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Introdução

Diversas doenças parasitárias e afecções acometem a população diariamente. Os


profissionais de saúde, como os Técnicos de Enfermagem, devem estar cientes dos
detalhes das doenças como definições, tratamento, profilaxia, sintomas e tratamentos.
Assim, algumas dessas diversas doenças serão detalhadas nesse trabalho.

Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma infecção provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Não é
transmissível de pessoa para pessoa. Diversos animais podem transmitir a doença para os
seres humanos: gatos, suínos, caprinos, bovinos, aves e animais silvestres, mas
aparentemente não ficam doentes. Os gatos e outros felinos são os hospedeiros definitivos
da doença, pois neles ocorre a reprodução sexuada do parasito. Cabe ressaltar que gatos
que nasceram e vivem em ambiente doméstico sem acesso à rua e alimentados
exclusivamente com ração possuem chances reduzidas de se contaminar com o
protozoário. Em pacientes imunodeprimidos (que possuem câncer, AIDS ou doenças
crônicas), a doença pode ser fatal. Existe a forma congênita onde a mãe grávida portadora
da doença ou que já a tenha tido, transmite a doença através da barreira placentária,
ocasionando severas consequências para o feto.Apesar de ser doença que causa
imunidade, ainda não existe vacina específica e o combate àtoxoplasmose congênita
reside em dois níveis: profilaxia da infestação e tratamento dos casos suspeitos durante a
gestação.

Transmissão
Os gatos adquirem o protozoário ao comerem carne crua contaminada como carne de
ratos e aves. A transmissão ao homem ocorre pela ingestão de carnes mal cozidas (boi e
porco) ou contato com fezes de animais contaminados. Há uma possibilidade remota de se
contrair a doença mais diretamente pelo contato com fezes de gato. Pode ocorrer
transmissão também pela transfusão de sangue e transplante de órgãos de pacientes
contaminados. Durante a gestação a mulher deve realizar exames para detectar a doença,
e se for o caso, tratá-la.

Sintomas
Os principais sintomas são: febre, gânglios aumentados, hepatoesplenomegalia (aumento
do fígado e baço), podendo evoluir para pneumonia e encefalite. A toxoplasmose
congênita pode ocasionar no feto alterações oculares, hidrocefalia, microcefalia, retardo
mental, convulsões, anemia, problemas no fígado e mais raramente podem ocorrer o
aborto e natimorto.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da pesquisa das Imunoglobulinas IgM e IgG que vão
demonstrar a presença de anticorposespecíficos para a doença. As mulheres grávidas
devem realizar o exame no pré-natal e se for detectada a doença, pode ser feita uma
análise do líquido amniótico (amniocentese), para detecção da doença no feto. Quando há
suspeita de toxoplasmose cerebral, um simples exame de imagem é suficiente para
confirmar o diagnóstico.
Tratamento
Em pacientes imunocompetentes, a doença regride espontaneamente. Em pacientes
imunodeprimidos, o tratamento é feito com antibióticos ao longo de 6 semanas. Mulheres
grávidas são tratadas com espiramicina até o final da gravidez.

Profilaxia
Várias medidas simples podem ser tomadas para a prevenção da toxoplasmose dentre
elas:

 consumir apenas carne bem cozida;


 lavar bem frutas e legumes;
 Congelar a carne por 3 dias a 15ºC negativos;
 lavar as mãos regularmente, sobretudo após a manipulação de alimentos e antes das
refeições;
 evitar contato com areia de gatos e lavar bem as mãos após este procedimento. Gestantes
não devem ter contato com areia de gatos;
 manter o gato bem alimentado e sem acesso à rua para ele não caçar e se contaminar.
 evite acariciar cães que andem soltos;
 controle ratos e insetos como moscas, baratas e formigas, descartando corretamente o lixo
doméstico e os dejetos das criações de animais;
 lave bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra (horta ou jardim);

Tricomoníase
A tricomoníase é uma infecção do trato vaginal inferior feminino ou trato genital masculino
causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Pode ser assintomática ou causar uretrite
e vaginite, ocasionalmente cistite, epididimite e prostatite.

Causas
Tricomoníase é causada por um protozoário unicelular chamado Trichomonas vaginalis ou
T. vaginalis, um tipo de parasita minúsculo que se transmite entre as pessoas durante a
relação sexual. O período de incubação entre a exposição e a infecção pode variar de
cinco a 28 dias.

Transmissão
O protozoário é transmitido de uma pessoa infectada para uma pessoa não infectada
durante o sexo. Nas mulheres, a parte mais comumente afetada do corpo é o trato
genital inferior (vulva, vagina, colo do útero ou uretra). Nos homens, a parte do corpo
mais comumente afetada é o interior do pênis (uretra). Durante o sexo, o parasita
geralmente se espalha de um pênis para uma vagina, ou de uma vagina para um pênis.
Não é comum o parasita infectar outras partes do corpo, como as mãos, a boca ou o
ânus.
Não está claro por que algumas pessoas com a infecção têm sintomas enquanto outras
não. Isso provavelmente depende de fatores como a idade de uma pessoa e a saúde
geral. Pessoas infectadas sem sin H7transmitir a infecção para outras pessoas

Fatores de risco
Os principais fatores de risco para tricomoníase são:

 Fazer sexo sem camisinha


 Fazer sexo com múltiplos parceiros
 Histórico de outras DSTs
 Episódio prévio de tricomoníase
 Baixa imunidade
 Problemas afetivos com o parceiro (a)
 Uso de piscina

Sintomas de Tricomoníase
Muitas mulheres e maioria dos homens com tricomoníase não apresentam sintomas, pelo
menos não no início. No entanto, os sintomas vulvares de tricomoníase incluem:

 Corrimento vaginal abundante, que pode ser branco, cinza, amarelo ou verde
 Mau cheiro, que pode ser ocasionado em situações em que há uma repulsa ao
parceiro
 Vermelhidão genital
 Coceira vaginal
 Dor e ardor ao urinar ou na relação sexual
 Dor abdominal (raro).

