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SISTEMA ÓSSEO
Um esqueleto adulto contém aproximadamente 206 ossos.
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que se unindo aos outros, por intermédio das
junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo
cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e
proteoglicanas). A parte externa é composta de substância cortical (compacta ou densa) e a interna
de substância esponjosa. Quanto à irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos
maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores).
Com o passar da idade as proporções de líquidos e materiais orgânicos diminuem gradualmente, e é
por essa razão que pessoas idosas têm os ossos mais quebradiços e mais difíceis de se consolidarem.
O fato dos ossos serem considerados um tecido é que eles podem hipertrofiar em resposta ao
exercício, mas também são vulneráveis e podem ser lesados por um treinamento excessivamente
intenso ou esforço repetitivo.
Crânio
O crânio é constituído por oito ossos, dois
pares e quatro ímpares. Tem como função
proteger o encéfalo. Os ossos são: frontal,
occipital, esfenóide, etmóide, parietal e
temporal.
Face
A face é constituída por 2 ossos ímpares
(zigomático, maxila, palatino, lacrimal,
nasal e concha nasal inferior) e 6 pares
(mandíbula e vômer) totalizando assim 14 ossos.
Coluna Vertebral
A coluna vertebral é constituída pela superposição de uma série
de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se
articula com o osso occipital; inferiormente, articula-se com o
osso do quadril. A coluna vertebral é dividida em quatro regiões:
cervical (7), torácica (12), lombar (5) e sacro-coccígea (4 + 4).
Tórax
Os ossos do tórax constituem uma caixa vasada. O tórax é
constituído posteriormente pelas 12 vértebras torácicas,
anteriormente pelo osso esterno e lateralmente por 12
pares de costelas.
Membro Inferior:
É formado pelos ossos do quadril (direito e esquerdo): Ilíaco (Ílio - 2/3 superiores; ísquio - 1/3
inferior e posterior (resistente); púbis - 1/3 inferior e anterior).
Coxa: Fêmur
Joelho: Patela
Perna: Tíbia e fíbula
Pé: O pé se divide em: tarso (Proximal: Calcâneo (túber do calcâneo) e Tálus (tróclea); Distal:
Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio (Médio) e Cuneiforme
Lateral), metatarso (5) e falanges (14).
SISTEMA MUSCULAR
O tecido muscular é caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que
determina a movimentação dos membros e das vísceras. Essa musculatura recobre totalmente o
esqueleto e está presa aos ossos. Há basicamente três tipos de tecido muscular: liso, estriado
esquelético e estriado cardíaco.
Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos
internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sangüíneos e aparelho
excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo
sistema nervoso vegetativo.
Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema nervoso central
e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se
músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os
movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do
coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle
voluntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar
para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a
laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas recobertas
por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa
o tórax do abdômen, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos
respiratórios. O nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
Ventilação pulmonar
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dáse pela contração da musculatura do diafragma
e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevamse, promovendo o aumento da caixa
torácica, com conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos
pulmões.
SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo
musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que
participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e ânus.
BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a
boca. Aí se encontram os dentes e a língua, que preparam o
alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes
reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à
saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
A língua
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimula as glândulas salivares a
secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias.
FARINGE E ESÔFAGO
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e
respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago é um canal que liga a faringe ao estômago. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos
para percorrê-lo.
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo
abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua
função principal é a digestão de alimentos protéicos. Quando está vazio, tem a forma de uma letra
"J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode
ser dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do
estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, localizada na alça
formada pelo duodeno, sob o estômago. A secreção
externa dele é dirigida para o duodeno. O pâncreas
comporta dois órgãos estreitamente imbricados:
pâncreas exócrino, que produz enzimas digestivas e
o endócrino, que secreta os hormônios insulina e
glucagon.
Fígado
Funções do fígado:
Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando,
assim, a ação da lipase;
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar
glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em
moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
Metabolizar lipídeos;
Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e
de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
SISTEMA EXCRETOR
O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e
excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins,
um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
SISTEMA REPRODUTOR
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é formado por:
Testículos ou gônadas
Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente,
uretra.
Pênis
Escroto
Glândulas anexas: próstata, vesículas
seminais, glândulas bulbouretrais.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os
ductos seminíferos. Nesses ductos ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos
seminíferos, as células intersticiais produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a
testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres
sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do
tamanho das fibras musculares.
