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15/10/2018 Jorge Amado – Wikipédia, a enciclopédia livre

Jorge Amado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Leal Amado de Faria OMC • GOSE • GOIH• CBJM ou apenas Jorge
Jorge Amado
Amado (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um
dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.[5][6]
Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da
primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a
retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937. Em
1995, já descrente dos resultados práticos do comunismo, deixa o PCB (Partido
Comunista Brasileiro), despejando fortes críticas à ideologia comunista.

Jorge é o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros


sucessos como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tieta do
Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Tereza Batista Cansada de Guerra foram
criações suas.[7] A obra literária de Jorge Amado – 49 livros, ao todo – também já
foi tema de escolas de samba por todo o País. Seus livros foram traduzidos em 80
países, em 49 idiomas,[8] bem como em braille e em fitas gravadas para cegos.[5]

Jorge foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho. Mas em seu Caricatura ilustrando Jorge Amado

estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994, a sua obra foi Nome Jorge Leal Amado de
completo Faria[1][2]
reconhecida com o Prémio Camões.[9]
Nascimento 10 de agosto de 1912
Itabuna, BA, Brasil
Morte 6 de agosto de 2001 (88 anos)
Índice Salvador, BA, Brasil
Biografia Nacionalidade brasileiro
Crenças e estilo literário Cônjuge Matilde Garcia Rosa
Zélia Gattai
Traduções das obras
Prêmios, títulos e homenagens
Filho(s) João Jorge Amado[3]
Paloma Jorge Amado[4]
Academia Brasileira de Letras Eulália Dalila Amado
Cartas
Alma mater Universidade Federal do Rio
Obras publicadas de Janeiro
Adaptações
Ocupação Escritor, jornalista e político
Notas e referências
Influenciados
Notas
Lista
Referências
Ver também Prémios Ver página
Ligações externas Género Romance, crônica, fábula,
literário conto
Movimento Modernismo
literário
Biografia
Magnum opus Gabriela, Cravo e Canela
Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado. Alguns Dona Flor e Seus Dois
biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na fazenda Auricídia, à época
Maridos
pertencente ao município de Ilhéus. Mais tarde as terras da fazenda Auricídia Página oficial
passaram ao atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito ilheense JorgeAmado.com.br (http://www.jorgeamado.c
de Pirangi. Entretanto, é certo que Jorge foi registrado no povoado de Ferradas,
om.br/)
filho mais velho do Coronel João Amado de Faria e de Eulália Leal, pertencente a Assinatura
Itabuna.[7][10] Teve outros três irmãos: Jofre, Joelson e James.[10]

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No ano seguinte ao de seu nascimento, uma praga de varíola obrigou a família a


deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância,
que lhe serviu de inspiração para vários romances.[10]

Já adolescente, aos 14 anos, começou efetivamente a participar da vida literária,


em Salvador. Foi um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes", grupo de
jovens que desempenhou um importante papel na renovação da literatura baiana.
Os seus trabalhos eram publicados em revistas fundadas por eles mesmos.[10]

Foi para o Rio de Janeiro, então a capital do País, para


estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de
Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[7] Durante a década de
1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de
arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o
movimento comunista organizado.[5] Tornou-se um
jornalista, e envolveu-se com a política ideológica comunista,
como muitos de sua geração. Em 1946 foi eleito deputado
federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em São
Paulo, o que lhe rendeu fortes pressões políticas.[11] Como
Bacharel em direito, deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade
1935, mas nunca
religiosa devido a ter visto o sofrimento dos que seguiam
exerceu a profissão de
cultos africanos bem como protestantes no Ceará serem Passaporte de Jorge Amado
advogado
saqueados por fanáticos com uma cruz à frente – buscou
assinaturas até conseguir a aprovação da sua
emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei.[5] Também foi autor da emenda
que garantia direitos autorais. Por outro lado, votou favoravelmente à emenda nº 3.165 do
deputado carioca Miguel Couto Filho a qual buscava proibir a entrada no País de japoneses
de quaisquer idade e procedência.[12]

A sua obra é uma das mais significativas da moderna ficção brasileira, sendo voltada
essencialmente às raízes nacionais. São temas constantes nela os problemas e injustiças
sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições e a sensualidade do povo brasileiro,
contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo.

