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Setor de Educação de Jovens e Adultos

CADERNO DE EXERCÍCIOS 1A
Ensino Médio – Linguagens

Habilidade da
Questão Conteúdo
Matriz da EJA/FB
1  Localização de informação explícita  H5
em texto informativo
2  Como fazer sugestões em inglês  H54
3  Variedade linguística  H31

4  Características do gênero textual  H17


anedota
5  Variedade linguística  H30

6  Identificação do tema em texto  H5


poético
7  Variedade linguística  H31

8  Características da linguagem  H17


publicitária
9  Arte rupestre e grafite  H63
10  Variedade linguística  H30

11  Efeito de humor em cartum em  H59


inglês
12  Reconhecer a finalidade de textos  H2/H3/H6
diferentes
13  Referência intertextual entre tirinha  H6/H7
e obra de arte
14  Variedade linguística – linguagem  H31
regional
15  Interpretação da linguagem das TICs  H59
de texto em inglês
16  Identificação de efeito de humor em  H7
tirinha
17  Reconhecer o uso do simple present  H52
em inglês

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Caderno de exercícios
Setor de Educação de Jovens e Adultos

18  Expressões em inglês para fazer  H54


convites e sugestões
 Variedades linguísticas: adequação  H30
19 da linguagem ao contexto
comunicativo (linguagem formal e
informal)
 Variedades linguísticas: adequação  H30
20 da linguagem ao contexto
comunicativo (linguagem formal e
informal)

1. Leia o texto abaixo atentamente: 2. Observe a imagem abaixo:

A situação vai ficar preta nesta


temporada. Grandes e estilosas, as
bolsas pretas mostram versatilidade
dando um toque despojado às
produções. No trabalho, fazem a linha
sofisticada leve ao lado de um vestido
bege e botas de cano alto. Para passear,
entram no espírito universitário com um
colete, uma camisa branca e uma saia de
alfaiataria. Encontre a melhor solução e
deixe todo o seu potencial fashion às
claras.

(Revista Estilo. São Paulo: Abril. ano 4, ed. Assinale a alternativa que indica uma
47, ago. 2006, p.42. Adaptado.) sugestão adequada para ajudar a pessoa da
imagem:
Em nosso dia a dia, há muitas palavras
sendo usadas que não pertencem à a) Why don’t you take a medicine?
língua portuguesa. Algumas delas,
inclusive, acabam se incorporando ao b) What are you doing?
nosso vocabulário por motivos c) Are you tired?
comerciais e culturais. Chamamos essas
palavras de estrangeirismos. Assinale a d) How often do you go to the doctor?
alternativa que contém um exemplo, e) What's the matter?
retirado do texto, de estrangeirismo:

a) estilosas
b) despojado
c) fashion
d) potencial
e) alfaiataria

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3. (SAEB) 4. (ENEM 2011)

Luz sob a porta No capricho

— E sabem que que o cara fez? O Adãozinho, meu cumpade,


Imaginem só: me deu a maior cantada! enquanto esperava pelo delegado, olhava
Lá, gente, na porta de minha casa! Não para um quadro, a pintura de uma senhora.
é ousadia demais? Ao entrar a autoridade, e percebendo que o
— E você? cabôco admirava tal figura, perguntou: "Que
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; tal? Gosta desse quadro?"
engraçadinho, quem ele pensou
que eu era? E o Adãozinho, com toda a
— Que eu fosse. sinceridade que Deus dá a um cabôco da
— Quem tá de copo vazio aí? roça: "Mas, pelo amor de Deus, hein, dotô!
— Vê se baixa um pouco essa Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo,
eletrola, quer pôr a gente surdo? parente do Deus me livre, mais horríver que
briga de cego no escuro."
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática,
1998. p. 62.) Ao que o delegado não teve como
deixar de confessar, um pouco secamente:
O padrão de linguagem usado no texto "É minha mãe." E o cabôco, em cima da
bucha, não perde a linha: "Mais, dotô, inté
sugere que se trata de um falante
que é uma feiúra caprichada."

a) escrupuloso em ambiente de BOLDRIN, Rolando. Almanaque Brasil da


Cultura Popular. São Paulo: Andreato Comunicação e
trabalho. Cultura, nº 62. 2004. Adaptado.
b) ajustado às situações informais.
Por suas características formais, por sua
c) rigoroso na precisão vocabular.
função e uso, o texto pertence ao gênero
d) exato quanto à pronúncia de
palavras. a) anedota, pelo enredo e humor
e) contrário ao uso de expressões característicos.
populares. b) crônica, pela abordagem literária de
Disponível em fatos do cotidiano.
<http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-
saeb/downloads>. Acesso em 16 fev. 2012, 11h. c) depoimento, pela apresentação de
experiências pessoais.
d) relato, pela descrição minuciosa de fatos
verídicos.
e) reportagem, pelo registro impessoal de
situações reais.