Ampliam a laringe e torna mais grave a voz.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto
ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição
do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é
constituído principalmente por frutose e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos
tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na
dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias
do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a
partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e
antiinflamatórios).
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos
de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra).
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a
abertura da uretra. Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio,
diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se
contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na
bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum
tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser
produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo
(36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que
tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a
uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
PUBERDADE: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14
anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária)
O hipotálamo libera fatores liberadores dos hormônios gonadotróficos que fazem a hipófise liberar
FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
FSH à estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos.
LH à estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos à características
sexuais secundárias, elevação do desejo sexual.
TESTOSTERONA
Efeito na Espermatogênese. A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar
presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
Efeito nos caracteres sexuais masculinos. Depois que um feto começa a se desenvolver no útero
materno, seus testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida
apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e
características secundárias masculinas. Na puberdade, induz os órgãos sexuais masculinos a retomar
o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente mais 10
vezes.
Efeito nos caracteres sexuais secundários. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da
linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham
predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem,
após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos
músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo. Algumas vezes, a testosterona também promove
uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-
puberdade na face. Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se
desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.
Hormônios Sexuais Masculinos
CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-estimulante
e luteinizante, pela pituitária (hipófise) anterior (adenohipófise), e dos estrogênios e progesterona,
pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a seguinte explicação:
1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a pituitária anterior secreta
maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de
hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos
ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio (estrógeno).
2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da pituitária
anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo
com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois,
subitamente a pituitária anterior começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os
hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase de aumento súbito da secreção
que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de
cerca de dois dias.
3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de 28
dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades
elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.
4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a pituitária anterior,
diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses
hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e
progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada
por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.
5. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona,
começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um
novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.
Podemos, então, dividir o ciclo menstrual em 4 fases:
1. Fase menstrual: corresponde aos dias de menstruação e dura cerca de 3 a 7 dias, geralmente.
2. Fase proliferativa ou estrogênica: período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano,
que se encontra em maturação.
3. Fase secretora ou lútea: o final da fase proliferativa e o início da fase secretora é marcado
pela ovulação. Essa fase é caracterizada pela intensa ação do corpo lúteo.
4. Fase pré-menstrual ou isquêmica: período de queda das concentrações dos hormônios
ovarianos, quando a camada superficial do endométrio perde seu suprimento sangüíneo normal
e a mulher está prestes a menstruar. Dura cerca de dois dias, podendo ser acompanhada por dor
de cabeça, dor nas mamas, alterações psíquicas, como irritabilidade e insônia (TPM ou Tensão
Pré-Menstrual).
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Componentes do Sistema Cardiovascular
Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sangüíneos, sangue, vasos
linfáticos e linfa.
CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno,
ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um
punho fechado e pesa cerca de 400 gramas.
O coração humano, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas)
e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito
através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo
através da válvula bicúspide ou mitral.A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga
uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.
a A atividade elétrica do coração
Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região
especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se
perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é
constituído por um aglomerado de células musculares especializadas.
Fatores que aumentam a freqüência cardíaca Fatores que diminuem a freqüência cardíaca
Queda da pressão arterial
inspiração
excitação
raiva
Aumento da pressão arterial
dor
expiração
hipóxia (redução da disponibilidade de oxigênio
tristeza
para as células do organismo)
exercício
adrenalina
febre
Circulação pulmonar e circulação sistêmica
A circulação sangüínea humana pode ser dividida em dois
grandes circuitos: um leva sangue aos pulmões, para oxigená-
lo, e outro leva sangue oxigenado a todas as células do corpo.
Por isso se diz que nossa circulação é dupla. O trajeto
“coração (ventrículo direito) pulmões coração (átrio
esquerdo)” é denominado circulação pulmonar ou pequena
circulação. O trajeto “coração (ventrículo esquerdo)
sistemas corporais coração (átrio direito)” é denominado
circulação sistêmica ou grande circulação.
Circulação pulmonar:
Ventrículo direito artéria pulmonar pulmões veias
pulmonares átrio esquerdo.
Circulação sistêmica:
Ventrículo esquerdo artéria aorta sistemas corporais
veias cavas átrio direito.
