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Pontos cardeais
Pontos colaterais
NE Nordeste
SE Sudeste
SO Sudoeste
NO Noroeste
Pontos intermédios
NNE Nor-nordeste
ENE És-nordeste
ESE És-sudeste
SSE Sussudeste
SSO Sussudoeste
OSO Oés-sudoeste
ONO Oés-noroeste
Notas:
Portugal continental
Portugal Insular (Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira).
18 Distritos e 2 Regiões autónomas (região autónoma da Madeira e dos Açores) que por sua
vez são subdivididos em conselhos e freguesias.
NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais) - trata-se de uma divisão regional do país feita
após a entrada na EU.
NUT I
NUT II
Norte
Centro
Área
Metropolitana
de Lisboa
Alentejo
Algarve
Açores
Grupo central
Grupo Ocidental
Angra do heroísmo
Horta
Pico
Ponta delgada
Porto Santo
Regiões agrárias
Regiões turísticas
Distritos judiciais
Etc.
Portugal
Atlântica
Mediterrânea
Africana
Continental
Dessas influências, resulta uma diversidade de características físicas (clima, vegetação natural,
relevo…) podendo levar a uma divisão de Portugal Continental em 3 regiões:
Norte
Atlântico Norte
Transmontano
Sul
Nota: com o alargamento da EU a leste, Portugal fica numa posição ainda mais periférica.
Espaço Lusófono
A CPLP pretende:
PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa)
Moçambique Brasil
Angola Portugal
Guiné-Bissau Timor-Leste
Cabo Verde
Portugal não entrou mais cedo porque estava num regime ditatorial;
Trocas comerciais;
Países vizinhos;
Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países.
Principais organizações mundiais em que Portugal participa: ONU; OCDE; OMC; NATO; PALOP;
EU.
Plano proposto pelos americanos para o auxílio económico à Europa na sua reconstrução.
Este plano deu origem à OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica), tendo como
objetivo coordenar a ajuda dos EUA para acelerar a reconstrução e promover a cooperação
económica.
Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da
Europa como o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30
europeus. A OCDE é conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal
objetivo é a cooperação entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do
mundo.
Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto
com a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA
(Associação europeia de Comércio Livre.
Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a cooperação
entre os estados membros e criar um mercado.
UE após Maastricht
Criação de um espaço
Criação de…
UE – Japão – EUA
O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de
controlos eficazes nas fronteiras externas da EU.
Evolução da UE
Natalidade
Crescimento natural
Mortalidade
Emigração
Saldo migratório
Imigração
Fatores explicativos
Natalidade
Emancipação da mulher
Entrada da mulher para o mercado de trabalho
Acesso ao planeamento familiar
Generalização do controlo da natalidade
Mudança de mentalidades
Aumento do nível de instrução
Aumento da idade do casamento
Alargamento do período de escolaridade obrigatória
Diferenças regionais
Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o
litoral e o interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.
Mortalidade
A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo
atingido os 10,5‰ em 1991.
A descida da TM deveu-se a:
Melhoria dos hábitos alimentares
Melhoria dos cuidados de saúde e cuidados de higiene
Melhoria nas condições de trabalho (segurança no trabalho)
Isso deve-se:
Contrastes
Crescimento natural
Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já
se encontrava baixa não influenciou muito esta descida.
Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa
de mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural.
Movimentos Migratórios
Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na
década de 60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao
facto de estes países necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra
Mundial.
Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de
ser um país de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda
da ditadura em 1974.
Jovens ( ≤ 15 anos)
Adultos (15-64 anos)
Idosos (≥ 65 anos)
A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete
variáveis demográficas como:
Natalidade
Fecundidade
Mortalidade
Mortalidade infantil
Movimentos migratórios
Tipos de pirâmide
Jovem/Crescente
Adulta/Transição
Idosa/Crescente
Rejuvenescente
1960
1981
1981-2001
Apesar das diminuições verificadas. Este problema ainda afeta 9% da população portuguesa.
Envelhecimento
Declínio da fecundidade
Baixo nível educacional
Desemprego
ENVELHECIMENTO
Consequência do envelhecimento da população
O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha
cada vez mais encargos com a população idosa.
A diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade no país
A diminuição do espirito de dinamização e inovação, que em geral são características
da população jovem
Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos
idosos
Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a
fecundidade é mais elevada.
Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à
redução da natalidade.
O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que
está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos.
Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E.
DESMEMPREGO
Portugal apresenta uma taxa de desemprego superior à média comunitária e tem vindo a
aumentar.
As baixas taxas de desempego escondem por vezes situações de precariedade, com reflexos na
qualidade de vida da população. São os casos do subemprego e do emprego temporário,
frequentes na economia portuguesa, que, quando não são uma opção dos trabalhadores,
geram situações de grande instabilidade.
Baixa qualificação
Fraco investimento em I&D
Solucionar os problemas
Políticas demográficas
Antinatalistas Natalistas
Predomina nos países menos desenvolvidos Predomina nos países desenvolvidos
Tenta reduzir a natalidade de um país Tenta aumentar a natalidade de um país
Utiliza medidas de sensibilização ou de Utiliza medidas de sensibilização e
coação incentivos económicos e fiscais
Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais
como:
O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a
gravidez
Criação de benefícios fiscais para as famílias com vários filhos
Aumento da duração da licença de parto para a mãe e para o pai
Melhoramento e a gratuitidade de todos os serviços de assistência materno-infantil
Noções
Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado
tempo
Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo.
CN ≥ 0 - crescimento positivo
CN ≤ 0 - crescimentos negativo
CN = 0 – crescimento nulo
Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas
com fixação de residência.
Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano
de vida por cada a1000 nascimentos.
Taxa de fecundidade
Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade
fértil.
Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1
filhos)
Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país
ou região.
Fatores atrativos:
Fatores repulsivos
Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de áreas de
relevo mais acidentado.
Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os
arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores.
Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação
de proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se
estende para lá do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração
da população em redor dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas.
Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição
das Áreas Metropolitanas*.
Noções
Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma
metrópole e pelos seus subúrbios.
Clima
Movimentos migratórios
Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo
migratório e fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e
em algumas regiões autónomas
Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos de
Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas da
fronteira com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando,
acentuando-se assim as grandes Assimetrias Regionais*
Envelhecimento da população
Decrescimo da natalidade e d n+umero de jovens
Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão de obra qualificada
Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos,
acentuado o seu caráter de sbsistência
A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas
de matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios
A fragilidade de tecido económico, com repercurssões no aumento da população
desempregada
A alteração da estrutura de procura de serviços coletivos sociais e culturais , devido à
mudanças demográfias, que se refelctem, diretamente na carência de sercços de apoio
á população idosa
A insuficiência de infraestruturas e de equipamentos (água, saneamento…)
Para se explicar o contaste geográfico entre litoral e interior, também é importante falar na
imigração. Esta beneficia sobretudo as áreas urbanas do litoral, em particular a área
metropolitana de Lisboa.
Intensidade do povoamento
Litoralização expressa pela relação entre o nº
de habitantes e de uma área
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES LITORAIS
territorial e a superfície desse
Fatores Naturais território.
Clima Litoralização
Relevo
Proximidade do mar
A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades
Fatores Humanos
O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois:
A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população
do interior Leva a
LITORAL → Sobrepovoamento
↓ Subaproveitamento dos
Forte pressão sobre as infraestruturas e os recursos recursos
↓
Diminuição da qualidade de vida e degradação dos territórios
INTERIOR → Despovoamento
Fatores Naturais
Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores
Invernos rigorosos
Verãos quentes e secos
Grandes Amplitudes Térmicas
Solos pouco férteis
Humidade e precipitação fracas.
Processo de litoralização
1º Surto
Regresso dos emigrantes
2º Surto
Regresso dos ex-colonos
Imigração
Pequenas cidades do interior
Áreas rurais
O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os objetivos
de melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando assim:
Melhor organização
Resposta às necessidades da população
Correta gestão dos recursos naturais
Proteção ambiental
Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas
atividades humanas
Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:
Recursos Renováveis
Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água; sol;
vento; calor interior da Terra…
Recursos não-renováveis
Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são consumidos e por
isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…
Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás
natural; urânio)
Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata;
estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio)
Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas
(sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato)
Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)
Água
Pré-Câmbrico
o Período de formação da Terra
o Eclosão da vida
Era Primária / Paleozoico
o Desenvolvimento da vida
Era secundária / Mesozoico
o Era dos dinossauros
o Desaparecimento dos dinossauros no final desta era
Era Terciária / Cenozoico
o Era dos mamíferos
o Aparecimento dos 1º hominídeos (australopitecos)
Era quaternária / Atropozoico
o Desenvolvimento do homem
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3 do
território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Unidades morfoestruturais
Maciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do
Sado
Era em que foi Paleozoico Mesozoico e Cenozoico
formado Cenozoico
Área do país Norte Litoral algarvio e Bacias do Tejo e do
abrangida Interior Centro litoral centro (Aveiro a Sado
Alentejo Lisboa)
Rochas constituintes Granito; xisto; Calcário; argilas; Areais; argilas; arenitos
quartzito; arenítos
Formas de relevo Norte/centro – Planíceis
serras, vales e Serras de cume
planaltos arredondado e
Alentejo - pene planícies
planícies
Minérios Feldspato;
predominantes quartzito; Caulino e sal-gema
tungsténio;
talco; cobre;
estanho
O subsetor das pedreiras explora uma grande variedade de matérias-primas, Tendo em conta
o destino que é dado às rochas, este subsetor divide-se em dois grupos: extração de rochas
ornamentais e a extração de rochas industrias.
A distribuição de pedreiras pelo território é irregular e a sua localização faz-se de acordo com
os afloramentos rochosos de cada região. Os distritos de Leiria; Évora; Porto; Santarém são os
distritos que detêm maior número de pedreiras.
Tipos de Rochas
Rochas Industriais
Águas de nascente
Águas minerais
o Águas minerais naturais
o Águas minero-industriais
Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o termalismo, o
que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez que as
estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local.
Recursos Exógeno
O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal função o
tratamento de doenças.
Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos termais das
regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico
Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas
por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos
do mercado às estâncias termais
Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias
termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos
mercados nacional e internacional
Atuar sobre a vertente da formação profissional
Recursos Endógenos
A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é
necessário aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de
modo a aproveitar os recursos abundantes no nosso território.
Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo,
gás natural, etc.)
Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás
butano, etc.)
Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos anos mais
secos, cerca de 20%
Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica
Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono.
Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a
partir de várias origens:
1ª – Aterros sanitários
2ª – Atividade agropecuária Provém dos efluentes (esgotos)
3ª – ETARs
Desvantagens
Vantagens
o Baixa manutenção
o Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego
Energia eólica
Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis
– vento
Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos
O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que
permitem resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso
para a sua manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições
favoráveis para a localização de unidades de conversão.
Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que
explica o atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas
Eficiência Energética
Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização racional da
energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético.
Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa
superfície de 1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um
minuto. Exprime-se em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min.
Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação
direta + radiação difusa)
Espectro solar Radiação solar que chega até nós sob a forma de ondas
eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda.
Atmosfera
Composição química
Azoto 78%
Oxigénio 21%
Argón 0,9%
CO₂ 0,03%
Troposfera
o Espessura – 11 a 12km
o A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto
porque nos pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas
temperaturas dilatam as mesmas, outro motivo é o movimento da Terra
o A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente
térmico negativo)
o É nesta camada que ocorrem a maioria dos fenómenos
atmosféricos/meteorológicos
o O limite superior desta camada é a tropopausa.
