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Na Vida Diária
Baldwin, J.D. e Baldwin, J l .
T radução do livro:
* * * *
s pessoas estão sempre curiosas a enquanto que outras não o são? Por que
CONCLUSÃO
4 Branowski(1965, 1977).
Condicionamento 2
Operante
N este capitulo você va i ilescobrir com o o com portam ento voluntário
é aprendido e alterado ao longo do tem po, dependendo dos tipos de
efeitos que ele produz, e dos tip o s <ie sin a is que o precedem.
formula simples A-R-C, onde A, R, C ,‘ ficar mais ou menos freqüente, e elas fazem .os_
significam dicas uniecvdentes, respostas (com estímulos antecedentes (A).relev_antes,para cada_
portamento) e conseqüências. A relação entre comportamento se tornarem pistas que
estes elementos é simbolizada assim: estabelecem a ocasião para se repetir ou não o
comportamento no fijturo. A probabilidade
futura de qualquer comportamento operante
dado é aumentada ou diminuída pelo tipo de
conseqüências que seguem o comportamento.
Dicas antecedentes_vêm antes do As conseqüências que fazem um comporta
comportamento; as conseqüências do compor- mento se tornar menos freqüente são chamados
tamênto ocoirem depois dq comportamentp^ A punidores. Colocado em termos da lei do efeito„
flecha entre R e C indica que o comportamento" os reforçadores são bons efeitos que aumentam
causa as conseqüências. A habilidade no uso a probabilidade de um comportamento, e os
de tintas pasteis produz conseqüências agradá punidores são os maus efeitos que diminuem a
veis. Pisar no acelerador num sinal vermelho probabilidade do comportamento. Quando um
causa acidentes • e multas de trânsito. Os dois treinador tenta diversas estratégias diferentes
pontos entre A e R na equação indicam que as para melhorar o desempenho do time, aquelas
dicas antecedentes não J^ a m _ o _ c o m p o rt^ estratégias que produzem bons efeitos -
mento; elas r^amente^estabelecem a ocasião reforçadores - provavelmente serão mantidas e
pàrá õ~x>mportamento._ Ter uma tela num desenvolvidas posteriormente; e aquelas estra
cavalete não faz com que um artista crie um tégias que produzem maus efeitos - punidores -
quadro; isto meramente estabelece a ocasião são provavelmente abandonadas.
para o artista fazer uma variedade de coisas - Os estímulos antecedentes, _que_estabe-
sentar e pensar, fazer um desenho a carvão lecem 1T ocasião para o comportamento__ope-
num bloco, misturar uma entre diversas cores rante, podem vir de dentro ou de fora do corpo -
na palheta. Os estímulos antecedentes não de nossos próprios pensamentos, emoções ou
eliciam automaticamente resposta; eles apenas movimentos coipo£ais; de palavras ou ações de
estabelecem a ocasião para o comportamento outras pessoas; de qualquer_objeto ou coisa
ocorrer. O comportamento operante é freqüen viva. Sentir-se feliz pode estabelecer a ocasião
temente produzido através dos sistemas para se telefonar para um amigo ou escrever um
nervoso è~múscular voluntários; è~os estímulos poema. Um vento súbito pode estabelecer a
ántecedentes indicam á adequação de possíveis ocasião para se fechar a janela ou colocar um
comportamentos voluntários (ao invés., de suéter.
respostas disparadas como tmm reflexo
estimulo-resposta). As conseqüências que reforçam ou punem
o comportamento sào também estímulos, e elas
Um aspecto básico do condicionamento também podem vir de dentro ou de fora do
operante é que as conseqüências de_ um corpo. Pensamentos, emoções, comportamento
comportamento influenciam (JJas freqüências de outra pessoa, objetos e coisas vivas podem
futuras do comportamento^e (2) o_poder_das todos funcionar como reforçadores e punidores.
dicas antecedentes de servirem de ocasião Os atletas freqüentemente se esforçam ao
para o comportamento oconw npfuturo.\s$o máximo porque a melhora diária é recompen
significa que o terceiro elemento da equação sada pela idéia de que poderão quebrar um
A*.R-»C influencia o status futuro de ambos os recorde ou se qualificar para compctiçõcs
elementos precedences,TZRõrtaritò, o ponto olímpicas ou profissionais. Considerando que
inicial para se analisar a relação A:R-»C está os reforçadores e cs punidores são estimulos^Q
nas conseqüèncias. Asj:,Qasequências_CC)._sãp processo pelo quãT ésfès ‘ esttrnuíõs~afetam o
as molas_jnestrqs^_ do... condicionamento comportamento^ é chamado reforçamento _e
operante: elas fazem o comportamento (R) punição. Reforçadores, tais como comida, for
Princípios do Comportamento na Vida Diária S
FIGURA 2.2 Um registro acumulado que mostra o número total de vezes que um
estudante desempenhou dois operantes diferentes num período de 6 semanas. Os
sábados e domingos - dias nos quais uma das respostas não podia ser emitida - são
indicados por S&D.
derar como dois comportamentos • um fácil c habilidade c esforço do que simplesmente pegar
um mais difícil • sào aprendidos devido aos o jomal no dormitório, e o registro acumulado
reforçadores associados com o Jornalismo e mostra que o estudante aprendeu esta atividade
jornais mais vagarosamente. No quarto dia de aula, o
calouro visitou o escritório do jomal pela
0 comportamento fòcil é pegar e lec o
primeira vez para ver se havia uma chance de
jornal do campus No primeiro dia no campus
trabalho, c o editor sugeriu que o calouro
o calouro observa que o jomal e distribuído
tentasse escrever um artigo como experiência
gratuitamente nos dormitórios, pega um e o !ê.
Foi recompensador conversar com o editor e
Estes oper antes são recompensados porque se
obter uma chance de escrever um artigo. O
vê as últimas noticias, fotografias e cartoons
estudante foi para casa e trabalhou po>r vários
O reforçamemo imediato aumenta as chances
dias nesta amostra, tentando escrever algo que
do estudante pegar e ler o jomal no faturo.
pudesse ser aceito para publicação. Apenas no
A Fígura 2.2 apresenta um regtsiro 1° dia de aula ele voltou ao escritório do jomal
cumulativo das respostas do estudante nos com o artigo. O editor leu o trabalho, deu ao
primeiros 42 dias (6 semanas) na escola. estudante um '‘feedback’' encorajador, fez
Registros acumulados fornecem uma maneira algumas modifica-çõcs úteis c sugeriu uma
conveniente de $e visualizar padrões de nova entrevista para o proximo finvdc-scmana
comportamento mostrando o número total de 0 encorajamento forneceu reforçamemo para
respostas que uma pessoa deu durante um escrever artigos Quatro dias mais tarde. o
período de tempo. As linhas no registro estudante voltou ao escritório do jom al com o
acumulado fazem um degrau para cima cada novo artigo, que foi aceito para publicação
vez que um comportamento é emitido; eles quase sem nenhuma alteração. Mais
permanecem tia horizontal durante o tempo recompensas. Como o estudante aprendeu como
que a pessoa não emite o comportamento. O escrevei melhor, o tempo médio necessário
número total de respostas dada é mostrado à para preparar cada artigo se tomou menor
esquerda no registro acumulado- A linha Durante as próximas semanas o estudante
pontilhada na Figura 2.2 mostra o registro vohou ao escritório do jomal cada vez com
acumulado do calouro ao pegar o jomal diário. maior freqüência, e cada visita ao escritório era
No primeiro dia no campus, o estudante recompensado por “feedback” positivo sobre os
apanhou o jomal e foi recompensado por ver artigos e interações mais e mais amigáveis com
as noticias, cartoons e fotografias. O registro os editores, repórteres c o corpo editorial.
acumulado mostra que o estudante repetiu o Durante as primeiras cinco semanas de aula,
comportamento iodo dia, pdos 5 primeiros houve mais ou menos 5 ou 8 dias de pausas
dias da semana N lo há respostas nos 2 dias entre as visitas ao escritório: mas como o
seguintes, jã que o jomal não é publicado no estudante melhorou sua capacidade de escrever
sábado e domingo. Cada semana seguinte bons artigos, ele veio a trabalhar no escritório
apresenta cinco respostas seguidas pela pausa mais freqüentemente, mesmo nos fins de
de sábado e domingo. Desde que pegar o semana.
jomal é uma resposta de fácil desempenho e
O registro acumulado mostra que
produz reforçamemo imediato, o estudante
comportamentos fáceis (tais como pegar o
aprendeu-a no primeiro dia e não perdeu uma
Jomal) podem ser aprendidos quase imediata*
única oportunidade de obter este reforço
mente e executados no nivel máximo por
durante as 6 semanas inteiras mostradas no
longos periodos de tempo. Comportamentos
registro acumulado.
mais difíceis (tais como escrever para um
O segundo comportamento, mostrado na jornal) são geralmente aprendidos mais
linha continua na Figura 2.2, é o de trabalhar lentamente. Entretanto, na última semana mos
no escritório do jomal do campus Este trada no registro acumulado, o estudante traba
comportamento exige consideravelmente mais lhou no escritório do jomal por S dias rum total
Princípios do Comportamento na Vida Diária II
avisos ‘'PUSH” sc tomam SP's para empurrar aprender muitas discriminações novas, tais
c SJ'$ para puxar, já que empurrar é reforçador como os melhores lugares para se comer,
e puxar não. Do mesmo modo, os avisos comprar e obter cuidados médicos. Se a nova
“PULL” "se tornarão iP ’s para puxar e S^s cidade tem três cadeias de mercearias • X Y e
para empurrar, já que puxar é reforçador e Z - o novo morador pode aprender a discri
empurrar não. Qualquer wtimu{o_-_ uma minar entre os três tipos de lojas em diferentes
pessoa, lugar ou coisa - pode se tomar um velocidades A primeira vez que o novo
para todos os comportamentos que tenham' morador vai ate o mercado Z será óbvio que a
sido reforçados e u m S^ para todos os compor baixa qualidade e pouca variedade de produtos
tamentos que nio tenham sido reforçados cm Cará a compra aí pouco compensadora Então, o
sua presença. Um banco internacional se toma mercado Z sc torna rapidamente um S* para
ura S° para se trocar moeda estrangeira por não se comprar lá; e o morador pode sair da loja
dólares e um SA para todos os tipos de sem levar coisa alguma.
atividades que não são recompensadas se Entretanto, a discriminaçio entre os
forem feitas ali. Um cart&o postal fomece S ^ ’s mercados X c Y pode nSo ser tio fecil. Muitos
para sc escrever nele e S4’s para não mastigá- vizinhos recomendaram a mercearia X. mas
lo e comê-lo. Como as pessoas aprendem a outras pessoas recomendaram a Y. Por diversas
discriminar entre S°'s e SA’s para um dado semanas o novo morador aleatória e indiscrimi
operante, é mais provável que realizem este nadamente vai e vem entre X e Y, não notando
comportamento na presença de S ° ‘s do que na muita diferença entre os alimentos comprados
presença de Si's. Entretanto, o sS °^ s nfo nos dois mercados Ambos fornecem bons
causam o comportamento. Cm viajante estran produtos e, portanto, iào ^ ' s para comprar O
geiro pode passar por diversos bancos antes de registro acumulado apresentado na Figura 2.3
entrar cm um para trocar dinheiro, ou comprai mostra que para as primeiras 10 semanas, o
dez cartões postais e só escrever em seis. oovo morador comprou cinco vezes no mercado
Algumas vezes as pessoas aprendem a X e cinco vezes no Y. Entretanto, durante as
discriminar entre duas experiências reforça- várias semanas seguintes alguns pequenos
doras só porque uma fomece mais nfurça- incidentes revelaram que os produtos nos dois
dores que a outra. Pistas antecedentes que mercados não eram iguais Na semana 13, a
predizem mais reforçamento se tomam 5°V, e carne no mercado Y não estava muito fresca.
pistas que predizem menos reforçamento sc Embora só isso não fosse o bastante para fazer
tomam SA,s. Podem existir dois restaurantes uma pessoa parar de comprar no mercado Y,
que fomcccm boa comida; mas uma pessoa isto sugere uma possível diferença na qualidade
de alimento nos dois mercados. Na semana tS,
a tta um deles um pouco melhor que o outro
O restaurante melhor se toma um Sfí para a alface no mercado Y estava murcha c
jantar e o pior. um S* para não jantar. Logo. as amassada. O morador nunca tinha observado
tais problemas no mercado X. Na semaoa 19, o
pistas antecedentes podem se tornar S**s (JJ
pacote de leite no mercado Y estava azedo.
porque sâo associadas com nenhum reforça-
Pouco a pouco, o novo morador discriminou
memo ou (2) meramente ^porque das são
que comprar no mercado Y era ligeiramente
associadas com menos reforçamento do_ que
menos recom pensador do que comprar no
está dtsponhvl em outra parte.
mercado X. Entre as semanas 10 c 20, o
As discriminações podem ser aprendidas armazém Y deixou de ser um SD para a compra
rápida ou vagarosamente. Muitas vezes discri e sc tomou um S4 para não comprar. Este S*
minações sutis entre mais ou menos reforça não sc baseou na ausência total de recom
mento demoram mais para serem aprendidas pensas, porque o armazém Y linha muitos
do que discriminações fáceis entre reforça- produtos bons. Entretanto, diferenças pequenas,
memo e nSo reforçamento. Quando as pessoas mas constaiues, na qualidade dos reforçadores
se mudam para uma cidade nova, elas têm que s&o suficientes para fazer uma pessoa aprender
Princípios do Comportamento na Vida Diária 13
FIGURA 2.3 Um registro acumulado que mostra o número total de vezes que uma
pessoa fez compras em dois diferentes mercados, X e Y. Observe a semelhança das
freqüências de respostas nas primeiras 10 semanas antes da discriminação e então
os padrões bem diferentes de responder nas últimas 10 semanas, depois que a
discriminação ficou clara.
reforçamento positivo para o exercício e treino outro lado, quando uma criança surge com uma
regularcs. Livrar-se de uma dor de garganta ferpa no dedo, ela pode procurar o pai para
produz reforçamento negativo para chupar ajudá-la a remover a ferpa. Quando o pai o faz,
pastilhas de garganta. Aumentar o número de o término da estimulação aversiva da lasca de
sorrisos e risadas numa festa produz madeira reforça a resposta da criança de
reforçamento positivo para contar piadas e procurar o pai. Então, remover a ferpa fornece
estórias engraçadas. Diminuir o número de forçanento negativo para se aproximar do
brigas em um casamento produz reforçamento adultc em busca de ajuda. Os pais se tomam
negativo para se ir a um conselheiro SD’s para a resposta de aproximação devido
matrimonial e seguir seus conselhos. tanto ao reforçamento positivo quanto ao
As pistas antecedentes que precedem negativo.
qualquer tipo de reforçamento - positivo ou
negativo - se tomam SD’s. Assim, os SD,s do
Reforçamento P ositivo
aumento da escuridão dos fins de tarde
estabelecem a ocasião para se ascender as
luzes, porque este operante produz o As pessoas geralmente preferem
reforçamento positivo de se enxergar as coisas aprender via reforçamento positivo~porque ele
à noite. Os SD’s de bocejo e sonolência aumenta os bons efeitos, p. as experiências'
estabelecem a ocasião para se desligar as luzes agradáveis em suasvldásT
tarde da noite porque este operante produz o Assim, o reforçamento positivo é ura
reforçamento negativo pelo término da método ideal para ajudar as pessoas a aprender
claridade das lâmpadas que tomam difícil em coisas de formas mais agradáveis. A criança
dormir. As pistas antecedentes que precedem o que aprende a ajudar nos serviços de casa via
comportamento que não produz nem reforço reforçamento positivo - comentários aprecia
positivo nem negativo - ou menos tivos e carinhosos dos pai - achará bom ajudar
reforçamento do que o disponível em outro os pais (em vez de fazê-lo como dever ou medo
lugar - se tomam SA,s. de reprimenda). Os pais que mostram uma
A maioria dos comportamentos pode ser atenção sincera e afetiva para seu filho como
fortalecida tanto por reforçamento positivo reforçamento positivo para a cortesia, amizade,
quanto por reforçamento negativo. cooperação e consideração terão um filho que
sente prazer em tratar os outros bem.
Considere-se a polidez. Se, à sua polidez
se seguem sorrisos e palavras agradáveis de O reforçamento positivo é um método
outras pessoas, o aparecimento dc bons efeitos ideal para aumentar a criatividade As pessoas
fornece reforçamento positivo para a sua têm o potencial para serem criativas ou não. 0
polidez. Se você e polido com alguém mal- subconjunto particular deste potencial humana
humorado a pessoa para de resmungar, o que qualquer indivíduo desenvolve depende,
término dos maus eventos fornece um em parte, dos padrões de reforçamento, como
reforçamento negativo para a sua cortesia. demonstra um estudo sobre criatividade na
Criancinhas sempre recebem reforçamento infância.3 Enquanto as crianças brincavam com
positivo e negativo por se aproximar em blocos de construção, recebiam reforçadores
correndo dos pais. Se a mãe está sentada na sociais seja por construir formas inovadoras e
sala de visitas e seu filho pula no seu joelho e criativas seja por repetição de formas velhas.
lhe pede para brincar “de cavalinho”t a mãe As crianças que receberam recompensas
balança a criança no seu joelho. A ocorrência somente quando construíram estruturas novas e
do jogo reforça a resposta da criança de se interessantes se tomaram mais criativas e
aproximar e pedir para brincar. Logo, balançar
a criança produz reforçamento positivo para o
comportamento de se aproximar da mãe. Por 3 Goetz c Baer (1973).
Principios do Comportamento na Vida Diária {!>
FIGURA 2.4 A percentagem de pessoas que são pontuais sob seis condições de
reforçamento.
Reproduzido de Hermann et al. Copyright da Sociedade para a análise do
comportamento, Inc. 1973.
Uma vez que a produtividade industrial somente 80% dos trabalhadores chegavam na
pode ser diminuída significativamente pelo hora. Durante 8 semanas que os reforçadores
absenteísmo têm-se feito esforços para se positfvos eram dados por chegar na hora (B), a
reduzir o atraso fornecendo reforçamento pontualidade aumentou significativamente, com
positivo pela pontualidade. Uma companhia no 97% a 99% das pessoas chegando dentro do
México adotou um método de reforçamento horário. Houve então um período de 4 semanas
positivo para resolver seus problemas com os no qual não foi dada nenhuma recompensa pela
empregados retardatários.8 Todo dia que os pontualidade (C), e os scores de pontualidade
empregados se apresentavam ao serviço no diminuíram para 92%. Quando as recompensas
horário, eles recebiam tiras de papel confir foram reinstaladas para as próximas 9 semanas
mando que sua pontualidade lhes garantia 2 (D), os scores da pontualidade aumentaram de
pesos extras por dia (um aumento de 4% novo, alcançando 95% a 100%. Durante as 12
acima dos salários normais). Os trabalhadores semanas seguintes, o reforçamento pela pontua
podiam colecionar estas tiras e trocá-las por lidade foi removido novamente (E), e as taxas
dinheiro no fim da semana. A Figura 2.4 de pontualidade diminuíram. Para as 32
mostra como as recompensas foram efetivas semanas finais de estudo (F), o reforçamento
no reforço da pontualidade. Antes do início do positivo para a pontualidade foi reinstalado,
programa, quando não havia nenhuma recom aumentando a freqüência da classe de resposta
pensa especial peia pontualidade (em A) significativamente.
O reforçamento positivo pode vir de
fontes não sociais como se vê no seguinte
Hermann ct al. (19^3).
Princípios do Comportamento na Vida Diária 17
peísoat tentam melhorar seus comportamentos tanto, ante» que caiu pisui» j.e tornem Su‘$. as
para evitar críticas únicas pistas disponíveis para a pessoa são S°’s
Fuga envolve reação depois que um para fuga * ou seja, os SD’s de ficar preso num
evento aversivo aparece Esquiva envolve congestionamento
prevenção - adoção dc medidas preventivas - Alguns casais permitem que seus
antes que surja um everco aversivo. As casamentos se deteriorem com brigas e
pessoas reagem ãs ferpas ti:ando-as; elas as discussões. Ai eles reagem tentando escapar da
previnem usando luvas ames de lidar com situação aversiva através do aconselhamento de
madeira cortada As pessoas reagem à ressaca casais, divórcio ou arranjando ligações eitra-
tomando aspirina; elas previnem a ressaca conjugais. Outros casais, que vêem seus amigos
bebendo menos que a quantidade que a tendo prcblemas conjugais, podem prevenir
provoca. tentando melhorar sua comunicação e
Comportamentos de fu sa são geralmente resolvendo as diferenças antes que surjam os
aprendidos grifes do comportamento de problemas, evitando, desta forma, pelo menos
esquiva. Isto acontece principal m ente"'ní algumas la s brigas e discussões que poderiam
infância. Primeiro, as crianças aprendem a prejudicar seus casamentos. Infelizmente,
fugir do incômodo causado pelas calcinhas muitas pessoas nào aprendem a prevenir a
molhadas removendo-as Mais tarde, apren tempo de talvar seus casamentos.
dem a evitar ficar de calças rvolhadas evitando Os governos nacionais, estaduaU e
acidentes urinários. Primeiro, aprendem a fugir municipal usam, freqüentemente o reforça
do valentão da sala correndo quando o vêem mento negativo na forma de redução de
Mais tarde, aprendem a evitir lugares onde o impostos Em alguns estados, se os proprie
colega brigão possa estar. A medida que as tários coocam isolantes térmicos em suas
pessoas crescem e ganhan experiência, é casas, acrescentam aquecimento solar c insta
comum aprenderem novas habilidades para lam outros equipamentos conservadores dc
prevenir e evitar problemas, e a esquiva se energia, eles se qualificam para redução de
toma mais freqüente que a fuga. Entretanto, impostos e evitam pagar uma parte de seus
quando surgem problemas totalmente novos e tributos. O morador do subúrbio pode aprender
inesperados, mesmo os aduiios podem voltar a implaniar um transporte solidário se isso
aos padrões dc primeiro aprender como resulta cm evitar os pagamentos de pedágios
escapar c então como esitar. Durante as Na área de São Francisco, permite-se que os
primeiras semanas após se mudar para uma carros com três ou mais pessoas atravessem a
nova cidade, uma pessoa pode se ver presa Golden Gate Bridge e Oakland Bay Bridge sem
num trânsito dificil do quaJ levará horas para pagar polágio durante aa horaa dc movirrcnto
fugir. Depois de morar alguns meses na nova do dia, enquanto os carros com somente urra ou
cidade a pessoa aprenderá a evitar dirigir nas duas pess>as têm que pagá-lo. O uso da carona
áreas congestionadas nas Irarás de tráfego é negativamente reforçado pela esquiva de dois
difícil. Normalmente, c necessário mais tempo eventos aversivos: (1) pagar o pedágio rcçular,
e experiência para aprender i prevenir e evitar e (2) ser atrasado pelas filas dc pedágio. Devido
do que aprender a reagir e fúgir. Depois dc se ao reforçamento negativo, mais pessoas fizem
mudar para uma nova cidade a pessoa pode se uso do transporte solidário hoje do que ame*
ver presa no tráfego várias vezes antes de que programas como este fossem iniciados
aprender como o tráfego pote ser difícil Pode
Canpistas frequentemente aprctdcm
ser necessário ainda mais testpo para aprender
habilidades de camping por reforçamento
quando e onde o tráfego é pior. Eventual n e g a tiv o . O c a m p ista q u e a rm a u m a b a rrac a na
mente. todas as pistas do "onde " e “quando"
base de uma trilha pode ser acordado no meio
se tomam Sn*s que lhe permitem prevenir e
da noite com água escorrendo dentro da
evitar o congestionamento de trânsito. Entre*
barraca Este estado de coisas desagradáveis
Princípios do Comportamento na Vida Diária 19
E x tin ç ã o
Dias
Os exemplos que se seguem mostram Terry gemia com freqüência.10 Seus pais
formas comuns de extinção depois da inter reforçavam freqüentemente seu comporta
rupção de reforçamento positivo e negativo. mento dando-lhe atenção. Se o gemido não
atraísse atenção, Terry normalmente começava
a gritar. A freqüência de gemidos e gritos está
Extinção Após Reforçamento P ositivo mostrada na Figura 2.5 em (A). Os gemidos e
gritos eram tão aversivos que os pais
Quando se interrompe o reforçamento normalmente davam atenção ao Terry
positivo para um dado operante a freqüência simplesmente para fazê-lo calar-se. (O dar
da resposta reforçada declina. Se, a uma pes atenção dos pais era reforçado negativamente
soa que recebesse 20.000 reais por ano num porque sua atenção interrompia os gemidos e
banco, fosse dito que seu salário não mais gritos aversivos). Um dia, os pais de Terry
poderia ser pago (embora pudesse continuar mudaram a estratégia e deixaram de dar-lhe
trabalhando) o que aconteceria? A maior parte atenção quando gemia ou gritava. Ignoravam-
das pessoas abandonaria o trabalho (a menos no. Uma vez que o reforçamento foi
que outro reforçador eficiente estivesse interrompido, a resposta entrou em extinção. A
operando). O comportamento mantido por freqüência de gemidos e gritos caiu abrupta
reforçamento positivo normalmente fica mente a menos da metade da taxa anterior, e
menos freqüente quando se remove o continuou a declinar nos dias seguintes (B na
reforçamento. Algumas crianças aprendem a Figura). Então, por 3 dias os pais voltaram a dar
gemer, fazer manha, dar birra porque estes atenção aos gritos e gemidos (período C) e a
comportamentos atraem a atenção de outros.
Conto a platéia já não provia a atenção social razões para se ser frugal. Já não haviã
para recompensar o comedor de lâmpadas, reforçamento negativo forte para conservação,
essa atividade também entrou em extinção). economia e avareza. Essas mudanças marca
ram o início da extinção (fase 2). Em 10 anos
muitos europeus abandonaram muito da
Extinção Apôs Reforçamento Negativo frugalidade do após-guerra.
Outras dificuldades temporárias produ
Quando um operante se estabelece via zem o mesmo tipo de ciclo de 2 fases. Sempre
reforçamento negativo, a remoção do reforça- que parte de um país enfrenta uma seca severa,
dor negativo (isto é, extinção), normalmente a água se toma escassa e cara. Devido ao
causa declínio da freqüência do comporta reforçamento negativo aprende-^e a reciclar e
mento. Extinção de um comportamento negati economizar a água: práticas frugais ajudam a
vamente reforçado ocorre como a segunda de evitar contas proibitivas e multas por desper
uma seqüência de duas fases: (1) a pessoa dício. Quando voltam as chuvas e passam as
aprende uma resposta que ajuda a fugir òu se dificuldades o que acontece às práticas frugais
esquivar de um estímulo aversivo, então (2) o de economia e reciclagem de água? Esses
estímulo deixa de ser aversivo ou já não está operantes estão agora em extir.ção devido à
presente. Durante a 2a parte da scqüência - fase falta de reforçamento negativo e as atividades
de extinção - o comportamento fica menos de conservação rapidamente ficam menos
freqüente. Esse ciclo de 2 fases freqüente comuns.
mente corresponde ao aparecimento e desapa
Problemas diários produzem ciclos de
recimento de problemas na vida. Depois de
reforçamento negativo e extinção. Se você se
apresentar vários exemplos disso, veremos
envolve numa discussão azeda com um amigo,
uma importante exceção a este padrão.
a experiência aversiva cria reforçamento
A 2a Guerra Mundial trouxe destruição negativo para evitar o seu amigo ou evitar
generalizada à Europa. A perda de edifícios, tópicos sensíveis em conversas subseqüentes. A
linhas de transporte, acesso fácil aos estoques extinção começa logo que você e seu amigo
de alimentos, e muitas das amenidades básicas conseguem silenciar outros conflitos. Conti
da vida criaram enorme sofrimento. Face aos nuando a extinção, você fica menos apreensivo
problemas desagradáveis de sobrevivência e e nervoso nas conversas com seu amigo e as
reconstrução sob condições adversas, as suas respostas de conversa cuidadosa caem de
pessoas aprenderam a ser frugais, conservar freqüência. Eventualmente, você reassume o
recursos escassos e guardar coisas que seriam seu jeito natural com seu amigo - não tendo
jogadas fora em épocas mais afluentes. Essa mais que evitar cuidadosamente os tópicos
foi a fase de aprendizagem (fase 1) em que se potencialmente sensíveis.
adquiriam, por reforçamento negativo, as
práticas para evitar ou minimizar circuns
tâncias aversivas. Pessoas que esbanjassem A EXCECÃO:
alimentos ou lenha provavelmente teriam fome ESQUIVA RETARDA A EX71NCÃO
ou frio. Por outro lado, evitando desperdício
desnecessário e guardando qualquer coisa útil,
Há uma exceção importante à afirmação
seu comportamento era reforçado negativa
geral de que o comportamento aprendido, via
mente por fugir da fome, frio e outras
reforçamento negativo, diminui em freqüência
inconveniências.
após o inicio da extinção: As pessoas, algumas
Em uma década, após o fim da 2* Guerra vezes, continuam dando respostas de esquiva
Mundial, uma nova prosperidade coir.eçou a bem aprendidas até muito tempo depois que o
emergir na Europa. Os problemas de escassez reforçamento negativo acabou. Algumas pes
ficaram menos severos e assim havia menos soas aprendem fortes respostas ce esquiva que
Princípios do Comportamento na Vida Diária 24
tempo
tempo
dois métodos funcionam; entretanto, a punição de extinção ou punição (no momento X). É
geralmente causa um declínio muito mais claro que punição (gráfico inferior) causa uma
rápido da resposta que a extinção. Punição é cessação, muito mais rápida das respostas do
um processo pelo qual um comportamento è que a extinção (gráfico superior). (Uma linha
suprimido ativamente enquanto extinção é um horizontal continua, num gráfico acumulado,
processo pelo qual um comportamento fica mostra que não está havendo resposta). Numa
menosfreqüente devido ao não reforçamento. casa, com um corredor longo e escuro, as
A Figura 2.6 mostra os registros pessoas normalmente acendem a luz do
acumulados de comportamentos que foram corredor quando o atravessam à noite. O
sempre reforçados antes do momento X; a registro acumulado na Figura 2.6 mostra o
partir daí foram introduzidos os procedimentos padrão típico de uso do interruptor em horas
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acidente de esqui que te quebra ambas as ocasionalmente á noite, quem sairá as ruas mais
pernas, essa punição intensa pode suprimir o depressa depois que se retira o toque de
esquiar permanentemente, mesmo depois de recolher?
tirar o gesso. Por outro lado, se você.
