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Jorge Amado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Leal Amado de Faria OMC • GOSE • GOIH• CBJM ou apenas Jorge
Jorge Amado
Amado (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um
dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.[5][6]
Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da
primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a
retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937. Em
1995, já descrente dos resultados práticos do comunismo, deixa o PCB (Partido
Comunista Brasileiro), despejando fortes críticas à ideologia comunista.
Jorge foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho. Mas em seu Caricatura ilustrando Jorge Amado
estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994, a sua obra foi Nome Jorge Leal Amado de
completo Faria[1][2]
reconhecida com o Prémio Camões.[9]
Nascimento 10 de agosto de 1912
Itabuna, BA, Brasil
Morte 6 de agosto de 2001 (88 anos)
Índice Salvador, BA, Brasil
Biografia Nacionalidade brasileiro
Crenças e estilo literário Cônjuge Matilde Garcia Rosa
Zélia Gattai
Traduções das obras
Prêmios, títulos e homenagens
Filho(s) João Jorge Amado[3]
Paloma Jorge Amado[4]
Academia Brasileira de Letras Eulália Dalila Amado
Cartas
Alma mater Universidade Federal do Rio
Obras publicadas de Janeiro
Adaptações
Ocupação Escritor, jornalista e político
Notas e referências
Influenciados
Notas
Lista
Referências
Ver também Prémios Ver página
Ligações externas Género Romance, crônica, fábula,
literário conto
Movimento Modernismo
literário
Biografia
Magnum opus Gabriela, Cravo e Canela
Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado. Alguns Dona Flor e Seus Dois
biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na fazenda Auricídia, à época
Maridos
pertencente ao município de Ilhéus. Mais tarde as terras da fazenda Auricídia Página oficial
passaram ao atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito ilheense JorgeAmado.com.br (http://www.jorgeamado.c
de Pirangi. Entretanto, é certo que Jorge foi registrado no povoado de Ferradas,
om.br/)
filho mais velho do Coronel João Amado de Faria e de Eulália Leal, pertencente a Assinatura
Itabuna.[7][10] Teve outros três irmãos: Jofre, Joelson e James.[10]
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15/10/2018 Jorge Amado – Wikipédia, a enciclopédia livre
A sua obra é uma das mais significativas da moderna ficção brasileira, sendo voltada
essencialmente às raízes nacionais. São temas constantes nela os problemas e injustiças
sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições e a sensualidade do povo brasileiro,
contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo.
Era primo do advogado, escritor, jornalista e diplomata Gilberto Amado[13] e da atriz Véra
Clouzot.[14]
Foi casado com a também escritora Zélia Gattai, a qual o sucedeu em 2002 na cadeira 23 da
Academia Brasileira de Letras. Com ela, teve dois filhos: João Jorge (nascido em 25 de
Assinatura de Jorge Amado na novembro de 1947) e Paloma Jorge (nascida em 19 de agosto de 1951).[15] Teve ainda outra
promulgação da Constituição da
filha, Eulália Dalila Amado (nascida em 1935, que morre precocemente quando tinha apenas
República dos Estados Unidos do
14 anos, em 1949), fruto de um casamento anterior com Matilde Garcia Rosa.[10][15]
Brasil de 1946, a primeira de cima
para baixo.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga
(1951 a 1952). Como um escritor profissional, viveu quase que exclusivamente dos direitos
autorais de seus livros.
Durante o exílio na União Soviética, foi vigiado tanto pela CIA,[16] quanto pelos serviços de segurança soviéticos.
Em 1958 publicou Gabriela, Cravo e Canela, que representou um momento de mudança na produção literária do autor que até então
abordava temas sociais.[17] Nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e
mulheres sensuais.[17] Além de Gabriela, Cravo e Canela, os romances Dona Flor e seus dois maridos e Tereza Batista cansada de
guerra são representativos desta fase.[17] Apesar do "turning-point" na obra, não deixou de ser publicado na URSS.[18]
Publicada pela primeira vez em 1966, a obra Dona Flor e seus dois maridos é considerada uma crônica de costumes da vida baiana.
