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1842
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E X L I B R I S

HEMETHERII V A L V E R D E TELLEZ
Episcopi Leonensis

J M D T 3 M 3 o<M(H

O J J T T Y 3ÛB3VJAV


Núm. L -
Núm. A
Núm. A
Procede'
Precio
Fecha
Clasificó _
Catalogó _ /

CUARTA EDICION
CORREGIDA, I L U S T R A D A CON N O T A S , Y ADORNADA
CON S E S E N T A E A M I N A S FINAS.

FONDO EMETEWO

V A L V E R D E Y m S

SE ESPENDE EN LA LIBRERIA DE GAL VAN,


l o t í a l t¡t ®gustiRO0 n ú n w o 3.

UWRWIBW 0! NOfYS l » N
Bitlioieci Vfll«fíe y ' ^ i
^ V

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FONDO E M E T E W O v

. . . . N a d i e crea que es suyo el retrato, s i n o que hay mu-


chos diablos que se parecen unos á otros. E l que se hallare PARA LA B I O G R A F I A DEL

tiznado, procuro lavarse, que esto le importa mas que hacer


crítica y examen de mi pensamiento, de mi locucion. de mi
idea, ó de los demás defectos de la obra. i n s á s s i m s z i G A S O .

TORRES V I L L A R B O E L en su prólogo de la
Barca de Aqueronte.

oí José Joaquín F e r n a n d e z d e L i z a r d i es u n o d e los


h o m b r e s , c u y o saber y escritos h u b i e r a n sido el lustre d e
su patria, si h u b i e r a c o r r e s p o n d i d o i la claridad y p r o n t i -
• v / tud de su talento y a su extraordinaria facilidad de escribir,
s u e d u c a c i ó n literaria; p e r o desgraciadamente « su pais
Ntfvse podra reimprimir esta obra sin licencia dej
f u é a b a n d o n a d o á sí m i s m o en los p r i m e r o s años de su j u -
propietario.
v e n t u d , mas que p o r indolencia, p o r las escasas facultades
d e su padre q u e n o le p e r m i t i e r o n p r o p o r c i o n a r l e los m e -
CAPILLA ALFO
j o r e s maestros, ni e j e r c e r s o b r e sus o c u p a c i o n e s y estudios
BIBLIOTECA Ur.'V! ">r
aquella incansable v i g i l a n c i a q u e es necesaria á los n i ñ o s
y á los j ó v e n e s , hasta v e n c e r las escabrosidades, aridez y
fastidiosa m o n o t o n í a de la instrucción p r i m a r i a . A s í es q u e ,
IMPBESTA DE V. G . ToRRP.3, CALLE DEL EspiltlTÜ SiSTO N . á pesar de q u e y a m a s entrado en edad se dió c o n s u m a apli-

O f: 1 ;? K O,
t <i, O Ú d V

a*vr *
IV. y.
fcacion á la lectura de l i b r o s b u e n o s y m a l o s indistintamente, el p u e b l o de T e p o z o t l a n de m é d i c o de aquel c o l e g i o p o t
n o p u d o adquirir aquella instrucción sólida, que dan los contrata.
estudios bien c i m e n t a d o s , s e g u i d o s c o n o r d e n y distribui- L o p o c o q u e esta le rendia u n i d o c o n el p r o d u c t o de sus
d o s c o n a r r e g l o , y f o r m a el j u i c i o recto y s e g u r o q u e carac- c u r a c i o n e s en el p u e b l o y sus c o n t o r n o s , bastaba para la
teriza las p r o d u c c i o n e s d e los sabios, resintiéndose de esta substentacion d e su familia, sin carecer de nada de lo pre-
falta t o d o s sus innumerables escritos, y de otra n o menos c i s o ; pero sin quedarle sobrantes para e m p l e a r en lo s u -
i m p o r t a n t e cual es la de c o r r e c c i ó n y lima de lo q u e escri- p é r l l u o , v i v i e n d o e n una m o d e r a d a medianía.
b í a , á la qué nunca p u d o sujetarse, según él m i s m o con- P o r esto, y p o r no h a b e r en el p u e b l o establecimientos
fiesa al fin del ú l t i m o capítulo del Periquillo, c u y a s palabras regulares d e e d u c a c i ó n , 110 p u d o darla á su h i j o tan e s m e -
dan bien á c o n o c e r su carácter. Yo mismo (dice) me aver- rada c o m o lo e x i g i a s u talento, q u e desde m u y t e m p r a n o c o -
güenzo de ver impresos errores que no advertí al tiempo de m e n z ó á despuntar, d a n d o indicios ciertos de q u e c u l t i v a d o ,
escribirlos. La facilidad con que escribo no prueba acierto. produciria á su t i e m p o abundantes y s a z o n a d o s frutos.
Escribo mil veces en medio de la distracción de mi familia.y A los seis años d e edad fué á la escuela, y apenas supo
de mis amigos;pero esto no justifica mis errores, pues debía leer y escribir c u a n d o v i n o á esta capital á la casa del maes-
escribir con sosiego, y sujetar mis escritos á la lima, ó no es- tro E n r i q u e z , preceptor en ese t i e m p o de latinidad, en
escribir, siguiendo el ejemplo de Virgilio ó el consejo de la q u e léjos de su padre y c o m o a b a n d o n a d o á sí m i s m o , los
Horacio; pero despues que he escrito de este modo, y des- adelantos q u e p u d o a d q u i r i r f u e r o n debidos á s u talento n a -
pués de que conozco por mi natural inclinación que no tural, m a s bien q u e al e m p e ñ o del maestro que dividia la
tengo paciencia para leer mucho, para escribir, borrar,, atención entre todos sus diseípulos, esmerándose c o n aque-
enmendar, ni consultar despacio mis escritos, confieso que llos C u y o s padres, v i v i e n d o en M é x i c o , 110 los dejaban d é l a
no hago como debo, y creo firmemente que me disculpa- mano.
ran los sabios, atribuyendo á calor de mi fantasía la pre-
cipitación culpable de mi pluma. C o n c l u i d a la g r a m á t i c a latina, pasó al c o l e g i o de S . I l -
defonso á estudiar filosofía, siendo u n o de los c o n c u r r e n -
P e r o n o tratándose en estos apuntes d e b a c e r un j u i c i o tes al curso de artes q u e a b r i ó el D r . D . M a n u e l S á n c h e z y
crítico d e sus o b r a s , nos contraeremos ú n i c a m e n t e á los lí-
G ó m e z , entre c u y o s discípulos n o f u é de los mas adelanta*
m i t e s q u e nos p r o p u s i m o s .
d o s , pues no o b t u v o los p r i m e r o s lugares, ni m e r e c i ó laá
N a c i ó nuestro escritor en esta capital el a ñ o d e 1771 m e j o r e s calificaciones, faltándole de este m o d o los c i m i e n -
y se b a u t i z ó en la p a r r o q u i a de S . M i g u e l . tos para levantar despues el edificio de una sólida instruc-
S u p a d r e , de familia p o b r e pero h o n r a d a , ejercía la m e - ción, c u y a falta n o p u d o r e p o n e r c u a n d o en é p o c a s poste-
dicina y n o era sin d u d a de los facultativos mas acredita- riores se dedicó á la lectura c o n asidua a p l i c a c i ó n .
d o s , c u a n d o tuvo q u e a b a n d o n a r la ciudad y establecerse e a A los diez y seis años de e d a d , c o n c l u i d o s los cursos d e
Vi.
filosofía, r e c i b i ó en esta universidad el g r a d o de b a c h i l l e r ;
y un a ñ o despues e s t u v o c u r s a n d o T e o l o g í a . carnos; p e r o hasta el a ñ o d e t 8 i o no se d i ó á c o n o c e r , p u -

Desde ese tiempo hasta p r i n c i p i o s d e este siglo n a d a sé b l i c á n d o s e entonces sus Letrillas satíricas, q u e tenia sin
sabe c o n certeza d e sus o c u p a c i o n e s ni estudios, y ni aun d u d a escritas desde ántes.
del l u g a r fijo de su residencia, a u n q u e frecuentemente y S i g u i ó entonces l a prensa d e M é x i c o p u b l i c a n d o p e r i ó -
en distintas é p o c a s lo v i e r o n a l g u n o s a m i g o s y c o n o c i d o s dicos é infinidad de papeles sueltos c o n t r a los insurgentes,
suyos en T e p o z o t l a n . l l a m á n d o s e así á los primeros caudillos de nuestra indepen-

A los erfuerzos y constante e m p e ñ o del ilustrado minis- dencia y á cuantos siguieron sus banderas. C o m o la i m -

tro D . J a c o b o de V i i l a u r r u t i a d e b i ó M é x i c o el estableci- prenta n o estaba l i b r e , y entonces se v i g i l a b a mas que nun-

miento del único p e r i ó d i c o q u e p u b l i c a b a las pequeñas pro- ca la c o n d u c t a de l o s a m e r i c a n o s , q u e diariamente presen-

d u c c i o n e s literarias q u e se le r e m i t í a n , c o m e n z a n d o á for- c i a b a n h o r r o r i z a d o s ejecuciones sangrientas, y a se deja e n -

m a r el gusto y e x c i t a n d o á los aficionados al estudio d e las tender q u é clase d e escritores serian los q u e se presentaban

bellas letras. E n las d o s pequeñas fojas en 4 . 0 d e que se e n la palestra y cuáles sus dignas p r o d u c c i o n e s . Mariquita

c o m p o n í a el Diario de México, se vieron m u c h a s poesías y Juan soldado La chichihua r el sargento y otros tí-

graciosas y artículos b i e n escritos sobre distintas materias, tulos p o r este estilo a n u n c i a b a n m i l insulsos d i á l o g o s en

criticándose en a l g u n o s c o n j u i c i o y sales picantes los v i - p r o s a y verso en q u e se defendia la justicia del g o b i e r n o es-

c i o s de los literatos y d e las d e m á s clases de i n d i v i d u o s de p a ñ o l en la persecución de l o s e x c o m u l g a d o s insurgentes.

la s o c i e d a d . I g n o r a m o s si e n esta é p o c a d i ó al p ú b l i c o nuestro autor


a l g ú n escrito; p e r o si lo h i z o , n o fue ciertamente á f a v o r
Esta p u b l i c a d o n, a d e c u a d a al gusto d e l o s mexicanos,
d e la d o m i n a c i ó n e s p a ñ o l a : p o r q u e si en a l g u n a cosa t u v o
y m a s la multitud d e folletos en prosa y v e r s o q u e se i m -
siempre c o n s t a n c i a , fué sin d u d a en p r o m o v e r de cuantos
p r i m i e r o n desde el a ñ o d e 808 c o n m o t i v o de l a c o r o n a -
m o d o s estuvieron á su alcance la libertad d e su patria. '
c i o n de F e r n a n d o V i l y d e la invasión d e los franceses e n
E l D r . M o r a en s u o b r a titulada México y sus revolucio-
E s p a ñ a , en q u e se h i z o p u n t o d e h o n o r y c o m o d e m o d a
nes asienta q u e F e r n a n d e z L i z a r d i , c o n o c i d o c o n el n o m -
r e g a l a r cada dia á N a p o l e ó n c o n algún r e q u i e b r o , aun-
b r e de Pensador Mexicano, f u é gefe d e u n a partida d e i n -
q u e h a b í a la certeza d e q u e tales finezas 110 h a b í a n d e
surgentes; p e r o en esto h a y sin d u d a e q u i v o c a c i ó n , porque
llegar j a m á s á su noticia*, a f i c i o n ó á los m e x i c a n o s á los
á ser c i e r t o , y h a b i e n d o c a i d o en m a n o s del g o b i e r n o espa-
n e g o c i o s políticos y á p u b l i c a r sus p r o d u c c i o n e s p o r la
ñ o l , ó lo h u b i e r a m a n d a d o pasar por las armas, ó despues
prensa.
de u n a larga p r i s i ó n lo h a b r í a c o n f i n a d o á M a n i l a ó á las
E n t r e ellos D . J o a q u i n F e r n a n d e z L i z a r d i s e d e d i c ó á es-
Islas M a r i a n a s , ó c u a n d o m e n o s l o h u b i e r a indultado; p e -
c r i b i r , y a u n q u e n o nos consta q u e fuese a u t o r de a l g u n o s
r o el a ñ o de 1 8 x 2 estaba en libertad y expedito para p u b l i -
d e los folletos i n d i c a d o s , lo c r e e m o s sin t e m o r de e q u i v o -
c a r , c o m o lo h i z o , los primeros n ú m e r o s de su Pensador
vi». 1K.
mexicano, o b r a q u e consta d e 3 t o m o s e n 4 . 0 y que le d i o E l D r . Beristain en su Biblioteca hispano-americana
el n o m b r e p o r el q u e fué c o n o c i d o desde entonces. septentrional * e n vista d e los escritos d e q u e h e m o s h e -
L o q u e h a y d e c i e r t o es q u e á la entrada del s e ñ o r M o r e l o s c h o m e n c i ó n dice: , , I . i z a r d i ( D . José Joaquin F e r n a n d e z )
en el Real de T a s c o era allí el Pensador teniente de justicia, „ n a t u r a l d e la N . E . I n g e n i o o r i g i n a l , q u e si h u b i e s e a ñ a -
y puso en m a n o s d e l g e n e r a l independiente todas las armas , , d i d o á su a p l i c a c i ó n m a s c o n o c i m i e n t o del m u n d o y d e
p ó l v o r a y m u n i c i o n e s que p u d o e n c o n t r a r , p o r lo que fué , , l o s h o m b r e s y m e j o r e l e c c i ó n d e l i b r o s , p o d r í a m e r e c e r , si
c o n d u c i d o en clase d e preso á M é x i c o p o r el s a r g e n t o m a , , , n o el n o m b r e de Quevedo americano, á lo m e n o s el d e
y o r d e las tropas del rey D . N i c o l á s C o s i o ; m a s persuadien- ,, Torres Villaroel mexicano. H a escrito v a r i o s discursos
d o al g o b i e r n o de q u e lo h a b i a h e c h o f o r z a d o y á m a s n a , , m o r a l e s , satíricos, misceláneos c o n los títulos d e P e n s a -
p o d e r , f u é puesto i n m e d i a t a m e n t e en libertad. ,, dor Mexicano y de Alacena de frioleras: y tiene entre
E n u n o de los p r i m e r o s n ú m e r o s de El Pensador mexi-, , , l o s d e d o s la v i d a de Periquito Sarniento, q u e según lo q u e
cano, d i r i g i ó al v i r e y D . F r a n c i s c o Javier V e n e g a s u n a alo-, , , h e visto d e ella, tiene semejanza c o n la del Guzman de
c u c i o n á pretesto d e felicitar sus dias, pidiendo en ella c o n ,,Alforache."
c a l o r q u e r e v o c a s e el b a n d o p u b l i c a d o en esta capital el 2 $ P a r a el a ñ o d e 1 8 1 6 p u b l i c ó un calendario en 8 . 0 con
d e j u n i o del m i s m o a ñ o d e 1 8 1 2 , q u e desaforaba á los ecle-,
sus pronósticos en v e r s o .
siásticos q u e tomasen partido c o n los insurgentes y hasta á
E n 1 8 1 7 un t o m o en 8. 0 d e fábulas en v e r s o .
los q u e anduviesen c o n ellos en clase de capellanes. E l r e -
sultado d e este escrito f u é p o n e r l o preso desde l u e g o , su- E n este t i e m p o h a b í a y a d a d o á l u z tres t o m o s del Peri-

primirse la libertad de imprenta de que se g o z a b a p o r la quillo Sarniento y se le h a b i a n e g a d o l a licencia p a r a i m p r i -

constitución española, y perseguirse á los escritores q u e pu- m i r el c u a r t o p o r el v i r e y D . Juan R u i z de A p o d a c a , c o n -

b l i c a n d o c o n franqueza sus ideas, c o m b a t í a n los abusos de d e del V e n a d i t o . E s t a b a escribiendo también l a Quijotita

la administración y f o m e n t a b a n indirectamente la causa de q u e se i m p r i m i ó despues e n c u a t r o t o m o s e n 8 . 0

los independientes. E n 1 8 1 9 p u b l i c ó d o s t o m o s en 4 . 0 q u e intituló

A l c a b o de siete meses fué puesto en libertad, y en t o d o entretenidos, y d e ellos se h i z o despues otra e d i c i ó n en 8 . 0

el a ñ o de 8 i 3 dió á luz varios escritos, relativos los m a s á R e s t a b l e c i d a la c o n s t i t u c i ó n española en 8 2 0 , e s c r i b i ó y


la peste h o r r o r o s a que afligía p o r ese t i e m p o á M é x i c o y p u b l i c ó á sus a n c h u r a s multitud d e folletos, h a b i e n d o es-
f o r m a r á n un t o m o en 4- 0 tado p r e s o a l g u n o s dias p o r un d i á l o g o entre Chamorro y

E n los años siguientes de 8 1 4 , i 5 y 1 6 p u b l i c ó otra Dominiquin.


multitud de papeles sueltos en prosa y v e r s o , entre los q u e D i ó t a m b i é n á l u z p e r i ó d i c a m e n t e el Conductor eléctri-
se hallan los titulados Alacena (le frioleras q u e unidos i
los q u e d i ó despues hacen siete t o m o s en 4 . 0
X.
co s o b r e varias materias; p e r o p r i n c i p a l m e n t e sobre p o l í - c r e t o de 29 de d i c i e m b r e del m i s m o a ñ o de iBi¿3, y estos

tica: el q u e continuó despues d e h e c h a la independencia, d o c u m e n t o s se i m p r i m i e r o n para darles p u b l i c i d a d en el


t i e m p o en que c o m e n z ó a i m p r i m i r l a s Conversaciones del n ú m e r o 2 6 9 del p e r i ó d i c o titulado Aguila Mexicana, de
payo y el sacristan, q u e c o m p o n e n 2 t o m o s en 4- 0
8 de enero de 1 8 2 4 .
L a s c o n v e r s a c i o n e s 6.*, 2 0 . a y 2 2 . a f u e r o n censuradas L o s i m p r e s o s q u e d i ó en p l i e g o s estendidos c o n distintos
a g r i a m e n t e por los d o c t o r e s G r a g e d a y L e r d o , y contestó el
títulos y sobre diferentes materias f o r m a r á n u n t o m o en
P e n s a d o r en un impreso titulado Observaciones á las cen-
suras délos doctores Lerdo y Grageda &c. folio de b u e n grueso.

E l D r . L e r d o p u b l i c ó despues u n c u a d e r n o e n 4- 0 im- L a multitud y v a r i e d a d d e escritos en los q u i n c e a ñ o s

p u g n a n d o los referidos escritos; pero el Pensador a b a n d o - •corridos desde 1 8 1 2 hasta j u n i o d e 8 2 7 en q u e m u r i ó , m a -


n ó el c a m p o , a s e g u r a n d o q u e s o l o prescindia d e la c o n t i e n - nifiestan la feracidad d e s u i n g e n i o , que si al p r i n c i p i o se
da p o r falta d e f o n d o s para p a g a r las impresiones.
hubiera cultivado, c o m o correspondía, habria producido
M a s ruidoso h a b i a sido el o t r o n e g o c i o suscitado p o r el
o b r a s brillantes q u e dieran h o y h o n o r a su patria.
i m p r e s o titulado: Defensa de los frac-masones, pues fué
fijado p ú b l i c a m e n t e en las iglesias c o m o e x c o m u l g a d o p o r S u s escritos, c o m o es natural, t u v i e r o n aficionados y e n e -
h a b e r i n c u r r i d o en las censuras f u l m i n a d a s contra los f r a n c - m i g o s ; p e r o c o m o d e h o j a s sueltas y d e asuntos pasageros,
masones y sus fautores.
tanto ellos c o m o sus i m p u g n a c i o n e s dentro d e a l g u n o s
E n t a b l ó ante la audiencia territorial un r e c u r s o d e fuer- años q u e d a r á n para s i e m p r e sepultados en el l a g o insacia-
za p o r la q u e decia q u e le h i z o la autoridad eclesiástica en
b l e del o l v i d o .
este asunto: y fijó u n o s r o t u l o n e s en las esquinas desafian-
d o á los doctores de la universidad de M é x i c o para susten- Distinta suerte a g u a r d a al Periquillo Sarniento, que por

tar un acto en que defendería estas d o s p r o p o s i c i o n e s . pintarse en él las c o s t u m b r e s d e u n a d e las clases d e la so-

x. a , , L a censura es injusta p o r no h a b e r r e c a í d o so- ciedad m e x i c a n a , p o r q u e esta lee la o b r a c o n e m p e ñ o y

mbre delito.« c o n su lectura se h a ilustrado y se ha h e c h o mejor, y

2. a ,,F.s ilegal p o r h a b e r s e traspasado en su f u l m i - p o r q u e así l o g r ó el Pensador los fines q u e en ella se p r o p u -


n a c i ó n los trámites prescritos p o r la Iglesia.« so, vivirá mas l a r g o t i e m p o en la m e m o r i a de los h o m b r e s ,
L a defensa d é l o s franc-masones h a b i a sido p u b l i c a d a en y ¿quien s a b e , si al través de los años 110 adquirirá m a y o r
1 8 2 2 ; p e r o á fines de 8 2 3 en un escrito presentado ante la
c r é d i t o q u e el q u e disfruta en el dia?
autoridad eclesiástica, r e n u n c i ó y desistió del recurso d e
Contra ella se h a n d i c h o m u c h a s cosas; pero las p n n c i -
fuerza y pidió la absolución, la q u e se le c o n c e d i ó en d e -
pales las r e c o p i l ó y p u b l i c ó en un artículo del Noticioso
se debe rechazar, porque no tiene otro escudo, y seguramnete
general, D . Manuel T e r a n .
Bien hace quien su critica modera,
E l m i s m o P e n s a d o r l e dió la contestación siguiente que Pero usarla conviene mas severa
f o r m a la Contra censura injusta y ofensiva, *
Cuando no hables con sincero denuedo,
APOLOGIA Poca razón a r g u y e ó mucho miedo.

DEL Basta de exordio y jarnos al asunto, aventando la paja en


que abunda la tal impugnación, y dirigiéndonos á lo que pa-
rece grano.
Lleno el señor Ranet $ de la satisfacción mas orgullosa y en
tono de maestro deci^a-TWvmérito de mi obra en estos térmi-
ARTICULO INSERTO nos. Al Pensador mexicano b conocemos como al autor de una
en los números 4 8 7 , y 4 8 8 de 12 y 15 de febrero de 1 8 1 9 del obra disparatada, exlravaganl \ y de pésimo gusto: de un roman-

NOTICIOSO G E N E R A L . ce ó fábula escrita con feo medoj bajo un plan mal inventado,
estrecho en sí mismo y mas por e^Jiunlo con que es tratado,,. •
Señor editor: l í e leído en el Noticioso del lunes 1.® del pre- ¿Qué tal se explica este caba^éro? parece que trata de in-
sente una impugnación á mi Periquillo, muy cáustica y des- sultar al autor que de descre )ra, aunque hace uno y
cortes, escrita con resabios de crítica por D. M. T . * ó sea y otro bellamente.
por Uno de tantos, c u y o talento no alcanza para otra cosa que ¿Pero por qué le ha parecido mi obr ta tan insufrible? Y a lo
para roer los escritos ágenos como los ratones de la fábula 30 dice sin que se le pregunte: porque (si n sus palabras) comen.
de Iríarte. zamos la relación y nos vamos lmllando con sucesos vulgares, fa-
\ _ / _[ —
Y a me os indispensable contestar no tanto por mi propia tales siempre al ínteres, pues si eñ le s libros encontramos las
satisfacción, cuanto por defender mi obrita de los defectos de peores gentes de la sociedad f obtando ordinariamente y según
que le acusa este señor; pero protesto la fuerza con que tomo los vemos, hablando según los oiñios, t uestra curiosidad no se
la pluma para ejercitarla en una contestación pueril y odiosa, excita, y dejamos de sentir el atmetix o que en el arte se llama
lo que no hiciera á no haber sido provocado por dos veces no ínteres. \

habiendo bastado mi prudencia en la primera, para que en la T o d a esta gerigonza quiere de*ir: que para que la acción
segunda no se me insultara hasta lo sumo. Querría sin em-
bargo escribir con mas moderación; pero el señor Uno no la * Como la que estamos contestando.
conoce; y así, vim vi repeliere licet. L a fuerza con la fuerza t Asi le quiero llamar, pues á uno de tantos le podré poner el nom-
bre que quiera, ya que él no quiere decirnos como se llama.
f Es decir que todos los personages que entran en mi obra son de la»
Nos reservamos in pectore su nombre para mejor ocasion. peores gentes de la sociedad,
XY.

bras? ¿Y c ó m o se llamará la limpísima diligencia que hizo


interese en la fábula, es necesario que no se vea en ella nada
S a n c h o de z u r r a r s e junto á su amo por el miedo que le infun-
c o m ú n ni vulgar. T o d o debe ser grande, raro, maravilloso.
dieron los batanes? A la verdad que el señor Ranet es dema-
Orfeo debe entrar en los infiernos en pos de E u r i d i c e , T e s e o
siado limpio y escrupuloso.
ha de matar á los formidables g i g a n t e s P i t y o c a m p t o y Peri-
Por lo dicho c o n o c e r á el lector lo sólido y juicioso de esta
phetes, y D é d a l o ha de volar seguro por los aires con unas alas
c r í t i c a , y que me seria fácil refutar uno por uno los descui-
de c e r a . A d e m á s los hombres grandes han de hablar como los
dos en que abunda, si no temiera hacer demasiado l a r g a esta
dioses, y los plebeyos deben usar el idioma de los r e y e s y po-
contestación. S i n e m b a r g o , desvaneceré algunos de los m a s
derosos. Así lo quiere el señor Ranet, y es menester darle
groseros y con la posible brevedad.
gusto.
N o t a corno un defecto imperdonable las digresiones de Pe-
M a s yo, con su licencia, tomo el Q u i j o t e de C e r v a n t e s , la
riquillo, y dice que no da un paso sin que moralice y empala-
obra maestra en clase de romances, y no veo en su a c c i ó n na-
gue con una cuaresma de sermones. D i g o á esto que si los ser-
da raro, nada extraordinario, nada prodigioso. T o d o s los su-
mones v moralidades son útiles y vienen al caso, no son des-
cesos son demasiado vulgares y comunes, tales como pudieran
preciables, ni la obra pierde nada de su mérito. D. Qmjote,
acontecer á un loco de las c i r c u n s t a n c i a s de D . A l o n s o Qui-
también m o r a l i z a b a y predicaba á cada paso, y tanto que su
jada, A l mismo tiempo advierto que c a d a uno de los perso-
criado le decia que podía coger un pulpito en las manos y an-
nages de la fábula habla como los de su clase, esto es, vulgar
dar por esos mundos predicando lindezas.
y comunmente. H a s t a h o y estaba y o entendido en que una
Hablando del estilo dice: que yo soy el primero que he nove-
de las g r a c i a s de este g é n e r o de composicion e r a corregir
lado en el estüo de la canalla. A h o r a bien: en mi novela se
las costumbres ridiculizándolas y pintándolas al natural, según
hallan de interlocutores colegiales, monjas, fraúes, clérigos
el pais donde se escribe; pero el señor Ranet me a c a b a de sa-
curas, licenciados, escribanos, médicos, coroneles, c o m e r c i a n -
c a r de este grosero error, pues encontrando á las.... gentes en
tes, subdelegados, marqueses, & c . Y o he hablado en el esti-
los libros obrando como los vemos y hablando covio los oimos,
lo de esta clase de personas, ¿ y así dice el señor Ranet que no-
nuestra curiosidad no se excita, y dejamos de sentir el Ínteres. velé en el estilo de la canalla? L u e g o estos i n d i v d u o s en su
Este acaba de desaparecer (sigue el c r í t i c o ) para, las gentes concepto son c a n a l l a . S i n duda le deben dar las g r a c i a s por
de buen gusto, si además de enco brarse con acaecimientos los
el alto honor que les dispensa.
mas comunes, se les ve sucios, violentos y degradados. Para
Pero para que se vea cómo nos estrellamos entre as contra-
f u n d a r esta aserción, se asquea '.¡nicho de la a v e n t u r a de los
dicciones mas absurdas cuando dirige nuestra pluma n o e l
jarritos de orines que vaciaron los presos en la cárcel sobre el
amor de la verdad, sino el impulso de una Clega pasión,
triste Periquillo, y del robo que hizo á un cadáver. ¡Feliz.hallaz-
go y pruebas concluventes de¡ ningún m é r i í o de la obra! Pero aUEnZm buscamos en Periquido (dice este buen hombre)
si eslas a c c i o n e s son sucias y degradadas, K en ella, ¿en qué clase «„a variedad de locucion que nace en los romances de a to-
colocaremos la recíproca vomitada que se dieron D . Q u i j o t e sidad de caracteres, tan uniforme como en su accion el chor u
y S a n c h o c u a n d o aquel se bebió el precioso licor de F i e r a -
XVI.
lio de alcantarilla, propio para arrullarnos, se suelta desde el
monte, ni pueden los vicios encubrirse en una persona alta-
prólogo, dedicatoria y advertencia á los lectores hasta la última
mente colocada. E l adulterio de David, la prostitución de Sa-
página del tomo tercero. ¿ Y a se vé esto? Pues sin pérdida de
lomon, el sacrilegio de Baltazar, la soberbia de Nabuco, & c .
momento, y sin que haya ni una letra de por medio, continúa
& c . no habrían escandalizado tanto si hubieran sido cometi-
diciendo: Desde una sencillez muy mediana pasa su estüo á la
dos por unos plebeyos oscuros; pero fueron reyes los delincuen-
bajeza y con harta frecuencia á la graseria del de la taberna.
tes y esto bastó para que fuesen estos delitos fatales á sus pue-
¿Se dará contradicción m a s torpe y manifiesta? A c a b a r de de-
blos y su noticia llegara hasta nosotros.
cir que mi estilo en la obra es tan uniforme, tan igual como el
sonido del chorro de la alcantarilla, y luego luego hallarlo sen. Si el S r . Ranet quiso decir que los vicios de las personas,

alio, bajo y grosero. ¿Cómo será una cosa igual en todo v de distinguidas y generalmente de los ricos se disimulan, se ca-

tres modos distinta. Quédese la inteligencia de este enigma llan y aun se aplauden, eso y a lo sabemos, y hasta los niños

al juicio de los lectores, para que estos formen el que mere°zca de la escuela cantan que

la crítica de mi antagonista.
Cuando el rico se emborracha
E n otra parte dice: verisímilmente se ha reducida al trato de Y el pobre en su compañía;
gente soez y un tanto mediana. ¿Conque los sacerdotes, los re- . La del pobre es borrachera,
hgiosos, oficiales, militares, médicos y demás que hacen papel La del rico es alegría.
en m. obríta, para este rigidísimo censor nada valen, y cuan-
do mas, y haciéndoles mucho favor los condesira como gente un Mas este aplauso, este disimulo de los vicios del rico solo

taiüo mediana? ¡Caramba y cómo se empeña en honrarlos! cabe entre sus viles aduladores y corrompidos mercenarios;
los hombres de bien siempre los conocen, jamás los alaban ni
Dice también que los vicios délas gentes distinguidas son
dejan de ver sus defectos con repugnancia.
menos groseros, sus defectos menos chocantes, porque están
encúbenos con la civilidad y política, y de esta suerte es mas Al mismo tiempo es mucho mas fácil ridiculizarlos. Su
trabajoso apropiarles un pape! ridículo. ¡Qué dos mentiras! y misma elevación presta el motivo. A mi se me liaría mas no-
perdone la claridad. table y me causaría mas risa ver que un conde cogia el tene-
dor como rejón para ensartar la pieza, que si viera comer á
Una de ellas es que sean menos groseros y chocantes los de.
un indio con todos los cinco dedos. Ambos faltarían en este
fectos y vicios de las gentes distinguidas. Cuando los tienen
caso á la urbanidad; pero en el conde seria mas chocante la
chocan mas y se hacen mas vergonzosos. T a l vez disculpa-
grosería y por lo mismo mas ridicula.
mos los vicios de la gente plebeya, considerando sus ningunos
principios y grosera educación. E n la gente distinguida no Dice también el S r . Ranet (hablando de mi): los grandes se-

encontramos esta disculpa: de consiguiente nos son mas cho- ñores lo ofuscan, ó no tiene el valor ó el talento de rasgar sus ex-

cantes sus defectos. L a brillantez con que nacieron, la fortu- terioridades para sacar\ sus] extravagancias. Aquí es menes-

na que logran y el empleo que obtienen, solo sirve de hacerlos ter p o n e r . . . . y decirle claro que no lo entiende. ¿Pues qué

mas visibles. N o puede una ciudad estar escondida sobre un quería este señor que Periquillo ponga en ridículo el retrato
de un embajador, de un príncipe, de un cardenal, de un sobe-
XVIII. XIX.
. Vano.' ¿Cómo había de ser eso si en este reino no hay está L a objecion de que un hospital, un sepulcro, ni un cahbo,
clase de señores? E s t á m u y bien dirá; pero á lo menos se po. zo se puedan presentar bajo un aspecto ridiculo, es harto tri-
dian haber sacado las e x t r a v a g a n c i a s de un obispo, de un oi- vial. Los mismos lugares cierto que no prestarán motivos de
dor, de un prebendado, de un gol>ernador & c . . . . muchas gra- de risa, pero si se pueden poner en ellos los vicios bajo un as-
cias le daría y o por el consejo; aunque no me determinaría á pecto ridiculo, y si no se pueden poner ¿cómo yo los he pues-
tomarlo. to? Del acto á la potencia vale el argumento, y esto lo saben
L o que mas incomoda á este señores que ciarte que gobier* los muchachos. ¿Habrá quién no se ria al oir las aventuras
na toda la obra, es el de bosquejar (según dice) cuadros asque- de Periquillo en su prisión, en el hospital y cuando el robo del
rosos, escenas bajas. . . . y que verisímilmente me he reducido al cadáver? ¿Falta en estos lugares la sátira contra el vicio y la
trato de gente soez. ¡Válgate Dios por inocencia! ¿Qué no moralidad necesaria como fruto de las mismas desgracias del
advertirá este censor que cuando así se hace, es necesario, na- héroe? ¿Son mas espantosos los presos, los enfermos, y los
tural, conforme al plan de la obra y con arreglo á la situación cadáveres que los demonios y los espectros? Pues con estos
del héroe? Un jóven libertino, holgazan y perdulario, ¿con qué tuvo que hacer el ingenioso Villaroel para moralizar y diver-
gentes tratará comunmente, y en qué lugares le acontecerán tir á sus lectores,
sus aventuras? ¿Seria propio y oportuno introducirlo en ter- M a s satisfecho que Arquimedes cuando halló la resolución
tulia con los padres fernandinos, ponerlo en oracion en las del problema de la corona, le parece á mi censor que me va á
santas escuelas, ó andando el V i a - C r u c i s en el convento de dar el último golpe y á hacer ver de una vez como mi obra es
S . Francisco? la peor de! universo por confesion de mi misma boca. Acaba
Pero además de que no siempre se presenta en escenas ba- (dice de mí) acaba de abjurar todos los preceptos del arte como
jas, ni siempre trata con gente soez, cuando se ve en estos ca- si fueran los dogmas del Alcorán ¿Y por qué habla así?
sos es naturalmente, y por lo mismo este no es defecto, sino Por que y o en las advertencias preliminares de mi Quijotita
requisito necesario según el fin que se propuso el autor. Hasta digo: que tratando de conciliar mi ínteres particular con !a
hoy^nadie ha motejado que Cervantes introdugera á su héroe utilidad común, atropello muchas veces * con las reglas del ar-
tratando con mesoneros y rameras, con cabreros y perillanes, te cuando me ocurre alguna idea que me parece conveniente
ni han criticado al verlo riñendo con un cochero, burlado de ponerla de este ó del otro modo. Esto sí que es insultar á las
de unos sirvientes inferiores, apedreado por pastores y gáleo- gentes, exclama el S r . Ranet con su acostumbrado patriotis-
les, apaleado por los y a n g ü e s e s & c . E r a natural q u e á un loco: mo, y sigue con el mismo espíritu lamentándose de que por
acontecieran estos desaguisados entre esa gente, así como á mi culpa, por mí gravísima culpa ¡ya perdimos hasta el tiso
un jóven perdido es natural que le acontezcan, entre la mis- del buen lenguage! N o hay tal cosa.
ma, ¡guales lances que á Periquillo.* Y o no atropello con todas las reglas del arte, y seria un ne-

* Muchas vzccs, n o siempre; pero esto se le olvidó escribir ¡i mi cen-


• N o trato de comparar m i obra con la del g r a n C e r v a n t e s : lo que
sor, B i e n q u e c'irá q u e „ i n t e r dúos a m i c o s non reparatui in u n a liten?."
h a g o e s valerme de su Q u i j o t e p a r a defender mi P e r i q u i l l o .
ció si presumiera de ello. L o s que entienden el arte saben
inuy bien qué reglas traspaso, cuándo y con qué objeto. Sue. recibido de muchas personas literatas: f el aprecio con que en
Jo precindir de aquellas reglas que me parecen embarazosas el dia se ve: la ansia con que se busca, el excesivo precio á
para llegar al fin que me propongo, que es la instrucción de que las compran y la escasez que hay de ella, me hacen creer
los ignorantes. * Por ejemplo: sé que una de las reglas es no solo que no es mi obrita tan mala y disparatada como ha
que la moralidad y la sátira v a y a n envueltas en la acción y parecido al Sr. Ranet y al Tocayo de Garita, sino que he c u m .
no muy explicadas en la prosa; y yo falto á esta regla con piído hasta donde han alcanzado mis pobres talentos, con los
frecuencia, porque estoy persuadido de que los lectores para deberes de escritor. Estos son según Horacio enseñar al lee.
quienes escribo, necesitan ordinariamente que s e l e s d e n l a s tor y entretenerlo.
moralidades mascadas y aun remolidas, para que les tomen el
Omne tullit punclum, qui misenit utile dulci
sabor y las puedan pasar, si no saltan sobre ellas con mas li-
lectorem delectando, parilerque monendo.
gereza que un venado sobre las yerbas del campo. Aun hoy
necesitan muchas gentes un comentario para entender el Qui- Y si es cierto lo que dice este poeta de que el libro que reú-
jote, él Gil Blas y otras muchas obras como estas, en que solo ne en sí estas dos condiciones, dá dinero á los libreros, pasa
encuentran diversión. los mares y eterniza el nombre del autor:

Por otra parte, estoy seguro de que mi intención es buenai Hic meret aera líber sociis; lúe et mare transit,
que los pobres ignorantes como yo, me lo agradecen y que los et longum noto scriptori prorrogat aevum.
sábios dispensarán, acordándose con Horacio, de que hay de-
fectos que es necesario perdonar, y otros en que incurren los Y o he tenido la fortuna de ver en mi Periquillo las dos pri-
escritores ó por un descuido ó por efecto de la miseria hu- meras señales. Los libreros han ganado dinero con él comprán-
mana. dolo con estimación y vendiéndolo con mas, lo que están ha-

Sunt delicia lamen, quibus ignovisse velitnus. ciendo en el dia. J Ha navegado la obra para España, pa-

Non ego paticis ra la Habana y para Portugal con destino de imprimirse allí:

Offendar inaculis, quac aut incuria fudit me aseguran que los ingleses la han impreso en su idioma y

aut humana parum cavit natura que en M é x i c o hay un ejemplar. * Con que y a he visto en mi
Periquillo algunas señas de buen libro, á pesar de la juiciosa
In Art. poet.

Finalmente: la general aceptación con que ini Periquillo lia^


-{- E n m i tierra n o se usa elogiar p ú b l i c a m e n t e á los autores, sino cri-
sido recibido en todo el "reino: la calificación honrosa que le
ticar s u s obras c á u s t i c a m e n t e l u e g o q u e salen á l u z . E s t e os u n arbitrio
dispensaron los señores censores: J los elogios privados que lia
m u y liberal para desterrar de u n a v e z la aplicación, y hacer q u e d u e r m a n

• P a r a estos escribo y no para los sabios c o m o el S r . l i a n e l . M i l ve- los e s t u d i o s .

ces lo lio dicho, y lo he estampado. * E s c r i b o d e l a n t e de ellos y n o m e dejaran mentir.

$ E l S r . O i d o r D . F e l i p e Martínez, por el superior gobierno, y el H. • N o a s e g u r o y o esto: h a b l o sobre la palabra de q u i e n me lo h a di-


cho. Solicitaré el ejemplar, y si fuere cierto q u e lo h a y , veré quien m e
P . ex p r o v i n c i a l de S . F r a n c i s c o Fr. José A n g e l D o r r e g o , por el ordinario.
traduce el prólogo para envirseálo al S r . Ranet.
T o » . I. 3*
crítica del Sr. Ranet. Sobre si ha de durar mi nombre 6 no,
no me he de calentar la cabeza. F a m a s póstumas son muy bue.
ñas; pero no se vá con ellas á la tienda. N o aspiro á la glo.
ria de autor inmortal, porque sé que al fin me he de morir, ni
me envanezco con ningunos aplausos.

Non ego ventosae plebis suffragia venor.

Todo esto es aire, y mi amor propio no es tanto que me ha.


g a creer que hay en mis pobres escritos un mérito verdadero
y relevante. Ellos son mis hijos: no soy hipócrita ni me pe.
sa de que los aprecien los demás; pero no por esto dejo de co.
nocer que están llenos de defectos como hijos al fin de mis es.
casas luces. L o que acabo de decir de Periquillo no es efec-
to de vanidad ni porque lo quiero remontar hasta las nubes;
lo he dicho por defenderlo, como que soy su padre, de los tes-
timonios y calumnias con que lo denigra el S r . Ranet, y para
que vea que si él y otros cuatro piensan así, el público ilustra-
do de todo el reino piensa de otra manera, y le hace mas favor
del que merece.

D i o s l e dé á vd. paciencia c o n nosotros, S r . Editor, que bas-


tante la necesita. De vd. afectísimo & c . — E l Pensador mexi-
cano, José Joaquín Fernandez de Lizardi.
P. D. N o s hemos desentendido de la crítica contra las
estampas, y de los favores que nos hace el S r . Ranet llamán-
donos necios, habladores <$fc. porque todo esto entra en la pa-
ja que nos propusimos aventar desde el principio.
a r a m i o

ADVERTENCIA. PRECISA.

JFjs menester tener presente que esta obra se escri-


bió é imprimió en el año de 1 8 1 G , bajo la domina-
ción española, estando el autor mal visto de su go-
bierno por patriota, sin libertad de imprenta, con
sujeción á la censura de oidores, canónigos y frai-
les; y lo que es mas que todo, con la necia y dés-
pota Inquisición encima. Aunque en las adver-
tencias generales se disculpan las largas digresio-
nes, nos tomamos la licencia de acortarlas, así co-
mo la de omitir unas notas y añadir otras, con al-
gunas variantes que advertirá si quiere y puede el
curioso lector.

Otra. Las notas conque se ha aumentado la pre-


sente edición, para que no se confundan con las an-
teriores, llevarán alJin una E.

e'. Periqilo que JU'.lanac Su fin tiiiiiiiAr iaT3íe.-"-.<uiáó


« hitiendo no 1« qué jeBevi ¿vierto * quien su vida quien l«r tìen
ì it frnco ím cl&tar, Vi díftio i»l el cancltr es demi Pe
i fíenos, mu 'lecíiouea ¿e «carca« iitucha pu»s,taWqutyi.
PRÓLOGO, DEDICATORIA Y ADVERTENCIAS
A LOS LECTORES.
m

^ ^ :ñores mios: U n a d e las c o s a s q u e m e presentaban


d i f i c u l t a d e s p a r a d a r á l u z la Vida de Periquillo Sarnien-
to, e r a e l e g i r p e r s o n a á q u i e n d e d i c á r s e l a , p o r q u e y o he
visto infinidad d e o b r a s d e p o c o y m u c h o mérito, ador-
n a d a s c o n sus d e d i c a t o r i a s al p r i n c i p i o .
E s t a continuación ó esta costumbre continuada, me
hizo c r e e r q u e a l g o b u e n o tenia en sí, p u e s todos los auto-
res procuraban elegir M e c e n a s ó patronos a quienes de-
d i c a r l e s sus t a r c a s ; c r e y e n d o q u e el h a c e r l o así, no podia
m e n o s que g r a n g e a r l e s a l g ú n p r o v e c h o .
M e c o n f i r m é m a s e n esta idea, c u a n d o leí e n un librilo
v i e j o , q u e ha h a b i d o q u i e n e s h a n p a c t a d o d e d i c a r u n a
o b r a ú un s u g e t o , si le d a b a tanto: otro q u e d e d i c ó su tra-
b a j o ú un p o t e n t a d o , y d e s p u e s la c o n s a g r ó á otro con
distinto n o m b r e : T o m á s F u l l e r , f a m o s o historiador inglés,
q u e dividía sus o b r a s e n m u c h o s tomos, y á c a d a t o m o le
s o l i c i t a b a un m a g n a t e : otros que se h a n d e d i c a d o á sí
m i s m o s sus p r o d u c c i o n e s ; y otros, en fin, q u e han c o n s e n -
tido q u e el i m p r e s o r d e sus o b r a s se las d e d i q u e .
E n vista d e esto, d e c i a y o á un a m i g o : no, mi o b r a no
p u e d e q u e d a r s e sin d e d i c a t o r i a ; e s o no v i v i e n d o Carlos.
¿ Q u é d i j e r a d e mí el m u n d o , al v e r q u e ipi o b r o t a no tenia
al f r e n t e un e x c e l e n t í s i m o , ilustrísimo, ó por lo m e n o s , un
s e ñ o r usía que la h u b i e r a a c o g i d o b a j o su p r o t e c c i ó n ?
f
•v . . V. »
jf
VI VII
F u e r a d e q u e n o p u e d e m e n o s q u e t e n e r c u e n t a el de. e s t á n , no solo á no l o g r a r el p r e m i o d e sus fatigas, sino tal
d i c a r un libro ú a l g ú n g r a n d e ó r i c o señor; p o r q u e ¿quién v e z á p e r d e r hasta su d i n e r o , q u e d á n d o s e inéditas en los
lia d e ser l a n s i n v e r g ü e n z a q u e d e j e d e d i c a r s e una obra; e s t a n t e s m u c h a s p r e c i o s i d a d e s q u e d a r í a n p r o v e c h o al pu-
d e s e m p o l v a r los h u e s o s d e sus a b u e l o s ; l e v a n t a r testimo- b l i c o y honor á sus autores.
nios á sus a s c e n d i e n t e s ; rastrear sus g e n e a l o g í a s ; enredar- Esta desgracia h a c e que no h a y a esportacion de nin-
los c o n los P e l a y o s y G u z m a n e s ; m e z c l a r su sangre eos g u n a o b r a imp.-jsa aquí; p o r q u e haz d e cuenta que mi
la d e los r e y e s d e l O r i e n t e ; p o n d e r a r su c i e n c i a aun cuan- obrita y a i m p r e s a y e n c u a d e r n a d a , tiene d e costo por lo
d o no s e p a l e e r ; p r e c o n i z a r sus virtudes, aunque no la- m e n o s o c h o ó d i e z pesos; pues a u n q u e f u e r a u n a o b r a d e
c o n o z c a ; s e p a r a r l o e n t e r a m e n t e d e la c o m ú n m a s a de 1« mérito, ¿ c ó m o habia y o d e m a n d a r á E s p a ñ a un c a j ó n d e
h o m b r e s y d i v i n i z a r l o e n un a b r i r y c e r r a r d e ojos? Y por ejemplares, cuando si a q u í e s c a r a , a l l í lo seria excesiva
último, ¿quien s e r á , r e p e t í a y o al a m i g o , tan indolente, que m e n t e ? p o r q u e si á d i e z p e s o s d e costos so agregaban
viéndose l i s o n g e a d o ú roso y á velloso anlefaciem Populi* o t r o s d o s ó tres d e fletes, d e r e c h o s y comision, y a d e b e r í a
y no m e n o s q u e e n letras d e m o l d e , s e m a n e j e c o n tanta valer sobre trece pesos: para g a n a r algo c u e s t e c o m e r c i o
mezquindad q u e no m e c o s t e e la impresión, q u e no me e r a p r e c i s o v e n d e r los e j e m p l a r e s á q u i n c e ó d i e z y seis
c o n s i g a un b u e n d e s t i n o , ó c u a n d o todo turbio corra, que pesos, y e n t o n c e s ¿quién la c o m p r a r í a allá?
no m e m a n i f i e s t e su gratitud c o n u n a d o c e n i l a d e onzas ¡ V á l g a m e D i o s ! dijo m i a m i g o ; esa e s u n a v e r d a d : p e -
d e o r o p a r a u n a c a p a , p u e s n o m e r e c e m e n o s el ímprobo ro eso m i s m o d e b e r e t r a e r t e d e solicitar M e c e n a s . ¿ Q u i é n
t r a b a j o d e i n m o r t a l i z a r el n o m b r e d e un M e c e n a s ? ha d e q u e r e r a r r i e s g a r su d i n e r o p a r a q u e i m p r i m a s tu o

¿ Y ú quién piensas dedicar tu obrita? m e preguntó mi brita? V a m o s : no seas tonto, g u á r d a l a ó q u é m a l a , y no pien

amigo. A a q u e l s e ñ o r q u e y o c o n s i d e r a s e se atreviera á s e s cu h a l l a r p r o t e c c i ó n , p o i q u e p r i m e r o p e r d e r á s c l juicio.

c o s t e a r m e la i m p r e s i ó n . ¿Y á cuánto p o d r á n abordar Y a p a r e c e q u e v e o q u e g a s t a s el dinero q u e no tienes

sus costos? m e d i j o . A c u a t r o mil y c i e n t o y tantos pesé, en hacer p o n e r en limpio y c o n m u c h a curiosidad tus

por a h í , p o r ahí. ¡ S a n t a B á r b a r a ! c s c l a m ó mi amigo to- c u a d e r n o s ; q u e c c l i a s e l ojo p a r a d e d i c a r l o s al c o n d e 11

do azorado. ¿ U n a obrita d e c u a t r o tomitos e n cuarto c r e y e n d o q u e p o r q u e e s c o n d e , q u e p o r q u e e s rico, que

c u e s t a tanto? S i , a m i g o , le dije, y esta es una d e las tra- porque es liberal, que p o r q u e g a s t a e n un coche cuatro

b a s m a s f o r m i d a b l e s q u e h a n t e n i d o y t e n d r á n los talentos mil pesos, en un c a b a l l o quinientos, e n un baile mil, e n un

a m e r i c a n o s , p a r a no lucir c o m o d e b i e r a n e n el teatro lite- j u e g o c u a n t o q u i e r e , a d m i t i r á b e n i g n o tu a g a s a j o : te d a r á

rario. Los grandes costos q u e tienen e n el reino que las g r a c i a s , te o f r e c e r á su p r o t e c c i ó n , te facilitará la im-

Instarse e n la i m p r e s i ó n d e las o b r a s a b u l t a d a s , retraen a p r e n t a , ó te d a r á c u a u d o inénos u n a b u e n a g a l i t a como

m u c h o s d e e m p r e n d e r l a s , c o n s i d e r a n d o lo espuestos que dijiste. F i a d o e n esto, v a s á su c a s a , r a s t r e a s á sus p a -


cientes, i n d a g a s su o r i g e n , b u s c a s e n el d i c c i o n a r i o de
M o r e n a l g u n a g r a n c a s a que t e n g a alusión c o n su apelli-
A la faz del inundo.
tío, lo e n c a j a s e n e l l a q u i e r a q u e n o q u i e r a : l e v a n t a s mil los-
f ¡inonios á sus p a d r e s , I«» l i a r e s d e s c e n d e r de los Godos, v a b i e r t o los o j o s e s t r e l l á n d o m e e n ellos una p o r c i o n d e
lo m e t e s e n la c a b e z a q u e e s d e s a n g r e real y pariente verdades q u e por d e s g r a c i a son i r r e f r a g a b l e s ; y lo p e o r
m u y c e r c a n o d e los Sigcricos, Tor¡mundos, Thcudmh* es q u e t o d o ello p a r a e n q u e y o p i e r d o m i t r a b a j o ; p u e s
y Athanagildos; á bien q u e él n o los c o n o c i ó , ni nadie se a u n q u e soy limitado, y por lo m i s m o , d e mis t a r e a s no se
lia d e p o n e r á a v e r i g u a r l o . U l t i m a m e n t e , y p a r a decirlo p u e d e e s p e r a r n i n g u n a c o s a s u b l i m e , sino b a s t a n t e h u m i l -
d e una v e z y bien c l a r o , t r a b a j a s c u a n t o p u e d a s para lía- d e y trivial, c r e e m e , esta obrita m e ha c o s t a d o a l g ú n t r a -
c o r l e una barba d e p r i m e r a c l a s e ; y y a c o n c l u i d a la dedi- b a j o , y tanto m a s , c u a n t o q u e soy un chambón y la lie tra-
c a t o r i a , v a s m u y f r u n c i d o y se la p o n e s á sus plantas. En- b a j a d o sin h e r r a m i e n t a .
t o n c e s el s e ñ o r q u e ve a q u e l c e l e m í n d e p a p e l e s c r i t o , y que
E s t o lo dirás p o r la falta d e l i b r o s . — P o r eso lo digo;
solo p o r no leerlo, si se lo m a n d a r a n , d a r í a c u a l q u i e r di-
y a v e r á s q u e e s t o ha m u l t i p l i c a d o mis a f a n e s ; y s e r á b u e n
n e r o , se ric de tu s i m p l e z a . Si está d e m a l humor, ó 110
d o l o r que d e s p u e s d e d e s v e l a r m e , d e a n d a r b u s c a n d o u n
le p e r m i t e e n t r a r á v e r l o , ó l e e c h a n o r a m a l a l u e g o que .
libro p r e s t a d o p o r allí y otro p o r a c u l l á , d e s p u e s d e t e n e r
p e n e t r a tu designio; pero si e s l á d e b u e n a s , te d a las gra-
q u e c o n s u l t a r esto, q u e i n d a g a r a q u e l l o , q u e e s c r i b i r , q u e
c i a s y te d i c e : q u e h a g a s l o q u e q u i e r a s d e la dedicatoria;
b o r r a r algo & c . , cuando y o esperaba socorrer de algún
p e r o que los i n s u r g e n t e s — q u e las g u e r r a s y las actua-
m o d o mis p o b r e r í a s c o n e s t a obrita, se m e q u e d e e n el
les c r i t i c a s c i r c u n s t a n c i a s no le p e r m i t e n serte útil por
cuerpo por falta d e protección ¡voto á los diablos!
e n t o n c e s para n a d a .
m a s v a l í a q u e se m e h u b i e r a n q u e d a d o treinta purgas y
•Sales tú d e allí todo mollino, pero no desesperado. veinte l a v a t i v a s . . . . C a l l a , m e dijo mi a m i g o , q u e y o te
V a s y a c o m e t e s c o n las m i s m a s d i l i g e n c i a s al m a r q u é s de v o y á p r o p o n e r unos M e c e n a s q u e s e g u r a m e n t e te c o s -
K , y te p a s a lo m i s m o : o c u r r e s al r i c o G , y te a c o n t e c e lo t e a r á n la impresión.
propio: solicitas al c a n ó n i g o T ; i d e m : hasta q u e cansa- ¡ A y h o m b r e ! ¿quiénes son? dije y o Heno d e g u s t o . Los
do d e a n d a r por todo el a l f a b e t o , y d e t r a b a j a r inútil- lectores, me r e s p o n d i ó el a m i g o . ¿A quiénes con, m a s
m e n t e mil d e d i c a t o r i a s te aburres y d e s e s p e r a s , y das justicia d e b e s d e d i c a r tus t a r e a s , sino á los q u e leen las
c o n tu p o b r e t r a b a j o e n una t i e n d a d e aceite y vinagre, o b r a s á c o s t a d e su dinero? P u e s ellos son los q u e c o s t e a n
l i s g a n a , hijo, los p o b r e s 110 d e b e m o s ser e s c r i t o r e s , ni la i m p r e s i ó n , y por lo m i s m o sus M e c e n a s mas'seguros.
e m p r e n d e r ninguna tarca que cueste dinero. C o n q u e aliéntate, 110 seas b o b o , d e d í c a l e s á ellos tu t r a b a -
C a b i z b a j o e s t a b a y o o y e n d o á mi a m i g o c o n demasia- j o y s a l d r á s del c u i d a d o .
d a c o n f u s i o n y tristeza, y l u e g o (pie a c a b ó le dije arran- L e di las g r a c i a s á mi a m i g o ; él se fué: y o t o m é su c o n -
e a n d o un suspiro d e lo m a s e s c o n d i d o d e mi p e c h o : ¡hay s e j o , v me p r o p u s e d e s d e a q u e l m o m e n t o d e d i c a r o s , S e -
h e r m a n o d e mi a l m a ! tú m e lias d a d o u n d e s e n g a ñ o , pero ñ o r e s L e c t o r e s , la Vida d e tan m e n t a d o Periquillo Sar-
al m i s m o t i e m p o una g r a n pesadumbre. S i . tú me has niento, c o m o lo h a g o .
I ' e r o á u s a n z a d e la .- d e d i c a t o r i a s y á f u e r de lisongero
ó a g r a d e c i d o , y o d e b o t r i b u t a r o s los m a s d i g n o s elogioá,
d e d i c o ; ni m e n o s t r a t o d e s e p a r a r m e un punto d e l c a m i n o
a s e g u r a d o de que no se ofenderá vuestra modestia.
trillado d e mis m a e s t r o s los dedicadores, á q u i e n e s obser-
Y e n t r a n d o al a n c h o c a m p o d e v u e s t r o s t i m b r e s y vir-
vo d e s e n t e n d e r s e d e los vicios y d e f e c t o s d e sus M e c e -
tudes, ¿qué d i r é d e v u e s t r a ilustrísima c u n a , sino q u e es
nas, y a c o r d a r s e solo d e las v i r t u d e s y lustre q u e tienen
la m a s a n t i g u a y l l e n a d e f e l i c i d a d e s e n su o r i g e n , pues
p a r a repetírselos y e x a g e r á r s e l o s .
descendéis no m e n o s q u e del p r i m e r m o n a r c a del uni-
E s t o es, ó serenísimos L e c t o r e s , lo q u e y o h a g o al d e -
verso?
d i c a r o s esta p e q u e ñ a o b r i f a q u e os o f r e z c o , c o m o tributo
¿ Q u é diré d e v u e s t r a s g l o r i o s a s h a z a ñ a s , sino q u e SOH
d e b i d o á v u e s t r o s reales.... méritos.
tales, q u e son i m p o n d e r a b l e s é insabibles?
Dignaos, pues, acogerla favorablemente, comprando
¿ Q u é , d e v u e s t r o s títulos y d i c t a d o s , sino q u e sois y po-
c a d a uno seis ó siete c a p í t u l o s c a d a dia, * y s u s c r i b i é n d o o s
déis ser, n o solo tú ni v o s , sino usías, ilustrísimos, reveren-
por c i n c o ó seis e j e m p l a r e s á lo ménos, a u n q u e después
dísimos, e x c e l e n t í s i m o s y q u é sé y o si eminentísimos, se-
os déis á B a r r a b á s por h a b e r e m p l e a d o vuestro dinero e n
renísimos, a l t e z a s y m a g e s t a d e s ? Y e n virtud d e esto,
u n a c o s a tan friona y fastidiosa; a u n q u e m e critiquéis d e
¿quién s e r á b a s t a n t e á p o n d e r a r v u e s t r a g r a n d e z a y dig-
arriba á bajo, y aunque hagáis cartuchos ó servilletas con
nidad? ¿Quién elogiará dignamente vuestros méritos?
los libros; q u e c o m o costéeis la impresión c o n a l g u n o s pol-
¿ Q u i é n p o d r á h a c e r ni a u n el d i s e ñ o d e v u e s t r a virtud y
vos de a ñ a d i d u r a , j a m a s m e a r r e p e n t i r é d e h a b e r s e g u i d o
vuestra ciencia? ¿Ni quién, p o r último, p o d r á numerar
el c o n s e j o d e mi a m i g o ; ántes d e s d e a h o r a p a r a e n t o n c e s y
los r e t u m b a n t e s a p e l l i d o s d e v u e s t r a s ilustres c a s a s , ni las
d e s d e e n t o n c e s p a r a a h o r a , os e s c o j o y elijo p a r a únicos
águilas, tigres, l e o n e s , p e r r o s y g a t o s q u e o c u p a n los cuar-
M e c e n a s y protectores de cuantos mamarrachos escribie-
teles d e vuestras a r m a s ?
re, l l e n á n d o o s d e a l a b a n z a s c o m o ahora, y pidiendo á
M u y bien s é q u e d e s c e n d e i s d e un ingrato, y que te- D i o s q u e os g u a r d e m u c h o s años, os i!é dinero, y o s per-
néis r e l a c i o n e s d e p a r e n t e s c o c o n los C a i n e s fratricidas, mita e m p l e a r l o e n b e n e f i c i o de los a u t o r e s , i m p r e s o r e s ,
c o n los i d ó l a t r a s N a b u c o s , c o n las prostitutas D a l i l a s , con papeleros, comerciantes, encuadernadores y demás de-
los s a c r i l e g o s B a l t a z a r e s , c o n los malditos C a n e s , c o n los p e n d i e n t e s d e v u e s t r o gusto.
t r a i d o r e s J u d a s , c o n los pérfidos Sillones, c o n los C a c o s
ladrones, c o n los h e r e g e s A r r i o s , y c o n u n a multitud de m Señores.... &c.
i
p i c a r o s y p i c a r a s q u e h a n v i v i d o y aun v i v e n e n el mismo
m u n d o q u e vosotros. Vuestro. .. . &-c.

S é q u e a c a s o sereis a l g u n o s p l e b e y o s , indios, mulatos,


negros, viciosos, tontos y m a j a d e r o s . ¿/ &ciijac/cr.
[ ' e r o 110 m e toca a c o r d a r o s n a d a d e esto, c u a n d o trato
d e c a p t a r vuestra b e n e v o l e n c i a y afición á la o b r a que os
• E n la primera edición salió la obra por capítulos sueltos.
<Wr

¡i

CUANDO escribo nú vida, es solo con la sana in-


tención de que mis hijos se instruyan en las ma-
terias sobre que les hablo.
N o quisiera que salieran estos cuadernos de
sus manos, y así se los encargo; pero como no
sé si me obedecerán, ni si se les antojará andar
prestándolos á éste y al otro, me veo precisado
(para que 110 anden royendo mis podridos hue-
sos, ni levantándome falsos testimonios) á hacer
y o mismo y sin fiarme ele nadie, una especie de
Prólogo-, porque los prólogos son tapaboca de los
necios y maliciosos, y al mismo tiempo son, co-
mo dijo 110 sé quien, unos remedios anticipados
de los libros, y en virtud de esto digo: que esta
obrita no es para los sabios, porque estos no nr-
• v T ^

xiv

cesitan de mis pobres lecciones; pero sí puede


sado nada de cuanto digo, y que todo es ficción
sor útil para algunos muchachos que carezcan,
de mi fantasía; y o les perdonaré de buena gana
tal vez, de mejores obras en que aprender, ó tam-
el que duden de mi verdad, con tal que no me
bién p a r a algunos jóvenes ( ó no jóvenes) que sean
calumnien de un satírico mordaz. S i se se ha-
amigos de leer novelitas y comedias; y como
lla en mi obrita alguna sátira picante, no es mi
pueden faltarles ó 110 tenerlas á mano algún dia,
O / intención zaherir con ella mas que al vicio, de-
no dejarán de entretenerse y pasar el rato con jando inmunes las personas, según el amigo
la lectura de mi vida descarriada. Marcial:
E n ella presento á mis hijos muchos de los
escollos en donde mas frecuentemente se estre- I i u n c servare moduin noslri noverc libülli:
P a r c e r e personis, dicere de vitiis.
lla la mocedad cuando no se sabe dirigir, ó des-
precia los avisos de los pilotos esperimentados.
Así, pues, no hay que pensar que cuando ha-
S i les manifiesto mis vicios no es por lison-
blo de algún vicio, retrato á persona alguna, ni
~ > l A 111C de haberlos contraído, sino por ensenar-
aun con el pensamiento, porque el único que
les á que los huyan pintándoles su deformidad;
tengo es de que deteste el tal vicio la persona
y del mismo modo, cuando les refiero tal cual
que lo tenga, sea cual fuere, y hasta aquí nada
acción buena que he practicado, no es por gran-
le hallo á esta práctica ni á este deseo de repren-
gearme su aplauso, sino por enamorarlos de la
sible. M u c h o menos que no escribo para todos,
virtud.
sino solo para mis hijos que son los que mas me
P o r iguales razones espongo á su vista y á su interesan, y á quienes tengo obligación de en-
consideración vicios y virtudes de diferentes señar.
personas con quienes he tratado, debiendo per- P e r o aun cuando todo el mundo lea mi obra,
suadirse á que casi todos cuantos pasages refie- nadie tiene que mosquearse cuando v e a pintado
ro son ciertos, y nada tienen de disimulado ó fin- el vicio que comete, ni atribuir c n t ó n c e s á mali-
gido sino los nombres, que los lie procurado dis- cia mia lo que en la realidad es perversidad suya.
frazar por respeto á las familias que hoy viven. Este modo de criticar, ó por mejor decir, de
Pero no por esto juzgue ninguno que y o lo re- murmurar á los autores, es muy antiguo, y siem-
trato: hagan cuenta en hora buena que no ha pa- pre ejercitado por los malos. E l Padre S . G e -
forma mas naturalmente con la clase de la obra
rónimo se quejaba do él, por las imposturas de
que se trabaja,
O n a s o , á quien dccia: si yo hablo de los que tie-
N o dudo que así por mi escaso talento,-como
nen las narices podridas y hablan gangoso, ¿por
por haber escrito casi cúrrente cálamo, abundará
que habéis de reclamar luego, y decir que ¡o he di-
la presente en mil defectos, que darán materia
cho por vos? ^
para ejercitarse la critica menos escrupulosa.
l ) e la misma manera digo: si en esta mi obrita S i así fuere, y o prometo e s c u c h a r á los sabios con
hablo de los malos j u e c e s , de los escribanos cri- resignación, agradeciéndoles sus lecciones á pe-
minalistas, d e l o s a b o g a d o s embrolladores, d e los sar do mi amor propio, que no quisiera dar obra
médicos desaplicados, de los padres de familia alguna que no mereciera las mas generales ala-
indolentes 6¿c., & c . , ¿por qué al momento lian de banzas; aunque me endulza este sinsabor saber
saltar contra mí los j u e c e s , escribanos, letrados, que pocas obras habrá en el orbe literario que
médicos y demás, diciendo que hablo mal de carezcan do lunares en medio de sus mas res-
ellos, ó de sus facultades? E s t o será una injus- plandecientes bellezas. E n el astro mas lumino-
ticia y una bobería, pues al que se queja, algo le so que nos vivifica, encuentran manchas los as-
duele, y en este caso, mejor es no darse por en- trónomos.
tendido, que acusarse, sin que h a y a quien le pre- E n fin, tengo un consuelo, y es que mis escri-
gunte por el pie de que c o j e a . tos precisamente agradarán á mis hijos para
C o m e n c é al principio á m e z c l a r en mi obrilla quienes, en primer lugar los trabajé; si á los de-
algunas sentencias y versos latinos; y sin embargo más no los acomodare, sentiré que la obra 110
de que los doy traducidos á nuestro idioma, he coresponda á mis deseos, pudiendo decir á cada
procurado economizarlos en l o restante do mi uno de mis lectores lo que Ovidio á su amigo
dicha obra; porque pregunté sobre esto al Sr. Pisón: „ S i mis escritos no merecen tu alabanza,
Muratori, y me dijo que los latines son los trope- á lo menos y o quise que fueran dignos de olla."
zones de los libros para los que 110 los entienden. De esta buena intención me lisongeo, que 110 do
El método y el estilo que o b s e r v o en lo que mi obra.
escribo, es el mió natural y el que menos traba- Quotl si digna tua minus cst mea pagina laude,
jo me lia costado, satisfecho do qu.c la mejor elo- Al voluisso .sat est: aniinum non carmina j a c t o .
cuencia os la que mas persuade, y la que s e c ó n -
ADVERTENCIAS GENERALES
A I.OS L F X T O R E S .

¿ ^ S T A M O S e n t e n d i d o s .de q u e no e s uso a d o r n a r c o n no-


tas ni testos e s t a c l a s e d e o b r a s romancescas, en las q u e
d e b e t e n e r m a s p a r t e la a c c i ó n q u e la m o r a l i d a d e s p l i -
cada, no siendo ademas susceptibles de una f r e c u e n t e
erudición; pero como la i d e a d e n u e s t r o a u t o r no solo
f u é c o n t a r su v i d a , sino instruir c u a n t o p u d i e r a íi sus hi-
j o s , d e ahí es q u e n o e s c a s e a las d i g r e s i o n e s q u e le pa-
r e c e n o p o r t u n a s e n el d i s c u r s o d e su o b r a , a u n q u e (á mi
p a r e c e r ) no s o n m u y r e p e t i d a s , i n c o n e x a s ni e n f a d o s a s .
Y o , c o i n c i d i e n d o c o n su m o d o d e pensar, y en obse-
quio d e la a m i s t a d q u e le p r o f e s é , he p r o c u r a d o ilustrar-
la c o n a l g u n a s q n e p i e n s o c o n c u r r e n á su m i s m a inten-
ción. A l p r o p i o t i e m p o , p a r a a h o r r a r á los l e c t o r e s m e -
nos instruidos los t r o p e z o n e s d e los latines, c o m o él r e -
c u e r d a , d e j o la t r a d u c c i ó n c a s t e l l a n a e n su l u g a r , y u n a s
v e c e s p o n g o el t e s t o original e n t r e las notas: o t r a s solo
las c i t a s , y algunas v e c e s lo o m i t o e n t e r a m e n t e . De
m a n e r a , q u e el l e c t o r e n r o m a n c e nada tiene que inter-
r u m p i r c o n la s e c u e l a de la l e c t u r a , y el lector latino a-
c a s o se a g r a d a r á d e l e e r lo misino e n su i d i o m a o r i g i n a l .
P e r i q u i l l o , sin e m b a r g o d e la e c o n o m í a q u e o f r e c e , 110
d e j a d e c o r r o b o r a r sus o p i n i o n e s c o n la d o c t r i n a d e los
poetas y filósofos paganos.
E n uso d e las f a c u l t a d e s q u e él m e dió p a r a q u e c o r r i -
g i e r a , q u i t a r a ó a ñ a d i e r a lo q u e m e p a r e c i e r a e n su obri-
ta, p u d e h a b e r l e s u p r i m i d o t o d o s los testos y a u t o r i d a d e s
dichas; p e r o c u a n d o b a t a l l a b a c o n la d u d a de lqquede-
bia de h a c e r , lei 1111 p á r r a f o del eruditísimo J a m i n q u e v i -
n o á mi propósito, y d i c e así: " l i e s a c a d o mis reflexio-
nes d e los filósofos p r o f a n o s , sin omitir t a m p o c o el testi-
m o n i o d e los p o e t a s , p e r s u a d i d o á q u e el testimonio de
e s t o s . . . . a u n q u e v o l u p t u o s o s por lo c o m ú n , e s t a b l e c í a la
severidad d e las c o s t u m b r e s d e un m o d o m a s f u e r t e y
v i c t o r i o s o q u e el d e los filósofos, d e q u i e n e s h a y motivo v i D A ; w 3í e c a j o s
de s o s p e c h a r , q u e sola la v a n i d a d Ies ha m o v i d o á esta-
I)E
b l e c e r !a a u s t e r i d a d d e las m á x i m a s e n el s e n o d e una re-

PERIQUILLO SARMENTO,
ligión s u p e r s t i c i o s a , q u e al m i s m o t i e m p o l i s o n g e a b a todas
las pasiones. E n e f e c t o , al oir á un e s c r i t o r voluptuoso
h a b l a r c o n e l o g i o d e la p u r e z a d e las c o s t u m b r e s , se evi-
denciará q u e ú n i c a m e n t e la f u e r z a d e la v e r d a d ha po- escrita por él

d i d o a r r a n c a r d e su b o c a tan b r i l l a n t e testimonio."

H a s t a aquí el c é l e b r e a u t o r c i t a d o , e n el p á r r a f o XX
d e l p r e f a c i o á su libro titulado: El fruto de mis lecturas.
A h o r a d i g o : si un j o v e n v o l u p t u o s o , ó u n v i e j o a p e l m a z a - C A P I T U L O I.
d o c o n los vicios ve estos m i s m o s r e p r e n d i d o s , y las vir-
t u d e s c o n t r a r i a s e l o g i a d a s , n o e n b o c a d e los A n a c o r e t a s C o m i e n z a Periquillo escribiendo el motivo que tuvo para dejar á sus lu-
jos estos cuadernos, y da razón de sus padres, patria, nacimiento y demás
y P a d r e s d e l Y e r m o , sino e n l a d e unos h o m b r e s sin reli-
ocurrencias de su infancia.
g i ó n p e r f e c t a , sin virtud sólida, y sin la luz del E v a n g e l i o ,
¿no e s p r e c i s o q u e f o r m e un c o n c e p t o muy ventajoso de osTRA.no en una cama muchos meses hace, batallando
las v i r t u d e s morales? ¿no es c r e í b l e que se a v e r g ú e n c e al con los médicos y enfermedades, y esperando con re-
v e r r e p r e n d i d o s y r i d i c u l i z a d o s sus vicios, n o y a por los signación el dia en que, cumplido el órden de la divina Provi
P a b l o s , C r i s ó s t o m o s , A g u s t i n o s ni d e m á s p a d r e s ni d o c t o - dencia húyais de cerrar mis ojos, queridos hijos míos, he pen-
res d e la iglesia, sino por los H o r a c i o s , J u v c n a l e s , S é n e - sado dejaros escritos los nada raros sucesos de mi vida, para
c a s , P l u t a r c o s y otros c i e g o s s e m e j a n t e s d e l p a g a n i s m o ? que os sepáis guardar y precaver de muchos de los peligros
Y el a m o r á la s a n a m o r a l , ó el a b o r r e c i m i e n t o al vicio que amenazan, y aun lastiman al hombre en el discurso de
que p r o d u z c a el t e s t i m o n i o d e los a u t o r e s g e n t i l e s , ¿no sus dias.
debe ser de un Ínteres r e c o m e n d a b l e , así p a r a los lecto- D e s e o que en esta lectura aprendáis á desechar muchos
res c o m o p a r a la misma s o c i e d a d ? A mí á lo m e n o s así errores que notareis admitidos por mí y por otros, y que pro-

me jo p a r e c e , y por tanto no he q u e r i d o omitir Ia£ autori- venidos con mis lecciones, 110 os espongais á sufrir los malos

d a d e s de que h a b l a m o s . tratamientos que y o he sufrido por mi culpa; satisfechos de


n o á mi propósito, y d i c e así: " l i e s a c a d o mis reflexio-
nes d e los filósofos p r o f a n o s , sin omitir t a m p o c o el testi-
m o n i o d e los p o e t a s , p e r s u a d i d o á q u e el testimonio de
e s t o s . . . . a u n q u e v o l u p t u o s o s por lo c o m ú n , e s t a b l e c í a la
severidad d e las c o s t u m b r e s d e un m o d o m a s f u e r t e y
v i c t o r i o s o q u e el d e los filósofos, d e q u i e n e s h a y motivo viDA; w 3í e c a j o s
de s o s p e c h a r , q u e sola la v a n i d a d Ies ha m o v i d o á esta-
I)E
b l e c e r la a u s t e r i d a d d e las m á x i m a s e n el s e n o d e una re-

PERIQUILLO SARMENTO,
ligión s u p e r s t i c i o s a , q u e al m i s m o t i e m p o l i s o n g e a b a todas
las pasiones. E n e f e c t o , al oir á un e s c r i t o r voluptuoso
h a b l a r c o n e l o g i o d e la p u r e z a d e las c o s t u m b r e s , se evi-
escrita por él
denciará q u e ú n i c a m e n t e la f u e r z a d e la v e r d a d ha po-
d i d o a r r a n c a r d e su b o c a tan b r i l l a n t e testimonio."

H a s t a aquí el c é l e b r e a u t o r c i t a d o , e n el p á r r a f o XX
d e l p r e f a c i o á su libro titulado: El fruto de mis lecturas.
A h o r a d i g o : si un j o v e n v o l u p t u o s o , ó u n v i e j o a p e l m a z a - C A P I T U L O I.
d o c o n los vicios ve estos m i s m o s r e p r e n d i d o s , y las vir-
t u d e s c o n t r a r i a s e l o g i a d a s , n o e n b o c a d e los A n a c o r e t a s C o m i e n z a P e r i q u i l l o e s c r i b i e n d o el m o t i v o q u e t u v o para d e j a r á sus lu-
j o s estos c u a d e r n o s , y da r a z ó n de s u s p a d r e s , p a t r i a , n a c i m i e n t o y d e m á s
y P a d r e s d e l Y e r m o , sino e n l a d e unos h o m b r e s sin reli-
o c u r r e n c i a s de s u i n f a n c i a .
g i ó n p e r f e c t a , sin virtud s ó l i d a , y sin la luz del E v a n g e l i o ,
¿no e s p r e c i s o q u e f o r m e un c o n c e p t o m u y ventajoso de OSTRADO en una cama muchos meses hace, batallando
las v i r t u d e s morales? ¿no es c r e i b l e que se a v e r g ü e n c e al con los médicos y enfermedades, y esperando con re-
v e r r e p r e n d i d o s y r i d i c u l i z a d o s sus vicios, no y a por los signación el dia en que, cumplido el órden de la divina Provi
P a b l o s , C r i s ó s t o m o s , A g u s t i n o s ni d e m á s p a d r e s ni d o c t o - dencia háyais de cerrar mis ojos, queridos hijos míos, he pen-
res d e la iglesia, sino por los H o r a c i o s , J u v e n a l e s , S é n e - sado dejaros escritos los nada raros sucesos de mi vida, para
c a s , P l u t a r c o s y otros c i e g o s s e m e j a n t e s d e l p a g a n i s m o ? que os sepáis guardar y precaver de muchos de los peligros
Y el a m o r á la s a n a m o r a l , ó el a b o r r e c i m i e n t o al vicio que amenazan, y aun lastiman al hombre en el discurso de-
que p r o d u z c a el t e s t i m o n i o d e los a u t o r e s g e n t i l e s , ¿no sús días.
debe ser de un Ínteres r e c o m e n d a b l e , así p a r a los lecto- D e s e o que en esta lectura aprendáis á desechar muchos
res c o m o p a r a la misma s o c i e d a d ? A mí á lo m e n o s así errores que notareis admitidos por mí y por otros, y que pro-

m e jo p a r e c e , y por tanto no he q u e r i d o omitir Ia£ autori- venidos con mis lecciones, 110 os espongaís á sufrir los malos

d a d e s de que h a b l a m o s . tratamientos que y o he sufrido por mi culpa; satisfechos de


que mejor es aprovechar el desengaño en las c a b e z a s agen-as la guerra y soldados fanfarrones y hazañeros, ni á los ricos
que en la propia. avaros, necios, soberbios y tiranos' de los hombres, ni á l o s po-
O s suplico encarecidamente que no os escandalicéis con bres que lo son por flojera, inutilidad ó mala conducta, ni á
los estravíoá de mi mocedad, que os contaré sin rebozo, y con los mendigos fingidos; ni los prestéis tampoco á las mucha-
bastante confusion; pues mi deseo es instruiros y alejaros de chas que se alquilan, ni á las mozas que se corren, ni á las
los escollos donde tantas veces se estrelló mi juventud, y á viejas que s e afeitan, n i . . . . pero va larga esta lista. Basta
cuyo mismo peligro quedáis espuestos. deciros, que no los presteis ni por un minuto á ninguno de
N o creáis que la lectura de mi vida os será demasiado fas- cuantos advirtiereis que les tocan las generales en lo que le-
tidiosa, pues como yo sé bien que la variedad deleita el enten- yeren; pues sin embargo de lo que asiento en mi prólogo, al
dimiento, procuraré evitar aquella monotonía ó igualdad de es- momento que vean sus interiores retratados por mi pluma, y
tilo, que regularmente enfada á los lectores. Así es, que al punto que lean alguna opinion, que para ellos sea nueva ó
unas veces me advertiréis tan serio y sentencioso como no conforme con sus estrSVíadas^ó depravadas ideas, á ese
un Catón; y otras tan trivial y bufón como un Bertoldo. Ya mismo instante me calificarán de un necio, harán que se es-
leeréis en mis discursos, retazos de erudición y rasgos de elo- candalizan de mis discursos, y aun habrá quien pretenda quizá
cuencia; y y a vereis seguido un estilo popular mezclado con que soy herege, y tratará de delatarme por tal, aunque y a este
los refranes y paparruchadas del vulgo. convertido en polvo. ¡Tanta es la fuerza de la malicia, de la

T a m b i é n os prometo, que todo esto será sin afectación ni preocupación ó la ignorancia!

pedantismo; sino según-me ocurra á la memoria, de donde pa- P o r tanto, ó leed para vosotros solos mis cuadernos, ó en
sará luego al pape!, cuyo método me parece el mas análogo caso de prestarlos sea únicamente á los verdaderos hombres
con nuestra natural veleidad. de bien, pues estos, aunque como frágiles yerren ó h a y a n
Ultimamente, os mando y encargo, que estos cuadernos no errado, conocerán el peso de la verdad sin darse por agravia-
salgan de vuestras manos, porque no se hagan el objeto de la dos, advirtiendo que no hablo con ninguno determinadamente,
maledicencia de los necios ó de los inmorales; pero si teneis sino con todos los que traspasan los límites de la justicia; mas
la debilidad de prestarlos alguna vez, os suplico no los pres- á los primeros (si al fin leyeren mi obra) cuando se incomo-
téis á esos señores, ni á las viejas hipócritas, ni á los curas den ó se burlen de ella, podréis decirles, con satisfacción de
interesables, y que saben hacer negocio con sus feligreses vi- que quedarán corridos: „¿de qué te alteras? ¿qué mofas, si con
vos y muertos, ni á los médicos y abogados chapuceros, ni á distinto nombre de tí habla la vida de este hombre des-
los escribanos, agentes, relatores y procuradores ladrones, ni reglado?" *
á los comerciantes usureros, ni á los albaceas herederos, ni á Hijos, míos: después de mí muerte leereis por primera v e z
los padres y madres indolentes en la educación de su familia, estos escritos. Dirigid entonces vuestros votos por mí al tro-
ni á las beatas necias y supersticiosas, ni á los j u e c e s venales,
ni á los corchetes picaros, ni á los alcaides tiranos, ni á los
£
poetas y escritores remendones como yo, ni á los oficiales de /'Quid rides? m u t a t o n o m i n e , de
i c tabella narraíiir.
110 de las misericordias: escarmentad cu mis locuras: no os
(lejeis seducir por las falsedades de los hombres: aprended las
máximas que os enseño, acordándoos que las aprendí á costa
de muy dolorosas esperiencias: jamás alabéis mi obra, pues ha
tenido mas parte en ella el deseo de aprovecharos; y empapa-
dos en estas consideraciones, comenzad á leer.

MI p a t r i a , p a d r e - , n a c i m i e n t o y p r i m e r a e d u c a c i ó n .

\cí en ?,léxico, capital de la América Septentrional, en


J a N u e v a - E s p a ñ a . Ningunos elogios serian bastantes en
mi boca para dedicarlos á mí cara'-patria; pero, por serlo, ningu-
nos mas sospechosos. L o s que la habitan y los estrángeros
(pie la han visto, pueden hacer su panegírico mas creíble, pues
no tienen el estorbo de la parcialidad, cuyo lente de aumento
puede á veces disfrazar los defectos, ó poner en grande las
ventajas de la patria aun á los mismos naturales; y así, dejan-
do la descripción de M é x i c o para los curiosos imparciales, di-
g o : que nací en esta rica y populosa ciudad por los años de
1 7 7 1 , á 7 3 de unos padres no opulentos, pero no constituidos
eu la miseria: al mismo tiempo que eranlle una limpia sangre, la
hacían lucir y conocer por su virtud. ¡O si Siempre los hijos
siguieran constantemente los buenos ejemplos de. sus padres?

L u e g o que nací, después de las lavadas y demás diligencias


de aquella hora, mis tias, mis abuelas y otras viejas del anti-
guo cuño querían amarrarme las manos, y fajarme 6 liarme
como un cohete, alegando, que si me las dejaban sueltas, es-
taba yo propenso á espantarme, á ser muy manilargo * de
grande, y por último, y como la razón de mas peso y el argu-
mento mas incontrastable, decían, que este era el modo con

* Suele darse á entender c o a esta p a l a b r a , u n a t r e v i d o y dispuesto llbr,


.i dar golpes por motivos ligeros. E. con mucho „^í
que á ellas las habían c riado, y que por tanto, era el mejor y
el (¡ue se debia seguir como mas seguro, sin meterse á dispu-
tar para nada del asunto; porque los viejos eran en todo mas
s'úbios que los del dia, y pues ellos amarraban las manos á sus
hijos, se debia seguir su ejemplo á ojos cerrados.
A seguida, sacaron de un canastito una cincha de listón que
llamaban faja de dijes, guarnecida con manilas de azabache, c\
ojo del venado, colmillo de caimán y otras baratijas de esta cla-
se, dizque para engalanarme con estas reliquias del supersti-
cioso paganismo el mismo dia que se había señalado para que
en boca de mis padrinos fuera y o á profesar la fe y santa reli-
gión de Jesucristo.
¡Yalgame D i o s cuánto tuvo mi padre que batallar con las
preocupaciones de las benditas viejas! ¡Cuánta saliva no g a s -
tó para hacerles ver que era una quimera y un absurdo perni-
cioso el liar y atar las manos á las criaturas! ¡Y qué trabajo
110 le costó persuadir á estas ancianas inocentes á que el aza-
bache, el hueso, la piedra, ni otros amuletos de esta ni nin-
guna clase, 110 tienen virtud alguna contra el aire, rábia, mal
de ojo, y semejantes faramallas!
Así me lo contó su merced muchas v e c e s , como también el
triunfo que logró de todas ellas, que á fuerza ó de grado a c c e -
dieron á no aprisionarme, á 110 adornarme sino con 1111 rosario,
la santa cruz, un relicario y los cuatro evangelios, y luego t e
trató de bautizarme.
¡Mis padres ya habían citado los padrinos, y 110 pobres, sen-
cillamente persuadidos á que en el caso de horfandad me ser-
virían de apoyo.
T e n í a n los pobres viejos menos conocimiento de mundo
que el que y o be adquirido, pues tengo muy profunda espe-
riencia de que los mas do los padrinos 110 saben las obligacio-
nes que contraen respecto do los ahijados, y así creen que ha-
cen mucho con darles medio real cuando los ven, y si sus pa-
6 7

tires mueren, se acuerdan de ellos como si nunca los hubieran ¡Ay hijos! Si os casareis algún dia y tuviereis sucesión,

visto. Bien es verdad, que hay algunos padrinos que cumplen no la encomendéis á los cuidados mercenarios de esta clase

con su obligación exactamente, y aun se anticipan á sus pro. de gentes; lo uno, porque regularmente son abandonadas, y al
menor descuido son causa de que se enfermen los niños; pues
pios padres en protejer y educar á sus ahijados. ¡Gloria eter-
corno no los aman, y solo los alimentan por su mercenario
na á semejantes padrinos!
ínteres, no se guardan de hacer cóleras, de comer mil cosas
E n efecto, los míos ricos me sirvieron tanto c o m o si jamás
que dañan su salud, y de consiguiente la de las criaturas que
me hubieran visto; bastante motivo para que no me vuelva á
se les confian, ni de cometer otros excasos perjudiciales, que
acordar de ellos. Ciertamente que fueron tan mezquinos, in-
no digo por no ofender vuestra modestia; y lo otro, porque
dolentes y mentecatos, que por lo que toca á lo poco ó nada que
es una cosa que escandaliza á la naturaleza que una madre
les debí ni de chico ni de grande, parece que mis padres los
racional haga lo que no hace una burra, una gata, una perra,
fueron á escojer de los mas miserables del hospicio de pobres.
ni ninguna hembra puramente animal y destituida de razón. ^
R e n i e g o de semejantes padrinos, y mas reniego de los pa-
¿Cuál de éstas fia el cuidado de sus hijos á otro bruto, ni
dres que haciendo comercio dtl Sacramento del Bautismo, no
aun al hombre mismo? ¿Y cohombre dotado de razón ha de
solicitan padrinos virtuosos y honrados, sino que posponen és-
atrepellar las leyes de la naturaleza, y abandonar á sus hijos
tos á los compadres ricos ó de rango, 6 ya por el rastrero ¡n--'
en los brazos alquilados de cualquiera india, negra ó blanca,
teres de que les den alguna friolera á la hora del bautismo,
sana ó enferma, de buenas ó depravadas costumbres, puesto
6 y a neciamente confiados en que quizá, pues, por una contin-
que en teniendo leche, de nada mas se informan los padres,
g e n c i a 6 estravagancia del orden ó desorden común, serán
con escándalo de la perra, de la gata, de la burra y de todas
útiles á sus hijos despues de sus dias. Perdonad, pedazos
las madres irracionales?
míos, estas digresiones que rebozan naturalmente de mi plu-
¡Ah! Si estas pobres criaturas de quienes hablo, tuvieran
ma, y no serán muy de tarde en tarde en el discurso de mi
sindéresis, al instante que se vieran las inocentes abandonadas
^bra.
de sus madres, como dirían llenas de dolor y entusiasmo: mü-
Bautizáronme, por fin, y pusiéronme por nombre Pedro,
geres crueles, ¿por qué teneis el descaro y la insolencia de lla-
llevando despues, como es uso', al apellido de mi padre, que
maros madres? ¿conocéis acaso, la alta dignidad de una ma-
era Sarmiento.
dre? ¿sabéis las señales que la caracterizan? ¿habéis atendido
Mi madre era bonita, y mi padre la amaba con estremo: con alguna vez á los afanes que le cuesta á una gallina la conserva-
esto, y con la persuacion de mis discretas tias, s e determinó ción de sus pollitos? ¡Ah! No. Vosotras nos concebísteis
nomine discrepante, * á darme nodriza ó chichigua como acá por apetito, nos paristeis por necesidad, nos llamais hijos por
decimos. costumbre, nos acariciais tal cual v e z por cumplimiento, y nos
abandonais por un demasiado amor propio ó por una execra-
ble lujuria. Sí, nos avergonzamos de decirlo; pero señalad
* E s l a f ó r m u l a u s a d a en l a U n i v e r s i d a d , quiere d e c i r e n castellano:
con verdad, si os atrevéis, la causa porque os s o m o s fastidio-
sin nposicion, unánimemente. E.
ROS. A excepción de un c a s o gravísimo en (pie se Ínteres
vuestra salud, y cuya certidumbre es preciso que la autor» nodrizas comenzaron á debilitar mi salud, y hacerme resabi-
un médico sabio, virtuoso y no forjado á vuestro gusto, decij do, soberbio 6 impertinente con sus desarreglos y descuidos,
nos: ¿os mueven á este abandono otros motivos mas paliad« y mis padres la acabaron de destruir con su prolijo y mal en-
que el de 110 enfermaros y aniquilar vuestra hermosura? tendido cuidado y cariño; porque luego que me quitaron el pe-
Ciertamente no son otros vuestros criminales protestos, m¡. cho, que no costó poco trabajo, se trató de criarme demasiado
drcs crueles, indignas de tan amable nombre; ya conocemos» regalón y delicado; pero siempre sin dirección ni tino.
amor que nos teneis, y a sabemos que nos sufristeis en vucst* E s menester que sepáis, hijos míos, (por si 110 os lo he di-
vientre por la fuerza, y ya nos j u z g a m o s desobligados del ¡,rt cho) que mi padre era de mucho juicio, nada vulgar, y por lo
copio de la gratitud; pues apenas podéis, nos arrojáis en lo, mismo se oponia á todas las candideces de mi madre; pero
brazos de una estraña, cosa que 110 hace el brulo mas atroz. algunas veces, por no decir las mas, flaqueaba en cuanto la
A s í se produjeran estos pobrccillos si tuvieran espeditos lo. veia afligirse ó incomodarse demasiado, y ésta fue la causa
usos de la razón y de la lengua. porque y o me crié entre bien y mal, no solo con perjuicio de

QH£dé, pues, encomendado ai cuidado ó descuido de mi ckt mi educación moral, sino también de mi constitución iisica.

chigua, quien seguramente carecía de buen natural, esto e s , d Bastaba que y o manifestara deseó de alguna cosa, para que

un espíritu bien formado; porque si es cierto que los primo» mi madre hiciera por ponérmela en kttf manos, aunque fuera

alimentos que nos nutren, nos hacen adquirir alguna projiiedac injustamente. Supongamos: quería y o su rosario, el de-

de quien nos los ministra; de suerte que el niño á quien hi dal con que cosía, un dulcesito que otro niño de casa tuviera

criado una cabra no s e r á mucho que salga demasiado travies en la mano, ó cosa semejante, se me había de dar en el ins-

y saltador como se ha visto; si es cierto esto, digo: que EL tante, y cuenta como se me negaba, porque aturdía y o el bar-

primera nodriza era de un genio maldito, según que yo salí dt rio á gritos; y como me enseñaron á darme cuanto gusto que-

mal intencionado, y mucho mas cuando no fué una sola la que ría porque 110 llorara, yo lloraba por cuanto se me antojaba pa-

me dió sus pechos, sino hoy una, mañana otra, pasado niaia- ra que se me diera pronto.

11a otra, y todas, ó las mas, á cual peores: porque la q u e mi Si alguna criada me incomodaba, hacia mi madre que la ca s-
era borracha, era golosa: la que 110 era golosa, estaba gálici tigaba, como para satisfacerme, y esto 110 era otra cosa que
la que no tenia este mal, tenia otro; y la que estaba sana, der- enseñarme á soberbio y vengativo.
repente resultaba en cinta, y esto era por lo que toca á lase» Me daban de comer cuanto quería, indistintamente á todas
fermedades del cuerpo, que por lo que toca á las del espíritu horas, sin órden ni regla cri la cantidad y calidad de los ali-
rara seria la que estaría aliviada. Si las madres advirtieran.» mentos, y con tan bonito método lograron verme dentro de
lo menos, estas resultas de su abandono, quizá no fueran tan pocos meses cursiénto, barrigón y descolorido.
indolentes con sus hijos. Y o , á mas de esto, dormía hasta las quinientas, y cuando me
despertaban, me vestían y envolvían como 1111 tamal de pies á
IS'o solo consiguieron mis padres hacerme un mal genio coa
cabeza; de manera, que seguu me contaron, y o jamás me le-
su abandono, sino también enfermizo con su cuidado. M--'
vantaba de la cama sin Zapatos, ni íalia dt 1 jonuco aiti la ca-
10 11

beztt entrapajada. A mas do esto, aunqua mis padres crao que las criaturas logren ser hombres robustos y útiles por esta
pobres, no tanto que carecieran de proporciones para no tener parte á la sociedad!
sus vidrieritas: teníanlas en eíccto, y y o no era dueño de salir Otra candidez tuvo la pobreeita do mi .madre, y fué llenar-
al corredor ó al balcón sino por un.raro accidente, y csayj me la fantasía de cocos, viejos y macacos, con cuyos estrava-
entrado el día. M e economizaban los baños terriblemente, gantes nombres me intimidaba cuando estaba enojada y y o no
y cuando me bañaban por campanada de vacante, era en la re- quería callar, dormir ó cosa semejante. Esta corruptela me

cámara muy abrigada y con luía agua bien caliente. formó un espíritu cobarde y afeminado, de manera que aun y a
de ocho ó diez años, y o 110 podia oír un ruidito á media noche
D e esta suerte fué mi primera educación física; ¿y qué po-
sin espantarme, ni ver un bulto que no distinguiera, ni un en-
dia resultar de la observancia de tantas preocupaciones juntas,
tierro, ni entrar en un cuarto oscuro, porque lodo me llenaba
sino el criarme demasiado débil y enfermizo! Como jamás,
de pavor; y aunque no creía entonces en el coco, pero sí esta-
(i pocas veces me franqueaban el aire, ni mi cuerpo estaba
ba persuadido de que los muertos se aparecían á los vivos ca-
acostumbrado á recibir sus saludables impresiones, al menor
da rato, que los diablos salían á rasguñarnos y apretamos el
descuido las estrañaba mi naturaleza, y ya á los d./S y tres
pescuezo con la cola cada v e z que estaban para ello, que hu-
años padecía catarros y costipados con frecuencia, lo que me
bia bultos que se nos echaban encima, que andaban las áni-
hizo medio raquítico. ¡Ah! 110 saben las madres el daño.que
mas en penas mendingando nuestros sufragios, y creía otras
hacen á sus hijos con semejante método de vida. Se debe
majaderías de esta clase, mas que los artículos de la fe. ¡Gra-
acostumbrar á los niños á comer lo menos que puedan, y ali- cías á un puñado de viejas necias que ó y a en clase de cria-
mentos de fácil digestión proporcionados á la tierna elastici- das ó de visitas procuraban entretener al niño con cuentos de
dad de sus estómagos: deben familiarizarlos con el aire y (le- sus espantos, visiones y apariciones intolerables! ¡Ah! ¡qué
mas intemperies, hacerlos levantar á una hora regular, andar daño me hicieron estas viejas! ¡de cuántas supersticiones lle-
descalzos, con la cabeza sin pañuelos ni aforros, vestir sin li- naron mi cabeza! ¡Qué concepto tan injurioso formé enton-
gaduras para que sus Huidos corran sin embarazo, dejarlos c e s de la divinidad, y cuán vent ajoso y respetable ácia los
travesear cuanto quieran, y siempre que se pueda al aire fres- diablos y los muertos! Si os casáreis, hijos míos, 110 permi-
co, para (pie se agiliten y robustezcan sus norviccillos, y por táis á los vuestros que se familiaricen con estas viejas supers-
tin, hacerlos bañar con frecuencia, y sí es posible en ai^ua Iris, ticiosas, á quienes y o vea quemadas con todas sus tabulas y
6 cuando 110, tibia ó quebrantada, como diccn. E s incrciblc embelecos en mis dias: ni les permitáis tampoco, las pláticas
el beneficio que resultaría á los niños con este plan de vida- y sociedades con gente idiota, pues lejos de enseñarles algu-
T o d o s los médicos sabios lo encargan, y en México va lo ve- na cosa de provecho, los imbuirán en mil errores y necedades
mos observado por muchos señores de proporciones y des- que se pegan á nuestra imaginación mas que unas garrapatas,
preocupados, y y a notamos cu las c d l e s multitud do niños de pues en la edad pueril aprenden los niños lo bueno y lo malo
ambos sexos vestidos muy sencillamente, con sus cubccitasfu con la mayor tenacidad, y en la adulta, (al v e z 110 bastan ni
aire, y sin mas abrigo en las piernas que el túnico ó pantalón- los libros ni los sábios para desimpresionarlos de aquellos pri-

cito flojo. ¡Quiera Dios que se hug i general esta moda para meros errores con que so nutrió su espíritu.
Do aquí proviene, que todos los dias venios hombres en
quienes respetamos alguna autoridad ó earíírter, y en quienes Finalmente, asi viví en mi casa los seis años primeros que

reconocemos bastante talento y estudio; y sin embargo los vi el mundo. E s decir: viví como un mero animal, sin sa-

notamos caprichosamente adheridos á ciertas vulgaridades ri- ber lo que 1113 importaba saber, y no ignorando mucho de lo

diculas, y lo peor es, que están mas aferrados á ellas que el que me convenía ignorar.

codicioso Creso á sus tesoros; y así suelen morir abrazados L l e g ó por fin el plazo de separarme de casa por algunos
con sus envejecidas ignorancias; siendo esto como natural, ratos, quiero decir: me pusieron en la escuela, y en ella ni lo-
pues como dijo Horacio: la vasija guarda por inveho tiempo gré saber lo que debía, y supe, como siempre, lo que nunca
el olor del primer aroma en que se infurtió cuando nueva. había de haber sabido, y todo esto por la irreflexiva disposi-
ción de mi querida madre; pero los acaecimientos de esta épo-
Mi padre era, como he dicho, un hombre muy juicioso y
ca, os \o-, escribiré en el capítulo siguiente.
muy prudente: siempre se incomodaba con estas beberías: era
demasiadamente opuesto á ellas; pero amaba á mi madre con
estremo, y este e x c e s i v o amor era causa de que por 110 darle C A P I T U L O IX.
pesadumbre, sufriera y tolerara, á su pesar, casi todas sus es-
E n el que Periquillo da razón de su ingreso á la e s c u e l a , los progresos q u e
travagantes ideas, y permitiera, sin mala intención, que rni
hizo c p ella, y otras particularidades que sabrá el que l a s l e y e r e , las oyere
madre y mis tias se conjuraran cu mi daño. ¡Válgame Dios,
leer, ó las preguntare.
y que consentido y mal criado n:e educaron! ¿A mí negarme
lo que pedia, aunque fuera una cesa ilícita en mi edad ó per-
S ^ i z o sus mollinas mi padre, sus pueheritos mi madre, y
niciosa á mi salud? E r a imposible: ¿reñirme por mis primeras
fi^ll y° un monton de alharacas, y berrinches revueltos con
groserías1? D e ningún modo; ¿refrenar los ímpetus primeros de
mil lágrimas y gritos; pero nada valió para que mi padre revo-
mis pasiones? Nunca. T o d o lo contrario. M i s v e r garzos,
cara su decreto. M e encajaron en la escuela mal de nú
mis glotonerías, mis necedades y tedas mis b o l e r a s j asaban
grado.
por gracias propias de la edad, ccñio si la edad primera no
E l maestro era muy hombre do bien; pero no tenia los re-
fuera la mas propia para imprimirnos las ideas de la virtud y
quisitos necesarios para el caso. E n primer lugar era un po-
del honor.
bre, y emprendió este ejercicio por mera necesidad, y sin con-
T o d o s disculpaban mis cstravíos y canonizaban mis toscos sultar su inclinación y habilidad; no era mucho que estuviera
errores con la antigua y mal repetida cantinela de déjelo vsled: disgustado como estaba, y aun avergonzado en el destino.
es niño: es propio de su edad: no sabe lo que hace: ¿cómo ha L o s hombres creen (no sé por qué) que los muchachos por
de comenzar por donde nosotros acabamos? y otras tonteras de serlo, no so entretienen en escuchar sus conversaciones ni las
e s t e j a e 7 , con c u y a s indulgencias se pervertía mas mi madre, comprenden; y fia los en este error, 110 se cuidan de hablar de-
y mi padre tenia q ie ceder á su impertinente cariño. ¡Qué lante do ellos muchas cosas que alguna v e z les salen á la ca-
mal hacen los hombres que se dejan dominar de sus mugeres, ra, y entonces conocen que los niños son muy curiosos, y ob-
especialmente acerca de la crianza ó educación de tus hijos! servalivos,
Do aquí proviene, que todos los días venios hombres en
quienes respetamos alguna autoridad ó carácter, y en quienes Finalmente, asi viví en mi casa los seis años primeros que
reconocemos bastante talento y estudio; y sin embargo los vi el mundo. E s decir: viví como un mero animal, sin sa-
notamos caprichosamente adheridos á ciertas vulgaridades ri- ber lo que 1113 importaba saber, y no ignorando mucho de lo
diculas, y lo peor es, que están mas aferrados á ellas que el que me convcnia ignorar.
codicioso Creso á sus tesoros; y así suelen morir abrazados L l e g ó por fin el plazo de separarme de casa por algunos
con sus envejecidas ignorancias; siendo esto como natural, ratos, quiero decir: me pusieron en la escuela, y en ella ni lo-
pues como dijo Horacio: la vasija guarda por inveho tiempo gré saber lo que debia, y supe, como siempre, lo que nunca
el olor del primer aroma en que se infurtió cuando nueva. había de haber sabido, y todo esto por la irreflexiva disposi-
ción de mi querida madre; poro los acaecimientos de esta épo-
Mi padre era, como he dicho, un hombre muy juicioso y
ca, os \o-, escribiré en el capítulo siguiente.
muy prudente: siempre se incomodaba con estas beberías: era
demasiadamente opuesto á ellas; pero amaba á mi madre con
estremo, y este excesivo amor era causa de que por no darle C A P I T U L O IX.
pesadumbre, sufriera y tolerara, á su pesar, casi todas sus es-
E n el que Periquillo da razón de su ingreso á la e s c u e l a , los progresos q u e
t ra vagan tes ideas, y permitiera, sin mala intención, que rni
hizo c p ella, y otras particularidades que sabrá el que l a s l e y e r e , las oyere
madre y mis tias se conjuraran cu mi daño. ¡Válgame Dios,
leer, ó las preguntare.
y que consentido y mal criado n:e educaron! ¿A mí negarme
lo que pedia, aunque fuera una cesa ilícita en mi edad ó per-
S^izo sus mollinas mi padre, sus pucheritos mi madre, y
niciosa á mi salud? Era imposible: ¿reñirme por mis primeras
fi^ll y° un monton de alharacas, y berrinches revueltos con
groserías1? De ningún modo; ¿refrenar los ímpetus primeros de
mil lágrimas y gritos; pero nada valió para que mi padre revo-
mis pasiones? Nunca. T o d o lo contrario. M i s ver garzos,
cara su decreto. M e encajaron en la escuela mal de nú
mis glotonerías, mis necedades y tedas mis boleras pasaban
grado.
por gracias propias de la edad, ccñio si la edad primera no
E l maestro era muy hombre do bien; poro no tenia los re-
fuera la mas propia para imprimirnos las ideas de la viilud y
quisitos necesarios para el caso. E n primer lugar era un po-
del honor.
bre, y emprendió este ejercicio por mora necesidad, y sin con-
T o d o s disculpaban mis cstravíos y canonizaban mis toscos sultar su inclinación y habilidad; no era mucho que estuviera
errores con la antigua y mal repetida cantinela de déjelo usted: disgustado coino estaba, y aun avergonzado en el destino.
es niño: es propio de su edad: no sabe lo que hace: ¿cómo lia L o s hombres croen (no sé por qué) que los muchachos por
de comenzar por donde nosotros acabamos? y otras tonteras de serlo, no so entretienen en escuchar sus conversaciones ni las
este j a e 7 , con cuyas indulgencias se pervertía mas mi madre, comprenden; y fia los en este error, no se cuidan de hablar de-
y mi padre tenia q ie ceder á su impertinente cariño. ¡Qué lante do ellos muchas cosas que alguna v e z les salen á la ca-
mal hacen los hombres que se dejan dominar de sus mugeres, ra, y entonces conocen pie los niños son muy curiosos, y ob-
especialmente acerca de la crianza ó educación de tus hijos! servalivos,
14

Y o «ra uno de tantos, y cumplía con mis deberes exactamen- el azote en la mano como cómitre de presidio; así tampoco se
te. Me sentaba mi maestro junto á sí, ya por especial reco- Ies debe levantar del todo. Bueno es que el castigo sea de

mendación de mi padre, 6 y a porque era yo el mas bien trata- tarde en tarde, que sea moderado, que no tenga visos de vengan-
z a , que sea proporcionado al delito, y siempre después de ha-
dito de ropa que había entre sus alumnos.
ber probado todos los medios de la suavidad y la dulzura para
N o sé que tiene un buen estertor que se respeta hasta en los
la enmienda; pero si estos no valen, es muy bueno usar del li-
muchachos. I
vor sesun la edad, la malicia y condicion del niño. N o digo
C o n esta inmediación á su persona no perdía y o palabra de
que los padres y maestros sean unos tiranos, pero tampoco li-
cuantas profería con sus amigos. Una v e z le oi dcc.r plati-
nos apoyos ó consentidores de sus hijos ó encargados. Platón
cando con uno de ellos: «solo l a maldita pobreza .no puedo
decía, que no siempre se han de refrenar las pasiones de los ni-
"haber metido á escuelero; y a no tengo vida con tanto mucha-
ños con la severidad, ni siempre se han de acostumbrar á los mi-
«cho condenado: ¡qué traviesos que son y qué tontos! por mas
mos y caricias. *
- q u e hago, no puedo ver uno aprovechado. ¡Ah Jucha en el
L a prudencia consiste cu poner medio entre los estremos.
- o f i c i o tan maldito! ¡Sobre que ser maestro de escuela es l a
Por otra parte, mi maestro carecía de toda la habilidad que
" ú l t i m a droga que nos puede hacer el diablo?". • . . As, se pro-
se requiere para desempeñar este título. Sabia leer y escri-
ducia mi buen maestro, y por sus palabras conoceré.s el c u .
bir, cuando mas, para entender y darse á entender; pero no pa-
dor de su corazon, su poco talento y el concepto tan vil que
ra enseñar. N o lodos los que leen saben leer. H a y muchos
tenia formado de un ejercicio tan noble y recomendable por
modos de leer, según los estilos de las escrituras. N o se han
sí mismo, pues el enseñar y dirigir la juventud es un cargo de
de leerlas oraciones de Cicerón como los anales de Tácito, ni
muy alta dignidad, y por eso los reyes y los gobiernos han col-
el panegírico de Plinio como las comedias de M o r e l o . Quie-
mudo de honores y privilegios á los sabios profesores; pero m.
ro decir, que el que lee debe saber distinguir los estilos en que
pobre maestro ignoraba todo esto, y así no era mucho que for. s e escribe, para animar con su tono l a lectura, y entóneos ma-
mará tan vil concepto, de una tan honrada profesión. nifestará que entiende lo que lee, y que sabe leer.
E n segundo lugar, carecía como dije, de disposición para
Muchos creen que leer bien consiste en leer aprisa, y con
ella, ó d o l o que se dice génio. T e n i a un corazon muy senst-
tal método hablan mil disparates. Otros piensan (y son los mas)
ble, le era repugnante el afligir á nadie, y este suave carácter
que en leyendo conforme á la ortografía con que se escribe,
lo hacia ser demasiado indulgente con sus discípulos. Rara
quedan perfectamente. Otros leen así, pero escuchándose y
v e z les reñía con aspereza, y m a s rara los castigaba. L |
con tal pausa, que molestan á los que los atienden. Otros por
palmeta y disciplina tcnian poco que hacer por su dictamen;
fin, leen todo género de escritos con mucha afectación, pero
con esto los muchachos estaban en sus glorias, y y o entre ellos,
con cierta monotonía ó igualdad de tono que fastidia. Estos
porque hacíamos lo que se nos antojaba impunemente.
son los modos mas comunes de leer, y vosotros iréis esperimen-
Y a ustedes verán, hijos míos, «pie este hombre, aunque bue-
no de por sí, era malísimo para maestro y padre de familias;
pues así como no so dube andar todo el día sobre los niños c o n /,./•. T'II i'c legibus.
1G 17

tando mi verdad, y veréis que no s o r . L s buenos lectores tan do lo peor que solo hubieran resultado disparates ridículos de
comunes como parece. su maldita puntuación; 'pero algunas veces salian unas blasfe-
Cuando oyereis á uno que lee un sermón como quien predi, mias escandalosas.
en, una historia como quien refiere, una comedia como quien T e n i a una hermosa imágen do la Concepción, y lo puso al
representa, & c . , do suerte que si cerráis los ojos os parece que pie una redondilla que desde luego debia decir así:
estáis oyendo á un orador en el pulpito, á un individuo en un
Pues del Padre celestial
estrado, á un cómico en un teatro, decid: este sí lee bien;
Fué María la Hija querida,
mas si escucháis á uno que lee con sonsonete, ó mascándolas
¿No habia de ser concebida
palabras, ó atrepellando los renglones, ó con una misma mo-
Sin pecado original?
dulación do voz; de manera que lo mismo lea las noches de
Young que el lodo fiel cristiano del catecismo, decid sin el me- Pero el infeliz hombre erró de medio á medio la colocacion
nor escrúpulo, Fulano no sabe leer, como lo digo ahora de mi de los caracteres ortográficos, según que lo tenia de costumbre,
primer maestro. Y a so ve, era do los que deletreaban c, á ca: y escribió un desatino endemoniado y digno de una mordaza, si
c, e, que: c , i, qui, & c . , ¿quó se podia esperar? lo hubiera hecho con l a mas leve advertencia, porque puso

Y si esto era por lo tocante á leer, por lo que respecta ¡i es-


¿Pues del Padre celestial
cribir, ¿qué tal seria? tantito peor, y no podía ser de otra suer-
Fué María la Hija querida?
te; porque sobre cimientos falsos no se levantan j a m á s fábricas
No, habia de ser concebida
firmes.
Sin pecado original.
E s verdad que tenia su tintura en aquella parte de la escri-
tura que se llama calografía; porque sabia lo que eran trazos, Y a ven ustedes qué espuesto está á escribir mil desatinos el
finales, perfiles, distancias, proporciones», & c . , en una palabra, que carece de instrucción en la ortografía, y cuan necesario es
pintaba muy bonitas letras; pero en esto de orlogrofia no había que en este punto no os descuidéis con vuestros hijos.
n ula. E l adornaba sus escritos con puntos, comas, interroga- E s una lástima la poca aplicación que se nota sobre este ra-
ciones y demás señales de éstas; mas sin orden, método, ni ins- mo en nuestro reino. N o se ven sino mil groseros barbarismo3
trucción; con esto salían algunas cosas suyas tan ridiculas, que todos los dias escritos públicamente en las velerías, chocola-
m j o r le hubiera sido ¡10 haberlas puesto ni una coma. E l que terías, estanquillos, papeles de las esquinas, y aun en el cartel
somete á hacer lo que no entiende, acertará una vez, como el del coliseo. E s corriente ver una mayúscula entremetida en
barro que tocó la flauta por casualidad; pero las mas ocasiones la mitad de un nombre ó verbo, unas letras por otras & c . C o -
echará á perder todo lo que haga, como lo sucedía á mi maes- mo (v. g r . ) ChocolaTería famosa. Rial estanquiyo de puros y
tro en ese particular, que donde había de poner dos puntos po- cigaros. El Barbero de Cebilla. La Horgullosa. El Sebe-
nía coma; en donde ésta tenia lugar, la omitía; y donde debia ro Dictador, y otras impropiedades de este tamaño, que no so-
poner dos puntos, solía poner punto finak razón clara para co- lo manifiestan de á legua la ignorancia de los escribientes, si-
nocer desde luego que erraba cuanto escribía; y no hubiera si- no lo abandonado de la policía de la capital en esta parte.
TOSÍ. 1. 2
19
¿Que juicio tan mezquino formará un estrangero de nucst»
ilustración cuando vea semejantes despilfarras escritos y con. bilí N a d a seguramente. Un año estuve en su compañía, y
sentidos públicamente, no y a en un pueblo, sino nada méooi en él supe leer de corrido, según decía mi Cándido preceptor,
que en M é x i c o , en la capital de las Indias Septentrionales,» aunque yo leía basta galopado; porque como él no reparaba
á vista y paciencia de tanta respetable autoridad, y de un nú- en niñerías de enseñarnos á leer con puntuación, saltábamos
mero de sábios tan acreditados en todas facultades? ¿Qué hi nosotros los puntos, paréntesis, admiraciones y demás cositas
de decir, ni qué concepto ha de formar, sino de que el comua do estas con mas ligereza que un gato; y esto nos celebraban
del pueblo (y eso si piensa con equidad) es de lo mas vulgar c mi maestro y otros sus iguales.
ignorante, y que está enteramente desatendido el cuidado desu También olvidé en pocos días aquellas tales cuales máximas
ilustración por aquellos á quienes está confiada? de buena crianza que mi padre me habia enseñado en medio
del consentimiento de mi madre; pero en cambio de lo poco
Seria de desear que n o se permitiera escribir estos públicos»
que olvidé, aprendí otras cosillas de gusto, como (v. g . ) ser
barbaríamos que contribuyen no poco á desacreditarnos. +
desvergonzado, mal criado, pleitista, tracalero, hablador y ju-
I'ues aun no es esto todo lo malo que hay en el particular,
gndorcillo.
porque es una lástima ver que este defecto de ortografía se es-
L a tal escuela era, á mas de pobre, mal dirigida: con esto so-
tiende á muchas personas de fina educación, de talentos 110 vul-
lo la cursaban los muchachos ordinarios, con cuya compañía
gares, y que tal v e z han pasado su juventud en los colegios )
y ejemplo, ayudado del abandono de mi maestro y de mi bue-
universidades, de manera que no e s muy raro oir un bello dis-
na disposición para lo malo, salí aprovechadísimo en las gra-
curso á un orador, y notar en este mismo discurso escrito por
cias que os he dicho. Una de ellas fue el acostumbrarme á
su mano, sesenta mil defectos ortográficos; y á mí me parece
poner malos nombres, no solo á los muchachos mis condiscí-
que esta falta se debe atribuir á los maestros de primeras le-
pulos, sino á cuantos conocidos tenia por mi barrio, sin excep-
tras, que ó miran este punto tan principal de la escritura como
tuar á los viejos mas respetables. ¡Costumbre ó corruptela
mera curiosidad, ó c o m o requisito no necesario, y por eso se*
indigna de toda gente bien t.acida! pero vicio casi generalmen-
descuidan de ensenarlo á sus discípulos, ó enteramente lo ig-
te introducido en las mas escuelas, en los colegios, cuarteles
noran, como mi maestro, y así no lo pueden enseñar.
y otras casas de comunidad; y vicio tan común en los pueblos, ,
Y a ustedes verán ¿qué aprendería yo con un maestro tan há- que nadie s e libra de llevar su mal nombre á retaguardia. En
mi escuela se nos olvidaban nuestros nombres propios por lla-
J E» todas partes se lia quejado el buen g u s t o de los insultos que le marnos con los injuriosos que nos poníamos. Uno se conocía
ha h e c h o la barbarie. H a b l a n d o sobre esto mismo D . A n t o n i o Ponz, cu
por el tuerto, otro por el corcobado, este por el lagañoso, aquel
s u s v i a g e s fuera de E s p a ñ a , con relación á i g u a l e s barbarismos que notó
por el roto. Quien habia que entendía muy bien por loco, quien
p ú b l i c a m e n t e escritos en su pátria, celebra la policía de m u c h a s ciudades de
por burro, quien por guajolote, y así todos.
E u r o p a , en l a s qnc v i ó escritos los rótulos públicos c o n la m a y o r exac-
titud ortográfica y curiosidad calográfica; proponiendo á sus paisanos es- Entre tantos padrinos no me podía y o quedar sin mi pronom-
tos modelos de ilustración, con el deseo de que los imitaran, que es elini-'- bre. T e n i a cuando fui á la escuela una chupíta verde y cal-
m o que n o s a n i m a á la presente. zón amarillo. E s t o s colores, y el llamarme mi maestro al-
20 21
gimas veces por cariño Pe.Arillo, facilitaron ¡i mis amigos rni dice que será reo del fuego eterno el que le dijere á su hermano "
mal nombre, que fué Periquillo; pero me faltaba un adjetivo Ionio ó fatuo.
que me distinguiera de otro Perico que habia entre nosotros, y Y si aun con los iguales debemos abstenernos de este vicio,
este adjetivo ó apellido no tardé en lograrlo. Contraje una ¿qué será respecto á nuestros mayores en edad, saber y gobier-
enfermedad de sarna, y apénas lo advirtieron, cuando acordán- no? y á pesar de esto ¿cuáles el superior, sea de la clase ó ca-
dose de mi legítimo apellido me encajaron el retumbante título- rácter que sea, que no tenga su mal nombre en la comunidad
de Sarniento, y heme aquí y a conocido no solo en la escuela ó en el pueblo que gobierna? Pues este es un osado atrevi-
ni de muchacho, sino y a hombre y en todas partes, por Peri- miento, porque debemos respetarlos en lo público y en lo pri-

quillo Sarniento. vado.

Entónces no se me dió cuidado, contentándome con corres- Solo el ser viejo y a es un motivo que debe ejercitar nuestro
ponder á mis nombradores con cuantos apodos podia; pero respeto. L a s canas revisten á sus dueños de cierta autoridad
cuando en el discurso de mi vida eché de ver qué cosa tan sobre los mozos. T a n conocida ha sido esta verdad y tan an-

odiosa y tan mal vista es tener un mal nombre, me daba á Bar- tigua, que y a en el Levítico se lee: reverencia la persona del

rabás, reprochaba este vicio y llenaba de maldiciones á los mu- anciano, y levántate á la presencia de los que tienen canas.

chachos; mas y a era tarde. A u n á los mismos paganos no se ocultó la justicia de este
respeto. Juvenal nos dice que hubo tiempo en que se tenia
Sin embargo, no dejarán de aprovecharos estas lecciones pa-
por un crimen digno de muerte, que no se levantara un joven á
ra que á vuestros hijos jamás les permitáis poner nombres: ad-
la presencia de un viejo, ó un niño á la de un hombre barba-
virtiéndoles, que esta burda manía, cuando ménos, arguye un
do. * Entre los Lacedemonios se mandaba que los niños re-
nacimiento ordinario y una educación muy grosera; y digo cuan-
verenciaran públicamente á los ancianos, y les cedieran el lugar
do ménos, porque si no se hace por mera corruptela y chanzo-
en todas ocasiones.
neta, sino que estos nombres son injuriosos de por sí, ó se di-
cen con ánimo de injuriar, entónces prueban en el que los po- ¿Qué dijeran estos antiguos si vieran hoy á los muchachos

ne ó los dice, una alma baja ó corrompida, y será pecaminosa burlarse de los pobres viejos á merced de su cansada edad?

la tal corruptela, de mas ó ménos gravedad según el espíritu Cuarenta y dos muchachos perecieron en los brazos y dientes

con que se use. de dos osos: ¿y por qué? porque se burlaron del profeta Elíseo
gritándole calvo. ¡O que bueno fuera que siempre hubiera un
Entre los romanos fué costumbre conocerse con sobrenom- par de osos á la mano para que castigaran la insolencia de
bres que denotaban los defectos corporales de quien los tenia: tanto muchacho atrevido y mal criado que crecen entre no-
así se distinguieron los Cocles, los Manos largas, los Cicerones, sotros!
los Nasones y otros; pero lo que entonces fué costumbre adop- N o digo á los viejos, pero ni á los asimplados ó dementes
tada para inmortalizar la memoria de un héroe, hoy es grose-
ría entre nosotros. L a s l e y e s de Castilla imponen graves pe-
nas á los que injurian á otros de palabra, y el mismo Cristo * Sát.xm.
s e debe burlar por ningún caso. El defecto espiritual do es-
tos infelices debe servir para dar gracias al Criador de que EL PERIQUILLO.
nos ha librado de igual fatalidad: debe contener nuestra sober-
bia, haciéndonos reflexionar que mañana ú otro dia podemos
padecer igual trastorno como que s o m o s de la misma masa, y
por último, debe excitar nuestra compasion ácia ellos, porque
el miserable trae en su misma miseria una carta de recomen-
dación de D i o s para sus semejantes. Y e d , pues, y q¡:.é cruel-
dad no será el burlarse de cualquiera do estos pobrecillos, en
v e z de compadecerlos y socorrerlos como debia ser. Apren-
ÍVIVA]
ded todo esto para inspirarlo á vuestros hijos, y no tengáis por
p-oijá
importunas mis digresiones.