Os sinais e sintomas podem piorar durante a menstruação.


Homens que têm tricomoníase raramente apresentam sintomas e geralmente não
sabem que estão infectados. Entretanto, quando os sintomas ocorrem, eles incluem:

 Irritação na parte interna do pênis


 Leve corrimento
 Ardor ao urinar ou ejacular.

Tratamento de Tricomoníase
O tratamento mais comum para tricomoníase, inclusive durante a gravidez, é tomar uma
dose alta de metronidazol, secnidazol ou tinidazol. O medicamento ministrado por via oral
é muito mais eficaz para tricomoníase que a inserção de um creme ou gel no órgão sexual.
Tanto o paciente quanto os parceiros e parceiras sexuais precisam de tratamento e evitar
ter relações sexuais desprotegidas até que a infecção seja curada, o que leva cerca de
uma semana.
Os efeitos colaterais da medicação podem incluir:
 Náusea
 Vômitos
 Dor de cabeça
 Gosto metálico na boca
 Tontura.
É proibida a ingestão de bebidas alcoólicas por 24 horas depois de tomar metronidazol ou
72 horas depois de tomar tinidazol, pois pode causar náuseas e vômitos severos.

Medicamentos para Tricomoníase


Os medicamentos mais usados para o tratamento de tricomoníase são:
 Colpatrin
 Colpistatin
 Flagyl
 Flogo Rosa
 Gynopac
 Helmizol (comprimido)
 Helmizol (gel)
 Metronidazol
 Secnidazol
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem
como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações
do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Prevenção
Para reduzir o risco de infecção por tricomoníase:

 Use camisinha corretamente todas as vezes que tiver relações sexuais


 Limite o número de parceiros ou parceiras sexuais
 Praticar a abstinência sexual ou limitar o contato sexual com um (a) parceiro (a)
infectado
 Se você acha que está infectado, evite contato sexual e procure um médico.

Quaisquer sintomas genitais, como coceira, queimação ao urinar, uma ferida ou erupção
cutânea genital deve ser um sinal para parar de ter relações sexuais e consultar um
médico imediatamente. Se você recebeu o diagnóstico de tricomoníase, notifique todos os
seus parceiros ou parceiras sexuais recentes para que possam também receber
tratamento.

Escabiose (sarna)
A escabiose, também conhecida como sarna, é uma doença de pele causada por um
parasita. Essa doença, que é bastante contagiosa, é caracterizada principalmente pela
coceira intensa. De fácil contágio, a sarna também é de fácil tratamento, embora os
sintomas possam demorar um pouco para desaparecer completamente.

Causas
A infecção pelo parasita causador da sarna acontece por meio do contato íntimo entre
pessoas ou mesmo por meio de roupas.
A sarna é causada por um ácaro minúsculo, que só pode ser observado por meio de
microscópio: o Sarcoptes scabiei. Esse parasita se alimenta de queratina, uma proteína
que constitui a cama superficial da pele. Depois do acasalamento, a fêmea deposita
seus ovos (seis, em média), que eclodem duas semanas depois. A partir daí, as lesões
podem se espalhar para outras partes do grupo a partir do toque – principalmente
porque um dos locais mais comuns para o surgimento das lesões é entre os dedos das
mãos. As mãos são, de fato, o principal meio de transporte do parasita.
A coceiracaracterística da sarna é resultado de uma reação alérgica do corpo à
presença dos ácaros. A sarna pode acometer também cães e gatos, mas estes
costumam ser afetados somente por espécies específicas de ácaros. Humanos até
podem contrair sarna causada por ácaros típicos de cães e gatos, mas apenas
temporariamente, porque os ácaros têm preferência por um tipo específico de
hospedeiro. Desta forma, eles não sobrevivem longe do “hospedeiro perfeito”.

Fatores de risco
A sarna pode acometer qualquer pessoa, de todas as idades, não havendo, portanto,
fatores de risco específicos para se contrair a doença.
O contágio por sarna se dá unicamente e exclusivamente por meio do contato íntimo
com a pele de uma pessoa infectada ou, também, por meio de roupas. Não há
evidências de que sarna possa ser transmitida pelo compartilhamento de piscinas ou de
itens, como toalhas, por exemplo.
Pessoas com imunodeficiência também são mais suscetíveis à sarna.
Tratamento de Sarna
É muito fácil contrair sarna. Se você tiver contato íntimo com uma pessoa infectada,
para o contágio acontecer não é preciso muito. No entanto, da mesma forma que sarna
é fácil de pegar, também é fácil de tratar.
O tratamento para sarna é feito basicamente por meio de medicamentos que têm como
principal objetivo acabar com a infestação pelo parasita. Alguns cremes e loções
dermatologicamente testados também poderão ser recomendados pelos médicos.
O paciente geralmente aplica o medicamento sobre o corpo por algumas horas. Isso
costuma bastar para erradicar a doença da pele. Consulte um médico se os remédios
não funcionarem ou se, mesmo com o uso deles, aparecerem novas lesões pelo corpo.
O médico, aliás, poderá recomendar o uso desses medicamentos não só para a pessoa
diagnosticada com sarna, como também para todas as pessoas mais próximas a ela,
mesmo que essas não apresentem lesões.

Profilaxia
O único modo de não contrair sarna é evitando o contato direto e/ou íntimo com uma
pessoa infectada com o parasita causador.

Doença de chagas
Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, o qual é
transmitido pela picada de um barbeiro (inseto assassino ou Triatominae). A doença de
Chagas ocorre na América do Norte, Central e do Sul, principalmente em áreas rurais da
América Latina em que a pobreza é amplamente disseminada.
Profilaxia /prevenção
Ainda não há vacina contra a doença de Chagas e sua incidência está diretamente
relacionada às condições habitacionais (casas de pau-a-pique, sapê, etc). Cuidados com a
conservação das casas, aplicação sistemática de inseticidas e utilização de telas em
portas e janelas são algumas das medidas preventivas que devem ser adotadas,
principalmente em ambientes rurais. A melhor forma de prevenção é o combate ao inseto
transmissor.