Estratosfera
o Localização – 11 a 50km
o É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios
Ultra Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e
positivo
o O limite superior desta camada é a estratopausa
Mesosfera
o Localização – 50 a 80km
o O gradiente térmico é negativo (inexistência de ozono e fraca existência de
gases)
o O limite superior desta camada é a mesopausa
Termosfera
o Localização – 60 a 600km
o O gradiente térmico é positivo
o A densidade do ar é baixa
o O limite superior desta camada é a termopausa
o Começa a ocorrer a ionosfera – as partículas sofrem a ionização, ou seja,
tornam-se partículas elétricas. Existem mais partículas no interior da ionosfera
em relação ao seu interior, sendo que esta camada é utilizada nas
comunicações
Exosfera
o Localização – 600 até ao limite da atmosfera
o Faz contacto com o espaço
Funções da Atmosfera
O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim
o equilíbrio térmico
Noções
Molécul
a de ar
Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo.
Desde que o sol nasce até quando o sol se põe
Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas
nuvens, etc (radiação indireta recebida)
Energia refletida
Atmosfera
Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera
Aquecimento das baixas camadas
da atmosfera, devido à interseção c
feita pelos gases que compõem a
atmosfera, das radiações imitidas b
pela Terra a
a) A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é absorvida pela superfície
terrestre e aquece-a
b) Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço
c) Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa
ao espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o
planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.
Degelo, levando à subida do nível de oceanos, que tem por consequência a submersão de
vastas zonas costeiras, provocando a migração de pessoas, redução das áreas de cultivo, etc.
Ondas de calor
Períodos de seca
Chuvas intensas
Radiação solar
Radiação terrestre
Radiação terrestre
PN
c
C A forma arredondada da Terra vai
fazer com que a inclinação dos raios
B b solares e o ângulo de incidência
Equa. variem com a altitude. Assim os
A lugares de menor latitude recebem
a
maior radiação solar. Nos pólos
aumentam as perdas por reflexão,
difusão e a quantidade de radiação
PS solar é menor devido amassa
atmosférica atravessada.
O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com
maior é o lugar A.
O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o
lugar C.
Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores
perdas por absorção e reflexão
Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à
superfície da Terra no lugar do observador
O menor ângulo de incidência corresponde à maior inclinação dos raios solares e à maior
massa atmosférica atravessada
Massa atmosférica
Massa atmosférica Limite da atmosfera
atravessada
atravessada Ângulo de Ângulo de
incidência incidência
A B Superfície terrestre
O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a
superfície A é mais aquecida
Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a
radiação solar incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações
intermédias (primavera e outono)
Noções
Os valores mais altos de radiação solar, não se registam no equador mas sim nos trópicos
devido à maior nebulosidade das regiões equatoriais que fazem diminui os valores de radiação
solar, comparativamente à regiões tropicais.
Barlavento
algarvio
Sotavento
algarvio
Inverno Verão
Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte
interior é a região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento,
regista as temperaturas mínimas mais elevadas.
Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal
fator para baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão
- Latitude
Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos
Latitude (norte-sul)
As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à
precipitação e à maior nebulosidade
Altitude
O relevo e a sua disposição
No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes.
Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e
mais altas em Lisboa são as correntes marítimas quentes.
A continentalidade
A energia solar
É renovável
É utilizada para:
Os sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação
solar difusa
Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo muito
elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma, o que
agrava a dependência energética pelo exterior.
A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países
nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países
apesar de possuir recursos mais favoráveis.
Concluindo podemos dizer que a energia solar existe em Portugal em grande quantidade, além
disso é geradora de emprego Portugal possui equipamento tecnológico suficiente para obter
um grande aproveitamento desta fonte de energia. Por isso não há razões para que Portugal
não aposte na implementação d estações para a obtenção de energia solar.
O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao
emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima
e a insolação. Prova disso são os destinos dos turistas.
O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os restantes se
podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer forma os
ambientes escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação.
Há um contraste a nível da insolação entre o sul (maiores níveos) e norte (com menores
níveis), para além de ter menores níveis de insolação, o norte possui um clima mais fresco e
ventosa, tornando-se num destino menos procurado pelos turistas.
De forma ativa
o Para aquecimento (energia térmica)
o Para a produção de eletricidade (eletricidade fotovoltaica)
De forma passiva
Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos
mesmos
A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os campos
agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e
quantidade) para satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar
do Planeta Terra ser, maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida
para o nosso consumo.
Curiosidade
Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água
Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos, iniciamos
o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos início deste
ciclo é o sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos oceanos o que leva
à sua posterior evaporação para a atmosfera. É também de suma importância saber que o vapor
de água pode também chegar à atmosfera através do fenómeno de sublimação dos gelos e das
neves e/ou da evapotranspiração.
Grande parte da precipitação cai diretamente nos oceanos, reiniciando-se o ciclo hídrico.
Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à superfície (água
de escorrência)
Noções
Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar
pelo estado líquido, ou vice-versa
Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a
atmosfera sob a forma gasosa
Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta
pode sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado
sólido).
Infiltração A água das chuvas é intercetada pelo solo e, por ação da gravidade,
desloca-se para o interior do solo as várias profundidades
Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma
determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃
Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume
de ar e a quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode
conter. Exprime-se em %
Exercício
H.A = 5 gr/m₃
P.S = 10 gr/m₃ H.R=510 x 100
H.R = ? H.R=0,5 x 100
H.R=50% → Neste caso, o ar contém metade
do vapor de água que pode conter
Caso haja:
Noções
Condições
Dd atmosféricas Ponto de saturação Humidade relativa
Variação da
Temperatura
Subida da temperatura Aumenta Diminui
Descida da temperatura Diminui Aumenta
A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da
força exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:
Pressão
Convergente Divergente
D
Divergente Convergente
O ar é descendente em espiral e O ar ascende em espiral, mas
diverge à superfície e converge em converge à superfície e diverge em
altitude altitude
Durante a descida o ar torna-se Durante a subida o ar torna-se
quente e seco mais frio e húmido
Nas regiões afetadas por Nas regiões afetadas por
anticiclones o céu estará limpo e depressões, como a pressão é
com fraca nebulosidade baixa no centro, o ar ascende e
arrefece, logo condensa mais
facilmente dando origem a nuvens
O ar desloca-se da pressão maior
para a menor
1020hPA
1015hPA 1025hPA
1015hPA
Página | 57 Hugo Miguel Medinas Carril nº 18 11º D
1010hPA
Centro de altas 1005hPA Centro de
pressões ou baixas pressões
Anticiclone O valor mais alto tem que O valor mais baixo tem ou Depressão
estar no meio e diminuir que estar no meio e
para fora aumentar para fora
Nota
Portanto, os ventos deslocam-se das altas para as baixas pressões, sendo que no
hemisfério norte, o desvio dos ventos é para a direito e no hemisfério sul para a
esquerda (relacionado com o movimento da Terra).
P.N
Tropico de Capricórnio
P.S
As baixas pressões equatoriais têm origem térmica (altas temperaturas) e origem dinâmica
(ascensão do ar no encontro dos ventos alísios)
As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir nas
regiões do equador, desce sobre os trópicos).
As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas)
2 1
Frente polar
CIT
A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua ascendência,
pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que confere às regiões
equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT (Convergência
Intertropical). O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os polos
sofrendo um desvio para a direito devido ao Efeitos de Coriolis.
Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas pressões,
designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência de
nuvens e por consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes
desertos quentes se localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári).
O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da
atmosfera se altere significativamente, conforme a época do ano.
No verão do hemisfério norte, os raios solares atingem o norte do equador com menor
obliquidade. Isto faz com que a CIT se situe mais a norte. A subida de CIT faz com que, por sua
vez, os anticiclones subtropicais se desloquem também mais para norte, assim como a frente
polar. Desta forma Portugal fica sob a influência do anticiclone dos Açores, responsável por
Verãos quentes e secos.
No inverno, o hemisfério norte recebe menos radiação solar, Em virtude disso, o ar arrefece, e
os anticiclones polares ganham intensidade e exercem a sua força sob as regiões meridionais
“empurrando” as perturbações da frente polar mais para sul. Ao mesmo tempo, a CIT desloca-
se para sul do equador. Nesta época, a frente polar exerce a sua influência sob o território
português, responsável por Invernos frescos e chuvosos.
As massas de ar geram combinações diferentes de tipos de tempo que, em Portugal podem ser
muito contrastados entre o verão e o inverno e, mesmo entre Verãos e Invernos diferentes.
As massas de ar polar marítimo, são mais típicas no inverno e estão na origem de um tempo
fresco e chuvoso, associado à passagem sucessiva de perturbações frontais. Igualmente
comuns são as massas de ar polar continental, que estão associadas a tipos de tempo muito
frio e seco. São a típicas situações anticiclónicas de inverno, com acentuado arrefecimento
noturno.
Quando duas massas de ar se encontram, criam-se áreas de contacto que se designam por
superfícies frontais. O ponto de contacto entre a superfície frontal e o solo designa-se por
frente. As frentes podem ser:
Noções
Formação
Ar frio polar
Ar quente tropical
Oclusão
Oclusão
A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a barreira de
condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão expostas às massas
de ar vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas, enquanto que as
vertentes orientais estão mais abrigadas.
O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado por
anticiclones (fator latitude)
Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais acidentado,
comparativo com o sul (fator relevo)
Outro fator a ter em atenção está relacionado com a proximidade ou o afastamento do mar.
Nas ilhas, o principal fator na distribuição da precipitação está relacionado com o relevo, pois é
nas altitudes mais elevados do interior das ilhas e nas vertentes expostas aos fluxos
pluviométricos que registam elevados níveis de precipitação.
Precipitação frontal
Precipitação orográfica
Precipitação convectiva
O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este
aquecimento torna o ar instável e pode levar à sua ascendência.
Precipitação convergente
Esta chuva manifesta-se de forma intensa e é de curta duração (podem durar apenas 10
minutos). São típicas da região intertropical, nomeadamente equatorial, e de Verão no interior
dos continentes, devido às altas temperaturas.
Temporal
o Variação anual
Períodos mais chuvosos
Períodos mais secos
o Variação interanual
Anos muito chuvosos
Anos mais secos
Espacial
o Contrastes entre Norte/Sul
o Contraste entre Litoral/interior
Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura
quer para outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas,
tais como:
Noções
Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados
durante um longo período de tempo (30 anos).
Temperatura média:
o Diurna
o Mensal
o Anual
Amplitude térmica
o Diurna
o Mensal
o Anual
Classificação do clima
QENTES
TEMPERADOS
Subpolares Polares
O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas
temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar
húmidas vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima
tipicamente mediterrâneo.
Clima de montanha
Os recursos hídricos
Os rios
Montante Nascente
Jusante Foz
Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante
Superavit
Défice hídrico
hídrico
Superavit
hídrico
Água cedida
ao solo Água
restituída ao
solo
J F M A M J J A S O N D
Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo do leito.
Quanto maior for o declive maior será a velocidade do escoamento e por consequência maior
erosão. Por sua vez a quantidade de água relaciona-se com a precipitação
Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais que
serão transportando até à foz.
O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz) que
pode ser o mar ou outro rio.
Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo
desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio.
Vale em caleira
aluvial
ou
Vale de fundo largo e
plano
Aluviões – sedimentos
que acabam por ser
C depositados no curso
inferior do rio
→ A água ganha
velocidade
→ Desagua por
vários canais
A
DESGASTE* B Meandros
TRANSPORTE* abandonados
C
*Ação erosiva da água Curiosidade
ACUMULAÇÃO* Estuário – Desagua por
um só canal.
