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BROWN, Peter. O Corpo e a Cidade.

In: Corpo e Sociedade: O homem, a mulher e a


renúncia sexual no início do cristianismo. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro,1990.

Fichamento: Lívia P. Gouveia

P.16-17 Nosso livro tem por contexto uma sociedade que estava mais impotentemente exposta à
morte do que até o mais aflito dos países subdesenvolvidos do mundo moderno. Os cidadãos
do Império Romano em seu apogeu, no século II d.C., vinham ao mundo com uma
expectativa média de vida inferior a 25 anos. A morte se abatia brutalmente sobre os jovens.
Os que sobreviviam à infância continuavam em risco. Apenas quatro em cada cem homens, e
um numero ainda menor de mulheres ultrapassava os cinquenta anos de idade. Era uma
população “roçada de perto pela morte”. Nessas condições, apenas os privilegiados ou a
minoria de excêntricos podiam desfrutar da liberdade de fazer o que lhes aprouvesse com
seus impulsos sexuais. Pouco exigente sob muitos aspectos nas questões sexuais, a cidade
antiga esperava que seus cidadãos despendessem uma parcela indispensável de sua energia
concebendo e criando filhos legítimos para substituir os mortos.
P.17 A pressão sobre as mulheres jovens era inexorável. Para que a população do Império
Romano permanecesse seque estacionária, parece que cada mulher tinha que gerar uma
média de cinco filhos. Cedo as moças eram recrutadas para essa tarefa. A média etária das
jovens romanas no casamento talvez tenha chegado ao reduzido limite de quatorze anos.
P.17 Se pretendiam que seu pequeno mundo não chegasse ao fim por falta de cidadãos, tinham de
reproduzi-los, a cada geração, através do matrimonio, do coito e da geração e criação de
filhos. Como assinalaram os opositores de Paulo e Tecla, a procriação, e não a arrepiante
doutrina introduzida por S. Paulo, era o único meio de assegurar a “ressurreição dos mortos”.
P.18 As mulheres virgens, entretanto, eram parte do panorama religioso atemporal no mundo
clássico. Sorano, um médico grego que escreveu em Roma no século II, garantiu a seus
leitores que a estranha castidade dessas mulheres não lhes prejudicava a saúde: algumas “têm
dificuldades menstruais e se tornam gordas e desproporcionais”, mas isso se devia à falta de
exercício, em decorrência de sua vida confinada no templo em que elas moravam.
P.18 Muitas dessas associações vieram posteriormente a se reunir em torno das virgens cristãs.
Devemos, todavia, tomar o cuidado de não deixar que passem despercebidas algumas
diferenças decisivas entre as sacerdotisas virgens pagãs e, mais tarde, as freiras cristãs. A
mensagem transmitida por mulheres como as Vestais de Toma e as sacerdotisas e profetisas
virgens do mundo grego clássico era a de que seu estado tinha uma importância crucial a
comunidade, precisamente por seu anômalo. Elas se encaixavam num espaço claramente
demarcado na sociedade civil. Apesar de eminentes e admiradas, não se considerava que
representassem a natureza humana em seu apogeu. Sua virgindade não significava, para a
comunidade como um todo, uma perfeição há muito perdida. Não representava o estado
primevo da humanidade, que pudesse e devesse ser resgatado tanto pelos homens quanto
pelas mulheres. A castidade não anunciava o alvorecer do fim dos tempos, após milênios de
inúteis escaramuças com a morte através do coito conjugal – tal como o Paulo de nossa lenda
pregara em termos muito claros a Tecla. A castidade de muitas sacerdotisas virgens, como as
Vestais de Roma, erram livres para contrair matrimonio em momentos posteriores da vida. O
que importava em seu caso era a suspensão elaboradamernte arquitetada do processo normal
mediante o qual as jovens se deslocavam quase que ininterruptamente da puberdade para a
geração de filhos.
P.19 No século II d.C., os rapazes das classes privilegiadas do Império Romano cresciam olhando
o mundo de uma posição de domínio incontestável. As mulheres, os escravos e os bárbaros
eram inalteravelmente diferentes deles e inferiores a eles.