Pular do telhado da varanda ou da
simplesmente cai esquiando numa encosta, garagem para voar como um pássaro é uma
essa punição pcuco intensa pode tirá-lo da
resposta que é geralmente bem suprimida na
colina pelo resto da tarde; mas amanhã você
infância pela punição de grandes quedas.
pode estar pronto para tentar novamente. Além
Muitas pessoas não tentam posteriormente os
disso, o reforçamento fortalece a recuperação. vôos livres pelo resto de suas vidas. Entretanto,
Quanto mais reforçamento houver para um há circunstâncias especiais, nas quais voar
operante, mais rapidamente a recuperação virá como um pássaro não é seguido por punição -
após o fim da punição. Pessoas que quebram ou seja, quando se usa um pára-quedas ou asa
ambas as pernas em acidentes de esqui delta Quando os pára-quedistas chegam à porta
provavelmente só voltarão a esquiar se houver do avião para o primeiro salto há alguma
recompensas para fazê-lo. Elas realmente
hesitação - vista como respostas de aproxi
gostam do esporte, todos os seus amigos mação - afastamento quando o novato altema
esquiam, estão perto de ganhar as competições entre se aproximar do ponto de pular e então
mais importantes, ou ganham a vida esquian volta para trás. Entretanto, após vários saltos
do. Se uma pessoa adora dar umas andadas à bem sucedidos (sem punição)t o pára-quedista
tardinha e uma segunda pessoa só sai salta do avião sem qualquer sinal de hesitação
ou esquiva. Pular das alturas não é mais
suprimido quando a punição é removida; assim
há uma recuperação da resposta, mesmo se ela
foi suprimida desde a infância.
A menção de qualquer tópico que leva ao
embaraço social, ao desconforto, ou outras
conseqüências aversivas será suprimida pela
punição. Entretanto, quando o assunto não
conduz mais à punição, os efeitos da recu
peração são prováveis. Por exemplo, pessoas
que moram ou trabalham juntas, sempre contam
piadas para ajudar no convívio diário. Normal
mente, piadas de pessoas morrendo, “abotoou o
paletó” ou "empacotou” podem fazer parte dos
padrões aceitáveis de brincadeiras. Entretanto,
quando alguém intimo morre, piadas sobre
morte podem subitamente encontrar respostas
frias. "Isto não é enlaçado agorat Joe”.
Durante o período de tempo em que a morte
ainda está muito presente, brincar sobre a morte
é punido e permanece suprimido. Eventual
mente, a morte fica tão longe no passado que a
punição cessa e há uma recuperação da
freqüência de brincar a respeito de "abotoar o
Pular do telhado para voar como um paletó
pássaro é uma resposta que é Fumantes de cigarro sempre experi
geralmente bem suprimida na infância mentam efeitos colaterais fortemente aversivos
pela punição de grandes quedas. de iiimar, quando tem um resfriado sério ou um
Princípios do Com poiam ento na Vida Diária 31
prolongado ataque de enfisema. Fumar torna coisas acontecem - seu amigo rí da piada e um.
os resfriados e enfisemas ainda mais aversivos trovão repentino assusta você - um evento é
e, portanto, pune as respostas de fumar uma conseqüência de sua piada, e o outro não é.
enquanto os fumantes estiverem doentes. Como a risada de seu amigo é uma conse
Entretanto, após a doença, há menos efeitos qüência de sua brincadeira, ela reforçará o
colaterais aversivos para se fumar; e quase comportamento. Entretanto, a imediaticidade do
sempre a freqüência do comportamento de trovão é puramente acidental (não uma conse
fumar retoma aos altos níveis anteriores. Esta qüência de sua brincadeira)\ e ele não
recuperação de fumar, após supressão suprimirá sua piada, mesmo que barulhos igual
temporária, é mais provável para os indivíduos mente altos sirvam como punidores quando eles
cujo comportamento de fumar foi seguido por são conseqüência do comportamento. O barulho
altos níveis de reforçamento positivo. pode assustá-lo, mas não produz o condiciona
mento operante. De fato, você pode continuar
brincando com seu amigo: “Por Deus, acho
MEDIATICIDAÜE que alguém ai nos ouviu queixar do tempo ”. O
E CONTINGÊNCIA comportamento operante é modificado por sums
conseqüências: reforçadores e punidores, que
Geralmente, o condicionamento operan não são conseqüências do comportamento,
geralmente produzem pouco condicionamento
te é mais provável de ocorrer quando os
reforçadores e punidores vêm imediatamente operante, mesmo se eles ocorrem imediata
mente após um comportamento.
após um operante.16 Quanto mais longo o
período de tempo entre o comportamento X e Quando reforçadores e punidores são
suas conseqüências, menor o efeito que as conseqüências de um comportamento são
conseqüências têm sobre o comportamento X. chamados reforçadores e punidores contin
Além disso, quaisquer outras respostas, Y e Z, gentes. Reforçamento contingente fortalece
que possam ter ocorrido entre o comporta comportamento. Punição contingente suprime
mento X e as conseqüências, podem ser comportamento. Reforçadores e punidores que
modificadas (ou aprendidas) no lugar do não são conseqüências de comportamento são
comportamento X. chamados reforçadores e punidores não
contingentes. São pouco eficazes para produzir
Há duas qualificações para a generaliza
ção acima. Primeiro, um espaço curto de o condicionamento cperante.
tempo entre o comportamento e reforçadores Se um vendedor cumprimenta um freguês
ou punidores nem sempre produz o condicio de uma forma gentil e o freguês responde com
namento operante. O homem e outras “espé um sorriso, o sorriso do freguês produz reforça
cies superiores” percebem a diferença entre o mento contingente para a resposta de cumpri
reforçamento e a punipòo, que são conseqüên mentar amigavelmente do vendedor - porque é
cias de seus comportamentos, e reforçamento uma conseqüência do comportamento do
e punição que não são conseqüências de suas vendedor. Se o vendedor é gentil com um
respostas. Reforçadores e punidores que não segundo freguês, então escorrega e torce o
são uma conseqüência de um comportamento tornozelo, a dor provavelmente não suprimirá a
são pouco efetivos para produzir o condicio resposta de fazer saudações amigáveis (embora
namento operante, mesmo se eles seguem tenha ocorrido imediatamente em seguida),
imediatamente o comportamento.’7 Se você faz porque um tornozelo torcido não é
uma piada sobre o tempo chuvoso e duas conseqüência de uma saudação amigável.
Embora um deslocamento doloroso não
afete os comportamentos que não o provocam,
i€ Grice (1948 a,b); While c Schíosberg (1952). pode punir e suprimir aqueles comportamentos
17 Killeen (1978); Hammond (1980). que de fato o procuzem, tais como pisar em
Princípros do Comportamento na Vida Diána 32
CONCLUSÃO
1 A escolha da icmúDotogia varia entre «i$ dtveaa* Ivan Petrovich Pavlov ( J$49 -1936 )
escolas d i ciência oomportamcsiu) Uaamc* o icctdo
cvndxionomcmo P avU m im o porque esse rótulo causa
menor oonfusto pcua esiudamc& CONDICIONAMENTO RÁPIDO
: Diversos reflexos - tais coioo o reflexo pateta*. o
rd k x o do biceps, 0 reflexo dc Aquiles - oâo se
cootbcionam (Bijou e Baer. 1965:36).
Para simplificar, consideraremos primei
ro um tipo de condicionamento Pavloviano que
1 A pesquisa sobre o condicionamento Pavtovuno é
ocorre depois de um emparelha memo dc um
apresouada cm detalhes por Rescorla (196?. 1969.
1980). Rescorta c Wagner <1972} Terrac* (1971), estimulo neutro e um reflexo (apesar de a
Fttttuio e Logan <1979) maior parte do condicionamento Pavloviano
P nnppo» do Comconamyiio n» Vid» D * *
que refletem a história passada de aprendiza indtcar que nào envolve nenhum condicio
gem da pessoa namento Em todos os leflexos incondicio-
nados. apenas um estimulo biologicamente
A aprendizagem nos permite beneficiar-
determinado pode eliciar a resposta reflexa
nos da experiência. Se você fica doente, uma
Esse estimulo é chamado estimulo incondteio-
vez. por causa de ccrto alimento, a náusea
nado (US), para indicar que nio è necessário
condicionada, que você sente quanto exposto
nenhum condicionamento para esse estimulo
àquele alimento, no faturo o ajudará a evitar
eliciar a resposta reflexa. A resposta que é
cair de novo no mesmo erro.* Em alguns casos
eltciada pelo US é chamada resposta tncondt-
* «orno no dc alimentos envenenados - isso
cionctda (UR), para indicar que nào é necessário
pode fa2cr uma diferença dc vida ou morte
nenhum condicionamento para a produção
Num estudo de 517 alunos. 65 por cento dos
dessa resposta. 0 reflexo incondicionado e a
csludamç? tinham pelo menos uma aversão por
seqüência US -> UR» na tinha superior da
alimento.6 A maior pane delas se estabeleceu
várias horas depois de comer um alimento que figura seguinte. Uma picada ou oorte na m&o e
causou enjôo É mais provável o gosto do um US que elicia a UR de puxar rapidamente a
alimento tomar-sc o estimulo condicionado m&o para trás.
(CS) para a aversào condicionada do que a O segundo tipo de reflexo, o reflexo
aparência ou cheiro do alimento. É mais condicionado, è estabelecido através do condi
provável alimentos não familiares se tomarem cionamento Pavloviano. Todo condicionamen
os OS’s para aversões por alimento. to Pavloviano sc constrói a partir de reflexos
inatos, incondicionados. Antes do condiciona
mento. apenas um US e capaz de eliciar uma
DOIS TIPOS DE REFLEXOS resposta reflexa (o quadro da extremidade
esquerda na figura acima). No inicio do
Um reflexo consiste de uma seqüência condicionamento, um estimulo neutro (NS) é
estimulo-resposia na qual o estimulo ( S ) emparelhado com o US uma ou mais vezes (a
elicia uma resposta (R ). linha vertical pontilhada na figura). Durante o
condicionamento, o estimulo neutro se toma
um estimulo condicionado (CS) que eJicia uma
resposta condicionada (CR). O reflexo
1. In a to U S -* UR US -> UR US UR
i
•
•
2. A prendido CS -> CR C S -+ C R
comum Comer algo novo, um alimemo Apesar das pessoas serem sensíveis a
gorduroso - tal como mariscos fritos no bacon correlações entre pistas preditivas e reflexos.*
• salienta-se como pouco comum, também. È elas não fazem sempre as associações corretas
mais facilmenie associado com enjôo do que Por exemplo, pacientes cancerosos que recebem
todos os outros estímulos do restaurante que quimioterapia algumas vezes desenvolvem
não são pouco usuais - tais como música aversões condicionadas por alimentos que
ambiente, pessoas e tópicos dc conversação. comeram antes de ir para a terapia. Pacientes
Os estímulos que estavam geralmente que comem sorvete antes dc sua quimioterapia
presentes quando o alimento nào causou enjôo podem desenvolver uma aversão a sorvete, e
não têm probabilidade de sc tornaram aprendem a evitar comer sorvete, depois dc um
associados com o evento pouco comum de único cmpareihamcnto com o enjôo.9 Apesar do
náusea e enjôo. alimento set correlacionado algumas vezes com
Quanto mais altamente um CS está o enjôo, nesse caso a associação c incorreta. O
calendário e o relógio proporcionam melhores
correlacionado com um US, mais informação
ele comém sobre o US. Essa informação toma- estímulos preditivos. Mesmo que estímulos
errados se tomem algumas vezes C S's para
o um estimulo prtditivo que sinaliza que um
respostas reflexas, associações totalmente
certo US c o reflexo incondicionado estão
errôneas não são muito comuns.
prestes a aparecer. O gosto de alimento
gorduroso è um bom preditor de que podemos
enjoar, se o comermos A música ambiente, CONDICIONAMENTO NORMAL
pessoas no restaurante e assuntos da conversa
não são preditores de possivel enjôo Uma
pessoa poderia ir ao mesmo restaurante onde A maior pane do condicionamento
se desenvolveu uma aversão alimentar, ouvir a Pavloviano não acontece tão rapidamente como
mesma música e falar sobre os mesmos a aprendizagem de aversões alimentares. Na
assuntos sem enjoar, se ela simplesmente pedir maior parle dos casos, um estimulo neutro deve
um tipo de alimento diferente. Somente o ser emparelhado com um US, em diversas
alimento gorduroso, pouco comum, fica tão ocasiões, antes de se tornar um C S cupaz de
ahamente correlacionado e preditivo dc enjôo; eliciar uma resposta observável.
tem mais probabilidade de tomar-se o CS para
A resposta sexual é um reflexo que
enjôo. usualmente se condiciona numa velocidade que
Pacientes cancerosos que receberam é tipica da maior parte dos outros reflexos.'4 As
quimioterapia muitas vezes experimentam respostas sexuais de machos e fêmeas são
náuseas e vômitos como efeito colateral dos reflexos biologicamente estabelecidos, media
fortes elementos químicos usados em tal dos pela medula inferior11, e o condicionamento
terapia. A quimioterapia é o US que elicia o
enjôo incondicionado. Depois de submeter-se
à quimioterapia, alguns pacientes começam a coadKtoaaiocmo Pavloviano se mostroo eletivo para
experimentar náusea condicionada e vômitos romimizar a náusea condiaonada ( \to r c w e Moncll.
19K2).
antes de irem para a terapia Perceber que está
na hora de ir para a terapia é uma pista 9 Bcntstct» etaL (1982).
preditiva que é correlacionada com a 10 De sodas as resposias reflexas considerai» neste
quimioterapia (o US); por isso. o calendário e capitulo. 35 repostas sexuais c as respostas emocionais
o relógio fornecem OS’s que eiiciam o enjôo sdo os dois tipos de rdíexos que tem o papd mats
importante na vida d tiru c na interação social. Por
condicionado antes da terapia começar.* serem tío uupomiucs aa vida dtána. os reflexos sexual e
emocional aparecerto em numerosos exemplos durante
este cupilulo.
* A nausea e o vòmiio condicionados que prccakm
H K atcted o u n an e Lunáe (1980:87-90).
a icrapu náo sào alivudos por drogas. Emraanio. o
Pt>nciBic« oo ComDQRftmwito na Vidi Pára 39
Pavloviano desses reflexos usualmente exige prazer - mesmo na ausência do US, a estimu-.
diversas experiências dc condicionamento. A lação sexual direta.'*
estimulação tãtil dos genitais é o estimulo
Cada indivíduo pode aprender um
incondicionado que elicia as respostas incondi-
conjunto único de CS's sexuais, dependendo de
cionadas de ereção do pênis, lubrificação
sua história particular de condicionamento
vaginal, e. com suficiente estimulação, o
Pavloviano Uma mulher pode ter tido
orgasmo. Pensamentos, palavras, imagens
interações sexuais muito positivas com um
visuais, odores e uma multidão de outros
amante; e para ela, várias imagens, sons, c
estímulos podem tomar-se CS's sexuais que
outros estimulos. presentes enquanto fazia amor
elidam respostas sexuais (CR’s), se aqueles
com esse homem, podem tomar-se CS’s
CS's tiverem sido emparelhados com o reflexo
sexuais. Até o pensar sobre esses estimulos
sexual incondicionado (US->UR). Entretanto, pode eliciar excitação sexual. Uma segunda
o condicionamento sexual - como a maior mulher, vinda de um ambiente que punia o
parte do condicionamento Pavloviano •
interesse ou a expressão sexual pode constatar
usualmente requer múltiplos emparelhamentos que ela tem muito poucos CS’s sexuais porque
para estabelecer o reflexo condicionado leve poucas oportunidades para que o processo
A maior parte dos garotos aprende a sc de condicionamento criasse esses CS’s. Varia
masturbar no inicio da adolescência.12 Durante ções no condicionamento são perfeitamente
a masturbaçào, a estimulação tátil dos genitais "naturais" no sentido de que cada pessoa terà
serve como o US que elicia respostas sexuais um conjunto único de CS’s devido ás expe
incondicionadas de ereção do pênis e sensa riências particulares de condicionamento de
ções de prazer. O condicionamento Pavloviano cada indivíduo
entra em cena se outros estímulos vêm a ser Algumas mulheres usam vibradores por
emparelhados com o reflexo sexual. Por que a estimulação vibrante suave é bastante
exemplo, uma tarde, um garoto pode ver uma efetiva para eliciar respostas sexuais, desde a
gravura de revista de uma mulher atraente. excitação inicial até o orgasmo. Estimulação
Naquela noite, se o garoto se masturbar, seus suave dos genitais é o US que elida a resposta
pensamentos podem girar em tomo da imagem sexual mcondicionada (UR) Uma vez que o
visual da mulher. Uma vez que a imagem zumbido mecânico do vibrador está sempre
visual está sendo emparelhada com o reflexo emparelhado com seu uso, é um estímulo
sexuat, ela começa a tomar-se um estimulo preditivo para as sensações de prazer c pode
condicionado. Depois de apenas um empare- tomar-se um CS, depois dc repetidos empare-
lhamemo. o garoto não notará nenhuma lhamemos com o US. Depois de numerosos
mudança marcante, quando olhar figuras de emparelhamentos, algumas mulheres têm
mulheres em revistas. Entretanto, o relatado que o som do vibrador passa a ter
adolescente provavelmente usará imagens de
associações excitantes e positivas para elas.
corpos femininos em numerosas ocasiões, como ilustra o seguinte caso. A Sra. X estava
enquanto se masturbar; portanto, haverá usando, um vibrador por vários meses. L’ma
múltiplos emparelhamentos de imagens tarde, aconteceu-lhe estar na casa da Sra. Y
femininas e o reflexo sexual Como resultado para um bate-papo de amigas Durante a visita,
do condicionamento Pavloviano, as imagens se a filha da Sra. Y voltou da escola, ligou o õrgâo
tomam CS's que s3o capazes de eliciar uma elétrico e foi à cozinha tomar um refresco antes
variedade dc respostas sexuais • inclusive a de tocar um pouco de música. Quando o motor
ereção do pênis e respostas emocionais de elétrico do órgão foi ligada, a Sra. X notou logo
o seu zumbido; ele lhe pareceu familiar e
12Kinsey ct ai. <194$); Hunt ( 19741; Aonoo (1975).
Mai t s et ai. (1965): Mess <1966); M.vki t fckk* " M aik sd al. (1965). M a s (I966X Marta cGcIder
Tollisoo e Adams (1979). (1967); Toilison c Adams 11979)
Pnncipicr4 do Coniaonamfrto na V^la Diirta 40
MOswald (1962).
Princípios do Comportamento na Vida Diária 41
Quinto, um estimulo neutro deve ocorrer tem po" \ medida que a pessoa reflete sobre_
antes - nâo depots - de um US, para que uma série de eventos precedentes, estimulos
ocorra o condicionamento. Se o estimulo preditivos e US’s, que eram originalmente
neutro ocorre depois dc tcc aparecido o US, o separados por um longo intervalo de tempo,
condicionamento Pavloviano raramente ocor podem ser colocados em intima associação
re.1* Tentativas de estabelecer “condiciona temporal e causai através da memória. Recordar
mento retroativo" • em que um estimulo neutro repetidamente estimulos preditivos e US’s
segue um US - quase sempre fracassam Faz relacionados faz com que estimulos preditivos
seníido que não tenhamos desenvolvido uma se tomem CS’s. Esse tipo dc condicionamento
tendência a associar coisas cm seqüência Pavloviano é chamado condicionamento
causai retroativa.1* Se uma pessoa ficasse encoberto, uma vez que o ensaio cognitivo
enjoada por comer alimento inadequado c permite que o condicionamento acontcça sem
depois bebesse um caldo quente para acalmar qualquer estimulos observáveis ou ações
o estômago, ê óbvio que o caldo nâo causou o físicas Imagine as experiências cognitivas de
enjôo; e seria inadaptativo associar o caldo pessoas que foram fortemente queimadas cm
com as causas de enjôo. No condicionamento uma noite quando sua casa 99 incendiou cias
Pavloviano. estimulos que estão presentes acidentalmente linham esquecido o fogão
imediatamente antes dc aparecer um US tém ligado antes dc sc deitarem, e dai começou 0
mais probabilidade de se tomarem CS’s fogo. Como essas pessoas repetidamente se
efetivos lembram do fato de irem para a cama sem
conferir o fogão e o horror de serem seriamente
Sexto, curtos intervalos de atraso entre o queimadas (o US), pensamentos de não conferir
início de um CS e o inicio de um USfacilitam o fogão sc tomam CS's para ansiedade. Embora
o condicionamento Pavloviano. No labora* tenha havido um longo intervalo de atraso entre
tório, intervalos dc 0 a 5 segundos entre o CS e o ato original de não conferir o fogão e o US dc
o US produzem condicionamento mais forte ser fortemente queimado pelo fogo, o ensaio
do que intervalos mais longos. Considera-se cognitivo dos eventos os coloca em intima
que o intervalo ótimo entre o CS e o US é de associação , e é efetivo na produção do
aproximadamente 0,5 segundos" Se uma condicionamcnto Pavloviano.1* Depois de um
pessoa fantasia, enquanto è sexualmente acidente como esse, as pessoas algumas vezes
estimulada, a intima contiguidade temporal desenvolvem um forte medo de ir para cama ou
entre fantasia e estimulação sexual (o US) sair de casa sem conferir 0 fogão diversas
facilita o condicionamento das fantasias como vêzes, uma vez que não conferir o fogSo é o CS
CS’s que ciiciam excitação sexual à medida para medo de fogo.
que aumenta o intervalo de atraso entre um
estimulo preditivo e um US, o condiciona Sétimo, há casos especiais em que a
mento Pavloviano se toma mais lento e menos preparação biológica permite que algum
eficaz no estabelecimento de CS’s. condicionamento se processe rapidamente, com
poucos emparelhamentos e com longos atrasos
Os processos cognitivos algumas vezes
entre CS e o US. A habilidade das pessoas para
permitem que as pessoas associem um
aprender aversões alimentares depois de uma
estimulo preditivo e um US que são
má experiência, na qual pode estar envolvido
normalmente separados por longos períodos de
incondicionadas. Cair no chão produz c/w associados com um risco real de queda).
respt>sta emocional incottdicionadal, enquanto Quanto mais semelhante seja o condicio
a visSo de alturas, depois de associada com namento Pavloviano passado de duas pessoas
quedas, -elicia medo e ansiedade (as respostas numa dada situação, mais semelhantes serão
emocionais condicionadas). Um casal pode suas respostas emocionais aos estimulos
sempre accndcr velas em seu quarto antes de naquela situação Duas pessoas que escalaram
fazer amor Depois de vários emparelhamen- muitas vezes os Alpes podem descrever, de
tos. a luz dc vela pode tomar-se um CS que, modo similar, suas experiências de escalar
não só elicia excitação sexual, mas tambem montanhas e ter respostas emocionais similares,
elicia CER’s positivas, mesmo antes de uma vez que tiveram histórias semelhantes dc
ocorrer qualquer estimulação física sexual condicionamento Pavloviano. Por outro lado,
direta. Mas a resposta emocional condicionada duas pessoas que nunca tiveram exatamente as
(CER) k luz da vela é claramente diferente das mesmas eapenènciâs passadas de aprendiza
sensações incondicionadas de fazer amor gem. nunca terão exatamente as mesmas
Por serem estimulos preditivos, CS's respostas emocionais condicionadas a eventos
quotidianos.
associados com US’s que têm componentes
emocionais, podem eliciar emoções agradáveis Novos CS’s, com impacto emocional,
ou desagradáveis antes de aparecer um US. estão sendo continuamente estabelecidos por
Por exemplo, uma camisola sensual é um CS condicionamento Pavloviano. Por exemplo,
que elicia sensações sexuais, ames que suija quando uma mie começa a amamentar seu
qualquer outra alusão sexual, se tal traje for novo bebê, o sugar do mamilo pelo bebê é um
um bom preditor de que o prazer sexual vem a US que elicia o reflexo de liberação do leite c
seguir. A ameaça de um espancamento é um sensações agradáveis para a mâe. Através do
CS que pode fazer uma criança chorar, antes condicionamento Pavloviano, os estimulos
mesmo que qualquer pessoa toque a criança, se preditivos que precedem a amamentação
tais ameaças forem bons preditores dc que é tornam-se CS's que também eliciam sensações
muito provável que os pais lhe dêem uma surra agradáveis para a mâe. Eventualmente, apenas
dolorosa. ver o bebê puxar sua blusa e tentar alcançar o
mamilo é um CS capaz dc eliciar o reflexo de
Devido ao condicionamento Pavloviano,
muitos dos estimulos que nos cercam tomam- liberação do leite c sensações agradáveis
(mesmo antes de começar a amamentação
se CS’s para CER's agradáveis ou aversivas.
Ver uma face sorridente numa multidão real). As mies amam seus filhos por uma
fornece um CS que elicia sensações variedade de razões: mas aquelas mães que
agradáveis. Ouvir alguém dizer alguma coisa amamentam relatam que os prazeres de ama
grosseira proporciona um CS que elicia mentar aumentam seus sentimentos positivos
sensaçfies más. As pessoas podem ter em relação a seus bebês
respostas emocionais similares ou diferentes a Experiências aversivas também dão
qualquer estimulo dado. dependendo do seu origem a novos CS's. Quando as pessoas
condicionamento Pavloviano anterior com o cometem c t t o s embaraçosos nas interações
estimulo ter sido similar ou diferente Desde sociais, uma variedade de estimulos situacio-
que muitas pessoas tiveram experiências nais - tais como os indivíduos ou assuntos
similares com quedas dolorosas, respondem a delicados presentes no momento • podem
visões de lugares altos como CS’s para medo e tomar-se CS’s que eliciarão no futuro, respostas
ansiedade. Entretanto, pessoas que aprenderam emocionais desagradáveis. Por exemplo, a
habilidades de escalar montanhas ou trabalhar próxima vez que um aluno vir o professor que
em edifícios altos, usualmente sentem pouco presenciou sua fala inadequada, a qual embara
medo ao olhar de lugares állos para baixo (a çou várias pessoas na sala. esse professor pode
menos que percebam estimulos preditivos ser um CS que elicia sensações de desconforto,
Priftclott* &e> CompcfiarneMo r a Vifla P á r a 46
suor nas mâos ou ennjbescimento. Mesmo se sexo? À medida que as pessoas localizam quais
estiver conversando com unia pessoa comple estimulos cliciaram quais emoções, elas muitas
tamente estranha, o estudante pode experi vezes aprendem a produzir emoções desejadas,
mentar desconforto quando surge aquele selecionando US’s e CS's que eliciam essas
assunto que causou o embaraço no passado, emoções Quando Sônia deseja chegar a um
uma vez que o assumo c agora um CS para estado de humor mais positivo, ela pode colocar
sensações aversivas. Uma vez que as pessoas uma gravação de sua música alegre preferida,
usualmente evitam CSks associados com ao invés de ouvir uma estação de rádio cujas
CER’s negativas, râo c raro ver indivíduos músicas a entristecem Para muitas pessoas,
evitarem assuntos ou pessoas que no passado musica alegre é um CS que elicia sensações
foram associados com embaraço. As pessoas boas. Quando as pessoas descobrem que certos
ou assuntos são cslimulos preditivos de que o pensamentos usualmente fazem-nas sentir-se
embaraço pode surgir de novo. infelizes, elas podem dccidtf parar de pensar
sobre aquelas coisas, taivez vo!tando~se para
Mesmo estimulos cognitivos podem
atividades que podem desviar sua ateoção dos
servir como OS's que eliciam CER’s. Quando
uma mie pensa sobre a amamentação, ela pode pensamentos que sio CS*s para emoções
desagradáveis.
experimentar calor e sensações agradáveis Só
o pensar sobre o embaraço de dizer alguma Kntrctamo, nem sempre e facil identificar
coisa, muito inadequada ou estúpida cm frente e rotular respostas emocionais.3 Uma pessoa
da classe inteira pode eliciar sensações pode sentir uma aceleração cardíaca e um nó na
desconfortáveis s
Na medida em que as pessoas examinam
u A disentranaçao e a rotulaçdo dc 9cnsaçòes
as causas de suas emoções, elas muitas vezes emocionais sio aprendidas através de condicionamento
aprendem a relacionar aqueles sentimentos aos operante a putsr de modetos. regras* dicas c reforça-
estímulos • sejam US's ou CS*s - que os dieta- roento diferencial (>er Capítulos 8* 9, 10 e t\% A
ram. É claro que certas pessoas ou assuntos cooumkladc verbal usualmente tem dificuldade em
delicados sào CS’s para embaraço ou descon* ensinar o indivíduo a rotular precisamente esses emadert
toemos. (Bem, 1970; Sldnoer. 1974:Z2T, Balduin,
forto* enquanto sorrisos e faces atraentes são 1985). Os ptus nâo podem vero <toe se passa por baixo
CS's para sensações agradáveis. Os estimulos da pele dc seu ilibo e desentunar se a criança estó correia
elieiadores podem vir de fora ou de dentro do ou incorreta ao discnnuuar e roíutar diversas respostas
corpo. Mesmo pensamento*, fantasias e emocionai* portanto eles nfto pedem íoreeoer focdback
sonhos podem ser CS's que eticiam respostas preciso quando a criança descreve sentimentos internos. c
tsso limita a criança ao apeendee a dcscrcs^los
emocionais. precisamente. Uma vez qoe os agentes soctalizadores sdo
Quanto mais habilidade as pessoas limitados no ensinar disctiminaçta c rótulo* |w a
seittin>cntos usemos, o indivíduo achará mats dtficil
adquirem, para localizar os estimulos causais, compreender cosas de dentro do qoe coisas dc fora de
mdbor elas podem compreender seus senti m i corpo (Skinocr. 1969 229f). Notc-sc que a woedade
mentos emocionais. Algumas vezes, as baveu-se amplamente cm putas externos, ao enansr uma
pessoas pesquisam retroativamente em suas pessoa a compreender suas emoções. Se urna criança está
memórias tentando descobrir como chegaram daramente infeliz, os pais podem sckaonar vu a palavra
“m ac” ou a patsvrc "aumento** para ensinar o uso dc
a um certo estado de humor. Foi um tópico da rótulos emocionais pda cnaoça. dependendo de ser o
conversa? A menção de um velho romance caso da enançu ter perdido um brinquedo ou ter xisto um
que terminou dolorosamente? Uma conversa oocnpcinlictru ganhar um brinquedo rtuus bonito Em
agradável com uma pessoa atraente do outro conseqüência cbsso. a enança possa a basear-se cm esti
mates estenx» pus compnxtxfcr sentimentos irtcmoe.
de ouiro modo difíceis de compreender. Há Inis séculos
s Para obter dados sobre condicionamento Pavio* atrás. Sptnoza percebeu que as emoções eram melhor
vlano de pensamentos e d ca(xiüdadc dos pensamentos compreendidas eui termos de estímulos cacm os (Ehve&
4c p<odu?xrcm çondtaonamcixo futuro, ver Staats 1955:1281). sua análise dc emoçdes é uma das mdborcs
(196*. l9?S>eMabono (1970. 1974) na lacratum filosófica (WicnpahL 1979.121-127).