Sintomas
A doença de Chagas tem dois estágios: agudo e crônico. A fase aguda pode apresentar
sintomas moderados ou nenhum sintoma. Entre os principais sintomas estão:
A doença de Chagas tem dois estágios: agudo e crônico. A fase aguda pode apresentar
sintomas moderados ou nenhum sintoma. Entre os principais sintomas estão:
● Febre
● Mal-estar
● Inchaço de um olho
● Inchaço e vermelhidão no local da picada do inseto
● Fadiga
● Irritação sobre a pele
● Dores no corpo
● Dor de cabeça
● Náusea, diarreia ou vômito
● Surgimento de nódulos
● Aumento do tamanho do fígado e do baço.

Os sintomas deste estágio da Doença de Chagas podem desaparecer sozinhos. Se eles


persistirem e não forem tratados, a doença pode evoluir para sua fase crônica, mas
somente após a fase de remissão. Podem-se passar anos até que outros sintomas
apareçam. Quando os sintomas finalmente se desenvolverem, eles podem incluir:

● Constipação
● Problemas digestivos
● Dor no abdômen
● Dificuldades para engolir
● Batimentos cardíacos irregulares

Tratamento
O principal objetivo do tratamento da Doença de Chagas é matar o parasita causador,
reduzir e aliviar os sintomas. O tratamento da doença de Chagas é mais eficaz durante o
primeiro estágio. Os médicos usam um ou dois medicamentos: nifurtimox ou
benznidazol. Esses medicamentos são tomados por via oral durante vários meses.

Malária
Malária é uma doença infecciosa aguda, transmitida através da picada da fêmea do
mosquito Anopheles infectada por protozoários do gênero Plasmodium.

Profilaxi/Prevenção
A Profilaxia consiste na eliminação do vetor, o mosquito, por inseticidas ou eliminar seus
focos de reprodução como pneus e vasos com água acumulada. Deve-se ainda evitar o
contato com o inseto, através do uso de telas (mosquiteiros) em cabanas, na janelas e
cama.
Quando a pessoa é diagnosticada coma doença logo no início há tratamento e cura com
remédios anti-inflamatórios e outros. Caso contrário, pode haver comprometimento da
circulação, que dependendo do órgão que atinge é fatal.

Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com
frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do
baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma
chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por
cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira
rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação,
convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Tratamento
O tratamento inclui medicamentos antimaláricos, como Antiparasitário os quais mata os
parasitas. Antibiótico mata bactérias ou interrompe o desenvolvimento delas.

Platelmintos/Solitaria
Solitária é o nome popular da tênia, um parasita que se aloja no intestino delgado do ser
humano causando a Teníase. Recebe esse nome porque na maioria dos casos o indivíduo
é portador de apenas um verme adulto que pode medir de 2 a 10 metros. A solitária
(têniase) é transmitida através da ingestão de carne mal cozida de porco ou de vaca e
pode causar vários transtornos ao hospedeiro.

Profilaxia
A carne de boi ou de porco não deve ser comida com cisticerco (para isso, não evacuar
senão no sanitário, não deixar os porcos comerem fezes humanas e manter os animais
presos no chiqueiro).
Evitar a contaminação dos animais, não evacuando em locais onde tenham acesso
(pastos, quintais, currais, chiqueiros etc.);
Tratar os doentes já contaminados.

Sintomas
A pessoa com solitária muitas vezes não apresenta sintomas. A infestação pode ser
percebida pela eliminação de proglotes (pedaços do verme) através das fezes. Entretanto,
pode causar:
Dores abdominais; Náuseas; Debilidade e fadiga; Perda de peso; Flatulência (gases);
Diarreia ou constipação; Alterações do apetite (muita fome ou perda de apetite);
Perturbações nervosas, irritação e insônia.

Pode retardar o crescimento das crianças e diminuir a produtividade no adulto.


Tratamento O tratamento é feito através de medicamentos como Mebendazol, Niclosamida,
Albendazol, Praziquantel. Em casos raros pode ser necessária uma intervenção cirúrgica
no caso do verme crescer demais e invadir o apêndice ou o ducto pancreático .
Ou remédio caseiro, feito de chá de sementes de abóbora é um bom remédio caseiro para
tratar a teníase.

Acne
Acne é a designação dada a espinhas e cravos que surgem devido a um processo
inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. Muito freqüente na fase
da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em
mulheres. Além do incômodo das lesões, como na adolescência a aparência é um fator
importante, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o
lado psicológico e tornar o adolescente inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com
rebaixamento da auto-estima e com conseqüências sérias que podem persistir pelo resto
da vida.
Hormônio Andrógeno (ou androgênio)
Um hormônio que origina o desenvolvimento de características próprias do sexo masculino,
sendo o mais conhecido a testosterona.
A testosterona é um hormônio sexual masculino que, sob ação da hipófise, se forma nos
testículos estimulando o desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais
secundárias masculinas. Os estrogênios se formam nos ovários, placenta e corpo lúteo e
são responsáveis pelo surgimento das características femininas. Os três estrogênios
naturais são a estrona, o estriol e o estradiol. Além da testosterona, outros hormônios
masculinos conhecidos são desidroepiandrosterona, dihidrotestosterona, androsterona,
androstenediona e androstenediol. Portanto, andrógenos e estrógenos (ou androgênios e
estrogênios) são, respectivamente, os hormônios sexuais masculinos e femininos.
Esses hormônios são também produzidos pelas glândulas suprarrenais (duas pequenas
glândulas situadas sobre os rins) em ambos os sexos. A produção dos andrógenos é maior
nos homens e a dos estrógenos é maior nas mulheres.