VASOS SANGÜÍNEOS
Os vasos sangüíneos são de três tipos básicos: artérias, veias e capilares.
a- Artérias: são vasos de parede espessa que saem do coração levando sangue para os órgãos e tecidos
do corpo. Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se dilatam,
o que diminui a pressão sangüínea. Durante a diástole ventricular, a pressão sangüínea diminui. Ocorre,
então, contração das artérias, o que mantém o sangue circulando até a próxima sístole.
Pressão arterial: é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. A pulsação
corresponde às variações de pressão sangüínea na artéria durante os batimentos cardíacos.
b- Capilares sangüíneos: são vasos de pequeno calibre que ligam as extremidades das arteríolas às
extremidades das vênulas. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o constitui
atravessa a parede capilar e espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As
células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no líquido extravasado.
c- Veias: são vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. As veias de
maior calibre apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua
circulação em um único sentido.
O retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte, às contrações dos músculos esqueléticos,
que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-se em seu interior. Devido às
válvulas, o sangue só pode seguir rumo ao coração.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a perceber as
variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produzem e a
executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase).
São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais.
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio
(interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a
manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades
fundamentais: a irritabilidade (excitabilidade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a capacidade
que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Essa propriedade é
inerente aos vários tipos celulares do organismo. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a
uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos,
os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso nervoso - por toda a sua
extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à
propriedade de condutibilidade.
Um neurônio é uma célula composta de um
corpo celular (onde está o núcleo, o
citoplasma e o citoesqueleto), e de finos
prolongamentos que podem ser subdivididos
em dendritos e axônios. Os dendritos são
prolongamentos geralmente muito ramificados
e que atuam como receptores de estímulos. Os
axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Todos os
axônios têm um início, um meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou botão
terminal). O terminal axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou
outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de passagem do impulso
nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse.
Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema
nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados
próximo da coluna vertebral.
Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes chamados
nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada
apenas no SNP) ou oligodendrócito (encontrado apenas no
SNC) Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a
formação da bainha de mielina - invólucro principalmente
lipídico que atua como isolante térmico e facilita a
transmissão do impulso nervoso. Em axônios mielinizados
existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que
acarretam a existência de uma constrição denominada nódulo
de Ranvier.
O impulso nervoso
A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do líquido extracelular para
o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular. Assim funciona a bomba
de sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio para fora, enquanto o potássio é bombeado
ativamente para dentro. Porém esse bombeamento não é eqüitativo: para cada três íons sódio
bombeados para o líquido extracelular, apenas dois íons potássio são bombeados para o líquido
intracelular.
Sinapses
Sinapse é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro
neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria).
Sinapses elétricas
As sinapses elétricas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra.
Ocorrem em sítios especializados denominados junções gap ou junções comunicantes. Nesses
tipos de junções as membranas pré-sinápticas (do axônio - transmissoras do impulso nervoso) e pós-
sinápticas (do dendrito ou corpo celular - receptoras do impulso nervoso) estão separadas por
apenas 3 nm. A maioria das junções gap permite que a corrente iônica passe adequadamente em
ambos os sentidos, sendo desta forma, bidirecionais.
Sinapses químicas
Via de regra, a transmissão sináptica no sistema nervoso humano maduro é química. As membranas
pré e pós-sinápticas são separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm - a fenda sináptica. A
passagem do impulso nervoso nessa região é feita, então, por substâncias químicas: os
neurotransmissores, liberados na fenda sináptica. O terminal axonal típico contém dúzias de
pequenas vesículas membranosas esféricas que armazenam neurotransmissores - as vesículas
sinápticas. A membrana dendrítica relacionada com as sinapses (pós-sináptica) apresenta moléculas
de proteínas especializadas na detecção dos neurotransmissores na fenda sináptica - os receptores.
Por isso, a transmissão do impulso nervoso ocorre sempre do axônio de um neurônio para o
dendrito ou corpo celular do neurônio seguinte. Podemos dizer então que nas sinapses químicas, a
informação que viaja na forma de impulsos elétricos ao longo de um axônio é convertida, no
terminal axonal, em um sinal químico que atravessa a fenda sináptica. Na membrana pós-sináptica,
este sinal químico é convertido novamente em sinal elétrico.
As sinapses químicas também ocorrem nas junções entre as terminações dos axônios e os
músculos; essas junções são chamadas placas motoras ou junções neuro-musculares.