Porcipio» eo C s/re o ta n ^ n o ns Vtfla Ddna ~7
problemas com o tráfego 0$ medos infantis se de eliciar medo. e o casal se toma menos
extinguem porque o CS dc andar dc bicicleta preocupado com fogo do que estiveram nos-
na rua nio c mais emparelhado com mcscs imediatamente seguintes ao incêndio dc
experiências aversivas. A mesma extinção sua casa. Entretanto, lembranças ocasionais do
usualmente ocorre com os medos de outros fogo produzem suficiente recomitcionamento
estimulos. tais como foguetes, tempestades, mtem»tente que impede que o medo dc fogo
ficar no escuro, ou ficar sozinho Assim, é o desapareça totalmente. 0 recondicionamento
processo de extinção que nos permite liberar- intermitente ajuda a explicar porque alguns
nos de medos infantis. reflexos condicionados nunca desaparecem
completamente depois de introduzida a
A extinção não se limita a medos e
outras respostas emocionais negativas. extinçlo
Reflexos condicionados emocionais positivos Muitos americanos comem, desde a
e reflexos condicionados não emocionais se infância, alimentos que engordam Através de
extinguum também, se não forem mais anos de condicionamento Pavioviano, a visão, o
emparelhados com seus US’s originais cheiro e o pensar em costelas, bacon, lingüiça e
Quando bebês são amamentados, os seios se outros alimentos que engordam tornam-se CS’s
tomam CS's que eiiciam sensações agradáveis capazes de eliciar salivação e antecipar o
para o bebê, devido ao emparelhamento com prazer, quando se seni&m para comer. Depois
os US's de alimento e contato físico. que o médico diz a um paciente obeso para
Simplesmente ver o seio antes de mamar pode mudar paia uma dieta mais leve e a pessoa faz
eliciar um sorriso e CER’s positivas dc uma essa mudança, as respostas condicionadas a
criança que está sendo amamentada Quando a alimentos de alta caloria entram cm extinção.
m ie deixa de amamentar, começa o processo Quando uma pessoa vê amigos comendo
de extinção. No inicio, a criança pode ainda alimentos que engordam, num restaurante, a
olhar para os seios da mâo e puxar sua blusa visão, o cheiro, e o pensar nesses alimentos não
para pegá-los, indicando que os seios ainda são são mais emparelhados com os pruzeres dc
CS's para prazer. Entretanto, depois que sc comê-los. e os CS’s fornecidos por esses
eciceaou a amamentação, os seios não são alimentos gradualmente perdem seu poder de
mais associados com os US's dc alimento e eliciar respostas condicionadas. Diversos anos
gradualmente deixem de eliciar CER’s de mais tarde. uma pessoa que já foi gorda pode
prazer. achar difícil acreditar que esses alimentos eram
Ciclos similares de condicionamento e tão apetitosos e que o simples pensar neles
extinção ocorrem em outras situações na vida. eliciasse antecipação de prazer
Quando a casa de um casal é destruída pelo
fogo. que começou por eles terem acidental KECUPERAGfo ESPONTÂNEA
mente deixado o fogão ligado, eles ficam
condicionados a ter medo dc cometer erros que
possam causar fogo. Sair de casa ou deitar-sc Apesar da extinção enfraquecer reflexos
sem verificar o fogão são CS’s que eiiciam condicionados, esses recuperam parte de sua
medo Depois desse condicionamento, des força durante os períodos entre as experiên
podem ficar muito cuidadosos com o fogão e cias de extinção, devido a um processo que
outros utensílios durante meses ou anos Pavlov chamou "recuperação espontânea".2*
Entretanto, à medida que passa o tempo e eles Enquanto o condicionamento acontece quando
não tem mais acidentes com fogo, o processo um CS é emparelhado com um US e a extinção
de extinção começa a reduzir a força dos CS’s acontecc quando um CS aparece $cm seu US, a
para medo dc fogo, porque esses CS's não recuperação espontânea ocorre durante períodos
CStlo mais emparelhados com acidentes.
Gradualmente, os CS’s perdem sua capacidade
P o io c o s ao CoTOoryr%«Mo r a Vida Q á m _
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uma resposta mais fraca do que o CSs,e o CSs o pai está apresentando o CS, de mão Levanta
é ainda mais fraco para produzir uma resposta. da. o pai pode dizer "Não, Freddy", num tom
dc voz que difere da conversação normal
As razões para o condicionamento dc
Mesmo antes da criança ser capaz de entender a
ordem superior não ser tào tone quanto o
linguagem, "Nâo, Freddy" pode tomar-se um
condicionamento de primeira ordem são
CSj, através de condicionamento de segunda
simples. Primeiro, o US do qual todo o
condicionamento Pavioviano deriva sua força ordem. Quando Freddy tema puxar uma xicara
não está presente rvo condicionamento de de café da beirada da mesa, "Não Freddy”
ordem superior. Segundo, os CS's de ordem elida medo e suprime, em algum .grau, a
superior estão sendo condicionados a partir de resposta. Se Freddy vira-se para seu pai, o pai
outros CS's que estão em extinção porque não pode bem estar sacudindo seu dedo (o CS,X
estão sendo emparelhados com seus estimulos que elida uma forte resposta de medo c
condicionadores originais. fortalece o condicionamento de segunda ordem
do CS2 ( “Nâo. Freddy") Note-se que o US dc
O condicionamento de ordem superior
pode estar envolvido quando uma criança bater não esteve presente
pequena aprende a responder a indícios que O condicionamento de terceira ordem e
são estimulos preditivos - ou sinais de aviso - possive! se um outro estimulo ainda i colocado
associados com palmadas. Se um pai está na situação. Alguns pais usam pistas muito
prestes a bater na criança por oorrer para a rua sutis para avisar às crianças de puniç&es
ou puxar pratos na mesa, ha uma grande iminentes: uma firme pressão no ombro, raspar
probabilidade dc que uma mão levantada ou a garganta, ou um olhar fixo. Se qualquer
um dedo cm riste preceda as palmadas. O bater desses for regularmente emparelhado com o
propicia o US que elida dor, e a mio levanta* CS, (“Nâo. Freddy"), o novo estimulo pode
da ou o dedo em riste se tomam um CS, para o tomar-se um CS,, através de condicionamento
medo e o choro, por causa dc seu emparelha de terceira ordem. Se os pais são consistentes
mento direto com o US. Muitas crianças no uso desse estimulo, o olhar fixo ou a raspada
pequenas desistem imediatamente do compor de garganta pode suprimir o comportamento
tamento inadequado, logo que elas percebem indesejado c eliciar medo.
os gestos de mão ou de dedo que são
O condicionamento de ordem superior
intimamente associados e preditivos das
não é limitado a reflexos com componentes
palmadas. emocionais aversivos. Tanto reflexos emocio
Em seguida, um segundo estimulo pode nais positivos quanto os nào-emodonaís podem
ser cmpaidhado com o CS,, através dc tomar-se condicionados a estimulos de ordem
condicionamento de segunda ordem Enquanto superior. A mãe que amamenia e que tem
Vidâ 53
prazer em ver o bebé procurando o bico do Em quase todos os casos, palavras tais como .
seio (CS,), pode desenvolver um CS2 dc falar "saudável" e ‘‘re\igorante" tomai am-se CS*s
com amigos sobre amamentação, se falar for para emoções positivas devido a inúmeras
emparelhado com o CS, da criança tentando diferentes experiências de condicionamento
alcançar o seio. com muitos US's c CS‘s A capacidade das
palavras "saudável" e “revigorante" para
eliciar sentimentos positivos no ouvinte
CONDIClONAM F.mO DE depende menos dc se elas são puros CS,’s ou
ORDEM MÚLTIPLA puros CSj‘s do que do fato de elas terem tido
múltiplos cmpareihamentos com todos os tipos
Na vids quotidiana, o condicionamento de US's c CS’s que eliciam sensações positivas.
raramente ocorre na nirida ordem 1, 2, 3 de Quanto mais bem sucedido o corredor no uso
puro condicionamento de ordem superior de palavras que eliciam sensações positivas no
(apesar dessa nirida ordem poder ser atingida ouvinte, maior a probabilidade de que o ouvinte
seja persuadido dc que correr é bom. Os novos
no laboratório). Ao invés disso, estimulos
neutros podem tomar-se CS’s devido a uns sentimentos positivos do ouvinte cm relação ao
poucos emparelhamentos diretos com um US. coner resultam de condicionamento de ordem
em seguida diversas associações com um CS;, múltipla
e talvez alguns cmpareihamentos coincidentes Panfletos para pessoas que estão tentando
com CS3’s e CSj’s. Essas múltiplas experiên parar de fumar descrevem numerosas condições
cias de condicionamento fortalecem o CS, aversivas associadas com o fumar: os pulmões
apesar de não serem casos puros dc condicio pretos e danificados, 'mm-m
namento de primeira, segunda ou terceira o desconforto da difi*
ordem Os medos de alturas de uma pessoa culdade respiratória,
podem resultar de algumas quedas na infância o problema dc baixa
(US’s), avisos verbais sobre quedas (CS’$) e resistência, o sofri
numerosos outros CS’s que eliciam medos mento das vitimas de
associados com fraturas» salas dc emergências, eftzema, a agonia do
grandes seringas hipodérmicas, e assim por câncer de pulmão, a
diante. Chamaremos a isso de condicionamen solidão das crianças
to de ardem múltipla para indicar que proces que ficam sem o pai.
sos dc primeira, segunda c terceira ordem e assim por diante. A
podem se misturar em qualquer combinação. maior parle dessas
palavTas são CS’s i- ■-
O condicionamento de ordem múltipla é baseados cm condi- *
bastante comum na vida quotidiana. Por cionamento de ordem múltipla de muitos tipos
exemplo, as pessoas muitas vezes dependem diferentes de US’s e CS‘s Os condiciona
de condicionamento de ordem múltipla quando mentos múltiplos e redundantes dessas palavras
estão tentando persuadir os outros de que uma oomo CS’s para sensações desconfortáveis
dada causa ou atividade é boa ou má Ao tentar aumentam as probabilidades de que elas
convencer alguém de que correr é uma grande possam persuadir o leitor de que os perigos, do
atividade, o corredor pode listar todos os tipos fumar superam os prazcres.
de coisas positivas associadas com correr: é
revigorante, toma-o saudável, ajuda a perder Muitas vezes os CS’s produzidos por
peso, fò-lo sentir-se mais forte e mais indepen condicionamento de ordem múltipla sio
dente. e assim por diante. Muitas dessas bastante fortes e generalizados porque d es
palavras são CS’s que eliciam sensações ganharam força a partir de muitas fontes numa
positivas no ouvinte, mas seria pouco provável variedade de diferentes contextos Por exemplo,
que todas fossem puros CS,’s ou puros CSVs as palavras "juventude" e “vigor" quase
Punem*» do Cor<rKyiam«r*o m Vid» Oikla 5*
sempre carregam conotações positivas porque de cães. No começo, a criança pode ficar,
usualmente são CS's para sensação agradáveis apreensiva, quando os cães estSo por peno: mas
Esse efeito positivo pode ser trazido ao lentamente os CS’s eliciadores de medo são
condicionamento dc ordem múltipla de muitos contracondicionados (1) pela ausência de
diferentes tipos de experiências agradáveis estímulos aversivos e (2) pela presença de
associadas com juventude e vigor Esse estimulos pasitiws, provenientes do jogo
importante efeito será posteriormente discutido social. Depois de brincar várias vezes na
no Capitulo 7, sobre reforçadores condiciona presença dos cães, os medos iniciais da criança
dos generalizados. desaparecerão Se cia tiver experiências
adicionais positivas com os cies, o
condicionamento pode continuar ainda mais, de
CONTRACONDíCtONAMENTO modo que cães se tomem CS's para emoções
agradáveis Talvez as crianças levem o s cies a
Uma vez que um CS tenha sido um pic-nic, e façam uma brincadeira interes
condicionado a eliciar uma certa resposta, esse sante de atirar varas para os cães trazerem de
CS pode ser emparelhado com um US ou CS volta. Pelo fato da brincadeira e dos jogos
que elicia uma resposta diferente e incom serem emparelhados com a presença dos cies,
patível. Isso é contracondicionamento. O os cies eventualmente se tomam C S's que
segundo condicionamento vai contra os efeitos eliciam aconchego, sentimentos positivos, e a
do primeiro condicionamento combinando (I) criança pode pedir para ter um cio dc
extinção (uma voz que o CS original não é estimação.
mais emparelhado com os estimulos aos quais O contracondicionamento pode também
foi originalmente condicionado) c (2) novo funcionar em outra direção. Alguns homens são
condicionamento (em que o CS é emparelhado socializados para responder a carros potentes e
com os novos US’s ou CS’s que eliciam dirigir cm alta velocidade como CS’s para
respostas incompatíveis com as antigas). 0 vibração e excitação. O simples fato de ver um
contracondicionamento ocorre na experiência anúncio de um lindo carro esporte e pensar em
quotidiana c é também um procedimento dirigi-!o em aha velocidade pode proporcionar
central na terapia comportamental. CS’s suficientes para eliciar uma nova onda de
Na vida cotidiana, as respostas das excitação Essas associações positivas com
pessoas sào muitas vezes condicionadas de velocidade podem ser contracondicionadas, se a
uma maneira, numa cena idade, e depois velocidade for emparelhada com eventos
condicionadas de outro modo, em outra etapa suficientemente aversivos. Depois do primeiro
da vida. A criança pequena pode ser atacada acidente quase fatal de um homem, enquanto
várias vezes por um grande cão e aprender a dirigia em alta velocidade, os CS's de
temer càes Cães sc tomam CS's eliciadores de velocidade podem ser contracondicionados a
medo, devido ã associação com quedas pomo do homem não mais gostar dc dirigir em
dolorosa». O que acontece se a criança arranja alta velocidade; e depois de um segundo
um novo amigo que gosta dc cães e tem dois acidente grave alguns meses depois, a aha
câezinhos de estimação, que muitas vezes velocidade pode ser completamente contra*
ficam por perto enquanto as crianças estão condicionada com um CS que elicia
brincando? A criança que teve medo de cães sentimentos desconfortáveis. O grau de
pede verificar que seus medos estão contracondicionamento é influenciado pelo
desaparecendo.17 Brincar com o amigo elicia número de estimulos positivos e negativos
emoções positivas que vão contra os medos presentes durante o contracondicionamento.
que a criança tinha original-mente na presença Um corredor profissional • com fama. publici
dade. prêmios em dinheiro, e um estilo de vida
muito compensador, tudo girando em tonto de
** Bandura ct. <1967). corridas • poderia experimentar tanto condicio-
Pnw gpps c a C«mportam«nio n> Vida O i» » ^5
namenio positivo dessas múltiplas fontes, que de segurança tende a produzir contracondicio-»
dois acidentes não conseguiriam inclinar a namento mais efetivo.:(
balança para o lado negativo Um adolescente,
Um medo comum é o de falar num grupo
cujo grupo viveu e respirou canos, velocidade, de pessoas estranhas, tal como numa sala de
corridas e vibração, poderia também ter tantas
aula, uma assembléia dc partido ou um ato
experiências sociais positivas emparelhadas público. As pessoas com esse medo tem suas
com corridas que dois erros, quase fatais, não opiniões ou perguntas; mas toda vez que estSo
inclinariam a balança Entretanto, muitas prestes a levantar sua mio. seu coração começa
pessoas se tomariam bastante apreensivas em a sc acelerar, surge um nó em sua garganta, elas
relaç&o a dirigir cm alta velocidade depois de temem ser criticadas e não conseguem
um acidente serio e, depois de um segundo aventurar uma única palavra. Há muitas
acidente, experimentariam considerável ansie possíveis causas para o medo de falar em
dade -quando o velodmetro se movesse na grupos de estranhos: ter sido criticado ao fazer
direç3o dos números mais ahos perguntas nas primeiras series escolares, ter
experimentado fracassos embaraçosos ao falar
CONTRACONDÍCIONAM ENTO para grupos no passado, e assim por diante.
Experiências aversivas podem transformar o
TERAPÊUTICO falar diante de um grupo num CS que elicia
ansiedade.
Na terapia comportamental. o contracon-
Há vários modos pelos quais os
dicionamento é geralmente usado para alterar terapeutas podem ajudar o contracondicío-
o condicionamento da pessoa a OS's que namento do medo de falar em público. Primei*
eiiciam respostas emocionais indesejáveis. ro, ensinando-se ao cliente habilidades de rela*
DessensibUizoção sistem ática é o procedi* xamento. porque o relaxamento é incompatível
memo usado para contracondicionar CS’s que com medo e nervosismo; em seguida, pode-se
diciam medos c ansiedades perturbadoras; e começar o contracondícionamento. empare
contracondicionamento aversivo é o procedi* lhando estimulos eliciadores de medo modera
memo para recondicionar CS’s que eiiciam do com as respostas incompatíveis de relaxa*
emoções positivas problemáticas. Em ambos mento. Pode-se dar ao cliente uma série de
os cisos, o CS é emparelhado com estimulos exercícios para fazer, primeiro o cliente pratica
que diciam emoções opostas e incompatíveis.
o relaxamento c fala em pequenos grupos de
amigos, cm seguida para grupos maiores de
D essensibU izoção Sistem ática amigos. Eventualmente o cliente está pronto
para relaxar-se e falar para pequenos grupos de
estranhos c finalmente até mesmo para gnipos
A s pessoas podem superar medos e maiores de estranhos. Os exercícios são feitos
ansiedades emparelhando aqueles C S’s que nu n u série de passos graduais - o clicntc pode
eiiciam leve ansiedade com estimulos que levar semanas ou meses para superar os medos
eiiciam relaxamento e outras sensações de uma experiência, antes de passar para o
agradáveis, em seguida repetindo gradual próximo passo. Depois de conseguir falar para
m ente isto com C S's que elidam níveis cada pequenos grupos de estranhos, o cliente pode
ver m ais altos de medo e ansiedade, tjuando ser encorajado a candidatar-se para um trabalho
elas se sentem confortáveis em fazé-lo. Esse que envolva falar para estranhos em publico
prooesso é chamado dessenstbilisaçâo sistemá Uma pessoa poderia candidatar-sc a
tica. Apesar desse processo ser usualmente recepcionista numa clínica locai, pesquisador
feito através da imaginação de CS's indutores de opinião pública dc porta cm porta, ou
dc medo. enquanto o indivíduo está retocado, a
exposição real aos CS's temidos em contextos
Pwierai_qQ-Cc«pyi»m*f>M naV«3aOiána 56
qualquer outra coisa que (I) envolva contato sensações desconfortáveis 3 Um outro homem-
com estranhos. e (2) seja razoavelmente facil. que jogava compulsivameme na hípica recebeu
seguro e compensador Os medos do cliente choques enquanto fantasias-a a respeito do jogo,
sáo contracondicionados pelo relaxamento e escolhia seu cavalo no jornal do dia. via
eventualmente palas recompensas positivas de corridas de cavalo na TV, e assim por diante. O
interação bem sucedida. Esse processo dessen- contracondicionamento, terminou com sucesso,
sibiliza sistematicamente a pessoa de seus quando o jogador deixou de achar o jogo
medos anteriores. Falar em frente de estranhos positivo.*0
• um CS que um dia eliciou medo - pode even Geralmente, o contracondicionamemo
tualmente tomar-sc um CS que elicia prazer. aversivo c considerado apenas um método
paliativo que deve ser acompanhado com outra
C ontm condicionam ento A versivo terapia para ter sucesso duradouro.” Uma vez
que um alcoólatra inveterado tenha se “curado"
pelo emparelhamcnto do álcooi com experiên
Quando C S’s que eliciam emoções cias aversivas, o que poderia impedir a pessoa
positivas problem áticas são emparelhados dc tomar-se recondicionada, sendo o álcool de
com estimulos aversivas, eles gradualmente novo um CS para sensações agradáveis - como
perdem sua atração e se tom am neutros ou o foi antes do tratamento? Quando alcoólatras
aversivos. Esse processo é chamado dc deixam a terapia e retomam a suas vidas
contracondicionamento aversivo. Esse tipo de quotidianas, eles podem começar a beber uma
terapia componamental é usado com pessoas segunda vez, devido a experiências de condi
que tèm fones atrações paia atividades que são cionamento como as que produziram o pro
autofrustradoras, perigosas ou socialmente blema original de alcoolismo. Um casamento
inaceitáveis, tais como abuso de droga, infeliz, um trabalho deprimente, um grupo de
incesto, pedofilia e comportamento compul- companheiros que gosta de freqüentar os bares
sivo. Por exemplo, jogadores compulsivos tèm locais, ou uma variedade de outros fatores pode
uma história de associações positivas com criar situações que reco adicionam o álcool
jogo, que faz com que muitos aspectos de como um CS com associações agradáveis, tão
experiência de jogo se tomem CS’s que efetivamente quanto o terapeuta o tenha contra-
eliciam sensações de prazer. Em conseqüência, condicionado* Para ajudar o ex-alcoólatra a
alguns jogadores nào conseguem parar de evitar tomar-se recondicionado a gostar de
jogar mesmo que estejam perdendo e com álcool, a terapia tem que ir além do contracon-
enormes débitos. Esse comportamento dicionamento aversivo. Pode ser necessário um
compulsivo pode destmir casamentos, ameaçar aconselhamento matrimonial para resolver
seus empregos e algumas vezes conduzir ao problemas familiares, de modo que o cliente
roubo como um recurso para conseguir possa começar a gostar de vir para casa de noite
dinheiro. O comracondicionamenio aversivo sem ter que primeiro ficar bêbado Ajudar o ex-
pode ser usado para remover as fortes aicoólatra a encontrar uma ocupação mais
associações positivas com jogo e tomá-lo
neutro ou não-atrativo para a pessoa. Por
exemplo, o jogo compulsivo pode ser tratado s Baifccre Miller (1966).
através de emparelhamento dc choque elétrico “ Goomev (1968).
com os objetos e comportamentos que estão
31 Bandura (1969 209).
geralmente envolvidos no jogo Um homem
que perdeu o pagamento de cada semana para Pessoas que cnfttniain situações avenivas - por
as máquinas dc jogo recebeu choques durante exempto. ura casamento infeliz, um trabalho aiüroewe
csuesMntc • podem descobrir que o álcool pode ua/tt
Iodas as fases do jogo • desde o inserir da ficha relaxamento e dmunatr sensações avcravàS A Kdu^LO
até ver o resultado - até que todos os aspectos da csumulaçào avmna reforça se» uso futuro do álcooi
de jogar se tomaram CS's que cliciavam e transforma-o num CS com associates agradáveis.
Princípios do Comportamento na Vida Diária 57
gratificante poderia resolver problemas pode ajudar a preencher as horas que usava para
resultantes de um trabalho mal-remunerado ou escorregar montanha abaixo, do tédio para a
monótono. Introduzir a pessoa num grupo embriaguez.
esportivo, em uma atividade da comunidade,
num clube de serviço ou num hobby atraente,
CO NCLUSÃ O
que associa a marca X com CS's para ansiedade e sentimentos desagradáveis, e esses
sentimentos agradáveis. Depois dos ob CS's aversivos ajudam a suprimir os operantes
servadores terem visto repetidos anúncios que podem causar fogo ou acidentes.
positivos para a marca X, as experiências
Os meios de comunicação muitas vezes
tenderão a condicionar a marca X como um
apresentam CS's associados com ansiedade
CS com associações positivas, portanto um
para reforçar negativamente respostas de fuga
reforçador (exceto para aquelas pessoas com
ou esquiva. A maior parte das pessoas tem
forte condicionamento negativo em relação a
sido condicionada a ser sensível e estar alerta a
fumar). Se a loja local nào tiver um cigarro da
CS’s que eliciam emoções desagradáveis.
marca favorita do fumante, ele tem mais
Estímulos que sinalizem um aborrecimento
probabilidade de selecionar a marca X do que
iminente muitas vezes chamem nossa atenção e
uma marca menos bem anunciada.
assim nos ajudam a nos preparar ou nos
Esse tipo sutil de condicionamento prevenir de conseqüências aversivas. Somos
funciona? Uma indústria multi-milionária de negativamente reforçados por estar alertas a
propaganda existe, porque funciona. Para cada esses CS’s porque nossa preparação nos ajuda
dezena de pessoas que nunca mudarão de a evitar eventos aversivos associados com os
marca (ou não fumam), há umas poucas CS's. Propagandistas se aproveitam disso.
pessoas que podem mudar de marca se Uma gravura de uma casa em chamas e uma
expostas a repetidas experiências sutis de família desabrigada olhando desampa
condicionamento.10 radamente, fomece CS’s visuais que criam
Nem toda a influência dos meios de impacto emocional para a legenda do anuncio,
comunicação se baseia na apresentação de “O seguro de sua casa é adequado?". Essa
cena pode tomar o proprietário levemente
CS's que eliciam emoções de prazer. Drama,
ansioso. O leitor pode tentar tranqüilizar a
ficção, anúncios e notícias muitas vezes
utilizam CS's que eliciam medo, ansiedade, ansiedade aliciada pelos CS's verbal e
pictórico, lembrando-se da foto de que já tem
tristeza, compaixão, ódio ou outras respostas
emocionais, e esses CS's podem, em troca, um bom seguro, mas se o seu seguro e
inadequado, a pessoa pode continuar lendo o
suprimir certos operantes ou reforçar negativa
mente outros. Por exemplo, anúncios e anúncio em busca de informação que possa
diminuir o medo da perda.11 Se o tipo de
cartazes que foram projetados para suprimir
seguro que está sendo anunciado promete uma
comportamento, muitas vezes usam CS’s que
eliciam ansiedade. Zé Colmeia é mostrado ao generosa cobertura, ele se tomara um CS
lado de uma floresta em chamas, rodeada de associado com segurança e fuga da ansiedade,
simplesmente porque ele é emparelhado com
animais aflitos e desabrigados, sendo, todos
uma solução para o problema. Para o leitor
esses, CS's que eliciam sentimentos
preocupado, esse CS positivo reforça a leitura
desagradáveis. Anúncios exortando-nos a não
cuidadosa do anúncio e alimenta a
dirigir bêbados mostram um carro amassado
probabilidade de telefonar para a companhia
com um corpo sendo tirado numa maca, junto
de seguro.
com outros estímulos aliciadores do medo
associados com morte. O condicionamento Assim, CS's que eliciam emoções
Pavloviano produzido pelas mensagens desses agradáveis ou desagradáveis podem ser
meios de comunicação aumenta as chances de empregados para aumentar a freqüência do
que as pessoas respondam a incêndio em comportamento operante porque eles podem
florestas e a acidentes de carro como CS's para
11 Algumas pessoas aprendem a não olhar os meios
dc comunicação que retratam CS‘s aversivos
10 Bem (1970:700; Broad (1980). (Lcventhal, 1970).
Principio» oo C&«n&gna<T»y>to na V 4a tfeána M
pessoa tem direto de dar um tapa real, com esse tipo de conversa se tomara um CS que*
alguma força Durante a infância, a maioria das pode eliciar enrubescimento (devido a
pessoas tem numerosas experiências de apren condicionamento Pavloviano). Uma vez que o
dizagem que condicionam o estimulo "objeto enrubescimento foi didado, reforçamento ou
movendo-se rapidamente em direção do punição subsequente podem alterar a tendên
braço” como um CS associado com dor. O cia futura da pessoa para cnrubescer*sc. Se
estimulo *objeto movendo-se rapidamente em uma pessoa recebe simpatia quanto outros
direção ao braço’ é freqüentemente seguido verificam que da está enrubesdda a simpatia e
pela experiência dolorosa de ser atingido pelo a preocupação carinhosa podem reforçar a
objeto . Ser atingido é um CS que causa dor e resposta de enrubescimento e tomar a pessoa
uma resposta reflexa de recuo Depois de mais predisposta a se enrubescer facilmente no
repetidos emparelhameoios, o estimulo "objeto futuro Por outro lado, se o enrubescimento e
movendo-se rapidamente na direção do usualmente punido - talvez por um curto
braço" toma-se um CS que pode eliciar o comentário, “você age como um bebi, Fred" -
recuo e sentimentos de ansiedade. Assim, a o enrubescimento será suprimido. Como
pessoa ingênua que é abordada por um conseqüência do condicionamento operante.
entusiasta jogador dc recuo usualmente faz algumas pessoas têm mais probabilidade de
papel de um bobo, fortemente condicionado a enrubescer-se do que outras. A propensão de
dar uma resposta de recuo, quando submetido cada indivíduo para enrubescer-se é influen
pela primeira vez a um golpe falso. Depois de ciada peta sua história individual de reforça
perder -diversas vezes numa serie e ficar com o mento c punição para sua resposta reflexa.
braço dolorido, um iniciante no jogo pode Há numerosas respostas emocionais
aprender certas habilidades operantes para universais - tais como sorrisos, risos, franzi*
suprimir a resposta de recuo ou pode aprender raento de sobrancelhas, rubor e lagrimas •
a evitar ficar envolvido no jogo. O recuo pode observáveis em pessoas em todo o mundo
ser suprimido em alguma medida, retesando os Essas respostas emocionais reflexas sio mais
próprio* músculos ou focalizando sua atenção invariáveis na primdra inflncia, antes de serem
para longe do golpe falso, e esses operantes modificadas pela experiência de aprendizagem
são negativamente reforçados pela esquiva de
social. No decorrer dos anos, a forma e
conseqüências aversivas.