Contrariamente ao
delta
Clima
Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na
rede hidrográfica será maior me vice-versa
Relevo
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior,
contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração,
reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.
Cobertura vegetal
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a
infiltração e por sua vez o causal será menor
Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior
A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis;
Ação do Homem
- Desflorestação
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Noções
Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam
ambos os países
Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no
ou leito menor
verão. No inverno ocorre o leito de inundação.
Maioria NE - SW
Douro E-W
Sado S-N
Guadiana N - S
Mondego
Sado
Vouga
Tejo
Douro
Guadiana
Lagoas e albufeiras
Águas subterrâneas
Calcário
Depende:
Características geológicas
Quantidade de precipitação
Depende:
Precipitação ocorrida
Extração da água
Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa)
Alteração do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os aquíferos)
Evapotranspiração, etc.
É uma região especialmente rica em reservas de água subterrânea, porque nela convergem
água das regiões envolventes, mais elevadas, e porque possui vários aquíferos muito porosos.
As regiões das orlas, são também ricas e bastante exploradas. Na orla Meridional existem
situações de sobre-exploração dos aquíferos, em virtude das fracas precipitações e da pressão
turística que se exerce nesta região, particularmente no verão.
Noções
Ressurgência Rio que, devido ao facto de solo ser calcário, disparasse à superfície e
surge, novamente, uns quilómetros á frente.
Gestão da água segundo o setor de atividade
Poluição dos recursos hídricos
AGRICULTURA
AGRICULTURA
Utilização de técnicas de irrigação pouco
Excessiva e incorreta utilização de
consumidoras de água
químicos
Seleção de culturas mais adequadas as
Sistemas de rega inadequados condições climáticas da diferentes regiões
Reutilização da água previamente sujeita a
Efluentes das pecuárias
tratamento
INDÚSTRIA INDÚSTRIA
Utilização de técnicas mais eficientes e
Utilização da água em sistemas de menos consumidoras de água
arrefecimento e lavagem Utilização da mesma água para fins
diferentes
Efluentes contaminados por diversos
Tratamento de águas residuais e sua
químicos e matéria-orgânica
reutilização
DOMÉSTICO
DOMÉSTICOS/ EMPRESAS DE CPMÉRCIO/SERVIÇOS
Grande consumo de água
Utilização de máquinas de lavar roupa e loiça
Esgotos (vírus e bactérias) com doseador de carga
Criação de hábitos que evitem desperdícios e
gastos desnecessários
Reutilização da água tratada dos autoclismos em
regas.
Consequências
Um dos problemas está relacionado com o desfasamento que existe entre as fossas céticas e o
saneamento, isto é, ainda há muitas águas residuais que não são levadas para as ETARs. O
outro problema está relacionado com as próprias ETARs, pois, teoricamente estas funcionam
bem mas, na prática denotam deficiência em alguns aspetos.
Ao nível da distribuição, existem desigualdades regionais, havendo regiões com falta de água
(sul e interior), isto porque as nascentes encontram-se principalmente a norte e nas orlas de
Portugal.
Existe também uma disparidade a nível do consumo, pois é o setor agrícola que regista
maiores níveis de consumo de água, seguido da indústria e depois do consumo doméstico
Tanto o POA (Plano de Ordenamento das Albufeiras) como o POBH (Plano de Ordenamento
das Bacias Hidrográficas), têm particular importância na gestão dos recursos hídricos, por
forma a assegurar um melhor conhecimento e racionalização dos recursos hídricos.
Outros planos
Para elém de todas as vantagens associadas a uma barragem. A barragem do alqueva tem
uma associação com a estação fotovoltáca da amareleja. Esta associação tem por objetivo
unir, ou seja, usar os mesmo meios, na distribuição da energia
Para além da associação, primeiramente referida, existe atmbém um parque éolico que está
também associado à barragem. A água passa n as turbinas para fazer girar e produzir
electrecidade mas depois, essa mesma água é bombeada para trás e, assim obter mais ganhos
de energia
Temporal
o Variação anual – Período mais/menos chuvoso
o Variação interanual – Anos muitos chuvoso/secos
Espacial
o Contrastes
Norte - Sul
Litoral – Interior
Regime semi-intensivo Tipo de regime, cuja alimentação pode ser tanto de origem
marítima como fornecida pelos aquicultores.
Tipo de regime mais dispendioso.
Regime extensivo Tipo de regime, onde os peixes estão cercados, e cuja sua
alimentação se baseia nos recursos fornecidos pelo mar.
Sal
A extração do sal, que em tempos se encontrava presente em tida a costa portuguesa,
apresenta-se hoje praticamente restrita ao Algarve, cuja produção no ano de 2002
representou 94% do total, sendo a restante repartida pela ria de Aveiro (3%), o estuário do
Mondego (1,6%) e o estuário do Sado (1,4%).
Algas
A exploração das algas, que tradicionalmente serviam de fertilizantes agrícolas, pode constituir
atualmente uma potencialidade enquanto matéria-prima para a indústria cosmética,
farmacêutica, bioquímica, gastronómica, etc.
Atividade turística
O turismo em Portugal encontra no litoral um dos seus locais privilegiados. As características
climáticas associadas à extensão e beleza da costa portuguesa são fatores atrativos para
grande parte dos turistas que escolhem Portugal como destino de férias.
o Energia eólica
O vento é uma ótima fonte de energia primária para a produção de eletricidade, apresentando
baixos custos. Prevê-se que entre 2005 e 2010, esta fonte de energia se possa comparar à
energia produzida a partir de combustíveis fósseis.
As ventoinhas eólicas são colocadas juntas à linha da costa, não exclusivamente, devido a esta
ser uma zona ventosa.
Potencialidades do Litoral
O mar é uma importante via de comunicação, facilitando as torças comerciais;
O mar dá um caráter mais suave ao clima;
O mar atrai a população. A litoralização em Portugal testemunha a forte atração
que o mar exerce.
Tipos de costa
Portugal tem uma extensa linha de costa sujeita a uma importante ação marinha, que modela
os seus atuais contornos através de processos de erosão, transporte e acumulação. A ação do
mar sobre a linha de costa desencadeia uma modificação constante, originando paisagens
litorais variadas. Existem 2 tipos de costa:
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, dada a natureza vulcânica do seu relevo, a dureza
das respetivas rochas e o défice de elementos finos transportados pela ribeira, cerca de 98% é
de arriba.
A natureza das rochas é considerada o fator principal que determina o tipo de costa, mas
existem outros fatores que também influenciam as suas características, designadamente os
movimentos das águas do mar (as correntes marítimas; as marés; as ondas; etc), a diversidade
dos fundos oceânicos e a ação das águas fluviais junto à foz.
Costa Portuguesa
Como resultado de um longo processo de assoreamento das lagunas costeiras da foz do
rios e do transporte de areias ao longo do litoral pelas correntes de deriva, a linha da costa
portuguesas apresenta um traçado bastante retilíneo, com poucas saliências/reentrâncias, o
que torna os locais abrigados para a implementação de atividades portuárias
Movimentos orogénicos
Movimento de levantamento → mais erosão OU Movimento de abatimento → menos erosão
Noções
Erosão Ataque na linha da costa
Acidentes do Litoral
HAFF-DELTA DE AVEIRO
RIA/LIDO DE FARO
Existe então um forte assoreamento devido à baixa profundidade que se faz sentir neste local.
Sendo assim, o mar perde força acabando por depositar os sedimentos neste local.
Nota: Ria – água que entra pela terra adentro, ocupando as zonas mais baixas
formando assim ilhotas arenosas.
Noções
Sapal Zona que pode ficar coberta ou não de água, consoante as marés.
Os estuários do Tejo e do Sado constituem outra forma de ação conjugada dos rios e do mar. O
rio contacta com o mar num só canal e há então a acumulação de sedimentos junto às
margens. Estas zonas ficam cobertas na maré alta e descobertas na maré baixa.
Ordem ambiental
Constituem um paraíso para aves aquáticas (são locais de nidificação, repouso ou
hibernagem de variadíssimas espécies de aves).
São áreas de grande diversidade de ecossistemas
São áreas de atração turística
Ordem Económica
Permitem o desenvolvimento de atividades portuárias
Permitem o desenvolvimento de atividades ligadas à pesca; à piscicultura (cultura que
desenvolve apenas a criação de peixe); à aquicultura (cultura que para além da criação
de peixe, pratica a criação de outras culturas, como o marisco, as algas, etc.) e à
extração de sal.
Isto acontece porque o vento sopra de Norte, e como a formação das ondas é gerada pelo
vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então mais agitado, preferindo o sul para a
construção de portos abrigados.
Nos estuários a localização dos portos encontra-se no próprio acidente.
Plataforma Continental
A dimensão dos oceanos não se faz acompanhar da abundância de recursos. Existe uma
grande concentração quer em quantidade quer em diversidade da fauna e da flora marinha em
áreas restritas, que se classificam biologicamente ricas e portanto atrativas para as atividades
marinhas. Insere-se aqui a plataforma continental.
A nível mundial, estas zonas representam apenas 10% da superfície dos oceanos, contudo 80%
das espécies piscícolas capturadas encontram-se nestes locais. Além disso, é também mais rica
em recursos do subsolo, como o petróleo. A riqueza piscícola da plataforma continental resulta
das suas características, que favorecem o desenvolvimento de várias espécies animais e
vegetais:
Tem pouca profundidade (facilitando a entrada de luz)
Abundância em oxigénio (devido à agitação das águas)
Baixo teor em sal (devido à água dos rios)
Água rica em nutrientes (desenvolvimento do plâncton devido à matéria
orgânica transportada pelos rios)
As correntes marítimas, que podem ser frias ou quentes, são um fator condicionante e
importante no desenvolvimento de espécies marinhas. A formação do plâncton dá-se nas
águas frias, tornando-as então mais ricas em peixe.
As zonas de contacto de correntes frias com correntes quentes, são aquelas onde a
concentração e diversidade de peixe são maiores, pois aqui, as águas tornam-se mais agitadas,
logo mais oxigenadas e o plâncton é abundante, bem como as oscilações de temperatura e
salinidade.
A costa portuguesa é influenciada pela corrente quente do Golfo, que vem do México e
encaminha-se para a Europa (sentido SW-NE), no entanto a norte de Portugal sofre um
inflecção devido aos ventos, afetando assim a nossa costa. Apesar de ser chamada de quente,
em Portugal é fria pois vem do Norte.
Nos meses de verão a nortada – ventos fortes de norte – sopra junto ao litoral e afasta as
águas superficiais para o largo. Desenvolve-se então uma corrente de compensação, o
uwelling, que se desloca na vertical, trazendo à superfície as águas profundas, mais frias e mais
ricas em nutrientes, que desencadeiam, em pouco tempo, a abundância de espécies como a
sardinha e o carapau, favorecendo a atividade piscatória nesta época.
Com o aumento da atividade piscatória, a nível mundial, assim como o excesso de capturas,
muitos países começaram a querer delimitar as suas águas, para impedir a entrada livre de
barcos de outra nacionalidades.
Esta questão gerou conflitos, pois os países queriam apropriar-se de zonas marítimas cada vez
mais extensas. Então a partir de 1982, legitimou-se o afastamento até 200milhas da costa,
para plena exploração em profundidade e do subsolo. Surge assim a Zona Económica (ZEE),
para cada país, tendo em Portugal definido a sua em 1977.
Área Portugal detém umas das maiores ZEE’s do mundo devido aos arquipélagos.
