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O que é?
Qual a importância?
É o “b + a = ba” de toda teoria musical na parte de harmonia. Este conteúdo é a base para uma
plena compreensão sobre formação de escalas (quais notas posso usar em um solo) e acordes
(quais notas formam um acorde).
Serve para que possamos classificar as sensações que determinada combinação de notas nos
causam.
Por exemplo, se você tocar as notas Dó e depois Ré vai soar de um jeito. Se você tocar Dó e Ré
bemol vai soar de outro jeito. Repare que a distância de Dó para Ré é de 1 tom e de Dó para Ré
bemol é de 0,5 tom (meio tom ou semi-tom). A distância de 1 tom (que soou de uma forma)
classificamos como Segunda Maior (IIM) e a distância de meio tom (que soou de outra forma)
chamamos de Segunda Menor (IIm). (Veremos essas classificações adiante)
Obs: o intervalo pode ser simples (quando não ultrapassa o limite de uma oitava, ou seja, 6
tons) ou composto (quando ultrapassa o limite de 6 tons). O intervalo também pode ser
harmônico (quando tocamos duas ou mais notas simultaneamente, por exemplo, em acordes)
ou melódico (quando tocamos diferentes notas separadamente, por exemplo, em um solo
como “Do alto da pedra”). (Nessa etapa inicial de nossos estudos vamos nos ater apenas ao
intervalo simples.)
Por exemplo, sabemos que Escala é um conjunto de notas que formam uma determinada
melodia e que a diferença entre uma escala e outra é a forma como organizamos essas notas.
Portanto, a diferença na organização dessas notas está justamente na distância (olha o
intervalo aí, geeeente) entre elas.
Outro exemplo: sabemos que os acordes são formados a partir da sobreposição de terças, ou
se preferirem, tônica + terça + quinta. Dependendo da distância (olha o intervalo aí de novo!)
entre a tônica e a terça teremos um acorde maior ou menor, isso sem contar nas demais
análises que podemos fazer do intervalo (não precisa mais falar “distância”, né?) entre a tônica
e os demais graus (notas) que compõem ou podem vim a compor o acorde.
→ Para que possamos compreender os conteúdos a seguir, pressupomos que certos
conceitos já estejam claros. Caso não estejam, aqui vai uma revisão rápida.
Na “Figura 1” observamos como são dispostas as notas naturais (Do, Ré Mi, Fá Sol, Lá
e Si) e os acidentes (Dó#, Réb, etc). Todas as notas NATURAIS subseqüentes são
separadas pela intervalo de 1 tom, exceto entre as notas Mi/Fá e Si/Dó que são
separadas apenas por um intervalo de meio tom.
Na “Figura 1” as notas estão dispostas na ordem crescente (da esquerda pra direita, do
mais grave para o mais agudo). Logo podemos deduzir que as notas mais graves são
escritas mais abaixo enquanto as notas mais agudas são escritas mais acima. Portanto, a
nota mais grave escrita na “Figura 1” é a nota Mi que corresponde à 6ª corda solta da
guitarra (ou violão) e assim por diante.
(Sétima Diminuta VIIdim ou) Sexta Maior VIM – 4,5t 1,5t – IIIm Terça Menor (ou IIaum Segunda Aumentada)
(Quinta Aumentada Vaum ou) Sexta Menor VIm – 4,0t 2,0t – IIIM Terça Maior (ou IVdim Quarta Diminuta)
→ Logo abaixo da primeira figura temos a legenda de como chamamos cada intervalo
(por exemplo, o intervalo de 1,5t pode ser classificado como IIIm – Terça Menor – ou
IIaum – Segunda Aumentada).
→ Observe que alguns intervalos podem ter duas classificações. Breve falaremos disso
(compasso 3 e 4, 5 e 6 da Análise prática).
Análise Prática
A análise de um intervalo sempre parte de algum lugar, uma nota referência. No caso,
chamamos essa nota referência de Fundamental. A Fundamental equivale ao I (Primeiro
Grau). Via de regra a Fundamental será a nota mais grave.
Exemplos:
Compasso 1 – temos as notas Dó e Mi, sendo que a nota Dó é a mais grave, portanto, será
adotada como Fundamental (I = Primeiro grau). Se o Dó é o I a nota Mi será o III (Dó = I, Ré =
II, Mi = III, Fá = IV, etc). Agora nos resta saber se vai ser uma IIIM (Terça Maior) ou uma IIIm
(Terça Menor). A distância entre Dó e Mi é de 2 tons. A distância de 2 tons é classificada como
Terça Maior. Portanto, entre Dó e Mi temos uma Terça Maior, ou seja, Mi é a Terça Maior
(IIIM) de Dó..
Compasso 5 – Nesse compasso temos as notas Sol e Mi. O Sol é a nota mais grave
(mais abaixo no pentagrama), portanto será o I. Se o Sol é o I, o Mi será o VI (Sol = I, Lá
= II, Si = III, Dó = IV, Ré = V, Mi= VI, Fá = VII). A distância entre Sol e Mi é de 4,5t, que
pode ser classificada como VIM ou VIIdim. Como a relação entre Sol e Mi é de VI, então
teremos um intervalo de VIM.
Compasso 6 – Nesse compasso temos as notas Sol (I) e Fáb (VII). (Opa, peraí: existe
Fáb??? Sim, assim como também existe Mi#, Dób, Sí#, etc. É o que chamamos de notas
enearmônicas, que são notas que matematicamente se equivalem, mas possuem
nomenclaturas diferentes, tipo, Ré# e Mib, assim como Mi e Fáb, Sí# e Dó, etc). Do Sol
até o Fáb temos 4,5t. Esse intervalo pode ser uma VIM ou uma VIIdim. Como estamos
falando de VII (Sétima), então esse intervalo será classificado como VIIdim.
Compasso 7 – Nesse compasso temos as notas Fá# e Mi# (vejam só, duas notas
enearmônicas: o Fá# - enearmônico do Solb - e o Mi# - enearmônico do Fá). Se o Fá# é
o I (Primeiro Grau), o Mi# será a VII (independente de sinais de alteração [# ou B], Fá =
I, Sol = II, Lá = III, Sí = IV, Dó = V, Ré = VI, Mi = VII). Então, será uma VII (sétima) maior
(VIIM), menor (VIIm) ou diminuta (VIIdim)? De Fá# até Mi# temos 5,5t. Portanto,
teremos umas VIIM.
Exercícios
Gabarito:
1. IIM 7. IIm
2. VIIM 8. VIIm
3. IIIM 9. IIIm
4. VIM 10. VIm
5. IVJ 11. IVaum
6. VJ 12. Vdim
13. IIaum
14. VIIdim
15. IIIm
16. VIM
17. IVj
18. VJ
19. VIM
20. IVJ
21. IIIm
22. VIM
23. IVJ
24. VJ
25. IIm
26. VIIM
27. IIaum
28. VIIdim
29. Vaum
30. IVdim