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Escola Superior de Economia e Gestão

ESEG

Direito Economico

Tema: Fontes de Direito Economico

Discente: Joaquina Henriques

Pemba, maio de 2017


Escola superior de economia e gestão

ESEG

Licenciatura em Direito

Trabalho de pesquisa de caráter


avaliativo submetido a Escola
Superior de Economia e Gestão,
3o Ano, curso de Direito.

Docente: dr. Neto Jaime

Pemba, outubro de 2017


Índice
1 Introdução............................................................................................................................3

2 As Fontes de Direito Económico.........................................................................................4

3 Complexidade e diversificação............................................................................................4

4 Tipos de fontes.....................................................................................................................5

4.1 Fontes internas..............................................................................................................5

4.2 Fontes internacionais....................................................................................................5

5 Fontes de origem mista ou privada......................................................................................6

6 As decisões jurisprudenciais e administrativas...................................................................7

6.1 Conceito de A Jurisprudência.......................................................................................7

6.2 A jurisprudência Como fonte de produção da Norma..................................................7

7 Hierarquia das fontes Formais.............................................................................................8

7.1 Hierarquia das Normas.................................................................................................9

8 Conclusão..........................................................................................................................10

9 Bibliografia........................................................................................................................11
1 Introdução
O direito econômico surge como uma recente disciplina acadêmica nos cursos de graduação
em Direito. Entretanto, o objeto hoje estudado pelo reconhecido direito econômico não passou
a existir somente agora. Dessa maneira, o surgimento do direito econômico resulta do
tratamento jurídico conferido a uma nova organização das disciplinas jurídicas, na qual,
uma boa parte dos temas, antes inseridos nos currículos de direito constitucional,
administrativo, financeiro, penal, empresarial, entre outros, agora compõem uma disciplina
que possui a particularidade de cuidar, sobretudo, da intervenção do Estado no domínio
econômico, ou seja, os parâmetros normativos criados pelo Estado de Direito no delineamento
das práticas econômicas, seja instituindo políticas específicas, coibindo condutas, prevendo as
formas de fiscalização, regulação e participação do Estado na atividade econômica. O
presente estudo retrata de questões relacionadas com as fontes de direito económico,

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2 As Fontes de Direito Económico
O significado de fonte do direito indica os procedimentos de produção da norma jurídica; na
verdade, os elementos motivadores da criação das prescrições de convívio. Mesmo em sentido
impróprio, afirma-se que o direito nasce e, para tanto, possui uma gênese de constituição.
Dessa forma, o Direito Econômico possui as mesmas fontes de outros ramos jurídicos, quais
sejam: a lei, os costumes e a jurisprudência. Assim, quando há uma legislação que em seu
conteúdo principal regula a tributação de determinada operação, provavelmente tal iniciativa
legal deveu-se a uma determinação econômica.

Como já explicado, diante da análise de outros tópicos do Direito Econômico, uma das suas
características é a realização por intermédio de normas jurídicas da política econômica
proposta. Dessa maneira, poderia se concluir que a lei é a única fonte do Direito Econômico, o
que não é verdade, pois o Estado pode desenvolver aspectos de sua política econômica por
intermédio de práticas não contidas nas leis econômicas.

3 Complexidade e diversificação
Para além da regulamentação de índole público, é de realçar como se escreveu, a existência de
uma regulação de natureza mista ou privada, em regra com carácter supletivo ou
complementar em relação aquela. A primeira, ressaltam as decisões, acordos ou pareceres
emanados dos organismos de concentração económica e social como o Conselho Económico
Social (CES). Refere-se ainda a importância dos contratos, programas e de outras formas de
concentração económica entre públicos e privados.

Enquanto a segunda, entre outras avultam regulamentação da actividade económica pelas


associações profissionais, nomeadamente através de decisões internas ou de cõdigos de
condutas, particularmente difundidos entre nós na esfera financeira, os usos a da actividade
económica internas ou internacionais e, designadamente as práticas negociais que se traduzem
em contratos-tipo ou contratos de adesão as decisões vinculadas dos grupos de sociedade, etc.
A perda do monopólio dos poderes públicos na produção de normas jurídicas

A emergência de uma ordem negociada entre poderes públicos e privados (o direito de


concertação económica)

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Auto-regulação por devolução pública (provenientes de entidades ou instituições privadas,
desprovidas do clássico poder império, e que tem por objectivo a regulação de práticas
económicas, negociais e profissionais, com particular relevância para códigos de conduta).