Peixe Não é de grande riqueza piscatória. Logo a frita portuguesa vêsse obrigada a
operar fora da ZEE para satisfazer as necessidades da população
Noções
Águas Territoriais Faixa do litoral que vai até às 12 milhas (22Km).
Existem várias atividades económicas ligadas aos recursos marítimos, mas é a atividade
piscatória a mais importante, até porque os portugueses são dos maiores consumidores de
peixe a nível mundial.
No entanto a atividade piscatória tem um contributo reduzido para o PIB.
Atividades relacionadas com a pesca
antes depois
Construção naval Comércio
Indústria (conserva;
farinhas/rações; salga e congela)
Turismo
As regiões de maior atividade piscatória.
Noroeste Atlântico (NAFO) É umas das áreas de pesca mais ricas do mundo quer
me quantidade como em diversidade. É a áreas mais
atrativa para os portugueses, sobretudo a Terra Nova e
a Gronelândia. Recentemente, passou a haver mais
restrições no intuito de preservar as espécies
(diminuição das quotas de pesca ou mesmo a proibição
da atividade), levando a que Portugal importe
Bacalhau, que tradicionalmente pescaria.
Centro-Leste Atlântico Tem sido uma alternativa para a frota portuguesa uma
vez que os países do Norte Atlântico têm imposto cada
vez mais restrições.
Atlântico Sul e Índico Ocidental Áreas menos procuradas pelos portugueses, mas pode
vir a ser uma alternativa a médio prazo.
Aquelas que se deslocam apenas nas águas nacionais e em redor – praticando a pesca
local e a pesca costeira
Tipos de embarcações
Embarcações Características
Barcos de madeira; pequenos (-9m); trabalham junto à
Embarcação de pesca local costa (máx. 10milhas); utilização de técnicas artesanais
Dimensão superior a 9m; Podem atuar fora da ZEE,
tendo já técnicas de conservação do pescado possuem
Embarcações de pesca costeira autonomia para permanecer no mar alguns dias;
utilização de técnicas mais modernas
Barcos de grande dimensão; tonelagem superior a
100TAB; trabalham para além das 12milhas, em águas
Embarcações de pesca de largo internacionais; podem permanecer no mar 2-3 semanas;
prática da pesca industrial
Navios grandes e bem equipados; grande autonomia;
trabalham muito longe dos portos de origem; Utilização
Embarcação de pesca longínqua de técnicas modernas (sondas, radares, etc.); possuem
meios eficazes de conservação de peixe; podem
permanecer vários meses no mar.
Tipos de Pesca
Arrasto
Cerco
Rede de deriva
Dimensão da frota
Em Portugal domina a pesca local, com recursos a técnicas tradicionais; com embarcações
pequenas e feitas de madeira, tendo uma TAB muito reduzida. No entanto, esta atividade tem
sido muito importante para as comunidades de pescadores que têm na pesca tradicional o
único modo se sobrevivência.
Até à entrada de Portugal para a UE, os incentivos a este tipo de pesca eram muito reduzidos
ou até mesmo nulos, o que contribuiu para a degradação da frota portuguesa, não havendo
qualquer renovação ou introdução de técnicas modernas.
Após 1986, houveram então incentivos à modernização da frota pesqueira, através do apoio
dos fundos estruturais, como a FEOGA, com a atribuição de subsídios que têm permitido a
aquisição de barcos mais modernos e de equipamentos de navegação, de deteção e de
captura. O governo português, através da IFADAP, tem financiado o setor. Como resultado, a
frota portuguesa, sofreu uma reconversão qualitativa e quantitativa na última década. Este
desenvolvimentos tecnológico – uma frota mais moderna e equipada com sistemas de deteção
de cardumes, com modernos aparelhos de captura e com sistemas de conservação e
transformação do pescado em alto mar – tem sido um fator fundamental para o aumento da
produtividade e da competitividade da pesca portuguesa.
Se não conseguirmos os acordos com os outros países, isso obriga-nos a uma intensificação da
pesca na costa portuguesa, o que empobrece ainda mais a quantidade de peixe existente.
80% do peixe pescado em Portugal, provém das águas nacionais. Contudo é necessário
importar pois somos um pais grande consumir de peixe.
Infraestruturas portuárias
Apesar de as infraestruturas estarem mal apetrechadas e com muitas carências, tem sido feito
um investimento em termos de equipamento de apoio, com a modernização de lotas,
instalações de redes de conservação e refrigeração, gruas de descargas, etc.
1. Leixões (Matosinhos) 1
2. Peniche
3. Olhão Aveiro
4. Portimão
5. Sesimbra Figueira da foz
Nazaré
2
Lisboa
5
Sines
4 3
Em Portugal, em 2004 havia ainda mais de 20 mil pescadores matriculados. Trata-se de uma
profissão que passa de geração para geração, mas que nos últimos anos com a crise de setor e
com as alterações da sociedade, a profissão deixou de ser atrativa para os jovens. No entanto
comparados os valores com os restantes estados-membros da UE Portugal detém valores
bastante elevados. O que se relaciona com o facto de a pesca em Portugal ter ainda um caráter
muito tradicional e pouco modernizado.
As baixas qualificações dos pescadores constitui também um entrava à modernização deste
setor.
Para tentar ultrapassar estas dificuldades, a UE, através da Política Comum de Pescas em
Portugal, tem apostado na formação profissional dos pescadores (pescador, marinheiro,
contramestre, etc.). a partir da 1986, foram criados, por todo o país, centros de formação do
“Forpescas”, apoiados pelo FSE.
Apesar do número de cursos ter aumentado, o número de formandos está a diminuir, por isso,
não está relacionado com a falta de cursos, mas sim com outros motivos, como a falta de
interesse da população jovem por esta atividade, as condições do trabalho nada aliciantes, a
instabilidade do setor, entre outros.
Problemas ambientais
A POLUIÇÃO DO MAR
A poluição dos mares tem origens muito diversas, mas os problemas originados pela
exploração, transporte, acidentes e limpeza de petroleiros
Todos os anos milhões de toneladas de crude passam pelos oceanos e, como Portugal,
nomeadamente a ZEE, está na rota da maioria dos petroleiros, a costa portuguesa é muito
vulnerável a esses acidentes, em particular às marés negras.
Além dos petroleiros, a costa portuguesa está sujeita aos «despejos» de indústrias, que enviam
os seus esgotos, não tratados, diretamente para o mar, com produtos muito poluentes
(químicos, plásticos …)
A poluição dos mares pode ser:
Outro problema ambiental grave reside no excesso de exploração dos recursos marinhos,
porque durante anos a atividade piscatória foi feita sem qualquer controlo.
A exploração desenfreada de espécies, põe em risco o equilíbrio do ecossistema. Com efeito,
os desequilíbrios atuais foram desencadeados por dois processos:
Rutura das cadeias alimentares;
Exploração excessiva dos recursos.
A ZEE portuguesa é a maior da Europa, o que constitui uma vantagem, embora traga
igualmente desvantagens, das quais se destaca, desde logo, a sua fiscalização.
Para a preservação e gestão dos recursos marinhos, é fundamental que Portugal disponha de
um sistema eficaz de vigia e controlo das atividades, não só da frota estrangeira, mas também
da portuguesa. No entanto, não é isso que acontece: a ZEE é insuficientemente patrulhada por
falta de meios técnicos e humanos, nomeadamente, a falta de embarcações rápidas, de meios
aéreos e informáticos e de técnicos especializados.
Estas carências levam a que, na maioria dos casos, não se consiga prevenir ou punir as
infrações efetuadas por navios portugueses e estrangeiros. De entre estas, destacam-se:
A captura de espécies não permitidas, devido ao seu peso e/ou dimensão e que pode
acelerar a sua extinção;
O tipo de pesca praticado e o uso inadequado da malhagem da redes;
O desrespeito pelas quotas* de pesca e TAB;
Desperdícios de espécies que são capturadas indevidamente e não comercializáveis;
A descarga de produtos poluentes, que vão desde a lavagem dos petroleiros até
produtos altamente tóxicos, como mercúrio e o chumbo;
A utilização do espaço da ZEE para transporte de substâncias proibidas ou para o
contrabando.
Se o controlo não for eficaz, as consequências serão graves para Portugal, designadamente:
O esgotamento dos recursos marinhos existentes nas águas portuguesas;
O aumento do tráfego clandestino não só de produtos proibidos (droga) como
também de outros que podem pôr em risco a segurança nacional (armas);
O aumento da poluição marítima e de catástrofes ambientais, como aquelas que
foram provocadas pelo prestige e pelo new world.
*Quantidade de peixe que pode ser pescada
**Tonelagem de Arqueação Bruta – Capacidade de pescado suportada por um navio
A pressão urbanística sobre litoral faz-se de múltiplas formas com graves problemas
ambientais, como:
A construção sobre arribas e dunas;
A destruição das dunas;
A sobre exploração dos aquíferos;
A produção excessiva de recursos e de efluentes urbanos;
A redução da biodiversidade, com a destruição da fauna e da flora locais.
Medidas de recuperação do litoral:
Consolidação das arribas;
Recuperação das dunas;
Demolição de certas construções;
Construção de exporões.
Aquicultura
Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar na
preservação de espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.
A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo nas
últimas décadas, esta atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor. O
Estado tem feito um esforço para renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas os
efeitos têm sido diminutos.
Extração de algas
A apanha de algas, outrora largamente utilizadas como adubo natural na agricultura, tem
vindo a perder a importância e as estatísticas referentes à apanha de algas para a utilização
industrial revelam valores pouco significativos e decrescentes.
A produção de sal
A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como uma
das formas de potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido
recuperadas, até porque se tem assistido a uma valorização comercial de certos tipos de sal,
designadamente a flor de sal.
A exploração petrolífera
Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo .
A atividade turística
A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais
recursos económicos de Portugal.
Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais
importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem
exercido no litoral, É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode
ainda melhorar; no entanto, tem causado igualmente graves problemas ambientais.
É importante que esta atividade venha a desenvolver-se, mas de forma sustentada e criando
novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de golfinhos e baleias,
que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas.
o A energia das ondas – Num futuro próximo, a energia das ondas poderá
representar a maior fonte de energia renovável da terra. Este é o mais recente
desafio no que respeita a produção de eletricidade com energias renováveis.
Portugal vai ser o primeiro país a nível mundial a implementar uma plataforma
comercial de aproveitamento das ondas do mar para gerar energia.
o A energia eólica – O aproveitamento da energia eólica, tão abundante na costa
portuguesa, é reduzido, no entanto em franco desenvolvimento. Estão em
desenvolvimento projetos para um parque eólico em Vila nova de Cerveira,
prevendo-se numa fase posterior, a construção de aerogeradores completos.
A elevada pressão a que a costa portuguesa está sujeita tem dado origem a desequilíbrios
ambientais graves:
A destruição e degradação dos sistemas naturais, como as dunas;
A artificialização da linha de costa através da construção de pontões;
A deterioração e degradação da paisagem com o excesso de construção desordenada.
É necessária uma intervenção urgente, não só para parar com os “atentados ambientais”, mas
também para reordenar as áreas degradadas. Para isso existem os POOC (planos de
ordenamento da orla costeira), definidos em 1992, e que, em articulação com outros planos,
nomeadamente os PDM, procuram promover o ordenamento do território, tentando
revalorizar e requalificar as praias, consideradas estratégicas a nível ambiental e turístico.
A área de cada POOC engloba: as águas marítimas, costeiras e interiores, e os respetivos leitos
e margens.