Sintomas
Os hormônios sexuais, que começam a ser produzidos na puberdade, são os principais
responsáveis pelas alterações das características da pele, assim como pelo surgimento da
acne. As lesões aparecem com mais frequência na face, mas também podem ocorrer nas
costas, ombros e peito.
São os andrógenos os responsáveis pelo início do funcionamento das chamadas glândulas
sebáceas que são mais ativas na face, peito, costas e couro cabeludo. Essas glândulas
estão presentes desde o nascimento, mas são mais ativas na puberdade, época em que,
em pessoas com predisposição genética, desencadeia mudanças relacionadas ao
conteúdo de gordura (secreção sebácea) da pele e do couro cabeludo. Assim, os sintomas
principais são: comedões (cravos); pápulas (lesões sólidas arredondadas, endurecidas e
eritematosas); pústulas (lesões com pus); nódulos (lesões caracterizadas pela inflamação,
que se expandem por camadas mais profundas da pele e podem levar à destruição de
tecidos, causando cicatrizes) e cistos (maiores que as pústulas, inflamados, expandem-se
por camadas mais profundas da pele, podem ser muito dolorosos e deixar cicatrizes). Pode
ocorrer piora relacionada a situações de estresse ou no período menstrual. Certos
medicamentos como corticoides, vitaminas do complexo B, exposição exagerada ao sol,
contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, época do ano (especialmente inverno)
e, principalmente, o hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos e espinhas”) pioram o
quadro. A acne não é contagiosa e não se relaciona à “sujeira” da pele ou do sangue.

Tratamentos
A acne deve ser tratada o mais precocemente possível. Não se deve levar me conta a
idéia que não se deve tratá-la por ser considerada “própria da idade”, “de
desaparecimento espontâneo com o tempo” ou “de não ser doença”. Seu controle é
recomendável não só por razões estéticas, como também para preservar a saúde da pele
e a saúde psíquica, além de prevenir cicatrizes (marcas da acne) tão difíceis de corrigir na
idade adulta. O seu tratamento deve iniciar o mais cedo possível, e tal tratamento pode
durar bastante tempo.
Há opções tanto de terapia local, quanto por via oral, ou a combinação de ambas. O
tratamento vai variar de acordo com a gravidade e a localização, e em função de
características individuais. É necessário verificar se há lesões não inflamatórias (“cravos”)
e/ou inflamatórias (“espinhas”, nódulos, cistos) e/ou cicatrizes.
Medicamentos
Em formas leves, o tratamento pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes
no mercado, isolados ou combinados: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides
(tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados
- no mesmo produto - aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico. Quando o
quadro não evolui bem o tratamento por via oral é associado, utilizando-se antibióticos
específicos, da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou
macrolídios (eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetoprim), sempre associados ao
tratamento local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico. O tratamento
com antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos.

Tratamento hormonal
O tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, é sempre útil para as mulheres,
desde que não existam contraindicações. Quando não há uma boa resposta aos
tratamentos e se percebe uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto
negativo na qualidade de vida, deve ser indicada, o mais precocemente possível e desde
que não existam contraindicações, a isotretinoína oral, mesmo em casos moderados.
Contudo, esta droga é absolutamente contraindicada quando há possibilidade de gravidez,
pois pode causar danos graves ao feto. Os efeitos colaterais mais comuns são:
ressecamento dos lábios, nariz, olhos, pele do corpo; aumento do colesterol, triglicerídeos
e enzimas hepáticas. Portanto, são necessários exames de sangue antes e durante o
tratamento. É obrigatório afastar gravidez com um teste, aguardar a menstruação para
iniciar o tratamento e se assegurar sobre o uso de métodos anticoncepcionais, iniciado um
mês antes, mantido durante todo o tratamento e por um período de um mês após a
suspensão da droga. Não existem riscos para gestações no futuro.

Procedimentos complementares
Procedimentos complementares que ajudam no controle da acne são: extração de “cravos”,
drenagem de abscessos, infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas
ou em cicatrizes elevadas, peelings químicos, microdermabrasão, alguns tipos de laser,
luzes e esfoliações químicas. Orientação para não manipular as lesões e proteção solar
são ações coadjuvantes importantes durante o tratamento. A limpeza de pele, quando bem
indicada pelo dermatologista, e bem executada por esteticista treinado, pode ser um ótimo
complemento do tratamento de algumas formas de acne. Observação: nunca uma limpeza
de pele feita por leigos pode ser considerada forma de tratamento.
Importante: o paciente com acne não deve, em nenhuma hipótese, manipular (“cutucar,
espremer”) as lesões, pois isso pode levar à infecção, inflamação e cicatrizes.

Profilaxia
A prevenção começa com higiene adequada da pele com um sabonete ou produto de
limpeza indicado especialmente para pela acneica ou oleosa. A limpeza excessiva é
prejudicial à pele como um todo (causando irritação) e pode piorar as lesões. Também se
deve evitar cosméticos que aumentem a oleosidade. Acne tem forte componente genético,
e não se relaciona diretamente com alimentação. Apesar de vários tabus, não é necessária
nenhuma dieta ou restrição alimentar para seu tratamento ou prevenção. A pele pode
melhorar após a exposição ao sol, porém, essa melhora é apenas temporária e a
exposição exagerada acarreta piora do quadro. As pessoas com acne, como todos, devem
se expor ao sol de maneira cuidadosa, racional e orientada.
Leishmanioses
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero
Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se
dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e
leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.

