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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA (DFQ/ICEI)


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Data: ___/___/_____ Nota: ___________
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Professor: Bruno Lemos Curso: Eng. Química Disciplina: Laboratório de Físico-Química
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Alunos(as): ___________________________________________________________________________
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ESTUDO DIRIGIDO N°1: TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS EXPERIMENTAIS

A Figura 1 mostra a montagem utilizada para as medidas experimentais realizadas nessa prática.

Figura 1 – (a) Imagem do aparato experimental utilizado e (b) esquema desse aparato.

Fonte: Próprio autor.

Em ambos os experimentos a seguir, deve-se adicionar água de torneira à bureta e deixar esse líquido
preencher o tubo de borracha até uma altura que possibilite uma leitura na régua milimetrada. Em seguida,
deve-se zerar a bureta e anotar na Tabela 1 a altura inicial do nível de água no interior do tubo de vidro. É
importante eliminar quaisquer eventuais bolhas formadas no interior de todo o aparato durante a
preparação.

1º Experimento: Escoar 5,000 mL de água da bureta para o tubo de vidro, anotando na Tabela 1 o valor
da altura da coluna de líquido no tubo, após cada adição de 0,500 mL.

2º Experimento: Escoar a água do tubo e encher novamente a bureta. Adicionar água no tubo de vidro até
que ocorra uma variação de 30,00 cm na altura da coluna de líquido, em relação a um ponto inicial. Anotar
os valores de volumes adicionados com bureta na Tabela 2 e repetir esse processo mais 4 vezes.

Ao final dos experimentos, o diâmetro interno do tubo de vidro deve ser medido com auxílio de um
paquímetro digital.
Tabela 1 – Dados obtidos para o 1º experimento
Volume escoado da bureta / mL Altura da coluna de água no tubo de vidro /cm
0,000 1,7
0,500 4,0
1,000 6,7
1,500 9,3
2,000 12,0
2,500 14,5
3,000 17,1
3,500 19,7
4,000 22,4
4,500 24,9
5,000 27,7
Tabela 2 – Dados obtidos para o 2º experimento
Volume escoado da bureta / mL Altura da coluna de água no tubo de vidro /cm
5,750 30
5,750 30
5,800 30
5,800 30
5,750 30

1) A partir dos valores da Tabela 1, CONSTRUA UM GRÁFICO relacionando o volume de água escoado
da bureta com a altura da coluna de líquido no interior do tubo de vidro. A partir do processo de
regressão linear obtenha uma equação que associa essas grandezas. DISCUTA a linearidade desse
ajuste em função do coeficiente de correlação encontrado. Por fim, CALCULE o diâmetro interno do
tubo de vidro utilizado, por meio do método gráfico.

Método Gráfico
V Á𝑟𝑒𝑎 ∗ 𝐻 d 2 d 2
𝑎= = 𝑎 = π( ) √
√𝑎 = π ( )
H 𝐻 4 4

√𝑎
𝑑= ∗4
√π

𝑎 = 5,21091 − 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎


𝑑 = 5,07𝑐𝑚

Os valores encontrados do experimento se aproximam da linearidade. Este fato se da por conta de que os
valores variam proporcionalmente em forma de uma reta. Sendo assim cada vez que escoamos um pouco
do volume da bureta na teoria a mesma altura de liquido deveria subir no tubo de vidro. O fato não ocorre
devido a erros de medição. Como pode se notar o valor do coeficiente de correlação (R ²=0,99988) está
muito próximo do valor ideal (1) sendo assim podemos confirmar a linearidade do experimento.

2) EXPLIQUE o erro que pode ser introduzido, caso o 1° experimento fosse realizado com as paredes do
tubo de vidro molhadas.

Com as paredes do tubo de vidro molhadas, teríamos um acréscimo do volume de água deslocado da
bureta. Pois a água contida nessas paredes iria se juntar ao volume de água deslocado da bureta
ocasionando erros nas medidas.

3) A partir dos valores da Tabela 2, CALCULE o volume médio de água adicionada pela bureta, e o seu
desvio padrão amostral, para provocar uma variação de 30,00 cm na altura da coluna de liquido no
interior do tubo. CALCULE o diâmetro interno do tubo de vidro e ESTIME a incerteza dessa grandeza
UTILIZANDO O MÉTODO DAS DERIVADAS (ver página 21 da apostila). COMPARE o valor do
resultado obtido com a medida direta fornecida pelo paquímetro.

Valor obtido com o paquímetro: _Dpaquimetro = 4,75±0,01 mm

Cálculo do volume médio de água

1 5 5,750 + 5,750 + 5,800 + 5,800 + 5,750


𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ 𝑉𝑖 = = 5,77𝑚𝑙
5 𝑖=1 5
Desvio Padrão amostral

1 5 (−0,02)2 + (−0,02)2 + (0,03)2 + (0,03)2 + (−0,02)2


𝑆𝑥 2 = ∑ (𝑉𝑖 − 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 )2 = = 0.00075
𝑛−1 𝑖=1 5−1

𝑆𝑥 = √𝑆𝑥 2 = 0,027 ≅ 0,03 = 𝑆𝑉


Volume médio de água com desvio padrão amostral

𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 = (5,77 ∓ 0,03)

Cálculo do diâmetro interno

𝑑 2
𝑉 = A ∗ H = π( ) ∗ 𝐻
2

4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 4 ∗ (5,77)
𝑑=√ = √ = 0,4949 𝑐𝑚 = 4,949𝑚𝑚
π∗H π ∗ (30,00)

Estimativa das incertezas (método das derivadas)

𝑑𝑑 2 𝑑𝑑 2
𝑆𝑑 = √( ) ∗ 𝑆𝑣 2 + ( ) ∗ 𝑆ℎ2 = √(0,043)2 ∗ (0,03)2 + (0,008)2 ∗ (0,05)2 = 0,002
𝑑𝑉 𝐻 𝑑𝐻 𝑉

𝑑𝑑 1 π∗H 4 2 π∗H
( ) = ∗√ ∗( )= ∗√ = 0,043
𝑑𝑉 𝐻 2 4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 π ∗ H π∗H 4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜

𝑑𝑑 1 π∗H −4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 −2 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 π∗H


( ) = ∗√ ∗( 2
)= 2
∗√ = 0,008
𝑑𝐻 𝑉 2 4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 π∗H π∗H 4 ∗ 𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜

𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑟é𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜 0,1𝑚𝑚


𝑆ℎ = = = 0,05
2 2

𝑑 = 0,494 ± 0,002 𝑐𝑚
𝑑 = 4,94 ± 0,02 𝑚𝑚
𝑑𝑝𝑎𝑞𝑢𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 4,75 ± 0,01 𝑚𝑚

4) DESCREVA quais são os possíveis erros sistemáticos desta prática.

 Erro na medição com o paquímetro


 Paquímetro sem calibração
 Paredes do tubo molhadas (aumento do volume do tubo de vidro indevido)
 Falta de alinhamento vertical da bureta ou do tubo de vidro
 Erros nas medidas
 Arredondamentos indevidos devido a imprevisão da régua
 Régua sem calibração

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