Era primo do advogado, escritor, jornalista e diplomata Gilberto Amado[13] e da atriz Véra
Clouzot.[14]

Foi casado com a também escritora Zélia Gattai, a qual o sucedeu em 2002 na cadeira 23 da
Academia Brasileira de Letras. Com ela, teve dois filhos: João Jorge (nascido em 25 de
Assinatura de Jorge Amado na novembro de 1947) e Paloma Jorge (nascida em 19 de agosto de 1951).[15] Teve ainda outra
promulgação da Constituição da
filha, Eulália Dalila Amado (nascida em 1935, que morre precocemente quando tinha apenas
República dos Estados Unidos do
14 anos, em 1949), fruto de um casamento anterior com Matilde Garcia Rosa.[10][15]
Brasil de 1946, a primeira de cima
para baixo.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga
(1951 a 1952). Como um escritor profissional, viveu quase que exclusivamente dos direitos
autorais de seus livros.

Durante o exílio na União Soviética, foi vigiado tanto pela CIA,[16] quanto pelos serviços de segurança soviéticos.

Em 1958 publicou Gabriela, Cravo e Canela, que representou um momento de mudança na produção literária do autor que até então
abordava temas sociais.[17] Nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e
mulheres sensuais.[17] Além de Gabriela, Cravo e Canela, os romances Dona Flor e seus dois maridos e Tereza Batista cansada de
guerra são representativos desta fase.[17] Apesar do "turning-point" na obra, não deixou de ser publicado na URSS.[18]

Publicada pela primeira vez em 1966, a obra Dona Flor e seus dois maridos é considerada uma crônica de costumes da vida baiana.
Regida sob a inspiração do realismo fantástico, a história mostra D. Flor como uma mulher que consegue realizar a fantasia de levar
para a cama o marido falecido e o atual ao mesmo tempo. O primeiro, um malandro; o segundo, exatamente o seu contrário - só assim

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D. Flor sente-se realmente completa e feliz. O livro é pontuado de receitas culinárias, ritos de candomblé e exemplos de uma contradição
que tão bem retrata o Brasil: o convívio do sério com o irresponsável, o prazer e o dever, a regra e o “jeitinho”. Sucesso editorial, D. Flor
se tornou uma das mais populares personagens da literatura nacional.[19]

Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco
Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou sofrendo uma intervenção
do Governo.[6]

Com a saúde debilitada havia alguns anos, morreu em 6 de agosto de 2001 devido a uma parada cardiorrespiratória.[20] Em junho do
mesmo ano, já havia sido internado por causa de uma crise de hiperglicemia.[20] O corpo de Jorge Amado foi cremado e suas cinzas
enterradas em sua casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. As cinzas de Zélia também estão depositadas no mesmo local, quando
morreu em 2008.[21] Hoje funciona no local a Casa do Rio Vermelho, expondo lembranças da vida do casal de escritores.[22]

Uma das suas obras é o O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá que foi feita para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano
de idade. O texto andou perdido e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo seu filho e levado a
Carybé para ilustrar.

Crenças e estilo literário


Mesmo dizendo-se materialista, Amado era um praticante da Umbanda e do
Candomblé – religião esta última na qual exercia o posto de honra de Obá de
Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava. Amigos que Amado
prezava no Candomblé eram as mães-de-santo Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe
Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do
Portão, Mãe Cleusa Millet, Mãe Carmem e o pai-de-santo Luís da Muriçoca.

Como Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida, José Lins
do Rego e Graciliano Ramos, Amado representava o modernismo regionalista Jorge Amado (esquerda) com Gabriel García
(segunda geração do modernismo).[23] Márquez (centro) e Adonias Filho (direita)

Em sua atuação literária apresentou duas fases distintas: primeiramente de


claro cunho social e político, que podem ser vistas em obras como O País do Carnaval, Cacau, Suor, Jubiabá, Capitães de areia e Os
subterrâneos da liberdade, entre outras. Já em obras como Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos
milagres, Tereza Batista cansada de guerra e Tieta do Agreste, pode-se ver um aspecto mais regionalista, segundo opinião do
professor, crítico e historiador de literatura brasileira Alfredo Bosi:

Na última fase abandonam-se os esquemas da literatura ideológica que nortearam os


romances de 30 e de 40; e tudo se dissolve no pitoresco, no 'saboroso', no 'gorduroso', no
apimentado do regional.
—[23]

Traduções das obras


A obra de Jorge já foi editada em 55 países, e vertida para 49 idiomas: albanês, alemão, árabe, armênio, azeri, búlgaro, catalão, chinês,
coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani,
hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa,
polonês, romeno, russo (também três em braille), sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.