Agentes causadores
A leishmânia é transmitida ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por
insetos vetores ou transmissores, conhecidos como flebotomíneos. A transmissão
acontece quando uma fêmea infectada de flebotomíneo passa o protozoário a uma vítima
sem a infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Tais vítimas, além do homem, são
vários mamíferos silvestres (como a preguiça, o gambá, roedores, canídeos) e domésticos
(cão, cavalo etc.).
Os flebotomíneos são insetos pequenos, de cor amarelada e pertencem à ordem Diptera,
mesmo grupo das moscas, mosquitos, borrachudos e maruins; apresentam um par de
asas e um par de pequenas estruturas, chamados de halteres ou balancins, responsáveis
pela estabilidade do voo e o zumbido característico dos dípteros. No Brasil, esses insetos
podem ser conhecidos por diferentes nomes de acordo com sua ocorrência geográfica,
como tatuquira, mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui, anjinho, entre
outros.

Sintomas
A diversidade de espécies de Leishmania, associada à capacidade de resposta imunitária
de cada indivíduo à infecção, está relacionada com as várias formas clínicas das
leishmanioses. As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele, mais comumente
ulcerações e, em casos mais graves (leishmaniose mucosa), atacam as mucosas do nariz
e da boca. Já a leishmaniose visceral, como o próprio nome indica, afeta as vísceras (ou
órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo
levar à morte quando não tratada. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia,
aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. Doenças causadas por
bactérias (principalmente pneumonias) ou manifestações hemorrágicas são as causas
mais freqüentes de morte nos casos de leishmaniose visceral, especialmente em crianças.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico parasitológico é feito através da demonstração do parasito por exame direto
ou cultivo de material obtido dos tecidos infectados (medula óssea, pele ou mucosas da
face) por aspiração, biópsia ou raspado das lesões. Para o diagnóstico, há também
métodos imunológicos que avaliam a resposta de células do sistema imunitário e a
presença de anticorpos anti-Leishmania. Nesta categoria se incluem o teste cutâneo de
Montenegro e testes sorológicos (exame de sangue), dos quais os mais utilizados são os
ensaios de imunofluorescência indireta e o imunoenzimático (ELISA). Nem o teste de
Montenegro nem os métodos sorológicos positivos significam doença. Indicam infecção por
Leishmania, que pode ser atual ou passada. Há também os métodos moleculares (PCR)
que detectam a presença de ácidos nucleicos do parasito. Os elementos clínicos e
epidemiológicos também contribuem substancialmente para o diagnóstico.
Para todas as formas de leishmaniose, o tratamento de primeira linha no Brasil se faz por
meio do antimoniato de meglumina (Glucantime). Outras drogas, utilizadas como segunda
escolha, são a anfotericina B e a pentamidina. Todas estas drogas têm toxicidade
considerável.
Profilaxia
Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para o
combate da enfermidade se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção
individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação
em saúde. Há vacinas contra a leishmaniose visceral canina licenciadas no Brasil e na
Europa. O cão doméstico é considerado o reservatório epidemiologicamente mais
importante para a leishmaniose visceral americana, mas o Ministério da Saúde do Brasil
não adota a vacinação canina como medida de controle da leishmaniose visceral humana.
Devido ao diminuto tamanho, o encontro de larvas e pupas de flebotomíneos na natureza é
tarefa extremamente difícil, por essa razão não há nenhuma medida de controle de vetores
que contemple as fases imaturas.
As medidas de proteção preconizadas consistem basicamente em diminuir o contato direto
entre humanos e os flebotomíneos. Nessas situações as orientações são o uso de
repelentes, evitar os horários e ambientes onde esses vetores possam ter atividade, a
utilização de mosquiteiros de tela fina e, dentro do possível, a colocação de telas de
proteção nas janelas. Outras medidas importantes são manter sempre limpas as áreas
próximas às residências e os abrigos de animais domésticos; realizar podas periódicas nas
árvores para que não se criem os ambientes sombreados; além de não acumular lixo
orgânico, objetivando evitar a presença mamíferos comensais próximos às residências,
como marsupiais e roedores, que são prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos.

Giardíase
Giardíase é uma verminose provocada por protozoários da família Giardia, principalmente
a Giardia lamblia, que pode provocar sintomas como diarreia, náuseas, fezes amareladas,
dor e distensão abdominal. A Giárdia se instala no intestino delgado após a ingestão de
seus cistos maduros, presentes na água, alimentos e objetos contaminados, sendo
capazes de infectar o intestino de pessoas ou animais domésticos, como cães e gatos.
Para tratar a giardíase, o médico poderá indicar medicamentos que combatem o parasita,
como Metronidazol, Secnidazol ou Tinidazol, sendo também recomendado o repouso e o
consumo de líquidos para minimizar a desidratação provocada pela diarreia.

Sintomas
Os sintomas da giardíase costumam surgir entre 1 e 3 semanas depois da infecção, mas a
maioria dos pacientes, especialmente os adultos, acabam não apresentando nenhum
sintoma da doença. Dentre os sinais e sintomas encontramos: cólicas abdominais; diarreia
que pode surgir de forma aguda e intensa, ou pode ser leve e persistente; inchaço
abdominal; perda de peso não intencional; fezes amareladas, com sinais de presença de
gordura; aumento dos gazes intestinais; e azia, queimação e má digestão.
Esses sintomas podem surgir de repente ou de forma gradual, e quanto mais a doença
demora para ser identificada, maiores são as chances de o paciente desenvolver
problemas como desnutrição e anemia, devido à má absorção dos nutrientes no intestino.

Diagnóstico
O diagnóstico de giardíase é feito com base nos sintomas e avaliação clínica do paciente
pelo médico, sendo também necessária a realização do exame de fezes, que identifica a
presença de cistos parasita nas fezes.
No entanto, não é incomum que o exame esteja negativo, mesmo na presença da infecção
e, por isso, muitas vezes é necessário repetir o exame ou fazer outros tipos de exames
com métodos mais confiáveis, como testes imunológicos no sangue e nas fezes ou, até
mesmo, a coleta de aspirado ou biópsia do intestino através de uma colonoscopia.