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5. (ENEM 2011) 6. (SAEB)


Retrato
Não tem tradução
[...]Lá no morro, se eu fizer uma falseta Eu não tinha este rosto de hoje,
Risoleta desiste logo do francês e do inglês assim calmo, assim triste, assim magro,
A gíria que o nosso morro criou nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Bem cedo a cidade aceitou e usou
[...] Eu não tinha estas mãos sem força,
Essa gente hoje em dia que tem mania de tão paradas e frias e mortas;
exibição eu não tinha este coração
Não entende que o samba não tem que nem se mostra.
tradução no idioma Eu não dei por esta mudança,
francês Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
a minha face?
Com voz macia é brasileiro, já passou de
português Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio
Amor lá no morro é amor pra chuchu de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.

As rimas do samba não são I love you


O tema do texto é
E esse negócio de alô, alô boy e alô
Johnny a) a consciência súbita sobre o
Só pode ser conversa de telefone
envelhecimento.
ROSA, Noel. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos b) a decepção por encontrar-se já
bambas. Revista Língua Portuguesa.
Ano 4, nº 54. São Paulo: Segmento, abr. 2010. fragilizada.
c) a falta de alternativa face ao
As canções de Noel Rosa, compositor
brasileiro de Vila Isabel, apesar de envelhecimento.
revelarem uma aguçada preocupação do
d) a recordação de uma época de
artista com seu tempo e com as mudanças
político-culturais no Brasil, no início dos juventude.
anos 1920, ainda são modernas. Nesse
e) a revolta diante do espelho.
fragmento do samba Não tem tradução, por
meio do recurso da metalinguagem, o poeta Disponível em <http://portal.inep.gov.br/web/prova-
propõe brasil-e-saeb/downloads>. Acesso em 16 fev. 2012,
11h.
a) incorporar novos costumes de origem
francesa e americana, juntamente com
vocábulos estrangeiros.

b) respeitar e preservar o português padrão


como forma de fortalecimento do idioma
do Brasil.

c) valorizar a fala popular brasileira como


patrimônio linguístico e forma legítima de
identidade nacional.

d) mudar os valores sociais vigentes à


época, com o advento do novo e quente
ritmo da música popular brasileira.

e) ironizar a malandragem carioca,


aculturada pela invasão de valores
étnicos de sociedades mais
desenvolvidas.
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7. Observe a tirinha abaixo:

SOUSA, Maurício de. Disponível em:


<http://www.usc.br/biblioteca/pdf/sie_2008_letr_arti_a_variacao_linguistica_nas_personagens.pdf>. Acesso
em: 05 fev. 2015. 14h05min.

Sobre a linguagem utilizada pelos personagens, podemos afirmar que

a) necessita de correções para ter valor.


b) é inadequada para uma situação informal.
c) é imprópria, porque não respeita a norma culta.
d) é adequada, pois registra uma fala regional.
e) é inaceitável em qualquer situação.

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8. Observe a imagem a seguir:

Disponível em: <http://blogdoguilhon.blogspot.com.br/2007/04/mundo-das-marcas-sadia-saudvel-sadia.html>. 05


fev. 2015. 14h30min.

Identifique a característica da linguagem publicitária presente neste anúncio:

a) Combinação de palavras e imagens para criar uma caracterização exagerada do produto.


b) Função referencial, com a intenção de informar.
c) Presença de palavras em inglês.
d) Texto formado por frases longas.
e) Uso de gírias que fazem parte do vocabulário do público-alvo.

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9. (ENEM 2011)

TEXTO I

Toca do Salitre – Piauí


Disponível em: http://www.fumdham.org.br. Acesso em: 27 jul. 2010.

TEXTO II

Arte Urbana. Foto: Diego Singh


Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010.

