seus colegas, e um velho código de conduta
prega o seguinte: "Não me questiona que eu não te questiono."
Francamente, a única maneira que conheço de sair desse aperto – e estimular a franqueza - é
espicaçar de leve, sem ameaçar:
"Puxa, que maravilha! Ótimo trabalho! Acho que esse é o nosso melhor negócio. Por que não injetar
mais recursos nele e conseguir resultados ainda melhores?" .
"Com uma equipe fantástica como a sua, aposto que você poderia alcançar pelo menos mais 20% do
mercado. Você já pensou nisso?"
Essas perguntas, e outras semelhantes, são capazes de mudar o tom da reunião, de congratulatório
dos feitos do passado para instigador de novas realizações. No entanto, talvez você esteja pensando que
não pode levantar essas questões para não parecer diferente e esquisito. Você quer ser um jogador da
equipe.
Eu falava com franqueza quando tinha quatro funcionários em Noryl, a menor e mais nova unidade de
uma empresa que tinha uma visão muito estreita sobre conversas objetivas. Eu era muito jovem e
politicamente ingênuo para avaliar minhas condições na época, mas minha situação era segura, pois o
nosso negócio crescia aos saltos.
Se tivemos a coragem de ser francos, não tínhamos consciência dessa franqueza na época - ainda não
éramos bastante experientes para saber o que era franqueza. Simplesmente parecia natural falar de
maneira aberta, argumentar e debater, e fazer com que as coisas acontecessem rápido. Se tínhamos
alguma qualidade, era a de sermos extremamente competitivos.
Sempre que eu era promovido, no primeiro ciclo de reuniões - qualquer que fosse o tema - orçamentos
ou avaliações - a situação era sempre constrangedora e desagradável. A maioria dos membros da nova
equipe sob minha supervisão não estava acostumada a debates escancarados sobre tudo e qualquer
coisa. Por exemplo, se estivéssemos conversando sobre um subordinado direto numa reunião de avaliação
do pessoal, todos concordavam, durante a conversa, que o cara era mesmo horrível. No entanto, as avaliações
escritas faziam-no parecer um príncipe. Quando eu questionava essa dissimulação, a resposta era sempre a
mesma: "Sim, eu sei, mas por que dizer isso por escrito?"
Desde o dia em que entrei na GE até quando fui nomeado CEO, vinte anos depois, meus chefes sempre
me advertiam quanto ao excesso de franqueza. Eu era considerado cáustico e sempre me avisavam que
meu excesso de franqueza acabaria com minha carreira.
Agora, minha história na GE chegou ao fim e garanto-lhes que a franqueza muito contribuiu para o
meu sucesso. Muito mais gente entrou no jogo, juntando suas vozes e sua energia. Éramos
absolutamente objetivos nos nossos relacionamentos, e assim nos tornamos melhores.
EXERCÍCIO
Você é o Gerente Comercial de sua empresa e na Avaliação de Desempenho de seu pessoal, se viu
numa situação um tanto embaraçosa. Marinete, a Supervisora de Atendimento ao Cliente, é a única entre
os 15 supervisores da empresa que poderá deixar de receber uma bonificação neste final de ano, porque
na avaliação que você deverá preencher e em seguida dar um feedback a ela, há os seguintes fatos a
serem considerados:
- devido a problemas pessoais (Marinete se separou do marido há 6 meses), ela mudou seu
comportamento e tem se apresentado a clientes e funcionários de forma desleixada, com cabelo
desgrenhado, mal vestida e, às vezes, com um cheiro desagradável como o de quem não tomou banho
naquele dia;
- seu desempenho caiu muito e sua equipe teve que, em muitos momentos, realizar algumas de suas
tarefas, pois ela estava emocionalmente abalada e não conseguia concentrar-se para realizá-las. Quanto a
esse problema, você teve oportunidade de chamar-lhe a atenção 2 vezes – há 4 e há 2 meses - , mas nas
duas oportunidades a reação de Marinete não foi de compreensão, mas de choro e descontrole, tendo
inclusive saído mais cedo.
1. Como você agiria quanto à Avaliação de Desempenho?
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As empresas que buscam o sucesso e a sobrevivência perceberam o quanto estas pessoas são
danosas e buscaram rapidamente substituí-las pelo que chamamos de "líderes".
Como reconhecer um "líder" e correr para apoiá-lo?
cumprimentam com um sorriso ou um "Bom dia" todas as pessoas com quem encontram
sabem disfarçar qualquer mau humor ou irritação
não ostentam hierarquia, posição social ou riqueza material
aceitam cada funcionário com suas peculiaridades de comportamento, desde que os trabalhos
fluam satisfatoriamente
não reclamam o tempo todo, não gritam e não vociferam impropérios
jamais usam de ironia para mostrar sua insatisfação com algum comportamento inadequado
chamam atenção com respeito à dignidade das pessoas, colocando-se no lugar delas
sabem que atitudes arrogantes denotam falta de segurança na própria competência
não são indecisos e não fazem insinuações, pois elas tornam um gestor medíocre
deixam absolutamente claro para cada colaborador o que esperam que ele faça
sempre têm uma palavra de estímulo às pessoas que os ajudaram a executar o seu trabalho
OS SONS DA FLORESTA
No século II d.c., o rei Tsao mandou seu filho, o príncipe Tai, ir estudar
no templo com o grande mestre Pan Ko.
O objetivo era preparar o príncipe, que iria suceder seu pai no trono,
para ser um grande administrador. Quando o príncipe chegou ao templo, o
mestre Pan Ko logo o mandou sozinho à floresta de Ming-li. Ele deveria
voltar um ano depois com a tarefa de descrever os sons da floresta.
Passando o prazo, Tai retornou e Pan Ko lhe pediu para descrever os
sons de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.
- Mestre – disse o príncipe – pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das
folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama,
o zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os céus...
Quando Tai terminou, o mestre mandou-lhe de volta para a floresta para ouvir tudo o mais que fosse
possível.
Tai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele já não tinha distinguido cada som da floresta?
Por longos dias e noites o príncipe se sentou sozinho na floresta, ouvindo, ouvindo,... mas não
conseguia distinguir nada de novo, além daqueles sons já mencionados ao mestre Pan Ko. Então, certa
manhã, sentado entre as árvores da floresta, começou a discernir sons vagos, diferentes de tudo o que
ouvira antes.
Quanto mais atenção prestava, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. “Esses devem ser os sons que o mestre queria
que eu ouvisse”, pensou. Sem pressa, o príncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente.
Queria ter a certeza de que estava no caminho certo.
Quando Tai retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir.
- Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível: o som das flores se abrindo, do sol
aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da manhã.
O mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação.
- Ouvir o inaudível é ter a disciplina necessária para se tornar um grande administrador – observou o
mestre Pan Ko – Apenas quando aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, os
medos não confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiança a seu povo,
entender o que está errado e atender às reais necessidades dos cidadãos. A morte de um país começa
quando os líderes ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das
pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
Parábola Budista
APRENDA A OUVIR
Não há delícia maior do que perceber alguém nos escutando, com toda a atenção. É um prazer
encontrar uma pessoa que acompanhe cada palavra do que estamos dizendo e é capaz de nos
compreender – com todo o coração. Se é bom ser escutado, também é ótimo escutar, estar disponível
para o outro, com toda a tranqüilidade. “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso
também que haja silêncio dentro da alma”, escreveu o poeta português Fernando Pessoa sob o
pseudônimo de Alberto Caiero.
É isso – silêncio dentro da alma. Não dá para escutar ninguém se os pensamentos estão nos
atropelando sem cessar, se estamos pensando no que temos de fazer daqui a pouco. É preciso estar
calmo, aberto, atento ao momento presente para poder ouvir com atenção. “Escutar é uma experiência
transformadora. É testemunhar a existência”, diz o psicólogo e professor Miguel Perosa. Ele garante que
aprendemos muito sobre nós mesmos ao ouvir os outros. “É uma forma de nos aproximarmos da nossa
alma”, concorda Silvana Lancia Osti, também psicóloga.
Algumas pessoas percebem claramente a vantagem de escutar. Quando a gente ouve alguém com
atenção, dá o sinal verde para a pessoa se abrir. A relação de troca que se forma então é muito mais rica
e profunda
A arte da “escutatória”
Escutar é mesmo um grande exercício – que poucos dominam. “Sempre vejo anunciados cursos de
oratória. Nunca vi anunciado um curso de ‘escutatória’. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer
aprender a ouvir”, escreveu o escritor e psicanalista paulista Rubem Alves no livro O Amor que Acende a
Lua (ed. Papirus). “Saber escutar é esquecer um pouco de si mesmo enquanto o outro fala”, resume com
sabedoria a dona de casa paulista Maria Vaz de Souza, considerada ótima ouvinte pelo marido e por seus
oito filhos. E também quem aprendeu a ficar quieto esperando o que outro tem para dizer. “Quem fala
demais não deixa o outro falar. E, é claro, não abre espaço para ouvir”, sentencia a experiente Maria.
Para desenvolver esse silêncio interior, tão necessário para o florescimento dessa arte, existem vários
caminhos. Alguns podem aprender a escutar ouvindo com atenção os sons da natureza: o murmúrio de
um rio, o barulho da chuva... O compositor carioca Tom Jobim, por exemplo, aprendeu a ouvir com os
pássaros. Ele costumava se embrenhar pelas matas brasileiras munido de gravador e flauta. Queria
justamente atrair a atenção dos passarinhos para depois escutá-los com calma. Jobim acreditava que as
aves emitiam o canto mais sagrado da natureza. Para ele, todas as melodias provinham daquele cantar.
Escutar os pássaros, então, funcionava como um exercício de refinamento interior, além de aprimorar o
ouvido. Diante deles, a ansiedade desaparecia para dar lugar ao encantamento. Depois aplicava esse
aprendizado ouvindo atentamente as pessoas.
5. Respeito
As pessoas seguem você em razão
Personalidade
de quem é e do que representa.
Esse passo se destina a líderes que
passaram anos promovendo o
crescimento de pessoas e
organizações. Poucos conseguem. Os
que conseguem são muito bons.
4. Reprodução
As pessoas seguem você em razão daquilo que fez
Desenvolviment
por elas.
o Pessoal É aqui que acontece o crescimento de longo
alcance. Seu compromisso com o desenvolvimento
de líderes assegurará o crescimento contínuo da
organização e do pessoal. Faça todo o possível
para atingir e permanecer nesse nível.
3. Resultados
As pessoas seguem você em razão daquilo que fez pela organização.
Produção
É aqui que a maioria das pessoas percebe o sucesso. Elas gostam de
você e daquilo que que está fazendo. Problemas são solucionados
com o mínimo esforço em virtude do momento.
2. Relacionamentos
As pessoas seguem você porque querem.
Permissão
As pessoas irão segui-lo além de sua autoridade declarada. Esse nível permite que o
trabalho seja divertido. Mas, cuidado: permanecer por muito tempo nesse nível sem
vrescer fará com que pessoas altamente motivadas fiquem inquietas.
1. Direitos
As pessoas seguem você porque têm de fazê-lo.
Posição
Sua influência não ultrapassará as linhas da descrição de seu trabalho. Quanto mais tempo
permanecer nesse nível, maior será a rotatividade e mais baixo será o moral.
1 – Não tente mudar tudo nos primeiros 30 dias no cargo. Dê-se tempo para conhecer a equipe, entender
como eles funcionam, o que esperam e o que você deve esperar deles, e chegarem a um acordo
sobre como tudo irá funcionar dali para frente.
2 – Identifique os líderes informais. Tê-los por perto, dar atenção a eles, é de fundamental importância
para que seus projetos sejam bem recebidos por todos.
3 – Descubra a história. Todas as equipes e empresas possuem uma gama de conceitos, hábitos e jargões
que só faz sentido dentro de suas paredes. Quanto antes você descobrir essas particularidades,
melhor.
4 – Só faça uma reunião com a equipe quando já tiver uma base mínima para se apoiar (veja os três
primeiros itens). Nas duas primeiras semanas, prefira fazer uma apresentação bem rápida e informal,
e encontros um a um.
5 – Após ganhar a confiança deles, use a primeira reunião para definir objetivos. Metas para a equipe são
importantes, mas nesse primeiro encontro formal concentre-se em dizer que metas você se impôs e
que deseja alcançar com aquela equipe. Deixe tais metas bem claras e visíveis a todos, e se esforce
para atingi-las. Você irá começar a liderar pelo exemplo.
CONSELHOS DE UM LÍDER
Donald R. Grimes - CEO do NetBank nos EUA - dá algumas dicas para aqueles que desejam ser Líderes.
A qualidade mais importante de um Líder: "Saber como ser a Melhor Torcida da sua equipe"
O melhor treinamento que um Líder pode ter: "Trabalhar ou ter trabalhado para outro líder"
A pior característica de um líder: "Falta de controle sobre respostas emocionais"
Como um líder deve investir o seu tempo livre: "Fazer esportes e investir tempo pensando
na empresa com uma visão mais ampla do negócio ao invés de pensar sobre problemas operacionais
do dia-a-dia.”
Conselho para uma pessoa que deseja ser Líder: "Desenvolver habilidades de comunicação
é fator crítico de sucesso. É preciso aprender a ouvir, compreender e saber falar para diferentes tipos
de audiências, tais como: Clientes, Funcionários, Colegas de Trabalho, Investidores, Fornecedores,
Público em geral, Imprensa, etc.
2) Qualquer conseqüência que ocorra após uma ação e que venha a aumentar a freqüência dessa ação é
chamada de reforço positivo.
É óbvio que o método mais eficiente para diminuir a freqüência de um comportamento é aplicar
punição ou castigo à pessoa autora daquele comportamento, porém, uma conseqüência será positiva ou
negativa de acordo com a interpretação do recebedor dessa conseqüência, podendo inclusive provocar
efeitos colaterais indesejáveis, tais como apreensão, preocupação e agressividade.
Por essa razão, a melhor maneira do gestor evitar aplicar punições ou castigos às pessoas é dirigir a
sua atenção para diminuir a freqüência de comportamentos indesejáveis nos seus funcionários,
Há uma obra vigorosa sobre a mudança humana, escrita há mais de trinta anos por Allen Wheelis, que
sempre recomendo. Trata-se de How People Change (Como as pessoas mudam), que discorre sobre o
processo de transformação pessoal em quatro estágios: sofrimento, percepção, vontade e, por fim, a
mudança propriamente dita.
Com base em minha experiência com líderes servidores, ajudando-os no processo de crescimento e
mudança, constatei que esses estágios resumem bem o assunto.
Sofrimento (Conflito)
O primeiro estágio é o que costumo chamar de estágio de conflito, ou aquilo a que Wheelis se refere
como "sofrimento". A maioria das pessoas precisa de algum atrito ou desconforto para sair da chamada zona
de conforto. Desejada ou não, a dor é uma poderosa motivação para a mudança.
Diz Stephen Covey, autor de Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes: "A principal fonte de mudança
pessoal é a dor. Se você não sente dor, raramente tem motivação ou humildade suficiente para mudar."
É claro que há pessoas que não precisam de uma boa dose de conflito para sair da inércia e promover
uma mudança. Mas não é quase sempre a dor ou sintomas desconfortáveis que nos levam a procurar
médicos, psicólogos, igrejas, clínicas de emagrecimento, reuniões dos AA e uma variedade de outros
lugares?
À medida que esse desconforto (sofrimento) se aplica à liderança, surge uma série de
sintomas que podem levar as pessoas a desenvolverem melhor suas habilidades nessa área. O
conflito pode vir de muitas fontes diferentes: um chefe que exige a melhoria das habilidades
de liderança, crises de relacionamento, dramas familiares, problemas de saúde, feedback
corretivo dos subordinados, divórcio ... a lista é extensa.
Percepção
Depois que conquistamos sua atenção, vem a fase da educação e da percepção.
Por educação entenda estar atento para a maneira como seus comportamentos e hábitos podem ser
prejudiciais a seus relacionamentos. Essa compreensão envolve a concordância intelectual de que a
mudança é possível, além da disposição para mudar e crescer e ainda a compreensão de que a mudança
é difícil.
Sobre a percepção, é preciso considerar a grande liberdade de que desfrutamos como seres humanos,
de refletir sobre a nossa condição, de explorar alternativas e de decidir mudar. Não pode mos esquecer de
incluir a palavra esperança. É dela que deriva a compreensão e a crença de que a mudança acontece:
escroques tornam-se cidadãos sérios, alcoólatras viram abstêmios e chefes descontrolados e ditatoriais
mudam seu comportamento.
Vontade = Intenção + Ações
Lá vamos nós outra vez, de volta às escolhas!
No encerramento de meus seminários, costumo dizer o seguinte: "Se vocês saírem daqui hoje e não
aplicarem pelo menos uma coisa do que aprenderam, então tivemos um desperdício de tempo e esforço.
É uma bobagem aprender o que é certo e continuar sem fazer o que é certo."
Para mudar, é preciso que se esteja comprometido de forma absoluta. Isso significa ter a intenção de
mudar e a disposição de aceitar os esforços necessários para alcançar o objetivo com ações concretas. E
estar determinado a se comportar de uma maneira diferente muitas e muitas vezes, até que os novos
hábitos estejam consolidados.
As pessoas podem até dizer as coisas certas, tipo “Quero crescer e ser o melhor que puder ser” ou
“Acredito na melhoria contínua”, mas suas ações às vezes, deixam transparecer o contrário. Por que isso
acontece? (...)
Mudar exige muito mais do que boas intenções e declarações impressionantes. Ao longo dos anos em
que venho trabalhando para desenvolver habilidades de liderança, identifiquei que apenas 10% das
pessoas têm um impulso fenomenal em seu desenvolvimento pessoal. É sobre elas que os outros dirão:
"Não sei o que aconteceu com Bob, mas ele virou um cara diferente."
Sempre fiz questão de explorar o que se passa com esse grupinho bem-sucedido. "Pode me contar
como fez isso? Se tivesse de escrever um livro sobre a maneira como passou de um líder melancólico
para um líder eficaz, o que diria?" A resposta é sempre a mesma:
"Simplesmente tomei a decisão. Cansei de ser o que era. E resolvi que estava mais do que na hora de
TEMPERAMENTOS X LIDERANÇA
A Psicologia tem estudado o comportamento humano e tentado compreendê-lo para auxiliar o auto-
conhecimento. Muitas teorias tem se sucedido, muitas vezes se completando, outras vezes eliminando
crenças tidas como verdades até então.
Hoje é aceito o conceito de que há uma parte da personalidade humana que é genética, ou seja, já
nasce conosco e outra parte é moldada a partir de nossa interação com o meio em que vivemos, por meio
de nossas experiências de vida, relacionamentos e traumas. A Teoria dos Temperamentos trata da
parte genética da nossa personalidade.
Existem 4 tipos de temperamentos, que interferem na maneira das pessoas agirem e reagirem nos
seus relacionamentos e acontecimentos de um modo geral. Conhecer nosso próprio temperamento é
fundamental para que possamos buscar uma canalização positiva de nossas atitudes advindas do
temperamento e o fortalecimento das nossas qualidades.
A intenção aqui é abordar algumas características a fim de nortear alguns aspectos dos
temperamentos, para facilitar o entendimento e, consequentemente, a abordagem mais apropriada de
comunicação para com as demais pessoas, em se tratando de liderança. Obviamente, não existe
temperamento melhor ou pior, mas sim diferentes. O que vale salientar é a habilidade de saber identificar
essas características nas pessoas (e em si próprio). Longe de querer “enquadrar” as pessoas em
determinadas denominações, o objetivo aqui é dar uma explanação geral sobre conceitos e história dos
temperamentos.
A palavra temperamento deriva do latim ‘temperamentum’, que significa ‘uma mistura de proporções’.
Pode-se dizer que, em essência, temperamento é um estilo pessoal inerente, uma predisposição que
forma a base de nossas tendências naturais: pensar, sentir, desejar e agir.
De acordo com as definições do psicólogo californiano David Keirsey, temperamento são nossas
inclinações, diferente de caráter, que são nossos hábitos.