Transmissão
A transmissão da giardíase acontece pela ingestão de cistos maduros da Giárdia, que
pode acontecer através de ingestão de água contaminada; consumo de alimentos
contaminados, como vegetais crus ou mal lavados; através do contato com mãos
contaminadas; contato íntimo por via anal;
Além disso, os animais domésticos também podem ser infectados e transmitir os cistos de
Giárdia, por isso, devem ser tratados caso haja suspeita.
Tratamento
O tratamento da giardíase é feito com o uso de medicamentos que combatem o
protozoário causador da doença, como Metronidazol, Tonidazol, Secnidazol ou Omidazol,
por exemplo, orientados pelo médico.
Em geral, o tratamento dura de 1 a 5 dias, a depender do medicamento utilizado e do
quadro clínico, entretanto, em casos persistentes ou recorrentes, o médico pode
prescrever o uso de medicamentos por até 3 semanas
Além disso, a hidratação com o consumo de líquidos e, nos casos mais graves, até com
soro na veia, pode ser necessária devido à desidratação provocada pela diarreia.

Profilaxia
Para prevenir a giardíase são necessários, principalmente, medidas de higiene como
sempre lavar as mãos antes de levá-las à boca, lavagem correta de vegetais,
principalmente aqueles que são consumidos crus, tratar cães e gatos que possam estar
contaminados, pois podem transmitir a doença, além de tratar corretamente a água antes
do seu consumo, como através de fervura ou filtragem.

Pediculose
A pediculose, popularmente conhecida como infestações de piolhos, é uma doença
parasitária contagiosa que pode surgir na cabeça, corpo, cílios, sobrancelhas ou na região
dos pêlos pubianos. Como ectoparasitas, os piolhos vivem no exterior do hospedeiro,
utilizando do sangue humano como sua fonte de nutrição, o que pode causar sensação de
coceira e formigamento na região afetada. O piolho é pequeno e sem asas, pode ser visto
a olho nu e a sua infestação ocorre do contato direto com o cabelo de uma pessoa
infectada ou através de objetos compartilhados. Nos últimos trinta anos observou-se um
aumento significativo na incidência de casos devido a multiplicação rápida do parasita, que,
ao longo de sua curta vida de trinta a quarenta dias, é capaz de depositar mais de
duzentos ovos. Crianças em idade escolar são as mais atingidas pelo tipo capilar, com
maior incidência em meninas, mas podem abranger qualquer sexo e idade, inclusive

Tipos de piolhos
Parasitando os seres humanos, existem basicamente três tipos de piolhos:
Phirus pubis
Popularmente conhecidos como “chatos”, os piolhos pubianos são causados pelos Pthirus
pubis e atingem tanto homens quanto mulheres a partir da puberdade, agarrando-se aos
pêlos da região genital o que faz com que a doença seja considerada uma DST. O parasita
pode viver também nos pelos das coxas, nádegas e parte inferior do abdômen.
Pediculus humanus humanus
Piolhos corporais são causados pelos Pediculus humanus humanus e frequentes em casos
que os hábitos de higiene são precários, onde se agarram nas roupas do corpo e de cama,
infectando o hospedeiro a partir do tecido.
Pediculus humanus capitis
Causados pelos Pediculus humanus capitis, os piolhos capilares são os mais comum entre
os tipos de piolho e vivem agarrados aos cabelos e atacam o couro cabeludo,
especialmente atrás das orelhas. Em crianças pequenas podem, às vezes, se desenvolver
nas sobrancelhas e cílios.

Desenvolvimento do Parasita
Lêndea
As lêndeas consistem nos ovos do piolho depositados pelas fêmeas próximo ao couro
cabeludo. Sua cor é semelhante a minúsculos pontos amarelos e brancos, visualmente
parecida com caspa capilar, porém mais agregadas aos cabelos. São depositadas cerca
de dez por dia, com o tempo médio de oito dias para o nascimento de um novo piolho.
Após a eclosão, a casca permanece presa ao couro cabeludo.

Piolhos adultos e ninfas


Os piolhos adultos vivem cerca de três a quatro semanas, enquanto as ninfas se tornam
adultas em cerca de uma a duas semanas após saírem do ovo. Os piolhos são pequenos,
do tamanho de uma semente de gergelim, possuem a cor acastanhada ou preta e gostam
de se reproduzir em áreas quentes, podendo sobreviver em até dois dias fora do cabelo
até mover-se a um novo hospedeiro.

Transmissão
Os piolhos são parasitas adquiridos através do contato próximo de objetos ou pessoas
contaminadas.Em casos de piolhos corporais, a higiene precária é uma causa essencial.
Os piolhos são mais comuns em ambientes aglomerados e se espalham facilmente. A
transmissão ocorre de maneira semelhante às causas, como:

 Contato com uma pessoa que possua piolhos, como colegas de trabalho, colegas
escolares ou que dividem a mesma casa;
 Partilha de objetos de uso capilar, como chapéus, escovas, tiaras, entre outros;
 Partilha de roupas e roupas de cama infestadas. Se guardá-las antes de exterminar os
piolhos a propagação do parasita será auxiliada;
 No caso de piolhos pubianos, contato íntimo entre as regiões pubianas durante o ato
sexual.

Quanto a transmissão de piolhos, é importante salientar que piolhos de humanos são


incapazes de infectar animais de estimação ou serem transmitidos por eles. Piolhos
capilares não são sinais de falta de higiene, pois estes são contraídos a partir do contato
próximo independente dos cuidados com os cabelos. Não são transmitidos sem contato,
pois não voam ou pulam.

Grupos de risco
As crianças entre 3 a 12 anos que vão para creche, pré-escola e escola primária são as
principais preocupações, principalmente por parte de seus pais. Crianças desta idade
costumam brincar muito perto e ter mais contatos capilares, como através da divisão de
objetos entre os amigos.
Ambientes escolares tendem a ficar em alerta em épocas mais quentes, estação que
costuma ter mais indícios de infestações. Adultos que convivem com estas crianças
também possuem maiores chances de serem infestados com piolhos.