Regida sob a inspiração do realismo fantástico, a história mostra D. Flor como uma mulher que consegue realizar a fantasia de levar
para a cama o marido falecido e o atual ao mesmo tempo. O primeiro, um malandro; o segundo, exatamente o seu contrário - só assim
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 2/7
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D. Flor sente-se realmente completa e feliz. O livro é pontuado de receitas culinárias, ritos de candomblé e exemplos de uma contradição
que tão bem retrata o Brasil: o convívio do sério com o irresponsável, o prazer e o dever, a regra e o “jeitinho”. Sucesso editorial, D. Flor
se tornou uma das mais populares personagens da literatura nacional.[19]
Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco
Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou sofrendo uma intervenção
do Governo.[6]
Com a saúde debilitada havia alguns anos, morreu em 6 de agosto de 2001 devido a uma parada cardiorrespiratória.[20] Em junho do
mesmo ano, já havia sido internado por causa de uma crise de hiperglicemia.[20] O corpo de Jorge Amado foi cremado e suas cinzas
enterradas em sua casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. As cinzas de Zélia também estão depositadas no mesmo local, quando
morreu em 2008.[21] Hoje funciona no local a Casa do Rio Vermelho, expondo lembranças da vida do casal de escritores.[22]
Uma das suas obras é o O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá que foi feita para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano
de idade. O texto andou perdido e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo seu filho e levado a
Carybé para ilustrar.
Como Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida, José Lins
do Rego e Graciliano Ramos, Amado representava o modernismo regionalista Jorge Amado (esquerda) com Gabriel García
(segunda geração do modernismo).[23] Márquez (centro) e Adonias Filho (direita)
Foi membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de
Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia.[25]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 3/7
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Em 2012, o Correio do Brasil lançou o Selo Jorge Amado 100 anos, em homenagem ao
centenário de nascimento do escritor,[28] como também foi homenageado pela escola de
samba Imperatriz Leopoldinense com o enredo Jorge, Amado Jorge.[29]
gente do mundo inteiro, guardadas em um acervo isolado de sua fundação. A doação foi
entregue com uma ressalva, por escrito: "Jorge escreveu que somente cinquenta anos após sua morte esse material devia ser aberto ao
público", segundo a poeta Myriam Fraga, que dirige a casa desde sua criação há vinte anos.
De relatos sobre livros e obras de arte a fatos do cotidiano, correspondeu-se com grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo:
Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre tantos
outros brasileiros; Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a
correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como: Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos
Magalhães.
As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos bem como apresentava pessoas umas às outras em época em que
era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.[5]
Alguns trechos retirados de reportagem exclusiva, por Josélia Aguiar, à Revista Entre Livros - Ano 2 - nº 16:
De Gláuber Rocha, sem data, sobre a nova película (A idade da terra, de 1980). "Comecei o dia chorando a morte de Clarice
(Lispector)", inicia assim a carta para adiante falar sobre o novo filme: "Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia
filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever
com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…)".
Mário de Andrade, logo após ler Mar morto, em 1936, elogia o que chama de "realidade honesta" e a "linda tradição de meter
lirismo de poesia na prosa": "Acaba de se doutorar em romance o jovem Jorge Amado, grande promessa do mundo intelectual".
Monteiro Lobato, também sob forte impressão após ler Mar morto, 1936: "Li-o com a mesma emoção trágica que seus livros
sempre me despertam", e conta que, ao visitar o cais do porto de Salvador, havia "previsto" que a obra seria escrita: "Qualquer dia
o Jorge Amado presta atenção e pinta os dramas que devem existir aqui. Adivinhei.".
Pablo Neruda (em carta breve, com data de 16 de outubro e ano incerto, escrita a mão): "Será que no Brasil eu poderia fazer um
ou dois recitais pagos?" (…) "Haverá algum empresário interessado em organizar com seriedade essa turnê?" (…).