P.19 Biologicamente, diziam os médicos, os homens eram os fetos que haviam realizado seu
potencial pleno. Haviam reunido um excedente decisivo de “calor” e de um ardoroso
“espírito vital”, nas etapas iniciais de sua coagulação no ventre. A ejaculação quente do
sêmen masculino provava isso: “Pois é o sêmen, quando dotado de vitalidade, que faz com
que nós, homens, sejamos quentes, vigorosos nos membros, pesados, com boa voz,
intrépidos e fortes no pensar e no agir.”.
P.19-20 As mulheres em contraste, eram homens imperfeitos. O precioso calor vital não lhes chegara
em quantidades suficientes no ventre. Sua falta de calor as tornava mais flácidas, mais
líquidas, mais frias e úmidas e, de modo geral, mais desprovidas de formas do que os
homens. A menstruação periódica mostrava que seus corpos não conseguiam queimar os
excedentes pesados que se coagulavam dentro delas. No entanto, justamente esses excedentes
é que eram necessários para alimentar e conter a cálida semente masculina, assim produzindo
filhos. Se assim não fosse, acrescentava o doutor Galeno, os homens poderiam achar que “o
Criador deliberadamente fizera metade de toda a raça imperfeita e, por assim dizer,
mutilada.”.
P.20 Efetivamente restringiam as mulheres a um lugar inferior ao dos homens numa hierarquia
“natural” irrefutável. No século II, porém, essa noção também foi explorada para submeter os
próprios homens a um processo ininterrupto de aprimoramento. Nem mesmo os homens
podiam ser inteiramente seguros de si. Sua superioridade em relação às mulheres não se
baseava numa “filosofia da incomensurabilidade”, como é a que foi elaborada no século XIX
para declarar os homens irrevogavelmente superiores as mulheres. As entidades medicas
conhecidas pelos nomes de calor e espirito vital eram elementos imponderáveis na
composição do homem. Podia-se presumir que os homens sempre dispunham de uma
quantidade maior desse precioso calor do que as mulheres. Mas esse calor, salvo se
ativamente mobilizado, podia esfriar, levando ate mesmo o homem a se aproximar do estado
da mulher.
P.20 Nenhum homem normal poderia de fato transformar-se em mulher, mas todos os homens
remiam sem parar ante a iminência de se tornarem “efeminados”. Para que continuasse
eficaz, seu ímpeto tinha que ser consciente mantido. Ser homem nunca era o bastante: o
homem de se esforçar por permanecer “viril”. Tinha que aprender a excluir de seu caráter,
bem como do porte e disposição de seu corpo, todos os traços denunciadores de “suavidade”
que pudessem trair neles o estado parcialmente formado de uma mulher.
P.20 As personalidades de destaque das cidadezinhas do século II vigiavam umas às outras com
um olhar duro e penetrante. Observavam o andar dos homens. Reagiam aos ritmos de sua
fala. Escutavam atentamente a ressibabcua reveladora de sua voz. Qualquer um desses traços
poderia trair a ominosa perda do ímpeto quente e resoluto, um esmorecimento do claro
autodomínio e um relaxamento da severa elegância de voz e de gestos que fazia de um
homem um homem, senhor imperturbável de um mundo subjugado
P.21 Encarregados pelo portentoso governo romano da tarefa de controlar suas próprias cidades,
as elites do mundo grego (para quem e por quem foi escrita a maior parte de nossos dados)
aprenderam depressa e convenientemente a impor a seus pares e subalternos a “delicada
violência” de um estilo de dominação estudadamente autocontrolado e benevolente: a
“evitação da discórdia [e] o controle gentil mas firme da plebe” eram suas principais metas
politicas e sociais.