Sintomas
Em geral, os piolhos causam cócegas, pela sensação de algo se movendo acima da pele,
e coceiras intensas, reação da saliva liberada quando o parasita se alimenta do hospedeiro.
Casos intensos geram dificuldade para dormir e manchas vermelhas provenientes dessas
coceiras. É possível a contaminação de piolhos não acompanhada de sintomas, como em
crianças que não reportam queixas de coceira.

Diagnóstico
Com o uso de um pente fino e boa iluminação é possível detectar a existência de piolhos,
devendo estar alerta mesmo com uma única lêndea encontrada. O diagnóstico de uma
infestação de piolhos deverá ser confirmado após encontrar uma ninfa ou piolho adulto
vivo, caso contrário, provavelmente a infestação não está mais ativa e não precisará ser
tratada. Quando não se tem certeza quanto a infestação de piolhos, um médico
especialista deverá ser consultadodeverá efetuar o diagnóstico com o médico
especializado, que recolherá informações dos sintomas e do ambiente de convivência que
o paciente está incluído. Os especialistas podem variar de acordo com o tipo da doença:

Piolhos capilares
Pelo clínico geral, pediatra ou dermatologista será indicado shampoos a serem utilizados
para tratar a infestação.

Piolhos pubianos
Os médicos a serem procurados para tratar os piolhos pubianos são o ginecologista ou
urologista, que irão indicar a utilização de remédios antiparasitários.

Tratamento
O tratamento para piolho pode ser feito a partir de shampoos, cremes e loções inseticidas,
em maioria adquiridos direto na farmácia. Métodos caseiros também são indicados,
principalmente a crianças, por não serem tóxicos. Caso o problema persista ou seja mais
grave, consulte um médico para ser receitado o uso de algum antibiótico oral.
Independente do método de tratamento escolhido, deve-se seguir as seguintes orientações:
A remoção das lêndeas e piolhos pode ser realizada com uma pinça ou pente fino; Piolhos
ou lêndeas nunca devem ser estourados com a unha, pois caso tenha alguma ferida nos
dedos você pode contrair algum tipo de infecção; Os cuidados do tratamento devem ser
seguidos até ter certeza que não há mais a presença de nenhum piolho ou lêndea.
Os medicamentos mais usados para tratar piolhos são:
 Ivermectina: medicamento antiparasitário de via oral, para casos graves;
 Dimeticona: silicone que imobiliza o piolho provocando asfixia e desidratação. Obstrui
os orifícios respiratórios combatendo e prevenindo seu aparecimento. Não é eficaz para
lêndeas. Pode ser utilizado por crianças, grávidas e lactantes;
 Octano-1,2-diol: álcool que ataca e envolve os piolhos, que secam por dentro e
morrem;
 Óleo de coco: bloqueia a respiração dos piolhos, os levando à morte.
Miíase / Berne
Miíase é uma palavra de origem grega – (myia = “mosca” + sufixo iasys = “moléstia”) – que
designa uma infecção parasitária causada pela infestação de larvas de várias espécies de
moscas, que invadem o tecido cutâneo ou os orifícios naturais (olhos, nariz, ouvidos,
vagina, etc.) do organismo de animais vertebrados de sangue quente, incluindo os seres
humanos.
A doença, portanto, é uma zoodermatose. Dependendo do tipo de mosca que deposita os
ovos, quando eclodem, as larvas penetram através da pele íntegra e utilizam o tecido
saudável como recurso alimentar para seu desenvolvimento. Chamadas de larvas
biontófagas, nas infestações mais extensas, elas chegam a comprometer as condições de
saúde do hospedeiro. Já as denominadas larvas necrobiontófagas proliferam somente em
tecidos mortos, necrosados, ou em matéria orgânica em decomposição. No passado, estas
últimas foram consideradas úteis até certo ponto, uma vez que devoram o material em
putrefação das feridas. Moscas têm predileção por ambientes úmidos e de clima quente.
Seu ciclo de vida possui quatro fases: ovo, larva, pupa e mosca adulta. Além de doenças
de pele, como o berne e a bicheira, trabalho divulgado pela Fapesp revelou que cerca de
30% dos micro-organismos encontrados nas moscas-varejeiras são capazes de causar
doenças nos seres humanos.

