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A hipertensão arterial é uma doença que pode ter cura, no entanto, este
fato ocorre numa minoria dos casos.Em menos de 10% dos hipertensos
encontramos uma causa curável para a doença.Na maioria das pessoas, a
hipertensão arterial é uma doença causada por diversos fatores (chamada
de doença multifatorial).Estes fatores atuam de uma forma conjunta e
complexa. O avançar da idade, raça, estresse psicossocial , história
familiar, excesso de peso, sedentarismo, ingesta excessiva de sal, entre
outros fatores , estão envolvidos na gênese da doença.
Mito número 3: As pessoas devem apresentar um valor da pressão arterial relativamente constante.
A pressão arterial costuma variar a cada batimento cardíaco, de acordo com as atividades exercidas pelo indivíduo.
A pressão arterial costuma ser maior em situações de estresse , excitação ou esforço físico ( exemplos: dirigir ,
participar de uma reunião de negócios ou durante a atividade sexual).Durante o período do sono , costuma haver
uma queda fisiológica da pressão arterial (cerca de 10 a 20% a menos quando comparada a pressão arterial média
durante o dia).Os idosos apresentam uma grande variabilidade da pressão arterial, podendo num mesmo dia,
apresentar valores discrepantes em curtos intevalos de tempo.
Mito número 4: É normal que as pessoas idosas tenham uma pressão arterial mais elevada.
A pressão arterial máxima ou sistólica costuma aumentar com a idade, enquanto que a pressão arterial mínima ou
diastólica, não aumenta (ou até diminui), após os 50 anos .Por isso, em idosos, é comum haver apenas uma
elevação da pressão arterial máxima (hipertensão arterial sistólica isolada).Tanto para adultos como para idosos,
uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmhg é considerada sempre elevada. Nos idosos, a pressão
arterial sistólica é a mais indicativa do desenvolvimento de complicações cardiovasculares, como o derrame
cerebral , infarto do miocárdio e a insuficiência cardíaca.
Mito número 5 : A aproximação dos valores da pressão arterial máxima com os valores da pressão
arterial mínima, é indicativa de um ataque cardíaco.
Esta situação mencionada acima, mais comumente vista em hipertensos mais jovens, nada mais é do que uma
elevação isolada ou predominantemente da pressão arterial mínima ou diastólica (exemplo: 130 / 98
mmHg).Embora este fato também acarrete um aumento do risco de complicações cardiovasculares com o passar
do tempo , ele não é indicativo da ocorrência imediata de um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).
Mito número 6: Iniciar uma medicação anti-hipertensiva pode deixar o organismo de um paciente
hipertenso dependente da mesma.
A grande maioria dos hipertensos que inicia uma medicação anti-hipertensiva, acaba tendo que usá-la de uma
forma contínua e indefinida, no entanto, mudanças significativas dos hábitos de vida poderão resultar em uma
normalização da pressão arterial. Nestes casos, a medicação anti-hipertensiva poderá não ser mais necessária,
podendo ser suspensa sem acarretar prejuízos ao paciente.
Mito número 7 : Uma vez que a minha pressão arterial está controlada, poderei deixar de tomar a
minha medicação.
A normalização da pressão arterial costuma ser fruto da ação de uma ou mais medicações anti-hipertensivas , além
disso, as mudanças dos hábitos de vida são fundamentais. Como a ação destas drogas é transitória, a suspensão
das mesmas elevará novamente a pressão arterial.Em resumo, hipertensos que controlaram sua pressão arterial
após a introdução de medicamentos, não devem suspendê-los sem uma devida orientação médica.
Mito número 8: No dia da consulta , não devo tomar a medicação antihipertensiva, pois só assim meu
médico saberá de fato como está a minha pressão arterial.
Nos hipertensos em uso de medicação, a medida da pressão arterial sob o uso corrente destas drogas trará
informações importantes sobre como está sendo o tratamento da doença. Logo , as medicações não deverão ser
suspensas no dia da consulta.
Certos betabloqueadores, diuréticos ou a alfa-metil-dopa, podem atingir a esfera sexual. No entanto, hoje
dispomos de inúmeras drogas efetivas e bem toleradas , que não apresentam influência sobre o desempenho
sexual do paciente hipertenso.