P.21 Os homens enalteciam uns nos outros as qualidades de delicadeza, acessibilidade,
autocontrole e sentimento de compaixão. Esperavam ser tratados dessa mesma maneira
cortes elo imperador e seus representantes, e se dispunham a estender essas virtudes
delicadas a seus dependentes leais: o homem tinha que ser “imparcial e humano” com
escravos, “um pai” para os criados de sua casa, e estar sempre “à vontade” com seus
concidadãos. Ate mesmo suas amas-de-leite tinham que contar com essas qualidades: deviam
enfaixar meticulosamente os homenzinhos, “como fazem as mulheres gregas”, para que já
fossem aprendendo a ter uma postura correta com um ano de idade.
P.21 O sistema escravagista do mundo antigo se assentava na força e na crueldade. No entanto, a
violência física direta dos senhores contra os escravos era frequentemente criticada.
P.21-22 Galeno cedo aprendeu, em sua própria família, a não se surpreender com a antiquíssima
polaridade entre o autocontrole “masculino” e seu oposto, a violência convulsiva associada à
falto” efeminada” de autocontinência: seu pai foi “o mais justo, o mais devotado e o mais
bondoso dos homens. Minha mãe, porém, era tão propensa à raiva que às vezes mordia suas
servas.
P.22 Montar casa com uma jovem esposa era apresentado como um exercício peculiarmente
animador de controle suave e de eventual absorção de um “outro” inferior no mundo do
marido.
P.22 Foi para um casal grego, Poliano e Eurpidice, que Plutarco escreveu seus Preceitos conjugais,
por volta de 100 d.C. Ele solucionou os problemas de hierarquia e união entre marido e
mulher, através do expediente de transformar o marido no mentor filosófico de sua noiva.
Plutarco advertiu Poliano de que as mulheres eram criaturas intratáveis. Deixadas por sua
conta, “[concebiam] muitas ideias improprias e designios e “emoções vis”;
Mas exortou o rapaz consciencioso a não desistir. Poliano poderia absorver Eurídice em seu
próprio mundo circunspecto. Ela deveria comer com ele e seus amigos. Caso contrario,
aprenderia a “se empanturrar quando estivesse sozinha”. Eurídice deveria compartilhar com
ele os mesmos deuses, em vez de se recolher aos poderes sussurrante que dominavam os
aposentos das mulheres. As propriedades dela se mesclariam silenciosamente ao fundo
comum, junto com todos os aspectos de sua vida que ela pudesse considerar próprios.
Entrementes, Poliano já teria praticado a finura e estudado a afabilidade no trato publico com
seus pares masculinos e seus subalternos. O relacionamento com uma mulher era para ele um
desafio maior, precisamente por não se dar no mundo rígido e claramente balizado da vida
publica. Proporcionava-lhe o que de mais próximo, em sua vida, ele poderia ter de uma
amizade imotivada, baseada em seu próprio talento como guia moral de sua mulher. Como
resultado de seu tato e sua serena autoridade, Euridice ficaria “benevolentemente ligada a
ele”, assim como o corpo maleável dependia da alma onicontroladora e discreta.
P.23 Os Preceitos conjugais de Plutarco formaram um conjunto pomposo destinado a desfrutar de
longo futuro na pregação cristã.
P.24 Mais adiante em sua vida, o homem esperava encontrar na esposa aquilo que não podia
esperar entre seus pares – a franqueza. Parrésia, a franqueza inabalável com os colegas e
superiores, era um bem infinitamente raro e precioso. Só era possível obtê-la das duas únicas
figuras de autoridade, que ficavam à margem da vida politica – do filósofo e da esposa. Não
devemos subestimar o quanto a necessidade dessa intimidade pesava sobre os homens do
mundo antigo.
P.24 Parece que a família nuclear, e com ela a tendência a enfatizar os laços afetivos entre marido
e mulher e entre pais e filhos, já eram um aspecto firmemente estabelecido da sociedade
romana, pelo menos no Ocidente. O que torna significativo o século II é a frequência com
que e harmonia doméstica associada à família nuclear era simbolicamente destacada, como
parte de um desejo publico, para enfatizar a harmonia desenvolta da ordem romana.