Yolviendo á mis adelantamientos en la escuela, digo que


fueron ningunos, y así hubieran sido siempre, si un impensa-
do accidente no me hubiera librado de mi maestro. F u é el
caso: que un dia entró un padre clérigo con un niño á encomen- rí"«'^. i
darlo á su dirección: despues que hubo contestado con él, al i
despedirse observó el versito que os he dicho, lo miró atenta-
mente, sacó un anteojito, lo volvió á leer con él, procuró lim-
piar las interrogaciones y la coma que tenia el no, creyendo
fuesen suciedades de moscas; y cuando se hubo satisfecho de
que eran caracteres muy bien pintados, preguntó: ¿quién es-
cribió esto? A lo que mi buen maestro respondió diciendo que
él mismo lo habia escrito y que aquella era su letra. Indig-
nóse el eclesiástico, y le dijo: y vd. ¿qué quiso decir en esto
que ha escrito? Y o , padre, respondió mi maestro tartamudean-
do, lo que quise decir, es: que M a r í a Santísima fué concebida
en gracia original, porque fué la hija querida de D i o s Padre.
P u e s amigo, repuso el clérigo, vd. eso querría decir; mas aquí
lo que so lee es un disparate escandaloso; pero pues solo es
efecto de su mala ortografía, tome vd. el palo del tintero ó to-
dos sus algodones juntos, y borre ahora mismo y antes que me
vaya este verso perversamente escrito, y si no sabe usar de ios
caracteres ortográficos, no los pinte j a m á s ; pues menos malo
S(;rá que sus cartas y todo lo que escriba lo fie á la discreción
de los lectores, sin gola de puntuación, que no que por hacer
lo que no sabe, escriba injurias ó blasfemias como la pre-
sente.
E l pobre de mi maestro todo corrido y lleno de vergüenza
borró el verso fatal, delante del padre y de nosotros. Luego
que concluyó su tácita retractación, prosiguió el eclesiástico:
me llevo á mi sobrino porque él es un ciego por su edad, y vd.
otro ciego por su ignorancia: y si un ciego es el lazarillo de
otro ciego, y a vd. habrá oido decir que los dos van á dar al pre-
cipicio. Vd. tiene buen corazon y buena conducta; mas estas
cualidades de por sí no bastan para ser buenos padres, buenos
ayos ni buenos maestros de la juventud. S o n necesarios re-
quisitos para desempeñar estos títulos, ciencia, prudencia, vir-
tud y disposición. V d . no tiene mas que virtud, y esta sola lo
hará bueno para mandadero do monjas ó sacristan, no para di-
rector de niños. Con que procure vd. solicitar otro destino,
pues si vuelvo á ver esta escuela abierta, avisaré al maestro ma-
yor para que le recoja á vd. las licencias, si las tiene. A Dios.
Consideren ustedes, ¿cómo quedaría mi maestro con semejante

\ panegírico? L u e g o quo se fué el padre clérigo, se sentó y re-


clinó la cabeza sobre sus brazos, lleno de confusion y guardan-
do un profundo silencio.
E s e dia no hubo planas, ni lección, ni rezo, ni doctrina, ni
cosa que lo valiera. Nosotros participamos de su pesadumbre
ó hicimos el duelo á su tristeza en el modo que pudimos, pues
arrinconamos las planas y los libros, y no osamos levantar la
voz para nada. B i e n es, que por no perder la costumbre, re-
tozamos y charlamos en secreto basta que dieron las doce, á
cuya primera campanada volvió mi maestro en sí: rezó con
nosotros, y luego que nos echó su bendición, nos dijo con un
tono bastante tierno. „ H i j o s míos: v o no trato de proseguir
24 25*

en un destino que lejos de darme que comer, me da disgusto. • donde talla aquella virtud. Mi primer maestro ora nimiamen-
V a habéis visto el lance que me acaba de pasar con esc padre: ' te compasivo y condescendcnte; y el segundo era nimiamente
Dios le perdone el mal rato que me ha dado; pero y o no me severo y escrupuloso. E l uno nos consentía mucho; y el otro
espondré á otro igual, y así no vengáis á la tarde: avisad í» no nos' disimulaba lo mas mínimo. Aquel nos acariciaba sin
vuestros padres que estoy enfermo y y a no abro la escue- recato; y este nos martirizaba sm caridad.
la. Con que hijos, v a y a n norabuena y encomiéndenme á T a l era mi nuevo preceptor, do cuya boca se habia desterra-
Dios." do la risa para siempre, y en c u y o cetrino semi 1 inte so leía
N o dejamos de afligirnos algún tanto, ni dejaron nuestros toda la gravedad de un Areopogita. E r a de aquellos que llevan
ojos de manifestar nuestro pesar, porque en efecto, sentíamos como infalible el cruel y vulgar axioma deque laletra con san-
á mi maestro como que maguer tontos, conocíamos que no po- gre enlra, y bajo este sistema era muy raro el dia que no nos
díamos encontrar maestro mas suave si lo mandábamos hacer atormentaba. L a disciplina, la palmeta, las orejas de burro
do mantequilla ó masapan; pero en fin, nos fuimos. y todos los instrumentos punitorios, estaban en continuo mo-
C a d a muchacho haria en su casa lo que y o en la mía, que vimiento sobre nosotros; y yo, que iba lleno de vicios, sufría
fué contar al pié de la letra todo el pasage; y la resolución do mas que ninguno de mis condiscípulos los rigores del cas-
mi maestro de no volver á abrir la escuela. tigo.
Con esta noticia tuvo mi padre que solicitarme nuevo maca- S i mi primer maestro no era para el caso por indulgente;
tro, y lo halló al cabo de cinco dias. Llevóme á su escuela y éste lo era ménos por tirano: si aquel era bueno para manda-
entregóme bajo su terrible férula. dero de monjas, éste era mejor para cochero ó mandarín do o-
¡Qué instable es la fortuna en esta vida! A p é n a s nos mues- brages.
tra un día su rostro favorable para mirarnos con ceño muchos E s un error muy grosero pensar que el temor puede hacer-
meses. ¡Válgame D i o s , y como conocí esta verdad en la mu- nos adelantar en l a niñez si es excesivo. C o n razón decia Pli-
danza de mi escuela! E n un instante me vi pasar de un pa- nio que el miedo es un maestro muy infiel. P o r milagro accr-
raíso á un infierno, y del poder de un ángel al de un diablo tará en alguna cosa el que l a emprenda prevenido del miedo y
atormentador. E l mundo se me volvió de arriba abajo. del terroi; el ánimo conturbado, decia Cicerón, no es ápropó-

Este mi nuevo maestro era alto, seco, entrecano, bastante sito para desempeñar sus funciones. Así me sucedia, que cuan-
do iba ó me llevaban á la escuela, ya entraba ocupado de un
bilioso é hipocondriaco, hombre de bien á toda prueba, arrogan-
temor imponderable, con esto mi mano trémula y mi lengua
te lector, famoso pendolista, aritmético diestro y muy regular
balbuciente ni podia formar un renglón bueno, ni articular una
estudiante; pero todas estas prendas las deslucía su génio tétri-
palabra en su lugar. Todo lo erraba, no por falta do aplica-
co y duro.
cion, sino por sobra de miedo. A mis yerros seguían los azo-
E r a demasiado eficaz y escrupuloso. T e n i a muy pocos dis-
tes, á los azotes pías miedo, y á mas miedo mas torpeza en mi
cípulos, y á cada uno consideraba como el único objeto de su
mano y en mi lengua, la que me grangeaba mas castigo.
instituto. ¡Bello pensamiento si lo hubiera sabido dirigir con
E n este círculo horroroso do yerros y castigo viví dos meses
prudencia! pero unos pecan por uno y otros por otro cstrcino
27
b 'jo la dominación do aquel sátrapa infernal. E n este
Po » » diligencias no h i z o mi madre, obligada de tos que apunta dicho sabio en esta parte, porque la sala de la

que nn padre me mudara de esencia! ¡qué dis 2 » e nseñanza rebozaba luz, limpieza, curiosidad y alegría.
s
A l primerV golpe de vista, que recibí con el agradable estenor
b;
de la escuela, se rebajó notablemente el pavor con que había
o pcrsuad.de 4 q U C todo c m efüCto dc gu
entrado, y me serené del todo cuando vi pintada la alegría en
no quena en esto condescender con ella, hasta que p o r t r ' t .
los semblantes de los otros niños, de quienes iba á ser com-
. f-6 un día á casa de visita un religioso que va tenia n
pañero.
. P a n que amasaba el señor maestro s u s o d l h o , y of l'
Mi nuevo maestro no era un viejo adusto y saturnino, según
" e n d o s e hablar de sus crueldades,peroró , n ¡ madrc
y o me lo babia figurado; todo lo contrario: era un semijóven
a, " n C 0 ' y atestiguó el religioso con tanta solidez á mi favor
como de treinta y dos á treinta y tres años, de un cuerpo del-
«.«o convencido mi padre, se resolvió á ponerme en otra parte
gado y de regular estatura; vestía decente, al uso del día
como veréis en el capítulo que sigue.
y con mucha limpieza: su cara manifestaba la dulzura de
su corazón: su boca era el depósito de una prudente sonrisa:
sus ojos vivos y penetrantes inspiraban la confianza y el res-
C A P I T U L O III.
peto: en una palabra, este hombre amable parece que había na-

En. el q u e Periquillo describe SU tercera e s c u e l a , y la disputa de sus pa. cido para dirigir la juventud en sus'primeros años.
dres sobre ponerlo á oficio. L u e g o que mi padre y el religioso se retiraron, me llevó mi
maestro al corredor: c o m e n z ó á enseñarme las macetas: á pre-
« L E G Ó el aplazado día en que mi padre acompañado del guntarme por las flores que conocía: á hacerme reflexionar so-
».buen religioso determinó ponerme en la tercera ¿ c u e l a , bre la varia hermosura de sus colores, la suavidad de sus aro-
iba y o cabizbajo, lloroso y lleno de temor, creyendo encontrar- mas, y el artificioso mecanismo con que la naturaleza repartía
¡ M con el segundo tomo del viejo cruel, de cuyo poderme w a - los jugos de la tierra por las ramificaciones de las plantas.

d c S a c a r ' s i " c m l « r g o de que mi padre y el reverendo Después me hizo escuchar el dulce canto de varios pinta-
me ensanchaban el ánimo á cada paso. dos pajarillos que estaban pendientes en sus jaulitas como los
Entramos por fin á la nueva escuela; pero ¡cuál fué mi sor. de la sala, y me decía: ¿ves hijo, qué primores encierra la na-
presa cuando vi lo que no esperaba ni-estaba acostumbrado á turaleza," aun en cuatro y e r b e c i t a s y unos animalitos que aquí
ver. E r a una sala muy espaciosa y oseada, llena de luz y ven- tenemos? P u e s esta naturaleza es l a ministra del D i o s que
tilación, que no embarazaban sus hermosas vidrieras: las pau- creemos y adoramos." L a mayor maravilla d é l a naturaleza
tas y muestras colocadas á trechos, eran sostenidas por unos que te sorprenda, la hizo el Criador con un acto simple de su
genios muy graciosos que en la siniestra mano tenían un tes- suprema voluntad. E s e globo de fuego que está sobre nues-
ton de rosas de la mas l , a l a g ¡ l , ñ u y cw]llisilll |)¡lUllra. V ü tras cabezas, que arde sin consumirse muchos miles de anos
rece sino que mi maestro babia leído al sabio B l a n e l u r d en su hace, que mantiene sus llamas sin saberse con qué pábulo,
escuela dc las costumbres, y quo pret mli.i .-.-alizar los p r o v e e que no solo alegra, sino que da vida a l h o m b r e , al bruto, á la
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b 'jo la dominación do aquel sátrapa infernal. E n este
Po » » diligencias no h i z o mi madre, obligada de tos que apunta dicho sabio en esta parte, porque la sala de la

que m, padre me mudara de escucia! ¡qué d i s ^ t f e nseñanza rebozaba luz, limpieza, curiosidad y alegría.
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A l primer golpe de vista, que recibí con el agradable estertor
" ^ ^ ¡ f f - - pero mi padre
do la escuela, se rebajó notablemente el pavor con que había
o persuad.de á que todo era efecto de su consentimiento t
no quena en esto condescender con ella, hasta que p o r t r ' t . entrado, y me serené del todo cuando vi pintada la alegría en

. f-6 un día á casa de visita un religioso que va tenia n los semblantes de los otros niños, de quienes iba á ser com-
. P 3 " que amasaba el señor maestro susodicho, y of l" pañero.
cmndose hablar de sus c r u e l d a d e s , ^ r o r ó mi madre co ' t a n t Mi nuevo maestro no era un viejo adusto y saturnino, según
ahinco, y a t e s t . g u ó e l religioso con tanta solidez á mi favor y o me lo habia figurado; todo lo contrario: era un semijóven
que convencido mi padre, se resolvió á ponerme en otra parte como de treinta y dos á treinta y tres años, de un cuerpo del-
como veréis en el capítulo que sigue. gado y de regular estatura; vestia decente, al uso del día
y con mucha limpieza: su cara manifestaba la dulzura de
su corazón: su boca era el depósito de una prudente sonrisa:
sus ojos vivos y penetrantes inspiraban la confianza y el res-
CAPITULO III.
peto: en una palabra, esto hombre amable parece que había na-

E l . e l q u e Periquillo describe su tercera e s c u e l a , y la disputa de sus pa. cido para dirigir la juventud en sus'primeros años.
dres sobre ponerlo á oficio. L u e g o que mi padre y el religioso se retiraron, me llevó mi
maestro al corredor: c o m e n z ó á enseñarme las macetas: á pre-
^ tEGÓ el aplazado dia en que mi padre acompañado del guntarme por las flores que conocía: á hacerme reflexionar so-
».buen religioso determinó ponerme en la tercera c h u e l a , bre la varia hermosura de sus colores, la suavidad de sus aro-
iba y o cabizbajo, lloroso y lleno de temor, creyendo encontrar- mas, y el artificioso mecanismo con que la naturaleza repartía
|"o con el segundo tomo del viejo cruel, de cuyo poder me aca- los jugos de la tierra por las ramificaciones de las plantas.
baban de sacar; sin embargo de que mi padre y el reverendo
Después me hizo escuchar el dulce canto de varios pinta-
me ensanchaban el ánimo .1 c a d a paso.
dos pajarillos que estaban pendientes en sus jaulitas como los
Entramos por fui á la nueva escuela; pero ¡cuál fué mi sor. de la sala, y me decía: ¿ves hijo, qué primores encierra la na-
presa cuando vi I 0 q l I e no esperaba ni-estaba acostumbrado á turaleza," aun en cuatro y e r b e c i t a s y unos animalitos que aquí
ver. E r a una sala muy espaciosa y oseada, llena de luz y ven- tenemos? P u e s esta naturaleza es l a ministra del D i o s que
tilacion, que no embarazaban sus hermosas vidrieras: bus pau- creemos y adoramos." L a mayor maravilla d é l a naturaleza
tas y muestras colocadas á trechos, eran sostenidas por unos que te sorprenda, la hizo el Criador con un acto simple de su
genios muy graciosos que en la siniestra mano tenían un fes- suprema voluntad. E s e globo de fuego que está sobre nues-
ton de rosas de la mas halagü eña y exquisita pintura. N o pa- tras cabezas, que arde sin consumirse muchos miles de anos
rece sino que mi maestro había leído al sabio B l a n e l u r d en su hace, que mantiene sus llamas sin saberse con qué pábulo,
escuela de las costumbre, y q „ o prel mli.i r. alizar los p r o v e e que no solo alegra, sino que da vida alho.nbre, al bruto, á la
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planta y á ln piedra: ese srd, hijo mío, esa antorcha del din,
que has visto, pues estáis criados en cunas no ordinarias, te-
ese ojo del cielo, esa alma de la naturaleza que con sus benéfi-
neis buenos padres, que os han dado muy bella educación,
cos resplandores ha deslumhrado á muchos pueblos, grarigéan-
y os han inspirado los mejores sentimientos de virtud, honor
dose adoraciones de deidad, no es otra cosa, para que me en.
y vergüenza, y no creo ni espero que jamas me pongáis en el
tiendas, que un juguete de la soberana Omnipotencia. Consi-
duro caso de usar de tan repugnantes castigos.
dera ahora cual será el poder, la sabiduría y el amor de este
E l azote, hijo mío, se inventó para castigar afrentando al ra.
tu gran Dios, pues CÍO sol que te admira, esos cielos que te
cional, y para avivar la pereza del bruto que carece de razón;
alegran, estos pajarillos que te divierten, estas flores que te
pero no para el niño decente y de/vergüenza que sabe lo que
halagan, este hombre que te enseña, y todo cuanto te rodea en
le importa hacer, y lo que nunca debo ejecutar, no amedrenta-
la naturaleza, salió de sus divinas manos sin el menor trabajo,
do por el rigor del castigo, sino obligado por la persuacion de
con toda perfección y destinado á tu servicio. Y qué ¿tú serás
la doctrina y el convencimiento de su propio interés.
tan para poco que no lo conozcas? O y a que lo conozcas ¿se-
A u n los irracionales se docilitan y aprenden con solo la con-
rás tan indigno que no agradezcas tantos favores al Dios que
tinuación de l a enseñanza, sin necesidad do castigo. ¿Cuántos
te los ha hecho sin merecerlos? Yo no lo puedo creer de tí.
azotes te parece que les habré dado á estos inocentes pajaritos
P u e s mira: el mejor modo de mostrarse agradecida una perso-
para hacerlos trinar como los oyes? Y a supondrás que ni uno;
na á su bienhechor, es servirlo en cuanto pueda, no darle nin-
porque ni soy capaz de usar tal tiranía, ni los animalitos son
gún disgusto y hacer.cuanto le mande. Esto debes practicar
bastantes á resistirla. M i empeño en enseñarlos y su aplica-
con tu D i o s , pues es tan bueno. E l te manda que lo ames y
ción en aprender los han acostumbrado á gorgear en el órden
que observes sus mandamientos. E n el cuarto de ellos te or-
que los oyes.
dena que obedezcas y respetes á tus padres, y despues de ellos
á tus superiores, entre los que tienen un lugar muy distingui- C o n que si unas avecitas no necesitan azote para aprender,

do tus maestros. Ahora me toca serlo tuyo, y á tí te toca o- un niño como tú, ¿cómo lo habrá m e n e s t e r ? . . . ¡ J e s ú s ! . . . ni

bedecerme como buen discípulo. Y o te debo amar como hijo pensarlo. ¿Qué dices? ¿me engaño? ¿me amarás? ¿harás lo que

y enseñarte con dulzura, y tú debes amarme, respetarme y o- te mande?—Sí Señor, le dije, todo enternecido, y le besé la

bedecerme lo mismo que á tu padre. mano, enamorado de su dulce genio. E l entónces me abrazó,
me llevó á su recámara, mo dió unos bizcochítos, me sentó en
N o me tengas miedo, que no soy tu verdugo: trátame con mi- su cama, y me dijo que me estuviera allí.
ramienlo; pero al mismo tiempo con confianza, considerándo- E s increíble lo que domina el corazon humano un carácter
me como padre y como amigo. dulce y afable, y mas en un superior. E l de mi maestro me
A c á hay disciplinas, y de alambre, quo arrancan los peda- docilitó tanto con su primera lección, que siempre lo quise y
/.os: hay palmetas, orejas de burro, cormas, grillos y mil cosas veneré entrañablemente, y por lo mismo lo obedecía con gusto.
feas; pero no las verás muy fácilmente, porque están encerra- Dieron las doce, me llamó mi maestro á la escuela para que
das en una cobacha. Esos instrumentos horrorosos quo anun- las rezara con los niños: acabamos y luego nos permitió estar
cian el dolor y la infamia, no se hicieron para tí ni esos niños saltando y enredando todos en buena compañía; pero á su vista,
* l£!É2
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con cuyo respeto eran nuestros juegos inocentes. Entre tan- ejemplo que es la pauta sobre que los niños dirigen sus a c c i o -
to fueron llegando los criados y criadas por sus respectivos ni- nes casi siempre.
ños, hasta que llegó l a de mi casa y me llevó; pero advertí que A s í . q u e , cuando tengáis hijos, cuidad no solo de instruirlos
mi maestro le volvió el libro que yo tenia para leer, y le dió con buenos consejos, sino de animarlos con buenos ejem-
una esquelita para mi padre, la que se reducía Íí decirle que plos. L o s niños son los monos de los viejos; pero unos mo-
llevara y o primeramente los compendios de Fleuri ó Pintón, y nos muy vivos: cuanto ven hacer á sus mayores, lo imitan al

cuando y a estuviera bien instruido en aquellos principios, se- momento, y por desgracia imitan mejor y mas pronto lo malo

ria útil ponerme en l a s manos el Hombre feliz, los Niños céle- que lo bueno. S i el niño os ve rezar, él también rezará; pero

bres, las Recreaciones del hombre sensible, ú otras obritas seme- las mas veces con tedio y durmiéndose. N o así si os oye ha-
blar palabras torpes é injuriosas: si os advierte iracundos, ven-
jantes; pero que nunca convenía que y o leyera Soledades de la
gativos, lascivos, ébrios ó jugadores; porque esto lo aprenderá
vida, las novelas de Sayas, Guerras civiles de Granada, la his-
vivamente, advertirá en ello cierta complacencia, y el deseo
toria de Cario Magno y doce pares, ni otras boberas de estas,
de satisfacer enteramente sus pasiones, lo hará imitar con
que lejos de formar, cooperan á corromper el espíritu de los ni-
la mayor prolijidad vuestros desarreglos; y entóneos voso-
ños, ó disponiendo su corazon á l a lubricidad, ó llenando su ca-
tros no tendréis cara para reprenderlos; pues ellos os podrán
beza de fábulas, valentías y patrañas ridiculas.
decir: esto nos habéis enseñado: vosotros habéis sido nuestros
M i padre lo hizo según quería mi maestro, y con tanto mas
maestros, y nada hacemos que no hayamos aprendido de voso-
gusto cuanto que conocía que no era nada vulgar.
tros mismos.
D o s años estuve en compañía de este hombre amable, y al
cabo de ellos salí medianamente aprovechado en los rudimen- Los cangrejos son unos animalitos quoandan de lado; pues
como advirtiesen esta deformidad algunos cangrejos civilizados,
tos de leer, escribir y contar. Mi padre me hizo un vestidito
trataron de que se corrigiera este defecto; pero un cangrejo ma-
decente el dia que tuve mi examen público. Se esforzó para
chucho dij»: señores, es un 1 torpeza pretender que en noso-
darle una buena gala á mi maestro, y en efecto la tnerecia de-
tros se corrija un vicio que ha crecido con la edad. L o seguro
masiado. L e dió las debidas gracias, y yo también con mu-
es instruir á nuestra juventud en el modo de andar derechos,
chos abrazos, y nos despedimos.
para que enmendando ellos este despilfarro, enseñen después á
A c a s o os habrá bocho fuerza, hijos míos, que habiendo yo
sus hijos y se logro desterrar para siempre de nuestra posteri-
sido do tan mal natural por mi educación física y moral sin
dad este maldito modo de andar. Todos los cangrejos neminc
culpa, sino por un excesivo amor de mi madre, y habiéndome
discrepante ^ celebraron el arbitrio. Encargóse .su ejecución
corrompido mas con el perverso ejemplo de los muchachos de
á los cangrejos padres, y estos con muy buenas razones per-
mi primera escuela, hubiera transformádome en un instan-
suadían á sus hijos á andar derechos; pero los cangrejitos de-
te de malo en regular, (porque bueno jamás lo he sido) bajo la cían, ¿á ver cómo, padres1 Aquí era ello. S e ponían á andar
dirección de mi verdadero maestro; pero 110 lo estruñéis porque
tanto así puede la buena educación reglada por un talento su-
perior y una prudencia vigilante, y lo que os mas, por el buen ; Do conuin a c u e r d o .
los cangrejos y andaban do lado, contra t o l l o s los preceptos que
T e debe contener aun cuando no habla,
les acababan de dar con la boca. L o s c a n g r e j i l l o s , como que es
P u e s tu eres su censor, y tus enojos,
natural, hacían lo que veían y 110 lo que o í a n , y de este modo
P o r tus ejemplos moverá mañana.
se quedaron andando como siempre. E s t a es una fábula res.
(Y has de advertir que tu hijo en las costumbre»
pecto íi los cangrejos; mas respecto á los hombres es una ver.
Se te ha de parecer como en la cara.)
dad evidente: porque como dice S é n e c a , se hace largo y dijicil
Cuando él cometa crímenes horribles
el camino que conduce á la virtud por los p receptos; breve y efi.
N o perdiendo de vista tus pisadas,
caz por el ejemplo.
T ú querrás corregirlo y castigarlo,
Así, hijos míos, debeis manejaros delanfee de los vuestros con Y llenarás el barrio de alaracas.
la mayor circunspección, de modo que j a m á s vean el mal, aun- A u n mas harás, si tienes facultades,
que lo cometáis alguna v e z por vuestra m i s e r i a . Y o , á la ver- L o desheredarás lleno de saña;
dad, si habéis de ser malos (lo que Dios n o permita) mas os ¿Pero con qué justicia en ese caso
quisiera hipócritas que escandalosos d e l a n t e de mis nietos, pues L a libertad de padre le alegaras
menos daño recibirán de ver virtudes fingidas, que de aprender Cuando tú que eres viejo á su presencia
vicios descarados. N o digo que la h i p o c r e s í a sea buena ni per- T u s mayores maldades no recatas?
donable; pero del mal el menos.
N o solo los cristianos sabemos que n o s obliga este buen Después que pasaron unos cuantos dias que me dieron en
ejemplo que se debe dar á los hijos. L o s mismos paganos co- mi casa de asueto y como de gala, se trató de darme destino.
nocieron esta verdad. Entre otros es d i g n o de notarse Juve- M i padre, que como os he dicho, era un hombre prudente y
nal cuando dice en la Sátira X I V lo que o s traduciré al caste- miraba las cosas mas allá de la cáscara, considerando que y a
llano dé este modo. era viejo y pobre, quería ponerme á oficio; porque decia que
en todo caso mas valia que fuera y o mal oficial que buen vaga-
N a d a indigno del oido ó de l a vista
mundo; mas apenas comunicó su intención con mi madre, cuan-
E l niño observe en vuestra p r o p i a casa. do. . . . ¡Jesús de mi alma! ¡qué aspavientos y qué estremos no
D e la doncella tierna esté m u y lejos hiz> la santa Señora? Me quería mucho, es verdad; pero" su
L a seducción que l a haga no s e r casta, amor estaba mal ordenado. E r a muy buena y arreglada; mas
Y no escuche j a m á s la voz m e l o s a estaba llena de vulgaridades. D e c i a á mi padre: ¿mi hijo á
D e aquel que se desvela en arruinarla. oficio? no lo permita Dios. ¿Qué dijera la gente al ver al hi-
Gran reverencia al niño se le debe, j o de D. M a n u e l Sarmiento, aprendiendo á sastre, pintor, pla-
Y si á hacer un delito te preparas, tero ú otrajeosa? Qué ha de decir, respondia mi padre; que D .
N o desprecies sus años por s e r poco?, M a n u e l Sarmiento es un hombre decente, pero pobre, y muy
Q u e la malicia en muchos se adelanta; hombre de bien, y no teniendo caudal que dejarle á su hijo,
Antes si quieres delinquir, tu n i ñ o quiere proporcionarle algún arbitrio útil y honesto para que so-
licito su subsistencia sin sobrecargar ú la república de un ocio,
lo, permanecen mas pegados que unas sanguijuelas, de suerte
so mas, y este arbitrio no es otro que un oficio. Esto pueden
que á veces es necesario echarlos noramala con toda claridad.
decir y no otra cosa. N o señor, replicaba mi madre todaelec-
Esto sí ine parece malo en un noble; y me parece peor que todo
trizada: si V . quiere dar á P e d r o algún oficio mecánico, ntro.
lo dicho y malísimo en estremo de la maldad imaginable, que
pellando con su nacimiento, y o no, pues aunque pobre, nie
el jóven ocioso, vicioso y pobre ande estafando á este, petar-
acuerdo que por mis venas y por las de mi hijo corre la ilustre
deando á aquel y haciendo á todos las trácalas que puedo, has-
sangre de los Ponces, T a g l e s , P i n t o s , Vélaseos, Zumalacárre. ta quitarse la máscara, dar en ladrón público, y parar en un
guis y Bundiburia. Pero hija, decía mí padre, ¡qué tiene que suplicio ignominioso ó en un presidio. T ú has oído decir va-
ver la sangre ilustre de los P o n c e s , T a g l e s , Pintos, ni de cuan- rias de estas pillerías, y aun has visto algunos cadáveres de es-
tos colores y alcurnias hay e n el mundo, con que tu hijo tos nobles, muertos á manos de verdugos en esta plaza de Mé-
aprenda un oficio para que se m a n t e n g a honradamente, puesto xico. T ú conociste á otro caballeríto noble y muy noble, lii-
que no tiene ningún vínculo que afiance su subsistencí t? j o de una casa solariega, sobrino nada menos que de un pri-
¿Pues qué, instaba mí madre, le parece á V . bueno que un ni. mer ministro y secretario de estado; pero era un hombre vicio-
ño noble sea sastre, pintor, platero, tejedor ó cosa scmopnte? so, abandonado y sin destino: (por calavera) consumó sus ini-
Sí, mi alma, respondía mi padre c o n mucha flema: me parece quidades matando á un pobre maromero en la cuesta del Pla-
bueno y muy bueno, que el niño noble, sí es pobre y no tiene tanillo, camino de Acapulco, por robarle una friolera que ha-
protección, aprenda cualquier oficio, por mecánico que sea, pa- bía adquirido á costa de mil trabajos. C a y ó en manos de la
ra que no ande mendigando su alimento. L o que me parece Acordada, se sentenció á muerte, estuvo en la capilla, lo sacó
malo es, que el niño noble ande sin blanca, roto ó muerto de do ella un virey por respeto del lio, y permanece preso en aque-
hambre por no tener oficio ni beneficio. Me parece malo que lla cárcel ya hace una porcion de años, f lié aquí el triste
para buscar que comer, ande de j u e g o e n j u e g o , mirando donde cuadro que presenta un hombre noble, vicioso y sin deslino.
se arrastra un muerto, f donde dibuja una apuesta, ó logra por Nada perdió el lustre de su casa por el villano proceder do

fiivor una gurupiada. * M e parece mas malo que el niño no. un deudo picaro. Si lo hubieran ahorcado, el lio hubiera que-

ble ande al medio día espiando donde van á comer para echar, dado como quedó en el candelera; porque así como nadie es

se, como dicen, de apóstol, y y o d i g o de gorron ó sinvergüenza, sábio por lo que supo su padre, ni valiente por las hazañas
que hizo; así tampoco nadie se infama ni se envilece por los
porque loa apóstoles solían i r á comer á las c a s a s agenas después
pésimos procederes de sus hijos.
de convidados y rogados, y estos tunos ran sin que los convi-
d :n ni les rueguen; ántes á trueque de llenar el estómago son H e traído á la memoria este caso horrendo, y ¡ojalá no su-
el hazme reír de todos, sufren mil desairea, y después d°a tan- cedieran otros semejantes! para que veas á lo que está espues-
to el noble que fiado en su nobleza no quiere trabajar, aunque
+ A s í s e l l a m a e n los j u e g o s h u r t a r s e u n a parada á sombra del,tesen., sea pobre.
d > de su legítimo dueño.

L l a m a n los j u g a d o r e s ^ « n ^ f é al q u e a y u d a al banquero, monterofce. + S i e n d o virey el c o n d e de R e villa, lo desterró para siempre á las islas
a barajar, pag.ir l a s a p u e . i f n qn • g a n a n , r e c . g e r las que piorden & c . — E , Marianas,
P e r o ¿luego ha de dar en un ojo? decia mi madre, ¿luego ha
de ser Pediito tan atroz y malvado como D . N . R? S í , hijita,
respondía mi padre, estando en el mismo predicamento, lo pro- 1

pió tiene Juan que Pedro: es una cosa muy natural, y el mila-
gro fuera que no sucediera del mismo modo, mediando las pro-
pias circunstancias. ¿Qué privilegio g o z a Pedro para que, su-
puesta su pobreza é inutilidad, no sea también un vicioso y un
ladrón, como Juan, y como tantos Juanes que h a y en el mun-
do? ¿Ni qué firma tenemos del Padre Eterno, que nos asegure
que nuestro hijo ni se empapará en los vicios, ni correrá la
desgraciada suerte de otros sus iguales, mayormente mirándo-
se oprimido de la necesidad, que casi siempre ciega á los honi-
bres y los hace prostituirse á los crímenes mas vergonzosos?

T o d o esto está muy bueno, decia mi madre; ¿pero qué di- I


rán sus parientes al verlo con oficio? N a d a : ¿qué han de de-
cir? Respondía mi padre; lo mas que dirán es: mi primo el sas-
tre, mi sobrino el platero ó lo que sea: ó tal v e z dirán: no te-
nemos parientes sastres & c . ; y acaso no le volverán á hablar;
pero ahora, diine t ú : ¿que le darán sus parientes el dia que lo
vean sin oficio, muerto de hambre y hecho pedazos? Vamos,
y a y o te dije lo que dirían en un caso, dime tú lo que le dirán
en el contrario. Puede, decia mi buena madre, puede que lo
socorran siquiera porque no los desdore. R i e t e de eso, hija,
respondía mi padre; como él no los desplatee, poca fuerza les
hará que los desdore. Los parientes ricos, por lo común, tie-
nen un espediente muy ensayado para librarse de un golpe de
la v e r g ü e n c i l l a que les causan los andrajos de sus parientes
-•A.-
pobres, y éste es negarlos por tales redondamente. Desengá- de o . . , ,
ñate; si Pedro tuviere alguna buena suerte ó hiciere algún do en una
viso en el mundo, no solo lo reconocerán sus verdaderos pa- jor tratan
rientes; sino que se le aparecerán otros mil nuevos, que lo se- nico, y m
rán lo mismo que el Gran turco, y tendrá continuamente ásu pero al s
lado un enjambre de amigos que no lo dejarán mover; pero si partes, q
w

T«npl'
fuere un pobre, como es regular, no contará mas que con el
ELPEUtpVIlLO. peso que adquiera. E s t a es una verdad, pero muy antigua y
muy esperimentada en el mundo: por eso nuestros viejos dije-
ron sábiamente, que no hay mas amigo que Dios, ni mas pa-
riente que un peso. ¿Tú ves ahora que p o s visitan y nos ha-
c e n mil espresiones tu tio el capitan, mi sobrino el cura, las
primas Delgados, la tia Rivera, mamá Manuela y otros? P u e s
es porque ven, que aunque pobres, á D i o s gracias, no nos fal -
ta que comer, y los sirvo en lo que puedo. Por eso nos visi-
tan, por eso } nada mas, creelo. Unos vienen á pedirme pres-
tado, otros á que les saque de este ó aquel empeño, quién á pa-
sar el rato, quién á inquirir los centros de mi casa, y quién á
almorzar ó tomar chocolate; pero si y o me muero, como que
quedas pobre, verás, verás como se disipan los amigos y los
deudos, lo mismo que los mosquitos con la incomodidad del hu-
mo. Por estos conocimientos deseara que mi Pedro aprendie-
ra oficio, ya que es pobre, para que no hubiera menester á los
suyos ni á los estraños después de mis dias. Y te advierto,
que muchas veces suelen los hombres hallar mas abrigo entre
los segundos que entre los primeros; mas con todo eso, bueno
. es atenerse cada uno á su trabajo y á sus arbitrios, y no ser
gravbso á nadie.

• T ú , medio me aturdes con tantas cosas, decia mi madre; pe-


ro lo que veo es que un hidalgo sin oficio es mejor recibido y
tratado con mas distinción en cualquiera parte decente, que
otro hidalgo sastre, batcoja, pintor & c . A h í está la preocu-
pación y la vulgaridad, respondia mi padre. Sin oficio pue-
de ser; pero no sin destino ú arbitrio honesto. A un emplea-

algún do en una oficina, á un militar ó cosa semejante, le harán me-

pa- jor tratamiento que á un sastre ó á cualquier otro oficial mecá-


nico, y muy bien hecho: razón es que las gentes se distingan;
lo se-
pero al sastre y aun al zapatero, lo estimarán mas en todas
ásu
partes, que no al hidalgo tuno, ocioso, trapiento y petardista,
pero si
4
38
que es lo que quiero que no sea mi hijo. A nías ,¡e esto, No todos los hombres han nacido útiles para todo. Unos
¿quién te ha dicho que los oficios envilecen á nadie? Lo qu e son buenos para las letras, y no generalmente, pues el que es
envilece son las malas acciones, la mala conducta v la mala bueno para teólogo, no lo será para médico; y el que será un
educación. ¿So dará destino mas vil que guardar puercos? pues excelente físico, acaso será un abogado de á docena, si no se
esto no embarazó prya que un Sixto V fuera pontífice de la le examina el genio; y así de todos los letrados. Otros son
iglesia católica buenos para las armas é ineptos para el comercio. Otros ex-
Pero esta disputa paró en lo que leeréis en el capítulo cuarto. celentes para el comercio y topos para las letras. Otros, por
último, aptísimos para las artes liberales, y negados para las
mecánicas, y así de cuantos hombres hay.
C A P Í T U L O IV.
En efecto, hombres generales y á propósito para todas las
E n el que Periquillo da razón en q.:¿ paró la eonvereaeion de sus r a . < ciencias y artes se consideran, ó como fenómenos de la na-
dres, y del resultado que t u v o , y f u é que lo purieron á estudiar, y 1.«
turaleza, ó como testimonios de la Omnipotencia divina, que
progresos que hizo.
puede hacer cuanto quiera.
Sin embargo, vo creo firmemente que estos omniscios, que
Ilffir madrC ' sin ombar S ° de lo dicho, so opuso de j»ió firme
una que otra vez ha celebrado el mundo, han sido solo unos
I & u S Í á T«o se me diera oficio, insistiendo en que me pusiera
monstruos (si puede decirse así) do entendimiento, de aplica-
mi padre en el colegio. Su merced le decia: no seas Cándida;
ción y de memoria, y han admirado á las generaciones por cuan-
y si á Pedro no le inclinan los estudios, ó no tiene disposi-
to lian adquirido el conocimieñto de muchas mas ciencias que
cion para ellos ¿no será una barbaridad dirigirlo por donde no
'el común de los sabios sus coetáneos, y las han poseído, tal
lo gusta? E s la mayor simpleza de muchos padres pretender'
vez, en un grado mas superior; pero, en mi concepto, no han
tener á pura fuerza un hijo letrado ó eclesiástico, aun cuando
[»asado de unos fenómenos de talento: rarísimos en verdad;
no sea de su vocacion tal carrera, ni tenga talento á propósito
mas limitados todavía infinitamente, y no han merecido ni me-
para las letras; causa funesta, cuyos perniciosos efectos se lio-
recerán j a m á s el sagrado renombre de omniscios, pues si om-
ran diariamente en tantos abogados firmones, * médicos ase-
niscio quiere decir el que todo lo sabe, digo que no hay mas
sinos, y eclesiásticos ignorantes y relajados, como advertimos.
que un omniscio dentro y fuera de la naturaleza, que es D i o s .
Todavía para dar oficio á los niños es menester consultar
Este Ente Supremo es sí, el único y verdadero omniscio, por-
su genio y constitución física, porque el que es bueno para
que es el que única y verdaderamente sabe todo cuanto sc
sastre 6 pintor, no lo será para herrero ó carpintero, oficios
puede saber; y en este sentido, conceder un hombre omniscio,
que piden, á mas de inclinación, disposición de cuerpo y unas
fuera conceder otro Dios, de cuyo absurdo están muy lejos aun
robustas fuerzas.
los que honraron al profundo Leibniz con tan pomposo título.

* S c U a m a así á !os a b o g a d o s que teniendo pocos n e g o c i o s en sus bu- A c a s o este grande hombre no seria capaz de ensuelar un
fetos, ocurren á los O f i c i o s de los escribanos, y a n t i g u a m e n t e a los üaucos zapato, de bordar una sardineta, ni de hacer otras mil cosas
d e los p r o c u r a d o r e s , á poner su firma por c u a t r o reales, ó un peso, en li* que todos vemos como meras frioleras y efectos de un puro
escritos, q u e s e g ú n las leyes, lio podían correr sin este requisito. E.

que es lo que quiero que no sea mi hijo. A nías de esto, No todos los hombres han nacido útiles para lodo. Unos
¿quién te ha dicho que los oficios envilecen á nadie? Lo qu e son buenos para las letras, y no generalmente, pues el que es
envilece son las malas acciones, la mala conducta v la nuda bueno para teólogo, no lo será para médico; y el que será un
educación. ¿Se dará destino mas vil que guardar puercos? pues excelente físico, acaso será un abogado de á docena, si no se
esto no embarazó prya que un Sixto V fuera pontífice de la le examina el genio; y así de todos los letrados. Otros son
iglesia católica buenos para las armas é ineptos para el comercio. Otros ex-
Pero esta disputa paró en lo que leeréis en el capítulo cuarto. celentes para el comercio y topos para las letras. Otros, por
último, aptísimos para las artes liberales, y negados para las
mecánicas, y así de cuantos hombres hay.
CAPÍTULO IV.
E n efecto, hombres generales y á propósito para todas las
E n el que Periquillo da razón en q.:¿ paró la c o n v e r r a c i o n de sus pa. < ciencias y artes se consideran, ó como fenómenos de la na-
dres, y del resultado que t u v o , y f u é que lo puricron á estudiar, y 1.«
turaleza, ó como testimonios de la Omnipotencia divina, que
progresos que hizo.
puede hacer cuanto quiera.
Sin embargo, vo creo firmemente que estos omniscios, que
Ilffir madrC ' sin ombar S ° <*s lo dicho, 80 opuso de pió firme
una que otra v e z ha celebrado el mundo, han sido solo unos
l & u s i 4 quo SC m j diera o f i c i o , insistiendo e n que me pusiera
monstruos (si puede decirse así) de entendimiento, de aplica-
mi padre en el colegio. Su merced le decia: n o seas C á n d i d a ;
ción y de memoria, y han admirado á las generaciones por cuan-
v si á Pedro no le inclinan los estudios, ó no tiene disposi-
to han adquirido el conocimieñto de muchas mas ciencias que
cion p a r a ellos ¿no será una barbaridad dirigirlo por donde no
'el común de los sabios sus coetáneos, y las han poseído, tal
le gusta? E s la mayor simpleza de muchos padres pretender'
vez, en un grado mas superior; pero, en mi concepto, no han
tener á pura fuerza un hijo letrado ó eclesiástico, aun cuando
[»asado de unos fenómenos de talento: rarísimos en verdad;
no sea de su vocacion tal carrera, ni tenga talento á propósito
mas limitados todavía infinitamente, y no han merecido ni me-
p a r a las letras; causa funesta, cuyos perniciosos efectos se lio-
recerán j a m á s el sagrado renombre de omniscios, pues si om-
ran diariamente en tantos abogados firmones, * médicos a s e -
niscio quiere decir el que todo lo sabe, digo que no hay mas
sinos, y eclesiásticos ignorantes y relajados, como advertimos.
que un omniscio dentro y fuera de la naturaleza, que es D i o s .
T o d a v í a para dar oficio á los niños es menester consultar
E s t e E n t e Supremo es sí, el único y verdadero omniscio, por-
su genio y constitución f í s i c a , porque el que es bueno para
que es el que única y verdaderamente sabe todo cuanto se
sastre ó pintor, no lo será para herrero ó carpintero, oficios
puede saber; y en este sentido, conceder un hombre omniscio,
que piden, á mas de inclinación, disposición de cuerpo y unas
fuera conceder otro Dios, de cuyo absurdo están muy lejos aun
robustas fuerzas.
los que honraron al profundo Leibniz con tan pomposo título.

* S c U a m a así á !os a b o g a d o s que teniendo pocos n e g o c i o s en sus bu- A c a s o este grande hombre no seria capaz de ensuelar un
fetcs, ocurren á los O f i c i o s de los escribanos, y a n t i g u a m e n t e a los üaucos zapato, de bordar una sardineta, ni de hacer otras mil cosas
d e los procuradores, á poner su firma por c u a t r o reales, ó un peso, en le» que todos vemos c o m o meras frioleras y efectos de un puro
escritos, q u e s e g ú n las leyes, lio podían correr sin este requisito. E.
4O

mecanismo; y sin acaso, este ingenio célebre, si resucitara*


progresos en ciencia alguna, por mas que curse las aulas y
tendría que abjurar muchos de sus preceptos y axiomas, des-
manosee los libros. N i estos ni los colegios dan talento á
engañado con los nuevos descubrimientos que se han hecho.
quien nació sin él. L o s burritos entran todos los días á los
Todo esto te digo, hija mía, para que reflexiones que todos
colegios y universidades cargados de carbón ó de piedra* y
los hombres somos finitos y limitados, que apenas podemos
vuelven á salir tan burros como entraron; porque así como las
acertar en una ú otra cosa: que los ingenios mas célebres no
ciencias no están aisladas en los recintos de las universidades
han pasado de grandes; pero ni remotamente han sido univer-
ó gimnasios, así tampoco estos son capaces de comunicar un
sales, pues esta es prerogativa del Criador, y que según esto
adarme de ciencia al que carezca de talento para aprenderla.
debemos examinar la inclinación y talento do nuestros hijos
F u e r a de esto, hay otra razón harto poderosa para que y o
para dirigirlos.
Ho me resuelva á poner á mi hijo en el colegio, aun cuando
N o me acuerdo donde he leido que los lacedemonios para ' Supiera que tenia una bella disposición para estudiante, y esta
destinar á los suyos con acierto, se valian de esta estratagema. es mí pobreza. Apenas alcanzo para comer C o n mi corto des-
Prevenían en una gran sala diferentes instrumentos pertene- tino, ¿de dónde voy á cojer diez pesos para la pensión men-
cientes á las ciencias y artes que conocían; supon tú, que en sual, y toda aquella ropa decente que necesita un colegial? y
aquella sala ponian instrumentos de música, de pintura, dees- ya v e s tú aquí un embarazo insuperable. N o , dijo mi madre,
cultura, de arquitectura, de astronomía, de geografía, & c . , sin que hasta entónces solo habia escuchado sin despegar sus lá-
faltar tampoco armas y libros: hecho esto disponían con disi- ' bios para nadü: nO, esa no es razón ni menos embarazo; por-
mulo que varios niños se juntasen allí solos, y que jugasen á que con ponerlo de capense y a se remedió todo. Muy bien,
su arbitrio con los instrumentos que quisiesen, y entre tanto, • dijo mi padre, me has quinado; pero vamos á ver qué salida
sus padres estaban ocultos y en observación de las acciones me das á esta otra dificultad. Y o y a estoy viejo, soy pobre,
de sus hijos, y notando á que cosa se inclinaba cada uno de sio tengo que dejarte: mañana me muero, te hallas viuda, sola,
por si; y cuando advertían que un niño se inclinaba con cons¿ ¡sin-abrigo ni que comer, con un mocetón á tu lado que cuan-
tancia á las armas, á los libros, ó á cualquiera ciencia ó arte, d o mucho sabrá hablar tal cual latinajo y aturdir al mundo
de aquellas cuyos instrumentos tenian á la vista, no dudaban •entero con cuatro ergos y pedanterías que el mismo que las
aplicarlos á ellos, y casi siempre correspondía el éxito á su -áice no las entiende; pero que en realidad de nada vale todo
prudente examen. esO; porque el niüohacho como no tiene quien lo siga fomen-
Siempre me ha gustado esta bella industria para rastrear la tando, se queda varado en la mitad de la carrera sin po-
inclinación de los niños; asi como he reprobado la general der ser ni clérigo, ni abogado, ni médico, ni cosa alguna.qite
corruptela de muchos padres que íi tontas y á locas encajan lo facilite su subsistencia ni tus socorros por las letras; siendo
á los muchachos en los colegios, sin indagar ni aun ligeramen- io peor que en ese caso tampoco es útil y a para las arte s
te si tienen disposición para las letras. pues no se dedicará á aprender un oficio por tres fortísimas
H i j a mía, este es un error tan arraigado como grosero. El razones. L a primera, por ciertos humorcillos de vanidad que
niño que tenga un entendimiento somero y tardo, jamás hará .se pegan en el colegio á los muchachos, de modo que cual-
quiera de ellos solo con haber entrado al colegio (y mas si vis.
ne y padrinos que lo socorran: ricos hay en M é x i c o harto pía- -
lió la beca) y saber m a s c a r el C i c e r ó n ó el Breviario, ya cree
dosos que lo protejan, y y o que soy su madre pediré limosna pa-
que se envilecería si se c o l o c a r a tras de un mostrador, ó si se
ra mantenerlo basta que se logre. Nn, sino quo tú no quie-
pusiera á aprender un oficio en un taller. E s t o e» aun sien-
res al pobre muchacho; pero ni á mí tampoco, y por eso tratas
do un triste grainatiquillo, ¿qu 5 será si ha logrado el altiso-
de darme esta pesadumbre. ¿Qué he de hacer? soy infeliz y
nante y colorado título de bachiller? ¡Oh! entonces se persua-
también mi h i j o . . . . Aquí comenzó á llorar la alma mia de mi
de quo la tierra no lo me r a c e . ¡Pobres muchachos!
madre, y con sus cuatro lágrimas dio en tierra con toda la
Esta es l a primera razón que lo inutiliza para las artes. La constancia y solidez de mi buen padre, pues éste, luego que la
segunda es, que como y a son grandes, so les hace pesado el vió llorar la abrazó como que la amaba tiernamente, y la dijo:
trabajo material, al paso que vergonzoso el ponerse de apren. no llores, hijita, no es para tanto. Y o lo que te he dicho es
dices en una edad en que los demás son oficiales, y aun se di- lo que rafe enseña la razón y la espcr¡enc i;i; pero si es de tu
ficultaria bastante que hubiera maestro quo quisiera encargar- gusto que estudie Pedro, que estudie norabuanajya no me o-
se do la enseñanza y mantención do tales j a y a n e s . por.go: quizá querrá D i o s prestarme vida para verlo logrado,
L i tercera razón es, que como en tal caso y a los mucha- ó cuando no, su Magostad te abrirá camino, como que c o n t c e
chos tienen el colmillo duro, esto es, ya han probado á lo que tus buenas intenciones.
s a b j la libertad, de manera ninguna se quieren sujetar á lo quo Consolóse mi madre con esta receta, y desde entonces solo
tan fácilmente se hubieran sujetado de mas niños; y cátate ahí se trató de ponerme á estudiar, y me empezaron á habilitar de
el estado de tu Pedro si lo ponemos á estudiar y muero deján- ropa negra, arte de la lengua latina y demás necesarias menu-
dolo, como es factible, en la mitad de la carrera; pues se que- dencias.
da en el aire sin poder seguir adelante ni volver atras. Y N o parece sino que hablaba mi padre en profecía, según que
cuando tú veas que en v e z de contar con un báculo en que u- todo sucedió corno lo dijo. E n efecto, tenia mucho conoci-
poyarte en la v e j e z , solo tienes á tu lado un haragán inútil miento de mundo y un juicio perspicaz; pero estas cualidades
que de nada te sirve (pues en las tiendas no fian sobre silogis- se perdían, las mas veces, por condescender nimiamente con
mos ni latines), entonces darás á Judas los estudios y las ba- los caprichos de mi madre.
chillerías de tu hijo. C o n que, hija mía, hagamos ahora lo que Muy bueno y muy justo es que los hombres amen á sus mu-
quisieras haber hecho después de mis dias. Pongamos á oficio geres y que les den gusto en todo cuanto no se oponga á la
á Pedro. ¿Qué dices? ¿Qué lie de decir? respondió mi madre; razón; pero no que las contemplen tanto que por no disgustar,
sino que tú te empeñas en mortificarme y en hacer infeliz á las, atropellen con la justicia, esponiéndose ellos, y esponien-
esa pobre criatura, tratando de ordinariarlo poniéndolo de ar- do á sus hijos á recoger los frutos de su imprudente cariño
tesano, y por eso hablas y ponderas tanto. Pues qué ¿ya sa- como me sucedió á mí. Por eso os prevengo para que viváis
bes que es un tonto? ¿ya sabes que te vas á morir en la mitad sobre aviso, de manera que améis á vuestras esposas tiernamen-

de sus estudios? ¿y y a sabes, por fin, que porque tú te mueras te según Dios os lo manda y la naturaleza arreglada os lo ins-

se cierran todos los recursos? Dios 110 se muere: parientes lic- pira; mas no os afeminéis corno aquel valientísimo Hércules,
que después que venció leones, javalíes, hidras y cuanto se Id
puso por delante, se dejó avasallar tanto del amor de Omfale
que ésta lo desnudó de la piel del lcon Ñemeo, lo vistió de
muger, lo puso á hilar, y aun le reina y castigaba cuando que-
braba algún huso, ó no cumplía la tarea que lo daba. ¡Qué ver-
gonzosa es semejante afeminación aun en la fábula!
L a s mugeres saben muy bien aprovecharse de esta loca pa-
sion, y tratan de dominar á semejantes maridos de mantequilla.
Cólera da ver á muchos de estos que no conociendo ni sa-
biendo sostener su carácter y superioridad, s e abaten hasta ser
los criados de sus mugeres. N o tienen secreto por importan--
te que sea, que no les revelan, no hacen cosa sin tomarles pa-
recer, ni dan un paso sin su permiso. L a s mugeres no han
menester tanto para querer salirse de su esfera, y si conocen
cpie este rendimiento del hombre se lo han grangeado con su
hermosura, cntónces desenrollan de una v e z todo su espíritu
dominante, y y a teneis en cada una de estas una Omfale, y en
cada hombre abatido un H é r c u l e s marica y sinvergüenza. En
este caso, cuando las m u g e r e s hacen lo que se les antoja á su
arbitrio, cuando tienen á los hombres e n nada, cuando ios en-
cuernan, cuando los mandan, los injurian y aün íes ponen las
manos, como lo he visto muchas veces, no hacen mas sino
cumplir con su inclinación natural, y castigar la vileza de sus
maridos ó amantes sin prevenirlo.

Dios nos libre de un hombre que tiene miedo á su muger,


que es preciso que le tome su parecer para ir á hacer esto ó
aquello, que sabe que le ha de dar razón de adonde fué y de
donde viene, y que si su muger grita y se altera, él no tiene
mas recurso que apelar á los mimos y caricias para contentar-
la. Estos*hombres, indignos de nombre tan superior, están
siempre dispuestos á s< t unos descendientes del cabrío, y unos
padres de familia ineptísimos; porque ellos no dirigen á sus hi-
jos, sino ellas. L o s mismos muchachos advierten temprano

í»
la superioridad de las madres, y 110 tienen á sus padres el me-
nor miramiento; y mas cuando notan que si cometen alguna
picardía por la que el padre los quiere castigar, con acojerse á
la madre, ésta los defiende, y si se ofrece, arma una penden-
cia al padre, y se queda cometida la culpa y eludida la pena.
N o sin razón dijo Terencio que las madres ayudan á sus
hijos en las iniquidades, y estorban el que sus padres los corri-
jan. L o que os pondré en una cstrofiA para que la tengáis
en la memoria.

Suelen ayudar las madres /


A la maldad de sus hijos,
Impidiendo que los padres
L e s den el justo castigo.

E s verdad que ni mi padre ni mi madre eran de los hom-


bres afeminados, ni de las mugeres altivas que he dicho. Mi
padre algunas veces se sostenia, y mi madre jamás se alteraba
ni se alzaba, como dicen, con el santo y la limosna; lo que su-
cedía era que cuando no le valían sus insinuaciones y sus rue-
g o s para hacer á mi padre desistir de su intento, apelaba á las
lágrimas, y entóneos era como milagro que no se saliera c o n
la suya; porque las lágrimas de una muger hermosa y ainada,
son atmas eficacísimas para vencer al hombre mas circuns-
pecto. . e sc ¡m.
Sin embargo, algunas ocasiones se sostenia con ror eso im-
gor. E r a bueno que siempre hubiera consérvala meros años,
ter; mas los hombres no somos dueños de rl chiqueo de mi
todas horas, aunque siempre debiéramos seintas, el indolente
Finalmente: llegó el dia en que me pusierompañía de tan-
te fué el de D . Manuel Enriquez, sugeto bien coi natural per-
xico, así por su buena conducta, como por su pespíritu, me
cion y asentada habilidad para la e n s e ñ a n z a d o s á costa de
latina, pues en su tiempo nadie le disputó la iac?tro, y del
cuantos preceptores particulares había en esta ciudad; mas p o r
en aquellos tres años. Como allí 110 había un corto número
una tenaz y general preocupación que hasta ahora domina, n o s
de niños, como en mi buena escuela, sino que había infinidad
ensenaba mucha gramática y poca latinidad. Ordinariamente
de muchachos entre pupilos y capenses, todos hijos de sus ma-
se contentan los maestros con enseñar á sus discípulos u n a
dres, y de tan diferentes genios y educaciones, y y o siempre
multitud de reglas que llaman palitos, con que hagan unas cuan,
fui un maleta de primera, tuve la maldita atingencia de esco-
tas oracioncillas, y con que traduzcan el Breviario, el Concilio ger para mis amigos á los peores; y me correspondieron fiel-
de T r e n t o , el catecismo de San Pió V , y por fortuna algunos mente y con la mayor facilidad; ya se vé, que cada oveja ama
pedacillos de la Eneida y Cicerón. Con semejante método salen su pareja, y esto es corriente, el asno ne se asócia con el lo-
los muchachos habladores y no latinos, como dice el padre Calu- bo, ni la paloma con el cuervo: cada uno ama su semejante.
sanz en su Discernimiento de ingenios. T a l salí yo, y no podía A s í y o no me juntaba con los niños sensatos, pundonorosos y
salir mejor. Saqué la cabeza llena de reglitas, adivinanzas, fra- de juicio, sino con los maliciosos v estraviados, con cuyas a-
ses y equívoquillos latinos; pero en esto de inteligencia en la mistados y compañías cada día me remataba mas, como os su-
pureza y propiedad del idioma, ni palabra. Traducía no m u y cederá á vosotros y á vuestros hijos, si despreciando mis lec-
mal y con alguna facilidad las homilías del Breviario, y los ciones no procuráis ó hacerlos que tengan buenos amigos, ó
párrafos del Catecismo de los curas; pero Virgilio, Horacio, que no tengan ninguno, pues es infalible el axioma divino que
Juvenal, Persio, Lucano, T á c i t o y otros semejantes, hubieran nos dice: con el santo seras santo; y te pervertirás con el perver-
salido vírgenes de mi inteligencia si hubiera tenido la fortuna so. A s í me sucedió puntualmente: bien, que y o y a estaba per-
de conocerlos, á excepción del primer poeta que he nombrado, vertido; pero con la compañía de los malos estudiantes me a-
pues de éste sabia alguna cosita que le había oído traducir i cabé de perder enteramente.
mi sabio maestro. También supe medir mis versos, y lo q u e
P a r é c e m e que al leer estos renglones esclamáis: ¿cómo se
era exámetro, pentámetro & c . ; pero jamás supe hacer un d í s -
mudó tan presto nuestro padre? pues en la última escuela en
tico.
que estuvo, ¿no había olvidado las malas propiedades que había
A pesar de esto, y al cabo de tres años acabé mis primeros adquirido en la primera? ¿cómo fué esta metamorfosis tan vio-
satisfacción, pues me aseguraban que era yo un lenta? Hijos míos: las buenas ó malas costumbres que se im-
itico, y yo lo creía mas que si lo viese. ¡Válgate primen en la niñez, echan muy profundas raices, por eso im-
Vpropio y c ó m o nos engañas á ojosvistas! Ello porta tanto el dirigir bien á las criaturas en sus primeros años.
ú oposicion á toda gramática, y quedé sobre L o s vicios que y o adquirí en los míos, ya por el chiqueo de mi
nacstro y convidados muy contentos, y mis madre, las adulaciones de las viejas mis parientas, el indolente

huecos que si me hubiera opuesto á la ma- método de mi maestro, el pésimo ejemplo y compañía de tan-

n e o y la hubiera obtenido, to muchacho desreglado,,y sobre todo esto, por mi natural per-

e á esta función, las galas, los abrazos, los agra- verso y mal inclinado, profundizaron mucho en mi espíritu, me
costó demasiado trabajo irme deshaciendo do ellos, á costa de
mi maestro, y mi salida del estudio; aunque yo
no pocas reprensiones y caricias de mi buen maestro, y del
e iiii deciros otras cositas que aprendí y repasé
48 49
continuo buen ejemplo que me daban los otros niños. Me pa- comodar y agraviar por todos los modos posibles á otro pobre;
rece que si nunca me hubieran faltado semejantes preceptos y y lo mas injusto y opuesto á las leyes do la virtud, buena
condiscípulos, no me hubiera vuelto á cstraviar, sino que hu- crianza y hospitalidad es, que estos graciosos hacen lucir su
biera asentado una conducta acendrada y religiosa, pero ¡ahí que habilidad infame sobre los pobres niños nuevos que entran al
no hay que fiar en enmiendas forzadas ó pasajeras, porque en colegio. H é aquí cuan recomendables son estos truanes ma-
faltando el respeto ó el fervor, se lleva el diablo esta clase de jaderos para que atados á un pilar del colegio sufrieran cien a-
enmiendas, y quedamos con nuestro vestido antiguo ó tal vez zotes por cada pandorga de estas; pero lo sensible es, que los
peores. catedráticos, pasantes, solaminislros y demás personas de auto-
A s í lo esperimenté y o , bien á mi costa. Estaban mis pa. ridad en tales comunidades, se desentienden del todo de esta
siones sofocadas, no muertas: mi perversa inclinación estaba clase de delito, que lo e s sin duda grave, y pasa por mucliacha-
como retirada; pero aun permanecía en mi corazon como siem- da, aun cuando se quejan los agraviados, sin advertir que esta
pre: mi mal genio no se había estinguido; estaba oculto sola, su condescendencia autoriza esta depravada corruptela, y ella
mente como las brazas debajo de la ceniza que las cubre: en ayuda á acabar de formar los espíritus crueles de los estraga-

una palabra, y o no obraba tan mal y con el descaro que antes, dores como yo, que veia llorar á un niño de estos desgracia-

por el amor y respeto que tenia á mi prudente maestro, y por dos, á quienes afligía sumamente con las injurias y befa que

la vcrgüencilla que me imponían los demás niños con sus bue- les hacia, y su llanto, que me debía enternecer y refrenar, co-
mo que era el fruto del sentimiento de unas criaturas inocentes,
nas acciones; pero no porque me faltaban ganas ni disposición.
me servia de entremés y motivo de risa, y de redoblar mis be-
E n efecto, luego que nw separé de eetos testigos, á quie-
fas con mas empeño.
nes respetaba, y me uní otra v e z á otros compañeros tan disi-
pados como y o , volví á soltar la rienda á mis pasiones: corrie- Considerad por aquí cuál seria mi bella índole, cuando tenia
ron estas con el desenfreno propio de la edad, y se salieron del la fama de ser el mejorpandorguista de todo el colegio, y de-
círculo de la razón, así c o m o un rio se sale de madre cuando cían mis compañeros que y o le paraba la bola á cualquiera;
le faltan los diques que lo contienen. que era lo mismo que decir que yo era el mas indigno de todos
Sin duda era el muchacho mas maldito entre los mas rela- ellos, y que ninguno, bueno ó malo, dejaría de incomodarse si
jados estudiantes; porque y o era e| Non plus ultra * de los bu- escuchaba en su contra mi maldita lengua. ¿Os parece, hijos

fones y chocarroros. E s t a sola cualidad prueba que no era mios, esta circunstancia algo favorable? ¿Con ella sola no ad-

mi carácter de los buenos, pues en sentir dpi sabio Pascal, vertís mi depravado espíritu y condicion? porque el hombre que

hombre chistoso, ruin carácter. Y a sabéis que en los colegios se complace en afligir á otro su semejante, no puede ménos que
tener un alma ruin y un corazon protervo. Ni valga decir,
estas frases, parar la bola, pandorguear, cantaletear, y otras,
que lo hacen unos muchachos, pues esto lo que prueba es, que
quieren decir: mofar, insultar, provocar, zaherir, injuriat,
si aun desde muchachos son malos, de grandes serán peores,
* A l u s i ó n á la i n s c r i p c i ó n de l a s c o l u m n a s de H é r c u l e s en C á d i z , que si D i o s y la razón no los modera, lo que no es muy común.
después del d e s c u b r i m i e n t o de A m é r i c a e n m e n d ó E s p a ñ a , poniendo /'/"( Y o tuve una multitud de condiscípulos, y por observación he
ultra en dos c o l u m n a s , e n t r e las que colocó su e s c u d o de a r m a s . E.'
visto que e s raro el q u e "ha salido bueno de entre estos genios
A pesar de este prudente método, todavía aprendimos bas-
burlones con e x c e s o ; y lo peor es que hay mucho de esto en
tantes despropósitos de aquellos que se han enseñado por cos-
nuestros colegios.
tumbre, y los que convenia quitar, según la razón y hace ver
P o r estos principios conoceréis (pie era perverso eu todo. el ilustrísímo Feijoo, en los discursos X , X I y XII, del tomo
E n fin, entré á estudiar filosofía. 7 de su teatro crítico.
CAPITULO V. A s í como en el estudio de la gramática aprendí varios equi-

E s c r i b e P e r i q u i l l o s u e n t r a d a a l c u r s o de a r t e s : l o que aprendió: su acto


voquillos impertinentes, según os dije, c o m o Caracoles comes;
g e n e r a l , s u g r a d o , y o t r a s c u r i o s i d a d e s q u e s a b r á el q u e l a s quisiere saber. pastorcito com", adoves: non est pecalum moríale occidere pa-
trem sum, y otras simplezas de estas; así también en el estudio
t g f c ? CACE mi gramática, como os dije, y entré al máximoy de las súmulas aprendí luego luego mil sofismas ridículos, de
^ g j g f mas antiguo c o l e g i o de S . Ildefonso á estudiar filosofía, los que hacia mucho alarde con los condiscípulos mas Cándi-
bajo la dirección del D r . D . Manuel S á n c h e z y Gómez, que dos como por ejemplo: besar la tierra es acto de humildad: la
hoy vive para ejemplar de sus discípulos. A u n no se acos- muger es tierra, luego tf c. Los apóstoles son doce, S. Pedro es
tumbraba en aquel ilustre colegio, seminario de doctos y or- apóstol ergo $-c.; y cuidado, que echaba y o un ergo con mas
namento en ciencias d e su metrópoli, aun no s e acostumbraba, garbo que el mejor doctor de la academia de Paris, y le empa-
digo, ensenar la filosofía moderna en todas sus partes; toda- taba una negada á la verdad mas evidente, ello es, que y o ar-
vía resonaban en sus nulas los ergos de Aristóteles. Aun se güía y disputaba sin cesar, aun lo que no podia comprender, pe-
oía discutir sobre el ente de razón, las cualidades ocultasijla ro sabia fiar mi razón de mis pulmones, en frase del padre Is-
materia prima, y esta misma se definía con la esplicacion déla la. D e suerte que por mas quinadas que me dieran mis com-
nada, ncc e-A quid, <$-c. Aun la física esperimcntal no semen- pañeros, y o 110 cedía. Podia haberles dicho: á entendimiento
taba en aquellos recintos, y los grandes nombres de Caries10, me ganarán; pero á gritón no: cumpliéndose en mí, cada rato,
-Veir/111, J\Iusckeibbreck y otro?, eran poco conocidos en aque- el común refrán de que quien mal pleilo tiene, á voces lo mete.
llas paredes que han depositado tantos ingenios célebres y úni-
¿Pues qué tal seria yo de tenaz y tonto despues que aprendí
cos, como el de un Portillo. E n fin, aun 110 se abandonaba ente- las reducciones, reduplicaciones, equipolencias y otras barati-
ramente el sistema peripatético que por tantos siglos enseñoreó j a s , especialmente ciertos desatinados versos, que os he de es-
lo3 entendimientos m a s sublimes de la Europa, cuando ini sa- cribir solamente porque véais á lo que llegan los hombres por
bio maestro se atrevió el primero á manifestarnos el camino las letras. L e e d , y admirad.
do la verdad sin querer parecer singular, pues escogió lo me-
Barbara, Celarent, Darii F e r i o Baralipton
jor de la lógica de Aristóteles y lo que le pareció inas proba-
Celantes, Dabitis, F a p e s m o , Frisesonorum
ble de los autores modernos en los rudimentos de física que Cesare, Camestres, Festino, Baroco, Darapti.
nos enseñC»; y do este m o d o fuimos unos verdaderos ecléctico?, Felapton, Dísamis, Datisi, Bocardo, F e r i s o n .
sin adherir caprichosamente á ninguna opinion, ni d e f e r i r ; ¡Qué tal! ¿ N o son estos versos estupendos? ¿no están mas

-i?ícina alguno, solo por inclinación al autor, propios para adornar redomas de botica que para ensenar re»
glns sólidas y provechosas? P u e s hijos mios, y o percibí in.
mediamente el fruto de su invención; porque desatinaba con
perimento constante del fenómeno raro, cuya causa es incógni-
igual libertad por Bárbara que por Ferison, pues no producía
ta: ni me detuve en saber qué cosa era mecánica: cuáles las leyes
mas que barbaridades á cada palabra. Primero aprendí á ha-
del movimiento y la quietud: qué significaban las voces fuerza,
c e r sofismas que á conocerlos y desvanecerlos: antes supe obs- virtud, y cómo se componían ó descomponían estas cosas: me-
c u r e c e r la verdad que indagarla: efecto natural de las preocu- nos supe qué era fuerza centrípeta, centrífuga, tangente, atrac-
paciones de las escuelas y de la pedantería de los muchachos. ción, gravedad, peso, potencia, resistencia, y otras frioleríllas de
E n m e d i o de tanta barahunda de voces y terminajos exóti- esta clase: y y a se debe suponer que si esto ignoré, mucho menos
cos, supe qué cosa eran silogismo, entimema sorítes y dilem. supe qué cosa era estática, hidrostática, hidráulica, aerometría,
ma. E s t e último e s argumento terrible para muchos señores óptica y trescientos palitroques de estos; pero en cambio, dispu-
casados, porque lastima con dos cuernos, y por eso se llama té fervorosamente sobre si la esencia de la materia estaba cono-
bicornuto. cida, ó no: sobre si la trina dimensión determinada era su^esen-

Para no cansaros, y o pasé mi curso de lógica con la m i s m a cia, ó el agua: sobre si repugnaba el vacio en la naturaleza: so-
bre la divisibilidad en infinito, y sobre otras alharacas de este ta-
velocidad que pasa un rayo por la atmósfera sin dejarnos se-
maño, de cuya ciencia ó ignorancia maldito el daño ó provecho
ñal de su carrera, y así despues de disputar harto y seguido
que nos resulta. E s cierto que mi buen preceptor nos enseñó
sobre las operaciones del entendimiento, sobre la lógica n a t u .
algunos principios de geometría, de cálculo y de físíca moder-
ral, artificial y utente: sobre su objeto formal y material: sobre
na; mas fuérase por la cortedad del tiempo, por la superficiali-
los modos de saber: sobre si Adán perdió ó no la ciencia por
dad de las pocas reglas que en él cabían, ó por mi poca aplica-
el pecado: (cosa que no se le ha disputado al demonio) sobre
ción, que seria lo mas cierto, yo 110 entendí palabra de esto; y
si la lógica e s ciencia ó arte, y sobre treinta mil cosicosas de
sin embargo decía al coucluir este curso, que era físico, y no
estas, y o quedé tan lógico como sastre; pero eso sí, muy con-
era mas que un ignorante patarato; pues despues que sustenté
tento y satisfecho de que seria c a p a z de concluir con el ergo
un actillo de física, de memoria, y despues que hablaba de esta
al mismo Estagirita: ignoraba y o que por los frutos se c o n o c e
enorme ciencia con tanta satisfacción en cualquiera concurren-
el árbol, y que según esto, lo mismo seria meterme á disputar
cia, tomo que me mochen si hubiera sabido esplicar e n qué
e n cualquiera materia, que dar á conocer á todo el mundo mi consiste que el chocolate dé- espuma, mediante el movimiento
insuficiencia. C o n todo eso, yo estaba mas hueco que u n ca- del molinillo; por qué la llama hace figura cónica, y no de otro
labazo, y decia á boca llena que era lógico como casi todos modo: por qué se enfria una taza de caldo ú otro licor soplán-
mis condiscípulos. dola, ni otras cosillas de estas que traemos todos los días entre
N o corrí mejor suerte en la física. P o c o me entretuve en manos.
distinguir la particular de la universal: en saber si esta t r a t a b a , L o mismo, y no de mejor modo, decia yo que sabia metafí-
de todas las propiedades de los cuerpos, y si aquella s e c o n - sica y ética, y por poco aseguraba que era un nuevo Saloraon
traia á ciertas especies determinadas. T a m p o c o averigüé q u é despues que concluí, ó concluyó conmigo, el curso de artes.
cosa era física esperimental, ó teórica: ni en distinguir e l e s - E n esto se pasaron dos años y medio: tiempo que se aprove-
T O M . T. 3
chata mejor con menos reglitas do súmulas, algau ejercicio
en cuestiones útiles de lógica, en la enseñanza de lo muy prin. y retumbante titulo de baccalaureo, y quedé aprobado ad oni-

t i pal de metafísica, y cuanto se pudiera de física, t e ó r i c a T nia. (*) ¡Santo Dios! ¡Qué dia fué aquel para mí tan plausible*

esperimental. y qué hora la de la ceremonia tan dichosa! Cuando yo hice el


juramento de instituto, cuando colocado frente de la cátedra en
Mi maestro creo que asi lo hubiera hecho si 110 hubiera te-
medio de dos señores bedeles con mazas al hombro, me oí lia.
mido singularizarse, y tal vez hacerse objeto de la critica de al-
mar bachiller eri concurso pleno, dentro de aquel soberbio g e -
gunos zoylos, si se apartaba de la rutina antigua enteramente.
neral, y nada menos que por un señor doctor, c o n su capelo y
E s verdad, y esto ceda siempre en honor de mi maestro; es
borla de limpia y vistosa seda en la cabeza, pensé morirme, ó
verdad que, como dejo dicho, y a nosotros 110 disputábamos so-
á lo menos volverme loco de gusto. T a n alto concepto tenia
bre el ente de razón, cualidades ocultas, formalidades, lieccti-
entonces formado de la bachillería, que aseguro á ustedes que
dades, quididades, intenciones, y todo aquel enjambre de voces
en aquel momento no hubiera trocado mi título por el de un bri-
insignificantes con que los aristotélicos pretendían esplicartodo
gadier ó mariscal de campo. Y 110 creáis que es hiperbólica
aquello que se escapaba á su penetración. " E s verdad (diru-
esta proposición, pues cuando me dieron m i título en latin y
mos con Juan Buchardo M e c k n i o ) que no se oyen ya en
autorizado formalmente, creció mi entusiasmo de manera, que
„nuestras escuelas estas cuestiones con la frecuencia que en los
si no hubiera sido por el respeto de mi padre y convidados que
„tiempos pasados; pero ¿se han aniquilado del todo? ¿Están en-
me contenia, corro las calles, como las corrió el Ariosto cuando
t e r a m e n t e limpias las universidades de las heces de la barbd-
lo coronó por poeta Maximiliano I. ¡Tanto puede en nosotros
,,ric? M e temo que dura todavía en afganas la tenacidad de las
la violenta y excesiva excitación de las pasiones, sean las que
„antiguas preocupaciones, si n o del todo, quizá arraigada en
fueren, que nos engaña y nos saca fuera de nosotros mismos co-
„cosas que bastan para detener los progresos de la verdadera
mo febricitantes ó dementes!
„sabiduría." Ciertamente que la declamación de este crítico
t i e n e mucho lugar en nuestra M é x i c o . Llegamos á mi casa, la que estaba llena de viejas y mozas,
parientas y dependientes de los convidados, los cuales luego
• L l e g ó por fin el dia de recibir el grado de bachiller en artes,
que entré, me hicieron mil zalemas y cumplidos. Y o -corres-
Sostuve mi acto á satisfacción, y quedé grandemente, asi comc
pondí irías esponjado que un guajolote; ya se ve, tal era mi va-
• en mi oposícion á toda gramática; porque c o m o los réplicas no
nidad. La inocente de mi madre estaba demasiado placentera:
pretendían lucir, sino hacer lucir á los muchachos, no se em-
el regocijo le brotaba por los ojos.
peñaban en sus argumentos, s i n o que á dos por tres se daba»
Desnudóme de mis hábitos clericales y nos entramos á la sa-
por muy satisfechos con la solucion menos nerviosa, y nosotros
la donde se había de servir el almuerzo, que era el centro á que
quedábamos mas anchos que verdolaga en huerta de indio, cre-
yendo que no tenían instancia que oponemos. ¡Qué ciego es (•) Para todo: Con esta frase se designan en el Titulo los que
el amor propio? pueden á virtud de él seguir cursando cualquiera de las facultades

Ello-es que asi que asado, y o quedé perfectamente, ó á I'-1 mayores; á distinción de cuando 110 es la aprobación general, pues
entonces no se pueden cursar, sino las facultades espresadas en el Ti
m n o s asi me lo persuadí, y me dieron el grande, el souor
lulo , — E ,
fy f . o .3 Q
t >j 'i- o o
se dirigían los parabienes y ceremonias de aquellos comedidísi- y entretenida, y bebierais el saludable amargo de la verdad en

mos comedores. Creedme, hijos míos, los casamientos, los bau- la dorada copa del chiste y de la erudición. Entonces sí esta-

tismos, las cantamisas y toda fiesta en que veáis concurrencia, ría contento y habría cumplido cabalmente con los deberes de

no tienen otro mayor atractivo que la mamuncia. S:, la enea. un sólido escritor, según Horacio, y conforme mi libre traduc-

la coca es la campana que convoca tantas visitas, y la bandera ción:

que recluta tantos amigos e n momentos. Sí estas fiestas fueran De escritor el oficio desempeña,
á secas, seguramente no s e vieran tan acompañadas. Quien divierte al lector y quien lo enseña.

Y no penseis que solo e n M é x i c o es esta pública gorronería.


M a s en fin, yo hago lo que puedo; aunque no como lo deseo.
E n todas partes se cuecen habas, y en prueba de ello, en Es-
Sentámonos á la mesa, comenzamos á almorzar alegre-
paña es tan corriente, que allá saben un versito que alude á es-
mente, y como y o era el santo de la fiesta, todos dirigían ácia
to. A s í dice.
mí su conversación. N o se hablaba sino del niño bachiller, y
A la raspa venimos, conociendo cuan contentos estaban mis padres, y y o cuan en-
Virgen de Illescas, vanecido con el tal titulo, todos nos daban no por donde nos
A la raspa ven imos: dolia, sino por donde nos agradaba. C o n esto no se oía sino:
Que no á la fiesta. tenga vd. bachiller: beba vd. bachiller: mire vd. bachiller: y tor-
na bachiller, y vuelve bachiller, á cada instante.
A s i es, hijos, á la raspa va todo el mundo y por la raspa; que
Se acabó el almuerzo: despues siguió la comida y á la no-
no por dar dias ni parabienes. Pero ¿qué mas? Si yo he vis-
che el baílecito, y todo ese tiempo fué un continuo bachillera-
to que aun en los pésames no falta la raspa, ántes suelen co-
miento. ¡Válgame Dios y lo que me bachillerearon ese dia!
menzar con suspiros y lamentos y concluir con bizcochos, que-
hasta las viejas y las criadas de casa me daban mis bachillerea-
s o , aguardiente, chocolate ó almuerzo, según la hora: ya se ve, das de cuando en cuando. Finalmente, quiso la Magestad di-
que habrán oído decir, que los duelos con pan son menos, y que vina que concluyera la frasca, y con ella tanta bachillería. F u é -
á barriga llena, corazon contento. ronse todos á sus casas. Mi padre quedó con sesenta ó seten-
N o os disgustéis con estas digresiones, pues á mas deque os ta pesos menos, que le costó la función; yo con una presunción
pueden ser útiles, si os sabéis aprovechar de su doctrina, os mas, y nos retiramos á dormir que era lo que faltaba.
tengo dicho desde el principio, que serán muy frecuentes en el A otro dia nos levantamos á buena hora; y y o que pocas án-
discurso de mí obra, y que esta es fruto de la inacción en que tes había estado tan ulano con mi título, y tan satisfecho c o n
estoy en esta cama; y no de un estudio serio y meditado; y asi que me estuvieran regalando las orejas con su repetición, ya en-
e s que voy escribiendo mi vida según me acuerdo, y adornán- tonces no le percibía uingun gusto. ¡Qué cierto es que el co-
dola con los consejos, crítica y erudición que puedo en este razon del hombre es infinito en sus deseos, y que únicamente
triste estado: asegurándoos sinceramente que estoy muy lejos la sólida virtud puede llenarlo!
de pretender ostentarme sabio, así como deseo seros ú t i l c o m o No entendáis que ahora me hago el santucho y os escribo os-
padre, y quisiera que la lectura de mi vida os fuera p r o v e c h o s a
tos cosas por haceros creer que h e sido bueno. No: lejos de
mí la vil hipocresía. Siempre he s i d o perverso, va os lo he di- que sale de M é x i c o , según noticias. A s í es, señora, la dije, y

cho, y aun postrado e n esta c a m a , n o soy lo que debia; mases- los campos me gustan demasiado. Pero 110 c o m o la ciudad,

ta confesion o s ha de asegurar m e j o r mi verdad, porque no sa- ¿es verdad? me dijo. Y o por política le respondí: sí señora, me

le empujada por la virtud que hay e n m í , s i n o por el conocí, han gustado, aunque ciertamente n o me desagrada la ciudad.

miento que tengo de ella, y c o n o c i m i e n t o que no puede escon- Todo me parece bueno e n su línea; y así estoy contento e n el

der el mismo vicio; de suerte, que s i y o me levanto de esta en- c a m p o c o m o en el campo; y divertido e n la ciudad c o m o en la

fermedad y vuelvo á m i s a n t i g u o s estravíos (lo que Dios no ciudad. Celebraron bastante mi respuesta, c o m o si hubiera di-

permita) no me desdeciré de lo q u e ahora os escribo, ántes os cho alguna s e n t e n c i a catoniana, y la señora prosiguió el elogio

confesaré que hago mal; pero c o n o z c o el bien, según se espre- diciendo: sí, sí, el colegial tiene talento, aunque luciera mejor

saba Ovidio. si no fuera tan travieso, s e g ú n nos ha dicho Januario.

E s t e Januario era un j ó v e n de d i e z y ocho á diez y nueve a-


Volviendo 6 mí, digo, que á los dos ó tres días de mi grado,
ños, sobrino de la señora, condiscípulo siempre y grande amigo
determinaron mis padres o n v i a r m e ¿ divertir á unos herraderos
mío. T a l salí yo,-porque era demasiado burlón y gran bellaco,
que se hacían en una hacienda d e u n su amigo, que estaba in-
y no le perdí pisada ni dejé de aprovecharme de sus lecciones.
mediata á esta ciudad. Fuíme en e f e c t o . . . .
E l se h i z o m i í n t i m o amigo desde aquella primera e s c u e l a en
que estuve, y fué mí eterno ahuizote ( * ) y mi sombra insepa-
CAPITULO VI.
E n el que nuestro bachiller da razón de lo que le pasó en la hacien-
* P a r e c e que esta frase tuvo origen desde el tiempo de la gen-
da, que es algo curioso y entretenido.
tilidad entre los indígenas, ú los que gobernó desde el año de 1482
hasta el de 1502 el emperador Ahuitzotl, c u y a palabra mexicana
I.EGUE á la hacienda en c o m p a ñ í a del a m i g o de mi pa- quiere decir agüero. E s t e hombre cruel y sanguinario hizo morir e n
dre, que era 110 menos que el a m o ó dueño de ella. Apeá- la dedicación del templo principal de M é x i c o , mas de 64.000 vícti-
mas humanas, según dicen varios autores; pero el padre Torquemada
monos y todos me hicieron una a c o g i d a favorable.
asegura que en los cuatro dias que duró la fiesta fueron sacrificados
C o n ocasíon del divertimiento q u e había de los herraderos,
72.344 prisioneros. E s t a m a t a n z a causó tan horrorosa impresión e n
estaba la casa llena de gente lucida, a s i de M é x i c o como de los mexicanos sus subditos, que desde aquel tiempo llamaron ahuit-
los d e m á s pueblos v e c i n o s . zotl al perseguidor, ó al que causa daño de cualquiera género.
E n t r a m o s á la sala, me s e n t é e n buen lugar en el estrado; P a r a consuelo de la h u m a n i d a d , la sana crítica no carece de razones
porque j a m á s me gustó retirarme á largo trecho de las faldas, y para persuadir que sí este hecho (que no tiene semejante en los anales
después que hablaron de varias c o s a s de c a m p o , que y o no en- de la barbaridad) no es fabuloso, es á lo menos m u y ecsagerado, d e -
tendía, la señora grande, que era e s p o s a del dueño de la dicha biendo sospecharse que se ha cometido algún error ó en la numera-
ción de los M S . que tuvieren presentes los A A . , ó en la interpretación
hacienda, trabó conversación c o n m i g o y m e dijo: conque seño-
de las cifras y geroglíficos de los mexicanos, ó en la significación de
rito, ¿qué le han parecido á vd. e s o s c a m p o s por donde ha pasa-
las voces de su idioma. Pero este asunto no es de este lugar, y siem-
do? L e h a l r á n causado su novedad, porque es la primera vez
tos cosas por haceros creer que h e sido bueno. No: lejos de
mí la vil hipocresía. Siempre he s i d o perverso, va os lo he di- que sale de M é x i c o , según noticias. A s í es, señora, la dije, y

cho, y aun postrado e n esta c a m a , n o soy lo que debia; mas es- los campos me gustan demasiado. Pero 110 c o m o la ciudad,

ta confesion o s ha de asegurar m e j o r mi verdad, porque no sa- ¿es verdad? me dijo. Y o por política le respondí: sí señora, me

le empujada por la virtud que hay e n m í , s i n o por el conocí- han gustado, aunque ciertamente n o me desagrada la ciudad.

miento que tengo de ella, y c o n o c i m i e n t o que no puede escon- Todo me parece bueno e n su línea; y así estoy contento e n el

der el mismo vicio; de suerte, que s i y o me levanto de esta en- c a m p o c o m o en el campo; y divertido e n la ciudad c o m o en la

fermedad y vuelvo á m i s a n t i g u o s estravios (lo que Dios no ciudad. Celebraron bastante mi respuesta, c o m o si hubiera di-

permita) no me desdeciré de lo q u e ahora os escribo, ántes os cho alguna s e n t e n c i a catoniana, y la señora prosiguió el elogio

confesaré que hago mal; pero c o n o z c o el bien, según se espre- diciendo: sí, sí, el colegial tiene talento, aunque luciera mejor

saba Ovidio. si no fuera tan travieso, s e g ú n nos ha dicho Januario.

E s t e Januario era un j o v e n de d i e z y ocho á diez y nueve a-


Volviendo 6 mi, digo, que á los dos ó tres dias de mi grado,
ños, sobrino de la señora, condiscípulo siempre y grande amigo
determinaron mis padres o n v i a r m e ¿ divertir á unos herraderos
mió. T a l salí yo,-porque era demasiado burlón y gran bellaco,
que se hacían en una hacienda d e u n su amigo, que estaba in-
y no le perdí pisada ni dejé de aprovecharme de sus lecciones.
mediata á esta ciudad. Fuíme en e f e c t o . . . .
E l se h i z o m i í n t i m o amigo desde aquella primera e s c u e l a en
que estuve, y fué mí eterno ahuizote ( * ) y mi sombra iusepa-
CAPITULO VI.
E n el que nuestro bachiller da razón de lo que le pasó en la hacien-
* P a r e c e que esta frase tuvo origen desde el tiempo de la gen-
da, que es algo curioso y entretenido.
tilidad entre los indígenas, ú los que gobernó desde el año de 1482
hasta el de 1502 el emperador Ahuitzotl, c u y a palabra mexicana
LEGUE á la hacienda en c o m p a ñ í a del a m i g o de mi pa- quiere decir agüero. E s t e hombre cruel y sanguinario hizo morir e n
dre, que era 110 menos que el a m o ó dueño de ella. Apeá- la dedicación del templo principal de M é x i c o , mas de 64.000 vícti-
mas humanas, según dicen varios autores; pero el padre Torquemada
monos y todos me hicieron una a c o g i d a favorable.
asegura que en los cuatro dias que duró la fiesta fueron sacrificados
C o n ocasion del divertimiento q u e había de los herraderos,
72.344 prisioneros. E s t a m a t a n z a causó tan horrorosa impresión e n
e s t a b a la casa llena de gente lucida, a s i de M é x i c o como de los mexicanos sus subditos, que desde aquel tiempo llamaron ahuit-
los d e m á s pueblos v e c i n o s . zotl al perseguidor, ó al que causa daño de cualquiera género.
E n t r a m o s á la sala, me s e n t é e n buen lugar en el estrado; P a r a consuelo de la h u m a n i d a d , la sana crítica no carece de razones
porque j a m á s me gustó retirarme á largo trecho de las faldas, y para persuadir que sí este hecho (que no tiene semejante en los anales
después que hablaron de varias c o s a s de c a m p o , que y o no en- de la barbaridad) no es fabuloso, es á lo menos m u y ecsagerado, d e -
biendo sospecharse que se ha cometido algún error ó en la numera-
tendía, la señora grande, que era e s p o s a del dueño de la dicha
ción de los M S . que tuvieren presentes los A A . , ó en la interpretación
hacienda, trabó conversación c o n m i g o y m e dijo: conque seño-
de las cifras y geroglíficos de los mexicanos, ó en la significación de
rito, ¿qué le han parecido á vd. e s o s c a m p o s por donde ha pasa- las voces de su idioma. Pero este asunto no es de este lugar, y siem-
do? L e h a l r á n causado su novedad, porque es la primera vez
parable en todas parles, porque fué ú la segunda y tercera es-
cuela en que me pusieron mis padres: salió conmigo, y conmi- feos y estar ella en sus quince, era demasiado bonita é intere-
go entró y estudió gramática en la casa de mi maestro Enri- sante su figura: motivo poderoso para que yo procurara mane-
quez: salí de allí, salió él: entré á San Ildefonso, entró él tam- jarme con cierta afabilidad y circunspección lo mejor que po-
bién: me gradué, y s e graduó en el mismo día. día para agradarla; y y a había notado que cuando decía y o al-
guna facetada colegialuna, ella se íeia la primera y celebraba mi
E r a de un cuerpo gallardo, alto y bien formado; pero como >
genialidad de buena gana.
en mi consabida escuela era constitución que nadie se quedara
sin su mal nombre, se lo cascábamos á cualquiera aunque fue- Estaba yo, pues, quedando bien y en lo mejor de mi gusto,

ra un Narciso ó un Adonis; y según esta regla le pusimos a D. cuando en esto que escuché ruido de caballos en el patio de la

Januario Juan Largo, combinando de este modo el sonido de hacienda, y ántes de preguntar quien era, se fué presentando
en medio de la sala, con su buena manga, paño de sol, botas de
su nombre y la perfección que mas se distinguía en su cuerpo,
campana, y demás aderezos de un campista decente.. . . ¿quién
Pero despues de todo, él fué mi maestro y mí mas constante a-
piensan vdes. que sería? ¡Quién había de ser, por mis negro3
migo; y cumpliendo con estos deberes tan s e r a d o s , no se olvi-
pecados, sino el d W o n i o de Juan Largo, mi caro amigo y fa-
dó de dos c$|?as que me interesaron demasiado y me hicieron
vorecedor! A l instante que entró, me vió, y saludando-a todos
muy buen provecho en el discurso de mi vida, y fueron: inspi- ,
los concurrentes en común y sobre la marcha, se dirigió á mi
rarme sus malas mañas, y publicar mis prendas, y mi sobre-
con los brazos abiertos y me halagó las orejas de esta suerte:
nombre de PEKIQUII.LO SARNIENTO por todas partes; de mane-
¡ó mi querido Periquillo Sarniento! ¿tanto bueno por acá? ¿có-
ra, que por su amorosa y activa diligencia lo conservé en gra-
mo te va, hermano? ¿qué haces? siéntate
mática. en filosofía y e n el público cuando se pudo. Ved, hi-
N o puedo ponderar la enojada que me di al ver como aquel
j o s irnos, si no seria y o un ingrato si dejara de nombrar en la
maldito en un instante había descubierto mi sarna y mi perique-
historia de mi vida con la mayor efusión de gratitud á un ami-
ría delante de tantos señores decentes, y lo que yo mas sentía,
go tan útil, á un maestro tan eficaz, y al pregocero de mis glo-
delante de tantas viejas y muchachas burlonas, las que luego
rias: pues todos estos titules desempeñó á satisfacción el gran-
que oyeron mis dictados comenzaron á reirse á carcajadas con
de v benemérito J u a n Largo.
la mayor impudencia y sin el menor miramiento de mi perso-
N o sabia, con todo eso, si aquellas señoras tenían tan larga
nita. Y o 110 s é si me puse amarillo, verde, azul ó colorado, lo
relación de mí, ni si sabían mi retumbante Hombrecillo. Es-
que sí me acuerdo es, que la sala se me oscureció de la cólera,
taba muy ufano en el estrado dando taba, como dicen, con la
y los carrillos y orejas me ardían mas que si los hubiese estre-
señora y una porcion de niñas, entre las cuales no era la menos
gado con chile. Miré al condenado Juan Largo, y le respon-
viva y platiconcilla la hija de la señora mi panegirista, que no
dí no sé qué, con mucho desdén y gravedad, creyendo con es-
me pareció tercio de paja, porque sobre no haber quince años
te Entono corregir la burla de las muchachas y la insolencia de
pre es cierto que el espantoso numero de victimas que sacrificó mi amigo; pero nada menos que eso conseguí, pues mientras
Ahuitzotl en esta ocasion debió de escandalizará sus vasallos,dando y o me ponia mas serio, las muchachas reían de mejor gana, de
origen á la frase. modo quo parecía que les hacían cosquillas á las muy puercas,
y el picaro de Juan Largo añadía n u e v a s facetadas con que re-
lita, dijo el padre vicario. E s o e s , respondió la m a d a m a . Sí,
doblaban sus caquinos. V i é n d o m e y o en tal apuro, hube de ce-
lo hemos visto estas n o c h e s en la azotea del curato y nos he-
der á la violencia de mi estrella y disimular la bola que tenia,
mos divertido bastante. ¡ A y ! que diversión tan fea, dijo la m a -
riéndome con todos; aunque si va á decir verdad, mi risa no
dama. ¿Por qué señorita? ¿Por qué? porque ese cometa e s se-
• era muy natural, sino algo mas que f o r z a d a .
ñal de algún daño grande qne quiere suceder aquí. Ríase vd.
E n fin, despues que me periquearon bastante y disecaron el de eso, decia el cleriguito: los cometas son unos astros c o m o
hediondo cadáver de su sarnosa etimología, y a que no tenían todos; lo que sucede es, que se v e n de c u a n d o en cuando por-
baso para reir, ni aquel bribón bufonada con que insultarme, ce- que tienen mucho que andar, y así son tardones, pero n o mali-
s ó la e s c e u a , y calmó, gracias á D i o s , la tempestad. ciosos. Si no, ahí está nuestro amigo D . J a n u a n o , que sabe
E n t o n c e s fué la primera v e z que c o n o c í cuán odioso era te- bien qué cosa son los cometas, y por qué se dan tanto á desear
ner un mal nombre, y qué carácter tan vil e s el de los truhanes de nuestros ojos, y él n o s hará favor de esplicarlo c o n claridad
y graciosos, que no tienen lealtad ni c o n su j a m i s a ; porque son para que vdes. se satisfagan. S í , Januarito, anda, dinos como
c a p a c e s de perder el mejor amigo por 110 p e ™ r la facetada que está eso, dijo la prima: mas el demonio de J u a n Largo sabia
le3 viene á la boca en la mejor o c a s i o n ; pues tienen el arte da tanto de cometas c o m o de píroethenia, pero no era muy tonto; y
herir y avergonzar á cualquiera c o n s u s chocarrerías, y tan á así sin cortarse respondió: prima, ese encargo se lo puedes lia-
mala hora para el agraviado, que parece que les pagan, como cer á mi a m i g o Perico por dos r a z o n e s , la una porque e s mu-
me sucedió á mí con mi buen c o n d i s c í p u l o , que mq fué á ha- chacho m u y hábil, y la dos, porque siendo esta súplica tuya,
cer quedar mal, justamente c u a n d o estaba y o queriendo quedar propia para hacer lucir una buena esplicacion cometal, por re-
bien con su prima. Detestad, hijos míos, las amistades de se- g l a de política debemos obsequiar con estos lucimientos á los
mejante clase de sugetos. huéspedes. C o n q u e vamos, suplícale al Sarniento que te lo
esplique: verán vdes. qué pico de m u c h a c h o . A s i que él no es'-
L l e g ó la hora de c o m e r , pusieron la mesa, y nos sentamos
té con nosotros y o te esplicaré, no digo qué cosa son cometas,
todos según la clase y carácter de cada uno. A mí me tocó
y por donde c a m i n a n , que e s lo que ha apuntado el padrecito,
sentarme frente á un sacerdote vicario de Tlalnepantla, á cuyo
sino que te diré cuantos son todos los luceros, c o m o se llama
lado estaba el cura de Cuautitlán, (lugar á siete leguas de Méxi-
cada uno, por donde andan, que hacen, e n qué se entretienen,
co) que era un viejo gordo y harto s e r i o .
con todas las m e n u d e n c i a s que tú quieras saber, satisfecho que
Comieron todos alegremente, y y o también, que como mu-
tengo de contentar tu curiosidad por prolija que sea, sin que
chacho al fin, no era rencoroso, y m a s c u a n d o trataban de com-
haya miedo que 110 m e creas, pues c o m o dijo tió Quevedo:
placerme c o n abunbancía de guisados esquisitos y sabrosos dul-
i ees; porque D . Martín, que asi se llamaba el a m o , era bastante
liberal y rico. El mentir de las estrellas

D i ñ a n t e la c o m i d a h a b l a r o n d e m u c h a s c o s a s q u e y o no en- Es un seguro mentir,

tendí; pero d e s p u p s q u e a l z a r o n los m a n t e l e s , p r e g u n t ó una se- Porque ninguno ha de ir

ñora ¿si h a b í a m o s visto la c o n r t . , ? E l c o m e t a d i r á . v d . , seño- A preguntárselo á cllus.


Conque ya quedamos, Ponciauita, que te esplicará el cometa
yo; y si la elección recae en mí, lo haré con mucho gusto, por-
al derecho y al reves mi amigo Perucho, mientras yo con liceu-
que no me agrada que me rueguen, ni s é hacer desaire á las se-
cía de estos señores voy á ensillar mi caballo; y diciendo y ha-
ñoras. Sin duda la guiñó del ojo; porque al instante me dijo
ciendo se disparó fuera de la sala sin atender á que yo decía,
la prima de Largo: vd. señor, quisiera me hiciera ese favor. N o
que estando allí los señores padres, ellos satisfarían el gusto de
me pude escapar: me determiné á darle gusto; mas no sabia ni
la señorita mejor que yo. N o valió la escusa: el vicario de
por donde comenzar, porque maldito si yo sabia palabra de co-
1'lalnepantla me había conocido el juego, y porfiaba en que
metas, ni cornetos: sin embargo, con algún orgullo (prenda e-
fuera y o el esplicador. Y o , decía, no señores: fuera una gro-
sencialísima de todo ignorante) dije: pues, señores, los cometas,
sería que y o quisiera lucir donde están mis mayores. El cu-
ó las cometas, como otros dicen, son unas estrellas mas gran-
ra, que era tan socarron c o m o sério, al oir esta mí urbanidad, se
des que todas las demás; y despues que son tan grandes, tienen
sonrió al modo de conejo y dijo: sabrán vdes. para bien saber,
una cola muy larguísima ¿Muy larguísima? dijo el vica-
que en tiempo de marras, habia en mi parroquia un cura muy
rio: y y o que no conocía que se admiraba de que ni castellano
tonto y vano, entre los que eran mas tontos: él, pues, un día es»
eabía hablar, le respondí lleno de vanidad; sí, padre, muy lar-
taba predicando lleno de satisfacción cuantas majaderías se le
guísima, ¿pues qué no la ha visto vd.? V a y a , sea por Dios, me
venían á la cabeza, á unos pobres indios que eran los que úni-
contestó. Y o proseguí: estas colas son de dos colores, ó blan-
camente podían tener paciencia de escucharlo. Estaba en
cas ó encarnadas: si son blancas, anuncian paz ó alguna felici-
lo mas fervoroso del sermón, cuando fué entrando en la iglesia
dad al pueblo; y si son coloradas como teñidas de sangre, anun-
el arzobispo mi señor, que iba á la santa visita. A l instante
cian guerras ó desastres; por eso la cometa que vieron los re-
que entró alborótose el auditorio y turbóse el predicador; siendo
yes magos tenia su cola blanca, porque anunció el nacimiento
su sorpresa mayor que si hubiese visto al diablo. Callóse la
del Señor y la paz general del mundo, que hizo por esta razón
boca, quitóse el bonete, y diciendo su ilustrísima que continua-
el rey Octaviano, y esto no se puede negar, pues no hay naci-
ra, esclamó: ¡cómo era c a p a z , señor ilustrísimo, que estando
miento alguno en la noche buena que no tenga sft eometita con
presente mi prelado, fuera y o tan grosero que me atreviera á se-
la cola blanca. E l que no los veamos muy seguido es por-
guir mi sermón! E s o no, suba usía ílustrísíma, y acábelo* mien-
que Dios los tiene allá retirados, y solo los deja acercarse á
tras acabo y o la misa -pro populo. E l arzobispo no pudo con-
nuestra vista cuando han de anunciar la muerte de algún rey,
tener la risa de ver la grande urbanidad de este cura ignorante,
el nacimiento de algún santo, ó la paz ó la guerra en algu-
y lo bajó del pulpito y del curato: apljquen vdes. Calló el pa-
na ciudad, y por eso no los. vemos todos los dias; porque Dios
dre gordo diciendo esto. Sonriose el vicario y las mugeres, y
no hace milagros sin necesidad. El cometa de este tiempo
y o no dejé de correrme, aunque me cabía cierta duda en si lo
tiene la cola blanca, y seguramente anuncia la paz. Esto
diria por mi política, ó por la de J u a n Largo; mas no duré mu-
es, dije yo muy satisfecho, esto es lo que hay acerca de los co-
cho en esta suspensión, porque el zaragate del padre vicario
metas. Está vd. servida, señorita. Muchas gracias, dijo ella.
probó de una v e z todo su arbitrio diciendo á la Ponciauita: vd.
No, no muchas, dijo el vicario; porque el señorito, aunque me
niña, elija quien ha de esplicar lo que es cometa, el colegial ó
dispense, no ha dicho palabra en su lugar; sino un atajo dedis-
66
parales endiablados. Se conoce que no ha estudiado palabra
témala; porque el primero tiene menos que andar que el segun-
de astronomía, y por lo propio ignora qué cosas son estrellas fi-
do. E s a s colas que se les advierten, no son, según los que
jas, qué son planetas, cometas, constelaciones, dígitos, eclipses
entienden, otra cosa mas que unos vapores que el sol les estrae
&c. &c. Y o tampoco soy astrónomo, amiguito, pero tengo al-
é ilumina, así c o m o ilumina la ráfaga de átomos cuando entra
g u n a tintura de una que otra cosilla d e estas; y aunque es m u y
por una ventana; y este mismo sol, conforme la disposición en
superficial, m e basta para conocer que v d . tiene menos, y así
que comunica su luz á este vapor, hace que estas colas de los
habla tantas barbaridades; y lo peor es que las habla con vanidad,
cometas nos presten un color blanco ó rojo, para c u y a persua-
y creyendo que entiende lo que dice y que es c o m o lo entiende;
cíon no necesitamos atormentar el entendimiento, pues todos los
pero para otra v e z no sea vd. candido. Sepa vd. que los come-
dias advertimos las nubes iluminadas con una luz blanca ó ro-
tas no son estrellas, ni se ven por milagro, ni anuncian guerras,
j a según su posicion respecto al sol * . E n virtud de esto, nada
ni paces, ni la estrella que vieron los reyes del Oriente cuando
tenemos que esperar favorable del color blanco de las colas de
n a c i ó el Salvador era cometa, ni Octaviano fué rey, sino cesar
los cometas, ni que temer adverso por su color rojo. Esto es
ó emperador de R o m a , ni éste h i z o la paz general con el m u n -
lo mas fundado y probable por los físicos en esta materia: lo de-
do por aquel d i v i n o natalicio; sino que el príncipe de la paz Je-
mas son vulgaridades que ya todo el mundo desprecia. S i vd.
sucristo, quiso nacer cuando reinaba en el universo una paz ge-
quisiere imponerse á fondo de estas cosas, lea al padre A l m e i -
neral, que fué en tiempo de A u g u s t o C e s a r Octaviano, ni crea
da, al Brison, y á otros autores traducidos al castellano que tra-
vd. finalmente, ninguna de las d e m á s vulgaridades que se di-
tan de la materia pro famotiori, esto es, con estension. L a que
cen de los cometas; y porque no piense vd. que esto lo digo á
yo he tenido para esplicar este asunto, ha sido demasiada, y ver-
tintín de boca, le esplícaré en breve lo que es cometa. Oiga vd.
daderamente tiene visos de pedantería, pues estas materias son
L o s cometas son planetas como todos los demás, esto es: lo mis-
agenasy tal vez ininteligibles á las personas que nos escuchan,
mo que la Luna, Mercurio, Venus, la Tierra, Marie, Jípiter,
exceptuando al señor cura; pero la ignorancia y vanidad de vd.
Saturno y Herschel, los cuales s o n unos cuerpos esféricos (esto
me han comprometido á tocar una materia singular entre seme-
es, perfectamente redondos, ó c o m o vulgarmente decimos, u n a 3
jantes sugetos, y que por l o mismo conozco habré quebrantado
bolas) son opacos, no tienen ninguna luz de por sí, asi c o m o
las leyes de la buena crianza; mas la prudencia de estos seño-
110 la tiene la tierra, pues la que reflectan ó nos envian, se la
res me dispensará, y vd. me agradecerá ó no, mis buenas inten-
c o m u n i c a el sol.. L a causa de que los veamos de tarde en tar-
ciones, que se reducen á hacerle ver, no se meta j a m á s á hablar
de, es porque su curso es irregular, respecto á los demás pla-
en cosas que no entiende.
netas, quiero decir: aquellos h a c e n sus giros sobre el sol esfe-
Contemplen ustedes ¿cómo quedaría yo con semejante res-
rica, y éstos elípticamente, pues, unos dan su vuelta redonda.y
ponsorio? A l instante conocí que aquel padre dccia muy bien,
otros (los c o m e t a s ) larga; y esta e s la causa porque t e n i e n d o
por mas que yo sintiera su claridad, pues aunque he sido igno-
mas c a m i n o que andar, nos tardamos nosotros mas en ver-
rante; no he sido tonto, ni he tenido c a b e z a de tepeguaje: fácil-
los; así c o m o m a s pronto verá v d . al que haya de ir y venir
tle aquí á M é x i c o , que al que haya de ir y venir de aquí á C.oa- Eslas explicaciones del padre vicario indican que tampoco él es-
taba muy instruido en el asunto.—E.
planetas, de astros, cometas, eclipses, ni nada de cuanto el pa-
mente ne he docilitado á la razón; porque en la realidad, hay
dre me dijo? ¿Cuándo he visto ni por el forro, los autores que
verdades tan demostradas y penetrantes que se nos meten por
me nombró, ni he oído siquiera hablar de esto antes que ahora?
los ojos á pesar de nuestro amor propio. ¡Infelices de aquellos
¿Pues quién diablos me metió en la cabeza ser esplicador de co-
cuyos entendimientos son tan obtusos que no les entran las
sa que no entiendo, y luego esplicador tan sandio y orgulloso?
verdades mas evidentes! y mas infelices aquellos cuya obstina-
¿En qué estaría yo pensando? Y a se v é , soy bachiller en filo-
ción es tal que los hace cerrar los ojos para no ver la luz. ¡Qué
sofía, soy físico. Reniego de mi física y de cuantos físicos
pocas esperanzas dan unos y otros de prestarse dóciles á la ra-
hay en el mundo si todos son tan pelotas como yo. ¡Voto á mis
zón en ningún tiempo! Quedóme confuso, como iba dicien-
pecados! ¿Qué dirá este padre? ¿Qué dirá el señor cura? ¿Y qué
do, y creo que mi vergüenza se conocía por sobre de mi ropa;
dirán todos? Pero ¿qué han de decir, sino que soy un burro? Pa-
porque no me atreví á hablar una palabra, ni tenia qué. Las
ra mas fué que yo, el tuno de Juan Largo, que no se atrevió á
señoras, el cura y demás sugetos de la mesa, solo se miraban
manifestar su ignorancia. No hay remedio: saber callar es un
y me miraban de hito en hito, y esto me corría mas y mas. principio de aprender, y el silencio es una buena tapadera de la
Pero el mismo padre vicario, que era un hombre muy pru- poca instrucción: Juan Largo no hablando, dejó á todos en du-
dente, me quitó de aquella media naranja con el mejor disimu- da de si sabe ó no sabe !o que son cometas; y yo con hablar
lo, diciendo: señores, hemos parlado bastante: yo voy á rezar tanto no conseguí sino manifestar mi necedad y ponerme á
vísperas, y es regular que las señoritas quieran reposar un po- una vergüenza pública. Pero ya sucedió, ya no hay remedio.
co para divertirnos esta tarde con los toritos. Ahora para que no se pierda todo, es preciso satisfacer al mis-
Levantóse luego de la mesa, y todos hicieron lo mismo. Las mo padre, que es quien entiende mi tontera mejor que los de-
señoras se retiraron á lo interior de la casa, y los hombres, unos más, y suplicarle me dé un apunte de los autores físicos que yo
se tiraron sobre los canapees: otro3 cogieron un libro: otros se pueda estudiar; porque ciertamente la física no puede menos
pusieron á divertir á juegos de naipes, y otros por fin, tomaron que ser una ciencia, á mas de útilísima, entretenida, y yo de-
sus escopetas y se fueron á pasar el rato á la huerta. seo saber algo de ella.
Solo yo me quedé de non, aunque muchos señores me brin-
Con esta resolución me levanté de la banca y me fui á bus-
daron con su compañía; pero yo les di las gracias, y me escusú
car al vicario que ya había acabado de rezar, y redondamente
con el pretesto de que estaba cansado del camino, y que acos- le canté la palinodia. Padrecito, le dije: ¿qué habrá vd. dicho
tumbraba dormir un rato de siesta. de la nueva espiicocion del cometa que me ha oído? Vamos,
Cuando vi que todos estaban ó procurando dormir, ó diver- que vd. no se esperaba tan repentino entremés sobre mesa; pe-
tidos, me salí al corredor, me recosté en una banca, y comencé ro la verdad, yo soy un majadero y lo conozco. Como cuan-
á hacer las mas serias reflexiones entre mí acerca del chasco do aprendí en el colegio unos cuantos preliminares de física y
que me acababa de pasar.
Ciertamente, decía yo, ciertamente que este padre me lia algunas propiedades de los cuerpos en general, me acostubré á
avergonzado; pero despuesde todo, yo he tenido la culpa en me- decir que era físico, lo creí firmísimamente,y pensé que no ha-

terme á dar voto en lo que no iutiendo. N o hay duda, yo sor bía ya mas que saber en esa facultad. A esta preocupacnn se

un necio, un bárbaro y un presumido. ¿Qué he leidq yo de


«iguíó el ver que había quedado bien en mis actillos, que me
CAPITULO VII.
alabaron los convidados y me dieron mis galas; y despues de
Prosigue nuestro autor contando los sucesos que le pasaron en la
esto, no habrá ocho dias que me he graduado de bachiller en
hacienda.
filosofía, y me dijeron que estaba yo aprobado para todo: pensé
«pie era yo filósofo de verdad, que el tal titulo probaba mi sabi-
dur'a, y que aquel pasaporte que me dieron para todo, me fa- IN embargo de que nos llamaron, el padre vicario conti-

cúltala pura disputar de todo cuanto hay, aunque fuera con el nuó diciéndome: por lo que toca á lo que vd. me pide acerca de

mismo Salomon; perovd. me ha dado ahora una lección deque que le instruya de los mejores autores físicos, le digo, que no es

deseo aprovecharme; porque me gusta la física, y quisiera sa- menester apuntito, porque son muy pocos los que he de aconsejar

ber los libros donde pueda aprender algo de ella; pero que la á vd. que lea, y fácilmente los puede encomendar á la memoria.

enseñen con la claridad que vd. Procure vd. leer la Física esperimenlal de los Abates Para y No-
llet, las Recreaciones filosóficas del padre D. Teodoro de Almei-
Esa es una buena señal de que vd. tiene un talento no vulgar,
da, el Diccionario de fisica, y el tratado de fisica de Brisson.
me dijo el padre; porque cuando un hombre conoce su error,
C o n esto que vd. lea con cuidado, tendrá bastante para hablar
lo confiesa y desea salir de él, da las mejores esperanzas, pues
con acierto de esta ciencia en donde se le ofrezca, y si á este
esto no es propio de entendimientos arrastrados que yerran y
estudio quisiere añadir el de la historia natural como que es tan
lo conocen, pero su soberbia no les permite confesarlos; y así
análogo al anterior, podrá leer con utilidad el Espectáculo de la
ellos mismos se privan de la luz de la enseñanza, semejantes
naturaleza por Pluche, y con mas gusto y fruto la Historia na-
al enfermo imprudente que por no descubrir su llaga al médico,
tural del célebre conde de Buffon, llamado por antonomàsia el
se priva de la medicina y se empeora.
Plinio de Francia.
Pero ¿dónde aprendió vd. ese monton de vulgaridades que
Estos estudios, amiguíto, son útiles, amenosy divertidos; por-
nos contó de los cometas? Porque en el colegio seguramente no
que el entendimiento no encuentra en ellos lo abstracto de la
se las enseñaron. Y a se ve que no, le respondí. E s a cópia
teología, la incertidumbre de la medicina, lo intrincado de latí
de lucid.'sima erudición que he vaciado se la debo á las viejas y
leyes, ni lo escabroso de las matemáticas. Todo llena, todo de-
cocineras de mi casa. N o es vd. el primero, dijo el padre, que
leita, todo embelesa y todo enseña, así en la física como en la
mama con la-primera leche semejantes absurdos. Verdadera-
historia natural. E s estudio que no fatiga y ocupacion que no
mente que todas esas son patrañas y cuentos de viejas. Vd-
cansa. La doctrina que ministra es dulce, y el vaso en que se
lo que debe hacer es aplicarse, que aun es muchacho y puede
brinda es de oro.
aprovechar. Y o le daré el apuntito que me pide d é l o s autores
Los que miran el Universo por la parte de afuera, se sorpren-
en que puede leer á gusto estas materias, y le daré también al-
den con su primorosa perspectiva; pero no hacen mas que sor-
gunas leccioncitas mientras estemos aquí.
prenderse como los niños cuando ven la primera vez una cosa
Le di las gracias, quedando prendado de su bello carácter: bonita que les divierte. El filósofo como ve el Universo con
iba á pedirle un favor de muchacho, cuando nos llamaron para otros ojos, pasa mas allá de la simple sorpresa: conoce, obser-
que 1103 fuéramos á divertir al corral del herradero. va, escudriña y admira cuanto hay en la naturaleza.
«iguíó el ver que había quedado bien en mis actillos, que me
CAPITULO VII.
alabaron los convidados y me dieron mis galas; y despues de
Prosigue nuestro autor contando los sucesos que le pasaron en la
esto, no habrá ocho dias que me he graduado de bachiller en
hacienda.
filosofía, y me dijeron que estaba yo aprobado para todo: pensé
«pie era yo filósofo de verdad, que el tal titulo probaba mi sabí-
IN embargo de que nos llamaron, el padre vicario conti-
dur a, y que aquel pasaporte que me dieron para todo, me fa-
nuó diciéndome: por lo que toca á lo que vd. me pide acerca de
cultaba pura disputar de todo cuanto hay, aunque fuera con el
que le instruya de los mejores autores físicos, le digo, que no es
mismo Salomon; perovd. me ha dado ahora una lección deque
menester apuntito, porque son muy pocos los que he de aconsejar
deseo aprovecharme; porque me gusta la física, y quisiera sa-
á vd. que lea, y fácilmente los puede encomendar á la memoria.
ber los libros donde pueda aprender oigo de ella; pero que la
Procure vd. leer la Física esperimental de los Abates Para y No-
enseñen con la claridad que vd.
II et, las Recreaciones filosóficas del padre D. Teodoro de Almei-
Esa es una buena señal de que vd. tiene un talento no vulgar,
da, el Diccionario de fisica, y el tratado de fisica de Brisson.
me dijo el padre; porque cuando un hombre conoce su error,
C o n esto que vd. lea con cuidado, tendrá bastante para hablar
lo confiesa y desea salir de él, da las mejores esperanzas, pues
con acierto de esta ciencia en donde se le ofrezca, y si á este
esto no es propio de entendimientos arrastrados que yerran y
estudio quisiere añadir el de la historia natural como que es tan
lo conocen, pero su soberbia no les permite confesarlos; y así
análogo al anterior, podrá leer con utilidad el Espectáculo de la
ellos mismos se privan de la luz de la enseñanza, semejantes
naturaleza por Pinche, y con mas gusto y fruto la Historia na-
al enfermo imprudente que por no descubrir su llaga al médico,
tural del célebre conde de Buffon, llamado por antonomàsia el
se priva de la medicina y se empeora.
Plinio de Francia.
Pero ¿dónde aprendió vd. ese monton de vulgaridades que
Estos estudios, amiguito, son útiles, amenosy divertidos; por-
nos contó de los cometas? Porque en el cologio seguramente no
que el entendimiento no encuentra en ellos lo abstracto de la
se las enseñaron. Y a se ve que no, le respondí. E s a cópia
teología, la incertidumbre de la medicina, lo intrincado de las
de lucidísima erudición que he vaciado se la debo á las viejas y
leyes, ni lo escabroso de las matemáticas. Todo llena, todo de-
cocineras de mi casa. N o es vd. el primero, dijo el padre, que
leita, todo embelesa y todo enseña, así en la fisica como en la
mama con la-primera leche semejantes absurdos. Verdadera-
historia natural. E s estudio que no fatiga y ocupacion que no
mente que todas esas son patrañas y cuentos de viejas. Vd-
cansa. La doctrina que ministra es dulce, y el vaso en que se
lo que debe hacer es aplicarse, que aun es muchacho y puede
brinda es de oro.
aprovechar. Y o le daré el apuntito que me pide d é l o s autores
Los que miran el Universo por la parte de afuera, se sorpren-
en que puede leer á gusto estas materias, y le daré también al-
den con su primorosa perspectiva; pero no hacen mas que sor-
gunas leccioncitas mientras estemos aquí.
prenderse como los niños cuando ven la primera vez una cosa
Le di las gracias, quedando prendado de su bello carácter: bonita que les divierte. El filósofo como ve el Universo con
iba á pedirle un favor de muchacho, cuando nos llamaron para otros ojos, pasa mas allá de la simple sorpresa: conoce, obser-
que líos fuéramos á divertir al corral del herradero. va, escudriña y admira cuanto hay en la naturaleza.
Si eleva su entendimiento á los cielos, se pierde en la inmen-
der, alabar su providencia, reconocer en silencio lo sublime de
Bidad dé esos espacios llenos de la Magestad mas soberana: si
BU sabiduría, y darle infinitas gracias por el diluvio de beneficios
detiene su consideración en el sol, mira una mole crecidísima
que ha derramado sobre sus criaturas, siendo entre las terrestres
de un fuego vivísimo, penetrante é inestinguible, al paso que
la mas noble, la mas excelsa, la mas privilegiada, y la mas in-
benéfico é interesante á toda la naturaleza: si observa la lu-
grata el hombre, "bajo cuyos pies (nos dice la voz de la verdad)
na, sabe que es un globo que tiene montes, mares, valles,
que sujetó todo lo criado:" Omnia subjecisti subpedibits ejus; y lo
rios, como el globo que pisa; y que es un espejo que refleja
mismo será llegar el filósofo á estos sublimes y necesarios co-
le brillante luz del sol para comunicárnosla c o n sus in-
nocimientos, que comenzar á ser teólogo contemplativo; pues
fluencias: si atiende á los planetas como V e n u s , Mercurio»
así como todos los rayos de la rueda de un coche descansan so-
Marte, y la restante multitud de astros, ya fijos, ya errantes,
bre la maza que es su centro, así las criaturas reconocen su
110 contempla sino una prodigiosa infinidad de mundos ya lu-
punto céntrico en el Criador; por manera, que los impíos ateís-
minosos, y a iluminados, ya soles, ya lunas que observan cons-
tas que niegan la existencia de un Dios criador y conservador
tantemente los movimientos y giros que la sábia Omnipo-
del Universo, proceden contra el testimonio común de las na-
tencia les p»escribió desde el principio: si su consideración des-
ciones, pues las mas bárbaras y salvages han reconocido este
ciende á este planeta que habitamos, admira la economía de su
soberano principio; porque los mismos cielos proclaman la glo-
hechura; mira el agua pendiente sobre la tierra, contenida solo
ria de Dios, el firmamento anuncia sus obras maravillosas, y las
con un débil polvillo de arena: los montes elevados: las casca-
criaturas todas que se nos manifiestan á la vista, son las conduc-
das estrepitosas: las risueñas fuentes: los arroyos mansos: los
toras que nos llevan á adorar las maravillas que 110 vemos. Pe-
caudalosos rios: los árboles, las plantas, las flores, las frutas, las
ro, ya se ve, los ateístas son unos brutos que parecen hombres,
selvas, los valles, los collados, las aves, las fieras, los peces, el
ó unos hombres que voluntariamente quieren ser menos que los
hombre, y hasta los despreciables insectillos que se arrastran; y
brutos. Ello es evidente. . . . E n esto, viendo que nos tardá-
todo, todo le franquea teatro á su curiosidad é investigación. L a
bamos, salieron á llamarnos otra v e z las niñas y señores de
atmósfera, las nubes, las lluvias, el rocio, el granizo, los fuegos
lahacíenda, para que fuéramos á ver las travesuras de los payos
fátuos, las auroras boreales, los truenos, los relámpagos, los ra-
y caporales, y tuvimos que suspender, ó por mejor decir, cortar
yos, y cuantos meteoros tiene la naturaleza, presentan un vastí-
enteramente una conversación tan dulce para mí; porque en
simo campo á su prolijo y estudioso exámen, y despues que ad-
la realidad me entretenía mas que todos los herraderos.
mira, contempla, examina, discurre, pondera y acicala su enten-
dimiento sobre un caos tan prodigioso de entes heterogéneos, Admiráronse de vernos tan unidos al padre y á mí, creyen-
tan admirables como incomprensibles, reflexiona que el conoci- do que y o conservára algún resentimiento por el sonrojillo que
miento ó ignorancia que tiene de estos mismos séres, lo llevan me habia hecho pasar sobre mesa; y aun entre chanzas nos des-
como por la mano hasta la peana del trono del Criador. En. cubrieron su pensamiento; pero yo, en medio de mis desbara-
tonces el filósofo verdadero no puede menos que anonadarse y tos, he debido á Dios dos prendas que no merezco. L a una un
postrarse ante el sólio de la Deidad Suprema, confesar su po- entendimiento dócil á la razón, y la otra, un corazon noble y
sensible, que no me ha dejado prostituir fácilmente á mis pa-
testé: ahora es la primera ocasión que veo esta clase de diver-
siones. L o digo as; porque cuando he cometido algunos excesos'*
siones, que consisten en hacer daño á los pobres animales, y
me ha costado dificultad sujetar el espíritu á la carne. Esto es,
esponerse los hombres á recibir los golpes de la venganza de a -
he cometido el mal conociéndolo y atrepellando los gritos de mi
quellos, la que juzgo se merecen bien por su maldita inclina-
conciencia y con plena advertencia de la justicia, lo que acae-
ción y barbarie. A s í es, amiguito, me dijo el vicario; y se co-
ce á lodo hombre cuando se desliza al crimen. Por estas buenas
noce que vd. no ha visto cosas peores. ¿Qué dijera vd. si vie-
cualidades que digo he visto brillar en mi alma, jamás he sido
ra las corridas de toros que se hacen en las capitales, especial-
rencoroso ni aun con mis enemigos; mucho menos con quien
mente e n las fiestas que llaman Reales? T o d o lo que vd. ve en
he conocido que me ha aconsejado bien tal v e z con alguna as--
estas son frutas y pan pintado: lo mas que aquí sucede es que
pereza, lo que no es común, porque nuestro amor propio se re-«
los toretes suelen dar sus revolcadillas á estos muchachos, y los
siente de ordinario de la mas cariñosa corrección, siempre que"
potros y muías sus caídas, en las que ordinariamente quedan
tiene visos de regaño; y por eso los de la hacienda se' admira-
molidos y estropeados los ginetes; mas no heridos ó muertos co-
ban de la amistosa armonía que observaban entre mí y el padre. mo sucede en aquellas fiestas públicas de las ciudades que di-
F u í m o n o s por fin, al circo de la diversión, que era un graií je; porque allí c o m o se torean toros escogidos por feroces, y es-
corral, e n el que estaban formados unos cómodos tabladitos. tán puntales, es muy frecuente ver los intestinos de los caballos
Sentámonos el padre vicario y yo juntos, y entretuvimos la tar- enredados en sus astas, hombres gravemente lastimados y algu-
de mirando herrarlos becerros, y ganador caballar y mular que nos muertos. Padre, le dije yo, ¿y así esponen los racionales
habia. M a s advertí que los espectadores no manifestaban tan- sus vidas para sacrificarlas en las armas enojadas de una fiera?
ta complacencia cuando señalaban á los animales con el fuego, ¿y así concurren tocios de tropel á divertirse con ver derramar la
como cuando se toreaban los becerrillos ó se gineteaban los po- sangre de los brutos, y tal vez de sus semejantes? A s í suce-
tros, y mucho mas cuando un torete tiraba á un muchacho d e de, me contestó el vicario, y sucederá siempre en los dominios

aquellos, ó un muleto desprendia á otro de sobré sí; porque en- de España, hasta que no se olvide esta costumbre tan repug-

tonces eran desmedidas las risadas, por mas que el golpeado nante á la naturaleza, como á la ilustración del siglo en que vi-

inspirara la compasion con la aflicción que se pintaba en su sem- vimos.