*Importância
Imposição de quotas
Fiscalização das redes
Redução da frota
Sistemas sofisticados
Em Portugal, a agricultura é uma atividade cuja contribuição para a criação de riqueza, por
exemplo, no Produto Interno Bruto e no Valor Acrescentado Bruto, tem vindo a decrescer.
Tendência esta que se mantém para os restantes estados membros, devendo-se
essencialmente aos desenvolvimento das atividade dos setores II e III, cuja participação
aumentou muito e tende a crescer, sobretudo o setor III.
Na criação de emprego;
Na ocupação do espaço e na preservação
da paisagem;
Constitui uma base económica em
algumas áreas rurais do país.
CLIMA
Coincidência do tempo quente com a estação seca e do tempo frio com a estação húmida.
Portanto falta humidade em períodos de temperaturas elevadas e vice-versa, dificultando o
desenvolvimento agrícola. Por esta razão os agricultores veem-se obrigados a recorrer à rega no
verão, o que se torna dispendioso. Outro fator é a irregularidade dos estados de tempo (Intra-
anual → entre os meses; Interanual → entre anos).
RECURSOS HÍDRICOS
A existência de recursos hídricos é fundamental ara a produção agrícola, pelo que se torna mais
fácil e abundante em áreas onde a precipitação é mais regular. Em áreas de menor precipitação,
é necessário recorrer a sistemas de rega artificial.
A fertilidade do solo:
Influencia diretamente a produção,
Natural (depende das características geológicas rocha - do tanto em quantidade como em
relevo e do clima); qualidade. Em Portugal,
predominam os solos de fertilidade
Criada pelo homem (fertilização incorreta dos solos) média ou baixa, o que condiciona
bastante a agricultura.
RELEVO
Em relevos planos, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim como a possibilidade de
modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se
menor e há maior limitação no uso de tecnologia agrícola e no aproveitamento e organização
do espaço.
Relevo mais ou menos plano (pene planícies); clima mais seco; maior fertilidade
natural dos solos.
Feição mais organizada da reconquista e da doação de vastos domínios ais nobres e às
ordens religiosas e militares.
OBJETIVO DA PRODUÇÃO
Quando a produção se destina ao auto consumo, as explorações são geralmente de pequena
dimensão e, muitas vezes, continuam a utilizar técnicas mais artesanais.
Se a produção se destinar ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão e mais
especializadas em determinados produtos, utilizando tecnologia moderna (máquinas, sistemas
de rega, estufas, etc.), o que contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo.
POLÍTICAS AGRÍCOLAS
As políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas – quer nacionais quer comunitárias
(UE), são atualmente fatores de grande importâncias, uma vez que:
Influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados (Não se
pode cultivar todo o tipo de produtos. Existem quotas para a quantidade e produtos
cultivados)
Regulamentam práticas agrícolas, como a utilização de produtos químicos;
Criam incentivos financeiros, apoiam a modernização das explorações, (São dados
subsídios que incentivam a cultivação de determinadas culturas7espécies. Exemplo: o
Milho está muito barato, portanto de não houvessem subsídios, os produtores
deixavam de produzir), etc.
Paisagens agrárias
Espaço agrário O que está no espaço rural mas relacionado com a agricultura,
portanto, áreas ocupadas com a produção agrícola (animal e/ou
vegetal) – pastagens e florestas; habitações dos agricultores;
infraestruturas e equipamentos associados à atividade agrícola –
caminhos; canais de rega; estábulos; etc.
Nos sistemas intensivos, o solo é total e continuamente ocupado e, nos tradicionais, é comum
e policultura (mistura de culturas no mesmo campo e colheitas que se sucedem umas às
outras). São sistemas utilizados em áreas de solos férteis e de abundância de água, mesmo no
verão, e de mão de obra numerosa. Por isso, predominam as culturas de regadio, que
precisam de rega regular.
Estes sistemas predominam, sobretudo, nas regiões agrárias do Litoral Norte, na Madeira e em
algumas ilhas dos Açores.
Este sistema é praticado em áreas de solos mais pobres e secos no verão, associando-se à
monocultura (cultivo de um só produto no mesmo campo) e às culturas de sequeiro (pouca
necessidade de água)
As paisagens agrárias são também caracterizadas pela morfologia dos campos – aspeto dos
campos no que respeita à forma e dimensão das parcelas e à rede de caminhos.
A diversidade das paisagens agrárias resulta também das diferentes formas de povoamento,
que variam desde a aglomeração total è pura dispersão
Nota:
O solo ao esgotar-se, deixa-se em pousio, mas deixar por si só, não faz com que este se
regenere, apenas não faz com a situação piore. Por isso são plantados trevos, tremoços bravos
e beterrabas para renovar o solo.
A monocultura esgota ais o solo, pois o produto plantado retira sempre a mesma coisa do solo,
por é necessário alternar as culturas.
As novas tecnologias provocam também a infertilidade do solo, pois estes são remexidos
havendo assim erosão, para além de poluir o ambiente.
A distribuição regional das explorações, segundo o seu número, evidencia um contraste Norte-
Sul (com mais no norte e menos no sul) e reflete as desigualdades no que respeita à sua
dimensão.
Notas:
A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações pelo que apresenta uma
distribuição regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de
metade da SAU nacional.
Às características do relevo
Ocupação do solo
Algarve e Madeira As culturas permanentes têm uma grande importância nesta região
O agricultor pode nem sempre ser o proprietário das terras que explora, sendo que se podem
consideram 2 principais formas de exploração da SAU:
As explorações por conta próprias predominam em todo o país, com destaque para TM e
Madeira. No Açores o arrendamento é mais comum.
As explorações por conta próprias são habitualmente consideradas vantajosas, visto que o
proprietário ao querer obter o melhor resultado das suas terras vai-se preocupar com a
preservação das mesmas, para isso, pode por exemplo: investir em melhoramentos fundiários;
instalação de sistemas de rega mais sofisticados; etc.
Apesar das condições naturais; da pequena dimensão das explorações agrícolas (Madeira e
Norte do país) que condicionam os produtos cultivados, tem-se verificado uma tendência de
aumento do valor de produção vegetal e animal.
População Agrícola
Esta oferta dá origem do êxodo rural (transferência de mão de obra para outros
setores de atividade, ainda que mantendo a residência nas áreas rurais). Tal
evolução influenciou a estrutura etária da população contribuindo para o seu
envelhecimento.
O envelhecimento e os baixos níveis de instrução e de formação profissional da população
agrícola constituem um entrave ao desenvolvimento da agricultura, nomeadamente:
Pluriatividade e Plurirrendimento
Em Portugal, apenas uma pequena parte da população agrícola se dedica a tempo completo à
agricultura. Na maioria dos casos, esta surge como atividade secundária relativamente ao
trabalho noutros setores.
Atividade pecuária
Faz parte da agricultura
Faz parte do setor I
Importante pelos produtos que fornece (carne, leite, ovos, etc.) e também pelas
matérias-primas (lã e peles – indústria de lanifícios e curtumes – leite, carne, ovos,
etc.)
Portugal é muito deficitário em termos de carne.
Regime semi extensivo Pouco utilizado, pois visto que no regime extensivo, os
agricultores fornecem sempre algumas rações.
Noções
Pontos fracos:
Predomínio de explorações de pequena dimensão
Baixa densidade populacional e envelhecimento demográfico nos meios rurais
Baixos níveis de instrução de agricultores e insuficiente nível de formação profissional
dos produtores
Baixo nível de adesão às tecnologias de informação e comunicação nas zonas rurais e
fraca capacidade de inovação e modernização
Falta de competitividade externa
Imagem dos produtos agrícolas portugueses pouco desenvolvida nos mercados
externos
Abandono dos espaços rurais
Elevada percentagem de solos com fraca aptidão agrícola.
Dependência Externa
A produção agrícola nacional não permite satisfazer as necessidades de consumo interno, pelo
que a balança alimentar portuguesa, continua a ser deficitária em grande parte dos produtos,
mantendo-se, assim, uma forte dependência externa.
Para além da produção agrícola ser insuficiente há outros fatores que contribuem para a
importação:
2ha +
1ton de 1ton de
trigo trigo
Utilização do solo
A falta de competitividade dos produtos portugueses face aos produtos comunitários, resulta
dos baixos níveis de rendimento e de produtividade.
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior – uma parte significativa do
território continental, sobretudo no Interior e no Sul, apresenta uma tendência para a
desertificação. As várias áreas de floresta ardida durante os meses de verão agravem esta
tendência.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua incorreta utilização, o
ordenamento territorial assume um papel de grande importância, uma vez que permitirá
adequar diferentes utilizações do solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo,
se continue a ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com construção
urbana e industrial.
Em 1957 o Tratado de Roma define os objetivos da PAC que entra em vigor em 1962, altura
em que os países comunitários se apresentavam muito dependentes do estrangeiro
relativamente ao aprovisionamento de produtos agroalimentares e com grande
representatividade da agricultura no emprego e no PIB dos países fundadores (Itália, França,
Alemanha e BENELUX – Bélgica, Holanda e Luxemburgo)
Unicidade de mercado
Criação da OCM (Organização Comum de Mercado) - Para cada um dos produtos, conseguida
através da definição de preços institucionais e de regras de concorrência, ou seja, para cada
produto é determinado um preço os proteger da concorrência estrangeira.
Preferência comunitária
Solidariedade financeira
Todas as despesas e gastos com a aplicação da PAC são suportados pelo FEOGA, que mais
tarde foi substituído pelo FEAGA e pelo FEADER
Medidas para reduzir as terras cultivadas – o agricultor passa a ser pago para
não produzir.
1992 Foi levada a cabo a mais significativa reforma da PAC, tendo como principais
objetivos o reequilíbrio entre a oferta e a procura e a promoção de um maior
respeito pelo ambiente.
Nota: O Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (para o período 2007-2013)
assenta em três eixos prioritários e nos projetos LEADER
Programa AGRO
Objetivos específicos:
Recebeu no âmbito da PAC – PEDAP recursos financeiros cofinanciados pelo FEOGA Orientação
que permitiu:
Reforçando a competitividade
Modernizar os meios de produção e transformação
Investir em tecnologia produtiva e nas infraestruturas: Reestruturando as explorações
(emparcelamento), melhorando a produção e a transformação (responder às
necessidades de mercado e produzir com qualidade)
A agricultura portuguesa tem do seu lado o facto de não ter ido tão longe na intensificação da
produção e no uso de produtos químicos e maquinaria como os restantes países da UE–15.
Assim, como mantém ainda muitos métodos tradicionais, o desenvolvimento da agricultura
biológica torna-se mais fácil. Além disso, o período de transição, dentro das normas da PAC,
também não terá de ser tão longo.
Medidas agroambientais
Proteção integrada
Produção integrada
Agricultura biológica
Melhoramento do solo e luta contra a erosão
Sistemas forrageiros extensivos
Redução da lixiviação de agroquimicos para aquíferos
Sistemas arvenses de sequeiro.
Pontos fracos
O turismo e outras atividades recreativas e de lazer nas áreas rurais têm vindo a assumir uma
crescente importância a nível nacional. O TER tem como objetivo principal oferecer aos
turistas oportunidades de conviver com as práticas, as tradições, e os valores da sociedade
rural, valorizando as particularidades das regiões no que elas têm de mais genuíno, desde a
paisagem à gastronomia e aos costumes. Assim, pode constituir, uma importante fator de
desenvolvimento das áreas rurais
O maior interesse pelo património, pela natureza e sua relação com a saúde
A necessidade de descanso e evasão e a busca d e paz e tranquilidade
A valorização da diferença e da oferta turística mais personalizadas
O aumento dos tempos de lazer e no nível de instrução cultural da população
A crescente mobilidade da população e a melhoria das acessibilidades
Turismo de habitação
Agroturismo
Caracteriza-se por permitir que os hóspedes, que observem, aprendam e participem nas
atividades das explorações agrícolas, em tarefas como a vindima, a apanha da fruta, a
desfolhadas, a ordenha, o fabrico de mel/vinho, etc.