Hipócrates (460 – 370 a.C.) foi o primeiro a estudar temperamentos, onde o estudo foi enriquecido,
posteriormente, pelo médico romano Galeano. Nesta etapa, Galeano denominou os quatro tipos de
temperamentos como: sanguíneo, colérico, fleumático e melancólico. Cada um deles possui pontos fortes
e pontos fracos, onde constantemente, há a identificação de mais que um por pessoa, mas um deles
sendo o dominante.
A seguir, os quatro tipos de temperamentos onde, certamente você se identificará (bem como as
pessoas que você conhece):
Temperamento Sanguíneo
Qualidades – Comunicativo, eufórico, destacado, entusiasta, afável, simpático, bom companheiro,
compreensivo, crédulo.
O sanguíneo é aquele que fala antes de pensar. É uma pessoa jovial, com seu espírito descontraído e
com seu encanto pode ser, com toda a razão, chamado de o temperamento que "aproveita" a vida. Ele
tem uma personalidade calorosa, vivaz e, corretamente, às vezes o chamam de "alma da festa". É o tipo
de pessoa que costumamos encontrar que em qualquer reunião toma conta das conversas. Se há um
grupo de pessoas reunidas e rindo, com certeza tem um sangüíneo falando.
Pontos críticos – Fraco de ânimo, volúvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocêntrico, barulhento,
exagerado, medroso.
O sanguíneo é aquele que se ira com facilidade e pega logo fogo; é impulsivo. O termo é relativo ao
sangue, que tem ou parece ter aumento da massa sanguínea (dic. Aurélio). É emocionalmente instável.
Temperamento Colérico
Qualidades – Enérgico, visionário, resoluto, independente, otimista, prático, eficiente, decidido, líder,
audacioso.
A principal qualidade do colérico é a força de vontade, que faz dele uma pessoal enérgica, eficiente,
resoluta, e um líder cheio de audácia e otimismo. O colérico é extrovertido, e também, provavelmente é o
que mais produz ; isso lhe dá o direito de ser chamado o temperamento mais ativo. Ele é auto-confiante e
possui vontade forte. É o tipo de pessoa que resolve as coisas, que transforma idéias em fatos reais. Toma
atitude definida diante dos problemas.
Defeitos – Iracundo, sarcástico, impaciente, prepotente, intolerante, vaidoso, auto-suficiente,
insensível, astucioso.
EXERCÍCIO
Relacione mais exemplos de atitudes rotineiras
que podem causar uma avaliação ruim (ou
mesmo constrangedora) por parte do líder:
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O célebre ditado "Diga-me com quem andas e eu te direi quem és" permanece firme e forte no
cotidiano das organizações. Embora tenham uma conotação infantil, as chamadas "panelinhas"
funcionam como um agrupamento de pessoas que se aproximam por área de trabalho ou participação de
projetos em comum, proximidade física ou simplesmente afinidades.
Começa na escola, com o grupo das melhores notas, depois vai para
a turma do fundão. Na adolescência, as pessoas se agrupam pelo gosto
musical, pelo tipo de roupa. Quando chegam à vida profissional, os
critérios para reunir-se são outros, muito mais subjetivos, e é aí que
mora o perigo. As semelhanças e afinidades entre os homens
funcionam como imãs que os atraem para um mesmo grupo. Basta isso
não acontecer para que alguém se sinta um peixe fora d'água. "Sem os
grupos, a humanidade não existiria, pois, a priori, o ser humano é um
animal social", explica a psicóloga e professora da USP, Ana Matilde
Pacheco Chaves.
Agora, se você é do tipo que reza diariamente diante de uma vela de sete dias, paga promessa e tenta ser
o mais solícito de todos os seres humanos da face da terra, para ser aceito pelo grupo, caminhe na direção
contrária.
Maria-vai-com-as-outras
Segundo Simon Franco, um dos riscos é assumir uma característica que não lhe pertence, mas que é
apenas daquele grupo, o qual você julga ser importante. Além disso, O consultor acredita que os
grupinhos geralmente abrigam profissionais inseguros, do tipo que precisam de uma turma para se
sentirem fortalecidos. Para o consultor, a pessoa deve buscar ser inserida no todo, ou seja, no grupo
maior que é a empresa, e fora das panelinhas, pois é esse o comportamento que a chefia espera dela.
"Não entre em um estádio, pois a multidão não tem rosto", diz ele, fazendo uma analogia. "Se você
entra para uma panelinha, acaba perdendo sua identidade e fica parecido com todos os elementos do
grupo. Isso não é o que as empresas querem. Elas estão em busca de um funcionário que se destaque por
sua atuação, que tenha um diferencial". E se o diferencial é determinante para o sucesso profissional,
dentro de um grupinho pode passar despercebido. "As panelinhas tornam as pessoas medíocres", afirma
Franco. Além disso, elas não são bem vistas dentro das companhias, pois funcionam como uma eficiente
ferramenta na produção de boatos e fofocas da vida alheia e discriminação em relação às pessoas que
não fazem parte dela.
Normalmente, elas se formam em torno de um líder formal ou informal. E se por um lado as panelinhas
colocam dentro de um mesmo caldeirão um monte de gente diferente e podem render uma série de
rótulos infundados, por outro, a aceitação do grupo é necessária para a sobrevivência no cotidiano das
empresas. "Pertencer a um grupo pode ajudar profissionalmente, pois todos têm o mesmo objetivo e a
união faz a força", argumenta a professora Ana Matilde, da USP.
Para ela, só é necessário avaliar se há interesses por trás do agrupamento, se as pessoas têm
objetivos escusos ou se a aproximação é apenas em função de afinidades. Há pessoas que se unem por
pura afinidade. Nesse caso, não se trata de panelinha com sentido pejorativo, mas de compartilhar
hobbies, como a turma do futebol, da ginástica. Outra vantagem dos grupos acontece quando as pessoas
possuem um objetivo comum, afinal, ao juntar as forças, fica mais fácil obter um benefício para toda a
equipe dentro da empresa.
Não esqueça que o diferencial do profissional é mais importante do que qualquer panelinha. Portanto,
nada de usar a panelinha como muleta, pois um dia ela cai, despenca inteira e não deixa pedra sobre
pedra.
Texto: Marley Trifilio - Jornal Virtual Carreira E Sucesso
Quando falamos de mudanças comportamentais, um longo caminho tem que ser percorrido por aquele
que se propõe a crescer. É o caminho mais longo de mundo, apesar de seus extremos estarem tão
próximos um do outro.
Em matéria de mudanças comportamentais, “a maior distância a ser percorrida pelo ser humano está
entre a cabeça e o coração”.
Gostaria muito que esta frase fosse minha, mas não é. Ouvi-a, dias atrás, do fantástico Steven Dubner,
professor de educação física que trabalha com portadores de necessidades especiais na área do esporte e
os transforma em vencedores olímpicos.
Conheço um monte de gente que tenta justificar certos comportamentos absolutamente negativos
como um mecanismo de defesa, uma forma de “dar o troco”. Eu poderia argumentar, de maneira
simplista, que um erro não justifica outro. Mas prefiro permanecer no terreno da psicologia e lembrar que
comportamento é uma decisão exclusivamente pessoal.
Quem conta que agiu desta ou daquela forma porque alguém ofendeu ou gritou primeiro ou que seu
comportamento foi apenas reativo por ter-se sentido ofendido ou agredido, está admitindo publicamente
que é bastante vulnerável a provocações e que tem muito pouca autonomia sobre suas próprias atitudes
e comportamentos.
Claro que não estou me referindo ao direito universal da legítima defesa em situações especiais. Quero
falar aqui dessas batalhas verbais sem sentido que podem ser assistidas diariamente na maioria das
empresas, na forma de bate-bocas, fofocas, gritos, ironias e desqualificações.
Uma empresa é uma entidade meramente jurídica. Não existiria se não fossem as pessoas que nela
dão o melhor de si para que metas e objetivos sejam atingidos. Isso nos permite concluir que falar de
empresa corresponde a falar de equipe, de grupo de trabalho, de parceiros e, se possível, amigos, que
trabalham olhando na mesma direção.
Certamente as pessoas que compõem essas equipes são diferentes entre si, cada uma com sua
individualidade. No entanto, ao invés dessas diferenças serem vistas como geradoras de conflitos, devem
ser tratadas como um sistema coletivo de complementação de competências, onde um supre eventuais
limitações ou desconhecimentos do outro.
É exatamente aqui que costuma surgir o problema comportamental, na figura de um elemento
desagregador.
Todos vocês conhecem – talvez até por convivência diária – profissionais arrogantes, agressivos,
injustos, desrespeitosos e puxadores-de-tapetes ou de sacos. Eles estão em toda parte, em todas as
empresas, em todos os segmentos da sociedade e do mercado. A questão é: como manter uma equipe
unida e coesa se nela existe um elemento assim?
Como esperar que aquela seja uma equipe de alta performance, se no seu meio está um instrumento
desagregador, fomentador de conflitos e de ressentimentos?
Algumas empresas e gestores, justamente aqueles que não praticam o feedback ou que não dão
segunda chance, optam pelo caminho mais cômodo e rápido da demissão. Outras organizações, as mais
atualizadas e exemplares no campo da gestão de pessoas, investem no treinamento comportamental
daquele profissional para que, havendo mudanças, possa haver uma reintegração do mesmo à equipe,
com a tão esperada harmonia produtiva.
No entanto, ainda que louváveis todos os esforços da empresa para que ocorram transformações
saudáveis, o maior responsável por essas mudanças não é outro senão o próprio indivíduo desagregador.
Mudanças comportamentais não ocorrem pelo conhecimento, senão pela vivência. O entendimento de
um conceito não implica sua aplicação prática. Todo gestor sabe muito bem o que é motivação, sabe o
que é empatia, o que é respeito – mas muitos deles, no dia a dia, não reservam um minuto sequer para
aplicar tais conceitos na equipe.
O desejo de mudar e a concretização dessa mudança têm de vir de dentro da pessoa. O melhor
psicólogo do mundo muito pouco poderá fazer se o paciente não se comprometer com as transformações
desejadas – e as sessões de análise podem até ser muito agradáveis, mas certamente serão muito pouco
eficazes.
Como algumas pessoas sentem-se mais seguras diante do conhecido, do tradicional, do habitual – que
não trazem surpresas nem imprevistos e, portanto não geram desconforto nem inseguranças – preferem
continuar como são, mantendo o “status quo” e partindo para o famoso “eu sou assim mesmo, esse é o
meu jeitão!”
E tudo seria tão mais simples e tão melhor para si mesmo, para a equipe e para a empresa se o
profissional pensasse menos no seu próprio umbigo e um pouquinho mais nos seus colegas...
Bastaria a ele percorrer o caminho que vai da cabeça ao coração. Bastaria a ele reavaliar seus
conceitos, valores, paradigmas, mensagens aprendidas na formação familiar ou acadêmica – e preocupar-
se mais em sentir do que entender. Em ser, mais do que em ter e poder.
Bastaria entender que o verdadeiro sucesso é aquele que pode ser compartilhado e que nenhuma
empresa, nenhum departamento, nenhum gestor e nenhuma equipe será vencedora se seus membros
também não o forem.
Como disse anteriormente, toda organização é formada por seres humanos e estes, desde que nascem,
buscam e apreciam o reconhecimento, o respeito, o carinho espontâneos. Mas estas são coisas que vêm do
coração. A cabeça está ocupada com números, metas, prazos e responsabilidades.
Ambos, cabeça e coração estão ali pertinho um do outro. Poderiam encontrar-se a qualquer momento.
Imagino até que o coração algumas vezes tente manter contato. Mas, quem sabe, talvez por estar
anatomicamente acima e se achar superior, a cabeça nem sempre atende a esses apelos de aproximação.
E tudo continua como está, o comportamento não muda.
Intrigante é o Homem! Escala altíssimas montanhas, atravessa áridos desertos, mares e céus infinitos,
percorre distâncias sabáticas, invade o espaço cósmico... e não é capaz de vencer a pequena grande
distância que vai da cabeça ao próprio peito!
Floriano Serra é psicólogo, palestrante e Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN
Farmacêutica e autor do recém-lançado "A Terceira Inteligência" (Butterfly Editora).
“Um clima saudável aceita a diferença de opinião, a discussão acalorada e até um certo nível
de estresse, mas repudia fatos desagregadores como assédio moral, intriga e estrelismos.
Coisas assim, não fazem parte da ordem do dia nas empresas que têm, em sua cultura, uma
vantagem competitiva”. Eugênio Mussak - Revista VOCÊ S/A (Editora Abril, Fevereiro de 2007).
Pode-se afirmar que o Século XXI, apesar de ser a era da cooperação, colaboração e união,
não impede de surgir dentro da organização a erva daninha da intriga, que caminha de forma
aliada com a inveja. Assim, o que se percebe é que ela aflora com toda força e isso requer de
cada profissional a sabedoria, no que tange ao seu gerenciamento.
O profissional deve agir com inteligência, não deixando que boatos maliciosos e “fofoquinhas”
prejudiquem sua vida no ambiente de trabalho. A intriga muitas vezes surge devido ao fato da
competência e do sucesso alheio que, além de magoar, produz o incômodo de “confrontar” o
outro.
É desconcertante observar como o sucesso incomoda muita gente incompetente. Se você
parar para pensar, irá perceber que os causadores das intrigas, além de não conseguir fazer
com que sua vida profissional caminhe como deseja, não possui sequer produtividade alguma,
pois ocupa seu tempo em prol de “armações”, tentando prejudicar os colegas.
A essas pessoas deve-se dar atenção especial. De início deverá ser tentado um trabalho
intensivo (psicológico, terapias etc.) no sentido de tentar mudar tal atitude. Se não conseguir
sucesso, o único recurso é a demissão, uma vez que tais pessoas são nocivas em qualquer
empresa.
O líder tem que ser inteligente e ter essa percepção, identificando o problema e quem são
os envolvidos, para não deixar que a erva daninha, como a intriga, ganhe força, e, por
conseguinte prejudique o ambiente de trabalho e a produtividade, pois, isto causaria um
grande transtorno para a organização. É de suma importância que o líder saiba filtrar o que
escuta, tanto dos maledicentes de plantão, quanto o que ouve no corredor, pois deverá ter o
máximo de cautela para não prejudicar o próximo e nem a si mesmo.
Na vida profissional há todo tipo de gente: existem os que se entregam de corpo e alma em
tudo o que se propõem a fazer, e por conseqüência alcançam o sucesso; e os que nada fazem,
mas querem que o resultado “caia do céu”. Estes, então costumam querer obter o resultado
esperado através da bajulação, através de boatos, traições e intrigas, ou seja, tudo que
desejam é tentar “derrubar” o outro, a qualquer custo.
Podemos dizer que, no mundo dos negócios, essas pessoas se tornam especialistas em
fazer o mal. Esse tipo de profissional faz do mal um hábito, realizando planos mirabolantes,
fazendo tudo de forma detalhada, mas não em prol da organização, e sim com o objetivo de se
auto-promover, o que é lamentável. Ele age como um psicopata, sem se importar se está
prejudicando outras pessoas ou mesmo a organização. É o chamado desagregador.
Por este raciocínio percebe-se que o mais interessante é que as intrigas, assim como as
fofocas, têm um custo alto. O profissional deixa de produzir para dedicar o seu precioso tempo
conspirando contra os outros; enquanto isso, a organização perde e muito. Por conseguinte, os
demais profissionais podem ficar ressentidos e aquele que é vítima da maledicência perde
muito na produtividade, criatividade e melhoria contínua, tornando o ambiente de trabalho,
bem como a convivência, um grande obstáculo.
É importante ressaltar uma curiosidade: alguns líderes se deixam influenciar por
determinados funcionários invejosos e maquiavélicos, não enxergando que o colaborador
competente prejudicado é de grande valia para a sua organização. Deixa, então, consumar o
“arrastar do tapete”, no entanto, quem acaba sendo o maior prejudicado, talvez, seja a própria
organização. Dessa forma, deixa de ganhar um grande profissional, que com certeza
contribuiria muito para que sua empresa “decolasse” no mercado.
Sabedor de que o maior bem que uma organização possui são os profissionais que a
compõem, este líder deve reconhecer certos limites e saber de fato gerenciar, mostrando aos
“joios” que o líder da organização é ele. O gestor é quem rege a orquestra, pois ele é o maestro
da organização, e não a erva daninha a ser eliminada; do contrário, as intrigas e fofocas
ganharão força total e irão muito além, causando dificuldades e transtornos à empresa.
Nesse contexto, o profissional deve conscientizar-se que está no serviço para trabalhar,
para contribuir com a organização com seus conhecimentos, habilidades e talentos. Portanto,
está em prol da empresa; está sendo remunerado para realizar suas atribuições. O mínimo que
se tem a fazer é esquecer a vida alheia e dedicar-se muito, desempenhando suas funções de
modo a alcançar resultados além do esperado; deve-se manter o foco no trabalho.
Será necessário enfatizar que - nesta era de desafios, incerteza, grande competitividade -
este tipo de profissional “intriguento”, o qual não se conseguiu recuperar com iniciativas na
empresa, já citadas acima, deve ser banido da organização. A razão para esta atitude é a de
ele não ser um colaborador, não representar uma soma dentro da organização, sendo um
inimigo em potencial, levando todos, bem como a própria empresa, ao inevitável naufrágio.
Isto posto, o líder deverá saber administrar o problema, pois as maledicências
desencadearão conflitos. Se o mesmo não estiver disposto a passar por um estresse e/ou um
desgaste desnecessário, estas intrigas poderão impulsionar a demissão voluntária de um
exímio profissional; isso faria com que a organização, além de perder grandes talentos, fique
comprometida perante o mercado. Em resumo, todos saem perdendo, quando o propósito é
ganhar.
O que fazer com gente que atrapalha o andamento do trabalho? Aquele tipo de
pessoa que não chega a incomodar a chefia, mas que "empata" as tarefas de todos
os colegas? (Ashley Prisant, Cambridge, Massachusetts)
Você está com um problema e tanto nas mãos. A má notícia é que não tem como resolvê-lo.
Um colega não pode controlar o comportamento do outro. Existe uma certa influência, mas
nenhum poder de fato. Portanto, entenda que, se você tentar lidar com esse elemento
desagregador por conta própria, é como se decidisse ir à guerra desarmado.
Nada impede, porém, que você chame o indivíduo à parte para uma conversa na sala de
reuniões. Você pode também convidá-lo para um almoço demorado fora da empresa ou
escrever-lhe uma carta apelando para seu bom senso. Contudo, pouco importa a estratégia
utilizada, a resposta virá no mesmo tom. "Você não entende", dirá o sujeito, "estou tentando
salvar a empresa". Ou então: "Se você tivesse a experiência que eu tenho, veria que estou
agindo certo".
É claro que não estamos nos referindo aqui àqueles céticos à moda antiga, que têm de fato
um papel importante na empresa cutucando-a o tempo todo para que ela encare novos
desafios. Muitos céticos, apesar de ranzinzas e desagradáveis, preocupam-se de verdade com
a empresa. Eles são duros de convencer, mas se comportam dessa forma com todos, inclusive
com os chefes.
Já os elementos desagregadores não se deixam persuadir por coisa alguma, tampouco
aceitam sugestões. Há outras coisas ocupando sua mente, idéias que não lhes permitem jogar
de maneira justa com os demais. A menos que você seja psiquiatra, o melhor a fazer é manter
distância desse tipo de pessoa. Não diga nada, concentre-se em seu trabalho. Espere até que
seu chefe, ou o departamento de recursos humanos, perceba o que está acontecendo e resolva
o problema, o que acabará ocorrendo - desde que você tenha escolhido uma boa companhia
para trabalhar.
Sabemos que alguns discordarão de nosso ponto de vista. Quando levantamos a questão
do elemento desagregador durante uma aula na Escola de Administração Sloan, do MIT, um
grupo de alunos apoiou a estratégia do "almoço demorado" já mencionada. Eles disseram que
os membros da equipe são responsáveis uns pelos outros. Não devem esperar que um
"salvador da pátria" do alto escalão resolva seus problemas. Apesar de sensata, essa posição,
de acordo com nossa experiência, é insuficiente para resolver a questão.