blante.
Conversamos largo rato sobre esto, como que es materia muy
Y o como hasta entonces no habia presenciado semejante es-
fértil, y cuando mi amigo el vicario hubo concluido, le dije: pa>
cena, no podia menos que conmoverme al ver á un pobre que
dre, estoy pensando que ese demontre de Januario ó Juan Lar-
se levantaba rengueando de entre las patas de tina muía ó las
go, mi condiscípulo, luego que sepa los disparates que y o dije del
astas de un novillo. E n aquel momento solo consideraba el do-
cometa, y la justa reprehensión de vd., me ha de burlar altamen-
lor que sentiría aquel infeliz, y esta genial compasion no me
te y eii la mesa delante de todos, porque es muy pandorguísla,
permitía reír cuando todos reventaban á caquinos. E l juicio-
y tiene su gusto en pararle la bola, como dicen, á cualquiera en
so vicario, que ¡ojalá hubiera sido mi mentor toda la vida, ad-
ía mejor concurrencia; y yo ciertamente 110 quisiera pasar otro
virtió mi seriedad y silencio, y leyéndome el corazon me dijes
bochorno como el de á medio dia, ó ya que el sea tan mal a mi-
¿vd. ha visto toros en M é x i c o alguna vez? N o , señor, le corr-
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go y tan imprudente, que padeciera el mismo tártago que yo, ese ha sido el motivo, tú no me has de exceder en valor. Yo
haciéndolo vd. quedar mal con alguna preguntita de física, pues también quiero que diga la posteridad, que si un zapatero se a-

estoy seguro que entiende tanto de esto como de hacer un par trevió á dar una bofetada al emperador Trajano, Trajauo tuvo

de zapatos; y así le encargo á vd. que me haga este favor y le valor para perdonar al zapatero. Anda libre.

saque los colores á la cara por faceto. Esta acción no necesita ponderarse: ella solase recomienda,
y vd. puede deducir de ella y de miles de iguales que hay en su
Mire vd., me dijo el padre: á mí me es fácil desempeñar á
línea, que para vengarse es menester ser vil y cobarde; y para
vd. pero esa es una venganza, cuya vil pasión debe vd. refre-
110 vengarse es preciso ser noble y valiente; porque el saber ven-
nar toda la vida: la venganza denota una alma baja que no sa- ,
cerse á sí mismo y sujetar las pasiones, es el mas difícil ven-
be ni es capaz de disimular el mas mínimo agracio. E l perdo-
cimiento, y por eso es la victoria mas recomendable, y la prue-
nar las injurias 110 solo es señal característica de un buen cris-
ba mas inequívoca de un corazon magnánimo y generoso.
tiano, sino también de una alma noble y grande. Cualquiera
Por todo esto, me parece que será bueno que vd. olvide y
por pobre, por débil y cobarde que sea, es capaz de vengar una
desprecie la injuria del señor Januario. Pues padrecito, le dije,
ofensa: para esto no se necesita religión, ni talento, ni pruden-
si mas valor se necesita para perdonar una injuria que para ha-
cia, ni nobleza, cuna, educación ni nada bueno; sobra con te-
cerla, y o desde ahora protesto no vengarme ni de Juan Largo,
ner una alma vil, y dejar que la ira corra por donde se le an-
ni de cuantos me agravien en esta vida. ¡O D . Pedrito, me con-
toje para suscribir fácilmente á los sanguinarios sentimientos
testó el vicario, cuán apreciable fuera esta clase de protestasen
que inspira. Pero para olvidar un agravio, para perdonar al que
el mundo si todas se llevasen al cabo! pero no hay que protes-
nos lo infiere, y para remunerar la maldad con acciones bené-
tar en esta vida con tanta arrogancia; porque somos muy débiles
ficas, es menester no solamente saber el evangelio, aunque esto
y frágiles, y no podemos confiar en nuestra propia virtud, ni ase-
debía ser suficiente; sino tener una alma heroica, un corazon
guramos en nuestra sola palabra. A la hora de la tempestad ha-
sensible, v esto no es común: tampoco lo es ver unos héroes
cen los marineros mil promesas, pero llegando al puerto se ol-
como Trajano, de quien se cuenta que dando audiencia pública vidan como si 110 se hubieran hecho. Cuando la tierra tiem-
llegó al trono un zapatero fingiendo iba á pedir justicia; acercóse bla no se oyen sino plegarias, actos de contrición y propósitos de
al emperador, y aprovechando un descuido, le dió una bofetada. enmienda; mas luego que se aquieta, el ébrio se dirige al vaso,
Alborotóse el pueblo, y los centinelas querían matarlo en el ac- el lascivo á la dama, el tahúr á la baraja, el usurero á sus lucros,
to; pero Trajano lo impidió para castigarlo por sí mismo. Ya y todos á sus antiguos vicios. Una de las cosas que mas per-
asegurado el alevoso, le preguntó: ¿qué injuria te he hecho, ó judican al hombre, és la coufianza que tiene de sí mismo. E s -
qué motivo has tenido para insultarme? E l zapatero tan nécio ta pone en ocasion de prostituirse á los jóvenes, de estraviará
como vano, le contestó: señor, el pueblo bendice vuestro ama- las almas timoratas, de abandonarse álos que ministran A j u s t i -
ble carácter: nada tengo que sentir de vos; mas he cometido es- cia, y de ser delincuentes á los mas sábios y santos. Salomon
te sacrilego delito, sabiendo que he de morir, solo porque las ge- prevaricó, y San Pedro que se tenia por el mas valiente de los
neraciones futuras digan que un zapatero tuvo valor para dar Apóstoles, fué el primero y aun el único que negó á su divino
una bofetada al emperador Trajano. Pues bien, dijo ésto; si 3—2
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Maestro. Conque no hay que fiar mucho en nuestras fuerzas, ni
que yo me habia pensado. Couque, Periquillo, me dijo, ¿las co-
que charlar sobre nuestra palabra: porque mientras no llega la
metas son una cosa á modo de trompetas? ¡Vamos, que tú has
ocasion, todos somos rocas; pero puestos en ella somos unas
quedado lucido en el acto del medio dia! Sí, ya sé tus gracias: no
pajitas miserables que nos inclinamos al primer vientecillo que
sabia /o que tenia por condiscípulo un tan buen físico como tú
nos impele.
y á mas de físico, astrónomo. Seguramente que con el tiempo
Poco mas duró nuestra conversación, cuando se acabó la tar-
serás el mejor almanaquero del reino. A hombre que sabe tan-
de v con ella aquella diversión, siéndonos preciso trasladarnos
to de cometas ¿qué cosa se le podrá ocultar de todos los astros
á la sala de la hacienda.
habidos y por haber? Las mugeres, como casi siempre obran
Como en aquella época no se trataba sino de pasar el rato, to-
según lo que primero advierten, y en esta rechifla no veían
dos fueron entreteniéndose con lo que mas les gustaba, y así
otra cosa que una burleta, comenzaron á reir y á verme mas de
fueron tomando sus naipes y bandolones, y comenzaron á di-
lo que yo quGria; pero el padre vicario que ya me amaba y co-
vertirse unos con otros. Y o entonces ni sabia jugar, (ó 110 te-
nocía mí vergüenza, procuró libertarme de aquel chasco, y di-
nia qué, que es lo mas cierto) ni tocar, y así me fui por una ca-
jo á D . Martin (que ya dije era dueño de la hacienda), ¿conque
becera del estrado para oír cantar á las muchachas, las que me
pasado mañana tiene vd. eclipse de sol? Sí señor, dijo D. Mar-
molieron la paciencia á su gusto; porque se acercaban ácia á mí
tin, y estoy tamañito. ¿Por qué? preguntó el vicario. ¿Cómo
dos ó tres, y una decía: niña, cuéntame un cuento, pero que no
por qué? (dijo el amo); porque los eclíses son el diablo. Ahora
sea el de Periquillo Sarniento. Otra me decia: señor, vd. ha es-
dos años, me acordaré, que estaba ya viniéndose mi trigo, y
tudiado, díganos ¿por qué hablan los pericos como la gente?
por el maldito eclis nació todo chupado y ruincísimo, y no solo,
Otra decia: ¡ay, niña, qué comezon tengo en el brazo! ¿si ten-
sino que toda la cria del ganado que nació en aquellos días se
dré sarna? A s í me estuvieron chuleando estas madamas toda
maleó y se murió la mayor parte. V e a vd. si con razón les ten-
la noche hasta que fué hora de cenar.
go tanto miedo á los eclises. Amigo D. Martin, dijo el vicario,
Púsose la mesa: sentámonos todos y con todos mi amiguí- yo creo que no es tan bravo el león como lo pintan: quiero de-
simo Juan Largo que hasta entónces se habia estado jugando cir, que no son los pobres eclipses tan perversos como vd. los
malilla, ó no sé que. supone. ¿Cómo no, padre? dijo D . Martin. V d . sabrá mucho,
Mientras duró la cena se trataron diversos asuntos. Y o en pero tengo mucha esperencia, y ya ve que la esperencia, es ma-
uno que otro metía mí cucharada; pero despues de provocado, dre de la cencía. No hay duda, los eclists son muy dañinos á
y siempre con las salvas de: según me parece: yo no tengo inte- las sementeras, á los ganados ; á la salú y hasta las mugeres
ligencia: dicen: he oido asegurar pero ya no hablé con ar- preñadas. Ora cinco años me acordaré que estaba en cinta
rogancia como al medio dia: ya se ve, tal me tenia de acobar- mi muger, y no lo ha de creer, pues hubo eclis y nació mi hijo
dado el sermón que me espetó el vicario en mis bigotes. ¡O Polinario tenenitas. ¿Pero por qué fué esa desgracia? pregun-
cuánto aprovecha una lección á tiempo! tó el cura. ¿Cómo porqué, señor? dijo D . Martin, porque se
lo comió el eclis. IS'o se engañe vd., dijo el vicario; el eclip-
Se alzó la mesa, y mi buen amigo Juan Largo, dirigiendo a
se es muy hombre de bien, á nadie se come ni perjudica, y pí
mi la palabra, comenzó á desahogar su génio bufón, lo mismo
no, que lo diga D . Januario. ¿Qué dice vd. sr. bachiller? N o hoy pleitos, qué choques, influencias tatales ni malditas quiere vd.
remedio contestó lleno de satisfacción, porque le habían toma- que produzcan los eclipses? Sepa vd. señor D . Martin, que
do su parecer: no, no hay remedio, decia: el eclipse no puede el mayor eclipse no le puede hacer á vd. ni á sus siembras, ni
comer la carne de las criaturas encerradas en el vientre de sus ganado, mas daño, que quitarles una poca de luz por un rato.
madres; pero sí puede dañarlas por su maligna influencia, y ha- N o hay tal pleito del sol y la luna, ni tales faramallas. ¿Se pu-
cer que nazcan tencuas ó corcovadas, y mucho mejor puede diera vd. pelear de manos desde aquí con uno que estuviera en
con la misma malignidad matar las crias y chuparse el trigo, México? Y a se ve que no, dijo D . Martin. Pues lo propio
según ha dicho mi tío, atestiguando con la esperiencia, y ya ve sucede al sol respecto de la luna, prosiguió el vicario; porque
vd. padre mío, que quod ub experienlia patet non indiget proba- dista un astro de otro muchísimas leguas. P u e s en resumidas
tionc. E s t o es; no necesita de prueba lo que ya ha manifesta- cuentas, preguntó D . Martin, ¿qué es eclis? N o es otra cosa,
do la experiencia. respondió el padre vicario, que la interposición de la luna entre
N o me admiro, dijo el padre, que su tío de vd. piense de esa nuestra vista y el sol, y entonces se llama eclipse de sol, ó la
manera, porque no tiene motivo para otra cosa; pero me hace interposición de la tierra entre la luna y el sol, y entónces se di-
mucha fuerza oir producirse de igual modo á un señor colegial. ce eclipse de luna.
Según eso, dígame v d . ¿qué son los eclipses? Y o creo, dijo ¿Ya ve vd. todo eso? dijo el payo, pues no lo entiendo. Pues
Januario, que son aquellos choques que tiene el sol y luna, en y o haré que lo perciba vd. clarísimamente, dijo el padre: sepa
los que uno ú otro salen perdiendo siempre conforme es la fuer- vd. que siempre que un cuerpo opaco se opone entre nuestra
za del que vence: si vence el sol, el eclipse es de la luna, y si vista y un cuerpo luminoso, el opaco nos embaraza ver aquella
vence ésta; se eclipsa el sol. Hasta aquí 110 tiene duda; por- porcion de luz que cubre con su disco. A g o r a lo entiendo me-
que mirando el eclipse en una bandeja de agua, materialmente nos, decia D.. Martin. Pues me ha de entender vd. replicó el
se ve como pelea el sol c o n la luna; y se advierte lo que uno ú padre. Si vd. pone su mano enfrente de sus ojos y la luz de
otro se comen en la lucha; y si tienen virtud estos dos cuerpos la vela, claro es que 110 verá la llama. E s o si entiendo.—Pues
para hacerse tanto daño siendo solidísimos, ¿cómo no podrán ya entendió vd. el eclipse. ¿Es posible, padre, decia D. Mar-
dañar á las tiernas semillas y á las débiles criaturas del mundo?. tin muy admirado, es posible que tan poco tienen que entender
E s o es lo que y o digo, repuso el bueno de D. Martin: vea vd. los eclisesl Sí, atrrgo mió, decia el vicario. L o que sucede
padre si digo bien ó mal. N o hay que hacer, mi sobrino es muy es, que como su mano de vd. es mayor que la llama de la vela,
sabido:• ansí mesmo según y como él esplica el eclis, lo espli- siempre que la ponga frente de ella, la tapará toda y hará un
caba su padre mi diíunlo hermano, que era hombre de muchas eclipse, total; pero si la pone frente de una luminaria de leña,
letras, y allá en la Huasteca, nuestra tierra, decían.todos que era seguramente no la tapará toda sino un pedazo; porque la lumi-
un pozo de cencía. ¡Ah mi hermano! si él viviera ¡qué gusto naria es mas grande que la mano de vd., y entonces puede vd.
' tuviera de ver á su hijo Januaríto tan adelantado! N o mucho; decir que hizo un eclipse parcial, esto es, que tapó una parte de
aunque me perdone, dijo el vicario; porque el señor no entiende la llama de la luminaria. ¿Lo entiende vd.? Y muy bien, res-
palabra de cuanto ha dicho; antes es un blasfemo filosófico. ¿Qué pondió el payo. Pero ¿qué tan fácilmente OTWÍ se entienden los
eclisea del sol y de la luna? Sí señor, dijo el padre. Y a dije á vd.
n e m o s nosotros otros tantos eclipses del sol, y totales, que es
que el sol está m u c h a s leguas distante de la luna: e s mucho ma-
mas gracia. ¡ C ó m o Padre! decía D . Martín. Y a se ve que
yor que ella, lo mismo que la luminaria es mucho mas grande
sí, dijo el vicario: ¿ve vd. de noche el sol? N o señor, ni una p i z -
que su m a n o de vd., y así cuando la luna pasa por entre el sol y
ca, respondió D. Martin. Pues ahí tiene vd. que se le eclipsa
nuestros ojos, tapa un pedazo de éste, que es lo que no vemos,
el sol todo entero, y para que vd. no me vea, tanto tiene que y o
y lo que al señor Januario, á vd. y á otros Ies parece comido,
me meta á la recámara, c o m o que vd. cierre los ojos. E s ver-
n o e s otra cosa que la m a n o que pasa frente de la luminaria.
dad, decia D . Martin; pero s e g ú n quevd. me ha dicho, y según
¿Lo entiende vd.? C o m p l e t a m e n t e , dijo D . Martin, y s e g ú n
lo que agora me dice, creo que el mundo es mucho mas gran-
eso nunca habrá eclisea totales de sol, porque es la luna mucho
dísimo que el sol, que no puede ménos, sobre que lo estamos
mas chica, y no lo puede tapar todo. A s í debía ser, dijo el vi-
mirando. Pues sí puede ménos, a m i g o , dijo el vicario; y e n
cario, si siempre la luna pasara á u n a misma distancia, respec-
efecto, e s tan pequeño respecto al sol, c o m o lo e s una avellana
to del sol y nuestra vista; pero c o m o algunas v e c e s pasa quedan-
respecto á un coco. P u e s entónces, replicó D . Martin, sali-
do muy cerca de nosotros * , nos lo cubre totalmente, así como
mos c o n lo que vd. me dijo, pues aunque m i mano sea m a s
siempre que vd. se ponga la m a n o junto de los ojos no verá na-
chica que la luminaria, me la puede tapar toda en estando muy
da de la luminaria, sin e m b a r g o de que su m a n o de vd. e s mu-
cerca de mis ojos. A s í es, dijo el vicario, puede ó no puede
cho m a s c h i c a que la luminaria; y ahora sí creo que me ha en-
taparla toda, según la distancia en que vd. la pusiere respecto á
tendido vd. ¿Y los de la luna c ó m o son? preguntó el payo. Del
sus ojos. Si la pone lejos de ellos, no tapará toda la luminaria,
mismo modo, dijo el padre: así c o m o la luna tapa ú obscurece
algo verá vd. de ella: pero si se la pone e n las narices, no verá
un pedazo del sol f cuando se pone entre él y nosotros, así la
nada. Y a se ve que así ha de ser, decia D . Martin, y no sola-
tierra tapa ú obscurece un p e d a z o de luna ó toda, cuando se po-
mente no veré la luminaria, pero ni la puerta de la hacienda
ne entre ella y el sol.
que es mas grande, ni cosa alguna, y eso será porque casi me
Ansí debe ser, dijo D . Martin, y ora reflejo que he visto al- tapo los ojos con la mano poniéndola tan cerca. Pues vea vd.
gunos eclisea del sol y luna totales, c o m o vd. les llama, ó que la razón, dijo el padre, porque se suelen ver algunos eclipses to-
se ha tapado toda, de modo que h e m o s estado oscuros totalísi- tales de sol causados por la luna, porque ésta, aunque m u c h o
mamente. Sobre que 110 le hace que la luminaria s e a mas gran- mas pequeña que él, si se pasa muy cerca de nosotros, c o m o
de que la mano. ¿Y es posible que n o son otra cosa los eclises? en realidad pasa algunas v e c e s , hace el efecto de la m a n o fren-
Sí señor, dijo el padre, no son otra cosa, y teniendo el año tres- te d é l a luminaria, y lo mismo hace la tierra, sin embargo de su
cientos sesenta y cinco ó sesenta y seis d í a s , ' s i es bisiesto, te- pequeñez eclipsándonos el sol todas las noches por estar pe-
gada á nosotros * .
N o es la distancia de la luna respecto de nosotros lo que hace
.que sean totales los eclipses, sino su c o m p l e t a i n t e r p o s i c i ó n — E . Perfectamente entendí todo el asunto de los eclipses, padre
t Bien sabia el vicario que lo quc^ se obscurece no es el sol, sino
la tieria que recibe la sombra; pero se esplicó así porque lo entendie- Esto coincide/ron la esplicaciou anteriormente anotada, que no
ra D. Martin. es e x a c t a . — E .
S5

vicario, dijo D . Martin, y c r e o que cualquiera lo entenderá, por vulgares, ni que quitar el crédito á los pobrecitos eclipses, que
negado que sea. ¿Lo entiendes, hija? ¿lo han entendido, mu- e s pecado de restitución.
chachas? T o d a s á u n a v o z respondieron que sí, y que muy Celebraron todos al padre vicario, y le pegaron un buen ta-
bien: que y a sabían q u e p o d í a n hacer eclipses de sol, de luna, bardillo al a m i g o Juan Largo, de modo que se levantó de allí
ó de luminarias, cada v e z q u e se les antojára; pero el buen D . chillándole las orejas. A poco rato nos fuimos á acostar.
M a r t i n volvió á preguntar: dígame vd., padre, y a que los ecli-
ses no son mas que e s o , ¿por qué son tan dañinos que nos pier- CAPITULO VIH.
den las siembras, los g a n a d o s , y hasta nos enferman y sacan im- E n el que escribe Periquillo algunas aventuras que le pasaron en la
perfectos los muchachos? E s a es la vulgaridad, respondió el vi-
h a c i e n d a y la vuelta á su casa.
cario. L o s eclipses en n a d a se meten, ni t i e n e n la culpa de
esas desgracias. L a s siembpas s e pierden, ó porque les ha fal-
otro dia nos levantamos m u y contentos: el señor cura
tado cultivo á su t i e m p o , ó h a n escaseado las aguas, ó la semilla
h i z o poner su coche, y el padre vicario mandó ensillar su caba-
estaba dañada, ó era ruin, ó la tierra carece de jugos, ó está
llo para irse á sus respectivos destinos. El padre vicario se des-
cansada, & c . L o s g a n a d o s malparen, ó las crias nacen enfer-
pidió de mí c o n m u c h o cariño, y y o le correspondí con el mis-
mas, y a porque se lastiman las hembras, ó padecen alguna en-
mo; porque era un hombre amable, benéfico, y no soberbio ni
fermedad particular que n o c o n o c e m o s , ó han comido alguna
necio.
yerba que las p e r j u d i c a , & c . ; últimamente, nosotros nos enfer-
Fuéronse, por fin, y y o quedé sin tan útil compañía. E l her-
m a m o s ó por el e x c e s i v o trabajo, ó por algún desórden en la co-
m a n o J u a n L a r g o , tan tonto y s i n v e r g ü e n z a c o m o siempre
mida ó bebida, ó por e s p o n e r n o s al aire sin recato estando el
(porque es propiedad del necio no dársele nada de cosa alguna
cuerpo m u y caliente, ó por otros mil achaques que n o faltan; y
de esta v i d a ) , á la hora del almuerzo me c o m e n z ó á burlar c o n
las criaturas n a c e n tencuas, raquíticas, defectuosas ó muertas,
la cometa; pero y o le rebatí d e f e n d i é n d o m e c o n los disparates
por la imprudencia de s u s madres e n comer cosas nocivas, por
que él habia hablado a c e r c a del eclipse, c o n c u y a diligencia lo
travesear, corretear, alzar c o s a s pesadas, trabajar m u c h o , tener
dejé corrido, y él debía de haber advertido, que es una majade-
cóleras vehementes, ó recibir golpes en el v i e n t r e . Conque
ría ponerse á apedrear el tejado del v e c i n o el que tiene el su-
vea vd. c o m o no tienen l o s pobres eclipses la culpa de nada de
y o de vidrio.
esto. B i e n , dijo D . M a r t i n ; pero ¿cómo suceden estas desgra-
cias puntualmente c u a n d o h a y eclis? L a desgracia de los eclip- F u t r a s e porque y o era nuevo e n la casa, ó porque tenia un
ses, dijo el v i c a r i o , c o n s i s t e en que suceda algo de esto en su genio m a s prudente y jovial, las señoras, las m u c h a c h a s y todos
tiempo; porque los pobres q u e no entienden de nada, luego lue- me querían mas que á J u a n L a r g o , que era naturalmente tosco
g o echan la culpa á los eclipses de cuantas averías hay en el y engreído. C o n esto, cuando y o decia alguna facetada, la c e -
mundo. Así como cuando uno se enferma, lo primero que lebraban infinito, y de esto mondaba mi rival J a n u a r i o , y trata-
hace es buscar achaque á s u enfermedad, y tal v e z cree que se ba de vengarse siempre que hallaba ocasion, sin poder y o librar-
la ocasionó lo mas i n o c e n t e . C o n q u e amigo, no hay que ser me de sus maldades, porque las tramaba con la capa de la a m i s -
S5

vicario, dijo D . Martin, y c r e o que cualquiera lo entenderá, por vulgares, ni que quitar el crédito á los pobrecitos eclipses, que
negado que sea. ¿Lo entiendes, hija? ¿lo han entendido, mu- e s pecado de restitución.
chachas? T o d a s á u n a v o z respondieron que sí, y que muy Celebraron todos al padre vicario, y le pegaron un buen ta-
bien: que y a sabían q u e p o d í a n hacer eclipses de sol, de luna, bardillo al a m i g o Juan Largo, de modo que se levantó de allí
ó de luminarias, cada v e z q u e se les antojára; pero el buen D . chillándole las orejas. A poco rato nos fuimos á acostar.
M a r t i n volvió á preguntar: dígame vd., padre, y a que los ecli-
ses no son mas que e s o , ¿por qué son tan dañinos que nos pier- CAPITULO VIH.
den las siembras, los g a n a d o s , y hasta nos enferman y sacan im- E n el que escribe Periquillo algunas aventuras que le pasaron en la
perfectos los muchachos? E s a es la vulgaridad, respondió el vi-
h a c i e n d a y la vuelta á su casa.
cario. L o s eclipses en n a d a se meten, ni t i e n e n la culpa de
esas desgracias. L a s siembpas s e pierden, ó porque les ha fal-
otro dia nos levantamos m u y contentos: el señor cura
tado cultivo á su t i e m p o , ó h a n escaseado las aguas, ó la semilla
h i z o poner su coche, y el padre vicario mandó ensillar su caba-
estaba dañada, ó era ruin, ó la tierra carece de jugos, ó está
llo para irse á sus respectivos destinos. El padre vicario se des-
cansada, & c . L o s g a n a d o s malparen, ó las crias nacen enfer-
pidió de mí c o n m u c h o cariño, y y o le correspondí con el mis-
mas, y a porque se lastiman las hembras, ó padecen alguna en-
mo; porque era un hombre amable, benéfico, y no soberbio ni
fermedad particular que n o c o n o c e m o s , ó han comido alguna
necio.
yerba que las p e r j u d i c a , & c . ; últimamente, nosotros nos enfer-
Fuéronse, por fin, y y o quedé sin tan útil compañía. E l her-
m a m o s ó por el e x c e s i v o trabajo, ó por algún desórden en la co-
m a n o J u a n L a r g o , tan tonto y s i n v e r g ü e n z a c o m o siempre
mida ó bebida, ó por e s p o n e r n o s al aire sin recato estando el
(porque es propiedad del necio no dársele nada de cosa alguna
cuerpo m u y caliente, ó por otros mil achaques que n o faltan; y
de esta v i d a ) , á la hora del almuerzo me c o m e n z ó á burlar c o n
las criaturas n a c e n tencuas, raquíticas, defectuosas ó muertas,
la cometa; pero y o le rebatí d e f e n d i é n d o m e c o n los disparates
por la imprudencia de s u s madres e n comer cosas nocivas, por
que él habia hablado a c e r c a del eclipse, c o n c u y a diligencia lo
travesear, corretear, alzar c o s a s pesadas, trabajar m u c h o , tener
dejé corrido, y él debia de haber advertido, que es una majade-
cóleras vehementes, ó recibir golpes en el v i e n t r e . Conque
ría ponerse á apedrear el tejado del v e c i n o el que tiene el su-
vea vd. c o m o no tienen l o s pobres eclipses la culpa de nada de
y o de vidrio.
esto. B i e n , dijo D . M a r t i n ; pero ¿cómo suceden estas desgra-
cias puntualmente c u a n d o h a y eclis? L a desgracia de los eclip- F u t r a s e porque y o era nuevo e n la casa, ó porque tenia un
ses, dijo el v i c a r i o , c o n s i s t e en que suceda algo de esto en su genio m a s prudente y jovial, las señoras, las m u c h a c h a s y todos
tiempo; porque los pobres q u e no entienden de nada, luego lue- me querían mas que á J u a n L a r g o , que era naturalmente tosco
g o echan la culpa á los eclipses de cuantas averías hay en el y engreído. C o n esto, cuando y o decia alguna facetada, la c e -
mundo. Así como cuando uno se enferma, lo primero que lebraban infinito, y de esto mondaba mi rival J a n u a r i o , y trata-
hace es buscar achaque á s u enfermedad, y tal v e z cree que se ba de vengarse siempre que hallaba ocasion, sin poder y o librar-
la ocasionó lo mas i n o c e n t e . C o n q u e amigo, no hay que ser me de sus maldades, porque las tramaba con la capa de la a m i s -
tad. ¡Abominable carácter de almas viles, que fabrican la trai- ¿Quién creerá que estas frivolas lisonjas eran las vilinas me-
ción á la sombra de la misma virtud! dicinales que aquellos tunantes aplicaban á mis golpes y magu-
C o m o yo por una parte lo amaba, y él por otra tenia un ge- llones? ¿y quié n creerá que yo me daba por muy bien servido
nio intrigante, me disimulaba sus malas intenciones, y y o me c o n ellas, y se me olvidaba la jácara que me hacían al caer, y
entregaba sin recelo á sus dictámenes. los pugidos que me costaba levantarme algunas veces? ¿Mas,

Todas las tardes salíamos á pasear á caballo. Y a se deja en- quién lo ha de creer, sino aquel que sepa que la adulación se

tender qué buen gínete seria yo, que no había montado sino los hace tanto lugar en el corazon humano, que líos agrada aun

caballos de alquiler barato de M é x i c o ; animales flacos, trabaja- cuando viene dirigida por nuestros propios enemigos?

dos, y de una zoncería y mansedumbre imponderable. N o eran E l picaron de Januario no se saciaba de hacerme mal por
así los de la hacienda, porque casi todos estaban lozanos y eran cuantos medios podía, y siempre fingiéndome una amistad sin-
briosos; motivo bastante para que y o les tuviera harto miedo; céra. U n a tarde de un día domingo en que se toreaban unos
por esto me ensillaban los de la señora y de la niña su hija, y becerros, me metió en la cabeza que entrara yo á torear con
todas las tardes, como dije, salíamos á pasear Januario, yo y dos él al corral: que eran los becerros chicos: que estaban despun-
hijos del administrador que eran muy buenas maulas. tados: que él me enseñaría: que era una cosa muy divertida: que
los hombres debían saber de todo, especialmente de cosas de
D e todos los cuatro y o era el ménos ginete, ó como dicen, el
campo: que el tener miedo se quedaba para las mugeres, y qué
mas colegial, COD cstOj me hacían mil travesuras cu el campOj
sé y o que otros desatinos, con los que echó por tierra todo aquel
como colearme los caballos, maneármelos, espantármelos, y
escándalo que y o manifesté al vicario la vez primera que vi la
cuanto podían para que, á pesar de ser mansos, se alborotasen
tal zambra de hombres y brutos. Se me disipó el horror que me
y me echaran al suelo, como lo hacían sin mucha dificultad á
inspiraron al principio estos juegos, falté á mi antigua circuns-
cada instante; de suerte que aunque los golpes que y o llevaba
pección en este punto, y atrepellando con todo, me entré al cor-
eran ligeros y de poco riesgo por ser en las yerbas, ó en la are-
ral á pie; porque me j u z g u é mas seguro.
na, sin embargo, fueron tantos que no sé como no bastaron á
acobardarme. Bien que mis buenos amigos, despues que reían A los principios llamaba al becerro á distancia de diez ó doce
á mi costa cuanto querían, me consolaban contándome las caí- varas, con cuya ventaja me escapaba fácilmente de su enojo su-
das que habían llevado para aprender, y añadían: " n o t e apures, biéndome á las trancas del corral: mas como en esta vida no
hombre, esto no es nada; pero aunque e n cada caída te quebra- hay cosa á que no se le pierda el miedo con la repetición de ac-
ras una pierna, ó se te sumiera una costilla, lo debias tener á tos, poco á poco se lo fui perdiendo á los becerros, viendo que
mucha dicha, cuando vieras lo que aprovechan estas lecciones me libraba de ellos sin dificultad, y ayudado con los estímulos
de los caballos para tenerse bien en ellos; porque, amigo, no hay de mis buenos amigos y camaradas, que á cada momento me
remedio, los golpes hacen ginete; y tú m i s m o advertirás que ya gritaban, "arrímese, colegial: arrímate hombre, no seas collon:
no estás tan lerdo como antes: 110, ya te tienes mas y te sientas anda Coquíta," * y otras incitaciones de esta clase, me fui acer-
mejor, y si duras otro poco en la hacienda, nos has de dar á to-
dos ancas vueltas." Lo mismo que Marica ó Mariquita.— E.
cando mas y mas á sus testas respetables, hasta que en una de cama, muy abrigado, y llenos todos de »bresalto, preguntán-
esas se me puso por detras de puntillas el señor Juan Largo, dome unos: ¿cómo se siente vd.? otros, ¿qué tiene vd? y todos:
y cuando yo quise huir, no pude, porque él me embarazó la car- ¿qué le duele? y en medio de esta concurrencia advertí mis cal-
rera haciendo que tropezaba conmigo, con cuyo auxilio tan á zones sueltos, por haberse reventado la pretina, y me acordé
tiempo me alcanzó el becerro, y levantándome en el aire con de las faldas de mi camisa y del lance que me acababa de pa-
su mollera, me hizo c a e r en tierra como un zapote mal de mi sar, me llené de vergüenza (pasión que 110 me ha faltado del
grado, y á la distancia d e cuatro á cinco varas. Y o quedé to- todo), y hubiera querido haber caído honestamente como Cé-
do desguarnido del susto y del porrazo; pero con todo esto, co- sar cuando lo asesinó Bruto.
mo el miedo es ligerísimo, y y o temia la repetición del lance, L e s di g r a c i a s por su cuidado, contestándoles que no me ha-
pues el becerro aun esperaba concluir su triunfo, me levanté al bia hecho mayor mal; mas con todo eso, la señora de la ha-
momento sin advertir que al golpe se me habían reventado los cienda me hizo tomar un vaso de vinagre aguado, y á poco ra-
botones y las cintas de los calzones, y así habiéndoseme ba- to una porcion de calahuala, con lo que á otro día estaba en-
jado á los talones quedé engrillado, sin poder dar un paso y en teramente restablecido.
la mas vergonzosa figura; pero el maldito novillo, aprovechan- Mi buen amigo Januario en aquel primer rato de mi mal, y
do mi ineptitud para correr, repitió sobre mí un segundo golpe; cuando todos estaban temiendo no fuera cosa grave, se mani-
mas con tal furia que á mí me pareció que me habían quebra- festó bien apesadumbrado con toda aquella hipocresía que sa-
do las costillas con una de las torres de Catedral, y que habia bia usar; mas al siguiente dia que me vió fuera de riesgo, me
volado mas allá de la órbita de la luna; pero al dar en el sue- cogió á cargo y comenzó á desahogar todas sus bufonadas, ha-
lo tan furioso costalazo como el que di, no volví á saber de co- ciéndome poner colorado á cada momento delante de las mu-
sa alguna de esta vida. chachas con el vergonzoso recuerdo de mi pasada aventura, in-
sistiendo en mi desnudez, en la posicíon de mi camisa y en el in-
Quedé privado: subiéronme cubierto con unas mangas, y se
decente modo de mi caida.
acabó la diversión con el susto, creyendo todas las señoras que
me habia dado algún golpe mortal en el cerebro. Como él con sus truhanadas excitaba la risa de las niñas, v

Quiso D i o s que no pasó de una ligera suspensión del uso de y o no podia negarlo, me avergonzaba terriblemente, y no ha-

los sentidos; pues con los auxilios de la lana prieta el álcali¡ llaba mas recurso que suplicarle no me sonrojara en aquellos

ligaduras y otras cosas, volví en mí al cabo de media hora, sin términos, pero mi súplica solo servia de espuelas á su maldita

m a s novedad que un dolorcillo en el hueso cocix que no deja- verbosidad, y esto me añadia mas vergüenza y mas enojo.

ba de molestarme m a s de lo que yo quería. Para serenarme me decía: no seas tonto, hermano, si esto es
chanza. E s t a tarde nos irémos á pasear á C u a m á t l a , verás qué
Pero cuando estuve en mi entero acuerdo y me ví rodeado de
hacienda tan bonita. ¿Qué caballo quieres que te ensillen? ¿el
todos los señores que estaban e n la hacienda, tendido en una
almendrillo ó el grullo de tia? Y o le contesté la primera vez
í La gente vulgar cree, que esta lana y no la blanca, es la que que me lo dijo: amigo, y o te agradezco tu cariño; pero escúsa-
tiene viitud de hacer volver en si al que está privado de sentidos, te do que me ensillen ningún caballo, porque y o no pienso vol-
y á esta vulgaridad alude el autor.—E. TOM. I. 4
rer á montar en mi vida grullos ni grullas, ni pararme delan. Co puedo saber si ella me quiere ó no, pues no tengo por dóri-
te de una vaca, cuanto ménos delante de los toros ó becer- de saberlo. ¿Cómo no? dijo Januario, ¿pues qué nunca le has
ros. Anda, hombre, decia él, no seas tan cobarde: no es gine- dicho tu sentimiento? Jamás la he hablado de eso, le respon-
te el que no cae, y el buen toreador muere en las astas del lo- dí. Y ¿por qué? instó él. (Cómo por qué! le dije yo, porque
ro. Pues muere tú, norabuena, le respondia yo, y cae cuan- le tengo vergüenza: dirá que soy un atrevido; lo avisará á su
tas veces quisieres, que y o no he reñido con mi vida. ¿Qué madre, ó me echará noramala. A mas de eso tu tía es muy ce-
necesidad tengo de volver á mi cas i con una costilla ménos 6 losa, jamás nos dá lugar de hablar, ni la deja sola un momen-
una pierna rota? No, Juan L a r g o , y o no he nacido para ca- to; ¿conque cómo quieres que y o tenga lugar para tratar con
poral ni vaquero. E n dos palabras: y o no volví á montar á esa niña unas conversaciones de esta clase? Rióse Januario
caballo en su compañía, ni á ver torear siquiera, y desde aquel grandemente, burlóse de mi temor y recato, y me dijo: eres un
día comencé á desconfiar un poco de mi amigo. ¡Peliz quien pazguato; no te juzgaba yo tan zonzo y para nada: ¡miren qué
escarmienta en los primeros peligros! pero mas "feliz el que es- dificultades tan grandes tienes que vencer! Q u i t a allá, co'iion.
carmienta en los peligros ágenos," como dijo un antiguo: Félix T o d a s las mugeres se pagan de que las quieran, y aunque no
quemfaciunt aliena pericula caulum. Esto se llama saber sacar correspondan, agradecen el que se los digan. Ahora, no has oí-
fruto de las mismas adversidades. do decir: que al que no habla nadie le oye? pues habla, salva-
A los tres días de este suceso se acabaron las diversiones, y ge, y verás como alcanzas. Si temes á la vieja de mi tía, y o
cada huésped se fué para su casa. E l malvado Januario ha- te haré juego, y o te proporcionaré que le hables á solas, espa-
bia advertido que y o veia con c a r i ñ o ú su prima y que ella no cio y á tu satisfacción. ¿Qué dices? ¿quiéres? habla: verás que
se incomodaba por esto, y trató de pegarme otro chasco que yo solo soy tu verdadero amigo.
estuvo peor que el del becerro. Con semejantes consejos, viendo que la ocasion me brinda-
Un dia que no estaba en casa D . Martín porque se había ba con lo mismo que y o apetecía, no tardé mucho en admitir
ido á otra hacienda inmediata, me dijo Januario: y o he nota- su obsequiosa oferta, y le di mas agradecimientos que si me hu-
do que te gusta Poncíana, y que ella te quiere á tí. Vamos, biera hecho un verdadero favor.
dime la verdad, y a sabes que soy tu amigo y que jamás me has E l bribón se apartó de mí por un corto rato, al cabo del cual
reservado secreto. Ella es bonita: tú tienes buen gusto, y yo volvió muy contento y me dijo: todo está hecho. l i e dado un
te lo pregunto, porque sé que puedo servir á tus deseos. La vomitorio á Poncianíta, y me ha desembuchado todo: ha can-
muchacha es mi prima y no me puedo y o casar con ella; y asi tado redondamente, y me ha confesado que te quiere bien.
me alegrara que disfrutara de su a m o r un amigo á quien yo Y o le dije, que tú mueres por ella y que deseas hablarla á solas.
quisiera tanto como á tí. ¿Quién habia de pensar que esta era E l l a quisiera lo mismo, pero me puso el embarazo de su madre
la red que me tendía este maldito para burlarse de mí á eos- que la trae todo el dia como un llavero. L a dificultad al pa-
ta de mi honor? Pues así fué, porque y o tan fácil como recer es grande; mas y o he discurrido el arbitrio mejor para
siempre, lo creí, y le dije: que tu prima es de mérito, es que vds. logren sus deseos sin zozobra, y es éste: el tío no ha de
evidente: que y o la quiero, no te lo puedo negar; pero tanipo- venir hasta mañana: y a tú sabes la recámara donde ella duer-
92

me con su madre, y subes que su cania está á la derecha luego 93


que se entra; y así esta misma noche puedes entre las once v
Dos lecciones os da este suceso, hijos míos, de que os debe-
doce ir á hablarla todo cuanto quieras, en la inteligencia de
reis aprovechar en el discurso de vuestra vida. L a primera
que la vieja á esa hora está en lo mas pesado de su sueño. Pon-
es para no ser fáciles en descubrir vuestros secretos á cual-
cianita está corriente, solo me encargó que entraras con cui-
quiera que se os venda por amigo; lo uno porque puede no ser-
dado y sin hacer ruido, y que si no está despierta, le toques la
lo, sino un traidor, como Januario, que trate de valerse de
almohada, que ella tiene un sueño muy ligero. Conque mira
vuestra simplicidad para perderos; y lo otro, porque aun cuan-
vd., señor Periquillo, y qué pronto se han vencido todas las di-
do sea un amigo, quizá llegará el caso de no serlo, y entón-
ficultades que te acobardan; y así no hay que ser zonzo, logra,
ces, si es un vil como muchos, descubrirá vuestros defectos que
l a ocasion ántes que se pase, y a y o hice por tí cuanto he po-
le hayais comunicado en secreto, para vengarse. E n todo ca-
dido.
so, mejor es no manifestar el secreto que aventurarlo: si quie.
Repetí las g r a c i a s á mi grande amigo por sus buenos oficios, res que tu secreto esté oculto, decia Séneca, no lo digas á nadie;
y me quedé haciendo mi composicion de lugar, pensando qué pues si tú mismo no lo callas, ¿cómo quieres que los demás lo ten-
le diria y o á esa niña (pues á la verdad mi malicia no se es- gan en silencio?
tendia á mas que á hablar) y deseando que corrieran las ho- L a otra lección que os proporciona este pasage es, que no
ras para hacer m i visita de lechuza. os llevéis de las primeras ideas que os inspire cualquiera. El
Entre tanto el traidor Juan Largo, que ni palabra habia ha- creer lo primero que nos cuentan sin examinar su posibilidad,
blado á su prima a c e r c a de mis amorcillos, fué á ver á su ni si es veraz, ó no, el mensagero que nos trae la noticia, argu-
lia, y le dijo: que tuviera cuidado con su hija; porque yo ye una ligereza imperdonable, que debe graduarse de necedad,
era u n completo z a r a g a t e : que él y a habia notado que y o le ha- y necedad que puede ser y ha sido muchas veces causa de unos
cia mil señas en la mesa, y que ella me las correspondía: que daños irreparables. Por un chisme del perverso Amán iban á
algunas noches me habia buscado en mi cama, y no estaba yo perecer todos los judíos en poder del engañado Asuero; y por
en ella; y así que mudara á Poncianita á otra recámara con otro chisme y calumnia del maldito Julin L a r g o , sufrió la ni-
una criada, y que ella se acostara en la misma cama que su ña su prima un castigo y un descrédito injusto.
prima aquella noche, y estuviera con cuidado á ver si él se en- E n el discurso de aquel dia la señora me mostró bastante
gañaba. T o d o le pareció muy bien á la señora: lo c r e y ó como ceño ó mal modo; pero como muchacho, no presumí que y o
sí lo viera, a g r a d e c i ó á Januario el celo que manifestaba por era la causa de él, atribuyéndolo á alguna enfermedad ó indis-
el honor de su casa: prometió tomar el consejo que le acababa posición con la familia sirviente. Sí, estrañé que la niña no
de dar, y sin mas averiguación, se encerró en un cuarto con asistió á la mesa; pero no pasó de echarla ménos.
la inocente muchacha y le dió una vuelta del demonio, según Llegó la noche: cenamos, me acosté, y me quedé dormido
me contó á los dos meses una criada suya que se fué á acomo- sin acordarme de la consabida cita; cuando á las horas preve-
dar á mi casa, y o y ó el chisme del picaro primo, y advirtió el nidas. el perro de Januario, que se desvelaba por mi daño, vien-
injusto castigo de P o n c i a n a . do que y o roncaba alegremente, se levantó y fué á despertar-
me diciéndome: flojo, condenado, ¿qué haces? anda, que son las
once, y te estará esperando Poncianita. E r a mi sueño mayor
que mi malicia; y así mas de fuerza que de gana me levanté CAPITULO IX.
en paños menores; descalzo y temblando de frío y de miedo
me fui para la recámara de mi amada, ignorante de la trama Llega Periquillo d su casa y tiene una l a r g a conversación con su pa-
que me tenia urdida mi grande y generoso amigo. E n t r é muy dre sobre materias curiosas ó interesantes.
quedito: me acerqué á la cama, donde y o pensaba que dormía
la inocente niña; toqué la almohada, y cuando ménos lo pen-
|||¡|LEGAMOS á mi casa donde fui muy bien recibido de mis
sé, me plantó la vieja madre tan furioso z a p a t a z o en la cara,
padres, especialmente de mi madre, que no se hartaba de abra-
que me hizo \er el sol á media noche. E l susto de no saber
zarme, como si acabara de llegar de luengas tierras y de algu-
quién me habia dado, me decía que c a l l a r a ; pero el dolor del
r.a espedicion muy arriesgada. E l señor D . Martin estuvo
golpe me hizo dar un grito mas recio que el mismo zapatazo.
en casa dos ó tres días miéntras concluyó su negocio, al cabo
Entónces la buena vieja me afianzó de la camisa, y sentándo-
de los cuales se retiró á su hacienda, dejándome muy conten-
me junto á sí me dijo: cállese vd., mocoso atrevido, ¿qué venia
to porque se habia quedado en silencio mi desórden.
á buscar aquí? y a sé sus gracias. ¿Así se honra á sus padres?
E l señor mi padre un dia me llamó á solas y me dijo: „Pe-
¿Así se pagan los favores que le hemos hecho? ¿Este es el modo
dro, y a has entrado en la juventud sin saber en donde dejaste
de portarse un niño bien nacido y bien criado? ¿Qué deja vd.
la niñez, y mañana te hallarás en la virilidad ó en la edad con-
para los payos ordinarios y sin educación? Picaro, indecen-
sistente sin saber como se te acabó la juventud. Esto quiere
te, osado, que se atreve á arrojarse 4 la c a m a de una niña don-
decir, que hoy eres muchacho y mañana serás un hombre: tie-
celia, hija de unos señores que lo han favorecido. Agradezca
nes en tu padre quien te dirija, quien te aconseje y cuide do
que, por respecto de sus buenos padres, no hago que lo majen
tu subsistencia; pero mañana, muerto yo, tú habrás de diríjir-
á palos mis criados; pero mañana vendrá mi marido, y en el
te y mantenerte á costa de tu sudor ó tus arbitrios, só pena de
dia haré que se lleve á vd. á México, que y o no quiero pica-
perecer, si no lo haces así; porque y a ves que y o soy un po-
ros en mi casa.
bre y no tengo mas herencia que dejarte que la buena educa-
Y o lleno de temor y confusion me le hinqué, lloré y supli- ción que te he dado, aunque tú no la has aprovechado como
qué tanto que no le avisara á D . M a r t i n , que al fin nielo pro- y o quisiera.
metió. Fuíme á mi cama, y observé q u e reia bastante el in- E n virtud de esto, pensemos hoy lo que ha de ser mañana.
digno Januario debajo de la sábana; pero no me di por enten- Y a has estudiado gramática y filosofía, estás en disposición
dido. de continuar la carrera de las letras, y a sea estudiando teolo-
A l dia siguiente vino D . Martin; y la señora pretestando no gía, ó cánones, y a leyes ó medicina. L a s dos primeras facul-
sé qué diligencia precisa en la capital, h i z o poner el coche, y tades dan honor y aseguran la subsistencia á los que se dedi-
sin volver á ver á la pobre muchacha, me condujeron á la ca- can á ellas con talento y aplicación: mas es como preciso que '
sa de mis padres, sin darse la señora por entendida«on su ma- sean eclesiásticos para que logren el fruto de su trabajo y sean
rido según me lo prometió. útiles en su carrera; pues un secular por buen teólogo ó cano-
once, y te estará esperando Poncianita. E r a mi sueño mayor
que mi malicia; y así mas de fuerza que de gana me levanté CAPITULO IX.
en paños menores; descalzo y temblando de frió y de miedo
me fui para la recámara de mi amada, ignorante de la trama Llega Periquillo d su casa y tiene una larga conversación con su pa-
que me tenia urdida mi grande y generoso amigo. E n t r é muy dre sobre materias curiosas ó interesantes.
quedito: me acerqué á la cama, donde y o pensaba que dormía
la inocente niña; toqué la almohada, y cuando ménos lo pen-
|||¡|LEGAMOS á mi casa donde fui muy bien recibido de mis
sé, me plantó la vieja madre tan furioso z a p a t a z o en la cara,
padres, especialmente de mi madre, que no se hartaba de abra-
que me hizo \er el sol á media noche. E l susto de no saber
zarme, como si acabara de llegar de luengas tierras y de algu-
quién me habia dado, me decia que c a l l a r a ; pero el dolor del
r.a espedicion muy arriesgada. E l señor D . Martin estuvo
golpe me hizo dar un grito mas recio que el mismo zapatazo.
en casa dos ó tres dias miéntras concluyó su negocio, al cabo
Entónces la buena vieja me afianzó de la camisa, y sentándo-
de los cuales se retiró á su hacienda, dejándome muy conten-
me junto á sí me dijo: cállese vd., mocoso atrevido, ¿qué venia
to porque se habia quedado en silencio mi desórden.
á buscar aquí? y a sé sus gracias. ¿Así se honra á sus padres?
E l señor mi padre un dia me llamó á solas y me dijo: „Pe-
¿Así se pagan los favores que le hemos hecho? ¿Este es el modo
dro, y a has entrado en la juventud sin saber en donde dejaste
de portarse un niño bien nacido y bien criado? ¿Qué deja vd.
la niñez, y mañana te hallarás en la virilidad ó en la edad con-
para los payos ordinarios y sin educación? Picaro, indecen-
sistente sin saber como se te acabó la juventud. Esto quiere
te, osado, que se atreve á arrojarse á la c a m a de una niña don-
decir, que hoy eres muchacho y mañana serás un hombre: tie-
cella, hija de unos señores que lo han favorecido. Agradezca
nes en tu padre quien te dirija, quien te aconseje y cuide de
que, por respecto de sus buenos padres, no hago que lo majen
tu subsistencia; pero mañana, muerto yo, tú habrás de diríjir-
á palos mis criados; pero mañana vendrá mi marido, y en el
te y mantenerte á costa de tu sudor ó tus arbitrios, só pena de
dia haré que se lleve á vd. á M é x i c o , que y o no quiero pica-
perecer, si no lo haces así; porque y a ves que y o soy un po-
ros en mi casa.
bre y no tengo mas herencia que dejarte que la buena educa-
Y o lleno de temor y confusion me le hinqué, lloré y supli- ción que te he dado, aunque tú no la has aprovechado como
qué tanto que no le avisara á D . M a r t i n , que al fin nielo pro- y o quisiera.
metió. Fuíme á mi cama, y observé q u e reia bastante el in- E n virtud de esto, pensemos hoy lo que ha do ser mañana.
digno Januario debajo de la sábana; pero no me di por enten. Y a has estudiado gramática y filosofía, estás en disposición
dido. de continuar la carrera de las letras, y a sea estudiando teolo-
A l dia siguiente vino D . Martin; y la señora pretestando no gía, ó cánones, y a leyes ó medicina. L a s dos primeras facul-
sé qué diligencia precisa en la capital, h i z o poner el coche, y tades dan honor y aseguran la subsistencia á los que se dedi-
sin volver á ver á la pobre muchacha, me condujeron á la ca- can á ellas con talento y aplicación: mas es como preciso que '
sa de mis padres, sin darse la señora por entendida«on su ma- sean eclesiásticos para que logren el fruto de su trabajo y sean
rido según me lo prometió. útiles en su carrera; pues un secular por buen teólogo ó cano-
nista que sea, ni podrá orar en un pulpito, ni resolver un caso
alguno está muy pobre dice que está haciendo i'ersoá, Pat'eC?»
de conciencia en un confesonario; y así es que estas faculta,
que estas voces poeta y pobre son sinónimas, ó que el tener la
des son estériles para los seculares, y solo se pueden estudiar
habilidad de poetisar es un anatema para perecen Algunos
por ilustrarse, en c a s o de no necesitar los libros para comer.
familiares del Pindó han logrado labrar su fortuna por su nú»
L a medicina y la a b o g a c í a son facultades útiles para los se. inen; pero han sido pocos en realidad. Virgilio fué uno de
culares. T o d a s son buenas en sí y provechosas, como el que ellos, que fué protegido de Augusto; pero no se hallan fácil-
las profese sea bueno en ellas, esto es, como salga aprovecha, mente Augustos ni Mecenas que patrocinen Virgilios; ántes
do en su estudio; y así seria una necedad muy torpe que el muchos otros que han tenido las dos circunstancias que Hora*
teólogo adocenado, el médico ignorante, el leguleyo, ó rábula ció requiere para la poesía, que son númen y arte, han pedido
acusaran á estas c i e n c i a s del poco crédito qué ellos tienen, ó limosna cuando se han atenido á esta habilidad, y otros mas
les echaran la culpa de que nadie los ocupe: porque nadie los prudentes se han apartado de ella, mirándola como un comer-
j u z g a útiles, ni quieren fiar su alma, su salud ni sus haberes en cio pernicioso á su mejor colocacion; tal fué D. Esteban M a .
unas manos trémulas é insuficientes. nuel Villegas, c u y a s Eróticas tenemos. Por esto te aconsejo
E s t o es decirte, h i j o mío, que tienes cuatro caminos que te en esta parto con las mismas palabras de Bocangel.
ofrecen la entrada á las ciencias mas oportuuas para subsistir
en nuestra patria; pues aunque iiay otras, no te las acón, Si hicieres versos, haz pocos,
sejo; porque son estériles en este reino, y cuando te sirvan de Por mas que le asista el genio,
ilustración, quizá no te aprevecharán como arbitrio. Tales Que aunque te lo aplauda el gusto,
son la física, la astronomía, la química, la botánica & c . , que Ha de reñirlo el talento.
son parte de la primera ciencia que te dije.

T a m p o c o te persuado que te dediques á otros estudios que Que es como decirte: aunque tengas gusto de hacer versos;
se llaman bellas letras; porque son mas deleitables al entendi. aunque estos sean buenos y te los celebren, haz pocos, no te
miento que útiles á la bolsa. Supongamos que eres un gran re- embeleses ni te distraigas en este ejercicio, de suerte que 110
tórico y mas elocuente que Demóstcnes: ¿de qué te servirá si hagas otra cosa; porque entónces si no eres rico, ha de reñirlo
no puedes lucir tu oratoria en una cátedra 6 en unos estrados? el talento: pues la bolsa lo ha de sentir, y la moneda andará re-
que es como decirte, si no eres sacerdote ó abogado. Supon ñida contigo como con casi todos los poetas. El padre del
también que te dedicas al estudio de las lenguas, ya vivas, ya gran Ovidio le decía que no se dedicara á las Musas, ponién-
muertas, y que sabes con primor el idioma griego, el hebreo, dole por causal la pobreza que S3 podia esperar de ellas, pues
el francés, el ingles, el italiano y otros, esto solo no te propor- le acordaba que Homero siendo tan celebrado poeta murió po-
cionará subsistir. bre. Nidias reliquit opes.
Pero con mas e f i c a c i a te apartara yo déla poesía, si la qui- N o es esto decirte que son inútiles la poesía y las demás cien-
sieras emprender como arbitrio; porque el trato con las musas cias que te he dicho; ántes muchas de ellas son no solo útiles^
( s tan encantador como infructuoso. Comunmente cuando •=ino necesarias á ciertos profesores. Por ejemplo: la dialécti-
avergúences de decírmelo, que por la gracia de Dios, y o ho
ca, la retórica y la historia eclesiástica, son necesarísimas al
s o y un padre ridículo, que he de incomodarme porque me par-
teólogo: la química, botánica y toda la física es también pre-
ticipes el desengaño que saques por fruto de tus reflexiones.
cisa para el médico; la lógica, la o r a t o r i a y la erudición en la
No, Pedro mió, dime, dime con toda franqueza tu nuevo mo-
historia profana, son también no solo adornos, sino báculos
do de pensar: y o te puse el arte de Nebrija en la mano, por
forzosos para el que quiera ser buen abogado. Ultimamente,
contemporizar con tu madre; mas ahora que y a eres grande,
el estudio de las lenguas ministra á los literatos una esquisita
quiero contemporizar contigo; porque tú eres el héroe de esta
y copiosa erudición en sus respectivas facultades, que no se lo-
escena, tú eres el mas interesado en tu logro, y así tu inclina-
gra sino bebiéndose en las fuentes originales, y la dulce poesía
ción y tu aptitud para esto ó para aquello, se debe consultar,
les sirve como de saínete 6 refrigerio que les endulza y alegra
y n o la de tu madre ni la mia.
el espíritu fatigado con la prolija a t e n c i ó n con que se dedican
á los asuntos sérios y fastidiosos; pero estos estudios conside- N o soy y o de los padres que quieren que sus hijos sean clé-
rados con separación de las p r i n c i p a l e s facultades, (si se deben rigos, frailes, doctores ó licenciados, aun cuando son ineptos
separar) solo serán un mero adorno, podrán dar de comer al- para ello ó les repugna tal profesion. N o : y o bien sé que lo
guna vez; pero no siempre, á lo m é n o s en A m é r i c a , donde fal- que importa es que los hijos no se queden flojos y haraganes,
tan proporcion, estímulos y premios para dedicarse á las que se dediquen á ser útiles á sí y al estado, sin sobrecargar
ciencias. la sociedad contándose entre los vagos, y que esto no solamen-
te las ciencias lo facilitan; también hay artes liberales y ejer-
C o n que de todo esto sacamos en conclusión, que un pobre
cicios mecánicos con que adquirir el pan honradamente»
como tú que sigue la carrera de las letras para tener con que
Y así, hijo mió, si no te agradan las letras, si te parece muy
subsistir, se ve en necesidad de ser 6 sacerdote teólogo ó cano-
escabroso el camino para llegar á ellas, ó si penetras, que por
nista; ó siendo secular, médico ó a b o g a d o ; y así, ya puedes
mas que te apliques, has de avanzar muy poco, viniendo á ser-
elegir el género de estudio que te a g r a d e , advirtiendo ántes,
te infructuoso el trabajo que impendas en instruirte, no te afli-
que en el acierto de la elección consistirá la buena fortuna que
j a s , te repito. E n ese caso tiende la vista por la pintura, ó
te hará feliz en el discurso de tu v i d a .
por la música; ó bien por el oficio que te acomode. Sobran
"I Y o no exijo de tí una resolución violenta ni despremedita-
en el mundo sastres, plateros, tejedores, herreros, carpinteros,
da. No, hijo mió, esta no es puñalada de cobarde. Ocho dias
bateojas, carroceros, canteros y aun zurradores y zapateros
te doy de plazo para que lo pienses bien. Si tienes algunos
que se mantienen con el trabajo de sus manos. Dime, pues,
amigos sábios y virtuosos, comunícales las dudas que te ocur-
qué cosa quieres ser, á qué oficio tienes inclinación, y en qué
ran, aconséjate con ellos, a p r o v é c h a t e de sus lecciones, y so-
giro te parece que lograrás una honrada subsistencia; y cree-
bre todo, consúltate á tí mismo: e x a m i n a tu talento é inclina-
me que con mucho gusto haré porque lo aprendas, y te fomen-
cion, y despues que hagas estas diligencias, resolverás con
taré miéntras Dios me diere vida; entendido que no hay ofi-
prudencia la carrera literaria que pienses abrazar. E n inte-
ció vil en las manos de un hombre de bien: ni arte mas ruin,
ligencia, que si de tus consultas y e x á m e n , deduces que no se-
oficio ú ejercicio mas abominable que no tener arte, oficio ni
rás buen letrado ni encordóte, ni eeculnr, no te apures ni te
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ejercicio alguno en el mundo. Sí, Pedro, el ser ocioso é inú-
til, es el peor destino que puede tener el hombre; porque la ne- ciso que yerre? Pero cuando nosotros emprendemos, creemos

cesidad de subsistir y el no saber cómo ni de qué, lo ponen que somos capaces de salimos con la nuestra, ¿y si erramos?

como con la mano e n la puerta de los vicios mas vergonzosos, ¡Oh! entónces nos sobran mil disculpas á nuestro favor para

y por eso vemos t a n t o s drogueros, tantos rufianes de sus mis. cubrirnos de las notas de imperitos ó atolondrados.

mas hijas y mugeres, y tantos ladrones; y por esta causa tam. Por esto no me cansaré de repetirte, hijo mío, que antes de

bien se han visto y se ven tan pobladas las cárceles, los presi. abrazar esta ó la otra facultad literaria, esta ó aquella profe-

dios, las galeras y l a s horcas. sión mecánica & c . , lo pienses bien, veas si eres ó no á propó-
sito para ello; pues aun cuando te sobre inclinación, si te fal-
Así pues, hijo m í o , consulta tu genio é inclinación con es-
ta talento, errarás lo que emprendas sin ambas cosas, y te es-
pació, para a b r a z a r éste ó el otro modo con que juzgues pru-
pondrás á ser objeto de la mas severa crítica.
dentemente que subsistirás losdias que el cíelo te conceda, sin
Cicerón fué el depósito de la elocuencia romana; tenia in-
hacerte odioso ni g r a v o s o á los demás hombres tus hermanos,
clinación á la poesía; pero no aquel talento propio para ella
á quienes debes ser benéfico en cuanto puedas, que esto exige
que llaman estro; lo que fué causa de que cometiese una ridi-
la legítima sociedad en que vivimos.
cula cacofonía, ó mal sonido de palabras en aquel verso que
Pero también debes advertir, que aunque tú has de ser el
censuró con otros Quintiliano.
juez que te examine, por Ja misma razón has de ser muy rec.
to sin dejarte gobernar por la lisonja, pues enlónces perderás O fortunatam natam me consule Romam.
el tiempo: tus especulaciones serán vanas, y te engañarás á tí
Y Juvenal dijo, que si las Filípicas con que irritó el ánimo de
mismo, si no pruebas tu capacidad y analizas tu genio como
Antonio las hubiera dicho con tan mala poesía, nunca hubie-
si fuera el de un estraño, y sin hacerte el mas mínimo favor.
ra muerto degollado.
E l gran Horacio aconseja en su Art. Poet. á los escritores
que para escribir elijan aquélla materia que sea mas conforme á E l célebre Cervantes fué un grande ingenio, pero desgra-
sus fuerzas, y vean el peso que puedan tolerar sus hombros, y el ciado poeta; sus escritos en prosa le grangearon una fama in-
que resistan. mortal (aunque en esto de pesetas, murió pidiendo limosna.
A l fin fué de nuestros escritores); pero de sus versos, especial,
Pues es cierto que si las fuerzas exceden á la carga, ésta se
mente desús comedias, no hay quien se acuerde. Su grande
sobrellevará; mas si la c a r g a es mayor que las fuerzas, rendi-
obra del Quijote no le sirvió de parco para que no lo acribilla-
rá al hombre, quien vergonzosamente caerá bajo su peso.
ran por mal poeta: á lo ménos Villegas en su séptima elegía
E s una verdad que se introduce sin violencia dentro de
dice hablando con su amigo:
nuestros corazones, que no todos lo podemos todo; pero la lásti- •r •
ma es que aunque conocemos su evidencia, la conocemos res- Irás del Helicón á la conquista
pecto de los demás; mas no respecto de nosotros mismos. Cuan- Mejor que el mal, poeta de Cervantes,
do alguno emprende hacer esto ó aquello y le sale mal, luego Donde no le valdrá ser Quijotista.
decimos: ¡Oh! pues si se m e t e á lo que no entiende, ¿no es prc-
Este par de ejemplitos te asegurará de las verdades que te
he dicho. Conque anda, hijo, piénsalas bien, y resuelve qué
bre proyecto, y el sábio virtuoso que y o elegí para consultar
es lo que has de ser en el mundo; porque el fin es que no te
mi negocio, y y a ustedes verán que bien cumpliria con las
quedes vago y sin arbitrio."
buenas intenciones de mi padre. A s í salió ello.
Fuése mi padre y y o me quedé como tonto en vísperas; por-
L u e g o que y o le informé de mis dudas y le dije algo de lo
que no percibía entónces toda la solidez de su doctrina. Sin
que mi padre me predicó, se echó á reir y me dijo: eso no se
embargo, conocí bien que su merced quería que y o eligiera un
pregunta. Estudia para clérigo como yo, que es la mejor carre-
oficio o profesión que me diera de comer toda la vida; mas no
ra, y cierra los ojos.- M i r a : un clérigo es bien visto en todas
me aproveché de este conocimiento.
partes: todos lo veneran y respetan aunque sea un tonto, y le
E n los siete dias de los ocho concedidos de plazo para que
disimulan sus defectos: nadie se atreve á motejarlos ni contra-
resolviera, no me acordé sino de visitar á los amigos y pasear,
decirlos en nada: tiene lugar en el mejor baile, en el mejor jue-
como lo tenia de costumbre, apadrinado del consentimiento de go, y hasta en los estrados de las señoras no parece desprecia-
mi candida madre; pero en el octavo me dió mi padre un re- ble; y por último, jamás le falta un peso, aunque sea de una
cordoncito, diciéndome: "Pedrillo, y a sabrás bien lo que has misa mal dicha en una carrera. Conque así estudia para clé-
de decir esta noche acerca de lo que te pregunté hoy h a c e rigo y no seas bobo. M i r a tú: el otro día en cierta casa de jue-
ocho dias." A l momento me acordé de la cita, y fui á buscar go se me antojó no perder un albur, á pesar de que vino el as
un amigo con quien consultar mi negocio. contrario delante de mi carta, y me afiancé con la apuesta,
E n efecto lo hallé; pero ¡qué amigo! como todos los que y o esto es, con el dinero mió y con el ageno. E l dueño reclama-
tenia, y los que regularmente tienen los muchachos desbarata- ba y porfiaba con razón que era suyo; pero y o grité, me en-
dos, como y o era entónces. Llamábase este amigo Martin Pe- colericé, juré, me cogí el dinero y me salí á la calle, sin que
layo, v era un bicho punto ménos maleta que Juan L a r g o . Su hubiera uno que me dijera esta boca es mia, porque el que mé-
edad seria de diez y nueve á veinte años: jugadorcillo mas que nos, me j u z g a b a diácono, y y a tú ves que si este lance me hu-
B i r j a n , enamorado mas que Cupido, mas bailador que Batilo; biera sucedido siendo médico ó abogado secular, ó me salgo
mas tonto que yo, y mas zángano que el mayor de la mejor sin blanca, ó se arma una campaña de que tal vez no hubiera
colmena. A pesar de estas nulidades, estaba estudiando para sacado las costillas en su lugar. Conque otra v e z te digo, que
padre, según decía, con tanta vocacion en aquel tiempo para estudies para clérigo y no pienses en otra cosa.
ser sacerdote como la que y o tenia para verdugo: sin embar-
Y o le respondí: todo eso me gusta y me convence demasia-
go, y a estaba tonsurado y vestía los hábitos clericales, porque
do; pero mi padre me ha dicho, que es preciso que estudie teo-
sus padres lo habian encajado al estado eclesiástico á fuerza,
logia, cánones, leyes ó medicina; y y o , la verdad, no me j u z g o
lo mismo que se encaja un clavo en la pared á martillazos, y
con talentos suficientes para eso. N o seas majadero, me res-
esto lo hicieron por no perder el rédito de un par de capella-
pondió Pelayo. N o es menester tanto estudio ni tanto traba-
nías gruesas que había heredado. ¡Qué mal estoy y estaré to- jo para ser clérigo, ¿tienes capellania? N o tengo, le respondí.
da mi vida con los mayorazgos y las capellanías heredadas! Pues no le hace, prosiguió él: ordénate á título de idioma; ello
Pero de cualquier modo, este fué el eximio doctor, el hom- es malo, porque los pobres vicarios son unos criados de los c u .
ras, y tales hay que les hacen hasta la cania; pero esto es po- que estés perdiendo tanto tiempo. Dime, pues, ¿qué has pen-
co, respecto á las ventajas que se logran, y por lo que toca á lo sado y qué has resuelto?" " Y o , señor, le respondí, he pensa-
que dice tu padre de que es necesario que estudies teología 6 do ser clérigo. M u y bien me parece, me dijo mi padre; pero
cánones p a r a ser clérigo, no lo creas. Con que estudies unas no tienes capellanía, y en este caso, es menester que estudies
cuantas definiciones del Ferrer ó de Lárraga, te sobra; y si es. algún idioma de los indios, como mexicano, otomí, tarasco,
tudiares a l g o de Cliquet, ó del curso Salmatícense, ¡oh! entón. matzagua ú otro para que te destines de vicario y administres
ees y a s e r á s un teólogo moralista consumado, y serás un Sé. á aquellos pobres los santos sacramentos en los pueblos. ¿Es-
ñeca p a r a el confesonario, y un Cicerón para el pulpito, pues tás entendido en esto? Sí señor, le respondí, porque me cos-
podrás resolver los casos de conciencia mas arduos que hayan taba poco trabajo decir que sí; no porque sabia y o cuales eran
ocurrido y puedan ocurrir, y predicarás con mas séquito que las obligaciones de un vicario.
los Masillones y Burdalúes, que fueron unos grandes oradores,
Pues ahora es menester que también sepas, añadió mi padre,
según me dice mi catedrático, que y o no los conozco ni por el
que debes ir sin réplica á donde te mandare tu prelado, aun-
forro.
que sea al peor pueblo de tierra caliente, aunque no te guste ó
Pero hombre, la verdad, le dije: y o creo que no soy bueno sea perjudicial á tu salud; pues mientras mas trabajos pases
para sacerdote, porque me gustan mucho las mugeres, y según en la carrera de vicario, tantos mayores méritos contraerás
eso, pienso que soy mejor para casado. Perico: ¡qué tonto para ser cura algún dia.
eres! me contestó Pelayo. ¿No ves que esas son tentaciones E n los pueblos que te digo, hay mucho calor y poca ó nin-
del demonio para apartarte de un estado tan santo? ¿Tú guna sociedad, si no es con indios mazorrales, Allí tendrás
crees, que solo siendo eclesiástico podrás pecar por este rum- que sufrir á caballo y á todas horas en las confesiones, soles
bo? no a m i g o , también los seculares y aun los casados pecan ardientes, fuertes aguaceros, y continuas desveladas ó vigilias.
por el mismo. A mas de que ¿qué cosa pero no quiero abrir- Batallarás sin cesar con los alacranes, turicatas, tlalages, pi-
te los ojos en esta materia. Ordénate, hombre, ordénate y nolillo, garrapatas, gegenes, 'zancudos, y otros insectos vene-
quítate de ruidos, que despues, tú me darás las gracias por el nosos de esta clase, que te beberán la sangre en poco tiempo.
buen consejo. Será un milagro que no pases tu trinquetada de tercianas que
llaman fríos, á l o s que sigue despues ordinariamente una tiri-
Despedíme de mi amigo, y me fui para casa, resuelto á ser
cia consumidora; y en medio de estos trabajos, si encuentras
clérigo, topara en lo que topara; porque me hallaba muy bien
con un cura tétrico, necio y regañón, tendrás un vasto campo
con la lisongera pintura que me habia hecho Martin del
donde ejercitar la paciencia; y si topas con uno flojo y regalón,
estado.
cargará sobre tí todo el trabajo, siendo para él lo pingüe de
L l e g ó la noche, y mi buen padre, que no 6e descuidaba en
los emolumentos. Conque esto es ser sacerdote y ordenarse á
mi provecho, me llamó á su gabinete y me dijo: " H o y se cum-
título de idioma ó administración. ¿Te gusta? Sí señor, le
ple el plazo, hijo mio, que te di para que consultaras y resol-
respondí de cumplimiento, p u e s á la verdad no dejó de resfriar
vieras sobre la carrera de las ciencias 6 de las artes que te
mi ánimo el detall que me habia hecho de los trabajos y mala
acomode, para dedicarte á ellas desde luego; porque no quiero
vida que suelen pasar los vicarios; pero y o decia entro mí ¿qué, tica, porque les parece la mas fácil de aprender, la mas socor-
luego ha de dar en un ojo? ¿Luego he de ir á tener á tierra ca- rida y la que necesita menos ciencia. D e facto, estudian cua-
liente, á un pueblo ruin? ¿luego ha de haber alacranes, moscos, tro definiciones y cuatro casos los mas comunes del moral, se
ni esos otros salvages que me d i c e mi padre? ¿Luego me han de encajan á un sínodo, y si en él aciertan por casualidad, se ha-
dar los frios, ó los curas á quienes sirva han de ser todos flojos cen presbíteros en un instante, y aumentan el número de los
ó regañones? Quizá no será así; sino que hallaré un buen puc. idiotas con descrédito de todo el estado; y encarándose á mí,
blo y cura, y entóneos pasearé bien, tendré dinero, y dentro me dijo: en efecto, hijo, y o conozco varios vicarios imbui-
de un par de años lograré un c u r a t o riquillo, y descansando yo dos en la detestable máxima que te han inspirado de que no es
en mis vicarios, y a me podré tender boca arriba, y raparme menester saber mucho para ser sacerdotes, y he visto por des-
una videta de ángeles. gracia, que algunos han soltado el acocote para tomar el cáliz,
E s t a s cuentas estuve y o haciendo á mis solas, mientras mi ó se han desnudado la pechera de arrieros para vestirse la
padre fué á la puerta para e n v i a r una criada á traer tabaco. casulla, se han echado con las petacas y se han metido á lo que
Volvió su merced, se sentó y continuó su conversación de no eran llamados; pero no creas tú, Pedro, que una mal mas-
este modo. cada gramática y un mal digerido moral, bastan como pien-

Conque. Pedrillo, supuesta la resolución que tienes de orde- sas, para ser buenos sacerdotes y ejercer dignamente el terri-

narte, ¿qué quieres estudiar? ¿cánones ó teología? Y o me sor- ble cargo de cura de las almas.

prendí, porque cuanto me a g r a d a b a tener dinero rascándome M u y bien sé que hubo tiempos, en que (como nos refiere el
la barriga hecho un flojo, tanto así me repugnaba el estudio y abate Andrés en su historia de la literatura) decayeron las cien-
todo género de trabajo. cias en la Europa en tanto grado, que el que sabia leer y es-
cribir tenia cuanto necesitaba para ser sacerdote, y si por for-
Quedéme callado un corto rato, y mi padre advirtiendo mi
tuna sabia algo del canto llano, entónces pasaba plaza de doc-
turbación, me dijo: cuando resolviste dedicarte á la iglesia, ya
tor; pero ¿quién duda que la santa iglesia no se afligiría por es-
preveniste la clase de estudios que habias de abrazar, y así no
ta tan general ignorancia, y que condescendería con la inep-
debes detener la respuesta. ¿Qué, pues, estudias? ¿cánones 6
titud de estos ministros por la oscuridad del siglo, por la ino-
teología? Y o muy fruncido le respondí: señor, la verdad, mn-
pia de sugetos idóneos, y porque el pueblo no careciera del pas-
guna de esas dos facultades me gusta, porque y o creo que no
to espiritual; y así á trueque de que sus hijos no perecieran de
las he de poder aprender, porque son m u y difíciles: lo que quie-
hambre, teniendo por la g r a c i a de Jesucristo, el pan tan abun-
ro estudiar es moral, pues me dicen que para ser vicario, 6
dante, tenia que fiar con dolor su repartimiento á unas manos
cuando mas, un triste cura, c o n eso sobra.
groseras, y que encomendar, á mas no poder, la administración
Levantóse mi padre al oir esto, algo amohinado, y paseán-
de la V i ñ a del Sef.or á unos operarios imperitos?
dose en la sala decia: ¡Vea vd! estas opiniones erróneas son las
Pero así como en aquel tiempo hubiera sido un error grose-
que pervierten á los muchachos. Así pierden el amor á 1m
ro decir que sobra con saber leer para hacerse alguno digno
ciencias: así se estravian y se abandonan, así se empapan en
de los sagrados órdenes, por mas que así sucediera; de la mis-
unas ideas las mas mezquinas, y abrazan la carrera eclesiás-
Por otra parte: cuando vemos tantos sacerdotes sábios y vir-
ma manera lo es hoy asegurar que para obtener tan alta dig-
tuosos que y a viejos, enfermos y cansados, con las cabezas tré-
nidad sobra con una poca de g r a m á t i c a y otro poco de moral,
mulas y blancas, en fuerza de la edad y del estudio, aun no de-
por mas que muchos no tengan mas ciencias cuando se orde-
jan los libros de las manos: aun no comprehenden bastante
nan; pues tenemos evidentes testimonios de que la iglesia lo to-
los arcanos de la teología: aun se oscurecen á su penetración
lera, mas no lo quiere.
muchos lugares de la sagrada Biblia: aun se confiesan siempre
Todo lo contrario; siempre ha deseado que los ministros del
discípulos de los santos padres y doctores de la iglesia, y se co-
altar estén plenamente dotados de ciencia y virtud. E l sagra-
nocen indignos del sagrado carácter que los condecora, ¿qué
do Concilio de Trento manda: "que los ordenados sepan la len. j u i c i o harémos de la alta dignidad del sacerdocio? ¿Y cómo no
,,gua latina, que estén instruidos en las letras; desea que crez- nos convenceremos del gran fondo de santidad y sabiduría que
,,ca en ellos con la edad el mérito y la mayor instrucción; man- requiere un estado tan sublime en los que sean sus individuos?
ada que sean idóneos para administrar los sacramentos y ense-
Y si despues de estas sérias consideraciones, tendemos la
b a r al pueblo, y por último, mandó establecer los seminarios
vista por el oriente opuesto, y vemos cuan tranquilos y satis-
»,donde siempre haya un número de jóvenes que se instruyan en
fechos se introducen al Sancta Sanctorum muchos jovencitos
„la disciplina eclesiástica, los que quiere que aprendan gramá-
con cuatro manotadas que le han dado á Nebrija y otras tan-
t i c a , canto, cómputo eclesiástico, y otras facultades útiles y
tas al P. L á r r a g a . S i vemos que algunos, apenas se ordenan
„honestas: que tomen de memoria la sagrada escritura, los libros
de presbíteros, cuando se despiden no solo de estos dos pobres
„eclesiásticos, homilías de los santos, y las fórmulas de admi- ]ibros, sino quizá y sin quizá hasta del breviario. Y por últi-
„nistrar los sacramentos, en especial, lo que conduce á oir las mo, si damos un paso fuera de la capital, y ciudades donde re-
„confesiones, y las de los demás ritos y ceremonias. D e suer- siden los diocesanos y cabildos, y vemos por esos pueblos de
„te, que estos colegios sean unos perennes planteles de minis- Dios, lances de ignorancia escándalosos y aun increíbles *, y
t r o s de D i o s . " Ses. 23 cap. 1 1 , 13, 14 y 1 8 .
Conque y a ves, hijo mió, como la santa Iglesia quiere, y
* T a l es el que s i g u e . R e c o n c i l i ó s e en un l u g a r de E s p a ñ a e l e x i m i o
siempre ha querido, que sus ministros estén dotados de la d o c t o r S u a r e z para celebrar, y e l miserable v i c a r i o que lo oyó de peniten-
mayor sabiduría, y justamente; porque ¿tú sabes qué cosa es y cia, era t a n i g n o r a n t e , que no sabia la f o r m a de la a b s o l u c i ó n . F u é ne-
debe ser un sacerdote? Seguramente que no. Pues oye: un sa- cesario que el m i s m o penitente se la f u e r a a p u n t a n d o así c o m o s e hace
c o n el que lia de r e c i t a r una r e l a c i ó n que n o sabe; pero por fin, c o n este
cerdote es un sábio de la ley, un doctor de la fé, la sal de la
a u x i l i o absolvió nuestro v i c a r i o al d i c h o sacerdote, q u i e n l u e g o q u e aca-
tierra y la luz del mundo. M i r a ahora si desempeñará estos
bó su m i s a , f u é á ver al c u r a l l e n o de e s c á n d a l o , y c o n razón, y l e dió
títulos, ó los merecerá siquiera, el que se contenta con saber parte de lo que le habia a c o n t e c i d o , pero ¿cuál sería l a sorpresa de este
gramática y la moral á medias, y mira si para obtener digna- t e ó l o g o c u a n d o o y ó al cura que m u y mesurado l e dijo: „ P a d r e , ese v i c a r i o
es m u y tonto, y a y o le t e n g o dicho v a r i a s v e c e s que n o se m e t a en absol-
mente una dignidad, que pide tanta ciencia, bastará ó sobrará
ver, sino que o i g a las c o n f e s i o n e s y m e r e m i t a á los penitentes, que yo
con tan poco, y esto suponiendo que se sepa bien. ¿Qué será
los a b s o l v e r é ? "
ordenándose c o n una g r a m á t i c a mal mascada y una moral mal
C o n o z c o que este caso se h a r á increíble; pero t e h a r á t a l á los que n o
a'p rendid;)?
110

s¡ escuchamos en esos púlpitos sandeces y majaderías que no


así me fastidiaba el trabajo. Finalmente, y o me quedé dormí,
están escritas, ¿qué j u i c i o s nos hemos de formar de estos mi.
do, haciendo mis cuentas de cómo conseguiría ser clérigo pa-
nistros? ¿Cuál de su virtud? ¿ Y cuál de lo r e c ' o de la adminia,
ra tener dinero sin trabajar, y de cómo eludiría las buenas in-
tracion espiritual de los infelices pueblos encargados á su cus.
tenciones de mi padre. E n esto se desvelan muchos niños sin
todia? ¡Oh! que para r e f e r i r l o s daños de que son causa, seria
advertir que se desvelan en su ruina.
preciso decir lo que E n e a s á D i d o al contarle las desgracias
A l otro día despues que vino mi padre de misa, me llamó á
de T r o y a . ¿Quién reprimirá las l á g r i m a s al referir tales co.
su cuarto y me dijo: no quiero que se nos v a y a á olvidar la
sas?
contestación de anoche. T e decia, Pedro, que los pueblos pa-
A q u í s a c ó mi padre su relox y me dijo: ha sido larga la con. decen mucho cuando sus curas y vicarios son ignorantes ó in-
ferencia de esta noche; m a s a u n no te he dicho todo cuanto ne- morales; porque j a m á s las ovejas estarán seguras ni bien cui-
cesitas sobre un asunto tan interesante; sin embargo, lo deja- dadas en poder de unos pastores nécios ó desidiosos: y todo
remos pendiente para m a ñ a n a , porque y a son las diez, y tu ma- esto te lo he dicho para probarte que la sabiduría n u n c a sobra
dre nos espera para c e n a r . Vámonos. en un sacerdote, y m a s sí está encargado del cuidado de los
pueblos; y para m a y o r confirmación de mi doctrina, oye.
CAPITULO X.
E n los pueblos puede haber, y en efecto habrá en muchos,

Concluye el padre de Periquillo su instrucción. Resuelve éste estu- algunas almas místicas y que aspiren á la perfección por el ca-

diar teología. La abandona. Quiere su padre ponerlo á oñcio; él se mino ordinario, que es el de la oracion mental. ¿Y qué direc-
resiste, y se refieren otras cosillas. ción podrá dar un padre v i c a r i o semi lego á una de estas al-
mas, cuando por desidia ó ineptitud no solo no ha estudiado la
respectiva teología, pero ni siquiera ha visto por el forro las
SEÑAMOS muy contentos c o m o siempre, y nos fuimos á
obras de S a n t a Teresa, la L u c e r n a místíca del padre Esquer-
acostar como todas las n o c h e s . Y o no pude ménos que estar
ra, los desengaños místicos del padre Arbiol, y quizá ni aun el
rumiando lo que acababa de d e c i r mi padre, y no dejaba de
K e m p i s ni el Yillacastin? ¿Cómo podrá dirigir á una alma v i r -
conocer que me decia el c r e d o ; porque h a y verdades que se
tuosa y abstracta el que ignora los caminos? ¿Cómo podrá
meten por los ojos, a u n q u e uno no quiera; pero por mas que
sondear su espíritu ni distinguir si es una alma ilusa, ó verda-
me convencían las razones que había oído, no me podia resol-
deramente favorecida, cuando no sabe qué cosa son las vías
ver á estudiar cánones ó teología, que era el intento de mi buen
purgativa, iluminativa, contemplativa, y unitiva? ¿Cuando ig-
padre; pues así como me a g r a d a b a la vida libre y holgazana
nora qué cosa son revelaciones, éxtasis, raptos, y deliquios?
¿Cuando le coge de nuevo lo que son consolaciones y sequeda-
des? ¿Cuando se sorprende al oir las voces de ósculo santo, abra-
hayan salido de M é x i c o ó de o t r a s ciudades; pues los que hemos andada
por los pucblecillos distantes de l a s m i t r a s , lo creemos c o m o si lo hubié- zo divino, y desposorio espiritual? ¿Y cuando (por no cansar-
ramos visto, porque liemos p r e s e n c i a d o otros mas lastimosos en su lineal te con lo que no entiendes) ignora del todo los primores con
y y o pudiera citar a l g u n o s si no f u e r a n tan modernos. que obra la divina g r a c i a en las almas espirituales y devotas?
110

s¡ escuchamos en esos púl pitos sandeces y majaderías que no


así me fastidiaba el trabajo. Finalmente, y o me quedé dormi-
están escritas, ¿qué j u i c i o s nos hemos de formar de estos mi.
do, haciendo mis cuentas de cómo conseguiría ser clérigo pa-
nistros? ¿Cuál de su virtud? ¿ Y cuál de lo r e c ' o de la adminia,
ra tener dinero sin trabajar, y de cómo eludiría las buenas in-
tracion espiritual de los infelices pueblos encargados á su cus.
tenciones de mi padre. E n esto se desvelan muchos niños sin
todia? ¡Oh! que para r e f e r i r l o s daños de que son causa, seria
advertir que se desvelan en su ruina.
preciso decir lo que E n e a s á D i d o al contarle las desgracias
A l otro día despues que vino mi padre de misa, me llamó á
de T r o y a . ¿Quién reprimirá las l á g r i m a s al referir tales co.
su cuarto y me dijo: no quiero que se nos v a y a á olvidar la
sas?
contestación de anoche. T e decia, Pedro, que los pueblos pa-
A q u í s a c ó mi padre su relox y me dijo: ha sido larga la con. decen mucho cuando sus curas y vicarios son ignorantes ó in-
ferencia de esta noche; m a s a u n no te he dicho todo cuanto ne- morales; porque j a m á s las ovejas estarán seguras ni bien cui-
cesitas sobre un asunto tan interesante; sin embargo, lo deja- dadas en poder de unos pastores nécios ó desidiosos: y todo
remos pendiente para m a ñ a n a , porque y a son las diez, y tu ma- esto te lo he dicho para probarte que la sabiduría n u n c a sobra
dre nos espera para c e n a r . Vámonos. en un sacerdote, y m a s sí está encargado del cuidado de los
pueblos; y para m a y o r confirmación de mi doctrina, oye.
CAPITULO X.
E n los pueblos puede haber, y en efecto habrá en muchos,

Concluye el padre de Periquillo su instrucción. Resuelve éste estu- algunas almas místicas y que aspiren á la perfección por el ca-

diar teología. La abandona. Quiere su padre ponerlo á oñcio; él se mino ordinario, que es el de la oracion mental. ¿Y qué direc-
resiste, y se refieren otras cosillas. ción podrá dar un padre v i c a r i o semi lego á una de estas al-
mas, cuando por desidia ó ineptitud no solo no ha estudiado la
respectiva teología, pero ni siquiera ha visto por el forro las
SEÑAMOS muy contentos c o m o siempre, y nos fuimos á
obras de S a n t a Teresa, la L u c e r n a místíca del padre Esquer-
acostar como todas las n o c h e s . Y o no pude ménos que estar
ra, los desengaños místicos del padre Arbiol, y quizá ni aun el
rumiando lo que acababa de d e c i r mi padre, y no dejaba de
K e m p i s ni el Villacastin? ¿Cómo podrá dirigir á una alma v i r -
conocer que me decia el c r e d o ; porque h a y verdades que se
tuosa y abstracta el que ignora los caminos? ¿Cómo podrá
meten por los ojos, a u n q u e uno no quiera; pero por mas que
sondear su espíritu ni distinguir si es una alma ilusa, ó verda-
me convencían las razones que habia oido, no me podia resol-
deramente favorecida, cuando no sabe qué cosa son las vías
ver á estudiar cánones ó teología, que era el intento de mi buen
purgativa, iluminativa, contemplativa, y unitiva? ¿Cuando ig-
padre; pues así como me a g r a d a b a la vida libre y holgazana
nora qué cosa son revelaciones, éxtasis, raptos, y deliquios?
¿Cuando le coge de nuevo lo que son consolaciones y sequeda-
des? ¿Cuando se sorprende al oir las voces de ósculo santo, abra-
hayan salido de M é x i c o ó de o t r a s ciudades; pues los que hemos andada
por los pucblecillos distantes de l a s m i t r a s , lo creemos c o m o si lo hubié- zo divino, y desposorio espiritual? ¿Y cuando (por no cansar-
ramos visto, porque liemos p r e s e n c i a d o otros mas lastimosos en BU lineal te con lo que no entiendes) ignora del todo los primores con
y y o pudiera citar a l g u n o s si no f u e r a n tan modernos. que obra la divina g r a c i a en las almas espirituales y devotas?
¿No es verdad? ¿No conoces tú que si te pusieras á llevar un na.
vio á Cádiz, á C a v i t e ó á otro puerto, con las luces que tienes si la Iglesia santa pudiera hacer que todos sus ministros fue

de pilotage (que son ningunas) seguramente d a ñ a s con la em- ran teólogos y santos, no omitirla sacrificio alguno para con-

barcacion infeliz que se te confiara en un banco, en un arreci- seguirlo; pero h escasez de varones y talentos tales como los

fe, ó en un golfo sin llegar jamás por jamás al puerto de su des- necesarios, hace que provea á los fieles de aquellos que se en-
cuentran tal cual útiles para la simple administración délos
tino? E s t o lo debes comprender porque la comparación es muy
Sacramentos.
sencilla. Pues lo mismo sucede á estos infelices vicarios Lárra-
gos á secas, que apenas saben absolver á u n pecador común, (co- A u n hay mas. Y a te dije que los sacerdotes son los maes-
mo los indios que no saben mas que llevar una canoa á Ixta- tros de la ley. A ellos toca privativamente la esplicacion del
calco). Ellos los pobres son ciegos, y las almas que aspiran á dogma y la interpretación de las Sagradas Escrituras. Ellos
entrar por la via de la perfección, también son ciegas, y nece- deben estar muy bien instruidos en la revelación y tradición
sitan una buena guia que las dirija. No la hallan en los direc- en que se funda nuestra fe, y ellos en fin, deben saber sostener
tores modorros, y sucede que (á no ser por un favor especial de á la faz del mundo lo sólido é incontrastable de nuestra tanta
l a g r a c i a ) ellas ó se entibian ó se pierden; y las guias ó se con- religión y creencia.

funden, ó se precipitan en los errores de la ilusión que ellas les Pues ahora, supongamos un caso remoto, pero no impo-

comunican. sible. Supongamos, digo, que un pobreciío vicario de estos de


que hablamos, ó un religioso hebdomadario, ó que llaman de
E s t a es una verdad terrible; pero es una verdad que no ne-
misa y olla, tiene con un herege una disputa acerca de la cer-
gara ningún sacerdote sabio. Y o lo que veo (y que confirma
teza de nuestra religión, de la justicia de su dogma: de lo di-
mi opinion en el particular) es: que los sacerdotes virtuosos,
vino de sus misterios; de la realidad del cumplimiento de las
santos y doctos, son muy escrupulosos para confesar y dirigir
profecías: de lo evidente de la venida del Mesías: del cómputo
monjas y otras almas espirituales, y cuando las dirigen son
de las semanas de Daniel ó cosa semejante (advirtíendo que
muy eficaces para no dejar de la mano la sonda de la doctri-
los hereges que promueven ó entran en estas disputas, aunque
na y la prudencia. A mas de esto, consultan con el teólogo
son ciegos para la fe, no lo son para las ciencias. H e vivido
por esencia, con D i o s digo, en los ratos de oracion que tienen,
en puerto de mar, y he conocido y tratado algunos) ¿cómo co-
y como saben que deben hacer cuantas diligencias humanas
nocerán sus sofismas? ¿Cómo eludirán sus argumentos? ¿Cómo
estén en su arbitrio para conseguir el acierto, consultan las
distinguirán su malicia de la fuerza intrínseca de la razón? ¿Y
dudas que tienen con otros varones sabios y espirituales. Es-
cómo podrá salir de sus labios la verdad triunfante y con el
to veo, y esto me hace creerlo contingente que será el acierto
brillo que le es tan natural? Ello es cierto que si solo el Fer-
de la dirección espiritual de unas almas místicas fiado á unos
rer, el Cliquet, el Lar raga ú otro sumista de moral semejante
pobres clérigos casi legos, que apénas saben lo muy preciso
fueran bastantes para contrarestar á los hereges. no sé como
para decir misa y absolver al penitente en virtud de la prome-
hubiera salido S . Agustín con los maniqueos, S . Gerónimo
sa de Jesucristo.
con los donatistas, ni otros santos padres con otras chusmas
D e manera, hijo mió, que estoy firmemente persuadido que
4—2
de hercges y heresiarcas á quienes combatieron y confundie- Harto te he dicho,"y así si quieres ser eclesiástico, dime ¿qué
ron con brillantez y solidez de argumentos. te resuelves á estudiar?
De todo lo dicho debes concluir, Pedro mió, que para ser Viéndome y o tan atacado, no hubo remedio, respondí á mi
un digno sacerdote no sobra c o n saber lo muy preciso; es ne- padre que estudiaría teología, y á los dos dias ya era y o cur-
cesario imbuirse y empaparse e n la sólida teología, y en la= sante teólogo, y vestia los hábitos clericales.
reglas ó leyes eclesiásticas que son los cánones de la Iglesia. N o tardé mucho en ver en la universidad á mi amigo Pela-
„ A g r e g a á esto, que es tan p e c u l i a r al sacerdote la literatu. yo, á quien di parte de todo lo que me había ocurrido con mi
j,ra, que á mediados del siglo X I I I no eran promovidos alele- padre, y cómo y o no pudiendo escaparme de sus insinuacio-
„ricato sino los literatos, según la novela de Justiniano6, nes, elegí estudiar teología. Ello será un perdedero de tiempo,
„ c a p . 4 y 123, cap. 1 2 . D e modo que Juliano el antecesor supuesto que no te gusta el estudio, me dijo mi amigo; pero si
„escribía: El que no es literato no puede ser clérigo. Sucedió no hay otro remedio, ¿qué se ha de hacer? A veces es preci-
„que para significar un hombre docto y literato, empezó í so contemporizar con los viejos ideáticos, aunque uno no quie-
„ucarse el nombre de clérigo, y el de lego para denotar un ig. ra, aunque sea para engañarlos, miéntras se realizan nuestros

„norante ó que no sabia las letras, de donde provino también proyectos. M i padre también es del tenor siguiente: ha dado en

„ q u e á los legos doctos se les daba el título de clérigos; y por que estudie cánones áforliori, esto es, quieras que r.o quieras;

,,cl contrario, los eclesiásticos no literatos eran llamados tam- y aun me habla de licenciaturas y borlas; pero y o que no soy
vanidoso, no pienso en eso: lo que quiero es acabar mis cáno-
„bien legos. Se le llama clérigo (son palabras de Odcrico Vi-
nes bien ó mal: alcanzar el gradillo: ordenarme y quitarme do
„tal en el lib. 3) porque estú imbuido en el conocimiento i
libros ni quebraderos de cabeza. T ú puedes hacer lo mismo:
„las letras y de. las demás artes. E n la Crónica Andrens
aguanta tus cursos de universidad con la paciencia que un
„leemos también las siguientes palabras: Con la anuencia ¿i
purgado, y cuando ménos lo pienses te hallarás hecho un ba-
„algunos romanos, hizo que se le subordinase cierto espak>
chiller teólogo, que para el caso de que digan que lo eres, con
„muy clérigo llamado Burdino. Y en la historia de los obispa
eso basta.
„de Eistet: Este obispo Juan fué gran clérigo en el Dereá
N i es menester que te des mala vida ni te derritas los sesos
„Canónico, esto es, g r a n letrado. E l mismo significados
sobre los libros. Estudia de carrera lo que te señale tu cate-
„observa que tuvo a n t i g u a m e n t e e n la lengua francesa, pi»
drático, enséñate á manejar el ergo por imitación, y frecuen-
„clero quería decir lo mismo que docto, como también clerg
ta la universidad, porque los cursos importan, hijo; los cursos
„lo mismo que ciencia y d o c t r i n a . "
son mas preciso 0 que la ciencia misma, para lograr el grado.
T o d a esta erudición y a l g u n a m a s , la recogió el señor M-
Bien saben y sabemos, que á lo que vamos los mas estudian-
ratori en su opúsculo titulado: llfjlexiones sobre el buen gv>
tes á la universidad, no es á aprender nada, sino á cuajar un
to, cap. 7, fol. 70, 7 1 y 72, donde lo podrás ver, confirmad
rato unos con otros; pero lo cierto es, que el que no tiene su
que para merecer el nombre de c l é r i g o , es menester ser liten
certificación de haber cursado el tiempo prefinido por estatu-
to; y de lo contrario, el que no lo sea, no será un padre c¡«>• to, no se graduará, aunque sea mas teólogo que Santo T o m a s ;
go, sino un padre lego.
y si la tiene, él será bachiller, aunque no sepa quien es Dios
por el padre Ripalda; pero e l l o es que así la vamos pasando, medianamente decentes, y en las que vivian señoritas de títu-

y así la pasarémos tú y y o c o n mas descanso. lo, como la Cucaracha, la Pisa-bonito, la Quebrantahuesos y


otras de igual calaña.
i o apenas falto do la universidad tal cual vez; pero del co.
Y a se deja entender que los tertulios y tertulias debajo de
legio sí me deserto con f r e c u e n c i a . L o s domingos, juéves v
capas, casacas y enaguas, eran muchachas y jóvenes de prime-
fiestas de guardar, no tenemos clase por el colegio: y y o salo*
uno ó dos días á la semana, y a verás qué poco me mortifico. ra tijera, esto es, mozos y mozas estragados, libertinos y tunos
de profesion. _
E s t o es lo que harás tú, si quieres que no se te haga pesado
C o n tan buenas compañías y la dirección de mi sapientísi-
el estudio de la teología. A c o m p á ñ a t e conmigo: arráncale á
mo Mentor, dentro de pocos meses salí un buen bandolonista,
tu padre los realitos que puedas, y confia de mí en que no solo
bailador incansable, saltador eterno, decidor, refranero, atre-
te pasarás buena vida, sino que te civilizarás, porque advier.
vido y lépero * á toda prueba.
lo que eres un mexicano p a y o , y y o te quiero sacar de bar-
Como mi maestro se habia propuesto civilizarme é ilustrar-
reras. S í , y o te llevaré á v a r i a s casas de señoritas finas que
tengo de tertulias: aprenderás á danzar, á bailar, á contestar con me en todos los ramos de la caballería de la moda, me enseñó

las gentes decentes. Fuera de esto, te sentaré en los estrados á jugar al villar, tresillo, tuti y juegos carteados; no se olvidó

y haré que te comuniques c o n las damas; porque el trato con de instruirme en las cábulas delbisbís ni en los ardides para

las señoras ilustra demasiado. Ultimamente, te enseñaré á jugar albures según arte, y no así, así, á la buena de Dios, ni á
j u g a r al villar, malilla de c a m p o , tresillo, básiga y albures, que lo que la suerte diera; pues me decia: que el que limpio jugaba
todas estas habilidades son partes de un mozo fino é ilustrado, limpio se iba á su casa, sino siempre con su pedazo de dili-
y de este modo nos la pasarémos buena. A l cabo de un año gencia.
tú no te conocerás, y me darás las g r a c i a s por los buenos ofi. U n año gasté en aprender todas estas maturrangas; pero eso
cios de mi amistad. sí, salí maestro y c a p a z de poner cátedra de fullería y lepera-
ge á lo decente; porque hay dos clases de tunantismo: una soez
E l cielo vi abierto con el plan de vida que me propuso
y arrastrada como la de los enfrazadados y borrachos que jue-
Pelayo: porque y o no aspiraba á otra cosa que á holgar y di-
gan á la rayuela ó á la taba en una esquina: que se trompean
vertirme; y así le di las g r a c i a s por el ínteres que tomaba en
en las calles: que profieren unas obscenidades escandalosas:
mis adelantos, y desde aquel dia me puse bajo su dirección y
que llevan á otras leperuzcas descalzas y hechas pedazos, y se
tutela.
emborrachan públicamente en las pulquerías y tabernas, y es-
E l inmediatamente trató de cumplir con sus deberes, lle-
tos se llaman pillos y léperos ordinarios.
vándome á varias tertulias que frecuentaba en algunas casas
L a otra clase de tunantismo decente, es aquella que se com-
* Los estudiantes entienden por salar faltar á la cátedra, no asis-
tir á ella: y por cuajar (de cuya voz usó el A . poco ántes) ocuparse * Pillo, zaragate. D e esta v o z so derivan las do quo también usa el

de co:as agenas del estudio, charlando y pasando el rato, lo mismo a u t o r en distintas parles c o m o leperogr, leperuzca, &c —E.

que se entiende entre los artesanos y otros trabajadores por matar el t C o n a l g u n a s a l t e r a c i o n e s se llama h o y Imperial—E.

zapo—E.
pone de mozos decentes y estraviados que con sus capas, ti-. fculpaba con la edad, y mis menores me las pasaba por gráfciáS
saquitas y aun perfumes, son unos ociosos de por vida, cofra- ,y travesuras.
des perpetuos de todas las tertulias, cortejos de cuanta coque,
Pero así como la moneda falsa no puede correr mucho tiénn
ta se presenta, seductores de c u a n t a casada se proporciona,
po sin descubrir ó su mal trojel ó su liga; así la maldad no püé»
jugadores, tramposos y fulleros siempre'que pueden: cócftás*
de pasar muchos días con la capa de la hipocresía sin mani-
de los bailes, sustos de los convites, gorrones intrusos, sinver-
f e s t a r s u sordidez. Puntualmente sucedió lo mismo conmigo*
güenzas, descarados, necios á nativitate, tarabillas perdura,
pues mi padre un dia que y o no lo pensaba, me preguntó ¿que
bles y máquinas vestidas, escandalosas y perjudiciales á la des.
cuándo era mi acto? ¿Ó que si Estaba en disposición de tenerlo*
dichada sociedad en que viven; y estos tales son pillos y lépe-.
Ciertamente, que si como me preguntó eso, me hubiera pregun-
ros decentes, y de esta clase de pillería digo, que pude haber
tado ¿quesiestaba apto para bailar una contradanza? ¿Para per-
puesto cátedra pública, según lo que aproveché con las lee-
vertir una jóven?¿ó para amarrar un alburito? N o me tardo muí
ciones de mi maestro y el ejemplo de mis concursantcs en el
cho en responder afirmativamente, pero me hizo una pregunta
corto espacio de un año.
difícil, porque yo con mis quehaceres, no pude dedicarme á otro

E l pobre de mi padre estaba m u y ageno de mis indignos estudio, de suerte que mi Biluart estaba limpio y casi intacto.

adelantamientos, y muy pagado de M a r t i n Pelayo, que visita- Sin embargo, era preciso responder alguna cosa, y fué: qué
ba mi casa cou frecuencia; porque y a os he dicho que vuestro mi catedrático no me había dicho nada, que se lo preguntaría.
abuelo era de tan buen entendimiento como corazon. E n efec- No, me dijo mi padre, no le preguntes nada, que y o lo haré.
to, era hombre de bien y virtuoso,'y como tales personas son fá- E n mala hora se encargó mi padre de semejante comision; por-
ciles de engañarse por las astucias de los malvados, entre yo que fué al segundo dia al colegio, y le preguntó á mi maestro
y mi- amigo teníamos alucinado á mi buen padre; porque yo que en qué estado estaba y o de estudio? Y que si estaba capaz
era un gran picaro, y Pelayo e r a otro picaro mas que yo; y de sustentar Un acto, le hiciese favor de avisárselo para hacer
así entre los dos haciamos cera y pabilo de las creederas de sus diligencias para los gastoss.
mi padre que tenia per un mozo m u y fino, arreglado y buen Mi maestro, tan veraz como aério, le contestó: amigo, y o
estudiante al tal tuno de Martin, y éste á mis escusas hacia de- deseaba que vd. me viera para decirle que su niño no prome-
lante de mis padres unos elogios encarecidísimos de mi talento te las mas leves esperanzas de aprovechar, no porque carezca
y aplicación, con lo que les c l a v a b a mas la espina, esto es, á de talento, sino por falta de aplicación. E s muy abandonado-
mi padre, que á mi madre no era menester nada de eso; porque rara semana deja de faltar uno ó dos dias á la clase, y cuando
como me amaba sin prudencia, m i s mayores maldades las dis- viene, es á enredar y á hacer que pierdan el tiempo los otros
colegiales. E n virtud de esto, y a vd. verá cuál será su apti-
tud, y cuáles sus adelantos. A mas de esto, yo le he adverti-
• L o s quo con g r o s e r í a s i n c o m o d a n i m p u d e n t e m e n t e á los que asis- do ciertas amistades y malas inclinaciones que me hacen te-

ten á una diversión, ó á cualquiera otra concurrencia pública <5 pri-


mer la ruina próxima de este mozo, y así vd. como buen pa'
dre vele sobre su conducto, y vea en qué lo ocupa con saje-
vada—E.
cion; porque si no, el muchacho se le pierde, y vd. ha de dar
¿qué quieres que haga? Y a yo he rogado á tu padre bastante;
á Dios cuenta de 61. y a se lo he dicho, y a lo he llorado: pero está renuente, no hay
M i padre se despidió de mi maestro bastante avergonzado forma de convencerse: dice que no quiere que se lo lleve el
(según despues me dijo) y lleno de una justa cólera contra mí, diablo juntamente contigo por darme gusto. Y o no sé qué
¡Pobres padres! ¡y q u é ratos tan pesados les dan los malos hi- h a c e r . . . . N o llore vd., señora, la dije: y o sí sé lo que se ha de
jos! F u é á casa al medio dia: me saludó con mucha desazón: hacer. Seguro está que mi padre tenga el gusto de verme de
so entró á la r e c á m a r a con mi madre, y ésta como á las dos hojalatero ni de sastre. Pues ¿qué y a se cerraron los cuarte-
horas salió con los ojos llorosos á mandar poner la mesa. les? ¿Ya se acabaron las casacas y el pan de munición? ¿Qué
M i padre apenas comió, mi madre tampoco; yo, como sin. quieres decir con eso, Pedrito? me decía mi madre. Nada, se-
vergüenza y que ignoraba que era el eje sobre que se movia ñora, le contesté; sino que ántes que aprender oficio, me mete-
aquel disgusto, 110 dejé de hacer cuanto pude por agotar los ré á soldado, á bien que tengo buen cuerpo, y me recibirán
platos; porque al fin no hay sinvergüenza que no sea gloton. en cualquiera parte con mil manos.
Durante la comida no habló mi padre una palabra, y así que Aquí redobló mi madre su llanto, y me dijo: ¡ay hijo de mi
se concluyó se levantaron los manteles, y se dieron gracias í alma! ¿qué es lo que dices? ¿soldado? ¿soldado? no lo permita
Dios; se retiró mi padre á dormir siesta y me dijo con mucha Dios! N o te precipites ni te desesperes: y o volveré á rogarle
seriedad: esta tarde no v a y a vd. al colegio, que lo he menes- á tu padre esta tarde, y y a que dice que no eres para los estu-
ter. dios, y que es fuerza darte destino, veremos si te coloca en una
Como la culpa siempre acusa, y o me quedé con bastante t i e n d a . . . . Calle vd. madre, le dije. E s o es peor. ¿Qué bien
miedo, temiendo no hubiera sabido mi padre algunas de mis pareciera un bachiller, tiznado y lleno de manteca, y un teólo-
g r a c i a s estraordinarias, y me quisiese dar con un garrote el go despachando flaco de chilítos en vinagre? No, no: soldado
premio que m e r e c í a n . y nada mas; pues una vez que á mi padre y a se le hace pesado
L u e g o concebí que y o había sido la causa do la cólera, de el mantenerme, el r e y e s padre de todos, y tiene muchos miles
la parsimonia de la mesa, y de las lágrimas de mi madre; pe- para vestirme y darme de comer. E s t a tarde me voy á vender

ro como estaba satisfecho en que ésta no me queria, sino me en la bandera de China, y mañana vengo á ver á vd. vestido

adoraba, no tuve empacho para decirla: señora, ¿qué novedad de recluta.