O grafite contemporâneo, considerado em alguns momentos como uma arte marginal, tem sido
comparado às pinturas murais de várias épocas e às escritas pré-históricas. Observando as
imagens apresentadas, é possível reconhecer elementos comuns entre os tipos de pinturas
murais, tais como

a) a preferência por tintas naturais, em razão de seu efeito estético.


b) a inovação na técnica de pintura, rompendo com modelos estabelecidos.
c) o registro do pensamento e das crenças das sociedades em várias épocas.
d) a repetição dos temas e a restrição de uso pelas classes dominantes.
e) o uso exclusivista da arte para atender aos interesses da elite.

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10. (ENEM 2010, 1ª aplicação)

BESSINHA. Disponível em: http://pattindica.files.wordpress.com/2009/06bessinha458904-jpg-


image_1245119001858.jpeg (adaptado).

As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas


situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral
informal usada entre avô e neto neste texto é

a) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”.


b) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”.
c) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”.
d) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”.
e) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa.

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11. Observe o cartum:

“And if I ever catch you downloading dirty pictures from the Internet again, young man, I'll
wash your mouse out with soap!”
Disponível em: <http://www.cursooficinajf.com.br/SIMULADOS%202013/SIMULADO%203%20INGL%20-
%20PORT.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2015. 15h52min.

No cartum, quando a mãe afirma ”I'll wash your mouse out with soap!”, causa estranhamento o
uso da palavra mouse (dispositivo eletrônico de entrada dotado de um a três botões, que repousa
em uma superfície plana sobre a qual pode ser deslocado, e que, ao ser movimentado, provoca
deslocamento análogo de um cursor na tela do computador) em vez de mouth (boca).

Assinale a alternativa que melhor explica o motivo do autor ter usado o trocadilho mouse por
mouth:

a) Trata-se de um deslize do autor do cartum, que deveria ter usado a palavra mouth.
b) A mãe do menino não entende nada de Internet.
c) Mouse está ligado à tecnologia que a criança utiliza para ver imagens obscenas.
d) Trata-se de um erro de impressão da revista que publicou o cartum.
e) A mãe está tão nervosa que troca as palavras sem perceber.
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12. (ENEM 2009 – Prova cancelada)

Texto 1

No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
[...]
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. (fragmento)

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Texto 2

DAVIS, J. Garfield, um charme de gato - 7. Trad. da Agência Internacional Press. Porto Alegre: L&PM, 2000.

A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que

a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em
quadrinho.
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica
do texto 1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencestes
ao mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados
com finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como
pertencestes ao mesmo gênero.

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13. (ENEM 2000)

As histórias em quadrinhos, por vezes, utilizam animais como personagens e a eles atribuem
comportamento humano. O gato Garfield é um exemplo desse fato:

ESTOU INSPIRADO VOU PINTAR POR ONDE


HOJE! UMA COMEÇO? CORTE UMA
PINTURA!
ORELHA.

Fonte: Caderno Vida e Arte, Jornal do Povo, Fortaleza.

Van Gogh, pintor holandês nascido em 1853, é um dos principais nomes da pintura mundial. É
dele o quadro abaixo:

VAN GOGH
Autorretrato com orelha cortada, 1889.

O 3º quadrinho sugere que Garfield:

a) desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão.


b) acredita que todo pintor deve fazer algo diferente.
c) defende que, para ser pintor, a pessoa tem de sofrer.
d) conhece a história de um pintor famoso e faz uso da ironia.
e) acredita que seu dono tenha tendência artística e, por isso, faz a sugestão.

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14. (ENCCEJA 2002 – Ensino Médio) – Atenção: questão com quatro alternativas.

Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade
paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. “Não
ganhamos salário, é ‘de meia’. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a
gente.”
Folha de São Paulo, 1° jun. 2002

Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão “é de
meia” e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles:

a) alteram o sentido da expressão.


b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
c) dificultam a comunicação com o repórter.
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.
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15. (ENEM 2010 – 2ª Aplicação)

Disponível em: http://www.weblogcartoons.com. Acesso em: 13 jul. 2010.

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Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada vez maior de recursos. O autor do
desenho detalha os diferentes acessórios e características de um celular e, a julgar pela maneira
como os descreve, ele

a) prefere os aparelhos celulares com flip, mecanismo que se dobra, estando as teclas
protegidas contra eventuais danos.
b) apresenta uma opinião sarcástica com relação aos aparelhos celulares repletos de recursos
adicionais.
c) escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho das teclas, facilitando o manuseio.
d) acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis seja essencial para que a comunicação
se dê a qualquer instante.
e) julga essencial a presença de editores de textos nos celulares, pois ele pode concluir seus
trabalhos pendentes fora do escritório.