Casas de campo
Turismo de aldeia
Turismo ambiental
É cada vez mais procurado, pela aventura, pelo contato com a natureza e pela multiplicidade
de atividades ao ar livre. As áreas protegidas, localizadas, na sua maioria, em áreas rurais, são
espaços privilegiados para o turismo ambiental
Turismo fluvial
Valoriza a importância da água como fonte de lazer. Esta forma de turismo tem ganho cada vez
adeptos, que preferem a calmia dos espelhos de água do interior ao rebuliço das praias do
litoral.
Turismo gustativo e ou etnoturismo, são das formas mais antigas de turismo em áreas rurais.
O primeiro cria emprego nas atividades de preservação do ambiente, nas zonas de caça
turística e associativa. As termas aproveitam as características específicas das águas
subterrâneas e têm sido elementos importantes na dimensão turística de muitas áreas rurais
no do nosso país
A sustentabilidade do turismo
O turismo sustentável é aquele que respeita o ambiente e valoriza os recursos disponíveis sem
comprometer o futuro
A grande variedade de produções animais e vegetais tradicionais das regiões deve não só ser
preservada, como também potencializada.
O artesanato, também constitui uma forma de diversificar as atividades rurais e criar emprego,
para além de ser um elemento representativo na identidade cultual que importante preservar
Ao criar emprego, direta ou indiretamente, a indústria contribui para fixar e atrair população,
gerando importantes efeitos multiplicadores:
Desenvolvimento da silvicultura
As áreas de floresta são uma parte essencial dos espaços rurais em Portugal, podendo
constituir um fator fundamental do seu desenvolvimento sustentado, pelo contributo para o
emprego e para o rendimento, mas também pela sua importância social e ecológica. Em
Portugal, a floresta caracteriza-se por uma grande diversidade o que permite uma grande
variedade de produção.
Os diferentes planos e projetos de que foi alvo o setor florestal português, até agora, ainda
não atingiram os objetivos previstos na promoção do seu desenvolvimento sustentado,
mantendo-se problemas como:
Soluções
A produção de energia a partir de fontes renováveis é uma das formas de valorizar os recursos
disponíveis nas áreas rurais e de criar novas oportunidades de produção, com o cultivo de
espécies destinadas à produção de energia. É um setor para o qual existem boas condições em
Portugal e que pode contribuir para a criação de emprego e riqueza nas áreas rurais,
respondendo também às preocupações e metas da política energética nacional e comunitária
O desenvolvimento rural tem vindo a ser alvo de crescente preocupação das políticas de
desenvolvimento regional. Desde a Agenda 2000, têm vindo a ser aprofundadas medidas de
apoio ao desenvolvimento rural, o qual foi consagrado como segundo pilar da PAC. Entre
essas medidas financiadas pelo FEOGA, no âmbito do QCA e do Programa Agro, contam-se:
Nos espaços de baixa densidade, geralmente existe menor qualidade de vida, devido à menor
acessibilidade e à reduzida oferta de bens e serviços. Assim, as políticas de desenvolvimento
local deveriam assentar num princípio de maior igualdade na distribuição dos bens e serviços.
Iniciativa LEADER
É uma iniciativa comunitária que visa incentivar a aplicação estratégias originais e integradas
de desenvolvimento sustentável, através da valorização do património natural e cultural, do
reforço do ambiente económico, no sentido de contribuir para a criação de postos de trabalho
e da melhora da capacidade organizacional das respetivas comunidades
O LEADER + desenvolve-se a partir dos Grupos de Ação Local (GAL), em parceria com o setor
privado, que, refletindo sobre as potencialidades endógenas, se candidatam à iniciativa e se
encarregam de elaborar e aplicar uma estratégia de desenvolvimento para a área rural que
representam, através de Planos de Desenvolvimento Local (PDL)
Objetivos Estratégicos
Objetivos Transversais
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas de cultivo, prevalecendo por isso
atividades do setor I
Espaço Urbano
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas residenciais e por atividades dos
setores II e, sobretudo terciário, nas quais se ocupa a grande maioria da população ativa
OCUPAÇÃO DO SOLO
POPULAÇÃO
Maior concentração Menor concentração
ATIVIDADES DOMINANTES
DINAMISMO
ACESSIBILIDADES
Deslocam-se dentro do próprio espaço Deslocam-se dentro da própria cidade
(bicicleta, etc.). Há também os transportes (transportes públicos e/ou privados, etc.).
pendulares – deslocam-se das áreas de
residência (espaço rural) para o local de
trabalho (espaço urbano)
ESTILO DE VIDA
Calmo, monótono, sem stress, maior convívio Mais agitado, logo mais stressado, menor
convívio entre os cidadãos
entre as pessoas.
Centro urbano Engloba todas as sedes de distrito com mais de 5 mil habitantes
Critério Demográfico
Este critério levanta alguns problemas, uma vez que existem aglomerados suburbanos com um
elevado número de habitantes e forte densidade populacional que funcionam, principalmente,
como dormitórios em relação a uma cidade próxima, sem deterem uma função relevante além
da residencial
Critério Funcional
O critério funcional tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas envolventes
e o tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser maioritariamente dos
setores II e III. Muitas das cidades apesar de terem um número de habitantes relativamente
reduzido, desempenham funções importantes e estabelecem relações de interdependência
com a sua área envolvente.
Critério Jurídico
Muitas áreas portuguesas foram noutros tempos elevadas à categoria de cidade pelo Rei como
recompensa ao senhor donatário local ou perante um feito histórico relevante. Noutros casos
resultou do agradecimento a povo pelos seus serviços na guerra. Outras surgiram com o
objetivo de assegurar a defesa de áreas do país próximas da fronteira, outras por
reconhecimento da sua função de religiosa.
Uma vila só é elevada à categoria de cidade se tiver mais de 8 mil habitantes e pelo menos
metade destes serviços:
Em Portugal, tem-se assistido à concentração da população e das atividades nas áreas urbanas.
A diferenciação funcional
Um dos fatores que condiciona a organização das áreas funcionais é a renda locativa. A renda
locativa é influenciada pelas acessibilidades e pela distância ao centro. De um modo geral, o
custo do solo diminui à medida que nos afastamos do centro da cidade, que é a área de maior
acessibilidade, de maior concentração de funções e, consequentemente, mais cara. Deste
modo, situa-se no centro as funções que conseguem retirar mais vantagem desta proximidade
e, simultaneamente podem pagar rendas mais elevadas.
Funções da cidade
Função residencial
Função industrial Áreas funcionais - Áreas onde domina determinadas funções
Função comercial
Nota O facto de uma cidade ser conhecida por determinada função, não significa que não
existem outras para além dessa.
CONCLUSÃO
Distância do centro
Acessibilidades
Vias de comunicação e transporte
Serviços (hipermercados, cetros comerciais; tribunais etc.)
Condições ambientais (relevo, poluição, zonas verdes, etc.)
Planos de urbanização - As atividades projetadas para uma determinada área
condiciona o custo do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados por atividades do
setor III e os mais baratos pela indústria.
Especulação fundiária O solo é vendido a um preço superior ao que efetivamente vale, por
haver muita procura e pouca oferta
Centro da cidade
Em todas as cidades é possível identificar uma área central. NO entanto nas de mais dimensão,
atribui-se geralmente, a designação de CBD à área mais central que geralmente é a área mais
importante da cidade, tratando-se uma de uma área bastante atrativa para os vistores e assim
oferece postos de trabalho.
Características do CBD
Apesar de no centro da cidade a renda locativa ser elevada, podem existir áreas afastadas do
centro com o preço do solo igualmente elevado, devido a:
Nota Estas instalações dirigem-se para estas áreas pois são mais espaçosas.
No CBD, apesar de uma grande variedade de atividades, existe uma tendência espacial, quer
em altura quer no que respeita às ruas. De um modo geral:
Atividades menos nobres ou que não tenham um contacto direto com o público
localizam-se nos andares mais altos (mais baratos) e em ruas secundárias
Atividades de maior prestígio, e que tenham um contacto direto com o público
ocupam o piso térreo (mais caro) e localizam-se em ruas secundárias
Zoneamento vertical
Zoneamento horizontal
Noções
Evolução do CBD
1ª Fase
o Comercio
o Industria
o Serviços/administração
o Habitação
2ª Fase
3ª Fase
Porquê?
Descentralização das atividades Saída das empresas do centro da cidade para outras
áreas espaçosas e bem servida de vias de comunicação
e transportes
Nas ultimas décadas têm surgido novas formas de comércio, associadas a estabelecimentos
de grande dimensão, como centros comerciais, super e hipermercados e grandes superfícies
especializadas. Estas funcionam, geralmente, em regime de livre-serviço (de forma a obter
produtos a um menor preço), sendo possível encontrar todo o tipo de produtos
À facilidade de estacionamento
Acessibilidade
Aumento da taxa de emprego feminino
Maior mobilidade
Aumento do nível de vida das famílias.
Atualmente o centro da cidade tem vindo a perde população pelo que durante a noite a cidade
encontra-se deserta.
Áreas residenciais
A função residencial desempenha um papel importante nas cidades, distinguindo-se áreas com
características próprias, cuja localização está diretamente relacionada com o custo do solo e,
por isso, reflete as características sociais da população que nelas habita.
Noções
Zonamento
o Zonas bem planeados
o Zonas de maior acessibilidade
o Zonas de melhor vista/paisagem
o Zonas de melhor ambiente
o Zonas providas de bons serviços (escolas, hospitais, etc.)
Construção
o Vivendas unifamiliares – moradias Providas de equipamentos e serviços:
o Condomínios fechados de luxo garagem, condutas de lixo, porteiro,
Zona da cidade piscinas, etc.
o Localizam-se na periferia das cidades (nos melhores sítios) – afastado de
indústrias
Zonamento
o Áreas mais ou menos aprazíveis
o Ocupam maior parte do espaço urbano
Construção
o Construção menos sofisticadas relativamente à classe alta
o Uniformidade dos blocos de apartamento
Habitantes
o Jovens, verificando-se uma tendência generalizada para a aquisição de casa
própria.
Zonamento
o Acessibilidades deficitárias
o Má localização geográfica
o Mau ambiente
Construção
o Bairros da lata na periferia, onde o preço do solo é baixo
Habitantes
o População muito pobre
Construção clandestina
Zonas afastadas das estradas, geralmente iniciadas com a construção de uma casa, atraindo
sucessivamente outras. Aqui são construídas “pequenas estradas” de acesso a estes locais.
Características:
Sem saneamento
Sem água canalizadas
Luz obtida de forma clandestina
Nota Nalguns casos estes locais acabam por seres legalizados e assim construído
saneamento básico, etc.
No nosso País, praticamente todas as autarquias têm apostado na erradicação deste tipo de
habitação, construindo bairros de habitação social para realojamento da população, com a
preocupação de garantir não só uma habitação digna aos seus habitantes, mas também a sua
integração social.
Os bairros de habitação social são construídos pelo Estado ou pelas autarquias, para alojar
população de fracos recursos e sem condições de pagar rendas elevadas. Os edifícios são
idênticos, com apartamentos grandes, de modo a albergarem o maior número possível de
famílias.