será esta de mi padre? A lo que la pobrecita me contestó con Cada vez que y o me acuerdo de este y otros malos ratos que
sus lágrimas, y me refirió todo lo que había acaecido á mi di á la pobre de mi madre, y de las lágrimas que derramó por
padre con mi maestro, y cómo estaba resuelto á ponerme í mí, quisiera sacarme el corazon á pedazos de dolor; pero y a es
oficio.... ¿A oficio, (dije yo) á oficio? N o lo permita Dios, se- • tarde el arrepentimiento, y solo sirven estas lecciones, hijos
ñora. ¿Qué pareciera un bachiller en artes, y un cursante teó- míos, para encargaros que miréis á vuestra madre siempre con
logo convertido de la noche á la mañana en sastre ó carpinte- amor y respeto verdadero, sin imitar á los malos hijos como
ro? ¿Qué búrlame hicieran mis condiscípulos? ¿Qué dijeran mis y o fui; ántcs rogad á Dios no castigue los estravios de mi ju -
parientes? ¿Qué se hablará? Pues hijo, me contestó mi madre, ventud como merecen, y acordaos que por boca del Sábío os
dice: honra á tu padre, y no olvides los gemidos de iu „.adre.
Acuérdate que á ellos les debes la vida, y págales lo que te han
dado.
Finalmente, esta escena paró en que mi madre me rogó, me
instó, me lloró porque no fuera soldado, jurándome que se vol-
veria á empeñar con mi padre para que desistiera de su inten-
to y no me pusiera á oficio, con c u y a promesa me serené, co-
mo que eso era lo que y o deseaba, y por lo que afligí tanto á
su merced, no porque á mí me a g r a d a b a la carrera militar, y
mas en clase de soldado, c o m o que veia con horror todo géne-
ro de trabajo,
¡Qué bueno hubiera sido que mi madre me hubiera quebra.
do en la cabeza cuanta silla había en la sala, y bien amarrado
me hubiera despachado al primer cuartel, y allí me hubiesen
encajado luego luego la g a l a de recluta: con eso se hubieran
acabado mis bachillerías y sus cuidados; pero no lo hizo asi,
y tuvo despucs que sufrir lo que D i o s sabe.
A l cabo de un rato salió mi padre y a con sombrero y bastón,
y me dijo: tome vd. la c a p a y vamos. Y o la tomé y salí con su
merced con temor, y mi madre se quedó con cuidado.
A poco haber andado, se paró mi padre en un zahuan, y me
dijo: amigo, y a estoy desengañado de que es vd. un gran per-
dido, y y o no quiero que se a c a b e de perder. S u maestro me
ha dicho que es un flojo, v a g o , y vicioso, y que no es para los
estudios. E n virtud de esto, y o tampoco quiero que sea para
la ganzúa ni para la h o r c a . A h o r a mismo elige vd. oficio que
aprender, ó de aquí llevo á vd. á presentarlo al rey en la bande-
ra de C h i n a .
T o d o s los retobos que usé con mi madre, con mi padre se
volvieron sumisiones, como que sabia y o que no acostumbraba
mentir y era resuelto; y así no pude hacer mas que humillar-
me y pedirle por favor que me diese un plazo para informarme
del oficio que me pareciera mejor. Concedióme nii padre
ü,V6WWÜtU,0 tres dias á modo de ahorcado, y volvimos para casa, donde
hallamos á mi pobre madre enferma de un gran flujo de san-
gre que le babia venido por la pesadumbre que le di, y el susto
con que se quedó.
Y a se ha dicho que mi padre la amaba con estremo; y así
lleno de sentimiento acudió á que la medicina la auxiliara. E n
efecto, al segundo dia y a estuvo mejor; pero sin dejar de llorar
de cuando en cuando; porque y a y o le había dicho la resolu-
cion de mi padre, y ella enmedio de su dolencia no se había
descuidado en suplicarle 110 me pusiera á oficio, a lo que mi
padre le contestó: que se restableciera de su achaque, y que
ahí se veria lo que por fin se habia de hacer.
Esta respuesta desconsoló á mi madre, y fué causa de que
y o no las tuviera todas conmigo; porque no habiendo visto ja-
más á mi padre tan tenaz en su propósito y tan esquivo con
mi madre al parecer, me hizo entender que de aquella v e z no
me escaparía y o de cualquier aprendizage.
N o sabiendo qué hacer para librarme de la férula de los
maestros mecánicos, que me amenazaba por momentos, discur-
rí la traza mas diabólica que pedia en lance tan apurado, y
fué, ir á ver á mi caritativo preceptor y sábio amigo, el íncli-
to Martin Pelayo. C o n la confianza que tenia, me entré de
rondon hasta su cuarto, donde lo hallé columpiándose de un
lazo que pendía del techo, tarareando unas boleras y dando
saltos en el suelo ¿
T a n embebecido estaba en su escoleta, que 110 sintió cuando
y o entré, y prosiguió brincando como un gamo, hasta que y o
le dije: ¿qué es esto, Martin? ¿Te has vuelto loco ó estás apren-
diendo á maromero? Entonces él me vió y me contestó: ni
estoy loco, ni quiero ser volatín; sino que estoy trabajando
por aprender á hacer la octava que piden estas boleras, y di-
ciendo esto continuó sus cabriolas. .
Y o , mirando lo espacio que estaba, le dije: suspende un poco
ios lecciones, que traigo un asunto de m u c h a importancia qUe
prano que y o haré que mi padre ponga la esquela esta noche.
comunicarte, y del que solo tu amistad puede sacarme con
Con este consuelo me despedí de Martin muy contento, y me
bien. E l entóneos muy cortés se quitó del lazo, se sentó con.
volví á mi casa.
migo en su cama, y me dijo: no sabia y o que traias asunto
Entré en ella, y encontré de visitas á D . Martin el de la ha.
pero di lo que se ofrezca, que y a sabes c u a n t o te estimo. ;
cienda, á la señora su esposa la que me cascó el zapatazo, á su
L e conté punto por punto todas mis cuitas, rematando con niña y al famoso Juan L a r g o ó Januario, que toda la familia
decirle que para libertarme del deshonor que me esperaba en el habia venido á M é x i c o á pasear; porque como todo fastidia en
aprendizage, habia pensado meterme á fraile. E l me oyó con este mundo, los que viven en las ciudades buscan su diversión
bastante gravedad, y me dijo: Perico, y o siento los infortunios en el campo, y los que viven en el campo anhelan por la ciudad
que te amenazan por el genio ridículo y escrupuloso de tu pa. para divertirse, y ni unos ni otros logran por largo tiempo sa.
dre; pero supuesto que no hay medio e n t r e ser oficial mccáni. tisfacer sus deseos; porque como la tristeza no está en el cam-
co ó soldado, y que el único arbitrio de evadirte de ambas co. po ni en la ciudad sino en el corazon, nos siguen los fastidios
sas de esas, es meterte á fraile, y o soy de tu mismo parecer; y cuidados donde quiera que llevamos nuestro corazon.
porque mas vale tuerta que ciega; peor e s ser el sastre Perico,
L u e g o que hube saludado á las visitas y que cesaron los
ó el soldado Perico, que no el padre F r . Pedro. Ello es verdade-
cumplimientos de moda, me aparté al corredor con Januario
ro, que la vida de fraile trae sus incomodidades inaguantables,
y hablamos largo sobre diversos asuntos, ocupando el mejor lu-
como el estudio, la asistencia de comunidad, la observancia de
gar de la conversación los mios, entre los que le conté mis
las reglas, la subordinación á los prelados y la sujeción ó pr¡.
aventuras, y la última resolución que tenia de volverme fraile:
vacion de la libertad que tanto te a c o m o d a á tí y á mí; pero
á lo que Juan L a r g o me contestó muy aprisa: sí, sí, Periquillo,
todo es hacerse. A mas de que en c a m b i o de esas molestias,
vuélvete fraile, hijo, vuélvete fraile: no harás cosa mejor. No
tiene el estado sus ventajas considerables, como el honor déla
todos los hombres hacen lo que deben, sino lo que les está mas
religión que se estiende por todos sus individuos, aunque sean
á cuento para sus fines particulares: quién hay que se ordene
legos; el respeto que infunde el santo hábito, y sobre todo, hijo,
porque es inútil para otra cosa, ó por no perder una capella-
el afianzar la torta para siempre. Y a v e r á s tú, que estas con-
nía: quién que se casa con la primera que encuentra mas que
veniencias no las encuentra un artesano ni un soldado; y así
no le tenga amor, ni con que mantenerla, solo por escaparse de
me parece que lleves adelante tu pensamiento.
una leva: quién que se meta á soldado porque no lo persiga la
Pues y o he venido, le dije, á consultarte mis designios, y á justicia ordinaria, por tramposo ó por alguna fechoría que ha
suplicarte te empeñes con tu padre p a r a que me dé una es- cometido; y quién, en fin, que hace mil cosas contra su gusto,
quela de recomendación para que me a d m i t a tu tío el provin- solo por evitar éste ó el otro lance que considera serle peor;
cial de S . Diego; porque esto urge, y en la tardanza está el pe- conque ¿qué nuevo ni raro será que tú te metas á fraile por no
ligro; pues como y o consiga la patente de admitido, ya á mi aprender oficio, ni ser soldado?
padre se le quitará el enojo, y me verá de distinto modo. Sí, Perico, haces bien, alabo tu determinación; pero herma,
Pues eso es lo de menos, me dijo P e l a y o , ven mañana tcm- no, aviva, aviva el negocio; porque al mal paso darle prisa.
TOM. I. 5
Así concluyó su arenga este grande hombre. El, es cía;
que me dijo m u c h a s verdades, pero truncas. Si me hubier, tarde, por dar lugar á que el padre de Pelayo hiciese por mí el

dicho despues d e ellas, que aunque así lo hacen, en ello naá: empeño que habia ofrecido.
justo hacen ni d i g n o de un hombre de bien, y que por lo como: Nada ocurrió particular en este dia; y al siguiente á buena
estas trampas'y artificios do que se valen para eludir el casti- hora me fui para el convento de S . Diego, y al pasar por la
go, escusar el t r a b a j o , engañar al superior ó evitar por el a alameda, que estaba sola, me puse frente á un árbol, haciéndo-
mino mas breve l a desgracia inminente ó que parece tal, st lo pasar en mi imaginación la plaza de provincial, y allí me
son sino unos remedios paliativos ó aparentes, que despues 4 comencé á ensayar en el modo de hablarle en voz sumisa, con
tomados se c o n v i e r t e n en unos venenos terribles, cuyas funes, la cabeza inclinada, los ojos bajos, y las dos manos metidas
tas resultas se l l o r a n toda la vida; si me hubiera dicho esto, re dentro de la copa del sombrero.
pito, quizá quizá me hubiera hecho abrir los ojos y cejar de C o n estas y cuantas esterioridades de humildad me sugirió
mi intento de ser religioso, para el que no tenia ni natura! t mi hipocresía, marché para el convento.
vocacion; pero p o r mi desgracia los primeros amigos que ture
Llegué á él, anduve por los claustros preguntando por la
fueron malos, y de consiguiente pésimos sus consejos.
celda del prelado: me la enseñaron, toqué, entré y hallé al pa-
A otro dia m a r c h é para la casa de Pelayo, quien puso es dre provincial sentado junto á su mesa, y en ella estaba un li-
mis manos la esquela de su padre, el que no contento con dar- bro abierto, en el que sin duda leia, á mi llegada.
la, pensando que y o era un jóven muy virtuoso, prometió ir Luego que lo saludé, le besé la mano con todas aquellas ce-
á hablar por mí á su hermano el provincial, para que me dis- remonias en que poco antes me habia ensayado, y le entregué
pensara todas aquellas pruebas y dilaciones que sufren los que la carta de recomendación de su hermano. L a leyó, y mirán-
pretenden el hábito en semejantes religiones austeras. dome de arriba abajo, me preguntó que si queria ser religioso
N o parece sino q u e me ayudaba en todo aquella fortuna que de aquel convento. Sí, padre nuestro, respondí. ¿Y vd. sabe,
llaman de picaro; porque todo se facilitaba á medida de mi prosiguió, qué cosa es ser religioso, y de la estrecha observan,
deseo. cia de N . P . S . Francisco? ¿Lo ha pensado vd. bien? Sí pa-
Y o recibí mi esquela con mucho gusto, di las gracias á mi dre, respondí. ¿Y qué le mueve á vd. el venir á encerrarse en
estos claustros, y á privarse del mundo, estando como está en
amigo por su empeño, y me volví para casa.
la flor de su edad? Padre, dije yo, el deseo de servir á Dios.
CAPITULO XI. Muy bien me parece ese deseo, dijo el provincial; pero qué ¿no
se puede servir á su magestad en el mundo? N o todos los jus-
T o m a Periquillo el h á b i t o de religioso, y so arrepiente en el mismo d á -
tos ni todos los santos lo han servido en los monasterios. Las
C u é n t a n s e a l g u n o s intermedios relativos á esto.
mansiones del Padre celestial son muchas, y muchos los cami-
nos por donde llama á sus escogidos. E n correspondiendo á
j l ^ j j o D O aquel d í a lo pasé contentísimo esperando que llega- los auxilios de la gracia, todos los estados y todos los lugares
ra el siguiente para ir á ver al provincial. N o quise ir en c» de la tierra son á propósito para servir á Dios. Santos ha ha-
bido casados, santos célibes, santos viudos, santos anacoretas,
Así concluyó su arenga este grande hombre. El, es cía;
que me dijo m u c h a s verdades, pero truncas. Si me hubier, tarde, por dar lugar á que el padre de Pelayo hiciese por mí el

dicho despues d e ellas, que aunque así lo hacen, en ello naá: empeño que había ofrecido.
justo hacen ni d i g n o de un hombre de bien, y que por lo como: Nada ocurrió particular en este dia; y al siguiente á buena
estas trampas'y artificios do que se valen para eludir el casti- hora me fui para el convento de S . Diego, y al pasar por la
go, escusar el t r a b a j o , engañar al superior ó evitar por el a alameda, que estaba sola, me puse frente á un árbol, haciéndo-
mino mas breve l a desgracia inminente ó que parece tal, st lo pasar en mi imaginación la plaza de provincial, y allí me
son sino unos remedios paliativos ó aparentes, que despues 4 comencé á ensayar en el modo de hablarle en voz sumisa, con
tomados se c o n v i e r t e n en unos venenos terribles, cuyas funes, la cabeza inclinada, los ojos bajos, y las dos manos metidas
tas resultas se l l o r a n toda la vida; si me hubiera dicho esto, re dentro de la copa del sombrero.
pito, quizá quizá me hubiera hecho abrir los ojos y cejar de C o n estas y cuantas esterioridades de humildad me sugirió
mi intento de ser religioso, para el que no tenia ni natural t mi hipocresía, marché para el convento.
vocacion; pero p o r mi desgracia los primeros amigos que ture
Llegué á él, anduve por los claustros preguntando por la
fueron malos, y de consiguiente pésimos sus consejos.
celda del prelado: me la enseñaron, toqué, entré y hallé al pa-
A otro dia m a r c h é para la casa de Pelayo, quien puso es dre provincial sentado junto á su mesa, y en ella estaba un lí-
mis manos la esquela de su padre, el que no contento con dar- bro abierto, en el que sin duda leia, á mi llegada.
la, pensando que y o era un jóven muy virtuoso, prometió ii Luego que lo saludé, le besé la mano con todas aquellas ce-
á hablar por mí á su hermano el provincial, para que me dis- remonias en que poco antes me había ensayado, y le entregué
pensara todas aquellas pruebas y dilaciones que sufren los que la carta de recomendación de su hermano. L a leyó, y mirán-
pretenden el hábito en semejantes religiones austeras. dome de arriba abajo, me preguntó que si queria ser religioso
N o parece sino q u e me ayudaba en todo aquella fortuna que de aquel convento. Sí, padre nuestro, respondí. ¿Y vd. sabe,
llaman de picaro; porque todo se facilitaba á medida de mi prosiguió, qué cosa es ser religioso, y de la estrecha observan,
deseo. cia de N . P . S . Francisco? ¿Lo ha pensado vd. bien? Sí pa-
Y o recibí mi esquela con mucho gusto, di las gracias á mi dre, respondí. ¿Y qué le mueve á vd. el venir á encerrarse en
estos claustros, y á privarse del mundo, estando como está en
amigo por su empeño, y me volví para casa.
la flor de su edad? Padre, dije yo, el deseo de servir á Dios.
CAPITULO XI. Muy bien me parece ese deseo, dijo el provincial; pero qué ¿no
se puede servir á su magestad en el mundo? N o todos los jus-
T o j u a Periquillo el h á b i t o de religioso, y so arrepiente en el mismo da-
tos ni todos los santos lo han servido en los monasterios. Las
C u é n t a n s e a l g u n o s intermedios relativos á esto.
mansiones del Padre celestial son muchas, y muchos los cami-
nos por donde llama á sus escogidos. E n correspondiendo á
j l ^ j j o D O aquel d i a lo pasé contentísimo esperando que llega- los auxilios de la gracia, todos los estados y todos los lugares
ra el siguiente para ir á ver al provincial. N o quise ir en c» de la tierra son á propósito para servir á Dios. Santos ha ha-
bido casados, santos célibes, santos viudos, santos anacoretas,
santos palaciegos, santos ¡diotas, santos letrados, santos médi.
muchos varones justos y arreglados que ven en la misma
eos, abogados, artesanos, mendigos, soldados, ricos; y en una
religión, y aun en el mismo convento.
palabra, santos en todas clases del estado. Conque, de aquí
Para evitar que los jóvenes se pierdan abrazando sin voca-
se sigue que para servir á Dios, no es condicion precisa el ser
ción un estado que ciertamente no debe ser de holgura, sino
fraile, sino el guardar su santa ley, y esta se puede guardaren
de un trabajo continuo, para cumplir los prelados con nuestra
los palacios, en las oficinas, en las calles, en los talleres, en laj
obligación, y no dar lugar á que las religiones se descrediten
tiendas, en los campos, en las ciudades, en los cuarteles, en los
por sus malos hijos, debemos examinar con mucha prudencia
navios, y aun en medio de las s i n a g o g a s de los judíos y de lai
y eficacia el espíritu de los pretendientes, aun antes de que en-
mezquitas de los moros.
tren de novicios, pues el noviciado es para que ellos esperi-
L a profesion de la vida religiosa es la mas perfecta; pero si menten la religión; pero el prelado debe examinarles el espíri-
no se abraza con verdadera v o c a c i o n , no es la mas segura, tu aun antes de ser novicios.
Muchos se han condenado en los claustros, que quizá se hubie. E n virtud de esto, vd. que desea servir á Dios en la religión,
ran salvado en el siglo. N o está el caso en empezar bien, es ¿ya sabe que aquí de lo primero que ha de renunciar es de la
menester la constancia. N a d i e logra la corona del triunfo, voluntad; porque no ha de tener mas voluntad que la de los
sino el que pelea varonilmente hasta el fiu. E n la edad de vd. superiores, á quienes ha de obedecer ciegamente? S í padre,
es preciso desconfiar mucho de esos ímpetus 6 fervores espiri- dije yo. ¿Sabe que ha de renunciar para siempre al mundo,
tuales, que ordinariamente no pasan de unas llamaradas de sus pompas y vanidades, así como lo prometió en el bautismo?
zacate, que tan pronto se levantan como se apagan; y así su. S í , padre. ¿Sabe que aquí no ha de venir á holgar ni á diver-
cede que muchos ó no profesan, ó si profesan es por la ver- tirse, sino á trabajar y á estar ocupado todo el dia? Sí, padre;
güenza que les causa el qué dirán; y estos tales profesos, como y sí padre, y sí padre, respondí á setenta sabes que me pregun-
que lo son sin su voluntad, son unos malos religiosos, desobe- tó, que y a pensaba y o que era llegada mi hora y me estaban
dientes y libertinos, que con sus vicios y apostasías dan que sacramentando; y todo este exámen paró en que me dió mi pa-
hacer á los superiores, e s c a n d a l i z a n á los seculares, y de cami- tente allí mismo, advirtiéndome que fuera mi padre á verse
no quitan el crédito á las religiones; porque como dice Santa con su Reverencia.
Ieresa, y es constante: el mundo quiere que los que siguen !a
T a l e s fueron mis palabras estudiadas y mis hipocresías, que
virtud, sean muy perfectos; n a d a les dispensa, todo Ies nota,
la llevó entre oreja y oreja aquel buen prelado, y formó de mí
les advierte y moteja con el m a y o r escrúpulo, y de aquí es, que
un concepto ventajoso. Y a se ve, él era bueno; y o era un pi-
los mundanos fácilmente disculpan los vicios mas groseros de
caro, y y a se ha dicho lo fácil que es que los picaros engañen
los otros mundanos; pero se e s c a n d a l i z a n grandemente si ad.
á los hombres de bien, y mas si los cojen desprevenidos.
vierten algunos en este ó el otro religioso ó alma dedicada á
E l bendito provincial al despedirme, me abrazó y me dijo:
la virtud. L e v a n t a n el grito hasta el cielo, y hablan no solo
Pues hijo mió, v a y a con Dios, y pídale á su Magestad que le
contra aquel fraile, que los e s c a n d a l i z a , sino contra el honor
conserve en sus buenos propósitos, si así conviene á su m a y o r
de toda la religión, sin pesar en l a balanza de la justicia los
gloria y bien de su alma. Dígale todos los dias con el mayor
fervor: confirma lioc Deas, quod operatus es in nolis, * y di¡.
¿Ves, hijo, le decia; ves como no es tan bravo el león como
ponga su corazon c a d a dia mas y mas para que fecundice es
lo pintan? ¿Ves como Pedrito no era tan malo como tú decías?
él la gracia del E s p í r i t u Santo, y produzca frutos ópimosde
E l como muchacho ha sido travicsillo; ¿pero qué muchacho no
virtud. Con esto le besé la mano, y me retiré para casa.
lo es? T ú querias que fuera un santo desde criatura, querias
¿Quien creerá que c u a n d o salí del convento sentí no sé qué
bien; pero hijo, es una imprudencia: ¿cómo han de comenzar
de bueno en mí, que me parecía que de veras tenia yo voa
los niños por donde nosotros acabamos? E s necesario dar tiem-
cion de ser religioso? N o se me olvidaba aquel aspecto vene-
po al tiempo. Y a ves qué mutación tan repentina. ¿Cuándo
rabie del anciano prelado.aquellas palabras tan llenas de unción
la esperabas? A y e r decias que Pedro era un picaro: y hoy y a
y penetrantes que t a n t o é c o lucieron en mi corazon, aquella
lo ves hecho un santo: ayer pensabas que habia de ser el lunar
su prudencia, aquel su carácter amable, y aquel todo hechice-
de su linage; y hoy y a ves que^él será el lustre de su familia,
ro de la verdadera v i r t u d , c a p a z de enamorar al mismo vicio.
porque familia que cuenta un deudo fraile, no puede ser do
E n efecto, y o d e c í a entre mí: ¿qué mano que hubiera naci-
oscuro principio: yo á lo menos asi lo entiendo, y en esta fé
do para fraile, que no lo hubiera advertido, y Dios quisiera ha-
y creencia he de vivir; aunque me digan, como y a me lo han
berse valido de este a c c i d e n t e para reducirme y meterme en
dicho, que esto es una preocupación de las que han echado
el camino que me conviene? N o hay duda: así debe ser. Yo
mas raices en A m é r i c a que en otras partes del mundo; pero y o
me acuerdo haber oido decir que Dios hace renglones dere-
no lo creo, sino que en teniendo una familia un pariente frai-
chos con pautas torcidas, y éste ha de ser uno de ellos, sin re-
le, y a puede apostárselas en nobleza con el Preste Juan de las
medio. Estos y semejantes discursos ocupaban mi imagina-
Indias sin haber menester ejecutorias, genealogías, ni esotras
ción en el camino del convento 4 mi casa.
zarandajas de que tanto blasonamos los nobles, porque esas
L u e g o que llegué á ella, me entré á ver á mi madre, y le cosas solo las saben los parientes y amigos de las casas; pero
conté cuanto me h a b i a pasado manifestándole la patente de los estraños que no las ven, no pueden saber si son nobles ó no.
admitido en el c o n v e n t o de S . Diego. D e que mi madre la L o que no sucede teniendo un deudo fraile; porque todo el
vió, no sé como no s e volvió loca de gusto, creyendo que yo mundo lo ve, y nadie puede dudar de que es noble él, sus pa-
era un jóven muy bueno, y que cuando menos seria yo otroS, dres, sus abuelos, sus bisabuelos y sus tatarabuelos; y si el di-
Felipe de Jesús. cho fraile se casara, fueran nobles y muy nobles sus hijos, nie-
N o hay que dudar ni que admirarse de esta sorpresa de mi tos, biznietos, tataranietos y choznos; porque un fraile es una
madre, pues si mis maldades le parecían gracias, mi virtud tan ejecutoria andando. Conque mira si tengo razón de estar con-
al vivo ¿qué le parecería? tenta, y si tú también debes estarlo con la nueva resolución de
Vino mi padre de la calle, y mi madre llena de júbilo le im- Pedrito.
puso de todas mis intenciones, ensenándole al propio tiempo la Y o por un agujerito de la puerta habia estado oyendo y fiz-
patente del padre provincial. gando toda esta escena, y vi que mi padre leyó, releyó, y re*
miró una, dos y tres veces la patente; y aun advertí que mas
do una v e z estuvo por limpiarse los ojos, á pesar de que no te.
* ¡O Dio»! confirma Jo que has obrado en mí.—E.
nia lagañas. ¡Tal era la duda que tenia de mi verdad que
tante, y por eso está el mundo tan perdido. N o sé por qué
apenas creia lo que estaba leyendo!
me parece que estas son picardías de P e d r o . . . . Cállate, dijo
Sin embargo de esta su sorpresa, oyó muy bien toda la aren-
mi madre, como tú no quieres al pobre muchacho, aunque ha-
g a de mi madre, á la que luego que concluyó, le dijo: ¡Válga-
g a milagros te han de parecer mal. Sus defectos sí, los crees,
te Dios, hija, qué Cándida eres! ¡cuántas boberías me has di-
aunque 110 los veas; pero de su virtud dudas, aun mirándola
cho en un instante! S i alguno nos hubiera escuchado, y o me
con los ojos. B i e n dicen, en dando en que un perro tiene rá-
avergonzara; pues las familias que en realidad son nobles, co-
bia, hasta que lo matan.
mo la tuya, no aspiran á parecerlo con el empeño de tener un
¿Qué estás hablando, hija? D e c i a mi padre: ¿qué virtud estoy
hijo religioso, ni hacen vanidad de ello cuando lo tienen; ántes '
mirando yo, ni jamás he visto en Pedro? ¿Qué mas prueba de
ese empeño y esa vanidad, es una prueba clara de una no co-
virtud que esa patente? D e c i a mi madre. No, esta patente no
nocida nobleza, ó que á lo menos no puede manifestarse de
prueba virtud, replicaba mi padre; lo que prueba es que tuvo
otro modo; modo ciertamente muy aventurado, y que puede
habilidad para engañar al provincial hasta arrancársela por
estar sujeto á mil trácalas; pero esto no es lo que importa por
sus fines particulares. T ú harás y dirás todo eso por no gas-
ahora, á mas que la nobleza verdadera consiste en la virtud.
tar en el hábito y en la profesion; pero para eso no es menes-
Esta es su piedra de toque y su prueba legítima; y no los
ter que quites de las piedras para poner en mi hijo. A u n tie-
puestos brillantes, eclesiásticos ó seculares, pues estos muchas
ne tios, y cuando no, y o pediré los gastos de limosna. Así se
veces se pueden hallar en personas indignas .de tenerlos por su
esplicò mi madre, á quien mi padre, con mucha prudencia con-
mala moral & c . L o que importa por ahora es esta patente.
testó: no seas tonta, muger. N o son los gastos, sino la espe-
Y o me hago cruces y no acabo de entender como es esto. A y e r
riencia que tengo la que me hace desconfiar de Pedro. Co-
era Pedro tan libertino y descarriado, que h a c i a continuas fal.
nozco su genio, y tengo examinado su carácter, por eso dudo
tas en el colegio por irse á tunantear con sus amigos, ¿y hoy
que sea cierta su vocacion. E l es mi hijo, lo amo, y lo amo
tan sujeto y virtuoso que pretende ser religioso, y de una re.
mucho; pero este amor no me quita el conocimiento que ten-
ligion estrecha y observante? A y e r tan flojo que aun para e s .
go de él. Sé que no le gusta el trabajo, que le agrada la li-
tudíar teología, ponía mil cortapizas, ¿y hoy tan decidido por
bertad, los amigos y el lujo demasiado, y que es muy variable
el trabajo de una comunidad? A y e r tan disipado, ¿hoy lan
en su modo de pensar. A mas de esto, es muy jóven, le falta
recoleto? A y e r tan uno ¿y hoy tan otro? N o sé cómo será esto.
mucho para saber distinguir bien las cosas, y todo ello me ha-
Y o no ignoro que Dios es poderoso y puede hacer cuanto ce creer que apenas estará en el convento dos ó tres meses,
quiera: sé muy bien que de una Magdalena h i z o una santa, verá el trabajo de la religión y se saldrá. E s t o es lo que de-
de un D i m a s un confesor, de un Saulo un Pablo, de un Aure- seo escusar, no los gastos, pues siempre he erogado gustoso
lio un Agustino, y de otros pecadores otros tantos siervos su-, cuantos he considerado concernientes á su bien.
yos que han edificado su iglesia; pero estos casos no son co-
N o obstante, y o de buena gana y con l a misma voluntad que
muñes; porque no es común que el pecador corresponda á los
otras veces gastaré en esta ocasion cuanto sea necesario, y
auxilios de la g r a c i a ; lo corriente es despreciarlos cada ins-
me daré los plácemes de que sea con provecho suyo.
A q u í paró la sesión, y salieron lus dos buenos viejos á co-
dia: andar con los ojos bajos: hablar poco: ayunar mucho: pe-
mer.
larse á azotes: barrer los claustros: estudiar y sufrir por toda
A la noche me llamó m i padre á solas, me hizo mil pregun.
la vida á tanto fraile grave, es una tarea inacabable, un sub-
tas, á las que y o c o n t e s t é amén, amén, con la misma hipo,
sidio eterno, una esclavitud constante, y una série no inter-
cresía que al provincial: m e echó su merced mi buen sermón
rumpida de trabajos, de que solo la muerte podrá librarte; pe-
esplicándome qué c o s a e r a la vida de un religioso: cuál la per-
ro en fin, y a lo hiciste, y es menester morderte un brazo; por-
fección de su estado: c u á l e s sus cargos: cuán temibles son las
que si no, ¿qué dirá tu padre? ¿Qué dirá tu madre? ¿Qué dirán
resultas que se debe p r o m e t e r el que abraza sin vocacion un
tus parientes? ¿Qué dirá el provincial? ¿Qué dirán los conocidos
estado semejante, y q u é s é y o que otras cosas, todas ciertas,
de tu casa? ¿Qué dirá mi padre? Y ¿qué dirán todos? S i ahora
justas, muy bien d i c h a s y para mi bien; pero esto es lo que los
te arrepintieras, fuera un escándalo para el público, un desho-
muchachos oyen con m é n o s atención: y así no es mucho se le*
nor para tí, y una vergüenza terrible para tus pobres padres;
olvide pronto. E l l o es q u e y o estuve en el sermón con los
y así no hay remedio, hermano, á lo hecho pecho, dice el re-
ojos bajos y con una m o d e s t i a tal, que y a parecía un novicio.
frán: ahora es fuerza que seas fraile quieras ó no quieras.
T a n bien hice el papel, q u e mi padre c r e y ó que era la pura
H a y hombres c u y o carácter es tan venenoso que hacen mal,
verdad; y me ofreció ir p o r la mañana á ver al padre provin-
aun cuando ellos piensan que hacen bien. Son como el gato
cial: me dió su bendición, le besé la mano y nos fuimos á a-
que lastima al tiempo de hacer cariños. A s í era el de Pelayo,
costar.
que despues que decía que me estimaba, parece que se empeñaba
T Y o dormí muy c o n t e n t o y satisfecho, porque los habia en- en enredarme ó afligirme; pues primero me pintó que la reli-
gañado á todos, y me h a b i a escapado de ser aprendiz ó sol- gión era una Jauja-, y y a que estuve comprometido, me la repre-
dado. sentó como una mazmorra, desacreditándola por ambos lados.
A otro dia cuando m e levanté, y a mi padre habia salido Y o me despedí de él, bien contristado, y casi casi y a esta-
de casa, y cuando v o l v i ó á ella al medio dia, me dijo delante ba por retractarme de mis propósitos; pero la vergüencilla y
de mi madre: señor P e d r i t o , y a vi al provincial: ya está todo en este qué dirán, este qué dirán del mundo, que es causa de que
corriente, y de aquí á o c h o días, dándonos Dios vida, tomarás atropellemos casi siempre con las leyes divinas, me hizo for-
el hábito. zar mi inclinación, hacer á un lado mis temores, y llevar ade-
'- Mi madre se alegró, y y o fingí alegrarme mas con la noti- lante mi falsa intentona.

cia. E n aquellos ocho dias se prepararon todas las cosas necesa-


rias para mi ingreso, se dió parte de él á todos mis amigos,
Comimos, y á la t a r d e fui á ver á Pelayo y le di cuenta del
parientes, conocidos, bien y malhechores, y de todos ellos re-
buen estado de mi n e g o c i o . El me dió los plácemes de este
recibió mi padre mil parabienes y mi madre mil enhorabuenas,
modo: me alegro, h e r m a n o , de que todo se haya facilitado. Ei
que hacían por junto dos mil faramallas, que llaman políticas,
caso es que a g u a n t e s l a s singularidades de los frailes, y ma-
ceremonias y cumplimientos; pero que no dejan todas "ellas
en año del n o v i c i a d o : porque te aseguro que las tienen y de
una onza de utilidad, por mas que se multipliquen en número.
marca; pues esto do levantarse á media noche: rezar todo e.
~W>

136
137
M i s padres se ocupaban en estos o c h o dias en recibir visi-
cuentaba mi casa diariamente; mas la muchacha era virtuosa,
tas y en disponer lo necesario para la entrada, y y o me ocu.
discreta y juguetona. Conocía bien mi carácter, y me tenia
paba en andar con Pelayo despidiéndome de mis tertulias no
por lo que era, esto es, por un jóven calavera y malicioso, pe-
con poco dolor de mi corazón, pues sentia demasiada violencia
ro tonto en la realidad; y así á todos los mimos y sorroclocos
en la separación de mis pecaminosas distracciones.
que y o le hacia, me contestaba con mucho agrado; pero tam-
Mi gran Pelayo se había propuesto a v i s a r en cuantas par. bién con mucha variedad, y siempre haciéndome ver que me
tes íbamos, de mis nuevos intentos, y lo pronto que estaba mi queria. C o n esto y o mas bobo y malicioso que ella, pensaba
noviciado. Y o le rogaba que los c a l l a r a : mas á él se le hacia lograr alguna v e z la conquista; pero ella mas honrada y viva
escrúpulo y cargo de conciencia el reservarlos, y como todas que yo, pensaba que esta vez jamás llegaría, como en efecto
las casas que visitabámos eran de aquellos y aquellas que lla- jamás llegó.
man de la hoja, me daban mis e s t r e g a d a s terribles, especial,
U n dia le di y o mismo una esquelita que decía una sarta de
mente las mugeres. U n a rae decía: ¡ a y ! ¡qué lástima! tan ni.
tonteras y requiebros, y remataba asegurándole de mi buena
ño y encerrarse. O t r a ; ¡qué g r a c i a ! y tan muchacho. Otra:
voluntad, y que si yp no hubiera de entrarme religioso, con
¿qué no se acordará vd. de mí? O t r a : ¿á qué no profesa vd.?
nadie me casaría sino con ella. Por aquí se puede conocer
E s t a : y o no creo que vd. sea bueno p a r a fraile siendo tan mu.
muy bien lo que y o era, y como es compatible la ignorancia
chacho, no feo, y con tantas g r a c i a s . Aquella: ¿bailador y
suma con la suma malicia; pero lo mas digno de celebrarse es
fraile? vamos: y o no lo creo; y así todas, y cuando se ofrecía
la chusca contestación de ella á mi papel, que decia: Señorito:
proferir algunos cuentecillos y palabritas obcenas (que se o-
agradezco la buena voluntad de vd. y si pudiera la correspon-
frecian á cada paso) saltaba alguna m u c h a c h a burlona con la
dería, pero estoy queriendo bien á otro caballerito, que si esto no
frialdad de ¡ay niña! ¿quién dice eso? Cállale, no perturbes al
fuera, con nadie me casaría yo mejor que con vd. aunque saca-
siervo de Dios.
ra dispensa. Dios lo haga buen religioso, y le dé ventura en
Sin embargo de todas estas bufonadas, y o me divertia todo lides.—La que vd. sabe.
lo posible por despedida. H a c i a o r e j a s de mercader y baila, N o puedo ponderar bien las agitaciones que sentí con esta
ba, tocaba el bandolon, platicaba, s e d u c í a y hacia cosas que receta. E l l a me enceló, me enamoró y me enfureció en tér-
son mejores para calladas. T a l e s f u e r o n los ejercicios prepa- minos que esa noche que fué la víspera de mi entrada, apenas
ratorios en que me entretuve en los o c h o dias precedentes á mi pude dormir. ¿Qué tal seria el alboroto de mis pasiones? Pe-
frailazgo. A s í salió ello. ro por fin, amaneció, y con la vista de otros objetos, fué cal-
N o contento con la libertad que tenia en la calle hasta las mando un poco aquel tumulto.
ocho de la noche, (que^hasta esa hora s e le estendió la licencia L l e g ó la tarde: me despedí de mi madre, tias y conocidas á
al religioso infieri, ó por ser) ni s a t i s f e c h o por las holguras que quienes abracé muy compungido, sin descuidarme de hacer
me proporcionaba mi maestro Pelayo, m i genio festivo, y la fa- la misma ceremonia con la domina Poncianíta, la que corres-
cilidad de las damas que visitábamos, todavía aspiraba á sedu- pondió mi abrazo con bastante desden, como que estaba pre-
c i r á Poncinnita la hija de D. M a r t i n el de la hacienda que fre- sente su madre, y no me queria como me significaba.

m
A c a b a d a la tanda de abrazos, lágrimas y monerías, nos f u ¡.
en Poncianita, en la Zorra, en l a Cucaracha, y en otras igua-
mos para el convento, mi padre, yo, mis tíos, y una porcion de
les sabandijas, y me arrepentía sinceramente de mi determina-
convidados que ¡ b a n á ser testigos de mi hipocresía.
ción, renegaba del apoyo que hallé en Pelayo, y me daba al
L u e g o la suerte (adversa para mí) presagió mi desventura, diablo juntamente con la esquela de recomendación que tan
en mi concepto; porque el silencio con que íbamos, y la larga' breve me habia facilitado mi presidio, que así nombraba y o
série de coches que s e g u í a el nuestro, representaba bien un mi nuevo estado; pero él no tenia la culpa, sino yo, que no era
duelo, y cuantos nos miraban en la calle, no pensaban otra co.
para él.
sa. E n efecto, á mí y á mis padres se nos podia haber dado
¿No soy buen salvage y majadero (me decia y o mismo), en
el pésame con j u s t i c i a .
haberme condenado por mi propia voluntad á esta cárcel tan
L l e g a m o s á San D i e g o : se avisó al padre provincial, quien
espantosa, y á esta vida tan miserable? ¿Qué caudales me he
nos r e c i b í * con su acostumbrado buen carácter, y montando
robado? ¿Qué moneda falsa he fabricado? ¿Qué heregías he di.
en el coche en que y o iba con mí padre, nos dirigimos á Ta.
cho? ¿Qué casa he incendiado? ¿Ni qué crimen atroz he come-
cubaya, donde está el noviciado de S a n Diego.
tido, para padecer lo que padezco? ¿Quién diablos me metió
L u e g o que nos apeamos á la puerta del convento, se dispu. en la cabeza ser fraile solo por librarme de ser aprendiz ó sol-
sieron todas las cosas, y fuimos al coro, donde se celebró la dado? E n cualquiera de estos dos ejercicios me la pasara y o
función. T o m é el hábito; pero no me desnudé de mis malas mejor seguramente, porque comiera cuando pudiera hasta har-
cualidades: y o me vi vestido de religioso y mezclado con ellos; tarme, y lo que se me diera la gana: me pusiera camisa mas
pero no sentí en mi interior la mas mínima mutación: me que- que fuera de manta: durmiera en colchon si lo tenia, y hasta
dó tan malo como siempre, y entónces esperimenté por mí mis- que se me antojara el dia que estuviera franco, y por último,
mo que el hábito no hace al monge. gozaría de mi libetrad andando entre mis amigos y conocidas
Despidióse mi padre de mí y de aquella venerable comuni- en los bailes y jaranitas; y no aquí con esta jerga pegada al
dad, hicieron lo mismo los demás, y Juan L a r g o me dió un pellejo, descalzo, comiendo mal, durmiendo peor y sobre unas
grande abrazo, á cuyo tiempo le dije: no dejes de venir á ver- duras tablas, encerrado, trabajando, y sin ver una muchacha
me: él me lo prometió; se fueron todos, y me quedé yo solo y ni cosa que lo parezca por todo esto. ¡Ah! reniego de mí, y
curtido entre los frailes, y como suele decirse, rabo entre pier- maldita sea la hora en que y o pensé ser fraile.
ñas, y como perro en barrio ageno. Así hablaba y o conmigo mismo, y así hablan todos aquellos
Inmediatamente c o m e n c é á estrañar lo áspero del zaval. jóvenes de ambos sexos, y en especial las niñas miserables, que
Llegó la hora de refectorio, y me disgustó bastante lo par« sin una inspiración de Dios y sin una vocacion perfecta, abra-
de la cena. Fuíme á a c o s t a r , y no hallaba lugar que me acó- zan el estado religioso: estado santo, estado quieto, dulce y ce-
modára: por todas partes me lastimaba la cama de tablas, y lestial para los que son llamados á él por la g r a c i a ; pero esta-
como nunca me había dado una ensavadíta en estas mortifi- do duro, difícil é infernal para los que se introducen á él sin
caciones ni de chanza, s e me asentaban demasiado. vocacion. ¡Cuántos, cuántos lo esperimentan en sí mismos á
Daba vueltas y mas vueltas, y no podia dormir pensando la hora de ésta, tal vez, y sin remedio! Cuidado, hijos mios,
cuidado con errar la vocacion, sea cual fuere, cuidado con en.
trar en un estado sin consultar mas que con vuestro amor pro.
pió,y cuidado por fin, con echaros c a r g a s encima que ñopo,
deis tolerar, porque perecereis debajo de ellas.
Maldiciendo y renegando, como os digo, me quedé dormido
cerca de las once y media de la noche, y apenas habia pegado,
mis párpados, cuando entra en mi celda un novicio desperta -
dor, y me dice: hermano, hermano, levántese su caridad, va-*
mos á maitines. Abrí los ojos, advertí que era fuerza obede.r
cer, y me levanté echando zapos y culebras en mi interior.
Fui á coro, y medio durmiendo y rezongando lo que enten
dia del oficio, concluí mi tarea y volví á mi celda apetecí
un pocilio de chocolate siquiera á aquella hora, porque cié
mente tenia hambre; pero no habia ni á quien pedírselo.
Reinaba un profundo silencio en aquel dormitorio, y en rae-
dio del pavor que me causaba, para entretener mi hambre, ni
vigilia y mi desesperación, me volví á entregar á mis ideas I
berlinas y meláncolicas, y tanto me abstraje en ellas, queder,
ramé hartas lágrimas de cólera y de arrepentimiento; perón;
venció el sueño al cabo de las c u a t r o d é l a mañana, y meque-
dé dormido; mas ¡ó desgracia de flojos! no bien habia comen-
zado á roncar, cuando hé aquí al hermano novicio que me vi
no á despertar para ir á prima.

Me levanté otra vez lleno de r á b i a , maldeciéndome á guisa


de condenado; pero allá en mi c o r a z o n y sin hablar una pala-
bra. diciendo entre mí: ¿pues no es esta una vida pesadísima!
¡Habráse visto empeño como el que ha tomado este frailecillo
en no dejarme dormir! E l es mi ahuizote sin duda, es oto
Dr. Pedro Recio, pues si el del Q u i j o t e quitaba á Sancho Pan-
za los platos de delante luego que empezaba á comer, éste w
quita á mí el sueño luego que c o m i e n z o á dormir.
Pensando estos despropósitos m e fui á coro, recé mas que un
ciego, y al cantar abria tanta b o c a , pero de hambre, porqn;
como la cena de la noche anterior no me gustó mucho, apenas
la probé; y así tenia el estómago en un hilo, deseando se aca-
bara la prima para ir á desquitarme con el chocolate, que me
lo prometia de lo mucho y bueno, pues había oido decir en el
siglo, que los frailes tomaban muy buen caracas, y cuando en
casa había algún pocilio muy grande, decían, este pozuelon es
frailero: con esto y o decia entre mí: á lo mónos si la cena fué
mala, el desayuno será famoso. Sí, no hay duda; ahora me so-
plaré un tazón de buen chocolate con sus correspondientes biz-
cochos, ó'cuando no, con cuartilla de pan enmantecado por lo
menos.

E n esta santa contemplación se acabó el rezo y salimos de


coro; ¡pero cuál fué mi tristeza y enojo cuando dieron las seis,
las seis y media, las siete, y no parecía tal chocolate ni pareció
en toda la mañana, porque me dijeron que era dia de ayuno!
E n t ó n c e s me acabé de dar á Barrabás, renegando mas y con
doble fervor de mi maldito pensamiento de ser fraile, y mas
cuando fueron otros dos novicios, y presentándome dos cu-
betas de cuero, me dijeron: hermano, venga su caridad: tome
esas cubetas, y vamos á barrer el convento mientras es hora
de ir á coro.
E s t a está peor, me decia yo: ¡conque no dormir, no comer,
y trabajar como un macho de noria! ¿Esto es ser novicio?
¿Esto es ser fraile? ¡Ah, pese á mi maldita ligereza, y á los in-
fames consejos de Pelayo y de Juan Largo! N o hay remedio,
y o no soy fraile, y o me salgo; porque si duro aquí ocho días
me acaba de llevar el diablo do sueño, de hambre y .de can-
sancio. Y o me salgo, sí; y o me s a l g o . . . . ; pero ¿tan breve?
¿Aun no caliento el lugar, y y a quiero marcharme? N o puede
ser. ¿Qué dirán? E s fuerza aguantar dos ó tres meses, co-
mo quien bebe agua de tabaco, y entónces disimularé mi sa-
lida fingiéndome enfermo; aunque no habrá para qué afanar-
me en fingir, pues mi enfermedad será renl y verdadera con
semejante vida, y plegue á D i o s que de aquí allá no haya yo
utilidad." Pero ¿qué mas? el mismo Jesucristo nos manda "que
estacado la zalea * en estos santos paredones. ¡Qué hemos de no queramos hacernos tristes como los hipócritas." Conque
hacer! hermanito, alegrarse, alegrarse, y desechar escrúpulos é ideas
Así discurría y o miéntras s u b i a agua y regaba los tránsitos funestas que ni hacen honor á la deidad, ni traen provecho á
con la pichancha, siempre t r i s t e y cabizbajo; pero admirándo- las almas.
me de ver lo alegres que b a r r í a n los otros dos frailecitos mis Y o agradecí sus consejos al buen religiosíto, y le envidié
compañeros, que eran tanto 6 m a s jóvenes que yo: y a se ve, su virtud, su serenidad y alegria; porque no sé qué tiene la
eran unos virtuosos, y h a b í a n entrado allí con verdadera vo. sólida virtud que se hace amable de los mismos malos.
cacion, y no porescusarse de trabajar, para holgarse como yo. Llegó la hora de la misa conventual, y fuimos á coro. En-
El uno de ellos, que era el m a s muchacho, era muy alegre, tonces advertí que no asistían algunos padres que habia visto
su color era blanco, su pelo bermejo, sus ojillos azules y rauv por el convento. Pregunté el motivo, y me dijeron que eran
vivos, su boca llena de una modesta sonrisa, y como estaba padres graves y jubilados, ó exentos de las asistencias de co-
fatigado con el trabajo, e s t a b a coloradito y bonito que parecía munidad. Con esto me consolé un poco; porque decia: en
un San Antonio: advirtió mi semblante sombrío y triste, y ere- caso de profesar, que lo dudo, como y o sea padre grave, y a es.
yendo el inocente que era e f e c t o de una suma austeridad, y de toy libre de estas cosas. Fuimos á coro.

los escrúpulos que me a g i t a b a n , se llegó á mí y me dijo con


mucho agrado: hermanito, ¿qué tiene? ¿por qué está tan triste?
CAPITULO XII.
Alégrese: la alegria no se o p o n e al servicio de Dios. Este Se-
ñor es todo bondad. S o m o s sus hijos, no sus esclavos: quiere T r á t a s e sobre los m a l o s y los b u e n o s c o n s e j o s : m u e r t e d e l p a d r e de Ptri-
que lo amemos como á padre, y que lo adoremos como al Se- quillo, y s a l i d a de é s t e d e l c o n v e n t o .

ñor Supremo; no que lo t e m a m o s con un miedo servil, no: si


no es nuestro tirano. E s un D i o s lleno de dulzura, no un Dios STÜVE en el coro-durante la tercia y la misa; pero con
parricida como el Saturno de los paganos. S u vista sola ale- la misma atención que el fascistol. Todo se me fué en cabe-
gra á los santos y hace toda l a felicidad del cielo. Su servi- cear, estirar los párpados y bostezar, como quien no habia ce-
cio debe inspirar á los s u y o s l a mayor confianza y alegria. nado ni dormido.

El santo rey David nos d i c e espresamente: servid al Señor E l que presidia lo notó, y luego que salimos me dijo: her-
mano, parece que su caridad es harto flojillo, enmendarse, que
con alegria, y el E c l e s i á s t i c o : „arroja lejos de tí la tristeza,
aquí no es lugar de dormir.
porque es pasión que á m u c h o s quita la vida, y en ella no hay
Y o no dejé de incomodarme, como que no estaba acostum-
brado á que me regañaran mucho; pero no osé replicar una'
» Estacar la zalea: ( f r a s e f a m i l i a r . ) ' M o r i r , c o n a l u s i ó n á los borre- palabra. Me calé la capilla, y marché á continuar la limpie,
g o s q u e d e s p u é s do m u e r t o s s o n d e s o l l a d o s y sus z a l e a s c l a v a d a s con es- za de mi santo cuartel.
t a c a » e n el s u e l o ó e n l a s p a r e d e s p a r a s e c a r s e á n t e s de curtirlas.
Llegó la hora bendita del refectorio, y aunque la comida era
m i s m o s i g n i f i c a la otra f r a s e v u l g a r : Pelar *u indigna rata.—E.
semejante vida, y plegue á D i o s que de aquí allá no haya yo
utilidad." Pero ¿qué mas? el mismo Jesucristo nos manda "que
estacado la zalea * en estos santos paredones. ¡Qué hemos de no queramos hacernos tristes como los hipócritas." Conque
hacer! hermaníto, alegrarse, alegrarse, y desechar escrúpulos é ideas
Así discurría y o mientras s u b i a agua y regaba los tránsitos funestas que ni hacen honor á la deidad, ni traen provecho á
con la pichancha, siempre t r i s t e y cabizbajo; pero admirándo- las almas.
me de ver lo alegres que b a r r í a n los otros dos frailecitos mis Y o agradecí sus consejos al buen religiosíto, y le envidié
compañeros, que eran tanto 6 m a s jóvenes que yo: y a se ve, su virtud, su serenidad y alegría; porque no sé qué tiene la
eran unos virtuosos, y h a b í a n entrado allí con verdadera vo. sólida virtud que se hace amable de los mismos malos.
cacion, y no porescusarse de trabajar, para holgarse como yo. Llegó la hora de la misa conventual, y fuimos á coro. En-
El uno de ellos, que era el m a s muchacho, era muy alegre, tónces advertí que no asístian algunos padres que habia visto
su color era blanco, su pelo bermejo, sus ojillos azules y muy por el convento. Pregunté el motivo, y me dijeron que eran
vivos, su boca llena de una modesta sonrisa, y como estaba padres graves y jubilados, ó exentos de las asistencias de co-
fatigado con el trabajo, e s t a b a coloradito y bonito que parecía munidad. Con esto me consolé un poco; porque decia: en
un San Antonio: advirtió mi semblante sombrío y triste, y ere- caso de profesar, que lo dudo, como y o sea padre grave, y a es.
yendo el inocente que era e f e c t o de una suma austeridad, y de toy libre de estas cosas. Fuimos á coro.

los escrúpulos que me a g i t a b a n , se llegó á mí y me dijo con


mucho agrado: hermaníto, ¿qué tiene? ¿por qué está tan triste?
CAPITULO XII.
Alégrese: la alegria no se o p o n e al servicio de Dios. Este Se-
ñor es todo bondad. S o m o s sus hijos, no sus esclavos: quiere T r á t a s e sobre los m a l o s y los b u e n o s c o n s e j o s : m u e r t e d e l p a d r e de Ptri-
que lo amemos como á padre, y que lo adoremos como al Se- quillo, y s a l i d a de é s t e d e l c o n v e n t o .

ñor Supremo; no que lo t e m a m o s con un miedo servil, no: si


no es nuestro tirano. E s un D i o s lleno de dulzura, no un Dios STUVE en el coro-durante la tercia y la misa; pero con
parricida como el Saturno de los paganos. S u vista sola ale- la misma atención que el fascistol. Todo se me fué en cabe-
gra á los santos y hace toda l a felicidad del cielo. Su servi- cear, estirar los párpados y bostezar, como quien no había ce-
cio debe inspirar á los s u y o s l a mayor confianza y alegria. nado ni dormido.

El santo rey David nos d i c e espresamente: servid al Señor E l que presidia lo notó, y luego que salimos me dijo: her-
mano, parece que su caridad es harto flojillo, enmendarse, que
con alegria, y el E c l e s i á s t i c o : „arroja lejos de tí la tristeza,
aquí no es lugar de dormir.
porque es pasión que á m u c h o s quita la vida, y en ella no hay
Y o no dejé de incomodarme, como que no estaba acostum-
brado á que me regañaran mucho; pero no osé replicar una'
» Estacar la zalea: ( f r a s e f a m i l i a r . ) ' M o r i r , c o n a l u s i ó n á los borre- palabra. Me calé la capilla, y marché á continuar la limpie,
g o s q u e d e s p u é s do m u e r t o s s o n d e s o l l a d o s y sus z a l e a s c l a v a d a s con es- za de mi santo cuartel.
t a c a » e n el s u e l o ó e n l a s p a r e d e s p a r a s c c a r s o á n t e s do curtirlas.
Llegó la hora bendita del refectorio, y aunque la comida era
m i * m o »ignifica la otra f r a s e v u l g a r : Pelar su indigna rata.—E.
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de comunidad, á mi pareció bajada del cielo, como que á bue- salte, salte á la calle: no te v a y a s á engreír aquí y profeses,
na hambre no hay mal pan. que será enterrarte en vida. E r e s muchacho, salvage, goza
E n fin, me fui acostumbrando poco á poco á sufrir los tra- del mundo. L a s muchachas tus conocidas siempre me pregun-
bajos de fraile y el encierro de novicio, manteniendo el estó- tan por tí: mi prima ha llorado mucho, te estraña, y dice que
mago debilitado: consolando á mis ojos soñolentos: animando ojalá no fueras fraile, que ella se casara contigo. Conque sal-
mis miembros fatigados con el trabajo, y tolerando las demás te, Periquillo, hijo, salte, y cásate con Poncianita, que es la
penalidades de la religión, con la esperanza de que en cum- única hija de D . M a r t i n y tiene sus buenos pesos. Ahora, aho-
pliendo seis meses, fingiría una enfermedad, y me volvería á ra que te quiere has de lograr la ocasion; pues si ella pierde
mis ajos y coles, que había dejado en la calle. la esperanza de tu salida y se enamora de otro, lo pierdes todo.
E s t a esperanza se avaloraba con la vista de mi padre do ¡Ojalá y y o no fuera su primo! á buen seguro que te diera es-
cuando en cuando; pero mas y mas con los siempre cristianos, tos consejos, pues y o los tomara para mí; pero no puedo casar-
prudentes y caritativos consejos de mis dos mentores Janua- me con ella, al fin se ha de casar con cualquiera, y ese cual-
rio y Pelayo que solian visitarme con licencia del padre maes- quiera no ha de ser otro mas que tú, que eres mi amigo; pues
tro de novicios, á quien mi padre los había recomendado. lo que se ha de llevar el moro, mejor será que se lo lleve el
Uno me decía: sí, Perico, no harás otra cosa mejor que mu- cristiano. ¿Qué dices? ¿Qué le digo? ¿Cuándo te sales?
darte de aquí: mírate ahí como te has puesto en dos días, fla- Y o era maleta, y luego con las visitas y persuasiones de es.
co, triste, amarillo, que y a con la mortaja encima no falta mas te tuno me pervertía mas y mas; y llegué á tanto grado de
sino que te entierren, lo que no tardarán mucho en hacer es- desidia que no h a c i a cosa á derechas de cuantas me mandaba
tos benditos frailes, pues con toda su santidad son bien pesa- la obediencia. S i salia á acolitar, estaba en el altar inquietísi-
dos'é imprudentes. Luego, luego quisieran que un pobre no- mo: mi cabeza parecía molinillo, y no paraban mis ojos de revi-
vicio fuera canonizable: lodo le notan, todo le castigan: nada sar á cuanta muger habia en la iglesia: si barría el convento lo
le disimulan ni perdonan: y a se ve, ningún padre maestro se hacia muy mal; si servia el refectorio, quebraba los platos y es-
acuerda que fué novicio. Esto me decía el ménos malo de mis cudillas; si me tocaba algún oficio en el coro, me dormia; final-
amigos, que era Pelayo; que el Juan L a r g o maldito, ese era mente, todo lo hacia mal, porque todo lo hacia de mala gana;
peor: blasfemaba de cuantos frailes y religiosos habia en el con esto, raro era el día en que no entraba al refectorio con la
mundo: y ¿en que términos lo haria, pues siendo y o algo peor almohada, la escoba ó los tepálcales colgados, con un tapaojos
que Barrabás, me escandalizaba? ó con otra señal de mis malas mañas y de las ridiculeces de
Ciertamente que no son para escritas las cosas que me de- los frailes, como y o decia.
cia de todas, y en especial de aquella venerable religión, que L o s primeros dias se me asentaba la silla un poco *, esto es,
no tenia la culpa de que un picaro como y o se acogiera á ella se me hacian pesadas semejantes burlas y mogigangas como
sin vocacion y sin virtud, solo para eludir los muy justos de-
signios de su padre; pero por sus consejos inferiréis el fondo
de maldad que abrigaba su corazon. N o seas tonto, me decía; * E s t a e o m p a r a c i o n c o n los caballos a p e n a s se puede p a s a r á Peri-
quillo, si n o es h a b l a n d o de sí m i s m o . — E .
yo las llamaba, siendo su propio nombre penitencias; pero des- do vino á verme D . Martin, y previniéndome el ánimo con les
pués me fui connaturalizando con ellas de modo que se me da- consuelos que le dictó su caridad, me dió una carta cerrada
ba tanto de entrar al coro ó refectorio con una sarta de guijar- de mi padre, y con ella la noticia de su fallecimiento.
ros, pendiente del cuello, como si llevara un rosario de Jeru. L a naturaleza apretó mi corazon, y mis lágrimas manifes-
salen. taron en abundancia mis sentimientos. D . Martin repitió sus

Así cayendo y levantando, y haciendo desesperar á l o s ben- consuelos, y se fue á dar algunas limosnas al padre provincial

ditos religiosos, llegué á cumplir seis meses de novicio, tiempo para sufragios por el alma del difunto. E l padre vicario, los

que desde el primer dia me había prefijado para salírme á la coristas y mis connovicios, entraron á mi celda y me daban

calle y volverme á mis andanzas en el siglo. Y a estaba y o todos aquellos consuelos que se apoyan en la religión; y luego

pensando de qué mal seria bueno enfermarme, ó fingir q u e m e que calmó un poco mi dolor, me dejaron solo y se retiraron á

enfermaba, para cohonestar mi veleidad, y habiendo por últi- sus destinos. Dos dias pasaron sin que y o me atreviese á

timo elegido la epilepsia, y a iba á descargar sobre el corazon abrir la carta, pues cada vez que la queria abrir, leía el sobres-

sensible de mi padre el golpe fatal, escribiéndole mi resolución crito que decía: A mi querido hijo Pedro Sarmienlo.—Dios lo

de salirme, cuando llegó Januario y me dió la triste noticia de guarde en su santa gracia muchos años. Entónces se estreme-

hallarse mi dicho padre gravemente enfermo y desauciado de cía mi corazon sobremanera, y no hacia mas que besarla y hu-

los médicos. medecerla con mis lágrimas, pues aquellos pocos caractéres
me acordaban el amor que siempre me habia tenido, y su
Afligióme semejante nueva, y trataba de acelerar mi salida;
constante virtud que me habia inspirado.
pero Januario me contuvo diciéndome que tiempo había para
ella: que por entónces suspendiera mi resolución pues nada ¡ A y , hijos! ¡Qué cierto es que el buen padre, la buena espo-
sa y el buen amigo, solo se conocen cuando la muerte cierra
iba á medrar, y ántes podría suceder que mí padre con la pe-
sus ojos! Y o sabia que mi padre era bueno; pero no lo cono-
sadumbre se a g r a v a r a y se abreviaran sus dias por mi preci-
cí bien hasta que tuve la noticia de su fallecimiento. Entón.
pitación; y así, que me sosegara; que por muerte ó por vida
ees á un golpe de vista vi su prudencia, su amor, su juicio, su
de mi padre se baria la cosa después con mas acierto y ménos
afabilidad y todas sus virtudes, y al mismo tiempo eché de ver
inconvenientes.
el maestro, el hermano, el amigo y el padre que había perdido.
Hícelo así; y confieso que me convenció, porque á pesar de
A l cabo de tres dias abrí la carta, cuyo contenido leí tantas
ser tan malo, esta v e z m e aconsejó como hombre de bien.
veces que se me quedó en la memoria, y por ser susdocumen.
L o s hombres, hijos mios, son como los libros. Y a sabéis
tos digna herencia de vuestro abuelo, os la quiero dejar aquí
que no hay libro tan malo que no tenga algo bueno; así los hom-
escrita.
bres, no hay uno tan perverso, que tal cual vez no tenga algu-
Amado hijo: al borde del sepulcro te escribo ésta, que según
nos buenos sentimientos; y en esta inteligencia, el mayor pe-
mi órden. te eitíregarán luego que esté mi cadáver sepultado.
cador, el mas relajado y libertino puede darnos un consejo sa-
no y edificante. No tengo mas bienes que dejar á tu pobre madre, que cuatro
reales y los pocos muebles de casa para que pase sin ansias al
C i n c o dias pasaron despues del que me habló Januario, cuan-
3unos días de su triste viudedad; y á tí, hijo mió, ¿qué te podré
nario, como mal en el paseo, tertulia, juego, baile, coliseo y es-
dejar, sino escritas por mi mano trémula y moribunda, aquéllas
trados de visitas.
mismas máximas que he procurado inspirarle toda mi vida?
No uses copetes en el cerquillo á modo de faisan ó pavo, que
Hazles lugar en lu corazon y procura traerlas á la memoria con
ésta sola divisa manifiesta él poco espíritu religioso, y declara
frecuencia. Obsérvalas, que jamás te arrepentirás de su obser-
bien lo apegado que está el que lo usa, al mundo y á sus modas.
vancia.
Finalmente, si no profesas, guarda los preceptos del Decálogo
Ama á Dios, témelo y reconócelo por tu padre, tu Señor y tu
en cualquiera que sea el estado de lu vida. Ellos son pocos,
benefactor.
fáciles, útiles, necesarios y provechosos. Están fundados en el
Sé fiel á lu patria, y respeta á las autoridades establecidas. derecho nmlural y divino. Lo que nos mandan es justo: lo que
Pórtate con todos como quisieras se portaran contigo. nos prohiben es en beneficio nuestro y de nuestros semejantes: na-
A nadie hagas daño, y jamás omitas el bien que puedas hacer. da tienen de violento sino para los abandonados y libertinos; y
No aflijas á tu madre, ni excites su llanto; porque las lágri- por último, sin su observancia es imposible lograr ni la paz in-
mas que derraman las madres por los malos hijos, claman ante terior en esta vida, ni la felicidad eterna en la otra.
Dios contra estos por la venganza. Acuérdate pues, de esto, y de que dentro de pocos dias seguirás
Jamás desprecies los clamores del pobre, y hallen sus mise- el camino en que va á entrar tu padre, cuija bendición con la de
rias un abrigo en tu corazon. Dios te alcance por siempre. Adiós, hijo amado. A las ori-
No juzgues del mérito de los hombres por su esterior, que este, lias de la eternidad, lu amante padre—Manuel.
es engañoso las mas veces.
No te empeñes nunca en singidarizarte en nada. E s t a carta no hizo mas efecto que entristecerme algunos
Si profesares en esa sania, religión, no olvides en ningún tiem- ratos, pero sin profundizar sus verdades en m i corazon, por-
po los votos con que te has consagrado á Dios. que á este le faltaba disposición para recibir tan saludable se^
No te afanes por alcanzar los puestos honoríficos de la reli- milla.
gión, ni te entristezcas si no los alcanzares, que esto no es pro- Pasaron quince dias, en c u y o corto tiempo se me olvidaron
pio del verdadero religioso que ha abandonado él mundo y sus en gran parte los sentimientos de la muerte de mi padre, los
pompas. avisos de su carta (esto es, el primer espíritu de compunción
Si fueres padre maestro ó prelado, no olvides la observancia con que la leí) y solo me acordaba de mi apetecida libertad.
de tu regla; ántes entónces debes ser mas modesto en el liábilo, A l cabo de estos dias vino Januario y me trajo un recado de
mas puntual en el coro, y mas edificante en todo; pues no es ra- mi madre, diciéndome que estaba muy apesarada y triste e n .
zón que exijas de tus subditos el estrecho cumplimiento de su su soledad, y que y a era tiempo para que y o realizara mis
obligación, si tú les enseñas otra cosa con el ejemplo. proyectos, pues habiendo muerto mi padre, y a no habia cosa
No te mezcles en los negocios y asambleas de los seglares, quo embarazara mi salida: ántes ésta podría servir á mi ma-
porque no los escandalice tu relajación; pues también parece un dre de consuelo, y otras cosas á este modo conque acabé y o
religioso en el coro, en el claustro, en el altar, pulpito ó confeso- de resolverme.
5—2
Le manifesté á Januario la carta de mi padre, y éi luego
que la leyó se echó d reir, y me dijo: está bueno el sermón, no Oídos que tales orejas*, dije y o al escuchar estas razones,
hay que hacer. T u padre, hermano, erró la vccacion de me- Mañana comemos juntos, J a n u a r i o ; . . . . y al instante vamos
dio á medio. E r a mejor para misionero que para casado; pe- á visitar á Poncianita, me dijo él, que cada dia está mas chu-
ro consejos y bigotes, dicen que y a no se usan. L a herencia la el diantre de la muchacha.
está muy buena, aunque y o no daria por ella una peseta. Si E n conversaciones tan edificantes como estas pasamos el ra-
como tu padre te dejó advertencias, te hubiera dejado mone- to que me permitió la campana, á cuyo toque se despidió Ja-
das, se las deberías agradecer mas; porque, amigo, umpeso du- nuario, quedándome y o deseando llegara la noche para avisar,
ro, vale mas que diez gruesas de consejos. G u a r d i f esta c a r . le mi d e s a f i n a c i ó n al padre maestro de novicios.
ta, y salte á ver qué haces con lo que ha dejado tu "padre, por- Llegó en efecto, y á mi parecer mas tarde que otras veces.
que tu madre ¿qué ha de hacer? E n cuatro dias lo gasta y se Luego que tuve lugar me entré en su celda, y le dijo que esta-
a c a b a , y ni tú ni ella lo disfrutan. ba enfermo, y á mas de eso, que mi madre h^bia quedado viu-

Y o le agradecí aquellos que me pareciau buenos consejos, y da, pobre y sin mas hijo que yo, y que así pensaba volverme

le dije que le propusiera á mi madre mí salida, protestándole al siglo; que me hiciera favor de facilitarme mi ropa.
mi enfermedad y lo útil que y o le podía ser á su lado. Janua- E l buen religioso me escuchó con santa paciencia, y me di-
rio me ofreció desempeñar el asunto y volver al otro día con jo: que viera lo que hacía; que esas eran tentaciones del demo-
la razón. nio; si estaba esfermo, médicos y botica tenia el convento, y
que allí me curarían con el mismo cuidado que en mi casa:
Inquietísimo me quedé y o esperando la resolución de in: ma-
que si mi madre habia quedado viuda y pobre, no habia que-
dre, r.o porque y o quería captar su venia, pues no la j u z g a b a
dado sin Dios, que es padre universal y no desampara á sus
necesaria, sino para con esta hipocresía atarle la voluntad de
modo que me franqueara sin reserva todos los mediecillos que criaturas; y por último, que lo pensara bien. Y a lo tengo

mi padre habia dejado, y se fiara de mí, como sí y o fuera un bien pensado, padre nuestro, le dije, y no hay remedio, y o me

buen hijo. . salgo, porque ni la religión es para mí, ni y o para la religión.


Enfadóse su partenidad con estas razones, y me dijo: la re-
T o d o me salió según me lo propuse, pues al dia siguiente
ligión es para todos los que son para ella; mas su caridad di-
volvió Januario, y me dijo: que todo estaba corriente: que él
ce bien, que no es para la religión, y así me lo ha parecido al-
habia ponderado mucho mi falsa enfermedad á mí madre, y
gunas veces. Y a y a con Dios. M a ñ a n a temprano mandaré aví-
díchole que yo lloraba mucho por ella, que tanto por mi salud,
sar á nuestro padre provincial, y se irá á su casa ó á donde le
como por servirla y acompañarla, deseaba salirme; pero que
parezca.
esperaba su parecer, porque era tan bueno su hijo, que sin su
Me retiré de su vista, y esa noche ya no quise ir á coro ni
licencia no daria un paso. A lo que mi madre le contestó:
que saliera en horabuena, pues mi salud valia mas que todo, y
* Oídos que tal oyen dice la espresion familiar castellana; pero por el
en todas partes se podía servir á Dios.
disparate de un estudiante se lia hecho común decirse como en este la
g«r . - E .
EL PERIQUILLO Lam.13.
á refectorio (ni me hicieron instancia tampoco), y á otro dia
entre nueve y diez de la mañana, me llamó el padre maestro
de novicios, me despojó solemnemente do los hábitos, me dió
mi ropa, y me marché para la calle, dirigiéndome inmediata-
mente para M é x i c o .
Despues que descansé un rato en un asiento de la alameda,
y me sacudí el polvo del camino, que habia hecho desde T a c u -
baya, me dirigía á mi casa, é iba yo envuelto en mi capa, con
mi pañuelo amarrado en la cabeza y lleno de confusion, pensan-
do que estaba como excomulgado y separado de aquellos siervos
de Dios. N o sé qué pavor se apoderaba de mi corazon cada
vez que volvía la cara y veía las sagradas paredes de S. Diego,
depósitos de la virtud y quietud, de donde yo me retiraba.
No hay duda, decia yo entre mí, yo acabo de dejar el asilo
de la inocencia, yo he dejado la única tabla á que podia asir-
me en el naufragio do esta vida mortal. Dios me verá como
un ingrato, y los hombres me despreciarán como un incons-
tante. . . . ¡Ah, si pudiera y o volverme!
En estas serias meditaciones iba y o embebecido, cuando me
tiró de la capa uno de mis antiguos contertulianos que me co-
noció y acompañaba á una de las coquetillas mas desenvuel-
tas que y o habia chuleado ántes de entrar en el convento.
Luego que nos saludamos y reconocimos los tres, me pre-
guntó él ¿cuándo me habia salido y por qué? L e respondí que
aquel mismo dia, y por la muerte de mi padre y mi enferme-
dad. Me lo tuvieron á bien, y me llevaron á almorzar á un figón,
donde comí á lo loco y bebí punto ménos, con cuyos socorros
se disiparon mis tristezas.
Dcsoídiéronse de mí, y me fui para mi casa. Luego que mi
madre me vió, comenzó á abrazarme y á llorar .amargamente;
pero me manifestó su contento por tenerme otra vez en su com-
pañía. ¿Quién le habia de decir que sus trabajos comenza-
ban desdé aquel dia, y que mi persona léjos de proporcionarle
los consuelos y a l i v i o s que se prometía, le habia de ser funes-
famente gravosa? Pero así fué, c o m o vereis en el capítulo si-
guiente.
CAPITULO XIII.

T r a t a Periquillo de quitarse el luto, y se discute sobro los abusos de los fu-

nerales, pésames, entierros, l u l o 3 & c .

NTRAMOS á la é p o c a m a s desarreglada de mi vida. To-


dos mis estravíos referidos hasta aquí, son frutas y pan pinta-
do respecto á los delitos que se s i g u e n . C i e r t a m e n t e me hor-
rorizo y o mismo, y la pluma se me c a e de la mano al e s c r i b i r
m i s escandalosos procederes, y al a c o r d a r m e de los riesgos y
lances terribles que á cada momento a m e n a z a b a n mi honra,
mi v i d a y mi a l m a : porque es evidente que el hombre mien-
tras es mas vicioso está m a s espuesto á m a y o r e s peligros. Ya
se sabe que nuestra vida es un tejido continuo de sustos, mise-
rias, riesgos y z o z o b r a s que por todas partes nos a m a g a n ; pe-
ro el hombre de bien c o n su c o n d u c t a a r r e g l a d a se libra de
muchos de ellos, y so h a c e feliz en c u a n t o cabe en esta v i d a
miserable; c u a n d o por el c o n t r a r i o , el hombre vicioso y aban-
donado no solo no se libra de los males que naturalmente nos
acometen, sino que con su m i s m a r e l a j a c i ó n se mete en nue-
vos empeños, y llama sobre sí una espantosa multitud da peli-
g r o s y l a c e r i a s , que ni remotamente los esperimer.tára si vi-
v i e r a como debia v i v i r ; y de este fácil principio se compren-
de por qué los mas viciosos son los m a s llenos de aventuras, y
a c a s o los que lo p a s a n peor aun e n esta vida. Y o fui uno do
ellos.

S e i s meses estuve en mi casa haciendo una v i d a bien hipó-


c r i t a ; porque rezaba el rosario todas las noches, según ¡a cos-
tumbre de mi difunto padre, salía m u y poco á la calle, no asis-
tía á ninguna diversión, hablaba de la virtud y de cosas t b
los consuelos y a l i v i o s que se prometía, le habia de ser funes-
tamente gravosa? Pero así fué, c o m o vereis en el capítulo si-
guiente.
CAPITULO XIII.

T r a t a Periquillo de quitarse el luto, y se discute sobro l o s abusos de los fu-

nerales, pésames, entierros, l u l o 3 & c .

NTRAMOS á la é p o c a m a s desarreglada de mi vida. To-


dos mis estravíos referidos hasta aquí, son frutas y pan pinta-
do respecto á los delitos que se s i g u e n . C i e r t a m e n t e me hor-
rorizo y o mismo, y la pluma se me c a e de la mano al e s c r i b i r
m i s escandalosos procederes, y al a c o r d a r m e de los riesgos y
lances terribles que á cada momento a m e n a z a b a n mi honra,
mi v i d a y mi a l m a : porque es evidente que el hombre mien-
tras es mas vicioso está m a s espuesto á m a y o r e s peligros. Ya
se sabe que nuestra vida es un tejido continuo de sustos, mise-
rias, riesgos y z o z o b r a s que por todas partes nos a m a g a n ; pe-
ro el hombre de bien c o n su c o n d u c t a a r r e g l a d a se libra de
muchos de ellos, y so h a c e feliz en c u a n t o cabe en esta v i d a
miserable; c u a n d o por el c o n t r a r i o , el hombre vicioso y aban-
donado no solo no se libra de los males que naturalmente nos
acometen, sino que con su m i s m a r e l a j a c i ó n se mete en nue-
vos empeños, y llama sobre sí una espantosa multitud da peli-
g r o s y l a c e r i a s , que ni remotamente los esperimer.tára si vi-
v i e r a como debia v i v i r ; y de este fácil principio se compren-
de por qué los mas viciosos son los m a s llenos de aventuras, y
a c a s o los que lo p a s a n peor aun e n esta vida. Y o fui uno do
ellos.

S e i s meses estuve en mi casa haciendo una v i d a bien hipó-


c r i t a ; porque rezaba el rosario todas las noches, según ¡a cos-
tumbre de mi difunto padre, salía m u y poco á la calle, no asis-
tía á ninguna diversión, hablaba de la virtud y de cosas cb
"Dios con frecuencia, y en una palabra, hice tan bien ei papel
Vicios, y acarreándose por ¿obsecuencia necesaria un « n nú\
de hombre de bien, que la pobre de mi madre lo c r e y ó y esta-
mero de enfermedades, miserias, peligros y desgracias.
ba conmigo loca de contenta: ¡qué mucho! si la tragó Januá.
Para precaver así la dilapidación de los mayorazgos, como
rio siendo tan veterano en picardías, y tanto lo c r e y ó que un
la total ruina de estos pródigos viciosos, meten la mano los ge-
dia me dijo: Periquillo, me has admirado: ciertamente que tú
biernos, y quitándoles la administración y manejo déi capital,
naciste para fraile, pues cuando y o esperaba que salieras á
les sañalan tutores que los cuiden y adieten como á unos mu»
coger las primicias de tu libertad absoluta, y que nos daria-
chachos ó dementes; porque si nó, en dos por tres tirariah los
mos los dos nuestros verdes muy razonables, te veo encer-
bancos de Lóndres si los hubieran á las manos.
rado y hecho un anacoreta en tu casa. ¡Pobre de Januario!
¡ E s una vergüenza que á unos hombrés regularmente bien
¡Pobre de mi madre! ¡Y pobres de cuantos se persuadieron
nacidos, y sin la desgracia de la deihencia, sea menester qlíe
á que era virtud lo que solo era en mí una malicia muy re-
las leyes los sujeten á la tutela y los reduzcan al estado de pu-
finada!
pilos, como si fueran locos ó muchachos! Pero así sucede, y yó
T r a t a b a y o de conceptuarme bien con mi madre para que
he conocido algunos de estos mayorazgos sin cabeza.
confiando en mí totalmente, no me escaseara los mediecilíos
S i y o hubiera sido mayorazgo, n ó me hubiera quedado por
que mi padre le hubiera dejado, lo que no me fué difícil conse-
corto para tirar todo el caudal en dos semanas, pues era flojo,
g u i r con mis estratagemas maliciosas.
vicioso y desperdiciado: tres requisitos que con solo ellos sobra
De facto; mi madre-me descubrió y aun me hizo adminis- para no quedar caudal á vida por opulento y pingüe que sea.
trador de los bienecíllos que habían quedado, y consistían en Atando el hilo de mi historia digo: que y a me cansaba y o
mil y seiscientos pesos en reales: como quinientos en deudas de disimular la virtud que no tenia, y deseando romper el nom-
cobrables, y cerca de otros mil en alhajitas y muebles de casa. bre y quitarme la máscara de una vez, le dije un dia á mi ma-
Cortos haberes para un rico; mas un príncipalíto muy razo- dre: Señora, y a no tarda nada el dia de S . Pedro. ¿Y qué mp
nable para sostenerse cualquier pobre trabajador y hombre de quieres decir con eso? Preguntó su merced. L o que quiero de-
bien; pero solo eso era lo que me faltaba, y así di al traste con cir, le respondí, es que ese dia és de mí Santo, y muy propio
todo dentro de poco tiempo, como lo vereis. para quitarnos el luto. -¡Ay! no lo permita Dios, decía mi
Cualquier capitalito razonable florece en las manos de un madre. ¿Yo quitarme el luto tan breve? ni por un pienso.
hombro de conducta y aplicado al trabajo; pero ninguno es su- A m é mucho á tu padre, y agraviaría su memoria si me q u i t a - .
ficiente para medrar en las de un jóven como yo, que no solo ra el luto tan presto.
era disipado, sino disipador.
¿Cómo tan presto, señora? decía yo, ¿pues y a no han pasa-
El dinero en poder de un mozo inmoral y relajado es una
do seis meses? ¿Y qué, decia ella toda escandalizada, seis me-
espada en las manos de un loco furioso. Como no sabe hacer
ses de luto te parecen mucho para sentir á un padre y á un es-
de él el uso debido, constantemente solo le sirve de perjudicar-
poso? N o hijo, un año se debe guardar el luto riguroso por se-
se á sí mismo y perjudicar á otros, abriendo sin reserva la puer-
mejantes personas.
ta á todas las pasiones, facilitando la ejecución de todos los
Y a vds. verán que mi madre era de aquellas señoras ahtí."
guas que so persuaden á que el luto prueba el sentimiento por
el difunto, y gradúan este por la duración de aquel; pero esta lo, lo lavaban con agua caliente, y lo ungían con aceite. Des-
es una de las innumerables vulgaridades que mamamos con la pues lo vestían y le ponían las insignias del mayor empleo que
primera leche de nuestras madres. había tenido.

E s cierto que se debe sentir á los difuntos que amamos, y Como aquellos gentiles creían que todas las almas debían

tanto mas, cuanto mas estrechas sean los relaciones do amis. pasar un rio del infierno que llamaban Aqueronte, para llegar

tad ó parentesco que nos unian c o n ellos. E s t e sentimiento á los Elíseos, y en este rio habia solo una barca, cuyo amo

es natural, y tan antiguo, que sabemos que las repúblicas mas era un tal Carón, barquero interesable que á nadie posaba si

civilizadas que ha habido en el mundo, G r e c i a y Roma, no so- no le pagaban el flete, le ponian los romanos á sus muertos

lo usaban luto, sino que hacían aun demostraciones mas tiernas una moneda en la boca para el efecto.

que nosotros por sus muertos. T a l vez no os disgustará sa- A seguida de esto, esponian el cadáver al público entre hachas

berlas. y velas encendidas, sobre una cama en la puerta de la casa.


Cuando se habia de hacer el entierro, se llevaba el cadáver
E n G r e c i a á la hora de espirar un enfermo, sus deudos y
al sepulcro ó en hombros de gente ó en literas, (como nosotros
amigos que asistían, se cubrían la cabeza en señal de su dolor
ántes de hoy los llevábamos en coches). Acompañaba al cadá-
para no verlo. L e cortaban la estremidad de los cabellos, y
ver la música lúgubre, y unas mugeres lloronas alquiladas, que
le daban la mano en señal déla pena que les causaba su sepa,
llamaban por esta razón Praeficae, y en castellano se llaman
ración.
plañideras, que con sus llantos forzados reglaban el tono de la
Despues de muerto cercaban el cadáver con velas«: lo po-
música y el punto que habia de seguir en el suyo el acompaña-
nian en la puerta de la calle, y cerca de él ponían un vaso con
miento.
agua lustral, con la que rociaban á los que asistían á los fune-
L o s esclavos á quienes el difunto habia dado libertad en su
rales. L o s que concurrían al entierro y los deudos, lleva-
testamento, iban con sombreros puestos y hachas encendidas.
han luto.
L o s hijos y parientes con los rostros cubiertos y tendido el ca-
L o s funerales duraban nueve días. Siete se conservaba el
bello. L a s hijas con las cabezas descubiertas, y todos los^de-
cadáver en la casa, el octavo se quemaba, y el noveno se en-
mas amigos con el pelo suelto y vestidos de luto.
terraban sus cenizas. Con poca diferencia hacían lo mismo
S i el difunto era ilustre, se conducía primero el cadáver á la
los romanos.
plaza, y desde una columna que llamaban de las arengas, un
L u e g o que espiraba el enfermo, daban tres 6 cuatro alaridos
hijo ó pariente pronunciaba una oracion fúnebre en elogio de
para manifestar su sentimiento. Ponían el cadáver en el sue-
sus virtudes. T a n antiguos así son los sermones de honras.
Despues de esto, se conducía el cadáver al sepulcro, sobre
En los primeros dias del cristianismo se usaban ya los cirios ó ha- cuyo lugar hubo variación. Algún tiempo se conservaban
chas de cora; pero anteriormente no se conocían, pues que ni en pinturas los cadáveres en las casas de los hijos. Despues viendo lo per-
ni en grabados ó medallas so ve algo quo» «c les parezca, y candela pro.
judicial de este uso, se estableció por buen gobierno que se se-
píamente quiere deeir lux.—E.
pultasen en despoblado; y y a desde entónces procuraba cada
uno labrar sepulcros de piedra para sí y su familia *. L o mis-
Concluida la función, se cerraba la casa del difunto, y no
mo observaron los griegos, con excepción de los lacedemonios.
se abría en nueve días, al fin de los cuales se hacia una c o n .
L o s pobres que no podían costear este lujo, se enterraban co.
memoracion.
mo en todas pastes, en la tierra pelada.
L o s griegos cerca de la hoguera ó pira ponían flores, miel,
Despues se acostumbró quemar á los héroes difuntos. Pa- pan, armas y v i a n d a s . . . . ¡ A y ! ofrendas, ofrendas de los in-
ra esto ponían el cadáver sobre la Pira f que era un monton dios ¡qué antiguo y supersticioso es vuestro origen! * T o d a
bien elevado de leña seca, la que rociaban con licores y aromas la función se concluía con una comida que se daba en casa de
olorosos, y los parientes le pegaban fuego con las hachas que algún pariente. Hasta esto imitamos: acordándonos que los
llevaban encendidas, volviendo en aquel acto las caras á la duelos con pan son menos.
parte opuesta.
¿Y acaso solo los griegos y romanos hacían estos estremos
M i é n t r a s ardia el cadáver, los parientes echaban al fuego de sentimiento en la muerte de sus deudos y amigos? N o , hi-
los adornos y armas del difunto, y algunos sus cabellos en jos, mios. T o d a s las naciones, y en todos tiempos han espre^
prueba de su dolor. sado su dolor por esta causa. L o s Hebreos, los Sirios, los Cal-
Consumido el cadáver, se apagaba el fuego con agua y vino, deos, y los hombres mas remotos de la antigüedad, manifesta-
y los parientes recogían las cenizas, y las colocaban en una ban su sensibilidad con sus finados, y a de uno, y a de otro mo:
urna entre flores, y aromas. Despues' el sacerdote rocia- do. L a s naciones bárbaras sienten y espresan su sentimiento
ba á todos con agua para purificarlos, y al retirarse, decían como las civilizadas.
todos en alta voz: Aeternum vale, ó que te vaya bien eternamen- Justo es sentir á los difuntos, y en los libros sagrados lee-
te, c u y o buen deseo esplica mejor nuestro requiescat in pace. mos estas palabras: Llora por el difunto, porque ha faltado su
En paz descanse. Hecho esto, se colocaba la urna en el se- luz ó su vidá. Supra mortum plora, defecit enim, lux ejus.
pulcro, y grababan en él el epitafio, y estas cuatro letras S . T . ( E c c l . C a p . 22 V . 10.) Jesucristo lloró la muerte de su
T . L . que querían decir: Sittibi térra levis. Séate la tierra leve, querido Lázaro; y así seria un absurdo horroroso el llevar á
para que los pasageros deseasen su descanso. E n t r e nosotros se mal unos sentimientos que inspira la misma naturaleza, y blas-
ve una cruz en un camino, ó un retablito de algún matado en femar contra las demostraciones esteriores que los espresan.
una calle, á fin de que se haga algún sufragio por su alma. A s í es, que y o estoy muy léjos de criticar ni el sentimiento
ni sus señales; pero en la misma distancia me hallo para cali-
* ¡ B e l l a p r o v i d e n c i a ! qne h e m o s v i s t o i m i t a d a en M é x i c o desde la
peste de 1 8 1 3 , abolkSndose e l e n v e j e c i d o abuso de sepultarse los c a d á v e .
ficar por justos los abusos que notamos en éstas, y creo que to-
r e s e n las . g l e s i a s , y d á n d o l e s s e p u l c r o s e n los c a m p o s s a n t o s suburvios, do hombre sensato pensará déla misma manera; porque ¿quién
c o n f o r m o á l a s d e t e r m i n a c i o n e s de los C o n c i l i o s . ¡ O j a l á DO so olvide, ni
h a y a sns i n f r a c c i o n e s toleradas 6 impunes! * T o d a v í a h a y pueblos donde los i n d i o s p o n e n á s u s m u e r t o s u n ita-
t E s t a c o s t u m b r e r e m e d a n nuestras piras. Por esto so h a c e n eleva, cate, q u e e s u n envoltorio c o n c o s a s de c o m e r , y a l g u n o s realillos. En
das, s e c o l m a n de luces, se adornan con j a r r a s que despiden a r o m a s olo. otros, á m a s de esto, Ies e s c o n d e n un papel l l e n o de disparates para e l
ÍOSOS, se c o l o c a n los bustos de los d i f u n t o s en s u s c ú p u l a s , y se ponen Eterno Padre, y sus ofrendas son con igual superstición. E n otro l u g a r
oon las i n s i g n i a s de sus empleos. a i r e m o s quienes sostienen estos abusos.
ha de juzgar por razonables las lloronas alquiladas de los roma-
cielo los ayes: ee dejan correr con ímpetu las lágrimas, y al-
nos, ni los Jleles que ponían íi sus muertos en la boca? ¿Quién
gunas veces son indispensables las pataletas y desmayos, es-
no reirá la tontería de los Coptos, que en los entierros corren
pecialmente entre las dolientes bonitas: * unas veces origina-
por las calles dando alaridos en compañía de las •plañideras,
dos de su sensibilidad, y otras de sus monerías. Y cuidado,
echándose lodo en la cara, dándose golpes, arañándose, con los
que hay muchachas tan diestras en fingir un acceso epilépti-
cabellos sueltos, y representando todo el exceso do unos furio-
co, que parece la mera verdad. Por lo común son unos reme-
sos dementes? ¿Quién no se horrorizará de aquella crueldad con
dios eficaces, para hacer volver á algunas, los consuelos y los
que en otras tierras bárbaras se entierran vivas las viudas prin-
chiqueos de las personas que ellas quieren.
cipales de los reyes ó mandarines, & c . ?
Dejarémos á l o s dolientes en su zambra de gritos y desma-
Todos, á la verdad, criticamos, afeamos y ridiculizamos los
yos, mientras observamos el entierro.
abusos de las naciones estrangeras, al mismo tiempo que 6 no
S i el muerto es rico, y a se sabe que el fausto y la vanidad
conocemos los nuestros, 6 si los conocemos, no nos atrevemos
lo acompañan hasta el sepulcro. Se convidan para el entier-
á desprendernos de ellos, venerándolos y conservándolos por
ro á los pobres del Hospicio, los que con hachas en las manos
respeto á nuestros mayores, que así los dejaren establecidos.
acompañan ¡cuántas veces! los cadáveres de aquellos que cuan-
T a l e s son los abusos que hasta hoy se notan en órden á los do vivos aborrecieron su compañía.
pésames, funerales y lutos. L u e g o que muere el enfermo en.
N o me parece mal que los pobres acompañen á los ricos
tre nosotros, se dan sus alaridos, regularmente, para manifes-
cuando muertos; pero seria mejor, sin duda, que los ricos a-
tar el sentimiento. S i la casa es rica, es lo mas usado des-
compañasen á los pobres cuando vivos, esto es: en las cárceles,
pachar al muerto al depósito; pero si es pobre, no se escapa
en los hospitales y en sus chozas miserables; y y a que por sus
el velorio. Este se reduce á tender en el suelo el cadáver, ya
ocupaciones no pudieran acompañarlos ni consolarlos perso-
amortajado en medio de cuatro velas, á rezar algunas estacio-
nalmente, siquiera que los acompañara su dinero aliviándoles
nes y rosarios, á beber dos chocolates, y (para no dormirse)
sus miserias. Aquel dinero, digo, que mil veces se disipa en
á contar cuentos, y á entretener el sueño con boberías, y qui-
el lujo y en la inmoderación. Entóneos sí, asistirían á sus fu-
zá con criminalidades. Y o mismo he visto quitar créditos y
nerales no los pobres alquilados,- sino los socorridos. Estos
enamorar, á la presencia de los difuntos. ¿Si serán estas co-
irían sin ser llamados, llorando tras el cadáver de su bienhe-
sas por vía de sufragios?
chor. Ellos en medio de su aflicción dirían: ha muerto núes-
A l g ú n tanto calman los gritos, llantos y suspiros en el in- tro padre, nuestro hermano, nuestro amigo, nuestro tutor, y
termedio que hay desde la muerte del deudo hasta el acto de nuestro todo. ¿Quién nos consolará? ¿Y quién substituirá el lu-
sacarlo para la sepultura. Entóneos, c o m o si un cadáver nos gar de este genio benéfico?
sirviera de algún provecho, como si no nos hicieran un gran
favor con sacarnos de casa aquella inmundicia, y como si al
# "i o he observado que estos males casi nunca acometen á las viejas
mismo muerto lo fueran á descuartizar vivo, se redobla el do- ni a las feas. Los médicos acaso sabrán la causa de este fenómeno; y
y sabrán por qué á una muchacha que conocí no le daba su mal cuando
lor de sus deudos: se esfuerzan los gritos: se levantan hasta t\
tenia las medias sucias.
TOM. I. 6
E s t a si fuera asistencia honrosa, y los mayores elogios que
pudieran lisongear el corazon de 6us parientes; porque las lá- cajón bien claveteado, forrado y aun dorado (como lo he vis
grimas do los pobres en la muerte de los ricos, honran 6us to), y tal vez que se deposite en una bóveda particular, y a quo
cenizas, perpetúan la memoria de sus nombres, acreditan su los mausoleos son privativos á los príncipes, como si la'muer-
caridad y beneficencia, y aseguran con mucho fundamento la te no nos hiciera á todos iguales, verdad que atestigua Séne-
felicidad do su suerte futura con mas solidez, verdad y ener- c a diciendo en la ep. 102, que la ceniza iguala á todos. ¿Quién
gia que toda la pompa, vanidad y lucimiento del entierro. ¡In- distinguirá las cenizas de Cesar ó Pompeyo de las de los po-
felices de los ricos c u y a muerte ni es precedida ni seguida de bres villanos de su tiempo?
las lágrimas de los pobres! T o d a esta bambolla cuesta un dineral, y á veces en estos
Volvámos al entierro. Siguen metidos dentro de unos sa- gastos tan vanos como inútiles se han notado abusos tan re-
cos colorados, unos cuantos viejos, que llaman trinitarios: des- prensibles que obligaron á los gobernantes á contenerlos por
pues van algunos eclesiásticos y con ellos otros muchos moni- medio de las leyes, mandando éstas que siendo los gastos de
gotes al modo de clérigos: á esta comitiva sigue el cadáver y los funerales excesivos, atendidos los haberes y calidad del di-
tras él una porcion de coches. funto, los modifique el juez del respectivo domicilio.

L a iglesia donde se hacen las exequias está llena de blando- E n t r a aquí la g r a v e dificultad para saber cuando no hay

nes con cirios, y la tumba magnífica y galana. L a música es exceso en estos gastos. Confieso que será muy rara la vez que

igualmente solemne aunque fúnebre. el j u e z pueda decidir en este caso, porque casi siempre le fal.
tarán los conocimientos interiores del estado de las cosas del
Durante la vigilia y la misa, que para algunos herederos no
finado; y así solo podrá determinar el exceso con atención á su
es de requiem sino de gracias, no cesan las campanas de atur-
calidad. Supongamos: cuando un plebeyo conocido quiera
dimos con su cansado clamoreo, repitiéndonos
sepultarse con la pompa de un conde, y aun entonces si tiene
Que ese doble efe campana dinero con que pagarla, no sé si se burlará d é l a s leyes; pero
No es por aquel que murió, Horacio sí lo sabia cuando dijo: que todo, la v i r t u d . . ' . .en-
Sino porque sepa yo tiéndase, los elogios que á ella son debidos, la fama y el esplen-
Que me he de morir mañana. dor obedecen á las hermosas riquezas, y el que las sepa a c ó -
piar será ilustre, valiente, justo, sábio, y lo quo quiera.
Bien que de esta clase de recuerdos deben aprovecharse, es.
pecialmente los ricos, pues estos dobles solo por ellos se echan, M a s hablando á lo cristiano, y o no me detendré en fijar la
y les acuerdan que también son mortales como los pobres, por regla por donde se deba conocer cuando hay exceso en los fu-
los que no se doblan campanas, ó si acaso, es poco y de mala nerales,.

g a n a ; y así los pobres son en la realidad los muertos que no ha- Y a s é '«fue parecerá nimiamente escrupulosa, pero aseguro
cen ruido. que es infalible y muy sencilla. Se reduce á que lo que se gas-
Se c o n c l u y e el entierro con todo el fausto que se puede, 6 te de lujo en los funerales no haga falta á los acreedores, ni á
los pobres.
que se quiere, cuidándose de que el cadáver se guarde en un
¿Y si los acreedores están pagados y á los pobres se les han
1(54 L a s mortajas se renden á un precio excesivamente caro,
cual es el de doce pesos y medio, si es para hombre, y seis pe-
dado algunas limosnas, 110 p o d r á el finado disponer á su vo»
sos dos reales para muger. L o s pobres, apenas muere el en-
luntad del quinto de sus bienes? Sí podrá, se responde: pero
fermo, tratan de solicitarle la mortaja, ¿y si no tienen dine-
luego, luego pregunto: ¿lo que s e gasta en lujo no estuviera me-
ro? Se empeñan, se endrogan, y aun piden limosna para ello,
jor empleado en los pobres q u e siempre sobran? E s inconcu-
haciendo falta para pan á las criaturas lo que gastan en un
so. Pues en este caso ¿cuál e s el lujo que se deberá usar líci-
trapo inútil y asqueroso, pues no pasa de ahí la mejor morta-
tamente entre cristianos? N i n g u n o á la verdad. D i g o esto si
j a , cuando se pone á un muerto, quien está en el caso de no
hablo con cristianos, que si h a b l a r a con paganos que afectaran
poder ganar ninguna indulgencia; y como para gozar estas
profesar el cristianismo, seria menos escrupuloso en mis opi-
g r a c i a s espirituales se necesita estar en el estado de mere-
niones. V a m o s á otra cosa.
cer, se sigue que en no vistiendo al enfermo la mortaja en vi-
A proporcion de los abusos que se notan en los entierros de
da, despues de muerto le valdrá tanto como el capisallo del
los ricos, se advierten casi los mismos en los de los pobres; por-
g r a n Chino.
que como estos tienen v a n i d a d , quieren remedar en cuan-
Vosotros, si teneis en el discurso de vuestra vida algunos
to pueden á los ricos. No convidan á los del Hospicio, ni
deudos, y sus fallecimientos acaecen en medio de vuestra in-
á los trinitarios, ni á m u c h o s monigotes, ni se entierran en
digencia, no os aflijais por el entierro, ni por la mortaja. El
conventos, ni en cajón compuesto, ni hacen todo lo que aque-
entierro se facilita con tres pesos cuatro reales, que distribui-
llos, no porque Ies-faltan g a n a s , sino reales. Sin embargo, ha-
réis en esta forma. D o c e reales de un cajón: un peso para los
cen de su parte lo que pueden. Se llaman á otros viejos con.
cargadores, y otro para el sepulturero que les labre la casa en
trahechos y despilfarrados q u e se dicen, hermanos del Saníisi.
el campo santo.
mo; pagan sus siete a c o m p a ñ a d o s : la cruz alta: su cajoncito
L a mortaja será mas barata si os conformáis con vuestra
ordinario & c . , y esto á costa del dinero, que ántes de los nue-
pobreza. Los judíos acostumbraban liar á sus muertos con
ve dias del funeral suele h a c e r falta para pan á los dolientes.
unas vendas que llamaban Sudarios, y despues los envolvían
E s costumbre amortajar á l o s difuntos con el humilde sayal en una sábana limpia. A s í podéis hacerlo, y quedarán los vues-
de San Francisco; pero si e n s u origen fué piadosa, en el dia tros tan amortajados como el mejor. Por cierto que no fué
ha venido á degenerar en corruptela. otra la mortaja de Jesucristo.
E s t o y muy léjos de m u r m u r a r la verdadera piedad y devo-
Acabados los entierros, siguen los pésames. Para recibir
cion; y el objeto de mi presente crítica recae únicamente so-
estos, se cierran las puertas: se colocan las señoras mugeresen
bre el simoniaco comercio * q u e se hace con las mortajas, y
los estrados, y los señores hombres en las sillas, todos enluta-
los perjuicios que resienten l a s gentes vulgares por*-esti* á
dos y guardando un profundo silencio durante esta ceremonia
sus muertos de azul y á tanta c o s t a .
ó cuando mas, hablando en voz baja porque no les dé alfere-
cía á los dolientes, c u y a moderación y respeto acaso no se ob-
* Si hubiese e x a c t i t u d e n esta e x p r e s i ó n , podría decirse m u y bien que servó tan escrupulosamente en la enfermedad del finado.
l a s mortajas son bienes espirituales. P e r o n o es a s í , y es otro el nombre
con que debe designarse lo que h a y d e a b u s i v o en esta p r á c t i c a . — E .
T a m b i é n lie notado como abuso en estos lances, que las con.
versaciones que s e tienen con los dolientes se dirigen á cele, cabamos do refutar el abuso de hablar de los difuntos al tiem-
brar y ponderar las virtudes del difunto: á t r a e r á la memoria po de dar los pésames, porque si como hemos dicho, uno de
las causas que produjeron su enfermedad; lo que padeció en los objetos de estos pesamenteros es aliviar el sentimiento de
ella: los remedios que le ministraron: lo que tardó en la ago- los dolientes, parece que es un error que puede calificarse
nía, y otras impertinencias semejantes, con c u y a relación ator- de impolítico el renovar los motivos de dolor á los deudos al
mentan mas los afligidos espíritus do sus parientes. tiempo mismo que pretendemos consolarlos.

E s t a costumbre de dar pésames se contrae á dos cosas. La No puede menos que atormentarse el corazon de la muger ó
primera, á manifestar que tomamos parte en el sentimiento de j hijo del difunto al oír decir: ¡qué bueno era D. Fulano! ¡Qué
aquellas personas á quienes los damos, y a por razón de paren, atento! ¡Qué afable! ¡Ay, mi alma! dice otra: tiene vd. mil
tesco, ó y a por la amistad que teníamos con el difunto. La razones de llorarlo; no hallará otro marido como el que per-
segunda, para consolar en lo posible á sus dolientes, ofrccién. dió; y otras sandeces de estas, que son otros tantos tornillos
doles nuestros arbitrios temporales, y asegurándoles que con con que están apretando el corazon que quieren consolar. D e
los suyos uniremos nuestros votos para que se aumenten los su modo que estas políticas lisonjas, son unos indiscretos torccdo-
fragios de que consideramos á su alma necesitada. res de los espíritus afligidos.

Ya se ve que todo este ceremonial, es casi siempre un em. ¿Cuánto mejor no fuera sustituir á esta fórmula imprudente

buste solemne, un cumplimiento de rutina, y una de las cos- de dar pésames, otra opuesta, en la que ó se trataran asuntos

tumbres mas bien recibidas. festivos é indiferentes, ó mas bien se redujera solo esta etique-
ta á ofrecer con sinceridad sus haberes y proporciones á la
N o parecerá m u y avanzada esta proposicíon á quien ad-
voluntad de los dolientes, en caso de haberlos menester? Pues,
vierta que, no d i g o los parientes remotos y los amigos; pero los
pero con verdad, no con faramalla, y cuando los dichos dolien-
mas inmediatos y aun los mas favorecidos del difunto, pasado ¡
tes estuvieran satisfechos de esta verdad, seguramente queda-
poco tiempo, no se vuelven á acordar de él; porque con el dis-
rían mas bien consolados que con todos los panegíricos que hoy
curso de los dias el corazon se serena, las lágrimas se enjugan,
dedican los pesamenteros á sus muertos.
la falta so suple, los beneficios se olvidan y todo se borra, á
pesar de cuantos gritos, alharacas, lágrimas, pataletas y fa- Pero volviendo á estos, digo: que pobre del que se muere si
ramallas se prodigaron en la escena triste de su muerte. no lia procurado en vida facilitarse el camino de su salvación,
ateniéndose á los hijos, á los amigos y albaceas.
Y si este olvido se nota en el hijo, en la esposa, y en el her-
mano, ¿qué esperanza podrán tener los pobres muertos en los Vemos (y muy frecuentemente) que muchos, que tal vez tie-

sufragios tan prometidos por los que solo van al velorio por nen proporciones; miéntras viven, ni dan limosna, ni se hacen

beber el chocolate, y á dar el pésame porque les llevaron el decir una misa, ni pagan sus deudas, ni restituyen lo mal ha-

convite, por mas que al despedirse digan que no los olvidarán bido, ni practican ninguna obligación de aquellas que nos im-

en sus oraciones, aunque, malos? pone la religión y nuestro mismo ínteres; pero llega la hora en
que nuestros oídos no pueden menos que escuchar la verdad.
E s t e asunto es muy sério. L o suspenderemos, miéntras a-
Les intima el médico la sentencia de su muerte: conocen ellos
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que puedo no errar el pronóstico; porque eu naturaleza se d«- jos y sobrinos malos é interesables, que desearon la muerte del
bilita por instantes mas y mas: se apodera de sus corazones el difunto por entrar en la posesion de sus bienes no se vestirán
temor de la eternidad que los espera: se llama al confesor y al unos lutos muy rigurosos así por seguir la costumbre, como
escribano: vienen los dos casi juntos: se hace la confesion de por persuadirnos que están penetrados del sentimiento que no
prisa y Dios sabe como: so sigue el testamento: se dispone to- conocen?
do: so declaran las deudas: se manda pagar: se nombran alba-
El color, dicen los físicos, que es un accidente que no alte-
ceas para el efecto: se ordena hacer las limosnas que llaman
ra la sustancia de las cosas; y así, el buen hijo sentirá á su
mandas forzosas: algunas á los pobres: decir algunas misas por
padre, la buena esposa á su marido y los buenos amigos á Sus
su alma, y hecho todo esto, se recibe el sagrado V i á t i c o , los
amigos, ora se vistan de negro, ora de azul, ora de verde, en-
santos Oleos, y muere el enfermo muy consolado; pero ¡ a h ! . . .
carnado ó cualquier color. Y al contrario: el deudo que no
¡Cuánto hay que desconfiar de estas buenas disposiciones, cuan-
amaba á su pariente, ó que quizá deseaba que espirara por he-
do se hacen á la orilla misma del sepulcro!
redarlo, no lo sentirá mas que se eche encima cuantas bayetas
Se dan limosnas y se mandan hacer restituciones (si se negras hay en todas las luterias del mundo.
mandan hacer) en aquella hora, porque no se pueden llevar los E n algunas provincias del Asia, el color blanco es el que
caudales á la sepultura. Se mueren muy confiados en que los han adaptado para luto; y entre nosotros que se acostumbra
albaceas cumplirán el testamento, ¿y cuántas veces se enga- vestirse de negro el Viérnes Santo y el dia de Finados, se ob-
ñan los testadores? ¿Cuántas veces se trasforman los albaceas serva que no es por sentimiento, sino por lujo.
en herederos, y los curadores ad bona en tenedores de bienes? Despues de todo, no tengo por abuso el trage negro en se-
Innumerables. No, no son r a r a s las quejas que se oyen todos mejantes casos; pero sí califico por tal, aquel determinado nú-
los dias á los pobres menores á quienes ha dejado por puertas mero de dias que se traen los lutos para denotar nuestro ma-
ó la mala fé, ó la mala administración de aquellos. y o r ó menor sentimiento, según las graduaciones de parentes-
Todo lo dicho os enseña á no esperar, como dicen, á la ho- co que se tiene con los difuntos.
ra de los gestos para disponer de vuestras cosas: porque en- Y a habéis visto que en el tiempo de mi madre, un año era el
tónces el susto y la precipitación, rebajan mucha parte del a- prefijado para llevar el luto por los padres, hijos y consortes *,
cierto. seis meses por los hermanos, tres por los sobrinos & c . Esta
Llegamos á los lutos en los que como visteis con mi madre, no puede menos que ser una bobera; porque si se amaba á los
caben también los abusos. E l luto no es mas que una costum- difuntos verdaderamente, y el luto es la prueba del sentimien-
bre de vestirse de negro p a r a manifestar nuestro sentimiento to, en ningún tiempo se debia quitar, porque en ningún tiempo
en la muerte de los deudos ó amigos; pero este color á merced debia cesar el motivo; y si no se amaban, era indiferente el
de la dicha costumbre, es solo señal, mas no prueba del senti-
miento. ¿Cuántos infelices no se visten luto en la muerte de E n la capital de M é x i c o y a n o se v e tanto de esto; pero en los pue-
las personas que mas aman, porque no lo tienen? Y su dolor es blos, villas y otras ciudades del reino, a u n o b s e r v a n religiosamente esto*
abusos.
innegable. Al contrario, ¿cuántas viuditas jóvenes, cuántos hi.
llevarlo poco9 ó m u c h o s meses, pues q u e no p r u e b a sentimicn.
to el t r a g e n e g r o .
A l g u n a s de e s t a s reflecsiones hice á mi madre, hasta que la
desentusiasmé de s u c a p r i c h o , y me ofreció que nos quitaría-
mos el luto p a r a el dia de S a n Pedro, que era c u a n t o y o de-
seaba, para q u i t a r m e también la máscara de la virtud que ha- ¿
bía fingido, y c o r r e r á rienda suelta por toda la c a r r e r a de los
vicios, disfrutando de m í libertad enteramente, y tirando con
mis a m i g o s los p o c o s mediecillos que mi padre habia economi-
zado para la s u b s i s t e n c i a de mi pobre madre.
S e g ú n esta d e t e r m i n a c i ó n , se me hizo un vestido de peti-
m e t r e p a r a ese d i a , y se dispuso su almuerzo, c o m i d a , y baile-
cito para la noche.
L l e g ó el tan d e s e a d o para mí 2 9 de Junio: me q u i t é los tra-
pos negros, que h a s t a entónces habían sido escolares, y me
planté de g a l a á lo s e c u l a r . P a r e c e que con c a m p a n a llama-
ron á todos los p a r i e n t e s y conocidos ese dia: muchos que no
habían vuelto á c a s a desde el entierro de mi padre, y otros que o
d
p
ni aun el p é s a m e h a b í a n ido á dar á mi madre, so encajaron
ex
entónces con la m a y o r c o n f i a n z a y poca v e r g ü e n z a .

Y a se deja e n t e n d e r que en primer lugar fueron mis ínfimos


a m i g o s J a n n a r i o , P e l a y o , y otros como ellos, que también lle-
varon al baile á s u s m a d a m a s tituladas que lo eran también
mias. E n una p a l a b r a , el olor del guajolote y del pulque de
pifia, a c a r r e ó ese día á mi casa una porcion de amigos mios,
parientes y c o n o c i d o s de mi madre, que fueron á cumplímen.
tarme. D i o s se l o s p a g u e .

S e lamieron el a l m u e r z o , cousunueron la comida, y á su


tiempo a l e g r a r o n el baile grandemente; porque cantaron, bai-
laron, retozaron, se e m b r i a g a r o n , ensuciaron toda la casa, y
al fin, al fin, salieron u n o s murmurando el a l m u e r z o , otros la
comida, otros el baile, y todos, alguna cosa de lo mismo que
habiun disfrutado.
¡Qué necedad es tener una diversión pública! Se gasta el
dinero, se sufren mil incomodidades, se pierden algunas cosas
y siempre se queda mal con los mismos á quienes se pretende'
obsequiar; y se recibe en murmuración y habladurías, lo que
se pretende recibir en agradecimiento.

Sin embargo de todo esto, como entónces y o no pensaba así


nada me daba cuidado, ni en nada pensé sino en divertirme y
holgarme á costa del dinero; aunque es verdad que en aquella
hora me adularon bastante, especialmente las coquetas; con
cuyos elogios di por bien empleado el dinero que se gastó, y
las incomodidades que sufrió mi madre.

C A P I T C t O XIV.
C r i t i c a P e r i q u i l l o los bailes, y h a c o u n a l a r g a y útil digresión hablando
de la m a l a e d u c a c i ó n q u e d a n m u c h o s padres tf sus hijos, y de los m a l o s
hijos que a p e s a d u m b r a n á sus padres.

j S i A K S A D o s de bailar y de beber, se acabó el baile como lo-


dos se acaban. A las doce poco mas de la noche se fueron
yendo los mas prudentes, ó los menos tontos que no trataban
de desvelarse Los demás que se quedaron, fuérase porque
estranaban el bullicio de los quese habían ido, ó porque se ha
bian cansado y a , apenas se levantaban á bailar. L a s velas
estaban muy bajas y pidiendo su relevo, y los músicos (que no
descuidan en empinar la copa en tales ocasiones) y a no atina-

i0Car b'en ? E0n 1 - 1 - Pedían; y aun había alguno


de ellos que rascaba su bandolon abajo de la puente
J a n u a n o , como tan diestro en estas escuelas, me dijo: hom-
bre, ¡que entristecida se ha dado el baile y tan temprano' ¡Y
que hemos de hacer? L e dije y o . ¿Cómo qué? Alegrarlo, me
respondió. ¿Y con qué se alegra? L e pregunté.-Con una
friolera. ¿Hay aguardiente? Sí, le d i j e . - ¿ Y azúcar y limó-
o s . - T a m b i é n . - P u e s manda que lo pongan todo en la recá-
¡Qué necedad es tener una diversión pública! Se gasta el
dinero, se sufren mil incomodidades, se pierden algunas cosas
y siempre se queda mal con los mismos á quienes se pretende'
obsequiar; y 6e recibe en murmuración y habladurías, lo que
se pretende recibir en agradecimiento.

Sin embargo de todo esto, como entónces y o no pensaba así


nada me daba cuidado, ni en nada pensé sino en divertirme y
holgarme á costa del dinero; aunque es verdad que en aquella
hora me adularon bastante, especialmente las coquetas; con
cuyos elogios di por bien empleado el dinero que se gastó, y
las incomodidades que sufrió mi madre.

CAPITULO XIV.
C r i t i c a P e r i q u i l l o los bailes, y h a c e u n a l a r g a y útil digresión hablando
de la m a l a e d u c a c i ó n q u e d a n m u c h o s padres tf sus hijos, y de los m a l o s
lujos que a p e s a d u m b r a n á sus padres.

j g i A K S A D o s de bailar y de beber, se acabó el baile como lo-


dos se acaban. A las doce poco mas de la noche se fueron
yendo los mas prudentes, ó los menos tontos que no trataban
de desvelarse Los demás que se quedaron, fuérase porque
estranaban el bulhcio de los quese habían ido, ó porque se ha
bian cansado y a , apenas se levantaban á bailar. L a s velas
estaban muy bajas y pidiendo su relevo, y los músicos (que no
descutdan en empinar la copa en tales ocasiones) y a no atina-

l 0 C 3 r b ' e n ? EOn 1 - 1 - Pedian; y aun había alguno


do ellos que rascaba su bandolon abajo de la puente
J a n u a n o , como tan diestro en estas escuelas, me dijo: hom-
bre, ¡que entristecida se ha dado el baile y tan temprano' ¡Y
que hemos de hacer? L e dije y o . ¿Cómo qué? Alegrarlo, me
respondió. ¿Y con qué se alegra? L e p r e g u n t é . - C o n una
friolera. ¿Hay aguardiente? Sí, le d i j e . - ¿ Y azúcar y limó-
o s . - T a m b i é n . - P u e s manda que lo pongan todo en la rccá-

que el respeto de estos las contenga, y contenga & los j ó v e n e s
mara. H i c e lo que me dijo J a n u a r i o , quien en un momento
hizo una m e z c l a de aguardiente, a z ú c a r y limón, que llaman libertinos. .
2.a Q u e c o n conocimiento, j a m á s se convide a n i n g u n o
ponche: m a n d ó poner nuevas luces en las pantallas, y c o m e n ,
de estos por exquisita que sea su habilidad; pues ménos malo
z ó á dar á los m ú s i c o s y á los asistentes, de aquel brebage con-
será que se baile mal, que no que se seduzca bien. Ordina-
denado á pasto y 6¡n medida; con c u y a diligencia se puso aque-
riamente estos mozos bailadores, ó como les dicen, útiles,
llo de los d e m o n i o s . •
son unos picaros de buen tamaño: no llevan á un baile mas
A l p r i n c i p i o bailaban c o n algún órden, y sabían algunos lo
que dos objetos: divertirse y chonguear (es su v o z ) . Este
que t o c a b a n y otros lo que saltaban; pero en c u a n t o el aguar-
chongueo no es mas que sus seducciones ó llanezas. Si pue-
diente e n d u l z a d o comenzó á h a c e r su operacion, se acabaron
den, pervierten á l a doncella y hacen p r e v a r i c a r á la casada,
de trastornar l a s cabezas: se hizo á un lado el tal cual respe-
y todo esto, sin amor, sino por un mero v i c i o ó pasatiempo.
tillo y m o d e r a c i ó n que habia habido: las mugeres escondieron
" A l g u n a s ocasiones (¡ojalá no fueran tantas!) logran sus i n -
la v e r g ü e n z a y los hombres el miramiento.
tentos, y apenas satisfacen su lujuria, cuando abandonan, por
E n t r ó s e g u n d a y tercera tanda de ponche, y y a no habia
nuevo objeto á aquellas infelices l o c a s que prostituyeron su ho-
gente c o n g e n t e ; porque y a aquello no era baile, sino retozo y nor y su virtud á la verbosidad y arterías de un mozo inmo-
escándalo c r i m i n a l . ral, lascivo, necio y solo buen b a i l a r í n .
L o s que h a c e n bailes, y mas si son de la clase de este (que Pero aun cuando encuentran con pedernal, quiero d e c i r ,
pocos h a y q u e no lo sean), son unos alcahuetes y solapadores cuando por fortuna las m u c h a c h a s todas de un baile son j u i -
de mil i n d e c e n c i a s escandalosas. T a l v e z no lo presumirán, no ciosas, honestas y recatadas: que saben burlar sus intentonas
lo querrán y a u n se disgustarán con ellas; pero todo esto no sal-
y conservar su honor ileso en medio de las llamas, como la
v a el que s e a n los consentidores y los motores principales de
z a r z a que vió arder Moisés sin quemarse, lo que ciertamente
estas l ú b r i c a s desembolturas; pues e n buena filosofía se sabe,
es un milagro; aun en este caso tan remoto hacen estos útiles
que lo que es causa de la causa, es causa de lo causado; y así
su negocio.
los que h a c e n u n baile deben tener consideración de muchas
Ellos, á mas no poder, y cuando se les cierran los oídos de
cosas para e v i t a r estos desenfrenos escandalosos: porque si no,
las jóvenes, no se dan por vencidos ni se entristecen. Como
pasarán la p l a z a de alcahuetes declarados á los ojos del mun-
sus adulaciones y diligencias en cualquier seducción no son
do, y á los de D i o s serán reos de c u a n t o s pecados se cometan
por amor sino por v i c i o , no se les da cuidado de los desaires,
en sus c a s a s .
ni se entibian por no hallar correspondencia. N a d a menos.
L a s p r i n c i p a l e s consideraciones que debe tener presentes el
S i g u e n brincando y saltando m u y serenos, contentándose con
que h a c e u n baile, me parece que se pueden r e d u c i r á las si-
lo que ellos llaman caldo.
guientes.
E s t e caldo.... alerta, casados y padres de familia que sa-
1.a Q u e l a s mugeres concurrentes sean honestas, de bue-
beis lo que es el honor, y lo queréis conservar como es debido:
na v i d a , y n u n c a solteras ó mugeres libres; sino hijas de fa-
este caldo es el manoseo, que tienen con vuestras hijas y mu-
milia ó c a s a d a s , y que v a y a n con sus padres ó maridos, p a r a
geres *, las licencias pasan mil veces de las manos á las , . Mucho de esto se evitaría con la reglita que os dejo señala-
cas, convirtiéndose los manoseos claros en ósculos furtivos da; pues es cierto el dicho antiguo de que sine Cerere et Bac-
que las menos escrupulosas no llevan á mal, y las que se llaman' chofriget Venus: que equivale á esta coplita:
prudentes y honradas disimulan y sufren por evitar pendencias
D e suerte, que el marido ó padre pundonoroso que en su ca Poco manjar y ninguna
sa se espantaría de que su muger 6 hija le diese la mano á un Espirituosa bebida,
hombre, en un baile de estos tolera á su vista que se las abra, Si la lujuria no apagan,
cen, tienten, estrujen y manoseen mas que las ancas de un ca. A lo menos la mitigan.
bailo gordo.

L o peor es, que estos manoseos y tentadas acompañadas de La cuarta y última consideración que se debiá tener, era

las risas y d.chitos que se acostumbran, son para muchas mu que los bailes durasen cuando mas, hasta las doce de la noche.
geres, como el pecado venial para las almas, con la diferencia E s t a es una hora mas que regular para irse á recoger cada
que el pecado venial entibia y dispone á las almas para el pe uno á su casa bastante divertido, si es racional; porque lo que
cado mortal, y los manoseos ó caldos de que hablamos, encien. pasa de esa hora, y a no debe llamarse diversión, sino vicio, in-
den y disponen á algunas jóvenes para dar al traste con su comodidad y tontería.
honor, el de sus padres y maridos. Ningún escrúpulo está por A solas estas cuatro reglillas quisiera y o que se sujetaran
demás para evitar estos excesos. los que dan un baile, y me parece (bien, que no lo aseguro)
que no se arrepentirían de su observancia.
L a tercera consideración que podian tener los que hacen ó
Ultimamente, y o no declamo contra los bailes, sino contra
dan un baile, era que no hubiera en ellos licor espirituoso. En
los escándalos de los bailes. Quítese de ellos todo lo que los
caso de ser preciso, por costumbre ó cariño obsequiar á los
hace pecaminosos y peligrosos, y dejándolos en una clase de
concurrentes, sería menos malo hacerlo con zoletas v nieve de
diversión indiferente, ellos serán malos para quien quiera ser
leche, limón, tamarindo, & c . de esta clase, que no c'on
malo en ellos, y serán honestos para el honesto; pero mientras
datas y vino, aguardiente, ponche y otros licores semejantes,
así no se haga, el baile, sea por sus abusos, sea por su ocasion,
que ofuscando el cerebro facilitan el trastorno de la razón, j
no podrá librarse de la definición de un padre de la Iglesia,
alteran la constitución física de ambos sexos, c u y a s resultas,
que dice, que el baile es un círculo, cuyo centro es el demonio.
cuando menos, no escapan de ser deseos, pensamientos consen-
s o s , y delectaciones morosas, y en tal y tal persona algo mas, Bailar no es malo: lo malo es el modo con que so baila, y el

y mas pecaminoso. objeto porque se baila. D a v i d bailó delante del A r c a del Se-
ñor, y I03 israelitas delante del becerro de Belial. Todos bai-
laron; pero ¡con qué diverso modo, y con qué diverso objeto!
cosa i T J r T ? T 1 0 9 C °ntradanZaS i " q - n o son o,ra
Por eso también fueron diversas las retribuciones.
el a o b a l 03 S e l I a m a b a ^ ^ ^ diferencia está en quc
H a y moralistas tan austeros que no consideran baile sin
ocasion próxima voluntaria, y según esto, no j u z g a n lícito nin-
abrazos, los besos, y algo peor que callo por no ofender la modestia.
guno. Y o , después de respetar su opinion, no me conformo
con ella. S o y m a s indulgente y digo, que puede haber y de
hecho habrá, no siendo como los que se usan, algunos bailes
donde falten estas ocasiones, estos escándalos, cantares lasci-
vos, manoseos, embriagueces, y demás abusos que se notan en
los mas de ellos. ¿ Y cuáles serán estos? L o s que se debie.
ran usar entre g e n t e s de buena conciencia.
S i todos los concurrentes lo son, el baile será una diversión
honesta. L a dificultad estriba en que se dé un baile con tan.
to arreglo.
Dejando á todos que hagan lo que quieran en sus qasas, vol.
viendo á la mia, d i g o : que y a fatigados de saltar, beber y char-
lar, se fueron poniendo en quietud á mas no poder, porque los
mas no se podian tener en pié.
L o s músicos arrumbaron sus instrumentos junto á las sillas,
y ellos se acostaron e n ellas lo mejor que pudieron: las muge,
res se amontonaron en el estrado, y los hombres se pusieron á
contar cuentos y á hablar ociosidades para no dormirse, pues
no tardaba en a m a n e c e r , como deseaban, para irse á tomar c a f é .

L a s disposiciones no eran muy malas; pero ellos ni ellas


eran dueños de sí, sino el aguardiente que los narcotizaba mas
y mas á cada minuto.
C o n esto, unos hablando y otros oyendo simplezas, se fue-
ron quedando dormidos unos por un lado y otros por otro,
siendo de los primeros Januario.