frequência de todos esses reflexos podem ser
modificadas por condicionamento operante. de
4.R eflexos M odificados por modo que uma pessoa sorria ou ria muito mais
Condicionam ento Operante. que outras, algumas chorem mais facilmente
que outras.13 Por exemplo, sorrisos e risos são
De inicio os psicólogos pensaram que respostas reflexas elidadas por eventos
reflexos não podiam ser modificados por moderadamente surpreendentes ou novos e
condicionamento operante Dados mais certos outros estimulos positivos A novidade
recentes mostram que a freqüência e a form a e as surpresas dos brinquedos no parque de
de m uitos reflexos podem ser modificados por diversões cliciam sorrisos e risos na maior
reforçamento e punição/2 Por exemplo, parte das pessoas jovens. Devido ao condicitv
ennjbeschnento e uma resposta reflexa que namento Pavloviano. vários aspectos dos
aparece durante o embaraço, culpa e uma parques de diversão tomam-se CS's que
variedade dc outras experiências aversivas. Sc eliciam sorrisos e risos. Reforçamemo e
um adolescente se tomou muitas vezes punição podem então modificar a probabi
embaraçado ao falar sobre sexo com adultos. lidade de que essas respostas ocorram no
CO NCLUSÃ O
U S -» U R
M in .T lP in S ESTÍMULOS
C S -> C R
ANTECEDENTES
da vida cotidiana são uma rica mistura de respostar facilitadoras ou com petitivas Estes*
visões, sons, odores, gostos. sensações (ateis e pontos são ilustrados a seguir.
sentiment os: . Alguns destes estimulos captam
nossa atenção, enquanto que outros perma Em primeiro lugar, o condicionamento
necem no fundo ou nào sâo conscientemente anterior pode levar um estimulo (mesmo um
percebidos, alguns tèm importantes efeitos estimulo relativamente fraco) a « r uma
sobre nosso comportamento enquanto que significativa influência sobre o comportamento.
ouíros têm um efeito muito pequeno. Portanto, Uma mâe que ouve o choro de seu bebe doente
o estudo do comportamento deve levar em no quarto ao lado pode ver que seus pensa
conta as colagens de estimulos e sua influência mentos e sua atenção são imcdiatamenlc dirigi*
sobre o comportamento. dos para a criança, ainda que ela esteja no meio
de uma conversa interessante. O choro do bebê
Cada estimulo da colagem de estimulos funciona como um CS que elicia respostas
pode funcionar como (!) um US ou um CS emocionais na mãe e como um S ^ para a mãe ir
para reflexos, (2) um ou um S'* para ao quarto atender seu filho. O chôro se lornou
operantes, (3) os dois ao mesmo tempo, ou (4) um CS que d k ia respostas emocionais devido
um estimulo neutro. Os estimulos neutros não ao feto de ter sido anteriormente relacionado a
têm qualquer influência particular sobre o perigos para a criança e problemas para a mãe.
comportamento, mas podem se tomar CS's. O chôro se tomou um para o comporta*
S*>s ou S s condicionados. 0 seguinte memo dc atender o filbo porque esta resposta
exemplo ilustra como os estimulos podem foi negativamente reforçada, no passado, pelo
exercer múltiplas funções Quando uma pessoa término da situação estressante.
olha para uma bela pintura, os estimulos desta
Em segundo lugar, se o bebe estivesse no
obra de arte podem funcionar tanto como CS's
quanto como S ^ s. Os CS's da pintura podem mesmo quarto que a màe. os seus primeiros
eüdar respostas emocionais positivas e refor sinais dc desconforto teriam sido mais salientes
çar o comportamento dc parar para admirar a - mais visíveis - para a mãe. Ela teria reparado
obra Os estímulos também funcionam como na inquietação e nos primeiros gemidos (que
não «am salientes quando o bebê se encon
S ^ s para pensamentos, comentários para
outras pessoas, e talvez um passo á frente, para trava em outro quarto), e poderia ter atendido 0
ver um pequeno detalhe pintado num canto mais bebê antes mesmo que d c começasse a chorar.
escuro da tela. Assim, a proximidade, perceptibüidadc e
saliência dos estimulos aumentam a probabili
O poder que cada estimulo da colagem dade de que eles afetem o comportamento.'1
tem de influenctur o comportamento depende
(!) da extsiincta (ou não) de condicionameiuo
anterior do indivíduo com respeito a este 5 Além desses faiorci. a cficiànaa dos US’s depende
estim ulo ou semelhantes: (2) a salièncta (isto è, (a) do grau p do qual estamos bwtegicagienie
visibilidade) do estimulo no conjunto de prepared» a responder a des; c rt>) no caso de US's
estím ulos presentes e (3) a existência, no que funcionam como ictbrçxlores incondKtonadas. do
«tudo de p rivado ou saciaçào atual do indivíduo.
momento, de outros estimulos que produzem
* Dmame o cordidoDamcnio operatic e Pavioviano.
um estimulo saliente pode ofuscar cftntmlo6 menos
3 Ainda que a pesquisa expenntcnial *obrc US's, salientes (n u s mais importantes) e passar a exerça
CS’s. S ^ s e S4,s frequentemente ira c dc situaçóes um controle indevido sobre a resposta que está scado
simples, oas quais apenas uni pequeno número de condicwnada (Kauun. 1969; Rescoria e Wagner. 1972;
estimulos < estudado de cada vez. os am biento naturais Mackintosh. 1975; 1977). M esa» quando um SD o«
mais complexos; portanto, tem-se que considerar CS válidas passam a controlar uma resposta operante ou
u n a coiagem uueira de etttmolos quando sc estuda reflexa pode se sobrepof ao controie exercido pelo
o comportamento ein sttuaçto natural. estimulo ntais váhdo.
Princípios do Comportamento na Vida Diária 69
que esteve num parque de diversões-7 Fred "Fred, você me põe nervosa. Pira com isso.*-
então olha para você c pergunta: “O que você Olbando distraidamente pela sala. você nota o
acha da idéia de irmos à inauguração do relógio, que até este momento era um estimulo
parque?* Este é apenas mais um para não percebido. "Meu Deus! Já são quatro horas
contar o caso do parque de diversões, de modo e eu tinha que estar cm casa às très e meia!*
que você acaba contando. Todo mundo ri. Este comentário serve para mais uma vez mudar
EntSo. Judy conta outra história sobre o mesmo o assunto da conversa
assunto. Desta forma, se perde a conversa A colagem de estimulos contém muitos
original sobre acampamentos, o assunto agora é estimulos antecedentes que afetam nossos
outro Como desapareceram os S ^ s iniciais, pensamentos, palavras e outros comporta
também desapareceram seus pensamentos mentos. Algumas vezes, o fluxo de estimulos
sobre acampamentos e urtigas, que estavam controla cadelas suaves de pensamentos e
predominando minutos atrás. ações, mas conjuntos complexos e heterogêneos
As mudanças de assunto nas conversas de estimulos podem facilmente oontrolar
ocorrem quando os comentários de um dos padrões complicados e desconexos dc
participantes servem como S ^ s para pensar e respostas.
falai sobre outro assumo. Esta digressão
fomece outros S ^ s para outras respostas
verbais que fazem com que a conversa ESTÍMOI.OS EXTERNOS £ INTERNOU
permaneça afastada do assunto original.
Estimulos provenientes de fontes alheias ã Os estimulos antecedentes que influen
conversa podem também afetar o impacto total ciam o comportamento podem provir de dentro
da colagem de estimulos sobre os participantes. ou de fo ra do corpo.* Os estimulos que vêm de
Se alguém liga o som bem alto, a conversa fo ra do corpo são detectados petos cinco
tenderá a se tomar também mais alta, pois os sentidos. Ver c ouvir um amigo entrar em casa
participantes elevam a voz para frigir da altera sua colagem de estimulos, acrescentando
conseqüência aversiva de não conseguir ouvir o estimulos externos que podem ser CS's para
que os outros estão dizendo. Música e respostas reüexas condicionadas tais como
conversas muito barulhentas são S^'s para sentimentos agradáveis e sorrisos, e S ^ s para
comportamentos de rir, agir de forms um pouco comportamentos operantes tais como cumpri
mais tola que o normal e se balançar ao ritmo da mentar c gracejar. As respostas de seu amigo
música. Os S ^ s de uma música mais suave então servem como estimulos antecedentes
poderiam ter efeitos diferentes, por exemplo, para seu próximo conjunto de pensamentos,
falar mais baixo, e, talvez, sobre assuntos mais sentimentos e respostas.
sérios.
Os estimulos de dentro do corpo também
Relógios, cinzeiros e outros objetos na entram na colagem total dc estímulos. Uma dor
sala também enriquecem a colagem de de dentes e um US interno que elicia uma
estimulos. Às vezes, eles têm um efeito tão resposta emocional de dor. Ela também é um
evidente sobre o comportamento que se
destacam do fundo. Sem prestar atenção ao que
está fazendo, Fred começa a rodopiar o cinzeiro * A iw b que os csümutos que vim de deouo óo
sobre a mesa O cinzeiro é um S ^ para a corpo possam exercer courolc sobre resposta* operantes
e reflexas, da mesma forma que os estimulos que vèra de
resposta de todopiã-k>. ainda que Fred não fora dete, è mais diQcü ptua a sociedade ajudar o
repare no que está fazendo, pois sua atenção indivíduo a aprender a identificar oooctaocatc os
está voltada para a conversa. Para Judy, o estimulos internos bo que os exteraos. (Skianer. 1974,
cinzeiro rodopiando serve de para dizer. 21ff: Baldwin. 19*5).
pnncioifts dõ Ccmcortamento oâ Vida Otifia 71
SO para operantes tais como procurar um emocionais, as quais causam mais um aumento
dentista ou tomar um analgésico. Se seu na preocupação, o que pode levar a níveis
coração começa a bater rapidamente, as elevadíssimos de ansiedade. (Na verdade,
sensações internas podem funcionar como CS’s, estudos têm mostrado que outras pessoas
especialmente se você foi condicionado a se percebem menos nossas respostas emocionais
preocupar com taquicardia ou com a do que imaginamos A maioria das nossas
possibilidade de ter um ataque cardíaco * Da respostas emodonais ocorrem dentro de nossos
mesma forma um excesso de movimentos e corpos e essas respostas internas são menos
sensações desagradáveis no trato digestivo salientes para os outros do que para nós *.
funciona como um CS que d td a ansiedade Saber disto pode ajudar muita gente a evilar
numa pessoa sensibilizada pela possibilidade de esta espiral de ansiedade crescente que resulta
contrair úlceras. Outra vez, estes estimulos da preocupação de que outros estejam
internos podem funcionar como S ^ s que percebendo suas emoções, quando enfrentam
levam a pessoa a fazer dietas, exercidos ou ir situações difíceis.)
ao módico. Estimulos internos podem também As pessoas aprendem a responder a
eliciar sentimentos agradáveis Quando alguém estimulos externos, internos ou a ambos como
está numa boa condição física, as sensações dicas para um dado componamento. 0 compor
corporais fornecidas pela respiração profunda e tamento de comer, por exemplo, pode ser
pelos movimentos bem coordenados dos controlado por um grande número de estimulos
músculos, quando se faz jogging ou ginástica externos (tais como o relógio marcando meio
sSo provavelmente CS's dc origem interna que dia, estar na cozinha, o cheiro dcJtrioso de
elidam respostas emocionais agradáveis. Estes algum alimento, ver outras pessoas comerem,
mesmos estimulos internos podem servir de ser convidado a comer, etc.), e também por
S ^ s para se pensar sobre como é bom se sentir estimulos internos (as sensações estomacais
saudável e forte. que nos indicam a fome) As pessoas gordas
O comportamento de uma pessoa pode costumam comcr cm resposta a S ^ s diferentes
ser influenciado simultaneamente por estimulos das pessoas magras 9 Os magros tendem a
externos e internos. Os CS's externos responder principalmente aos S ^ s internos
produzidos por ouvir o patrão criticar seu fornecidos pelo estômago vazio, de forma que
trabalha podem produzir um "bolo* era sua eles não comem quando não estão com fome
garganta, um tremor na sua voz. palpitação, e Por outro lado. os gordos parecem comer
outras respostas emocionais. Estas respostas sempre que encontram qualquer dos inúmeros
servem de S ^ s internos para pensamentos do S ^ s que eles relacionaram à comida. Assim, ir
tipo: "Espero que ele não perceba que eu estou á cozinha pode resultar num consumo de mais
tão nervoso. Sc não, pode pensar que eu perdi 200 calorias, no caso dc um gordo, e não ter
o controle da situação". Seu pensamento de que qualquer efeito para um magro Todos os S ^ s
o patrão possa estar percebendo seu nervosismo presentes na cozinha induzem o gordo a pro-var
aumenta os CS's internos, que eliciam outras um pedaço do bolo. ir á geladeira, comer as
respostas emocionais • tais como suar * c estas sobras do jantar, etc. No caso da pessoa magra,
por sua vez aumentam ainda mais sua estes S ^ s externos têm pouca ou nenhuma
preocupação a respeito de seu patrão estar influência sobre o componamento, a menos que
percebendo seu nervosismo. Assim se forma um haja sinais internos de estômago vazio, que
circulo vicioso Cada novo aumento na sinalizam que ele precisa comer.
preocupação só faz aumentar as respostas
'. McEwancDcv«ns(t983).
r. Valins eR ay O * ’ ) * Schachier(1967)
Pnnd&»o> ao Componamento na vida Diana 7 7
GENERALIZAÇÃO «WEKANTE)
situação original (S^), a probabilidade de move para situações que são cada vez menos
aparecer a resposta de apontar ê ainda menor semelhantes ao contexto de estimulos no qual a
No interior dc um grande edifício, sem janelas resposta foi reforçada, há um número cada vez
para se ver o exterior (S^). é improvável que menor de estimulos que sc parecem com os
uma pessoa aponte, se lhe pedem esta S ^ s originais, ò medida que a colagem de
informação Quando a pessoa que informa não estimulos se tom a cada vv: mais diferente da
pode ver o interlocutor, como acontece colagem originai, e que dim inui o número de
quando a conversa é feita por telefone S ^ 's conirotadorei da resposta. dim inui
(S^), a probabilidade de apontar è ainda menor também a probabilidade da resposta ocorrer^
Quando a informação é dada por escrito, numa Isto é mostrado na Figura 5-1: A probabilidade
carta. (S'*), é muito pouco provável que o da resposta declina á medida que o comcxto de
comportamento de apontar ocorra. estimulos muda de S ^ para S4. Além disso, a
resposta generalizada _ quando aparece nos
A probabilidade de responder a cada uma
contextos cm que nào foi reforçada (S*, S^,
das configurações de estimulos (S ^, S^, S^,
S3 e S4) _ é emitida, geralmente, de modo
S3, S4) produz uma curva chamada gradiente
menos rápido e menos intenso do que no
de generahzaçüo (veja a Figura 5-1) A forma
contexto discriminative original ” .
da curva __ isto e, a quantidade de generalização
a novos estimulos _ depende da natureza c
saliência dos estimulos dc coda colagem, alem Vantagcfu da Generalização. Dadas as
da história passada de condicionamento da mudanças constantes que ocorrem na nossa
pessoa. vida, nunca somos expostos a colagens de
estimulos exatamente iguais ás que estavam
Sempre que um comportamento é
presentes quando nossas respostas foram
colocado sob controle de S ^ s específicos, há
aprendidas, no passado. Como disse Heráclito,
um certo grau de generalização a outras
o filósofo grego, há mais ou menos 2.500 anos
situações semelhantes. O grau de generalização
atrás, "Nunca sc pisa duas vezes no mesmo rio,
depende da força dc controle discriminative de porque da segunda vez, a água que corre já não'
todos os S ^ s da colagem dc estimulos. Muitos é a mesma da primeira.” O mundo está sempre
dos estímulos salientes e preditivos nos em mudança. Nunca experimentamos por duas
contextos em que um componamcruo é vezes padrões de estimulos exatamente iguais.
reforçado assumem um controle discrirainativo Ainda assim, há um número suficiente de
parcial, sobre este comportamento11. No semelhanças, de dia para dia, para que
contexto original da aprendizagem - o contexto possamos responder ao ambiente cm mudança
do S& . onde estão presentes vários destes com várias das respostas que foram eficientes
estimulos preditivos. a probabilidade de no passado.
responder é alta Ò medida que uma pessoa se
Quando aprendemos novas habilidades,
nossa aptidão para aplicá-las a novas situações
° No laboratório, o euimulo mais predativo. (graças à generalização) c. muitas vezes,
so a abo. sc toras o domiitanw que cootn&i a adaptativa. Se aprendemos a criticar intelec
resposta. C om o ambkmc natural é muito mats tualmente as promessas dos políticos, esta nossa
coenplcxo c vanftvd que o do taboraioric. alguns nova habilidade pode se generalizar, dc tal
prcdiiorcs podem cuai presente* durante alguns dos
period» dc reforçamento. nrn ausentes em outros.
Assim, mwtos estimulos pred&vos podem se tomar n . Para usar uma linguagem m as lécntca. estas
S**s p an utna resposta Quanto maior o número de respostas têm um tempo de reação maior, uma
S ^ s presentes para um dado componamciuo. maior a frequência e amplitude menor do que a resposta
probabilidade que o oocnportameuo seja emitido emiuda d o contexto discriminative anginal (Nona.
(Miltcre Ackley. 1970: Wass. 1972) 197la:lf?0-
Rf>ncl&cs rto Corri&ftflyncfitQ na Vida Qhána
forma que possamos também criticar promessas a resposta foi supergeneraliuuia Se os país*
de outras figuras de autoridade. Esta tendência ensinam a uma criança a fazer sempre o que o
de nossas respostas _ que foram reforçadas na professor diz. a criança pode supergeneralizar e
presença certos estimulos _ dc aparecer na obedecer, de forma pouco critica, a um
presença de estimulos semelhantes (via professor, mesmo quando de solicita comporta
generalização) é muitas vezes eficiente. Se não mentos pouco usuais, como acontece nos casos
fosse assim, teríamos que aprender estas de abuso sexual nas escolas. Também ocorre
respostas separadamente para cada situação a supergeneralização quando uma pessoa aprende
que das possam sc aplicar. um fato novo e passa a 'explicar" tudo em
termos deste novo fato. Quando se ouve falar
sobre as manchas solares e sua influência sobre
o clima, uma criança pode tentar ’explicar" o
dima diário, os humores dc seus pais, suas
ptohtbihWi AircspOtfU
novo corrtexto, eta será reforçada. Inicialmente, Ela representa um desperdício de esforço,
a resposta generalizada parecerá probatória, portanto, não ê reforçada. Na verdade, ela pode
fraca ou incompleta no novo contexto; mas ser punida. Apontar e dizer: "Vá naquela
depois de ser reforçada, d a se tomará uma direção.", pode ser seguido pela resposta, "Eu
resposta dc alta probabilidade diante dos novos sou cego " Esta resposta pode servir como um
S^s. punidor da resposta de apontar quando sc fala
com um cego Ela pode também eliciar
respostas emocionais negativas c fazer com que
você se sinta estúpido e insensível Graças à
punição, os óculos especiais ou a bengala
branca que os cegos usam se tomam estímulos
Quando as pessoas aprendem a discriminativos (S s) para a resposta dc não
responder de form a diferente a estimulos apontar
diferentes, elas aprenderam discrimina-
çâes. Enquanto que a generalização implica A causa mais Importante da aprendi
em emitir a mesma resposta em várias situações, zagem da dlscrm tiaçào é o reforçametuo
a discriminação implica em emitir respostas diferencial, isto é. diferentes padrões de
diferentes a estímulos diferentes. A discrimina reforçamento ou punição na presença cie
ção ocorre quando pessoas aprendem que uma estim ulos diferentes. Os estimulos antecedentes
resposta que foi reforçada em certos contextos que precedem a resposta reforçada e que são
pode ser ou punida ou nâo reforçada em outros bons preditores de reforçamento se tomam
contextos. SP 's para responder; enquanto que os estimn-
los aiuecedentes que precedem e predizem
punição ou não reforçamento se tornam o s
para não responder. Se há reforçamento
diferencial para a resposta de apontar * isto é,
ela é reforçada quando usada na presença de
pessoas que vêem e punida ou não reforçada
quando usada diante de cegos - estas conse
qüências diferentes levam os estimulos prediti
vos associados com o ceforçaroemo a sc
tomarem S ^ s c os estimulos preditivos associa
dos com o não reforçamento ou a punição a se
tomarem S^s Contato visual com o interlocu
tor é uma pista preditiva de que esta pessoa
pode ver, enquanto que óculos escuros ou
FIGURA 5-5 A probabilidade de apontar,
bengala hranca são pistas preditivas de que a
depois dc leforçamento diferencial.
pessoa ©cega.
0 reforçamento diferencial afeta o
Quando abordado pela primeira vez na gradiente original de generalização, como
rua por um cego em busca de infonnações vocè mostra a Figura 5-5 Punição ou não
pode usar a resposta generalizada de apontar, reforçamento providos pelas pessoas cegas
uma vez que esta colagem de estimulos c tão diminuem a probabilidade de aparecer a
semelhante aos contextos anteriores em que resposta dc apontar neste contexto de Si . Os
esta resposta foi reforçada. Entretanto, a efeitos da punição ou não reforçamento sc
resposta de apontar nâo é instrumental, quando generalizam até certo ponto, de tal forma que o
utilizada em comunicações com pessoas cegas. novo gradiente de generalização (linha contínua
PUnciwoft Bo Comportamento o a Vmo D âfia 78
da fíuurai apresenta uma depressão, nlo amigáveis (e também outras respostas que da
somMite no conlexto de S \ mas lambem em mesma forma foram reforçadas neste contexto
contextos semdhanies Se uma pessoa recebe deSD)
outras punições ou não retbrçamentos por Note que esta mesma expressão fadai que
aponiar em interações futuras com pessoas
funciona como para a resposta de brincar
cegas, a curva de resposta pode sofrer uma pode funcionar como S'* para outras respostas.
supressão ainda maior.
Se você tenta começar uma discussão filosófica
séria, quando seu amigo está sorrindo, este
pode punir esta sua resposta- "Vamos deixar
Sensibilidade SociaL Algumas pessoas
destes assuntos sérios c nos divertir, pelo menos
aprendem a discriminar diferenças sutis em
vinhos, queijos, culinária francesa, e outros desta vez." Se a conversa seria é frequen
temente reprimida, interrompida ou ridiculariza
estimulos gustativos. Outras pessoas não
Algumas pessoas aprendem a discriminar da neste contexto, enquanto que « brincadeira é
diferenças sutis nas expressões fadais, posturas reforçada, os sorrisos dos outros são estímulos
corporais, e inúmeras outras expressões sociais. preditivos que se tomam S‘vs para nio começar
uma conversa séria e S ^ s para brincar. As
Outras permanecem insensíveis a todas, com
exceção das pistas sociais mais óbvias. A pistas da colagem de estimulos são as mesmas
aprerxiizagcm das discriminações sutis em ambos os casos; mas a pessoa que
necessária á sensibilidade social se baseia muito discrimina traz a colagem uma história de expe
no reforçamento diferencial riência de aprendizagem que faz com que um
sorriso funcione como um S& pars uma
As expressões faciais não seriam tão resposta e funcione como um S4 para outra
importantes para nós se não se concladonas- resposta, dependendo dos padrões de reforça*
sem com diferentes padrões de reforçamento e mento e punição associados com cada uma
punição. Se as pessoas exibissem máscaras destas respostas.
idênticas que escondessem todas as pistas
faciais, estas máscaras seriam inúteis na Nossa sensibilidade aos sentimentos e
discriminação entre uma pessoa c outra, ou emoções dos outros tambem se baseia muito no
entre disposições amigáveis e hostis. Emretanto, reforçamento diferencial por reparar n&s pistas
a facc humana muda de forma que muitas vezes relativas às suas respostas emocionais e
se correladona com a indinação da pessoa para t-inscrever de maneira precisa - para nós
responder de forma positiva ou negativa ao mesmos ou cm voz alta - as emoções relevantes
nosso comportamento 14 Por exemplo, quando Muitas vezes as pessoas comentam a respdto
você começa a brincar com uma pessoa que está das disposições afetivas do interlocutor. "Vocé
sorrindo, há uma chance maior de que a pessoa parece triste hoje, Jutie*. Julic pode responder
reagirá de maneira positiva e reciproca, do que de maneira a fornecer um feed-back positivo ou
se esta pessoa estiver séria. Assim, sorrisos são negativo' "É, eu hoje estou mesmo ateio triste.”
estímulos preditivos que se tomam S ^ s que ou ”N2o, eu apenas estou um pouco cansada.”
estabelecem a ocasião para as brincadeiras Este tipo de feed-back positivo ou negativo ãs
discriminações sociais fornecem vários tipos de
reforçamento diferencial: (l) Simplesmente
^ l}. Modelos e tegras podccn fornecer informação óul estar certo é um reforçador para muitas pessoas
que pode facilitar a atptiuçào de discnminaçfes e da (e estar errado é um punidor), (2) Conseguir
scostUlidadc social; mas o rcforçamctuo diferencial identificar corretamente as respostas emodooais
i i ndapcosâvcl para sc assegurai dc que estas
discriminações serio uulizodas Crefinadas a nivet* mais de outras pessoas muitas vezes ajuda a
soeu. (vercapitulo9 e 11) coordenar as interações sociais; portanto, é
reforçador (enquanto que os erros não ajudam a
w.E km an H972, m O ).
Piinciw p» <lo CofTooftan^çiMo o a V-da O tàna 70
produzir a coordenação c reforçamento social); aos outros que pistas sociais servem como S ^ s .
(?) As pessoas que aprenderam a valorizar a e S^spara as respostas de sensibilidade‘\
sensibilidade automaticamente experimentam
mais reforçamento quando conseguem sei
sensíveis do que quando agem dc forma Generalização versus Discriminação.
insensívd. 0 reforçamento diferencial repetido é Generalização e discriminação são frequence*
essencial para a aprendizagem e refinamento das mente descritas como tipos opostos de efeito _
discriminações sutis. Quando o feed-back social dois extremos de um continuum1*. Genera
è positivo, ele reforça a observação sensível e a lização se refere ao processo pelo qual
descrição das pistas emocionais das outras respondemos da mesma form a a estím ufos
pessoas: e estas pistas se tornam S ^ s para diferentes. Discriminação se refere ao processo
emitir respostas sensíveis no futuro. Quando o p e b qual respondemos de form a diferente a
feedback é negativo, ele pune a identificação estimulos diferentes. Depois de aprender a
incorreta das pistas sociais c estas pistas se identificar várias pinturas de Picasso, uma pes
tomam S^s para não emitir respostas incorretas soa pode ser capaz de olhar para novas pinturas,
no futuro. Pode ser que algumas pessoas falhem reconhecer as similaridades e dizer: "Este é um
nesta identificação, na maioria das vezes, e pode Picasso!" A generalização aumenta o número
de estímulos que controlarão uma resposta. O
ser que eventualmente a alta frequência de
reforçamemo diferencial nos condiciona a
fracassos pode suprimir completamente tais
discriminar cenas diferenças nos estímulos.
comentários. Gradualmente, estas pessoas
Quando olha para um Picasso mais antigo, uma
aprendem a permanecer cm tópicos mais
pessoa pode receber um feedback positivo por
seguros « reforçadores, tais como comentários a
dizer. "Este é do periodo azul*, mas um
respeito do tempo ou das últimas novidades
feedback negativo por dizer "Este é da fase
Outras pessoas podem ser bem sucedidas neste
rosa". O reforçamento diferencial toma o
tipo de julgamento de disposições tão mais
quadro um para dizer "fase azul c um S*
freqüentemente que reccbem muito reforçamen
para não dizer "fase rosa". A discriminação
to para continuar esta prática; e isto, por seu
reduz o número dc estimulos que coatrolarão a
lado. oferece a oportunidade de aprender novas
resposta.
discriminações cada vez mais sutis e profundas.
Isso não significa que a pessoa sensivd
poderá dizer-lhe exatamente quais estimulos Q m M im ç À Q m w m m
estão servindo de S ^ s para as discriminações
corretas que faz a respeito dos sentimentos das
outras pessoas. Como a linguagem não fornece Quando um estimulo preditivo precede
boas palavras para descrever padrões um reflexo e se tom a um CS que elicia uma
complexos de expressões faciais, i difícil m sposta refUxa, os estimulas que são
aprender a falar a respeito (ou aprender a
consciência verbal) das pistas sutis que IT. As pessoas muitas v e n s aprendem a íiuw
controlam estas discriminações mais avançadas. uma discriminação oo emitir um compMUmcolo sera
ter a explicação vcrtiat para o cww» d a s íaxem o que
Além disso, há poucos reforçadores para o
fazer. Assim, "nòs sabemos m au do que podemos
comportamento de explicar como fazemos comar. " {Potenyi. 1966). Sâo necessárias experiên
discriminações precisas; assim, as pessoas cias especiais de aprendizagem para que as pessoas
provavelmente não aprenderão esta habilidade, adquiram as habilidades de autodescriçáo que precisa
mesmo que tenham aprendido a ser bem rão pw a çç tomar "cousctemes" da natureza <le suas
pròpnas açOes (Skinner. 1969:244: 1974.U3X Veja os
sensiveis. Desta forma, uma pessoa pode ser
sensível e nSo ser capaz de explicar verbalmente
capítulos II c 14.
RiUing (1977:433).