Jack e Suzy Welch são autores do best-seller internacional Paixão por Vencer.
AMOR E SEXO NO TRABALHO
Histórias de amor se repetem o tempo todo no universo corporativo. É praticamente
impossível não surgir um clima de romance quando você passa facilmente dez horas por dia no
trabalho e a organização estimula cada vez mais a mistura entre vida pessoal e profissional. É na
empresa que muitos profissionais tomam café, almoçam, jantam, fazem academia, unha,
cabelo etc. Em muitos casos, mesmo as atividades sociais, como festas, exposições e happy
hours, giram em torno da empresa. Resultado: cerca de 42% dos funcionários se envolvem com
colegas de trabalho.
Foi isso o que revelou uma pesquisa da sexóloga americana Shere Hite, uma da mais
conceituadas estudiosas do mundo quando o assunto é sexo, autora do clássico Relatório Hite
de Sexo e Negócios. O estudo foi realizado em grandes corporações européias, mas ilustra bem
o que acontece no Brasil. "Hoje convivemos muito mais com o colega do que com a família e
até com o cônjuge", diz Ailton Amélio da Silva, professor de relacionamento amoroso do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). "É uma carona aqui, um jantar ali e,
quando você vê, a coisa foi longe demais." Segundo Ailton, 37% dos namoros surgem entre
pessoas que já se conhecem e mantêm uma convivência freqüente - e aí o ambiente
corporativo aparece como o cenário perfeito. "É fácil se apaixonar por alguém da empresa,
pois geralmente são pessoas com quem você acaba tendo uma afinidade também intelectual ",
diz Andréa Huggard-Caine, da consultoria de recursos humanos Huggard-Caine, sediada em
São Paulo.
JOGO DE ESCONDE-ESCONDE
É fácil mesmo se apaixonar. O difícil é manter um relacionamento no trabalho. Para
começo de conversa, surge uma infinidade de dúvidas. "Pode ou não pode?", "Conto ou não
conto?", "Qual vai ser a reação do meu chefe?", "O que os colegas vão dizer?", "Como isso vai
impactar a minha carreira?". Esses questionamentos são naturalíssimos. As respostas é que
são bem diferentes, de acordo com cada empresa, cada cargo, cada affair. O primeiro passo,
portanto, é conhecer as normas da organização em que você trabalha e saber até onde você
pode circular dentro dos limites da companhia.
Entre as organizações que permitem os relacionamentos amorosos, geralmente há
algumas restrições. O mais comum é evitar que o casal trabalhe na mesma área, que
mantenha relação de chefia e subordinação e, principalmente, que um dos dois passe para o
outro informações estratégicas e limitadas a determinados profissionais.
SABE QUEM ESTÁ NAMORANDO?
Mesmo quando a empresa tem uma reação positiva aos relacionamentos no trabalho, é
inevitável a sensação de ser vigiado o tempo todo. Pelo chefe, pelos colegas, pelo estagiário e
até pela copeira. E não é paranóia, não. "O que mais se faz numa empresa é observar o
comportamento alheio", diz a psicóloga organizacional Ana Fraiman, de São Paulo. "O primeiro
grande prazer do ser humano é falar de si mesmo, o segundo é falar dos outros", completa
Mario Sergio Cortella. Claro que, quanto mais saboroso for o caso, maior o risco de o casal ver
sua vida esmiuçada no café da empresa. E maiores, também, as chances de isso prejudicar a
carreira, por causa de insinuações com relação à postura ética da dupla e possíveis vantagens
na empresa relacionadas ao envolvimento amoroso. Relacionamentos extraconjugais, por
exemplo, são um prato cheio para o tricô corporativo.
Que o diga o administrador de empresas cearense João Oliveira*, de 40 anos, hoje
atuando como consultor. Há oito anos ele mantém um relacionamento extraconjugal. Quando o
namoro começou, ele e ela trabalhavam juntos numa multinacional e respondiam ao mesmo
chefe. Durante dois anos conseguiram manter o relacionamento em segredo. "Mas a
desconfiança sempre existiu", diz João. Oficialmente, João e a amante eram nada mais do que
bons colegas de trabalho. Oficiosamente, todos sabiam que a história não era bem essa. Tanto
que os outros colegas perguntavam para João o número do sapato ou das roupas dela quando
queriam presenteá-la. "Por ser uma relação extraconjugal, era como um jogo de faz-de-conta,
em que eu fingia que éramos apenas amigos, mesmo sabendo que o relacionamento era de
conhecimento de todos", diz.
Casos como o de João ficam ainda mais complicados à medida que se sobe na
hierarquia da empresa. Em março de 2005, o ex-presidente da Boeing Harry Stonecipher,
casado, foi demitido por manter um caso com uma executiva da empresa. O romance foi
denunciado anonimamente por um funcionário (sabe-se lá se "amigo") para o comitê de ética
da empresa. Cartão vermelho para ele. "Quando se trata de um líder, como o ex-CEO da
Boeing, a situação fica mais complicada", diz Andréa, da Huggard-Caine. "Se ele não é
transparente com a vida pessoal, como será na vida profissional?"
Quando não arranha a carreira, a fofoca e as críticas dos colegas podem minar o
relacionamento. "O que mais me incomodavam eram os palpites e o julgamento da minha
postura", diz a paulista Adriana Cavalcanti*, de 30 anos, que trabalha no departamento jurídico
de uma empresa em São Paulo e manteve relacionamento de sete meses com um colega de
trabalho. Não demorou muito para que a história se espalhasse. "Meu chefe nunca perguntou
nada da minha vida pessoal e, de uma hora para a outra, começou a me questionar sobre
possíveis namoros", conta Adriana. Nas reuniões, ela não escapava de olhares curiosos - o que,
obviamente, a deixava muito constrangida. O namoro acabou em dezembro do ano passado,
os dois continuam trabalhando na mesma empresa e têm uma relação saudável. "É claro que a
interferência de colegas influenciou o relacionamento. Eu me sentia muito controlada. Pessoas
que nem sabiam oficialmente do nosso namoro se achavam no direito de comentar nossa
relação", diz Adriana.
COMPORTE-SE!
Infelizmente, não dá para escapar dos olhares (e da língua) dos colegas. Mas você pode
minimizar os comentários e se proteger de insinuações maldosas. Antes de qualquer coisa,
adote realmente uma postura ética. Lembra da máxima "Quem não deve, não teme"? É por aí.
Informe-se sobre a política da empresa e, caso existam normas sobre esse assunto, siga a
cartilha. Se não houver uma regra a esse respeito, haja da forma mais profissional possível. Um
dos dois é chefe do outro? Melhor alguém mudar de área. Ele ou ela tem acesso a dados
estratégicos, limitados ao seu cargo? Nada de dividir essas informações com o amante, entre
uma taça de vinho e outra. Por fim, mas não menos importante, é essencial manter a discrição.
No início do romance, o melhor mesmo é guardar segredo. "É melhor esconder no começo, até
ter certeza de que o relacionamento é realmente firme", diz a psicóloga Ana Fraiman.
Mesmo depois de achar que pode dar em casamento e tornar público o envolvimento, é
preciso manter a discrição. Não pega nada bem ficar se agarrando no estacionamento,
trocando beijinhos antes da reunião ou até mesmo chegar de mãos dadas. "Oficialmente, nós
poderíamos namorar, pois não trabalhávamos na mesma área", diz Fabiane, namorada de
Delfo. "Mesmo assim, mantínhamos o máximo de discrição." A empresa era uma espécie de
zona proibida para os dois. Lá, eles não pegavam nas mãos, não davam sequer um beijinho e
evitavam falar um com o outro ao telefone. A discrição era tanta que muitas pessoas nem
imaginavam que eles estavam namorando, o que fez Fabiane ser obrigada a engolir o ciúme
em algumas situações. "Uma vez, uma colega pediu para o Delfo carregar a pasta dela, toda
sedutora. Eu estava do lado, só olhando, mas tive de ficar quietinha!".
DORMINDO COM O INIMIGO
Todos os cuidados acima não adiantam nada se você comete um erro fatal, anterior a
todas as outras atitudes: escolhe mal a pessoa com quem se envolve no trabalho. Alguns casos
acabam em barracos no escritório, com direito a brigas acompanhadas por toda a equipe e
outras baixarias. Tem situação ainda pior. Em 2000, o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves,
ex-diretor do jornal O Estado de S. Paulo, matou a ex-namorada Sandra Gomide, sua
subordinada, por não aceitar o fim do relacionamento. Recentemente, outro romance
corporativo virou caso de polícia. Em janeiro deste ano (2006), uma ex-estagiária da
Petrocoque, subsidiária da Petrobras em Cubatão, São Paulo, matou uma funcionária, pois
queria ocupar seu lugar na empresa. O motivo? Ficar ao lado do ex-namorado, o gerente de
produção, um homem casado, de 42 anos, com quem manteve um relacionamento de sete
meses.
"A situação tende a ficar muito complicada quando há rompimento e os dois continuam
na empresa", diz Mario Sergio Cortella. Nos casos mais radicais (como os dois exemplos citados
acima), isso acaba em tragédia fatal. Nos demais, o que normalmente acontece é uma
expressiva queda de produtividade, às vezes resultando em demissão. "Imagine o seguinte
cenário: num dia você era especial para aquela pessoa. No outro, não significa mais nada", diz
a psicóloga Ana Fraiman. "Você se sente diminuído. E é claro que isso interfere no seu
desempenho profissional." Ana explica que, se o profissional não tiver maturidade suficiente,
corre o risco de se sentir desestabilizado, a ponto de ter de abandonar a empresa. A paulista
Adriana Cavalcanti não chegou a tanto, mas enfrenta situações delicadas na empresa: "Há
uma nova funcionária na empresa que vive se atirando para ele. Apesar de não estarmos mais
juntos, o ciúme é inevitável. Não posso ver essa menina na minha frente".
Claro que isso tira o foco de Adriana do trabalho, o que pode acontecer mesmo quando
o relacionamento vai bem. Os apaixonados, no entanto, dizem que dá para administrar as duas
coisas numa boa. Para o advogado Marcos Krause, a convivência diária no trabalho faz mais
bem do que mal para a carreira. "Você vai mais feliz para o trabalho e com mais disposição."
Sua noiva concorda. "Até a produtividade aumenta, pois você está com a pessoa que ama ao
seu lado o tempo todo, o que é um motivo a menos para sair do trabalho ", brinca. Segundo
Fabiane, da Hewitt, há ganhos e perdas em trabalhar sob o mesmo teto. "É bom ter a pessoa
de quem você gosta por perto. Mas, porque não trabalho mais com ele, tenho mais
individualidade e não preciso me preocupar com o comentário dos outros."
*Nomes trocados a pedido dos entrevistados
PINTOU UM CLIMA. E AGORA?
O que fazer ao se apaixonar por um colega de trabalho:
Procure saber se existe uma política na empresa com relação a envolvimentos
amorosos entre colegas de trabalho.
Antes de sair contando detalhes para o amigo, espere para ver se o romance é
pra valer.
Quando o romance der sinais de maturidade, é hora de contar para o chefe.
Mesmo assim, não é recomendável espalhar para todo mundo.
Se o seu caso envolver relação de subordinação, é aconselhável que você ou seu
parceiro mude de área, mesmo que a empresa não tenha nenhuma política a
respeito. Isso vai poupar os comentários maldosos de colegas sobre abuso de poder
e evitar possíveis dores de cabeça.
Seja discreto. Por mais que a empresa permita o relacionamento amoroso entre os
funcionários, qualquer postura que chame atenção sobre isso vai pesar contra seu
profissionalismo.
Seja ético acima de tudo. Não passe ao parceiro informações estratégicas que só
dizem respeito à sua área.
Produção: Chris Osterreicher
Revista VOCÊ S/A edição de setembro-2006
"Não devemos ter medo dos confrontos.
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."
Charles Chaplin
Para falarmos sobre prevenção de conflitos, creio ser oportuno começarmos por entender o
que é conflito e por que eles surgem. Uma das definições mais elucidativas que já ouvi diz que
conflito é “qualquer situação onde exista uma oposição pessoal, interpessoal ou grupal sobre
algum interesse ou valor. Essas oposições surgem quando as pessoas contestam idéias,
atitudes e/ou comportamentos, se apegam aos seus pontos de vista e lutam por eles, muitas
vezes de forma irracional”.
Sabemos que os conflitos se originam no processo de comunicação humana, na maioria das
vezes, inconscientemente. De forma geral, não temos a intenção de gerar ou participar de uma
situação conflituosa e desgastante. Mesmo assim, freqüentemente nos damos conta de que já
estamos envolvidos em uma dessas situações, sem saber exatamente como ela começou.
Para aprofundar um pouco mais este tema, precisamos entender melhor o processo básico
de comunicação, o qual surge da interação e da intenção do emissor em transmitir uma
mensagem ao(s) receptor (es), independente do meio que se utiliza para tal. Parece simples,
não é mesmo? Porém, o que vemos acontecer, na prática, é uma grande dificuldade em se
atingir este objetivo.
Geralmente, não somos bem compreendidos porque não conseguimos transmitir
assertivamente aquilo que pretendemos. E para quem não sabe muito bem o que é
assertividade, vale lembrar que é ter a capacidade de expor – de maneira clara, madura e não-
agressiva – o que se pensa, sente ou quer. Mas, como somos “formatados” desde crianças para
buscar aceitação social, acabamos dizendo aquilo que o outro gostaria de ouvir, o que nem
sempre corresponde ao que gostaríamos de falar.
Olhando agora a questão sob outra perspectiva percebemos que, quando falamos,
tendemos a partir do pressuposto que o outro está recebendo nossa mensagem da forma como
a concebemos, ou seja, sem nenhuma interpretação pessoal. No entanto, nossas palavras são
captadas por nosso interlocutor passando obrigatoriamente por seus filtros mentais, que por
sua vez são fruto de suas referências e experiências anteriores, as quais decididamente não
são semelhantes às nossas. Pessoas distintas, mundos distintos... Quando nos expressamos
estamos colocando em palavras (além, é claro, da linguagem não verbal) nosso mundo interno,
composto por idéias, pensamentos, sentimentos, sensações, intuições, valores e crenças
pessoais. Em outras palavras, nossa comunicação verbal e não-verbal é a representação do
nosso mundo interno interagindo com o mundo externo.
Neste processo é comum e involuntário que usemos omissões, pois tentamos falar sobre
uma experiência complexa e detalhada por meio de uma descrição verbal limitada, que
fatalmente suprimirá uma grande parte da experiência em si.
Por outro lado, cada vez que ouvimos alguém, recorremos às nossas próprias experiências
pessoais para fazer uma representação interna do que a outra pessoa fala para sermos
capazes de compreendê-la. E isto ocorre o tempo todo, com todas as pessoas, acrescido das
famosas generalizações e distorções que coroam o processo.
Bem, considerando somente estes fatores básicos de transmissão e processamento de
mensagens já conseguimos vislumbrar o quão complexo é o processo de comunicação e como
se torna fácil a geração de conflitos decorrentes do mesmo.
Ah, então nos basta conhecer um pouco melhor este processo e interferir conscientemente
na qualidade de nossa fala para prevenirmos muitos conflitos, certo? Errado! As empresas
investem altas somas em treinamentos de comunicação para seus colaboradores e os conflitos
continuam brotando incessantemente nos ambientes corporativos.
Olhando de uma perspectiva ainda mais ampla, devemos admitir que conflitos são
inevitáveis na vida em sociedade, de modo que tentar eliminá-los é simplesmente uma utopia.
Aliás, vale ressaltar que eles não são necessariamente negativos. Em algumas situações
promovem a oportunidade de crescimento e coesão entre as pessoas, permitindo o
desenvolvimento de uma maior capacidade de compreensão, estímulo à mudança, motivação
para resolver problemas, transformação de valores e, sobretudo, aprofundamento de
relacionamentos. Mas tentar prevenir os excessos de conflitos (que se tornam grandes
desperdiçadores de tempo e energia) e lidar com eles de forma inteligente é uma posição
benéfica e realista.
Como podemos prevenir esses excessos, então? A meu ver, o caminho mais curto rumo a
uma solução está em desenvolvermos a capacidade de sermos mais assertivos e de
estabelecermos um ambiente de confiança com as pessoas com as quais convivemos,
estimulando relacionamentos que abrem menos brechas a situações ambíguas. E como fazer
isso? Desapegando-nos um pouco de nosso “ego” e nos apaixonando menos por nossas
próprias idéias. Como pré-requisito a esta conquista, precisamos reavaliar como anda nossa
maturidade emocional e nosso auto-conceito.
Observem que, quando defendemos nossas posições com unhas e dentes, muitas vezes de
forma insana, uma série de significados implícitos, subliminares, está presente, nos
proporcionando emoções que suprem fragilidades normalmente não percebidas ou, pelo
menos, não admitidas por nós mesmos. E, se não as admitimos, não as resolvemos, e
repetimos sempre o mesmo padrão de comportamento obtendo sempre os mesmos resultados.
Como podemos ver, a prevenção de conflitos começa na motivação pessoal de fazer uma
auto-análise, por meio de um questionamento sincero sobre nossa capacidade de ouvir o outro
verdadeira e completamente, sem precisar interrompê-lo ou contestá-lo antes mesmo que sua
frase esteja terminada. Ou, ainda, observando como anda nossa capacidade de aceitar que os
outros têm todo o direito de discordar de nossas idéias e pontos de vista, sem com isso nos
sentirmos rejeitados, diminuídos ou incompreendidos.
Outro ponto importante na prevenção de conflitos é a real aceitação das inevitáveis
diferenças que existem entre as mais diversas personalidades que povoam nossos ambientes
sociais e a compreensão de que não existem verdade nem razão absoluta, somente verdades e
razões pessoais, relativas, desenvolvidas a partir de um ponto de vista individual e único.
Sendo assim, percebo que no ambiente corporativo existem técnicas e teorias sobre este
tema, que visam a minimizar as perdas de negócios geradas por conflitos declarados ou
“mascarados” no ambiente de trabalho, que minam a lucratividade das empresas, a qualidade
dos relacionamentos e o clima organizacional. No entanto, para que tais técnicas sejam bem
utilizadas e alcancem seus objetivos adequadamente, precisamos estimular as pessoas a se
abrirem a um processo reflexivo de auto-desenvolvimento, visando elevar a cada dia sua
maturidade emocional, a qual alicerça nossas ações e comportamentos. Este foi, é e continuará
sendo o grande desafio a ser enfrentado por quem busca prevenir conflitos em quaisquer
ambientes sociais.
Sandra Cruz é consultora de carreira da BSP Career em coaching e gestão de carreira. 02/07/2008
"Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento não inteligente."
Lao-Tse
Quantas vezes você já chegou em casa exausto, irritado, desejando nunca mais voltar à
empresa por causa de algum colega de trabalho? Muitos já passaram por situações
estressantes ou tiveram de suportar comportamentos desagradáveis no ambiente corporativo.
E o panorama não é dos mais otimistas, pois você pode trocar de emprego, mas vai continuar
encontrando os mesmos problemas em qualquer lugar. Então, o jeito é aprender a reagir a tudo
isso da forma mais inteligente, saudável e produtiva.
E como evitar que mau comportamento e hábitos nocivos das pessoas prejudiquem a
carreira e a saúde dos colegas de trabalho? Vamos começar com uma constatação simples: se
você é líder, não pode evitar comportamentos ruins e fofocas de seus funcionários. Afinal, você
está ali justamente para administrar as atitudes deles.
“Não existem equipes perfeitas. Cada funcionário vai testar seu chefe e é por isso que
cada líder deve aprender a cuidar de si mesmo emocionalmente e fisicamente, para que não
seja influenciado pelo comportamento dos outros”, esclarece Katherine Crowley, uma das
autoras do livro Trabalhar com Você Está me Matando, que ensina como lidar com o fator de
maior impacto sobre a satisfação e sucesso das pessoas no trabalho: as emoções delas e dos
outros.