16. (Prova Brasil) – Atenção: questão com quatro alternativas.

Na tirinha, há traço de humor em

a) “Que olhar é esse, Dalila?”


b) “Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...”
c) “Olhar de apatia, tédio, solidão...”
d) “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!”

17. Leia o texto em inglês a seguir:

I get up at 7 o’clock. I go to college every day. I do sports twice a week. I attend Chinese classes
every Saturday. I do not go to the movies very often.

Observe as afirmações abaixo sobre o texto em inglês que você acabou de ler:

I. Descreve ações rotineiras, do cotidiano.


II. Descreve a frequência com que as atividades são praticadas.
III. O tempo verbal empregado é o Simple Present.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

a) I apenas
b) II apenas
c) I e II apenas
d) II e III apenas
e) todas as afirmações
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18. Em inglês, existem algumas expressões bastante comuns para se fazer sugestões ou
convites às pessoas.

Relacione as informações da coluna esquerda com as sugestões correspondentes da coluna da


direita:

(a) I have a terrible sore throat. ( ) Let’s pay them a trip to Rio!

(b) The day is beautiful today: hot and sunny! ( ) How about some rest now?
(c) My friend does not understand Portuguese. ( ) Why don’t you go to the doctor?
(d) I love pasta! ( ) Would you like to visit her this
weekend?
(e) I want to see my old high school friends. ( ) Why don’t you invite your friends
for a barbecue?
(f) I miss my mother a lot! ( ) How about checking in the weather
forecast report?
(g) My parents don’t know Rio de Janeiro yet. ( ) What about going to an Italian
restaurant?
(h) This park is too big! I can’t walk anymore! ( ) Why don’t we try to talk in English
with him?
(i) I would like to know how the weather is ( ) Let’s go to the beach!
going to be tomorrow.

A sequência formada na coluna da direita é:

a) a – b – c – f – e – g – h – d – i
b) g – h – a – f – e –i – d – c – b
c) f – e – i – b – c – d – a – e – h
d) g – h – e – f – i – d – a – c – b
e) d – c – b – g – h – a – f – e – i

Texto para as questões 19 e 20 (ENEM 1998):

Para falar e escrever bem, é preciso, além de conhecer o padrão formal da Língua Portuguesa,
saber adequar o uso da linguagem ao contexto discursivo. Para exemplificar este fato, seu
professor de Língua Portuguesa convida-o a ler o texto Aí, Galera, de Luís Fernando Veríssimo.
No texto, o autor brinca com situações de discurso oral que fogem à expectativa do ouvinte.

Aí, Galera

Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode
imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
— Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou
no recesso dos seus lares.
— Como é?
— Aí, galera.
— Quais são as instruções do técnico?
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico,
concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade,
valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão
inesperada do fluxo da ação.
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Caderno de exercícios
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— Ahn?
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível
e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
— Pode.
— Uma saudação para a minha genitora.
— Como é?
— Alô, mamãe!
— Estou vendo que você é um, um...
— Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o
atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
— Estereoquê?
— Um chato?
— Isso.
Correio Braziliense, 13 mai. 1998.

19. (ENEM 1998)

O texto Aí, Galera retrata duas situações relacionadas que fogem à expectativa do público. São
elas:

a) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da entrevista, e a saudação final dirigida à
sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação da entrevista, e um jogador que
fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão “galera”, por parte do entrevistador, e da expressão “progenitora”, por
parte do jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra “esterotipação”, e a fala do jogador
em “é pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça”.
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevistado
não corresponder ao estereótipo.

20. (ENEM 1998)

O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto.


Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa
também uma inadequação da linguagem usada ao contexto:

a) “ o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” – um pedestre que assistiu ao acidente
comenta com o outro que vai passando.
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” – um jovem que fala para um amigo.
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação” – alguém comenta em uma
reunião de trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta
conceituada empresa” – alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos,
num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros” – um professor universitário
em um congresso.