Pfloct& of oo C a m p o íta ra n io n» V<da P iâ n * SO
scmeihantes ao CS (m sarãu a eliciar a tomam CS's para o medo, uma vez que eles
resposta, também. Isto é gewralizaçào. Novos frequentemente precedem e predizem a punição.
estimulos podem eliciar uma resposta Este medo pode se generalizar para outras
condicionada na medida em que se pareçam "figuras de autoridade” ò idade de 16 anos,
com o CS original ao qual a resposta foi Charlie experimenta respostas emocionais
condicionada. aversivas condicionadas na presença dc vários
Depois que uma criança foi dcmibada homens que exercem papeis de
algumas vezes pelo cão do vizinho, chamado autoridade, especialmente aqueles que se
conduzem de maneira sombria, severa e pouco
Rover, este se toma um CS que elicia a resposta
amistosa _ semelhantemente ás maneiras do pai.
dc chorar e outras respostas emocionais
Por exemplo, a seriedade dos policiais,
negativas quando a criança vè o cào se
sacerdotes c juizes pode d id ar respostas
aproximar. Este medo pode se generalizar para
outros cães. A Figura 5-6 mostra o gradiente de emocionais aversivas moderadamente fortes,
como mostra a Figura 5-7. O patrão de Charlie
generalização do medo da criança a diferentes
tipos de cies. Como outros cies tèm pode ser um pouco menos semelhante aos
estímulos providos pdo pai punitivo e
semelhanças com o Rover _ tamanho grande,
autoritário. A aparência de um amigável homem
latido rouco, e, talvez, a cor eles tambem
de negócios deve ser suficientemente diferente,
podem eliciar o medo desta criança, ainda que
de tal forma que pouco medo é elidado em sua
nâo tanto quanto o Rover, uma vez que estes
presença.
cães nSo são exatamente iguais a ele. Cies de
porte médio se parecem menos com o Rover,
portanto tem uma menor probabilidade de
cticiar respostas de medo. Cães pequenos são os
que elidam a menor quantidade de medo.
puluk J*rv^itA»4f
mertta medo quando conversa com este homem. colagem de estimulos Em sua forma escrita ou
A nova experiência de condicionamento falada, as palavras externas muitas vezes
produziu uma discriminação: Ainda que certas desempenham um papel importante no conuole
figuras dc autoridade eliciem medo. outras não do componamento. Mesmo quando sós e em
o fazem O ros;o do sacerdote é bastante silêncio, as pessoas tendem a travar diálogos
enrugado e severo, como o rosio do pai dc verbais internos, conversas silenciosas consigo
Chailie. mas sua voz é tranqüila c gentil. Estas mesmas. Estas palavras internas e exiemas
características individuais do sacerdote se podem funcionar como S^'s, S'S ou CS’s.
tomam partes cruciais da colagem totai de Expressões verbais tais como "Que horas são?"
estimulos porque elidam respostas condicio são S ^ s que normalmente têm efeitos óbvios;
nadas discriminadas a pessoas que á primeira mas os seus efeitos sutis também podem ser
vista poderiam parecer severas. importantes Por exemplo, as palavras que as
pessoas escolhem, durante uma conversação
Discriminações sâo aprendidas quando há
padrões diferentes de condicionamento associa podem dirigi-la numa direçio ou outra, ou
dos com estimulos que já pareceram mesmo mudar todo o assunto da conversa. As
palavras usadas por cada um dos participantes
semelhantes. Ainda que alguns estimulos conti
nuem a ser emparelhados com a resposta de uma conversa servem como S ^ s para seguir
num dado tópico de conversa, e como S‘vs para
original dc medo, outros nSo mais o são O
não introduzir outros assuntos. O grande
condicionamento diferencial produz discrimina
número de palavras ás quais você é exposto a
ção.
cada dia tém um efeito cumulativo que acaba
À medida que avançamos em nossa vida, influenciando o seu voto, a carreira que você
cada um de nós tem um grande número de escolhe, ou a pasta dc dentes que você usa. O
experiências de condicionamento com figuras de papel das palavras como CS's muitas vezes é
autoridade _ e com todos os outros tipos dc mais visível no caso das crianças Uma
pessoas. Estas diferentes experiências condicio simples história de fantasmas contém tantas
nam um grande número de discriminações finas palavras que funcionam como CS's eliciadores
que nenhum diagrama pode mostrar com de medo que pode amedrontar uma criança. Por
tàdlidadc. Um sacerdote pode ser muito outro lado, como as histórias de fadas contêm
amigável, outro, (tio c distante. Um patrão pode CS’s associados com emoções agradáveis, das
ser um tirano, enquanto que outro pode ser podem eliciar sorrisos e risos nas crianças.
generoso c justo O condicionamento particular
Mesmo os adultos podem se lançar nas
associado a cada um dos indivíduos cría uma
profundezas de uma depressão se as palavras
interação complexa de respostas generalizadas e
que dizem a si mesmos eliciam respostas
discriminadas Como cada um de nós tem uma
emocionais negativas. Por outro lado. se se
história particular e característica de condicio
concentram cm palavras que funcionam como
namento Pavloviano. cada um de nós tem
CS's para emoções agradáveis, podem provocar
respostas condicionadas particulares c caracte
rísticas às colagens de estimulos que encon em st mesmos o bom humor.
tramos na vida.
Situações Complexas ou Ambíguas.
O PAPEI. DASPALAVRAS.NA Quando uma situação é complexa ou
COLAGEM D EESTtM M jQ S ambigua e as pessoas nâo sabem como
responder a ela, as palavros jxxicm ter mas, para você, as suas 'jóias" de dez linhas
freqüentem ente uma influência poderosa no parecem ser apenas dez frases escolhidas ao
controle do comporta-mento. Quando acaso. Quando você conversa com ela, muitas
caminhantes sedentos cncon-tram uma poça vezes ela desata a rir nos momentos mais
(Tãgua num leito seco de um rio, eles se inusitados, e cm ocasiões que não parecem a
encontram numa situação ambígua. A água vocé tio engraçados assim. E enquanto vocé
funciona como um pars beber; ma$ sua fica lá, meio confuso, pensando cm que ela pode
condição de ligeiramente estagnada serve como estar achando tão engraçado, cia se lança em
um SA para nâo beber. Quando eles estão uma digressão que o pega num mundo de
vacilando entre beber e nâo beber, uma pessoa palavras. Será que Franctne é louca? Ou será
do local se aproxima e diz: "Esta água está que é um gênio7 Talvez perceba coisas que
contaminada". O rótulo verbal acrescenta vocé não percebe, escreva poesias que estão
estimulos discriminativos cruciais _ S*s verbais acima de sua compreensão, e achc engraçada a
_ á colagem total de estimulos. que cessam com simplicidade do que você diz. Ou quem sabe ela
a vadlaçâo dos caminhantes. Este S* verbal faz é meio boba? Os estimulos sio ambíguos, e
pender a balança cm favor do nSo beber O você não «abc como responder ao
rótulo verbal também serve como um CS. Antes comportamento dela
de ouvi-lo, os caminhantes estavam sendo Um dia um amigo que você aprecia e
influenciados tanto pelo ÜS da água (que è respeita lhe diz que Francine é realmente
atrativa para pessoas que estão com sede) brilhante, uma pessoa de um admirável
quanto pelo CS representado pelo odor discernimento Vocé então expressa suas
ligeiramente estagnado (que é repulsivo para dúvidas; mas os rótulos, tais como "brilhante*,
pessoas que tiveram condicionamentos •criativa", "bem-dotada", 'estimulante", prova*
aversivos com tais odores). Inicialmente, os velmente terâo um efeito bem fone. Se uma
caminhantes sedentos estavam divididos entre segunda pessoa concorda com o julgamento de
os estimulos atrativos e repulsivos. Entretanto, seu amigo, você provavelmente ficará balan
as palavras "A água está contaminada*, fizeram
çado. Sc vocc expressa alguma dúvida - "Mas. e
com que a balança pendesse em favor do não
aquela poesia louca que ela escreve7 - seus
beber por serem CS's que eliciaram sentimentos
amigos respondem que Franctne já teve
aversivos adicionais.
trabalhos publicados cm importantes revistas
Muitas vezes a vida c ambigua e literárias. Estes novos rótulos verbais sSo S ^ s
complexa, e os rótulos verbais que são usados que controlam pensamentos diferentes a
nestas ocasiões podem influenciar o compor* respeito de Francine c podem alterar suas
tamento significativamente. futuras interações com da. Da próxima vez que
a encontrar, muito da ambigüidade já se desfez
e vocé tenderá a responder a ela como a um
Comportamento Operante. Os rótulos gênio
v o tais podem servir de S^'s que muitas vezes
t«m uma força surpreendente em situações Quando â colagem de estimulos são-
ambíguas. Imagine que você acabou dc acrescentados rótulos verbais claros, emitidos
conhecer a Francine. Ela é alguém elaramente por um amigo respeitado, ou por várias pe$soas:
diferente. Adora fazer piadas cínicas, mas ao mesmo tempo, estes rótulos agem como-
sempre de uma forma amigável e com um S ^ s claros e diretos para respostas apropriadas
grande sorriso. Às vezes sua convçrsa parece 8 estes rótulos. Os rótulos que são atribuídos a
desconexa e difícil dc seguir Mesmo as coisas pessoas podem ter uma influência poderosa e
compreensíveis que diz parecem um pouco duradoura sobre suas vidas e interações sociais.
estranhas. Francine gosta de escrever poesias; Uma pessoa que é rotulada de "bem-dotada" ou
"genial" será tratada dc maneira bem diferente
Pnncipiw do C oreonam cmo i a V <a frána 84
do que seria se fosse rotulada dc 'louca'' ou e CS's que elidam uma cena ansiedade. Por
"esquizofrênica’. Um rotulo lisonjeiro muitas outro lado alguns dos estimulos presentes no
vezes afeta os outros como um S* para nâo avião são CS's que eiiciam respostas de
criticar a pessoa Serve como um para relaxamento c calma: os comissários de bordo
pensar e dizer coisas positivas a respeito de são amigáveis e os outros passageiros parecem
comportamentos que náo pareceriam tào calmos e confortáveis. Desta forma, os US's e
criativos, se tivessem sido emitidos por alguém CS's da colagem de estimulos - quando ainda
rotulado como “mediano* Rótulos que marcam nio foi dita qualquer palavra - eiiciam respostas
os criminosos ou pessoas que tem problemas emocionais mistas que oscilam entre a ansiedade
mentais podem ter o efeito oposto Eles são e o relaxamento. Se o passageiro começa a
SD's -que alertam as pessoas para esperar ouvir o que diz o passageiro no assento ao fado,
problemas, para observar qualquer sinal de as palavras acrescentam novos elementos à
desvio-, e para evitar a pessoa estigmatizada. Os colagem de estimulos. "Da última vez que eu
rótulos pouco lisonjeiros também são S^s para peguei este vôo. a maioria das pessoas erçoou; e
não mostrar aceitação, tolerância, amizade, e hoje ainda parece que vai ser pior. E este
assim por diante. barulho! Ele me foz pensar se os motores vão
aguentar. Vocé deve se lembrar do trágico
Uma vez que a uma pessoa foi atribuído acidente em que morreram quase 300 pessoas
um rótulo _ seja d e lisonjeiro ou estigmatizante por que o motor entrou em pane. O avião ficou
_ passa a ser dificü para os outros responder a fora de controle e acabou caindo. Isto faz uma
seu comportamento sem serem controlados pelo pessoa realmente se preocupar com as viagens
rótulo " Por exemplo, já houve estudos em que de avião!' Os rótulos verbais negativos funcio
pessoas totalmente normais se intentaram em nam como CS's que elidam ansiedade na pessoa
hospitais psiquiátricos para estudar os efeitos que já oscilava entre a calma ou a ansiedade. Ao
dos rótulos 11. Uma vez rotulados de ouvir os rangidos do aparelho e pensar no que o
esquizofrênicos, eles sc misturaram tio bem aos outro passageiro disse, os pensamentos
outras internos, que nem os médicos nem a negativos são CS's vertais que didam mais
equipe de atendimento notaram que estas ansiedade.
pessoas eram completamente normais. Ainda
Poderia ter acontecido o contrário.
que eles nâo apresentassem qualquer
Quando a turbulénda começasse a diciar uma
comportamento anormal o rótulo
certa ansiedade, o nosso amigo poderia ter
estigmatizador impedia que os médicos e equipe
mencionado isto a outro passageiro que poderia
respondessem a eies como normais.
ter respondido: 'Oh, acho que não precisamos
nos preocupar com isso. Eu li que os aviões são
Respostas Refleias. Os rótulos desem 99,999% seguros, que slo mais seguros que os
penham um papel importante na determinação carros. Eles são construídos para resistir a
das respostas emocionais em situações ooodiçôes muito mais sérias do que as piores
ambíguas Quando uma pessoa que não costu tempestades. &e voce quiser se preocupar, taça-
ma viajar de aviâo o faz, as vibrações, barulhos, o quando estiver viajando dc cano. Quando
c quedas súbitas devidas à turbulência são US's viajo de avião, eu simplesmente me sento c
relaxo. Eu nunca deixo que os ruidos me
incomodem Rótulos positivos como es*es são
10 Ainda que os rótulos sociais iiinbutdos a uma CS's verbais que podem alterar a colagem dc
pessoa possam ter uma importante influência sobre seu
futura (Becker, 1963. 1964: Sdiar. 1965). cie» sto
estímulos de tal forma que os rangidos e
apenas uma das vánas inituiocUK nas imcraçOcs so a ais banilhos não mais elidem ansiedade.
(Ackers, 1973; Kunkcl. 1975). Em ambos os casos acima, o fluxo
21 Koscnban(1973). interno de pensamentos de uma pessoa tende a
r--ut>t&s ao Camponam^Mt» na vwia D.Via S5
prolongar os efeitos dos rótulos verbais para memo, e depois pergunte que estimulos usual*
muito depois que o interlocutor acabou de falar mente ocorrem logo antes e estão altamente
Os ruidos e a turbulência ser/em de S ^ s para correlacionados com o componamento Estes
lembrar as palavras do companheiro dc viagem são os melhores candidatos a serem os estimu*
a respeito dos perigos ou da segurança dos os controladores daquele componamento.
vôos, e estas palavras funcionam como CS's As pessoas geralmente acham úlü
verbais internos que elidam medo ou relaxa
identificar os estimulos que controlam o
mento. Muitos passageiros aprenderam a se componamento que das querem emitir mais ou
acalmar em vôos muito agitados usando rótulos menos frequentemente O seguinte exemplo
verbais que sâo CS's para respostas de relaxa mostra como a identificação do controle de
mento Eles se empenham em um longo estimulos pode ajudar uma pessoa a ter maior
diálogo interno sobre a segurança dos aviões
controle sobre si mesma Nick tem um problema
modernos, e assim gerara uma longa série de que aborrece tanto a ele mesmo quanto a seus
CS's vçrbais que eliciam o relaxamento e amigos: VoUa t meia e lí perde controls do
contrabalançam os estimulos potencialmente temperamento e diz coisas das quais ele acaba
eliciadores de medo. se arrependendo. Para melhor entender c
Note que é muito mais difícil para os controlar este componamento. ele pode tentar
rótulos verbais alterarem o estado emocional de identificar os estimulos antecedentes que
uma pessoa, quando a colagem de estímulos provocam sua raiva c as palavras desagradáveis
não é ambigua. Se alguém encontra uma que diz. Uma boa estratégia para ele é manter
situação realmente amedromadora - como um um registro de todas as situações nas quais
terrível acidente de carro no qual todos os perde o controle. As perguntas sobre "quem,
outros passageiros morreram • mesmo milhares que, quando, c onde" são úteis na identificação
de palavras positivas e tranquilizadoras não dos estimulos antecedentes que controlam o
terão muito efeito em modificar as «moções comportamento s Quando Nr*ck tem um acesso
eüeiadas por esta experiência claramente dc cólera _ ou mesmo quando ele se sente
aterromante. No outro extremo, quando uma próximo dc ter um _ ele pode se perguntar a
pessoa está provando uma das mais positivas respeito dos estimulos antecedentes “Quem
experiências da vida _ como se apaixonar por estava presente logo antes do momento cm que
alguém _ mesmo o maior cinico não encontrará eu comecei a sentir raiva? O que estava
palavras negativas suficientes para destruir a acontecendo0 O que está vamos fazendo e
beleza de toda a experiência dizendo? Em que eu estava pensando0 Onde e
quando estes eventos ocorreram?” Geralmente é
melhor escrever todas as pistas reveladas por
IDENTIFICANDO O CONTRO LE DE estas perguntas. Como provavelmente há
ESTÍMULOS muitos estimulos possíveis que estarão provo
cando sua raiva, pode demorar alguns dias para
que ele tenha uma quantidade suficiente de
Uma das melhores form as de se
auto-obscrvaçócs para identificar os CS'* e S ^ s
identificar o controle de estim ulos dos que provocam a raiva e as palavras impensadas.
comportamentos operantes ou reflexos è
procurar os estimulos que precedem e melhor Durante vários dias. Nick anotou breves
predizem aquele comportamento. Inicialmente, descrições das pistas de contexto _ quem, que,
selecione um padrSo comum de comporia* quando e onde _ que estavam presentes logo
ames dc suas cxpiosòes começarem Kick
descobriu cntáo que estas ocorriam mais comrolc das interações com os amigos mais
provavdmente com pessoas que d e conhecia íntimos estes e sua noiva comentaram sobre as
bem Quando ele estava em público ou com boas mudanças que eles haviam notado cm seu
pessoas estranhas, conseguia conservar a comportamento. Sua noiva disse que apreciava
polidez e o equilíbrio, mesmo nas situações mais mais estar com d e agora que d e nio mais se
difíceis; mas, com seus amigos mais chegados _ enraivecia tão facilmente. Estava mais satisfeita
especialmente com sua noiva _ d e tendia a com suas relações c gostaria de ficar mais
explodir com bastante facilidade. (Na verdade, tempo em sua companhia. Ambas as formas de
este padrão c bastante comum' as pessoas reforço _ ver o seu próprio progresso e receber
usualmente controlam seu gènio muito melhor o feedback positivo de seus amigos
quando em presença de estranhos do que reforçaram ainda mais o comportamento de
quando estão com seus amigos e parentes **). tratar bem no contexto discriminative de estar
com os amigos. Depois de vários meses. Nick
Depois de fazer estas observações, Nick
não tinha mais que lembrar a si mesmo para ser
se perguntou. "Por que nio posso me controlar
mdhor com meus amigos c minha noiva? Afinal, gentil: O comportamento já estava sob ura
controle tão forte do estar cm companhia
eu gosto mais deles do que dos estranhos que
dos amigos que d e aparecia ’naturalmente",
trato tão beml" Nick tinha todas as habilidades
sem a necessidade dos lembretes
necessárias para controlar sua raiva e tratar
bem as pessoas. Sua auto-observação revelou Saber identificar o controle de estímulos
que os estranhos eram os S ^ s para estes pode levar a uma mdhor compreensão dc
comportamentos, mas que havia poucos S ^ s muitos eventos do dia-a-dia. Por exemplo,
para provocá-los quando ele estava com seus algumas pessoas gostam de ir a filmes dc
amigos. Para aumentar o número dc S ^ s que horror e ficar amedrontadas pdo suspense e
provocassem sua polidez com seus amigos, sangue. Muitos fãs de filmes de horror já se
Nick tomou a decislo de fazer a à mesmo perguntaram: "Se algum amigo meu vê o filme
lembretes vobais para se controlar quando ames de mim, devo pedir a ele que me conte, ou
estivesse com seus amigos. Quando percebesse não? Será que suas descrições das cenas de
que estava ficando com muita raiva, ele horror tomarão estas cenas menos exdtantes
quebraria sua cadeia de respostas dizendo a si para mim quando as vú?" A verdade é que
mesmo. "Meus amigos merecem ser tratados deixar outra pessoa contar as cenas de horror
com mats consideração*. Estes pensamentos aumenta o impacto emocional dos filmes a .
eram S ^ s verbais externos que alteravam sua Uma análise do controle de estímulos ajuda a
colagem de estimulos de forma a aumentar a entender por que. Os produtores e diretores
probabilidade dde ser polido. planejam os filmes de terror de modo a
cootercm muitos CS's diciadores de medo.
Depois de usar estes lembretes em várias
noites chuvosas, vidas escuras, ruídos lúgubres
ocasiões. Nick viu que muitas das explosões
e assassinatos hediondos Se vocé deixar que
potenciais foram impedidas antes de começar.
alguém lhe conte a respeito de um fiimc
Foi reforçador para Nick ver seu próprio
especifico _ o assassinato com machado, a
progresso; e estas recompensas fortaleceram
cabeça do menino voando longe, e o sangue
sua resolução de continuar a usar estes
jorrando do pescoço _ suas palavras são CS's
lembretes para tratar bem seus amigos. Houve
que diciam emoções tanto quando vocé está
uma segunda fonte de reforçamento que ajudou
ouvindo a narrativa dc seu amigo, como quando
a colocar o comportamento de tratar bem sob o
vocé for ver o filme, mais tarde. Quando você o
está assistindo, suas lembranças das palavras de com uma disposição neutra {nem alegre nem
seu amigo acrescentam estímulos preditivos que triste), uma feliz combinação de vários CS's
eiiciam respostas emocionais antes que o com pequeno controle sobre emoções positivas
menino seja decapitado pelo assassino. pode colocá-lo numa boa disposição e tomar o
Enquanto vocc espera por esta cena horrivet, seu dia bem feliz, sem que você consiga apontar
vocc estará pensando nas palavras dc seu amigo qualquer acontecimento em particular que possa
c já estará experimentando os CS's didadores explicá-lo. A soma de vários CS’s com fraco
de medo. mesmo antes que o machado entre em controle sobre emoções aversivas pode ter o
açâo. Como resultado disso, vocc estará tendo efeho inverso; você pode ter um péssimo dia
uma dose extra de CS's eliciadores dc medo sem conseguir localizar uma única causa
porque você terá entrado no cinema com uma Naturalmente, quanto mais uma pessoa estuda
descríçlo vertwú da cena. Assim, na maioria dos as rdações entre estimulos antecedentes e
casos* pedir a alguém que lhe come os horríveis respostas emodonais, mais alerta se tornará
detalhes antes, apenas aumenta o número total para os eventos que afetam seus humores. Por
de CS's na sua colagem de estímulos. É o exemplo, ela pode começar a perceber que uma
mesmo que estar num avião durante uma série de experiêndas matinais agradáveis pode
tempestade e ouvir o passageiro do lado Talar ter um importante efrito no estabelecimento do
sobre os horrores dos acidentes de avião as tom emodonal que vai vigorar o dia inteiro. Se
palavras da outra pessoa aumentam o número você ouve una música alegre no rádio quando
de CS's que elidam o medo. Se vocé desejar acorda, pensa em algum assunto mais otimista
que o seu próximo filme de horror seja ainda durante o cafê da manhã, depois recebe um
mais amedrontador, peça a alguém para contá- telefonema bem humorado de um amigo,
lo a vocé antes de ir vê-lo. certamente começará o dia com uma seqüência
A habilidade de identificar o controle de positiva de pensamentos e sentimentos que o
estímulos pode ser cotnpensadora dc várias ajudarão a prestar mais atenção nos eventos
formas. Por exemplo, o humor de algumas positivos todo o dia.
pessoas costuma variar para melhor ou pior, Todo mundo está consdente de alguns
sem que elas saibam por que. Quando seus dos estimulos que afetam seus humores, e usa
sentimentos estilo obviamente ligados aos este conhecimento para evitar CS’s que
estimulos presentes no momento _ como no produzem emoções indesejávds e procurar os
caso do filme de horror _ as pessoas não tem CS's que produzem respostas emodonais
dificuldade em ligar suas emoções aos estimulos agradávds. Vocé está fazendo este tipo de
antecedentes. Mas a vida diária é muito mais controle dc humor quando toca seu disco
sutil do que um GJme de horror, e as disposições preferido, que lhe faz sentir-se bem c tambem
das pessoas podem melhorar ou piorar quando evita ler artigos dc jomal que falem
gradualmente, sem que elas percebam quais são sobre assuntos deprimentes Quanto mais as
os estimulos antecedentes rdevantes Muitos pessoas aprendem a identiftear os estimulos que
dos CS's de nossas colagens diárias de estimulos afetam seus humores, tanto melhor das saberão
tem apenas um fraco controle sobre nossas sdccionar os CS's para provocar cm si mesmas
emoções, portanto, seu efeito cm nossa os humores que desejarem. Depois de observar
disposição provavelmente passará despercebido, as correlações entre seus humores e os
a menos que tenhamos aprendido a procurar os estímulos antecedentes, algumas pessoas apren
estimulos antecedentes e suas respectivas dem a minimizar as discussões e as palavras
respostas emodonais. Não obstante, um grande ásperas (que elidam emoções desagradáveis} c
número de CS's fracos na colagem de estimulos a aumentar o uso de comentários agradáveis, do
pode ter um efeito acumulado significativo bom humor e da cordialidadc (que elidam
sobre as emoções. Se vocé acorda de manhá emoções agradáveis). Graças a isso das conse-
Pr»ncion» doComft na Vida Di&na S8
CO NCLUSÃ O
REFORÇADORES INCONDICIONADOS
FIGURA 6.1 - 0 continuum de conseqüências
quanto mats saciada a pessoa está por prolongado. A 5* barra dc chocolate que vocé
qualquer reforçador ntcondiaonado. menor o come seguidamente não será tio saborosa
poder que o US tem para reforçar o quanto a primeira. Apòs trabalhar muito
comportamento. Quanto mais uma pessoa c durante um dia de calor, um gole de água fria c
prhxuta de um reforçador incondicionado uma experiência refrescante; mas a água deixa
maior poder terá este US para reforçar o de funcionar como reforçador. após vocé ter
comportamento. Quando uma pessoa está tomado vários copos. A esumuiação sexual
saciada de alimento, este não funciona como perde suas qualidades reforçadoras positivas
reforçador. Contudo, quando a pessoa está quando os parceiros se engajam numa
privada dc alimento por muitas horas, este se estimulação sexual prolongada, sem pausas.
toma cada vez mais reforçador. Inserir pausas entre as barras de chocolate ou
outros reforçadores positivos, retarda o
processo de saciação.
Alimento
Água Privação. A privação é o oposto da
Temperatura normal do corpo
saciação. Quanto mais uma pessoa é privada
"Níveis ideais de estimulação sensorial *
de um reforçador, mais poderoso este
Descanso após esforço reforçador se torna. No dia-a-dia a privação
Sono
pode rcsuhar de uma variedade de causas:
Caricias, fricções, coceiras
natural, deliberada e obrigatória.
Estimulação genital
Estimulação do tnamüo e peito (especial*
mente durante a lactaçâo) J. Privação Natural. Enquanto compro
Nicotina, álcool e outras drogas_________ metidas com longas cadeias de atividades que
são reforçadas por um tipo de reforçador, as
TABELA 6.1 - Lista Parcial de Reforçadores pessoas freqüentemente não percebem que
Incondicionados estão sendo privadas de outros reforçadores.
Mas quando a longa seqüência de
comportamentos termina, das de repente
* Estimulação sensorial ótima é um dos respondem a outros estados de privação.
reforçadores incondicionados menos citados, Enquanto jogam basquete toda a tarde, os
embora seja um dos reforçadores jogadores podem não detectar o ausento da
incondicionados mais importantes no dia-a- privação de alimento. Durante uma tarde
dia, como será explicado adiante. agitada na bolsa de valores, o operador pode
sc esquecer de comer e não notar nenhum sinal
de fome. Mas quaodo os jogadores encerram o
Saciação. A saciação ocorre quando
jogo e o operador deixa o escritório, podem
uma pessoa rccebcu tanto de um determinado
ficar surpresos por quão famintos sc
US que o estimulo perde sua capacidade de encontram, e por como sua atenção á
funciona/ como um reforçador. Ser coçado ou
fortemente dirigida para o alimento. Uma vez
fnedonado por alguns minutos é agradável e
que as pessoas ativas e ocupadas normalmente
compensador. mas o coçar e o friccionar
estão concentradas em suas atividades do
deixam de ser reforçadores. após uma
momento, frequentemente não percebem níveis
determinada parte do corpo ter sido
estimulada por um periodo de tempo
dc privação que outras pessoas poderiam dos americanos come 3,6 refeições de
considerar aversivos.7 qualidade por dia. a media dos indianos come
0.7*
A pnvnção extrema pode levar as
2. Privação Deliberada. As pessoas
pessoas a comportamentos extremos. Durante
deliberadamente se abstem de se alimentar
a grande fome de 1943 na China, as pessoas
antes da grande refeição do "Dia de Ação de
cortaram em tiras a casca das árvores, para
Graças", porque isto parece tomar a comida
terem algo com que encher seus estômagos
mais saborosa e lhes permite comer mais.
(embora a casca de árvore tenha um valor
Muitas vezes, deliberadamente, ficam
nutritivo minimo).9 Houve relatos de que
acordada* até se sentirem cansadas, antes de
crianças as vezes eram mortas e comidas, ã
irem para a cama, pois a privação as faz
despeito das sanções culturais c morais contra
dormir raais profundamente, o que é mais
tal comportamento. No inverno de I&46, um
agradável do que um sono leve e reparador.
grupo de pioneiros americanos - o grupo de
após uma privação minima.
Donner - ficou preso nas montanhas enquanto
seguia para o oeste. Trinta e quatro pesso>as
J. Privação Obrigatória. As vezes, morreram de frio e fome. Muitos dos quarenta
maridos e esposas tèm que viver em cidades e cinco sobreviventes não morreram de fome,
diferentes, por causa da localização de suas comendo os m onos10 Em outubro dc 1972,
escolas ou trabalho. Quando têm a chance de um avião com quarenta e cinco passageiros
se ver, sentem que os dias de privação colidiu com uma montanha coberta de neve
intensificaram o grau no qual o toque, a nos Andes, numa ahura de aproximadamente
carícia e o ato sexual sio experiências 3.600 metros.11 Trinta e dois dos quarenta e
positivas Pessoas pobres era países cinco passageiros sobreviveram ao desastre.
subdesenvolvidos podem conhecer a privação Ao inves de morrerem de fome. os
obrigatória, para a qual há pouco alívio sobreviventes decidiram, depois de passadas
Muitas pessoas, em áreas superpopuiosas da algumas semanas, cortar os corpos dos
África e Ásia estão quase sempre em estado companheiros mortos, cm pequenos pedaços, e
de privação de alimento Enquanto a maioria comê-los. Dezesseis pessoas sobreviveram
durante setenta e três dias dc frio e apuros, até
que chegasse socorro Sob privação extrema
’ Tendo observado que os reforçadores sâo efetivos de alimento, as pessoas são motivadas a agir
somente depois de um período de privação e que a de maneira como nunca agiriam, cm outras
privação intensa i aversivn. alguns estudiosos
circunstâncias
c o n d u tia n que a recompensa só c possível depois de
orna siiunçâo a v e n ta anterior Isso crioa uma visào
desanima dors da vida. na qual todo contponarocnio i
motivado pela fuga oa esquiva de urna condição PUNIDORES INCONDICIONADOS
av ersta. Os cxempfas de privação natural dados no
tesao deixam claro qoe a privação pode n lo ser
percebida por aqu ele que *30 ativos c ocispA dos A Tabela 6-2 relaciona alguns dos
Pessoas com grande repenório de Mivkbdcs punidores incondicionados que são comuns no
interessantes, qoe ptecocbcm seu* dias, nfo sc dão dia-a-dia. Punidores incondicionados nãosti»
coma do csudo dc pmoçfto. tanto quanto aquelas que
tem pouco a fazer. Além do mais. atguns estímulos -
tais como temperatura o estimulação sensorial em *Prncben<l978>.
niveis td sú s • n9o requerem privação para
’ Whhe U9T8).
funcionarem como rdbiçadores positivos (ver item
estimulação sensorial adiante) 10 R b o te 11973).