Áreas industriais
Fatores atrativos
Mão-de-obra
Capital (bancos)
Marcador consumidor
As grandes matérias-primas nesta época eram o ferro e o carvão pelo que as indústrias
instalavam-se perto das minhas de carvão e ferro. Muitas cidades cresceram devido à
industrialização
Nota Os espaço que outrora eram ocupados pelas indústrias são agora ocupados,
essencialmente pelo comércio.
Oficinas
Industria panificadora Estas indústrias ocupam pouco espaço
Costureiras/alfaiates e são pouco poluidoras
Joalharia/ourivesaria
Reparações (sapateiros, eletrodomésticos, etc.)
Agregação das indústrias de forma a obter vantagens para todos os agregados facilitando os
consumos de matérias-primas (mais empresas conseguem obter melhores preços junto dos
produtores), transporte, etc. levando a produção a aumentar.
Tecnologia utilizada
o Indústrias tradicionais
o Indústrias modernas
Exigência das empresas
Tipo de produto
o Bens de consumo
o Bens de equipamento
Destino dos produtos
Suburbanização
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente, ao longo
das principais vias de comunicação e em torno dos núcleos periféricos, onde era maior a
acessibilidades à cidade e onde as habitações eram mais baratas
O rápido crescimento destas áreas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda
marcado pelo predomínio de edifício plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana
Antigamente, as áreas suburbanas eram ocupadas apenas com bairros sociais e apresentavam
uma completa dependência da cidade, devido às atividades económicas.
Atualmente, as áreas suburbanas não são só ocupadas pela população, mas também por
atividades económicas, nomeadamente o comércio e serviços, o que faz com que estas áreas
não fiquem a depender tanto da cidade. Assim as áreas suburbanas ganharam vida própria,
oferecendo funções cada vez mais diversificadas.
Agora há uma relação de complementaridade/Interdependência, que cresce à medida que a
dependência face à grande cidade diminui.
Inicialmente os subúrbios eram um aglomerado de população que apenas lá (nos subúrbios) ia
dormir, mas gradualmente foram chegando as atividades económicas e os aglomerados
populacionais aumentaram e por essa mesma razão as áreas suburbanas passavam á categoria
de cidade, ou seja, havia um maior dinamismo demográfico e económico que permitia a
elevação a cidade.
Periurbanização e rurbanização
O processo de expansão urbana dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas – áreas para
lá da coroa suburbana onde o espaço rural começa a ser ocupado, de forma descontínua, por
funções urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, designadamente de armazenagem e
distribuição, que induzem o alargamento da função residencial. Origina também o movimento
de pessoas e empregos das grandes cidades para pequenas povoações e áreas localizadas fora
dos limites da cidade e/ou para pequenas cidades e vilas situadas a maior distância, num
processo designado por rurbanização.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes processos, que
se caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das atividades
económicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.
Artigo 1º
Objeto
2 – De acordo com o âmbito territorial e demográfico, as áreas metropolitanas podem ser de
dois tipos:
a) Grandes áreas metropolitanas (GAM)
b) Comunidades urbanas (ComUrb)
Artigo 6º
Atribuições
As áreas metropolitanas são criadas para a prossecução dos seguintes fins públicos:
a) Articulação dos investimentos municipais de investimento supramunicipal;
b) Coordenação de atuações entre os municípios e os serviços da administração
central nas seguintes áreas:
Infraestruturas de saneamento básico e de abastecimento público;
Saúde;
Educação;
Ambiente, conservação da Natureza e recursos naturais;
Segurança e proteção civil;
Acessibilidades e transportes;
Equipamentos de utilização coletiva;
Apoio ao turismo e à cultura;
Apoios ao desporto, à juventude e às atividades de lazer;
Planeamento;
ETC.
Nas duas áreas metropolitanas desenvolvem-se intensas relações de complementaridade que
aumentam o dinamismo e a competitividade dessas áreas como um todo. Tende assim a
passar-se de uma estrutura monocêntrica (centrada na grande cidade) e radiocêntrica, do
ponto de vista da rede viária, para uma estrutura policêntrica em que os diferentes centros
urbanos se complementam.
As áreas metropolitanas tem vindo a ganhar população e por isso o peso económico destas
áreas no país é bastante significativo
A área metropolitana de Lisboa tem como fator para a perde de população:
Degradação ambiental
Falta de espaço
O que não acontece no Porto, sobretudo a parte ambiental.
Noções
Concelhos atrativos Tem vindo a ganhar população
Concelhos repulsivos Tem vindo a perder população
No entanto tem verificado uma forte terciarização
Dinamismo demográfico
O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se pela
elevada concentração populacional e pelo aumento de população que se acentuou nas
últimas décadas, embora com algumas diferenças entre municípios.
A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior
crescimento se verifica em concelhos onde há:
Tem permitido o acréscimo populacional, refletindo a
Melhoria das acessibilidades importância dos processos de suburbanização e periurbanização.
Disponibilidade de espaço para construção
Noções
Índice de Dependência de Jovens Número de dependência de jovens por cada 100 ativos
Índice de envelhecimento Número de pessoas idosas (65 e mais anos) por cada
100 jovens (0-14 anos)
Características da AMP
Indústrias mais intensivas em trabalho;
Grande vocação exportadora;
Forte especialização regional nas indústrias têxtil e de calçado.
Estas diferenças entre as características das áreas metropolitanas são causadas pelo facto da
localização das matérias, pelas melhores acessibilidades e pelo facto de Lisboa ser a capital e a
área metropolitana mais importante.
Problemas Urbanos
Condições de vida
Embora ofereçam condições de vida vantajosas para a população, de um modo geral, a
maioria das cidades concentra também alguns problemas. Em muitos casos, resultam do seu
crescimento excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede o ajustamento entre as
infraestruturas urbanas e as necessidades da população, colocando problemas de
sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
Saturação das infraestruturas
O crescimento da população conduz, a uma saturação do espaço e à incapacidade de resposta
das infraestruturas tanto físicas como sociais
Habitação e Habitabilidade
Em Portugal, grande parte dos prédios do centro das cidades, nomeadamente os mais antigos
são arrendados, o que constitui um dos fatores para a degradação de muitos edifícios nas
áreas mais antigas das cidades.
Antigamente, o sistema de arrendamento mantinha as rendas fixas, o que não compensava os
arrendatários pelo seu investimento nem garantiam um rendimento suficiente para poderem
recuperar as habitações.
Quando os moradores são proprietários (muitas vezes idosos) possuem fracos rendimentos e
têm pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
A pressão do setor terciário pode também constituir um fator para a degradação dos edifícios,
uma vez que, causa uma rápida subida do preço do solo e das habitações.
Quando os edifícios ficam desabitados/desocupados e não são demolidos ou recuperados após
essa desocupação, a população com menos recursos ocupa esses prédios degradados. É,
também, esta população com menos recursos que habita nos bairros de lata onde há muita
pobreza e marginalidade.
Envelhecimento e solidão
O envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e levanta problemas sociais de
abandono e solidão. Na cidade, sobretudo nas áreas centrais, vão ficando os mais velhos,
enquanto as novas gerações procuram, geralmente, habitação nas áreas suburbanas, onde o
seu custo é menor. Esta solidão e isolamento dos idosos leva muitas vezes à sua morte em
casa, e à pobreza.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as crianças e os adolescentes que
sofrem outro tipo de solidão – ausência dos pais. Estes jovens são chamados da «geração da
chave» pois desde muito novos têm a chave de casa, ficando entregues a si próprios durante
todo o dia. Esta forma de abandono reflete-se não só na indisciplina e no insucesso escolar,
mas também na dependência da droga e do álcool.
As deslocações pendulares, efetuadas a distâncias cada vez maiores, originam situações de
stress e doenças do sistema nervoso, pois além da fadiga da despesa, da irritação que causam
as filas de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos horários (escolas,
infantários, emprego…)
Ainda que se caracterize pela concentração demográfica e de atividades, a cidade é um espaço
onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram. Daí resulta o anonimato que
acentuado pela ausência de relações de vizinhança.
O papel do planeamento
O planeamento é um processo essencial na preservação e resolução dos problemas urbanos.
O PDM é um instrumento de gestão territorial de nível local, que fixa as linhas gerais de
ocupação do
A revitalização urbana (dos centros das cidades) é hoje uma preocupação motivada quer por
interesses económicos quer sociais e políticos, uma vez que dela dependem a manutenção da
centralidade desse espaço e o seu repovoamento – O centro da cidade é o que mais necessita
de repovoamento.
A necessidade de revitalização estende-se também a outras áreas da cidade que não o centro
histórico, sobretudo no que respeita à criação de condições para a fixação de população
jovem, o que passa, também por incentivos de arrendamento.
Em 1993, foi criado o PER – Plano Especial de Realojamento, pois este problema assume maior
gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Este plano tem o objetivo de erradicar
os bairros de habitação precária, proporcionando apoios aos municípios para o realojamento
das famílias em habitações de custos controlados. Foi criado também o PER-FAMÍLIAS, que
apoia as famílias na compra de casa própria ou na realização de obras de reabilitação.
O realojamento dos moradores de bairros de habitação precária é também uma forma de
combater a marginalidade.
Em Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa comunitária
URBAN. Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas áreas urbanas
mais críticas do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego, pobreza,
exclusão social, criminalidade e delinquência, entre outros. A articulação desta iniciativa com
outros programas, nacionais e comunitários, permitiu a qualificação social e urbanística dessas
áreas.
Outras ações de incidência social poderão também contribuir para melhorar a qualidade de
vida no espaço urbano. São exemplos:
A melhoria da gestão do tráfego:
Por exemplo: Proibir a circulação automóvel nalgumas áreas da cidade;
Limitação do estacionamento nas principais áreas da cidade;
Melhoria dos transportes públicos;
Criação de mais parques de estacionamento;
Construção de vias rápidas nas cinturas externas (periferias) das
cidades.
Alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens;
Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa;
Aumento dos espaços verdes e otimização dos equipamentos coletivos.
Consequências:
Despovoamento do interior
Congestionamento de outras cidades de maior concentração, ou seja,
limitação das relações de complementaridade entre os diferentes
centros urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social
Redução da capacidade de inserção das economias regionais na
economia nacional
Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial,
pela perda de sinergias (efeitos superiores aos esperados) que uma
rede urbana equilibrada proporciona
CURIOSIDADE
Lisboa é o lugar mais central de Portugal
Águeda é um lugar central
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa também se faz sentir ao nível das funções
Noções:
Raio de eficiência de um bem central: Distância percorrida para adquirir um bem ou serviço.
o Terá um maior raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
maior deslocação para poder ser adquirido;
o Terá um menor raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
menor deslocação para poder ser adquirido.
De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?
Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais
facilmente a população se desloca para adquirir um bem
Economias de aglomeração
À concentração urbana no Litoral corresponde uma concentração de atividades económicas
dos setores secundário e terciário. Estas instalam-se, preferencialmente, nas áreas urbanas
mais desenvolvidas, onde a mão de obra é abundante e mais qualificada, e onde existem
melhores infraestruturas e melhor acessibilidade aos mercados nacional e internacional.
Noções
Economias de escala: Racionalizar os investimentos de forma a obter o menor custo unitário
(só é rendível fazer determinados investimentos em equipamentos e
infraestruturas se estes se destinarem a uma grande quantidade de
utilizadores.
Economias de aglomeração: A população e as várias empresas utilizam as mesmas
infraestruturas de transporte, de comunicação, de distribuição
de água, energia, etc., para além de beneficiarem das relações
de complementaridade que entre elas se estabelecem.