Conviver com tantos perfis e comportamentos “especiais” em um grupo é uma das
atribuições do líder. Afinal, as melhores equipes são feitas de pessoas, cada uma trazendo
qualidades distintas ao projeto. E o líder deve cuidar para não interpretar mal essas diferenças.
“Antes de reagir ou rotular alguém, ele deve aprender a apreciar o que cada pessoa faz de
melhor e valorizar suas contribuições. Não é preciso gostar dela ou de tudo nela”,
complementa Katherine.
Cada integrante de um grupo tem uma personalidade diferente, com suas forças e fraquezas
particulares. Logo, não podem ser tratados do mesmo modo. Como líder, você precisa aprender a
lidar com os diferentes perfis de cada um, deixando o ambiente mais produtivo e saudável para
todos.
No entanto, você já deve ter se perguntado: o que fazer com os colaboradores difíceis –
demitir ou desenvolvê-los? Katherine sugere que, antes de demiti-los, o líder faça um
“treinamento-teste”: “Coloque objetivos específicos para que os funcionários saibam o que
precisam fazer para melhorar. Propósitos vagos criam resultados vagos, e tenha certeza de que
eles são mensuráveis. Então, você pode medir seu desempenho (e não a personalidade) e aí
ser capaz de julgar se esse colaborador vale mais investimento de seu tempo e dinheiro”.
É, não tem jeito. O líder precisa mesmo aprender a lidar de maneira positiva com
funcionários problemáticos, pois assim fica muito mais fácil se libertar das armadilhas
emocionais e trabalhar com todos na equipe. Até porque os colaboradores tendem a recorrer a
seus superiores pelas mesmas razões que as crianças procuram seus pais: atenção, orientação,
correção e reconhecimento. E você não vai decepcioná-los, certo?
Cleverson Uliana - Redator-chefe da revista Liderança - e-zine liderança Ano 5 Nº 25 – 18/06/08
"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil.
Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa,
pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."
Aristóteles
Passos críticos
Os passos críticos abaixo, usados em conjunto com os princípios de auto-estima ajudarão a
conduzir reuniões eficazes, sempre que a disciplina se fizer necessária.
Situação 2
Medida: Eliane trabalha no seu setor há três meses e durante este período não conseguiu
alcançar a taxa de produção padrão. Vocês já discutiram o problema várias vezes. Hoje terão
outra reunião. Você acha que não tem escolha, terá que demiti-la.
Histórico: Eliane recebeu o treinamento padrão quando veio para o setor. Depois do
treinamento, sua taxa de produção era de 70 peças por dia, quando o padrão é 100. A taxa
média é de 95 a 110 peças por dia. Nos últimos três meses a taxa de Eliane variou entre 75 e
85 peças por dia. Você já chamou a atencao dela várias vezes sobre o assunto, mas não houve
melhora.
Justa ( ) Injusta ( )
Por quê?
Situação 3
Medida: Brito é um de seus funcionários mais graduados. A semana passada ele gritou com o vice-
presidente durante uma discussão, fazendo uma cena terrível. Você vai se reunir agora com ele para
discutir o incidente. Seu plano é ressaltar, mais uma vez, a necessidade de evitar essas explosões.
Observação: Investigando o assunto, você descobriu que Brito não tinha motivos para discutir.
Seus dados estavam incorretos e ele não ouviu o ponto de vista do vice-presidente.
Histórico: Esta não é a primeira vez que Brito age dessa maneira. Aconteceu algo parecido há
quatro meses e, na ocasião, ele perdeu a cabeça na frente de clientes. O resultado foi a perda
de uma conta importante. Você falou com Brito, oferecendo-se para ajudá-lo a traçar um plano
para acabar com essas atitudes tempestuosas. Educadamente ele recusou sua oferta.
Justa ( ) Injusta ( )
Por quê?
Situação 4
Medida: Marisa está na empresa há 4 meses e, para não demiti-la, já que ela é tão esforçada e
bem vista pelos colegas, você fará uma troca de setores entre ela e Sérgio, o responsável pelas
ações de Cobrança. O fato de serem profissionais difíceis de encontrar no mercado, também
influenciou a sua decisão.
Histórico: após quatro meses de experiência você chegou à conclusão de que Marisa não vai
servir para o setor de Análise de Crédito. Ela é muito insegura e não consegue se adaptar aos
procedimentos do setor. Por outro lado, Sérgio tem se mostrado bastante proativo e se adaptou
rapidamente ao setor de Cobrança da empresa. Há 3 meses, na entrevista, ele já havia deixado
claro que gosta muito desse setor e que não gosta de fazer análises de crédito, apesar de ter
uma boa experiência nessa área também.
Justa ( ) Injusta ( )
Por quê?
CASE DO COMPRADOR*
Braga é um dos Compradores de sua empresa. Havia trabalhado durante 5 anos como
supervisor em uma grande loja de departamento. Foi contratado há 1 ano pelo mesmo salário
que recebia na loja e logo se destacou pela sua competência em negociar bons preços, fretes e
prazos de pagamento. Além disso, consegue manter os estoques abastecidos com as
quantidades adequadas, mesmo sendo o responsável por uma linha de matéria-prima de maior
mix e também maior rotatividade. Os outros dois Compradores da empresa, mesmo com tipos
de produtos mais “fáceis” de serem comprados não conseguem ter o mesmo desempenho que
Braga.
Entretanto, logo no primeiro mês de trabalho, Braga foi convidado a trabalhar como
Representante em outra empresa. Esse sempre foi o seu objetivo profissional: Representante.
Porém, não aceitou o convite porque precisaria mudar para Salvador e viajar constantemente
pelo interior daquele estado e isso o obrigaria a abandonar o curso superior em Marketing, que
também sempre fez parte de seus objetivos. Além disso, sua esposa é funcionária pública e
não pode deixar o estado. Foi uma decisão difícil, pois o salário inicial oferecido era o triplo do
salário de Comprador.
Hoje de manhã, numa reunião com Jadiel, seu Supervisor de Compras, ele lhe informou que
percebeu que vez ou outra Braga sutilmente pergunta a representantes e vendedores que o
visitam sobre a possibilidade de vir a trabalhar como Representante da empresa deles. Além
disso, informou também que tinha quase certeza ser Braga o causador de boatos sobre
dificuldades financeiras que a empresa estaria passando - o que é mentira – e que fizeram com
que alguns fornecedores cogitassem diminuir o crédito de sua empresa (você conseguiu
reverter a situação com diplomacia), e do vazamento freqüente de informações sobre alianças
estratégicas, acordos praticados e negociações com fornecedores. Esses vazamentos vinham
prejudicando sistematicamente o fator “surpresa” tão necessário no seu negócio. Jadiel baseia-
se no fato de Braga sair frequentemente com alguns desses representantes para happy-hours.
Imediatamente você decidiu que algo deveria ser feito (óbvio!). Mas, o quê? Demitir Braga
sumariamente? Pedir para Jadiel dar um feedback a ele?
Você lembrou também das seguintes alternativas:
Tânia, a Supervisora de Marketing está planejando demitir Raul, um funcionário mediano
que atua como Assistente de Marketing e que sai antecipadamente com muita freqüência,
acumulando trabalho e perdendo prazos. Tânia percebeu que isso sempre acontece após
telefonemas de sua esposa. Seria interessante transferir Braga para o setor de Marketing?
(afinal de contas, ele estuda Marketing na faculdade e a sua experiência no setor de Compras
enriqueceria muito o trabalho naquele setor). E se fizer essa transferência, como ficará a
motivação de Braga?
Você está planejando colocar mais um representante na região norte do estado para
aumentar as vendas de uma nova linha do seu produto. Provavelmente é um trabalho que
Braga assumiria com dedicação, já que poderia ganhar até 3 vezes mais e sua peculiar
habilidade de negociação traria rapidamente os resultados esperados.
Você decide!
ABAIXO A MEDIOCRIDADE!
Há quem diga que apenas 5% das pessoas de um grupo, seja ele qual for, fará a diferença
e deixará uma marca para o futuro. Não sei sobre as bases desse percentual e ele pode ser
exagerado, mas tenho observado, ao longo da minha experiência, que sempre encontramos nas
equipes pessoas que nada agregam, no meio de outras que se empenham para apresentarem
resultados.
Quando há um processo efetivo de avaliação e acompanhamento de desempenho,
aliado a um programa de treinamento bem direcionado, com a substituição dos elementos que
destoam, quando isso se mostra indispensável, dá para aceitar a presença dos maus
profissionais. Afinal, trabalhando com grupos heterogêneos e com competências variadas,
nunca vamos encontrar uma equipe perfeita e acabada.
As equipes são organismos em constante evolução. Perdem partes que não aproveitam,
mas agregam outras, que deverão atender às suas necessidades. Um bom processo de seleção
evitará a entrada de funcionários inadequados. O acompanhamento identificará as
necessidades de treinamentos e orientações. Um programa de T&D acertará as arestas. Essas
três engrenagens, bem calibradas e lubrificadas, ajudam a assegurar um time de alto nível e
com baixo turn-over. Mas as incompatibilidades sempre existirão e indivíduos que destoam do
conjunto, mesmo com todo o esforço descrito acima, sempre surgirão.
O que não dá para entender é a razão para que tais pessoas sejam mantidas no grupo.
A influência delas sobre as demais é nociva. Para a empresa, trazem mais problemas e prejuízo
do que agregam. Por que permanecem? Por que não são demitidas, uma vez esgotados todos
os meios razoáveis de recuperação?
O funcionário incompetente pode pôr a perder todo o esforço de desenvolvimento da
empresa. Todo esforço para alavancar a motivação e obter resultados vai por água abaixo, se a
empresa convive sistematicamente com funcionários ruins e sem recuperação. Por que os
outros haveriam de se esforçar, se não precisam apresentar resultados para continuarem
trabalhando? Por que trabalhariam bem, se vão ganhar o mesmo que o incompetente ao lado?
Na maioria das vezes, as justificativas para a manutenção de maus funcionários são
pouco inteligentes e não convencem.
Pode-se alegar o custo da demissão - mas não é preciso ser um gênio das finanças para
saber que a perda que esses indivíduos acarretam é muito maior do que qualquer despesa
rescisória: Perda de imagem; influência negativa sobre o grupo; prejuízo direto por um trabalho
mal executado; perdas por um esforço não aplicado; etc.
Algumas vezes são evocados motivos humanistas - afinal de contas estamos lidando
com seres humanos, não com peças da máquina que se chama Empresa. As considerações
humanistas só se justificam se estamos tratando com profissionais usualmente competentes,
que estejam passando por uma fase particularmente difícil, provocados quase sempre por
problemas pessoais. A esses, cabe o apoio da empresa e toda a ajuda possível, para que
superem o momento mais complicado e voltem ao padrão anterior. Mas o mesmo argumento
não pode ser aplicado aos incompetentes crônicos.
Ter pena desses não é fazer justiça. Primeiro porque ao premiar a inércia e o descaso,
perpetua-se o vício. Segundo, porque é uma injustiça flagrante contra os outros funcionários,
que são obrigados a se desdobrarem para darem conta do próprio trabalho e das atividades do
incompetente. Isso derruba o moral de qualquer time. E, por último, porque também se comete
injustiça contras outras pessoas, realmente preparadas e dispostas a contribuir, mas que
amargam o desemprego porque incompetentes roubam-lhes as vagas de trabalho.
Todo gestor tem por obrigação principal a formação e a manutenção de equipes de alto
nível e boa performance. E não conseguirão fazer isso convivendo com a mediocridade e
deixando de fora profissionais de valor. Além do mais, a permanência no time de um ou mais
jogadores despreparados e sem possibilidade de ajustamento, levará à derrota - não deles,
mas de toda a equipe.
José Lourenço de Sousa Neto
rh.com.br
DEMITIR SEM TRAUMAS
Ana Paula Ruiz
MOTIVAÇÃO
Não se pode falar em competitividade sem que se tenha pessoas competentes e
dedicadas à tarefa de fazer de sua empresa a melhor do mundo.
Portanto, todo planejamento de crescimento das organizações deve ser baseado em
ações que levem em consideração este aspecto.
A obra de Maslow representa uma filosofia diferente da natureza humana, uma nova
imagem do homem. Essa filosofia é baseada em dois pontos fundamentais:
Isto significa que nós, seres humanos, temos uma limitação em nossa capacidade de
aprendizado na unidade de tempo. Por exemplo, um menino leva 8 anos para fazer o curso
fundamental em qualquer lugar do mundo. E é difícil ensinar às pessoas. Isso traz algumas
consequências para as organizações:
todo programa de educação e treinamento deve ser baseado no lema “Educar, Treinar,
Fazer”. Se é difícil educar e treinar as pessoas, só devemos fazê-lo quando diante de uma
necessidade clara;
como a educação e treinamento são limitados no tempo, deve-se fazê-lo por toda a vida do
funcionário de forma contínua e planejada;
como é difícil educar e treinar, concluímos que as pessoas hábeis nas atividades
necessárias à sobrevivência da organização devem ser retidas na organização.
NECESSIDADES BÁSICAS
ATENDIDAS
“MORAL”
ZONA DE INSATISFAÇÃO
ESTADO PROPÍCIO A
PATOLOGIAS MENTAIS
Uma forma que as organizações podem utilizar para “medir” o nível do moral de suas
equipes é através dos índices de turn-over, absenteísmo, procura aos postos médicos, índice de
reclamações trabalhistas, participação com sugestões e melhorias, etc..
Cabe ao líder considerar o “moral” de sua equipe e procurar construir, ao longo do
tempo, um ambiente de trabalho que todos tenham prazer em trabalhar. A motivação não pode
ser conseguida através de campanhas ou programas especiais. A motivação pelo trabalho é
conseguida pelo gerenciamento conduzido por todos os líderes da organização por um longo
tempo, medindo o “moral” e atuando a partir da satisfação das necessidades básicas.
elogiando as realizações
AUTO-REALIZAÇÃO
Realização do seu próprio potencial
, Fi Se So Es AUTO-REALIZAÇÃO
auto-desenvolvimento, auto-expressão
AUTO-ESTIMA
Autoconfiança, reputação, Fi Se So AUTO-ESTIMA Re
reconhecimento
SOCIAIS
Sentimento de aceitação, Fi Se SOCIAIS Es Re
amizade, pertencer ao grupo
SEGURANÇA
Proteção sua e da família, Fi SEGURANÇA So Es Re
estabilidade no lar e no emprego
FISIOLÓGICAS
Sobrevivência, alimentação, FISIOLÓGICAS Se So Es Re
roupa e teto
COMO MOTIVAR GREGOS E TROIANOS
As empresas que pretendem motivar seus funcionários devem ter consciência de que este
não é um trabalho simples e com “receitas prontas”. É preciso identificar as necessidades de
seus colaboradores para não perder tempo e dinheiro com situações que, muitas vezes, podem
ser constrangedoras.
Veja a seguir algumas das ações dos gestores baseadas na análise das 5 etapas da
pirâmide de Maslow, unindo a teoria à prática:
Necessidades Biológicas e Fisiológicas
São necessidades básicas para a sobrevivência do ser humano e nenhum outro motivador
terá efeito enquanto estas não forem supridas. As empresas estarão contribuindo nessa fase
oferecendo: salário justo, horários adequados, intervalos de descanso, condições ambientais
adequadas, etc.
Necessidades de Segurança
Trata-se da autopreservação, ou seja, evitar o perigo, a privação das necessidades
fisiológicas, buscar a estabilidade. A empresa pode minimizar a insegurança de seus
funcionários com atitudes como: estar dentro das normas de segurança do trabalho, oferecer
perspectiva de continuidade, investir em treinamento, pagamentos em dia de salários e outros
encargos, etc.
Necessidades Sociais
As pessoas sentem necessidade de serem aceitas e de pertencerem a grupos. Quando
essas necessidades não são satisfeitas, as pessoas tornam-se hostis, solitárias e deprimidas. O
papel da empresa é de despertar no colaborador a importância do trabalho em equipe e
aprimorar as relações humanas, seja por meio de projetos em equipes, seminários e palestras
que contribuam para o inter-relacionamento, proporcionar um clima amistoso para a integração
entre as pessoas, etc.
Necessidades de Estima
Esta etapa representa a necessidade de aprovação social, de respeito, de status, prestígio
e consideração. Neste caso, reconhecer os esforços do trabalhador, por meio de elogios,
promoções, premiação (não necessariamente de ordem financeira), delegação de novas
responsabilidades. Estes tipos de ações são exemplos para a confirmação e a motivação que o
funcionário precisa para continuar realizando suas atividades de maneira a contribuir com a
empresa.
Necessidades de Auto-Realização
Quando o funcionário chega a esta etapa, a sua motivação vai além da necessidade de ser
reconhecido. As empresas podem atender a essa necessidade possibilitando ao profissional o
uso de sua criatividade, participação nas decisões relacionadas ao seu trabalho, cursos de
atualização, oportunidades desafiadoras, etc.
Enfim, atitudes motivadoras não são prêmios que a empresa fornece aos seus funcionários,
mas atitudes que possibilitam o crescimento das pessoas e da organização. O funcionário
espera remuneração justa e condições para realização do trabalho e a empresa espera o
retorno do investimento, e se o retorno for bom, poderá motivar esse funcionário para que ele
permaneça em seu “time” e, em contrapartida, o funcionário motivado estará contribuindo
cada vez mais para o sucesso da empresa.
Premiar um funcionário é uma atitude motivadora?
Sim, será motivadora quando a empresa entender as necessidades do funcionário naquele
momento. Nem sempre a premiação, seja financeira ou não, será um motivador.
Para melhor compreensão dessa afirmação, voltemos ao significado da palavra motivação,
segundo o dicionário Aurélio:
Motivação: 1. Ato ou efeito de motivar. 2. Exposição de motivos e causas. 3. Conjunto de
fatores psicológicos (conscientes e inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual
ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo.
Concluímos, então, que a motivação é a busca da satisfação de necessidades. É individual
e também situacional. Essas necessidades ora serão de ordem fisiológica, ora determinadas
por outros motivos que dependerão do momento presente.
Conseguir unir a satisfação individual aos objetivos da equipe, juntamente com os da
organização, e aumentar a produtividade, tem sido uma busca permanente das empresas e seus
gestores.
Assim que uma empresa decide motivar seus funcionários, perceberá que cada um reagirá
de maneira diferente. Dessa maneira, é preciso entender as necessidades, grau de interesse e
desejos de cada colaborador, pois, muitas vezes, suas necessidades não estarão de acordo
com as necessidades do restante do grupo.
Visto dessa forma, parece difícil motivar “Gregos e Troianos” e isso acontece porque
queremos fazer uso de “receitas prontas”. Porém, se a motivação é individual, torna-se
realmente difícil utilizar uma única receita para motivar todo um grupo.
Apesar de parecer mais simples aplicar “fórmulas” de sucesso como meios de motivação,
nem sempre os resultados esperados serão atingidos e a empresa terá gasto tempo, dinheiro e
esforços, sem alcançar os objetivos pretendidos.
É preciso esclarecer que a motivação é um fator interno e não externo. Não é possível criar
um motivador, ou ele faz parte das suas necessidades ou não será um motivador. As
necessidades transitam dentro de alguns níveis de satisfação e uma necessidade, uma vez
satisfeita, não é mais um motivador.
Pense a respeito:
AUTO-REALIZAÇÃO
FATORES DE
AUTO-ESTIMA
MOTIVAÇÃO
ASSOCIAÇÃO
ASSOCIAÇÃO
FATORES DE
SEGURANÇA
HIGIENE
FISIOLÓGICAS (básicas)
Luis Antonio Pasquetti, doutorando em Historia (UnB), Mestre em Administração PUC/SP(1998), Professor
da FASA/UniCEUB,curso Administração.
“Para se fazer grandes coisas não se deve estar acima dos homens,
mas junto deles” - Charles de Montesquieu
Todos nós desejamos ardentemente que a vida nos conceda duas coisas: sucesso e
felicidade. Somos todos diferentes uns dos outros. O conceito de sucesso pode variar de
pessoa para pessoa, mas existe um fator muito importante e decisivo para o sucesso de todos
os homens: ninguém pode obter a realização e a felicidade sozinho.