'R oad (1974)
Pftficioios ao Comeortamtnio na V.a« tMrta . 9A
A punição fisica c muito mais usada no duas vezes mais este numero, slo severamente
dia-a-dia do que se pode imaginar. Por surradas por seus maridos.17 0 emprego dos
exemplo: há, no mini mo, dois milhões dc punidores incondicionados não fica restrito aos
casos de abuso de crianças, por ano, nos lares. Atravcs da história, usou-se o açoita*
Estados Unidos (e hà provavelmente muitos mento. espancamentos, torturas, linchamentos,
mais).11 Uma vez que as crianças pequenas inquisição, caça às bruxas, campos de concen
nio podem ftigir ou reagir, os pais encontram tração c guerras, numa tentativa de controlar
pequena resistência, quando usam a punição os outros, infligindo-lhes dor.
corporal na educação dos filhos e alguns A longo prazo, técnicas aversivas produ
chegam a níveis perigosos, quebrando-lhes os zem numerosos problemas. A punição pode
ossos. Por serem pequenas, as crianças condicionar uma variedade de respostas Que
dependentes não podem esquivar-se do pai vSo do medo. ansiedade e esquiva ao ódio,
que pune com tanta vioiencta que até ossos violência e revolta. Todas essas respostas
sâo quebrados; crianças mais vdhas freqüen debilitam relações sociais construtivas, estáveis
temente fogem de caia quando o permanecer e cooperativas. A ciência modema do compor
lá é extremamente aversivo. Vários milhões de tamento tem demonstrado que a maioria dos
crianças fogem de casa anualmente.1' comportamentos pode ser aprendido - ou
Violência gera violência, crianças que evitado - através do reforçamemo positivo,
vivem em ambientes violentos muito sem os maus efeitos colaterais criados pelo
freqüentemente aprendem a usar a violência aprendizado aversivo (Capitulo 13). Além
sobre o s outros. Em casa não podem lutar disso, o reforçamento positivo toma a
com o s pais, com medo de sofrerem, cm aprendizagem muito mais agradável do que
troca, agressões físicas, mas no parque aquela adquirida através da punição ou
maltratam e lutam com outras crianças reforçamento negativo. Um dos grandes
imitando o uso de punidores incondicionados desafios da sociedade modema é o de
que presenciam em casa.14 Uma vez atingida a abandonar a grande confiança na punição, que
fase adulta, as pessoas que cresceram em lares foi tão comum no passado, e ajudar as pessoas
violentos tém m us probabilidade de abusar dc a aprenderem o poder e o prazer de utilizar o
outras crianças do que aquelas de lares nio reforçamento positivo.1*
violentos.15 Também tém maior probabilidade
dc esperar c a usar a violência fisica na
interação com seu parceiro. '*
O marido agride sua mulher, quando ela
sc recusa a atender qualquer desejo seu. Ela
pode aceitar isto como sendo ''normal'', sc Uma vez que reforçadores e punidores
esta foi a forma que ela viu seu pai tratar sua incondicionados desempenham importantes
mâe A cada ano, nos Estados Unidos, dois ou papeis biológicos na sobrevivência e
três milhões de mulheres, no minima, talvez reprodução, parece ser lógico supor que
seriam biologicamente fixos e resistentes á
mudanças (exceto nas pequenas flutuações,
devido à privação e saciação) Espera-se que o
“ G U O W -ttS ).
alimento seja sempre um reforçador para uma
n C h ip n u a (lf7 6 ). pessoa com fome, enquanto ser espancado seja
M Uandura c Walters (19)9. 1963). Hoffman
(I960)
11 Silver et a). (1969); Sptocifa e Rigkr (I972>. ” Strauss ci al. (19»». O'Reilly (I963>
’* Martin (>976). “ Skinner (1971).
Pnncipot ao ComeonameiMQ na Vkm Odfw Qf»
sempre um punidor. Mas não é este o caso. e colocar o rabo entre as pernas. A comida
Qualquer (JS que serve como um reforçador pode tomar-se um punidor tão poderoso que
ou piutidor incondicionado f?ode ler suprime o comer. A comida foi deslocada da
m odificada a sua iocah& çào no continuum posição A para a posição B na Figura 6-2.
de reforçadores fo rtes a punidores fortes.
Algumas pessoas aprendem a considerar que o
alimento ou o sexo são reforçadores mais
poderosos do que normalmente é o caso.
Outros encontram um prazer tàu pequeno no
alimento que precisam ser lembrados dc
comer, llá pessoas que evitam o sexo M»
assiduamente, indicando que isso funcionaria
como uma punição para elas. Algumas
pessoas aprendem a achar os punidores
incondicionados menos dolorosos do que
outras, e uma minoria responde a eles como
reforçadores positivos. Algumas crianças FIGURA 6*2 A modificação de reforçadores
passam horas batendo suas cabeças e sc c punidores incondidonados.
automutilando a cada dia; alguns adultos sio
levados a práticas sexuais masoquistas que
outros consideram aversivas. A modificação contrária também pode
ocorrer. Um cachorro é deixado com fome por
Qualquer US que i um reforçador ou privação de comida. Se o choque precede a
punidor incondicionado pode ser deslocado apresentação do alimento o choque pode ser
para uma nova localização no continuum de condidonado como um reforçador positivo.
reforçadores a punidores (Figura 6-2). Esta Após repetidos pareamentos, o choque sc
modificação ocorre aom és do condiciona toma um CS que elicia o estalar dos lábios e a
mento Pavloviano, quando o US é freqüente- salivação, e também fundona como um
mente seguido por outros reforçadores ou reforçador positivo. A medida que os choques
punidores.1* Os experimentos originais de realmente sinalizam que o alimento está
Pavlov com cachorros ilustram o fenômeno chegando, servirão como reforçadores posi
claramente.10 Para um cachorro moderada tivos. O choque foi deslocado da posiçio B
mente faminto, a comida e normalmente um para a posição A na Figura 6-2.
US que elicia a salivação e reforça operantes
relevantes. Contudo, sc a comida é apresenta
da regularmente ames do uma punição forte, A MODIFICAÇÃO DOS REFORCADORFS
como um choque, a comida também se toma
um CS que elida respostas emodonais No dia-a-dia há numerosos exemplos
aversivas. Depois de repetidas apresentações mostrando como reforçadores e punidores
da comida antes do choque, o cachorro incondidonados são modificados pela
mostrara sinais de medo, quando a comida for experiência. Devido ao condidonamento,
apresentada. Ele pode ganir, latir, encolher-se algumas pessoas tem pouco interesse por
alimento, enquanto outras são mais suscetíveis
ao alimento como reforçador. O mesmo é
'* Os cfciK» do esquema (Capitulo 12) fomcccra verdadeiro com relação ao sexo e outros
uma segunda cxpltcaçao campaiivçl p a n z
reforçadores incondidonados. Uma variedade
nudUicacão de reforçadores e punidores
incoDdKiooados (Morse a KeUebcr, 1970,1977). dc eventos condidonadores pode ser respon
sável peta diminuição ou aumento na
"PSYtav<1927).
P n n c & o t c o _C<Tiportamtfflo.qa Vifla Q.-ana 97
volume Entretanto, você nâo baixa o volume dentro da zona ótima, por exemplo, ajustando
ate o ponto cm que dificilmente poderia ouvir o volume de um equipamento de som. Quando
a música Entre os extremos de estimulação a gente anda com os olhos meio fechados em
sensorial "muito pouco" e “em excesso" está a um dia claro, estamos reduzindo a quantidade
zona ótima, onde o volume traz prazer As de luz que penetra nos olhos para um nivd
pessoas usam seus equipamentos de som num mais agradável Quando acendemos as luzes à
uive) intermediário de volume na maioria das noite, estamos aumentando as luzes para o
vcaes. Ajustar o volume para níveis interme nível ótimo. Se nossas cabeças estão ocupadas
diários é reforçado por níveis ótimos de com pensamentos que nos impedem dc dormir
estimulação sensorial Deve-se notar, entre á noite, uma pílula para dormir ajuda-nos a
tanto, que a zona ótima c consideravelmente eliminar a estimulação mental excessiva. Se
ampla: há uma escala dc volumes que as não temos nada para pensar e nos sentimos
pessoas consideram compensadores, depen entediados. podemos pegar o jomal ou ligar a
dendo do tipo de música, hora do dia ou TV para obter inputs que estimulem nossos
atividade do momento. sentidos. Quando algumas pessoas querem
mais estimulação, elas usam drogas
Muitos motociclistas podem sentir-se
rapidamente entediados se tém que dirigir estimulantes - como café, anfetaminas ou
nicotina - que produzem uma rápida "excita
sempre a 10 ou 20 Km por hora
ção" por aumentar os inputs sensoriais inter
Simplesmente, nio há muita estimulação
nos. Outras pessoas aprendem que eventos
quando se anda tão devagar. Entretanto, a 60
excitantes c atividades físicas vigorosas
ou 90 Km por hora, tanto o toque do vento
produzem uma “excitação natural". Todos
quanto a rapidez na mudança dos inputs
estes comportamentos são emitidos porque
visuais provêem um nivd ótimo de
des evitam os estados aversivos de sub ou
estimulação sensorial que e hilariante e
supcrestónulaçâo (reforçamemo negativo) e
gratificante de se experimentar. Se autori
porque eles produzem os reforçadores de
zados a testarem uma motocicleta rápida,
inputs sensoriais ótimos (rtforçam ento
numa pista de corrida, muitos motociclistas
positivo).
poderiam imprimir altas velocidades - talvez
I IO, 140 ou 190 Km por hora - nas quais o Qualidades. No mínimo três qualidades
input de estimulos para todos os sentidos foi de estimulo afetam sua capacidade para prover
muito alto. Depois de experimentar a emoção estimulação sensorial; Variedade. Intensidade
da alta velocidade por uns poucos minutos, e Significação .u Eles são fadlmcntc
eles estariam prontos para voltar para lembrados como VIM* Cada estimulo tem to
velocidades intermediárias. Dirigir em das as três propriedades VIM. mas o grau de
velocidades intermediárias e reforçado por variedade. intensidade e significação
níveis ótimos de estimulação sensorial; e encontrado cm estimulos diferentes pode variar
dirigjr em velocidades extremamente altas ou
baixas é punido por sub-estimulação ou
a Quebrando o input icosorial not tnès cwnpo-
su per-estímu-laçào Novamente, a zona ótima
ncoies dc variedade, imensidade a Significação. Fiske e
é ampla, e isso varia para diferentes pessoas Maddi ( 1961> fornecera ura coajooto dc disoncunações
cm diferentes ocasiões Algumas pessoas úteis para identificar os feoòracaos de estimulação
podem considerar 60 ou 90 Km por hora a sensorial no dia-a-dia. Dcve-se obtem * que esta
velocidade ótima para motociclismo; enquanto classificação nâo 4 u única posstvd. Por exemplo, a
outras podem preferir 90 a 130 Km por hora - tncotooua menial, fisica c cmocwaaL pode set usada
cm miiHM análises de input seasonal (Blum et al„
se a lei permitisse este prazer.
1967)
As pessoas frequentemente ajustam a • N.T. - V • variety. I ” imensit), M -
quantidade de input sensorial para deixá-lo mcaningfiilocss.
do Con^pprtanc^lg Vtfla 0 .3*19
amplamente Um estimuJo podc corner todas qualquer significado para aquelas pessoas que
as três num nivel alto, enquanto um segundo nâo aprenderam português Estimulos neutros
estimulo podc conter somente uma ou duas tem baixa significação porque eles produzem
destas três qualidades em nivel alto. pouca ou nenhuma resposta. US’s c CS's são
significativos porque diciam respostas reflexas.
S ^ s e S*’s são significativos porque
V ariedade. Variedade é o tempero da estabelecem a ocasião para emitir, ou nâo.
vida! Alguns estímulos provêem experiência certos operantes. Quanto mais significativo e
mais variada que outros. ír a um baile de um estimulo, mais respostas internas e externas
carnaval ou a um baile de fantasia prove mais ele produz, e mais ele acrescenta á estimulação
variedade do que ir trabalhar pela milésima sensorial total que a pessoa experiencia.
vez. Todos os estimulos sc localizam cm
A estimulação sensorial total que urna
algum lugar num continuum de baixa
variedade até alta variedade. Estímulos pessoa recebe de uma dada colagem de
familiares, monótonos ou simples, provêem estimulos depende das três qualidades dos
estímulos. Por exemplo, para um amante da
baixa variedade e mais provavelmente
produzirão tédio. Estímulos novos, variáveis, natureza, um andar silencioso através dos
complexos ou surpreendentes provêem maior campos pode prover baixa variedade, baixa
variedade Quanto mais novo ou variado o imensidade de estimulo e alta-significaçào 0
input de um estimulo, mais ele acrescenta á trabalhador veterano que opera uma britadeira
no conserto de uma rua expcriencia alta
estimulação sensorial total que a pessoa
intensidade dc estimulo, mas pouca novidade
experimenta a partir da colagem de estimulos.
ou significação. Divertimento è geralmente
usado paia proporcionar variação na vida.
Intensidade. Cada estimulo se localiza Alguns divertimentos envolvem baixa in
em algum lugar de um continuum de baixa tensidade de estímulos (por exemplo, um
intensidade até uma alta intensidade: do silencioso concerto de violão); outros
escuro até o brilhante, do silencioso até o provêem estimulos de alta intensidade (por
barulhento, do simples até o poderoso, do exemplo, uma volta de montanha russa)
macio até o duro. Quanto mais intenso o Alguns divertimentos oferecem baixa
estímulo c, mais ele acrescenta à estimulação significação (uma distração superficial): e
sensorial total que uma pessoa experiência 0 outras, alta significação (um filme que provoca
estimulo muito intenso é geralmente aversivo - dias de reflexão).
por exemplo, quando as luzes são muito
brilhantes ou o bamlho muito alto. Mas as
pessoas tomam-se entediadas quando a
RELATIVIDADE
intensidade de todos os inputs sensoriais c
reduzida a niveis muito baixos - como cm Todos os reforçadores c punidores
experimentos de privação sensorial que isolam incondicionados são rdativos. a estimulação
as pessoas de todos os estimulos imensos. sensorial não é uma exceção A capacidade dos
inputs sensoriais de servirem como reforça
Significação. Cada estimulo se localiza
dores ou punidores depende de vários fatores.
em algum lugar de um continuum de baixa
significação até alta significação. Um estimulo Primeiro, a capacidade de uma fo n te de
é definido como significativo para uma pessoa, estirmdos para funcionar como um reforçador
se a pessoa responde àquele estimulo. Por ou punidor é influenciada pelos outros
exemplo, a palavra "PERIGO* tem significado estimulos presentes na colagem de estimulo s.
para as pessoas que falam ou ièem português,
e elas respondem a ela Mas ela não tem
Puneíftflt do C ynportam rto n» yrf» D itrn 104
Problemas dos Adultos. Quando che surpreendidas com muito mais estimulação-
gam à fase adulta, muitas pessoas terio sensorial do que estão habituadas: a alta
aprendido a esquivar-se consideravelmente densidade de carros, pessoas, sinais e rápidas
bem da sub e superestimulação. Entretanto, transações dc negócios geram um nivel de
nem todos os adultos tem essa sorte. Alguns supercstimulação que pode ser desgastante.
estào envolvidos em trabalhos enfadonhos e Após sinos dias na cidade grande, alguns
rotinas diárias entediantes que tomam o tédio acham que a superestimulação tomou-os
difícil de ser evitado. As pessoas tem mais nervosos, ansiosos c impacientes com suas
probabilidade de vivendar o tédio se tèm uma famílias e desejosos de irem para um loca! dc
rotina de vida que inclui poucos contatos férias, mais sossegado (depois de viverem na
sociais, poucos amigos, poucos interesses na cidade grande por algum tempo, as pessoas
vida ou poucos hobbies. Os problemas do geralmente iv ftabitnain a alia esíimttoçõo
tédio podem aumentar à medida cm que a sensorial, aprendem estilos de vida que
idade avança, especialmente quando as minimizam a superestimulação e desfrutam
pessoas perdem seus parceiros e amigos das várias oportunidades que uma cidade
íntimos morrem, ou mudam-se da vizinhança. grande oferece)?1
Se as pessoas não ampliam seu ciclo de
Muitas pessoas viciadas no trabalbo e
amizades e atividades, a perda de vdhas que aspiram altas posições, sobrecarregaodo-se
companhias e de antigos interesses pode
com um número cada vez maior de
deixá-las com muito poucas coisas a fazer.
responsabilidades, são afundadas pelo trabalho
A superestimulação geralmente nio é O alto nivel de estimulação constante sempre
um problema para uma pessoa mais velha. À leva á tensão e nervosismo. Pessoas em
medida em que os anos passam e as pessoas se trabalhos stressantes podem também sofrer de
habituam à maioria dos eventos normais do sobrecarga de estimuto. A superestimulação
dia*a-dia, há menos e menos coisas que são pode ser desgastante para o corpo,
novas o bastante para induzir super- especialmente se a superestimulação persiste
estimulação suficiente para causar pânico e por períodos prolongados.* Controladores de
histeria. NSo obstante, situações altamente tráfico nas torres dc controle de grandes
incomurts tais como: ser pego num aviSo que aeroportos são constantemente inundados por
esteja caindo, num barco que aftinda ou numa input sensorial, uma vez que manuseiam os
cidade que está sendo dcstniida pela guerra • padrões complexos, e sempre em mudança,
podem inundar mesmo os sentidos de um dos aviões na terra e no ar: e têm uma alta taxa
adulto com estimulos de (amanha novidade, incomum de doenças cardíacas e úlceras.
intensidade e significação assustadora que a Executivos com grandes responsabilidades e
pessoa é superestimulada ao nivcl do pânico e muitos compromissos tendem também a ter
da histeria.14 altas taxas de colapsos físicos
Formas brandas de supercstimulação
sio, com certeza, mais comuns Muitos
adultos sentem algum grau dc nervosismo e
ansiedade ao mudarem dc ambientes,
adotarem novos empregos e participarem de
novos grupos. Quando pessoas de cidades MFischer(l9*1a.b)
pequenas visitara Nova York ou outras M Cobb e Rose (I97S) tetaum que a hipertcosóo
cidades grandes pda primeira vez são nos coíurobdofcs dc tráfico dc aeroportos í quatro
vezes mais alu òo que cm pilotos. Sdyc (1956) c
Mamndsl* (1977) i£m rrlanoAsdo úlccm iD8&afct
pesadelos, dotes de aibeça. lúpenenste e outras
” Hebb{l972:199). doenças á superestimulação crânio
Pr»nctpioa do Carftponamiyito fia Vida Oi&na I 11
descrições das responsabilidades de seu eja oi) ver televisão. Pessoas que exercem
trabalho podem ser SD,s para prevenir, atividades monótonas freqüentemente confe
minimizando eventos excitantes que poderiam rem graça às suas horas dc trabalho fazendo
produzir superestimulação. No inicio do troças, piadas e tendo outras interações.’7
trabalho você pode delegar responsabilidades,
As pessoas tendem a avaliar as outras 30
tarefes, solicitar as outras pessoas conselhos
longo de um continuum de ser "entechante" a
antes que as dificuldades suijam, e ajudá-los a
ser "e x c ita n te A pessoa enfadonha traz muito
resolver seus problemas ames que sc tomem
pouca estimulação sensonal i interação social
incontrotãveis.
A pessoa excitada pode falar muito depressa e
Naturalmente, nem todas as pessoas se mudar dc um assunto para outro tio freqüen
tomam igualmente habilitadas para prevenir; temente que a interação c multo excitante.
nem a habilidade para prevenir, em algumas si Fjwre os extremos do entediante e do
tuações, garante a habilidade para prevenir em exdtame, há niveis intermediários de interação
outras. Entretanto, na medida em que as estimuladora que são rccompensadorcs. Hà
pessoas obtêm habilidade para prevenir, ocasiões em que é divertido interagir com
podem permanecer otimamente estimuladas alguém “cheio de vida", "excitante“ ou de
mais horas a cada dia. Um bom entendimento outra maneira, muito estimulante para se
dos reforçadores sensoriais é útil em ajudar as conversar. Mas. mesmo um r a v d de
pessoas a aprender a prevenir e regular seus estimulação mais moderado - apenas falar
inputs sensoriais com sucesso. Espera-se que sobre pessoas e coisas que se tem feito -é
este capitulo o ajude a compreender mais recompensador.
amplamente os reforçadores sensoriais e a Interações que reduzem a estimulação
tornar-se mais habilidoso para permanecer fornecem reforçadores sodais quando uma
otimamente estimulado.
pessoa é superestimulada. Quando ansiosas,
nervosas ou em pânico pela superestimulação.
REFORÇADORES SOC/A/S as pessoas precisam de uma fome de estimulos
suaves e brandos para reduzir sua carga
sensorial total a um nivcl suportável. Uma vez
A mera interação com os outros prove que crianças podem ser facilmente super-
numerosos reforçadores sociais para a maioria cstimuladas. freqüentemente precisam de
das pessoas. alguém para reduzir a estimulação. Os pais
A estimulação sensorial produzida pela fornecem redução de estimulo abraçando a
interação social é uma das principais razQes criança, acaridando-a e falando-the mansa
pelas quais a atividade social ê recompen• mente. Estes estímulos suaves, reconfortantes -
sadora. Há dois tipos principais de reforça junto com a proteção contra quaisquer inputs
dores sociais. altamente cstimuladores que tenham causado a
superestimulação • ajudam a baixar os niveis
Interações estimulantes freqüentemente de estimulação a uma zona ótima Pane do
provêem reforçadores sociais causando niveis amor das crianças pelos pais c baseado na
ótimos de input sensonal. Quando uma pessoa habilidade deles para prover contato sodai
precisa de estimulação, é possível obter inputs reconfortante e calmo em momentos de
sensoriais a partir de um jogo de paciência ou superestimulação ** (Ursinhos e coberiures dc
um programa na TV. Mas muitas pessoas
preferem a interação soda! como fome de
input cstimulador. Falar ao tdefone ou v Roy< 1939-60).
conversar com um amigo é mais freqüen
* Kcraer (1974), Stcrn (>977). Aiaswotih ct al.
temente recompen sador do que jogar padên-
(1978)
PnnciPKK do ComportarrxfflO na Vida DiAna 114
CO NCLUSÃ O
Este capitulo fomece uma introdução para reforçadores e punidores, com atenção especial
para os reforçadores c punidores incondicionados. Reforçadores e punidores sio relativos - não
fixos Reforçadores incondicionados ganham ou perdem poder de controlar o comportamento devido
ao nivel de privação ou saciação do indivíduo em rdação ao reforçador. Além disso, o
condicionamento Pavloviano pode Icvâi OS íéfôfÇâdorêS 6 punidores incondicionados A tornarem-se
mais reforçadores ou punidores, devido ao pareamento com outros reforçadores ou punidores O
principio de Premack provê uma maneira eficiente para avaliar reforçadores e punidores, sem a
necessidade de conhecimento prévio sobre privação, saciação ou condicionamento.
A estimulação sensorial é um dos mais importantes reforçadores no día-a-dia. Uma vez que
as pessoas estão sempre num dos trés niveis de estimulação sensorial - sub, super o\i estimulação
ótima - os reforçadores e punidores da estimulação sensorial afetam o comportamento o tempo todo.
Cada estimulo tem trés qualidades - variedade, intensidade e significação - e as pessoas aprendem
preferências diferentes por eles. Como todos os reforçadores e punidores, os reforçadores sensoriais
são rdativos: são descritos sete fatores que levam os reforçadores sensoriais a variar. As pessoas que
aprendem habilidades para prevenir podem evitar os extremos da sub c superestimulação e
permanecerem a maioria do tempo otimamente estimuladas. A estimulação sensorial é o componente
chave dos reforçadores sociais É tambem uma importante causa de atividades - cotoo exploração,
jogo e criatividade - que parece refletir motivação interna. Embora alguns adultos deixem de
considerar suas vidas estimulantes à medida que os anos passam, hà seis dicas que podem ajudar as
pessoas a continuarem desfrutando de uma experiência estimuladora ótima através da vida.
Reforçadores e
Punidores
Condicionados
Neste capítulo, você vai aprender que todos os tipos de estím ulos podem
tornar-se reforçadores ou punidores Estes estím ulos condicionados são
especialm ente im portantes quando o comportamento nâo é seguido
im ediatam ente por reforçadores ou punitlores ineontlicionados.
INFORMAÇÃO
Caixas de presente são:
CS’s que (1) reforçam olhar a caixa Informaçòo i uma determinante impor
. CS's que (2) eiiciam respostas emodonais tante do poder dos reforçadores e punidores
agradáveis condicionados.* Uma vez que as pessoas
adquiram experiência suficiente com estimu
. S ^s que (3) estabelecem a ocasião para
los que precedem e predizem o reforçamento
abrir a caixa
ou a punição, os estimulos preditivos são
informativos. Ver uma caixa de presente com
seu nome neta é informativo: é um reforçador
condicionado porque a informação sinaliza o
* Geralmente, um indivíduo pode acr pmado de nm
reforçador inoondicionado Antes que reforçadores
condictonades baseado» naquele US comecem a
funcionar pora reforçar comportamento. Entretanto, h i ’ São também S4'* para n3o tuer cota» que
provavelmente cooduuríara is vespas, uis como se
casos em que a privaçtlo dc um US kvnrá reforçadores aproximar ou golpeá-las
condicionados baseados etn outros US's a tornarem-se
efetivos (Ncvtn, 197tb). * Eggere Miller (1962.1962) Selignao (1966).