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GABARITO COMENTADO

1. Alternativa C. H5.
Esta questão remete à aula 22 de Língua Portuguesa e à Atividade em Área 1 – A magia das
linguagens. Ambas tratam da presença de palavras estrangeiras em nosso cotidiano. No texto
dado, vemos a utilização de muitas palavras e expressões em inglês, quando poderiam ser
usadas expressões em português, o que caracteriza o estrangeirismo. A palavra fashion é um
estrangeirismo que já faz parte do nosso cotidiano, não está restrito apenas às revistas de moda.

2. Alternativa A. H54.
O aluno precisa identificar a sequência linguística adequada para a situação de comunicação em
que se faz uma sugestão a alguém, o que caracteriza a H22. Nas demais alternativas, temos: b)
O que você está fazendo?; c) Você está cansado?; d) Com que frequência você vai ao médico?;
e) Qual é o problema?

3. Alternativa B. H31.
Esse texto exige que o aluno saiba identificar o locutor e o interlocutor do texto na situação social
apresentada, ou seja, o diálogo descontraído, em linguagem informal, entre colegas que estão
em uma lanchonete ou restaurante. As construções das frases “E sabem que que o cara fez?”
em que se repete a conjunção que, a expressão “Dei telogo e bença pra ele”, em que a expressão
até logo foi redigida conforme o personagem da história fala, “Vê se baixa um pouco essa
eletrola...” , no lugar de usar o imperativo “Veja se abaixa ...” indicam que os falantes usam a
linguagem coloquial, que, embora fuja à norma culta da língua, representa o falar informal dos
participantes da situação de comunicação apresentada pela questão.

4. Alternativa A. H17.
O aluno precisa reconhecer o gênero textual anedota e as características inerentes ao gênero.
O uso das situações do cotidiano servem para ilustrar fatos sobre os quais se deseja provocar
humor. É comum na anedota a reprodução do modo como as personagens se expressam para
também contribuir para o efeito humorístico. A anedota No capricho apresenta personagens
retirados da cultura popular e normalmente abordados nesse gênero, como é o caso do
delegado, que representa a autoridade e o caipira, que, embora simples, é ágil para sair de
situações embaraçosas.

5. Alternativa C. H30.
A questão exige que o aluno reconheça que o autor lança mão da metalinguagem que é o recurso
de usar a linguagem para explicar a própria linguagem, enfatizando a linguagem informal da
nossa língua. Noel Rosa valoriza a cultura e a fala popular, conforme indicam os versos Tudo
aquilo que o malandro pronuncia / Com voz macia é brasileiro, já passou de português). Ele
ironiza também a postura de quem se exibe usando expressões do francês ou do inglês,
afirmando que o samba nasceu da cultura popular e deve ser aceito pelo restante da sociedade,
conforme indicam os versos a gíria que o nosso morro criou / Bem cedo a cidade aceitou e usou.

6. Alternativa A. H5.
O aluno precisa identificar sobre o que trata o poema, ou seja, o seu tema. Para isso ele precisa
identificar o sentido dos versos. A percepção do título pode ajudar nesse processo, pois retrato
remete-nos a algo para ser visualizado e deixa registrado um período de nossas vidas. O eu
lírico, pela negação de sua condição física e psicológica atual, transmite a ideia de que não se
deu conta de que envelheceu, conforme podemos justificar com o último verso em que o eu
lírico pergunta para si mesmo em que momento do passado deixou sua juventude (— Em que
espelho ficou perdida a minha face?).

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Caderno de exercícios
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7. Alternativa D. H31.
Nesta questão, o aluno deve compreender que, quando se fala em variedades linguísticas, não
há certo e errado; o que importa é a utilização da variedade mais adequada para cada situação
de comunicação. No quadrinho, temos uma conversa informal entre dois meninos caipiras.
Sendo assim, a utilização da fala caipira é aceita e adequada à situação.

8. Alternativa A. H17.
Para responder a esta questão o aluno deve ater-se somente à figura dada. Apenas a alternativa
A traz uma característica da linguagem publicitária presente no texto. Ao afirmar que Pizza SÓ
Sadia, há uma combinação de palavras e imagens com a intenção de exagerar na caracterização
do produto.
A função referencial (alternativa B) é característica dos textos informativos, jornalísticos, e não
dos textos publicitários, em que há o predomínio da função apelativa da linguagem.
É comum também o uso de palavras em inglês na publicidade, o que, porém, não ocorre neste
caso (alternativa C), pois pizza é uma palavra que faz parte também da língua portuguesa.
Outra característica da linguagem publicitária é a utilização de frases curtas e não longas como
menciona a alternativa D. A alternativa E contém uma característica correta da linguagem
publicitária, que, porém, não se aplica ao anúncio, pois não é possível reconhecer nenhuma gíria.