4 Tipos de fontes

4.1 Fontes internas


Serão chamadas fontes internas aquelas fontes que são doptadas por um estado Suberano,
onde teremos como a fonte primária de um estado a sua constituição, que irá estabelecer
normas, condutas e princípios num País

Constituição da República Mocambicana

Leis da Assembleia da República e os decretos-lei do Governo

Decretos legislativos regionais

Regulamentos (decretos regulamentares; resoluções do Conselho de Ministros;


portarias; despachos normativos, avisos do Banco de Mocambique etc.)

4.2 Fontes internacionais


Temos presentes as convenções de Direito internacional a que Portugal esteja vinculaddo,
cada vez mais numerosas no domínio económico, sejam de natureza multilateral (o Gatt)
bilateral ou instituitiva de organizações internacionais (art. 8º do CRM) de que são exemplos
a OCDE, o FMI e a OIT.

Particular relevância têm neste contexto os tratados que instituiram ou modificaram as


comunidades europeias e a união europeia (UE). Estes são fundamento de todo um Direito
comunitário derivado, produzidos pelas instituições comunitárias no âmbito das sua
competências. É o caso dos regulamentos CE que contêm normas de carácter geral que
vinculam os Estados-membros quanto ao resultado a alcançar, deixando-lhes contudo, a
liberdade de escolha quanto aos meios e à forma.

Convenções de direito internacional a que Mocambique esteja vinculado,

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Tratados que instituíram ou modificaram as Comunidades Europeias e a União
Europeia

Direito comunitário derivado

Regulamentos

Directivas

Recomendações

Decisões

5 Fontes de origem mista ou privada


Para além da regulamentação de índole público, é de realçar como se escreveu, a existência de
uma regulação de natureza mista ou privada, em regra com carácter supletivo ou
complementar em relação aquela.

Quanto a primeira, ressaltam as decisões, acordos ou pareceres emanados dos organismos de


concentração económica e social como o Conselho Económico Social (CES). Refere-se ainda
a importância dos contratos, programas e de outras formas de concentração económica entre
públicos e privados.

Quanto a segunda, entre outras avultam regulamentação da actividade económica pelas


associações profissionais, nomeadamente através de decisões internas ou de cõdigos de
condutas, particularmente difundidos entre nós na esfera financeira, os usos a da actividade
económica internas ou internacionais e, designadamente as práticas negociais que se traduzem
em contratos-tipo ou contratos de adesão as decisões vinculadas dos grupos de sociedade, etc.

Neste sentido, são fontes de origem mista ou privado:

 Acordos ou pareceres emanados dos organismos de concertação económica e social


(como o Conselho Económico e Social)

 Contratos-programa e de outras formas de contratação económica entre entes públicos


e privados

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 Regulamentação das actividades económicas pelas associações profissionais ou de
actividade (códigos de conduta, deontológicos, de boas práticas ou éticos / exemplos)

 Usos da actividade económica internos ou internacionais (contratos-tipo ou contratos


de adesão)

6 As decisões jurisprudenciais e administrativas

6.1 Conceito de A Jurisprudência


Etimologicamente, a palavra jurisprudência, de origem latina, significa: júris (direito) +
prudentia (sabedoria).

A doutrina vai no sentido de entender a jurisprudência como forma de revelação do direito


que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmónica de
decisões dos tribunais. No entanto, pode-se definir jurisprudência como o entendimento dos
magistrados, exteriorizados em sentenças ou acórdãos, no qual manifestam, de forma
harmónica, conhecimento acerca do direito aplicado a um caso concreto, cujos fundamentos
das decisões são colocados à disposição da comunidade jurídica através de publicações,
servindo como base a pesquisa em contribuição ao saber jurídico.

6.2 A jurisprudência Como fonte de produção da Norma


De um modo geral, em face ao princípio fundamental da "tripartição de poderes" em
legislativo, executivo e judicial, os tribunais não tem função normativa, e, assim, jamais
haver-se-á de conceber que as suas decisões se equivalham ao imperativo de uma lei, daí pode
se dizer que, em sua acepção técnica, "jurisprudência não é norma". Entretanto, ocorre que a
interpretação dos tribunais, pela sua natureza científica, pode servir de base ao legislador,
tanto para a instituição do direito ainda não contemplado pela ordem, quanto ao
melhoramento desta.

Na sua tarefa integradora, no sentido de completar a lei em face a um caso concreto, com o
objectivo de apenas aplicar o direito, porém, dada a repercussão de um julgado, a sociedade o
toma como um grande avanço, daí ser óbvio que a ressonância vá bem mais além da
comunidade jurídica criando consciência de valor nos órgãos legislativos.