Prêmios, títulos e homenagens


O escritor recebeu vários prêmios nacionais e internacionais. Recebeu também graus de Comendador e de Grande-Oficial, nas ordens da
Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal a 8 de
Março de 1980 e Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 14 de junho de 1986,[24] além de ter sido feito Doutor Honoris
Causa por mais de dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal. O título de Doutor pela francesa Sorbonne foi o último
que recebeu em pessoa durante sua derradeira viagem a Paris em 1998, quando já estava doente.[7]

Foi membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de
Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia.[25]

Em 1961 foi lançado, o livro "Jorge Amado - 30 Anos de Literatura".[26]

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Em 1967, a União Brasileira de Escritores (UBE) fez a proposta ao comitê do Prémio


Nobel indicado Amado a concorrer ao Nobel de Literatura, porém o próprio recusou. No
ano seguinte, torna a fazer a proposta.[27]

Em 2012, o Correio do Brasil lançou o Selo Jorge Amado 100 anos, em homenagem ao
centenário de nascimento do escritor,[28] como também foi homenageado pela escola de
samba Imperatriz Leopoldinense com o enredo Jorge, Amado Jorge.[29]

Em 4 de dezembro de 2014 recebeu (post mortem) da Assembleia Legislativa da Bahia a


Comenda de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João
Mangabeira[nota 1], em razão de sua trajetória em defesa dos interesses sociais, a mais A Fundação Casa de Jorge Amado (à
alta honraria do Estado.[30] direita, em azul) no Largo do Pelourinho
em Salvador
Em 2017 foi homenageado pela ciência brasileira ao ter seu nome dado inspiração para
batizar uma nova espécie de anfíbio descoberta no território brasileiro, a Phyllodytes
amadoi.[31]

Academia Brasileira de Letras


Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961,
ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar e que pertencia anteriormente a
Otávio Mangabeira. De sua experiência acadêmica bem como para retratar os casos dos
imortais da ABL, publicou Farda, fardão, camisola de dormir numa alusão clara ao
formalismo da entidade e à senilidade de seus membros da época.[5]

Posse de Jorge Amado na Academia


Cartas Brasileira de Letras, 1961. Arquivo
São mais do que 100 mil páginas em processo de catalogação as cartas trocadas com Nacional.

gente do mundo inteiro, guardadas em um acervo isolado de sua fundação. A doação foi
entregue com uma ressalva, por escrito: "Jorge escreveu que somente cinquenta anos após sua morte esse material devia ser aberto ao
público", segundo a poeta Myriam Fraga, que dirige a casa desde sua criação há vinte anos.

De relatos sobre livros e obras de arte a fatos do cotidiano, correspondeu-se com grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo:
Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre tantos
outros brasileiros; Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a
correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como: Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos
Magalhães.

As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos bem como apresentava pessoas umas às outras em época em que
era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.[5]

Alguns trechos retirados de reportagem exclusiva, por Josélia Aguiar, à Revista Entre Livros - Ano 2 - nº 16:

De Gláuber Rocha, sem data, sobre a nova película (A idade da terra, de 1980). "Comecei o dia chorando a morte de Clarice
(Lispector)", inicia assim a carta para adiante falar sobre o novo filme: "Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia
filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever
com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…)".
Mário de Andrade, logo após ler Mar morto, em 1936, elogia o que chama de "realidade honesta" e a "linda tradição de meter
lirismo de poesia na prosa": "Acaba de se doutorar em romance o jovem Jorge Amado, grande promessa do mundo intelectual".
Monteiro Lobato, também sob forte impressão após ler Mar morto, 1936: "Li-o com a mesma emoção trágica que seus livros
sempre me despertam", e conta que, ao visitar o cais do porto de Salvador, havia "previsto" que a obra seria escrita: "Qualquer dia
o Jorge Amado presta atenção e pinta os dramas que devem existir aqui. Adivinhei.".
Pablo Neruda (em carta breve, com data de 16 de outubro e ano incerto, escrita a mão): "Será que no Brasil eu poderia fazer um
ou dois recitais pagos?" (…) "Haverá algum empresário interessado em organizar com seriedade essa turnê?" (…).
Entre outros que faziam parte do círculo de amizades de Jorge Amado vale citar: Federico Fellini, Alberto Moravia, Yves Montand, Jorge
Semprún, Pablo Picasso, Oscar Niemeyer, Vinícius de Moraes, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.[32]

Obras publicadas
Suor, romance (1934)
O País do Carnaval, romance (1931)
Jubiabá, romance (1935)
Cacau, romance (1933)
Mar morto, romance (1936)

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Capitães da areia, romance (1937) Dona Flor e Seus Dois Maridos,


A estrada do mar, poesia (1938) romance (1966)
ABC de Castro Alves, biografia (1941) Tenda dos milagres, romance (1969)
O cavaleiro da esperança, biografia Teresa Batista cansada de guerra,
(1942) romance (1972)
Terras do Sem-Fim, romance (1943) O gato Malhado e a andorinha Sinhá,
historieta infantojuvenil (1976)
São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
Tieta do Agreste, romance (1977)
Bahia de Todos os Santos, guia (1944)
Farda, fardão, camisola de dormir,
Seara vermelha, romance (1946)
romance (1979)
O amor do soldado, teatro (1947)
Do recente milagre dos pássaros, Coleção de obras de Jorge Amado,
O mundo da paz, viagens (1951) contos (1979)
decorada com o autógrafo e a efígie
Os subterrâneos da liberdade, romance O menino grapiúna, memórias (1981)
(1954) do autor, publicada em 1983 pela
A bola e o goleiro, literatura infantil
Gabriela, cravo e canela, romance editora Record.
(1984)
(1958)
Tocaia grande, romance (1984)
A morte e a morte de Quincas Berro
O sumiço da santa, romance (1988)
d'Água, romance (1959)
Navegação de cabotagem, memórias
Os velhos marinheiros ou o capitão de
(1992)
longo curso, romance (1961)
A descoberta da América pelos turcos,
Os pastores da noite, romance (1964)
romance (1994)
O Compadre de Ogum, romance (1964)
O milagre dos pássaros, fábula (1997)
Hora da Guerra, crônicas (2008)
Em 1995 iniciou-se o processo de revisão da obra do escritor por sua filha Paloma e os livros
ganharam novo projeto gráfico. Atualmente, os direitos pertencem a editora Companhia das
Letras, que está relançando todos os seus livros.[33][34] Algumas obras numa biblioteca
pública.

Adaptações
Muitas de suas obras foram adaptadas para cinema, TV, teatro e rádio, bem como para histórias em quadrinhos.[10][25] Em 1960 estreou
na TV Tupi a adaptação de Gabriela, Cravo e Canela, de Antônio Bulhões de Carvalho e dirigida por Maurício Sherman. Em 1975, outra
adaptação do romance Gabriela, feita por Walter George Durst estreou na televisão pela Rede Globo. Em 1976 estreou no cinema Dona
Flor e seus Dois Maridos com direção de Bruno Barreto. O filme foi um sucesso de bilheteria, assistido por mais de dez milhões de
espectadores. Ainda virou minissérie e peça. Em 1982 e 1987 estrearam, respectivamente, no teatro Capitães de Areia e O Gato Malhado
e a Andorinha Sinhá. A Rede Bandeirantes levou ao ar uma adaptação de Capitães de Areia a televisão em 1989. No mesmo ano, a Rede
Globo estreou a telenovela Tieta, com direção de Reynaldo Boury, Ricardo Waddington, Luiz Fernando Carvalho e Paulo Ubiratan. Em
1995, a Rede Manchete adaptou a obra Tocaia Grande para televisão. Em 1998, foi ao ar mais uma adaptação da obra Dona Flor e Seus
Dois Maridos, desta vez em formato de minissérie. Em 2012, o remake de 1975 de Gabriela foi exibido pela Rede Globo.

