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DINÂMICA DE GRUPO APLICADA NA TURMA DA MANHÃ DE

“INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS”

CINTIA SANTOS
DANIELA DE OLIVEIRA DA SILVA
DANIELE SENA

INTRODUÇÃO

Torna-se absolutamente necessário melhorar os espaços de aprendizagem, notoriamente


salas de aula, para torna-las mais acolhedoras, mais humanas e mais bonitas para que o
desenrolar de aprendizagem seja realmente proveitoso. Atualmente, as exigências do ensino e
da educação são cada vez mais velozes, volumosas e complexas. Logo, a sala de aula deve
significar um espaço que permita a interação e em que seja agradável trabalhar, não um local
de desconforto ou mesmo de coerção.
A colocação das carteiras e das mesas e no agrupamento dos alunos assume um papel
muito importante, pois é difícil prever quais as implicações destas decisões no comportamento
e na aprendizagem dos alunos, porém há alguns estudos que indicam que este é o sentido
correto. Todo o ambiente agradável envolve as pessoas. Basta observar como as pessoas se
relacionam e como estão organizados os espaços em momentos de descontração, como no
refeitório de uma instituição de ensino. Por meio da aplicação de uma dinâmica de grupo, este
estudo irá buscar testar a ideia exposta.

JUSTIFICATIVA

A aprendizagem cooperativa corresponde ao modelo de ensino baseado na teoria da


interdependência social. Este modelo de ensino os alunos trabalham em pequenos grupos, para
ajudar uns aos outros através da interação social. Segundo a perspectiva de Kurt Lewin, no seu
entendimento dos processos grupais, considerou que há interdependência entre seus membros,
onde qualquer alteração individual afeta o coletivo.
APLICAÇÃO DA DINÂMICA

O ato de repensar o espaço físico da sala de aula significa procurar compreender a


relação deste espaço com a aprendizagem. É pensar o quanto a organização e a disposição da
sala e das mesas influenciam no processo de aprendizagem. Não somente no aspecto citado,
mas também na interação e integração dos alunos como grupo, já que todos estão unidos por
um mesmo propósito, que é a busca por conhecimento e formação, mas a troca pode ser ainda
ampliada, conforme a troca dos prévios conhecimentos de cada um. Então “A disposição dos
alunos nas carteiras ajuda a determinar os padrões de comunicação e das relações interpessoais
nas salas de aula e influenciará uma variedade de decisões diárias que os professores têm de
tomar acerca da utilização e gestão dos escassos recursos ao seu alcance” (FRANTZ, 2001).
Pela relevância do exposto, esta foi a temática central da intervenção feita na turma da cadeira
de “Intervenções Psicossociais” na Faculdade Psicologia, da Uniritter.
No espaço de sala de aula da instituição escolhida é mantido a organização e a
disposição em fileiras para as mesas, emparelhados, gerando assim certa dificuldade para o
aluno conseguir ver, olhar e reconhecer seu colega. Sendo assim, para que a intervenção
acontecesse e para que provocasse desde já uma mobilização na turma para participação de
todos, para que fosse reorganizado o espaço físico. Conforme artigo “A disposição em círculo
melhora a interação livre entre alunos, permitindo-lhes conversarem livremente uns com os
outros, e minimiza a distância emocional e física entre eles” (TEIXEIRA; REIS, 2012). Por esta
razão, a turma foi organizada em círculo, assim podendo ser foi exposto como a dinâmica seria
desenvolvida.
Para estimular a participação de todos presentes, a primeira interação foi uma troca de
perguntas entre colegas, podendo cada aluno escolher a pessoa que iria responder seu
questionamento bem como a temática da pergunta. A segunda interação foi uma sequência em
tom descontraído, nomeada “dinâmica da formiguinha”. Consistiu em simular que está com
uma formiga entre seus dedos e colocar em uma parte do corpo do colega do lado. Após
completado com todas as pessoas do círculo elas foram convidadas a beijar a parte onde foi
colocada a “formiguinha”.
Dessa forma, o objetivo geral da intervenção foi e provocar uma reflexão entre alunos e
professor sobre os aspectos que influenciam na aprendizagem e na interação com o grupo, a
importância da atenção que deve ser despendida entre ambos, compreendendo a singularidade
de cada um ali presente e assim estimular trocas e geração de conhecimento. Seguindo a visão
de Kurt Lewin, gerou-se uma transformação sociocultural nesta turma.
METODOLOGIA

Optou-se pela utilização de uma dinâmica de grupo, segundo teoria de Kurt Lewin.
Para Lewin, dinâmicas em grupo, dentro da sua perspectiva psicossocial, se trata de um recurso
metodológico e instrumento para transformação sociocultural.

CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos observados, analisados e mencionados na literatura dos estudos


aqui propostos, podemos vivenciar trocas de resultados relativas ao ambiente intervindo no
meio e no indivíduo onde uma afeta ao outro em diferentes campos. Implicando em aspectos
comportamentais, aprendizagem, relações e reflexões em conjunto. Mesmo que as mudanças
no ambiente gerem inicialmente certos desconfortos, ela provocara e excitara envolvimento
entre os indivíduos que motivam diferenças em seus resultados finais.

REFERÊNCIAS

TELLES TEIXEIRA, MADALENA; FILOMENA REIS, MARIA. A Organização do


Espaço em Sala de Aula e as Suas Implicações na Aprendizagem Cooperativa. Meta: Avaliação,
Rio de Janeiro, Volume 4, Número 11, Páginas 162 à 187, Maio à Agosto 2012. Link disponível
em:
http://www.adventista.edu.br/_imagens/area_academica/files/A%20organiza%C3%A7%C3%
A3o%20do%20espa%C3%A7o%20em%20sala%20de%20aula.pdf
FRANTZ, WALTER. Educação e Cooperação: Práticas que se relacionam. Sociologias,
Porto Alegre, ano 3, nº 6, Julho à Dezembro 2001, páginas 242 à 264. Link disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/soc/n6/a11n6.pdf
VIEIRA PEREIRA, IVONE. Aprendizagem cooperativa como estratégia de ensino para
a contabilidade: habilidades intelectuais da taxonomia do domínio cognitivo. Ambiente
contábil. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Volume 10. Número 1. Janeiro a Junho
de 2018. Link disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/12296/9086

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