L a señora mi madre y a se habia recogido bien temprano,


encargándome que.cuidara la casa, como lo hice, pues aunque
tenia sueño como el mejor.no me atreví á dormir temeroso do
que no se fuera alguno á llever alguna cosa. E s un demonio
el Ínteres. E n - e l estado de la salud pocas cosas desvelan á
los hombres mas que él.
Alerta estaba y o velando á todos y oyéndolos roncar y va-
ciar el estómago cual mas cual menos. N o me era muy g r a .
(a esta música ni estos olores; y á mas de eso, y a no podia su-
frir el sueño.
E s verdad que el zahuan estaba cerrado y yo tenia la llave,
por lo que bien me podia haber acostado; pero me detenia el
considerar que en casa no habia mas que mi madre, y o y una
criada buena, pero vieja y dormilona, que no madrugaba si el
mundo se volcara de arriba abajo. Mi madre no era justo que
se levantara á abrir á aquellos bribones á la hora que á cada
uno se le quitara la borrachera y quisiera marcharse para la
calle, y así no habia otro centinela mas que yo; que para no
dormirme me puse á divertir con los dormidos á mi entera sa-
tisfacción, como que sabia que dormían, los mas, con dos sue-
ños, el natural y el del aguardiente.
Uno de los perjuicios que la embriaguez acarrea al que la
tiene, es esponerlo á la irrisión de cualquiera, como les suce-
dió á estos conmigo; pues á unos les tizné las caras, á otros
les escondí varías cosas, á otros los cosí unos con otros, y á
todos les hice mil maldades.
Amaneció el dia, corrió el ambiente fresco, abrí el balcón, y
á vista de la luz, y al sonido de las campanas y del ruido de
la gente que andaba por las calles, fueron despertando; y mi-
rándose unos á otros las caras llenas de jaspes y labores, no
podian contener la risa, especialmente las mngeres, las que lo
mismo fué levantarse que oir, con dolor de su corazon, tronar
sus vestidos y aun verlos hechos pedazos.
U n a s disimulaban su pesar, mas otras renegaban del picaro
ocioso que las habia inferido tal daño, que ciertamente lo era;
pero los tunantes como yo, no reparan en eso: el caso es di-
vertirse á costa agena, y como esto se logre, nada les importa
hacer una maldad que perjudique el ínteres y aun la salud de
los demás.
Pasado el primer fervor del enojo: limpias unas, remendadas
otras, y todos mas serenos, se marcharon para el café ó sus
casas, menos J a n u a r i o y tres ó cuatro amigos suyos y mios,
que en reírme de la vieja, y á la (arde á buena hora tomó mí
que como mas gorrones y sinvergüenzas, so quedaron hasta
sombrero y me salí para la calle.
apurar en el a l m u e r z o las reliquias del dia anterior; pero por
Volví por la primera á las nueve do la noche, y halló á mi
fin, almorzaron, y viendo que y a no quedaba mas que repelar
madre algo séría, pues me dijo: ¿que dónde había estado? Que
de la fiesta, se f u e r o n á la calle y y o á mi cama.
estrañaba en mí tanta licencia: que y o era su hijo, y quo no
Dormí como u n podenco hasta las doce del dia, á cuya lio. pensara que porque habia muerto mi padre y a era y o dueño
ra me levanté y b a i l é á la pobre vieja cocinera hecha un Ber- absoluto de mi libertad, y otras cosas á este modo, á las que
nardo contra los bailadores. Señora, decía á mí madre, ¿no respondí que y a ese tiempo se habia acabado, que y a y o no era
es brava sinrazón la de estos perdularios, que después de ha- muchacho, que y a me rasuraba, y que si salía y me detenia
ber tragado y divertídose todo el dia, pusieran la casa como la en la calle, era para ver de qué cosa nos habíamos de man-
han puesto? M i r e v d . , señora, todo el dia se me ha ido en lira, tener.
piar sus porquerías; porque ¡Jesús! ¡Cómo estaba todo! era un
Semejantes respostadas entristecieron á mi madre bastante,
asco. Un vómito por el corredor, una suciedad por la escale-
y desde luego conoció lo que iba á suceder, que fué, quitarme
ra, otra por otro l a d o : hasta la sala, señora, hasta la sala es-
la máscara y perderla el respeto enteramente como sucedió.
taba hecha una z a h ú r d a . ¡Ah fú! ¡qué gente tan sucia y tan
Quisiera pasar este poco tiempo de maldades en silencio, y
grosera! Pero lo q u e y o mas he sentido, señora, han sido las
que siempre ignorarais, hijos míos, hasta donde puede llegar
macetas. Mire su merced como las han puesto. T o d a s es-
la procacidad de un hijo insolente y malcriado; pero c o m o t r a -
tán destrozadas. ¡ A y , qué gentes van á los bailes de tan mal
to de presentaros un espejo fiel en que veáis la virtud y el vi-
natural, que no c o n t e n t a s con tragar, divertirse, emborrachar-
cío según es, no debo disimularos cosa alguna.
se y emporcar la c a s a , todavía hacen mil maldades como
esta! H o y sois mis hijos, y no pasais de unos muchachos jugueto-
nes; pero mañana sereis hombres y padres de familias, y en-
Mi madre consoló á la víejecila diciéndole: dice vd. bien, tónces la lectura de mi vida os enseñará como os debeis ma-
r a n a Felipa, son u n o s picaros, indecentes, groseros y malcria- nejar con vuestros hijos, para no tener que sufrirles lo que mí
dos los que hacen t a n t o mal en las mismas casas en que se di- pobre madre tuvo que sufrirme á mí.
vierten; pero y a , por ahora, no h a y remedio. Y a vd. sabe que
Dos años sobrevivió mí madre á la muerte de mi amado pa-
mi m a n d o no era a m i g o de estas jaranas, y a s í y o no tenía es-
dre, y fué mucho, según las pesadumbres que le di en ese tiem-
periencia de semejantes groserías; pero le empeño á vd. mí pa-
po, y de que me arrepiento cada vgz que me acuerdo.
labra, en que será la primera y la última.
Constantemente disipado, vago y mal entretenido no pensa-
N o me gustó m u c h o esta sentencia, porque como ni y o gas- ba sino en el baile, en el juego, en las inugeres, y en todo cuan-
taba el dinero, ni trabajaba en nada de la función, hubiem que- to directamente propendía á viciar mis costumbres mas y mas.
° r 9,guieran 109 b a i , e c ¡ í 0 9 e n m í c a s » . * lo menos tres ve- E] dinerito que habia en casa no bastaba á cumplir mis de-
ees á la semana.
seos. Pronto concluyó. N o s vimos reducidos á mudarnos
Sin embargo, no me metí p 0 r enfóncee, en otra cosa ma. á una víviendita do casa de vecindad; pero como ni aun ésta
se pudo pagar, á pocos dias puse á mi madre en un cuarto ba- no se hubiera opuesto tantas veces á los designios de mi padre?
jo é indecente, lo que sintió sobremanera, como que no estaba si no le hubiera embarazado castigarme, y si no me hubiera
acostumbrada á semejante trato. chiqueado tanto con su imprudente amor? ¡Ah! y o me habría
L a pobre de su merced me reprendía mis estravios: me ha- acostumbrado á respetarla, me hubiera criado timorato y ar-
cía ver que ellos eran la causa del triste estado á que nos veía- reglado, y bajo este sistema, no hubiera yo padecido tantos
mos reducidos: me daba mil consejos persuadiéndome á que me trabajos en el mundo, ni mi madre hubiera sido víctima de mis
dedicara á alguna cosa útil, que me confesara, y que abando- desobediencias y vilipendios.
nara aquellos amigos que me habían sido tan perjudiciales, y L o mas sensible es que este funesto caso no carece de ejem-
que quizá me pondrían en los umbrales de mi última perdición. plares. H i j o s de viudas consentidoras, casi siempre son hijos
E n fin, la infeliz señora hacia todo lo que podia para que y o perdidos y malcriados, y madres de semejantes hijos ¿qué han
reflexionara sobre mí; pero y a era tarde. de ser sino unas mugeres desgraciadas?
E l vicio habia hecho callos en mi carazon: sus raices esta- Sucede por lo común que el padre es un hombre regular que
ban muy profundas, y no hacían mella en él ni los consejos só- procura inspirar al niño unos sentimientos cristianos, mora-
lidos, ni las reprensiones suaves ni las ásperas. Todo lo escu- les y políticos, y según ellos desviarlo de todas aquellas baje-
chaba violento y lo despreciaba pertinaz. Si me exhortaba á la z a s á que el hombre se inclina naturalmente. Esto hace llo-
virtud, me reia; y si me afeaba mis vicios me exasperaba; y rar al niño, y la madre se aflige y lo embaraza. H a c e algu-
no solo, sino que entónces le faltaba al respeto con unas res- na travesura, se le celebra; usa alguna malacrianza, se le dis-
puestas indignas de un hijo cristiano y bien nacido, haciendo culpa; produce algunas palabras indecentes, ó porque las oyó
llorar sin consuelo á mi pobre madre en estas ocasiones. á los criados, ó en la calle, y se festejan: el padre se tuesta de

¡Ah, lágrimas de mi madre, vertidas por su culpa y por la estas cosas, y teme empeñarse en reprenderlas y castigarlas a!
hijo, porque cuando lo hace, sabe que salta la madre como una
mi?.! S i álos principios, si en mi infancia, si cuando y o no era
leona; y ya sea porque la ama demasiado, ya porque no se
dueño absoluto de los resabios de mis pasiones, me hubiera cor-
vuelva aquel matrimonio un infierno, condesciende con ella,
regido los primeros Ímpetus de ellas, y no me hubiera lison-
no se castiga el delito del muchacho, éste se queda riendo, y
geado con sus mimos, consentimientos y cariños, seguramen-
satisfecho en la impunidad que le asegura su mamá, dá rienda
te y o me hubiera acostumbrado á obedecerla y respetarla; pe-
á sus vicios, que entónces como dijimos, son vicios niños, pue-
ro "fué todo lo contrario: ella celebraba mis primeros deslices
rilidades, frioleras, pero en la edad adulta son crímenes y deli-
y aun los disculpaba con la edad, sin acordarse que el vicio
tos escandalosos.
también tiene su infancia en lo moral, su consistencia y su se-
nectud lo mismo que el hombre en lo físico. E l comienza sien- Sin embargo, rara vez deja de servir de cierto freno la pre-

do niño ó trivial, crece con la costumbre y fenece con el hom- sencia del padre; pero si este muere, todo se acaba de perder.

bre, ó llega á su decrepitud cuando al mismo hombre en fuer- Roto el único dique que habia, aunque débil, se sale de c a j a

z a de los años se le amortiguan las pasiones. el rio de las pasiones, atropellando con cuanto se pone por de-
lante.
¿Qué provecho no hubiera resultado á mi madre y á mí, si
Entóneos la viuda reconoce lo feroz de un corazon entrega- perfícial por medio de unos maestros ó uyos mercenarios
do á la libertad, q u i e r e oponerse por la primera vez, peroles que acaso, viendo el chiqueo de los padres, no tratan mas que
tarde: el torrente e s impetuoso, y sus fuerzas incapaces de de lisongear al ptipilo con harto daño de él y de sus concien-
contenerlo. Prueba los consejos, emplea las caricias, compi. cias.
la las reprensiones, tienta las amenazas, agota las lágrimas, so- Si es en la corrección, y a hemos dicho el abandono de es-
licita castigos, y a c a s o desesperada, prorrumpe en maldicio. tos padres, y especialmente de las madres.
nos contra su l u j o * ; m a s nada basta. El jóven endurecido Ultimamente, si es en el ejemplo, ¿cuál es el ordinario que
obstinado, y acostumbrado á no obedecer ni respetar á su ma- ven los hijos en sus casas? L u j o en las personas, excesos en
dre, desprecia los consejos, se mofa de las caricias, burla las la mesa, orgullo con los criados, altanería y desprecio con los
reprensiones, se rie d e las amenazas, se divierte con las lágri- pobres.
mas, elude los c a s t i g o s , y retorna las imprecaciones con otras
Esto es, cuando menos, que cuando mas, y a se sabe lo que
tales, si no se d e s a c a t a , como se ha visto, á poner sus viles ma-
ven y oyen los niños en muchas casas. Y siendo el ejemplo
nos en la persona de su madre f .
el aliciente mas poderoso para formar bien ó mal el corazon
T o d a esta lastimosa catástrofe se escusaria con educar bien del niño en aquella edad, ¿cómo será este con tales ejemplos?
y escrupulosamente á los niños. ¿Y á cuántos puntos se pue-
* H a b l a m o s a q u í de los padres decentes y bien nacidos, q u e obran do
den reducir las principales obligaciones de los padres acerca este m o d o ; n o de la gente v u l g a r q u e n o abriga n i n g u n o s sentimientos re-
de la buena e d u c a c i ó n de sus hijos? A tres, en sentir de un gulares; p u e s á éstos n o los corrijo la critica n i la persuasión. Estos bár-
varón apostólico que floreció en M é g i c o A saber: á ense- baros que llevan al hijo á q u e los c u i d e c u a n d o el a g u a r d i e n t e los arroja

fiarles lo que deben saber, á corregirles lo mal que hacen, y á por las calles: otros q u e los llevan al j u e g o , y a u n j u e g a n con ellos: otros
«n c u y a s p o c i l g a s j a m á s s e o y e n s i n o maldiciones, j u r a m e n t o s , r i ñ a s y ob-
darles buen ejemplo. T r e s cosas muy fáciles al decirse, 'pero
cenidades, & c . , estos n o solo n o p u e d e n dar á s u s h i j o s buena educación
muy difíciles al p r a c t i c a r s e , atendiendo la multitud de hijos
n i b u e n e j e m p l o , p o r q u e s o n u n o s brutos racionales; sino q u e por esta
mal criados y llenos d e vicios que notamos; mas no porque m i s m a razón, s i e m p r e los i m b u y e n en s u s errores y p r e o c u p a c i o n e s , y con
sean difíciles de observarse, porque el y u g o del Señor es sua- s u s perversos e j e m p l o s les f o r m a n u n c o r a z o n de demonios. E s t a es u n a
ve; sino porque los tales padres y madres, ni remotamente se triste verdad, pero verdad q u e si se quisiera desmentir, h a b l a r a n en s u f a -
aplican á practicar los tres preceptos insinuados, ántes pare- vor las p u l q u e r í a s , tabernas, villarcitos, cárceles, y calles de esta c i u d a d ,

ce que al propósito se desvian de ellos cuanto pueden. q u e n o e s t á n l l e n a s de otra polilla q u e de estos h a r a g a n e s y v i c i o s o s . ¡ Q u é


cosa tan grande f u e r a el h a c e r l o s útiles al estado y á sí mismos! ¿Qué
S i es en la instrucción, se contentan con darles la muy su- p r o v i d e n c i a s mas c o n d u c e n t e s para el c a s o , q u e e n c a r g a r s e de s u s h i j o s ,
proporcionándoles por a m o r y por fuerza- la b u e n a educación? ¿ Y q u é ar-
bitrio, á mi parecer, m a s f á c i l para ello q u e el p r o y e c t o de las e s c u e l a s
gratuitas q u e p r o p u s e e n e l t o m o tercero de m i P e n s a d o r m e x i c a n o nú-
* M u c h a s v e c c s s e h a n visto c u m p l i d a s estas maldiciones. L o s hijos
m e r o 7, 8 y 9? Y o a s e g u r o q u e practicado en todas s u s partes, dentro
deben g u a r d a r s e de m e r e c e r l a s , y los padres de proferirlas. T o d o es malo, d e diez a ñ o s nuestra plebe n o f u e r a tan n e c i a , viciosa é inútil c o m o h o y .
t C r i m e n atroz, pero q u e n o c a r e c e de ejemplares, E s t o seria h a c e r de las piedras h i j o s de A b r a h a n .
i E l padre J u a n M a r t í n e z de la P a r r a , do la c o m p a ñ í a de J c . u s .
Los resultados nos lo dicen: niño engreidó, grande soberbio:
niño consentido, grande necio: niño abandonado, grande per- cil y el do mejor natural, ha menester observar buenos ejem-
dido; y así de lo demás. píos para formar su corazon en la sana moral, y no corrom-
perse. E s t a es la espuela mas eficaz para que los niños no
Todo esto se remediaba con la buena educación, y esta des.
se estravien.
de temprano. E l consejo es del Espíritu Santo, que dice: si
tienes hijos, instruyelos desde su niñez. ( E c c l . cap. 7 . ) El E l buen ejemplo mueve mas que los consejos, las insinua-
árbol se ha de enderezar cuando es v a r a , no cuando se robus- ciones, los sermones, y los libros. Todo esto es bueno, pero
tece y es tronco. L o s médicos dicen que los remedios so de- por fin, son palabras, que casi siempre se las lleva el viento.
ben aplicar al principio de las enfermedades, ántes que tomen L a doctrina que entra por los ojos, se imprime mejor que la
cuerpo, ántes que se vicie toda la sangre y corrompa los hu. que entra por los oidos. L o s brutos no hablan, y sin embar-
mores. Los diestros cirujanos componen el hueso luego que go, enseñan á sus hijos, y aun á los racionales con su ejemplo.
se disloca, y lo entablan luego que advierten la fractura; por- T a n t a es su fuerza.
que si no, cria lábilla, y se imposibilita la c u r a . N o hay que admirarse de que el hijo del borracho sea
borracho: el del jugador, tahúr: el del altivo, altivo: &c.
Así, ni mas ni menos, debo ser la educación de los niños;
& c . : porque si eso aprendió de sus padres, no es maravilla
desde pequeños, ántes que sean troncos. Se han de ccrregir
que haga lo que vió hacer. El hijo del gato caza ratón, dice
sus deslices luego que seles noten; porque si no, crian babilla.
el refrán.
E s t a s verdades son mas claras que el agua, mas repetidas
L o que si es maravilla, ó por mejor decir, cosa de risa, es
que los dias, no hay quien diga que las ignora; y c o n todo eso
que, como apunté poco há, cuando el hijo ó hija son grandes,
no se ven sino muchachos malcriados y nécios, que despues
y grandes picaros, cuando cometen grandes delitos y dan gran-
son unos hombres vagos, viciosos y perdidos.
des disgustos, entónces los padres y las madres se hacen délas
Esto no puede estar en otra cosa, sino en que obramos con-
nuevas y esclaman: ¡quién lo pensára de mi hijo! ¡Quién lo
tra lo mismo que sabemos. Consentimos á los muchachos, por
creyera de fulana! ¡Tontos! ¿Quién lo ha de creer, quién lo ha
serlo, y por tenerles demasiado amor: ellos cuando jóvenes nos
de pensar? T o d o el'mundo; porque todo el mundo ha visto cuál
llenan de pesadumbres y disgustos, y entónces son los ojalásy
ha sido vuestro modo de criarlos. E l milagro fuera que edu-
los malhayas; pero sin fruto.
cándolos bien y dándolos buenos ejemplos, ellos salieran indó-
¿Cuánto mejor y mas fácil no es domar al caballo de potro
ciles y perversos; pero que salgan malos cuando la doctrina
que de viejo? Tienen los padres un freno y un acicate muy
que han mamado ha sido ninguna, y los ejemplos que han vis-
oportunos para el caso, y que, sabiéndolos manejar con pru-
to, han sido pésimos, es una cosa muy natural; porque todos
dencia, es casi imposible que deje de producir buenos efectos.
los efectos corresponden á sus causas. ¿Quién se ha admira,
E l freno es la ley e v a n g é l i c a bien inspirada, y el acicate, el
do hasta hoy de que un poco de algodon arda si so aplica al
buen ejemplo practicado constantemente.
fuego? ¿Ni que se manche un pliego de papel si se mete en una
L o s campistas de nuestra tierra dicen, que el mejor caball olla de tinta? Nadie, porque todos saben que es propio del fue.
necesita las espuelas; así podemos decir, que el niño mas dó-
go quemar lo combustible, y de la tinta, teñir lo susceptible rado el que menosprecia á su madre. El que aflige á su padre
de su color. Pues tan natural así es, que los niños ardan con ó huye de su madre, será ignominioso é infeliz. La maldición
la mala educación, y se c o n t a m i n e n con los malos ejemplos. de ésta destruye hasta los cimientos de la casa de los malos hi-
L o que importa es no darles u n a n i otros. jos, y por último; Devoren los cuervos carniceros el cadáver, y
Por esto entre los L a c e d e m o n i o 3 se acostumbraba castigar sáquenle los ojos al que se atreve á burlarse de su padre.
en los padres los delitos de los hijos, disculpando en ellos la Horrorizan estas inaldicones; pero y qué ¿habrá hijos tan
falta de advertencia, y a c r i m i n a n d o en aquellos la malicia 6 inicuos, ingratos y desalmados que las merezcan? E s t o mis-
la indolencia. mo dudó Solón, y por eso cuando dió leyes á los atenienses y
Wenceslao y Boleslao, príncipes de Bohemia, fueron herma- les señaló castigo á todos los delitos, no lo señaló al hijo in-
nos, hijos de una madre: el p r i m e r o fué un santo, á quien ve- grato y parricida *, diciendo que no se persuadía pudiera ha-
neramos en los altares; y el segundo un tirano cruel que quitó ber tales hijos. ¡Ah! Nosotros no podemos fingirnos esta du-
la vida á su mismo hermano. Distintos naturales, distintas da, porque vemos mil hijos que ni merecen este nombre, según
suertes; pero ¿á qué se atribuirán sino á las distintas educa- son de perversos é ingratos con sus padres.
ciones? A l primero lo educó su abuela Ludmila, muger pia- Por el contrario; prodiga Dios las bendiciones de los hijos
dosísima y santa, y al segundo, su madre Draomira, muger lo- buenos, amantes y obedientes á sus generadores. Dice, que
ca, infame y torpísima. ¡Tal es la fuerza de la buena ó mala vivirán largo tiempo sobre la tierra: que la bendición del padre
educación en los primeros años! afirma las casas de los hijos, esto es, su felicidad temporal. Que
C u a n d o ponderamos lo mal que hacen los padres cuando de la honra que tributaren al padre, resultará la gloria del hi.
faltan á las obligaciones que tienen contraidas respecto de los jo ó su buen nombre. Que el Señor se acordará del buen hijo
hijos, no disculpamos á éstos de sus desacatos é inobediencias. en el dia de su tribulación: que atenderá sus oraciones: que les
Unos y otros hacen mal, y unos y otros trastornan el órden perdonará sus pecados, y en fin, que les acompañará la bendi.
natural, infringen la ley y perjudican las sociedades en que vi- cion de Dios eternamente.
ven, y no enmendándose, unos y otros se condenan, pues co- E s tan justo, debido y natural el amor respeto y gratitud
mo se lee en los sagrados libros: * los hijos recojen la leña, y que los hijos deben á los padres, que los mismos paganos que
los padres encienden el fuego. no conocieron al verdadero Dios, ni se impusieron e n s u s b e n -
E s verdad que Dios dice que el hijo malcriado será el opro- diciones y amenazas, nos lo dejaron recomendado no solo con
bio y la confusion de sus padres; pero también están llenas de sus plumas sino con sus obras.
anatemas las.divinas letras contra tales hijos. Oíd algunas ¡Qué amor el de aquella jóven romana que estando eu pa-
que constan en los Proverbios y el Eclesiástico. Se extingui- dre preso y sentenciado á morir de hambre, se dió arbitrio pa'-
rá la vida del que maldice á su padre, y pronto quedará entre ra alimentarlo por una rendija de la puerta de la cárcel! Y
las tinieblas del sepulcro. Mala será la fama, ó se verá deshon-

P a r a el caso lo mismo es matarlos á pesadumbres, que con v e n o n o


* Jerem. 7. v . 18. 6 nn puñal. T o d o e i quitarle« la v i d a .
¿con qué? Con la leche de 6us pechos. A c c i ó n tan tierna que
Pero los malos hijos no solo no veneran á sus padres, sino
sabida por los jueces, le "grangeó el indulto al infeliz an.
que los insultan, y lejos do socorrerlos y alimentarlos, les disi-
ciano.
pan cuanto tienen, los abandonan y los dejan perecer en la
¡Qué respeto el de aquellos dos nobles hijos Cieoves y Vi. miseria. ¡ A y de tales hijos! y ¡ay de mí! que fui uno de ellos,
tón, que faltando los caballos, ellos tiraron la carroza y con- y á fuerza de disgustos y sinsabores di con mi pobre madre en
dujeron hasta las puertas del templo á su madre la sacerdoti- la sepultura, como lo vereis en el capítulo primero del tomo
sa! A c c i ó n que elogió Cicerón, y la aplaudieron tanto los ro. que sigue.
manos que veneraron como á dioses á aquellos dos tan reveren-
tes hijos.
¡Qué piedad la de Eneas que ardiendo la ciudad de Troya
en la noche fatal de su esterminio, cuando todo era espanto, ter-
ror y confusion, y no tratando todos sino de librarse de la muer-
FIN DEL TOMO PRIMERO.
te, él corre donde estaba su viejo padre Anchises, lo pone so.
bre sus hombros, vuela con él por entre las llamas, y le asegu-
ra la vida diciéndole:

Ea, ven á mi cerviz, que yo en mis hombros


Te tengo de librar, ó padre amado,
Sin que tan dulce carga en ningún tiempo
Me agrave ni la estime por trabajo.
Sea despues lo que fuere, que hora él riesgo
O la dicha será común á entrambos.—Virg. E n . 2.

Estos heróicos ejemplos ¿no embelesan, no encantan, no en-


ternecen á los buenos hijos? Y á los m a l o s ¿no los avergüenzan
y confunden? Estas brillantes a c c i o n e s no fueron hechas por
unos santos cristianos, ni por unos a n a c o r e t a s del Yermo; si-
no por unos gentiles, por unos paganos q u e no gozaron la luz
del Evangelio, ni tuvieron'noticia de s u s infalibles promesas, y
sin embargo, amaban, veneraban y s o c o r r i a n á sus padres has-
ta el estremo que habéis visto, sin mas g u i a que la naturaleza,
y sin mas Ínteres que la complacencia interior que es uno de
los frutos de la virtud.
PERIQUILLO S U M I O .

a a s s s r s M X D i U B S & Q & R O «

CUARTA EDICION

COHKCGIOA, ILISTBADA CON N O T A S , Y A D O B X ! D A


CON S E S E N T A I , A M I N A S FINAS.

S E E S P E N D E E N LA L I B R E R I A D E G A L V A N ,
f e r i a l 6« A g u s t i n o s roracio 5.
PROLOGO
EN
. . . . N a d i e crea que es suyo el retrato, sino que hay mu-
chos diablos que se parecen unos á otros. E l que se hallare
tiznado, procure lavarse, que esto le importa mas que hacer « n u t i t m t n i m
crítica y examen de mi pensamiento, de mi locucion, de rai
idea, ó de los demás defectos de la obra.

TORRES VILLARROEL en su prólogo de la ¡A de estar vd. para saber, señor lector, y saber para con-
Barca de Aqueronte. tar: que estando y o la otra noche solo en casa, con la pluma
en la mano anotando los cuadernos de esta obrilla, entró un
amigo mió de los pocos que merecen "este nombre, llamado Co-
nocimiento, sugeto de abonada edad y profunda espericncia, á
cuya vista me levanté de mi asiento para hacerle los cumpli-
dos de urbanidad que son corrientes.

No se podrá reimprimir esta obra sin licencia del El me los correspondió, y sentándose á mi derecha me di-
propietario. jo: continúe vd. en su ocupacion, si es que urge, que y o no
mas venia á hacerle una visita de cariño.

N o urge, señor, le dije, y aunque urgiera la interrumpiría


de buena gana por dar lugar á la grata conversación de vd.
y a que tengo el honor de que me visite de cuando en cuando;
y aun esta vez lo aprecio demasiado por aprovechar la ocasion
IMPIOTA DB V . G . T O R R E S , C U U DEI ESPÍRITU SAKTO N . 1. de suplicarle me informe qué se dice por ahí de Periquillo Sar
mentó, pues vd. visita á m u c h o s eábios, y aun á los mas ru-
ro la bondad del público cuando lee con gusto mis mamarra-
dos suele honrarlos a l g u n a s veces como á mí.
chos á costa de su dinero, disimulando benigno lo común de
¿ V d . me habla de esa o b r i t a reciente, cuyo primer tomo La
los pensamientos, lo mal limado del estilo, y tal vez algunos
dado vd. á l u z ? — S í , s e ñ o r , le respondí: y me interesa saber
yerros groseros, y entonces no púedo menos que tenerlos á to-
qué juicio forma de ella el público para continuar mis tareas,
dos por mas prudentes que á Horacio, pues este decía en su
si lo forma bueno, ó p a r a abandonarlo en el caso contrario.
A r t e poética, que en una obra buena perdonaría algunos de-
Pues oiga vd. anúgo, m e dijo el Conocimiento; es menester
fectos: Non ego paucis offendar maculis; y también dijo, que
advertir, que el público e s todos y ninguno: que se compone
hay defectos que merecen perdón: Sunt delicia tamen quibus ig-
de sábios é ignorantes, q u e cada uno abunda en su opinion,
novisse vélimus; pero mis lectores, á cambio de tal cual cosa
que es moralmente imposible contentar al público, esto es, á to-
que le sale á gusto en mis obritas, tienen paciencia para per-
dos en general, y que la o b r a que celebra el nécio, por un ac.
donar los innumerables defectos en que abundan. Dios se los
cidente merece la a p r o b a c i ó n del sabio, así como la que éste
pague y les conserve esa docilidad de carácter.
aplaude, por maravilla la celebra el nécio.
Siendo estas unas v e r d a d e s de Pedro Grullo, sepa vd. que T a m p o c o soy de los que aspiran á tener un sinnúmero de

su obrita corre en el tribunal del público casi los mismos trá- • de lectores, ni apetezco los Víctores de la plebe ignorante y

mites que han corrido sus compañeras, quiero decir, las de su novelera. M e contento con pocos lectores, que siendo sábios

clase. Unos la celebran m a s de lo que merece: otros no la no me haría daño su aprobación, y para no cansar á vd. cuan-

leen para nada, otros la leen y no la entienden: otros la leen . do le digo esto me acuerdo del sentir de los señores Horacio,

y la interpretan, y otros finalmente, la comparan á los Aúna- Juan O w e n é Iriarte, y digo con el último en su fábula del

les de Volusio ó al espinoso cardo que solo puede agradar al ¡ Oso bailarín:

áspero paladar del j u m e n t o .


Si el sabio no aprueba, malo;
E s t a s cosas debe vd. tenerlas por sabidas, como que no ig-
Y si el necio aplaude, peor.—Fáb. III.
nora que es mas fácil que u n panal se libre de la golosina de
un muchacho, que la obra m a s sublime del agudo colmillo del
E s verdad que apetecería tener no y a muchos lectores, sino
Zoylo.—
muchos compradores: á lo menos tantos cuantos se necesitan
E s verdad, señor, que lo sé, y sé que mis obrillas no tienen j"
para costear la impresión y compensarme el tiempo que gasto
cosa que merezca el mas l i g e r o aplauso, y esto lo digo sin go-
en escribir. C o n esto que no faltara, me daria por satisfecho,
ta de hipocresía, sino con l a sinceridad que lo siento; y admi-
aunque no tuviera un alabador, acordándome de lo que acerca
Tom. u . t
de ellos y los autores, dice el célebre O w e n en uno de sus epi.
y no con sátiras, críticas y chocarrerías: que si el publicar ta-
gramas.
les escritos es por acreditarse de editor, con ellos mismos se
Bastan pocos *, basta uno desacredita, pues pona su necedad de letra de molde; y si es
En quienes aplausos desée, por lucro que espera sacar de los lectores, es un arbitrio odio-
Y si n inguno me lée, so é ilegal, pues nadie debe solicitar su subsistencia á costa de
También me basta ninguno. la reputación de sus hermanos; y por último, que si el autor
es tan celoso, tan arreglado, y opuesto á los abusos, ¿por qué
M a s sin embargo de estas advertencias, y o quisiera saber
lio comienza reformando los suyos, pues no le faltan?
cómo se opina de mi obrita para hacer las cuentas con mi bol-
¡ A y señor Conocimiento! esclamé lleno de miedo. ¿Es po-
sa, pues, no v a y a vd. á pensar que por o t r a cosa.
sible que todo eso d i c e n ? — S í amigo: todo eso dicen.
Pues amigo, me dijo el Conocimiento, t e n g a vd. el consuelo
¿Pero quién lo dice, hermanito de mi corazon?
que hasta ahora y o mas he oido hablar bien de ella que mal.
¿Quién lo ha de decir, contestó el Conocimiento, sino aque-
¿Luego también hay quien hable mal de ella? le pregunté.
llos á quienes les amargan las verdades que vd. les hace beber
¿Pues no ha de haber? me dijo; hay 6 ha habido quien hable
en la copa de la fábula? ¿Quiere vd. que hable bien de Periqui-
mal de las mejores obras, ¡y se habia de quedar Periquillo rien.
llo un mal padre de familias, una madre consentidora de sus hi-
do de los habladores!—Pero ¿qué dicen de Perico? L e pregunté,
jos, un preceptor inepto, u n eclesiástico relajado, una coqueta,
y él me contestó: dicen que este Perico habla mas que loque
un flojo, un ladrón, un fullero, un hipócrita, ni ninguno de
se necesita: que lleva traza de no dejar títere con cabeza á
cuantos viciosos vd. pinta? N o amigo: éstos no hablarán bien
quien no le corte su vestido: que á título d e crítico es un mur-
de la obra, ni de su autor en su vida; pero tenga vd. entendido
murador eterno de todas las clases y corporaciones del estado,
que de esta clase de rivales saca un grandísimo partido, pues
lo que es una grandísima bellaqueria: que ¿quién lo ha metido á
ellos mismos, sin pensarlo, acreditan la obra de vd. y hacen ver
pedagogo del público para, so color de d e c l a m a r contra los abu-
que no miente en nada de cuanto escribe; y así siga vd. su o -
sos, satisfacer su carácter mordaz y maldiciente? Que si su fin
brita, despreciando esta clase de murmuraciones (porque no
era enseñar á sus hijos, por qué no lo h i z o como Catón Cen-
se llaman ni pueden llamarse críticas). Repita de cuando en
sorino,
cuando lo que tantas veces tiene protestado y estampado, esto
Que doctrinaba á su hijo
es, que no retrata jamás en sus escritos á ninguna persona de-
Con buen corazon,
terminada: que solo ridiculiza el vicio con el mismo loable fin
* Elogiadores,
que lo han ridiculizado tantos y tan valientes ingenios de den-
vili.
tro y fuera d u nuestra E s p a ñ a , y para que mas Jo crean,
tales con el divino C a n a r i o (Iriarte):

.4 todos y á ninguno

Mis advertencias tocan:


¥ M "S" 2EEC3-JDS
Quien las siente se culpa,

El que no, que las oiga. DE

V pues no vituperan

Señaladas personas,

Quien haga aplicaciones

Con su pan se lo coma.—Fáb. I.

Diciendo esto se fué el Conocimiento (porque era el Cono-


cimiento universal), añadiendo que estaba haciendo falta en al-
gunas partes, y y o tomé la pluma y escribí nuestra conversa,
CAPITULO 1.
cion, para que vd-, amigo Lector, haga boca y luego siga le-
E s c r i b e Periquillo la m u e r t e de su madre, con otras cosillas n o del todo
yendo la historieta del famoso Periqudlo.
desagradables.

o x qué constancia no está la gallina lastimándose el pe-


cho veinte dias sobre los huevos! C u a n d o los siente anima-
dos, ¡con qué prolijidad rompe los cascarones para ayudar á
salir á los pollitos! Salidos estos, ¡con qué eficacia los cuida!
¡con qué amor los alimenta! ¡con qué ahinco los defiende! ¡con
qué cachaza los tolera, y con qué cuidado los abriga!
Pues á proporcion hacen esto mismo con sus hijos la gntn,
la perra, la yegua, la vaca, la leona y todas las demás madres
brutas. Pero cuando y a sus hijos han crecido, cuando y a han
salido (digámoslo así) de la edad pueril, y pueden ellos buscar
el alimento por sí mismos, al momento se acaba r.l amor y el
chiqueo, y con el pico, dientes y testas, los arrojan de sí para
siempre.
vili.
tro y fuera d u nuestra E s p a ñ a , y para que mas J0 crean,
tales con el divino C a n a r i o (Iriarte):

.4 todos y á ninguno

Mis advertencias tocan:


¥ M "S" 2EEC3-JDS
Quien las siente se culpa,

El que no, que las oiga. DE

V pues no vituperan

Señaladas personas,

Quien haga aplicaciones

Con su pan se lo coma.—Fdb. I.

Diciendo esto se fué el Conocimiento (porque era el Cono-


cimiento universal), añadiendo que estaba haciendo falta en al-
gunas partes, y y o tomé la pluma y escribí nuestra conversa,
CAPITULO 1.
cion, para que vd-, amigo Lector, haga boca y luego siga le-
E s c r i b e Periquillo la m u e r t e de BU madre, con otras cosillas n o del todo
yendo la historieta del famoso Periquillo.
desagradables.

o x qué constancia no está la gallina lastimándose el pe-


cho veinte días sobre los huevos! C u a n d o los siente anima-
dos, ¡con qué prolijidad rompe los cascarones para ayudar á
salir á los pollitos! Salidos estos, ¡con qué eficacia los cuida!
¡con qué amor los alimenta! ¡con qué ahinco los defiende! ¡con
qué cachaza los tolera, y con qué cuidado los abriga!
Pues á proporcion hacen esto mismo con sus hijos la gata,
la perra, la yegua, la vaca, la leona y todas las demás madres
brutas. Pero cuando y a sus hijos han crecido, cuando y a han
salido (digámoslo así) de la edad pueril, y pueden ellos buscar
el alimento por sí mismos, al momento se acaba c.l amor y el
chiqueo, y con el pico, dientes y testas, los arrojan de sí para
siempre.
N o así las madres racionales. ¡ Q u é enfermedades no su- M h
cierta indiferencia y despego que enfada. N o (dicen) ya es-
fren en la preñez! ¡Qué dolores y á qué riesgos no se esponen
toy emancipado, y a salí de la patria potestad, y a es otro tiern-
en el parto! ¡Qué achaques, qué cuidados y desvelos no toleran
po: y la primera acción con que toman posesion de esta liber-
en la crianza! Y despues de criados, esto es, cuando y a el ni.
tad es c o n chupar ó fumar tabaco delante de sus padres *. A
ño deja de seilo, cuando es jóven y cuando puede subsistir por
seguida de esto, les hablan con cierto entono, y por último,
si solo, jamás cesan en la madre los afanes, ni se amortigua
aunque estén necesitados no los socorren.
su amor, ni fenecen sus cuidados. Siempre es madre, y siera.
Cuanto á lo primero, esto es, cuanto al respeto y la venera-
pre ama á sus hijos con la misma c o n s t a n c i a y entusiasmo.
ción, nunca quedan los hijos eximidos de ella, sea cual fuere
S i obraran con nosotros como las gallinas, y su amor solo
el estado en que se hallen colocados, ó la dignidad en que es-
durara á medida de nuestra infancia, todavía no podíamos pa-
tén puestos. Siempre los padres son padres, y los hijos son
g a r l a s el bien que nos hicieron, ni agradecerlas las fatigas que
hijos, y en estos léjos de vituperarse, se alaba el respeto que
les costamos, pues no es poco el deberlas la existencia física y
manifiestan á aquellos. Casado y rey era Salomon, y bajó del
el cuidado de su conservación.
trono para recibir con la mayor sumisión á su madre Betsa-
N o son ciertamente otras las causales porque nos persuade bé: lo mismo hizo el señor Bonifacio V I I I con la suya, y ha-
t i Eclesiástico nuestro respeto y gratitud hácía los padres. ce todo buen hijo, sin que estas humillaciones les hayan acar-
Honra á tu padre, dice en el cap. 7.°, honrad tu padre, y no ol reado otra cosa que gloria, bendiciones y alabanzas.
vides los gemidos de tu madre. Acuérdale que si no fuera por
Por lo que toca al socorro que deben impartirles en sus ne-
ellos no existieras, y pórtale con ellos con el amor que ellos se
cesidades, aun es mas estrecha la obligación. N o se escusa
portaron contigo. Y el santo T o b í a s el viejo le dice á su hijo:
la muger, teniéndolo, con decir: mi marido no me lo da; pe-
Honrarás á tu madre todos los dias de tu vida, debiéndote acor,
dírselo, que si él fué buen hijo, él lo dará; y si no lo diere, eco-
dar de los peligros y trabajos que padeció por tí cuando te turo
nomizarlo del gasto y del lujo; pero que haya para galas, bai-
en su vientre. T o b . cap. IV.
les y otras estravagancías, y no haya para socorrer á la ma-
E n vista de esto, ¿quién dudará que por la naturaleza y por dre, es cosa que escandaliza: bien que apenas cabe en el jui-
la religión estamos obligados no solo á honrar en todos tiem- cio que haya tales hijas.
po?, sino á socorrer á nuestros padres e n sus necesidades y ba-
jo culpa grave? * F . l f u m a r n o es malo, e s u n vicio de los tolerables, y a u n q u e é l p o r
D i g o en todos tiempos, porque h a y un abuso entre algunas sí es m u c h a s veces pernicioso á la salud y g r a v o s o á la bolsa, y a la c o s -

personas, que piensan que en casándose se exoneran de las obli- tumbre lo tiene f a v o r e c i d o ; pero ¿el c h u p a r delante de los padres? T a m p o -
c o e s m a l o : e s tan lícito c o m o delante de los q u e n o lo s o n . Ningún pa-
gaciones de hijos, y que ni se hallan estrechadas á obedecer ni
dre se e s c a n d a l i z a r á si v e q u e s u hijo toma polvos en su presencia; m a s
respetar á sus padres como ántes, ni tienen el mas mínimo
c o n todo e s o , la m i s m a costumbre q u e s u f r e q u e se tome tabaco a u n en l a
cargo de socorrerlos.
iglesia, por las narices, n o lo tolera por la boca, ni delante de los padres
Y o mismo he visto á muchos de éstos y éstas que despues y superiores. E l l o e s u n a p r e o c u p a c i ó n , p e r o pasadera, y con la que
de haber contraído matrimonio, y a t r a t a n á sus padres con probamos nuestro respeto á a l g u n a s p e r s o n a s y lugares.
Mas f r e c u c n t e m c n l e s e ve oslo en los hombres, que luego di.
endrogar y no p a g a r á nadie de esta vida; y estas son las cuen-
cen: ¡oh! y o s o c o r r i e r a 4 m i s padres: pero soy un pobre, tengo
tas que saben los perdidos de pe, á pa. S u m a r no saben por-
m u g e r é hijos á q u i e n e s mantener, y no me a l c a n z a . ¿Hola?
que no tienen qué: multiplicar, tampoco, porque todo lo disi-
Pues tampoco esa es d i s c u l p a justa. Consulten á los teólogos,
pan; pero restar á quien se descuida, y partir lo poco que ad-
y verán c ó m o están eu o b l i g a c i ó n de partir el pan que tengan
quieren con otros h a r a g a n e s petardistas que llaman sus a m i g o s ,
con sus padres; y aun h a y quien diga * que en caso de igual
eso sí saben como el mejor, sin necesitar las reglas de aritmé-
necesidad, b a j o de c u l p a g r a v e primero se ha de socorrer á los
t i c a para nada. A s í lo hice yo»
padres que á los hijos.
E n estas y las otras, no quedó en c a s a un peso ni cosa que
N o f a v o r e c e r á los p a d r e s en un caso estremo, es como ma. lo valiera. H o y se vendía un cubierto: mañana otro: pasado
tarlos: delito tan cruel, q u e asombrados de su enormidad los m a ñ a n a un nicho; otro día un ropero; hasta que se con-
antiguos, señalaron p o r pena condigna á quien lo cometiera, c l u y ó con todos los muebles y m e n a g e . Despues se s i g u i ó c o n
el que lo e n c e r r a r a n d e n t r o de un cuero de toro, para que mu. toda la ropita de mi madre, de la que breve dieron cuenta en
r i e r a sofocado, y que d e este modo lo a r r o j a r a n á la mar, pura el Montepío y en las tiendas, pues como no h a b i a para s a c a r -
que su c a d á v e r ni aun h a l l a r a descanso en el sepulcro. la, todas las prendas se perdieron en una b i c o c a .
¿Pues c u á n t o s c u e r o s s e necesitarán para enfardelar á tan- E s verdad que no todo lo gastó y o , algo se consumió entre
tos hijos i n g r a t o s c o m o e s c a n d a l i z a n al mundo con sus vilezas mi madre y nana F e l i p a . E r a m o s como aquel loco de quien re-
y ruindades? E n aquel tiempo y o no me hubiera quedado fiere el padre A l m e i d a * que habia dado en la tontera de que

sin el mió; porque no s o l o no socorrí á mi madre, sino que lo era la S a n t í s i m a T r i n i d a d , y un dia le preguntó uno ¿que c ó -

disipé aquello poco q u e m i padre le dejó para su socorro. mo podía ser eso andando tan despilfarrado y lleno de a n d r a -

¡ Q u é caso! D e las c i n c o reglas que me enseñaron en la es. jos? A lo que el loco contestó: ¿qué quiere vd.? si somos tres al

cuela, unas se me o l v i d a r o n enteramente con la muerte de mi romper. A s í sucedia en casa, que é r a m o s tres al comer y n i n -
g u n o al buscar. B i e n , que cuando hubo, y o gastaba y tira-
padre, y en otras me e j e r c i t é completamente. L u e g o que se
ba por treinta, y así á mí solo se rae debe echar la culpa del
a c a b a r o n los m e d i e c i l l o s y se vendieron las a l h a j i t a s de mi ma-
total desbarato de mi casa.
dre, se me olvidó el sumar, porque no tenia qué: multiplicar
n u n c a supe; pero medio partir y partir por entero, entre mis L a pobre de mi madre se cansaba en persuadirme solicita,
ra y o algún destino para a y u d a r n o s ; pero y o en nada menos
amigos, y las a m i g a s m i a s y de ellos, todo lo que llegaba á mis
pensaba. L o uno, porque me a g r a d a b a mas la libertad que el
manos, lo a p r e n d í p e r f e c t a m e n t e ; por eso se a c a b ó tan pronto
trabajo, como buen perdido, si a c a s o h a y perdidos que sean
ni principalito; y no b a s t ó , sino que siempre quedaba restan-
buenos; y lo otro, porque ¿qué destino habia de hallar que fue-
do á mis acreedores, y s a c a b a esta cuenta de memoria: quien
ra compatible con mi inutilidad y vanidad que fundaba en mi
debe á uno c u a t r o , á p t r o s seis, á otro tres, & c . , y no les pa-
nobleza y en mi retumbante título hueco de bachiller en ar-
g a , les debe. E s o s a b i a y o bien, deber, destruir, aniquilar,

* Santo T o m a s , * Recrcác. Filos. T o m . i . 0 Tarde 19.


tes, q u e p a r a mí montaba tanto como el de conde ó marques?
dan aun cuando salgan desnudos de un naufragio. ¡Quf.bien
A l p i é d e la letra se cumplió la predicción de mi padre; y
tocaba este consejo á m u c h a s madres y á muchos noblecitos'
mi m a d r e entonces, á pesar de su cariño, que nunca le faltó
S i uno de nuestros abogados, teólogos y canonistas a r r i b a r a
h á c i a m í , c o n o c i ó cuánto habia errado en oponerse á que yo
n á u f r a g o á P e k í n ó Constantinopla ¿hallára que comer c o n
a p r e n d i e s e algún oficio.
su profesion? N o ; porque en esas capitales ni reina nuestra re-
E l s a b e r hacer alguna cosa útil con las manos, quiero decir,
ligión, ni rigen nuestras leyes; y así, si no sabia coser una ca-
el s a b e r a l g ú n arte y a mecánico, y a liberal, j a m á s es vitupe.
misa, tejer un jubón, hacer unos zapatos ó cosa semejante con
rabie, n i s e opone á los principios nobles, ni á los estudios D¡
sus manos, sus conclusiones, argumentos, sistemas y erudi-
c a r r e r a s ilustres que estos proporcionan; ántes suele haber oca.
ción le s e r v i r í a n tanto para subsistir, como á un m é d i c o sus
siones d o n d e no vale al hombre ni la nobleza m a s ilustre, ni e!
a f o í i s m o s en u n a isla desierta é inhabitable.
haber t e n i d o m u c h a s riquezas, y entónces le aprovechan ¡nfi.
E s t a es una verdad; pero p o r d e s g r a c i a el abuso que contra
nito l a s habilidades que sabe ejercitar por sí mismo.
ella se comete es casi general en los ricos, y en los que se tie-
L a d e s h o n r a , dice un autor que escribió casi á fines del si.
nen por de la s a n g r e azul.
glo p a s a d o *, la deshonra ha de nacer de la ociosidad ó de los
D i j e casi, y dije una bobera: sin c a s i . E s abuso genera-
delitos; n o de las profesiones. T o d o s los individuos del cuer.
lísimo, y tanto que está apadrinado por la vieja y grosera
po p o l í t i c o , deben reputarse en esta parte hijos de una familia.
preocupación de que los oficios envilecen al que los ejercita, y
¿ Q u é h u b i e r a sido de Dionisio, rey de S i c i l i a , cuando ha-
de este error se s i g u e otro mas maldito, y es aquel desprecio
biendo p e r d i d o el reino y andando prófugo é incógnito por sus
con que se ve y se t r a t a á los pobres oficiales mecánicos. Fu-
t i r a n í a s , n o hubiera tenido alguna habilidad para mantenerse?
lano es hombre de bien; pero es sastre: c i t a n o es de buena cu-
H u b i e r a perecido seguramente en las g a r r a s de la mendicidad,
na; pero es barbero: m e n g a n o es virtuoso; pero es z a p a t e r o . ¡O!
y a que n o en las m a n o s de sus enemigos; pero sabia leer y es-
¿Quién le ha de dar el lado? ¿Quién lo ha de sentar á su mesa?
cribir, b i e n sin duda, pues emprendió ser maestro de escuela,
¿Ni quién lo ha de tratar con distinción ni aprecio? Sus cua-
y con e s t e ejercicio se mantuvo algún tiempo.
lidades personales lo recomiendan, pero su oficio lo abale.
¿ Q u é suerte hubiera corrido A r í s t i p o si c u a n d o aportó á l a
A s í se esplican muchos, á quienes y o d i r i a : señores, ¿si no
isla de R o d a s , habiendo perdido en un n a u f r a g i o todas sus ri-
t u v i é r a i s riquezas ni otro modo de subsistir sino de hacer z a -
quezas, n o hubiera tenido otro arbitrio con que sostenerse
patos, coser chaquetas, a p a r e j a r sombreros, & c . no es verdad
por sí m i s m o ? Hubiera perecido; pero era un excelente geó-
que entónces r e n e g a r í a i s de los ricos que os trataran con la
metra, y conocida su habilidad, le hicieron tan buen acogi-
necia vanidad con que ahora t r a í a i s vosotros á los menestra-
m i e n t o l o s isleños, que no estrañó ni su patria ni sus riquezas;
les y artesanos? E s l o sin duda.
y en p r u e b a de esto les escribió á sus paisanos estas memora-
Y si por un caso imposible, a u n siendo ricos, si un dia se
bles r a z o n e s : dad á vuestros hijos tales riquezas que no laspier-
c o n j u r a r a n contra vosotros todos estos, y no os quisieran ser-
* E l L i c . D . F r a n c i s c o X a v i e r P e ñ a r a n d a en su „ S i s t e m a económico v i r á pesar de vuestro dinero, ¿no andarías descalzos? S í , por-
y político m a i conveniente H E s p a ñ a . " que no sabéis hacer zapatos. ¿No andaríais desnudos y muer-
tos de hambre? Sí, porque no sabéis hacer nada para vestiros, W>
ni hay riqueza ni distinción alguna que descargue de las no-
ni cultivar la tierra para alimentaros con sus frutos.
tas de necio ó vicioso á quien las tiene.
C o n que si en la realidad sois unos inútiles, por mas que ?
¿Cuántas veces irá un hombre lleno de ignorancia ó de de-
desempeñeis en el mundo el papel de los actores de aquella co.
litos dentro del dorado coche que hace estremecer vuestros hu-
media titulada: Los hijos de la fortuna, ¿por qué son esas al-
mildes talleres? ¿Y cuántas la salsa que sazona los pichones y
(¡veces, esos dengues, y esos desprecios con aquellos mismos
perdices de su mesa será la intriga, el crimen y la usura, míen-
que habéis menester y de quienes depende vuestra brillante
tras que vosotros coméis con vuestros hijos y con una dulco
suerte? * Si lo hacéis porque son pobres los que se ejercitan
. tranquilidad tal vez una tortilla humedecida con el sudor de
en estos oficios para subsistir, sois unos tiranos, pues solo por
vuestra frente?
ser pobres miráis con altivez á los q u e os sirven, y quizá á loa
N o son, hijos mios, los oficios los que envilecen al hombre
que os dan de comer **: y sí solamente lo hacéis así 6 los tra.
(no me cansaré de repetir esta verdad); el hombre es el que se
tais con este modo orgulloso porque viven de su trabajo, á mas
envilece con sus malos procederes: ni menos es estorbo la po-
de tiranos, sois unos necios; y si no, pregunto: vosotros ¿de qué
bre cuna, ni las artes mecánicas para lograr entre los aprecia-
vivís? T ú . minero; tú, hacendero; tú, comerciante; te murie-
dores del mérito, el lugar que uno se sepa merecer con su vir-
ras de hambre y perecieras entre la indigencia si Juan no tra.
tud, habilidad y ciencia. Buenos testigos de esta verdad son
bajara tu mina, si Pedro no c u l t i v a r a tus campos, y si Anto.
tantos ingeniosos poetas, diestros pintores, excelentes músicos,
nio no consumiera tus géneros, todos á costa del sudor de sus
escultores insignes y otros habilísimos profesores de las artes
rostros, mientras tú, hecho un h o l g a z a n , acaso, acaso no sir-
y a liberales, y a mistas, á quienes el mundo ha visto visitados,
ves sino de escándalo y peso á la república.
enriquecidos y honrados por los pontífices, emperadores y reyes
A s í hablara y o á los ricos soberbios y tontos f , al mismo de la E u r o p a . Prueba clara de que el mérito distinguido y la
tiempo que á vosotros, ó pobres honrados X, os alentara á su. sobresaliente habilidad no solo no es barrera que imposibilita
frir sus improperios y baldones, á resignaros en la divina Pro- los honores; sino que muchas veces es el ¡man que los atrae
videncia y á continuar en vuestros a f a n e s honradamente, sa- hácía sus profesores. Y a se ha dicho en esta misma obrita
tisfechos de que no hay oficio vil c o m o el hombre no lo sea; que Sixto V . antes de gobernar la Iglesia católica como pon-
tífice, fué porquerizo *. Ejemplar que vale por otros muchos
* E s c o n s t a n t e q u o los pobres s o n f e u d a t a r i o s de los ricos y los que
aumentan s u s riquezas.
E s t e p o n t í f i c e n a c i ó e n u n p u e b l o e n la m a r c a d e A n c o n a ú 1 3 de
'* L e s m i s e r a b l e s j o r n a l e r o s q u e c u l t i v a n l a s h a c i e n d a s , los operarios
d i c i e m b r e de 1 5 2 1 . F u é su padre u n pobre labrador, c o m o dice M o r e n ,
q u e t r a b a j a n las m i n a s , y l o s a r t í f i c e s q u e l a b r a n los t e j i d o s , & c . dan do
ó v i ñ a d e r o , c o m o d i c e el a u t o r del D i c c i o n a r i o de h o m b r e s i l u s t r e s : l l a m a -
c o m e r y s o s t i e n e n el l u j o de los ricos.
do Peretti y su madre Mariana. C u i d s h . puercos ó lechones, y pasando
| C o n e s o s se h a b l a .
u n r e l i g i o s o f r a n c i s c a n o p o r d o n d e é l estaDa, i g n o r a n d o el c a m i n o , l o l l e v ó
• A e s o s s e d i r i g e el a p o s t r o f e ; n o ú l o s p o b r e s v i c i o s o s , p u e s ú estos
d e g u i a , y e n a m o r a d o de l a a g u d e z a de s u s r e s p u e s t a s l o c o n d u j o á s u c o n -
ni los u l t r a j a n por su m a l a c o n d u c t a , b i e n s o l o merecen. S e r picaro á
vento. A p o c o t i e m p o t o m ó el h á b i t o d e l a o r d e n seráfica, y corrí spon-
m a s de pobre e s g r a n d e o g r a c i a .
diendo sus ascensos á su aplicación y talento, logró sentarse en la silla .
que recuerdan las historias eclesiástica y profana. Bien que
la vanidad ha hecho que en nuestros dias no sean estos ejero.
píos muy comunes.
Pero es menester decirlo todo. No sé si es mas admirable ver
á un hombre elevarse desde la basura á un puesto alto, 6 ver
á otros q u e colocados en él, no olviden la humildad de sus prin
cipios. Y o creo que esto así como es lo mas justo, así es lo
mas d i f í c i l , atendida la soberbia humana; y siendo lo mas di.
ficil de s u c e d e r , debe ser lo mas admirable.
Q u e un hombre pase del estado de pobre al de rico: del de
plebeyo al de noble: y del de pastor al de rey, como se ha vis.
to, puede ser efecto de la casualidad en la. que el mismo hora,
bre no tiene parte; pero que viéndose encumbrado sobre los
demás, l é j o s de ensoberbecerse ni endiosarse, se manifieste hu-
mano, a f a b l e y cortés con sus inferiores,acordándose de loque
fué, esto sí es admirable, porque prueba una grande alma ca.

de S . P e d r o . R e s t a b l e c i ó ú la p u r e z a de su o r i g e n la edición de la Val-
gata ( B i b l i a ) : c a n o n i z ó á S . D i e g o , religioso f r a n c i s c a n o español: agre- j
g ó á los D D . d o la Iglesia a S . B u e n a v e n t u r a : m a n d ó c e l e b r a r l a fiesta de
la p r e s e n t a c i ó n d e la S a n t í s i m a V i r g e n : h i z o m u c h a s otras cosas excelen-
tes. E n t i e m p o d e u n a g r a n d e hambre q u e p a d e c i ó R o m a , por c u y a caos
h u b o u n a s u b l e v a c i ó n , c o n s t r u y ó varios edificios, abrió a l g u n o s caminos i
y p r o m o v i ó e l f a m o s o templo ó C ú p u l a de S . P e d r o , que se creia inaca-1
bable, en la q u e m a n t u v o diariamente íi 600 operarios. Ultimamente,«i-í
g i ó un o b e l i s c o e n la p l a z a de S . P e d r o de 7 2 piés de altura. N o solo ee-
to P o n t í f i c e f u é d e h u m i l d e y pobre a s c e n d e n c i a . S i n nombrar ¡i S. Pe.
dro, S . D i o n i s i o , J u a n X V I I I , D á m a s o I I , N i c o l á s I y otros se cuenteé
de o s c u r o linage. A d r i a n o I V y A l e j a n d o V de n i ñ o s s e alimentaron .
de l i m o s n a : U r b a n o I V f u é h i j o de otro porquerizo: B e n e d i c t o X I fus
h i j o de u n a l a v a n d e r a de p a ñ o s : B e n e d i c t o X I I h i j o de un molinero, &c.
( v é a s e la h i s t o r i a de los P o n t í f i c e s . ) L o q u e p r u e b a bien que ni lo osen- .
ro del n a c i m i e n t o ni l a última miseria obstan para lograr los empleos ra» •
h o n o r í f i c o s , c u a n d o la c i e n c i a y la virtud hacen á l o s hombres dignos di
ello9,
paz de tener á r a y a sus pasiones en cualquier estado de vida;
lo que no hace el hombre muy fácilmente.
L o común es que vemos infinitos que nacieron ricos y gran-
des, y estos son orgullosos y altivos por naturaleza, esto es: así
vieron el manejo de sus casas desde sus primeros dias: la líson-
j a les meció la cuna, y respiraron la vanidad con el primer
ambiente. Heredaron, por decirlo de una vez, la nobleza, el
dinero, los títulos, y con esto la altivez y la dominación que
ejercitan con los que están debajo de ellos.

Esto es malo, malísimo; porque ningún rico debe olvidarse


de que es hombre, ni de que es semejante al pobre y al plebe
y o ; sin embargo, si se pueden disculpar los vicios, parece que
la soberbia del rico merece alguna indulgencia si se considera
que jamás ha visto la cara á la miseria, ni le han faltado lison-
geros que lo anden incensando á todas horas de rodillas. Es
menester ser un Alejandro para no caer en la tentación de de-
jarse adorar como Nabuco.
Pero los pobres que nacieron entre los terrones de una al-
dea ó mísero pueblecico: que sus padres fueron unos infelices,
y sus primeros refajos unas mantas: que así se criaron y así
crecieron luchando con la desdicha y la indigencia: no solo
ignorando los écos de la adulación, sino familiarizándose con
los desprecios; estos, digo, ¿por qué sí á la Providencia le pía.
ce elevarlos á un puesto brillante, al momento *se desvanecen
bable, > y se desconocen hasta el punto no solo de menospreciar á los
g i ó un obelisci
pobres, no solo de no socorrer á sus parientes, sino" ¡lo mas exe-
te P o n t í f i c e f u
crable! de negar su estirpe enteramente? E s t a es una soberbia
dro, S . D i o n i s i o
imperdonable.
de o s c u r o linag
de l i m o s n a : Uij N o son éstas ficciones de mi pluma; el mundo es testigo de
h i j o de u n a lav estas verdades. ¿Cuántos al tiempo de leer estos renglones di-
( v é a s e la histf
rán: mi hermano el doctor no me habla: otros, mi hermana la
ro d e l n a c i m casada no me saluda: otros, mi tío el prebendado no me cono,
7
honoríficos
ce, y así muchos?
ellos,

É
No quisiera decirlo; pero quizá por este vicio é ingratitud
^ to brillante, que es lo que se dice estar en candelera; ó si teneis
se inventó aquel trillado refrán que dice: quieren ver á un ruin,
riquezas y valimientos, dispensad vuestros favores á cuantos po-
denle un cargo. Ello es una vileza de espíritu * degenerar de dáis sin agravio de la justicia, que eso es ser verdaderamente
su sangre, y dejar perecer en la miseria á los deudos solo por grandes. Mientras mayor sea vuestra elevación, tanto m a y o r
pobres, al tiempo que se podían favorecer con facilidad ámer- sea vuestra beneficencia. Cicerón en la defensa de Q . L i g a -
ced del puesto encumbrado que se ocupa f . rio, dice: Que con ninguna cosa se parecen los hombres mas á
Pero aunque sea soberbia, villanía ó lo que se lo quiera lia- Dios que con esta virtud. Siempre respetará el mundo los au-
mar, así lo vemos p r a c t i c a r . Y si estas clases de personas son gustos nombres de T i t o y Marco Aurelio. Este llenó de glo-
tan altivas con su sangre, ¿que no serán con sus dependientes, rias y de felicidades á Roma, y aquel fué tan inclinado á ha-
subditos y otros pobres, á quienes consideran muy indignos de cer bien, que el dia que no hacia uno, decía que lo había per-
su afabilidad y cortesía? dido, diem perdidimvs.
Se vé, y no con r a r e z a , que muchos de estos que eran aten, Por otra parte: jamás os desvanezcáis con las riquezas ni
tos, cariñosos y bien criados con todo el mundo en la esfera de con los empleos de distinción; porque esta será la pri^ba mas
pobres, luego que cambia su suerte y se levantan de entre la ce- segura de que no los mereceis, ni habéis jamás^disfrutado de
niza se hacen soberbios, hinchados, fastidiosos y detestables. aquellas. Si vemos que uno al entrar en un coche ó subir á
E l célebre padre M u r i l l o en su catecismo, citando á Plinio un barco se desvanece y le acometen vértigos frecuentes, fá-
y Estrabon, dice: que el Bucéfalo ó caballo de Alejandio cuan- cilmente conocemos aunque él no lo diga, que aquella es la

do estaba en pelo se dejaba manosear y tratar de cualquiera; primera vez que pisa semejantes muebles. N o sin razón dice
nuestro vulgar adagio: que á herradura que chapalea clavo le
pero en cuanto lo ensillaban y enjaezaban ricamente, se volvía
falla, y es por esto.
indomable, y no se sujetaba sino al jóven Macedón. El dicho
padre hace sobre este cuentecillo una reflexión muy oportuna ¡Qué diferente juicio no hace el mundo de aquellos que ha-
que la he de poner al pié de la letra. Hay algunos (dice) que hiendo nacido pobres ú oscuros, y hallándose derrepente con
son tratables cuando están en pelo; pero viéndose adornados con riquezas ú empleos sobresalientes, ni se desvanecen con la al-

una garnacha, una borla, una dignidad, y aun iba á decir, con tura de estos, ni se deslumhran con el brillo de aquellas, sino
que inalterables en el mismo grado de sencillez y bella índole
una mortaja de religioso, no hay quien se averigüe con ellos.
que ántes tenian conquistan cuantos corazones tratan! ¿No os
N o hijos, por Dios, no aumentéis el número de estos ingra-
preciso confesar que el corazon de estos hombres es magnáni-
tos soberbios. Si m a ñ a n a la suerte os colocare en algún pues-
mo: que no se aturde ni se inflama con el oro y que si nació
sin empleos y sin honores, á lo menos fué siempre digno de
• A s í c o m o puede h a b e r u n a a l m a noble en u n p l e b e y o , así pued« ellos?
h a b e r u n a a l m a ruin d e n t r o de un noble, y á esta l l a m a m o s alma vil 6 ti-
Y si estos mismos hombres en vez de abusar de su poder ó
Iezaj de e s p í r i t u .
su dinero para oprimir al desvalido, ó atrepellar al pobre, en
t S e entiende, sin p e r j u i c i o de la justicia, p u e s entonces no resultará
del beneficio virtud sino a g r a v i o . cada uno de estos desgraciados reconocen un semejante suyo,
lo halagan con su dulce trato, lo alientan con sus esperanzas, ^ >
rueda se perpetuase por armas del arzobispado de M a g u n c i a .
y lo favorecen cuando pueden, ¿no es verdad que en vez de
Agatocles, como rey y rey rico, tenia oro y plata con que
murmuradores, envidiosos y maldicientes, tendrian un sinnú.
servirse á la mesa, y sin embargo, comía en barro para acor-
mero de amigos devotos que los llenáran de bendiciones, les
darse que fué hijo de un alfarero.
deseáran sus aumentos, y glorificáran su memoria aun mas
Y por último: el señor Bonifacio V I I I fué hijo de padres
allá del término de sus dias? ¿Quién lo duda?
muy pobres: y a siendo pontífice romano fué á verlo su madre-
N i es prenda menos recomendable en un rico de los que ha-
entró muy aderezada, y el santo papa no la habló siquiera; án-
blo, una ingenuidad sincera y sin afectación. E l saber con. tes preguntó ¿quién es esta señora? E s la madre de V . Santí-
fesar i uestros defectos nosotros mismos, es una virtud que trae dad. No puede ser eso, dijo, si mi madre es muy pobre. Entón-
luego la ventaja de ahorrarnos el bochorno de que otros no3 ees la señora tuvo que desnudarse las galas, y volvió á verlo en
los refrieguen en la cara; y si el nacer pobres ó sin ejecutorias, un trage humilde, en c u y a ocasionel papa la salió á recibir y
es defecto *, confesándolo nosotros les damos un fuerte tapa- la hizo todos los honores de madre como tan buen hijo *.
boca á l a s t r o s enemigos y envidiosos. ¿Ya veis pues, queridos míos, como ni los oficios ni la po
E l no negai* el hombre lo humilde de sus principios cuando breza envilecen al hombre, ni le son estorbo para obtener los
se halla en la mayor elevación, no solo no lo demerita, sino mas brillantes puestos y dignidades, cuando él sabe merecerlos
que lo ensalza en el concepto de los virtuosos y sabios, que son con su virtud ó sus letras? E n estas verdades os habéis de
entre quienes se ha de aspirar á tener buen concepto, que en- empapar, y estos son los ejemplos que debeis seguir constan-
tro los nécios y viciosos poco importa no tenerlo. emente, y no los de vuestro mal padre que habiéndose conna-
Bien conoció esta verdad un tal Wigiliso, que habiendo si- turahzado con la holgazanería y la libertad, no se quería dedi-

do hijo de un pobre carretero, por su virtud y letras llegó áser car á aprender un oficio ni á solicitar un amo á quien servir,
porque era noble; como si la nobleza fuera el apovo de la ocio-
arzobispo de Maguncia en A l e j a n d r í a , y y a para no engreírse
sidad y del libertinage. %
con su alta dignidad, ó como dijimos, para no dar que hacer
á sus émulos, tomó por armas y puso en su escudo una rueda L a pobre de mi madre se c a n s a b a n aconsejarme, pero en
de un carro con este mote: Memineris quid sis el quidfueris. vano. Y o me empeoraba c a d a dTa, y cada instante le daba
Acuérdate de 1q que eres y de lo que fuiste.
T a n léjos estubo esta humildad de disminuirle su buen nom- D e l S r . B e n e d i c t o X I s e sabe que s i e n d o u n pobre h i j o de u n a la-
vandera de p a n o s , e x a l t a d o al p o n t i f i c a d o fingió también n o conocerla por-
bre, que ántes ella misma lo ensalzó en tanto grado, que des-
q u e iba vestida do soda; y a s í q u e f u é á visitarlo c o n su h u m i l d e trage de
pues de su muerte mandó el emperador E n r i c o II que aquella lana la c o n o c i o y o b s e q u i ó .

D e l S r . B e n e d i c t o X I I , dice la historia, q u e h a b i e n d o sido h i j o de


• N o son defectos. E l m u n d o m i r a con desprecio a los pobres y ú lo» u n m o h n e r o no q u i s o j a m a s reconocerlo s i n o en su propio t r a g e de moli-
q u e 110 brillan con la nobleza; p e r o e s t a e s u n a de las locuras de que es- nero. E s t o s h e r o i c o s ejemplos de h u m i l d a d h a n quedado escritos para
tá el m u n d o lleno. L o s defectos q u e n o penden del arbitrio del hombre, • realzar m a s el mérito y la v i r t u d de tales p e r s o n a g e s . Véase el Onomás.

n o s o n vituperables, ni se deben e c h a r e n cara. H a c e r l o e s necedad. ticon de Guillermo Burio,secc. X.fol. 358.


16 1'7
nuevas pesadumbres y disgustos, hasta que acosada de la mi- Finalmente, su merced espiró cuando y o no estaba en casa»
seria y oprimida con el peso de mis maldades, cayó la infeliz Súpelo en la calle, y no volví á aquella ni puse un pié por sus
en una cama de la enfermedad de que murió. contornos, sino hasta los tres dias, por no entender en los g a s -
E n este tiempo ¡qué trabajos para el médico! ¡Qué ansias tos del entierro y todos sus a n e á i s , porque estaba sin blanca,
para la botica! ¡Qué congojas para el alimento no costó, no á como siempre, y el cura de m: n .rroquia no era muy amigo
mí, sino á la buena de tia Felipa! porque y o , picaro como siem- de fiar los derechos.
pre, apenas iba á casa al medio dia y á la noche á engullir lo A los tres dias me fui apareciendo y haciéndome de las nue-
que podia, y á preguntar como por cumplimiento como se sen- vas, contando como habia estado preso por un pleito, y con el
tia mi madre. credo en la boca por saber de mi madre, y qué sé y o cuántas
Y a han pasado muchos años, y a he llorado muchas lágri- mas mentiras, con las que, y cuatro lagrimillas, les quité el es-
mas, y mandado decir muchas misas por su alma, y aun no cándalo á las vecinas y el enojo á nana Felipa, de quien supe
puedo acallar los terribles gritos de mi conciencia,que incesan- que viendo que yo no parecia y que el cadáver y a no aguan-
temente me dicen: tú mataste á tu madre á pesadumbres; tú taba, barrió con cuanto encontró, hasta con el colchon y con
no la socorriste en su vida despues de sumergirla en la mise- mis pocos trapos, y los dió en lo que primero le ofrecieron en
ria, y tú, en fin, no le cerraste los ojos e n su muerte. ¡ A y hi- el Baratillo, y así salió de su cuidado.
jos mios! no quiera D i o s que esperimenteis estos remordimien- N o dejó de afligirme la noticia, por lo que tocaba á mi per-
tos. Amad, respetad, y socorred siempre á vuestra madre, sona, pues con el rebato que tocó me dejó con lo encapillado
que esto os manda el Criador y la naturaleza. y sin una camisa que mudarme, porque cuantas y o tenia se
Por fortuna la fiebre que le acometió fué tan violenta que en encerraban en dos.
el mismo dia la hizo disponer el médico, y al siguiente perdió A seguida me contó que debia al médico no sé cuantas vi-
el conocimiento del todo. sitas, y al boticario qué sé y o qué recetas, que como nunca
Dije que esto fué por fortuna, porque si hubiera estado sin tuve intención de pagarlas no me impuse de las cantidades.
este achaque, habria padecido doble con sus dolencias, y con Despues de todo, y o no puedo acordarme sin ternura, de la
la pena que le debería haber causado el vil proceder de un hi- buena vieja de tia Felipa. E l l a fué criada, hermana, amiga,
jo tan ingrato y para nada. hija y madre de la mia en esta ocasion. Fuérase de droga, de
E n los seis dias que vivió, todo su defirióse redujo á darme limosna ó como se fuese, ella la alimentó, la medicinó, la sir-
consejos y á preguntar por mí, según me dijeron las vecinas, vió, la veló y la enterró con el mayor empeño, amor y caridad,
y y o cuando estaba en casa no le oia decir sino ¿ya vino Pe- y ella desempeñó mi lugar para mi confusion, y para que vo-
dro? ¿Ya está ahí? Déle vd. de cenar, tia Felipa: hijo, no salgas, sotros sepáis de paso que hay criados fieles, amantes y agra-
que y a es tarde, no le suceda una desgracia en la calle, y otras decidos á sus amos, muchas veces mas que los mismos hijos; y
cosas á este tenor con las que probaba el amor que me tenia. es de advertir que luego que mi madre llegó al último estado
A y , madre mia! ¡Cuánto me amaste, y qué mal correspondí á de pobreza, le dijo que buscara destino porque y a no podia pa-
tus caricias! garle su salario: á lo que la viejecita llorando le respondió,
/
que no la dejaría hasta la muerte, y que hasta entónces le ser- ^ ¿ ^ E l pobre lo creyó y me dejó. Y o no perdí tiempo, le escri-

víria sin Ínteres, y así lo hizo, que en todas partes hay criados bí un papel en que le decia, que al buen pagador no le dolían

héroes como el calderero de S. Germán. prendas, y que en virtud de eso le hacia cesión de bienes de

Pero y o no me tenia tan bien grangeado el amor de nana todos los trastos de mi casa, c u y a lista quedaba sóbrela mesa.

Felipa, á pesar de que me crió, como dicen. A g u a n t ó como H e c h a la carta, cerrada con oblea y entregada con la llave
las buenas mugeres los nueve dias <¿e luto en casa, y no fué lo a la casera, me salí á probar nuevas aventuras y á andar mis

mas el aguantarlos, sino el darme de comer en todos ellos á estaciones, como vereis en el capítulo que sigue.

costa de mil drogas y mil bochornos, pue3 y a no habia queda* Pero ántes de cerrar éste, sabréis como á otro día fué el ca

do ni estaca en pared. sero a cobrar: preguntó por mí: diéronle el papel: lo leyó- pi

Pero viendo mi sinvergüencería, me dijo: Pedrito, y a ves que dió la llave: abrió el cuarto para ver los trastos, y se f u é ha-

y o no tengo de donde me venga ni un medio: y o estoy encue- liando con el papel prometido que decia:

ros y he estado sin conveniencia por servir y acompañar al


LISTA de los muebles y alhajas de que hago cesión á D. Pan-
alma m í a de señora, que de D i o s goce; pero ahora, hijito, y a
Jilo Pantoja, por el arrendamiento de siete meses que debo de
se murió, y es fuerza que v a y a á buscar mi vida; porque t u n o este cuarto. A saber.
lo tienes ni de donde te v e n g a , ni y o tampoco; y asina ¿qué
hemos de hacer? y diciendo esto, llorando como una niña y
mudándose para la calle fué todo uno, sin poderla y o persua- d e ^ Z T " " CUatF0 SÍÜÍtaS ^ P3ja' deStrÍpad°S * lleD0S
dir á que se quedara por ningún caso. Ella hizo muy bien„ c i ü r m a v i l q u e en un tiempo fué verde, también con
Sabia el pan que y o amasaba, y la vida que le habia dado á
U n a mesita de rincón, quebrada.
mi pobre madre; ¿qué esperanzas le podian quedar con seme-
U n a id. grande ordinaria, sin un pié.
mejante vagamundo?
U n estaniito sin llave y con dos tablas menos.
Cátenme vdes. solo e n mi cuarto mortuorio, que ganaba
veinte reales cada mes, y no se pagaba la renta siete: sin mas
c a m a , sábanas ni ropa que la que tenia encima: sin tener que
comer ni quien me lo diera, y en medio de estas cuitas va en- U n mchito da madera ordinaria con un p e d a z , de vidrio, y

trando'el maldito casero apurándome con que le pagara: ha-


ciéndome la cuenta de veinte por siete son ciento cuarenta,
que montan diez y siete pesos cuatro reales, y que si no le pa- D o s lienzos grandes que por la misma causa no descubren

gaba, ó le daba prenda ó fiador, veria á un j u e z y me pondría


Dos pantallitas de pa o vieias
en la cárcel.
quebrada y otra sin nada. ' ' ^ ^
Y o temeroso de esta nueva desgracia, ofrecí pagarle á otro
U n a papelera apolillada.
aia, suplicándole se esperara mientras cobraba cierto comuni-
U n a c a j a grande sin fondo ni llave.
cado de mi madre.
U n baúl tiñoso de pelo y muy anciano.
U n a silla poltrona c o j a . j
U n a guitarra de tejamanil sorda.
Unas despaviladeras tuertas.
Una pileta de agua bendita de Puebla, despostilladu.
Un rosario de Jerusalén con su cruz embutida en concha,
sin mas defecto que tres ó cuatro cuentas menos en cada diez,
U n tomo trunco del Q u i j o t e sin estampas.
U n Lavalle viejito y sin forro.
U n promontorio de novenas viejas.
U n candelero de cobre.
U n a palmatoria sin cañón.
Dos cucharas de peltre y un tenedor con un diente.
Dos posillos de Puebla sin asa.
Dos escudillas de id. y cuatro platos quebrados. t:
Una baraja embijada.

Como veinte relaciones y romances, y otros impresos suel-


tos.
E n t r e ollitas y cazuelas buenas y quebradas, doce piezas.
U n casito agujerado.
U n pedazo de metate.
U n molcajete sin mano.
L a escobita del vasin.
L a olla del agua.
El cántaro del pozo.
E l palito de la lumbre.
L a tranca de la puerta.
U n a borcelana cascada.
Dos servicios útiles pocos vacíos.
T o d o esto para el señor casero, encargándole que si sobra-
re algún dinero despues de pagada su deuda, lo invierta
bien de la d i f u n t a . — M é x i c o 15 de Noviembre de 1789.-
Pedro Sarmiento.
21

Se" daba al diablo el triste casero c o n semejante lista, n i i e n .


Tomo V ELPERI2UILL0. lam 1 .
tras yo, según os dije, me ocupaba en otras atenciones mas
precisas.

C A P I T I L O II.
M

S o l o , pobre y desamparado P e r i q u i l l o de s u s p a r i e n t e s , e n c u e n t r a c o i l
J u a n L a r g o , y p o r eu p e r s u a s i ó n a b r a z a l a c a r r e r a do l o s P i l l o s e n c l a s e
de cócora de los j u e g o s .

IEXDOME solo, huérfano y pobre, sin c a s a , bogar, ni do-


micilio como los maldecidos judíos, pues no r e c o n o c í a feligre-
sía ni vecindad a l g u n a , traté de buscar, como dicen, madre que
me envolviera; y medio roto, c a b i z b a j o y pensativo, salí p a r a
la calle luego que e n t r e g u é á la casera la lista de mis esquisi.
tos muebles.

E l primer paso que di, f u é ir á tentar de p a c i e n c i a á mis


parientes paternos y maternos, creyendo hallar entre ellos al-
g ú n consuelo en mis d e s g r a c i a s ; pero me e n g a ñ é de medio á
medio. Y o les contaba la muerte de mi madre y mí horfan-
dad y desamparo, rematando el cuento con implorar su pro-
tección; y unos me decian que no habían sabido la muerte de

i su hermana: otros se h a c í a n de las nuevas: todos fingían c o n -


dolerse de mi suerte; pero ninguno me facilitó el mas m í n i m o
socorro.

Despechado salia y o de cada casa de las de ellos, conside-


rando que no habia tenido ningún pariente que tomara ínteres
en mi s i t u a c i ó n sino mi difunta madre, 4 quien c o m e n z é 4 sen-
tir con mas v i v e z a ; a l mismo tiempo que concebí un ó d í o m o r
tai contra toda la c a t e r v a de mis desapiadados tíos.
¿Es posible, decía y o , quo estos son los parientes en el m u n -
do/ ¿ T a n poco se les d4 de ver perecer 4 un deudo s u y o y tan
cercano? ¿Estas son las leves que se g u a r d a n de la naturaleza?
1—2
21

Se" daba al diablo el triste casero c o n semejante lista, m i e n .


Tomo V ELPERI2UILL0. lam 1 .
tras yo, según os dije, me ocupaba en otras atenciones mas
precisas.

C A P I T I L O II.
M

S o l o , pobre y desamparado P e r i q u i l l o de s u s p a r i e n t e s , e n c u e n t r a c o i l
J u a n L a r g o , y p o r s u p e r s u a s i ó n a b r a z a l a c a r r e r a do l o s P i l l o s e n c l a s e
de cócora de los j u e g o s .

IEXDOME solo, huérfano y pobre, sin c a s a , hogar, ni do-


micilio como los maldecidos judíos, pues no r e c o n o c í a feligre-
sia ni vecindad a l g u n a , traté de buscar, como dicen, madre que
me envolviera; y medio roto, c a b i z b a j o y pensativo, salí p a r a
la calle luego que e n t r e g u é á la casera la lista de mis esquisi.
tos muebles.

E l primer paso que di, f u é ir á tentar de p a c i e n c i a á mis


parientes paternos y maternos, creyendo hallar entre ellos al-
g ú n consuelo en mis d e s g r a c i a s ; pero me e n g a ñ é de medio á
ruedio. Y o les contaba la muerte de mi madre y mi horfan-
dad y desamparo, rematando el c u e n ' o con implorar su pro-
tección; y unos me decian que no habían sabido la muerte de

i su hermana: otros se h a c í a n de las nuevas: todos fingian c o n -


dolerse de mi suerte; pero ninguno me facilitó el mas m í n i m o
socorro.

Despechado salia y o de cada casa de las de ellos, conside-


rando que no habia tenido ningún pariente que tomara Ínteres
en mi s i t u a c i ó n sino mi difunta madre, 4 quien c o m e n z é á sen-
tir con mas v i v e z a ; a l mismo tiempo que concebí un ó d i o m o r
tai contra toda la c a t e r v a de mis desapiadados tios.
¿Es posible, decía y o , quo estos son los parientes en el m u n -
do/ ¿ T a n poco se les dá de ver perecer á un deudo s u y o y tan
cercano? ¿Estas son las leves que se g u a r d a n de la naturaleza?
1—2
»

¿Asi respeta el hombre los derechos de la sangre? ¿Y así hay guno, olvidando que tengo sangre suya, y que á mi padre de-
locos que se fien en sus parientes? bieron mil favores?
C u a n d o v i v i a mi padre, cuando tuvo alguna proporcion, é Tienes razón, dijo Juan L a r g o : los parientes del día son unos
iban á casa á que los sirviera, estos mismos me hacían mil malditos y ruines. A mí me acaba de suceder un poco peor
fiestas, y aun me daban mis mediecillos para fruta, y si habia con el perro viejo de mi tio D . Martin. H a s de saber, que
a l g u n a divercioncita ó era, como dicen, día de manteles lar- desde que falto de esta ciudad, que y a es cerca de un año,
gos, todos todos iban de monton, y muchos sin esperar el con- me he estado con él en la hacienda; pues un vaquero condena-
v i t e ; pero cuando estas cocas se acabaron, cuando la pobreza do me levantó el falso testimonio habrá quince dias de que y o
se apoderó de mi casa y y a no hubo que raspar, se retiraron de había vendido diez novillos, y te puedo jurar, hermano, que so-
ella, y ni á mí ni á mi madre nos volvieron á ver para nada. lo fueron siete; pero hay gentes que se saldrán de misa por de-
N o es mucho, pues, que ahora salga y o con tan mal espedien- cir una mentira y quitar un crédito.
te de sus casas. Todavía me debo dar las albricias de que no
Ello es que el tio lo c r e y ó de buenas á primeras, y me acha-
me han negado, ni me han echado á rodar las escaleras.
có todo lo que se habia perdido en la hacienda desde que y o
S i algún dia tengo hijos, les he de aconsejar que jamás estaba allá: me conjuró y me amenazó para que lo confesara;
se atengan á sus parientes, sino al peso que sepan adquirir. pero y o jamás he sido mas prudente, ni he tenido mas cuenta
E s t e sí es el pariente mas cercano, el mas liberal, el mas pron- con mi lengua. C a l l é y callára por toda la eternidad, si por
to y el mas útil en todas ocasiones. Que esotros parientes al toda ella me exigieran estas confesiones; por lo cual enfadado
íiu son de carne y hueso como cualquier animal, ingratos, va- el D . Martin, me encerró en un cuarto y con un bejuco de e-
nos, interesables é inservibles. Cuando su deudo tiene para sos de los cabos de regimiento, me dió una tarea de palos que
servirlos lo visitan y lo adulan sin cesar; pero si es pobre co- hasta hoy no puedo volver en mí; y no paró en esto, sino que
rao yo, no solo no lo socorren, sino que hasta se avergüenzan quitándome todos los trapillos regulares que tenia yo, y mis dos
del parentesco. caballitos, me echó á la calle, quiero decir, al camino que era
Embebecido iba y o en estas consideraciones y temblando la calle mas inmediata á su casa, jurándome por toda la cór-
de cólera contra mis indignos deudos, cuando al volver una te del cielo, que si me volvia á ver por todos aquellos contor-
esquina vi venir á lo lejos á mi amigo Juan L a r g o . U n vuel- nos, me volaría de un balazo; añadiendo que era yo un pica-
co me dió el corazon de gusto creyendo que tal encuentro no ro, vagamundo, ladrón y mal agradecido, que lo estaba sa-
podía menos que serme feliz. queando, después de comerle medio lado. Y así, noramala, pi-
caro, me decía, noramala, que tú 110 eres mi sobrino como has
L u e g o que nos vimos cerca, me dijo él: ¡ó Periquillo, ami-
pensado, sino un arrimado miserable y vicioso: por eso eres
go! ¿qué haces? ¿Cómo estás? ¿Qué es de tu vida? Y o le conté
tan indigno, que y o no tengo sobrinos ladrones.
mis cuitas en un instante, concluyendo con hartar de maldi-
ciones á mis tios. ¿Pues y qué te han hecho esos señores, me Hasta este punto llegó el enojo de mi tio, y viéndome aban-
dijo, que estás con ellos de tan mal talante? ¿Qué me han de donado, pobre, apaleado y en la mitad del camino, resolví ve-
hacer, contesté yo, sino despreciarme y no favorecerme nin- nirme á esta capital como lo verifiqué. Habrá ocho dias 6
diez que llegué: luego luego fui á buscarte á tu casa: no te ha- ¿qué es eso de ingeniarsel * Ingeniarse, me contestó Janua-
lié en ella ni quién me diera r a z ó n donde vivías. l i e encon- rio, es hacerse de dinero sin arriesgar un ochavo en el juego.
trado á Pelayo, á Sebastian, á Casiodoro, al mayorazgo y á E s o debe ser muy difícil, dije yo: porque según he oido decir
otros amigos, y todos me han dicho que cuánto ha que no te todo se puede hacer sin dinero, menos jugar.
ven. He preguntado por tí á C h e p a la G u a j a , á la Pisadores, N o lo creas, Perico. Los cócoras tenemos esa ventaja, que
á Pancha la L a r g a , á la Escobilla y á otras, y todas me han nos ingeniamos sin blanca, pues para tener dinero llevando
contestado diciéndome que no saben donde vives. E n fin, un resto al juego, no es menester habilidad sino dicha y adivinar
este corto tiempo no he perdido momento por saber de tí, y to- la que viene por delante. L a gracia es tenerlo sin puntero.
do ha sido en vano. Di me, pues, ¿por qué les has escusauo tu Pues siendo así, cócora me llamo desde este punto; pero di-
casa? me, Juan, ¿cómo se ingenia uno? M i r a , me respondió: se pro-
Y o le respondí, que lo uno porque no me fueran á cobrar cura tomar un buen lugar (pues vale mas un asiento delan-
algunos picos que debia, y lo otro porque mi casa era un cuar- tero en una mesa de juego, que en una plaza de toros); y y a
tito miserable y tan indecente que me daba vergüenza que :r.a sentado uno allí, está vigiando al montero ** para cogerle un
visitaran en él. zapote *** ó verle una puerta f , y entónces se da un codazo f f ,
Aprobó mi arbitrio Januario, á quien le dije: y tú ahora ¿en que algo le toca al denunciante en estas topadas. O bien pro-
qué piensas? ¿De qué te mantienes? De cócora en los juegos, me cura uno dibujar las paradas marcar un naipe arrastrar
respondió, y si tú no tienes destino, y quieres pasarlo de lo un muerto f * , ó cuando no se pueda nada de esto, armarse con
mismo, puedes acompañarme, que espero en Dios * que no nos una apuesta al tiempo que la paguen, y entónces se dice: v o
moriremos de hambre, pues mas ven cuatro ojos que dos. El soy hombre de bien: á nadie vengo á estafar nada; y voto á
oficio es fácil, de poco trabajo, divertido y de utilidad. ¿Con- este santo, y juro al otro, y los diablos me lleven si esta apues-
que quieres?
Tres mas, dije. Pero dime: ¿qué cosa es ser cócora de los
* A u n q u e , c o m o se ha dicho, P e r i c o era un perdido, todavía ignoia-
juegos, ó á quiénes les llaman así? A los que van á ellos, me ba muchas cosas y términos de la escuela de los tunos. Januario f u é el
dijo Januario, sin blanca, sino solo á ingeniarse, y son perso- que lo a c a b ó de adiestrar.
nas á quienes los jugadores les tienen algún miedo, porque no ** E s p i a n d o sus m a n e j o s . — E .
tienen que perder, y con una ingeniada muchas veces les ha- " ' Advertirle alguna t r a m p a . — E .
cen un agujero. f Observar cuál es la carta p r i m e r a . — E .
f"¡" S e avisa á los c o n c u r r e n t e s . — E .
Cada vez, le dije, me agrada mas tu proyecto; pero dime:
i Dividir las apuestas de modo que no Ies toque por completo la reba-
* Desatino craso, aunque no n u e v o en algunas bocas. N u n c a se d e - j a de lo que el montero quita por estar la carta que g a n a á la p u e r t a . — E .
be esperar en D i o s para tomar una v e n g a n z a ni »atisfacer n i n g u n a pasión ít Doblar la punta, ó hacer a l g u n a otra señal íi una carta para ver
pecaminosa, porque esto fuera ultrajar s u bondad y su justicia creyéndo- donde queda despues que se b a r a j e . — E .
lo capaz de coincidir con nuestros v i c i o s . Dios permite el pecado, pero Cobrar la parada ó apuesta del que se descuida.—E.
,no |o quiere. •' Cobrarla y porfiar que es cosa s u y a , — E .
ta no es mía; y se acalora la cosa mas, añadiendo: ¿es verdad ta los quince y veinte pesos, quedándote muy fresco *, y y o te
D . Fulano? Dígalo vd. D . Citano: de suerte que al fin, se que- diré como. Y a sabes que los principios son dificultosos: ven-
da en duda de quién es el dinero, y el que tiene la apuesta ga- cidos estos, todo se hace llevadero. E n t r a con valor á la car-
na. E s t a ingeniada es la mas arriesgada; porque puede uno rera de los cócoras, que en verdad que es demasiado socorrida,
topar con un atravesado que se la saque á palos; pero esto no sin temer palizas, ni trompadas de ninguno, pues y a has oido
es lo corriente, y así en las apuradas es menester arriesgarse. decir que á los atrevidos favorece la fortuna, y á los cobardes
Ello es que y o nunca me quedo sin comer ni sin cenar, pues los repele: tú y a estás no solo abandonado de ella, sino bien re-
como no hayan pegado las otras diligencias, y el juego esté pelado, ¿quieres verte peor? Fuera de que, supon que á tí ó í
para acabarse, me llevara y o seis ú ocho reales en la bolsa co- mí nos arman una campaña al cabo de tres ó cuatro meses que
giéndome una parada, mas que fuera de mi madre. Pero has háyamos comido, bebido y gastado á costa de los tahúres; ¿lúe.
de advertir desde ahora para entónces, que nunca te atrevas á go nos han de dar? ¿No pueden recibir también de nuestras ma-
arrastrar muertos; ni te armes con paradas que pasen ni aun nos? V por último, pon que salimos rotos de cabeza, ó con una
lleguen á un peso; sino siempre con muertos chiquillos, y pa- costilla desencajada, con algún riesgo se alquila la casa: no to.
raditas de tres á cuatro reales, que pagados siempre son dobles, do ha de ser vida y dulzura, y en ese caso quedan los recursos
y conio el ínteres es corto se pasan, no se advierte en cual de de los médicos y de los hospitales. Con que, Perico, manos
los dos que disputan está el dolo, y uno sale ganancioso; lo que á la obra: sal de miserias y de hambre, que el que no se arries-
no tiene con las paradas grandes, porque como que interesan, g a no pasa la mar.
no se descuidan con ellas, sino que están sus amos pelando tan-
A mas de que en la clase de ingeniadas hay otros arbitrios
tos ojos sobre su dinero, y ahí va uno muy espuesto.
mas provechosos y quizá con menos peligros. Dímelos por tu
Y o te agradezco, amigo Januario, tus deseos de que y o ten- vida, le dije, que y a reviento por saberlos.
g a algún modito con que comer, que cierto que lo necesito bien; Uno de ellos, me dijo Januario, es comedirse á tallar ó ayu-
asimismo te agradezco, le dije, tus consejos y tus advertencias; dar á barajar á otros, y este arbitrio suele proporcionar una
pero tengo algún temorcillo de que no me v a y a á tocar una buena gratificación ó gurupiada f , si el amo es liberal y gana;
paliza ó cosa peor en una de estas; porque, la verdad, soy muy y aunque no sea franco ni gane, el gurupie no puede perder
tonto v no veterano como tu, y pienso que al primer tapón lio nunca su trabajo, como no sea tonto, pues en sabiendo irse é
de salir, tal vez, con las zurrapas que me cuesten caro, y cuan-
do piense que voy á traer lana, salga trasquilado hasta el co-
gote. * E s t o s eran los a m i g o s de P e r i c o , y s u s c o n s e j o s . C i e r t o q u e el de-
m o n i o n o podia a c o n s e j a r l e peor. P o r esto d i j o m u y bien el padre G e r ó -
Se medio enfadó Januario con este miedo mió, y me dijo:
n i m o D u t a r i , q u e los m a l o s a m i g o s son los diablos q u e n o e s p a n t a n .
anda bestia, eres un para nada. ¡Qué paliza ni qué broma!
E s e modo con a q u í lo i n d u c e al robo y la f a l l e r i a es el q u e se usa prác-
¿pues qué luego luego te han de coger la mácula? Y o no me
ticamente, y en la realidad es as:: al principio se c o m i e n z a c o n miedo, pe»
espantaré de que al principio te temblará la mano para coger- ro d e s p u e s se h a c e el vicio familiar. P o r eso e s io m e j o r n o c o m e n z a r ,
te medio real; pero todo es hacerse, y despues te soplarás has f V é a s e la n o t a del primer t o m o sobre esta p a l a b r a . — E .
profundis seguido, sale la c u e n t a y muy bien, pero es menester
mismo en disposición de que conociendo por donde está el mo-
hacerlo con salero, pues si n o , va uno muy espuesto.
llete, alce por él, y salgan los albures puestos, teniendo entre
¿Cómo es eso, le pregunté, de irse á profundis, que no entien- los dos compactado con anticipación si so ha de apostar á la
do muy bien los términos facultativos de la profesion? Irse á judia, ó á la contrajudía, á la de fuera ó á la de adentro, ó á '
profundis, dijo mi maestro, es esconderse el dinero del monte la una y una; para no equivocarse y perder el dinero tonta-
que se pueda, poco á poco, mientras baraja el compañero, fin- mente, que eso se llama hacer burro con bola en mano.
giendo que se rasca, que se s a c a el polvero, que se saca un ci-
Para entrar en esta carrera y poder hacer progresos en élit-
garro, que se compone el pañuelo y haciendo todas las diligen-
es indispensable que sepas amarrar, zapotear, dar boca de h.
cias que se juzguen oportunas para el caso; pero esto y a dije, es
bo, dar rastrillazo, hacer la hueca, dar la empalmada, colearU
menester hacerlo con mucho disimulo, y haciéndolo así, la me-
espejearte y otras cositas tan finas y curiosas corno estas, qui
ñor gurupiada te valdrá ocho ó diez pesos.
aunque por ahora no las entiendas, poco importa *, y o te la;
También es otro arbitrio que tengas en el juego un amigo de enseñaré dentro do quince ó veinte dias, que como tú te apli
confianza, como yo, y sentándose éste junto á tí, á cada vez que ques y no seas tonto, con ese tiempo basta para que salgas
se descuide el dueño del dinero, le das cuatro pesetas fingien- maestro con mis lecciones.
do que le cambias un peso. E s t e dinero lo juega el compañe- M a s es de advertir que para salir con aire en las mas oca-
ro con valor: si se le a r r a n c a , lo vuelves á habilitar con nue- siones es necesario que trabajes con tus armas; y así es indis-
vas pesetas: cuando le pagues, le das siempre dinero de mas pensable que sepas hacer las barajas. E s a es otra, dije y o muy
para engordar la polla, sin miedo ninguno, pues como el due- admirado; pues ¿no ves que eso es un imposible respecto á que
ño del monte te tenga por hombre de bien, harás de él cera y me falta lo mejor que es el dinero? ¿Pero para que quieres di-
pabilo. S i está ganando, el dinero lo deslumhrará, y si está nero para eso? Me preguntó Januario. ¿Cómo para qué? Le di-
perdiendo, la misma pérdida lo cegará: de manera que j a m á s je: para moldes, papel, pinturas, engrudo, prensas, oficiales y
reflexionará en tu diligencia, que mil veces es excelente, pues todo lo que es menester para hacer barajas; y fuera de esto,
y o he visto otras lautas desmontar entre el gurupié y el pale- aunque lo tuviera 110 me arriesgaría á hacerlas, ¿no ves que
ro (que así se llaman estos compañeros) con el mismo dinero donde nos cogieran, nos despacharían á un presidio por con-
del monte. E n este caso no salen los dos juntos, sino separa- trabandistas?
dos, para no despertar la malicia y en cierto lugar se unen, se
Rióse á carcajada suelta Juan Largo de mi simplicidad, y
parten la ganancia, y aleluya.
me dijo: se echa de ver que eres un pobre muchacho inocente,
E l tercero, mas liberal y pronto arbitrio, es entregar todo y que todavía tienes la leche en los labios. Camote, para ha-
el monte en un albur, si el compañero tiene plata para pagar- cer las barajas como y o te digo no son menester tantas cosas
lo; y si no la tiene, en distintos albures, que al fin resulta el
* B i e n p u d o P e r i q u i l l o h a b e r e s p ü c a d o a q u í el m e c a n i s m o de estas
mismo efecto que es desmontar. Pero para esto es preciso que
fullerías: p e r o sin duda las calló c o n estudio deseando prevenir á los lec-
así $1 gurupié como el palero, sean muy diestros; y todo con- tores i n c a u t o s en los peligros del j u e g o sin e n s e ñ a r l o s á maliciosos.^ E«
íiste en la friolera de a m a r r a r los albures, poner la baraja al b u e n o saber q u e h a y d r o g a s , pero n o saber hacerlas
- • T^jr r "

31
ni dinero como tu has pensado. Mira, en la bolsa (engo todos
se mantienen? ¿Te parece que estos juegan suerte y verdad,
los instrumentos del arte; y diciendo esto me manifestó unos
y así se mantienen? No, Perico: estos juegan con la larga *, y
cuadrilonguitos de hoja de lata, unas tijeritas finas, una po-
siempre con su pedazo de diligencia, si no ¿como se habían
quita de cola de boca y un panecito de tinta de C h i n a .
de sostener? G a n a r í a n un día del mes y perderían veinte y
Quedóme y o asorado al ver tan poca herramienta, y no a-
nueve, pues y a has oido decir que el juego mas quita que d á ,
cababa de creer que con solo aquello se hiciera una baraja; pe-
y esto es muy cierto en queriendo ser muy escrupuloso; por-
ro mi maestro me sacó de la suspensión diciéndome: tonto, no
que el que limpio juega, limpio se va á su casa; pero por esta
. te admires: el hacer las barajas en el modo que te digo no con-
razón estos señoritos mis camaradas y compañeros, ántes de
siste en pegar el papel, abrir los moldes, imprimirlas y demás
entrar en el giro de la fullería, lo primero que hacen es escon-
que hacen los naiperos: ese es oficio aparte. Hacerlas al mo-
der la conciencia debajo de la almohada, echarse con las pe-
do de los jugadores, quiere decir, hacerlas floreadas, esto se
tacas, y volverse corrientes. Bien que no ho conocido uno
hace sin mas que estos pocos instrumentitos que has visto, y
que no tenga su devocion. Unos rezan á las Animas, otros á
con solo ellos se recortan y a anchas, y a angostas, y a con es-
la Santísima Virgen, este á San Cristóbal, aquel á S t a . Ger-
quinas que se llaman orejas; ó bien se pintan ó se raspan (que
trudis, y finalmente esperamos en el Señor que nos ha de dar
dicen b a c i a r ) ó se trabajan de pegues, ó se hacen cuantas ha-
buena muerte f . Conque no seas tonto, Periquillo, elige tu de-
bilidades uno sabe ó quiere; todo con el honesto fin de dejar
vocion particular, y anda hombre, anda, no tengas miedo; peor
sin camisa al que se descuide.
será que pegues la boca á una pared ±; porque donde tú no lo
L a verdad hermano, dije yo, todos tus arbitrios están muy busques, estas seguro que haya quien te dé ni un lazo para
buenos; pero son unos robos y declarados latronicios, y creo que te ahorques. Y a has visto lo que te acaba de pasar con
que no habrá confesor que los absuelva. ¡ V a y a , v a y a , dijo tus tios. Conque si entre los tuyos no hallas un pedazo
Januario meneando la cabeza, pues estás fresco! ¿Conque alio- de pan, ¿qué esperanzas te quedan en adelante? A h o r a estoy
ra que andas ahí todo descarriado, sin casa, sin ropa, sin que y o en M é x i c o que soy tu amigo y te puedo enseñar y adies-
comer, y sin almena de que colgarte, vas dando en escrupulo. trar; si dejas pasar esta ocasion, mañana me voy, y te quedas
so? ¡Majadero! ¿pues si eres tan virtuoso para qué te saliste á pedir limosna; porque no á todos los hábiles les gusta ense-
del convento? ¿No fuera mejor que te estuvieras allí comiendo
de coca y con seguridad, y no andar ahora de aquí para allí y
muriéndote de hambre.
* A l u s i ó n al j u e g o del villar, ó al del truco, pues que el primero n o
Vamos, que ciertamente he sentido la saliva que lie gastado estaba e n a q u e l l a é p o c a m u y g e n e r a l i z a d o , — E .
contigo, y las luces que te he dado por tu bien, y por no ver- •j- Esperanza pésima. N o se debe esperar e n D i o s p a r a ofenderlo: ni-

te perecer. Bestia, si todos pensaran en eso, si reflexionaran v a l e n p a r a esto las devociones de los S a n t o s , á n t e s es u n a i n j u r i a el invo-
carlos c r e y e n d o q u e intercederán con D i o s por los que lo o f e n d e n e n esa
en que el dinero que así ganan es robado, que debe restituir-
confianza.
se. y que si no lo hicieren así, so los llevará el diablo; ¿crees tú
í N o es peor estar pobre que ser ladrón; pero e n la práctica se ve q u e
que hubiera tanto haragán que se mantuviera del juego como
m u c h o s por 110 ser pobres son ladrones, y c u a n t o malo h a y .
ñar sus habilidades, temerosos de no c r i a r cuervos que á ellos fuera á s a l i r con alguna délas suyas despues de haber comido,
mismos tal vez mañana ú otro dia les saquen los ojos. E n fin, le pregunté ¿si tenia con que pagar, porque lo que habia pedido
Perico, harto te he dicho. T ú sabrás lo que harás, que y o lo valía siquiera un par de pesos? E l ce sonrió y me dijo que sí,
hago no mas de pura caridad *. y para que comiese y o sin cuidado, me mostró como seis pe-
Como por una parte yo me veia estrechado de la necesidad, sos en dinero doble y sencillo.
y sin ser útil para nada, y por otra, los proyectos de J a n u a r i o E n esto fueron trayendo un par de tortas de pan con sus
eran demasiado lisongeros,pues me f a c i l i t a b a nada menos que cubiertos: dos escudillas de caldo: dos sopas, una de fideos y
el tener dinero sin trabajar, que era á lo que y o siempre habia otra de arroz, el puchero, dos guisados, el vino, el dulce y el
aspirado, no me fué difícil resolverme; y así le di las g r a c i a s
agua; comida ciertamente frugal para un rico; pero á mi me
á m i maestro, reconociéndolo desde aquel instante por mi pro-
pareció de un rey, ó por lo menos de un embajador, pues si á
tector, y prometiéndole no salir un punto de la observancia de
buena hambre no hay mal pan, aunque sea malo, cuando el
sus preceptos, arrepentido de mis escrúpulos y advertencias,
pan es de por sí bueno, debe parecer inmejorable por la mis-
como si debiera el hombre arrepentirse j a m á s de no seguir el
ma regla. Ello es que y o no comia, sino que engullía, y tan apri-
partido de la iniquidad; pero lo cierto es que así lo hacemos
sa, que Januario me dijo: espacio, hombre, espacio que no nos
muchas veces.
han de arrebatar los platos de delante.
Durante esta conversación a d v i r t i ó J a n u a r i o que y o tenia Entre la comida menudeamos los dos el vino, l o q u e n c s p u -
los lábios blancos, y me dijo: tú según me parece, no has al- so bastante alegres; pero se concluyó, y para reposarla saca-
morzado. N i tampoco me he desayunado, le respondí; v cier- mos tabaco y seguimos platicando de nuestro asunto.
to que y a serán las dos y media de la iarde. N i la una ha da- Y o con mas curiosidad que amistad le pregunté á mi Men-
do, dijo Januario; pero el relox de los estómagos hambrientos
tor ¿qué donde vivia? A lo que él me respondió que no tenia
siempre anda adelantado; así como se atrasa el de los satisfe-
casa ni la habia menester, porque todo el mundo era su casa.
chos. Por ahora no te aflijas: vámonos á comer.
¿Pues dónde duermes? L e dije. Donde me coge la noche, me
¡Santa palabra! dije y o entre mí, y nos marchamos.
respondió: de manera que tú y yo estamos iguales en esto, y
Aquel era el primer dia que y o esperimentaba todo el terri- en ajuar y ropa: porque y o no tengo mas que lo encapi-
ble pod er de la hambre, y quizá por eso luego que puse el pié
llado.
en el umbral de la fonda, y me dió e n las narices el olor de los
' Entónces asombrado le dije: ¿pues cómo has gastado con
guisados, se me alegró el corazon de manera que pensé que
tanta liberalidad? Eso, respondió, no lo extrañes; así lo ha-
entraba por lo menos en el Paraíso terrenal.
cemos todos los cócoras y jugadores cuando estamos de vuelta:
Sentámonos á la mesa, y J a n u a r i o p i d i ó con mucho garbo
quiero decir, cuando estamos gananciosos, como y o , que ano-
dos comidas de á cuatro reales y u n cuartillo de vino. Yo
che con una parada con que me armé, y la fleché con valor,
me admiré de la generosidad de m i a m i g o , y temeroso no
hice doce pesos; porque y o soy trepador cuando me toca, es-
to es. apuesto sin miedo, como que nada pierdo aunque se me
* ¡Buena caridad! Así son muchas caridades que ,e ven en el mundo. arranque, y tengo la puerta abierta para otra ingeniada.
To?i. n . 2
Q u i z á por eso, dije yo, lie oido decir á los monteros que mas papel de cómicos; unas veces andamos muy decentes, y otras
miedo tienen á un real dado ó arrastrado en mano de los cóco. muy trapientos: unas veccs somos casados, y otras viudos: unas
ras como tú, que á cien pesos de un jugador. Por eso es, di- veces comemos como marqueses y otras como mendigos, ó qui-
jo Juan Largo; porque nosotros como siempre vamos en la ver. zá 110 comemos: unas veces andamos en la calle, y otras esta-
de, esto es, no arriesgamos nada, poco cuidado se nos da que mos presos: en una palabra, unas veces la pasamos bien y otras
despues de acertar ocho albures con cuatro reales á la dobla, mal; pero y a estamos hechos á esta vida: tanto se nos da por
en el noveno nos ganen ciento veinte pesos; porque si lo "ana- lo que va como por lo que viene. E n esta profesion lo que im-
mos, hacemos doscientos cincuenta y seis, y si lo perdemos, porta es hacer á un lado el alma y la vergüenza, y creeme
nada perdemos nuestro, y en este caso y a sabemos el camino que haciéndolo así se pasa una vida de ángeles.
para hacer nuevas diligencias. Algo me mosquié y o con una confesion tan ingenua de la
N o asi los que van al juego í flechar * el dinero que les ha vida arrastrada que iba á abrazar, y mas considerando que
costado su sudor y su trabajo; pues como saben lo que cuesta debia ser verdadera en todas sus partes, comp que Januario ha-
adquirirlo, le tienen amor, lo juegan con conducta, y estos siem- blaba inspirado del vino, que rara vez es oráculo mentiroso,
p r e s o n cobardes para apostar cien pesos, aun cuando ganan: ántes casi siempre, entre mil cualidades malas, tiene la buena
y por eso les llaman pijoteros. de no ser lisongero ni falso; pero aunque según el inspirante,
debia variar de concepto, como varié, no me di por entendido,
E3ta mism!l e s la ™ u s a de que nosotros, cuando estamos de
y a por no disgustar á mi bienhechor, y y a por esperimentar
vuelta, somos liberales, y gastamos y triunfamos francamente,
por mí mismo si me tenia cuenta aquel género de vida; y así
porque nada nos cuesta, ni aquel dinero que tiramos es el AI.
timo que esperamos tener por ese c a m i n o . solo me contenté con volverle á preguntar ¿que donde dormía?
A lo que él, sin turbarse, me dijo redondamente.—
T A desengáñate: 110 hay gente mas liberal que los mineros,
los dependientes que manejan abiertamente el dinero de sus Mira: y o unas veccs me quedo de postema en los bailes, y
amos, los hijos de familia, los tahúres como nosotros, y todos f paso el resto de las noches en los canapés: otras me voy á una
los que tienen dinero sin trabajar ó manejan el a.<*eno. cuan- fonda, y allí me hago piedra, y otras que son las mas, la paso
do es dificultoso hacerles un cargo e x a c t o . en los arraslraderitos. Así me he manejado en los pocos días
Pero hombre, le dije: y o no dudo de cuanto dices; pero ¿has que llevo en México, y así espero manejarme hasta que no me
comprado siquiera una sábana ó frazada para dormir? Ni por junte con quinientos ó mil pesos del juego, que entónces será
un pienso me meteré y o en eso por ahora, me respondió Ja- preciso pensar de otra manera.
nuario: no seas'tonlo, si no tengo c a s a , ¿para qué quiero sá- ¿Y cuáles son los arraslraderitos, le pregunté, y con qué te
baña? ¿Dónde la he de poner? ¿La he de traer á cuestas? T A te tapas en ellos? A lo que él me contestó: los arrastraderilos
espantas de poco. Mira: los jugadores como yo, hacemos el son esos truquitos indecentes é inservibles * que habrás visto
en algunas accesorias. Estos no son para jugar, porque de

• Arriesgar.—E.
* D e m u c h o s a ñ o s á esta parte los h a n substituido unos villarcitos de
j- N o todo», sino todos los que p r o c e d e n m a l .
la misma c l a s e — E .