É na convivência com o seu semelhante que o homem encontra as bases de
sustentação para ser feliz. Mas esta convivência nem sempre é fácil. Ao mesmo tempo em que
nossos relacionamentos nos abastecem de gratificação, é por meio deles que experimentamos
nossas agruras e aborrecimentos.
Todos já encontramos pela frente aquelas pessoas difíceis de suportar e que sempre
mostram aos outros sua faceta mais negativa. Pode ser um chefe, um colega, um subordinado
ou até um parente ou conhecido. São as “malas sem alça”. Apesar de serem irritantes e
despertarem em nós, às vezes, os piores sentimentos, a verdade é que elas estão aqui para
ficar, e a saída é aprendermos a maneira certa de carregá-las.
Nunca se esqueça de que ninguém muda ninguém, mas você pode mudar a sua
maneira de receber e dar sentimentos para as pessoas. Para lidar com pessoas difíceis use o
preceito de Eleanor Roosevelt: “Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu
consentimento”.
Se todas as pessoas que cruzassem o nosso caminho nos mostrassem o seu melhor
lado, não haveria problemas. É muito fácil construir relacionamentos com aqueles que se
encontram nas mais altas esferas evolutivas. Geralmente são pessoas plenas de amor,
dispostas a reparti-lo sem cobrar retorno ou reconhecimento. São humildes e sempre prontas a
servir ao seu próximo. No patamar em que a maioria da humanidade se encontra, essas
criaturas se destacam nas grandes causas humanitárias, e quando deixam a vida, seu lugar
fica irremediavelmente vazio.
Segundo estudiosos, os seres humanos de todos os continentes possuem quase que na
sua totalidade quatro características básicas:
1- Todos têm sede de alimentar o próprio ego. Necessitam aumentar sua auto-
estima.
2- Todos estão mais interessados em si mesmos do que em qualquer outra coisa.
3- Todos querem se sentir importantes e chegar a ser alguém.
4- Todos desejam ter a aceitação dos outros para poderem então se aceitar.
Quando encontramos pessoas que possuem alta dose de auto-estima, fica fácil nos
darmos bem com elas. Geralmente são leves, generosas, tolerantes, dispostas a escutar as
idéias dos outros, possuem jovialidade nas atitudes. É como se estivessem saciadas de auto-
estima e por isso podem se dar ao luxo de suprir, em grande quantidade, a carência das outras
pessoas. Como se gostam e se aprovam, aceitam às vezes correr alguns riscos ao se
submeterem à avaliação dos demais.
Admitem, sem nenhum problema, que não são perfeitas, que cometem erros, que se
equivocam. Podem ser criticadas, pois a crítica não abala a sua sólida e elevada auto-estima.
Quando surge a nossa frente alguém com baixa auto-estima é que a coisa se complica
sobremaneira. Isso porque estas pessoas são o estopim para criar situações de brigas e
desentendimentos. Se esta pessoa tiver um baixíssimo nível de auto-estima então, será
inevitável que a atitude mais insignificante do mundo se transforme numa ameaça. Um
simples olhar ou um gesto podem ter um efeito devastador sobre ela.
Os arrogantes, briguentos e prepotentes têm um baixo conceito de si mesmos, por isso
têm uma necessidade enorme de aumentar a sua importância como pessoas, e conseguem
isso diminuindo os outros. Eles também têm muito medo. Esse medo faz com que se sintam
extremamente vulneráveis. Eles trazem consigo a convicção de que qualquer humilhação
vinda de você os deixará completamente destruídos. Presumindo o ataque iminente, preferem
não se arriscar, e atacam primeiro, procurando rebaixa-lo.
As pessoas mais hábeis em relações humanas sabem lidar muito bem com estes tipos.
Primeiramente aplicam diariamente os preceitos ensinados por Deepak Chopra em seu livro As
Sete Leis Espirituais do Sucesso: "Hoje não julgarei nada". “Dê a si próprio e aos outros a
liberdade de ser o que são”.
Percebendo que as pessoas que agem assim carecem de auto-estima, você estará
melhor preparado para um relacionamento produtivo com elas, se não agravar a situação em
que se encontram. Vença o impulso quase natural de desprezá-las ainda mais. Evite
comentários que possam soar como deboche, observações sarcásticas e cortantes. Não adote
posições polêmicas e faça tudo para se esquivar de qualquer confronto, principalmente os de
opinião. Não se esqueça também de jamais falar mal destas pessoas para colegas de trabalho
ou conhecidos de ambos, pois tomando conhecimento de seu comentário se transformarão em
suas eternas inimigas.
Desarme o gatilho usando um elogio sincero. No exato momento em que o
“mala” estiver preparado para odiá-lo, faça-o gostar de você. Expresse seu apreço por
qualquer coisa que ele faça bem, fale sobre seus interesses e ofereça sugestões úteis. Quebre
o ciclo de antagonismo. Raiva gera raiva. Intimidação gera intimidação e retaliação também.
Pergunte-se: Como posso virar este jogo e ao mesmo tempo fazer com que esta pessoa fique
minha amiga?
A única forma de lidarmos bem com as “malas sem alça” é fazendo-as gostarem mais
de si mesma. Quando você aprender a alimentar o ego das pessoas elas jamais se entrarão em
conflito com você.
Afaste o medo destas pessoas aproximando-se delas com autoconfiança. Nunca
demonstre medo, mas também não deixe transparecer nada de agressivo em suas atitudes.
Chegue sempre perto delas sinalizando que vem em paz, que é amigo e que jamais será uma
ameaça para elas. O sorriso, o tom de voz equilibrado e o elogio colocado na hora e na dose
certa funcionarão como verdadeiros “passes de mágica”, aplacando qualquer indício de
agressividades destas “bombas de dinamite”.
A segunda característica que os seres humanos possuem é a que os faz estarem
primeiro mais interessados em si mesmos que nos outros. Portanto, quando você quiser persuadir
uma pessoa a fazer algo, deverá sempre dar uma razão que enalteça o ego dela. Isso funciona
com todas as pessoas, em todos os níveis: crianças, executivos, operários ou reis.
Você sempre deve dar ao outro uma razão para ajudá-lo, mas esta razão deve contemplar
sempre algum benefício para ele e não só para você. As pessoas tornam-se automaticamente
cooperativas quando sentem que ganharão com isso. Sempre devemos procurar encontrar uma
razão pela qual as outras pessoas queiram fazer algo, e elas farão.
Outra característica muito importante no homem é que um dos seus desejos
universais é se sentir importante, ter sua dignidade confirmada pelos outros, ser valorizado e
reconhecido. Todos desejam isto, até mesmo os artistas famosos ou os mais ricos e
aparentemente bem-sucedidos.
Por esta razão, o indivíduo não consegue manter por muito tempo seus sentimentos de
dignidade e valor, tão necessários ao seu bem-estar, se todos aqueles que cruzam o seu
caminho o tratam como se fosse um “Nada” ou um “Ninguém”. As boas maneiras e a cortesia
são as ferramentas mais importantes para demonstrarmos que reconhecemos a importância da
outra pessoa.
Quando você se mostra avesso a ouvir o que os outros têm a dizer, quando não olha
para a pessoa que fala com você, quando não trata esta pessoa pelo nome, depois de já ter
conhecimento dele, quando cumprimenta com a mão mole, quando quer impor suas opiniões,
quando mede as pessoas de cima abaixo com o seu olhar, quando deixa que esperem por você
sem lhes dar nenhuma justificativa, estará sinalizando com estas coisas “aparentemente
pequenas” que não considera a outra pessoa importante.
Saiba que os pressupostos da etiqueta, ao contrário do que muitos pensam, não estão
distantes do dia-a-dia das pessoas e não se restringem somente a ensinar o manuseio correto
de copos e talheres. Com eles você estará construindo as bases para o edifício de seus
relacionamentos em todos os níveis.
Como não está escrito na testa de ninguém o nível de auto-estima que cada um possui,
encontrando-se com alguém que carece dela, automaticamente você estará criando um
cenário favorável a brigas e desentendimentos.
Mas reconhecer e demonstrar que considera todas as pessoas importantes deve ser
algo verdadeiro dentro de você. Não pode ser falso, da boca para fora. Ninguém consegue todo
o tempo fingir aquilo que não sente. Os que fazem gentilezas mentirosas logo são percebidos
pelos seus pares como pessoas medíocres e bajuladoras. Não é isto que você deve ser.
Desenvolva um real interesse pelas necessidades das outras pessoas, aprenda a prestar
atenção nas outras pessoas e jamais queira se colocar perante elas como sendo você o mais
importante. Por isso, o principal “H” do profissional de sucesso é a humildade. Sempre que
você conseguir inculcar no outro a idéia de que o considera importante, terá marcado um tento
nas relações humanas. Você também se tornará muito mais capaz de carregar os “malas sem
alça”.
Você também pode aprender a controlar as emoções destas pessoas consideradas
“difíceis”. Se decidir previamente que terá uma conversa difícil, é bem possível que você se
aproxime de uma forma hostil, com os punhos fechados, pronto para brigar. Assim você próprio
monta o cenário no qual a outra pessoa vai agir. Ela agirá segundo o seu roteiro.
Quando nos relacionamos com as outras pessoas, vemos nossas próprias atitudes
refletidas no comportamento dos outros. É como se estivéssemos diante de um espelho. Quando
sorrimos, a pessoa do espelho também sorri. Quando fechamos a fisionomia, o outro também
fecha. Nosso tom de voz também pode pilotar o do outro. Se alguém gritar com você, responda
num tom equilibrado. Isto fará com que o outro baixe o tom.
Procure plantar dentro de seu coração e de sua mente a empatia, aprenda a trocar de
lugar com o outro. Não tome as ofensas que receber dos outros para si. A resolução de conflitos
é uma atribuição humana. É para isto que você está aqui na escola do planeta Terra. Por isso
você só cresce no convívio com o seu semelhante. Mas você só conseguirá construir
relacionamentos sólidos e bem-sucedidos se mentalmente e emocionalmente estiver
sintonizado com a compaixão.
Quando alguém cruzar o seu caminho, saiba que não será por acaso, você certamente
terá algo a compartilhar com esta pessoa. Dizem os grandes mestres que na vida não temos
amigos nem inimigos, todos são nossos instrutores.
Maria Aparecida A. Araújo é consultora do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear.
Artigo do Jornal Carreira & Sucesso - 21 de outubro de 2005 - 283ª edição
"Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que
lembrar às pessoas que você é, você não é”.
Margaret Tatcher
FONTES DE PODER
Francisco Bittencourt
O estudo das fontes de poder indica um conjunto de seis estilos, a serem considerados
pelos gestores e pelos que exercem posições que impliquem liderança de grupos ou de
equipes produtivas:
Poder de recompensa
Poder de coerção
Poder da legitimidade
Poder legitimado
Poder da informação
Poder do conhecimento
Poder pessoal ou poder de persuasão
Este conjunto de fontes de poder, aliados ao uso da autoridade decorrente do cargo ou
posição exercida, e a prática da influência decorrente da situação existente podem levar à
consolidação da busca de resultados, do exercício da liderança e de processos negociais.
Poder de recompensa - O poder de recompensa é o poder que permite a possibilidade de
trocar, de fazer concessões, de barganhar durante o processo de busca de resultados, de
exercício da liderança ou de negociação.
Sob este aspecto, alguns cuidados são fundamentais:
Estar consciente de que há disponibilidade para oferecer algo em troca do que se pretende
obter.
Estar seguro do que se pretende obter de um interlocutor, em troca do que se pode e se quer
oferecer.
Conhecer o valor real de tudo o que se tem para oferecer, sabendo o quanto custa para si;
conhecer também o quanto vale para o interlocutor, o que se tem para oferecer.
Saber o valor do que se pretende obter, em troca do que se vai oferecer; neste ponto é
importante saber quanto custa para o interlocutor e quanto vale para si.
Poder da coerção - O poder de coerção é um recurso válido na ação de busca de resultados,
desde que usado não como intimidador, mas como um verdadeiro restaurador do equilíbrio na
relação produtiva – busca de resultados, exercício da liderança e na negociação.
O poder de coerção pode ser um recurso extremo, que não deve ser usado como obstáculo
na ação, mas tão somente como um agilizador.
O poder de coerção se caracteriza pelas manifestações por meio dos quais consegue-se
reduzir ou reverter um quadro extremamente favorável a qualquer dos envolvidos.
Nas negociações que envolvem, por exemplo, sindicatos e empresas, um exemplo típico do
poder coercitivo, pode ser visto assim:
uma declaração de greve, por parte dos trabalhadores;
uma decisão de demitir pessoal, por parte da empresa;
um boicote as ações da empresa, por parte dos trabalhadores;
um corte de benefícios, por parte da empresa.
Numa negociação comercial, o poder de coerção pode ser manifestado de formas diversas:
uma suspensão de compra de um determinado bem ou serviço;
a perspectiva de troca de fornecedor ou de cliente;
a suspensão da negociação, até que pontos se esclareçam.
É importante não permitir que o poder de coerção seja usado sem uma fundamentação, de
improviso.
A coerção não é, já afirmamos, um instrumento de geração de obstáculos a discussão. É
um recurso agilizador, e, mais do que isso, um restaurador de forças no processo decisório. Não
há que confundir a coerção (pressão) com coação (ameaça), sob o risco de comprometer um
clima propício ao acordo, se não for bem administrado.
O uso do poder de coerção é um ato de inteligência e que pode e deve ser usado com ética
e sensatez.
Poder da legitimidade e o poder legitimado - O poder da legitimidade se sustenta a partir
de dois pontos básicos:
o poder que se fundamenta na lei;
o poder que se fundamenta na aceitação pelos envolvidos na discussão de um fato, ou
na escolha de um processo decisório.
O uso da lei como reforço deve ser um forte incentivo aos envolvidos na relação produtiva,
na medida em que torna-se extremamente difícil, para os interlocutores, questionarem este
princípio de legitimidade.
A proteção da lei como reforço de abordagem consolida o papel de quem se envolve em
uma discussão produtiva. Compete aos envolvidos no processo decisório, na fase preparatória,
identificar bases legais para fundamentar e consolidar estratégias e táticas. Uma outra forma
de buscar a legitimidade faz-se adotando práticas consagradas pela aceitação das partes (o
exercício do poder legitimado).
Situações e fatos aceitos pelos que estão envolvidos no processo decisório estão, de forma
geral, caracterizados pela legitimidade; são exemplos fatos ou ocorrências consagradas pelo
hábito ou regras internas aceitas pelas partes.
O importante ao fazer uso do poder de legitimidade, é o não questionamento, por parte dos
interlocutores envolvidos na decisão.
Poder do conhecimento - É comum, e mais do que isso, é essencial, numa discussão ou
processo decisório a existência de especialistas na discussão e no processo de barganha.
Este é o uso do poder do conhecimento. O estudo profundo do tema ou temas que
envolvem uma discussão leva, de forma efetiva, a eliminação da dúvida, e induz o processo
decisório a concentrar-se no que diz respeito à consecução de seus objetivos.
Ser entendido como alguém detentor do conhecimento do tema ou temas básicos que
exploram o processo decisório, ter junto de si pessoas observadas e aceitas pelos
interlocutores, e neste aspecto, o poder do conhecimento se alia ao poder da legitimidade,
funcionam como agentes transformadores da decisão elevando o seu nível de discussão e de
abordagem.
O tomador de decisões forte na construção de argumentos e eficaz, especialista, antes de
ser uma ameaça, é ingrediente de sucesso e solidez numa tomada de decisão, seja de busca
de resultados, de exercício da liderança, de uma negociação.
Poder da informação - O uso adequado dos dados disponíveis, ou melhor a oportunidade de
usá-los quando conveniente ou indicado, é, das estratégias adotadas, a que melhor define o
conceito do poder da informação. Os indivíduos ou organizações que disponham de dados tem
uma posição de destaque em relação a seus interlocutores. Estes indivíduos ou organizações
estão em melhores condições de decidir a posição de mais força na discussão e na barganha.
Nesta etapa do planejamento (seleção das fontes de poder), o tomador de decisões deve
buscar dados concretos que fundamentem sua posição no processo, e que dêem base para
uma discussão madura e eficaz, capazes de levar a um processo no qual o comprometimento
seja assumido por todas as partes envolvidas.
Dados e informações orientadores da argumentação; números reforçadores da discussão,
justificativas baseadas em fatos históricos comprováveis (situações acontecidas em
negociações anteriores e comprovadas de forma autêntica), este conjunto de alternativas
poderá ser acionado pelo tomador de decisões para a qualificação do processo.
O poder de informação, portanto, exige ao ser acionado:
o uso da informação conveniente, no momento adequado;
a guarda de informações adequadas e estratégicas, para reforço de argumentações
relevantes;
disponibilidade de informações permitindo a troca de concessões, gerando um conjunto
de alternativas viabilizadoras de um acordo (recompensa, tempo, conhecimento e
informação).
Pode-se concluir, portanto, que informações reais, bem estruturadas, com bases sólidas de
pesquisa, fundamentadas na verdade dos fatos, são o aval da solidez e da honestidade (ética)
da decisão – quer na busca de resultados, quer na ação da liderança, quer na negociação.
Poder da persuasão - Fechando o ciclo de poderes que configuram a infra-estrutura do
planejamento de uma decisão, o poder da persuasão, ou poder pessoal, é a capacidade
profissional de explorar, de forma consciente e eficaz, nos momentos de discussão, na
apresentação de propostas e no instante de barganhar trocas e concessões, as suas
qualificações pessoais, sua presença, seu domínio sobre o ambiente, no sentido de envolver e
seduzir, em sentido amplo, seus interlocutores.
É o poder que dá ao tomador de decisões a possibilidade de, por meio de uma
argumentação inteligente e fundamentada - com base em dados reais, em informações
concretas e verídicas levar a discussão a resultados efetivos. O poder de persuasão bem
exercido possibilita o exercício da liderança do processo, gerando segurança a todos os
envolvidos.
Esta segurança se manifesta principalmente no próprio tomador de decisões – líder ou
negociador, ao perceber que o seu poder de convencimento está levando a resultados eficazes.
Quando este convencimento é feito por meio de abordagens reais, concretas e sérias
(persuasão, legitimidade e informação), os profissionais envolvidos na busca de resultados, na
subordinação à liderança ou na negociação sentem-se recompensados.
Faz parte da abordagem persuasiva provocar reflexões nos interlocutores, que permitam a
mudança de posições, a revisão de posturas, a troca de alternativas, no sentido de efetivação
de trocas e concessões enriquecedoras do processo decisório.
Convencer o interlocutor, fazendo-o entender a sua abordagem, levando-o a refletir sobre
alternativas sobre as quais não havia considerado anteriormente, respeitando-o, e sendo
respeitado por ele, adotando linhas de persuasão maduras e conscientes, reforçam o papel de
um bom tomador de decisões, líder ou negociador.
Conclusão
O conhecimento pela identificação das fontes de poder sobre os quais o tomador de
decisões se julga mais reforçado, levam a decisão a um patamar de discussões e conclusões
que o tornam mais profissional, com mais qualidade e com mais efetividade: resultados
concretos, produtivos e de aplicação imediata.
Francisco Bittencourt é Consultor do Instituto MVC e Professor da EPGE/FGV
A BASE DE PODER ENQUANTO PAI OU MÃE
Varuna Viotti Victoria
John Gottman em seu livro ¨Inteligência Emocional e a arte de educar nossos filhos¨
enfatiza e analisa a base de poder como o elemento de relação entre pais e filhos, que permite
aos pais colocarem limites na educação de seus filhos.
Esta colocação de limites é algo que toda criança quer e sente necessidade. É importante
que os pais encontrem o caminho adequado para estabelecer esta base de poder na educação
de seus filhos.
Pais que usam como base de poder a ameaça, a humilhação e o castigo físico,
provavelmente vão encontrar nos filhos o desejo de vingança e não a vontade de agradá-los.