9. Alternativa C. H63.
A questão exige que o aluno reconheça pontos de semelhança entre a arte rupestre e o grafite
para que ele possa valorizar o grafite como parte do partrimônio humano, uma vez que, assim
como as escritas pré-históricas, ele pretende retratar a realidade, as angústias e o sentimento
de mundo da sociedade urbana contemporânea.

10. Alternativa C. H30.


Para responder corretamente essa questão o aluno precisa ter conhecimento mínimo da norma
culta da língua portuguesa e de alguns usos da linguagem informal. A alternativa “a” não
responde corretamente à questão, pois, nesse caso, usar o verbo foi no lugar de era não
representa um exemplo do uso da linguagem oral informal. A alternativa “b” é incorreta porque a
ausência do artigo antes da palavra árvore é intencional, justamente para se generalizar o
problema de desmatamento que se acirrou no século atual. A alternativa “d” é equivocada, pois
não há erro gramatical na contração da preposição de com o pronome demonstrativo esse no
texto da charge. E, por fim, não há engano gramatical no uso do pronome que no início de uma
frase exclamativa. A única resposta correta, portanto, é a alternativa “c”, pois o verbo tá é a
expressão reduzida informal, coloquial, do verbo está.

11. Alternativa C. H59.


O autor da charge faz um evidente trocadilho entre mouse e mouth, porque a repreensão da mãe
tem origem justamente no fato de o menino acessar a Internet, empregando para isso o mouse,
para ver imagens obscenas. O uso tradicional dessa expressão de bronca é “lavar a boca com
sabão’, quando alguém se expressa verbalmente com palavras chulas, de baixo calão.

12. Alternativa D. H2/H3/H6.


A intertextualidade se constitui no diálogo existente entre um ou mais textos. Ela ocorre quando
se pode reconhecer em um texto elementos de outros textos, sejam eles implícitos ou explícitos,
como é o caso dos quadrinhos, em que o personagem Garfield faz uma referência explícita aos
versos do poema No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade. Apesar da
intertextualidade que aproxima os dois textos, a finalidade deles é distinta. Enquanto o poema
de Drummond pretende levar à reflexão, o objetivo dos quadrinhos é provocar um efeito de
humor. Além disso, ambos os textos apresentam características de estrutura e organização
diferentes, o que comprova que pertencem a gêneros textuais distintos.

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13. Alternativa D. H6/H7.


Para compreender a ironia do personagem Garfield na tirinha, é necessário conhecer a história
do pintor Vincent Van Gogh, ou então, apropriar-se completamente das informações trazidas no
enunciado.
Embora brilhante em sua arte, Van Gogh tinha sérios problemas psicológicos, tanto que, em
certo momento de sua carreira, uma dessas crises o fez decepar a própria orelha. Por isso o
quadro Autorretrato com orelha cortada, presente no enunciado. Mais informações sobre a
biografia do pintor em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/van-gogh.jhtm>.

14. Alternativa B. H31.


A linguagem que utilizamos não transmite apenas nossas ideias. Transmite também um conjunto
de informações sobre nós mesmos. Certas palavras e construções que empregamos acabam
“denunciando” quem somos socialmente: por exemplo, em que região do país nascemos, qual
nosso nível social e escolar, nossa formação e, às vezes, até nossos valores, círculo de
amizades e preferências. No texto, os jovens utilizam uma expressão informal que é
característica de sua região e de seu grupo de trabalho. Como consideram que o repórter, vindo
de fora e não pertencente àquele grupo desconhece o significado da expressão “de meia”,
explicam em seguida o que ela quer dizer.

15. Alternativa B. H59.


O texto exige que se identifiquem informações que justifiquem a posição do autor a respeito do
aparelho celular. Ou seja, pelas expressões Telephone, so that annoying callers can bother me
at any time (Telefone, para que ligadores chatos possam me incomodar em quaisquer
momentos), Tiny buttons, so that I get repetitive strain injury (Botões pequenos, para que eu
adquira lesão por esforço repetitivo) ou ainda White earpieces so that I look like an idiot (Fios
brancos de fones de ouvido, para que eu pareça um idiota) pode-se perceber que o autor do
texto despreza as comodidades anunciadas sobre o aparelho celular, encarando-as, na
realidade, como entraves ao modo como gostaria de conduzir a sua vida, ou seja, sem ser
importunado a qualquer momento, sem ter que pensar em trabalho em qualquer horário do dia,
sem ter que sofrer uma lesão pelo fato de o aparelho ser muito compacto etc.