Deseconomias de aglomeração
As vantagens da aglomeração só se verificam até certos limites, a partir dos quais a
concentração passa a ser desvantajosa. O crescimento da população e do número de
empresas conduz, a partir de uma certa altura, à saturação do espaço e uma incapacidade de
resposta das infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços.
Noções
Deseconomia de aglomeração: Os custos da concentração são superiores aos
benefícios.
Os efeitos da deseconomia de aglomeração sentidos em muitos centros urbanos do Litoral
poderão ser minimizados com o desenvolvimento de outras aglomerações urbanas não
congestionadas, nomeadamente as cidades de média dimensão, contribuindo assim para um
maior equilíbrio da rede urbana nacional.
As cidades são cada vez mais os centros organizadores e dinamizadores do território, pelo que
se torna indispensável a reorganização e consolidação da rede urbana, na perspetiva de um
desenvolvimento equilibrado do território nacional. O contributo das cidades com uma
dimensão média é fundamental para criar dinamismo económico e social, proporcionando as
vantagens das economias de aglomeração, atraindo atividades económicas e criando
condições para a fixação populacional.
Notas:
Madrid: ± 3 milhões de hab Barcelona: ± 1 milhão e 500 mil hab
Antes:
A cidade dependia da aldeia, nomeadamente de matérias-primas;
A aldeia dependia da Cidade, devido ao Trabalho.
Tudo se concentrava na cidade
Agora:
A dependência da cidade por parte da aldeia diminuiu, devido à deslocação de
várias atividades económicas;
A cidade continua a depender da aldeia, nomeadamente de água, eletricidade,
produtos alimentares, etc.;
Hoje, as aldeias oferecem muitas atividade de lazer.
Permitem as deslocações Cidade – Aldeia
Os transportes
As novas acessibilidades e o aumento da tx. de motorização tornam as
Vias de comunicação relações cidade - campo mais fácil.
Fatores responsáveis pela mudança de funções e da organização do espaço rural:
Desconcentração produtiva – Dispersão das atividades económicas
Relocalização de atividades económicas
Aumento da mobilidade
Novas funções do espaço rural
Turismo e Lazer
Comércio
Alguns serviços
Complementaridades funcionais - Complementaridade de atividades
O aumento das acessibilidades, pela construção e/ou melhoria das infraestruturas de
transporte, tem permitido o alargamento das áreas de influência das cidades de regiões
predominantemente rurais e o acentuar dos movimentos pendulares – há uma maior
concentração de população nas zonas rurais.
Vantagens da intermodalidade
Diminuição dos custos
Redução do impacto ambieental
Relação do transporte intermodal com a PCT
O desenvolvimento da intermodalidade permite atingir alguns objetivos da
PCT
No tráfego de passageiros, sobretudo nas grandes áreas urbanas e suburbanas, como as áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto, a conjugação de diversos modos de transporte é cada vez
mais importante.
O investimento em interfaces - espaços de articulação entre diferentes modos de transporte
de horários compatíveis - aumentará o grau de satisfação dos utentes, promovendo a
utilização dos transportes públicos.
A rede rodoviária nacional, tanto no Continente como nas regiões autónomas, tem sido objeto
de grandes investimentos, o que se reflete não só na sua extensão, mas também na qualidade,
em parte, devido à construção de novas infraestruturas (túneis, viadutos e pontes) que
permitem ultrapassar barreiras físicas, tornando os trajetos mais rápidos, seguros e cómodos.
Contudo, continuam a persistir desigualdades na distribuição geográfica da rede de estradas:
Mais densa no litoral, onde se localiza também a maior parte da
Contrastes demográficos, económicos
extensão da rede fundamental, designadamente as principais
autoestradas, que se incluem nos itinerários principais; e sociais que marcam o nosso país
Bastante menos densa no interior As desigualdades verificam-se também
Nota As estradas portuguesas estão no sentido Norte-Sul. na oferta do serviço de transporte
rodoviário de mercadorias.
Portugal situa-se numa posição central em relação ao Atlântico (cruzamento das principais
rotas marítimas), beneficiando de portos de águas profundas (Sines) capazes de receber navios
de grandes dimensões usados no tráfego de mercadorias de longo curso.
Assim, pode oferecer serviços de transhipment - transbordo de mercadorias de um navio para
outro.
Por isso, aproveitar as potencialidades da costa nacional como fachada atlântica de entrada na
Europa é um objetivo da Política Geral de Transportes. Para tal, será necessário:
Desenvolver os serviços de transporte marítimo de curta distância;
Desenvolver as infraestruturas logísticas e intermodais nos portos e investir na
logística e na distribuição;
Continuar a exploração do terminal de contentores do porto de Sines;
Melhorar as infraestruturas e ligações ferroviárias de tráfego de mercadorias;
Estimular a complementaridade e a cooperação entre portos, por forma a aumentar a
eficiência e atrair carga.
O tráfego marítimo de passageiros tem pouco significado no nosso País, embora nas regiões
autónomas seja alternativa ao transporte aéreo na ligação entre ilhas e como componente
turística. No Continente, assume algum relevo o tráfego fluvial de passageiros.
E
O programa i2010 Sociedade europeia da informação para 2010
Objetivo Incentivar o conhecimento e a inovação para apoio ao crescimento e à criação
de empregos mais numerosos e de melhor qualidade.
Comissão propõe três objetivos prioritários a realizar antes de 2010 para as políticas europeias
da sociedade da informação e dos media:
Criação de um espaço único europeu da informação;
Reforço da inovação e do investimento em investigação na área das tecnologias da
informação e das comunicações (TIC);
Realização de uma sociedade da informação e dos media inclusiva.
legenda
E Europeu
N Nacional
São cada vez mais as empresas que utilizam tecnologias de informação e comunicação.
Porém, há disparidades entre os diferentes ramos de atividade.
Numa comparação entre os estados, e relacionado com a utilização do comércio eletrónico,
Portugal não se encontra numa posição muito relevante estando abaixo da média
comunitária.
Comércio Eletrónico
Vantagens Desvantagens
Comodidade (comprar sem sair de Perda do poder negocial;
casa); Falta de segurança em alguns site;
Oferta alargada; Alguma facilidade na cópia de dados
Redução no preço do produto; pessoais;
Disposição 24H; Etc.
Facilidade de pagamento;
Etc.
N Plano tecnológico
Objetivo Promover o desenvolvimento
Reforçar a competitividade
Para tal assente em 3 Eixos
Conhecimento
De um gross modo, este eixo vida a qualificação da sociedade.
Através:
o Criação de infraestruturas vocacionadas para tal
o Criação de um sistema de ensino abrangente e diversificado
Tecnologia
Vida apostar no reforço das competências científicas e tecnológicas, tanto nas empresas
privadas como públicas, através, por exemplo do apoio a atividades de I&D. Isto com o intuito
de colmatar o atraso científico e tecnológico que se faz sentir no nosso país.
Inovação
Consiste na inovação da produção do país. Tentando por isso adaptar a produção às
características da globalização, através de novos e mais eficazes métodos produtivos, formas
de organização; serviços e produtos de forma a tornar mais competitiva a nossa economia
No entanto nem tudo são vantagens, e podem surgir associados a este desenvolvimento,
nomeadamente:
Poluição
Saúde
Segurança
Qualidade dos serviços
Torna-se pois necessário:
Permitir igualde de oportunidade no acesso às tecnologias da informação e
comunicação (inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade de informação)
Desenvolver uma melhor rede de transportes, nomeadamente de transportes públicos
que no nosso país revelam algum descontentamento.
Sinistralidade
Embora os acidentes com transportes rodoviários não adquiram uma dimensão de catástrofe
(associada ao transporte aéreo), o seu grande número e a sua frequência tornam a
sinistralidade rodoviária um problema grave em muitos países da União Europeia. Portugal
encontra-se acima da média comunitária.
O crescimento do número de veículos em circulação fez aumentar bastante o número de
acidentes com vítimas. Porém, a melhoria da segurança dos veículos e da rede rodoviária
nacional permitiu que a gravidade dos acidentes diminuísse significativamente.
O ambiente e a Saúde
O crescimento da utilização dos transportes e portanto o consumo de combustíveis fósseis
como fontes de energia tem alguns impactes sobre a qualidade de vida da população
(decorrentes dos problemas de poluição ambiental).
O setor dos transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases que
contribuem para o agravamento do efeito de estufa e para a formação de ozono na
troposfera.
Alargamento em 2004
o Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia,
Hungria, Eslovénia, Chipre e Malta
Alargamento em 2007
o Roménia e Bulgária
Países em negociação de adesão
o Croácia (2013) e Turquia (ainda não entrou devido à instabilidade
política e pelo facto de não conseguir cumprir os critérios de
Copenhaga)
Países candidatos
o Islândia e Macedónia
Países potenciais candidatos
o Albânia, Bósnia Herzegovina, Montenegro e Sérvia
“Eurolândia” - Zona Euro
o Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Grécia, República da Irlanda,
Itália, Luxemburgo, Malta e Países Baixos
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos
Estados-membros, sobretudo para os mais periféricos, como Portugal.
Noções
Acervo Comunitário Conjunto de leis e normas da UE que cada país deve transpor para a
sua legislação nacional.
Os apoios comunitários, antes e nos primeiros anos após a adesão, são fundamentais para a
integração dos países candidatos e dos novos Estados-Membros. Isto significa que são
necessários para que os países que querem aderir à UE possam cumprir os critérios de
Copenhaga. Servem também para aproximar os vários setores.
Tratado de Maastricht
Conferiu às ações no domínio do ambiente o estatuto de política comunitária, salientando a
necessidade da sua integração nas restantes políticas.
Tratado de Amesterdão
Colocou o princípio do desenvolvimento sustentável e a obtenção de um nível elevado de
proteção ambiental entre as principais prioridades da política comunitária.
Em defesa do ambiente na UE: Desde 1967, a maioria dos programas definidos para proteger
o ambiente são os Programas de Ação em Matéria de Ambiente.
Life +
Nota À medida que o tempo passa, aumentam as verbas para estes programas
Natureza e biodiversidade
A diversidade dos ecossistemas e das paisagens é património ecológico, cultural e
económico.
A nível comunitário, o sexto programa de ação em matéria de ambiente definiu como
principais objetivos:
Proteger e, se necessário, restaurara a estrutura e o funcionamento dos
sistemas naturais;
Deter a perda da biodiversidade, na UE e à escala mundial;
Proteger os solos da erosão e da poluição.
A criação de uma rede ecológica coerente, denominada Rede Natura 2000, constitui um
instrumento fundamental da política da UE em matéria de conservação da Natureza e da
biodiversidade.
Resíduos
Associada à exploração e utilização dos recursos naturais está a produção de resíduos que tem
vindo a aumentar, tanto em Portugal como na União Europeia, prevendo-se que cresça ainda
mais.
A política comunitária dá prioridade à prevenção da produção de resíduos, à sua recuperação
(inclui a reutilização, reciclagem e a recuperação energética) e incineração (queimar os
resíduos) e, como último recurso, a deposição em aterros.
Responsabilidade ambiental
É cada vez maior a consciência de que, para o desenvolvimento sustentável, são fundamentais
a preservação do património natural e a diminuição do risco de degradação ambiental e de
que tais tarefas são responsabilidade de todos. Daí a importância da educação ambiental e da
responsabilização por danos ambientais.
As regiões incluídas no objetivo convergência, poderão sair deles, no futuro, se houver uma
progressão no seu desenvolvimento, tal como acontece com Lisboa e se prevê que venha a
acontecer com a Madeira.