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Desse modo, a jurisprudência tanto serve para a "aplicação da norma" ao interpretar o direito,
quanto pode dar uma luz ao legislador e, assim, contribuir para o aperfeiçoamento da ordem
jurídica, com a "criação da norma" pertinente aquela situação.

Em Moçambique, quando falamos de jurisprudência como fonte de direito, quer significar o


conjunto das decisões do Tribunal Supremo, mas nem todas as decisões, apenas as que têm o
nome de Assentos.

Portanto, os Assentos são decisões do Tribunal Supremo que fixam doutrina com força
obrigatória geral, ou seja, passam a ser lei de cumprimento obrigatório para todos os tribunais
subordinados ao Supremo. Assim sendo, os Assentos constituem o único acto normativo que
não provém dos órgãos do Estado (órgãos da função legislativa ou executiva), mas sim dos
tribunais.

O Tribunal Supremo emite Assentos quando reunido em plenário para apreciar os seus
próprios acórdãos ou quando haja contradição entre dois ou mais acórdãos sobre a mesma
questão de direito.

 Jurisprudência económica do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias

 Jurisprudência do Tribunal Constitucional

 Jurisprudência dos restantes dos tribunais (judiciais comuns, administrativos, fiscais,


etc.)

 Decisões de certos órgãos da Administração económica aos quais cabe resolverem,


em primeira instância, litígios decorrentes da violação de regras de Direito
Económico.

7 Hierarquia das fontes Formais


Conforme a ordem de abordagem das fontes de direito supra, há que referir que a lei é a
principal fonte de direito, seguido do costume, da jurisprudência e, por fim, a doutrina.Sendo
a lei a principal fonte de direito importa tratar da sua hierarquia.

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7.1 Hierarquia das Normas
Na hierarquia das normas vale a ideia de que, em caso de conflito, as normas de hierarquia
superior prevalecem sobre as normas de hierarquia inferior. Sendo certo que, a hierarquia das
normas depende da hierarquia das fontes em que estão contidas ou de que derivam.

Desse modo, no topo da hierarquia temos a Constituição da República e depois temos um


conjunto de normas infraconstitucionais dentre elas: a lei da Assembleia da República, os
decretos-lei do Conselho de Ministros, o decreto presidencial e o decreto do Conselho de
Ministros.Os Assentos têm a mesma posição hierárquica que as leis que eles interpretam ou
integram.

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8 Conclusão
Do estudo feito conclui-se que o Direito Económico é um sistema de disposições jurídicas, ou
na disciplina que as estuda, elaboradas pelos poderes públicos, privados e de natureza mista,
no âmbito de uma função normativa de enquadramento global da actividade económica,
ordenando-a e regulando-a para garantir o interesse económico de todos entes de uma
sociedade.

Portanto, o Direito seria o campo de atuação do dever ser, através do ditame de uma ordem de
conduta. Por ordem deveríamos entender ainda um conjunto de normas formadoras de um
arcabouço jurídico, com o mesmo fundamento de validade.

Percebe-se ainda que, o comando da ordem de conduta tem como destino sempre uma
conduta humana em confronto com outro indivíduo, via de regra, de forma coativa, ou seja,
visando a repulsão de uma conduta indesejável.

Doravante, o Direito Económico para ser entenddido como tal obedece algumas amostras que
vão de certo modo dar sustentabilidade ao mesmo, assim é que surgem as fontes do Direito
economico que irão fornecer toda amostragem de que ele (Direito Economico) precisa.

As fontes vão estar sistematizadas em Fontes internas e Fontes internacionais. As fontes


internas serão vinculadas pela Constituição da República, que é também denominada Fonte
Primária e as Fontes Internacionais que serão as fontes das Organizações internacionais que
inglobam economias de países diversos que estejam emanados nestas organizações como por
exemplo, a OCDE, o FMI, OIT, etc.

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9 Bibliografia
SANTOS, António. C., M. Eduarda GONÇALVES e Maria Manuel LEITÃO MARQUES,
Direito Económico, 5.ª Ed. Coimbra: Almedina. 2004 (pp. 7-26) ; 6.ª Ed. 2011 (pp. 7-26).

MACHADO, João Baptista; Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador; Livraria


Almedina; Coimbra; 2000.

TELLES, Inocêncio Galvão; Introdução ao Estudo do Direito; Vol. I; 10ªedição; AAFL;


Lisboa; 1998.

SOUZA, Carlos Orlando Fonseca de; Fontes do Direito; Disponível em:


www.pontojuridico.com acessado no dia 19 de Maio de 2018

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