\
\
puro malos no se puede jugar en ellos ni un real; pero son unos
pretextos ó alcahuetenas para que se jueguen en ellos sus albu brado, y se le arrancaron en un abrir y cerrar de ojos; pero á
res, y se pongan unos montecitos miserables. él no se le dió nada. Cada rato lo veía yo con dinero, y va
E n estos socuc/m juegan los pillos, cuchareros y demás «en suyo, ya ageno, él no dejaba de manejar monedas; ello, á cada
te de la última broza. Aquí se juega, casi siempr'e con d r í a - instante también tenia disputas, reconvenciones y reclamos,
y uego que se mete allí algún ínocenton, le mondan la picha* mas él sabia sacudirse y quedarse con bola en mano.
y hasta los calzones si los tiene. A estos jugadores bisónos Se acabó el juego como á las once de la noche, y nos fui."
y q u e j i o saben la malicia de la carrera, les llaman pichones mos para la calle. Y o iba pensando que leiamos el Concilio
y como á tales, los descañonan en dos por tres. E n fin en e s ' Niceno por entónces; pero salí de mi equivocación cuando
tos dichos arrastraderos, como que todos los concurrentes son Juan Largo tocó una accesoria, y despues que hizo 110 sé qué
gente perdida, sin gota de educación ni crianza, y aun si lie- contraseña, nos abrieron: entramos y cenamos no con la de-
nen religión, sábelo Dios: se roba, se bebe, se juega, se jura se cencia que habíamos comido, pero lo bastante á no quedarnos
maldice, se reniega & c . sin el mas mínimo respeto; porque'no con hambre.
tienen ninguno que los contenga, como en los juegos mas de- Acabada la cena, pagó Januario y nos salimos á la calle.
ceníes Entónces le dije: hombre estoy admirado, porque vi, que se te
En ¿o de estos me quedo las mas noches, á costa de un arrancó * luego que entramos al juego y aunque estuviste ma-
reahto que le doy al coime, y sí tengo dos; me presta la car nejando dinero, jurara yo que habías salido sin blanca; y aho-
peta ó un capotito ó frazada llena de piojos de las que hay ra veo que has pagado la cena, no hay remedio, tú eres brujo.
empeñadas, y así la paso. Con que y a te respondí, y mira ¿ No hay mas brujería que lo que te tengo dicho. Y o lo pri-
tienes otra cosa que saber, porque preguntas mas que un ca mero que hago es reundir y esconder seis ú ocho realillos pa-
tecismo. ra la amanezca f , de la primera ingeniada que tengo. Asegu-

Si ántes estaba y o cuidadoso con la pintura que me hizo de rado esto, las demás ingeniadas se juegan con valor á si tre-

la videta cocorina, despues que le dió los claros y las sombras pan. Si trepa alguna, bien; y si no, ya se pasó el día. que es

que le faltaban con lo de los arrastraderos, me quedé frió- pe loque importa.

ro con todo, no le manifesté mal modo, y me hice el ánimo de En estas pláticas llegamos á otra accesoria mas indecente
acompañarlo hasta ver en qué paraba la comedia de que iba que aquella donde cenamos. T o c ó mi Mentor, hizo su contra-
yo tan pronto á ser actor. seña, le abrieron, y á la luz de un cabito que estaba espiran,
Salimos de la fonda, y nos anduvimos azotando las calles + do en un rincón de la pared vi que aquel era el arrastradero
toda la tarde. A la noche á buena hora nos fuimos al juego. de que y a tenia noticia.
J a n u a n o comenzó á jugar sus mediecillos que le habían so- Habló Januario en voz baja con el dueño de aquel infernal

F r a z a d a ó s á b a n a vieja y raida paia c u b r i r s e . — E . ' A r r a n c á r s e l e , quiere decir entre j u g a d o r e s , quedarse sin b l a n c a ,


f P a s e a n d o por ellas sin objeto y por solo andar ó pasar el t i e m p o . - C ¿i.

f P a r a tener con q u e a m a n e c e r . — E .
39

g a r i t o , que era un mulato envuelto en una m a n g a azul, y ya jaqueca que y o tenia, el miedo que me infundieron aquellos
«e h a b í a encuerado para acostarse, y este nos-sacó dos fraza- encuerados, á quienes piadosamente j u z g u é ladrones, los i n n u -
das m u y s u c i a s y rotas y nos las dió diciendo: solo por ser vd. merables piojos de la frazada, las ratas que se paseaban sobre
m i a m i g o , me he levantado á abrir, que estoy con un dolor de mí, un gallo que d e c u a n d o en cuando aleteaba, los ronquidos
c a b e z a que el mundo se me a n d a : y sería cierto, según la bor-
de los que dormían, los estornudos traseros que disparaban, y
r a c h e r a que tenia.
el pestífero zahumerio que resultaba de ellos, me hicieron pa-
N o e r a m o s nosotros los únicos que hospedaba aquella no- s a r una noche de los perros.
che el tuno empelotado. Otros cuatro ó c i n c o pelagatos, to-
dos encuerados, y á mi parecer medio borrachos, estaban tira- CAPITULO III.
dos c o m o cochinos.por la b a n c a , mesa y suelo del truquito.
C o m o el c u a r t o era pequeño, y los compañeros gente que Prosigue Periquillo contando sus trabajos y sus bonanzas de jugador. H a -
c e n a s u c i o y frió, y bebe pulque y c h i n g u i r i t o *, estaban ha- c e una seria crítica del juego, y le sucede una aventura peligrosa que por
ciendo una salva de los demonios, c u y o s pestilentes é c o s sin poco no la cuenta.

tener por donde salir remataban en mis pobres narices, y en


un instante estaba y o con una j a q u e c a que no la aguantaba,
de modo que no pudiendo mí e s t ó m a g o sufrir tales incensarios, ^ ^ ^ O X T A N D O las horas y los cantos del gallo estuve toda la
a r r o j ó todo c u a n t o había cenado pocas horas ántes. noche sin poder dormir un rato, y deseando la venida de la
aurora para salir de aquella m a z m o r r a , hasta que quiso Dios
J a n u a r i o advirtió mí enfermedad, y percibiendo la causa
que a m a n e c i ó , y fueron levantándose aquellos bribones encue-
me dijo: pues a m i g o estás mal; eres m u y delicado para pobre.
rados.
N o está en mi mano, le respondí, y él me dijo: y a lo veo; pe-
ro no te b a g a fuerza, todo es hacerse y esto e s á los principios, S u s primeras palabras fueron desvergüenzas, y sus primeras

c o m o te dije esta m a ñ a n a ; pero vámonos á acostnr á ver si te solicitudes se dirigieron á hacer la mañana. L u e g o que los

alivias. oi, los tuve por locos, y le dije á J a n u a r i o : estos hombres no


pueden menos que estar sin g o t a de j u i c i o , porque todos ellos
A la ruidcra de la e v a c u a c i ó n de mi e s t ó m a g o despertó uno
quieren hacer la m a ñ a n a . ¡Qué locura tan g r a c i o s a ! ¿Pues
de aquellos léperos, y así como nos vió c o m e n z ó á e c h a r za-
qué piensan que no está hecha? ¿O se creen ellos c a p a c e s de
pos y culebras por aquella boca de demonio. - Q u é rotos tales
una cosa que es p'rivativa de Dios?
de m . . . . d e c í a ; por qué no irán á vomitarse sobre la tal que
S e rió J a n u a r i o de g a n a , y me dijo: se conoce que hasta
los p a r i ó , y a que vienen borrachos, y no venir á quitarle á
hoy fuiste tunante á medias, pillo decente y z á n g a n o vergon-
uno el sueño á estas horas.
z a n t e . E n efecto, ignoras todavía muchos de los términos mas
J a n u a r i o me hizo seña que me callára la boca, y nos acos-
c o m u n e s y trillados de la d i a l é c t i c a leperuna; pero por fortu-
tamos los dos sobre la mesita del villar, c u y a s d u r a s tablas, la
na me tienes á tu lado que no perderé n i n g u n a s ocasiones q u e

* A g u a r d i e n t e da c a ñ a . — E .
j u z g u e propias para instruirte en c u a n t o pueda co n d u c i r á sa-
39

g a r i t o , que era un mulato envuelto en una m a n g a azul, y ya jaqueca que y o tenia, el miedo que me infundieron aquellos
«e h a b i a encuerado para acostarse, y este nos-sacó dos fraza- encuerados, á quienes piadosamente j u z g u é ladrones, los i n n u -
das m u y s u c i a s y rotas y nos las dió diciendo: solo por ser vd. merables piojos de la frazada, las ratas que se paseaban sobre
m i a m i g o , me he levantado á abrir, que estoy con un dolor de mí, un gallo que d e c u a n d o en cuando aleteaba, los ronquidos
c a b e z a que el mundo se me a n d a : y seria cierto, según la bor-
de los que dormían, los estornudos traseros que disparaban, y
r a c h e r a que tenia.
el pestífero zahumerio que resultaba de ellos, me hicieron pa-
N o e r a m o s nosotros los únicos que hospedaba aquella no- s a r una noche de los perros.
che el tuno empelotado. Otros c y a t r o ó c i n c o pelagatos, to-
dos encuerados, y á mi parecer medio borrachos, estaban tira- CAPITULO III.
dos c o m o cochinos.por la b a n c a , mesa y suelo del truquito.
C o m o el c u a r t o era pequeño, y los compañeros gente que Prosigue Periquillo contando sus trabajos y sus bonanzas de jugador. H a -
c e n a s u c i o y frió, y bebe pulque y c h i n g u i r i t o *, estaban ha- c e una seria crítica del juego, y le sucede una aventura peligrosa que por
ciendo una salva de los demonios, c u y o s pestilentes é c o s sin poco no la cuenta.

tener por donde salir remataban en mis pobres narices, y en


un instante estaba y o con una j a q u e c a que no la aguantaba,
de modo que no pudiendo mi e s t ó m a g o sufrir tales incensarios, ^ ^ ^ O X T A N D O las horas y los cantos del gallo estuve toda la
a r r o j ó todo c u a n t o habia cenado pocas horas ántes. noche sin poder dormir un rato, y deseando la venida de la
aurora para salir de aquella m a z m o r r a , hasta que quiso Dios
J a n u a r i o advirtió mi enfermedad, y percibiendo la causa
que a m a n e c i ó , y fueron levantándose aquellos bribones encue-
me dijo: pues a m i g o estás mal; eres m u y delicado para pobre.
rados.
N o está en mi mano, le respondí, y él me dijo: y a lo veo; pe-
ro no te h a g a fuerza, todo es hacerse y esto e s á los principios, S u s primeras palabras fueron desvergüenzas, y sus primeras

c o m o te dije esta m a ñ a n a ; pero vámonos á acostnr á ver si te solicitudes se dirigieron á hacer la mañana. L u e g o que los

alivias. oi, los tuve por locos, y le dije á J a n u a r i o : estos hombres no


pueden menos que estar sin g o t a de j u i c i o , porque todos ellos
A la ruidcra de la e v a c u a c i ó n de mi e s t ó m a g o despertó uno
quieren hacer la m a ñ a n a . ¡Qué locura tan g r a c i o s a ! ¿Pues
de aquellos léperos, y así como nos vió c o m e n z ó á e c h a r za-
qué piensan que no está hecha? ¿O se creen ellos c a p a c e s de
pos y culebras por aquella boca de demonio. - Q u é rotos tales
una cosa que es p'rivativa de Dios?
de m . . . . d e c i a ; por qué no irán á vomitarse sobre la tal que
S e rió J a n u a r i o de g a n a , y me dijo: se conoce que hasta
los p a r i ó , y a que vienen borrachos, y no venir á quitarle á
hoy fuiste tunante á medias, pillo decente y z á n g a n o vergon-
uno el sueño á estas horas.
z a n t e . E n efecto, ignoras todavía muchos de los términos mas
J a n u a r i o me hizo seña que me callára la boca, y nos acos-
c o m u n e s y trillados de la d i a l é c t i c a leperuna; pero por fortu-
tamos los dos sobre la mesita del villar, c u y a s d u r a s tablas, la
na me tienes á tu lado que no perderé n i n g u n a s ocasiones q u e

* A g u a r d i e n t e da c a ñ a . — E .
j u z g u e propias para instruirte en c u a n t o pueda co n d u c i r á sa-
carie un diestro veterano, y a sea entre los pillos decentes, y a el exceso del aguardiente hacer el mismo efecto el dormn-
sea entre los de la cliiclii pelada *, como son estos. go que el lúnes, se sigue que, si una emborrachada del do-
Por ahora sábete que hacer la mañana entre esta gente, mingo ha de menester para curarse otra del lúnes, la del lú-
quiere decir desayunarse con aguardiente^pues están reñidos nes necesitará la d<¿ mártes, la del mártes la del miércoles, y
con el chocolate y el café, y mas bien gastan un real ó dos A así venimos á sacar por consecuencia que se alcanzarán las em-
estas horas en chinguirito malo, que en un posillo del mas rico briagueces unas á otras, sin que en realidad se verifique la cu-
chocolate. ración de la primera con tan descabellado remedio. L a ver-
Apenas sali de esa duda, cuando me puso en otras nuevas dad, esa me parece peor locura en esta gente que la de hacer
uno de aquellos zaragates que, según supe, era oficial de z a p a , la mañana; porque pensar que una tranca * se cura con otra
tero; pues le dijo á otro compañero suyo: Chepe, f vamos íi ha- es como creer que una quemada se cura con otra quemada,
cer la mañana y vamonos A trabajar, que el sábado quedamos una herida con otra & c . lo que ciertamente es un delirio.
con el maestro en que hoy habíamos de ir, y nos estará espe- T ú dices muy bien, contestó Januarío, pero esta gente no
rando. A lo que el Chepe respondió: v a y a el maestro al tal, entiende de argumentos. Son muy viciosos y flojos: trabajan
que yo no tengo ni tantitas g a n a s de trabajar hoy por dos mo- por no morirse de hambre, y acaso por tener con que mante-
tivos. El uno porque es San Lúnes, y el otro porque a y e r me ner su vicio dominante, que casi generalmente entre ellos, es
emborraché y es fueiza curarme hoy. el de la embriaguez, de manera que en teniendo que beber, po-
Suspenso estaba y o escuchando aquellas cosas, que para mí co se les da de no comer, ó de comer cualquiera porquería; y
eran enigmas, cuando mi maestro me dijo: has de saber que esta es la razón de que por buenos artesanos que sean, y por
os un abuso muy viejo y casi irremediable entre los mas mas que trabajen, jamás medran, nada les lucc. porque todo le
de los oficiales mecánicos no trabajar los lúnes, por razón de disipan; y así los ves desnudos como á estos dos, que qufzá se-
lo estragados que quedan con la embriagada que ss dan el do- rán los mejores oficiales que tendrá el maestro en su taller.
mingo, y por eso le llaman San Lúnes, no porque los lúnes
¡Qué lástima de hombres! exclamé; y si son casados ¡que
sean dias de guarda por ser lúnes, como tú lo sabes; sino por-
vida les darán á sus pobres mugeres, y qué mal ejemplo á sus
que los oficiales abandonados se abstienen de trabajar en ellos
hijos! Considéralo, me dijo Januarío. A sus mugeres las traen
por curarse la borrachera, comí) este dice.
desnudas, hambrientas y golpeadas, y á los hijos encueros, sin
¿Y como se cura la embriaguez? Pregunté. Con otra nue- comer y malcriados.
va, me respondió .Tanuarío. Pues entónces, dije yo: debiendo E n esto nos salimos de aquella pocilga, y fuimos á tomar
café. L o restante del día, que lo pasamos en visitas y andar
* E c h a d a la sábana ó frazada s o b r e el h o m b r o i z q u i e r d o y terciada
bajo el brazo derecho c o m o a c o s t u m b r a n esas gentes, queda descubierta
calles hasta las doce, me anduve v o cuzqueandof y rascando.
la tela derecha c u a n d o n o h a y c a m i s a ú otra ropa: y c o m o chichi e n me- T a l era la multitud de piojos que se me pegaron de la maldita
x i c a n o quiere decir teta ó p e c h o , la f r a s e se a p l i c a á los que tienen el po-
cho de f u e r a 6 andan sin camisa por n o u s a r l a . — E , • E s t a r con la tranca quiere decir: estar b o r r e c h o , — E .
(• L o mismo q u e P e p e 6 J o s é . — E . f S a t i s f a c i e n d o la curiosidad, ó mirando todo lo que ocurre.—E.
43
fruza *. Y no fué eso lo peor, sino que tuve que sufrir algu-
salgan tan perversos como ellos, y este condenado era uno de
ñas chanzonetas pesadas que me dijeron los amigos; porque
tantos.
los animalitos me andaban por encima, y eran tan gordos y
Por último, y o mas temeroso de su enojo que de Dios, y mas
tan blancos que se veian de á legua; y cada v e z que alguno se
bien por contemporizar con su gusto que con el mió, que es lo
ponia donde lo vieran, decia uno; eso n o f á mi amigo Perico
que sucede en el mundo diariamente, resolví ü armarme con
no, que aquí estoy yo. Otros decian: hombre, eso tiene bus-
una peseta al tiempo que la pagaron. Cuando el pobre dueño
c a r novias de á medio. Otros, ¡qué buenas fuerzas tienes, pues
del dinero iba á. estirar la mano para coger sus cuatro reales,
cargas un animal tan grande! y así me chuleaban todos á su
y a y o los tenia en la mia. Allí fué lo de, ese dinero es mió.;
gusto, sin quedarse por cortos con mi compañero que también
no sino mió: yo digo verdad, y yo también; con su poco que mu-
estaba nadando.
cho de, está muy bien: ahí lo veremos: donde vd. quiera, y to-
Por fin, dieron las doce, y me dijo este, vámonos al juego;
das las bravatas corrientes en semejautes lances, hasta que
porque y o no tengo blanca para comer, y no seas tonto, vete
Januario con un tono de hombre de bien, dijo al perdidoso:
aplicando. Donde tú puedas, afianza una apuesta y di que es
amigo, vd. no se caliente. Y o vi poner á vd. su peseta; pero
t u y a , que y o juraré por cuantos santos hay que te la vi poner;
la que el señor ha tomado (no le quede á vd. duda) es suya,
pero y a te he advertido que sea apuesta corta que no pase de
que y o se la acabo de prestar.
dos ó tres reales; porque si vas á hacer una tontera, nos expo-
Con esto se serenó la riña, quedándose aquel infeliz sin sus
nemos á un codillo.
mediecillos, y y o habilitado con ellos.
E n efecto, entramos al juego, tomamos buenos lugares, se
\ a se me derretían en la mano sin acabar de ponerlos á un
calentó aquello, como dicen, y y o y a le echaba el ojo á una
albur; no porque me faltara valor para apostar cuatro reales,
apunta, ya á otra, y a á otra; y no me determinaba á tomar-
pues ya sabéis que yo, aunque sin habilidad, sabia j u g a r y ha-
me ninguna de puro miedo. Quería estender la mano, y pa-
bía jugado cuanto tenia mi madre; sino porque temia perder-
rece que me la contenían, y me decian en secreto: ¿Qué vas á
los y quedarme sin comer. ¡Tal era el miedo que la hambre
hacer? Deja eso ahí que no es tuyo,.. . L a conciencia cierta-
me habia infundido el dia anterior!
mente nos avisa y nos reprende secreta, pero eficazmente cuan-
Januario me lo conoció, y me hizo señas para que los j u g a -
do tratamos de hacer el mal: lo que sucede es que no queremos
ra con franqueza, pues y a él tenia segura la mamuncia.
atender á sus gritos.
C o n esta satisfacción los j u g u é en cinco albures á la dobla,
Januario no mas me veia, y y o conocia que me queria co-
y cuando me vi con diez y seis pesos, creí tener un mayoraz-
mer de cólera con los ojos. A lo menos si ha tenido ponzoña
go; y a se ve, como aquel que en muchos dias no habia tenido
en la vista, como cuentan los mentirosos que la tiene el Basi-
un real.
lisco, no me levanto vivo de la mesa; tal era su feroz mirar.
M i compañero me hizo seña que los rehundiera, como lo ve-
H a y gentes que parece que toman empeño en hacer que otros
rifiqué, pensando que nos íbamos á comer; mas Januario en
nada menos pensaba, ántes se quedó allí hecho un postema,
* Frazada.—E. hasta que se acabó la partida grande, á cuyo instante me pi-
4.5
dió el dinero, sacó él cuatro pesos y una de sus barajas, y so
sos: le dió una gratificación al dueño de la casa, y lo demás lo
puso á tallar * diciendo: tírenle á este burloiüo.
amarró en su pañuelo.
L o s tahúres fuertes así que vieron el poco fondo, se fueron
Y a se lo confian los otros tahúres pidiéndole barato; pero á
yendo; pero los pobretes se apuntaron luego luego, que es lo
nadie le dió medio, diciendo cuando á mí se me arranca, nin-
que se llama entrar por la punta.
guno me da nada, y así cuando gane, tampoco he de dar y o un
E l montecillo fué engrosando poco á poco, de modo que á
cuarto.
las dos de la tarde y a tenia aquella zanganada como setenta
N o me pareció bien esta dureza, porque aunque tan malo
pesos.
he tenido un corazon sensible.
A esa hora fueron entrando dos payítoS muy decentes y
N o s salimos á la calle, y nos fuimos£á la fonda que estaba
bien rellenos de pesos. Comenzaron á apuntarse de gordo: de
cerca: comimos á lo grande, y concluida la comida, me dijo
á veinte y veinte y cinco pesos, y comenzaron á perder del
mi protector: ¿Qué (al, señor Perico, le gusta á vd. la carre-
mismo modo. E n cada albur que y o los veia poner los cho-
ra? ¿Si no se hubiera determinado á armarse con aquella a-
rizos de pesos se me bajaba la sangre á los' talones, creyendo
puesta contara con ciento y mas pesos suyos? V a y a : toma tu
que en dos albures que acertaran se perdía todo nuestro tra.
plata y gástala en lo que quieras, que es muy tuya y puedes
bajo, y nos salíamos sin blanca soñando que habíamos tenido,
disponer de ella á tu gusto con la bendición de Dios *: aun-
lo que á mí se me hacia intolerable, según el axioma de los ta.
que pienso que lo que conviene es que apartemos cincuen-
hures, de que mas se siente lo que se cria que lo que se pare.
ta pesos por ambos para puntero, y váyamos ahora mismo al
Pero aquellos hombres estaban, según entendí entónces, cr- Parían, ó mas bien al Baratillo, á comprar una ropilla decente,
radísimos, porque el albur en que ponian diez ó doce pesos, lo con cuyo auxilio la pasaremos mejor, nos darán mejor trato en
ganaban; pero aquel en donde apostaban entre los dos cuaren- todas partes, y se nos facilitarán mas bien las ocasiones de te-
ta ó cincuenta, lo perdian así podían jugarlo con mil precau- ner; porque te aseguro, hermano, que aunque dicen que el há-
ciones. bito no hace al monge, y o no sé qué tiene en el mundo esto de
D e este modo se les arrancó á los dos casi á un tiempo; y andar uno decente, que en las calles, en los paseos, en las vi-
uno de ellos, al perder el último albur que iba interesado v sitas, en los juegos, en los bailes y hasta en los templos mis-
siendo de un caballo contra un as, vino el as: sacó los cuatro mos se disfruta de ciertas atenciones y respetos. D e suerte
caballos, y mientras estuvo rompiendo los demás naipes, se los que mas vale ser un picaro bien vestido, que un hombre de bien
comió, como quien se come cuatro soletas, y hecha esta ¡m. trapiento f ; y así vamos.
portante diligencia, se salió con su compañero, ambos encen-
N o lo dijo á sordo; me levanté al momento, cogí nú dinero
d.dos como una g r a n a , y sudando la gota tan gorda. .Tales
eran los vapores que habían recibido' ' S o l o eso le faltaba, p o r q u e n o puede ser bendito de D i o s lo q u e s e
Jammrio con mucha socarra contó trescientos y pico de pe- adquiere m a l a m e n t e .
f N o hay tal. E s verdad que el m u n d o a b u n d a de g e n t e s n e c i a s que
* Barajar.—E. califican ¿ la persona por s u csterior, y así tal v e z honran al picaro decen-
te; pero al primer chasco q u e l l e v a n , se d e s e n g a ñ a n .
que era menos del que le tocó á Januario; pero y o lo disimulé,
diferente del que conocíamos; pues aquel era un jóven tan per-
satisfecho de que en asunto de intereses el mejor amigo quie-
dulario como nosotros: y este era un cleriguito va muy for-
re llevar su ventajita.
mal, virtuoso y asentado.
F u i m o s al Baratillo, compramos camisas, calzones, chale- Luego que entramos á s u cuarto, se levantó y nos hizo sen-
cos, c a s a c a s , capas, sombreros, pañuelos, zapatos, y hasta unas tar con mucha urbanidad; nos contó como era diácono, y es-
c a s c a r i t a s de relox ó relojes c i s c a r a s ó maulas; pero que pa- taba para ordenarse de presbítero, en las próesimas témporas.
recian algo. Nosotros le dimos los parabienes; pero Januario trató de m e z -
Ya habilitados, fuimos á tomar un cuarto en un mesón, ciar sus acostumbradas chocarrerías y facetadas, á las que
mientras hallábamos una vivienda proporcionada. E n esto de Pelayo en un tono bien sério contestó: ¡Valgame Dios, señor
camas no había nada; y aunque se lo hice advertir á Janua- Januario! ¿Siempre hemos de ser muchachos? ¿No se ha de
rio, éste me dijo: ten paciencia, que despues habrá para todo. acabar algún dia ese humor pueril? E s menester diferenciar
P o r ahora lo que importa es presentarnos bien en la calle, y los tiempos: en unos agradan las travesuras de niños, en otros
mas que comamos mal y durmamos en las tablas, eso nadie lo la alegria de jóvenes, y ya en el nuestro es menester que apun-
ve. ¿Qué te parece que todos los guapos ó currutacos que ves te la seriedad y m a c i c e z de homhres, porque y a nos hacen gas-
en el público, tienen cama 6 comen bien? N o hijo: muchos to los barberos.
andan como nosotros: todo se vuelve apariencia, y <;n lo inte-
Y o no soy viejo, ni aunque lo fuera me opondria á un ge-
rior pasan sus miserias bien crueles. A estos llaman rolos.
nio festivo. Me gustan, en efecto, los hombres alegres y jo-
\ o me conformé con todo, contentísimo con mis trapillos, viales, de quienes se dice: donde él está no hay tristeza. Sí,
y con que y a no volvía á pasar otra noche en el arraslradcrilo amigos: para mí no hay cosa mas fastidiosa que un genio rega-
condenado. ñón, tétrico y melancólico: huyo de ellos como de unos misán-
Llegamos al mesón, tomamos nuestro cuarto, y nos encaja- tropos abominables: los j u z g o soberbios, descontentos, murmu-
«nos en él locos de contentos. Aquella noche no quiso Janua- radores, insociables, y dignos de acompañar á los osos y á los
n o que fuéramos á jugar, porque según él decia, se debia re- tigres.
posar la g a n a n c i a . N o s fuimos á la comedia, y cuando vol- A l contrario, y a dije, estoy en mis glorias con un hombre
vimos, cenamos muy bien y nos acostamos en las tablas duras, atento, afable, instruido y alegre. L a compañía de uno de
que algo se ablandaron con los capotes viejos y nuevos. ellos me deleita, me engolosina, me amarra, y seré c a p a z de
Dormí como un niño, que es la mejor comparación, v á otro estarme con él los dias y las semanas: pues, pero ha de ser de
dia hicimos llamar al barbero, y despues de aliñados nos vestí- este estambre, porque en siendo un necio, hablador, arrogante
mos y salimos muy planchados á la calle. y faceto, ¿quién lo ha de sufrii?
C o m o nuestro principal objeto era que nos vieran los cono, Estos genios no son festivos, sino juglares: su carácter es
cidos, la primera visita fué a la casa del Br. Martín Pelayo; ruin y sus costumbres groseras. Cuando platican, golpean;
pero ¿cuál fué nuestra sorpresa, cuando creyendo encontrar cuando quieren divertir, fastidian con sus frialdades; porque
al Martin antiguo, encontramos un Martin nuevo, y en todo hombres sin talento ni educación no pueden parir buenos, ale.
gres ni razonados conceptos; ánles las chanzas de éstos ofen-
que los tahúres llaman reglas no es sino un accidente conti-
den las honras y las personas, y sus agudezas punzan la fama
nuado (en barajando bien), porque que venga el cuatro contra
ó el corazon del prójimo.
la sota, es un accidente: que venga después el siete contra el
Esto digo, amigos, deseando que eviten ese genio chocarre-
rev, es otro accidente: que venga el cinco contra el caballo, es
10 á todas horas. Todo tiene su tiempo. L a s matracas de
otro; y así aunque se hagan diez ó veinte contrajudíos, 110 son
semana santa parecerán mal á los muchachos en la pascua de
mas que diez ó veinte accidentes, ó un accidente continuado.
Navidad, y la lama de noche buena no la pondrán en sus mo-
N o h a y mejor regla ni mas segura, que los zapóles, desloma-
numentitos.
das. rastrillazos, y otras diligencias de las que y o hago, y aun
Así me lo ha hecho creer la esperiencia, y algunos desaires estas tienen su excepción, que es cuando se la advierten á uno
que les he visto correr á muchos facetos. y le g a n a n con su juego, por eso dice uno de nuestros refranes:
A poco rato de decir esto el padre Pelayo, mudó de conver- que contra vigíala no hay regla. L o demás de judia, contra ja-
sación con disimulo; pero mi compañero, que lo liabia enten- día, pares y nones, lugar, y todas esas que llaman reglas, son
dido, y estaba como agua para chocolate, no aguantó mucho. entusiasmos, preocupaciones y vulgaridades, en que vemos que
Se despidió á poco rato y nos fuimos. incurren todos los dias hombres, por otra parte, nada vulga-
E n la calle me dijo: ¿qué te parece de este mono? ¡Quien 110 res; pero parece que en el juego nadie es dueño de su juicio.
lo hubiera conocido! Ahora porque está ordenado de evange- T e n pues, entendido, que no hay mas que dos reglas: La
lio quiere hacer del formal y arreglado; pero á otro perro con suerte y la droga. Aquella es mas lícita; pero esta es mas se-
ese hueso, que y a sabemos que todas esas son hipocresías. gura.
Y o le cortóla conversación; porque me repugnaba murmu- E n esto llegamos al juego, y Januario se sentó como siem-
rar algunas veces, y nos fuimos á otras visitas donde nos re- pre; pero no j u g ó mas que un peso; porque iba con intención
cibieron mejor, y aun nos dieron de almorzar. de poner el monte, pues según él decia, así llevaba nuestro di-
A s í se pasó la mañana hasta que dieron las doce, á c u y a nero mas defensa; porque de enero á enero, el dinero es del
hora nos fuimos al mesón: sacamos veinte y cinco pesos de! montero.
puntero, y nos fuimos al juego. Así que se acabó la partida, pusimos nuestro burlotillo, y
E11 el camino dije á Januario: hombre, si van los payos, ganamos diez ó doce pesos, porque no fueron los pollos gordos
donde nos acierten un albur, nos lleva Judas. N o nos llevará, que esperaba; sin embargo, nos dimos por contentos y nos fui-
me dijo: ¡ojalá vayan' ¿Pues tú piensas que está en ellos el mos.
errar ó acertar? No, hijo, está en mis manos. Y o los conoz- Así pasamos con esta vuelta como seis meses ganando casi
co y sé que juegan la apretada figura; y así Ies amarro los al- todos los dias, aunque fuera poco. E n este tiempo aprendí
bures do manera, que si ponen poco, dejo que venga la figura; cuantas fullerías me quiso enseñar Januario: compramos ca-
y si ponen harto, se las subo al lomo del naipe. E s o malo tie- mas, alguna ropa mas, y la pasamos como unos marqueses.
ne el j u g a r cartas de afición ó una regla fija. N a d a me quedó que observar en dicho t i e m p i e n asunto de
/Pues qué, tiene reglas el juego? L e pregunté, y me dijo: lo juego. Conocí que es una verdad que es el crisol de los hom-
bres, porque allí descubren sus pasiones sin rebozo, 6 á lo me-
punto y diestro jugador; pero al que no lo lleva, ó se le a i r a n
nos, es menester estar muy sobre sí para no descubrirlas, lo
ca, ó no le dan lugar, ó se lo quitan, y de mas á mas dicen que
que es muy raro, pues el Ínteres ciega, y en el juego no se
es un crestón, término con qué algunos significan que es un
piensa en mas quo en g a n a r .
tonto.
Allí se observa el que es malcriado, y a porque se echa en la E n fin, y o aprendí y observé cuanto había que aprender y
mesa, se pone el sombrero, no cedo el asiento ni al que mejor que observar en la carrera. Entónces me sirvió de perjuicio, y
lo merece, le echa el humo del cigarro en la cara á cualquiera ahora me sirve de haceros advertir todos sus funestos resulta-
que está á su lado, por mas que sea persona de respeto ó de dos para apartaros de ella.
carácter, y hace c u a n t a s groserias quiere, sin el menor mira,
N o os quisiera jugadores, hijos mios; pero en caso de que
miento. L o peor es que h a y un axioma tan vulgar como fal-
juguéis alguna vez, sea poco, sea lo vuestro, sea sin droga;
so, que dice: quo en el juego todos son iguales, y con este par-
pues menos malo será que os tengan por tontos, que no que
co ni los malcriados se abstienen de sus groserias; ni muchas
paséis plaza do ladrones; que no son otra cosa los fulleros.
personas decentes y de honor se atreven á hacerse respetar co-
Muchos dicen, que. juegan por socorrer su necesidad. Este
mo debieran.
es un error. D e mil que van al juego con el mismo objeto, los
Do la misma manera que el grosero descubre en el juego su novecientos noventa y nueve vuelven á su casa con la misma
falta de educación con sus majaderias y ordinarieces, descu- necesidad, ó acaso peores, pues dejan lo poco que llevan, acaso
bre el inmoral su mala conducta con sus votos y disparate«: se comprometen con nuevas drogas, y sus familias perecen mas
el embustero su carácter con sus juramentos: el fullero su ma- aprisa.
la fé con sus drogas: el ambicioso su codicia con la voracidad Habréis oido decir, ó lo oiréis cuando seáis grandes, que
que juega: el mezquino su miseria con sus poquedades y cica- muchos se sostienen del juego. Y o apenas puedo creer que es-
t e n a s : el desperdiciado su abandono con sus garbos impruden- tos sean otros que los que juegan con la larga, como dicen, es-
dentes: el sinvergüenza su descoco con el arrojo con que pide to es, los tramposos y ladrones, que merecían los presidios y
á su sombra: el v a g o . . . .pero ¿qué me canso? Si allí se cono- las horcas mejor que los Pillos Maderas y Paredes *; porque de
cen todos los vicios, porque se manifiestan sin disfraz. El pro- un ladrón conocido por tal, pueden los hombres precaverse; pe-
vocativo, el truhán, el soberbio, el lisongero, el irreligioso, el ro de estos no.
padre consentidor, el marido ienon, el abandonado, la busco- Semejantes sugetos sí creo que se sostengan del juego algu-
na, Ja mala casada, y todos, todos confiesan sin tormento el na vez; pero los hombres de bien, los que trabajan, y los que
pié de que cojean; y por hipócritas que sean en la calle, pier- juegan como dicen, ala buena de Dios, lo tengo por un impo-
ríen los estribos en el juego, y suspenden toda la apariencia do sible físico, porque el juego hoy da diez y mañana quita vein-
virtud, dándose á conocer tales como son. te. Y o sé de todo, y os hablo con esperiencia.
Malditas son las nulidades del juego. Una de ellas es la tor- Otra clase de personas se sostienen del juego, especialmen-
pe decisión que reina en él. Al que lleva dinero hasta le pro-
porcionan el asiento, y cuando acierta lo alaban por un bnen * D o s famosos ladrones q u e hubo en M é x i c o
te en M é x i c o . . . .¿Nos oye a l g u n o ? . . . . P u e s sabed que estos
son ciertos señores que teniendo dinero con que buscar la vi- pero como su codicia traspasa los limites do la diversión, y erl
da en cosas mas honestas, y no queriendo trabajar, hacen co- estos juegos de que hablamos se arruinan unos á otros sin la
mcrcio y grangeria del juego, poniendo su dinero en distintas mas mínima consideración ni fraternidad, ha sido necesario
casas para que en ellas se pongan montes, que llaman partidas- que los gobiernos ¡lustrados metan la mano procurando con-
Como este modo de j u g a r es tan ventajoso para el que tie- tener este abuso tan pernicioso, bajo las severas penas que tie-
ne fondo, ordinariamente ganan, y á veces ganan tanto que al- nen prescritas las leyes contra los infractores.
gunos conozco que ruedan coche y hacen caudales. ¿Qué E l que tenga patronos que lo defiendan y prosélitos que los
tal será la cosa, pues para acomadarse de talladores ó gvrvpiea sigan, no es del caso. T o d o vicio los tiene sin que por eso
con sus mercedes, se hacen mas empeños que par.i entrar do pueda calificarse de virtud: y tanto menos vigor tienen sus
oficial en la mejor oficina, y con razón; porque e ! lujo que es- tipologías, cuanto que no las dicta la razón, sino su sórdido in-
tos ostentan y la franqueza con que tiran un peso, no lo puede terés y declarado egoísmo.
imitar un empleado*ni un coronel. Y a se ve, como que hay ¿Quiénes son las gentes que apoyan el juego y lo defienden
señorito de estos que tiene desueldo diariamente seis, ocho y con tanto ahinco? Examínese, y se verá que son los fulle-
diez pesos, amén de sus buscas, que esas serán las que quisie- ros, los inútiles y los holgazanes, ora considérense pobres, ora
ren. ricos; y de semejante clase de abogados es menester que se
También menudean los empeños y las súplicas para que los tenga por sospechosa la defensa, siquiera porque son las par-
señores monteros envíen dinero á las c a s a s para jugar, por Ín- tes interesadas.
teres de las gratificaciones que les dan á los dueños de ellas, D e c i r que el juego es lícito porque es útil á algunos indivi-
que cierto que son tales, que bastan á sostener regularmente á duos, es un desatino. Para que una cosa sea lícita no basta
una familia pobre y decente. que sea útil, es menester que sea honesta y no prohibida. E n

«Estas son las personas que y o no negaré que se mantienen el caso contrario, podria decirse, que eran lícitos el robo, la

del juego; pero ¡qué pocas son! y si desmenuzamos el cómo, usura y la prostitución, porque le traen utilidad al ladrón, al

es menester considerarlas criminales aun á estas pocas, y des- usurerero y á la ramera. E s t o fuera un error, luego defen-

pues de creer de buena fe que juegan con la mayor limpieza. der el juego por lícito con la misma razón, es también el mis-

Y si no, pregunto; ¿se debe reputar el j u e g o como ramo de co- mo error.

mercio, y como arbitrio honesto para subsistir de él? O sí, ó Pero sin ahondar mucho se viene á los ojos que esta decan-
no. Si sí, ¿por qué lo prohiben las leyes tan rigorosamente? tada utilidad que perciben algunos, no equivale á los perjui-
Y si no, ¿cómo tiene tantos patronos que lo defienden por líci- cios que causa á otros muchos. ¿Qué digo no equivale? E s
to con todas sus fuerzas? Y o lo diré. enormemente perjudicialísima á la sociedad.
Si los hombres no pervirtieran el órden de las cosas, el jue- Contemos los tunos, fulleros y ladrones que se sostienen del
go léjos de ser prohibido por malo, fuera tan lícito que entra- juego: agreguemos á estos aquellos que sin ser ladrones hacen
ra á la parte de aquella virtud moral que se llama Eutropelia; caudal del juego: añadamos sus dependientes: númeremos las
familias que se socorren con las gratificaciones que les dan por
razo» de c a s a : no olvidemos lo que se gasta en criados y ar- de la justicia; las multas, las cárceles, las vergüenzas, y otros
madores *; a d v i r t a m o s lo que unos entalegan, lo que otros ti. á este modo.
ran, lo que estos comen y lo que gastan todos, sin pasar en D e todas estas cosas supe y o en compañía de Januario y de
blanco el lujo c o n que gasta, viste, come y pasea cada uno á algo mas; porque por fin se nos arrancó. Comenzamos á ven-
proporcion de sus arbitrios: despues de hecha esta cuenta, cal- der la ropita y todo cuanto teníamos: á estar de malas, como
culemos el n u m e r a r i o cotidiano que chuparán estas sanguijue. dicen los hijos de Birjan: á mal comer: á desvelarnos sin fru-
las del estado p a r a sostenerse á costa de él, y con la franque- to: á pagar multas, & c . hasta que nos quedamos como antes,
z a que se sostienen; y entonces se verá cuantas familias es me- y peores, porque y a nos conocían por fulleros, y nos miraban
nester que se arruinen para que se sostengan estos ociosos. á las manos con mas atención que á la cara.
Para conocer esta verdad no es necesario ser matemático, E n medio de esta triste situación y para coronar la obra
basta irse un dia á informar de juego en juego, y se verá que el picaro Januario enredó á un payo para que pusiera un mon-
los mas que g a n a n son los monteros f . Pregúntese á cada uno tecito, diciéndole que tenia un amigo muy hábil hombre de
de los tahúres ó puntos ¿que tal le fué? y por cuatro ó seis bien para que lo tallara su dinero. E l pobre payo entró por
que digan que h a n ganado; responderán cuarenta que perdie- •el aro y quedó en ponerlo al dia siguiente. Januario me avi-
ron hasta el último medio que llevaban. só lo que había pasado diciéndome que y o habia de ser el
D e suerte que esta proposicion es evidente: laníos cuanlos se tallador.
sostienen del juego, son otras tantas esponjas de la poblacion Convenimos en que habia de amarrar los albures de afuera
que chupan la sustancia de los pobres. para que él alzara, y otro amigo suyo que habia vendido un
Todas estas reflexiones, hijos mios, os deben servir para no caballo para apuntarse, pusiera y desmontara, y que conclui-
enredaros en el laberinto del juego, en el que, una vez metidos, da la diligencia nos partiríamos el dinero como hermanos.
os tendreis que arrepentir quizá toda la vida;'porque á carre N o me costó trabajo decir que sí, como que y a era tan la-
ra larga rara v e z deja de dar tamañas pesadumbres; y aun lo" drón como él.
gustos que da se p a g a n con un crecido rédito de sinsabores y Llegó el dia siguiente: fué Juan L a r g o por el payo: me dió
disgustos como son las desveladas, las estragadas del estóma- éste cien pesos y me dijo: amito, cuídelos, que y o le daré una
go, los pleitos, las enemistades, los compromisos, los temores buena gala si ganamos. Quedamos en eso, le respondí, y me
puse á tallar á mi modo y según y como los consejós'de mi en-
• E s t e n o m b r e d a m o s á a q u e l l o s q u e andan reclutando tahúres para demoniadísimo maestro.
los j u e g o s . A e s t o s también se les p a g a su d i l i g e n c i a . E n dos por tres se acabó el monte, porque el dinero del ca-
f Y los b a n q u e r o s de los Imperiales. E s t e es otro j u e g u i t o peor que ballo vendido eran diez pesos, y así en cuatro albures que
el m o n t e , p o r q u e i n c i t a mas la codicia con el e x c e s o del p r e m i o q u e ofre- amarré y alzó Januario, se llevó el dinero el tercero en dis-
ce. H e v i s t o á los h o m b r e s andar c o m o locos, c o n el l á p i z y el papel h a . cordia.
c i e n d o c á b u l a s y c á l c u l o s imaginario«. ¡ C a r a m b a e n el j u e g o que des-
E s t e s e salió primero para disimular, y á poco ralo Janua-
p u é s de d e j a r á u n o sin blanca, puede despacharlo i m p e r i a l m e n t e á bus-
car u n n ú m e r o á S . Hipólito! rio, haciéndome señas que me quedara. E l pobre payo esta-
ba lelo considerando que ni visto ni oido fué su dinero; solo
decia de cuando en cuando: ¡mire señor que desgracia! ni me
divertí; pero no faltó un mirón que nos conocía bien á mí y á
J a n u i r i o : advirtió los zapotes que y o habia hecho, y le dijo al
payo con disimulo y á mis escusas, que vo habia entregado su
dinero.
Entonces el barbajan con mas viveza para vengarse que pa-
ra jugar, me llevó á su mesón c o n protesto de darme de comer.
\ o me resistía no temiendo lo que me iba á suceder, sino de-
seando ir á cobrar el premio de mis gracias; pero no pudo es-
caparme: me llevó el payo al mesón se encerró con migo en el
cuarto y me dió tan soberbia t a r e a de trancazos, que me dislocó
un brazo, me rompió la cabeza por tres partes, me sumió unas
cuantas costillas, y á no ser porque al ruido forzaron los de-
más huéspedes la puerta y me quitaron de sus manos, segura-
mente y o no escribo mi vida; porque allí llega su último fin.
Ello es que quedé á sus piés privado de sentido, y fui á des-
pertar en donde vereis en el capítulo que sigue.

CAPITULO IV.
V u e l v e e n si P e r i c o y s e e n c u e n t r a e n e l hospital. C r i t i c a los abusos de
m u c h o s de ellos. Visítalo Januario. Convalece. S a l e á la c a l l e . Re-
fiere s u s trabajos. I n d ú c e l o su m a e s t r o ú ladrón, él se resiste y discuten
los dos sobre el robo.

o aseguro que si el payo me hubiera matado, se hubiera


visto en trapos pardos, pues la ley lo habría acusado de alevo-
so como que pensó y premeditó el hecho, y me puso verde á
palos sin defensa, c u y a venganza por su crueldad y circuns-
tancias f u s l i n a vileza abominable; pero no se quedó atrás la
mía de haberle entregado á otros su dinero en cuatro albures.
Alevosía y traición indigna fué la suya, y la mia fué traición
y vileza endiablada; mas con esta diferencia: que él cometió
ba lelo considerando que ni visto ni oido fué su dinero; solo
1IL l?KlUQUIl.LD.
decia de cuando en cuando: ¡mire señor que desgracia! ni me
divertí; pero no faltó un mirón que nos conocía bien á mí y á
J a n u i r i o : advirtió los zapotes que y o habia hecho, y le dijo al
payo con disimulo y á mis escusas, que vo habia entregado su
dinero.
Entonces el barbajan con mas viveza para vengarse que pa-
ra jugar, me llevó á su mesón c o n protesto de darme de comer.
\ o me resistia no temiendo lo que me iba á suceder, sino de-
seando ir á cobrar el premio de mis gracias; pero no pudo es-
caparme: me llevó el payo al mesón se encerró con migo en el
cuarto y me dió tan soberbia t a r e a de trancazos, que me dislocó
un brazo, me rompió la cabeza por tres partes, me sumió unas
cuantas costillas, y á no ser porque al ruido forzaron los de-
más huéspedes la puerta y me quitaron de sus manos, segura-
mente y o no escribo mi vida; porque allí llega su último fin.
Ello es que quedé á sus piés privado de sentido, y fui á des-
pertar en donde vereis en el capítulo que sigue.

CAPITULO IV.
V u e l v e e n sí P e r i c o y s e e n c u e n t r a e n e l hospital. C r i t i c a los abusos de
m u c h o s de ellos. Visítalo Januario. Convalece. S a l e á la c a l l e . Re-
fiere s u s trabajos. I n d ú c e l o su m a e s t r o á ladrón, él se resiste y discuten
los dos sobre el robo.

o aseguro que si el payo me hubiera matado, se hubiera


visto en trapos pardos, pues la ley lo habría acusado de alevo-
so como que pensó y premeditó el hecho, y me puso verde á
palos sin defensa, c u y a venganza por su crueldad y circuns-
tancias f u ^ u n a vileza abominable; pero no se quedó atrás la
mia de haberle entregado á otros su dinero en cuatro albures.
Alevosía y traición indigna fué la suya, y la mia fué traición
y vileza endiablada; mas con esta diferencia: que él cometió
la suya irritado y provocado por la mia, y la que yo hice no
solo fué sin agravio, sino despues de ofrecida por él una bue-
na gala.
D e modo que vista sin pasión, la vileza que y o cometí fué
peor y mas vergonzosa que la de él; y así si me matara en
aquel dia, muerto me habría quedado y con razón; porque si
no debemos dañar ni defraudar á nadie, mucho menos á aquel
que hace confianza de nosotros.
Casi de esta misma manera discurría y o conmigo dos horas
despues que volví en mí, y me hallé en una cama del hospital
de S . J á e o m e * adonde me condujeron de órden ele la justicia.
A poco rato llegó un escribano con sus correspondientes sa-
télites á tomarme declaración del hecho. Y a se deja enten-
der que y o estaba rabiando y en un puro grito, así por los do-
lores agudísimos que me causaban la dislocación y fracturas,
como por los que sufrí en la curación, que fué un poco tosca
y lomajona, como de hospital al fin.
E s t a r y o de esta manera, y entrar el escribano conjurándo-
me y amenazándome para que confesara con él mis pecados y
delante de tanta gente que allí había, fué un nuevo martirio
que me atormentó el espíritu, que era lo que me faltaba que
doler.
Por último, y o juré cuanto él quiso; pero dije lo que conve-
nia, ó á lo menos lo que no me perjudicaba. Referí el hecho;
omitiendo la ciscunstancia del entrego, y dije con verdad que
yo no conocía á mi enemigo, ni lo habia visto otra vez en to-
da mi vida. D e este modo se concluyó aquel acto, firmé la
declaración con mil trabajos, y se marchó el señor escribano
con su comitiva.
C o m o las heridas de la cabeza eran muchas y bien dadas,

* N o h a y hospital de este titulo en M é x i c o , E s t e disimulo e s para


que la crítica n o recaiga sobre n i n g ú n hospital determinado. L o s abu-
sos q u e se critican s o n ciertos. ¡Ojalá se remedien!
2—2
no 60 podia restañar la s a n g r e fácilmente: cada rato se me sol.
taba, y con tanta pérdida me debilité en términos que me aco-
metían frecuentes desmayos, y tantos, que se c r e y ó que eran
síntomas mortales, 6 que bajo alguna contusion hubiese rota
alguna entraña.

Con estos temores trataron de que viniese el capellan, como


sucedió en efecto. M e confesé con harto miedo; porque al
ver tanto preparativo, y o también tragué que me moria; pero
mi miedo no hizo mejor m i confesion. Y a se ve: ella fué de
prisa, sin ninguna disposición, y entre mil dolores: ¿qué tal
saldría ella? * Mala de f u e r z a . Confesion de ajiaga y vé-
monos. Apenas se a c a b ó , trajeron el Viático, y y o cometí
otro nuevo sacrilegio, y c o n o c í cuan contingentes son las úl-
timas disposiciones c r i s t i a n a s cuando se hacen en un lance
tan apurado como el mió.

E n estas cosas serian y a las once de la noche. Y o no ha-


bia querido tomar nada de alimento, porque no lo apetecía, ni
menos podia conciliar el s u e ñ o por los agudos dolores que pa-
decia, pues no tenia como dicen, hueso sano; pero sin embar-
go, la sangre se detuvo y u n practicante me tomó el pulso, me
hizo morder una cuchara y hacer no sé qué otras faramallas,
y decretó que no moria en la noche.
Con esta noticia se f u e r o n á acostar los enfermeros, deján-
dome junto á la cama una escudilla con atole y un jarrito con
bebida, para que y o la t o m a r a cuando quisiera.
N o dejó de consolarme a l g ú n tanto el pronóstico favoraMr-
del mediquín, y y o mismo me tomaba el puFso de cuando en
cuando por ver si estaba m u y débil, y hallándolo así y mas de
lo que y o quería, me resolví á la una de la mañana á tomar mi
atole y mi trusco de pan; a u n q u e con repugnancia, por forta-
lecerme un poco mas.
Con mil trabajos tomé la t a z a y rempujando los tragos con
la cuchara, embaulé el atolillo en el estómago.
Muchas consideraciones hice sobre la causa de mi mal, y
siempre concedía la razón al payo. N o hay duda, decia yo:
él me ha puesto á la muerte; pero y o tuve la culpa picaro por
traidor. ¡Cuántos merecen iguales castigos por iguales crí-
menes!
Cansado de filosofar funestamente y á mala hora, pues y a
no había remedio, me iba quedando dormido, cuando los ayes
de un moribundo que estaba junto á mí, interrumpieron mi
sueño y pude percibir qus con una lánguida voz, que apenas
se oía, se auxiliaba solo el miserable diciendo: Jesús, Jesús, ten
misericordia de mí.
El temor y la lástima que me causó aquel triste espectáculo
me hicieron esforzar la voz cuanto pude, y les grité á los enfer-
meros: ¡hola! amigos, levántense que se muere un pobre. Cua-
tro ó cinco veces grité, y ó no me oian aquellos picaros, ó se
hacían dormidos, que fué lo que tuve yo por mas cierto; y asi,
enfadado de su flojera, á pesar do mis dolores, les tiré con el
jarro de la bebida con tan buen tino, que los bañé mal de su
grado.

N o pudieron disimular, y se levantaron hechos unos tigres


contra mí, hartándome á desvergüenzas; pero y o valiéndome
del sagrado de mi enfermedad, los enfrené díciéndoles con el
garbo que no esperaban: picaros, indolentes, faltos de caridad,
que os acostais á roncar debiendo alguno quedar en vela para
avisar al padre capellan de guardia sí se muere algún enfer-
mo, como ese pobrecito que está espirando. Y o mañana avi-
saré al señor mayordomo, y si no os castiga, vendrá el escri-
bano y le encargaré avise estos abusos al exmo. sr. virev, v le
diga de mi parte que eslábais borrachos.
Se espantaron aquellos flojos con mis amenazas y cabilosi-
dades, y me suplicaron que no avisára al superior: yo se los
ofrecí con tal que tuviesen cuidado de los pobres enfermos.
Entretanto teníamos este coloquio murió el infeliz por quien
me incomodé, de suerte que cuando fueron á verlo, ya era
ánima. Por un yerro de cuenta me pusieron á mí en la sala de me-

E n cuanto aquellos enfermadores ó enfermeros vieron que ya dicina, debiéndome haber zampado en la de cirugía, y esta ca-

no respiraba, lo echaron fuera de la cama calientito como un sualidad me hizo advertir los abusos que v o y contando. Sin

tamal, lo llevaron al depósito casi encueros, y volvieron al mo- duda en mi cama, que era la 60 habia mnerto el dia ántes al-

mento á rastrear los trevejos que el pobre difunto dejó, y se re- gún pobre de fiebre, y el médico sin verme ni examinarme, so-

ducían á un coton y unos calzones blancos viejos, sucios y de lo vió el recetario, y el número de la cama, y creyendo que y o

manta: un eslaboncito, su rosario y una cajilla de cigarros que era el febricitante, dijo: núm. 60, cáusticos y líquidos. ¡Cáus-

no creo que la probó el infeliz. ticos y líquidos! esclamò yo. Por María Santísima que no me
martiricen ni me lastimen mas de lo que estoy. Y a que ayrer
E n tanto que el aire, se hizo la hijuela y partición de bienes,
no me mató el payo á palos, no quieran vds., señores, matarme
tocándole á uno (de los dos que eran) los calzones y el rosario,
hoy de hambre ni á quemadas.
y al otro el coton y el eslaboncito; y sobre á quién lo habia de
tocar la cajilla de cigarros trabaron una disputa tan alterca- A mis lamentos hicieron advertir al doctor que y o no era el
da, que por poco rematan á porrazos, hasta que otro enfermo febricitante, sino un herido. E n t ó n c e s cargándose de razón
Ies aconsejó que se partieran los c i g a r r o s y tiraran el papel para encubrir su atolondramiento, preguntó: ¿pues qué hace
de la cubierta. aquí? A su sala, á su sala.
Así se "concluyó la visita y quedamos los enfermos entrega-
Aprobaron el consejo, lo hicieron así: se fueron á acostar
dos al brazo secular de los practicantes y curanderos. D e que
y y o me quedé murmurando la cicatería é Ínteres de semejan-
yo vi que á las once fueron entrando dos con un cántaro de
tes muebles; pero como á las tres de la mañana me dormí, y tan
una misma bebida, y les fueron dando su j a r r o á todos los en-
bien, que fué señal evidente de que habian calmado mis dolores.
fermos, me quedé frió. ¿Cómo es posible, decia yo, que una
A otro dia me despertaron los enfermeros con mi atole que
misma bebida sea á propósito para todas las enfermedades?
no dejé de tomar con mas apetencia que el anterior. A poco ra-
Sea por Dios.
to entró el médico á hacer la visita acompañado de sus apren-
dices. Habiamos en la sala como setenta enfermos, y con to- Despues entró el cirujano y sus oficiales, y me curaron en

do eso no duró la visita quince minutos. Pasaba toda la cua- un credo; pero con tales estrujones y tan poca caridad, que á

drilla por cada cama, y apenas t o c a b a el médico el pulso a' la verdad ni se los agradecí; porque me lastimaron mas de lo

enfermo, como si fuera ascua ardiendo, lo soltaba al instante, que era menester.

y seguia á hacer la misma diligencia con los demás, ordenan- L l e g ó la hora de comer y comí lo que me dieron, que era....
do los medicamentos según era el número de la cama, v. g . y a se puede considerar. A la noche siguió la cena de atole,
decia: núm. 1, sangría: núm. 2, id.: n ú m . 3, régimen ordina- y á otro pobre del núm. 36 que estaba casi agonizando, le pu-
rio: núm. 4, lavativas emolientes: n ú m . 5, bebida diaforética: sieron frente de la c a m a un crucifijo con una vela á los piés *,
núm. 6, cataplasma anodina, y así no era mucho que durara
l i visita tan poco. • A esta ceremonia <lc indolencia y p o c a caridad llaman en los mas
hospitales poner el Tecolote.
W .

y se fueron á dormir los enfermeros dejando á su cuidado que viage en vano: que se juntó con otros hábiles y se fué do mi-
se muriera cuando se le diera la gana. sion * á T i x t l a pensando hacer algo porque habia fiesta; pero
Dos meses estuve y o mirando cosas que apenas se pueden que el subdelegado era opuestísimo á los juegos, y no pudo ha-
creer, y que seria de desear se remediaran. cer nada: que de limosna se mantuvo y SK volvió á M é x i c o :
Y a estaba convaleciendo cuando un dia entró á verme Ja. quo dos dias antes habia llegado, y luego que se informó que
nuario envuelto en un zarape roto, con un sombrero de mala todavía estaba y o en el hospital me vino á ver: que estaba pe-
muerte, en pechos de camisa * con un calzoncillo roto y mu. reciendo, y últimamente, que deseaba que y o saliera para que
griento, y unos zapatos de vaqueta abotinados, y mas viejos entre los dos viéramos lo que hacíamos.
que el sombrero. T o d a esta larga relación me hizo Januario, y 110 en com-
C o m o y o no lo dejé tan mal parado, ni lo había conocido pendió. Y o le conté el por menor de mis desgracias, y él me
tan trapiento, me asusté pensando que habia alguna gran no- contestó: hermano, ¡qué se ha de hacer! el que está dispuesto
vedad, y que por eso venia disfrazado mi amigo; pero él me á las maduras, ha de estarlo también á las duras. Así como
s a c ó del temor que me habia infundido, diciéndome, que aquel estuviste conforme y gustoso con los pesos que ganaste, así lo
trage e r a el propio y el único que tenia; porque los cuidados debes estar con los palos que has llevado. E s o tiene nuestra
le habian seguido como á los perros los palos: que desde el dia carrera, que tan pronto logramos buenas aventuras, como te-
de mi desgracia no habia podido alzar cabeza: que todo el nemos que sufrir otras malas. L o mismo dijera si hubiera su-
asunto se puso entre los jugadores, y que y a no le daban lugar cedido conmigo; pero no te desconsueles: acaba de sanar que
en ningún juego, porque todos lo trataban de entregador: que no siempre ha de estar la mar en calma.
el mismo dia luego que me echó menos y supo que habia ido Si salieres cuando y o no lo sepa, búscame en el arrastra-
con el payo, temió lo que pasó, y á la noche fué á informarse derito de aquella noche, porque no tengo otra casa por ahora;
al mesón, donde le dijeron que mi heridor así como se recobró pero ni tú tampoco. Y a sabes que somos amigos viejos. Con
de la cólera y advirtió el desaguisado que habia hecho, teme- esto se despidió Januario dejándome en el hospital, en donde
roso de la justicia, ensilló su caballo y tomó las de Villadiego, me dieron de alta á los tres dias como á los soldados.
c o n tal ligereza, que cuando los alguaciles fueron á buscarlo,
Salí sano según el médico; pero según lo que rengueaba, to-
y a él estaba léjos de México: que el picaro del compañero que
davía necesitaba mas agua de calahuala, y mas parchazos; mas
apostó los albures se marchó también con el dinero sin saber-
se á donde, de suerte que no le tocó al dicho Januario un real * L o s tunos llaman ir á misión ó ir de misión á ciertas v i a j a t a s q u e
de su diligencia f : que á pié y andando fué éste en su busca hacen f u e r a de las c i u d a d e s á robar con la b a i a j a á los infelices q u e se des-

basta Chilapa, donde le dijeron que se habia ido: que hizo su cuidan y caen en sivs m a n o s . E11 rara entrada de cura ó subdelegado, ó
fiestecita, no-hay de estos misioneros malditos. 6 o n la polilla de los pue-

* E s t e modo de hablar es v u l g a r . Y a se sabe q u e quiere decir que no blos. S u e l e n mil veces ir s i n un real, desnudos y á pata, y volver á ca-

t e n i a n i c h u p a , ni c h a l e c o . ballo, vestidos, y c o n m u c h o s pesos q u e h a n robado, SeTia bueno q u e to-

| M u c h a s veces sucede esto mismo á a l g u n o s , que se a p o n e n v pre- dos los j u e c e s hiciesen lo q u e el de T i x t l a . E s t o es, n o consentirlos en

v i e n e n u n r o b i , y otros son los aprovechados, ÍUS territorios.


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¿qué habia de hacer? El facultativo decia que y a estaba bueno Por estos temores me resolví á irme al arrastraderito, que

y era menester creerlo, á pesar de que mi naturaleza decia se me hacia tan duro como el hospital mismo; pero la necesi-

que no. dad atropella por todo.

Salí por fin todo entelerido y entrapajado; pero¿á dónde sa- Llegué á la maldita zahúrda con real y medio, (pues antes

lí? A la calle, porque casa no la conocia, y salí peor de lo que me cené medio de frijoles en el c a m i n o . ) E n t r é sin que na-

entré, porque mis trapillos estaban malos á la entrada; pero sa- die me reconviniera, y vi que estaba la inesita del juego como

lieron desauciados. N o sé en qué estuvo. cuadro de ánimas; pero de condenados.


Como catorce ó diez y seis gentes habia allí, y entre todos
Pobre y trapiento, solo, enfermo y con harta hambre me an-
no se veia una cara blanca, ni uno medio vestido. Todos eran
duve asoleando todo el dia en pos de mi protector Januario á
lobos y mulatos encuerados, que jugaban sus medios con una
c u y a s migajas estaba atenido; sin embargo de que lo conside-
barajita que solo ellos la conocían según estaba de mugrienta.
raba punto menos miserable que yo.
Allí se pelaban unos á otros sus pocos trapos, y a empeñán-'
M i s diligencias fueron vanas, y era la una del dia y yo no
dolos, y y a jugándolos al remate, quedándose algunos como sus
tenia en el estómago sino el poquito de atole que bebí en el
madres los parieron, sin mas que un maxtle como le llaman,
hospital por la mañana, por señas de que al tomarlo me acor-
que es un trapo con que cubren sus vergüenzas, y habiendo
dé de aquel versíto que dice:
picaro de estos que se enredaba con una frazada en compañía
Este es el postrer atole de otro á quien le llamaba su valedor.
Que en tu casa he de beber. Abundaban en aquel infierno abreviado los juramentos, ob-
cenidades y blasfemias. E l juego, la concurrencia, la estre-
Ello es que y a no veia de hambre, pues así por la pérdida
chez del lugar, y el chinguirito, tenian aquello ardiendo en ca-
de sangre que habia sufrido, como por el mal pasage del hos-
lor, apestando á sudor, y h e c h o . . . . y a lo comparé bien, un
pital estaba débilísimo.
i nfierno.
N o hubo remedio: á las tres de la tarde me quité la chupa
L u e g o que vieron que me arrimé á la mesa á ver jugar pen-
en un zaguan y la fui á empeñar. ¡Qué trabajo me costó que
sando que tenia dinero, me proporcionaron por asiento la es-
me fiaran sobre ella cuatro reales! Pues no pasaron de ahí,
quina de un banco que tenia una estaca salida y se me enca-
porque decían que y a no valia nada; pero por fin los presta-
jaba por mala parte, dejándome hecho monito de vidrio.
ron, me habilité de cigarros, y me fui á comer á un bodegon.
Sin embargo de mi incomodidad, no me levanté, conside-
A l g o se contentó mi corazon luego que se satisfizo mi estó-
rando que entre aquella gente era demasiada cortesía. Saqué
mago. Anduve toda la tarde en la misma diligencia que por
mediecillo y comencé é j u g a r como todos.
la mañana, y saqué de mis pasos el mismo fruto, que fué no
N o tardé mucho en perderlo, y seguí con otro que corrió la
hallar á mi compañero; pero despues que anocheció y dieron
misma suerte en ménos minutos; y no quise j u g a r el tercero
las ocho, me entró mucho miedo pensando que si me quedaba
por reservarlo para pagar la posada.
en la calle estaba tan de vuelta, que podría ser que me encon-
Y a me iba á levantar, cuando el coime me conoció y me di-
trara una ronda ó una patrulla y fuera á amanecer á la cárcel.
jo: v d . ¿á quien venia á buscar? Yo le dijeque á D. Januario
Cuando me vieron tan^ jovial y que lójos de amohinarme,
C a r p e f i a (que asi se apellidaba mi compañero.) Rieron (odos
les llevaba el barreno, se hicieron todos mis amigos y camara-
a l e g r e m e n t e luego que respondí, y viendo que y o me había cis-
das, marcándome por suyo, pues según decían, era yo un mu-
cado c o n su risa, me dijo el coime: ¿acaso vd. buscará á Juan
chacho corriente, y con esta confianza nos comenzamos to-
L a r g o el entregador, aquel con quien vino la otra noche? No
dos á tutear alegremente. Costumbre ordinaria de personas
lo pude negar: dije que al mismo, y me contestó: amigo, pues
malcriadas, que comienza en son de cariño y las mas veces
ese n o e s D . ni Doña, cuando mas y mucho, será D . Petate,
acaba con desprecios, aun entre sugetos decentes * .
y D . E n c u e r a d o como n o s o t r o s . . . .
Cátenme vds. y a cofrade de semejante comunidad, miembro
A e s t e tiempo fué entrando el susodicho, y luego que lo vie- de una academia de pillos, y socio de un complot de borrachos,
ron, c o m e n z a r o n todos á darle broma, diciéndole: ¡6 D . Janua- tahúres y cuchareros. ¡Vamos que en aquella noche quedé
y o ! ¡ O señor D. Juan Largo! pase su merced. ¿Donde ha es- y o aventajadísimo, y acabé de honrar la memoria de mi buen (
tado? y otras sandeces, que todas se reducían á mofarlo por su padre!
t r a t a m i e n t o que y o le habia dado.
¿Qué hubiera dicho mi madre si hubiera visto metido en
E l n o me habia visto, y como lo ¡guoraba todo, estaba co- aquella indecentísima chusma al descendiente de los Ponces,
mo t o n t o en vísperas, hasta que uno de los encuerados para sa- Tagles, Pintos, Vélaseos, Zumalacárreguis y Bundíburis? Se
cario d e la duda le dijo: aquí ha venido preguntando por e l c a . hubiera muerto mil veces, y otras tantas habría resuelto po.
ballero D . Januario Garrapiña ó Garrapeña el señor, y dicien- nerme al peor oficio antes que dejarme vagamundo; pero las
do esto me señaló. madres no creen lo que sucede, y aun les parece que estos ejem-
N o bien me vió Januario, cuando exaltado de gusto no tu- plos se quedan en meros cuentos, y que aun cuando sean cier-
vo su amistad espresiones mas finas con que saludarme que tos no hablan con sus hijos. E n fin, nos acostamos como pu-
e c h a r s e á mis brazos y decirme: ¿es posible, Periquillo Sar- dimos los que nos quedamos allí: y y o pasé la noche como
niento, que nos volvemos á ver juntos? E n cuanto aquellos her- Dios quiso.
manos oyeron mi sobrenombre, renovaron los caquinos, y co- Seis íi ocho dias estuve entre aquella familia y en ellos me
menzaron á indagar su etimología, cuya esplicacion no les ne- dejó Januario sin capote, pues un dia me lo pidió prestado pa-
gó J a n u a r i o . ra hacer no sé qué diligencia, se lo llevó y me dejó su zarape.
A q u í f u é el mofarme y el periquearme todos á cual mas, co. A las cuatro de'la larde vino sin él, quedándome y o muerto de
mo que al fin eran gente soez y grosera; yo, por mas que me susto cuando me contó mil mentiras, y remató con que el ca
i n c o m o d é con la burla, no pude menos sino disimular, y ha- pote estaba empeñado en cinco pesos. ¡En cinco pesos, hom-
cerme á las armas, como dicen vulgarmente; porque si hubie-
* E l tratamiento de tú léjos de a u m e n t a r la amistad como se creen
ra querido ser tratado de aquella canalla según merccian mis
a l g u n o s vulgares, la d i s m i n u y e ; porque á la demasiada c o n f i a n z a , ordina-
principios, Ies hubiera dado mayor motivo de burlarme. Es-
riamente s i g u e el m e n o s p r e c i o ; ¡i este el s e n t i m i e n t o , y al sentimiento el
tos son los chascos á que se espone el hombre flojo, perdido y
ejiojo, y ¡á D i o s amistad! U n tratamiento político y cariñoso conserva
sinvergüenza, los buenos a m i g o s .
bre de Dios! dije yo. ¿Como puede ser eso, si está tan roto y re.
mendado que no vale veinte reales? ¡O, qué tonto eres! me con. vamos, si toda3 la3 llevaba el maldito tres.—Maldito seas tú,

testó: si vieras los lances que hice con los cinco pesos, te hu- y el tres, y el cuatro, y el cinco y el seis, y toda la baraja, que

bieras azorado: y a sabes que soy trepador. Me llegué á ver y a me dejaste sin capote. ¡Voto á los diablos! ser la única
alhaja que y o tenia, mi colchon, mi cama, y todo, ¿y dejarme
oomo con y o te diré. Q u i n c e y siete son veinte y dos, y . . .
tú ahora hecho un pilhuanejo? No te apures, me dijo Janua-
¿nueve? treinta y u n o . . . .¿y doce? en fin, como con cincuen-
rio, y o tengo un proyecto muy bien pensado que nos ha de dar
ta pesos, por ahí. ¿Y qué es de ellos? pregunté. ¿Qué ha de
á los dos mucho dinero, y puede sea esta noche; pero has de
ser? dijo Januario: que estaba y o j u g a n d o la contra-judia cer-
guardar el secreto. Por ahora ahí tenemos el zarape que bien
rada: le puse lodo el dinero á un tres contra una sota, y . . . .
puede servirnos á ambos.
Acaba de reventar, le dije; vino la sota y se llevó el diablo el
Y o le pregunté ¿qué cosa era? Y él llevándome á un
dinero, ¿no es eso? Sí hermano, eso es; pero si vieras que tres
rincón del cuartito, me dijo: mira, es menester que cuando
tan chulo! chiquita, contra-judío, nones,lugar de afuera. ...*
uno está como nosotros se arroje y se determine á todo; por-
* l l a m a n regla l o s j u g a d o r e s á c u a l q u i e r o r d e n de cartas ó convinacio- que peor es morirse de hambre. Sábete, pues, que cerca do
nes que eligen para j u g a r . A s í e s que grande y c h i c a es n n a regla, y estaño aquí vive una viuda rica, sin otra compañía que una criada
tiene que esplicar p u e s que d o s cartas q u e se e c h a n sobre la mesa, una no de malos bigotes, á la que y o le he echado mis polvos; aun-
tiene tantos superiores, y esa e s grande, así c o m o la que tiene tantos me- que nada he logrado. E s t a viuda ha de ser la que esta noche
nores e s c h i c a . S i una por e j e m p l o es 4 y la otra 3, la primera será grande»
nos socorra, aunque no quiera. ¿Y cómo? Le pregunté. A
y la segunda c h i c a . J u d i a quiere decir la m a s grande e n las figuras y la
lo que Januario me dijo: aquí en la pandilla hay un compañe-
m a s chica sn las cartas blancas. C o n t r a - j u d i a , vice versa. Pares y nones: los
n ú m e r o s pares ó impares; pero la g r a c i a está e n saber distinguirlos cuando ro que le dicen Culás el Pipilo, que es un mulatillo muy vivo,
las dos cartas son de una m i s m a clase, ( v . g r . ) salieron 2 y 4, arabos soa de bastante espíritu y grande amigo mió. E s t e me ha propor-
pares: ¿cuál será el par y c u á l el non? S a l i e r o n 7 y 5 , ¿cuál de los dos cionado el que esta misma noche entre diez y once váyamos
e s el par! E s t o la esplican con a l g u n a c o n f u s i o n ; pero sabiéndose que la á la casa, sorprendamos á las dos mugeres, y nos habilitemos
mayor conserva tu valor se aclara todo. A s í e s que en el primer caso,
de reales y de alhajas, que de uno y otro tiene mucho la viuda.
el 4 es par y el 2 n o n . E n el s e g u n d o caso, 7 e s n o n y 5 par. E n las fi-
g u r a s hoy la sota representa 8, el caballo 9 y e l rey 10; pero en la época Todo está listo: y a estamos convenidos, y tenemos una gan-
de que se habla en Ja obra, c o m o las barajas t c n i a n ochos y n u e v e s , la so- zúa que hace á la puerta perfectamente. Solo nos falta un
ta representaba 10, e l caballo 11 y el rey 1 2 . A s í e s que siempre para compañero que se quede en el zaguan mientras que nosotros
los pares y nones quedan sujetos á la r e g l a general de la mayor 4c.—
avanzamos. Ninguno mejor que tú para el efecto. C o n que
Lugar de dentro y de afuera. E l primero es en el que se echa la pri-
aliéntate, que por una chispa de capote que te perdí, te voy á
mera carta que sale ó el q u e e n las carpetas ó c u r r o s está marcado con el
facilitar una porcion considerable de dinero.
n ú m . 1, y el s e g u n d o el n ú m . 2 .
Asombrado me quedé yo con la determinación de Januario,
H a y otras m u c h í s i m a s reglas q u e se i n v e n t a n s e g ú n el capricho de a . :
no pudiendo persuadirme que fuera capaz de prostituirse has-
d a j u g a d o r , pero esta nota debe reducirse á a q u e l l o s de que hace mención
ta el estremo de declararse ladrón: y así léjos de determinar-
•a obra en este l u g a r , — E .
me á acompañarlo, le procuró disuadir de su intento, ponde-
TOM. II. 3
rándole lo i n j u s t o del hecho, los peligros á que se esponia, y eI
vergonzoso p a r a d e r o que le esperaba si p o r u n a desgracia lo esto no será motivo poderoso que me aparte de la intención que

pillaban. tengo hecha; porque mal de muchos éfc.


¿Qué mas tiene robar con plumas, con varas de medir, con
M e o y ó J a n u a r i o con m u c h a atención, y c u a n d o hice pun.
romanas, con recetas, con aceites, con papeles & c . &c. &c.
to, me dijo: n o p e n s a b a que e r a s tan h i p ó c r i t a ni t a n necio
que robar con ganzúas, cordeles y llaves maestras? Robar por
que te a t r e v i e r a s á fingir virtud, y á darle consejos á tu maesl
robar, todo sale allá, y ladrón por ladrón, lo mismo es el que
tro. M i r a , m u l o : y a y o s é que es injusto el robo, y que tiene
roba en coche que el que roba á pié; y tan dañoso á la socie-
riesgos el oficio; p e r o d i m e : ¿qué cosa n o los tiene? Si un
dad ó mas, es el asaltador en las ciudades, que el salteador de
h o m b r e g i r a por el c o m e r c i o , puede perderse: si por la labor
caminos.
del c a m p o , un m a l temporal puede d e s g r a c i a r la m a s sazona,
da c o s e c h a : si e s t u d i a , puede ser un tonto, ó no t e n e r créditos, No me arrugues las cejas ni comienzes á escandalizarte con

si a p r e n d e un oficio m e c á n i c o , puede e c h a r á perder las obras: tus mocherias. E s t o que te digo, no es solo porque quiero ser

pueden h a c e r l e d r o g a s , ó salir un chambón: si g i r a por ofici- ladrón; otros lo han dicho primero que yo, y no solo lo han di-

nista, puede no h a l l a r p r o t e c c i ó n , y no l o g r a r u n ascenso en cho, sino que lo han impreso, y hombres de virtud y de sabi-

toda su vida: si e m p r e n d e ser m i l i t a r , pueden m a t a r l o en la duría tales como el padre jesuíta Pedro Murillo Velarde, en su

p r i m e r a c a m p a ñ a , y asi todos. catecismo. O y e lo que se lee en el lib. II. cap. XII. fol. 1 7 7 .
„Son innumerables los modos, géneros, especies y maneras
C o n q u e si todos t u v i e r a n m i e d o de lo que puede suceder, na-
„que hay de hurtar (dice este padre). Hurta el chico, hurta el
die t e n d r í a u n peso, porque nadie se a r r i e s g á r a á buscarlo. Si
„grande, hurta el oficial, el soldado, el mercader, el sastre, el
me dices: que solicitarlo de los modos que h e p i n t a d o es justo,
„escribano, el juez, el abogado; y aunque no todos hurtan, to-
t a n t o como es i n i c u o el que y o te propongo; te d i r é que robar
„do género de gente hurta. Y el verbo rapio se conjuga por
no es o t r a cosa que quitarle á otro lo s u y o sin su voluntad; y
„todos modos y tiempos. * Húrtase por activa y por pasiva,
según esta verdad el m u n d o está lleno de l a d r o n e s . L o que
„por circunloquio y por participio de futuro en rus." Hasta
tiene es que unos roban con a p a r i e n c i a s de j u s t i c i a , y otros sin
aquí dicho autor.
ellas. U n o s p ú b l i c a , o t r o s p r i v a d a m e n t e . . U n o s á la sombra
de las leyes, y otros declarándose c o n t r a ellas. U n o s espo- ¿Qué te parece, pues? y donde hay tanto ladrón, ¿qué bulto
níéndose á los balazos y á los verdugos, y o t r o s paseando y haré yo? Ninguno ciertamente, porque un garbanzo mas no
m u y s e g u r o s en s u s casas. E n fin, h e r m a n o , unos roban á lo revienta una olla. ¿Tú sabes los que se escandalizan de los la-
divino y otros á lo h u m a n o ; pero todos * r o b a n . C o n q u e así
cho escrúpulo ya de defraudar, ó ya de quedarse con lo ageno. Esta es
* S o l o J a n u a r i o podia hablar con tanta generalidad porque era un una verdad amarga, pero es una verdad. Examinémosla sin pasión.
* Como decir de presente; yo hurto, tú hurtas, aquel hurta, nosotros
ardido. D e la abundancia del corazon se vienen á la boca las palabras.
hurtamos, vosotros hurtáis, aquellos huitan. De pretérito: yo hurté, tú
N o todos roban; pero son tantos los ladrones, y p u e d e tanto el interea,
hurtaste, aquel hurtó &c. De futuro. Yo hurtaré, tú hurtarás, y asi
q u e a p e n a s h a y de quien fiar. S e pierden los h o m b r e s de bien entre lo.
todos los demás tiempos y personas. ¡Qué desgracia! muchos no saben
que n o lo son, y en asunto de intereses n o son c o m u n e s los q u e hacen mu-
ni leer, y conjugan este verbo sin turbarse.
:

72 73
drones y de s u s robos? Los d e su o f i c i o , tonto. E s o s son s u j „tos. A seguida un labrador diciendo: yo sustento, y me sus-
peores enemigos; por eso dice el r e f r á n : qué siente un gato que tento de estos tres. A su lado un oficial que confesaba: yo en-
otro arañe. „gaño, y me engañan estos cuatro. Luego un mercader que de-
N o me a c u e r d o si en un libro v i e j o titulado: Deleite de la ,,cia: yo desnudo cuando visto á estos cinco. Despues un letra-
discreción, ó en o t r o l l a m a d o Floresta española, pero segura- ,,do: yo destruyo cuando amparo á estos seis. A poco trecho un
m e n t e en uno d e los dos, he leido a q u e l c u e n t o g r a c i o s o de un „médico: yo mato cuando curo á estos siete. Luego un confesor:
loco m u y a g u d o que h a b í a en S e v i l l a , l l a m a d o J u a n G a r c í a , „yo condeno cuando absuelvo á estos ocho. Y á lo último un de-
el cual viendo c i e r t a ocasion que l l e v a b a n u n ladrón al suplí, „monio estendiendo la garra, y diciendo; pues yo me llevo á to-
ció, comenzó á r e í r á c a r c a j a d a t e n d i d a , y p r e g u n t a d o ¿que ,,dos estos nueve. Así unos por otros encadenados los hombres
d e q u é se reía en u n espectáculo t a n funesto? R e s p o n d i ó : me „van estudiando los fraudes contra el séptimo precepto, y ba-
rio de ver que los ladrones grandes llevan á horcar al chico. A- g a n d o encadenados al infierno." Hasta aquí él cristiano, ce-
plique vd. señor P e r i c o . loso y erudito padre Juan Martinez de la Parra en su plática
moral 45, fol. 239 de la edición 24. a , hecha en Madrid el año
T o d o lo que saco por c o n c l u s i ó n , l e respondí, es que c u a n -
de 1788.
do u n h o m b r e está resuelto, c o m o t ú , á c u a l q u i e r a cosa por
m a l a que sea, i n t e r p r e t a á su f a v o r los m i s m o s a r g u m e n t o s C o n q u e y a ves como a u n q u e todos r o b a n , según dices, todos
q u e son en c o n t r a . T o d o eso q u e d i c e s tiene b a s t a n t o de ver- h a c e n mal, y á todos se los llevará el diablo, y y o n o tengo
dad. Q u e h a y m u c h o s ladrones ¿ q u i é n lo h a de n e g a r si lo g a n a s de e n t r a r en esa c u e n t a .
vemos? Q u e el h u r t o se palia c o n d i f e r e n t e s nombres, es evi- Estás muy mocho, me dijo Januario, y á la verdad esa no es
d e n t e , y que las m a s veces se r o b a c o n a p a r i e n c i a s de justicia, virtud sino miedo. ¿Cómo no escrupulizas tanto para hacer
es m a s claro que la luz; pero todo e s t o no prueba que sea líci- una droga, para arrastrar un muerto, ni armarte con una pa-
to el h u r t a r . ¿Acaso p o r q u e e n l a s g u e r r a s j u s t a s ó injustas rada, que ya lo haces mejor que yo? ¿Y cómo no escrupulizas-
se m a t a n los hombres á millares, s e p r o b a r á j a m á s que es líci- te para entregar los cien pesos del payo? Pues bien sabes que
to el homicidio? L a r e p e t i c i ó n d e a c t o s e n g e n d r a costumbre, todos esos son hurtos con distintos nombres.
pero no la j u s t i f i c a , si ella n o es b u e n a de p o r sí. E s verdad, le respondí; pero si lo hice fué instigado de tí,
T a m p o c o prueba n a d a lo que d i c e el p a d r e Murillo, porque que yo por mí solo no tengo valor para tanto. Conozco que
lo dijo s a t i r i z a n d o y no a p l a u d i e n d o el robo. P e r o por no de- es robo, y que hice mal; y también conozco que de estas esta-
berte nada, te h e de p a g a r tu c u e n t e c i t o con o t r o que también fas, trampas y drogas se va para allá; esto es, para ladrones
h e leido en u n libro de j e s u i t a , y t i e n e la r e c o m e n d a c i ó n de pro- declarados. Y o , amigo, no quiero que me tengas por virtuo-
b a r lo que tú dices, y lo que y o d i g o , esto es, que m u c h o s ro- so. Supon que me recelo de puro miedo; mas cree infalible-
ban, pero no por eso es licito el r o b a r . Atiéndeme. mente que no tengo ni tantitas'apetencias de morir ahorcado.
Así estuvimos departiendo un gran rato, hasta que nos re-
„ P i n t ó u n o enmedio de un lienzo u n príncipe, y á su lado
solvimos á lo que sabréis, si leis el capitulo que viene detrás
„ u n m i n i s t r o que d e c i a : sirvo á este solo, y de este me sirvo.
de este.
„ D e s p u e s un soldado que d e c i a : mientras yo robo, me roban es-
brado de la calle, observé que como á las diez y media llega-
CAPITULO V. ron á la casa destinada al robo dos bultos, que al momento co-
nocí eran Januario y el Pipilo: abrieron con mucho silencio:
E n el q u e nuestro a u t o r refiere s u p r i s i ó n , el b u e n e n c u e n t r e de u n ami-
emparejaron la puerta, y y o me fui con disimulo á encender
g o q u e t u v o e n e l l a , y l a historia de e s t e .
un cigarro en la vela del farol del sereno que estaba sentado
en la esquina.

ESPITES de muchos debates que tuvimos sobre la materia L u e g o que llegué lo saludé con mucha cortesía: él me cor-
antecedente, le dije á J a n u a r i o . Ultimamente, hermano, yo respondió con la misma, le di cigarro, encendí el mió: y ape-
te acompañaré á cuanto tú quieras como no sea á robar; por- nas empezaba y o á enredar conversación con él esperando el
que á la verdad, no me estira ese oficio; y Antes quisiera qui- resultado de mi amigo; cuando oimos abrir un balcón y dar
tarte de la cabeza tal tontera. unos gritos terribles á una muchacha que sin duda fué la cria-

Januario me agradeció mi cariño; pero me dijo que si yo da de la viuda: Señor sereno, señor guarda, ladrones: corra vd.

no queria acompañarlo, que me quedara; pero que le guarda- por Dios que nos matan.

ra al secreto, porque él estaba resuelto á salir de miserias aque- Así gritaba la muchacha; pero muy seguido y muy recio.
lla noche, topara en lo que topára: que si la cosa se hacia sin El guarda luego, luego se levantó: chifló lo mejor que pudo, y
escándalo, según tcnian pensado él y el Pipilo, á otro dia me echó unas cuantas bendiciones con su farol en medio de las bo-
traería un capote mejor que el que me habia jugado, y no ten- cas calles para llamar á sus compañeros, y me dijo, amigo,
dríamos necesidades. deme vd. auxilio, tome mi farol y vamos.

Y o le prometí guardarle el mas riguroso silencio, dándole C o g í el farol, y él se terció su capotito y enarboló su chu-
las gracias por su oferta y repitiéndole mis consejos con mis zo; pero mientras hizo estas diligencias se escaparon los la-
súplicas; pero nada bastó á detenerlo. A l irse me abrazó, y drones. E l Pipilo, á quien conocí por su sombrero blanco, pa-
me puso al cuello un rosario diciéndome: por si tal v e z por un só casi junto á mí, y por mas que corrió el sereno y y o (que
accidente no nos viéremos, ponte este rosarito para que te a- también hice que corria) fué incapaz darle alcance porque le
cuerdes de mí. Con esto se marchó.y y o me quedé llorando; nacieron alas en los pies. N o le valió al sereno gritar, atajen-
porque lo queria, á pesar de conocer que era un picaro. No lo, atájenlo, pues aquellas calles son poco acompañadas de no-
sé que tiene la comunicación contraida y mantenida desde che y no habia muchos atajadores.
muchachos que engendra un cariño de hermanos. E l l o es que el Pipilo se escapó, y con menos susto Januario

Fuese mi amigo, y y o pasé tristísimo lo restante de la tar- que tomó por la otra boca calle, por donde no hubo sereno ni

de sintiendo su abandono y temiendo una funesta desgracia. quien lo molestara para nada.

A las nueve de la noche no cabia y o en mí, estrañando aleom- E n t r e tanto, llegaron otros dos guardas, y casi tras ellos u-
pañero: y al modo de los enamorados me salí á rondarlo por na patrulla. L a muchacha todavía no cesaba de dar gritos
aquella calle donde me dijo que vivia la viuda. en el balcón, pidiendo unpadre, asegurando que habian matado

Embutido en una puerta y ocultoá la merced del poco alum- é su ama. A sus voces acudimos todos y entVamos en la casa.
L o p r i m e r o q u e e n c o n t r a m o s f u é á la d i c h a m u c h a c h a II 0 .
r a n d o en el c o r r e d o r , d i c i é n d o n o s ¡ay señores! un p a d r e y un con aquella serenidad que i n f u n d e la i n o c e n c i a ; pero la m a l v a -
m é d i c o , que y a m a t a r o n á mi a m a esos i n d i g n o s . da m o z a , m i e n t r a s estaba d a n d o e s t a r a z ó n , no me q u i t a b a un
El s a r g e n t o d e la patrulla con dos soldados, los serenos y i n s t a n t e la vista, r e p a s á n d o m e de a r r i b a á bajo. Yo lo a d v e r -
yo, que no d e j a b a el farol de la m a n o , e n t r a m o s á la recáma- tí, pero n o s e me d a b a n a d a , a t r i b u y é n d o l o á que n o le p a r e c i a
ra donde e s t a b a l a señora t i r a d a en su c a m a , la c u a l estaba m u y malote.
llena de s a n g r e y e l l a sin d a r m u e s t r a s d e vida. P r e g u n t ó l e el s a r g e n t o ¿si conocia á a l g u n o de los ladrones?

L a vista h o r r o r o s a de aquel espectáculo s o r p r e n d i ó á todos, y ella respondió: sí señor, c o n o z c o á uno que se l l a m a señor J a -
y á mí me llenó d e susto y de lástima; de susto, por el riesgo n u a r i o , y le d i c e n por mal n o m b r e J u a n L a r g o , y n o sale de •
q u e c o r r í a J a n u a r í o si lo llegaban á descubrir, y de lástima, este, t r u q u i t o de a q u í á l a vuelta, y este señor lo ha de c o n o c e r
c o n s i d e r a n d o la i n j u s t i c i a con que h a b í a n s a c r i f i c a d o aquella mejor que y o . A ese tiempo me señaló, y y o me quedé m o r -
v í c t i m a i n o c e n t e á su c o d i c i a . tal, como suelen d e c i r . E l s a r g e n t o a d v i r t i ó mi t u r b a c i ó n y me
A poco r a t o l l e g a r o n casi j u u t o s el m é d i c o y el confesor, á dijo: sí a m i g o , la m u c h a c h a tiene r a z ó n sin d u d a . V d . se ha
q u i e n e s f u é á l l a m a r u n soldado por ó r d e n del s a r g e n t o luego i n m u t a d o d e m a s i a d o , y la m i s m a culpa lo está a c u s a n d o . ¿Vd.
q u e este desde la c a l l e o y ó los g r i t o s de la m u c h a c h a . será q u i z á el s e r e n o de esta calle? N o señor, le dije yo; á n t e s
c u a n d o la señora salió al balcón á g r i t a r , estaba y o c h u p a n d o
E n c u a n t o l l e g a r o n , se a c e r c ó el s a c e r d o t e á la c a m a , y
un c i g a r r o c o n el sereno, y n o s o t r o s f u i m o s les primeros que
viendo que ni p o r moverla, ni por h a b l a r l a se m o v í a , la absoí.
venimos á d a r el auxilio. Q u e lo diga el señor.
vió b a j o de c o n d i c i o n , y se r e t i r ó á un lado.
E n t ó n c e s s e a c e r c ó el médico, y como m a s p r á c t i c o advir- E n t ó n c e s el s e r e n o c o n f i r m ó mi verdad; pero el s a r g e n t o en
t i ó que e s t a b a p r i v a d a y que aquella s a n g r e e r a u n achaque vez de c o n v e n c e r s e , p r o s i g u i ó : sí, sí; t a n buena maula s e r á vd.
mugeril. S a l í m o n o s á la sala y a consolados de q u e n o e r a la como^el sereno. ¿Serenos? ¡ah! a h o r c a d o s los vea y o á todos
d e s g r a c i a que se p e n s a b a , m i e n t r a s e n t r e el m é d i c o y la moza por a l c a h u e t e s de los ladrones; si estos n o t u v i e r a n las espal-
c u r a r o n c a s e r a m e n t e á la e n f e r m a . d a s s e g u r a s con vdes. si vdes. no se e m b o r r a c h a r a n , ó se d u r -
m i e r a n , ó se a l e j a r a n de s u s puestos, e r a imposible que hubie-
C o n c l u i d a e s t a d i l i g e n c i a y vuelta en sí del desmayo, llamó
ra t a n t o s robos.
el s a r g e n t o á la c r i a d a p a r a que v i e r a lo que f a l t a b a en la ca-
s a . E l l a la r e g i s t r ó toda, y dijo que no f a l t a b a m a s que el cu- E l s e r e n o se a p u r a b a y j u r a b a a t e s t i g u a n d o c o n m i g o que

bierto c o n q u e e s t a b a c e n a n d o su a m a , y el hilito de perlas n o estaba r e t i r a d o n i d u r m i e n d o ; pero el s a r g e n t o n o le hizo

que t e n i a e n el c u e l l o ; porque luego que uno d e los ladrones car- caso: sino q u e p r e g u n t ó á 1a m u c h a c h a ¿y tú, hija, en q u é te

g ó con ella p a r a la c a m a , el otro se embolsó el cubierto; y sin f u n d a s p a r a a s e g u r a r que este conoce al ladrón? ¡Ay señor!

ser b a s t a n t e ó s i n a d v e r t i r á detener á la que d a b a esta razón, dijo la m u c h a c h a : en mucho, en m u c h o . M i r e su mercé, ese

salió al balcón y c o m e n z ó á g r i t a r al sereno, á c u y o s g r i t o s no zarape que tiene el señor, es el m i s m o del señor J u a n Largo

h i c i e r o n los l a d r o n e s m a s que salirse á la calle c o r r i e n d o . que y o lo conozco bien, como que c u a n d o salia á la tienda ó á
la p l a z a no m a s me a n d a b a a t a j a n d o , por señas que ese r o s a r i o
Yo estaba c o n el farol e n la m a n o , desembozado el z a r a p e y
que tiene el señor es mió, que a y e r me a g a r r ó eso picaro del
v
desgote de la camisa y del r o s a r i o , y me quería meter en un
L a patruya se fué: los soldados se volvieron á encoger en su
zaguan, y y o estiré y me safé y h a s t a se rompió la camisa,
tarima: el centinela se quedó dando el quien vive á cuantos pa-
mire su tnercé, y mi rosario se l e quedó en la mano y se ie-
saban, y y o me quedé batallando con el dolor del cepo, el mo-
ventó: por señas que ha de e s t a r añidido y le han de faltar
limiento del envigado, una multitud de chinches y pulgas que
cuentas, y es el cordon n u e v e c i t o , e s de cuatro y de seda rosa-
me cercaron, y lo peor de todo, un confuso tropel de pensa-
da y verde, y en esa bolsita q u e tiene, ha de tener dos estara-
mientos tristes que me acometieron derepente.
pitas, una de mi amo S r . San A n d r é s Avelino, y otra de San-
Y a se deja entender qué noche pasaría yo. N o pude pegar
ta Rosalía.
los ojos en toda ella, considerando el terrible y vergonzoso es-
F r i ó me quedé y o con tanta s e ñ a de la maldita moza, con-
tado á que me veia reducido sin comerla ni bebería, solo por
sideraiido que nada podia ser m e n t i r a , como que el rosario ha-
haber Conservado la amistad de un picaro *.
bia venido por mano de J a n u a r i o , y y a él me había contado
A m a n e c i ó por fin: se tocó la diana: se levantaron los solda-
la afición que le tenia.
dos echando votos, como acostumbran, y cuando llegó la hora
E l sargento me lo hizo q u i t a r ; descosió la bolsita, y dicho
de dar el parte, lo despacharon al M a y o r de Plaza, y á mí a-
y hecho; al pie de la letra estaba todo conforme había decía-
marrado como un cohete entre los soldados para la cárcel de
rado la muchacha. N o fué m e n e s t e r mas averiguación. Al
córte.
instante me trincaron codo con c o d o con un portafusil, sin va-
L u e g o que entré del boquete al patio tocaron una campana,
ler mis juramentos ni alegatos, p u e s á todos ellos contestó el
que según me dijeron despues, era diligencia que se hacia con
sargento: bien, mañana se s a b r á c o m o está eso.
todos los presos, para que el alcaide y los guardianes de arri-
Con esto me bajaron la e s c a l e r a , y la moza bajó también á
ba estuviesen sobre aviso de que habia preso nuevo.
cerrar la puerta, y viendo que n o podia meter la llave, advir-
E n efecto; á poco rato oí que comenzó uno á gritar:, ese
tió que el embarazo era la g a n z ú a q u e habían dejado en la cha-
nuevo, ese nuevo para arriba. Advirtiéronme los compañeros
pa. L a quitó y se la entregó al s a r g e n t o . C e r r ó su puerta y
que á mí me llamaban, y el presidente que era un hombreton
á mí me llevaron al vivac p r i n c i p a l .
gordo con un chirrión amarrado en la cintura, me llevó arri-
L u e g o que me entragaron á a q u e l l a guardia, preguntaron
ba, y me metió en una sala larga, donde en una mesita estaba
sus soldados á mis conductores, ¿ q U e por qué me llevaban? Y
el alcaide, quien me preguntó ¿cómo me llamaba, de donde
ellos respondieron que por cuchara, esto es, por ladrón. Los
era, y quien me habia traído preso? Y o por no manchar mi
preguntones me echaron mil t a l e s , y como que se alegraron de
generación dije que me llamaba Sancho Perez, que era natu-
que hubiera y o caido, á modo q u e fueran ellos muy hombres
ral de Ixtlahuaca, y que me habían traído unos soldados del
de bien. Escribieron no sé q u é c o s a , y se marcharon; pero al
Principal.
despedirse dijo el sargento á su c o m p a ñ e r o : tenga vd. cuida-
do con ese, que es reo de c o n s e c u e n c i a .
N o bien oyó el sargento de l a g u a r d i a tal recomendación, • A m u c h o s les s u c e d e lo mismo, y n o e n m i e n d a n á los j ó v e n e s es-
tos e j e m p l o s . E l a m i g o b u e n o se debe conservar á toda costa; y el ma-
cuando mo mandó poner en el c e p o de las dos patas.
lo se debe h u i r l u e g o q u e s e conoce: porque m a s vale andar solo & c .
A p u n t a r o n t o d o esto en un libro, y me d e s p a c h a r o n . Lúe-
c a m p a n e r a s , como llamamos, z a p a t o s abotinados y s o m b r e r o
g o que b a j é m e c o b r ó el presidente dos y medio, y no sé cuan-
blanco tendido. E s t e , luego que me dejaron solo, se a c e r c ó á
to de patente. Y o que i g n o r a b a aquel idioma, le dije que no
mí, y con u n a a f a b i l i d a d n u e v a p a r a mí en aquellos l u g a r e s ,
queria a s e n t a r m e en n i n g u n a c o f r a d í a en aquella casa, y así,
me dijo: a m i g u i t o , ¿gusta vd. de u n cigarro? Y me lo dió sen-
que no n e c e s i t a b a de p a t e n t e . E l c o m i t r e maldito, que pensó
tándose j u n t o á m í . Y o lo t o m é a g r a d e c i é n d o l e su comedi-
que me b u r l a b a d e él, me dió un bofeton que me hizo escupir
miento, y él m e instó p a r a que f u e r a á su calabozo á a l m o r -
s a n g r e , d i c i é n d o m e : so tal, (y me lo e n c a j ó ) , n a d i e se mofa de
z a r de lo que t e n i a . T o r n é á m a n i f e s t a r l e mi g r a t i t u d y m e
mí, n i los h o m b r e s , contimás un mocoso. L a p a t e n t e se le p¡.
fui con él.
de; y si n o q u i e r e s p a g a r l a , h a r á s la limpieza, so cucharero.
L u e g o que llegamos á su d e p a r t a m e n t o , descolgó un tompea-
D i c i e n d o e s t o s e f u é , y me dejó, pero me dejó en un m a r de
te que t e n i a en la pared, s a c ó un trusco * de queso y u n a tor-
aflicciones.
ta de pan, y lo puso en mis m a n o s d i c i é n d o m e : la posada n o
H a b i a en a q u e l p a t i o un millón de presos. Unos blancos,
puede ser peor, ni h a y c o s a mejor que ofrecerle á vd.; p e r o
otros p r i e t o s : u n o s medio vestidos, otros decentes: unos empe-
¿qué h e m o s de hacer? C o m a m o s esto poco que D i o s nos da,
lotados, o t r o s e n r e d a d o s en s u s pichas; pero todos pálidos, y
e s t i m a n d o vd. mi afecto, y n o el a g a s a j o ; porque éste es bas-
p i n t a d a su t r i s t e z a y su desesperación en los macilentos co-
t a n t e c o r t o y grosero.
lores de s u s c a r a s .
Y o me a d m i r a b a d e e s c u c h a r u n o s comedimientos s e m e j a n -
S i n e m b a r g o , p a r e c e que n a d a se les d a b a de aquella vida;
tes, á u n hombre, al p a r e c e r t a n o r d i n a r i o , y e n t r e a s o m b r a d o
p o r q u e u n o s j u g a b a n albures: otros s a l t a b a n con los grillos: o-
y e n t e r n e c i d o le dije: le doy á vd. infinitas g r a c i a s , señor, no
t r o s c a n t a b a n : o t r o s tejian m e d i a s y p u n t a s : otros platicaban,
tanto p o r el a g a s a j o que m e hace, c u a n t o por el Ínteres que
y cada cual procuraba divertirse; menos u n o s c u a n t o s mas
m a n i f i e s t a e n mi d e s g r a c i a d a s u e r t e . A la verdad que estoy
fizgones q u e s e r o d e a r o n de mí á i n d a g a r cual e r a el motivo
atónito, y no a c a b o de p e r s u a d i r m e cómo puede hallarse un
de mi p r i s i ó n .
h o m b r e de bien, como vd. debe ser, en estos h o r r o r o s o s luga-
Y o Ies c o n t e s t é i n g e n u a m e n t e , y así q u e m e o y e r o n , se se- res. depósitos de la i n i q u i d a d y d e la m a l i c i a .
p a r a r o n r i e n d o , y en u n m o m e n t o y a me c o n o c í a n e n t r e todos E l b u e n a m i g o m e contestó: es c i e r t o que las cárceles son
por cuchara. d e s t i n a d a s p a r a a s e g u r a r en ella á los p i c a r o s y delincuentes;
N a d i e me c o n s o l a b a , y todo el Ínteres que m a n i f e s t a r o n por pero a l g u n a s veces o t r o s m a s p i c a r o s y m a s poderosos se v a -
saber la c a u s a de mi a r r e s t o f u é u n a simple curiosidad. Pe- len d e ellas p a r a o p r i m i r á los inocentes, imputándoles delitos
r o p a r a q u e s e v e a que en el peor l u g a r del m u n d o h a y hom- que n o h a n cometido, y r e g u l a r m e n t e lo c o n s i g u e n á costa de
bres buenos, a t e n d e d . s u s cábalas y artificios, e n g a ñ a n d o la i n t e g r i d a d de los j u e c e s
E n t r e los q u e e s c u c h a r o n el e x á m e n que me h a c í a n los pre- m a s vigilantes; pero según el d i c t a m e n de vd. sin d u d a y o me
sos fizgones, e s t a b a u n h o m b r e como de c u a r e n t a años, blanco h e e n g a ñ a d o en el m i ó .
y n o d e m a l a p r e s e n c i a , vestido con sola su c a m i s a , unos cal-
• Trosco, ó trusco. V o z corrompida que usa la gente vulgar e n ve»
zones d e p a n a azul, u n a m a n g a m o r a d a , botas de campo, ó
de t r o i o , sino e s sincopada de t r o c i s c o . — E .
¿Pues cuál es el de vd? L e dije. E l mió, m e c o r n e é , e 8 el no fuera una ce ias exepciones de esta regia, yo mismo
que acabo de decir, esto es: que aunque el instituto de las cár una prueba contraria al mal j u i c i o que habia formado de las
celes sea asegurar delincuentes, Ja malicia de los hombres cárceles....
sabe torcer este fin, y hacer que sirvan para privar de su Según eso, interrumpió el amigo, ¿vd. no ha venido aquí
libertad 4 los hombres de bien en muchos casos, de lo que por ningún delito? Y a se ve que no, dije, y en seguida le con-
tenemos abundancia de ejemplares, que nos eximen de ,na3 té punto por punto mi vida y milagros hasta la época infeliz
pruebas.
de mi prisión.
Conforme 4 este mi parecer y no s é por qué particular sin,, El compañero me atendió con mucha cortesía, y luego que
pa .a me compadeció vd. luego que vi el mal tratamiento que hube concluido, me dijo: amigo: la sencillez con que vd. me
le h.zo el presidente y formé idea de que era vd. un hombre de ha referido sus aventuras, me confirma en el primer concepto
b n, y que tal vez lo habia sepultado en estas mazmorras al. que hice luego que lo vi; esto es-, que vd. era un mozo bien na-
g u n enemigo poderoso como 4 mí; mas y a vd. me ha hecho cido, y que habia venido por una desgracia imprevista; aun-
variar de pensamiento, pues crée q u e en las c4rceles no puede que es constante que no padece sin delito. N o robó ni coope-
haber sino reos cnmina.es, y así m e persuado ahora que vd. ró al robo; pero ¡ay amigo! tiene vd. sobre sí las lágrimas que
como jóven sm esperiencía habr4 delinquido mas por miseria arrancó á su madre, y tal vez la muerte que probablemente le

humana que por malicia; pero c u a n d o así sea, ¿ j o mió, no anticipó con sus extravíos, y los delitos que se cometen contra
los padres claman al cielo por la venganza. Por ahora no hay
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eSCanda,ÍZ ° * *
m e n amar y
S q U e 10
de compadecer; porque en el hombre se debe aborrecer el vi.
•mas que conocer esta verdad, arrepentirse y confiar en la di-
vina Providencia que aun cuando castiga, siempre dirige sus
c . o pero nunca la persona. Por tanto, pídale vd. licencia al
decretos á nuestro bien.
P e d e n t e para venirse 4 este calabozo, y si le tiene miedo, yo
e la pediré y P ondr4 vd. su cama, c u a n d o se la traigan, jun- Por lo que toca á mí, y a le dije, cuente con un amigo y con
to U n mía, as. para servirse de mí e n lo poco que sea útil co- mis infelices arbitrios, que los emplearé gustosísimo en ser-
2 P « * I»* «o hbre de las mofas de los dem4s presos, que co. virlo.
•no gente muy vulgar, sin principios ni educación alguna, se Por tercera vez le di las g r a c i a s conociendo que su oferta
entretienen s.empre burl4ndose con l o s pobres nuevos que vie- no era de boca,'como las que se usan comunmente; y picándo-
nen 4 ser inquilinos de estas cuadras. m e l a curiosidad de saber quien seria aquel hombre amable, no
Y o le retorné mis agradecimientos, añadiendo: no puedo pude contenerme, sino que con pocos circunloquios le supliqué
menos que considerar en vd. un h o m b r e muy sensible y muy me hiciera el favor de imponerme de sus infortunios. A lo que
de bien, 6 mas propiamente, un g é n í o bienhechor que se di*, él me contestó con mucho agrado diciéndome: D . Pedro: cuan-
na dedicarse 4 ser mi 4ngel tutelar e n el desamparo en qu°e d q j j o fuera por corresponder á la confianza que vd. ha usado
me hallo y me he avergonzado de haberme esplicado con ccfljtnigo, contándome sus tragedias, haría de buena gana lo
tanta necedad que pude persuadir 4 v d . que creía que cuantos que me suplica, porque es sabido y cierto que las penas co-
están en las c4rceles son picaros, pues ciertamente cuando vd. municadas cuando no sanan se alivian. E n esta inteligencia,
ha de s a b e r v d . , que yo me llamo Antonio S á n c h e z : mis p a . decirme, que él era un pobre c a r g a d o de familia, que se com-
dres f u e r o n d e buena cuna, y arreglada conducta, y ambos tu- padecía de mi desgracia; pero que no podia hacerse cargo de
vieron un florido capital, del que yo habria disfrutado si la mí, y así que solicitara la protección de mis parientes, y vie-
P r o v i d e n c i a n o me hubiera destinado á padecer desde que vi ra lo que hacia.
la luz p r i m e r a ; bien que no me quejo de mi suerte cuando re- Considere vd. que tal me quedaría con semejante noticia.
cuerdo m i s d e s g r a c i a s , pues seria un blasfemo si hablara con T e n i a entonces diez y ocho años y ninguna esperiencia; pe-
r e s e n t i m i e n t o de un Dios que me ama infinitamente mas que ro por especial favor de Dios ni habia contraído n i n g ú n vicio
y o mismo, y quien infaliblemente todo lo dispone para mi be- vergonzoso ni pensaba á lo muchacho; y así le dije, que den-
neficio; p e r o solo en tono de la relación de mi vida digo: que tro de ocho dias resolveria lo que habia de hacer y le avisaría.
desde que n a c í fui desgraciado, porque mi m a d r e murió en el E n el momento fui á ver á un estudiante pobre y hombre de
momento q u e salí de sus entrañas, y y a se sabe que esta hor- bien, á quien despues de contarle mis desgracias, le e n c a r g u é
fandad d e s d e el nacimiento acarrea una larga série de fatali- que me vendiese mi c a m a , libros, manto, turca, relox, y cuan-
dades á los q u e hemos tenido esta desventura. to consideré que podia valer algo.
Mi buen p a d r e no perdonó fatiga, gasto ni cuidado para E n efecto, mi amigo hizo la diligencia con eficacia y pron-
suplir esta f a l t a ; y así entre nodrizas, a y a s y c r i a d a s pasé mi titud, y al segundo dia me trajo ciento y pico de pesos. L e di
puerilidad c o n aquella alegria propia de la edad, sin dejar de su gratificación, y cambié la m a y o r parte en oro, comprando
a p r e n d e r aquellos principios de religión, urbanidad y prime- con el resto una m a n g a y u n a s botas semiviejas.
r a s letras, en que no se descuido de instruirme mi amante pa. H e c h a esta diligencia, fui á los mesones á buscar un pasa-
dre, con aquel esmero y cariño con que se t r a t a n por los bue- gero que estuviera de viage p a r a m i tierra. Por fortuna no
nos padres los primeros y únicos hijos. fué vana mi solicitud; hallé un a r r i e r o que iba á llevar cigar-
Q u i n c e a ñ o s contaba yo cuando el mió me puso en el co- ros y traer tabaco, y por diez pesos ajusté con él mi m a r c h a .
legio, donde p e r m a n e c í tres muy contento y lleno de ¡nocen- E n t ó n c e s avisé mi determinación al corresponsal de mi alba-
tes satisfacciones, que se me acabaron con el fallecimiento de cea, quien me la aprobó, y despidiéndome de él y de su fami-
su merced, quedando bajo la tutela del albacea, cuyo nombre lia, me fui al mesón y á los dos dias partimos para Orizava.
dejo en silencio por no descubrir enteramente al autor de mis N o me pareció este viage como los anteriores que habia he-
desgracias. Ya vd. conocerá por esta espresion que mi alba - cho por el mismo c a m i n o cuando iba á vacaciones, especial-
c e a en poco tiempo concluyó con mis bienes, dejándome en mente en vida del señor mi padre; mas era otro tiempo y era
las g a r r a s de la indigencia, y cuando ya no tuvo que hacer, forzoso acomodarme á las circunstancias.
se f u g ó de O r i z a v a , de donde soy n a t u r a l , sin dejarme siquie- Llegué por fin á la espresada Villa sin novedad, y recelan-
r a recomendado á su corresponsal que tenia en México. do algún despego en uno que otro pariente que tenia acomo-
E s t e luego que supo su ausencia y el funesto motivo que la dado, determinó ir á apearme en casa de u n a s tias viejas que
habia ocasionado, fué al colegio, borró colegiatura, me llevó á conocía me a m a b a n , y no se desdeñarían de hospedarme.
su c a s a , me impuso de mi triste situación, concluyendo con No salió falso mi modo do pensar; porque luego que me vie-
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ron las pobrecillas comenzaron á llorar, como que sabian pri- todos los que tienen que comer han heredado; así como las
m e r o que yo mis infortunios, me abrazaron y me internaron á horcas no suspenden á cuantos ladrones hay, que si así lo hi-
la casita, asegurándome que la mirara como mia. cieran, no se pasearan riendo tantos albaceas ladrones que hay
L e s manifesté mi gratitud lo mejor que pude, diciéndoles, como el de su padre de vd. ¿Sabe vd. escribir razonablemen-
pensaba en acomodarme en alguna tienda, hacienda ó cosa se- te? Señor, le dije, verá vd. mi letra, y en seguida escribí en un
mejante para comenzar á aprender á ganar el pan con el su- papel no sé qué.
dor de mi frente, que era y a lo único á que podia aspirar. L e gustó mucho mi letra, y me exaniisó en cuentas, y vien-
L a s benditas viejas se enternecian con estas cosas, y y o re- do que sabia alguna cosa, me propuso que si quería irme con
doblaba mis agradecimientos á sus sentimientos expresivos. él á tierra adentro, donde tenia una hacienda y tienda, que
S e i s dias contaba y o de hospedage en su casa, cuando una me daría quince pesos cada mes el primer año, mientras me
tarde entró en ella un señor muy decente á quien yo no cono- adiestraba, á mas de plato y ropa limpia.
c i a , y mis tias trataban con confianza, porque le lavaban y Y o vi el cielo abierto con semejante destino, que entónces
cosían su ropa cuando transitaba por allí, y valiéndose de su me pareció inmejorable, como que no tenia ninguno, ni espe-
comunicación le dijeron: señor D . Francisco, ¿conoce vd. á ranza de lograrlo; y así admití al instante, dándole y o y mis
este niño? Señalándome. E l caballero dijo que no, y ellas aña- tias muchas gracias.
dieron, es nuestro sobrino Antoñito el hijo de su amigo de v d . E l caballero debia partir al dia siguiente á su destino; y así
nuestro difunto D . Lorenzo Sánchez, que en paz descanze. me dijo que desde aquella hora corría y o por su cuenta, que
¿Es posible, dijo el caballero, que este jóven desgraciado es me despidiera de mis tias, y me fuera con él á su posada.
el hijo de mi amigo? ¿Y qué hace aquí, en este trage tan inde- Resolví hacerlo así, y saqué de la faldriquera cuatro onzas
cente? ¿No estaba en el colegio? S í señor, respondieron mis de oro que me habian quedado de la realización de mis habe-
tias; pero como su albacea echó por ahí todo su patrimonio, res, dándole tres de ellas á mis tias que no querian admitir,
se halla el pobrecillo reducido á buscar en que ganar la vida por mas que y o porfiaba en que las recibieran, asegurándolas
con su trabajo, y mientras, se ha venido con nosotras. que no las habia reservado con otro objeto que el dárselas lue-
Y a tenia y o noticia de la fechoria de ese bribón, dijo el ca- go que me acomodara, que ya habia llegado ese caso, y de con-
ballero, pero no lo quería creer. ¿Y qué, amiguito, nada le de- siguiente el de que y o les manifestara mi gratitud.
j ó á vd? N a d a señor, le contesté, de suerte que para poder tras- C o n todo esto rehusaban mis tias el admitirlas, hasta que mi
ladarme á esta Villa tuve que vender manto, cama, libros y amo (que y a es menester nombrarlo asi) les dijo que las reci-
otras frioleras. bieran, pues y o á su lado nada necesitarla.
¡ V á l g a m e Dios! ¡pobre jóven! prosiguió el D . Francisco. ¡Ah Tomáronlas, por fin, y despedímonos entre lágrimas, abrazos
picaros, picaros albaceas, que tan mal desempeñáis los encar- y propósito de escribirnos. A otro dia salimos de Orizava, y
g o s de los testadores, enriqueciéndoos con lo ageno, y dejando al mes y dias llegamos á Zacatecas donde estaba la ubicación
por puertas á los miserables pupilos! de mi amo.
A m i g u i t o , no se desanime vd. sea hombre de bien, que no ^ntes de ponerme en su tienda hizo llamar al sastre y á la
costurera, y c o n la mayor presteza se me lúzo ropa blanca y
de color, ordinaria y de gala, comprándoseme cama, baúl y Con esta determinación me hice de una libranza para Ve»
todo lo necesario. racruz, y marché con dos mozos y mi equipage para mi tier-
Y o estaba contento pero azorado al ver su munificencia, ra. Llegué en pocos dias, tomé una casa, la equipé, y á la
considerando que según lo que habia gastado en mí y mi ruin primera visita que hice á mi bienhechora tia me la llevé á ella.
sueldo de quince pesos, y a estaba y o vendido por cuatro 6 cin. Fui despues á V e r a c r u z , emplee mis mediecillos y me dedi-
co años cuando menos. qué á la viandancia, en la que no me fué mal, pues en seis años
Y a habilitado de esta suerte y recomendándome con el títu- y a mi capitalito ascendía á veinte mil pesos.
lo de su ahijado, me entregó en la tienda á disposición del en. L a que llaman fortuna parece que se cansaba pronto de ser-
jero mayor. me favorable. Contraje amistad estrecha con dos comercian-
N o a c a b a r i a , s i circunstanciadamente quisiera c o n t a r á vd. tes ricos de V e r a c r u z . y estos me propusieron que si queria en-
los favores que le debí á este mi nuevo padre, pues así lo ama. trar á la parte con el'os en cierta negociación de un contra-
ba, y él me quiso como á hijo; porque era viudo y no tuvo su. bando interesante que estaba á bordo de la fragata Anfitrite.
cesión. B a s l e decir á vd. que en doce años que viví con él, me Para esto me mostraron las facturas originales de Cádiz, so-
apliqué tanto, trabajé con tal tesón y fidelidad, y le gané de bre cuyos precios designaba el dueño para sí una muy corta
tal modo la voluntad, que y o fui no solo el cajero mayor y el utilidad, pues siendo todos los efectos ingleses, escogidos y
árbitro de sus confianzas, sino que llenaba la boca llamándo- comprados también por alto, el interesado se contentaba con un
me hijo, y y o le correspondía tratándolo de padre. quince por ciento; pero con la condicion de que antes de de-
Pero como los bienes de esta vida no permanecen, llegó el sembarcarlos, se debía poner el dinero en su poder, siendo el
tiempo de que se me acabara el poco que habia logrado de des- desembarque de cuenta y riesgo de los compradores.
canso. Y o me mosquié un poco con tal condicion, perú los compa-
Un sugeto á quien habia fiado en la administración de real ñeros me animaron, asegurándome que eso era lo de menos,
hacienda, quebró y cubrió mi amo esta falta con la mayor par- pues y a estaban comprados los guardas: que una noche se ve-
te de sus intereses, y á seguida le acometió una terrible fiebre rificaría el desembarco por la costa en dos botes ó lanchas del
de la que falleció al cabo de quince dias, dejándome lleno de mismo puerto.
dolor, que procuraba desahogar en vano con mis lágrimasi Como la codicia agitada por el Ínteres atropella por todo,
las que no e n j u g u é en mucho tiempo, sin embargo de verme fácilmente convine con mis camaradas, creyendo hacerme de
heredero de todo cuanto le habia quedado, que después de rea- un principal respetable en dos meses.
lizado se redujo á ocho mil pesos. Con esta resolución procuré realizar cuanto tenia, y puse
T r a t é de separarme de aquella tierra, así para no tener á la mi plata en poder de mis amigos, quienes celebraron el trato
vista objetos que mo renovasen cada día el sentimiento de su con el marino, poniendo todo el importe de la memoria á su
falta, como para atender y recoger á una de mis pobres tias disposición.
que habia quedado. Todo estaba facilitado para desembarcar seguramente el
contrabando, y se hubiera verificado, si uno de los mismos
guardas comprados no hubiera hecho una de las suyas, dando
al vireinato la mas cabal y circunstanciada noticia del desera, di mi marcha para esta capital, á donde llegué con mi esposa

barque clandestino, con cuya diligencia se tomaron contra no. muy contento, pensando gastar los trescientos pesos en pa-

sotros las precauciones y providencias que exigia el caso, de searla, y emplear los dos mil en algunas maritatas, volviéndo-

modo que cuando lo supimos, fué cuando el cargamento esta, me á'rni tierra dentro de un mes, satisfecho de haber dado gus-

ba en tierra y decomisado. to á m i muger, y con mi capitalito en ser; ¡pero qué errados son
los juicios de los hombres! Diversos planes tenia trazados la
N o nos valió diligencia para rescatarlo, y tomamos escapar
Providencia para castigar mis excesos y acrisolar el honor de
las personas. Y o era de los tres el mas pobre, y sin duda el
mt consorte.
mas codicioso; porque invertí todo mi capital en la negocia»
Posamos en el mesón del Angel, y luego, luego mandé llamar
cion, por c u y a razón lo perdi todo.
al sastre para que le hiciese trages del dia, en c u y a operacion
Cáteme vd. de la noche á la m a ñ a n a sin blanca, y perdido
como bien pagado, no se tardó mucho tiempo; porque las ma-
en una hora todo lo que habia adquirido en diez y ocho años
nos de los artesanos se mueven á proporcion de la paga que
de trabajo.
han de recibir.
Poco faltó para desesperarme, y m a s cuando murió la po.
A los dos dias trajo el sastre los vestidos, que le venían á mi
bre de mi tia, que no pudo resistir este golpe; pero en fin, pro-
muger como pintados; pues era tan hermosa de cara como g a -
curé hacer como dicen, de tripas corazon, y vendiendo lo po-
llarda de cuerpo. F u e r a de que, aunque era payita, no era
co que me quedó, y cobrando algunos picos que me debian, me
de aquellas payas silvestres y criadas entre las vacas y cer-
junté con cerca de dos mil pesos, y con ellos comencé de nue-
dos de los ranchos: era una de las jalapeñas finas y bien edu-
vo á trabajar; pero y a con tan poco puntero lo mas que hacia
cadas, hija de un caballero que fué capitán de una de l a s c o m -
era mantenerme.
pañías del regimiento de T r e s Villas; y por aquí conocerá vd.
E n este tiempo (¡locuras de los hombres!) en este tiempo se cuán poco tendría que aprender de aquel garbo, ó lo que lla-
me antojó casarme, y de hecho lo verifiqué con una niña de la man aire de taco las cortesanas.
Villa de Jalapa, quien á una cara peregrina, reunia una bella
Efectivamente, luego que comencé á presentarla en los pa-
índole y un corazon sencillo: en fin, era una de aquellas mu.
seos, bailes, coliseo y tertulias, advertí con una necia compla-
chachas que vdes. los mexicanos llaman payas.
cencia que todos celebraban su mérito, y muchos con dema.
L a s muchas prendas que poseia, y el conocimiento que yo siada expresión. ¿Quién creerá que era y o tan abobado que
tenia de ellas, me la hacian cada dia mas amable, y por tan- pensaba que no habia ningún riesgo en las adulaciones y li-
to, le procuraba dar gusto en cuanto ella quería. sonjas que la prodigaban? Así era, y y o las correspondía con
E n t r e lo que quiso, fué venir á M é x i c o para ver lo que le ha- gratitud; y aun hacia mas en mi daño, que era franquearla en
bían contado de esta ciudad, á donde j a m á s habia venido. N o cuantos lugares públicos podia, congratulándome de que feste-
necesitó mas que insinuármelo para que y o dispusiera el traer- jaran su mérito y envidiaran mi dicha. ¡Necio! Y o ignoraba
l a . . . . ¡Ojalá y nunca lo hubiera pensado! que la muger hermosa es un alhaja que excita muy vivamente
Serian como dos mil y trescientos pesos con los que emp- " la codicia del hombre, y que el honor en estos casos se aventura
con esponerla con frecuencia á la curiosidad común - mas
Aquí llegaba la conversación de mi amigo, cuando la inter-
rumpieron unos gritos que decían: ese nuevo: anda Sánelo Pe.
rez, anda cucharero: anda hijo dep M i amigo me advirtió
que sin duda á mí me llamaban. E r a así, y y o tuve que de-
j a r pendiente su conversación.

CAPITULO VI.

C u e n t a Periquillo lo que le pasó c o n el escribano, y D . A n t o n i o conti-


n ú a contándole su historia.

S U S P E N D Í la conversación de mi amigo, según dije, para


ir á ver qué me querían. Subí lleno de cólera al ver el trata-
miento tan soez que me daba aquel meco, mulato ó demonio de
gritón (que era un preso destinado al efecto de llamar á los de-
más) que fué el que me condujo á la misma sala ó cuadra don-
de me asentó el alcaide; pero no me llevó á su mesa, sino á
otra, donde estaba un figurón prietusco y regordete, que pol-
los ojos centellaba el fuego que abrigaba su corazon.

L u e g o que llegamos allí, me dijo el picaron: éste es el señor


secretario que llama á vd. E l tal escribano' entonces volvió
la cara, y echándome una mirada infernal, me dijo: espérate
ahí. E l gritón se fué. y y o me quedé un poco retirado de la
mesa, y muy fruncido, esperando que acabara de moler á un
pobre indio que tenia delante.
L u e g o que despachó á este, me llamó, y haciéndome poner
la señal de la cruz, me dijo: ¿que si sabia lo que era jurar? Q u e
por ningún caso debia mentir ni quebrantar el juramento: si-
no decir la verdad en lo que supiere y fuera preguntado, aun-
que me ahorcaran. ¿Que si juraba hacerlo así? Yo respon-
di afirmativamente, y él añadió con una gravedad de, un va"
con esponerla con frecuencia á la curiosidad común* mas
Aquí llegaba la conversación de mi amigo, cuando la inter-
rumpieron unos gritos que decían: ese nuevo: anda Sánelo Pe.
rez, anda cucharero: anda hijo dep M i amigo me advirtió
que sin duda á mí me llamaban. E r a así, y y o tuve que de-
j a r pendiente su conversación.

CAPITULO VI.

C u e n t a Periquillo lo que le pasó c o n el escribano, y D . A n t o n i o conti-


n ú a contándole su historia.

S U S P E N D Í la conversación de mi amigo, según dije, para


ir á ver qué me querían. Subí lleno de cólera al ver el trata-
miento tan soez que me daba aquel meco, mulato ó demonio de
gritón (que era un preso destinado al efecto de llamar á los de-
más) que fué el que me condujo á la misma sala ó cuadra don-
de me asentó el alcaide; pero no me llevó á su mesa, sino á
otra, donde estaba un figurón prietusco y regordete, que pol-
los ojos centellaba el fuego que abrigaba su corazon.

L u e g o que llegamos allí, me dijo el picaron: éste es el señor


secretario que llama á vd. E l tal escribano' entonces volvió
la cara, y echándome una mirada infernal, me dijo: espérate
ahí. E l gritón se fué. y y o me quedé un poco retirado de la
mesa, y muy fruncido, esperando que acabara de moler á un
pobre indio que tenia delante.
L u e g o que despachó á este, me llamó, y haciéndome poner
la señal de la cruz, me dijo: ¿que si sabia lo que era jurar? Q u e
por ningún caso debia mentir ni quebrantar el juramento: si-
no decir la verdad en lo que supiere y fuera preguntado, aun-
que me ahorcaran. ¿Que si juraba hacerlo así? Yo respon-
di afirmativamente, y él añadió con una gravedad de, un va"
ion apostólico, si así lo hicieres, Dios te ayude; y si no, te lo
demande.
Concluida esta formalidad, comenzó á preguntarme: ¿quién
era yo? ¿Cómo me llamaba? ¿Qué calidad, cuántos años, qué
oficio y estado tenia? ¿De dónde era? D e manera que y a esta-
ba yo desesperado con tantas preguntas, creyendo que lleva-
ba traza de preguntarme de qué color eran las primeras man-
tillas que me pusieron.
T a n t a s preguntas y repreguntas pararon en que me hizo con-
tarle cuanto quiso acerca del modo con que habia adquirido
el rosario de la moza, de la amistad que llevaba con Janurio,
de los conocidos del truquito, y de otras cosillas de estas, que
á mí entonces me parecieron menudencias.
Así que escribió como dos pliegos de papel, me hizo que los
firmara, despues de lo cual me envió á mi destino.
Bajéme muy contento, deseando acabar de oir la tragedia
de mi amigo, á quien hallé recostado en su cama, divertido con
la lectura de un libro.
L u e g o que me vió, cerrólo, y sentándose en la cama me pre-
guntó, ¿que cómo me habia ido? Y o le respondí, que ni bien
ni mal; pues la llamada se ¿•edujo á hacerme mil preguntas el
escribano y á escribir dos pliegos de papel, los que firmé, y
quedé expedito para volver á gustar de su amable conversa-
ción.
E l me contestó con urbanidad, y me dijo: esas preguntas
que han hecho á vd., se llama tomar la declaración prepara-
toria. E s menester que tenga vd. muy presente lo que ha res-
puesto para que no se enrede ó se contradiga cuando le tomen
la coufesion con cargos, que es el paso mas sério de la causa, y
del que depende, las mas veces, el buen ó mal éxito de los
reos.
¡Virgen Santísima! eso sí está malo, dije; porque hoy me hi-
cieron una infinidad de preguntas y de cosas, que muchas me
3—2
parecieron frioleras. ¿Quién se acordará después de todo | 0 lo Dios sabe? Pues de esto conocerá vd. que aquí se eternizan
que y o contesté á ellas? ¿Y de aquí á cuando será la confe. los hombres.
sion con cargos? ¿Pero en siendo inocentes? Pregunté. N o importa nada,
E s o va largo, d i j o D . Antonio; porque como el robo no fué respondió el amigo. Aunque vd. esté inocente (como no tie-
cuantioso, es r e g u l a r que no haya parte que agite, y en este ne dinero para agitar su causa ni probar su inocencia) mien-
caso la causa se s e g u i r á de oficio; y como estas causas no pro. tras que ello no se manifiesta de por sí, y á pasos tan lentos,
ducen, por lo r e g u l a r , costas á los escribanos, porque los delin- pasa una multitud de tiempo.
cuentes no tienen t r a s que caer, las dejan dormir cuanto quie- E s a es una injusticia declarada, exclamé, y los jueces quo
ren, y vea vd. c o m o su confesion con cargos la puede esperar tal consienten son unos tiranos disimulados de la humanidad;
de aquí á tres meses, por ahí por ahí. pues que las cárceles que no se han hecho para oprimir, sino
M u c h o me desconsuela esa noticia, le dije, por dos razones: para asegurar á los delincuentes, mucho menos son para mar-
la primera, por la dilación que me espera en esta infame casa; tirizar á los inocentes privándolos de su libertad.
y la segunda, porque en tanto tiempo es muy fácil que me ol. V d . dice muy bien, dijo mi amigo. L a privación de lá li-
vide de lo que ahora respondí. bertad es un gran mal, y si á esta privación se agrega la in.
Por lo que toca á la dilación, me contestó mi amigo, no es famia de la cárcel, es un mal no solo grande sino terrible; y
mucha. L o s tres meses que he dicho son el plazo que pruden. tanto, que tenemos leyes que quieren que en ciertos casos y á
teniente considero que pasará para dar el segundo paso en su tales personas se les admitan fianzas de estar á derecho, pa-
"causa de vd. p e r o . . . . Dispense vd. le interrumpí: ¿cómo es gar & c . y no se sepulten en estos horrorosos lugares; pero se-
eso del segundo paso? ¿Pues qué no es el último, y con el que pa vd. que los jueces no tienen la culpa de las morosidades de
justificada mi inocencia, me echarán á la calle? las causas, ni de los perjuicios que por ellas sufren los mise-
Rióse mi amigo de mi simpleza, diciéndome: ¡qué bien se rables reos. E n los escríbanos consiste, este y otros daños
conoce que en su vida de vd. las ha visto mas gordas! Sí: se que se experimentan en las cárceles; porque en ellos está el agi-
echa de ver que vd. no solo no ha estado preso jamás; pero ni tar ó echar á dormir los negocios do los reos; y y a le dije á
se ha juntado con quien lo haya estado. A s í es, le dije, y me vd. que las causas de oficio andan espacio porque no ofrecen
he acompañado con buenos pillos; mas de nadie he sabido que muchí) lugar á las tenidas.
haya estado preso, y por lo mismo me cojen estas cosas de nue- E s o es decir, repuse yo, que los mas escribanos son venales,
vo. Pero qué, ¿todavía de aquí á tres meses estará mi negó.' y que solo se afanan, trabajan y dan curso á cualquier negó,
ció muy efpacio? ció por ínteres; pero sí este falla, no h a y que contar con ellos
Sí, querido, me respondió mi amigo. L a s causas (no sien, para maldita la cosa de provecho.
do muy ruidosas, ejecutivas ó agitadas por partes) andan con A lo menos, respondió mi amigo, y o no daria tanta exten-
piés de plomo. ¿No ha oído vd. por ahí un axioma muy vie- sión á la proposicíon, sí no oyera lamentarse de sus morosida-
jo que dice, que en entrando íLla cárcel se detienen los reos en des á tantos infelices que l i a ^ n nuestra compañía; pero, D .
si es ó no es, un mes;.si.es algo; un año; y si es cosa grave, so- Pedro, es mucho el influjo quF"fienen los escribanos sobre ¡a
suerte do los reos. D e manera, que si ellos quieren endulzan, i>e esto se ve con mucha frecuencia en los pueblos, y tam-
y si no ágrian las causas; siendo esta una verdad tan triste bién en las ciudades, especialmente sobre delitos comunes, y
como sabida. Hasta los niños dicen, que en el escribano está que no llevan un agregado horrorsoo. Supongamos, en los de.
todo, y los no niños se consuelan cuando tienen al escribano de litos de juego, hurtos rateros, embriaguez, incontinencia y
su parte, especialmente en las causas criminales. otros así; que en los crímenes de estado, asesinatos, robos c u a n ,
Según eso, dije yo, ¿los escribanos tienen facilidad de enga- tiosos, sacrilegos & c . , y a sabemos que no se fian los jueces de
fiar á los jueces cuando quieren? los escribanos, sino que asisten á las declaraciones, confesio-
Y y a se ve que la tienen, me respondió mi amigo, y que to. nes, careos, y demás diligencias que exigen tales causas.
da la responsabilidad que c a r g a r í a sobre los magistrados ó jue- Confieso á vd. señor, le dije, que estas noticias me desconsue-
ees, carga sobre ellos por el abuso que hacen de la confianza lan demasiado, y a porque el delito que se me supone es cabal-
que los dichos jueces depositan en ellos. mente de aquellos c u y a averiguación se sujeta á la férula de
N o piense vd. que es avanzada la proposicion. S i me fue. los escribanos, y a porque y o no tengo plata con que agitar, y
ra lícito, contaría á vd. casos modernos y originales, de que y a en fin, porque no me atrevo á poner la menor duda en lo
soy buen testigo, y en algunos también parte; pero ahí se irá que vd. me dice.
vd. comunicando con otros presos que son menos escrupulo. N i la debe vd. poner, me contestó; porque cuando no hubie-
sos que yo, y ellos informarán á vd. por menor de cuanto le ra aquí dentro tantos testigos de mi verdad, y o mismo soy una
digo. prueba de ella. Si, amigo: dos años cuento de prisión por una
L a lástima es que los malos escribanos, los mas venales y injusta calumnia, y mi enemigo no hubiera hallado tanta faci-
corrompidos, son los mas hipócritas y los que se saben captar lidad para perderme sino hubiera contado con un escribano
mas que otro la confianza y benevolencia de los jueces, y á venal y tracalero.
vueltas de esta, cometen sus intrigas y sus picardías con tan. Pues ya que ha tocado vd. ese punto, le dije, sírvase conti-
ta mayor satisfacción, cuanto que están seguros de que se crea nuar la conversación de sus desgracias, que si mal no me acuer-
su mala fe. do, quedamos en que tenia vd. mucha complacencia en lucir
Vuelvo á decir que estas son verdades duras para los palos; á su madama en las mejores concurrencias de M é x i c o .
pero para estos ¿qué verdades hay suaves? Los jueces mas ín. E s verdad, dijo D . Antonio, y esa necia complacencia la he
tegros y timoratos, si están dominados del escribano ¿cómo sa- pagado con una serie no interrumpida de trabajos. M i espo-
brán el estado de malicia ó de inocencia que presenta la cau- sa sabia bailar diestramente, y aun danzar; pero no por arte
sa de un reo, cuando el escribano solo ha tomado' la declara, sino como se suele decir, de afición. Y o deseando que sobresa-
cion? ¿Y cuando al darle cuenta con ella, añade criminalida- liera su mérito en todo, y que no la notasen en los bailes de me-
des, ó suprime defensas, según le conviene? E n tal caso, y ra aficionada, la solicité un buen maestro, c u y a s lecciones a-
descansando su conciencia en la del escribano, claro es que provechó ella muy bien, y en poco tiempo salió tan adelanta-
sentenciará según el aspecto con que éste le manifieste el deli- da, que podia competir con las mejores bailarinas del teatro^
to de) reo. y como su garbo y su hermosura natural la favorecían, se lie-
vaba las atenciones en todas partes, y recogía en Víctores, 1¡.
co que me habia quedado de principal. Pero por fin me pre-
sonjas y palmoteos el fruto de su habilidad.
guntó: ¿vd. que giro piensa tomar con tan escaso dinero?
E n c a n t a d o estaba y o con mi apreciable compañera, creyen.
Y o le respondí: pienso volverme á Jalapa dentro de quince días,
do que aunque todos me la envidiaran, ninguno se atrevería á
llevar empleados en algunas maritatas los pocos medios que
seducírmela; y aun en esto caso, su constante honor y virtud
han quedado, dejar á mi muger en casa de su madre y conti-
burlaría las solicitudes inicuas de mis rivales.
nuar en la viandancia. A m i g o , esa es una bobera, dijo el
C o n esta confianza me franqueaba con ella íí cualquiera
marques: creo que por mucho que vd. trabaje, nada mediará;
^ parte donde me convidaban, que era casi á los mejores bailes porque un puntero tan miserable, ha de dejar mas miserables
de M é x i c o . E n estas concurrencias, ¡qué cumplimientos y utilidades, las que que vd. ha de consumir precisamente en
obsequios nos dispensaban! ¡Qué destinos y acomodos lucro, gastos de camino y en subsistir, y jamás se juntará con diez
sos no me brindaban! ¡Qué protecciones no se me facilitaron mil pesos suyos, ni se podrá prometer ningún descanso.
y qué de regalitos y visitas no me liacian! ¿Y que fuera yo
Y a lo veo así, le dije; mas es forzoso trabajar para comer,
de tan poco mundo, y tan majadero que pensara que todas
y cuando solo esto consiga no haré poco. Bien, dijo el mar-
aquellas adoraciones eran á mí? ¡Ah! bien podía haber cargado ques; pero cuando al hombre de bien se le facilita una propor-
la albarda, mejor que el jumento de la imágen. cion ventajosa, no debe ser omiso ni despreciarla. E s a es
C i e r t a noche, una señora de respeto, con motivo de ser dia la que á mí no se me facilita, le contesté. ¿Luego si á vd. se
de su santo, convidó á mi muger al baile de su casa. Y o la le facilitara, dijo el marques, admitiría? Precisamente, señor,
llevé m u y contento, según tenia de costumbre. F u é mi espo. le respondí, no habia de ser tan necio. Pues amigo, añadió:
sa de las primeras que danzaron, sacándola un sugeto de dis- alegrarse, que la situación de vd. y los infortunios que ha su -
tinción porque-era rico y noble (si es que se da verdadera no- frido me compadecen demasiado. Vd. nació para rico; pero
bleza donde falta la virtud) á quien conoceremos con el título la suerte siempre es cruel con los buenos. N o obstante,- mi
del marques de T . E s t e caballero se enloqueció desde aquel compasion no se queda en palabras: amo á vd. por una ocul-
momento por mi esposa; pero supo disimular su loca pasión. ta simpatía: soy r i c o . . . . útimamente, quiero hacerlo hombre,
A c a b ó de danzar, y como y a mi esposa y y o éramos cono- ¿Dónde vive vd.? L e contesté que en el mesón. Pues bien,
cidos de la casa, le fué fácil informarse de quiénes éramos, do añadió, mañana espéreme vd. entre once y doce, y crea que
que tierra, del estado de nuestra suerte y de cuanto quiso y no le pesará la visita. ¿ Y a me conoce vd.? N o señor, !e dije,
pudo saber; y y a con estas noticias se sentó junto á mi, y con solo para servirle. P u e s e o y , prosiguió, su amigo el marques
la m a y o r cortesía comenzó á enredar conversación conmigo, de T , que tengo proporciones y deseo emplearlas en favorecer
y de unas en otras materias vino á caer la-plática sobre el co- á vd.

mercio y las grandes ventajas que ofrecía. L e di las debidas gracias, añadiendo: que si S . S . no gusta-
C o n este motivo le conté el atraso que había padecido por ba incomodarse en pasar á mi casa, yo pasaría á la suya á la
el contrabando queme decomisaron. Mostró él afligirse mu- hora que mandase. No, no, me contestó: si y o gusto mucho
c h o y condolerse do mi desgracia, y mas cuando supo lo po- de visitar á los pobres, y á mas de que estos pasos los doy tam»
uien en obsequio de mi salud, porque me conviene hacer al-
al ver la ridiculez de los contendientes, que no parecía sino
gun ejercicio á pié. que disputaban una cosa s u y a .
Diciendo esto, se comenzaron á levantar algunos para bai. El marques con algún entono de voz me dijo: vámonos D .
lar contradanza, y llegando á convidar al marques, se levantó Antonio, y y o no atreviéndome á oponerme á mi presunto
éste y fué 4 sacar á mi muger, á tiempo que otro capitan es. protector, le obedecí, y me salí con él y mi esposa, dejando sin
taba en la misma solicitud. C a t e vd. que sobre quién de los duda harta materia para que se ejercitara la crítica maliciosa
dos habia de bailar, se trabó una disputa reñidísima, alegando de los que se quedaron.
cada uno las excepciones que le parecian; pero como á ningu. Salimos para la calle: el marques nos hizo lugar en su co-
no de los dos satisfacían los alegatos del contrario, pues cada che, y mandó que parase en una fonda.
uno decia que no podía quedar desairado, ni permitir que su Y o y mi esposa lo resistíamos; pero él insistió en que
honor se atropellase en público *, se fueron excediendo de unas cenára mi esposa alguna cosita, y que si queria divertir-
palabras en otras, hasta decírselas tan injuriosas, que á no al. se aquella noche, que se buscaría otro baile, y caso de no ha
borotarse las mugeres y mediar varios sugetos de respeto, se liarse, lo haria en su misma casa. Nosotros agradecimos su
añanzan á bofetadas: pero las señoras les tenian bien guarda, favor, suplicándole no se empeñara en eso, pues y a era tarde.
dos los espadines. E n esto llegamos á la fonda, donde el marques hizo poner
E n fin, ellos quisieron que no quisieron, se sosegaron, con- una mesa espléndida, al modo de fonda, quiero decir, mas abun-
cluyéndose la cuestión con que mi muger no bailara con nin- dante que limpia ni curiosa; pero así, y siendo solos tres los
guno, como debia ser, y de este modo quedaron algo satisfe- cenadores, tuvo que pagar dos onzas de oro, que tanto le co-
chos; aunque toda la gente se disgustó, y y o mas que nadie, bró el marmitón.
Así que salimos de la fonda, traté y o de despedirme; pero el
• R i g u r o s a m e n t e h a b l a n d o n o es otra cosa el honor s i n o el conato de marques no lo consintió, sino que nos llevó al mesón en su co-
conservar la v i r t u d ; esto es, que c u a l q u i e r h o m b r e puede decir con razón che, y se volvió á su casa.
que le ofenden su honor c u a n d o lo c a l u m n i a n de ladrón, le seducen ása Y o tenia un criado muy fiel llamado Domingo, que hace pa-
m u g e r ó le i m p u t a n a l g ú n vicio, y en este c a s o , esto es, estando inocente, pel en esta historia, y éste tenia cuidado de abrirnos á la ho-
l e e s m u y licito el defenderse y vindicar su honor s e g ú n el ó r d e n de la jus-
ra que veníamos, como lo hizo esa noche.
ticia; pero por d e s g r a c i a esta p a l a b r a honor s e ha corrompido, y se h a he-
Nosotros que y a habíamos cenado no tuvimos mas que ha-
c h o s i n ó n i m a de la v e n g a n z a , v a n i d a d y d e m á s caprichos de los hombres.
Muchos hacen consistir su honor en el h i j o , a u n q u e p a r a sostenerlo se
cer que acostarnos; aunque y o no cabia en mí de gusto, con-
v a l g a n d e u n o s m e d i o s indecorosos y prohibidos: otros en vengar la mw siderando fortuna que me aguardaba con la protección de
m í n i m a ofensa, y los f u e r o s s i e m p r e fueron c a n o n i z a d o s por el honor; otro« aquel caballero. Mi esposa advirtió mi desasosiego, me pre-
quieren q u e s u h o n o r consista en salirse c o n c u a n t o quieren, como el guntó la causa, y la referí cuanto me habia pasado con el mar-
marques: otros e x i g e n con p u n t u a l i d a d la mas m i n u c i o s a veneración d» ques, de lo que la pobrecilla se alegró mucho, no creyendo, co-
•us subdito», y otros en talo» «oía« c o m o eita«: pero ú la verdad, nada d» mo ni y o tampoco, que los fines de tal protección eran contra
t i t o •« h o n o r .
su honestidad y mi honor.
102
t í a y en el mundo muchos protectores como éste, que no sa-
eí sugeto que v a y a , si vd. no se determina, no pierda tiempo,
ben dar un medio real de limosna, y sacrifican sus respetos y
sino que aligere, para que logre las mejores ventajas siendo de
su dinero por satisfacer una pasión. Nos recogimos y dormi-
los primeros. Esta es mi resolución; mas no es puñalada de
mos el resto de la noche tranquilamente.
cobarde que no da tiempo. V o y al besamanos, y de aquí á una
A l dia siguiente á la hora prefijada por el marques, estaba
hora daré la vuelta por acá. Entre tanto vd. vea lo que de-
este en casa. Justamente era dia de años del rey, 6 no sé qué;
termina con espacio, y me avisará para mi gobierno. Diciendo
ello es que mi g r a n protector fué en un famoso coche y vestí•
esto, se fué.
do de gala.
¿Quién había de pensar que cuando el marques mostraba
Nos saludó con mucho cariño y cortesía, y despues de ha. mas indiferencia en que me fuera ó no me fuera pronto de
ber hecho una ligera crítica del pasage do la noche anterior, México, era cuando puntualmente apuraba todos sus arbitrios
me dijo: amigo he venido á cumplir mi palabra, ó mas bien á para violentar mi salida? ¡Ah probreza tiraua, y como estre-
asegurar á vd. en mi palabra; porque el marques de T , lo que chas á los hombres de bien á aventurar su honor por sacudirte!
una vez dice, lo cumple como si lo prometiera con escritura.
E n un mar d¡? dudas nos quedamos y o y mi esposa, pensan-
D i e z mil pesos tengo destinados para habilitar á vd. con una
do en el partido que deberíamos tomar. Por una parte y o ad-
memoria bien surtida para que v a y a con ella á la feria de S.
vertía que si dejaba pasar aquella ocasion favorable, no era tan
Juan de los L a g o s , con el bien entendido, de que todas las uti-
fácil esperar otra semejante, y mas en mi edad; y por otra, no
lidades serán para vd. Con que manosá la obra. ¿Qué deter-
sabia que hacer con mi esposa, ni donde dejarla, porque no te-
mina vd.? Y o le di las gracias por su generosidad, ofrecién.
nia casa de mi satisfacción en M é x i c o para el efecto.
dolé que dentro de doce 6 catorce días recibiría la memoria y
Mil cálculos estuvimos haciendo sin acabar de determinar,
marcharía para S . Juan.
nos, y en esta ansiedad y vacilación nos halló el marques
¿Pero por qué hasta entóneos? Preguntó el marques; y yo le cuando volvió de su cumplido. Entró, se sentó y me dijo: por
dije, que porque quería ir á llevar á mi esposa con su madre; fin ¿qué han resuelto vdes? Y o le respondí de un modo que
pues en M é x i c o no tenia casa de confianza donde dejarla, ni conoció el deseo que tenia de aprovecharme de su favor, y el
me parecía bien se quedára sola, fiada únicamente al cuidado embarazo que pulsaba para admitirlo, y consistía en no tener
de una criada. donde dejar á mi esposa. A lo que él con mucho disimulo me
M u y bien pensado está lo segundo, dijo el marques; pero contestó: es verdad. E s e es un motivo tan poderoso como jus-
tampoco puede ser lo primero, porque y o trato de favorecer á to para que un hombre del honor de vd. prescinda de las ma-
vd. mas no de perder mi dinero, como sucedería seguramente yores conveniencias; porque en efecto, para ausentarse de una
si difiriera mandar mis efectos hasta cuando vd. quiere; por» señora del mérito de la de vd. es menester pensarlo muy espacio,
que vea vd. se necesitan lo menos seis dias para buscar mu- y en caso de decidirse á ello, es-necesario dejarla en una casa
ías y arrieros, para recibir la memoria y acondicionarla. A de mucha honra y de no ménos seguridad; pues, no porque la
mas de esto, son menester siquiera doce días para que llegue señorita no se sepa guardar en cualquiera parte; sino por la li-
yd. é su destino: la feria no tarda en hacerse, y y o quiero que gereza con que piensa el vulgo malicioso de una muger sola
y hermosa; y también por las seducciones á que queda espüe's-
SO c o n f o r m e n c o n el, m e p a i e c e \
ta; porque no nos cansemos, y vd. dispense señorita, el c o r a ,
zon de una d a m a no es invencible: nadie puede asegururse de
pentirSC ' i b e r i a le rogamos nos lo declara-
no c a e r en un mundo sembrado de lazos; y el mejor j a r d i n ne- C o n t a n t a ansia, como booeria, ie r u e
cesita de c e r c a y de custodia; y luego en esta M é x i c o . . • .en y el m a r q u e s s i n h a c e r s e d e ^ ^ n r a d a ? s i n o

esta M é x i c o donde sobran tantos picaros y tantas ocasiones. beata des.