Neurotransmissores
A maioria dos neurotransmissores situa-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os
neurotransmissores aminoácidos e aminas são armazenados e liberados em vesículas sinápticas. Sua
síntese ocorre no terminal axonal a partir de precursores metabólicos ali presentes. Uma vez
sintetizados, os neurotransmissores aminoácidos e aminas são levados para as vesículas sinápticas
que liberam seus conteúdos por exocitose. Nesse processo, a membrana da vesícula funde-se com a
membrana pré-sináptica, permitindo que os conteúdos sejam liberados. A membrana vesicular é
posteriormente recuperada por endocitose e a vesícula reciclada é recarregada com
neurotransmissores.
Os neurotransmissores peptídeos são liberados em grânulos secretores. Após serem sintetizados, são
clivados no complexo de golgi, transformando-se em neurotransmissores ativos, que são secretados
em grânulos secretores e transportados ao terminal axonal (transporte anterógrado) para serem
liberados na fenda sináptica.
Diferentes neurônios no SNC liberam também diferentes neurotransmissores. A transmissão
sináptica rápida na maioria das sinapses do SNC é mediada pelos neurotransmissores aminoácidos
glutamato (GLU), gama-aminobutírico (GABA) e glicina (GLI). A amina acetilcolina medeia a
transmissão sináptica rápida em todas as junções neuromusculares. As formas mais lentas de
transmissão sináptica no SNC e na periferia são mediadas por neurotransmissores das três
categorias.
O glutamato e a glicina estão entre os 20 aminoácidos que constituem os blocos construtores das
proteínas. Conseqüentemente, são abundantes em todas as células do corpo. Em contraste, o GABA
e as aminas são produzidas apenas pelos neurônios que os liberam.
O mediador químico adrenalina, além de servir como neurotransmissor no encéfalo, também é
liberado pela glândula adrenal para a circulação sangüínea.
Abaixo são citadas as funções específicas de alguns neurotransmissores.
endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como
analgésicos.
dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação
e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três subgrupos com diferentes
funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma deficiência de dopamina neste sistema
provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens
motoras, e em fases avançadas pode verificar-se demência. O segundo grupo, funciona na
regulação do comportamento emocional. O terceiro, projeta-se apenas para o córtex pré-frontal.
Esta área do córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planejamento de
comportamento e pensamento abstrato, assim como, em aspectos emocionais, especialmente
relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas estão associados com a
esquizofrenia.
Serotonina: neurotransmissor derivado do triptofano, regula o humor, o sono, a atividade
sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal,
sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo intimamente
relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos. Tem efeito inibidor da conduta e
modulador geral da atividade psíquica. Influi sobre quase todas as funções cerebrais, inibindo-a
de forma direta ou estimulando o sistema GABA.
GABA (ácido gama-aminobutirico): principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está
presente em quase todas as regiões do cérebro. Está envolvido com os processos de ansiedade.
Seu efeito ansiolítico seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema
límbico, inclusive a amígdala e o hipocampo. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de
seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação intensa, manifestada através de
convulsões generalizadas.
Ácido glutâmico ou glutamato: principal neurotransmissor estimulador do SNC. A sua
ativação aumenta a sensibilidade aos estímulos dos outros neurotransmissores.
Tipos de neurônios
De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em:
1. Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e
conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central.
2. Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas
ao estímulo).
3. Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios
receptores e os neurônios motores.
O Sistema Nervoso
O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio
de ordens. O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do
sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).
O Sistema Nervoso Central
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O
encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios
cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo),
cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em:
BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO,
situado cranialmente; e PONTE, situada entre
ambos.
Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma atividade específica.
1. Hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e possui apenas três camadas
celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral.
2. Córtex olfativo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas ou três
camadas celulares.
3. Neocórtex: córtex mais complexo; separa-se do córtex olfativo mediante um sulco chamado
fissura rinal; apresenta muitas camadas celulares e várias áreas sensoriais e motoras. As áreas
motoras estão intimamente envolvidas com o controle do movimento voluntário.
A região superficial do telencéfalo, constitui o córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes
superficiais telencefálicas e diencefálicas. O córtex recobre um grande centro medular branco,
formado por fibras axonais (substância branca).
O hipotálamo, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos
principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o
sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que
controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está
envolvido na emoção e no comportamento sexual. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda,
um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a
raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao
riso (gargalhada) incontrolável.
O TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a
medula e o diencéfalo, situando-se
ventralmente ao cerebelo. Possui três
funções gerais; (1) recebe informações
sensitivas de estruturas cranianas e
controla os músculos da cabeça; (2)
contém circuitos nervosos que transmitem
informações da medula espinhal até outras
regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do
cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo; lado direito de cérebro controla os
movimentos do lado esquerdo do corpo); (3) regula a atenção. Além destas 3 funções gerais,
desempenham funções motoras e sensitivas específicas.
Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e
fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes ou fascículos. Muitos dos núcleos do tronco
encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos.
Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
O CEREBELO
Situado atrás do cérebro, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados
pelo córtex motor. Como o cérebro, também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário
dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado
esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo.
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos
enviados aos músculos. A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares
que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo
(articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e olhos), avalia o
movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em
vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja
igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos,
equilíbrio, postura e tônus muscular.
A Medula Espinhal
Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas -
primeira vértebra - até o nível da segunda vértebra lombar. A medula funciona como centro nervoso
de atos involuntários e, também, como veículo condutor de impulsos nervosos.
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos,
a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens e vários pontos e
enviando-as e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo. A
medula possui dois sistemas de neurônios: o sistema descendente controla funções motoras dos
músculos, regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais originados no cérebro até
seu destino; o sistema ascendente transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo até a
medula e de lá para o cérebro.
Durante uma fratura ou deslocamento da coluna, as vértebras que normalmente protegem a medula
podem matar ou danificar as células. Teoricamente, se o dano for confinado à massa cinzenta, os
distúrbios musculares e sensoriais poderão estar apenas nos tecidos que recebem e mandam sinais
aos neurônios “residentes” no nível da fratura. Por exemplo, se a massa cinzenta do segmento da
medula onde os nervos rotulados C8 for lesada, o paciente só sofrerá paralisia das mãos, sem perder
a capacidade de andar ou o controle sobre as funções intestinais e urinárias. Nesse caso, os axônios
levando sinais para “cima e para baixo” através da área branca adjacente continuariam trabalhando.
Em comparação, se a área branca for lesada, o trânsito dos sinais será interrompido até o ponto da
fratura.
Infelizmente, a lesão original é só o começo. Os danos mecânicos promovem rompimento de
pequenos vasos sangüíneos, impedindo a entrega de oxigênio e nutrientes para as células não
afetadas diretamente, que acabam morrendo; as células lesadas extravasam componentes
citoplasmáticos e tóxicos, que afetam células vizinhas, antes intactas; células do sistema
imunológico iniciam um quadro inflamatório no local da lesão; células da Glia proliferam criando
grumos e uma espécie de cicatriz, que impedem os axônios lesados de crescerem e reconectarem.
O vírus da poliomielite causa lesões na raiz ventral dos nervos espinhais, o que leva à paralisia e
atrofia dos músculos.
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; quando partem da medula
espinhal denominam-se raquidianos.
Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos. Três deles são exclusivamente sensoriais,
cinco são motores e os quatro restantes são mistos.
Nas junções neuro-musculares, tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do parassimpático,
ocorrem sinapses químicas entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Nos dois casos,
a substância neurotransmissora é a acetilcolina. Esse mediador químico atua nas dobras da
membrana, despolarizando essa área da membrana do músculo. Essa despolarização local promove
um potencial de ação que é conduzido em ambas as direções ao longo da fibra, determinando uma
contração muscular. Quase imediatamente após ter a acetilcolina estimulado a fibra muscular, ela é
destruída, o que permite a despolarização da membrana.
SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente
sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua
função.
Constituição dos órgãos do sistema endócrino
Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que podem ser uni
ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que
emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram nas glândulas, fornecendo
alimento e estímulo nervoso para as suas funções. Os hormônios influenciam praticamente todas as
funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o
nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao
endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta
interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o
sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.
Hipófise ou pituitária
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide,
chamada tela túrcica. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de
um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior ou adeno-
hipófise (ACTH – Adrenocorticotropina, produz e secreta cortisol;
FSH; LH, produz testosterona e estrógeno; TSH, - Tireoestimulante,
taxa de formação dos hormônios tireoidianos e secreção; GH, estimula
síntese protéica, crescimento, facilita mobilização de gordura; e Prolactina, produção de leite) e o
lobo posterior ou neuro-hipófise (Ocitocina, estimulador da musculatura lisa e ADH – Antidiurético,
reduz a perda de água e favorece sua reabsorção).