Pw'c-ows ft? C naVHtaOana 122
rdoiçamemo que se aproxima. Ver vespas poderosos do' qoe os estimulos com poucas
dentro de casa é informativo: c um punidor informações sinalizadoras.
condicionado porque a informação sinaliza o Reforçadores condicionados sâo mais
risco de ser picado. poderosos quando sâo altamente informativos
A quantidade de informação que uma do reforçamento subsequente e quando uma
pessoa obtém de um estim ulo depende de duas pessoa aprendeu a responder ás informações
coisas: (!) quão bem o estim ulo prediz o sinaüzadoras. As pessoas nem sempre respon
reforçamento ou a pum çào e (2) quâo bem a dem à caixas de presente como reforçadores
pessoa aprendeu a responder ao estimulo condicionados. Uma caixa bem embrulhada
como preditor de re/orçamento ou punição. não será um reforçador condidonado para
Primeiro, se um estímulo precede sempre o vocé sc não é seu aniversário e se o nome que
reforçamento ou a punição de uma forma está na caixa não c o seu. Contudo, se é seu
regular c um sinalizador melhor do que aniversário c se o seu nome é o que está na
estimulos que são apenas parcialmente caixa, esta mesma caixa pode ser um reforça
relacionados com reforçamento ou punição. dor condicionado poderoso para você. Vários
Quanio melhor a correlação entre um estimulo elementos na colagcm de estímulos - a caixa,
e eventos subsequentes, mais informativo ele etiqueta, dia do ano e dicas contextuais
pode ser No entanto, a informação potencial contribuem para as informações sinalizadoras
disponível a partir dc um estimulo altamente que determinam quão poderoso um reforçador
preditivo não é útil para as pessoas que tém condicionado pode ser. Na essência, os refor
pouca ou nenhuma experiência cora aquele çadores condicionados transmitem informa
estimulo e o reforçamento ou a punição que ções que são ‘'boas noticias’ (para aqueles
sinaliza. Assim sendo, a aprendizagem é o com experiência relevante). Uma caixa de
segundo determinante da quantidade de presente transmite a boa noticia de que há um
informação que o estimulo tem para uma lindo presente dentro dda. Quanto mais um
pessoa' uma pessoa deve ter experiência presente for uma boa noticia, mais recompen-
adequada com os estímulos sinalizadores e as sadora a caixa é. Para a maioria das pessoas
conseqüências relacionadas para aprenderem a uma grande caixa de presente que é embrulha
reconhccê-los como reforçadores c punidores da em um bonito papd transmite melhores
condicionados. Uma vez mais vemos que a notidas do que aquela do tamanho e formato
capacidade dos estimulos para servireraxomo dc uma caixa de lenços, embrulhada em papel
reforçadores e punidores condicionados se comum
baseia na aprendizagem. A criança que não Punidores condicionados são mais
tem experiência com vespas nâo responde à poderosos quando são altamente informativos
visão ddas como estimulo sinalizador c da punição subsequente c uma pessoa apren
informativo da forma como crianças com mais deu a responder às informações preditivas. Se
experiências o fazem. Assim sendo, o sinal você dirige a 20 km adma da veloddade
das vespas não provê informação sobre perigo limite, a visão de um carro de polida na rua á
- nem serve como punidor condicionado - . até frente pode ser um estímulo sinalizador de
que a criança tenha uma experiência prévia que há perigo cm receber uma multa.
adequada com das. Contudo, a força do punidor condicionado
Quanto mais inform ativo é um estimulo depende do total de informação relacionado
preditivo. maior seu poder como um reforça com a situação. Quando você vive cm uma
dor ou punidor condicionado. A medida que cidade oode é do oonhedmento geral que a
as pessoas obtêm experiência com eles, os polida prende todos aqudes que violam a lei.
estímulos altamente informativo» sc tomam o sinal do carro de polida e um excelente
reforçadores ou punidores muito mats sinalizador para punir a vdocidade. Assim, é
um punidor condicionado que pune a velod-
Prncgio» do Cimoortame'tta r a V'da Diâna 123
para atravessar o cruzamento A informação pessoas para ver se estão sorrindo, franzindo a
dads pelas luzes verde e vermelha reforça testa ou demonstrando qualquer outra dica
respostas dc observação, e as pessoas usual* emocional. Sinais de prazer são geralmente
menie olham para as luzes o bastante para boas noticias, e sinais de infelicidade são
ficar “por dentro' das condições do tráfego. geralmente más notícias. Estas dicas sociais
Quando as luzes do tráfego deixam de são especialmente importantes quando as
funcionar num cruzamento de uma cidade pessoas não estão certas de como uma
movimentada (e não há um inspetor para interação está evoluindo Estudos mostram
controlar o trânsito), aumenta a incerteza que quando as pessoas interagem com um
daqueles que devem seguir e dos que devem estranho, das passam mais tempo olhando
esperar, o que frequentemente leva a acidentes para a outra pessoa do que quando interagem
ou engarrafamentos. Quando os sinais voltam com um amigo.1* Há mais incerteza quando sc
a funcionar provêem as informações que interage com um estranho e assim mais
diminuem a incerteza e reduzem os acidentes reforçamento para observação e dicas
informativas
Nós dirigimos respostas dc observação
para muitos tipos de reforçadores c punidores A s respostas ik observação podem ser
condicionados, observamos os nomes nas reforçadas por reforçamento positivo ou
cartas e presentes porque a informação nos diz negativo, dependendo se elas trarão itifo m a -
se podemos ou não abri-k>s. É recompensador ção que ajude a obter reforçamento ou evitar
abrir coisas com nossos nomes nelas, mas e punição. É íâcil entender porque as pessoas
constrangedor abrir coisas endereçadas a gostam de observar os reforçadores condi
outras pessoas. Informações em envelopes e cionados' estes estimulos provêem reforça
etiquetas é um reforçador porque cias mento positivo por estar atento, c elidam
reduzem a inceneza e ajuda-nos a obter respostas emocionais agradáveis. É muito
reforçadores ou eviur a punição Quando as bom receber uma carta que diz: “Abra este
pessoas jogam tênis, basebal ou outros envelope e ganhe um prêmio”. Todas as
esportes. elas frequentemente olhara pessoas ficam felizes ao ouvir o professor
para os jogadores dc seu time c para os anunciar antes dc entregar as provas, que
adversários para obter a informação que todas foram bem feitas e todos tiraram “A". É
sinaliza ações subsequentes Jogos rápidos são uma boa noticia ouvir seu parceiro de ténis
cheios de incerteza acerca das próximas dizer que ele desenvolveu consideravelmente
jogadas possíveis, e bons jogadores aprendem seu saque depois que voccs passaram a jogar
a observar uns aos outros para obterem juntos. Quando vocé está jogando damas, c
informações sinalizadoras relevantes. agradável ver seu adversário mover uma peça
de tal forma que permita a vocé pular três
Enquanto caminhamos pelo campus,
olhamos rapidamente as pessoas que vêm em peças dc uma só vez.
nossa direção para ver se elas nos cumprimen Embora as pessoas gostem de observar
tarão, ou passarão sem nos reconhecer. Se nâo estimulos informativos que sinalizam reforça
temos certcza sobre quando e onde podemos mento, geralmente elas não ficam felizes em
encontrar um amigo, as respostas de observar estimulos que predizem punição.
observação reduzem a incerteza. Dicas Como os punidores condicionados podem
informativas ajudam a minimizar a punição e eliciar emoções desagradáveis e punir respos
a aumentar as chances de reforçamento: tas de observação, as pessoas muitas vezes
ajudam-nos a evitar o constrangimento de não evitam observar os punidores condicionados
cumprimentar alguém que nos reconhece e Por outro lado. os punidores condicionados
nos saúda; e aumentam as chances dc começar podem também prover reforçamento negativo
uma interação rccompensadora com amigos.
Em diálogos, olhamos para o rosto das ’0 R i K c t c Srcpbcnson (1979)
P*wse<o< d a Cam oar!a r t cata na V>da Olfrla 125
isto é. não mais precedem e predizem outros condicionado é seguido por reforçamento c
reforçadores e punidores - se dá a extinção, e punição - por exemplo, somente uma vez em
os estim ulos condicionados perdem o seu dez ou vinte. O condicionamento continuo
poder. Se vocc tem um novo companheiro de ocorre quando o estimulo condicionado é
quarto que o convida para velejar no fim-de- sempre seguido por reforçamento ou punição.
semana, o convite é uma boa noticia, um Se ver um presente com seu nome é .sempre
reforçador condicionado - sc convites seme seguido por uma experiência recompensadora.
lhantes foram sempre seguidos de experiên a visão de presentes está sendo mantida como
cias recompensadoras no passado Entretanto, um reforçador condicionado através de
quando o fim-de-semana chega, seu compa condicionamento continuo Se comprar um
nheiro de quarto está muito ocupado para bilhete de loteria é seguido dc reforçamento
velejar. Coisas semelhantes passam a aconte de ganhar dinheiro uma vez, em SOO vezes, o
cer nas próximas semanas. Depois de seis reforçador condicionado é mantido por
convites que terminaram em cancelamento, condicionamento intermitente. Os punidores
convites por parte de seu colega deixam de ser condicionados podem também ser mantidos
boa notícia. Uma vez que os convites não por condicionamento continuo ou intermiten
foram seguidos por experiências recómpéfl&a* te. No dia a dia. muitos dos rcforç&dores e
doras. eles perdem seu poder como reforçado punidores condicionados são baseados em
res condicionados. (Entretanto, convites de condicionamento intermitente Pesquisas de
amigos mais confiáveis mantem seu poder monstram que o condicionamento intermitente
como reforçadores condicionados se os retarda a extinção: os estimulos continuam a
convites foram seguidos por experiências funcionar como reforçadores ou punidores
recompensadoras). condicionados por muito tempo depois do
inicio da extinção se etes foram mantidos por
Os punidores condicionados também
condicionamento intermitente antes da extin
perdem seu poder durante a extinção. Se vocé
ção (veja Capitulo 12 • Efeitos do Reforça
muda para um novo apartamento e um vizinbo
mento Parcial). Se durante seus anos de
impiicante chama a policia cada vez que vocc
colégio, amigos o convidam para fazer coisas
liga seu aparelho de som. as ameaças são más
e sempre as fazem, os convites poderio ser
noticias Como são punidores condicionados,
reforçadores condicionados baseados em
elas eiiciam respostas emocionais aversivas c
reforçamento contínuo Se seu primeiro
podem fazer com que pare dc tocar discos por
companheiro de quarto na universidade nunca
uns tempos Entretanto, sc você liga seu som
cumpre seus convites, será facil para vocé
uma semana depois, ouve mais ameaças, e as
discriminar que os convites de seu colega de
aiaeaças não são seguidas por formas fortes de
universidade são bastante diferentes dos que
punição, elas começarão a perder seu poder
você recebia no colégio. O grande contraste
como punidores condicionados. Depois de
entre sempre reforçador e nunca reforçador
ouvir ameaças vagas por 2 meses* as ameaças
toma lãcil discriminar que os convites de seu
deixam de eliciar sentimentos aversivos e
colega de universidade não são sinaiizadores
param de suprimir seu comportamento.
de reforçamento; os convites perdem
A extinção de reforçadores e rapidamente seu poder como reforçadores
punidores condicionados será m ais lenta sv condicionados quando você discrimina que
aqueles estimulos condicionados uvertm stdo eles não são seguidos por reforçamento. A
maniidox previamente por condicionamento extinção é, geralmente, rápida quando uma
intermitente ao invés de condicionamento pessoa experimenta um grande contraste entre
continuo.'* O condicionamento intermitente reforçamento continuo e não reforçamento
ocorre quando um reforçador ou punidor (isto é, extinção) Entretanto, se o seu colega
de colégio sempre o convidasse para fazer
,5 Zimmerman 11957.1959}, Ncviiv (197lb>
coisas, mas somente as cumprisse intenuiten-
Pnr»doc-i o-" Ccmoortamgr'o ra Vtia CiAna 1 27
temente - talvez uma vez em dez ou vinte - as continua. As diferenças sutis entre condicio
coisas seriam diferentes: você estaria namento intermitente e ausência de condicio
acostumado a oonvites nâo cumpridos a namento (isto é, extinção) tomam difícil de
maioria das vezes, e os convites seriam perceber o inicio da extinção depois de um
reforçadores condicionados que sinalizariam condicionamento intermitente • isto é. é mais
reforçamemo ocasional. Quando vocé difícil aprender que estimulos que uma vez
encontra um colega que nunca cumpre os foram reforçadores ou punidores condiciona
convites, pode levar um longo tempo ate que dos não são mais sinalizadorcs de reforça
você discrimine entre reforçamemo interm i mento ou punição.
tente e nenhum reforçamemo. Diferenças
sutis sâo difíceis de discriminar, e isto pode
retardar sua aprendizagem de que o convite de REFORÇADORES E PUNIDORES
seu colega c sinalizador dc nenhuma recom* SOCIAIS
pensa. Você poderá continuar a responder aos
convites de seu amigo como sinalizadorcs dc Muitos de nós achamos que sorrisos.
reforçamento ocasional, mesmo que sejam
atenção, cumprimentos, afeição e simples
realmente sínalizadores de não reforçamento. mente estar com outras pessoas slo rcfbrça-
Assim, a extinção acontece mais lentamente dores, enquanto desaprovações, criticas e
depois de reforçamento intermitente. insuhos são punidores. Os recém-nascidos,
O efeito do condicionamento intermi entretanto, não pensam assim. O fato de que
tente sobre os punidores condicionados é muitas crianças” nascem e crescem numa
semelhante. Se no passado as pessoas sempre complexa rede social garante que elas
chamaram a policia quando ameaçaram fazê- aprenderão a responder a muitos estímulos
lo voei será muito cauteloso com tais sociais como reforçadores ou punidores
ameaças Quando vocc descobre que um condicionados.
vizinho ranzinza sempre ameaça chamar a Durante os primeiros anos de vida, o
policia mas nunca o faz, será fãcil discriminar recém-nascido é altamente dependente de seu
que a ameaça desta pessoa nâo tem sentido. £ ambiente social para ter acesso a reforçadores
fãcil dkscriminar entre ameaças que sempre positivos e fugir dos punidores. A mãe, o pai
sinalizam punição e ameaças que nunca ou babàs fornecem alimento, liquido, calor,
sinalizam punição, e as ameaças sem sentido estimulação sensorial etc.; e eles removem
deixam de funcionar como punidores fraldas sujas, alfinetes abertos e outras fontes
condicionados tio logo você discrimina que de irritação Se a criança sente medo por
elas não sâo sínalizadores de punição. Ém estimulos novos, a familiaridade das babás e
contraste, se no passado vocc ouviu ameaças seu comportamento delicado e calmante
que foram somente ocasionalmente seguidas ajudam a criança a fugir da superestimulação
por punição, vocc poderá achar mais difícil aversiva. Todas estas experiências
discriminar entre ameaças que produzem recompensa-doras na infinda são precedidas
punição intermitente e as ameaças do vizinho e sinalizadas pda aproximação e atenção
ranzinza que sinalizam nenhuma punição. direta das babás para com as crianças. Emão,
Quando reforçadores ou punidores receber atenção social toma-se um reforçador
condicionados deixam de predizer reforça
mento ou punição, a extinção entra em ação e
os estimulos condicionados perdem seu poder. ° Crianças selvagens « cnairçus cresódas presas
Tipicamente, a extinção é mais lenta se os proveem exemplos comoventes D uxfclivi&dc dc
estimulos preditivos foram mantidos no main» estimulos sociais que Sâo reforçadores ou
passado por reforçamento ou punição intermi punidores coMbetonados poderosos para crianças
normais dc sua ttlude (Davts. 1940. 1947; Cuitiss.
tente do que por reforçamento ou punição 1977)
Pnneipm do Comooffgrento na vwa f rto a 128
"Skiimcr(19S3: T7>.
“ O'Leary a aL (1970); Hall et aL (1972). Sulzcr e
” Soboo e O'Leary (1976). Mayer (1972); Axdrod (1977).
Preictoos d s Ccregorta/nento na '/iria O-ina I 29
contato sodaJ e atenção serem geralmente Alguns sinais sociais - como elogios e
associados com condicionamento positivo na atenção podem funcionar como reforçadores
infância a criança também recebe punição dos ou punidores socais. dependendo do grau para
pais e dos outros. Como as pessoas podem ser o qual eles sinalizam reforçamentos ou
fonte tanto de reforçamento como de punição, punição. Por exemplo, elogios podem ser
a criança aprende a discriminar entre os sinceros ou manipuladores, e as pessoas
estimulos que precedem e sinalizam geralmente aprendem a discriminar as
reforçadores e aqueles que precedem e diferenças a medida que crescem. As crianças
sinalizam punidores Sorrisos, aquiescência, sempre respondem a elogios como reforça-
sinais de interesse, tons dc voz suaves, dores condicionados poderosos, uma vez que
cumprimentos e elogios são sempre seguidos o elogio dos adultos é sempre sinalizador de
por abraços, cuidados, brincadeiras e outros várias outras recompensas A medida que os
reforçadores; assim estes estimulos podem anos passam, muitos de nós temos expe
tomar-se reforçadores condicionados. Repro riências onde as pessoas nos manipulam com
vação. lábios apertados, advertência com o cumprimentos e elogios falsos levando-nos a
dedo, to-m dc voz áspero e critica sâo sempre fazer alguma coisa que os toma aversivos.
seguidos por punição; assim, estes estimulos Todos nós já fomos expostos a cumprimentos
podem tomar-sc punidores condicionados. A manipulativos, tais como: *Oh! Jim, vocé tem
criança muito jovem pode parecer não tanto jeito com crianças, porque não toma
“entender" quando a mamãe ou o papai esláo conta delas esta tarde?”. Depois das pessoas
com raiva, porque quase todo contato social é ouvirem tais elogios, elas acabam arranjando
um reforçador condicionado para o recém- um trabalho a mais. Eventualmente, à medida
nascido. A medida que inicia o reforçamento que as pessoas aprendem a discriminar as
diferencial, a criança se toma mais diferenças entre elogios sinceros c
discrimin&tiva. Quando o sorriso do papai manipulativos, os cumprimentos manipula
muda para um olhar fixo penetrante, a criança tivos e os elogios exagerados toream-se
pára de brincar com o alimento na mesa de punidores condicionados. No futuro, quando
café. Estas indicaçôcs de que a criança alguém tentar manipular Jim com falsos
“compreende” os sinais nSo verbais demons elogios, os cumprimentos manipulativos
tram que a criança discrimina entre eles, podem agora suprimir o comportamento no
respondendo a um como reforçador condicio lugar de tomá-lo mais provável.
nado e a outro como punidor condicionado.
De forma semelhante, o condiciona
Naturalmente, à medida que os anos mento diferencial leva a pessoa a aprender que
passam cada um de nós aprende a ser sensível nem todas as formas de atenção soda) são
a incontáveis estimulos sociais como recompensadoras. Embora a atenção social
reforçadores ou punidores condicionados. seja sempre um reforçador. ser vigiado
Como temos histórias de condicionamento cuidadosamente nâo é. A vigilância funciona
únicas, não respondemos aos mesmos sinais sempre como um punidor condicionado.
sociais como estimulos positivos ou negati Quando as pessoas estão envolvidas em
vos. Algumas pessoas acham a linguagem atividades divertidas como cm jogos que
obscena muito aversiva. devido à sua produzem niveis reforçadores de estimulação
associação próxima com punição cm sua sensorial ninguém precisa vigiar para garantir
experiência passada. Outras pessoas respon que elas continuem jogando. Entretanto,
dem à obscenidade como reforçadores quando as pessoas têm que fazer tarefas
condicionados porque sempre fizeram parte de aversivas. é sempre necessário ter algum tipo
suas conversações relaxadas com as pessoas de vigilância para se ter certeza de que não
enquanto sorriam c se diveniam pararão ou diminuirão seu ritmo dc trabalho.
Assim, os pais checam para ver se a criança
cortou a grama e tirou lixo, o patrão confere
PrmcipiM do Con&snarr^nTn na Vid* Otin a 130
para ver se o trabalhador lerminou o trabalho símbolo (token) pode tomar-se um reforçador.
com boa qualidade, etc. Como estar sob vigi* condicionado quando um grupo de pessoas
tância é sempre um bom sinalizador de que usa o símbolo na troca por outros
uma atividade é aversiva. o$ sinais indicando reforçadores.
que um comportamento está sendo monito Diplomas, notas altas, prêmios, placas,
rado tomam-se, sempre, punidores condicio medalhas e outras honras sio símbolos
nados. Esta é uma das razões pelas quais as (tokens) dados àcueles que se sobressaem.
pes> >as preferem trabalhos onde não hà Muitas pessoas rprenderam a achar estes
vigiiãncia e elas podem "ser seus próprios símbolos (tokens) tã o reco m p en sa dores que
patrões’ mesmo que tenham que trabalhar o trabalharão muito para ganhá-los. O condicio
mesmo tanto que em qualquer trabalho. namento começa cedo na vida quando as pais
Experimentos demonstram que quando os demonstram atenção por seus filhos por
adultos começam a observar o brinquedo da ganharem boas notas. Como notas altas e
criança como se estivesse monitorando uma diplomas sempre abrem as portas para as
tarefa aversiva. a vigilância sozinha suprime a melhores universidades, os trabalhos mais
frequência do comportamento de brincar da estimulantes, promoções mais rápidas e outras
criança11 Ser observado tôfftâ as pessoas
recompensas, podem adquirir poder icfor-
nervosas e faz com que se sintam constran çador adicional Naturalmente, as pessoas que
gidas, indicando que a vigilância é um CS que ganharam notas baixas (e foram privadas dos
elicia respostas emocionais negativas. Estar reforçadores dados aos melhores alunos)
sob vigilância sempre serve como um S~ para
aprenderam a achar o sistema de classificação
nào brincar ou perder tempo, e um S° para aversivol As notas são parcadas com
operantes como dizer, “Pára de me vigiar, isto vigilância, fracasso, critica e perda dc
me deixa nervoso'’ oportunidade.
O golfista que tem uma parede inteira
SÍMBOLOS /TOKENS) COMO coberta com medalhas e troféus pode achar
REFORÇADORES E PUNIDORES estes prêmios mais valiosos do que os outros
imaginam. Cada prêmio ê associado com uma
vitória. Cada prêmio aumenta o tamanho da
A s pessoas sempre usam objetos como
coleção. Quanto maior a coleção, mais
reforçadores ou punidores condicionados.
surpresas c impressionadas ficam as visitas
Estes objetos sio símbolos que representam
que exclamam. ’Leslie, estou impressionado.
outros tipos de reforçamento ou punição. Não sabia que você era um golfista tão
Dinheiro é um reforçador condicionado para a notável" Quer seja uma medalha militar, um
maioria das pessoas, mas não todas. Algumas
prêmio dc literatura ou um bouquet de rosas,
sociedades utilizam conchas, pontas de
símbolos de estima são associados com outros
flechas, cola;es ou outros objetos. As pessoas reforçadores e portanto tornam-se reforça
dessas sociedades podem olhar para uma nota dores condicionados para aqueles que tiveram
de ccm reais e ficar surpresas por isto poder
a chance de ganhá-k».
ter valor, da mesma forma que ficamos
surpresos com o grande valor que colocam em Muitos símbolos funcionam como
seus objetos de troca. Entretanto, qualquer punidores condicionados. Muitas de trânsito,
contas, cobranças de ordens de pagamento e
outros símbolos semelhantes são estimulos
17 Embora Lcppcr e Greene (197$) tenham usado a que precedem a perda de reforçadores Um
tso ru aribuiçAo pota interpret» estes resultados, « ticket no pára-brisa e um estimulo informa
-dados indicam claramente que a vigilánaa funaoia
como u r i p u a i d ú r social Veja Banduni (1977:107 f ) tivo: más noticias! Como um CS associado
pare u n a crtòca ao aso da teoria da atribuição cm casos com experiências aversivas, um ticket de
como csie& multa faz com que muitas pessoas sintam mal
PftftdfrO* do Com ooftaranto n» Vida Otária 131
logo que o vêem, e isto pode suprimir e punir * pessoas aprende a responder ao dinheiro como
o estacionamento ilegal. .-Mem disso, cie um reforçador generalizado Se você está com
funciona como um S para pagar a multa, fome. o dinheiro pode trazer alimento Se vocè
desde que pagar é negativamente reforçado está eniediado o dinheiro pode trazer
por fiigir de punições mais severas dadas divertimento. Se vocé gosta dc andar na
àqueles que não pagam suas muitas de úitima moda, o dinheiro pode comprar roupas
trânsito. novas. Se você tem uma multa de trânsito, o
Imortalizada na novela The Scarlet dinheiro pode ajudar a evitar as penalidades
Letter, a letra "A" foi um simbolo punitivo pesadas que você poderá enfrentar se não
usado pdas mulheres infiéis na puritana Nova pagar. Muitos de nós aprendemos a responder
Inglaterra.'* Outros símbolos de desaprovação ao dinheiro como um reforçador condicionado
incluem algemas, correntes, tatuagens, e em muitos contextos c cm muitos estados de
marcas feitas em escravos, prisioneiros, privação. Assim, o dinheiro toma-se um
exilados e marginais cm muitas sociedades. reforçador condicionado generalizado.
Uma vez que as pessoas não querem ostentar Apesar da ampla generalização dos
símbolos de desaprovação como o q u o o n reforçadores monetários, o condicionamento
para símbolos de sucesso, aqueies símbolos diferencial, geralmente, leva-nos a aprender
têm que ser afixados fisicamente nas pessoas discriminações que impedem o dinheiro de ser
ou em seus pertences para evitar que elas se um reforçador cm todas as circunstâncias. Por
descartem do simbolo aversivo. Por exemplo, exemplo, a posse dc dinheiro roubado ou
os judeus oa Alemanha de Hitler podiam ser falsificado pode colocar uma pessoa em maus
presos caso não usassem a estrela de David lençóis. Assim sendo, qualquer informação de
que os identificava e estigmatizava na que o dinheiro é roubado ou falsificado será
sociedade nazista. Poucos cornam o risco de geralmente suficiente para tomar o dinheiro
nio usá-la,'* No passado, quando uma criança um punidor condicionado, que elida
era punida tendo que usar um chapéu de sentimentos aversivos e motiva a esquiva.
orethas de burro, o professor vigiava a criança Além do mais, a maioria das pessoas aprende
para assegurar-se de que ela não tiraria o a discriminar que certas situações não devem
simbolo (token) negativo. ser associadas com dinheiro. Quando você
ajuda alguém que ama, receber dinheiro em
pagamento pode fazer parecer que seu
R£FORC/\DORES E PUNIDORES comportamento foi mercenário, ao invés de
GENERALIZADOS ser um ato de amor. Outros, então, podem
criticar ’Vocè nio ajudou sua avó porque a
Quando as pessoas aprendem que ama Você o fez peto dinheiro*. Este tipo dc
certos estim ulos são preditivos de muitas condicionamento social faz com que as
espécies de reforçamento numa grande pessoas discriminem que não se deve usar o
variedade de circunstâncias, estes estimulas dinheiro cm situações onde o valor positivo
tom am -se reforçadores generalizados. do amor. da amizade, patriotismo ou outras
Dinheiro é um exemplo claro de reforçador metas nobres possam ser manchados pelo
generalizado. Como o dinheiro pode ser "raaterialismo crasso* do dinheiro. Entío. os
utilizado para obter muitos reforçadores reforçadores nio precisam ser efetivos em
positivos ou evitar muitos punidores em todos os contextos para serem rotulados como
incontáveis situações diferentes, a maioria das reforçadores generalizados.
Atenção social, conversar com outros c
o gregarismo são, até um determinado grau,
'* HrMhorac, 1850
” Hilbcrg. (I96Í.I21-Í22)
P u r g P c t c o C o m p artam eo a na V«ta P â rw 132
ou evitar o punidor dc uma nota ruim. 0$ pais pessoa através de uma cadeia na direção de
podem passa; semanas fazendo treino de reforçadores terminais. Quaisquer estimulos
loalete em seu filho antes que alcancem o informativos que ocorram quando uma pessoa
reforçador terminal de ura treino bem está “na trilha” - seguindo uma cadeia • na
sucedido Nestes casos, os reforçadores e direção de um reforçador terminai podem
punidores condicionados cobrem a lacuna de tomar-se reforçadores condicionados uma vez
tempo entre os primeiros operantes e as que a pessoa tenha uma experiência recom-
conseqüências finais: os reforçadores e pensadora com a cadeia comportamental.
punidores condicionados que ocorrem
l*wudorvs condicionados são sinais de
imediatamente após cada operante em uma
"más noticias”, que podem servir para cobrir a
cadeia provém conseqtiincias im ediatas para
lacuna dc tempo entre os primeiros d o s nas
cada e h comportamenuú. Quando um aluno
cadeias operantes e os punidores atrasados.
estada dias antes dc um teste, os estimulos No desempenho de uma cadeia longa - como
presentes em cada elo da cadeia do
ser entrevistado para um trabalho, treinar para
comportamento de estudar são reforçadores
um evento atlético, ou preparar um jantar - um
condicionados para estudar, se no passado
ou dois enganos pòdcm compromctcr o
d e s foram sinalizadores dc obter mdhores sucesso na cadeia completa de compor
notas do que se não estudassem. Da mesma
tamento. Durante uma entrevista para um
forma, os estimulos presentes quando não se
trabalho, uma pessoa pode pensar em fàzer
estuda sào punidores condicionados para o uma piada étnica, então sentir uma pontada de
comportamento de nâo estudar, se são apreeosão. Apenas pensar em fazer a piada
sinalizadores de notas baixas. gerou uma resposta que produziu estimulos
Os reforçadores condicionados sào que são punidores condicionados, porque des
sinais dc “boa noticia" que ocorrem quando sinalizam que toda a entrevista para o trabalho
uma pessoa completa com sucesso cada elo poderia ser colocada em risco por causa da
componamental de uma cadeia e cada vez piada. Os punidores condicionados suprimem
mais se aproxima do reforçador terminal no o pensamento de fazer a piada e servem como
final daquela cadeia Os primeiros elos na reforçadores negativos para falar sobre outra
cadeia de preparar bolos ou biscoitos ocorrem coisa. Os punidores condicionados funcionam
quando a pessoa compra os ingredientes na como "sinais de adverténcian que cobrem a
mercearia. Estes atos não sâo seguidos lacuna de tempo entre o componamento em
imediatamente por alimentos reforçadores, curso e as eventuais conseqüências aversivas.
mas são seguidos imediatamente por reforça
Erros, idiotices, asneiras e outros
dores condicionados, jà que comprar alimento
enganos no inicio da cadeia podem
produz estimulos que são sinalizadores que o
comprometer a obtenção de um reforçador
reforçamento por alimento ocorrerá mais tarde
terminal e/ou levar a eventos aversivos - se
na cadeia. Depois que a pessoa chcga em casa
nenhuma ação corretiva é realizada. Os
e comoça a fazer alguns biscoitos, há estim ulos produzidos por enganos tornam-se
reforçadores condicionados adicionais, pois
punidores condicionados que cobrem a
misturar o$ ingredientes é também sinalizador lacuna de tempo por prover punição Imediata
de reforçamento com alimento. Embora os para ações que podem comprometer a
atos de colocar o alimento na boca sejam conclusão da cadeia de comportamento.
imediatamente reforçados pelo alimento,
Quando punidores condicionados aparecem
todos os elos operantes precedentes são
em cadeias operantes. eles tendem a (I)
reforçados pelos reforçadores condicionados suprimir o comportamento problemático que
que são preditivos de alcançar o reforçador os produziu e (2) prover reforçamento
terminal d-uam, os reforçadores condiciona negativo para ações corretivas que reiniciam a
dos cobrem a lacuna provendo reforçamento
cadeia de comportamento Pilotos de canos dc
imediato para comportamentos que levam a
PrtUCi&O* ao Ccmoartarrewa r a V ga f>ána 137
corrida sabem que cada corrida pode envolver passar a vtinria. r a«im por diarue Alguns,
acidcntcs dolorosos se não tomarem precau operantes sdo seguidos por alimento na boca
ção. Ver um vazamento incomum numa (reforçador inconiicionado) enquanto outros
máquina de alto desempenho d um punidor são seguidos por reforçadores condicionados
condicionado que sinaliza perigo cm patencial associados com limemo. Em muitas cadeias
na próxima corrida - que poderá ser dias ou comuns de comportamento, os reforçadores
semaias mais tarde. 0 punidor condi:ionado incondicionados ce estimulação sensorial são
c um CS que elicia respostas emocionais c superpostos aos reforçadores condicionados
pune quaisquer atos de negligência responsá em vários pontos através da cadeia.2 Tocar
veis pelo vazamento da máquina; ele t um S° música, conversar com um amigo, explorar
que estabelece a ocasião para reparar o uma nova cidade c jogar, envolvem cadeias de
defeito. Uma vez que a máquina é consertada, comportamento nas quais novas e estimu
o puridor condicionado desaparece; o desapa lantes experiências sensoriais aparecem em
recimento do punidor provè reforçamento vários pontos da cadeia c tornam o comporta
negativo para a boa manutenção da rraquina. mento mais recompensador do que ele poderia
Assin, os punidores condicionados cobrem a ser se fosse mantido somente por reforçadores
lacuna de tempo entre uma cuidadosa condicionados.
manutenção da máquina e a próxima sorrida,
Segundo, cs reforçadores terminais de
ajudando as pessoas a evitar serias punições algumas cadeias podem nâo ser reforçadores
por tomar precauções eficazes com antece
incondicionados. O reforçador term inai pode
dência. Quando um cirurgião vê que o bisturi ser um das ma!s poderosos reforçadores
está nuito próximo de uma artéria qie deve condicionados, como atenção social ou
permanecer intacta, os estimulos produzidos
dinheiro. Pagamcitos sio reforçadores termi
pela resposta servem como pwnidores nais que manterão longas cadeias de trabalhar
condicionados que suprimem futuras respostas
por vários dias. Crianças que reclamam ou
incorretas, como S^s para nio cortar mais. e emburram podem gerar cadeias de compor
como S^s paia uma açio corretiva. Fugindo tamento que duram uma hora ou mais ames de
dos punidores condicionados, o cirurgilo evita receberem o reforço terminal de atenção
cometer enganos que poderiam causa* sérios social.
probkmas mais tarde.