Mito número 10: Medicamentos manipulados são tão eficazes quanto os genéricos ou aqueles de
formulação galênica (medicamento de referência).
Nunca troque o receituário de seu médico no balcão da farmácia. As diretrizes dos especialistas em hipertensão
arterial costumam sugeriri o uso das medicações de formulação galênica (medicamento de referência ou
similires). Os medicamentos genéricos , que passaram por testes de bioequivalência (comprovando sua efetividade)
também podem ser usados. Evite as medicações manipuladas, pois são menos confiáveis .
3 - Não preciso medir a pressão porque me sinto bem. Não sinto dor de cabeça, mal
estar, zumbido no ouvido e nem tontura.
ERRADO - A maioria das pessoas que tem pressão alta não se queixa de nada. Pôr isso a
pressão alta é chamada de "assassina silenciosa". A única maneira de saber se a pressão
está normal é medir a pressão.
4-Só medi a pressão uma vez. Como estava normal, não preciso medir outras vezes.
ERRADO -O ideal é medir a pressão pelo menos duas vezes ao ano.O diagnóstico de
pressão alta é feito pelo médico ou agente de saúde, baseado em mais de uma medida em
pelo menos duas ocasiões diferentes. Considera-se pressão alta valores iguais ou acima de
14 pôr 9.
11- Quando a pressão baixar estarei curado. Basta uma caixa de remédio. O
tratamento para pressão alta é para toda vida.
ERRADO - Pressão alta é unica doença crônica que dura a vida toda. Na maioria das vezes,
não se conhece o que causa a pressão alta e nem como curar a doença, mas é possível
controlar a pressão evitando que a pessoa tenha a vida encurtada. O tratamento para
pressão alta também evita o infarto no coração, derrame cerebral e a paralisação dos rins.
12-O tratamento para pressão alta líquida com a pessoa, causa impotência sexual.
ERRADO — A pressão alta é controlada com remédios e com mudanças nos hábitos de
vida, que não acabam com a pessoa. Pelo contrário, fazem com que a pessoa se sinta bem,
com melhor qualidade de vida. A falta de tratamento da pressão alta é que pode causar a
impotência sexual.
13- Só devo tomar remédio para pressão quando me sentir mal.
ERRADO - O tratamento não pode ser interrompido. Os remédios só fazem efeito enquanto
estão sendo usados. Interromper o tratamento pôr conta própria pode elevar abruptamente a
pressão com complicações sérias.
15- Não me dei bem com os remédios, a minha pressão às vezes está alta e outras
vezes baixa demais.
ERRADO - Cada pessoa pode reagir de forma diferente ao tratamento. Na fase inicial, até
que o organismo se adapte ao remédio ou até que ele tenha o efeito esperado, você pode
sentir algum efeito indesejável.
16- Quem tem pressão alta não pode comer nada com sal, nem beber bebidas
alcoólicas e nem praticar exercícios físicos.
ERRADO – O excesso de sal na alimentação pode ajudar a elevar a pressão arterial. A
redução na quantidade de sal pode ser conseguida evitando o uso de enlatados, embutidos,
carnes secas e temperos prontos. Os exercícios físicos podem ajudar a baixar a pressão e
fortalecer o coração. Os exercícios recomendados são andar, nadar e pedalar bicicleta.
Exercícios como levantamento de peso devem ser evitados.
18- Não posso comer com pouco sal porque me sinto fraco.
ERRADO - A alimentação do dia a dia contém quantidade de sal muito além do que o
organismo necessita. Quando não adicionamos sal á comida, comemos cerca de 3 gramas
de sal/dia. Muitas vezes, a sensação de fraqueza é causada pôr outros problemas.
20- Quem tem pressão alta fica acabado, não tem vida normal.
ERRADO - Quem tem pressão alta pode e deve Ter uma vida normal, e não fica acabado
desde que a pressão esteja controlada. Segundo as orientações você vencerá a doença.
Não se esqueça que todos os profissionais da área da saúde podem ajudá-lo.