Notas e referências

Notas
1. Título criado em 1993. Apenas seis cidadãos fizeram jus ao mesmo, dentre os quais; Taurino Araújo, Waldir Pires, Haroldo Lima e
Fernando Santana.

Referências
1. Nome Completo: JORGE LEAL AMADO DE FARIA (http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jorge-leal-amado-
de-faria) CPDOC - FGV - acessado em 25 de outubro de 2017
2. Jorge Leal Amado de Faria, o Jorge Amado (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JorgAmad.html) DEC - Universidade Federal de
Campina Grande - acessado em 25 de outubro de 2017
3. «Perfil e Opinião - João Jorge Amado» (http://www.irdeb.ba.gov.br/tve/catalogo/media/view/3541). Instituto de Radiodifusão
Educativa da Bahia
4. «Amadas Memórias» (http://ww18.itau.com.br/revistabkl/paloma-jorge-amado.html). Revista Personnalité. Itaú
5. Sabrina Vilarinho. «Jorge Amado» (http://www.brasilescola.com/literatura/jorge-amado.htm). R7. Brasil Escola. Consultado em 6 de
agosto de 2012.
6. ALVES, Alessandro Fernandes. «JORGE AMADO: SUA TRAJETÓRIA E A RELAÇÃO DE SUA OBRA PARA COM A TV» (http://w
ww.travessiasinterativas.com/_notes/vol5/art%20Alessandro%20ALVES_vol%205.pdf) (PDF). Travessias Alternativas. Consultado
em 9 de maio de 2017.
7. «Jorge Amado - Biografia» (http://educacao.uol.com.br/biografias/jorge-amado.jhtm). UOL - Educação. Consultado em 6 de agosto
de 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 5/7
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8. «A cultura e a baianidade de Jorge Amado» (http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1284443&tit=A-cultura-