A s í qué, y o le alabo á vd. su m u y justo reparo, y desde luego
r — so q u e d ó p a r a v e s t i r « =
soy el primero que le quitaré de la cabeza todo c o n t r a r i o pen-
samiento. E s t e era el camino único que y o tenia de favore- c h a c h o s ; es m u y ^ ^ ^ ^
t a n el c o n f e s o n a r i o c a d a d o s d í a s . Su casa e ^
cer á vd. pero D i o s me libre de ser una c a u s a ni remota de
su desasosiego, ó tal v e z . . . . N o a m i g o , no: piérdase todo,
^ X Z ^ T L d í a ; porque cdzomudos, se-
que el honor es lo primero.
e Í s i r á n su e s t r a d o p o r c u a n t o el m u n d o t i e n e ,
A q u í hizo punto el marques en su conversación, y y o y mi
?as o r a c i o n e s d e la n o c h e y a e s t á c e r r a d a la c a s a y la llav a
esposa nos quedamos sin poder disimular el sentimiento que
o la almohada. Sus m a y o r e s paseos son á la igles.a y a los
nos causó ver frustradas en un momento las e s p e r a n z a s que
h o s p i t a l e s e l d o m i n g o , á c o n s o l a r á las e n f e r m a s . E n u n a p -
habíamos concebido de mudar de fortuna en poco tiempo. ¡Ah
, 2 a , s u v i d a e s de lo m a s a r r e g l a d o , y su c a s a p u e d e s e r v u
maldito Ínteres, á que no espones á los miserables mortales!
d e m o d e l o al m a s e s t r e c h o m o n a s t e r i o ,
M i piadoso protector era muy astuto, y así f á c i l m e n t e c o -
Pero no piense vd. señorita, por e s t o , q u e e s u n a v i e j a ^ t n -
noció e n nuestros semblantes el buen efecto de su depravada
c a v ridicula. N a d a d e e s o : es do lo m a s a p a c i b l e y c a r i ñ o -
m a q u i n a c i ó n , la que tuvo lugar de llevar al cabo á merced de
s a , y t i e n e una conversación tan suave y tan divertida, que
ja sencillez de mi esposa.
c o n s o l a ella e n t r e t i e n e á c u a n t a s la v i s i t a n .
F u é el caso, que adolorida de ver que aunque s i n culpa, ella
E n fin, si v d . e s c a p a z d e s u j e t a r s e á u n a v i d a l a n r e c ó n d i -
e r a el obstáculo de mi ventura, me dijo: pero mira, Antonio, si
t a p o r dos ó t r e s m e s e s q u e p o d r á d i l a t a r s e su e s p o s o de vd,
lo que te detiene p a r a recibir el favor del señor, es no tener don.
c u a n d o mas, me p a r e c e que no h a y cosa m a s á propósito.
de dejarme, es fácil el remedio. M e iré contigo, que á bien
Mi esposa, á quien en realidad yo habia s a c a d á d e sus ca-
que sé a n d a r á c a b a l l o . . . . N o , no, dijo el marques, eso me-
s i l l a s , c o m o d i c e n ; p o r q u e ella e s t a b a c r i a d a e n i g u á l recogí-
nos que n a d a . ¡ Q u é disparate! ¿Cómo Labia y o de querer
m i e n t o q u e el q u e a c a b a b a de p i n t a r el m a r q u é s , n o a n d o u n
que vd. se espusiera á una enfermedad en una c a m i n a t a tan i n s t a n t e r e s p o n d e r : q u e ella i b a á los b a i l e s y á los p a s e o s p o r
larga? N i e r a honor del señor D . A n t o n i o el permitirlo. ¿No u u e v o la l l e v a b a ; p e r o que siempre que q u i s i e r a d e j a r l a e n
ve vd. que los hombres de bien si t r a b a j a n es porque sus muge- e s a c a s a , se q u e d a r í a m u y c o n t e n t a y n o e x t r a ñ a r í a o t r a c o s a
res disfruten a l g u n a s comodidades? ¿Cómo había de entregar mas que mi ausencia. Y o m e a l e g r é m u c h o , de su dociii
á vd. á los soles, desveladas, malas comidas y demás penurias d a d , y a c e p t é el n u e v o f a v o r del m a r q u é s , d á n d o l e l a s g r a c i a s ,
de un camino largo? N o señorita, ni pensarlo. 4
T C J Í . II.
106
y quedando contentísimo do ver resucitadas mis esperanzas, y
tan asegurada mi muger.
E l marqués manifestó igual contento, según decía, por ha-
berme servido, y se despidió quedando en volver al otro día
asi para darme á conocer en el almacén donde me habían dé
surtir y entregar la memoria, como para llevarnos á la casa
de la buena señora su ti a.

E l resto de aquel día lo pasamos y o y mi esposa muy ale.


gres haciendo m i l e n t a s ventajosas, paseándonos en el jar-
din de los bobos.
A l siguiente y a el marqués estaba en el mesón muy tempra.
no. M e hizo entrar en su coche, y me llevó al almacén, don.
de d.jo se me surtiera la memoria de que habla hablado el día
anterior, y se me entregase según los ajustes que y o hiciera y
como quisiera, y que él no era mas que un comisionado para
responder por mí y darme aquel conocimiento.
E l comerciante al oír esto, creyendo que era verdad lo que
dec.a el marqués, me hizo mil zalemas, y se despidió de mí
c o y n a s cariño y cortesía que la que usó cuando entré en su
casa. Y a se vé, no era por mí, sino por los pesos que pensa-
ba desembolsarme.
Corrido este paso, volvimos al mesón, y el marques hizo
vestir á mi esposa, y nos fuimos á Chapultepec, (*) donde tenia
dispuesto un famoso almuerzo y comida.
Pasamos allí una mañana de campo bien alegre en aquel
bosque, que es hermoso por su misma naturaleza. A la tarde
como á las cuatro nos volvimos á la ciudad, y f u ¡ m 0 s á parar'
á la casa de la señora tía.
Apeámonos: entró el marqués, tocó l a campanilla del za-
guan, bajó una criada vieja preguntando ¿quién era? Res-

(*) U n hermoso bosque e x t r a m u r o s de M é x i c o n „ n n „ , •


n o t a b l e q u e el palacio que fabricó en é l el S r D R i T C°Sa m a "
, . , v „ . • -Bernardo de Galvcy-
m e y que f u e de J Y u e v a - E s p a n a ; s m e m b a r g o , suele servir de pasco.
pondió el marqués: que él. Pues voy á avisar á la señora, di-
jo la criada, que aquí 110 se le abre á ningún señor, si mi ama
no lo ve por el escotillón de la sala. Espérese vd.
E n efecto, nos estuvimos esperando ó desesperando como
un cuarto de hora, hasta que oimos sonar una ventanita en el
techo del mismo zaguan. Alzamos la vista, y vimos entre to-
cas á la venerable vieja con sus anteojos, mirándonos muy es-
pacio, y volviendo á preguntar que ¿quién era? El marqués
como enfadado, le dijo: y o tia, yo, Miguel. ¿Abren ó no? A
lo que la vieja respondió: ¡ah! sí, Miguelito, y a te conozco mi
alma: y a te van á abrir; pero y ese otro señor ¿viene contigo,
hijo? ¡O porra! dijo el marqués, ¿pues con quién ha de venir?
Pues no te enojes, dijo la vieja: van.
Con esto cerró el escotilloncito, y el marqués nos dijo: ¿qué
les parece á vds.? ¿Han visto clausura mas estrecha? Pero no
se aturda vd. niña, que no es tan bravo el león como se pinta.
A este tiempo llegó la vieja criada y abrió el postigo. En-
tramos: subimos las escaleras, y y a estaba esperándonos en el
porton la señora tia, vestida con su hábito azul y sus tocas re-
verendas, con sus anteojos puestos, un paño de rebozo fino de
algodon, y su rosario gordo e n la mano. Como le debí tantos
favores á esta buena señora, conservo su imágen muy v i v a en
la memoria.
N o s recibió con mucho cariño, especialmente á mi esposa,
á quien abrazó con demasiada expresión, llenándola de mi al-
7nas y mi vidas; como si de años atrás la hubiera conocido.
Entramos á dentro, y á poco nos sacaron muy buen chocolate.
E l marqués la dijo el fin de su visita, que era, ver si quería
que aquella niña se quedara unos dias en su casa. Ella mos-
tró que en eso tendría el mayor gusto; pero que no tenia mas
defecto que no ser amiga de paseos ni visitas, porque en eso
peligraban las almas, y en seguida nos habló como media h o .
ra d°e virtud, escándalo, reatos, muerte, eternidad & c . amenj.-
zando su plática con mil ejemplos, con los que tenia á mi ino-
so embarazo en ello; antes dijo: mejor, se le dará un cuarto
cento muger enamorada y divertida, como que era de 1 ,
corazon. ' ü e ""en abajo á Domingo, y les podrá servir de portero y compañía.
Mientras que el marqués se fué á comer, compuso el baúl
nofdP!io"'oh ' J Í a d ~ " C n t r a d a e " -onasterio de mi esposa, dejándola mil pesos en oro y plata, por si se le
nos d.jo. s o b n n o , señores, vengan vds. 4 ver nú casita, y q
ofreciera algo.
venga mi „ o v i c . a á ver si le gusta el convento. ' q
Cuando el marqués vino no habia mas que hacer que la Ile-
p e n d i m o s con la reverenda, y 4 m ¡ esposa le agradé
vada de mi esposa, cuya separación le costó, como era regu-
, a 1 , m P , e z a >• curiosidad de la casa, particularmen
'os cristales, pajaritos y macetas. ""«»ármente lar, muchas lágrimas; pero al fin se quedó, y yo marché en la
misma tarde á domir fuera de garita.
E n esto se pasó la tarde, y nos despedimos, saliendo mi mu
Aquí llegaba D . Antonio, cuando uno de los reglamentos de
ger prendadisima de la señora.
la cárcel volvió á interrumpir su conversación.
Nosotros nos quedamos en el mesón y el marqués se fué á
- casa. E n los seis dias siguientes recibí la memoria, so,"
o t e muías, y dejé listo mi viage; pero en todo este tiempo no CAPITUF
se descuidó mi protector en obsequiar y pasear á mi es p o s a
l'orque dcc.a, que era menester divertir á la nueva monja ' Cuenta P e r i q u ¡ " o >

E s verdad que y o mirando el extremo del marqués con ella


no dejaba de mosquearme un poco; pero como tenia tanta sa-
tisfacción en el amor y buena conducta de mi esposa, no tuve
embarazo para comunicarla mis temores: á lo que ella me con.
testo, que los depusiera, lo uno porque me amaba mucho y no
s e n a capaz de ofenderme por todo el oro del mundo; y lo otro,
jorque el marqués era el hombre mas caballero que habia co-
noedo, pues aun cuando salia con mi permiso con él V una
criada en su coche jamás se habia tomado la mas mínima li.
c e n c a , sino que siempre la trataba con decoro. Con esta se.

guridad me tranquilicé, y y a traté de salir de esta capital á


mi destino. 1
•1
Díjele un di a al marqués como todo estaba corriente, y él,
que no deseaba otra cosa que verse libre de mí, me dijo que 4
ia tarde vendría para llevarme á casa de su deuda, v vo po- *

etna salir la mauana siguiente. "

Mi esposa me suplicó le dejase al mozo Domingo para tener


un criado de confianza á quien mandar si se le ofrecía alguna
cosa. \ o accedí á su gusto sin demora, y el marqués no pu-
so embarazo en ello; antes dijo: mejor, se le dará un cuarto
ceuto muger enamorada y divertida, como que era de 1 ,
corazon. ' ü e ""en abajo á Domingo, y les podrá servir de portero y compañía.
Mientras que el marqués se fué á comer, compuso el baúl
nofdP!io''oh ' J Í a d ~ " C n t r a d a e " -onasterio de mi esposa, dejándola mil pesos en oro y plata, por si se lo
nos d.jo. s o b n n o , señores, vengan vds. 4 ver mi casita, y q
ofreciera algo.
venga m, „ o v i c i a á ver si le gusta el convento. ' q
p e n d i m o s con la reverenda, y 4 m ¡ esposa le agradé Cuando el marqués vino no habia mas que hacer que la Ile-
vada de mi esposa, cuya separación le costó, como era regu-
, a 1 , m P , e z a >• curiosidad de la casa, par.iculannen
'os cristales, pajaritos y macetas. ""«»ármente lar, muchas lágrimas; pero al fin se quedó, y yo marché en la
misma tarde á domir fuera de garita.
E n esto se pasó la tarde, y nos despedimos, saliendo mi mu
Aquí llegaba D . Antonio, cuando uno de los reglamentos de
ger prendadisnna de la señora.
la cárcel volvió á interrumpir su conversación.
Nosotros nos quedamos en el mesón y el marqués se fué á
- casa. E n los seis dias siguientes recibí la memoria, so,¡
cité muías, y dejé listo mí víage; pero en todo este tiempo no CAPITUF
se descuidó mi protector en obsequiar y pasear á mi esposa
l'orque dec.a, que era menester divertir á la nueva monja ' Cuenta P e r i q u e o >

E s verdad que y o mirando el extremo del marqués con ella


»o dejaba de mosquearme un poco; pero como tenia tanta sa-
tisfacción en el amor y buena conducta de mi esposa, no tuve
embarazo para comunicarla mis temores: á lo que ella me con.
tcstü, que los depusiera, lo uno porque me amaba mucho y no
s e n a capaz de ofenderme por todo el oro del mundo; y lo otro,
porque el marqués era el hombre mas caballero que había co.
noedo, pues aun cuando salía con mi permiso con él V una
criada en su coche jamás se había tomado la mas mínima li-
c e n c a , s.no que siempre la trataba con decoro. Con esta se.

guridad me tranquilicé, y y a traté de salir de esta capital á


mi destino. 1
•1
Díjele un día al marqués como todo estaba corriente, y él,
que no deseaba otra cosa que verse libre de mí, me dijo que á
la tarde vendría para llevarme á casa de su deuda, v vo po- *

dría salir la mauana siguiente. "

Mi esposa me suplicó le dejase al mozo Domingo para tener


un c n a d o de confianza á quien mandar si se le ofrecía alguna
cosa. \ o accedí á su gusto sin demora, y el marqués no Pu-
Como á las seis de la (arde encendieron una velita, á cuya
triste luz se juntaron en rueda lodos aquellos mis señores, y
sacando uno de ellos sus asquerosos naipes, comenzaron á ju-
g a r lo que tenian.
Me llamaron á acompañarlos; pero como y o 110 tenia ni un
ochavo, me escusé confesando lisa y llanamente la debilidad de
mi bolsa; mas ellos no lo quisieron creer, antes se persuadie-
ron á que ó era una ruindad mia, ó vanidad.
Jugaron como hasta las nueve, hora en que y a apenas te-
m a la vela cuatro dedos, y no habia otra; y así, determinaron
- " M ¡ r y acostarse.
.. Sr
su casa. En'lóS l iSá a y comenzaron á calentar sus ollitas de
cité muías, y dejé listo miN®}®01"0 q u e ar(*'a c o n c ' s c 0 de car-
se descuidó mi protector en obsequie.
Porque decia, que era menester divertir á l a f e v i £ e n a r ; así

E s verdad que y o mirando el extremo del marqués c o n ' ,es"


no dejaba de mosquearme un poco; pero como tenia tanta sS'
tisfaccion en el amor y buena conducta de mi esposa, no tuve
embarazo p a r a comunicarla mis temores: á lo que ella me con-
testó, que los depusiera, lo uno porque me amaba mucho y no
s e n a c a p a z de ofenderme por todo el oro del mundo; y lo otro,
porque el marqués era el hombre mas caballero que habia co-
nocido, pues aun cuando salia con mi permiso con él y una
criada en su coche jamás se habia tomado la mas mínima li-
concia, sino que siempre la trataba con decoro. C o n esta se-
g u n d a d me tranquilicé, y y a traté de salir de esta capital á
1111 destino.

f í j e l e un día al marqués como todo estaba corriente, y él,


que no deseaba otra cosa que verse libre de mí, me dijo que á
'a tarde vendria para llevarme á casa de su deuda, y yo po-
dría salir la mañana siguiente.
M i esposa me suplicó le dejase al mozo Domingo para tener
un criado de confianza á quien mandar si se le ofrecia alguna
cosa. ^ o accedí á su gusto sin demora, y el marqués no pu
do y yo que no tenia petate ni cosa que lo valiera, víendoja
irremediable, doblé mi zarape haciendo de él colchon y crfbier*
ta, y de mi sombrero almohada. |

Habiéndose acostado mis concubicularios, c o m e n z a r o n 4


burlarse de mí con espacio diciéndome: ¿conque a m i g o , tan»,
bien vd. ha caido en esta ratonera por cucharero? ¡Buena
cosa! ¿Conque también los señores españoles son ladrones? Y
luego dicen que eso de robar se queda para la g e n t e ruin.
No te canses, Chepe, decía otro; para eso todos s o n unos,
,03 blancos y los prietos; cada uno mete la u ñ a m u y bien
cuando puede. L o que tiene es que y o y tú r o b a r é m o s un re-
bozo, un capote, 6 alguna cosa ansí; pero estos c u a n d o roban,
roban de 4 gordo.
Y cómo que es ansina, decia otro; y o apuesto 4 q u e mi c a -
marada lo menos que se jurtó, jueron doscientos ó quinientos:
y ¿á que compone, cfatT ¿4 que compone?
Así. y 4 cual peor, se fueron produciendo todos c o n t r a mí,
que al principio procuraba disculparme; mas m i r a n d o que ellos
se burlaban mas de mis disculpas, hube de callar, y e n c o g i é n -
dome en mi zarape al tiempo que se acabó la v e l i t a , hice que
me dormí, con cuya diligencia se sosegó por u n b u e n rato el
habladero, de suerte que yo pensé que se habian d o r m i d o .
Pero cuando estaba en lo mejor de mi e n g a ñ o , h e aquí que
comienzan á disparar sobre mí unos jarritos con o r i n e s ; pero
tantos, tan llenos y con tan buen tino, que en m e n o s que lo
cuento, y a estaba yo hecho una sopa de meados, descalabrado
y dado á Judas.
Entonces sí perdí la paciencia, y comencé 4 hartarlos 4 des-
vergüenzas; mas ellos en vez de contenerse ni enojarse, empe-
zaron de nuevo su diversión hartándome 4 c u a r t a z o s con no
se qué, porque y o que sentí los azotes, no vi 4 otro d i a las dis-
ciplinas.

Finalmente, hartos de reirse y maltratarme, se acostaron, y


yo me quedé en cuclillas junto á la puerta, desnudo y sin po-
M e levanté harto de sueño, pero necesitado del estómago,
derme acostar, porque mi zarape estaba empapado, y mi ca-
c u y a necesidad satisfice á espensas del piadoso preso, quien
misa también.
luego que se concluyó nuestra mesa frugal, me dijo: amigo, cree-
¡Válgame Dios! y qué acongojado no sentí mi espíritu aque- r é q u e á pesar de los trabajos que ha sufrido vd. aun le habrá
lla noche al advertirme en una cárcel, enjuiciado por ladrón, quedado g a n a de acabar de saber el origen de los mios. Yo
pobre, sin ningún valimiento, entre aquella canalla, y sin es- le dije que sí, porque á la verdad, su plática era un suave bál-
peranza de descansar siquiera con dormir, por las razones que
samo que curaba mi espíritu afligido, y D . Antonio continuó
he referido; mas al fin, como el sueño es valiente, hubo de ren-
el hilo de su historia de esta suerte.
dirme, y poco á poco me quedé dormido, aunque con sobresal-
„ M e acuerdo, dijo, que quedamos en que salí de esta ciudad
to, junto á la puerta, y apenas habia comenzado á dormir,
con mis muías y arrieros, quedándose en ella mi esposa en ca-
cuando saltó una rata sobre mí, pero tan grande, que en su
¿eso á mí se rae representó gato de tienda; ello es que fué bas- sa de la tia vieja, sin mas compañia de su parte que el mozo

tante para despertarme, llenarme de temor y quitarme el sue- Domingo.

ño; pues aun creia que los diablos y los muertos no tenian mas Quisiera no acordarme de lo que sigue, porque sin embargo
que hacer de noche que andar espantando á ios dormidos. Lo del tiempo que ha pasado, aun sienten dolor al tocarlas las lla-
cierto del caso fué, que y a no pude dormir en toda la noche, gas de mis agravios, que y a se van cicatrizando; mas es pre-
acosado del miedo, de la calor, de las chinches que me cerca - ciso no dejar á vd. en duda del fin de mi historia, tanto porque
ban en ejércitos, de los desaforados ronquidos de aquellos pi- se consuele al ver que y o sin culpa he pasado mayores tra-
caros, y de los malditos efluvios que exhalaban sus groseros bajos, cuanto porque aprenda á conocer el mundo y sus ar-
cuerpos, juntos con otras cosas que no son para tomadas en dides.
boca, pues aquel sótano era sala, recámara, asistencia, cocina, N a d a particular ocurre que decirle á vd. tocante á mí; por-
comunes, comedor y todo junto. ¡Cuántas veces no me acor^ que nada tiene de particular el viage de un viandante, ni su
de de las ingratas noches que pasé en el arrastraderito de Ja- residencia en el parage de su destino: á lo menos y o caminé
nuario! y llegué al mió sin novedad, mientras que á mi honrada es-
posa se le preparaba la mas terrible tempestad.
A l fin quiso Dios echar su luz al mundo, y yo que fui el pri- L u e g o que el picaro del m a r q u é s . . . . perdóneme este epí-
mero que la vi, comencé á reconocer mis bienes que estaban teto indecoroso, y a que y o le perdono los agravios que me ha
todavía medio mojados, por mas que los habia exprimido; va hecho. Luego, pues, que conoció que y a y o me habia alejado
se ve, tal fué el aguacero de orines que sufrieron; pero por úl- de M é x i c o , trató de descubrir sus pérfidas intenciones.
timo me vestí la camisa y calzoncillos, y trabajóme costó pal Comenzó á frecuentar á todas horas la casa de la vieja, que
ra ponerme los calzones, porque mis amados compañeros ere-
no tenia ni la virtud que aparentaba, ni el parentesco que de-
yendo que los botones eran de plata, no se descuidaron en qui-
cía, y no era otra cosa que una alcahueta refinada, y con se-
társelos.
mejante auxilio, considere vd. lo fácil que le parecería la con-
A las seis de la mañana vinieron á abrir la puerta, y y o fui quista del corazon de mi muger; pero se engañó de medio á
medio; porque cuando las mugeres son honradas, cuando aman
verdaderamente á sus m a r i d o s y están penetradas de la sólida Llegó la hora de cenar, y entró D o m i n g o á servir la mesa
virtud, son mas inexpugnables que u n a roca. como siempre. E l m a r q u é s p r o c u r a b a que mi esposa se car-
T a l fué esta heroina d e la fidelidad conyugal. L a s astu- gara el estómago de vino; pero ella, sin faltar á la urbanidad
cias del marqués, sus d á d i v a s , sus alhagos, sus respetos, sus se escusó lo mas que pudo.
seducciones, sus promesas y a u n sus amenazas, j u n t a s con las Acabada la cena, mi rival por sobremesa a p u r ó toda la elo-
repetidas y vehementes d i l i g e n c i a s de la maldita vieja, fueron cuencia del amor para que mi esposa condescendiera con sus
inútiles. Con todas ellas n o s a c a b a el m a r q u é s m a s jugo de torpes deseos; pero ésta, a c o s t u m b r a d a á resistir tales asaltos,
mi esposa, que el que puede d a r u n pedernal; y y a desespera, no hizo mas que reproducir los d e s e n g a ñ o s que mil veces le
do, advirtiendo por tan r e p e t i d a s experiencias que aquel co. habia dado, aunque en vano, pues el m a r q u é s estaba ciego, y
razón no era de los que él e s t a b a hecho á conquistar, sino que cada desengaño lo obstinaba.
necesitaba de a r m a s mas ventajosas, se determinó á usar de
E s t a contienda duraría como u n a hora, tiempo bastante pa-
ellas, y á satisfacer su apetito á p u r a f u e r z a .
ra que la criada se durmiera, y D o m i n g o sin ser sentido se hu-
Con esta resolución, u n a n o c h e determinó quedarse en casa biera ocultado bajo la misma c a m a de su a m a , la que viendo
p a r a poner en práctica sus i n i c u o s proyectos; pero a p e n a s lo que su apasionado la llevaba l a r g a , se levantó de la mesa di-
advirtió mi fiel esposa, c u a n d o c o n el m a y o r disimulo, aprove- ciéndole: señor marqués, yo estoy un poco indispuesta, per-
chando un descuido, bajó al p a t i o al cuarto de D o m i n g o y le mítame vd. que me vaya á recoger que es bien tarde. Con es-
dijo: el m a r q u é s dias ha q u e me e n a m o r a : esta n o c h e parece to se despidió y se fué á su r e c á m a r a cuidadosa de si Domin-
que se quiere quedar acá, sin d u d a con malas intenciones: la go se habría olvidado de su e n c a r g o ; pero luego que entró, el
puerta del z a g u a n está c e r r a d a : no puedo salirme, aunque qui criado fiel le avisó donde estaba, diciéndole que estuviera sin
« e r a : mi honor y el de tu a m o está en peligro: no tengo de miedo.
quien valerme. ni quien me libre del riesgo que me amenaza,
Sin embargo de esta compañía, mi esposa no quiso desnu-
mas que tú. E n tí confio, D o m i n g o . Si eres hombre de bien
darse ni apagar la vela, según lo tenia de costumbre, recelosa
y estimas á tus amos, hoy es el tiempo en que lo acredites.
de lo que podia suceder, como sucedió en efecto.
E l pobre Domingo todo t u r b a d o la dijo: y bien, señora: di-
Serian las doce de la noche c u a n d o el m a r q u é s abrió la
g a m e su merced, q u é quiere q u e haga, que y o le prometo el
puerta y fué entrando de puntillas, creyendo que mi esposa
hacer c u a n t o me mande.
dormia, pero ésta luego que lo sintió, se levantó y se puso
Pues hijo, le dijo mí esposa: y o lo que quiero es, que te ocal, en pié.
es en m, recámara, y que si el m a r q u é s se desmandare, como
U n poco se sobresaltó el caballero con tan inesperada pre-
lo temo, me defiendas, suceda lo q u e sucediere.
vención; pero recobrado de la p r i m e r a turbación, le preguntó:
Pues no tenga su merced c u i d a d o . V á y a s e , no la echen señorita, ¿pues qué novedad es ésta que tiene á vd. en pié y
menos, y lo malicien; que y o le j u r o , que solo que me mate el vestida á tales horas déla noche? A lo que mi esposa con g r a n
marques, conseguirá sus malos pensamientos. Con esta sen-
socarra le respodió: señor m a r q u é s : luego que advertí que vd.
cilla promesa se subió mi m u g e r m u y contento, y tuvo la for-
se quedaba en casa de esta s a n t a señora, presumí que no deja-
tuna de que no la habían e x t r a ñ a d o .
l ia de querer honrar este c u a r t o á deshora de la noche, á pe.
sar de que y o no me he grangeado (ales favores, y por eso de.
t e r m i n é no desnudarme ni dormirme, porque no era decente
esperar de esa m a n e r a una visita semejante.
P a r e c e que era r e g u l a r que el m a r q u é s hubiera desistido de
su intento, al verlo prevenido y reprochado tan á tiempo; mas
estaba ciego, era m a r q u é s , estaba en su casa y según á él le
pareció n o h a b i a ni testigos ni quien e m b a r a z a r a su vileza; y
así, despues de probar por última vez los ruegos, las promesas
y las c a r i c i a s , viendo que todo era inútil, abrazó á mi muger,
que se paseaba por la r e c á m a r a , y dió con ella de espaldas"en
la cama; pero a u n no habia acabado ella de caer en el colchon,
c u a n d o y a el m a r q u é s estaba tendido en el suelo; porque Do.'
m i n g o luego que conoció el punto crítico en que era necesa-
rio, salió por debajo de la cama, y abrazando al m a r q u é s por
las piernas, lo hizo medir el estrado de ella con las costillas.

M i esposa me ha escrito, que á no haber sido el motivo tan


sério, le hubiera costado trabajo el moderar la risa, pues no
fué el paso para menos. Ella se sentó inmediatam<yite en el
borde de su cama, y vió tendido á sus piés al enemigo d e mi
honor, que no osaba levantarse, ni hablar palabra; porque el
j a y a n de Domingo estaba hincado sobre sus piernas, sujetándo-
lo del pañuelo contra la tierra, y a m e n a z a n d o su vida con un
puñal, y diciéndole á mi esposa, lleno de cólera: ¿lo mato, seño-
ra? ¿Lo mato? ¿Qué.dice? Si mi amo estuviera aquí, y a lo hu-
hiera hecho, conque a n s i n a nada se puede perder por orrarle
ese trabajo; antes cuando lo sepa, me lo agradecerá muncho.
Mi esposa no dió lugar á que a c a b a r a Domingo de hablar;
sino que temerosa no fuera á suceder una desgracia, se echó
sobre el brazo del puñal, y con ruegos y mandatos de ama, á
costa de mil sustos y porfías, logró arrancárselo de la mano, y
hacer que dejara al m a r q u é s en libertad.
E s t e pobre se levantó lleno de enojo, vergüenza y temor, que
tanto le impuso la bárbara resolución del mozo. " Mi esposa
no tuvo mas satisfacción que darle sino m a n d a r á D o m i n a n
dijo: ¡que marqués ni que talega! E l e9 un picaro y vil. una
alcahueta, de quien ahora mismo iré á dar cuenta á un alcal-
de de córtc.
No fué menester mas para que la v i e j a desistiera de su in-
tento, y á los quince minutos y a mi esposa estaba en la calle
con Domiugo y los dos cargadores; p e r o cuando vencían una
dificultad, hallaban otras de nuevo que vencer.
Se hallaba mi esposa fatigada en medio de la calle, con los
cargadores ocupados y sin saber á donde irse, cuando el fiel
Domingo se acordó de una nana C a s i l d a que nos habia l a v a ,
do la ropa cuando estábamos en el mesón; y sin pensar en otra
cosa, hizo dirigir allá á los cargadores.
En efecto llegaron, y descargados los muebles, le comunicó
á la lavandera cuanto pasaba, añadiéndole que él dejaba á mi
esposa á su cuidado, porque su vida c o r r i a riesgo en esta ca-
pital: que la señoriia su ama tenia dinero: que de nada nece-
sitaba, sino de quien la librara del m a r q u é s ; y que su amo era
muy honrado y muy hombre de bien, que no se olvidaría de
pagar el favor que se hiciera par su esposa. L a buena vieja
ofreció hacer cuanto estuviera de su parte en nuestro obsequio;
mi fiel consorte le dió cicn pesos á D o m i n g o para que se fte-
ra á su tierra, y nos esperara en ella, con lo cual él, llenos los
ojos de lágrimas, marchó para Jalapa, advertido de no darse
por entendido con la madre de mi esposa.
Luego que el mozo se ausentó, la viejita fué en el momento
á comunicar el asunto con un eclesiástico sabio y virtuoso á
quien lavaba la ropa, y éste, después do haber hablado con mi
esposa, dispuso las cosas de tal manera, que á la noche dur-
mió mi muger en un convento, desde donde me escribió toda
la tragedia.
Dejemos á esta noble muger quieta y segura en el claustro,
V veamos los lazos quo el marqués me dispuso, mucho mas ven-
gativo cuando no halló á mi esposa en la casa de la vieja, ni
aun pudo presumir en donde se ocultaba de su vista,
L o primero que hizo fué ponerme un propio avisándome es. de escusarme de admitir sus obsequios, y aunque deseaba ir á
tar enfermo, y que luego, leida la suya, enfardelara las existen- verla al convento, me fué forzoso disimular y condescender
cias, y me pusiera en camino á la ligera para México; porque con las instancias del marqués.
así convenia á sus intereses. A pesar de la molestia y cansancio que me causó el camino,
Y o inmediatamente obedecí las órdenes de mi amo, y traté no pude dormir aquejla noche, pensando en mi adorada Matil-
de ponerme en camino; pero no sabia la red que me tenia pre- de, que este es el nombre de mi esposa; pero por fin, amane,
venida. ció y me vestí, esperando que despertara el marqués para sa-
Esta fué la siguiente. E n una de las ventas donde y o de- lir de casa.
bia parar tenia mi amo apostados dos ó tres bribones mal in. No tardó mucho en despertar; pero me dijo que en la mis-
tencionados, (que ttodo se compra con el oro) los cuales, sin ma mañana queria que concluyéramos las cuentas, porque te-
poder y o prevenirló¿se me dieron por amigos, diciéndome iban nia un crédito pendiente y deseaba saber c o n qué contaba de
á cumplimentarme de parte del marqués. pronto para cubrirlo.
Y o los creí sincerísimamente, porque |el hombre mientras Como yo, aunque lo veia con tedio, no presumia que trata-
menos malicioso, es mas fácil de ser engañado, y así me comu. ba de aprovechar aquellos momentos para perderme, y á mas
niqué con ellos sin reserva. E n la noche cenamos juntos y de esto, anhelaba también por entregarle su ancheta, y rom-
brindamos amigablemente, y ellos, no perdiendo tiempo para per de una vez todas las conexiones que me habian acarreado
su intriga, embriagaron á mis mozos, y á buena hora mezcla, su amistad, no me costó mucho trabajo darle gusto.
ron entre los tercios de ropa una considerable porcion de ta. E n efecto, comencé á manifestarle las cuentas, y á ese tiem-
baco, y se acostaron a dormir. po entraron en el gabinete dos ó tres a m i g o s suyos, c u y a s vi-
A otro dia madrugamos todos para venirnos á la capital, á sitas suspendieron nuestra ocupacion, bien á mi pesar, que es-
la que llegamos en el preciso dia á marchas forzadas, Pasa- taba demasiado violento por quitarme de la presencia de aqúcl
ron mis cargas de la g a r i t a sin novedad y sin registro; bien pérfido; pero no fué dable, porque el picaro protestando urba-
es verdad, que no sé qué diligencia hicieron con los guardas, nidad y cariño, sacó al comedor á sus a m i g o s sin dejarme se-
porque como no todos los guardas son íntegros, se compran parar de ellos; ántes tratándome con demasiada familiaridad y
muchos de ellos á bajo precio. expresión, y^de esta suerte nos sentamos j u n t o s á almorzar.
Y o no hice alto en esto, pensando que mis camaradas iban A u n no bien habíamos acabado, cuando entró un lacayo con
á platicar con ellos, porque tal vez serian conocidos: y así con
un recado dal cabo del resguardo que esperaba en el patio con
esta confianza llegamos á M é x i c o y á la misma casa del mar-
cuatro soldados.
qués.
¿Soldados en mi casa? Preguntó el marqués fingiendo sor-
L u e g o que me apié, mandó éste desaparejar las muías y em- prenderse. S í señor, respondió el l a c a y o : soldados y guardas
bodegar las cargas, haciéndome al mismo tiempo mil expresio- de la aduana. ¡Válgate Dios! ¿Qué novedad será esta? V a m o s
nes.
á salir del cuidado.
E n vista de ellas, aunque y a tenia en el cuerpo las malas Diciendo esto, bajamos todos al patio, donde estaban los
noticias de mi esposa, que habia recibido en el camino, nopu- guardas y soldados. Saludaron á mi a m o cortesmento, y el
cabo ó superior de la comparsa le preguntó:"¿quién de noso.
retorna aquella generosidad con que le di mi dinero para que
tros era su dependiente que a c a b a b a de llegar de tierra adentro?
él solo se aprovechara de 6us utilidades, sin que conmigo par-
E l marqués contestó que y o , é inmediatamente me intimaron
tiera ni un ochavo, cosa que tiene pocos ejemplares? ¿No le
que me diese por preso, rodeándose de mí al mismo tiempo los
bastaba al muy picaro robarme y defraudarme; sino que trató
soldados.
de comprometer á un hombre de mi honor y de mi clase? M u y
Considere vd. el sobresalto que me ocuparía al verme preso bien está que él pague el fraude hecho contra la real hacien-
y sin saber el motivo de mi prisión; pero mucho mas sofoca- da, bogando en una galera ó a r r a s t r a n d o una cadena en un
do quedé cuando preguntándolo el marqués, le dijeron que por presidio por diez años; pero á mí ¿quién me limpiará de la no-
contrabandista, y que en achaque de géneros suyos, habia pa- ta en que me ha hecho incurrir, á lo menos entre los que no sa-
sado la noche antecedente u n a buena porcion de tabaco entre ben la verdad del caso? Y ¿quién restaurará mis intereses, pues
los tercios, que aun debían estar en su bodega: que la denuncia es claro que cuanto tienen de tabaco los tercios, tanto les fal-
era muy derecha, pues no menos venia que por el mismo ar- ta de géneros y existencias? Mi honor y o lo vindicaré y lo
riero que enfardeló el tabaco, por señas que los tercios mas aquilataré hasta lo último; pero ¿cómo resarciré mis intereses?
cargados eran los de la m a r c a T ; y por último, que de órden
Vamos, no calle, ni quiera hacerse ahora mosca muerta.
del señor director prevenían al señor marqués contestase so-
Diga la verdad delante del escribano: ¿ Y o lo mandé á comer-
bre el particular y entregase el comiso.
ciar en tabaco? ¿O tengo interés e n este contrabando?
E l marqués con la mas pérfida simulación decia: sí no pue-
Y o que habia estado callado á semejante inicua reprensión,
de ser eso; sobre que este sugeto es demasiado hombre de bien,
aturdido, no por mi culpa, que n i n g u n a tenia *, sino por la sor-
y en esta confianza le fio mis intereses sin mas seguridad que
presa que me causó aquel hallazgo, y por las injurias que es-
su palabra, ¿cómo era posible que procediera con tanta has-
cuchaba de la boca del marqués, no pude menos que romper el
tardía que tratase de abochornarme y de perderse? ¡Vamos
silencio á sus preguntas, y confesar que él no tenía la mas m í -
que no me cabe en el juicio!
nima parte en aquello, pero que ni y o tampoco; pues Dios sa-
Pues señor, decían los guardas, aquí está el escribano que bia, que ni pensamiento habia tenido de emplear un real en
dará fe de lo que se halle en los tercios: registrémoslos y sal- tabaco. A esto se rieron todos, y despues de emplazar al
dremos de la duda. marqués para que contestara, c a r g a r o n con los tercios para
Así será, dijo el marqués, y como lleno de cólera mandó pe- la aduana, y conmigo para esta prisión, sin tener el ligero gus-
dir las llaves. Trajéronlas, abrieron la bodega, desliaron los to de ver á mi querida esposa, causa inocente de todas mis des-
tercios, y fueron encontrándolos casi rellenos de tabaco. gracias.
Entonces el marques revistiendo su cara de indignación, y
Dos años hace que habito las mansiones del crimen reputa-
echándome una mirada de rico enojado, me dijo: so bribón, tra-
pacero, villano y mal agradecido: ¿éste es el pago que ha da- • No siempre la turbación prueba delito. Esta es una prueba muy
do á mis favores? ¿Así se me corresponde la c i e g a ó impru- equivoca; antes el hombre de bien se aturdirá mas piesto que el picaro
dente confianza que hice do él? ¿Así se recompensan mis ser- procaz cuando se vea aeusado do un delito que no ha cometido. El in-
vicios que en nada me los tenia merecidos? Y por fin, /así so mutarse, desfigurarse el semblante y balbucir las palabras, probará terror
ó vergüenza; per« no siempre la realidad del delito.
do por uno de tantos delincuentes: dos años hucc (jue sin re
curso lidio con las perfidias del marqués empeñado en sepul. CAPITULO VIII.
tarme en un presidio, que hasta allá no ha parado su vengati.
v a pasión; porque despues que con infinito t r a b a j o he proba Sale D . A n t o n i o de la cárcel: e n t r é g a s e Periquillo á la amistad de lo»
do c o n las d e c l a r a c i o n e s de los arrieros que no tuve ninguna tunos sus compañeros, y lance q u e le pasó con el A g u i l u c h o .
n o t i c i a del t a b a c o , él me ha tirado á perder demandándome el
resto que d i c e falta á su principal: dos años hace que mi espo-
sa sufre una horrorosa prisión, y dos años hace que y o tolero
^ ^ Ü A N D O estuvimos a c o s t a d o s le dije á D . A n t o n i o : cierta-
c o n r e s i g n a c i ó n su a u s e n c i a y los muchos trabajos que no di-
mente, querido a m i g o , que e n este instante he tenido un gusto
g o ; pero D i o s que nunca falta al ¡nocente que de veras confia
y un pesar. E l gusto ha sido s a b e r que su honor de vd. que-
en su alta P r o v i d e n c i a , ha querido darse por satisfecho, y en.
dó ileso, tanto de parte de su fidelísima consorte, cuanto de
v i a r m e los consuelos á buen tiempo; pues cuando y a los jue-
parte del marqués, en virtud de la tan pública y solemne re-
ces e n g a ñ a d o s c o n la m a l i c i a de mi poderoso e n e m i g o y con
tractación que ha hecho, s e g ú n la cual, vd. será restituido bre-
los enredos del venal escribano de la c a u s a , que lo tenia com.
vemente á su libertad, y d i s f r u t a r á la amable compañía de una
prado c o n doblones, trataban de confinarme á un presidio
esposa tan fiel y d i g n a de ser a m a d a ; y el pesar ha sido por ad-
asaltó al m a r q u é s la enfermedad de la muerte, en c u y a hora,
vertir el poco tiempo que g o z a r é la amigable compañia de un
c o n v e n c i d o de s u iniquidad, y temiendo el terrible salto que
hombre generoso, benéfico y desinteresado.
iba á dar al otro mundo, entregó á su confesor una carta es-
Reserve vd. esos e l o g i o s , me dijo D . A n t o n i o , p a r a quien los
c r i t a y firmada de su puño, en la que despues de pedirme un
sepa merecer. Y o no he h e c h o c o n vd. mas que lo que quisie-
sincero perdón, confiesa mi buena conducta, y que todo cuan-
ra hicieran conmigo, si me h a l l a r a e n su situación; y así, so-
to se me había imputado h a b i a sido c a l u m n i a y efecto de una
lo he cumplido en esta p a r t e c o n las o b l i g a c i o n e s q u e m e im-
desordenada y v e n g a t i v a pasión.
ponen la religión y la n a t u r a l e z a ; y y a ve vd. que el que hace
D e esta c a r t a tengo c o p i a , y se les ha dado á los j u e c e s pri- lo que debe, no es acreedor n i á elogios ni á reconocimiento.
vadamente, p a r a que no páre en perjuicio del honor del mar- ¡O señor! le dije, si todos h i c i e r a n lo que deben, el mundo se-
qués, de m a n e r a que de un dia á otro espero mi libertad y el ria feliz; pero hay pocos que c u m p l a n con sus deberes, y esta
resarcimiento do m i s intereses perdidos. escasez de justos hace d e m a s i a d o apreciables á los que lo son,
E s t a , a m i g o , e s mi t r á g i c a a v e n t u r a . S e la he contado a ¡ y vd. no lo dejará de ser p a r a m í e n c u a n t o me dure la vida.
vd. para que no se desconsuele, sino que aprenda á resignarse Apetecería que mi suerte f u e r a otra, para que mi gratitud no
en los trabajos, seguro de que si está inocente, D i o s volverá se quedara en palabras, pues si s e g ú n vd. el que hace lo que
por su c a u s a . debe no merece elogios, el q u e se manifiesta a g r a d e c i d o á un
A q u í llegaba D . A n t o n i o , cuando fue preciso separarnos favor que recibe, h a c e lo que debe justamente; porque ¿quién
p a r a rezar el rosario y recogernos. S i n embargo, despues de será aquel indigno que r e c i b i e n d o un favor, como yo, no lo
c e n a r y cuando estuvimos mas solos le dije lo siguiente. confiese, publique y a g r a d e z c a , á pesar de la modestia de su
benefactor? Mi padre, señor, e r a muy honrado y dado á los
do por uno de tantos delincuentes: dos años hace (jue sin re
curso lidio con las perfidias del marqués empeñado en sepul. CAPITULO VIII.
tarme en un presidio, que hasta allá no ha parado su vengati.
v a pasión; porque despues que con infinito t r a b a j o he proba Sale D . A n t o n i o de la cárcel: e n t r é g a s e Periquillo á la amistad de lo»
do c o n las d e c l a r a c i o n e s de los arrieros que no tuve ninguna tunos su« compañeros, y lance q u e te pasó con el A g u i l u c h o .
n o t i c i a del t a b a c o , él me ha tirado á perder demandándome el
resto que d i c e falta á su principal: dos años hace que mi espo-
sa sufro una horrorosa prisión, y dos años hace que y o tolero
^ ^ T J A N D O estuvimos a c o s t a d o s le dije á D . A n t o n i o : cierta-
c o n r e s i g n a c i ó n su a u s e n c i a y los muchos trabajos que no di-
mente, querido a m i g o , que e n este instante he tenido un gusto
g o ; pero D i o s que nunca falta al ¡nocente que de veras confia
y un pesar. E l gusto ha sido s a b e r que su honor de vd. que-
en su alta P r o v i d e n c i a , ha querido darse por satisfecho, y en.
dó ileso, tanto de parte de su fidelísima consorte, cuanto de
v i a r m e los consuelos á buen tiempo; pues cuando y a los jue-
parte del marqués, en virtud de la tan pública y solemne re-
ees e n g a ñ a d o s c o n la m a l i c i a de mi poderoso e n e m i g o y con
tractación que ha hecho, s e g ú n la cual, vd. será restituido bre-
los enredos del venal escribano de la c a u s a , que lo tenia com.
vemente á su libertad, y d i s f r u t a r á la amable compañía de una
prado c o n doblones, trataban de confinarme á un presidio
esposa tan fiel y d i g n a de ser a m a d a ; y el pesar ha sido por ad-
asaltó al m a r q u é s la enfermedad de la muerte, en c u y a hora,
vertir el poco tiempo que g o z a r é la amigable compañía de un
c o n v e n c i d o de s u iniquidad, y temiendo el terrible salto que
hombre generoso, benéfico y desinteresado.
iba á dar al otro mundo, entregó á su confesor una carta es-
Reserve vd. esos e l o g i o s , me dijo D . A n t o n i o , p a r a quien los
c r i t a y firmada de su puño, en la que despues de pedirme un
sepa merecer. Y o no he h e c h o c o n vd. mas que lo que quisie-
sincero perdón, confiesa mi buena conducta, y que todo cuan-
ra hicieran conmigo, si me h a l l a r a e n su situación; y así, so-
to se me había imputado h a b i a sido c a l u m n i a y efecto de una
lo he cumplido en esta p a r t e c o n las o b l i g a c i o n e s q u e m e im-
desordenada y v e n g a t i v a pasión.
ponen la religión y la n a t u r a l e z a ; y y a ve vd. que el que hace
D e esta c a r t a tengo c o p i a , y se les ha dado á los j u e c e s pri- lo que debe, no es acreedor n i á elogios ni á reconocimiento.
vadamente, p a r a que no páre en perjuicio del honor del mar- ¡O señor! le dije, si todos h i c i e r a n lo que deben, el mundo se-
qués, de m a n e r a que de un dia á otro espero mi libertad y el ria feliz; pero hay pocos que c u m p l a n con sus deberes, y esta
resarcimiento do m i s intereses perdidos. escasez de justos hace d e m a s i a d o apreciables á los que lo son,
E s t a , a m i g o , e s mi t r á g i c a a v e n t u r a . S e la he contado á ¡ v vd. no lo dejará de ser p a r a m í e n c u a n t o me dure la vida.
vd. para que no se desconsuele, sino que aprenda á resignarse Apetecería que mi suerte f u e r a otra, para que mi gratitud no
en los trabajos, seguro de que si está inocente, D i o s volverá se quedara en palabras, pues si s e g ú n vd. el que hace lo que
por su c a u s a . debe no merece elogios, el q u e se manifiesta a g r a d e c i d o á un
A q u í llegaba D . A n t o n i o , cuando fue preciso separarnos favor que recibe, h a c e lo que debe justamente; porque ¿quién
p a r a rezar el rosario y recogernos. S i n embargo, despues de será aquel indigno que r e c i b i e n d o un favor, como yo, no lo
c e n a r y cuando estuvimos mas solos le dije lo siguiente. confiese, publique y a g r a d e z c a , á pesar de la modestia de su
benefactor? Mi padre, señor, e r a m u y honrado y dado á los
libros, y y o me acuerdo haberle oido\lecir, que el que inventó el autor que vd. me citó, que él que hace un beneficio no debe
las prisiones, fué el que hizo los primeros beneficios; y a se ve acordarse de que lo hizo.
que esto se entiende respecto d é l o s hombres agradecidos; pero
Conque así, dejando esta materia, lo 'que importa es que
¿quién será el infame que recibiendo un beneficio no lo agra-
vd. no desmaye en los trabajos, ni se abata cuando y o le falte,
dezca? E u efecto, el ingrato es mas terrible que las fieras.
pues le queda la Providencia, quo acudirá á sostenerlo en ese
V d . ha visto la gratitud de los perros, y se acordará de aquel
caso, así como lo hace ahora por mi medio, pues y o no soy
león á quien habiéndole sacado un caminante una espina que
mas que un instrumento de quien á la presente se vale.
tenia clavada en la mano, siendo éste despues preso y senten.
ciado á ser víctima de las fieras en el c i r c o de R o m a , por suer- E n estas amistosas conversaciones nos quedamos dormidos,

te, ó para lección de los ingratos, le tocó que saliese á devo- y á otro día, sin esperarlo y o , me llamaron para arriba. Su-

rarlo aquel mismo león á quien había curado de la mano, y és- bí sobresaltado, ignorando para qué me necesitaban; pero

te, con admiración de los espectadores, luego que por el olfato pronto salí de la duda, h a c i é n d o m e enteuder el escribano, que

conoció á su benefactor, en v e z de arremeterle y despedazarlo me iba á tomar la confesion con cargos.

como era natural, se le acerca *, lo lame, y con la cola, boca Me hicieron poner la c r u z y me conjuraron cuanto pudie-
y cuerpo todo, lo a g a s a j a y alhaga, respetando ü su favorece- ron para que confesara la verdad so c a r g o del juramento que
dor. ¿Quién, pues, será el hombre que no sea reconocido? Con había prestado.
razón las antiguas leyes no prescribieron pena á los ingratos, Y o en nada menos pensaba que en confesar ni una palabra
pensando el legislador que no podia darse tal crimen; y con
que me perjudicara, pues y a Hiabia oído decir á los léperos,
igual razón dijo Ausonio, que no producía la naturaleza cosa
que en estos casos primero es ser mártir que confesor; pero sin
peor que un ingrato.
embargo, y o juré decir verdad, porque decir que sí no me per-
Conque vea vd. a m i g o D . A n t o n i o , si podré y o escusarme judicaba.
de agradecer á vd. los favores que me ha dispensado. Comenzaron á preguntarme mucho de lo que y a se me ha-
1 o jamás hablo contra lo que me dicta la razón, me respon. bía preguntado en la declaración preparatoria, y y o repetí las
dió; conozco que es preciso y justo agradecer un beneficio; yo mismas mentiras á m u c h a s de las mismas preguntas, que sos-'
así lo hago, y aun lo publico, pues á mas no poder, es una me- pechaba no me eran favorables, y así negué mi nombre, mi
dia paga el publicar el bien recibido, y a que no se pueda com- patria, mi estado & c . añadiendo acerca del oficio, que era la-
pensar de otra manera; pero c o n todo eso, descaria que no lo brador en mi tierra: confesé, porque no lo podia negar, que
hicieran conmigo; porque no apetezco la recompensa del tal era verdad que J a n u a r i o era mi amigo, y que el zarape y ro-
cual beneficio que hago, del que lo recibe, sino de Dios y del sario eran suyos; pero no dije cómo habian venido á mi po-
testimonio de mi conciencia; porque y o también lie leido en der, sino que me los habia empeñado.

A seguida se me h i c i e r o n varios cargos, pero nada valió pa-


- E s de a d v e r t i r q u e c u a n d o los .romanos e c h a b a n fieros ¿ los delin-
ra que yo declarara lo que se quería, y en vista de mi resis-
c u e n t e s , les c e r c e n a b a n el a l i m e n t o para hacerlas m a s f e r o c e s con c l
hambre. tencia se concluyó aquella formalidad, haciéndome firmar la
declaración y despachándome al patio.
Y o obedecí prontamente, como que deseaba quitarme de su mucho la conclusion del negocio, se determina pronto esta di -
presencia. B a j ó m e á mi calabozo, y no hallando en el á D. ligencia.
Antonio, salí para el patio á tomar sol.
Pero vamos á esto: ¿ha hecho vd. muchas citas? Porque sien-
E s t a n d o en esta diligencia, se juntaron cerca de mí unos
do así, se enreda ó se demora mas la causa. N o sé lo que son
cuantos cofrades de B i r j an, y tendiendo una frazadita en el
citas, le respondí; á lo que D . Antonio me dijo: citas son las
suelo, se sentaron á j u g a r á la redonda en buena paz y com-
referencias que el reo hace á otros sugetos poniéndolos por
pañía, la que por poco les deshace el presidente si no le hu-
testigos, ó citándolos con cualquiera ingerencia en la causa,
hieran pagado dos ó cuatro reales de licencia, que tanto lleva-
y entonces es necesario tomarles á todos declaración, p a r a e c -
ba de p i t a n z a , con nombre de licencia, por cada rueda de jue-
saminar por esta la verdad ó falsedad de lo que ha dicho; y
go que se ponía, y tal vez mas, según era la cantidad que se
esto se llama evacuar citas. Y a vd. verá que naturalmente
jugaba.
estas diligencias demandan tiempo.
Y o me admiraba al ver que en la cárcel se jugaba con mas
Pues amigo, le dije, mal estamos; porque y o para probar
libertad y á menos costo que en la calle, envidiando de paso
que no salí con Januario la noche del robo, atestiguó que me
las buscas de los presidentes, pues á mas de las generales, éste
habia estado en el truquito con todos los inquilinos de él, y
de quien hablo tenia otras que no le dejaban poco provecho,
estos son muchos.
porque por tercera persona metía aguardiente y lo vendía
como se le antojaba, prestaba sobre prendas con dos reales de E n verdad que hizo vd. mal, dijo D . Antonio, pero si no ha-
logro por peso, y hacia otras diligencias tan lícitas y hones- bia prueba mas favorable, vd. 110 podia omitirla. E n fin. si
tas como las dichas. con la prisa que ha comenzado el negocio, continúa, puede
vd. tener esperanza de salir pronto.
Deseaba y o mezclarme con los tahúres á ver si me ingenia,
ba con a l g u n a de las gracias que me habia enseñado Juan E n estas y otras conversaciones entretuvimos el resto de
L a r g o ; pero no me determiné por entonces, porque era nuevo aquel dia, en el que mi caritativo amigo me dió de comer, y
y veia la clase de gente que jugaba, que cada uno podía dar- en los qnince ó veinte mas que duró en mi compañía, no solo
me lecciones en el arte de la fullería; y así me contenté con me socorrió en cuanto pudo, sino que me doctrinó con sus
divertirme mirándolos. consejos. ¡Ah, si y o los hubiera tomado!
Pasado un largo rato de ociosidad, como todos los que se
Cuando m e veia adunarme con algunos presos, c u y a amis-
pasan en nuestras cárceles, repetí mí viage al calabozo, y ya tad no le parecía bien, me d e c í a : mire vd. D . Pedrito, dice el
estaba D . Antonio esperándome. L e conté todo mi acaeci- refrán que cada oveja con su pareja. Podia vd. 110 familiari-
miento con el escribano, y él mostró admirarse diciéndome: zarse tanto con esa clase de gente como N . y Z . pues, no
me hace fuerza que tan presto se h a y a evacuado la confesion porque son pobres ni morenos; estos son accidentes por los
con cargos; pues a y e r le dije á vd. que podia esperar este paso que solamente no debe despreciarse al hombre ni desecharse
de aquí á tres meses, y en efecto puedo citarle muchos ejem- su compañía, en especial si aquel color y aquellos trapos ro-
plares de estas dilaciones. Bien es verdad que cuando los tos cubren, como suele suceder, un fondo de virtud; sino por-
iueces son activos y no hay embarazo que lo impida, ó urge que esto no es lo mas frecuente; antes la ordinariez del nací-
132 133

miento y el despilfarro do la persona suelen ser los mas segu- copio de un superior, y m a s s i cate solo dá preceptos y no
ros testimonios de su ninguna educación ni conducta; y y a ve ejemplos!
vd. que la amistad de unas gentes de esta clase no puede traer-
Pero como y o apenas c o m e n z a b a á ser aprendiz de hombre
le ni honra ni provecho; y y a se acuerda de que, según me lia
de bien con los de mi buen compañero, luego que me faltaron,
contado, los extravíos que ha padecido y los riesgos en que se
ha visto, no los debe á otros que á sus malos amigos, aun en rodó por tierra toda mi c o n d u c t a y señorío, á la manera que

la clase de bien nacidos, como el señor Januario. un cojo irá á dar al suelo luego que le falte la muleta.

A este tenor eran todos los consejos que me daba aquel buen Fué el caso: que una m a ñ a n a que estaba y o solo en mi ca-
hombre, y así con sus beneficios como con la suavidad de su labozo leyendo en uno de los libros de D . Antonio, bajó éste
carácter, se hizo dueño de m i voluntad, en términos que y o lo de arriba, y dándome un a b r a z o , me dijo muy alborozado: que-
amaba y lo respetaba como á mi padre. rido D. Pedro, y a quiso D i o s , por fin, que triunfara la i nocen-
E s t o me acuerda que y o debí á D i o s nn corazon noble, pia- cia, de la calumnia, y q u e y o logre el fruto de aquella en el
doso y dócil á la razón. La virtud me prendaba, vista en goce completo de mi libertad. A c a b a el alcaide de darme el
otros: los delitos atroces me horrorizaban, y no me determina, correspondiente boleto. Y o t r a t o de no perder momentos en esta
ba á cometerlos; y la sensibilidad se excitaba en mis entrañas
prisión para que mi buena e s p o s a tenga cuanto antes la com-
á la presencia de cualquiera escena lastimosa.
placencia de verme libre y ó su lado; y por este motivo re-
Pero ¿qué tenemos con estas buenas cualidades sí no se cul- suelvo marcharme ahora m i s m o . D e j o á vd. mi cama, y esa
tivan? ¿Qué, con que la tierra sea fértil, si la semilla que en
caja con lo que tiene dentro p a r a que se sirva de ella entre
ella so siembra es de zizaña? E s o era cabalmente lo que me
tanto la mando sacar de a q u í ; pero le encargo me la cuide
sucedia. M i docilidad me servia para seguir el ímpetu de mis
mucho.
pasiones y el ejemplo de mis malos amigos; pero cuando lo
veía bueno, pocas veces dejaba de enamorarme la virtud, y si Yo prometí hacer c u a n t o é l me mandara, dándole los plá-
Ino me determinaba ó seguirla constantemente, á lo menos me cemes por su libertad, y l a s debidas g r a c i a s por los beneficios
sentía inclinado á ello, y me refrenaba mientras tenia el estí- que me había hecho, s u p l i c á n d o l e que mientras estuviera en
mulo á la vista. México, se acordara de s u p o b r e a m i g o Perico, y no dejara

A s í me sucedió mientras tuve la compañía de D . Antonio, de visitarlo de cuando e n c u a n d o . E l me lo ofreció así, po-

pues lejos de envilecerme ó contaminarme mas con el perver- niéndome dos pesos en l a m a n o , y estrechándome otra vez en

so ejemplo de aquellos presos ordinarios, que conocemos con sus brazos, me dijo: sí, m i a m i g o mi amigo ¡pobre mu-

el nombre de gentdla, según me aconteció en el truquito, le- chacho! bien nacido y m a l logrado... .A D i o s . . . . N o pudo

jos de esto, digo, iba yo adquiriendo no sé qué modo de pen- contener este hombre s e n s i b l e y generoso su ternura: las lá-

sar con honor, y no me atrevía á asociarme con aquella bro- grimas interrumpieron s u s p a l a b r a s , y sin dar lugar á que y o

za por vergüenza de mi a m i g o , y por la fuerza q u e m e hacían hablara otra, marchó d e j á n d o m e sumergido en un mar de aflic-

sus suaves y eficaces persuasiones. ¡Qué cierto es que el ción v sentimiento, no t a n t o por la falta que me hacia D.

ejemplo de un amigo honrado contiene, á veces mas que el pre- Antonio, cuanto por lo q u e e x t r a ñ a b a su compañía; pues en
efecto y a lo d i j e y no me cansaré de repetirlo, era muy ama.
ble y g e n e r o s o . Pero con quien mas me intimé fué con un mulatillo gordo,
aplastado, chato, cabezón, encuerado y demasiadamente vivo
A q u e l dia n o comí, y á la noche cené muy parcamente: mas
y atrevido, que le llamaban la Aguilita, y y o jamás le supe
como el tiempo es el paño que mejor enjuga las lágrimas q U e
otro nombre, que verdaderamente le convenia así por la rapi-
se vierten por los muertos y los ausentes, al segundo dia ya
dez de su génio, como por lo afilado de su garra. E r a un la-
me fui s e r e n a n d o poco á poco: bien es verdad que lo que cal.
drón astuto y ligerísimo; pero de aquellos ladrones rateros, in-
mó fué el e x c e s o de mi dolor, mas no mi amor ni mi agrade",
cimiento. capaces de hacer un robo de provecho; pero capaces de sufrir
veinte y cinco azotes en la picota por un vidrio de á dos rea-
A p e n a s los pillos mis compañeros me vieron sin el respelo
les ó un pañito de á real y medio. E r a en fin, uno de estos
de D . A n t o n i o y advirtieron que quedé de depositario de sus
macutenos ó corta bolsas, pero delicado en la facultad. No
bienecillos, c u a n d o procuraron grangearse mi amistad, y para
se escapaba de sus uñas el pañuelo mas escondido, ni el trapo
esto se me a c e r c a b a n con frecuencia, me daban cigarros cadl
mas bien asegurado en el tendedero. ¡Qué tal seria, pues los
rato, me convidaban á aguardiente, me preguntaban por el
otros presos que eran también profesores de su arte, le ren-
estado de mi c a u s a , me consoloban, y hacían cuanto les suge-
dían el -pórrigo (*), le confesaban la primacía, y se guardaban
n a su habilidad por apoderarse de mi confianza.
de él como si fueran los mas lerdos en el oficio!
N o les costó m u c h o trabajo, porque yo, como buen bobo
E l mismo, haciendo alarde de sus delitos, me los contó con
decía: no, pues estos pobres no son tan malos como me pare'
la mayor franqueza, y y o le referí mis aventuras punto por
cieron al principio. E l color bajo y los vestidos destrozados
punto en buena correspondencia, sin ocultarle que así como á
no siempre c a l i f i c a n á los hombres de perversos; antes á ve-
él por mal nombre le llamaban Aguilita, así á mí me decian
ees pueden esconder algunas almas tan honradas y sensibles
Periquillo Sarniento.
como la de D . Antonio; y ¿qué sé y o si entre estos infelices
N o fué menester mas que revelarle este secreto, para que to-
me encontraré c o n alguno que supla la falta de mi amigo?
dos lo supieran, y desde aquel dia y a no me conocían con otro
E n g a ñ a d o con estos hipócritas sentimientos, resolví l a c e r -
nombre en la cárcel.
me camarada de aquella gentusa, olvidándome de los consejos
de mi ausente am.go, y lo que es mas, del testimonio de mi Este fué, según dije, el g r a n sujeto con quien y o trabé la

conciencia que me decia, que cuando no en lo general, á lo mas estrecha amistad. Y a se deja entender qué ejemplos, qué

menos en lo común, raro hombre sin principios ni educación consejos y qué beneficios recibiría de mi nuevo amigo y de to-

deja de ser vicioso y relajado. dos sus camaradas. C o m o de ellos.

A los tres dias de la partida de D. Antonio y a era y o con. (*) P l i n i o y otros autores u s a n la f r a s e Htrbam porrigere en boca

socio de aquellos tunos, llevando con ellos una familiaridad tan del q u e confiesa haber sido v e n c i d o . P o r esto a n t i g u a m e n t e en l a s es-

estrecha como si de años atrás nos hubiéramos conocido- por- cuelas y cátedras de g r a m á t i c a s e u s ó que los q u e h a b í a n d i c h o a l g ú n dis-
parate, se h i n c a s e n ante el que se los corrigió, d i c i é n d o l e p ó r r i g o hbi, y a
que no solo comíamos, bebíamos y jugabamos juntos; sino que
esto alude la frase poco u s a d a h o y de rendir el pórrigo, que para su inte-
nos tuteábamos y retozábamos de manos como unos niños
ligencia pareció n e c e s a r i o e x p l i c a r en esta n o t a . — E ,
Al plazo que dije y a h a b i a n c o n c l u i d o los dos pesos que me
tejedor, el pintor, el a r c a b u c e r o , el b a t e o j a , el hojalatero, el c a r -
dejó D . A n t o n i o , y y o n o t e n i a n i que comer ni que j u g a r .
rocero y otros m u c h o s a r t e s a n o s luego q u e s e ven privados de
E s c i e r t o que el a m i g o A g u i l u c h o p a r t í a c o n m i g o d e su plato;
su libertad, se ven t a m b i é n p r i v a d o s d e su oficio, y de consi-
p e r o éste e r a tal q u e y o lo p a s a b a con la m a y o r r e p u g n a n c i a , guiente constituidos en la ú l t i m a m i s e r i a ellos y sus familias en
pues se r e d u c í a á un poco de a t o l e a g u a d o p o r la m a ñ a n a , un fuerza de la h o l g a z a n e r í a á q u e se v e n r e d u c i d o s ; y los que no
trozo d e toro mal cocido en c a l d o de chile al medio d í a . y al- tienen oficio, perecen do la m i s m a m a n e r a ; y así, c a m a r a d a , y a
g u n o s a l v e r j o n e s ó h a b a s por la n o c h e , que ellos engullían muy que no h a y m a s que h a c e r , p a s e m o s el r a t o j u g a n d o y bebiendo
bien, t a n t o por n o e s t a r a c o s t u m b r a d o s á m e j o r e s v i a n d a s , co- mientras que nos a h o r c a n ó n o s e n v í a n ó c o m e r p e s c a d o fres-
mo por ser estas de las que les d a b a la c a r i d a d ; pero y o apenas co á S. J u a n de U l ú a ; p o r q u e lo d e m á s s e r á q u i t a r n o s la vida
las p r o b a b a : de m a n e r a que si n o h u b i e r a sido p o r un bienhe- antes que el v e r d u g o ó los t r a b a j o s n o s la q u i t e n .
c h o r que se d i g n ó f a v o r e c e r m e , p e r e z c o en la cárcel de enfer-
Acabó mi a m i g o su p e r s u a s i v a c o n v e r s a c i ó n , y le dije: no
medad ó de h a m b r e , pues e r a s e g u r o que si c o m i a las muni-
pensé j a m á s que u n h o m b r e d e tu p e l a g e h a b l a r a t a n r a z o n a -
ciones a l v e r j o n e s c a s y el toro m e d i o vivo, m e e n f e r m a r í a gra-
blemente; porque la v e r d a d , y s i n q u e s i r v a d e enojo, los de tu
veniente, y si no c o m i a eso, n o h a b i e n d o otros alimentos, la
clase no se e x p l i c a n en m a t e r i a n i n g u n a de ese modo. Aun-
debilidad hubiera d a d o c o n m i g o e n el s e p u l c r o .
que no es esa regla t a n g e n e r a l c o m o la supones, me contestó,
Tero n a d a de esto s u c e d i ó ; p o r q u e desde el c u a r t o dia de la sin e m b a r g o , e s m e n e s t e r c o n c e d e r t e q u e e s así, por la m a y o r
a u s e n c i a de D . A n t o n i o , me l l e v a r o n de la calle u n c a n a s t i t o parte; m a s esa d u r e z a é i d i o t i s m o q u e a d v i e r t e s en los indios,
con s u f i c i e n t e y r e g u l a r c o m i d a , s i n poder y o a v e r i g u a r de don- mulatos, y d e m á s c a s t a s , n o e s por d e f e c t o de su e n t e n d i m i e n -
de; pues s i e m p r e que lo p r e g u n t a b a al m a n d a d e r o , solo s a c a b a to, sino por su n i n g u n a c u l t u r a ni e d u c a c i ó n . Y a h a b r á s vis-
de éste que me la d a b a un amigo, q u i e n m a n d a b a decir, que no to que m u c h o s de esos m i s m o s que n o s a b e n h a b l a r , h a c e n mil
n e c e s i t a b a saber quien e r a . curiosidades con las m a n o s c o m o s o n c a j i t a s , e s c r i b a n í a s , mo-
nitos, m a t r a q u i t a s , y t a n t o c a c h i b a c h e q u e a t r a e la afición de
E n esta inteligencia, y o r e c i b í a el canastillo, d a b a las gra-
los m u c h a c h o s y a u n de los q u e n o lo s o n . P u e s lo m a s espe-
c i a s á mi desconocido b e n e f a c t o r , y c o m i a con m e j o r e s ape-
cial que h a y en el caso es el p r e c i o en q u e los venden y la her-
t e n c i a s , y casi s i e m p r e en c o m p a ñ í a del A g u i l u c h o ó de algu-
r a m i e n t a con que los t r a b a j a n . E l p r e c i o es poco m e n o s que
n o de s u s c o f r a d e s .
medio real ó c u a r t i l l a , y la h e r r a m i e n t a se r e d u c e á un pedazo
M a s como la a m i s t a d de estos n o e r a v e r d a d e r a , n i se d i r i g í a de cuchillo, u n a t i r a de h o j a de l a t a y casi s i e m p r e n a d a m a s .
á mi bien sino al provecho q u e e s p e r a b a n s a c a r de mí, no cesa-
E s t o prueba bien q u e t i e n e n m a s talento del que tú les con-
b a n d e i n s t a r m e á j u g a r , y esto l o h a c i a n por m e d i o del Agui-
cedes; porque si no siendo escultores, c a r p i n t e r o s , c a r r o c e r o s
lita, quien me decia á c a d a c u a r t o d e h o r a : a m i g o P e r i c o , va-
& c . ni teniendo c o n o c i m i e n t o en l a s reglas de las a r t e s que te
mos á j u g a r , hombre, ¿qué h a c e s t a n triste y a r r i n c o n a d o con
he nombrado, h a c e n u n a figura de u n h o m b r e ó de un a n i m a l ,
el libro en la m a n o hecho s a n t o d e colateral? M i r a : en la cár-
una mesa, un ropero, un c o c h e c i t o y c u a n t o q u i e r e n , tan bo-
cel solo bebiendo ó j u g á n d o s e p u e d e p a s a r el rato, pues no h a y
nitos y a g r a d a b l e s á la v i s t a ; si h u b i e r a n a p r e n d i d o esos ofi-
n a d a que h a c e r ni en que o c u p a r s e . Aquí el h e r r e r o , el sastre, el
cios, claro es que l i a r í a n o b r a s p e r f e c t a s en su línea,

tt
Pues de la misma manera debes considerar que si los dedi. presten, lo dije, y a lo entiendo, y sé que eso se llama prestar
c a r a a á los estudios, y su trato ordinario fuera con gente ci. ocho con dos; pero en esto de la valedura y del chillido no ten-
vilizada, sabrían muchos de ellos tanto como el que mas, y se. JTO inteligencia. Explícame que cosas son.
rian capaces de lucir entre los doctos no obstante la opacidad Prestar al valer, me respondió, es prostar con la obligación
de su color. * Y o por ejemplo, hablo regularmente el castella- de dar el agraciado al prestador medio ó un real de cada albur
no porque me c r i é al lado de un fraile sábio, quien rae ense- que gane, y prestar á si chifla, es prestar con un plazo seña-
ñó á leer, escribir y hablar. Si me hubiera criado en casa de lado, sin usura; pero con la condicion de que pasado éste, y no
mi tia la tripera, seguramente á la hora de esta no tuvieras sacando la prenda, se pierde ésta sin remedio, en el dinero que
nada que a d m i r a r en mí. se prestó sobre ella, sin tener el dueño acción para reclamar
Pero dejemos estas filosofías para los estudiantes. Aquí nada las demasías.
vale hablar bien ni mal, ser blancos ni prietos, trapientos ó de- Muy bien, dije yo: he quedado bien enterado en el asunto,
centes: lo que importa es ver como se pasa el rato, y como se y saco por buena cuenta que y a de uno, y a de otro modo está
les pelan los medios á nuestros compañeros; y así vamos á ju- el empeñador muy expuesto á quedarse sin su alhaja y los ta-
gar, Periquillo, vamos á j u g a r , no tengas miedo: á mí no me les logreros en ocasion próesima de que se los lleve el diablo.
la dan de malas en el naipe: de eso entiendo mas que de cas- Eso no te apure, dijo el A g u i l u c h o , que se los lleve ó no,
trar monas; y en fin, amarro un albur á veinte cartas. Con- ¿qué cuidado se te dá? ¿Acaso, tú los pariste? El caso es que
que vamos hombre.
nos habiliten con monedas para jugar,' y por lo demás allá se
l o le dije que iría de buena gana si tuviera dinero, pero
las avenga.
que estaba sin blanca. ¡Sin blanca! E x c l a m ó el Girifalte. No Todo está bueno, hermano, pero si esas prendas no son mías,
puede ser. ¿Pues para qué quieres esas sábanas ni esa col- ¿cómo las puedo empeñar? C o n las manos, decia mi gran a-
cha que tienes en la cama, ni los demás trevejos que guar- migo v si no quieres hacerlo tú yo lo haré, que sé muy bien
das en la cajita? Aquí el presidente y otros de tan arreglada quien presta, y quien no, en nuestra casa. L o que te puede
conciencia como él, prestan ocho con dos sobre prendas, ó al detener es, lo" que responderás á D . Antonio cuando venga
valer, ó á si chifla. por ellas, ¿no es eso? Pues mira: la respuesta es facilísima,
E l logro de recibir dos reales por premio de ocho que se natural v que debe pasar á la fuerza, y es, üccir que-te roba-
ron. N o pienses que D . A n t o n i o lo ha de dudar, porque á el
* A u n s e a c u e r d a n en esta ciudad de aquel negrito l e g o , pero poeta mismo lo hemos robado y o y otros no tan asimplados como tu;
improvisador y a g u d í s i m o , de q u i e n entre m u c h a s de s u s repentinas agu- v así es preciso que él se acuerde y diga: si á mí que era due-
dezas, se celebra la q u e dijo al sábio padre S a m u d i o , j e s u í t a , con ocasion
ño de lo mió me robaban, ¿cómo no han de robar á este tonto,
de preguntar é s t e al c o m p a ñ e r o si nuestro negro, q u e iba cerca, era el
nuevo y que no ha de cuidar lo mío tanto como y o propio?
mismo de q u i e n t a n t o se hablaba; lo o y ó éste y respondió
Fuera de que, aun c u a n d o > discurriera de este modo, sino
Yo soy el negrito poeta
Aunque sin ningún estudio, que pensara que era trácala l u y a , ¿qué tehabia de hacer? Ya
Si tío tuviera esta geta estás en la cárcel, hijo: ni m a s adentro, ni mas afuera
Fuera otro padre Samudio. P e r o no tengas cuidado de que lo sepa, aunque vendas has-

* . H
ta los bancos públicamente, pues aquí todos nos tapamos con
una trazada *, y no te d e s c u b r i é r a m o s , si el diablo nos llevara
\ o creo c u a n t o me dices, le contesté; pero mira: ese s u K e !
to es un buen hombre: ha hecho c o n f i a n z a de mí: se ha dado
por mi a m i g o y lo ha manifestado llenándome de favores. ;Có
mo pues, es posible que y o proceda c o n él de esa manera'
¡ Q u e animal eres! decia el C a v i l a n : lo primero que esa
amistad de D . A n t o n i o era por su c o n v e n i e n c i a , por te
con quien p l a t i c a r , y porque c o n nosotros no tenia parüdo
por mono, ridiculo y misterioso. L o segundo, que y a em-
b n a g a d o c o n su hbertad, no se a c o r d a r á en la vida de estos
ühches, t as. c o m o no se h a a c o r d a d o en c u a t r o dias que ha
que sal.6. L o tercero, que en c a s o que se acuerde es fuerza
que crea la disculpa sin hacerte c a r g o del robo; y l o c u a r t o y
ultimo, que eso no se llama a g r a v i a r á los amigos, pues tú no
le haces ningún a g r a v i o , ni le q u i t a s su muger ni su crédito
n, sus intereses ni le das una p u ñ a l a d a , ni le h a c e s ninguna
i n j u r i a a sus sabiendas. L e vendes u n a que otra fríoleriUa
por pura necesidad y sin que lo s e p a ; lo que es señal de gran-
de a m i s t a d . S i le hicieras algún daño cierto de que lo habia
de saber era señal de que lo q u e r í a s a g r a v i a r ; pero venderle
c u a t r o trapos, seguro d e q u e no lo sabrá, es la prueba mas
incontestable de que lo quieres bien, lo que puede aquietar tu

interior.
Finalmente, tanto hizo y dijo el p i c a r o mulatillo, que yo
que poco había menester, me c o n v e n c í y empeñé en c i n c o pe-
sos unos calzones de paño azul m u y b u e n o s , con botones de

plata, que había en la c a j a , y nos f u i m o s á poner el montcci.


lo sin perder tiempo.

C o m o moscas á la miel, a c u d i e r o n todos los pillos enfraza-

- Frase familiar con la que se «ti i e n t e n t e dos ó mas se <Iis-


culpan .mutuamente, encubriendo así ,us picardías ó manejos comu.
ncs.—E.
f T r a p o s viejos y hechos p e d a z o » . — E .
Hi
lomo 2. ELPSRIpUILLO. uam.tt.
dados & jugar. Se sentaron á la redonda, y comenzó mi arilU
g0 á barajar, y y o á pagar alegremente.
* En verdad que era fullero el Aguilucho, pero 110 tan dies.
t,o como decia; porque en un albur que iba interesado con co-
sa de doce reales, hizo una deslomada tan tosca y á las claras,
que todos se la conocieron, y comenzando por el dueño de la
apuesta amparándolo sus amigos, y al montero los suyos, se
encendió la cosa de tal modo qüe en un instante llegamos á
las manos, y hechos un nudo unos sobre otros, caiinos sobre
la carpeta del juego, dándonos terribles puñetes, y algunos de
amigos, pues como estábamos tan juntos y ciegos de la cóle-
ra, los repartíamos sin la mejor puntería, y solíamos dar el
mejor mojicon al mayor amigo. A mí, por cierto, me dió uno
tan feroz el Aguilucho, que me bañó en sangre, y fué tal el
dolor que sentí, que pensé que había escupido los sesos pol-
las narices.

El alboroto del patio fue tan grande, que ni el presidente


podia contenerlo con su látigo, hasta que llegó el alcaide, y
como no era de los peores, nos sosegamos por su respeto.
Luego que nos serenamos, y estando y o en mi deparlamen
to, me fué á buscar mi compañero el A g u i l u c h o , quien como
acostumbrado á estas pendencias en la cárcel y fuera de ella,
estaba mas fresco que yo; y así con mucha sorna me pregun-
tó ¿cómo me había ido de c a m p a ñ a ? De los diablos, le
respondí: todos los dientes tengo flojos y las n a r i c ^ quebra-
das, siendo lo mas sensible para mí que tú fuiste quien me hi-
zo tan gran favor.
Yo 110 lo sé, dijo el mulatillo; pero 110 lo niego, que cuando
irte enojo 110 atiendo cómo, ni á quien reparto mis cariños.
Y a viste que aquellos malditos casi me tenian con la cara co-
sida contra el suelo, y así yo no veía á donde dirigía la mano.
Sin embargo perdóname, hermano, que no lo hice á mal hacer.
j Y es mucha la sangre que has echado? No habia de haber
TOM. 11. 5
sido t a n t a , le respondí, sobre que h a s t a d e s v a n e c i d o estoy. No
le hace, a n a d i ó 61. S á b e t e qne no h a y mal q u e por bien no del pulquillo, y su falta nos e n t r i s t e c í a demasiado; m a s al fin
v e n g a , y r e g u l a r m e n t e u n t r o m p o n d e estos b i e n dado, de cuan- se suplió con a g u a r d i e n t e de c a ñ a , y fueron tan repetidos los
do en cuando, es d e m a s i a d o p r o v e c h o s o á la s a l u d ; porque son
brindis, que y o como poco ó n a d a a c o s t u m b r a d o á beber, m e
u n a s s a n g r í a s copiosas y b a r a t a s q u e nos d e s a h o g a n las cabe-
trastorné de modo que no supe lo que s u c e d i ó despues, ni c ó -
z a s y nos p r e c a v e n de una fiebre.
mo me levanté de allí. L o c i e r t o es que á la noche c u a n d o
M a l d i t o seas tú y tu remedio c o n d e n a d o , le dije: y será me- volví en mí, me hallé en mi c a m a , n o m u y limpio y con u n
j o r que en la vida no me a p l i q u e s o t r a s e m e j a n t e s a n g r í a . Pero fuerte dolor de cabeza; y de esta m a n e r a me desnudé y p r o c u -
d i m e : ¿cómo salimos de monedas? P o r q u e s e r á la del diablo ré volver á d o r m i r , lo que n o me costó poco t r a b a j o .
que despues de s a n g r a d o s y m a g u l l a d o s h á y a m o s salido sin
blanca.
CAPITULO IX.
E s o sí que no, rae respondió mi c a m a r a d e , l a s t r i p a s hubiera
dejado en m a n o s de mis e n e m i g o s p r i m e r o que u n real. Luego En el que Periquillo da razón del robo que le lucieron en la
que vi que nos c o m e n z a m o s á e n o j a r , p r o c u r é a f i a n z a r la plata, cárcel: de la despedida de D. Antonio: de los trabajos que
de s u e r t e q u e c u a n d o el g e n e r a l t o c ó á e m b e s t i r , y a los me-' pasó, y de otras cosas que tal vez no desagradarán á los lec-
dios e s t a b a n bien a s e g u r a d o s . tores.
¿Y dónde? L e p r e g u n t é ; porque tú n o t i e n e s c h u p a , ni cami-
sa, ni calzones, ni cosa que lo valga, ¿ccffiquc d ó n d e los escon- •

d . s t e tan presto? E n la p r e t i n a de los c a l z o n e s blancos, me
CEGÓ que amaneció', se levantaron los presos de mi c a -
contestó, y e n t r e el ceñidor, y por a c a b a r e s a m a n i o b r a , me
labozo y y o el último de todos, a u n q u e con b a s t a n t e h a m b r e ,
pusieron como viste, que si desde el p r i n c i p i o del pleito me co-
como que no h a b i a cenado en la noche a n t e r i o r . Mi p r i m e r a
j e n con a m b a s m a n o s f r a n c a s , otro gallo les c a n t á r a á esos ta-
diligencia f u é ir á s a c a r u n a tablilla de chocolate p a r a d e s a -
les; pero no somos viejos y s o b r a n dias en el a ñ o .
yunarme; pero ¡cuál f u é mi s o r p r e s a , c u a n d o b u s c a n d o e n m i
V a y a , deja esos rencores, le dije: á ver lo q u e me toca, por- bolsa la llave de la cajita, no la hallé en ella, ni debajo de la a l -
que y a me m u e r o de h a m b r e y quisiera m a n d a r t r a e r de almor- mohada, ni en p a r t e a l g u n a , y ostigado de mi a p e t e n c i a rom-
zar. Y a está c o r r i d a esa diligencia, m e c o n t e s t ó el Aguilu- pí la expresada c a j a y la e n c o n t r é limpia de todo el a j u a r d e
cho, y por señas que ahí viene tio C h e p i t o el m a n d a d e r o con D. Antonio, al que yo m i r a b a c o n demasiado cariño! Confie-
el a l m u e r z o . so que estuve á pique de p a r t i r m e la c a b e z a c o n t r a la p a r e d
E n efecto llegó el viejecito con u n a c a n a s t a bien habilitada de r a b i a y desesperación, c o n s i d e r a n d o la realidad del s u c e s o ,
de m a n i l a s en adobo, cecina en tlemole, p a n , tortillas, frijoles esto es, que los mismos c o m p a ñ e r o s luego que me vieron b o r -
y o t r a s v i a n d a s semejantes. L l a m ó el A g u i l o n á sus c a m a r a - racho, me s a c a r o n la llavecita de la bolsa, y despabilaron c u a n -
das, y nos p u s i m o s todos en rueda á a l m o r z a r en buena paz v to la infeliz depositaba.
c o m p a ñ í a ; pero en medio de n u e s t r o g u s t o nos a c o r d á b a m o s l o a c e r t a b a en el juicio, pero n o podia a t i n a r con el l a d r ó n ,
ni recabar el robo, y esto me llenaba de m a s cólera; por m a .
sido t a n t a , le respondí, sobre que h a s t a d e s v a n e c i d o estoy. No
le hace, a n a d i ó 61. S á b e t e qne no h a y mal q u e por bien no del pulquillo, y su falta nos e n t r i s t e c í a demasiado; m a s al fin
v e n g a , y r e g u l a r m e n t e u n t r o m p o n d e estos b i e n dado, de cuan- se suplió con a g u a r d i e n t e de c a ñ a , y fueron tan repetidos los
do en cuando, es d e m a s i a d o p r o v e c h o s o á la s a l u d ; porque son
brindis, que y o como poco ó n a d a a c o s t u m b r a d o á beber, m e
u n a s s a n g r í a s copiosas y b a r a t a s q u e nos d e s a h o g a n las cabe-
trastorné de modo que no supe lo que s u c e d i ó despues, ni c ó -
z a s y nos p r e c a v e n de una fiebre.
mo me levanté de allí. L o c i e r t o es que á la noche c u a n d o
M a l d i t o seas tú y tu remedio c o n d e n a d o , le dije: y será me- volví en mí, me hallé en mi c a m a , n o m u y limpio y con u n
j o r que en la vida no me a p l i q u e s o t r a s e m e j a n t e s a n g r í a . Pero fuerte dolor de cabeza; y de esta m a n e r a me desnudé y p r o c u -
d i m e : ¿cómo salimos de monedas? P o r q u e s e r á la del diablo ré volver á d o r m i r , lo que n o me costó poco t r a b a j o .
que despues de s a n g r a d o s y m a g u l l a d o s h á y a m o s salido sin
blanca.
CAPITULO IX.
E s o sí que no, rae respondió mi c a m a r a d e , l a s t r i p a s hubiera
dejado en m a n o s de mis e n e m i g o s p r i m e r o que u n real. Luego En el que Periquillo da razón del robo que le hicieron en la.
que vi que nos c o m e n z a m o s á e n o j a r , p r o c u r é a f i a n z a r la plata, cárcel: de la despedida de D. Antonio: de los trabajos que
de s u e r t e q u e c u a n d o el g e n e r a l t o c ó á e m b e s t i r , y a los me-' pasó, y de otras cosas que tal vez no desagradarán á los lec-
dios e s t a b a n bien a s e g u r a d o s . tores.
¿Y dónde? L e p r e g u n t é ; porque tú n o t i e n e s c h u p a , ni cami-
sa, ni calzones, ni cosa que lo valga, ¿ccffiquc d ó n d e los escon- •

d . s t e tan presto? E n la p r e t i n a de los c a l z o n e s blancos, me
CEGÓ que amaneció', se levantaron los presos de mi c a -
contestó, y e n t r e el ceñidor, y por a c a b a r e s a m a n i o b r a , me
labozo y y o el último de todos, a u n q u e con b a s t a n t e h a m b r e ,
pusieron como viste, que si desde el p r i n c i p i o del pleito me co-
como que no h a b i a cenado en la noche a n t e r i o r . Mi p r i m e r a
j e n con a m b a s m a n o s f r a n c a s , otro gallo les c a n t á r a á esos ta-
diligencia f u é ir á s a c a r u n a tablilla de chocolate p a r a d e s a -
les; pero no somos viejos y s o b r a n dias en el a ñ o .
yunarme; pero ¡cuál f u é mi s o r p r e s a , c u a n d o b u s c a n d o e n m i
V a y a , deja esos rencores, le dije: á ver lo q u e me toca, por- bolsa la llave de la cajita, no la hallé en ella, ni debajo de la a l -
que y a me m u e r o de h a m b r e y quisiera m a n d a r t r a e r de almor- mohada, ni en p a r t e a l g u n a , y ostigado de mi a p e t e n c i a rom-
zar. Y a está c o r r i d a esa diligencia, m e c o n t e s t ó el Aguilu- pí la expresada c a j a y la e n c o n t r é limpia de todo el a j u a r d e
cho, y por señas que ahí viene tío C h e p i t o el m a n d a d e r o con D. Antonio, al que yo m i r a b a c o n demasiado cariño! Confie-
el a l m u e r z o . so que estuve á pique de p a r t i r m e la c a b e z a c o n t r a la p a r e d
E n efecto llegó el viejecito con u n a c a n a s t a bien habilitada de r a b i a y desesperación, c o n s i d e r a n d o la realidad del s u c e s o ,
de m a n i l a s en adobo, cecina en tlemole, p a n , tortillas, frijoles esto es, que los mismos c o m p a ñ e r o s luego que me vieron b o r -
y o t r a s v i a n d a s semejantes. L l a m ó el A g u i l o n á sus e n m a r a - racho, me s a c a r o n la llavecita de la bolsa, y despabilaron c u a n -
das, y nos p u s i m o s todos en rueda á a l m o r z a r en buena paz v to la infeliz depositaba.
c o m p a ñ í a ; pero en medio de n u e s t r o g u s t o nos a c o r d á b a m o s l o a c e r t a b a en el juicio, pero n o podia a t i n a r con el l a d r ó n ,
ni recabar el robo, y esto me llenaba de m a s cólera; por m a .
ñera que 110 me detenia en advertir I03 funestos resultados que cede nada de esto; porque no me hubiera apartado de ti, y 110
trae consigo la embriaguez, pues adormeciendo las potencias que deseoso de desquitarme de lo que gasté, fui á jugar con el
y embargando los sentidos, constituye al ebrio en una clase de resto que nos quedó, y se nos arrancó de cuajo; pero no te
insensibilidad, que lo hace casi semejante á un leño, y en este apures, que otro dia será mañana.
miserable estado no solo está propenso á que lo roben, sino á Conque según eso, le dije, ¿ni para el desayuno te ha
que lo insulten y aun lo asesinen, como so ha visto por repe. quedado? ,Qué desayuno ni qué talega, me contestó, si ano-
tidos ejemplares. che me acos'é sin im c i g a r r o ! Pero dime: ¿qué fué lo que se
E n nada menos pensaba y o que en esto, lo que me hubiera llevaron de la caja? U n a friolera, le dije: dos camisas, un par
importado bastante p a r a no haber contraído este horroroso v¡. de calzoncillos, unas botas, unos zapatos buenos, unos calzo-
ció, como lo contraje aunque no con mucha frecuencia. nes de tripe, dos pañuelos, unos libros, mi c h o c o l a t e . . . . últi-
Suspenso, triste, cabizbajo y melancólico estaba yo sentado mamente, todo. ¡Qué bribonada! D e c i a el mulatillo: y o lo
en la c a m a royéndome las uñas, mirando de hito en hito la po- siento, hermano, y a n d a r é listo por todos los calabozos y en-
bre c a j a limpia de polvo y paja, maldiciendo á los ladrones, tresuelos, á ver si rastreo algo de eso que has dicho, que con
echando la culpa á este y al otro, y sin acordarme y a del cho- una hilacha que encontremos, pierde cuidado, todo parecerá;
colate para nada; bien que aunque me acordara en aquel ac- pero por ahora no te achucharres, enderézate, levanta la cabe-
to ¿de qué me habría servido, si no había quedado ni señal de za, párate, * vamos, sal a c á fuera y serénate, que no estamos he-
que había habido tablillas en la caja? chos de trapos: mas se perdió en el diluvio y todo fué ageno,
Estando en esta contemplación llegó mi camarada el Agui- conío lo que tú has perdido. Con que anda, Periquillo, ven,
lucho, quien con una cara muy placentera me saludó y pre- no seas tonto, te desayunarás.
guntó que ¿cómo había pasado la noche? A lo que y o le dije: Queriendo que no queriendo me levanté deseoso del desayu-
la noche no ha estado de lo peor; pero la mañana ha sido de no prometido. F u i m o s al calabozo del presidente, con quien
los p e r r o s . — ¿ Y por qué, Periquillo?—¿Cómo por qué? ( L e dije) habló el Aguilucho como en secreto. A b r i ó el cómitre una
Porque me han robado. Mira como han dejado la caja de D. caja, y cuando y o pensé que iba á sacar una tablilla ó dos, y
Antonio. Asomóse el Aguilucho á verla y exclamó como las- alguna torta de pan, vi que sacó una botella v un vaso y le e-
timado de mi desgracia: en verdad, hombre, que está la caja chó como medio cuartillo de aguardiente, el que tomó mi ca-
mas vacia que la que llamaba D. Quijote yelmo de Mambrino. marada y lo pasó de su mano á la mia diciéndome: toma, Pe-
¡Qué diablura! ¡Qué picardía! ¡Qué infamia! A mí no me es- riquillo, haz la mañana. Hombre, le dije, y o no sé desayu-
panta que roben, vamos, si y o soy del arte ¿cómo me he de es- narme si no es con chocolate. Pues este es chocolate, me
candalizar por eso? L o que me irrita es que roben á los amigos; contestó, lo que sucede es que el que tu has bebido otras veces
porque, no lo dudes, Periquillo, en el monte está quien el monte es de metate y este es de clavija; pero hijo, crée que este es
quema. Si, seguramente que los ladrones son de casa, y yo ju.
rára que fueron algunos de los mismos picaros que almorzaron * Esto es, ponte en pió, levántate. E s comunísimo este provincia-
ayer con nosotros. Si y o hubiera olido sus intenciones, no su- lismo entre nosotros, aunque el verbo pararse no tiene tal acepción ó sig"
nificacion en castellano,—E.
mejor, porque fortalece el estómago y anima la c a b e z a . . . .
anda, pues, bebe, que el señor presidente está esperando el vaso. Un dia que estaba yo expulgando mi sucia y andrajosa ca-
misa me llamaron para arriba. Subí corriendo, creyendo
Con esta y semejantes persuasiones me convenció, y entre
que fuera para alguna diligencia judicial; pero no fué el escri-
los dos dimos vuelta al medio cuartillo, subiéndoseme la par-
bano quien me llamó, sino mi buen a m i g o D . Antonio y su
te que me tocó, mas presto de lo que e r a menester; pero por fin,
esposa, que tuvieron la bondad de visitarme.
con tan ligero auxilio, á las dos horas y a estaba y o muy con'
Luego que me vió, me abrazó con demasiado cariño, y su
tentó y no me acordaba de mi robo.
esposa me saludó con mucho agrado. Y o en medio del gusto
Así pasamos como quince dias dándole y o al Aguilucho que
que tenia de ver á aquel verdadero y generoso amigo, no dejó
comer, y él dándome que beber en mutua y recíproca corres,
de asustarme bastante considerando que iba por sus trastos, y
pondencia; bien es verdad que cada instante me decía que ven.
yo habia de darle las cuentas del gran c a p i t a n ; pero D . Anto-
diéramos ó empeñáramos las s á b a n a s y colcha de la cama; pe-
nio me sacó pronto del cuidado, pues á p o c a s palabras me dijo
ro no lo pudo conseguir de mí por entonces; porque le juré y
que ¿por qué estaba tan sucio y despilfarrado? Porque y a sabe
rejuré que no las vendería por c u a n t o había en este mundo, y
vd. le contesté, que no tengo otra cosa que ponerme. ¿Cómo
para mejor cumplirlo se las llevé al presidente rogándole que
no? Dijo mi amigo, ¿pues qué se ha hecho la ropita que dejé en
me las guardara para cuando su dueño las mandara llevar á
la caja? Turbóme al oir esta pregunta, y no pude menos que
su casa.
mentir con disimulo, pues sin responder derechamente á la pre-
El dicho presidente me hizo el f a v o r de guardarlas, y y o me gunta, le signifiqué que no la usaba por no ser mia, diciéndole
quedé sin mas abrigo que mi zarapillo, con lo que perdió el con miedo, que él supuso efecto de v e r g ü e n z a : como esa ropa no
taimado de mi buen amigo las esperanzas de tener parte en es mia sino de v d . . . . N o señor, interrumpió D . Antonio, es
ellas; mas no por eso se dió por sentido conmigo, y a porque de vd. y por eso la dejé en su poder. U s e l a norabuena. Le
era de los que 110 tienen vergüenza, v y a porque no le tenia encargué que me la guardara por experimentarlo; pero pues la
cuenta ser delicado y perder la c o c a de mí convite al medio ha sabido conservar hasta hoy; úsela.
día, á cuya hora jamás faltó de m i lado, pues la comida que
L a alma me volvió al cuerpo con esta donacion, aunque en
mi incógnito bienhechor me e n v i a b a provocaba á cortejarla,
mi interior me daba á Barrabás reflexionando que si él me ex-
así por su sazón, como por su a b u n d a n c i a , no digo al tosco
onerabade la responsabilidad de la ropa, y a los malditos ladro-
paladar del Aguilucho, sino á otros m a s exquisitos.
nes me habían embarazado el uso. Preguntóle ¿si habia de
Y o conceptué que el tal picaro h a b í a sido el principal agen-
llevar su cama, para ir á disponerla? Y me dijo que no, que
te de mi robo, como fué en efecto, pero no me di por entendí-
todo me lo daba. Agradecíle como era justo, su afecto y ca-
do porque consideré que me daba á odiar demasiado entro
ridad, contándole á la señorita los favores que debia á su ma-
aquella gente, y al fin mas fácil s e r i a sacar un judio de la in-
rido y desatándome en sus elogios; pero el embarazó mi pane-
quisicion que un real de lo que ellos tendrían y a hasta digerido.
gírico refiriéndome como luego que salió de la cárcel, fué á
Con este disimulo fuimos pasando, recibiendo y o de tragos
ver á su esposa, quien y a le tenía una carta cerrada que le ha-
de aguardiente los bocados que le daba al C a v i l a n .
bia llevado un caballero encargándole que luego que la viera.
fuera á su casa pues le i m p o r t a b a demasiado; que habiéndolo E n estaá pláticas pasamos gran rato de la mañana, pfegüt!«
hecho así, supo por boca del mismo individuo que era el pri- tándome sobre el estado de mi causa, y que si tenia que comer»
mer albacea del marqués, q u i e n le suplicó encarecidamente no Díjele que sí, que todos los días me llevaban una canasta con
cesase hasta sacar á D . A n t o n i o do la prisión, que le pidiese comida, cena, dos tortas de pan y una cajilla de cigarros! que
perdón otra vez en su nombre, y á su esposa, de todos sus aten, yo lo recibía y lo a g r a d e c í a ; pero que tenia el sentimiento de
fados, y que se le diesen de contado ocho mil pesos, tanto pa- no saber á quien, pues el mozo no habia querido decirme quien
ra compensarle su trabajo, cuanto para resarcirle de algún mo- era mi bienhechor.
do los perjuicios que le h a b i a inferido, y que á su esposa se le E s o es lo de menos, dijo D. Antonio, lo que importa es qué
diese un brillante cercado de rubíes, que lo tenia destinado pa- continúe en su comenzada caridad, que espero en Dios que si
ra precio do su lubricidad, en caso de haber accedido á sus ilí- continuará.
citas seducciones; pero que habiendo experimentado su fideli-
Diciendo esto, se levantaron despidiéndose de mí, y añadien-
dad conyugal se lo donaba de toda voluntad como corto obse-
do D. Antonio, que al dia siguiente saldrían de esta capital
quio á su virtud, suplicando á ambos lo perdonasen y enco-
para Jalapa, á donde podria y o escribirles mis ocurrencias,
mendasen á Dios.
pues tendrian mucho gusto en saber de mi, y que si salía de la
D . Antonio y su esposa me mostraron el cintillo, que era al- prisión y quería ir por allá supuesto que era soltero, no me
haja digna de un marqués rico; pero los dos se enternecieron faltaria en que buscar la vida honradamente por su medio.
al acabar de contarme lo que he escrito; añadiendo la vírtuo-
No era D. Antonio, como habéis visto, de los amigos qué
sa jóven: cuando advertí las malas intenciones de ese caballe-
toda su amistad la tienen en el pico: él siempre confirmaba
ro, y vi cuanto tuvo que padecer Antonio por su causa, lo a-
con las obras cuanto decia con las palabras; y así luego que
borrecí y pensé que mi odio seria eterno; pero cuando he visto
concluyó lo que os dije, me dió diez pesos, y la señorita su es-
su arrepentimiento y el empeño con que murió por satisfacer-
posa otros tantos, y repitiendo sus abrazos y finas expresiones,
nos, conozco que tenia una grande alma, lo perdono y siento
se despidieron de mí con harto sentimiento, dejándome mas
su temprana muerte.
triste que la primera vez, porque me consideraba y a absoluta-
H a c e s muy bien, hija, en pensar deesa manera, dijo D. Anto- mente sin su amparo.
nio, y lo debemos perdonar aun cuando no nos hubiera satisfe-
N o dejó el A g u i l u c h o de estar en observación de lo que pa-
cho. E l marqués era un buen hombre; ¿pero qué hombre por
saba con la visita, y ni pestañaba cuando se despidieron de mí
bueno que sea, deja de tener pasiones? Si nos acordáramos de
mis bienhechores, y así vió muy bien el agasajo que me hicie-
nuestra miseria seriamos mas indulgentes con nuestros enemi-
ron, y se debió de dar las albricias como que se juzgaba co-
gos, y remitiríamos los agravios que recibimos con mas faci-
heredero conmigo de D . Antonio.
lidad; pero por desgracia somos unos jueces muy severos para
con los demás; nada les disculpamos, ni una inadvertencia, ni Luego que éste se fué, me bajé para mi calabozo bastante

una equivocación, ni un descuido; al paso que quisiéramos confundido; pero y a me esperaba en él mi amigo carísimo el

fjiie á nosotros nos disculparan en todas ocasiones. Aguilucho, con un vaso de aguardiente y un par de chorizo«
nes, que no sé de donde los mandó (raer tan pronto; y sin dar-
se por entendido de que había estado alerta sobre mis movi. da. Si no fueras mi amigo ni y o le estimara tanto como te

mientos, me dijo: ¡vamos Periquillo, hijo! ¿Que me hayas teni. estimo, seguro está que te ofreciera nada.

do sin almorzar hasta ahora por esperarte? ¡Caramba, y qué T e lo agradezco, Aguilita, le respondí; pero no es desprecio,

visita tan larga! Si á mano viene seria D . Antonio que te sino que por ahora estoy bastantemente socorrido. Pues me

vendria á cobrar sus cosas. ¿Qué tal? ¿Cómo saliste? ¿Creyó alegro infinito de tus ventajas como si y o las disfrutara, me res-

el robo? Y o salí bien y mal, le respondí. Bien, porque mi pondió; pero mira qué chorizoncitos tan sabrosos. Come....

buen amigo no solo no me cobró nada de lo que dejó á mi cui. E s la lisonja astuta, y como tal se introduce al corazon pol-
dado; sino que me lo dió todo, y unos cuantos duros de socor- los oidos mas prevenidos y circunspectos, ¿cómo no se intro-
ro; y me fué mal, porque pienso que éste será el último auxi- duciria por los míos incautos y no acostumbrados á sus mali-
lio que tendré, pues él mañana sale para su tierra con su fa- cias? E n efecto, y o quedé prendadísimo del negrito, y mu-
milia, y á mas de que siento su ausencia como amigo, lo he de cho mas cuando despues de repetir los brindis á menudo, me
extrañar como bienhechor. dijo con la mayor seriedad: amigo Periquillo, y o soy amigo de
los amigos y no de su dinero. A c a s o tú lo dudarás de mí por-
Dices muy bien, y harás muy bien de sentirlo, dijo el G a -
que me ves enredado en esta picha y sin camisa; pero te voy
vilan al pollo tonto, porque de esos a m i g o s no, no se hallan to-
á dar una prueba, que debe dejarte satisfecho de mi verdad.
dos los días; pero cómo ha de ser, D i o s es grande y á nadie
Y a hemos tomado mas de lo regular, especialmente tú que
crió para que se muera de hambre. Q u e mal que bien, tú ve-
no estás acostumbrado al aguardiente. N o digo que estás
rás como no te falta nada conmigo. S o y un pobre moreno;'
borracho, pero sí sarazonciio. T e m o no te cargues mas y te va-
mas hermano, aunque y o lo diga, el color me agravia; pero soy
ya á suceder lo que el otro día, esto es, que te acabes de privar
buen amigo, y arañaré la tierra porque no te falte nada. No
y te roben ese dinero de la bolsa; porque aquí, hijo, en tocan-
sé si me verías allá arriba cuando estabas con tu visita. No
do al pillage, el que menos corre vuela, y en son de una A g u i -
te lo quería decir, por eso me hice disimulado ahora que ba-
la hay un sin número de Gavilanes, Girifaltes, Halcones y otras
jaste; pero subí luego que supe que quien te llamaba era D.
aves de rapiña; y así me parece m u y puesto en razón que vá-
Antonio, por prevenir los testigos en c a s o que te cobrara y tú
yamos á dar á guardar esos medios que tienes, al presidente,
te acortaras; mas así que al despedirse te abrazó, perdí el cui-
pues dándole una corta galita, porque no da paso sin lanterna.
dado con que me tenias y bajé á prevenirte este bocadito, y si
te los asegurará en su baúl y tendrás un peso ó dos cuando los
no te gusta, te mandaré traer otra cosita, que todavía tengo
hayas menester, y no que disfruten de tu dinero otros picaros
aquí cuatro reales que acabo de g a n a r al rentoy. ¿Los has
que no solo no te lo agradecerán, sino que te tendrán por un
menester? t ó m a l o s . — N o hermano, le dije, Dios te lo pague; por
salvage, pues no escarmentaste con laexpumada que te dieron
ahora estoy habilitado.
no mucho hace.
N o te pregunto cuantos años tienes, j l c c i a e) negrillo; sino
Agradecíle su consejo, no previniendo la finura de su ínte-
que si los has menester gástalos, y si no tíralos; pero sábete
res, y fui con él á buscar al presidente, á quien entregué peso
que yo siento mas un desprecio de un a m i g o , que una puñala-
sobre peso los veinte que acababa de recibir.
Concluida esta diligencia, me dijo mi grande amigo que fue. qué pretexto'para reñir c o n m i g o , y abandonar mi amistad erl'

ra á esperarlo al calabozo, que no tardaba. teramente. Concluido este negocio, solo trató de burlarse de
mí siempre que podia. E f e c t o propio de su mala condiciort,
Y o lo obedecí puntualmente, y sentándome en la cama, de-
y justo castigo de mi imprudente confianza.
c i a entre mí: no hay remedio, este es un negro fino, su color
le a g r a v i a , como él dice: hasta hoy no he conocido lo que me E s verdad que el frió que se me introducía por los agugeros

a m a : á la verdad, es mi amigo y digno de tal nombre. Sí, yo de mis trapos, los piojillos que anidaban en las hilachas, la tal

lo a m a r é , y despues de D . Antonio, lo preferiré á cualesquie. cual vergüenza que me causaba mi indecencia, la ingratitud
de los amigos, en especial del Aguilucho, y la dureza con que
ra otros, pues tiene la cualidad mas recomendable que se de-
el suelo me recibía por la noche, eran suficientes motivos pa-
be apetecer en los que se eligen para amigos, que es el desin-
ra que y o estuviese lleno de confusion y tristeza; sin embar-
teres.
go, algo calmaba esta pasión al medio dia cuando me llegaba
E n estos equivocados soliloquios estaba yo, cuando entró mi
el canastito y satisfacía m i hambre con algún bocadito sazo-
c a m a r a d a con cigarros, chorizones y aguardiente, y me dijo:
nado; pero despues que hasta esto me faltó, porque dejó de ve-
ahora sí, hermano Perico, podemos chupar, comer y beber ale-
nir el cuervo al medio dia sin saber la causa, me daba á Bar-
gres con la confianza de que tus realillos están seguros.
rabás y á todo el infierno junto, maldiciendo mi imprudencia
Así lo hice sin haber menester muchos ruegos, hasta que en y falta de conducta, m a s á m a l a hora.
fuerza de la repetición de tragos me quedé dormido. Entón-
Desnudo y muerto de hambre sufrí algunos cuantos meses
ees mi tierno amigo me puso en la cama, teniendo cuidado de
mas de prisión, en les cuales me puse en la espina como suele
soplarse la comida que me trajeron.
decirse: porque mi salud se estragó en términos que estaba
A la tarde desperté mas fresco, como que y a se habían disi- demasiado pálido y flaco, y con sobrada causa, porque y o co-
pado los vapores del aguardiente, y el Aquilucho, comenzando mia mal y poco, y los piojos bien y bastante como que eran
á realizar sus proyectos, me hizo sacar los calzones empeña- infinitos.
dos, diciéndome era lástima se perdieran en tan poco dinero. Despues de estas penalidades y miserias que tenia que to-
S u fin era aprovecharse de mis mediecillos poco á poco, va- lerar por el dia, seguía,"como acabé de apuntar, el terrible
liéndose para esto de las repetidas lisonjas que me vendía, y tormento que me esperaba por la noche con mi asperísima ca-
con las que me aseguraba que todo cuanto me aconsejaba era ma, pues esta se reducia á un petate viejo harto surtido de chin-
para mi bien: y así por mi bien me aconsejó que sacara los ches y nada mas; porque nada mas habia que supliera por al-
calzones, que pidiera la ropa de la c a m a que había dado á mohada, sábanas y colcha que mis antecedentes arambeles, los
guardar, y los mediecillos que tenia depositados: y por mi bien, que sensible y prontamente se iban disminuyendo á mi vista
pues, deseando mis adelantos, según decia, me provocó á ju- como que trabajaban sin intermisión de tiempo.
gar, se compactó con otro y me dejaron sin blanca dentro de Considerad, hijos mios, á vuestro padre qué noches y qué
dos dias: y dentro de ocho sin colcha ni colchon, sábanas, ca- días tan amargos v i v i r i a en t¡»n infeliz situación; pero consi-
j a ni zarape. derad también que á estos y á peores abatimientos se ven los
hombres expuestos por picaros y descabezados. Y a en otra
Y a que me vió reducido á la última miseria, fingió no se
burlistas. Está muy bien, le respondí: diga vd. lo que quie-
parte os he dicho que el joven cuanto es mas desarreglado,
ra, que y o lo serviré de buena gana y con todo secreto. Pues
tanto mas propenso está á ser víctima de la indigencia y de
ha de saber vd. que me llamo Cemeterio Coscojales... .Eleu.
todas las desgracias de la vida: al paso que el hombre de bien,
terio dirá vd. le interrumpí, ó Emeterio, porque Cemeterio no
esto es, el de una conducta moral y religiosa (*) tiene un es.
es nombre de santo. Axean, dijo el payo, una cosa ansí me
cudo poderoso para guarecerse de muchas de ellas. T a l es
llamo, sino que con mis cuidados ni atino á veces con mi
la que os acabo de repetir. Pero dejemos á los demás que ha-
nombre; pero en fin, ya señor lo sabe, vamos al cuento. Yo
gan lo que qmeran de su conducta, y volvamos á atar el hilo
de mis trabajos. soy de S. Pedro Ezcapozaltongo que estará de esta ciudá co-
mo diez y ocho leguas. Pues señor, allí vive una muchacha
De día me era insoportable la hambre y la desnudez, y de
que se llama Lorenza, la hija del tío Diego Terrones, jerrador
do tod ' I T 7 a U a í a b r Í g ° ' S Í D e ' m e ¿ a ! y curador de caballos de lo que hay poco. Y o andando dias
do todo el tiempo que duré en la cárcel, si no hubiera sido por
una graciosa contingencia, y fué esta. y viniendo dias, como su casa estaba barda con barda de la
mia, y el diablo que no duerme hizo que yo me enamorara de
Un pobre payo que estaba también preso, * llegó á mí una
recio de la Lorenza sin poderlo remediar; porque ¡ah señor!
manana que estaba yo en el patio esperando á que llegara el
sol a vengarme de las injurias de la fria noche, y me Jijo: mi- que diaclie de muchacha tan bonita, pues m'rela que es alta,

re, señor, yo quero decirle un asunto, para que me saque de gorda y derecha como una Parota ó á lo menos corno un En-
un empeño pagando lo ajuere. Pues, pero mire que no que- ciño, cari-redonda, muy colorada, con sus ojos pardos y sus
ro que lo sepa ninguno de los compañeros porque son m y narices grandes y buenas: no tiene mas defeuto sino que es
media bizca y le faltan dos dientes delanteros, y eso porque se
los tiró un macho de una coz, porque ella se descuidó y no le
de. ' ° P ° r t 7 e f l e X 1 0 n
|
d e f ^ ' » o . A l g u n o s e q u i v o c a n las ideas tuvo bien la pata un dia que estaba ayudando á su señor pa-
de l a h o m b r í a de bien con las d e l lujo y del dinero, y en su concepto e s - dre á jerrarlo; pero por lo demás la muchacha hace raya de
ta palabra h o m b r e de bien, e q u i v a l e á rico ó semi-rico: así c o m o l a de bonita por todo aquello. Pues sí señor, y o la enamoré, la re-
pobre la j u z g a n l i m o s n a de p i c a r o , de m a n e r a que s e g ú n estos falsos prin- galé y le rogué, y tanto anduve en estas cosas, que por fin,
cipios, n o es m u c h o q u e d e d u z c a n u n o s disparates c o m o estos: P e d r o es
ella quijo que no quijo se ablandó, y me dijo que sí se casaría
n e o , tiene dinero, a n d a d e c e n t e ; l u e g o e s hombre d e bien. Juan es P0
conmigo; pero que ¿cuándo? porque no juera el diablo que yo
bre, n o tiene destino, a n d a trapiento; l u e g o e s un p i c a r o . ¡Consecuen
c í a s absurdas é ideas torpísimas q u e n o debían tener l u g a r e n el e n t e n d í ' la engañara y se le juera á hacer malobra. Y o le dije: que
m i e n t o de los h o m b r e s ! S i u n a c o n d u c t a arreglada á la sana moral e s qué capáz que yo la engañara, pues me moría por ella; pero
e l testimonio mas s e g u r o q u e califica la verdadera hombría de bien ¡quién que el casamiento no se podia efeluar muy presto porque y o
duda q u e esta m u c h a s v e c e s s e observa en los pobres, a s í c o m o s u e l e fal estaba probé mas que Amán, y el señor cura era muy tieso,
tar en los que n o lo son? E v i d e n t e p r u e b a d e que el brillo ó la opacidad que no fiara un casamiento si el diablo se llevara á los novios,
de la persona n o son t e r m ó m e t r o s s e g u r o s p a r a g r a d u a r el carácter de los ni un entierro aunque el muerto se gediera ocho dias en su
hombres. E s verdad q u e el r e l u m b r ó n ó la miseria son m u c h a s v e c e s el
casa, y ansina que si me quería, me esperara tres ó cuatro
p r e m i o o castigo de nuestro b u e n ó mal proceder; pero esta observación
meses mientras que levantaba mi cosecha de maiz, que pin.
padece tantas e x c e p c i o n e s , q u e n o se puede adoptar c o m o regla infalible
taba muy bien y tenia cuatro fanegas tiradas en el campo,
dado; pero la vieja me contó que la probé lloraba por mí sin
Ella se a v i n o á cuanto yo quije, y y a dende ese dia nos vía-
consuelo.
mos como m a r i d o ' y muger según lo que nos queriamos. Pues
AI otro día el úñente me invió aquí á esta cárcel en una
una noche, señor, que venia y o de mi milpa y le iba á hablar
muía con un par de grillos y un envoltorio de papeles que lo
por la barda como siempre, divisé un bulío platicando con
dió á los indios que me tragieron para que los entregaran al
ella, y luego, luego me puse hecho un bacinilo de c o r a g e . . . ,
señor juez de a c á .
U n basilisco querrá vd. decir, le repliqué, porque los vacini
tos no se enojan. E s o será, señor, sino que y o concibo, pero Y a llevo tres meses de prisión y no sé qué harán conmigo,
no puedo parir, prosiguió el payo; mas ello es que y o me ju¡ aunque L o r e n z a me ha escribido que y a Culás está bueno y sa-
para donde estaba el bulto, hecho un Santiago, y luego que no, y anda tocando la guitarra. Pues y o señor, quero que me
llegué, c o n o c í que e r a Culás el guitarrista, porque tocaba un haga el favor, pagando lo que juere, por el santo de su nombre
jarabe y una j u s t i c i a en la guitarra á lo rasgado que la hacia y por los güesitos de su madre de escrebirme dos cartas, una
hablar. para mi padrino que es el señor barbero de mi tierra á ver si
viene á componer por mí estas cosas, y otra para la alma mia
E n cuanto llegué, le dije que ¿qué buscaba en aquella casa
de Lorenza diciéndole, como y a sé que salió del depósito, y que
y con Lorenza? E l muy engringolado me dijo, que lo que
todavía Culás la persigue: que cuidado como va á hacer una
quijiera, que y o no era su padre para que le tomara cuentas.
tontera: que no sea ansina, y todas las cosas que sepa señor que
Entonces yo, como que era dueño de la aicion, no aguanté
se deben poner; pero como de su mano, que y o lo pago.
mucho, sino que alzando una coa que me truje de un pión, le
asenté tan buen trancazo en el gogote, que c a y ó redondo pi. Acabó mi cliente su cansado informe y petición, y le pre-

diendo confesion. gunté ¿para cuando queria las cartas? Para orita señor, me
dijo, para a g o r a , porque mañana sale el correo. Pues ami-
A esta misma hora iba pasando el luiente por allí que iba
go, le dije, déme vd. dos reales á cuenta para papel. A l ins-
de ronda con los topiles: oyó los gritos de Culás, y por mas
tante me los dió. y y o mandé traer el papel, y me puse á es-
que y o corrí, me alcanzaron y me trajieron liado como un
cribir los dos mamarrachos que salieron como Dios quiso; pe-
cuete á su presiencia.
ro ello es que al payo le gustaron tanto que no solo me dió
Luego, luego di mi declaración, y el cerjuano dijo, que no
por ellos doce reales que le pedí, sino lo que mas agradecí, un
fiaba al enfermo porque estaba muy mal gcrido y echaba mu-
pedazo de trapo que algún dia fué capote: ello hecho mil pe-
cha sangre. Con esto en aquella gora se llevaron á la probé
dazos, con medio cuello menos y tan coi (o que apenas me lle-
Lorenza depositada an casa el señor cura, y á mi á la cárcel,
gaba á las rodillas. ¿Qué tal estaria pues su dueño lo perdió
donde me pusieron en el cepo.
á un albur en cuatro reales?
A otro día me invió la^Lorenza un recaudo con la vieja co-
Malo malísimo estaba el dicho trapo, pero y o vi con él el
cinera del cura, diciéndome que ella no tenia la culpa, y que
cielo abierto. C o n ios doce realillos comí, chupé, tomé cho-
C u l á s la habia llamado á la barda y le estaba dando un recau-
colate, cené y me sobró algo; y con e! capisayo dormí como
do fingido de mi parte, diciéndole, que y o decía que saliera un
un tudesco.
ratito á la tienda con él, y otras cosas que y a se me han olvi-
Pensaba y o que iba vaviando mi fortuna; pe?c el p i v c 'lcl
se levantó para irse, y y o le di las gracias mas expresivas.
Aguilucho me sacó de este error con una bien pesada bnrla
Tratando de poner en obra su consejo, registré mi bolsa
que me hizo, y fué la que sigue.
para ver con cuanto contaba para papel, la presentación del
Al otro dia de mi buena aventura del capotillo entró bien
escrito y la carta á mi tio el licenciado Maceta: pero ¡ay de
temprano á mi calabozo y sentándose junto á mi muy serio y
mí! ¡cuál fué mi conflicto cuando vi que apenas tenia tres y
triste me dijo: mucho descuido es ese, señor Perico, y la ver-
medio reales, faltándome cinco apretadamente!
dad que los instantes del tiempo son preciosos y no se dejan
E n circunstancias tan apuradas fui á ver á mi buen pay0 :
pasar tan fríamente, y mas cuando el peligro que amenaza á
le conté mis trabajos y le pedí un socorro por toda la corte
vd. es muy horrible y está m u y próximo. Y o he sido amigo
celestial. E l pobrecillo se condolió de mí, y con la m a y o r
de vd. y quiero que lo c o n o z c a aun cuando no me puede ser.
generosidad me dió cuatro reales y me dijo: siento, señor, su
vir de nada; pero en fin, siquiera por c a r i d a d es menester agi-
cuidado: no tengo mas que esto, téngalo que y a un real cual-
tarlo porque no sea tan perezoso.
quier compañero se lo emprestará ó se lo dará de caridá.
Y o lleno de susto y turbación le p r e g u n t é : ¿qué habia ha-
T o m é mis cuatro reales y casi llorando le di las g r a c i a s ;
bido? ¿Cómo qué? M e dijo él: ¿pues qué n o sabe vd. como
pero no pude encontrar otro corazon tan sensible como el su-
ha salido la sentencia de la sala desde a y e r p a r a que pasados
y o entre cerca de trescientos presos que habitaban aquellos
estos días de fiesta que vienen, le den los doscientos azotes en
recintos.
forma de justicia por las calles a c o s t u m b r a d a s con la ganzúa
colgando del pescuezo? Compré, pues, el papel sellado, y medio real del común pa-
ra la carta, reservando tres reales y faltándome aun real y me-
¡Santa Bárbara! exclamé y o penetrado d e l mas vivo senti-
dio para completar la presentación y pagar al mandadero.
miento, ¿qué es lo que me ha sucedido? ¿Doscientos azotes
E n el dia hice mi memorial como pude y escribí la carta á
le han de dar á D. Pedro Sarmiento? ¿A u n hidalgo por todos
mi tio, en la que le daba cuenta de mi desgracia: de la ino-
c u a t r o costados? ¿A un descendiente de los T a g l e s , Ponces,
cencia que me favorecía, á lo menos en lo sustancial; del es-
Pintos, Vélaseos, Z u m a l a c á r r e g u i s y B u n d i b u r i s ? Y lo que es
tado en que me hallaba, y de la afrenta que amenazaba á toda
mas, ¿á un señor bachiller en artes g r a d u a d o , en esta real y
la familia, concluyendo con decirle: que aunque yo habia ocul-
Pontificia Universidad, c u y o s graduados g o z a n tantos privi-
tado mi nombre poniéndome el de Sancho Perez, de nada ser-
legios como los de Salamanca? V a m o s , d i j o el negrito: no es
viría esto si me sacaban á la calle, pues todos me conocerían
tiempo ahora de esas exclamaciones. ¿Tiene vd. algún pa-
y se baria manifiesta nuestra infamia; y así que en obsequio
riente de proporciones? Sí tengo, le r e s p o n d í . Pues andar,
del honor de su pariente el señor mi padre y de sus mismos
decia el Aguilucho: escríbale vd. que a g i t e por fuera con los
hijos y descendencia, cuando no por mí, hiciera por redimirme
señores de la sala sobre el asunto, y que l e envíe á vd. dos ó
de tal afrenta, mandándome en el pronto alguna cosa para
tres onzas para contener al escribano. T a m b i é n puede com-
grangear al escribano.
prar un pliego de papel de parte, y p r e s e n t a r un escrito á la
sala del crimen alegando sus e x c e p c i o n e s y suplicando de la Cerré la carta, y de fiado se la encomendé á tio Chepito el
sentencia mientras califica su nobleza. P e r o eso pronto, ami- mandadero«para que se la llevara á mi pariente. E s t o fué á
go, porque en la tardanza está el p e l i g r o . Diciendo esto las oraciones d é l a noche; mas siempre me faltaba un real pa-
: ¡til' I f

ra completar los cuatro que debia dar al portero por la presen-


tacion del escrito.
E n toda la noche no pude dormir así con el sobresalto de
los temidos azotes, como con echar cálculos para ver de don-
de sacaba aquel real tan necesario.
E n estos tristes pensamientos me halló el dia. Púseme á
hacer un escrutinio riguroso de mi haber, y á examinar mi
ropa pieza por pieza, á ver si tenia alguna que valiera real y
medio; pero ¡qué habia de valer! si mi camisa era menester
llamarla por números para acomodármela en el cuerpo: mis
calzones apenas se podian tener de las pretinas: las medias

• i no estaban útiles ni para tapar un caño: los zapatos parecían


dos conchas de tortuga, solo se detenían en mis piés por el
p ; f respeto de un par de lacitos de cohetero: rosario no lo cono-
J ¡1

cia, y el triste retazo de capote me hacia mas falta que todo


i vf¡! mi ajuar entero y verdadero.
Y a desesperaba de presentar el escrito esa mañana porque
no tenia cosa que valiera un real, cuando por fortuna alcé la
cara y vi colgado en un clavito mi sombrero; y considerándo-
c; lo pieza inútil en aquella mazmorra y la mejor que me acompa-
ñaba, exclamé lleno de gusto: ¡gracias á Dios que á lo menos
tengo sombrero que me valga en esta vez! Diciendo esto, lo
descolgué, y al primero que se me presentó se lo vendí en una

f
p.eseta, con la que salí de mi cuidado y me desayuné de pilón.
Serian las diez de la mañana cuando fué entrando tata Che-
pito con la respuesta de mi tio, que os quiero poner á la letra
para que aprendais, hijos míos, á no fiarnos jamás en los ami-
gos y parientes; y sí únicamente en vuestra buena conducta
y en lo poco ó mucho que adquiriereis con vuestros honestos
arbitrios y trabajo. Decia así la respuesta: "Señor Sancho
"Perez: cuando vd. en la realidad sea quien dice y lo saquen
"afrentado públicamente por ladrón, crea que no se me dará
"cuidado, pues el picaro es bien que sufra la pena de su del i -
•ÍÍO — í.a c o n m i n a ^ 0 " vd. me hace do que se deshonrar*
..mi familia, es m u y frivola, pues debe saber que la afrenta
»solo recae en el delincuente, quedando ilesos de ella sus de-
«más d e u d o s — C o n q u e si vd. lo ha sido, s ú f r a l o por su cau-
.< sa; y si está inocente, como me a s e g u r a , súfralo por Dios,
»que mas padeció C r i s t o por nosotros."