Entre outros que faziam parte do círculo de amizades de Jorge Amado vale citar: Federico Fellini, Alberto Moravia, Yves Montand, Jorge
Semprún, Pablo Picasso, Oscar Niemeyer, Vinícius de Moraes, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.[32]
Obras publicadas
Suor, romance (1934)
O País do Carnaval, romance (1931)
Jubiabá, romance (1935)
Cacau, romance (1933)
Mar morto, romance (1936)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 4/7
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Adaptações
Muitas de suas obras foram adaptadas para cinema, TV, teatro e rádio, bem como para histórias em quadrinhos.[10][25] Em 1960 estreou
na TV Tupi a adaptação de Gabriela, Cravo e Canela, de Antônio Bulhões de Carvalho e dirigida por Maurício Sherman. Em 1975, outra
adaptação do romance Gabriela, feita por Walter George Durst estreou na televisão pela Rede Globo. Em 1976 estreou no cinema Dona
Flor e seus Dois Maridos com direção de Bruno Barreto. O filme foi um sucesso de bilheteria, assistido por mais de dez milhões de
espectadores. Ainda virou minissérie e peça. Em 1982 e 1987 estrearam, respectivamente, no teatro Capitães de Areia e O Gato Malhado
e a Andorinha Sinhá. A Rede Bandeirantes levou ao ar uma adaptação de Capitães de Areia a televisão em 1989. No mesmo ano, a Rede
Globo estreou a telenovela Tieta, com direção de Reynaldo Boury, Ricardo Waddington, Luiz Fernando Carvalho e Paulo Ubiratan. Em
1995, a Rede Manchete adaptou a obra Tocaia Grande para televisão. Em 1998, foi ao ar mais uma adaptação da obra Dona Flor e Seus
Dois Maridos, desta vez em formato de minissérie. Em 2012, o remake de 1975 de Gabriela foi exibido pela Rede Globo.
Notas e referências
Notas
1. Título criado em 1993. Apenas seis cidadãos fizeram jus ao mesmo, dentre os quais; Taurino Araújo, Waldir Pires, Haroldo Lima e
Fernando Santana.
Referências
1. Nome Completo: JORGE LEAL AMADO DE FARIA (http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jorge-leal-amado-
de-faria) CPDOC - FGV - acessado em 25 de outubro de 2017
2. Jorge Leal Amado de Faria, o Jorge Amado (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JorgAmad.html) DEC - Universidade Federal de
Campina Grande - acessado em 25 de outubro de 2017
3. «Perfil e Opinião - João Jorge Amado» (http://www.irdeb.ba.gov.br/tve/catalogo/media/view/3541). Instituto de Radiodifusão
Educativa da Bahia
4. «Amadas Memórias» (http://ww18.itau.com.br/revistabkl/paloma-jorge-amado.html). Revista Personnalité. Itaú
5. Sabrina Vilarinho. «Jorge Amado» (http://www.brasilescola.com/literatura/jorge-amado.htm). R7. Brasil Escola. Consultado em 6 de
agosto de 2012.
6. ALVES, Alessandro Fernandes. «JORGE AMADO: SUA TRAJETÓRIA E A RELAÇÃO DE SUA OBRA PARA COM A TV» (http://w
ww.travessiasinterativas.com/_notes/vol5/art%20Alessandro%20ALVES_vol%205.pdf) (PDF). Travessias Alternativas. Consultado
em 9 de maio de 2017.
7. «Jorge Amado - Biografia» (http://educacao.uol.com.br/biografias/jorge-amado.jhtm). UOL - Educação. Consultado em 6 de agosto
de 2012.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 5/7
15/10/2018 Jorge Amado – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ver também
Fundação Casa de Jorge Amado
Casa do Rio Vermelho
Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=244) (em
português)
Biografia de Jorge Amado (http://www.releituras.com/jorgeamado_bio.asp)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado 6/7
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