P.25 Por volta do inicio da antiguidade recente, entretanto, o vasto peso do Império asseguro que
o ideal romano da concórdia conjugal assumisse uma rigidez dcristalina: o casal era
apresentado menos como um par de amantes equivalentes do que como um tranquilizador
microcosmo da odem social.
P.25 Não importa o que fizessem na prática, não era fácil para esses homens articular por escrito
suas experiências com a mulher. Era difícil expressar como o ato do coito, em que
fundamentavam suas esperanças de filhos bem nascidos, se encaixava em seu mundo
ordeiramente arranjado. Galeno admitia ser estranho que os deuses houvessem decidido
manter a espécie humana por meio de um prazer tão aguçado e, potencialmente, tão ant-
social, já que “há um imenso prazer pareado com o exercício dos órgãos geradores, e um
desejo devastador antecede seu uso”.
P.26 Mesmo sendo uma criatura mais fria, por quem circulavam brumas úmidas, ate a mulher
tinha que dar tudo de si para que sua semente fosse liberada no ventre, de modo a acolher a
de seu marido. Também deveria experimentar, logo após o momento da ejaculação
masculina, “uma sensação incomum e estremecedora”.
P.26 O coito bem-sucedido era um ato convulsivo que pouco diferia em suas causas e seus efeitos
físicos de uma subida explosão de raiva. Tinha uma assustadora semelhança com a doença
das quedas: o orgasmo era uma “pequena epilepsia”
P.26 Franzia-se o cenho ante a atividade sexual frequente, ela reduzia a fertilidade da semente
masculina e, por conseguinte a possibilidade de filhos por parte do pai. A ejaculação
promovia uma diminuição apreciável do calor que sustentava o ímpeto do homem viril. A
“moral obsessivamente viril”, que era voz corrente desde longa data no mundo greco-romano
era corroborada pelos manuais médicos. O apaixonado e desmedidamente carinhoso não
apenas soçobravam num estado suspeito de dependência em relação a mulher, como também,
do ponto de vista fisiológico, sua perda progressiva de calor ameaçava torna-los
“efeminados”.
P,27 Uma poderosa “fantasia deperda do espírito vital” encontrava-se na raiz de muitas atitudes
da antiguidade clássica perante o corpo masculino. Essa foi uma das muitas noções que
deram à continência masculina um embasamento sólido na sabedoria popular do mundo em
que seria pregado o celibato cristão. O homem mais viril era aquele que mais houvesse
preservado seu espírito vital, ou seja, aquele que tivesse perdido pouco ou nenhum sêmen.
Daí a ambivalência que cercava a figura do eunuco pós-púbere, como os devotos
autocastrados de atos.;
P.27 [...] Sorano concordava: “os homens que permanecm castos são mais fotes e melhores do que
os outros, e ássa, a voda com maior saúde.”.
P.27 Devemos tomar o cuidado de não concluir dessas advertências que os homens do século II
eram acossados pelo medo do sexo. Longe disso: encaavam o ato do coito como um dos
muitos aspectos da vida que podiam submeter a seu controle mediante o bom senso e a
educação. Tranquilos, bem treinados e bem nutridos, eles sabiam contrabalançar os riscos
que pudessem acompanhar suas descargas periódicas e nitidamente prazerosas de espirito
vital por meio de um regime criteriosamente escolhido de dietas e exercícios.
COMENTÁRIO GERAL:
Para melhor compreender o cristianismo, achei necessário primeiramente fazer um estudo
sobre as bases destes que forneceram um embasamento teórico para muitas de suas práticas.
Peter Brown evidencia nessa obra da qual retirei um capítulo isolado as diferenças entre
homens e mulheres, expostas em seus próprios corpos.
A base do mundo Romano era o casamento – contrato fundamental, embora não mediado
pelo Estado – para a ordem. Era considerado um dever e uma virtude cívica de cada cidadão.