e-a-baianidade-de-Jorge-Amado). Gazeta do Povo. Consultado em 22 de janeiro de 2013.
9. «Prêmio Camões de Literatura» (https://www.bn.br/explore/premios-literarios/premio-camoes-literatura). Brasil: Fundação Biblioteca
Nacional. Cópia arquivada em 16 de Março de 2016 (https://web.archive.org/web/20160316050256/http://www.bn.br/explore/premio
s-literarios/premio-camoes-literatura)
10. «Bis!: Clássicos de Jorge Amado adaptados para cinema, TV e teatro» (http://redeglobo.globo.com/globoteatro/bis/noticia/2013/09/j
orge-amado-classicos-adaptados-para-cinema-televisao-e-teatro.html). Globo Teatro. Rede Globo. Consultado em 15 de novembro
de 2014.
11. «Trajetória de Jorge Amado une literatura, política e exílio» (https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u14774.shtml). Folha
de S.Paulo. 23 de junho de 2001. Consultado em 19 de setembro de 2018.
12. MORAIS, Fernando. Corações Sujos. Companhia das Letras, 2000. ISBN 9788535900743.
13. «Recordando Gilberto Amado» (http://www.brasil247.com/pt/247/cultura/15216/Recordando-Gilberto-Amado.htm). Brasil 247. 14 de
setembro de 2011. Consultado em 9 de maio de 2017.
14. «Vera Amado Clouzot, atriz de cinema de (As Diabólicas, e O Salário do Medo)» (http://www.oexplorador.com.br/vera-amado-clouz
ot-atriz-de-cinema-de-as-diabolicas-e-o-salario-do-medo/). O Explorador. 7 de agosto de 2012. Consultado em 9 de maio de 2017.
15. Biografia (http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75).
16. «Documentos da CIA revelam investigações sobre Jorge Amado - 11/02/2017 - Ilustrada - Folha de S.Paulo» (http://www1.folha.uol.
com.br/ilustrada/2017/02/1857598-documentos-da-cia-revelam-investigacoes-sobre-jorge-amado.shtml). www1.folha.uol.com.br.
Consultado em 28 de fevereiro de 2017.
17. «Gabriela Cravo e Canela: Síntese da obra» (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/gabriela-cravo-e-canela-sintese-da-o
bra.htm). UOL Educação, Pesquisa Escolar. 21 de agosto de 2012. Consultado em 22 de janeiro de 2013.
18. Darmaros, Marina (24 de janeiro de 2017). «Por que ler Jorge Amado em russo: a cultura soviética revelada na tradução de
Gabriela» (http://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/125561). Tradterm. 28 (0): 223–248. ISSN 2317-9511 (https://www.worldc
at.org/issn/2317-9511). doi:10.11606/issn.2317-9511.v28i0p223-248 (https://dx.doi.org/10.11606%2Fissn.2317-9511.v28i0p223-24
8)
19. «Centenário de Jorge Amado» (http://educarparacrescer.abril.com.br/cem-anos-jorge-amado/). Portal Educar para Crescer.
Consultado em 1 de abril de 2013.
20. «Morre, aos 88 anos, o escritor Jorge Amado» (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u16249.shtml). Folha Online. 6 de
agosto de 2001. Consultado em 22 de janeiro de 2013.
21. «Família quer transformar casa de Jorge Amado em museu» (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ba/2012-08-10/familia-quer-tran
sformar-casa-de-jorge-amado-em-museu.html). IG. 10 de agosto de 2012. Consultado em 15 de maio de 2014.
22. «Casa de Jorge Amado é aberta para visitação do público em Salvador» (http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/11/casa-de-jorge-a
mado-e-aberta-para-visitacao-do-publico-em-salvador.html). G1. 14 de novembro de 2014. Consultado em 20 de setembro de
2015.
23. Emília Amaral; Mauro Ferreira, Ricardo Leite, Severino Antônio (2010). Novas palavras, nova coleção 1 ed. São Paulo: FTD.
p. 163. ISBN 9788532274922
24. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas» (http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154). Resultado da busca
de "Jorge Amado". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de fevereiro de 2015.
25. Prêmios e outras atividades (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR66173-5856,00.html)
26. «Jorge Amado : 30 anos de literatura» (http://bdlb.bn.br/acervo/handle/123456789/29971). bdlb.bn.br. 1 de janeiro de 1961.
Consultado em 7 de março de 2016.
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7%C3%A3o-do-brasil-com-o-nobel). Diário Liberdade. 8 de setembro de 2012. Consultado em 14 de setembro de 2015.
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29. «Imperatriz Leopoldinense - Carnaval de 2012 - Jorge, Amado Jorge - Galeria do Samba - As Escolas de Samba do Rio de
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33. BORGES, Julio Daio (14 de março de 2008). «Jorge Amado pela Companhia das Letras» (http://www.digestivocultural.com/arquivo/
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34. PARANHOS, Verena (11 de dezembro de 2014). «Obra de Jorge Amado é administrada por empresa de consultoria» (http://www.re
vistabmais.com.br/noticia.aspx?id=MzA0NQ==). Revista [B+]. Consultado em 14 de dezembro de 2014.

Ver também
Fundação Casa de Jorge Amado
Casa do Rio Vermelho

Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=244) (em
português)
Biografia de Jorge Amado (http://www.releituras.com/jorgeamado_bio.asp)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 6/7
15/10/2018 Jorge Amado – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sítio da Fundação Jorge Amado (http://www.fundacaojorgeamado.com.br/)


Precedido por Prêmio Jabuti - Romance Sucedido por
— 1959 Marques Rebelo
Precedido por ABL - quinto acadêmico da cadeira 23 Sucedido por
Otávio Mangabeira 1961 — 2001 Zélia Gattai
Precedido por Intelectual do Ano (UBE) Sucedido por
Menotti Del Picchia 1969 Pedro Antonio de Oliveira Ribeiro Neto
Precedido por Prêmio Camões Sucedido por
Rachel de Queiroz 1994 José Saramago
Prêmio Jabuti - Romance
Precedido por Sucedido por
1995, com
Isaías Pessotti, João Gilberto Noll Ivan Ângelo, Rodrigo Lacerda
João Silvério Trevisan
e Otto Lara Resende e Carlos Heitor Cony
e José Roberto Torero

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