Da mesma forma, pais permissivos, que sentem que não têm nenhuma base de poder com
os filhos, vão encontrar sérias dificuldades na educação familiar.
Para os pais preparadores emocionais a base de poder é o elo que existe entre eles e seus
filhos. O respeito e a afeição são de grande importância neste processo.
É crucial desmerecer e humilhar a criança quando se quer corrigi-la. Uma relação familiar
deve ser baseada na confiança e não na intimidação.
Pais acostumados a agredir seus filhos e humilhá-los para corrigi-los podem modificar esta
postura desde que se dediquem a esta mudança.
Três aspectos são essenciais para quem quer fazer esta mudança na relação com os filhos:
1- Todos os sentimentos são permissíveis mas nem todos os comportamento o são.
2- A relação pais-filhos não é democrática. Cabe aos pais determinar os comportamentos
permissíveis.
3- Com os filhos adolescentes e pré adolescentes os pais podem discutir diretamente estas
questões de base de poder. Devem estabelecer as regras e quais as conseqüências da
transgressão a partir de uma negociação respeitosa.
Os pais não devem e não podem ter medo de serem firmes, pois como pessoas mais
amadurecidas sabem melhor quais são os comportamentos de risco.
Pesquisas mostram que a criança cujos pais sabem com quem ela anda, o que ela faz e por
onde anda é menos sujeita a comportamentos de risco, a usar drogas e cometer delitos e
crimes futuramente.
Se necessário, estes pais devem recorrer à terapia familiar. O desenvolvimento natural do
ser humano é uma grande força positiva. O cérebro de uma criança é naturalmente
programado para procurar segurança, amor, conhecimento e compreensão.
Os filhos desejam ser afetuosos e altruístas. Desejam explorar o que os cerca, saber o que
é certo e o que é errado. Querem acertar e os pais, com todas as forças naturais do seu lado,
podem confiar nos sentimentos dos filhos e devem saber que não estão sós neste processo.
Devem estar cientes de que preparar um filho emocionalmente requer um trabalho interior
constante, e mesmo nesta loucura de vida que levamos é imprescindível acharmos um tempo
para nos dedicarmos a este trabalho.
Estabelecer e manter uma adequada base de poder na relação com os filhos é o fio da
meada para todo o preparo emocional que podemos oferecer a eles.
Varuna Viotti Victoria é pedagoga.
"Quem quiser ser grande seja vosso servo; e quem quiser ser o
primeiro seja o escravo de todos. Eu não vim para ser servido.
Eu vim para servir e dar a minha vida para a salvação”
Jesus Cristo segundo Marcos 10,35-45
Parábola do Oriente
Conta uma parábola que um viajante procurou abrigar-se de uma tempestade numa casa que lhe pareceu
a mais apresentável numa distante cidade do Oriente. Foi muito bem recebido pelo dono da casa, mas
logo sentiu uma pontada de frustração ao perceber que a casa era inteiramente vazia: nenhum móvel,
cadeira, mesa, nada. Sentado no chão, depois de descansar alguns minutos, o viajante não se conteve e
comentou:
- Agradeço muito sua hospitalidade, mas permita-me uma observação. Como o senhor consegue viver
numa casa totalmente desguarnecida de móveis, quadros, eletrodomésticos – enfim, do conforto ao qual
estamos todos habituados?
- Por acaso o senhor está trazendo consigo esses bens confortáveis que citou?
O que acho legal nessa parábola é a maneira simples e direta pela qual ela mostra a futilidade do
apego aos símbolos materiais, tão comum na nossa sociedade atual, em que a aparência, a ostentação e
os bens financeiros têm sido critérios de avaliação mais importantes que caráter, bondade, moral e
educação – para citar apenas alguns exemplos.
A futilidade desse apego fica mais evidente na parábola quando somos levados a refletir que
estamos todos aqui na terra de passagem e nenhuma daquelas riquezas é aproveitável para além desta
vida.
A interpretação dessa analogia é óbvia: todo poder, por maior que seja e independente da sua
natureza e forma, é efêmero e passageiro. Deslumbrar-se ou deixar-se embriagar pelas aparências ou
pelos valores materiais das coisas é no mínimo mostrar indiferença aos valores realmente essenciais para a
dignidade, a paz e a felicidade da raça humana nesta viagem transitória.
Embriagados pelo poder - O que tais comentários têm a ver com as empresas, com o trabalho? Aquela
parábola me faz lembrar de uma certa categoria de gestores que se deixa embriagar pelo “poder” da
autoridade hierárquica para cometer desmandos e injustiças contra seus colaboradores no trabalho – e, às
vezes, até contra a comunidade onde atua.
Esse “poder” hierárquico é tão efêmero e passageiro, que um indivíduo pode possuí-lo e perdê-lo
dezenas de vezes durante sua vida profissional. E essa constatação atinge a todos: a imprensa anuncia
com freqüência a rotatividade de altos executivos, alguns tão poderosos quanto arrogantes, que até então
pareciam inatingíveis. Com o tombo, às vezes, o sujeito aprende a lição, outras vezes nem se dá conta de
que não é o mundo que está errado ou que não o compreende, mas ele próprio é quem está necessitando
de uma faxina comportamental.
Certamente, você conhece profissionais que já exerceram cargos gerenciais em várias empresas, já
saíram delas e continuam jogando da mesma maneira: cometendo “pênalti” e “faltas” contra o próprio time,
nem sempre punidos pelo “juiz” - o chefe imediato.
É incontável a quantidade de executivos que, demitidos, deixa uma péssima imagem, uma fama de
grosseiros, arrogantes e injustos. O que me leva a perguntar: o que leva um profissional a sentir prazer em
provocar medo, raiva e tristeza na equipe? Se não tem prazer, pelo menos demonstra não dar a menor
importância aos sentimentos alheios. Ou seja: é, no mínimo, egocêntrico, incapaz de praticar a empatia e a
tolerância.
Mal sabem esses que o verdadeiro poder está na simplicidade. O verdadeiro líder é uma das mais simples
pessoas da equipe. Porque ele tem assegurada sua auto-estima, sua auto-confiança, sua paz interior e, por
isso, não tem a menor necessidade de fazer alarde daquilo que o mundo corporativo chama de poder. Essa
simplicidade cativa a equipe e a conduz ao comprometimento, diante do contexto de harmonia e respeito que
é criado.
Como é admirável o líder que não perde o coração por causa do poder! Como é louvável o líder que usa a
força do seu poder para produzir e transmitir paz, confiança, bom humor e felicidade dentro da sua
organização – sem o menor prejuízo à capacidade produtiva da mesma! E é claro que estes existem – eu
mesmo desfruto da amizade de alguns deles.
Tenho certeza de que você também conhece presidentes de empresas – vencedores - que cumprimentam
do porteiro ao vice-presidente, com a mesma espontaneidade, simplicidade e entusiasmo, sem que, com isso,
percam um milímetro da sua autoridade. Pelo contrário, ganham em afeto, admiração e respeito. E mesmo em
outros níveis hierárquicos – diretores, gerentes, chefes, supervisores, encarregados –, aos quais se aplicam os
mesmos conceitos, há aqueles que igualmente tratam o próximo com a simplicidade dos vencedores, dos
verdadeiramente poderosos, dos que têm a serena certeza da sua importância, da sua competência e da sua
missão.
Claro, há os outros – infelizmente em maioria, até. Justamente por isso o mundo corporativo anda tão
conturbado. Mas eu não tenho a menor dúvida de que a simplicidade vencerá e a muito curto prazo. Cada vez
mais sou chamado por empresas para falar sobre o gerenciamento de resultados e sentimentos. Ah, e com
que prazer eu o faço! Pena que eu não consiga operar milagres e produzir transformações comportamentais
com a velocidade que gostaria. Mas bem que eu tento: diariamente peço inspiração ao único guru que
conheço e que, na Sua breve passagem pela terra, deixou como exemplo o mais eficaz e duradouro
modelo de uso do poder e simplicidade que a história já conheceu.
EMPOWERMENT
Poder. É o que todo mundo quer e ninguém parece ter o suficiente. Líderes mundiais, donas de casa,
executivos, amantes, . . . O desejo de poder é inerente à natureza essencial e fundamental à nossa
sobrevivência. Sem ele, nada teríamos realizado.
O homem da caverna inventou o fogo, Napoleão conquistou a Europa e Alexander Graham Bell
inventou o telefone, todos pela mesma razão. Cada um queria mais poder sobre o seu mundo. Essa busca
universal do poder ajuda a moldar a história. É uma das forças motrizes que existem por trás de todo
esforço humano. E em nenhum lugar a busca de poder é mais evidente do que no ambiente de trabalho.
Alguns profissionais poderão utilizar o poder visando vantagens pessoais; outros, o benefício da empresa.
O fato é que sem poder são incapazes de atingir algo significativo.
Portanto, a pergunta é “de que maneira conseguimos mais poder?”. Para responder, precisamos
primeiro como funciona o poder. Funciona sob o mesmo princípio que o amor: quanto mais a pessoa dá
aos outros, mais recebe em troca. Infelizmente muita gente julga haver um estoque limitado de poder;
que dar poder a uma outra pessoa significa diminuir o seu próprio poder.
Poder não se dá, poder se conquista; poder não se impõe, poder se cultiva. O segredo para
alcançar o sucesso como líder e como organização consiste em aprender a liberar o potencial oculto das
pessoas. Consiste em ajudar os trabalhadores em todos os níveis, do faxineiro ao executivo, a sentir o seu
próprio poder.
Quando pensamos na palavra “poder”, muitas imagens nos vêm à mente. Muitas pessoas associam
poder a temor – como algo que vem de cima para controlá-las, inibi-las. O verdadeiro poder, entretanto,
funciona exatamente de maneira oposta. Ele flui de baixo para cima, e não de cima para baixo. O poder
supremo não provém da intimidação das pessoas pela força bruta, mas da libertação delas de modo que
sejam tudo o que podem ser. Um líder maximiza o seu próprio poder e oportunidades de sucesso quando
dá às pessoas que trabalham com ele condições para alcançar um sentido de poder e sucesso.
Em busca da autonomia, envolvimento e solidariedade
Estilo de gestão baseado no fortalecimento de pessoas e de equipes de trabalho, envolvendo
também aspectos de liderança, motivação e desenvolvimento. Assim é definido o Empowerment, cujo
conceito surgiu por volta dos anos 70, provocado por consultores focados no comportamento
organizacional, e que somente agora atingiu seu apogeu. “Trata-se de uma maneira envolvente de lidar
com as pessoas e equipes para proporcionar alavancagem na gestão da mudança organizacional e na
busca de flexibilização e resultados promissores", explica um dos autores nacionais mais conhecidos e
respeitados na área de administração de empresas e RH, Idalberto Chiavenato, mestre e doutor em
Administração pela City University of Los Angeles. E completa: "o Empowerment cria as condições básicas
para o alcance daquilo que chamamos de solidariedade dentro da empresa. Uma relação mais humana de
trabalho em que as pessoas se sintam privilegiadas e impulsionadas por uma maneira elegante e
democrática de lidar com elas. Afinal, uma organização nada mais é do que um conjunto articulado e
integrado de pessoas que colaboram entre si para o alcance de objetivos gerais. Colaboração é essencial
para o sucesso da empresa. Ainda mais na Era da Informação em que o conceito de empresas está
mudando radicalmente. Antes, eram conjuntos articulados de recursos organizacionais para alcançar
objetivos organizacionais. Hoje, são conjuntos integrados e articulados de competências, sempre
atualizadas e prontas para qualquer oportunidade. De um mundo físico e concreto (recursos), as
empresas estão hoje atuando em um mundo cada vez mais intangível e invisível (competências)".
Tendo como principal objetivo colocar as pessoas em primeiro lugar - "quando isso acontece, o
cliente, seja ele interno ou externo, se torna mais satisfeito", comenta Chiavenato – o Empowerment faz
de quatro palavras suas metas imediatas: Poder (dar importância e confiar nas pessoas, delegar
autoridade e responsabilidade a elas, proporcionar liberdade e autonomia em suas atividades, fazer com
que possam pensar antes de atuar, refletir antes de executar), Motivação (incentivar as pessoas
reconhecendo o trabalho excelente, permitindo que elas participem dos resultados, recompensando-as
pelos resultados alcançados, festejando o alcance de metas, envolvendo emoção no trabalho), Liderança
(orientar as pessoas, definir metas e objetivos a alcançar, abrir novos horizontes, avaliar seu desempenho
e proporcionar retroação em tempo real) e Desenvolvimento (proporcionar recursos às pessoas -
treinamento, capacitação, aprendizado, conhecimentos, habilidades, atitudes, informação constante,
apoio e retaguarda -, treinar e desenvolver, compartilhar conhecimento e, sobretudo, criar e desenvolver
talentos).
“Por ser um estilo de gestão, o Empowerment deve ser aplicado desde a cúpula da organização até a
sua base: presidente e diretores (no nível institucional), gerentes (no nível intermediário ou tático) e
supervisores (no nível operacional) precisam aplicá-lo em seu cotidiano. Trata-se de uma revolução
cultural em certas empresas, pois tem a ver com uma nova atitude gerencial em relação às pessoas e
uma nova atitude das pessoas com relação aos seus líderes", explica o professor. A partir de sua
aplicação, o Empowerment proporciona flexibiIidade à estrutura organizacional da empresa no sentido de
dar prioridade às pessoas e não à arquitetura. "Esta deve funcionar como plataforma para incentivar as
relações interpessoais e não como um fim em si mesma", comenta Chiavenato. Também a partir do estilo
de gestão é possível descentralizar o processo decisório nas empresas, tornando-o mais adequado e
ajustado às demandas locais. E mais: revitaliza a cultura organizacional através de maior participação das
pessoas nas decisões e no próprio negócio da empresa, além de criar condições e colaborar para o
processo de transformar pessoas em talentos. "O capital humano não é constituído apenas de talentos,
mas também do contexto organizacional (estrutura + cultura corporativa + estilo de gestão) em que os
talentos trabalham, agregam valor e alcançam resultados. Talento precisa de um nicho adequado para
que possa florescer, desenvolver e acontecer", reforça.
8. Confie nelas.
A primeiríssima coisa, e uma das mais importantes, que você pode fazer para conferir
poder às pessoas é dizer-lhes o que elas devem fazer.
Não é suficiente as pessoas saberem o que devem fazer. Elas precisam também saber a
razão de o estarem fazendo. Do contrário, as suas responsabilidades nada mais serão que
uma lista de atividades sem nenhum significado.
Uma das tragédias do complexo ambiente de trabalho atual é que muitas pessoas não têm
a sensação de estar contribuindo. Elas têm pouca ou nenhuma idéia da contribuição que
estão prestando para o produto final e para a sociedade em geral.
Uma pessoa fica extremamente limitada na sua capacidade de utilizar as suas qualidades
e aptidões em prol da empresa se não tiver autoridade de colocá-las em prática. Ela
acabará perdendo o desejo de utilizar suas qualidades se for constantemente bloqueada
nos seus esforços para alcançar o sucesso devido à falta de autoridade.
Existe sempre a possibilidade de uma pessoa abusar da autoridade que lhe é conferida.
Na maioria dos casos, entretanto, é preferível pecar por conferir excesso de autoridade do
que autoridade de menos. Quando as pessoas têm autoridade, tendem a ter mais
iniciativa.
Qual o grau de autoridade que se deve dar a um funcionário ? O suficiente para que ele
cumpra as responsabilidades que lhe foram delegadas. Se uma pessoa será
responsabilizada pelos resultados que alcança, precisa ter o direito de tomar decisões na
esfera de suas responsabilidades.
Definimos padrão como um critério para medir o desempenho. E vamos considerar quatro
maneiras de medir o desempenho: quantidade, qualidade, custo e tempo necessário.
Fazer com que as pessoas alcancem a excelência não é tarefa fácil. Principalmente se
estas pessoas estiverem acostumadas a realizar um trabalho medíocre. Elas estão
satisfeitas, ou pelo menos acham que estão. As pessoas simplesmente não gostam de
mudar e lutam contra isso o tempo todo. Mudança incomoda. Elas têm que exercitar
músculos, principalmente os córtices cerebrais. Lembre-se que isso é perfeitamente normal. Faz
parte do processo.
Não espere que as pessoas passem da mediocridade para a excelência da noite para o
dia. A sua função é levá-las passo a passo, de forma quase imperceptível.
Você saberá que atingiu o objetivo quando notar o orgulho das pessoas e quando
começarem a cobrar padrões mais elevados daqueles que trabalham para elas. Esse é o
ponto em que isso passou a ser padrão delas e não seu.
MATURIDADE
“Não é uma qualidade rara que faz por si o encanto de uma pessoa;
é a harmonia entre todas as qualidades”.
Condessa Diane
4. O poder através do Treinamento e Desenvolvimento
Quando você dá a uma pessoa uma nova aptidão, você aumenta o valor dela para a
empresa. Você lhe dá também condições de satisfazer mais algumas de suas
necessidades básicas.
Quanto mais variada a forma de treinar as pessoas, melhor. Veja algumas das mais
conhecidas formas: treinamento teórico formal; treinamento prático; reuniões de equipe;
e orientação individual.
Veja a seguir uma lista parcial de informações que deveriam ser constantemente dadas a
funcionários:
atualização da evolução
atualizações profissionais
mudanças iminentes
O líder não precisa passar horas e horas tomando pequenas decisões e/ou corrigindo
erros cometidos porque as pessoas não dispunham das informações necessárias.
6. O poder através do Feedback
Para as pessoas serem bem sucedidas, precisam saber quando e como melhorar o seu
desempenho. Muitos líderes não dão feedback porque acham que as pessoas sabem
quando estão fazendo um bom trabalho ou não.
Veja algumas das maneiras pelas quais você poderá dar feedback às pessoas que
trabalham para você:
pequenas reuniões, abordando seus pontos fortes e fracos, desempenho e/ou áreas
em que podem se superar;
reuniões da equipe;
pequenos gestos.
É fundamental também que o feedback seja sincero e adequado a cada pessoa. Além de
ser na frequência e intensidade corretas.
A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK FRANCO E DIRETO
Encobrir um desempenho sofrível é faltar com o respeito e com a justiça. As pessoas
precisam de feedbacks regulares e objetivos sobre sua atuação e sobre o que precisam fazer
para melhorar. De acordo com 89% dos executivos pesquisados, o feedback objetivo e franco é
de grande importância para o seu desenvolvimento – entretanto, somente 39% dos
entrevistados acham que suas empresas lhe dão o retorno necessário.
Todas as pessoas, não importa o nível de seu desempenho, possuem pontos positivos e
negativos que lhes serviram de plataforma para o sucessos e fracassos do passado. Quando
apontamos às pessoas de nota C os seus pontos fortes, isso as entusiasma e as anima a seguir
adiante com seu trabalho. Esses profissionais também se beneficiam de um feedback claro
sobre seus pontos fracos, porque isso os estimula a vencê-los. A maior parte das pessoas tem
muito a aprender no que se refere à transmissão honesta e construtiva dos dois tipos de
feedback. É importante que esse retorno seja feito também por escrito, como parte da
avaliação anual de desempenho, e passado informalmente durante o ano todo. A demissão
resultante de um desempenho fraco não pode jamais ser uma surpresa.
A importância do coaching para a melhora do desempenho do profissional de nota C.
Dizer simplesmente às pessoas que melhorem sem lhes dar a orientação e o respaldo
de que necessitam para fazê-lo de nada vale. O indivíduo pode ser levado a pensar que se
trata de um preparativo para a demissão.
Nossa pesquisa trouxe à tona o “plano de ação corretiva”, um procedimento formal e de
grande eficácia utilizado pela Arrow Eletronics. Trata-se de um programa mais instrutivo do que
propriamente punitivo, no qual o funcionário recebe orientação específica sobre como proceder
para melhorar seu desempenho durante um período de, no máximo, seis meses. Pelo
programa, o supervisor fica encarregado de providenciar assessoria constante de coaching, de
modo que o indivíduo possa de fato adquirir novos hábitos comportamentais. Se, mesmo
assim, a performance não apresentar o resultado esperado ao fim do programa, pede-se ao
profissional que deixe a empresa. Segundo a Arrow, 50% das pessoas que passam por esse
processo são bem-sucedidas e se mantêm em um patamar aceitável de desempenho a maior
parte do tempo.