Tradução do texto:

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16. Alternativa D. H7.


No primeiro quadrinho, imagina-se que o personagem, ao perguntar sobre o olhar da
companheira, percebe que há algo errado com ela e deseja ouvir sobre seus sentimentos, ao
que a mulher responde prontamente. O homem, então, em vez de compreensivo, fica aliviado,
pois ao dizer “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite! ” demonstra sua insensibilidade e revela que
a preocupação não era com os sentimentos da esposa, mas com a possibilidade de uma doença
contagiosa que pudesse acometê-lo. É esta frase o elemento surpresa da tirinha que provoca o
humor, pois se trata de algo inesperado para o leitor.

17. Alternativa E. H52.


O texto descreve uma sequência de ações do cotidiano de uma pessoa e a frequência com que
ela as pratica, empregando o tempo verbal adequado para descrever essas atividades, ou seja,
o Simple Present. Tradução do texto: Eu me levanto às 7 horas. Vou à faculdade todos os dias.
Pratico esportes duas vezes por semana. Frequento aulas de chinês aos sábados. Eu não vou
ao cinema com muita frequência.

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18. Alternativa B. H54.

A sequência correta é g – h – a – f – e –i – d – c – b. Tradução das afirmações e sugestões:

(a) I have a terrible sore throat / Eu tenho uma terrível dor de garganta. Why don’t you go to the
doctor? / Por que você não vai ao médico?

(b) The day is beautiful today: hot and sunny! / O dia está bonito hoje: quente e ensolarado! Let’s
go to the beach! / Vamos à praia!

(c) My friend does not understand Portuguese. / Meu amigo não entende português. Why don’t
we try to talk in English with him? /Por que não tentamos falar em inglês com ele?

(d) I love pasta! / Eu amo massa! / What about going to an Italian restaurant? / Que tal ir a um
restaurante italiano?

(e) I want to see my old high school friends. / Eu quero ver meus velhos amigos do colégio. / Why
don’t you invite your friends for a barbecue? / Por que você não convida os seus amigos para um
churrasco?

(f) I miss my mother a lot! /Eu sinto muita saudade de minha mãe! / Would you like to visit her
this weekend? / Você gostaria de visitá-la nesse final de semana?

(g) My parents don’t know Rio de Janeiro yet. / Meus pais ainda não conhecem o Rio de Janeiro.
/ Let’s pay them a trip to rio! / Vamos pagar a eles uma viagem para o Rio!

(h) This park is too big! I can’t walk anymore! / Este parque é muito grande! Eu não consigo mais
andar! / How about some rest now? / Que tal um descanso agora?

(i) I would like to know how the weather is going to be tomorrow. / Eu gostaria de saber como
estará o tempo amanhã. / How about checking in the weather forecast report? / Que tal checar
no boletim de previsão do tempo?

19. Alternativa B. H30.


Essa questão aborda a importância de se usar a linguagem adequada (formal ou informal) à
situação de comunicação. O texto de Veríssimo causa humor justamente por que ilustra um
jogador de futebol usando uma linguagem muito formal durante uma entrevista esportiva e
também porque não é de se esperar que um jogador de futebol use a norma culta da língua,
carregando tanto a linguagem com termos rebuscados.

20. Alternativa E. H30.


Embora as alternativas a e b apresentem registros fora da norma padrão da língua, a linguagem
está adequada à situação informal de comunicação oral. As alternativas c e d apresentam
situações de comunicação mais formais, portanto, exigindo o uso da norma culta da língua
portuguesa, ainda que na alternativa c, a exposição seja oral e na d, escrita. A alternativa e, por
outro lado, refere-se à língua falada, porém, em uma situação formal de comunicação e o que se
espera é o uso da língua segundo a norma culta, pois se trata da fala de um professor
universitário em um congresso. Uma sugestão da frase, de acordo com a norma culta da língua,
poderia ser essa: “Se não resolvermos os problemas do modo correto, correremos o risco de
termos, em um futuro próximo, escassez de alimentos nos lares brasileiros.

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