Havia uma preocupação por parte do Estado com a questão demográfica: eram necessários
muitos homens para manter o Império. A expectativa de vida eram em média, de 25 anos e a
mortalidade era alta. O destino inexorável das mulheres eram o casamento e o parto de mais
romanos. As mulheres deveriam casar-se muito cedo (com cerca de 14 anos) e a média de
filhos deveria ser de 5 por mulher – fato que se devia a grande mortalidade infantil,
especialmente na primeira infância; de 5, apenas 1 ou 2 sobreviviam, sem contar com a
mortalidade das mulheres durante o parto. Após terem cumprido seu “dever” com o Império,
muitos casais firmavam um acordo em que o homem não praticasse mais o coito com a
mulher, para essa não correr o risco de novamente engravidar e morrer durante.
Os filhos (que eram escolhidos) significavam além da imortalidade pessoal, a continuação do
Império, da cidade, da civilização.
O celibato, de maneira alguma era considerado virtude entre os romanos, como foi mais tarde
para o cristianismo. Os poucos que resolviam práticar, em geral filósofos, eram considerados
exentricos; as virgens Vestais eram vistas como uma anomalia, que fugia a regra.
No apogeu do império romano (séc. II d.C.), para a medicina da época, as mulheres eram
nada mais que homens que deram errado; os fetos que não receberam calor suficiente durante
a fecundação. Eram, portanto, inferiores, equiparadas aos escravos e bárbaros.
O que definia a masculinidade para os romanos não era o físico, mas a presença de calor
vital. A medida que o homem perdia o calor vital, tornava-se efeminado. Essa preocupação
em manter esse calor provocava ums constante vigilâncias de uns aos outros para saber se
estavam se efeminando/perdendo sua virilidade. Daí a filosofia estóica, de moderação, e a
base do celibato cristão anos mais tarde.
O motivo para essa constante preocupação e vigilância é que, para controlar/sustentar/manter
o Império, era necessário controlar a si mesmo. A relação pessoal e no casamento funcionava
como um “microcosmo” da sociedade atual. Um homem não podia controlar m Império se
não controlava a si mesmo, sua mulher, seus filhos escravos e subordinados. Um homem que
não conseguia manter a harmonia na sua casa não possuía luma boa vida publica.
Para manter a ordem e a superioridade, criou-se uma postura de “delicada violência”, ou seja,
o homem deveria manter uma postura equilibrada e disciplinada; lúcida e com rígido
autocontrole. O sistema de dominação e penal romano era , de fato, extremamente violento
no âmbito geral; mas no âmbito pessoal, essa violência provida de rudeza não era bem-vista
por era considerada irracional e própria de inferiores que não tinham autocontrole – própria,
por exemplo, de mulheres e bárbaros.
O posto do autocontrole masculino era o descontrole e a raiva das mulheres. Um homem
descontrolado era um efeminado, ou, no mínimo, um mal-educado. No casamento estava
implícito uma relação de superioridade e inferioridade, feita de forma delicada, sendo o
homem, além de marido, o mentor/professor/tutor que deveria orientar a esposa. Tal atitude
perante o casamento é evidenciada nos Preceitos Conjugais, de Plutarco, onde afirma a
mulher ser dependente do homem pois “deixadas por sua conta, “[concebiam] muitas ideias
improprias e designios e “emoções vis”;”.
Outra característica valorizada no casamento era Parrésia – franqueza – que apenas era
esperado da sposa ou de filósofos. A mulher tinha o direito da Parrésia. Acreditava-se que
para um casamento ter sucesso era necessário franqueza total entre o casal.
A filosofia estoica romana sobrevive, e foi trabalhada até o que conhecemos da Idade Médi:.
a continência sexual, jejuns, peregrinações, messianismo, celibato e virgindade. Ideais de
vida exaltados pelos cristãos: a vitória contra o corpo.
Percebe-se, portanto, que o antifeminismo não é original dos cristãos, qe já existia
anterioremente. A mulher já era vista como um ser mutilado antes da crença que a própria
Eva teve origem de uma costela torta de Adão. A inferioridade física e espiritual já era adela
já era algo naturalizado antes da bíblia o dizer em diversas passagens, e mais tarde, também o
corpo sacerdotal e pregadores itinerantes.as bases morais e teológicas que regem a Idade
Média estão ainda no mundo antigo.

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