“Está errado!”
“Enquanto não mudar o chefe, sei que não vou ser promovido”
“É, mas não sei como fazer diferente... então vai ficar assim mesmo”
Uma das funções básicas do líder é fazer com que as pessoas se sintam vencedoras.
Quando as pessoas se sentem vencedoras, agem como tal. Quando temos uma sensação
boa, fazemos naturalmente o que for preciso para ter novamente a mesma sensação.
O reconhecimento, assim como o feedback, deve ser sincero, adequado a cada pessoa e
na intensidade correta.
Veja algumas das maneiras pelas quais você pode reconhecer aqueles que trabalham
para você:
elogio
promoção
avaliação de desempenho
maior autoridade
carta personalizada
reconhecimento financeiro
surpresas
Floriano Serra é psicólogo, palestrante e Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN
Farmacêutica e autor do recém-lançado "A Terceira Inteligência" (Butterfly Editora).
matéria incluída em: 22/12/2005 no site motivaonline.com.br
VAI EM FRENTE!
Ken Blanchard (Autor de “O gerente Minuto” e de “Liderando com a Bíblia”)
Em uma segunda-feira, Anne Marie Butler estava dando uma de suas palestras em um Hotel.
"Antes de falar com vocês", disse Anne Marie, "deixe-me perguntar-lhes uma coisa. Quantos de vocês
supervisionam outras pessoas, seja no trabalho ou em casa?" As pessoas riram, já que praticamente
todas levantaram a mão. "Imagino que muitos de vocês não se consideram gerentes em casa?"
"Então, todos vocês estão gerenciando pessoas em várias partes da suas vidas", continuou Anne Marie.
"Hoje, eu gostaria de falar com vocês sobre motivação. E vou compartilhar com vocês uma forma de motivar
pessoas. É a verdade sobre a gerência mais poderosa que já descobri. É como acontece com verdades simples
e profundas, está bem diante dos nossos olhos. Quando saírem daqui hoje, meu palpite é que vocês
começarão a prestar atenção às suas interações com as pessoas de uma maneira inteiramente nova que irá
ajudá-Ios a criar relacionamentos positivos, aumentar a energia das pessoas e melhorar seu desempenho no
trabalho. Pode até transformar vocês em pais melhores. Envolve aquilo que é seu foco. O que precisamos
como gerentes e líderes de equipes é encontrar uma maneira de concentrar a atenção no que é nobre,
vibrante e maravilhoso nas pessoas com as quais trabalhamos. Deixe-me mostrar o que quero dizer. Será que
todos poderiam ficar de pé?"
Quando todo o salão se levantou, Anne Marie disse: "Primeiro, durante um minuto aproximadamente,
gostaria que vocês cumprimentassem as pessoas à sua volta como se elas não fossem importantes e
você estivesse procurando alguém mais importante com quem falar."
O auditório estava trocando saudações e apertos de mão, a maioria em voz baixa e sem contato
visual.
Anne Marie: “Agora, todos se cumprimentem durante mais um minuto, como se fossem amigos
queridos de longa data que vocês estão felizes em rever."
O lugar ficou animado, as pessoas estavam sorrindo calorosamente, cumprimentando-se com
satisfação e dando tapinhas nas costas umas das outras. Desta vez, quando Anne Marie tentou interfe rir,
foi mais difícil. As pessoas estavam se divertindo cumprimentando-se dessa maneira.
Quando todos já estavam sentados, Anne Marie perguntou: "Por que pedi que vocês fizessem isso?"
Todos riram, como se estivessem se perguntando a mesma coisa. "Foi para explicar a energia", continuou
ela. "Estou convencida de que para motivar as pessoas e criar uma organização de classe mundial, é preciso
saber gerenciar a energia das pessoas. Qual das duas atividades que pedi que vocês realizassem gerou
mais energia?"
''A segunda!", gritou a platéia.
"Exatamente. O que eu fiz foi pedir a vocês que mudassem o foco de sua atenção. Da primeira vez,
vocês estavam vendo o lado negativo, pessoas pouco importantes a vocês e a procura por alguém mais
importante. Da segunda vez, dei a vocês um foco positivo - amigos queridos que não se viam há muito
tempo. Será que a mudança de foco fez diferença na sua energia? Com certeza!"
''Quero compartilhar com vocês alguns método e que vocês pensem sobre a maneira de gerenciar
pessoas. Irei falar sobre o que considero ser o ABC da gestão do desempenho."
O ABC do Desempenho
A = Ativador, Aquilo que dá origem ao desempenho.
B = Comportamento, o desempenho que efetivamente ocorre.
C = Conseqüência, sua resposta ao desempenho.
"Vamos começar com o A, o Ativador", disse Anne Marie. "O que queremos dizer com Ativador é algo
que estimule o comportamento ou o desempenho desejado. Um Ativador pode ser uma série de instru -
ções, uma experiência de treinamento - ou mesmo um chefe gritando. Os Ativadores mais comuns são
metas. Em organizações, peço aos gerentes que me falem sobre as metas de seu pessoal. Em seguida,
converso com as pessoas e lhes pergunto quais são suas metas. Em comparação, vemos que os dois
grupos são quase sempre
diferentes. Muitas vezes nem parecem semelhantes. Como resultado, as pessoas são criticadas pelos
chefes por não fazerem o que elas nem sabiam que deveriam fazer, para início de conversa. Essa não é
uma forma muito eficaz de gerenciar nem de ser gerenciado.
Todo bom desempenho começa com metas claras. Se os gerentes não trabalham junto com seus
funcionários para desenvolver metas inteligentes e executáveis que sejam claras para os dois lados, o seu
pessoal não terá idéia alguma do que esperam dele ou o que é considerado bom de sempenho. Se as
pessoas sob sua supervisão não souberem o que precisam fazer, a sua função como gerente não terá
importância alguma.
“Então a letra A, do ABC é importante porque impulsiona o desempenho", continuou Anne Marie, "mas
essa certamente não é a história toda. Depois de motivar o desempenho que você deseja, definindo
metas claras, é preciso observar o comportamento (Behavior) que o acompanha. É isso que o B
representa. Com as pessoas no trabalho, esse comportamento pode ser falar eficazmente com clientes
ou atingir metas de vendas. Com os filhos, pode ser limpar o quarto ou fazer dever de casa. Observar o
comportamento que ocorre após a ativação inicial é uma etapa que normalmente não é percebida pelos
gerentes mesmo quando eles obtêm o desempenho desejado. Assim que as metas são definidas e o
treinamento necessário estiver encerrado, elas desaparecem. Quando isso acontece, não há a menor
chance de eles aproveitarem a terceira e mais importante etapa na gestão do desempenho: o item C, ou
Conseqüência - o que acontece depois que o comportamento desejado é obtido. Mas antes de
prosseguirmos, deixe-me fazer uma pergunta muito
importante: quando você faz alguma coisa certa no trabalho, que resposta normalmente obtém?"
Alguém expressou: "Não acontece nada! Ninguém diz nada!"
"Você está certo", concordou Anne Marie. "A resposta mais freqüente que as pessoas recebem por seu
desempenho é nenhuma. Ninguém percebe nem comenta nada até quando?"
Todos na platéia sabiam a resposta: quando as coisas dão erra do.
"Quando eu pergunto às pessoas de qualquer parte do mundo: 'Como você sabe quando está fazendo
um bom trabalho?', a resposta mais comum que recebo é: 'Quando faz tempo que não levo bronca do
meu chefe'. Em outras palavras, quando ninguém diz nada é porque está tudo bem".
"Todo mundo percebeu onde está o foco? Isso é para indicar que das três etapas, A, B ou C, a C tem
maior impacto no desempenho geral. Ainda assim, acabamos de reconhecer que normalmente a
resposta sobre nosso desempenho é que ficamos sozinhos. Na verdade, existem outros três tipos de
resposta. A 1ª como já vimos: nenhuma Resposta; a 2ª: Resposta Negativa; a 3ª: Redirecionamento; e a
4ª: Resposta Positiva”.
“Até certo ponto, já falamos sobre os dois primeiros tipos de resposta”. A mais popular é a primeira:
“Nenhuma Resposta”. As pessoas estão tão acostumadas a ser ignoradas, e pensam que essa é uma
situação normal do trabalho. Só ouvem falar do chefe quando fazem besteira. Nenhuma Resposta é
seguida por uma "Resposta Negativa" que pode assumir a forma de um olhar irado, críticas verbais ou
algum tipo de penalidade.
As últimas duas respostas de nossa lista - Redirecionamento e Positiva - são as menos usadas, porém
mais poderosas. Vamos analisar a resposta de Redirecionamento. As pessoas me dizem, “não se pode
simplesmente ignorar o mau desempenho ou o comportamento negativo” e eu concordo. O
Redirecionamento é a forma mais eficiente de lidar com o comportamento indesejado. E como esse
Redirecionamento funciona com as pessoas? “O Redirecionamento é a melhor maneira de transformar,
por completo, inúmeras situações de moral baixo. Vocês verão que essa resposta funcionará em 99%
dos casos em que você possa estar tentando usar a Resposta Negativa a alguém. É uma resposta muito
poderosa porque coloca novamente a pessoa em ação e, ao mesmo tempo, mantém o respeito e a
confiança, não chamando a atenção para o comportamento indesejado de forma negativa”. Enquanto Anne
Marie falava, apareceu um slide na tela:
Respostas do Redirecionamento
- Descrever o erro ou o problema o quanto antes, de forma clara e sem apontar
culpados
- Mostrar seu impacto negativo
- Se adequado, assumir a culpa por não tornar a tarefa clara
- Repassar a tarefa em detalhes observando se está sendo compreendida
- Expressar sua confiança contínua na pessoa
Anne Marie continuou: “A quarta reação que as pessoas podem ter ao seu desempenho é uma Resposta
Positiva. No trabalho, a resposta pode ser elogiar ou mesmo uma promoção. Com os filhos, são elogios,
abraços ou um presente. Quando um bom desempenho é seguido por algo positivo, naturalmente as
pessoas querem continuar esse comportamento. É importante enfatizar aqui que não se deve esperar um
comportamento exatamente certo antes de se responder de forma positiva. Caso contrário, você pode
ficar esperando para sempre." Nesse momento, outro slide apareceu na tela:
"Tive uma experiência interessante, que ilustrará a Resposta VAI EM FRENTE", disse Anne Marie. "Eu
estava visitando um gerente regional de uma cadeia de varejo, que é meu colega. Entramos em uma de
suas lojas, a gerente nos cumprimentou e meu amigo disse a ela: “Por que você não nos leva em uma
visita mostrando tudo que está funcionando bem por aqui?” A gerente ficou satisfeita em apresentar ao
chefe os seus funcionários de melhor desempenho e mostrar a ele os resultados do seu ótimo trabalho.
Isso lhe deu oportunidade de aplaudir seu pessoal na hora certa, na frente do chefe. Ficou óbvio para mim
que a experiência como um todo encorajaria todos a ter um alto desempenho. “Mas”, você poderia se
perguntar, “será que o gerente regional não estava interessado nas coisas que não estavam indo tão bem
assim?” Claro, mas ouça o que ele disse à gerente depois da visita: “Agora que já vi tudo que funciona
bem, será que existe algum problema que você está enfrentando que meu pessoal e eu na matriz
poderíamos ajudá-Ia a resolver?” A gerente, sentindo que o chefe não queria prejudicá-Ia, estava disposta
a conversar sobre o que precisava melhorar."
"O que eu adorei na atitude do gerente regional", disse Anne Marie, "é como ele enfatizou primeiro o lado
positivo. Em seguida, deixou que a gerente falasse sobre as coisas que não estavam indo bem - mas nos
termos dela. "
"Se você cresceu em um ambiente em que predominava a punição, talvez fique tentado a perpetuá-lo
com outras pessoas. Entretanto, se a sua meta como gestor for melhorar o desempenho, realmente é
importantíssimo que você comece a usar a Resposta VAI EM FRENTE. Podemos ver que muitos de nós
fazemos as coisas exatamente ao contrário, concentramos nossa atenção no baixo desempenho e não no
bom desempenho. Ao longo do processo, reforçamos o comportamento que não queremos! A atenção é
como a luz do sol para as flores. Aquilo que recebe nossa atenção, floresce. O que ignoramos, murcha.
Vou apontar um paradoxo que é responsável pela maior parte dos problemas que temos em todos os
nossos relacionamentos, seja com funcionários no trabalho, com nossos maridos ou esposas, ou com
nossos filhos, em casa. Quando você geralmente presta atenção às pessoas? É quando estão fazen do
coisas erradas, não é? E quando você presta pouca atenção a elas? Quando tudo está bem. Por exemplo,
como pais podemos dizer: “As crianças estão brincando bem juntas. Na verdade, estão sendo ótimas. É
hora de uma folguinha, certo?”
Anne Marie fez uma pausa e olhou para a platéia. "Errado!" Então, quando as coisas estão indo bem,
perdemos uma grande oportunidade de motivação. Ficamos sem ação, nos tornamos inativos e não
prestamos atenção, nem comunicamos. Mas se nos concentrarmos em dar um retorno positivo e
específico depois de fazer algo certo, será que obteria mais desse mesmo tipo de comportamento, ou
menos?".
"Mais", respondeu o público. "Claro que sim. É por isso que precisamos acordar e dizer algo positivo e
encorajador quando as pessoas estão superando as expectativas ou quando corrigiram os erros que come-
teram. Sem dúvida alguma, este é um ponto que gostaria de enfatizar no comportamento dos gestores."
Anne Marie virou-se e apontou para um novo slide:
Anne Marie diz: "sei que é difícil mudar o foco de aten ção, especialmente se você estiver habituado a
apontar erros e criticar os outros. Você precisa se policiar para elogiar sempre as pessoas. Ima gine, por
exemplo, quando estiver com seu pessoal no trabalho ou com a família, que todos estão usando cartazes
dizendo: OLHE PARA MIM QUANDO EU ESTIVER FAZENDO ALGO CERTO.
Eu vi esse enfoque funcionar muito bem no mundo dos negócios a ponto de transformar, por completo,
equipes e empresas. Estimulo cada um de vocês a começar a usar esta aborda gem hoje ou mais tarde
quando forem para casa. Determine como responder de forma positiva a todas as pessoas à sua volta.
Assim que começar esta jornada, e especialmente depois de ter algum sucesso inicial com ela, você verá
como ela vai energizar seus relacionamentos. Portanto, você será estimulado a dar continuidade a ela.
Às vezes, você vai esquecer e reagir negativamente. Você terá um dia ruim, chegará em casa e
descontará em alguém. Mas, se fizer um esforço consciente para enfatizar o lado posi tivo em todos os
seus relacionamentos, por fim isso se tornará um hábito. E terá recompensas totalmente inesperadas."
Anne Marie continuou, "essa abordagem provavelmente economizará muitos aborrecimentos também.
Eu estava na fila do balcão de uma empresa aérea, e a pessoa à minha frente começou a destratar a
funcionária. Reclamou das reservas, do atraso e criticou a empresa pela ineficiência. Ele era sarcástico e
grosseiro. Finalmente chegou a minha vez. Eu me aproximei e disse: “Você soube lidar muito bem com a
situação. Fiquei surpresa de ver como conseguiu manter a calma e a compostura!" ''Obrigada”, ela disse."
"Procure verificar como são as suas respostas. São Inexistentes? São Negativas? São
Redirecionamentos ou são Positivas do tipo VAI EM FRENTE? Quanto mais respostas positivas você der,
melhor será o resultado.
"Meu sentimento hoje", disse Anne Marie, "é que as coisas estão mudando de modo tão rápi do e com
tanta freqüência que poucas pessoas conseguem ser especialistas no seu trabalho. A maioria de nós está
em constante aprendizado, então se as pessoas cometem erros, o Redirecionamento é mais apropriado
do que uma resposta Negativa.
Tenha sempre em mente que, ao criticar o desempenho de alguém ou dar feedback corretivo, por mais
cuidadoso que você seja, isso tende a prejudicar ou abalar o seu relacionamento com aquela pessoa. Se
continuar nisso, acabará envenenando o relacionamento. As pessoas perderão a confiança e começarão a
tentar ajustar as contas com você. Aqui é útil pensarmos em um relacionamento como se fosse uma
conta bancária. Se você der uma resposta Negativa a alguém que acha que sabe tudo, isso ajuda se você
tiver ‘crédito’ naquele banco de relacionamentos, ou seja, se você já tiver dado àquela pessoa muitos
incentivos do tipo VAI EM FRENTE. Nesse caso, a pessoa não se importa em ser corrigi da. Quando a
confiança existe, um erro pode até levar a um desempenho melhor. Acentuar o lado positivo sempre cria
um ciclo construtivo.
Agora, para que saibam o quanto apreciei o espírito de vocês em relação ao que foi proposto, tenho
uma lembrança para cada um de vocês". Algumas pessoas passaram distribuindo objetos para os
espectadores, Anne Marie continuava falando: "Com este presente, vocês terão em mãos o que meus
amigos no Sea World e eu batizamos como o símbolo oficial da abordagem VAI EM FRENTE." Havia muita
comoção e comentários entusiasmados na platéia em relação a seus brindes. Eram miniaturas de baleias
em pleno salto. Na barriga estava o slogan VAI EM FRENTE. "Vocês podem usar esses brindes e começar
um movimento em sua organização", explicou Anne Marie. "Se surpreenderem alguém fazendo alguma
coisa certa, dê a baleia à pessoa e peça a ela para passá-Ia para outra pessoa que esteja fazendo algo
certo. Garanto que elas funcionarão literalmente como um amuleto." A combinação de inspiração e
conselhos práticos de Anne Marie certamente tinha envolvido o público. Quando ela terminou a palestra,
eles a aclamaram de pé.
Fonte: VAI EM FRENTE! Motivando com palavras e ações positivas - Ken Blanchard
Para que as pessoas mostrem o que têm de melhor, elas precisam sentir que desfrutam
da sua confiança.
Faça a distinção entre confiança no caráter das pessoas e confiança nas suas aptidões.
Lembre-se de que os sentimentos e as atitudes falam mais alto do que palavras quando
você deseja transmitir confiança às pessoas.
delegue autoridade
dê liberdade às pessoas
Quando a confiança for violada, verifique se foi um erro inocente ou um erro devido a
motivos escusos. Depois tome as providências cabíveis.
CONFIANÇA... A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS
A confiança é a base de qualquer relação. E é sobre esse pilar que devemos construir
qualquer relacionamento, seja com nossos familiares, amigos, seja com nossos colaboradores.
Partimos do princípio de que a vida seja feita de escolhas...
Ser líder começa por escolher fazer a coisa certa, quando falamos sobre suas
características, posturas e práticas. Quando a liderança opta por fazer a coisa certa, dia a dia,
hora a hora, isso acaba se tornando um hábito. Por ‘fazer a coisa certa’, entenda ser paciente,
gentil, humilde, respeitoso, altruísta, honesto e dedicado. Estes princípios são auto-
explicativos, além de revelarem também as qualidades de amor, liderança e caráter.
É essencial que o líder respeite para ser respeitado, daí a importância de se obter a
confiança das pessoas. Ninguém segue os passos de alguém no qual não confia. Os líderes
devem ter em mente que estão em contínua transformação por causa das escolhas que fazem
diariamente. Suas atitudes são determinantes para mostrar às demais pessoas que você é
amigo e confiável, ou exatamente o contrário, negligente e instável. Neste último caso,
considere a antítese da liderança.