Tipos de Miíases
Miíases podem ser classificadas em primárias e secundárias, segundo a forma como os
ovos são depositados nos novos hospedeiros.
a) Na miíase primária, ou furunculoide, especialmente as fêmeas das moscas Dermatobia
hominis, conhecidas popularmente como moscas-varejeiras ou moscas-berneiras, e mais
raramente as moscas Calletroga americana, depois do acasalamento, depositam seus
ovos diretamente na pele íntegra de pessoas e animais ou, então, no corpo de insetos
hematófagos, que passam a servir de vetores para disseminar a infestação.
As moscas-varejeiras, de maior tamanho, duas asas grandes e corpo azul ou verde
metálico, também podem depositar os ovos fecundados sobre plantas ou em roupas e
objetos. Em contato com o calor da pele de uma pessoa ou animal, de 12 a 24 horas
depois, os ovos eclodem e surgem larvas minúsculas, que darão continuidade ao ciclo
evolutivo do inseto. Assim que se veem livres, portanto, elas invadem o tecido subcutâneo
do hospedeiro através da abertura do folículo piloso ou de uma pequena escoriação na
pele. Cada larva dá origem a um único berne (nome científico dermatobiose), uma lesão
nodular semelhante a um furúnculo, com um pequeno orifício no centro de onde flui uma
secreção amarelada ou sanguinolenta. É por esse orifício, que ela consegue respirar.
Bernes podem aparecer em qualquer região do corpo humano. As áreas mais afetadas são
as pernas, os braços e o couro cabeludo. Eles permanecem sob a pele, valendo-se do
tecido subcutâneo como fonte de alimentação. Depois de aproximadamente 50 dias, as
larvas formadoras do berne atingem a maturidade e caem no solo, onde dão andamento
ao ciclo evolutivo até se tornarem insetos adultos.
Coceira, dor, sensação de movimento sob a pele, de queimação ou de fisgada na área da
lesão são sintomas típicos do berne, que variam de intensidade conforme e localização e o
tamanho da infestação.
b) Na miíase secundária, os ovos – mais de 200, 300 de cada vez – são depositados em
feridas abertas, ou em mucosas e cavidades ulceradas (fossas e seios nasais, condutos
auditivos, globos oculares) de hospedeiros vivos. Causada pelas moscas Cochliomyia
hominivorax, Callitroga macelaria e espécies do gênero Lucilia, assim que os ovos
eclodem, as larvas se instalam no ferimento e passam a alimentar-se com o tecido vivo ou
necrosado que encontram no local. Existem diferentes tipos de miíase secundária,
popularmente conhecida como bicheira. Merecem destaque: 1) a forma cutânea, quando
as larvas podem ser vistas movimentando-se na superfície da ferida ou na secreção
purulenta; e 2) a cavitária, quando grandes quantidades de larvas habitam as feridas
abertas na pele e os orifícios naturais infectados. Nessa fase, à medida que a infestação
progride, sem tratamento, os vermes devoram os tecidos do organismo até atingirem os
ossos. A doença é comum em pessoas que vivem em condições precárias de higiene e
saúde. O pé do diabético, entretanto, é um fator de risco para esse tipo de infecção, que
pode ser mortal. Embora pouco frequente, existe, ainda, um tipo de miíase humana – a
miíase acidental ou pseudomiíase – em que a transmissão se dá pela ingestão de líquidos
ou alimentos contaminados por ovos ou larvas dessas moscas, que vão alojar-se nos
órgãos internos, especialmente no trato urinário e nos intestinos.

Berne e bicheira
Concluindo, na miíase primária os ovos das moscas são depositados sobre a pele sadia e
eclodem em larvas que posteriormente invadem os tecidos subjacentes. As larvas
da miíase primária são conhecidas sob a denominação de berne e geralmente são únicas.
Na miíase secundária a mosca põe seus ovos e feridas abertas na pele, com secreção, e
as larvas se alimentam do tecido necrosado existente. As larvas da miíase secundária,
também conhecidas como bicheira, em geral são várias, até centenas.

Diagnóstico
Tanto na miíase primária quanto na secundária, o diagnóstico é basicamente clínico e leva
em conta os sinais e sintomas da doença, que não é contagiosa, isto é, não passa de uma
pessoa para outra. Em grande parte dos casos, é possível enxergar a larva do berne,
quando aflora para respirar, e as que permanecem nas superfícies ulceradas das formas
secundárias da doença. Esses são achados importantes para definir o diagnóstico.
Quando as larvas não são visíveis, existem procedimentos especiais que permitem
esclarecer o diagnóstico diferencial com furúnculos, hordéolos, otites, rinites, abcessos ou
com lesões provocadas pela presença de corpos estranhos no organismo.

Tratamento
O tratamento da miíase primária consiste na retirada mecânica da larva. Para tanto, fechar
a abertura por onde ela respira com uma camada grossa de vaselina, de esmalte de unha,
ou cobri-la com esparadrapo (em alguns lugares, é comum usarem toucinho defumado)
facilita a manobra utilizando uma pinça. Mesmo estando imóvel, porque não consegue
respirar, em alguns casos, torna-se necessário alargar o orifício cirurgicamente para extrair
totalmente o berne, para evitar que parte dele permaneça sob a pele, o que pode resultar
em complicações de difícil tratamento. Por isso, os especialistas desaconselham comprimir
o local da lesão com os dedos para expulsar o parasita. A extração mecânica das larvas
intactas com pinça é também uma das condutas prescritas para o tratamento da miíase
secundária. No entanto, a conduta vai depender da extensão e profundidade da ferida, já
que estruturas importantes do corpo (vasos, músculos, ligamentos) podem estar
sendo destruídas pela voracidade dessas larvas.
Nos dois casos, porém, a indicação do antiparasitário Ivermectina em dose única, por via
oral, que determina a paralisação e morte das larvas, do fundo para a superfície, garante
melhor resultado na retirada dos vermes.
Assim sendo, tanto na forma primária quanto na secundária, o tratamento visa prevenir a
reinfecção pela larva das moscas e as infecções bacterianas secundárias. Por isso, o local
da lesão deve ser mantido limpo e coberto por curativos que devem ser trocados todos os
dias, de acordo com a orientação médica.
Profilaxia
Bernes e bicheiras são infestações por larvas de moscas que podem ocorrer em
praticamente todo território brasileiro, em virtude das condições climáticas do país
favoráveis à proliferação de insetos. Sua frequência é maior nas zonas rurais. A prevenção
está diretamente associada ao combate às moscas vetores, aos cuidados com a higiene
pessoal e do ambiente e à implantação do saneamento básico adequado. Para tanto,
ajuda muito nas áreas de maior risco:
 usar roupas que cubram a maior parte do corpo parte do corpo e passar repelente
naquelas que permaneçam expostas;
 lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições, depois de usar o
banheiro, depois de lidar com terra, plantas, adubos orgânicos;
 colocar telas nas janelas e mosquiteiros ao redor das camas;
 passar com ferro quente as roupas que foram colocadas no varal para secar;
 procurar um médico tão logo surja a suspeita da infecção; sob nenhum pretexto,
recorrer à automedicação;
 manter o lixo doméstico em sacos resistentes e bem fechados;
 evitar a exposição de ferimentos que possam atrair o ataque de moscas infectadas;
 tomar a vacina antitetânica se não estiver imunizado.

Conclusão
Pela variedade de doenças parasitárias e afecções que acometem a população, percebe-
se a necessidade de um constante estudo afim de que cada profissional possa atender às
necessidades dos pacientes que sofrem dessas doenças detalhadas nesse trabalho assim
como de outras doenças.

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