O exercício estimula o hipotálamo, que libera
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns
hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou
tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas,
comandando a secreção de outros hormônios. São eles:
Tireotrópicos: estimula a tireóide a secretar seus principais
hormônios. Sua produção é estimulada pelo hormônio
liberador de tireotrofina (TRH), secretado pelo hipotálamo.
Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula
endócrina adrenal (supra-renal)
Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e
femininas (FSH, LH. E Prolactina)
Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o
alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e
o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a
utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática
pelas células, aumentando a concentração de glicose no
sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao
diabetes).
Hipotálamo
Tireóide
Localiza-se no pescoço, sobre a laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e
tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas
células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam a síntese de proteínas,
estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, participa do
controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele
para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
Paratireóides
Pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide.
Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea, a absorção de cálcio
dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a
concentração de cálcio no sangue.
Adrenais ou suprarenais
São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em
duas partes independentes – medula e córtex - secretoras
de hormônios diferentes, comportando-se como duas
glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os
glicocorticóides (ex: cortisol: estimulam a conversão de
proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que
diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando,
assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a
concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a
geração de calor.), os mineralocorticóides (aldosterona:
Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de
íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial.) e os
androgênicos (desenvolvimento e manutenção dos
caracteres sexuais secundários masculinos.). E a medula
secreta a adrenalina (promove taquicardia, aumento da
pressão arterial e das freqüências cardíaca e respiratória,
aumento da secreção do suor, da glicose sangüínea, da
atividade mental e constrição dos vasos sangüíneos da
pele.)
Pâncreas
É uma glândula mista –
apresenta determinadas
regiões endócrinas e
regiões exócrinas ao
mesmo tempo. As
chamadas ilhotas de
Langerhans são a porção
endócrina, onde estão as
células que secretam os
dois hormônios: insulina
(aumenta a captação de
glicose pelas células e, ao
mesmo tempo, inibe a
utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a
captação da glicose plasmática e sua conversão em glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da
concentração de glicose no sangue.) e glucagon (ativa a enzima fosforilase, que fraciona as
moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue, elevando a
glicemia (taxa de glicose sangüínea).
EXERCÍCO ISOMÉTRICO
O exercício estático ou isométrico provoca grandes mudanças no tensionamento dos músculos, mas
poucas mudanças no seu comprimento.
"O exercício isométrico intenso e sustenido pode ocasionar um acidente cerebral hemorrágico, um
infarto do miocárdio, ou a ruptura de um aneurisma de aorta", assinala Lipshitz. E acrescenta: "Este
exercício está contra-indicado nas pessoas com recente dano miocárdio e com moderada ou severa
hipertensão"
- O individuo produz uma força, mas o seu tamanho não muda, permanece o mesmo independente
da força.
- São mais usados em RPG (reabilitação postural Global)
- Todas as fibras são induzidas a contração
=Contra indicações:
- pós-coronarianas;
- Manobra de Valsalva;
Obs: Considerando que os Exercícios Isométricos são ativos, cuidado com as contra-indicações...
Pois nem todos podem fazer esses exercícios, Se o sujeito está acostumado a fazer exercícios ativos
isotônico, esse exercício Isométrico e totalmente diferente. Acredito que deve ser feito como um
complemento em uma atividade física ou em RPG.
O principal efeito do treinamento físico de força sobre a musculatura esquelética é o aumento da
força muscular. Vale a pena ressaltar que este aumento é dependente da especificidade do
treinamento (ex. treino de resistência muscular localizada, hipertrofia, potência, força máxima).
Este efeito ocorre de 2 formas, inicialmente devido a adaptações neurais como aumento do nº de
unidades motoras recrutadas, aumento da freqüência de disparo do motoneurônio e melhora do
sincronismo inter e intra-muscular. A partir da 8ª semana, o aumento da força ocorre decorrente da
hipertrofia muscular observada pelo aumento da secção transversa muscular. Além disso, uma série
de alterações intracelular acontece com o objetivo de oferecer suporte à nova necessidade
metabólica e funcional da fibra como aumento da atividade de enzimas glicolíticas e densidade do
retículo sarcoplasmático.