Os líderes devem transmitir segurança e, conseqüentemente, manter a confiança dos seus
seguidores. Devem melhorar sua própria segurança, conhecendo melhor a si mesmo,
distribuindo créditos a quem mereça e pedindo ajuda para as demais pessoas. Acreditar em
seu potencial é uma qualidade de liderança fundamental. Um líder que oscila para frente e
para trás, dá a impressão de ser inseguro. E inspirar insegurança, definitivamente, não pode
ser o papel do líder, quando o assunto é obter confiança. Os líderes estão em posição de
oferecer aos seus seguidores um ambiente de segurança, no qual eles possam crescer e se
desenvolver. Um líder em potencial que se sente seguro tem maiores chances de assumir
riscos, de tentar se sobressair, de inovar e de ter sucesso. O líder precisa estar determinado
para conseguir despertar esta confiança nas demais pessoas. Conhecimento intelectual não é
suficiente e tem pouco valor quando não é colocado em prática.
A exigência final da liderança eficaz é a conquista da confiança. Se não for assim, não
haverá seguidores. E um líder só é um líder se tem seguidores. A história tem demonstrado,
repetidamente, que as pessoas querem algo maior do que elas mesmas. Os líderes que
oferecem isso, sempre terão seguidores.
Para assumir uma posição de liderança, você deve ter consciência disso, e estar disposto a
fazer o esforço!
A escolha é sua!
Em toda a história, as pessoas que alcançaram o maior sucesso na vida foram aquelas
que não tiveram medo de errar. Aliás, a maioria delas vez por outra falhou e, quase
sempre, seriamente.
Se uma certa dose de fracasso faz parte da natureza intrínseca do sucesso, por que então
esta é uma palavra tão maléfica ? Por que a maioria de nós impõe severas limitações a
fim de evitar o fracasso ?
Para que as pessoas percebam todo o seu potencial, precisam ter permissão para falhar.
Consumidas pelo medo de serem rejeitadas, de ficar com cara de bobas e até de
perderem o emprego, existem pessoas que nunca alcançam a plenitude de suas
potencialidades.
Para que o fracasso seja uma experiência positiva, eis alguns passos para você
administrar o fracasso de seus funcionários:
conclua junto com o funcionário a “lição” que se aprendeu com aquele erro.
Criar um ambiente em que as pessoas não tenham medo de erra não é uma tarefa fácil.
Ninguém quer ser apenas uma pecinha em uma máquina ou um número na folha de
pagamento. Todos desejam ser respeitados na empresa como são respeitados pela
família, pelos amigos, . . . A maneira como você trata um funcionário, influencia na
maneira como essa pessoa se sente em relação a si própria. Trata-se da auto-estima.
Quando as pessoas são tratadas dessa maneira todos vencem. As pessoas sentem que o
líder e a empresa se preocupam com elas. Têm maior respeito e confiança em si
mesmas. Preservando o respeito próprio e a dignidade das pessoas, o líder passa a
contar com lealdade e compromisso, e não cooperação passiva.
Todas as idéias apresentadas sobre o Empowerment giram em torno de um tema central:
você atinge o poder como líder ao dar poder àqueles que trabalham para você.
Mas, para que isso funcione, é preciso não omitir um único princípio. Todos precisam ser
cumpridos. Agindo assim, você não apenas prestará uma contribuição significativa para a vida
de seu pessoal e da sua empresa, mas também estará fazendo o mais importante para
conquistar o sucesso.
E lembre-se de que, se quiser ter, você tem que dar.
“Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o
mercado de trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold
Remhn:
Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimentos conseguimos acumular, mais entendemos que ainda
falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como
perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu
trabalho.
Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista?
Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém
para ajudá-lo a levantar-se.
Terceira pergunta: Que conselho o Sr. dá aos jovens que estão entrando no mercado de
trabalho?
Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios
vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.
Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por
mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria
respiração.
Última pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao
mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.
Belas e sábias respostas.
Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei.
Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito há 2.300
anos: o ECLESIASTES, que você encontra na Bíblia. Mas, se eu digo isso logo no começo, muita
gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo.
Max Gheringer para a CBN.”
Querida(o) Amiga(o),
Quando atingir a idade de ser chefe de alguém, lembre-se de uma coisa: eu vou medir você pela emoção que você sente pelos
outros, pela maneira que você ajuda os pequenos a crescer. Por cada estagiário que você tirar das ruas, e transformar em gerente;
por cada assistente que você ajudar a ser independente, deixar passar acima de você, e virar supervisor, você será promovido,
recompensado.
Eu vou medir você pelas pessoas que você ajudar a serem melhores do que elas mesmas. Melhores do que você. Independentes.
A sua vida vale as pessoas que você desenvolver.
A você não será permitido perder ninguém no meio do caminho. A você não será permitido criar regras, mandamentos e leis que
façam as pessoas se sentirem inferiores por natureza e menores por tradição. Pais e Mães têm que se esforçar para merecerem ser
chamados de Pais e Mães.
A você será permitido viver como Jesus e Sócrates; pense, questione, aponte, emocione, mas não deixe nada por escrito. Não ensine
a receita do bolo. Mostre onde estão os ingredientes. Não escreva nada que possa ser seguido e usado por mentes preguiçosas
aprisionadas em corpos apressados. Escreva livros de auto-ajuda não bíblias.
Deixe as pessoas decidirem sozinhas.
Não aprenda a dizer o que os outros têm de fazer.
Abrace a diferença.
Eu vou medir você pela virtude dos seus filhos, pelos atos dos seus funcionários. A você serão dadas “Pessoas” para que você as
devolva “Seres Humanos”. A você será dado poder para que você se apodere dele e deixe-o para os outros.
Eu confio em você para ajudar os jovens a encontrar o seu próprio evangelho e não aquele escrito por outras pessoas.
Todos os dias eu viajo até as mentes brilhantes dos EUA, China, Europa, África. Entro sem apresentar passaporte, permaneço sem
ter visto, contribuo sem ter dinheiro, deixo minha mensagem de paixão. A tecnologia do Século Vinte e Um me permite isso. A
filosofia do Século Um me levou até lá.
Leve essa Boa Nova para os outros. O Ser Humano é independente. O seu coração é bom. A sua mente não mente. Ninguém precisa
ser o que a sociedade quer que seja.
Seja Humano. Faça Escolhas. Exponha-se às escolhas mais difíceis. Elas vão te afastar do sonambulismo. Elas vão te ensinar a
pensar por si mesmo.
Enquanto algumas pessoas acreditam que milhares precisam de Motivação, milhares de Seres Humanos já superaram essa fase e
precisam de Independência; precisam de outro Ser Humano com quem possam ser verdadeiros, francos, independentes. Precisam de
Você.
A Independência odeia os Tímidos.
A Coragem espera por Você. Nada menos que isso interessa.
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Você estabeleceu metas desafiadoras, tanto para você como para a equipe?
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Você estimula a liberdade, inovação e criatividade? Como? Quais são suas ações
mais usuais nesse sentido?
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PÉROLAS (ou ensinamentos...):
A seguir, relacionei uma série de frases que trazem na sua essência verdadeiros
ensinamentos que vários “mestres” e alguns anônimos (pelo menos desconhecidos
para mim) gravaram no consciente dos administradores, dos grandes líderes e de
pessoas do mundo todo. Vejo como um grande desafio torná-las gravadas em nosso
inconsciente, por conseqüência, em nossas atitudes no tocante ao relacionamento
humano, sejamos líderes formais, informais ou de ninguém, apenas de nós mesmos
(que já dá trabalho pra caramba).
Algumas dessas pérolas são bem diretas, contundentes até. Outras são parábolas
interessantes que valem alguns bons momentos de verdadeira reflexão, discussão,
“degustação” eu diria. É sim! Dá para curtir cada uma delas e principalmente aprender.
Bem, aí vai uma dica: leia novamente o texto “passos para a mudança e o
crescimento”; reflita sobre as lições que de alguma forma lhe tocaram de verdade e
conclua se é necessária a mudança. O texto poderá te dar uma boa dica de como
conseguir isso.
Com certeza essa verdadeira coleção que divido agora com você não se encerra
aqui. Quem sabe não escutarei (ou verei) de você mais uma e colocarei aqui!
DESENVOLVIMENTO PESSOAL
"O fracasso é a oportunidade de se começar de novo, com inteligência." -- Henry Ford
"Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos." -- Albert Einstein
“Não acredito muito em cursos sobre ética. Se, aos 21 anos de idade, você não sabe a diferença entre o
certo e errado, não sabe o que é ser íntegro, então tem um problema grave”
Jack Welch
"As pessoas não resistem a mudanças, resistem a ser mudadas." Peter Senge
“Os frutos bons da vida acabam nas mãos daqueles que sobem
nas árvores para colhê-los”
Lance Armstrong
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação de vitória."
Jack Kemp
"Não são os grandes planos que dão certo. São os pequenos detalhes."
Stephen Kanitz
"O encontro da preparação com a oportunidade gera o rebento que chamamos sorte."
Anthony Robins
"Há os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os que procuram ajustar as velas."
William G. Ward
"Nunca andes pelo caminho traçado, pois ele conduz somente onde outros já foram."
Alexander Grahan Bell
"Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento; o trabalho transforma o
talento em gênio."
Ana Pavlova
"A virtude de uma pessoa mede-se não por ações excepcionais, mas pelos hábitos cotidianos. "
Blaise Pascal
"Pense como uma pessoa de ação e aja como uma pessoa que pensa."
Henri Louis Bergson
"Não faça do seu cargo uma arma; a vítima pode ser você."
A. Leonelli
"Sei que meu trabalho é uma gota, mas sem ele o oceano seria menor"
Madre Teresa de Calcutá
"Os pequenos atos que se executam são melhores que todos aqueles grandes que se planejam."
George C. Marshall
"Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo, apenas, de ficar parado.
Provérbio chinês
Para evitar a crítica, não faça nada, não diga nada, seja ninguém.
Elbert Hubbard
No fim tudo dá certo. Se não deu é porque ainda não chegou ao fim.
Fernando Sabino
TOMADA DE DECISÃO:
"Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos
e o que impedimos de ser feito." Albert Camus
"O discernimento consiste em saber até onde podemos ir." -- Jean Cocteau
"Existe o risco que você não pode jamais correr e existe o risco que você não pode deixar de correr." --
Peter Drucker
"A arte de vencer é a arte de ser ora audacioso, ora prudente." -- Napoleão Bonaparte
"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis
afiando meu machado." -- Abraham Lincoln
CRIATIVIDADE
"Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento." - Albert Einstein“
“Nada é mais perigoso que uma idéia, se você tem apenas uma”
Leonardo Da Vinci
RELACIONAMENTO HUMANO
"A primeira lei da natureza é a tolerância - já que temos todos uma porção de erros e fraquezas." –
Voltaire
"O homem verdadeiramente prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz." --
Aristóteles
“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma
substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte nunca
vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que
levam muito, mas há os que não levam nada”.
Saint-Exupéry
“O que uma pessoa mais deseja é que os outros a amem. Se ninguém a amar, que os outros gostem dela.
Se ninguém gostar, que os outros a respeitem. Se ninguém respeitar, que os outros a admirem. Se
ninguém admirar, que os outros a temam. Se ninguém temer, que os outros a odeiem. Mas o que
ninguém quer é ser ignorado”
Ditado Norueguês
“Se duas pessoas no mesmo trabalho concordam o tempo todo, uma delas é inútil. Se elas discordam o
tempo todo, as duas são inúteis”
Darryl F. Zanuck
“Uma grande pessoa é dura consigo; uma pessoa medíocre é dura com os outros”
Confúcio
“O modo como você diz uma coisa é tão importante quanto o que você diz”
H. Jackson Brown Jr
"Tudo o que você diz fala de você. Principalmente quando fala do outro." -- Paul Valéry
ERROS
"É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe."
Epíteto
"Se você não perguntar o porquê das coisas, logo estarão perguntando o porquê de você."
Anônimo
"Os tolos assumem para si o respeito que é dado ao cargo que ocupam"
Esopo
"Um homem que não lê bons livros não leva vantagem alguma sobre o homem que não sabe lê-los."
Mark Twain
"A definição de insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente."
Albert Einstein
"Se você não for melhor que hoje no dia de amanhã, então para que você precisa do amanhã? "
Rabbi Nahman de Brastslav
"Os que são incapazes de recordar o passado são condenados a repeti-lo. "
George Santayana
"É preciso menos tempo para fazer algo da maneira certa do que
para explicar por que foi feito da maneira errada."
Henry Longfellow
OS VENCEDORES/ SUCESSO
"Lembre-se de que os vencedores fazem aquilo
que os perdedores não querem fazer."
H. Jackson Brown Jr
"O sol nasce para todos. Mas a maioria prefere dormir um pouco mais."
Eno Teodoro Wanker
"Pessimista é aquela pessoa que reclama do barulho enquanto a oportunidade bate à porta."
Michel Levine
"Alcançou muito sucesso aquele que viveu bem, riu com freqüência e amou muito."
Bessie Stanley
“Há dois tipos de pessoas que não interessam a uma boa empresa: as
que não fazem o que se manda e as que só fazem o que se manda”
Henry Ford
LIDERANÇA
"A má qualidade de liderança é, hoje, responsável pelo maior desperdício
existente nas organizações: o desperdício das inteligências e da criatividade das
pessoas. Infelizmente, os programas de qualidade não medem esse tipo de
desperdício."
Roberto Tranjan, consultor
“Um líder é aquele que conhece o caminho, anda pelo caminho e mostra o
caminho”
John Maxwell
“Líder é aquele que tem infinita necessidade dos outros”
Saint-Exupéry
“A confiança das pessoas nos líderes reflete a confiança dos líderes nas pessoas”
Paulo Freire
"Para que possam sobreviver, os líderes devem deixar de ser os condutores autoritários do passado e
converter-se em integrantes das equipes do futuro."
Peter Drucker
"Um bom líder faz com que homens comuns façam coisas incomuns." -- Peter Drucker
"Não conheço a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar
agradar a todo mundo." -- Bill Cosby
“Um líder se assemelha a um maestro que, por si só, não produz som algum – depende das habilidades
dos outros para fazer sua música. E a orquestra, sem o maestro, não conseguiria reproduzir com
perfeição nem Parabéns pra Você.”
Millôr Fernandes
- J. M. Juran
"Temos que tomar cuidado de não fazer do intelecto nosso deus. Ele tem, sem dúvida, músculos fortes,
mas nenhuma personalidade. Não é capaz de liderar, só de servir".
Albert Einstein
“O que é duradouro não é o que resiste ao tempo, mas o que sabiamente muda com ele” – Peter Muller
"Todos tentam realizar alguma coisa grande não percebendo que a vida é composta de pequenas coisas"
Frank A. Clark
“Quando há confiança, nenhuma prova é necessária... Quando não há, nenhuma prova é possível”.
Provérbio chinês.
Liderança
& Gestão
"A abundância de recursos naturais não é um pré-requisito para a
prosperidade. A riqueza de uma nação está no seu povo, na sua
gerência e no seu governo, mais do que em seus recursos naturais.
O problema é onde encontrar uma boa liderança.”
Dr. Edward Deming
Gestão de Pessoas
Casa do Médico - Qualidade através das Pessoas
Parte 4 -
Motivação
& Empowerment
"O cansaço de muitos chefes advêm de um imenso esforço
em tentar conduzir as pessoas para onde elas não sabem
ou não desejam ir. Nessas condições, resta para o chefe
utilizar-se de mecanismos de recompensa e punição, na
árdua tentativa de controlar e movimentar as pessoas. O
líder precisa ter uma visão estimulante e envolvente, a
partir da qual os liderados aceitem disponibilizar seus
esforços, tempo, conhecimentos e potenciais." Roberto
Tranjan, consultor
Gestão de Pessoas
Casa do Médico - Qualidade através das Pessoas
Parte 3 -
Sobre Pessoas
“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada
pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em
nossa vida, passa sozinho, mas quando parte nunca vai só nem nos
deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada”.
Saint-Exupéry
Gestão de Pessoas
Parte 2 -
O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer,
entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre
o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro.
Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando
para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele
acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.
texto zen-budista
“Para se fazer grandes coisas não se deve estar acima dos homens,
mas junto deles” - Charles de Montesquieu
“Um gênio é uma pessoa de talento que faz toda a lição de casa.”
Thomas Edison
"Quando sua mente é ampliada por uma idéia nova, ela nunca
retornará o seu tamanho original."
Oliver Wendell Holmes
"Se um homem não sabe onde quer chegar, qualquer direção parece
certa."
Sêneca
"Você não pode ajudar os homens todo o tempo, fazendo para eles o
que poderiam e deveriam fazer sozinhos."
Abraham Lincoln
"A confiança pode muito bem ser o mais importante dos atributos
humanos porque somente ela libera as pessoas de receios inibidores.
A confiança é a qualidade que permite às pessoas progredirem na
vida e administrar suas crises. Sem confiança as pessoas se evadem
da realidade, buscando continuamente proteção externa para as
tarefas que precisam realizar sozinhas."
Judith Bardwick
"Não é aquilo que você não sabe que pode prejudicá-lo; mas aquilo
que julga saber e realmente não sabe."
Satchel Paige, jogador de beisebol
"Às vezes parece que uma vontade intensa cria não somente
oportunidades, mas seus próprios talentos."
Eric Hoffer
"Quando você torna o mundo tolerável para a sua pessoa, você cria
um mundo tolerável para os demais."
Anais Nin
"Não tenha receio de abrir mão daquilo que é bom para ir em busca
do excelente."
Kenny Rogers, cantor
"O caminho para o fracasso muitas vezes é decorado pelas flores das
realizações passadas."
Sócrates
"Para conhecer aquilo que você não conhece, você precisa IR onde
não esteve, VER o que ainda não viu, FAZER o que ainda não fez e
SER o que ainda não foi."
Joyce Wycroff, escritor
"Liderança: A arte de fazer com que alguém realize algo que você
deseja porque ele quer fazê-lo."
Dwight Delano Eisenhower
"Se você deseja que sua empresa seja grande amanhã, comece a
atuar desse modo hoje."
Thomas J Watson Jr, IBM
"Nosso poder não está tanto em nós, mas existe por nosso
intermédio."
Harry Emerson Fosdick
"O dia mais desperdiçado de todos é aquele no qual não demos uma
risada."
Nicolas Chamfort
"O único homem que não erra é aquele que nunca fez nada."
Franklin Delano Roosevelt
"Se você não for melhor que hoje no dia de amanhã, então para que
você precisa do amanhã? "
Rabbi Nahman de Brastslav
"Pense como uma pessoa de ação e aja como uma pessoa que
pensa."
Henri Louis Bergson
"Aquele que pretende ser um líder tem que ser uma ponte."
Provérbio Galês
"Olhe para seu trabalho como se ele tivesse sido realizado por seu
inimigo. Se você olha para admirá-lo, então está perdido."
Samuel Butler
"É preciso aprender com a prática, pois, embora você pense que
sabe, só terá certeza depois que experimentar."
Sófocles
"A virtude de uma pessoa mede-se não por ações excepcionais, mas
pelos hábitos cotidianos. "
Blaise Pascal
"Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode
ser modificado até que seja enfrentado."
Helena Besserman Viana
"Quando tua mão direita estiver hábil, pinta com a esquerda; quando
a esquerda estiver hábil, pinta com os pés."
Paul Gauguin
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode
ser vivida olhando-se para frente."
Soren Kierkegaard
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação
de vitória."
Jack Kemp
"A glória não consiste em jamais cair, mas sim de erguer-se o quanto
antes e toda vez que for necessário.”
"Aquele que conhece os outros é um sábio, aquele que conhece a si próprio é um iluminado."
( Lao-Tsé )
“Não são apenas nossos erros que nos arruínam, mas o modo como agimos depois de cometê-los”
Yvette Gilbert
"Um homem jamais deve ser indicado para um cargo gerencial se sua visão
foca as deficiências das pessoas em vez dos pontos fortes."
Peter Drucker (1909 – 2005)
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação de vitória."
Jack Kemp
"Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de ser feito."
Albert Camus
"Há pessoas que amam o poder e outras que têm o poder de amar." -- Bob Marley
Se você quer que as pessoas o julguem inteligente, basta concordar com elas.
Voltaire
"Só pode ser feliz sempre o que sabe ser feliz com tudo."
Confúcio