" S u M a g o s t a d socorra á vd. c o m o se lo pide—eZ Lic. Ma-

ceta.»
L a sensible impresión que me c a u s a r í a esta a g r i a respues-
ta no es menester ponderarla & quien se considere en mi lu-
gar. B a s t e decir que fué tal, que dió c o n m i g o en tierra pos-
trado de una violenta fiebre.
L u e g o que se me advirtió, me subieron á la enfermería y
me asistió la caridad prontamente.
C u a n d o m e hallaron con la c a b e z a despejada, el m é d i c o
que por fortuna e r a hábil, habia a d v e r t i d o m . delirio y se ha-
bia informado de mi causa, hizo que m e desengañara el mis-
mo escribano junto con el alcaide de que n o había tal senten-
cia, ni tenia que temer los prometidos a z o t e s .
E n t o n c e s como si me s a c a r a n de un sepulcro volví en mi
perfectamente: me serené, y se c o m e n z ó 4 restablecer mi sa-

" c t n t ^ ' y a convaleciente b a j ó el e s c r i b a n o á i n í o .


marsc de mí, de parte de los señores de la sala para que le di-
jera q u i é n m e habia metido semejante ficción en la cabeza,
porque fueron sabedores de toda mi t r a g e d i a así porque y o se
los dije en el escrito, como porque l e y e r o n la c a r t a del .oque
os he dicho, y formaron el concepto de que y o s.n duda era
bien nacido, y por lo mismo se debieron de incomodar c o n la
pesadez de la burla y deseaban c a s t i g a r al a u t o r .
C o n esto el e s c r i b a n o y el a l c a i d e se e s f o r z a b a n c u a n t o po-
dian para que lo descubriera; pero y o considerando su desig-
nio, las resultas que de mi d e n u n c i a p o d í a n sobreven..- al A -
guilucho. y que no me resultaba n i n g ú n bien con perjudicar
H este infeliz necio, que bastantemente a g r a v a d o estaba con
sus crímenes, no quise descubrirlo, y solo depia que c o r n o s «
tantos no me acordaba á punto fijo de quien era *™ CAPITULO X .
m e Sacaron «»ra cosa los comisionados de los m ¡ . ; *
E n el que escribe P e r i q u i l l o su salida de la cárcel: hace u n a crítica c o n -
por .ñas c | U e hicieron; y así formando de m l ^ t
tra los matos escribanos, y refiere por ú l t i m o , el motivo porque salió de la
que era un mentecato, se marcharon. P " casa de C h a n f a i n a y su d e s g r a c i a d o m o d o .
Q u e d ó m e en la enfermería mas contento que en el calabozo
a porque estaba mejor asistido, y y a en fin, porque entre 1 08
AY ocasiones de tal abatimiento y estrechez para los
que alh es aban había algunos de regulares prine píos, y cuya
hombres, que los mas picaros no hallan otro recurso que apa-
conversación me divertía mas que la de los pillos del
rentar la virtud que no tienen para grangearse la voluntad de
C o m o el escribano vió mi letra en el eserito se prendó'de
aquellos que necesitan. E s t o hice y o puntualmente con el escri-
ella, y fué cabalmente 4 tiempo que se le despidió e l a m a n U e D
bano, pues aunque era enemigo irreconciliable del trabajo, me
se, y v a h é n ose de a amistad del a.eaide, me propuso q U e ¿
veia confinado en una cárcel, pobre, desnudo, muerto de ham-
q u e n a escribirle á la mano que me daría c u a t r o ' r e a l e s día.
bre, sin arbitrio para adquirir un real, y temiendo por horas
nos. Y o admití en el instante; pero le advertí que estaba
un fatal resultado por las sospechas que se tenian contra mí:
muy indecente para subir arriba. El escribano me dijo q e
con esto le complacía cuanto me era dable, y él cada vez me
no me apurara por eso, y en efecto al día siguiente me habi-
manifestaba mas cariño, y tanto que en quince ó veinte dias
litó de camisa, chaleco, chupa, calzones, medias y zapatos;
concluyó mi negocio: hizo ver que no habia testigos ni parte
todo usado, pero limpio y no muy viejo.
que pidiera contra mí, que la sospecha era leve y quién sabe
M e planté de punta en blanco, de suerte que tcdos los pre- qué mas. Ello es que y o salí en libertad sin pagar costas, y
s o s e s t r a n a b a n mi figura renovada; ¿ n,as qué mucho si y o me fui á servirlo á su c a s a .
mismo no me conocía al verme tan otro de la noche á la ma
ñaña? Llamábase este mi primer amo D . Cosme Casalla, y los pre-
sos le llamaban, el escribano Chanfaina, y a por la asonancia
C o m e n c é á servir á este mi primer amo con tanta puntuali-
de esta palabra con su apellido, ó y a por lo que sabia revolver.
dad, tesón y eficacia, que dentro de pocos dias me hice dueño
E r a tal el atrevimiento de este hombre que una ocasion le
de su voluntad, y me cobró tal cariño, que no solo me socor-
vi hacer una cosa que me dejó espantado, y hoy me escanda-
rió en la cárcel, sino que me sacó de ella y me llevó á su ca-
lizo al escribirla.
sa c o n destino, como vereis en el capítulo siguiente.
Fué el caso: que una noche c a y ó un ladrón conocido y har-
to criminal en manos de la justicia. T o c ó l e la formacion de
su causa á otro escribano, y no á mi amo. Convencióse y
confesó el reo llanamente todos sus delitos porque eran inne-
gables. E n este tiempo una hermana que éste tenia no mal
parecida, fué á ver á mi amo empeñándose por su hermano, y
llevándole no sé que regalito; pero mi dicho amo se escusó di-
sus crímenes, no quise descubrirlo, y solo depia que c o r n o s «
tantos no me acordaba 4 punto fijo de quien J 0 ™ CAPITULO X .
m e s a c a r o n otra cosa los comisionados de los mini«*
E n el que escribe P e r i q u i l l o su salida de la cárcel: hace u n a crítica c o n -
por .ñas que hicieron; y así formando de m Z T ^ Z
tra los malos escribanos, y refiere por ú l t i m o , el motivo porque salió de la
que era un mentecato, se marcharon. P " casa de C h a n f a i n a y su d e s g r a c i a d o m o d o .
Q u e d ó m e en la enfermería mas contento que en el calabozo
y a porque estaba mejor asistido, y y a en fin, porque entre 1 08
AY ocasiones de tal abatimiento y estrechez para los
que allí estaban había algunos de regulares P r L píos, y cuya
hombres, que los mas picaros no hallan otro recurso que apa-
conversación me divertía mas que la de los pillos del ¿ a t . 7
rentar la virtud que no tienen para grangearse la voluntad de
C o m o el escribano vió mi letra en el escrito se prendó ' d .
aquellos que necesitan. E s t o hice y o puntualmente con el escri-
ella, y fué cabalmente 4 tiempo que se le despidió e l a m a n U e D
bano, pues aunque era enemigo irreconciliable del trabajo, me
se, y v a h é n ose de a amistad del alcaide, me propuso q U e ¿
veia confinado en una cárcel, pobre, desnudo, muerto de ham-
q u e n a escribirle d í a mano que me daria cuatro reales dia
bre, sin arbitrio para adquirir un real, y temiendo por horas
nos. Y o admití en el instante; pero le advertí que estaba
un fatal resultado por las sospechas que se tenian contra mí:
muy indecente para subir arriba. El escribano me dijo ue
con esto le complacía cuanto me era dable, y él cada vez me
no me apurara por eso, y en efecto al dia siguiente me habi-
manifestaba mas cariño, y tanto que en quince ó veinte dias
h t ó de camisa, chaleco, chupa, calzones, medias y zapatos;
concluyó mi negocio: hizo ver que no habia testigos ni parte
todo usado, pero limpio y no muy viejo.
que pidiera contra mí, que la sospecha era leve y quién sabe
M e planté de punta en blanco, de suerte que tedos los pre- qué mas. Ello es que y o salí en libertad sin pagar costas, y
s o s e s t r a n a b a n m. figura renovada; ¿ n,as qué mucho si y o me fui á servirlo á su c a s a .
mismo no me conocía al verme tan otro de la noche á la ma
ñaña? Llamábase este mi primer amo D . Cosme Casalla, y los pre-
sos le llamaban, el escribano Chanfaina, y a por la asonancia
C o m e n c é á servir á este mi primer amo con tanta puntuali.
de esta palabra con su apellido, ó y a por lo que sabia revolver.
dad, tesón y eficacia, que dentro de pocos dias me hice dueño
E r a tal el atrevimiento de este hombre que una ocasion le
de su voluntad, y me cobró tal cariño, que no solo me socor-
vi hacer una cosa que me dejó espantado, y hoy me escanda-
n ó en la cárcel, sino que me sacó de ella y me llevó á su ca-
lizo al escribirla.
sa c o n destino, como vereis en el capítulo siguiente.
Fué el caso: que una noche c a y ó un ladrón conocido y har-
to criminal en manos de la justicia. T o c ó l e la formacion de
su causa á otro escribano, y no á mi amo. Convencióse y
confesó el reo llanamente todos sus delitos porque eran inne-
gables. E n este tiempo una hermana que éste tenia no mal
parecida, fué á ver á mi amo empeñándose por su hermano, y
llevándole no sé que regalito; pero mi dicho amo se escusó di-
ciéndole que él no era el escribano de la causa, que viera al
labras. ¿Qué ha habido? ¿Qué tienes? ¿Qué te han conta-
que lo era. L a muchacha le dijo que y a lo habia visto; mas
do? Una friolera, dijo ella, que está mi hermano sentenciado
que fué en vano, porque aquel escribano era muy escrupuloso
por ocho años al morro de la Habana. ¿Qué dices, muger?
y le habia dicho que él 110 podia proceder contra la justicia, ni
Preguntó mi amo todo azorado: si eso no puede ser: eso es
tenia arbitrio para mover á su favor el corazon de los jueces:
mentira. Qué mentira ni qué diablos, decia la adolorida: aca-
que él debia dar cuenta con lo que resultase de la causa, y los
bo de despedirme de él y mañana sale: ¡ A y , alma mía de mi
jueces sentenciarían conforme lo que hallaran por convenien.
hermano! ¡Quién te lo habia de decir, despues que yo he he-
te: y así que él no tenia que hacer en eso: que ella desespera,
cho por tí cuanto he p o d i d o ! . . . . ¿Cómo mañana, muger? ¿Qué
da con tan mal despacho, habia ido á ver á mi amo sabiendo
estás hablando?—Sí, m a ñ a n a , mañana, que y a lo desposaron
lo piadoso que era y el mucho valimiento que tenia en la sala,
esta tarde, y está entregado en lista para que lo lleven. Pues
suplicándole la viese con caridad: que aunque era una pobre,
no te apures, dijo mí amo, que primero me llevarán los dia-
le agradecería este favor toda su vida, y se lo correspondería
blos que á tu hermano lo lleven á presidio. Anda, vete sin cui-
de la manera qué pudiese.
dado, que á la noche y a estará tu hermano en libertad.
M i amo, que no tenia por donde el diablo lo desechara, al . Diciendo esto, la muchacha se fué para la calle y mi a m o
oir esta proposicion, v i ó con mas cuidado los ojillos llorosos de para la cárcel, donde halló al dicho reo esposado con otro pa-
la suplicante, y no pareciéndole indignos de su protección se ra salir en la cuerda al dia siguiente, según habia dicho su
la ofreció diciéndole: vamos, chata, no llores: aquí me tienes; parienta.
pierde cuidado que no correrá sangre la causa de tu hermano; Turbóse el escribano al ver esto, mas no desmayó, sino que
p e r o . . . . al decir este pero, se levantó y 110 pude escuchar lo haciendo una de las s u y a s desunció al reo condenado, de su
que le dijo en voz baja. L o cierto es, que la muchacha por dos compañero, y unció con éste á un pobre indio que habia cai-
ó tres veces le dijo, sí señor, y se fué muy contenta. do allí por borracho y aporreador de su muger.
A l cabo de algunos días una tarde que estaba y o escribien- Este infeliz fué á suplir ocho años al morro de la Habana
do con mi amo, fué entrando la misma jóven toda despavorida, por el ladrón hermano de la bonita, el que á las oraciones de
y entre llorosa y regañona le dijo: no esperaba y o esto, señor la noche salió á la calle por arriba libre y sin costas, apercibi-
D . Cosme, de la formalidad de vd. ni pensaba que así se habia I do de no andar en M é x i c o de dia; aunque él no anduvo ni de
de burlar de una infeliz muger. S i y o hice lo que hice, fué I noche, porque temiendo no se descubriera la trácala del escri -
por librar á mi hermano según vd. me prometió, no porque me ha, se marchó de la ciudad lo mas presto que pudo, quedando
faltara quien me dijera por ahí te pudras, pues pobre como vd. de este modo mas solapada la iniquidad.
me vé, no me he querido echar por la calle de enmedio, que si
Si tanta determinación tenia el amigo Chanfaina para co-
eso fuera, así, así me sobra quien me saque de miserias, pues
meter un atentado semejante, ¿cuánta no tendría para otorgar
110 falta una media rota para una pierna llagada; pero maldi-
una escritura sin instrumentales, para recibir unos testigos
ta sea y o y la hora en que vine á ver á vd. pensando que era
falsos á sabiendas, para dar una certificación de lo que no ha-
hombre de bien y que cumpliría su palabra y . . . . cállale, mu-
bia visto, para ser escribano y abogado de una misma parte,
gpr, le dijo mi amo, que has ensartado mas desatinos que pa
| para comisionarme á tomar una declaración, para omitir po-
ner su signo donde se le antojaba, y para otras ilegalidades se.
E n el corto término que os he dicho, supe otorgar un poder,
mejantes? T o d o lo hacia con la mayor frescura, y atropella.
extender una escritura, chancelarla, acriminar á un reo ó de-
ba con cuantas leyes, cédulas y reales órdenes se le ponían por
fenderlo, formar una sumaria, concluir un proceso y hacer to-
delante, siempre que entre ellas y sus trapazas mediaba algún
do cuanto puede hacer un escribano; pero todo así así, y como
ratero Ínteres: y digo ratero, porque era un hombre tan venal
lo hacen los mas, es decir, por rutina, por formularios y por
que por una ó dos onzas, y á veces por menos, hacia las ma-
costumbre ó imitación; mas casi nada porque y o entendiera
yores picardías.
perfectamente lo que hacia, si no era cuando obraba con ma-
A mas de esto, era de un c o r a z o n harto cruel y sanguinario. licia particular, que entonces sí sabia el mal que hacia, y el
E l infeliz que caia en sus manos por causa criminal, bien se bien que dejaba de hacer; pero por lo demás no pasaba de un
podia componer si era pobre, porque no escapaba de un presidio papelista intruso, semi-curial ignorante y cagatinta perverso.
cuando menos; y se vanagloriaba de esto altamente, teniéndo-
Con todas estas recomendables circunstancias, se fiaba mi
se por un hombre íntegro y justificado, jactándose de que por
maestro de mí sin el menor escrúpulo. Y a se vé, ¿de quién
su medio se habia cortado un miembro podrido á la república.
mejor se habia de fiar sino de un su discípulo que le habia be-
E n una palabra, era el hombre perverso á toda prueba.
bido los alientos?
Parece que en mí es una reprensible ingratitud el descubri- U n dia que él no estaba en casa, me entretenia en extender
miento de los malos procederes de un hombre á quien debí mi una escritura de venta de cierta finca que una señora iba á e-
libertad y subsistencia por algún tiempo; pero como mi inten- nagenar. Y a casi la estaba y o concluyendo cuando entró en
cion no es zaherir su memoria ni murmurar su conducta; si- busca de mi amo Chanfaina el lie. D . Severo, hombre sábio,
no solo representar en ella la de algunos de sus compañeros, v íntegro, é hipocondriaco. L u e g o que se sentó me preguntó
esto á tiempo que el original dejó de existir entre los vivos, con por mi maestro, y á seguida me dijo: ¿qué está vd. haciendo?
la fortuna de no dejar un pariente que se agravie, es regular Yo que no conocía su carácter, ni su profesion, ni luces, le
que los hombres que piensan rae escusen de aquella nota, y mas conteste: que una escritura. ¿Pues qué, repitió él, la está pa-
cuando sepan que el favor que me hizo no fué por hacerme sando á testimonio ó extendiéndola original? S i señor, le
bien, sino por servirse de mí á poca costa; pues en cerca de dije, esto último estoy haciendo, extendióndola original. Bue-
un año que le serví, á excepción de cuatro trapos viejos y un no, bueno, dijo, ¿y de qué es la escritura? Señor, respondí, es
real ó dos para cigarros que me daba, podia y o asegurar que de la venta de una finca.—¿Y quién otorga la e s c r i t u r a ? — L a
estaba como los presidarios, sirviendo á ración y sin sueldo; señora D o ñ a D a m i a n a Acevedo. ¡Ah! sí, dijo el abogado: la
porque aunque me ofreció c u a t r o reales diarios, estos se que- conozco mucho, es mi deuda política: está para casarse tiem-
daron en ofrecimientos. po hace con mi primo D . Baltasar Orihuela; por cierto que
S i n embargo, no debo pasar en silencio que le merecí haber es la moza harto modista y disipadora. ¿Qué y a estará en el
aprendido á su lado todas sus malas mañas pro famotiori, como estado de vender las fincas que podia llevar en dote? Aunque
dicen los escolares, quiero decir, que las aprendí bien y salí en ese caso no sé cómo habrá de otorgar la escritura \ ver-
aprovechadísimo en el arte de la cábala con la pluma. sírvase vd. leerla,
Y o hecho un s a l v a g e y sin saber con quien estaba hablan- aprenda de su autoridad ó judicialmente la real tenencia y po-
do, leí la escritura, que decia así ni mas ni m e n o s . — E n la sesion que en virtud de este instrumento le pertenece; y para
ciudad de M é x i c o á 20 do Julio de 17S0, ante mí el es- que no necesite tomarla y antes bien conste en todo tiempo
cribano y testigos, Doña Daraiana Acevedo vecina de ella ser suya, formaliza á su favor esta escritura de que le daré
otorga: que por sí y en nombre de sus herederos, succesores é cópia autorizada. Asimismo declara que el justo precio y va-
hijos, si a l g ú n dia los tuviere, vende para siempre á D. Hila- lor de la tal finca son los dichos cuatro mil pesos, y que no
rio R o c h a natural de la Villa del Carbón y vecino de esta ca- vale mas ni ha hallado quien le dé mas por ella; y si mas va-
pital, y á los s u y o s , una casa, sita en la calle del A r c o de la le ó valer pudiere, hace del exceso grata donacion pura, me-
misma que en posesion y propiedad le pertenece por herencia ra, perfecta é irrevocable que el derecho llama inter vivos, al
de su difunto padre el Sr. D. José María Acevedo, y se com- expresado R o c h a y sus herederos, renunciando para esto la ley
pone de c u a t r o piezas altas que son: sala, recámara, asisten- r. tít. xr. lib. 5 de la Recopilación, y la que de esto trata fe-
cia y c o c i n a : un cuarto^bajo, un pajar y una caballeriza: tie- cha en córtes de A l c a l á de Henares, como también la de non
ne quince pies de fachada y treinta y ocho de fondo, todo lo numerata pecunia, la del senado-consulto Veleyano, y se some.
que consta en la respectiva cláusula del testamento de su ex- te á la jurisdicción de los señores jueces y justicias de S . M .
presado difunto padre, por cuyo título le corresponde á la otor- renunciando las leyes si qua mulier: la [de si convenerit dejuris-
gante, la cual declara y asegura no tenerla vendida, cnagena- diclione omnium judicum, y cuantas puedan hallarse á su f a -
da ni empeñada, y que está libre de tributo, memoria, cape- vor por sí y sus herederos, obligándose además á que nadie
llanía, vínculo, patronato, fianza, censo, hipoteca y de cual- le inquietará ni moverá pleito sobre la propiedad, posesion,
quiera otra especie de gravámen: la cual le dona con toda su ó disfrute de dicha casa, y si se le inquietare, moviere ó apa-
fábrica, entradas, salidas, usos, costumbres y servidumbres en reciere algún gravámen, luego que la otorgante y sus herede-
forma de derecho, en cuatro mil pesos en moneda corriente y ros y succesores sean requeridos conforme á derecho, saldrán
sellada con el cuño mexicano, que ha recibido á su satisfac- á su defensa y seguirán el pleito á sus expensas en todas ins-
cion. Yr desde hoy en adelante para siempre jamás se abdi- tancias y tribunales hasta ejecutoriarse, y dejar al comprador
ca, desprende, desapodera, desiste, quita y aparta, y á sus he- en su libre uso y pacífica posesion; y no pudiendo conseguir-
rederos y succesores, de la propiedad, dominio, título, voz, re- lo le darán otra igual en valor, fábrica, sitio, renta y comodi-
curso y otro cualquier derecho que á la citada casa le corres- dades, ó en su defecto le restituirán la cantidad que ha desem-
ponde, y lo cede, renuncia y traspasa plenamente con las ac- bolsado, las mejoras útiles, precisas y voluntarias que tenga á
ciones reales, personales, útiles, mixtas, directas, ejecutivas y la sazón, el mayor valor que adquiera con el tiempo, y todas
demás que le competen, en el mencionado D . Hilario Rocha, las costas, gastos y menoscabos que se le siguieren, con sus
á quien confiere poder irrevocable con libre, franca y general intereses, por todo lo cual se les ha de poder ejecutar solo en
administración, y constituye procurador actor en su propio virtud de esta escritura, y juramento del que la posea ó lo re-
negocio, para que la goce, y sin dependencia ni intervención presente en quien defiere su importe relevándole de otra prue-
de la otorgante la cambie, enagene, use y disponga de ella co- ba. Así pues, y á la observancia de todo lo referido obliga
mo de cosa s u y a adquirida con justo legítimo título, y tome y su persona y bienes habidos y por haber, y con ellos se some-
le á los jueces y justicias de S . M . para que á ello la compe*
soy muy amigo de saber lo que ignoro, y me a c o m o d o siettt»
lan como por sentencia pasada, consentida y no apelada en
pre á preguntar á quien mas sabe para salir de m i ignorancia.
autoridad de cosa juzgada, renunciando su propio fuero, do-
E n esta virtud y antes de tratar del negocio á que vengo,
micilio y vecindad con la general del derecho, y así lo otorgó.
quisiera preguntar á vd. algunas cosillas 'que h a c e dias que
Y presente D . Hilario R o c h a , á quien doy fé conozco, im-
las oigo y no las entiendo.
puesto en el contenido de este instrumento, sus localidades y
Y a he dicho á vd. amigo, contestó Chanfaina con su acos-
condiciones, dijo: que aceptaba y aceptó la compra de la ex.
tumbrada arrogancia, que pregunte lo que guste, que y o le sa-
presada casa como en ello se contiene, y se o b l i g a . . . .Basta,
caré de sus dudas de buena gana.
dijo el lie. Severo, que es menester gran vaso para escuchar
Pues señor, continuó el letrado, sírvase vd. decirme ¿qué
un instrumento tan cansado y á mas de cansado, tan ridículo
significan esas renuncias que se hacen en las escrituras? ¿Qué
y mal hecho. ¿Vd. amiguito, entiende algo de lo que ha pues-
quiere decir la ley si qua midier? ¿Cuál es la de sive á me? ¿Qué
to? ¿Conoce á esa señora? ¿Sabe cuáles son las leyes que re-
significa aquella de si convenerit de jurisdictione omnium judi-
nuncia? y . . . . A este tiempo entró mi amo Chanfaina, é im-
cum? ¿Cuál es el beneficio del senaius-consulto Veleyano que re-
puesto de las preguntas que me estaba haciendo el licenciado
nuncian las mugeres? ¿Qué significa la non numerata pecunia?
le dijo: este muchacho poco ha de responder á vd. de cuanto
¿Qué quiere decir, renuncio mi propio fuero, domicilio y vean,
le pregunte, porque no pasa de un escribientillo aplicado. Es-
dad? ¿Cuál es la ley i . tít. xi. del lib. 5 de la Recopilación? y
ta escritura que vd. ha escuchado la hizo por el machote que
por fin, ¿quiénes pueden ó no otorgar escrituras? ¿Cuáles
le dejé y por los que me ha visto hacer, y como tiene una fe-
leyes pueden renunciarse y cuáles no? y ¿qué cosa son ó para
liz memoria se le queda todo fácilmente. Hemos de advertir
qué sirven los testigos que llaman instrumentales?
que hasta aquí ni yo, ni mi patrón sabíamos si era licenciado
H a preguntado vd. tantas cosas, dijo mi a m o , que no es
el tal D . Severo, y solo pensábamos que'era algún pobre que
muy fácil el responderle á todas con proligidad; pero para que
iba á ocuparnos.
vd. se sosiegue, sepa qué todas esas leyes que se renuncian
Con este error, mi amo que como gran ignorante era gran son antiguallas que de nada sirven, y así no nos calentamos
soberbio, c r e y ó aturdir á la visita y acreditarse á costa de de- los escribanos la cabeza en saberlas, pues eso de saber leyes
satinar con arrogancia según que lo¡tenia de costumbre; y así les toca á los abogados, no á nosotros. L o que sucede es que
añadió: lo que vd. dude, caballero, á mí, á mí me lo ha de pre- como y a es estilo el poner esas cosas en las escrituras y otros
guntar, que lo satisfaré completamente. Y a vd. tendrá noti- instrumentos públicos, las ponemos loá escribanos que vivi-
cia de quien soy pues me viene á buscar; pero si no la tiene, mos hoy y las pondrán los que vivirán de aquí á un siglo con
sépase que soy D . Cosme Apolinario Casalla y Torrejalva, la misma ciencia de ellas que los primeros escribanos del mun-
escribano real y receptor de esta real audiencia, para que do; pero y a digo, el saber ó ignorar estas maturrangas nada
mande.
importa. ¿Está vd?
Y a , y a tengo noticia de la habilidad y talento de vd. señor Por lo que hace á lo que vd. pregunta de que ¿qué personas
mió, dijo el abogado, y y o mismo felicito mi ventura que me pueden otorgar escrituras? debo decirle que menos los locos,
condujo á la casa de un hombre lleno, y tanto mas cuanto que todos. A lo menos yo las extenderé en favor del que me ptt-
gue su dinero, sea quien fuere, y si tuviere algún impedimen- sos como vd. tienen la culpa de que el vulgo poco recto en sus
to, veré como se lo aparto, y lo habilito. ¿Está vd? juicios, mire con desafecto, y aun diré con odio, una profesion
Ultimamente: los testigos instrumentales son unas testas de tan noble; confundiendo á los escribanos instruidos y timora-
hierro ó mas bien unos nombres supuestos: pues en queriendo tos, con los criminalistas trapaceros, satisfechos de que abun-
Juan vender, y Pedro comprar, ¿qué cuenta tienen con que dan mas éstos que aquellos.
haya ó no testigos de su contrato? D e modo que verá vd. S í señor: el oficio de escribano es honorífico, noble y decen-
que yo, muchos de mis compañeros, y casi lodos los alcaldes te. L a s leyes lo llaman público y honrado: prescriben que el
mayores, tenientes y j u s t i c i a s de pueblos, extendemos estos que haya de ejercerlo seasugelo de buena fama, hombre libre y
instrumentos en nuestras casas y juzgados s o l o s f y cuando cristiano: aseguran que el poner escribanos es cosa que perlc-
llegamos á los testigos, ponemos que lo fueron D . Pascado, nece á los reyes. Cá en ellos es puesta la guarda 6 lealtad de
D . N i c a c i o y D. E p i t a c i o , aunque no haya tales hombres en las cartas que facen en la corle del rey, é en las ciudades é en
veinte leguas en contorno, y lo cierto es que las escrituras se las villas. E son como testigos públicos en los pleitos, é en las
quedaron otorgadas, las fincas vendidas, nuestros derechos en posturas-ipaetos) que los ornes facen entre sí: y mandan que pa-
la bolsa, y nadie, aunque sepa esta friolera, se mete á recon- ra ser admitidos á ejercer dicho cargo justifiquen con citación
venirnos para nada. del procurador síndico ante las justicias de sus domicÜios, hm-
E s t o es lo que h a y , a m i g o , en el particular. V e a vd. si pieza de sangre, legitimidad, fidelidad, habilidad, buena vida y
tiene algo mas que preguntar, que se le responderá interminis,
costumbres *. , ,
camarada, in terminis, terminantemente.
Sí amigo: es un oficio honroso, y tanto que no obsta, como
Levantóse de la silla el licenciado medio balbuciente de la han pensado algunos, para ser caballeros y adornarse el pecho
cólera, y con un m i r a r de perro con rabia le dijo á mi precla- con la c r u z de un hábito, siempre que no falten los demás re-
rísimo maestro: pues señor D. Cosme Casalla, ó Chanfaina, quisitos necesarios para el caso, de lo que tenemos ejemplar.
ó calabaza, 6 como le llaman, sepa vd. que quien le habla es N o siendo esto nada particular ni violento, si se considera que
el lie. D. Severo Justiniano, abogado también de esta real au- un escribano es una persona depositaría con autoridad del so-
diencia en la que pronto me verá vd. colocado, y sabrá, si no berano de la confianza pública, á quien así en juicio como fuera
quiere saberlo ántes, que soy doctor en ambos derechos, y que de él, se debe dar entera fe y crédito en cuanto actúe como tal es.
no le he hablado con mera fanfarronada como vd. á quien en
m¿No°es pues una lástima que cuatro zaragates desluzcan con
esta virtud le digo y le repito, que es un hombre lleno, pero
no de sabiduría, sino lleno de malicia y de ignorancia. ¡Bár- sus embrollos, necedades y raterías, una profesion tan reco-
baro! ¿Quién lo metió á escribano? ¿Quién lo examinó? ¿Có- mendable en la sociedad? A lo menos en el concepto de los mu-
mo supo engañar á Iqs señores sinodales respondiendo quizas chos; que los pocos bien saben, que en expresión de cierto au-
preguntas estudiadas, comunes ó prevenidas, ó satisfaciendo tor moderno, el abuso de tan decoroso ministerio no debe de•
hipócritamente los casos arduos que le propusieron?
* E n el p r ó l o g o del Febrero ilustrado se h a l l a n citadas las l e s p e c t i v a s

V d . y otros escribanos ó receptores tan pelotas v inalicio- leyes.

»
gradarle, como ni á los demás de la república, déla estimación
interés, es excusada tal cláusula, porque entonces ninguna ley
y aprecio que le son debidos.
las exime de la obligación que han otorgado.
E s a escritura que vd. ha puesto 6 mandado poner, es un
L o mismo se puede decir de las demás renuncias disparata-
fárrago de simplezas que no merece criticarse, y ella misma
das que vd. ha puesto como las de si qua mulier: sive á me ¿?c.
publica la ignorancia de vd. cuando no la hubiera confesado.
pues estas se contraen á asegurar los bienes de las mugeres ca-
¿Conque vd. se persuade que el escribano no necesita saber le-
sadas ó por razón de bienes dótales; y así solo á estas favore-
ves, y que esto solo compete á los abogados? Pues no señor,
cen, y ellas únicamente pueden renunciar su beneficio, y no
los escribanos deben también estudiarlas para desempeñar su
las doncellas ó solteras como es Doña Damiana Acevedo.
oficio en conciencia *.
M a s para que vd. acabe de conocer hasta donde llega su ig-
E s t a es una aserción muy evidente, y si no vea vd. en cuan-
norancia y la de todos sus compañeros que extienden instru-
tos despilfarros y nulidades ha incurrido en ese mamarracho
mentos y ponen en ellos latinajos, leyes y renuncias de estas,
que ha forjado. Vd. cita y renuncia leyes que para nada vie-
sin entender lo que hablan, sino porque así lo han visto en los
nen al caso, manifestando en esto su ignorancia, al mismo
protocolos de donde sacaron su formulario, atienda: dice vd.
tiempo que omite poner la edad de esa señora, circunstancia
que vendió la casa en cuatro mil pesos que el comprador reci-
esencialísima para que sea válida la escritura, pues es mayor
bió á su satisfacción, y á poco dice que renuncia la ley de la
de veinte y cinco años: no es casada ni hija de familia: tiene
non numerata pecunia. S i vd. supiera que esta ley habla del
la libre administración de sus bienes, y puede otorgar por sí
dinero no contado, y no del contado y recibido, no incurriría
lo mismo que cualquier hombre libre; y de consiguiente es un
en tal error.
absurdo la renuncia que hace en su nombre del Senalus-con-
Ultimamente: el poner por testigos instrumentales los nom-
sulla Veleyano, pues no tiene aquí lugar ni le favorece. Sepa
bres que vd. quiere, al hacer el instrumento vd. solo, como ha
vd. que esta ley se instituyó en Roma siendo cónsul Veleyo,
dicho, y el no explicarle á las partes la cláusula de él y las le-
en favor de las mugeres para que no puedan obligarse ni salir
yes que renuncian, puede anular la escritura y cuanto haga
por fiadoras por persona alguna, y y a que puedan serlo en cier-
con esta torpeza; porque es obligación precisa de los escribanos
tos casos es menester que renuncien esta ley romana, ó mas
el imponer á las partes perfectamente en estas que vd. llama
bien las pátrias que les favorecen, y entonces será válido el
antiguallas; pero como "regularmente los escribanos * poco
contrato y estarán obligadas á cumplirlo; pero cuando están-
menos ignoran el contenido de las leyes renunciadas que las
do habilitadas por derecho, se obligan por sí y por su mismo
mismas partes, ¿cómo deberemos persuadirnos que cerciorarán
aquello que creemos ignoran? ¿Llamarémos acaso á j u i c i o al
escribano para que examinado del contenido de dichas leyes,
E s imposible ejercer los e s c r i b a n o s su oficio, dice D. Marcos Gu-
si rectamente responde, creamos que cercioró bien á las par-
tiérrez en el lugar citado, sin saber m u c h o de j u r i s p r u d e n c i a ; pues de lo
c o n t r a r i o forzosamente h a n de c o m e t e r infinitos absurdos q u e originen
c o s t o s o s é interminables litigios, y de que s e a n víctimas innumerables
' A l i a g a en su E s p e j o de E s c r i b a n o s . T o m . 2, cap 1, c l a u s , 13
c i u d a d a n o s e n sus bienes y d e r e c h o s .
fol. 6 2 .
m

tes: y ai no da razón di- su persona hagamos el contrario con- É l lctradillo se escandaliza de lo que no entiende; pero no
cepto? Mejor seria." se asustará de dejar un litigante sin camisa. Sí, y a lo conoz-
Conque señor Casalla, aplicarse, aplicarse y ser hombre de co: ¡bonito y o para que me diera atole con el dedo! N o digo
bien; pues es un dolor que por las faltas de vd. y otros como él, ni los de toga. Sabes ¿por qué tomé el partido de callarme?
vd. sufran los buenos escribanos el vejámen de los necios. El Pues fué porque es muy caviloso, y á mas de eso tengo mali-
negocio á que y o venia pide un escribano de mas capacidad y cias de que es asesor do S . E . E s t á para ser oidor y no quie-
conducta que vd. y asi no me determino á fiárselo. Estudie ro exponerme á un trabajo, porque estos picaros por tal de ven-
mas y sea mas arreglado, y no le faltará que comer con mas garse no dejarán libro .que 110 hojeen, ni estante que 110 revuel-
descanso y tranquilidad do espíritu. Y vd. amiguito, (me dijo van; que si eso no hubiera sido, y o lo hubiera enseñado á mal-
á mí) estudie también si quiere seguir esta carrera, y no se en- criado. Con todo, que vuelva otro día á mi casa á quebrarme
señe á robar con la pluma, pues entonces 110 pasará de ave de la cabeza, quizás no estaré para aguantar, y saldrá por ahí
rapiña. A Dios, señores. como rata por tirante.
N i visto ni oído fué el L i c . luego que acabó de regañar á nú A s í que mi amo se desahogó conmigo, abrió su estantito, se
amo, quien se quedó tan aturdido que no sabía si estaba en refrescó con un buen trago del refino de Castilla, y se marchó
cielo ó en tierra, según despues me dijo. á jugar sus a'iburitos mientras se hacia hora de comer.
Y o me acordé bastante de mi primer maestro de escuela Aunque me hicieron mucha fuerza las razones del licencia-
cuando le pasó igual bochorno con el clérigo; pero m i amo no do, algo me desvanecieron la socarra y mentiras de C h a n f a i n a .
era de los que se ahogan en poca a g u a , sino muy procaz ó sin Ello es que yo propuse no dejar su compañía hasta no salir un
vergüenza; y así disimuló su incomodidad con mucho garbo, mediano oficial de escribano; mas no se puede todo lo que se
y luego que se recobró un poco, me dijo: ¿sabes Periquillo, poi- quiere.
qué ha sido esta faramalla del abogado? Pues sábete que no A las dos de la larde volvió mi maestro contento porque no
por otra causa sino porque siente un gato que otro lo arañe. habia perdido en el juego: puse la mesa, comió y se fué á dor-
Estos letradillos son muy envidiosos: no pueden ver ojos en 0- mir siesta. Y o fui á hacer la misma diligencia á la cocina
tra cara, y quisieran ser ellos solos abogados, jueces, agentes,
donde me despachó muy bien nana C l a r a que era la cocinera.
relatores, procuradores, escribanos, y hasta corchetes y verdu-
Dsspues me bajé á la esquina á pasar el rato con el tendero
g o s para soplarse á los litigantes en cuerpo y alma.
mientras despertaba mi patrón.
V e a vd. al bribón del Severillo y que charla nos ha encaja- E s t e luego que despertó, me dejó mi tarea de escribir como
do haciéndose del hipócrita y del instruido, como si fuera lo siempre y se marchó para la calle, de donde volvió á las siete
mismo su reír un escrito acuñándole cuarenta textos, que exten- de la noche con una nueva huéspeda que venia á ser nuestra
d e r u n instrumento público. A q u í no mas has de conocerlo compañera.
que va del trabajo de 1111 abogado al de un escribano: el escri- L u e g o que la vi la conocí. S e llamaba Luisa, y e i a ia her-
to de aquel se tira, si se ofrece, por inútil, y el instrumento que mana del ladrón que mi amo soltó de la cuerda con mas faci-
nosotros autorizamos se guarda y se protocola eternamente. lidad que D. Quijote á G i n é s de Pasamontc. Y a he dicho
TOM. 11, 6
** H

que la (al m o z a n o e r a fea y que pareció m u y bien á mi ama


S e i s ú ocho fes h i » la L u i s a el papel do «rv«ndo
¡Ojalá y á mí no m e hubiera parecido lo mismo!
la £ " tratando i C h a n t a , n a como amo, delante de m, y de
E n c u a n t o e n t r ó le dijo mi amo: anda, hija, desnúdate * y
! T e t ñero no podo éste sufrir mocho tiempo el fie,mulo.
vete con n a n a C l a r a , que ella te impondrá de lo que lias de ha-
p i l e te p l a J , la fu6 h a c i e n d o comer de su plato aunque
cer. F u é s e ella m u y humilde, y cuando estuvimos solos me"
en d Í p i e s la'hacia sentar algunas veces, hasta qne se des.
dijo C h a n f a i n a : Periquillo, me debes dar las albricias por esta
nudó del fingimiento, y la colocó 4 so lado señor,lmente.
n u e v a c r i a d a que he traido: ella viene de recamarera, y te vas
á ahorrar de a l g ú n quehacer; porque y a no barrerás, ni harás Los es comíamos y c e n s a m o s juntos e n b n e n a p a z y c o n ,

la c a m a , ni s e r v i r á s la mesa, ni limpiarás los candeleros, ni ha pato L a muchacha e r a bonita, alegre, v , v a y decdora

rás o t r a s cosas q u e son de su obligación, sino solamente los v o era jóven, no m u y malote y sabia t o c a , el handolonc.to y

mandados. L o ú n i c o que te e n c a r g o es que tengas cuidado c ntar no m y ronco; a . paso que mi amo era

con ella, a v i s á n d o m e si se asoma al balcón m u y seguido, 6 «i " ia las g r a c i a s que y o : sacándolo de sos t r a p a c e a , con

sale ó viene a l g u n o á verla cuando no estuviere y o en ca<a I m a era en lo d e m i s m u y tonto: hablaba gangoso y roe,aba

E n fm, tú c u í d a l a y avísame de cuanto notares. Pues porqué de bal, a qne lo atendió, i causa de qne el g t t e o y .1 m e ,

al fin es mi c r i a d a , está á mi cargo, tengo que dar cuenta á rio lo L i a n dejado sin campanilla ni d i e n t o : no e r a nada

Dios de ella y no s o y muy ancho de conciencia, ni quiero con- feral y sobra J a s prendas «en,a la recomendable de ser ce-

denarme por pecados ágenos. ¿Entiendes? Si señor, le con


' i r ^ r — , u e no me costaria mucho . a b a j o ,
testé: riéndome interiormente de la necedad con que p e c a b a
conquista d L u i s a teniendo u n r i v a l tan d e s p r e c i e . As,
que e r a y o c a p a z de tragar su hipocresía. Y a se vé, el muv
camote me tenia por un buen m u c h a c h o ó por un mentecato „ T e n efecto. B r e v e nos conchabamos, y quedamos de a c u e ,

C o m o en c e r c a de dos meses que y o vivia con él habia hecho do correspondiéndonos nuestros afectos a m a b l e m e n t e .
tan al v i v o el papel de hombre de bien, pues ni salia á pasear E l pobre de mi amo e s t a b a encantado con su recamar, •
aun dándome l i c e n c i a él mismo, ni me deslicé en lo mas míni- plenamente satisfecho de su escribiente, , u , e n no osaba a l z a r
mo con la vieja cocinera, me c r e y ó el a m i g o C h a n f a i n a muy los oíos á verla delante de él.
inocente, ó quién sabe qué, y m e confió á su Luisa, que fué M a s ella que e r a p i c a r a y burlona, abusaba del candor de m
fiarle un mamón á un perro hambriento. A s í salió ello amo y me p nia en unos aprietos terribles en su presencm; de
suerte que á veces me h a c i a reir y á veces incomodar con sus
E s a noche c e n a m o s y q,e fui á acostar sin meterme en mas
chocarrerías. . „ i
dibujos. A l día siguiente nos dió chocolate la recamarcrita:
A l g u n a s ocasiones me d e c i a : señor P e d n t o , que mustio es vd.
lazo la cama, barrió, atizó el cobre, porque plata no la habia
parece vd. novicio ó fraile recien profeso: ni alza los ojos para
V puso la casa albeando como dicen las mugeres.
verme:¿qué soy tan fea que espanto? ¡Zonzo! Dios me libre de
• E n a q u e l l a é p o c a solo la gente m u y ¡nfe]¡z carc£¡a Jc a
vd . S e r á vd. mas tunante que el que mas. Sí, de estos que no
, m c. o a , c a d a para salir a la calle, y así es q u e por desnudarse se en-
comen miel libre D i o s nuestros panales, D . Cosme.
r n d i a quitarse esa ropa y quedarse con la de dentro de c a s a . - E .
Otras veces me preguntaba si estaba y o enamorado de algu-
na muchacha ó si me quería casar, y treinta mil simplezas dtí A esle tiempo entró nana C l a r a y mirando á su sobrina ha-

estas, con las que me esponia á descubrir nuestros maliciosos fiada en sangre, no se metió en averiguaciones sino que tiran-

tratos; pero el bueno de mí maestro estaba lelo y en nada me- do el canasto de verdura, arremetió contra la pobre de Luisa,

nos pensaba que en ellos; antes solía preguntarme á excusas de que no estaba muy sana, diciéndole: eso no, grandísima cochi-

ella ¿si le observaba y o alguna inquietud? Y y o le decía: na, lambe-platos, piojo resucitado; á mi sobrina no, tál. Ago-

no señor, ni y o lo permitiera, pues los intereses de vd. los mi. ra verás quien es cada cual, y en medio de estas jaculatorias

10 como mios, y mas en esta parte. C o n esto quedaba el po- le menudeaba muy fuertes palos con una c u c h a r a .

bre enteramente satisfecho de la fidelidad de los dos. Y o no pude sufrir que con tal ventaja estropearan dos á mi
Pero como nada hay oculto que no se revele, al fin se des* pobre L u i s a , y así viendo que no valían mis ruegos para que
cubrió nuestro mal procedimiento de un modo que pudo haber' la dejaran apelé á la fuerza y di sobre la vieja á pescozones.
me costado bien caro. Una zambra era aquella cocina, ni pienso que seria mas ter-
Estaba una mañana L u i s a en el balcón y y o escribiendo ert rible la batalla de Cesar en Farsalia. C o m o no estábamos quie-
la sala. Antojóseme chupar un c i g a r r o y fui á encenderlo í¡ tos en un punto, sino que cayendo y levantando andábamos
la cocina. Por desgracia estaba soplando la lumbre una mu. por todas partes y la cocina era estrecha, en un instante se
chacha de no malos vigotes llamada L o r e n z a , que era sobrina quebraron las ollas, se derramó la comida, se apagó la lumbre, .
de nana C l a r a y la iba á visitar de c u a n d o en cuando por in- y la ceniza nos emblanqueció las cabezas y ensució las caras.
teres de los percances que le daba la buena vieja, la que á la
T o d o era desvergüenzas, gritos, porrazos y desórden. No
sazón no estaba en casa, porque habia ido á la plaza á com-
habia una de las contendientes que no estuviera sangrada se-
prar cebollas y otras menestras para g u i s a r . Me halló, pues,
gun el método del Aguilucho, y á mas de esto, desgreñada y
solo con la muchacha, y como era de c o r a z o n alegre comen-
.toda hecha pedazos, sin quedarme y o limpio en la función. E l
zamos á chacotear familiarmente.
campo de batalla ó la cocina estaba sembrada de despojos.. Por
E n este rato me echó menos L u i s a : f u é á buscarme y ha- un rincón se veía una olla hecha pedazos, por otra la tinaja
llándome cnagenado, se enceló furiosamente y me reconvino del agua, por aquí una sartén, por allí un manojo de cebollas,
con bastante aspereza, pues me dijo: m u y bien, señor Perico. por esotro lado la mano del metale, y por todas partes las re-
E n eso se le va á vd. el tiempo, en retozar con esa grandísima
liquias de nuestra ropa. E l perrillo alternaba sus ladridos con
tul No: eso de tal, dijo L o r e n z a toda encolerizada, eso de nuestros gritos, y el gato todo espeluzado no se atrevía á bajar
tal lo será ella y su madre y toda su c a s t a , y sin mas cumplí- del brasero.
míenlos se arremetieron y afianzaron de las trenzas dándose
E n medio de esta función llegó Chanfaina vestido en su pro-
muchos araños y diciéndose primores; pero esto c o n tal escán-
pio trage, y viendo que su Luisa estaba desangrada, hecha pe.
dalo y alharaca que se podia haber oído el pleito y sabido el
dazos, bañada en sangre y e n v u e l v e n t r e la cocinera y su so-
motivo á dos leguas en contorno de la c a s a .
brina, no esperó razones, sino que haciéndose de un garrote
H a c i a yo cuanto estaba de mi parte por desapartarlas; mas dió sobre las dos últimas; pero con (al gana y corage que á po-
era imposible según estaban empeñadas en no soltarse.
eos t r a n c a z o s cesó el pleito dejando á la infeliz recamarera,
que c i e r t a m e n t e era la que había llevado la peor parte.
C u a n d o v o l v i m o s todos en nuestro acuerdo no tanto por el
E n el que Periquillo c u e n t a la acogida que le hizo un barbero: el moti-
respeto del a m o , c u a n t o por el miedo del garrote, comenzó el
v o por que se salió de su casa: su acomodo en una botica y su salida de
e s c r i b a n o á tomarnos declaración sobre el asunto ó motivo de
ésta, con otras aventuras curiosas.
tan d e s a f o r a d a riña. L a v i e j a nana C l a r a n a d a decia porque
nada s a b i a e n realidad: L u i s a tampoco, porque no le tenia
® l s increíble el terreno que a v a n z a un cobarde en la c a r -
c u e n t a ; y o menos, porpue era el actor principal de aquella es-
reÍT C u a n d o s u c e d i ó el l a n c e que a c a b o de referir eran las
cena; pero la maldita L o r e n z a , como que e r a la mas ins-
doce en punto, y m i a m o v i v í a en la calle de las R a t a s ; pues
truida é i n o c e n t e , en un instante impuso á mi amo del conté,
corrí tan de buena g a n a que fui á esperar el c u a r t o de hora
nido de la c a u s a diciéndole: que todo aquello no h a b í a sido mas
á la A l a m e d a : eso sí, y o llegué lleno de sudor y de susto; m a s
que una v i o l e n c i a y p r o v o c a c i o n de aquella tal celosa que es-
lo di de barato así c o m o el verme sin sombrero, roto de cabe-
taba en su c a s a , que q u i z á era mi a m i g a , pues por celos de mí
z a , hecho pedazos y muerto de hambre, al c o n s i d e r a r m e se-
y de ella h a b í a armado aquel e s c á n d a l o . . . .
„ u r o de C h a n f a i n a á q u i e n no tanto temia por su garrote co-
H a s t a a q u í oí y o á L o r e n z a ; porque en c u a n t o advertí que
mo por su pluma c a v i l o s a ; pues si me hubiera habido a las
esta había descorrido el velo de nuestros i n d i g n o s tratos mas
m a n o s s e g u r a m e n t e m e da de palos, me urde una c a l u m n i a y
de lo que e r a necesario, y que mi amo me m i r a b a con ojos de
me hace ir á s a c a r piedra m u c a r á S . J u a n de U l ú a .
loco furioso, temí como hombre, y echó á correr c o m o una lie-
Así es que y o hube de tener por bien el mismo mal, ó elegí
bre por la e s c a l e r a abajo, con lo que confirmé en el momento
cuerdamente del mal el menos; pero esto está m u y bien para
c u a n t o dijo L o r e n z a , a c a b a n d o de i r r i t a r á mi patrón, quien
la hora e j e c u t i v a , porque pasada ésta, se r e c o n o c e cualquier
no queriendo que me f u e r a de su casa sin despedida, bajó tras
mal según es, y e n t o n c e s nos incomoda a m a r g a m e n t e .
de mí c o m o un r a y o y c o n tal precipitácion; que no advirtió
T a l me s u c e d i ó c u a n d o sentado á la orilla de una z a n j a
que iba sin sombrero ni c a p a y con la golilla por un lado.
a p o v a d o mi b r a z o izquierdo sobre una rodilla teniéndome c o n
C o m o dos cuadras c o r r i ó C h a n f a i n a tras de mí gritándome la misma mano la c a b e z a y con la derecha rascando la tierra
sin cesar: párate bribón, párate picaro; pero y o me volví sor- con un palito, c o n s i d e r a b a mi triste s i t u a c i ó n . ¿Qué haré
do y no paré hasta que lo perdí de vista y me hallé bien léjos y o ahora? M e p r e g u n t a b a á mí mismo. E s h a r t o infeliz el
y s e g u r o del g a r r o t e . estado presente e n que me hallo. Solo, casi desnudo roto de
E s t e fué el honroso y lucidísimo modo con que salí d é l a ca- c a b e z a , muerto de hambre, sin abrigo ni conoc.miento, y des-
sa del escribano: peor de lo que había entrado y sin el mas mí- pués de todo, c o n un e n e m i g o poderoso como C h a n f a i n a , que
nimo e s c a r m i e n t o : pues en cada una de estas c o m e n z a b a de se desvelará por saber de mí p a r a tomar v e n g a n z a de mi infi-
nuevo la série de mis aventuras, como lo vereís en el capítulo delidad y de la de L u i s a , ¿adónde iré? ¿Dónde me quedare esta
siguiente.. noche? ¿ Q u i é n se h a de doler de mí, ni quién me hospedara s .
m i pelage es demasiado sospechoso? Q u e d a r m e aquí, no pue-
eos t r a n c a z o s cesó el pleito dejando á la infeliz recamarera,
que c i e r t a m e n t e era la que liabia llevado la peor parte.
C u a n d o v o l v i m o s todos en nuestro acuerdo no tanto por el
E n el q u e P e r i q u i l l o c u e n t a la a c o g i d a q u e le hizo un barbero: el moti-
respeto del a m o , c u a n t o por el miedo del garrote, comenzó el
v o por q u e se s a l i ó de su casa: su acomodo en u n a botica y su s a l i d a de
e s c r i b a n o á tomarnos declaración sobre el asunto ó motivo de
ésta, con otras a v e n t u r a s c u r i o s a s .
tan d e s a f o r a d a riña. L a v i e j a nana C l a r a n a d a decia porque
nada s a b i a e n realidad: L u i s a tampoco, porque no le tenia
® l s increible el terreno que a v a n z a un cobarde en la c a r -
c u e n t a ; y o menos, porpue era el actor principal de aquella es-
reÍT C u a n d o s u c e d i ó el l a n c e que a c a b o de referir eran las
cena; pero la maldita L o r e n z a , como que e r a la mas ins-
doce en punto, y m i a m o v i v i a en la calle de las R a t a s ; pues
truida é i n o c e n t e , en un instante impuso á mi amo del conté,
corrí tan de buena g a n a que fui á esperar el c u a r t o de hora
nido de la c a u s a diciéndole: que todo aquello no h a b í a sido mas
4 la A l a m e d a : eso si, y o llegué lleno de sudor y de susto; m a s
que una v i o l e n c i a y p r o v o c a c i o n de aquella tal celosa que es-
lo di de barato así c o m o el verme sin sombrero, roto de cabe-
taba en su c a s a , que q u i z á era mi a m i g a , pues por celos de mí
z a , hecho pedazos y muerto de hambre, al c o n s i d e r a r m e se-
y de ella h a b í a armado aquel e s c á n d a l o . . . .
g u r o de C h a n f a i n a & q u i e n no tanto temia por su garrote co-
H a s t a a q u í oí y o á L o r e n z a ; porque en c u a n t o advertí que
mo por su pluma c a v i l o s a ; pues si me hubiera habido a las
esta había descorrido el velo de nuestros i n d i g n o s tratos mas
m a n o s s e g u r a m e n t e m e da de palos, me urde una c a l u m n i a y
de lo que e r a necesario, y que mi amo me m i r a b a con ojos de
me hace ir á s a c a r piedra m u c a r á S . J u a n de U l ú a .
loco furioso, temí como hombre, y echó á correr c o m o una lie-
Así es que y o hube de tener por bien el mismo mal, ó elegí
bre por la e s c a l e r a abajo, con lo que confirmé en el momento
cuerdamente del mal el menos; pero esto está m u y bien para
c u a n t o dijo L o r e n z a , a c a b a n d o de i r r i t a r á mi patrón, quien
la hora e j e c u t i v a , porque pasada ésta, se r e c o n o c e cualquier
no queriendo que me f u e r a de su casa sin despedida, bajó tras
mal según es, y e n t o n c e s nos incomoda a m a r g a m e n t e .
de mí c o m o un r a y o y c o n tal precipitácion; que no advirtió
T a l me s u c e d i ó c u a n d o sentado á la orilla de una z a n j a
que iba sin sombrero ni c a p a y con la golilla por un lado.
a p o v a d o mi b r a z o izquierdo sobre una rodilla teniéndome c o n
C o m o dos cuadras c o r r i ó C h a n f a i n a tras de mí gritándome la misma mano la c a b e z a y con la derecha r a s c a n d o la tierra
sin cesar: párate bribón, párate picaro; pero y o me volví sor- con un palito, c o n s i d e r a b a mi triste s i t u a c i ó n . ¿Qué haré
do y no paré hasta que lo perdí de vista y me hallé bien léjos y o ahora? M e p r e g u n t a b a á mí mismo. E s h a r t o infeliz el
y s e g u r o del g a r r o t e . estado presente e n que me hallo. Solo, casi desnudo roto de
E s t e fué el honroso y lucidísimo modo con que salí d é l a ca- c a b e z a , muerto de hambre, sin abrigo ni conocimiento, y des-
sa del escribano: peor de lo que había entrado y sin el mas mí- pués de todo, c o n un e n e m i g o poderoso como C h a n f a i n a , que
nimo e s c a r m i e n t o : pues en cada una de estas c o m e n z a b a de se desvelará por saber de mí p a r a tomar v e n g a n z a de m i infi-
nuevo la série de mis aventuras, como lo verois en el capítulo delidad y de la de L u i s a , ¿adónde iré? ¿Dónde me quedare esta
siguiente.. noche? ¿ Q u i é n se h a de doler de mí, ni quién me hospedara si
mi peiage es demasiado sospechoso? Q u e d a r m e aquí, no pue-
de ser, porque me e c h a r á n los g u a r d a s de la A l a m e d a : andar
A v señor' le respondí remedando el llanto de las viudas: mi
toda la noche en la calle es a r r o j o , porque me e x p o n g o á que
s u e r t e ' e s la mas d e s g r a c i a d a : mi m a d r e m u r i ó dos años h a c e ,
« e encuentre una ronda y me despacho m a s presto á poder de
los acreedores de mi padre me e c h a r o n á la calle y e m b a r g a ,
C h a n f a i n a : irme á dormir á un c e m e n t e r i o retirado como el
ron cuanto h a b í a en mi casa; y o m e he mantenido sirviendo
de S a n Cosme, será lo m a s s e g u r o p e r o ¿ y Ios muertos
á este y al otro; y hoy el amo que tenia porque la cocinera
y las tantasmas son a c a s o p o c o respetables y temibles? Ni
echó el caldo frió y y o lo llevé así á la mesa, me tiró c o n él
por un pienso. ¿Qué haré pues, y que c o m e r é en esta noche*
V con el plato me rompió la c a b e z a , y no parando en esto su
E m b e b e c i d o estaba en tan m e l a n c ó l i c o s pensamientos sin
cólera, a b a r r ó el cuchillo y c o r r i ó tras de mí, que á no tomar-
poder dar con el hilo que me s a c a r a de tan c o n f u s o laberinto
le y o la delantera no lo cuento á v d . m i d e s g r a c i a .
cuando D i o s , que no desampara á los m i s m o s que le o f e n d e n '
M i r e q u é p i c a r d í a ! d e c í a el C á n d i d o b a r b e r o ; ¿y q u i e n es
hizo que pasara j u n t o á mí un venerable viejo, que con un m u !
ese a m o tan cruel y vengativo? ¿ Q u i é n ha de ser señor e
c h a c h o se entretenía en s a c a r s a n g u i j u e l a s c o n un chwuihui.
dije: el M a r i s c a l de B i r o n . ¿Cómo? ¿Qué estás hablando D.jo
fc en aquellas z a n j i t a s ; y estando en esta d i l i g e n c i a me salu-
el rapador: no puede ser eso: si no h a y «al nombro en el mun-
oo y y o le respondí cortesmente.
do. S e r á otro. ¡ A h ! sí señor, es verdad dijo yo.- me tur ,
E l viejo al oír mi voz, me m i r ó c o n a t e n c i ó n , v despues d e
p e r o es el C o n d e . . . .el C o n d e . . . .el C o n d e . . . . ¡ v á l g a t e D i o s
haberse detenido un momento, salta la z a n j a , me e c h a los bra-
o memoria! el C o n d e d e . . . - d e . . . .de S a l d a ñ a . Peor esta
703 , Cuell ° con la m a y ° r e x p r e s i ó n , y m e d i c e : ¡Pedrito do , e l D . A g u s t í n : ¿qué te h a s vuelto loco? ¿Qué e s t ^ ha-
m alma! ¿es posible que te vuelva á ver? ¿ Q u é es esto? :Q U Ó blando, hijo? ¿No ves que estos títulos que dices son de come-
trage, qué sangre es esa? ¿Cómo está tu madre? ¿Dónde vives» dt" E s 'verdad, señor: á mí se me ha olvidado el título de m i
A tantas preguntas, y o no respondía palabra, sorprendido amo porque apenas hace dos d i a s que estaba en su c a s a ; pero
al ver a un hombre á quien no c o n o c í a q u e me hablaba por a r a 'el caso no importa no a c o r d a r s e de su título, O a ^ i -
mi nombre y con una c o n f i a n z a no e s p e r a d a ; mas él, advír- e uno de comedia, porque si lo v e m o s con seriedad . q u é t ta
tiendo la c a u s a de mi turbación, me dijo: ¿qué no me conoces? o hay - el mundo que no sea de comedia? El Mariscal de
N o señor, la verdad (le respondí), si no es p a r a servirle. Pues Bi n ! el C o n d e do Saldaña, el B a r ó n de T r e n k y otros mil,
yo S, te conozco, y conocí á tus p a d r e s y les debí mil favores. ton títulos reales, desempeñaron su papel murieron, y sus
* o me llamo A g u s t í n R a p a m e n t a s : a f e i t é al d i f u n t o señor D . n o m b r e s quedaron para servir de títulos de c o n ^ i - Lo
Manuel S a r m i e n t o tu padrecito m u c h o s a ñ o s , sí, m u c h o s , so.
1 / oí r , ™ d p del C a m p o azul, al M a r q u e s de L a -
bre que te conocí tamañito, hijo, t a m a ñ i t o : puedo d e c i r que
te v> nacer; y no p.enses que no: te q u e r í a m u c h o y j u g a b a " tros: m a ñ a n a m o r i r á n y Laus Veo: quedartn s
contigo m,entras que tu señor padre s a l í a á a f e i t a r s e . nombres y sus títulos para a c o r d a r n o s solo a l g u n o s d,a de
. PUGS' S e ñ 0 r D - Ag"st¿»- 'e dije, a h o r a v o y r e c o r d a n d o espe- " h a n existido entre los v i v o s , lo mismo , » e el M a n s c a l de
cies, y en efecto, es así como vd. lo d i c e . ¿Pues qué haces B° r „ n y el g r a n C o n d e do S a l d a ñ a . C o n q u e nada importa,
aquí, hijo, y en este estado? Me p r e g u n t ó . ' t s v . e y o me a c u e r d o 6 me olvide de, M o de. amo
que me golpeó. D e lo que no me olvidaré será de su maldita
acción, que estas son las que se quedan en la memoria de los
hombres ó para vituperarlas y sentirlas, ó para ensalzarlas v
aplaudirlas, que no los títulos y dictados que mueren con ¿1
tiempo, y se confunden con el polvo de los sepulcros.
Atónito me. escuchaba el inocente barbero teniéndome por
un sabio y un virtuoso. T a l era mi malicia á veces, y á ve-
oes mi ignorancia. Y o mismo ahora no soy c a p a z de definir
mi carácter en aquellos tiempos, ni creo que nadie lo hubiera
podido comprender; porque unas ocasiones decia lo que sen-
tia.-otias obraba contra lo mismo que decia: unas veces me
hacia un hipócrita, y otras hablaba por el convencimiento de
mi conciencia; mas lo peor era, que cuando fingía virtud lo
hacia con advertencia, y cuando hablaba enamorado de ella
h a c a mil propósitos interiores de enmendarme; pero no me
determinaba á cumplirlos.

E s t a vez me tocó hablar lo que tenia en mi corazon; pero


«o me aproveché de tales verdades; sin embargo, me surtió
un buen efecto temporal, y fué que el barbero condolido d e n *
«ne llevó á su casa, y su familia, que se componía de una bue-
na v e j a llamada tia Casilda y del muchacho aprendiz, me re-
cibió con el extremo mas dulce do hospitalidad.
C e n é aquella noche mejor de lo que pensaba, y al dia si
guíente me dijo el maestro: hijo, aunque y a eres grande para
Siprend.z (tendría y o diez y nueve ó veinte, años: decia bien)
si quieres, puedes aprender mi oficio, que si no es de los muy
aventajados, á lo menos da que comer; y así aplícate que y o
te daré la casa y el bocadito, que es lo que puedo.
Y o le dije que sí, porque por entonces me pareció conve
mente; y según esto, me comedia (*) á limpiar los paños, á te'-

O Por comidirse y con mas frecunncia acomedirse, se entiende


v u l g a r m e n t e prestarse con v o l u n t a d y gusto á a y u d a r á otros en s u s tra-
b a j o s y quehaceres, ó d e s e m p e ñ a r l o s por e l l o s . — E .
Tomo 2? HUEBIPUILLO.. Lam.lt
ner la vacia y á hacer algo de lo que veia h a c e r al aprendiz.
U n a ocasion que el maestro no estaba en c a s a , por ver si
estaba algo adelantado, cogí un perro, á c u y a f a g i n a me ayu-
dó el aprendiz, y atándole los piés, las manos y el hocico, lo
sentamos en la silla amarrado en ella, le pusimos un trapito
para limpiar las navajas, y comencé la operacion de la rasu-
ra. E l miserable perro ponia sus gemidos ( * ) en el cielo.
¡Tales eran las cuchilladas que solia llevar de cuando en

cuando! .
P o r fin, se acabó la operacion y quedó el pobre animal re-
tratable, y luego que se vió libre, salió para la calle como al-
ma que se llevan los demonios, y y o engreido con esta prime-
ra prueba, me determiné á hacer otra con nn pobre indio que
se fué á rasurar de á medio. Con mucho garbo le puse los
paños: hice al aprendiz trajera la vacia con la a g u a caliente:
asenté las navajas y le di una zurra de raspadas y l a s que
el infeliz no pudiendo sufrir mi áspera mano, se levantó di-
ciendo: amoquale quistimo, amoquale: que fue c o m o decirme
en castellano: no me cuadra tu modo, señor, no me cuadra.
Ello es que él dió el medio real y se fué también medio rapado.

T o d a v í a no contento con estas tan malas pruebas, me atre-


ví á sacarle una muela á una vieja que entró á la tienda ra-
biando de un fuerte dolor y en solicitud de mi maestro; pero
como era resuelto, la hice sentar y que entregara la cabeza
al aprendiz para que se la tuviera. ^
H i z o éste muy bien su oficio: abrió la cuitada vieja su de-
sierta boca despues de haberme mostrado la muela que le do-
Ua: tomé el descarnador y eomencé á cortarla trozos de encía

a l rmls n e l l e al verse tasajear tan seguido y con una por-


c e l t n a d e s a n g r e delante, me decia: maestrito, por D i o s * a s -
ta cuando acaba vd. de descarnar? N o tenga vd. cuidado,

(t) N o podía ladiar y así solo g e m í a .


señora, le decía yo: haga una poca de paciencia, v a le falta
poco de la quijada. ^ Ialta do mis diabluras, las que me pagaban ó con dinero ó con des^
vergüenzas.
E n fin, así que le corté tanta carne cuanta bastó para que Cuatro meses y medio permanecí con D . Agustín, y fué
almorzara el gato de casa, le afiancé el hueso con el respecti mucho, según lo variable de mi g é n i o . E s verdad que en es-
v c n s t r u m e n t o , y le di un estirón tan fuerte y mal dado que ta dilación tuvo parte el miedo que tenia á Chanfaina, y el
le quebre la muela lastimándole terriblemente la quijada. no encontrar mejor asilo, pues en aquella casa comia, bebía y
¡ A y Jesús! exclamó la triste vieja, y a me a r r a n c ó vd. las era tratado con una estimación respetuosa de parte del maes-
quijadas, maestro del diablo. N o hable vd. señora, le dije, tro. De suerte que y o ni hacia mandados ni cosa mas útil
que se le meterá el aire y le corromperá la mandíbula. ¡Qué' que estar cuidando la barbería y haciendo mis fechorías cada
mahbula ni que demonios! decia la p o b r e . . . . ¡ A y , Jesús! ¡ay! v e z que tenia proporcion; porque y o era un aprendiz de ho-
¡ay! ¡ a y ! . . . . Y a está señora, decia yo, abra vd. la boca, aca- nor, y tan consentido y hobachon que aunque sin camisa, no
bjremos de sacar el raigón, ¿no ve que es muela matriculada? me faltaba quien envidiara mí fortuna. E s t e era Andrés el
Matriculado esté vd. en el infierno, chambón, indigno, conde- aprendiz, quien un día que estábamos los dos conversando en
nado, decía la pobre. espera de marchante que quisiera ensayarse á mártir, me di-
jo: señor, ¡quién fuera como v d ! — ¿ P o r qué, Andrés? L e pre-

i i é l L f v h a K C e r , c T d e 8 U á i n j u r í a s ' l e d e c i a ' a n d e nan '* a » gunté. Porque y a vd. es hombre grande, dueño de su volun-

r o ° " T b o c a ' a c a b a r é m o s de sacar ese hues° tad y no tiene quien lo mande; y no y o que tengo tantos que
me regañen, y no sé lo que es tener medio en la bolsa. Pero
dito, vea vd. que un dolor quita muchos. Ande vd. aunque así que acabes de aprender el oficio, le dije, tendrás dinero y
- « a pague. V a y a vd. mucho noramala, dijo la anc ana serás dueño de tu voluntad.
cha f ° t r a m U e , a 6 C U a n t a S * * á , a i n d í s i m a b ra.
Ch que lo par,ó. N o tienen la culpa estos raspadores eo- ¡Qué verde está eso! decia A n d r é s : y a llevo aquí dos años
es'o I T f " U e r Ptfn° ^ SUS m a n 0 S - ^ s i g u i e n d o en de aprendiz y no sé n a d a . — ¿ C ó m o nada, hombre? L e pregunté
estos elogios se salió para la calle sin querer ni volver á ver
el lugar del sacrificio. muy admirado. Así nada, me contestó. A h o r a que está vd.
en casa he aprendido a l g o . — ¿ Y qué has aprendido? L e pregun-
Y o algo me compadecí de su dolor, y el muchacho no dejó
te. He aprendido respondió el g r a n bellaco, á afeitar perros,
de reprenderme mi determinación atolondrada: porque ca-
desollar indios y desquijarar viejas, que no es poco. Dios se
da rato decía: ¡pobre señora! ¡qué dolor tendría! y lo peor
lo pague á vd. que me lo ha e n s e ñ a d o . — P u e s y ¿qué tu maes-
que si se lo dice al m a e s t r e é dirá? D i g a lo q „ e dijere, le
tro no te ha enseñado nada en dos a ñ o s ? — Q u é me ha de en-
respondí: y o lo hago por ayudarle á buscar el pan fuera d señar, decia Andrés. Todo el dia se me va en hacer manda-
se aprende, haciendo pruebas y ensayándose. A la maes! dos aquí y en casa de D . a T u l i t a s la hija de mi maestro; y allí
tra le d.jo que habían sido monadas de la vieja: que tenia la pior, porque me hacen cargar el niño, lavar los pañales, ir á
muela matriculada y no se la pude a r r a n c a r al primer tirón,
la pulquería, fregar toditos los trastes, y aguantar cuantas ca-
cosa que al mejor le sucede.
lillas quieren, y con esto ¿qué he de aprender del oficio? Ape-
C o n esto se dieron todos por satisfechos y y o seguí h a d e n - nas sé llevar la vacía y el escalfador cuando me lleva consi-
190

go mi amo, digo, mi maestro; me turbé. A fé que D . Pláci- ro ¿cómo habia de salir sastre en un año, y eso haciendo man-
do el hojalatero que vive junto á la casa de mi madre grande: dados y con tantísimo día de fiesta, señor, como tiene el año?
ese sí que es maestro de cajeta, porque afuera de que no es Y asina y o pienso que el maestro de a c á tiene trazas de ha-
muy demasiado regañón, ni les pega á sus aprendices, los en- cer lo mesmo conmigo (*).
seña con mucho cariño, y les dá sus medios muy buenos así ¿Pero por qué no aprendiste, tú, á sastre? Pregunté á An-
que hacen alguna cosa en su lugar; pero eso de mandados drés, y éste me dijo: ¡ay señor! ¿sastre? Se enferman del pul-
¡cuando, ni por un pienso! Sobre que apenas los envía á traer m ó n . — ¿ Y á hojalatero?—No señor: por no ver que se corta
medio de cigarros, contimás manteca, ni chiles, ni pulque, ni uno con la hoja de lata y se quema con los fierros—¿Y á car-
carbón, ni nada como acá. Con esto orila, orita aprenden los pintero por qué n o ? — ¡ A y ! no: porque se lastima mucho el pe-
muchachos el oficio. c h o . — ¿ Y á carrocero ó herrero?—Nó lo permita Dios, si pa-
T ú hablas mal, le dije, pero dices bien. N o deben ser los recen diablos cuando están junto á la f r a g u a aporreando el
maestros amos, sino enseñadores de los muchachos; ni estos fierro. Pues, hijo de mi alma: Pedro Sarmiento: hermano de
deben ser criados ó pilguanejos de ellos, sino legítimos apren- mi corazon, le dije á Andrés levantándome del asiento; tú eres
dices; aunque así por la enseñanza como por los alimentos mi hermano, tatita, si, tú eres mi hermano: somos mellizos ó
que les dan, pueden mandarlos y servirse de ellos en aquellas cuates; dame un abrazo. Desde hoy te debo amar y te amo
horas en que estén fuera de la oficina y en aquellas cosas pro- mas que antes, porque miro en tí el retrato de mi modo de pen-
porcionadas á las fuerzas, educación y principios de cada sar; pero tan parecido que se e q u i v o c a con el prototipo, si y a
uno. A s í lo oia y o decir varias veces á mi difunto padre que no es que nos identificamos tú y y o .
eu paz descanse.
Pero dime: ¿qué, estás aquí con escritura? Sí, señor, me res- * E n el dia con g r a n dolor vemos lo p o c o u s a d o de esta loable p r á c -
pondió Andrés, y y a cuento dos años de aprendiz, y vamos tica de recibir aprendices c o n escritura; p e r o c u a n d o estaba e n u s o se re-

corriendo para tres, y no se da modo ni manera el maestro de cibían los aprendices bajo las o b l i g a c i o n e s y c o n d i c i o n e s siguientes: el

enseñarme nada. Pues entonces le dije, si la escritura es por. maestro s e obligaba á e n s e ñ a r al a p r e n d i z s u oficio sin ocultarle n a d a ,

cuatro años ¿cómo aprenderás en el último, si se pasa co- denlro de u n t i e m p o determinado, q u e r e g u l a r m e n t e e r a n cuatro años
p u d i e n d o á este efecto c a s t i g a r l e con p r u d e n c i a y moderación sin herirlo
mo se han pasado los tres que llevas? E s o mesmo digo yo,
n i lastimarlo g r a v e m e n t e : á darle alimentos, ropa l i m p i a y c a m a : á q u e
decia Andrés. Me sucederá lo que le sucedió á mi hermano
si n o estuvo h á b i l en el d i c h o tiempo, p a g a r á otro maestro de la m i s m a
Policarpo con el maestro Marianito el sastre. ¿Pues qué le
profesión orarte e l trabajo de enseñarlo; y s i e s t o 110 quería, á tener en su
sucedió?—¿Qué? Que se llevó los tres años de aprendiz en hacer casa al aprendiz en clase de oficial p a g á n d o l e salario de tal todos los dias.
mandados como ora yo, y en el cuarto izque quería el maes- E l otorgante padre, pariente & c . del a p r e n d i z , s e obligaba á q u e éste ha-
tro enseñarle todo el oficio de á tiro, y mí hermano 110 lo po- bia de servir dicho tiempo n o solo en lo c o n c e r n i e n t e al oficio, sino e n lo
dia aprender, y el maestro se lo llevaba el diablo de coragc, y q u e se le ofreciera á su maestro, siendo c o s a d e c e n t e y n o i m p i d i é n d o l e
lo echaba cuarta al probé de mi hermano á manta de Dios, el tiempo de aprender. E s t a s y otras c o n d i c i o n e s i g u a l m e n t e j u s t a s , p u c .

hasta que el probé se aburrió y s e j u y ó , y esta es la ora que den verse en el F e b r e r o , ilustrado p ' o r D , M á r c o s G u t i é r r e z , parí. 1 t. 2.

nu hemos vuelto á saber del: y tan bueno que era el probc, pe- cap. 26.
¿Por qué son tantos abrazos, señor Pedrito? Preguntaba An- to de estas que-llaman de taza y plato, (*) y nosotros no In-

drés muy azorado: ¿por qué me dice tantas cosas que yo 110 biamos atendido á que la dicha maestra nos escuchaba, como

entiendo? Hermano Andrés, le respondí; porque tu piensas nos escuchó toda la conversación, hasta que yo comencé á

lo mismo que yo, y eres tan flojo como el hijo de mi madre. loarla en los términos que van referidos, é irritada justamen-

A tí no te acomodan los oficios por las penalidades que traen a- te contra mí, cogió con todo silencio una olla de agua hirvien-

nexas, ni te gusta servir porque regañan los amos: pero sí te do que tenia en el brasero, y me la volcó á plomo en la cabe-

gusta comer, beber, pasear y tener dinero con poco ó ningún za diciéndoine: pues maldito, malagradecido, fuera de mi ca-

trabajo. Pues, tatita (*), lo mismo pasa por mí: de modo que sa, que y o no quiero en ella arrimados que vengan á hablar

como dice el refrán, Dios los c r i a y ellos se juntan. Y a verás si de mí.

tengo razón demasiada para quererte. N o sé si habló algo mas porque quedé sordo y ciego del
E s o es decir, repuso Andrés, que vd. es un flojo y y o tam- dolor y de la cólera. A n d r é s temiendo otro baño peor, y es.
bién. Adivinaste muchacho, le contesté, adivinaste. ¿Ves carmentado en mi cabeza huyó para la calle. Yo rabiando
como en todo mereces que y o te quiera y te reconozca por mi y todo pelado subí la escalcritá de palo con ánimo de desme-
hermano? Pues si solo por eso lo hace, dijo Andresillo, mu- char á la vieja, topara en lo que topara, y después C a r c h a r -
clios hermanos debe vd. tener en el mundo; porque hay mu- me como Andrés; pero esta condenada era varonil y resuelta,
chos flojos de nuestro mismo gusto; poro sepa vd. que á mí lo y así luego que me vió arriba, tomó el cuchillo del brasero y se
que me hace 110 es el oficio, sino dos cosas, la una: que no me fué sobre mí con el mayor denuedo, y hablando medias pala-
lo enseñan, y la otra el genio que tiene la maldita vieja do la bras de cólera, me decia: ¡ah grandísimo bellaco atrevido! abo-
maestra; que si eso 110 fuera, y o estuviera contento en la casa, ra te e n s e ñ a r é . . . . Y o no pude 0¡r qué me quería enseñar ni
porque el maestro no puede ser mejor. me quise quedar á aprender la lección, sino que volví la gru-
pa con la mayor ligereza y fué con tal desgracia, que trope-
Así es, dije yo. E s la vieja el mismo diablo, y su genio es
zando con un perrillo bajé la escalera'mas presto que la ha-
enteramente opuesto al de D . Agustín; pues éste es prudente,
JLjin subido y del mas extraño modo, porque la bajé de cabeza
liberal y atento; y la vieja condenada es majadera, régañoqa§
magullándome las costillas.
y mezquina como Judas. Y a se ve, ¿qué cosa buena ha de
hacer con su cara de sábana encarrujada y su boca de chan- L a vieja estaba hecha un chile contra mí. N o se compa-
cleta. ( t ) deció ni se detuvo por mi desgracia; sino que bajó detrás de

Hemos de advertir que la casa era una accesoria con un alti- mi como un r a y o con el cuchillo en la mano y tan detei mina-

* E s t a l o c u c i o n t u v o o r i g e n de q u e p i d i é n d o s e u n a p o c a de a g u a en
• Taiita d i m i n u t i v o de Tata, q u e entre la g e n t e vulgar se sustituyo el c u a r t o ó accesoria de la g e n t e m u y pobre, se daba en u n jarro de bar-
al nombre de padre, c o m o el de 11 ana al de madre¡ así c o m o entre la ro c o m ú n ; pero los q u e siendo a l g o m a s acomodados v i v í a n en estas ac-
g e n t e decente s e dice: Papá, Mamá.—E. cesorias con su altito, presentaban el a g u a en una taza p o b l a n a sobre un
i E s t a v o z es en c a s t e l l a n o s i n ó n i m a de chinela; pero e n t r e nosotros plato, porque el precio nlto de los vasos de cristal en aquella é p o c a re-
significa el zapato que por v i e j o ó de intento, tiene d o b l a d o p a r a adentro mota n o estaba al a l c a n c e s i n o de los ricos y gente bien a c o m o d a d a * — E .
el talón, con c u y o m o t i v o h a c e u n ruido desagradable al a n d a r con é l . E.
da, que hasta ahora pienso que si me hubiera cogido, me ma-
cuando estaba en la barbería: me costó mucho trabajo vender-
ta sin duda alguna; pero quiso Dios darme valor para correr,
la á esas horas; pero por último, hallé quien me diera por ella
y en cuatro brincos me puse cuatro cuadras lejos de su furor. dos y medio, de los que gasté un real en cenar y medio en ci-
Porque eso sí tenia]yo, álas en los pies cuando me amenaza- garros.
ba algún peligro, y me daban lugar para la fuga.
Alentado mi estómago, solo restaba determinar donde que-
E n lo intempestivo so pareció ésta mi salida á la de la casa darme. Andaba y o calles y mas calles sin saber en donde re-
de C h a n f a i n a ; pero en lo demás fué peor, porque de aquí salí cogerme, hasta que pasando por el mesón del Angel oi so-
á la carrera, sin sombrero, bañado y chamuscado. nar las bolas del truco y acordándome del arrastradero de
A s í me hallé como á las once de la mañana por el paseo Juan L a r g o , dije entre mí: no hay remedio, un realillo t e n , o
que llaman de la T l a x p a n a . Estúveme en el sol esperando se en la bolsa para el coime: aquí me quedo esta noche, y dicien,
me secara mi pobre ropa, que cada dia iba de mal en peor co- do y haciendo me metí en el truco.
mo que no tenía relevo.
Todos me miraban con la m a y o r atención, no por lo tra-
A las tres de la tarde y a estaba enteramente seca, enjuta, y
píenlo, que otros habia allí peores que yó, sino por lo ridícu-
y o mal acondicionado porque'me afligía el hambre con todas
lo, pues estaba descalzo enteramente: calzones blancos no los
sus fuerzas: algunas ampollas se me habían levantado por la
conocía: los de encima eran negros de terna, parchados y
travesura de la vieja: los zapatos como que estaban tan maltra-
agugerados: mi camisa despues de rota estaba casi negra do
tados con el tiempo que se tenían en mis piés por mero cum-
mugre, mí chupa era de angaripola rota y con tamaños floro,
plimiento, me abandonaron en la carrera, y o que vi la diabó-
nes colorados: el sombrero se quedó en casa, y después de tan-
lica figura que hacia sin ellos á causa de que las medias me-
tas guapezas tenia la cara algo extravagante, pues la tenía
dias descubrieron toda la suciedad y flecos de las soletas, me
ampollada y los ojos medio escondidos dentro de las vejigas
las quité y no teniendo donde guardarlas, las tiré quedán-
que me hizo el agua hirviendo.
dome descalzo de pie y pierna: y para colmo de mi desgracia
N o era mucho que todos notaran tan extraña figura; mas á
me urgía demasiado el miedo al pensar en donde pasaria la
mí no se me dió nada de su atención, y hubiera sufrido algún
noche sin atreverme á decidir entre si me quedaría en el cam-
véjamen á trueque de no quedarme en la calle.
po ó me volvería á la ciudad, pues por todas partes hallaba
Dieron las nueve: acabaron de j u g a r y se fueron saliendo
insuperables embarazos. E n el campo temia el hambre, las
todos, menos y o que luego, luego me comedí á apagar las ve-
inclemencias del tiempo y la lobreguez de la noche; y en la
las, lo que no le disgustó al coime, quien me dijo: amíguito,
ciudad temia la cárcel, y un muí encuentro con Chanfaina ó
Dios se lo pague; pero y a es tarde y voy á cerrar, váyase vd.
el maestro barbero; pero por fin, á las oraciones dé la noche
Señor, le dije: no tengo donde quedarme, hágame vd. favor de
venció el miedo de esta parte, y me volví á a ciudad.
que pase la noche aquí en un banco, lo daré un real que ten-
A las ocho estaba y o en el portal de las Flores, muerto de go, y si mas tuviera mas le diera.
hambre, la que se aumentaba cen el ejercicio que hacia con Y a hemos dicho que en todas partes, en todos ejercicios y
tanto andar. No tenia en el cuerpo cosa que valiera masque deslinos se ven hombres buenos y malos, y así no se liará nove,
una mtdallita de plata que había comprado en cinco reales dad de que en un (ruco y en clase de coime, fuera este de quien
hablo un hombre de bien y sensible. Así lo experimenté, pues quien me dijo que todo estaba listo; pero que aquella cami-
me dijo: guarde vd. su real, a m i g o , y quédese norabuena. ¿Ya sa parecía sudadero, que fuera á lavaría á la acequia y á las-
cenó? Si señor, le r e s p o n d í — P u e s y o también. Vámonos á doce me llevaria al acomodo, porque la pobreza era una cosa
acostar. Sacó un zarape, me lo prestó y mientras nos desnu- y la purqueria otra: que aquella provocaba á lástima y esta á
damos quiso informarse de quien era y o y del motivo de haber desprecio y asco de la persona; y por fin, que me acordara del
ido allí tan derrotado. Y o le c o n t é mil lástimas con tres mil refrán que dice: como te veo te juzgo.
mentiras en un instante, de modo que se compadeció de mí,
N o me pareció malo el consejo, y así lo puse en práctica al
y me prometió que hablaria á u n amigo boticario que no tenia
momento. Compré cuartilla de jabón y cuartilla de tortillas
mozo, á ver si me acomodaba en su casa. Y o acepté el favor,
con chile que me almorcé para tener fuerzas para lavar: me
le di las gracias por él y nos dormimos.
fui al Pipis. * me pelé mi camisa y la lavé.
A la siguiente mañana, á pesar de mi flojera, me levanté N o tardó nada en secarse porque estaba muy delgada y el
primero que el coime, barrí, sacudí é hice cuanto pude por bol era como lo apetecen las lavanderas los sábados. E n cuan-
grangearlo. E l se pagó de esto, y me dijo: voy á ver al boti- lo la vi seca la espulgué y me la puse, volviéndome con toda
cario; pero ¿qué haremos de sombrero? Pues en esas trazas presteza al mesón, pues "ya no veia la hora de acomodarme; 110
que vd. tiene está muy sospechoso. Y o no sé que haré, lo porque me gustaba trabajar, sino porque la necesidad tiene ca-
dije: porque no tengo mas que un real y con tan poco no se ra de herege, dice el refrán, y y o digo de pobre, que suele pa¿
ha de hallar; pero mientras que vd. me hace favor de ver á ese recer peor que de herege.
señor boticario, y a vuelvo.
Así que el coime me vió limpio se alegró y me dijo: vea vd.
D i c h o esto me fui, me desayuné y en un z a s u a n me quitó
como ahora parece otra cosa. Vamos.
la chupa y la ferié en el baratillo por el primer sombrero que
Llegamos á la botica que estaba cerca, me presentó a! amo,
me dieron, quedándome el escrúpulo de haber engañado á su
quien me hizo veinte preguntas, á lasque contesté á su satis-
dueño. E s verdad que el dicho sombrero no pasaba de un chi-
facción, y me quedé en la casa con salario asignado de cua-
laquil aderezado; y donde á mí me pareció que habia salido
tro pesos mensuales y plato.
ventajoso ¿qué tal estaría la chupa? Ello es que al tiempo del
Permanecí dos meses en clase de mozo, moliendo palos, de-
trueque me acordé de aquel versito viejo de
sollando culebras, atizando el fuego, haciendo mandados y a-
yudando en cuanto se ofrecía y me mandaban, á satisfacción
Casó Montalvo en Segovia del amo y del oficial.
Siendo cojo, tuerto y calvo, L u e g o que tuve juntos ocho pesos, compré medias, zapatos,
Y engañaron á M o n t a l v o : chaleco, chupa y pañuelo; todo del baratillo, pero servible. Lo
Pues ¿qué tal seria la novia? traje á la casa ocultamente, y á otro dia que fué domingo me
puse hecho un veinticuatro.
Contentísimo con mi sombrero y de verme disfrazado con N o me conocía el amo, y alegrándose de mi metamórfosis,
mis propios tiliches, c o n v e l o del hijo de D. Pedro Sarmien-
* U n recodo que al lado de un puente hace l a acequia principal por
to en mozo alquilón, partí á b u s c a r al coime mi protector,
el barrio de S . Pablo, donde sin pagar se lavan los muy p o b r e s . — E .
decía al^ oficial: vea vd. se conoce que este pobre muchacho es lacios, la de Fullcr y la Matritense: está también el curso de
• lujo de buenos padres y que no se crió de mozo de botica £ Botánica de Linneo y esc otro de Q u í m i c a . Estudia todo esto
se hace, lujo, manifestar uno siempre sus buenos príncipfo y aplícate, que en tu salud lo hallarás.
aunque sea pobre, y una de las cosas en que se conoce el hom Y o le agradecí el ascenso que me había dado subiéndome de
ore que los ha tenido buenos, es que no le gusta andar roto ni
mozo de servicio á aprendiz de botica; y el diferente trato que
sucio. ¿Sabes escribir? Si señor, le r e s p o n d í . — A ver tu le
me daba el oficial, pues desde ese momento y a no me decia Pe-
tra, dijo; escribe aquí.
dro á secas sino D. Pedro; mas entonces y o no paré la conside-
Y o por pedantear un poco y confirmar al amo en el buen ración en lo que puede un exterior decente en este mundo bor-
concepto que había formado de mí, escribí lo siguiente. racho, pero ahora sí. Cuando estaba vestido de mozo ó cria-
do ordinario nadie se metió á indagar mi nacimiento, ni mi
Qui scribere nesciunt nullum pulant esse laborem. habilidad; pero en cuanto estuve medio aderezado, se me exa-
Tres digiti scribunl, calera ménbra dolent.
minó de todo y se me distinguió en el trato. ¡Ah vanidad, y
como haces prevaricar á los mortales! Unas aventuras me
¡Ola! D i j o mí amo todo a d r a d o ? e s c r i b e bien el mucha-
sucedían bien y otras mal, siendo el mismo individuo, solo por
cho y en latín. ¿Pues qué entiendes tú lo que has escrito» S í ,
señor, le dije: eso dice „que los que no saben escribir, piensan' la diferencia del trage. ¿A cuantos pasa lo mismo en este mun-

que no es trabajo; pero que mientras tres dedos escriben se in- do? Si están decentes, sí tienen brillo, si gozan proporciones,

comoda todo el c u e r p o . " M u y bien dijo el amo. Según eso los juzgan, ó á lo menos los lisongean por sábios, nobles y hon-
sabrás qué significa el rótulo de esa redoma. Dímelo. Yo leí rados, aun cuando todo les falte; pero si están de capa caida.
Oleum vitettorum ovorum, y dije: A c e i t e de yema de huevos si son pobres y á mas de pobres trapientos, los reputan y des-
A s i es, dijo D . Nicolás, y poniéndome botes, frascos, rcdoma¡ precian como pleveyos, picaros é ignorantes, aun cuando a-
y cajones, me siguió preguntando: ¿y aquí qué dice? Y o según quella miseria sea efecto tal v e z de la misma nobleza, sabidu-
él me preguntaba, respondía: Oleum escorpionum. Aceite de ría y bondad de aquellas gentes. ¿Qué luciéramos para que
a l a c r a n e s . . . .Aqua menihae. A g u a de y e r v a b u e n a . . . .Aqua los hombres no fijaran su opiníon en lo exterior ni graduaran
pctrocelini.... A g u a de p e r e g i l . . . .Sirupus pomorum... .Ja. el mérito del hombre por su fortuna?
rave de m a n z a n a s . . . . Unguentum cucurbilae Ungüento de M a s estas sérias reflexiones las hago ahora: entonces me va-
c a l a b a z a . . . . Elixir.... Basta, dijo el amo; y volviéndose al naglorié de la mudanza de mi suerte, y me contenté demasía-
oficial le decía: qué dice vd. D . José, ¿no es lástima que este do con el rumboso título de aprendiz de botica s i n s a b o r el co-
pobre muchacho esté de mozo pudiendo estar de aprendiz con mun refrancillo que cice: Estudiante perdtdario, sacristan ó
tanto como tiene adelantado? Si señor, respondió el oficial, y boticario.
continuó el amo hablando conmigo: pues bien, hijo, y a desde
Sin embargo, en nada menos pensé que en aplicarme al es-
hoy eres aprendiz: aquí te estarás con D . José y entrarás con
ludio de Q u í m i c a y Botánica. Mi estudio se redujo á hacer
él al laboratorio para que aprendas á trabajar, aunque y a algo
algunos menjurges, á aprender algunos términos técnicos, y á
sabes por lo que has visto. Aquí está la F a r m a c o p é a de P a
agilitarme en el despacho; pero como era tan buen hipócrita,
rae grungié la canfianza y cariño del orteial (pues mi amo no cia, que no habia mejor médico que el dicho viejo, y el" segun-
estaba muclio en la botica), y tanto que á los seis meses y a yo do decia, que no habia mejor botica que la nuestra, y así unos
le ayudaba también á D. José que tenia lugar de pasear y aun y otros hacíamos muy bien nuestro negocio. L a lástima es
de irse á dormir á la calle. que este caso no sea fingido sino que tenga un sin fin de ori-

Desde entonces ó tres meses antes se me asignaron ocho ginales.

pesos cada mes, y y o hubiera salido oficial como muchos si un E l dicho médico me conocía muy bien como que todas las

accidente no me hubiera sacado de la casa. Pero antes de re- noches iba á la botica, se habia enamorado de mi letra y ge-

ferir esta aventura es menester imponeros en algunas circuns- nio (porque cuando y o queria era c a p a z de engañar al demo-

tancias. nio) y no faltó ocasion en que me dijera: hijo, cuando te sal-


gas de aquí avísame, que en casa no te faltará que comer ni
Iiabia en aquella época en esta capital un médico viejo á
que vestir. Queria el viejo poner botica y pensaba tener en
quien llamaban por mal nombre el D r . Purgante, porque á to-
mí un oficial instruido y barato.
dos los enfermos dccia que facilitaba la curación con un pur-
gante. Y o le di las g r a c i a s por su favor, prometiéndole admitirlo
siempre que me descompusiera con el amo, pues por entonces
E r a este pobre viejo buen cristiano, pero mal médico y
no tenia motivo de dejarlo.
sistemático, y no adherido á Hipócrates, A v i c e n a , Galeno y
E n efecto, yo me pasaba una vida famosa y tal cual la pue-
Averroes, sino á su capricho. C r e i a que toda enfermedad no
de apetecer un flojo. M i obligación era mandar por la maña-
podia provenir sino de abundancia de humor pecante; y así
na al mozo que barriera la b o t i c a , llenar las redomas de las
pensaba que con evacuar este humor se quitaba la causa de
a.mas que faltáran, y tener cuidado de que hubiera previsión
la enfermedad. Pudiera haberse desengañado
O á costa de algu-
C de éstas destiladas ó por infusión: pero de esto no se me daba
ñas víctimas que sacrificó en las aras de su ignorancia; pero
un pito, porque el pozo me sacaba del cuidado, de suerte que
jamás pensó que era hombre: se c r e y ó i n c a p a z de engañarse,
y o decia: en distinguiéndose los letreros aunque el agua sea la
y así obraba mal; j n a s obrabra con conciencia errónea. So-
misma poco importa, ¿quién lo ha de echar de ver? E l médico
bre si este error era ó no vencible, dejémoslo á los moralistas;
que las receta quizá no las conoce sino por el nombre, y el en-
aunque y o para mí tengo que el médico que yerra por no pre-
fermo que las toma las conoce menos y casi siempre tiene per-
guntar ó consultar con los médicos sabios por vanidad ó ca-
dido el sabor, conque esta droga va segura. A mas de que
pricho peca mortalmente, pues sin esa vanidad ó ese capricho
¡quién quita que ó por la ignorancia del médico ó por la ma-
pudiera safir de mil errores, y de consiguiente ahorrarse de
la calidad de las yerbas, sea nociva una bebida mas que si fue-
un millón de responsabilidades, pues un error puede causar
ra con agua natural? Conque poco importa que todas las bebi-
mil desaciertos.
das se hagan con ésta; antes el refrán nos dice: que al que es
Sea en esto lo que deba ser en conciencia, este médico es- de vida el agua le es medicina.
taba igualado con mi maestro. E s t o e s : mi maestro D . X i c o -
N o dejaba de hacer lo mismo con los aceites, especialmente
lás enviaba cuantos enfermos podia al D r . Purgante y este di-
cuando eran de un color, así como los jarabes. Ello es que el
rigia á todos sus enfermos á nuestra botica. El primero de-
quid pro quo, ó despachar una cosa por otra juzgándola ¡«nial E n fin, este era mi quehacer de dia. De noche tenia ma-
ó equivalente, tenia mucho lugar en mi conciencia y en mi yor desahogo: porqué el amo iba un rato por las mañanas, re-
práctica.
cogia la venta del dia anterior, y y a no volvía para nada. El
Estos eran mis muchos quehaceres y confeccionar un«üen oficial en esta confianza, luego que me vió apto para el despa-
tos, polvos y demás drogas según las órdenes de D. José quien cho, á las siete de la noche tomaba sil capa y se iba á cumpli-
rae queria mucho por mi eficacia. mentará su madama; aunque tenia cuidado de estar muy tem-
N o tardé en instruirme medianamente en el despacho, pues prano en la botica.
entendía las recetas, sabia donde estaban los géneros y el aran,
Con esta libertad estaba y o en mis glorias; pues solían ir á
cel lo tenia en la boca como todos los boticarios. Si ellos di-
visitarme algunos amigos que de repente se hicieron mios, y
cen, esta receta vale tanto, ¿quién les va á averiguar el costo
merendábamos alegres, y á veces jugábamos nuestros alburitos
que tiene, ni si piden ó no contra justicia? N o queda mas re-
de á dos, tres y cuatro reales, todo á costa del cajón de las mo-
curso á los pobres que suplicarles hagan alguna baja: si no
nedas, contra quien tenia libranza abierta.
quieren van á otra botica, y á otra y á otra, y si en todas les
piden lo mismo, no hay mas que endrogarse y sacrificarse, Así pasé algunos meses, y al cabo de ellos se le puso al amo

porque su enfermo les interesa y están persuadidos á que con' hacer balance, y halló que aunque no había pérdida de consi-

aquel remedio sanará. - Los malos boticarios conocen esto y deración, porque pocos boticarios se pierden, sin embargo, la

se hacen del rogar grandemente, esto es cuando no se mantie". utilidad apenas era perceptible.

nen inexorables. N o dejó de asustarse D . Nicolás al advertir el demérito, y


Otro abuso perniciosísimo liabia en la botica en que y o es- reconviniendo á D . José por él, satisfizo éste diciendo, que el
taba, y es comunísimo en todas las demás. E s t e es que así año liabia sido muy sano, y que años semejantes eran funestos
que se sabia que se escaseaba alguna droga en otras partes, la ó á lo menos de poco provecho para médicos, boticarios y
encarecia D . José hasta el extremo de no dar medios de ella, si- curas.
no de reales arriba: siguiéndose de este abuso (que podemos lla-
N o se dió por contento el amo con esta respuesta, y con un
mar codicia sin el menor respeto) que el miserable que no te-
semblante bien serio le dijo: en otra cosa debe consistir el de-
m a mas que medio real y necesitaba paia curarse un pedacito
mérito de mi casa, que no en las templadas estaciones del año;
de aquella droga, supongamos alcanfor, no lo conseguía con
porque en el mejor no faltan enfermedades ni muertos.
D . José ni por D i o s ni por sus Santos, como si no se pudiera
Desde aquel dia comenzó á vernos con desconfianza y á no
dar por medio ó cuartilla la mitad ó cuarta parte de lo que se
faltar de su casa muchas horas, y dentro de poco tiempo vol-
dá por un real por pequeña que fuera. L o peor es que hay
vió á recobrar el crédito la botica como que habia mas efica-
muchos boticarios del modo de pensar de D . José. ¡Gracias
cia en el despacho: el cajón padecia menos evacuaciones y él
á la indolencia del proto-inedicato* que los tolera!
no se iba hasta la noche que se llevaba la venta. Cuando al-
* A s í se llamaba un tribunal especial compuesto de doctores en me- gún amigo lo convidaba á algún paseo, se excusaba diciendo-
dtema que conocía en los negocios de s u f a c u l t a d . — E . le, que agradecía su favor; pero que 110 podia almidonar las
atenciones de su casa, y que quien tiene tienda es fuerza que que se alivió el enfermo. Así que lo vió fuera de peligro pre-
la atienda. guntó de qué botica so había traído la bebida. S e lo dijeron y
C o n este método nos aburrió breve, porque el oficial no po- dió parte al protomedicato, manifestando su r e c e t a , el mozo
día pasear ni el aprendiz merendar, j u g a r ni holgarse de noche. que fué á la botica y la botella y vaso como testigos fidedig-
E n este tiempo por no sé qué t r a b a c u e n t a s se disgustó mí nos de mi atolondramiento.
amo con el médico y deshizo la i g u a l a y la amistad entera- L o s j u e c e s comisionaron á otro médico; y a c o m p a ñ a d o del
mente. ¡Qué verdad es que las m a s amistades se enlazan con e s c r i b a n o fué á casa de mi amo, quien se sorprendió con se-
ios intereses! P o r eso son tan p o c a s las que h a y c i e r t a s . mejantes visitas.
Y a pensaba en salirme de la c a s a porque y a me enfadaba E l comisionado y el escribano breve y sumariamente susb-
la sujeción y el poco manejo que tenia en el cajón, pues á la t a n c i a r o n el proceso, como que y o estaba confeso y c o n v i c t o .
vista del amo no lo podia tratar c o n la c o n f i a n z a que antes; Q u e r í a n llevarme á la cárcel, pero informados de que no era
pero me detenia el no tener donde establecerme ni que comer oficial, sino un aprendiz bisoño, me dejaron en p a z c a r g a n d o
saliéndome de ella. á mi amo toda la culpa, de la que sufrió por pena la e x h i b i c i ó n
E n uno de los días de mi i n d e t e r m i n a c i ó n sucedió que me de doscientos pesos de multa en el acto, con apercibimiento
metí á despachar una receta, que pedia u n a pequeña dósis de de embargo c a s o de dilación: notificándole el comisionado de
magnesia. E c h é el a g u a en la botella, y el jarabe, y por co- parte del tribunal y bajo pena de cerrarle la botica, que no tu-
g e r el bote donde estaba la m a g n e s i a , cogí el en donde estaba viera otra v e z aprendices en el despacho, pues lo que a c a b a b a
el a r s é n i c o , y le mezclé su dósis competente. E l triste enfer- de suceder no era la primera ni seria la última d e s g r a c i a que
mo, según supe despues, se la echó á pechos con la m a y o r c o n . se llorara por los aturdimientos de semejantes despachadores.
fianza, y las mugeres de su casa le r e v o l v í a n los asientos del N o hubo remedio: el pobre de mi a m o subió en el coche con
vaso con el cabo de la c u c h a r a diciéndole, que los tomara, que aquellos señores, poniéndome u n a c a r a de herrero mal paga-
los polvitos eran lo m a s saludable. do, y mirándome con bastante indignación, dijo al cochero
C o m e n z a r o n los tales polvos á h a c e r su operacion, y el in- que fuera para su c a s a , donde debia entregar la multa.
feliz enfermo á rabiar acosado de unos dolores infernales que Y o , apenas se alejó el Goche un poco, entré á la tras-botíca,
le despedazaban las entrañas. Alborotóse la c a s a , llamaron saqué un capotillo que y a tenia y mi sombrero, y le dije al ofi-
al médico, que no era lerdo, dijéronle que al punto que tomó cial: D . José, y o me v o y , porque si el amo me halla aquí me
la bebida que había ordenado, había empezado con aquellas mata. D e l e vd. las g r a c i a s por el bien que me ha hecho, y dí-
ansias y dolores. E n t o n c e s pide el m é d i c o la receta, la guar- g a l e que perdone esta diablura que fué un mero a c c i d e n t e .
da, hace traer la botella y el vaso que aun tenia polvos asen- N i n g u n a persuacion del oficial fué bastante á detenerme.
tados: los ve, los prueba y g r i t a lleno de susto: al enfermo lo M e fui acelerando el paso, sintiendo mi desgracia y consolán-
han envenenado: ésta no es magnesia sino a r s é n i c o ; que trai- dome con que á lo ménos habia salido mejor que de casa de
g a n aceite y leche tibia, pero, m u c h a y pronto. C h a n f a i n a y de D . A g u s t í n .
Sr trajo todo al instante, y con estos y otros auxilios, </?>- E n fin, quedándome hoy en este truco, y m a ñ a n a en el otro
pasé veinte dias, liasía que me quedé sin capote ni chaqueta;
y por no volverme á ver descalzo y en peor estado, determiné
ir á servir de cualquier cosa al D r . Purgante, quien rae reci-
bió muy bien, como se dirá en el capítulo primero del siguien-
te tomo.
<$mvmms>® mst » s t o s a w v m * vosa.

L'RÓLOUO E N T U A G E DE CUENTO ¡J£

C a p . I. Escribe Periquillo la muerte de su madre, con


otras casillas no del todo desagradables i
C a p . II. Solo, pobre y desamparado Periquillo de sus pa-
P I N D E L TOMO S E G U N D O .
rientes, encuentra con Juan Largo, y por su persuadan
abraza la carrera de los pillos en clase de cócora de los
jwgos 21

C a p . III. Prosigue Periquillo contando sus trabajos y sus


bonanzas de jugador. Hace una seria critica del juego,
y le sucede una aventura peligrosa que por poco no la
cuenta gg
Cap. I V . Vuelve en sí Perico en el hospital. Critica los
abusos de muchos de ellos. Visítalo Januario. Conva-
lece. Sale á la calle. Refiere sus trabajos. Indúcelo su
maestro á ladrón, él se resiste y discuten los dos sobre
el robo gg
Cap. V. En el que nuestro autor refiere su prisión, el
buen encuentro de un amigo que tuvo en ella, y la histo-
ria de éste 74
Cap. VI. Cuenta Periquillo lo que le pasó con el escriba.
no, y D. Antonio continúa contándole su historia .' 92
Cap. VII. Cuenta Periquillo la pesada burla que le hi-
cieron los presos en el calabozo, y D. Antonio concluye
su historia JQ|(
Cap. VIII. Sale 1). Antonio de la cárcel, entrégase Pe-
riquillo ñ la amistad de los tunos sus compañeros, y Iqn-
pasé veinte dias, liasía que me quedé sin capote ni chaqueta;
y por no volverme á ver descalzo y en peor estado, determiné
ir á servir de cualquier cosa al Dr. Purgante, quien me reci-
bió muy bien, como se dirá en el capítulo primero del siguien-
te tomo.
mwtxsmm® mst » s t o s a w v m * vosa.

P R Ó L O G O E N TLLAGE DE CUENTO ¡JJ

Cap. I. Escribe Periquillo la muerte de su madre, con


otras casillas no del todo desagradables i
Cap. II. Solo, pobre y desamparado Periquillo de sus pa-
PIN D E L TOMO SEGUNDO.
rientes, encuentra con Juan Largo, y por su persuacion
abraza la carrera de los pillos en clase de cócora de los
jwgos 21

Cap. III. Prosigue Periquillo contando sus trabajos y sus


bonanzas de jugador. Hace una seria critica del juego,
y le sucede una aventura peligrosa que por poco no la
cuenta gg
Cap. I V . Vuelve en sí Perico en el hospital. Critica los
abusos de muchos de ellos. Visítalo Januario. Conva-
lece. Sale á la calle. Refiere sus trabajos. Indúcelo su
maestro á ladrón, él se resiste y discuten los dos sobre
el robo gg
Cap. V. En el que nuestro autor refiere su prisión, el
buen encuentro de un amigo que tuvo en ella, y la histo-
ria de éste 74
Cap. VI. Cuenta Periquillo lo que le pasó con el escriba.
no, y D. Antonio continúa contándole su historia .' 92
Cap. VII. Cuenta Periquillo la pesada burla que le hi-
cieron los presos en el calabozo, y D. Antonio concluye
su historia JQ|(
Cap. VIII. Sale 1). Antonio de la cárcel, entrégase Pe-
riquil/o ñ la amistad de los tunos sus compañeros, y Iqn-
ce que le pasó con el Aguilucho 127 C c $ V
C a p . I X . En el que Periquillo da razón del robo que le
hicieron en la cárcel: de la despedida de D. Antonio: de F 5 G S
los trabajos que pasó, y de otras cosas que tal vez no des- ñ
agradrán á los lectores 143
C a p . X . En el que escribe Periquillo su salida de la cár-
cel: hace una crítica contra los malos escribanos, y refe-
re por último, el motivo porque salió de la casa de Chan-
faina y su desgraciado modo 163
C a p . XÏ. En el que Periquillo cuenta la acogida que le
hizo un barbero: el motivo porque se salió de su casa: su
acomodo en una botica y su salida de esta con otras aven-
turas curiosas 183

múOTECR UNIVERSITARIA
"ALFONSO R Z f s v

A — 3458
H

F e r n á n d e z de L i z a r d i ,
Periquillo Sarniento.

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