Terceiro, o reforçador term inal nâo
precisa ser tão pxieroso se outros reforça
CADEIAS COMPLEXAS dores anteriores, tu cadeia, sâo relativamente
poderosos. Por exemplo, uma conversa no
telefone termina com “ Até amanhã” e o
A té a g o ra . H iscu tim o i d u a s d a s fo rm a s
telefone desligado Os atos finais da conversa
mais básicas de cadeias de comportamento
ao telefone nio produzem reforçadores termi
operate: cadeias de dois elos levando a um
nais que são suficientemente recompensadores
reforçador iacondicionado e cadcias dc vários
para manter toda a interação social prévia. Em
elos fevando a um reforçador incondidonado.
muitas conversas, os reforçadores terminais
Outrts tipos de cadeias operantes são também
sio de importância trivial comparados com os
visto? na vida diária.
reforçadores de interação social, a informação
Primeiro, algumas cadeias contém
reforçadores incondicionados misturados com 22 No dia-a-dia. coo é raro ccreus reforçador» dc
os rtforçadores condicionados em m uitos ettutmUçào sensonal opsrcccndo em vários p o n to ao
pontes ao longo da cadeia. Por exemplo, longo da cadeia de reformadores ooodícwnadM que
ja n ta r ê u m a c a d e la d e o p w a n te e qu« inotui pnoeden ura tcfbfçMor Krmml. Houston <1976:173)
servir-se de mais um pouco de arroz, cortar nota que mesmo no tooratono. a cittirmbçÃo seasonal
poá t a p a r a r cm poaos *o longo de uma
um pedaço de came, colocar a carne na boca. cadeia.
PrwiD<K ao OmportamoTTto na Vida OtArta 138
ÍNTERÍJGADAS
reforçadores socais para emitir os primeiros ' S*2 -* b -*■ S*l -+ a -+ REFORÇADOR
elementos das cadeias. usualmente torna o TERMINAL
aprender mais fãcil do que aprender sem ajuda
c -*■ 5*2 -► b -*■ S*1 —* a -> REFORÇADOR
social. TERMINAL
Quando as ftesxtxi.* nâo recebem ajuda
das outras enquanto estão aprendendo uma
nova cadeia de operantes, elas normalmente Depois que o componamento c é
tèm que aprender um elo de cadeia a acrescido para tomar a cadeia mais longa, os
wz, em ordem inversa. O último elo é estímulos que precedem c tomam-se um
aprendido primeiro, então o segundo elo é terceiro reforçador condicionado S^3 que
aprendido, e assim por diante 0 operante mais pode então reforçar a aquisição do compor
fãcil de ser aprendido é, geralmente, aquele tamento d, e ser dica para o desempenho do
que é seguido diretamente pelo reforçador comportamento c.
terminai. Assim, quando quatro respostas - d, Se um excursionista tem que «prender -
c. b e a - conduzem a um reforçador terminal, sem a ajuda de outros - como manter-se
o comportamento "o* é o mais fôcit dc se quente quando caminhando pelos campos, o
aprender primeiro porque ele c seguido mais primeiro comportamento que ele deve adquirir
deve ser a habilidade de fazer uma boa
fogueira. Fazer fogo (comportamento a) c
< J - > c - > b - > O-vREFORÇAM ENTO reforçado pelo calor (um reforçador
TERMINAL incondicionado terminal) Se há momentos cm
que não há madeira seca disponível, haverá
reforçamemo para qualquer comportamento b
de perto pelo reforçador terminal. Os
que tome possivcl o desempenho do
estimulos que precedem e sinalizam de forma
comportamento a (fazer uma fogueira)
mais confiável o comportamento a e suas
Colher madeira caída pertence A classe de
conseqüências • o reforçador terminal -
respostas b porque leva o indivíduo a aoender
tomam-sc um reforçador condicionado
o fogo, então colher madeira é reforçado
(S*).Este primeiro reforçador condicionado
Muitas excursões mais tarde. depois que o
(SRl) ó um CS que pode reforçar qualquer
comportamento b è bem aprendido, o
comportamento (como b) que e instrumental
excursionista pode acampar em um lugar onde
para tom ar possível o envolver-se em a O
não há madeira caida. Qualquer comporta
S*1 é também um S1* que indica a ocasião
mento c que produza madeira caida será refor
para desempenhar o comportamento a.
çado porque permite ao excursionista comple
tar a cadeia de respostas e obter o eventual
reforçador incondicionado de calor. O excur
a -> REFORÇADOR TERMINAL
sionista pode aprender o comportamento c dc
SR1 -* a -+ REFORÇADOR TERMINAL puxar galhos mortos c então aumentar a
cadeia com outro elo. Finalmente, o excur
b -»• S*l -► a -> REFORÇADOR TERMINAL
sionista pode aprender o comportamento d de
carrcgar uma serra de bolso para ajudar a
Depois que o comportamento b é acres cortar galhos mottos que dc outra forma nâo
cido á cadeia, o estímulo que precede b toma- poderiam ser facilmente arrancados.
se um segundo reforçador condicionado S*2, Quando as pessoas tèm a ajuda de
que pode reforçar a aquisição do compor outras na aprendizagem de cadeias, a ajuda
tamento c, e ser dica para o desempenho do social a Ihra do constrangimento de ter que
com|>ortamcnto b aprender um elo da cadeia dc cada vez em
ordem inversa (como descrito acima).
Prtngts»a* oa Concoffam m to na Vida 0 »àna 140
uma história passada de pareamcnio com ao invés de auxiliados pelos outros. Aqueles
outros reforçadores. Alguns podem ficar que aprenderam uma habilidade antes de nós
impressionados pela "motivação interna” do podem ajudar-nos a adquirir os elos
escritor para cscrcver cinco horas por dia. necessários para produzir realizações seme
Como consegue fazer isto? Mas eles lhantes. Se eles usam reforçamento generoso
aprenderam ou iras longas cadeias de compor para ensinar-nos os elos. os elos se tomarão
tamento o n io as cadeias para as quais o reforçadores condicionados que reforçarão
escritor recebeu reforçadores para adquirir. A. nossa prática e o domínio dos elos de cadeias
"motivação interna" do escritor é o resultado progressivamente mais longas. Se os elos
de reforçadores condicionados que d e recebeu conduzem para a novela, produções criativas,
em cada elo para escrever um livro c de a estimulação sensorial de novas experiências
reforçadores de estimulação sensorial originá funcionará como um reforçador incondi
rios do escrever criativo (Capitulo 6). cionado para manter nosso comportamento,
E improvável que qualquer um de nós mesmo na ausência de outro reforçador
possa produzir grandes novelas, composições
musicais, descobertas cientificas ou outras
realizações do aperfeiçoamento humano se
permanecemos num aprendizado não dirigido
CO NCLUSÃ O
conseguira levar o molho á boca, ou este caira qualquer reforçamento alimentar (Isto é
no chão. ou no babador’’ Algumas vezes, a indicado por um zero) e o comportamento
colher voa pda sala. Algumas, é introduzida na começa a sc extinguir'. Se o comportamento 2
boca, depots de quase bater no queixo. (R j) faz com que 0 alimento espirre por toda a
cadeira, outra vez, não há reforçamento
O bebê estar sentado na cadeira alta.
alimentar (outro zero); e o comportamento 2
com uma colher na mão, é um contexto
também entra em extinção. Se 0 compor
discriminatrvo que estabelece a ocasião para
vários comportamentos (de R j até R7): tamento 3 (R 3) traz comida até à boca. então
empurrar, bater, comer, atirar, derramar, d e é seguido por reforço alimentar (um efdto
sacudir e amassar. positivo). Conto conseqüência, o comporta
mento 3 começa a se tom ar mais freqüente
R-i (enquanto que os comportamentos não reforça
R-» dos se tornam menos freqüente»). Se 0$
«
comportamcntos restantes (de R4 a R 7 )
R3 resultam em comida jogada no babador, no
R4 cachorro, nas roupas dos pais, e em outros
lugares, também eles são seguidos pelo nlo-
Rs reforçamemo (os outros zeros). À medida que
a criança tem repetidas experiências com as
conseqüências de cada um dos compor
tamcntos. gradualmente, 0 comportamento 3
(R3 ) se tom a a resposta mais freqüente aos
Os S ^ s da colagem dc estimulos podem S ^ s representados por sentar-se na cadeira
levar a qualquer uma de sete diferentes alta com a colher nas mSos, e as outras
respostas. O comportamento do bebê mostra respostas dedinam de freqüência. Eventual
considerável variabilidade, e este se alterna mente, a criança aprende a colocar quase toda
entre as sete atividades. a comida cm sua boca e não no chão ou outros
lugares.
A medida que a criança emite cada um
dos sctc comportamentos, as conseqüências Sempre que algumas respostas, num
que se seguem a cada um deles começam a dado contexto de k\xunãoreforçam ento,
modificar sua freqüência. enquanto que ÕutrasnãÕ~ofõzem, eà á em
efeito 0 reforçamento diferencial. O s dife
rentes n ív ttí dc reforçamento levam o
comportamento reforçado a se tornar mais
freqüente, enquanto que as respostas nâo
reforçadas diminuem de freqüência. Eventual
mente, o contexto de passa a estabelecer
ocasião apenas para aqueles comportamcntos
que são reforçados (R 3 no exemplo acima).
Além disso, os estimulos do contexto se
tomam S s para nâo emitir todos os outros • respostas menos apropriadas. De todas as_
comportamentos (R i. R j, ^4- R5- R-6- R7> quc coisas que uma* criança pode fazer com uma
nâo são reforçados. colhcr, 0 reforçamento diferencial irá sele
cionar automaticamente a resposta de levar o
alimento á boca, porque ela produzirá o
S ^ s -------------- > n a o R 1 resultado mais reforçador. Esse processo
S*$---------------> nào R 2 natural de reforçamento tem paralelos
importantes com 0 processo dc seleção natural,
Sl>s — ---------------- r 3 ------- > (+)
no qual os membros mais adaptados de uma
S * s ---------------> nâo R4 espécie sobrevivem, enquanto que os menos
adaptados não o fazem * Em ambos os casos,
S ^ s ---------------> nio R 5
um processo sdettvo molda e modifica coisas -
S ^ s ---------------> n io R$ seja comportamentos, seja espéaes - de forma
S^s —— ..........> n io R 7 a tomá-los mais apropriados às condições
ambientais
Como as crianças tèm muito a aprender.
Q reforçamento diferencial produz dois podemos encontrar um grande número de
efeitos: (I) leva a freqüência dm vários exemplos dc reforçamento diferencial na
comportamentos a aumentar nu diminuir\ e (2) infância Quando uma criança lenta pda
coloca o comportamento reforçado _ sob primeira vez abrir uma garrafa com tampa de
controle de S&, e atoutros comportamentos rosca, muitas vezes empurra, puxa, gira. e
sob~cõnfrõlê~de O reforçamento diferen explora a tampa de várias formas Muitos de
cia) sempre entra e*n açào quando há uma seus esforços nâo tém qualquer efeito sobre a
forma 'c e rta ' e uma forma "errada’ de se fazer tampa da garTafa; entretanto, a resposta de
alguma coisa. A forma certa leva a girá-la no sentido anri-horário na maioria das
reforçamento e a forma errada leva ao não vezes c bem sucedida em abri-la. Abrir uma
reforçamento (extinção) ou i puniçio Na garrafa costuma ser mais reforçador do que
linguagem quotidiana, este tipo de aprendi manipular uma tampa que não se move - uma
zagem é muitas vezes chamado dc ‘aprendiza vez que uma garrafa aberta pode fornecer
gem por tentativa e erro" *. Uma expressão nâo reforços tais como alimentos ou objetos
técnica mais fdiz seria 'aprendizagem por desconhecidos. Assim, as respostas iniciais de
sucesso e fracasso”, uma vez que o comporta uma criança a uma garrafa s io influenciadas
mento apropriado leva ao sucesso e o por reforçamento diferencial: as respostas que
inapropriado leva ao fracasso produzem uma garrafa aberta sio reforçadas, e
Em certo semido, 0 reforçamento dife aquelas que nâo 0 fa2em são extintas. Depois
rencial seleciona as respôsta£_que s&o úteis, de repetidas experiências com garrafas, a
práticas e recompensadoras. p a i cada criança aprende a abri-las rápida c eficien
contexto de S ^ . e &z com que desapareçam as temente girando a tampa no sentido anti-
horário e nio perdendo tempo com oturos
*. SJunner ((953); Catania (1971)1 Nevin (1971a);
Rilling (1977).
' As semelhanças corre 0 reforçamento diferencia]
* Os behsvtormag nâo acenam a expressão e a scfcçèo natural estimularam 0 desenvolvimento dc
‘tentativa c erro’ ponjuc (I) uma pessoa nSo prcosa teorias intcnliscipUnaTCS de mudança componanxatal
estar "temando' aprendo algo para ser influenciada e evolução social; n n devem se rcconhcccr. também,
pck> reforçameMo diferenáaL (2) 0 icrmo *crro' as unportanies diferenças entre «ses dois proocut*
enfatiza 05 fracassos, e nio os sucessos, qoe sào mais (Stdmrer. 1966: l.aiyaon. 1979; Bine. 1981;
impcrtamcs. Baldwin c Baldwin. 1981: Carrol. 1984)
Poflcipioi dõ Comportarrmrto na Vk3> DlAfta HS
chatos. Julte era uma estudante dc Direito, e ' Alguma variação do comportamento j i
c)a e George começaram uma discussão muito existente sc toma mais provável, enquanto que
interessante sobre a profissionalização da outras sc tomam menos prováveis Ao fim dc
mulher. George estava interessado em ouvir as um processo de reforçamento diferencial,
opiniões de Jutie sobre as várias opções nenhuma nova variação foi criada. Como
profissionais abertas às mulheres modernas e mostra a Figura 8-2, toda a variabilidade da
suas perguntas sinceras o ajudaram a aprender resposta se distribui entre as zonas A, B, C e
muito a respeito do que pensa e sente uma D, tanto antes quanto depois do reforçamento
mulher que quer seguir uma carreira diferencial. Apenas a distribuição das respostas
profissional. mudou - movendo-se mais para a direita.
George continuou a ter estes encontros, Etur«anto,_J)á_processos que muitas
na semana seguinte, tendo aborrecido menos vezes acompanham o retorçamênto"íiferoicia]
suas companheiras e recebido muito menos e que resultam nã criação de Ltm_ novo
feedbacks negativos À medida que ele desen comportamento F.sscs processos criadores s5o
volveu ura maior interesse a respeito dos a indução e a modelagem, as quais nos
assuntos que interessavam as mulheres, passou permitem desenvolver padrões dc comporta
a fazer perguntas mais significativas e rele mento que estão alem das classes iniciais dê
vantes. Estas perguntas o ajudaram a aprender resposta.
muito a respeito das mulheres dc sua idade c Quando iim operante é reforçado e
também formas de interação que eram mutua aumenta <k freqüência, respostas sem elhantes
mente reforçadoras. Várias semanas depois, podem _aparecèr~ ; aumentar de /reqüència,
George contou ao terapeuta que ele c Julie - a mesmo iiuè~nâo tênfiam sido reforçadas. Este
moça de soi teredro cnconiro - eslavam processo c chamado de indução, indicando que
namorando seriamente, c que ele nio mais o reforçamento induiiu mudanças em
precisava dos "treinos" Sete meses depois, comportamentos que são semelhantes aos
George novamente procurou o terapeuta com a comportamentos que foram reforçados.
boa noticia de que ele e JuKe estsvam noivos. Quando as variações comportamentais das
O reforçamento diferencial mudou com zonas C e D sio reforçadas - mas não o sio as
sucesso o estilo de intcraçio de George. Um variações localizadas nas zonas A e B - todas
padrão inicial de resposta sofreu diferenciação, as respostas da zona C c D aumentam dc
na medida em que ele aprendeu a evitar frequência. Alem disso, ocorrem outras
aborrecer suas companhias e a se deter um mudanças, giaças á indução. Em primeiro
tópicos de interesse mútuo. Tanto ele quanto lugar, as variações da zona B que são mais
suas companhias acharam o novo estilo mais semelhantes ao comportamento reforçado da
reforçador. zona C aumentam de frequência, pois tém
alguma semelhança com os comportamentos
reforçados Em segundo lugar, há uma
MDf/C'ÂO* tcndcncia para o aparecimento dc novas
respostas (a área sombreada E da Figura $*
3). Então, o processo de reforçar
Nos casos puros de reforçamento dife comportamentos do tipo C e D aumenta a
rencial. não se criam novos comportamentos. freqüência desses comportamentos e de
respostas semelhantes, algumas das quais são
im*t <*omnfNri«fn*n*A«
■ inauçao • lamocra coanaoa oe genentiuüvju da zona £). Os novos comportamcntos do tipo
ou transferência dc respostas - i discutida por Skinner
(1938; 1953:930 * Caurna <1971)
Pnftdp.as <lo£õPcon&mwtft M Vid» Ditna 150
E são variações naturais dos operames máxima que aicançava (1,8 m) anteriormente.-
reforçados do tipo D. Foi criado um novo componamento pela indu
ção. Este novo componamento (área
sombreada da Figura 8-4) aparece como conse
qüência natural da aprendizagem das habili
dades para saltar em altura, ainda que nenhum
salto acima dc 1.8 m tenha sido reforçado.
Por exemplo, quando alguem aprende FIGURA $-4 Indução sem reforçamento ao
sahos cm altura, há inicialmente uma ampla novo comportamento
série dc variações nos saltos. Alguns alcançam
apenas a ahura de 1,5 metros; a maioria está
Tipicamente, o comportamento recente
por volta de 1,65 m c apenas um poucos
chegam a 1,8 m (veja curva "antes" na Figura mente induzido é reforçado. Um instrutor que
8-4). está reforçando saltos de 1,8 m provavelmente
dará reforçamento ainda maior para saltos
Quando se micia o reforçamento dife acima de (,8 m. Como estes saltos são
rencial, são reforçados todos os saltos entre reforçados, sua freqüência passa a ser ainda
1.65 e 1,80 metros, e não os de outra altura. O maior do que o mostrado na Figura 8-4 (onde
aprendiz logo aprende a saltar alto mais apenas os saltos entre 1,65 m e 1,80 m foram
freqüentemente e saltar baixo com menos fre- reforçados) Assim, indução mais reforçamento
qüencaa. O bom saltador poderá estar apren extra aumenta a quantidade total de novos
dendo muitas habilidades para chegar à barra comportamentos criados (área sombreada da
no melhor ângulo, selecionar o melhor lugar Figura 8-5). Isto é facilmente visto compa*
para saltar, tencionar melhor os músculos, dar rando-sc as áreas sombreadas das Figuras 8-4 e
um melhor empuxo com a perna, virar-se mais 8-5.
suavemente no ar, para evitar tocar c derrubar
a barra, etc. Todas estas habilidades são Na vida diária, comportamentos recente
reforçadas quando resultam em sahos mais mente criados" por indução são freqüentemente
reforçados. Se um agente imobiliário aumenta
altos; c. eventualmente, a média de altura dos
sua média de vendas, de 6 para 6,5 umdades
saltos aumenta de 1,65 m para 1,75 m (a curva
em linha continua da Figura 8-4). Ã medida por mês. seu aho nivd de produtividade será
reforçado. Se um jornalista aumenta sua
que estas habilidades aumentam, a pessoa
produção média de 6 para 6.5 artigos dc boa
pode. na verdade, saltar alturas maiores que a
Pf»fic»pi06 d o ComooflBmfrWo n a V rfa O i t i a 15 1
M ODFJMÍFM
%
humorísticas que foram reforçadas no passo 1. conseqüências' áversivas Para darificar os
O reforçamento diferenciai no passo 1 mccanismos'dc Inoddagem. vamos considerar
produziu a diferenciação de respostas e a primeiro os exemplos de moddagem mais
induç&o que tomaram possivd o passo 2. Um sistemática Posteriormente vamos considerar
novo padrão dc reforçamento diferencial no as formas de modelagem menos sistemáticas e
passo 2 irá produzir outras mudanças no efidentes
comportamento, tomando possivd chegar ao
passo 3. 0 reforçamento diferencia] de
histórias espirituosas (passo 3) vai mdhorar a
habilidade do comediante de contar histórias
engraçadas e provocar a indução de outras
respostas. Talvçj; algumas das histórias do Quando sc estuda a modelagem cm
passo 2 envolvam um diálogo entre dois laboratório, da é sistemática e cuidadosamente
personagens fictícios, de forma que o executada. A modelagem sistemática envolve a
comediante possa usar dois estilos diferentes mudogça do comportamento em passos de
de voz para indicar qual personagem está aproximações xuaissiw s ~em direção ~a"'üm~
filando. O diretor e o comediante podem dtsempenHn~ftnal preestabeUcido. fK cada
decidir usar esta resposta recentemente passo, o reforçamento é dado ao
induzida como a matéria bruta para a comportamento que mais se aproxima do
modelagem no passo 3, e usar a representação desempenho final. Nâo se avança para um novo
de diferentes estilos de humor como critério passo, a menos que o anterior tenha sido bem
para reforçamento. Agora o diretor reforça aprendido c que tenha aparecido um bom
apenas quando o comediante cria novas número de novas respostas desejáveis (devidas
histórias engraçadas, com vários tipos de à indução), que tomem possivd uma transição
personagens. À medida que este novo padrão fãcil para o novo passo dc reforçamento
de reforçamento diferencial aumenta a diferenciai
frequência de boas representações dc
personagens, a indução pode tomar possivd O passo 1 sempre começa com o
mais outros passos. No passo 4, o comediante comportamento que a pessoa c capaz 3e~
deve aprender a representar os vários executar bem OT passos s£õ~ tipicamente'
personagens, ao mesmo tempo que improvisa pequenos pãra tomar o ptogressò fãal e
em resposta às intervenções dc um outro ator altamente reforçador. A cada passo, o grupo de
No passo 5, deve planejar textos intdros, respostas do repertório que mais se ap roxima
misturando múltiplos personagens, com faias do desempenho final c reforçado, enquanto que
para vários outros atores. Eventualmente, o as outras variações da' respostas siocm HuTou
comediante pode se tomar capaz dc criar toda punidairÀ medida qüe’ a mduçáó' produzrovas
uma peça humorística que incorpora as variações, aquelas que mais sc aproximam do
habilidades aprendidas nestes cinco passos. desempenho final também sio reforçadas; c
como coriseqüênda a pessoa_ _a_grende
Na vida diária^ há um continuum de habüidã3cs cã8a~vêz' mais avançadas Depois
diferemèTiipos de modelagem, dê sistemática de dominar um número suficiente dc
átTlsáo yslcmática. A modelagem sistemática habilidades, ã pessoa eStâ' pfõntã pãra fcyaoçar
tem tnãís proDábilidãde de~produzír~ múdança~ ao próximo passo da seqüência de
comportamental rápida c efetiva - com TunT . — — • -•— .i« n n s m a «
ntuiifno flfnríTWWX * J ja o n e s de reforçamento diferencial. O
• enquanto que a moddanem nào-sistemárica —r x . t . . >o apressar nos
tem mais prooaouicjade de ser lenta. e passos, iw«fc‘ qrtgMirt£~tFg~aimrní»ÍM as
desorganizada, com maior risço de fracassos 6 chances de s u « » õ t aumentaria a3 de
Prinwwos do Ce>moa<t»<T>«ito na Vxla Oián» I 53
Os exemplos' dé modelagem^ sistemática aguça estas habilidades, uma vez que a melhora
na vida~ diàha se~CTC~ontram geralmente em delas leva a um aumento na quantidade de
situações cm que uma pessoa é treinada numa reforçamento. Depois que a criança domina o
nova habilidade de uma forma bem organizada passo 2. o pai pode avançar para o passo 3,
Ainda que se possam usar Tiaras, modrim e dando ao filho um rifle calibre 22. Como esta
estimulos tacüatadorcs como auxilios suple arma permite uma precisão ainda maior, pode-
mentares para apressar a aprendizagem, muitas se usar um alvo menor e a criança poderá
habilidades sò podem ser aprendidas com a experimentar o reforçamento diferencial
pritica. A*repetição continuada do compona necessário para a aquisição de habilidades
mento, num número suficiente de wãsTnunw ainda mais refinadas O p.rsso 3 pode requerer
série dc passos ^^dorçam entò dif^nciãiriríi que a criança alire na posição prona (de
modelar gradualmente as habilidades superio- bruços) que é aquela em que é mais fãcil o
res, Pode-se dizer a uma pessoa como atirar manuseio desta arma Depois de vencer o
cõm arco e flecha, ou como_u>car_ piano, mas passo 3, a criança progride para o passo 4, que
siò necessários anos dc treino - aprendizagem exige que o tiro seja dado de joelhos ou dc pé.
por sucesso e fracasso, juntamente com passos Este quarto passo requer ainda mais
d f Sproximaçses sucessivas - para o condigo" habilidades de controle corporal para que sc
nãmento dás habilidades mais refinadas. — mantenha a precisão. Se os passos forem bem
Por exemplo, há muitos métodos de planejados e se dá bastante reforçamento a
modelagem sistemática que um pai pode usar cada um deles, a criança aprenderá
para ensinar seu filho a atirar bem com um rapidamente as habilidades c lambém aprenderá
a gostar de atirar.
rifle. Ele pode fazer com q u e a criança aprenda
as habilidades básicas de manuseio de armas Naturalmente, alguns aprendizes apren
começando com uma espingarda de chum- derão mais rapidamente que outros Um
binho. O uso de uma arma que seja leve c fãcil esportista, que já tem boa coordenação
de lidar facilita os primeiros passos de corporal, controle muscular e equilíbrio, já tem
aprendizagem Como sua munição é barata, a muitas das habilidades necessárias para a boa
criança pode praticar bastante sem muitos precisão de iiro, portanto começa com uma
gastos. O passo 1 pode envolver alvos bem certa vantagem em relação aos outros Uma
grandes, como latas vazias. Quando a criança pessoa que foi condicionada a to medo de
acertar será reforçada, mas nâo quando errar. armas estará em desvantagem para esta
Hstc reforçamento diferencial irá gradualmente aprendizagem e precisará mais reforçamento
produzir diferenciação de respostas - a precisão positivo - talvez um feedback animador de
aumenta, enquanto que a imprecisão diminui, algum amigo - para ter seu medo contracon-
Quando se toma claro que a criança está dicionado, de modo a que sua aprendizagem
pronta para o passo dois, o pai pode introduzir nio seja prejudicada Assim, algumas pessoas
um grande afvo com círculos concêntricos. Se podem ser capazes de avançar mais
atingir o «raro vale 10 pontos, e os outros rapidamente através dos passos, ou ser treinada
círculos mais externos valem menos. entSo cm passos maiores; enquanto que outras preci
estes pontos fornecerão um reforçamento sarão de mais treino e reforçamento a cada
diferenciai para um componamento cada vez passo. A velocidade de progresso de cada um
mais preciso e ajudarão a treinar habilidades através dos passos deve ser regulada pelas suas
cada vez melhores Várias habilidades estào próprias habilidades, e nunca alguém deve
envolvidas na aquisição do aumento da passar a um passo mais difícil antes de vencer
prcdsào: bom controle muscular, habilidade de completamente as dificuldades do anterior, de
puxar firmemente o gatilho, controle de modo que novas respostas, que facilitem o
respiração, etc. O reforçamento diferencial
Principles do Comoortamanto ts» Vida DiAfta 155
alunos recebem retorçamentos generosos peia Como‘o professor reforça, a cada ponto, os
mdhor variação de $cu comportamento atual, md bores comportamentos do aluno, novas
qualquer que seja o nivd de desenvolvimento respostas vão aparecer por indução. À medida
da habilidade que ele já alcançou A modela que o aluno vai aprendendo a desenhar melhor,
gem nio exige que uma pessoa faça a)go o professor-modelador irá mudando o critério
melhor do que sua capacidade atuai possa de reforçamento cm passos lentos de aproxi
permitir. Isto e desnecessário, pois performan mação sucessiva aos objetivos relevantes.
ces mdboradas aparecerão natural e automati
Uma vez ou outra, quase todo mundo
camente (graças à indução), uma vez que o serve como um modelador que modifica o
mdhor comportamento está sendo reforçado.
componamento de outras pessoas, isto c mais
Os pais esião agindo como professores evidente quando alguém pede fecdback a
quando ajudam seus filhos a aprender a falar ou respeito de alguma habilidade que esteja
andar, ou outras habilidades. Quando os pais tentando aprender Por exempla uma pessoa
ouvem o filho balbuciar algo que pareça uma pode pedir ao paredro de tênis. ’Me diga
palavra - "ma-nu*, *pa-pa* • costumam cumu como está o meu saque hoje, esta bem?* Sc
lar o bebê de atcnçio. sorrisos, e outros refor este fornece o feedback solicitado (dizendo
çadores que nio apresentam quando o filho quais saques sio bons e quais sâo ruins),
produz sons estranhos, como "ngakagmga’ subindo o critério para dizer ’Bom saque", à
isto e reforçamento diferencial e. depois dc medida que estes vão melhorando, estes
mais alguns passos, a criança estará dizendo feedbacks ajudarão a modelar os saques em
"mamãe" e "papai". Há variações no comporta direção a uma bom desempenho Gral. £
mento verbal, ao comportamento de andar, no verdade que os feedbacks verbais que
desempenho escolar, e os pais geralmente recebemos dos outros podem conter regras -
reforçam os melhores desempenhos e ajustam "Nio jogue a bola tio alto." - e, portanto,
seus critérios de reforçamemo cada vez que o também incorporar o tipo de aprendizagem
filho atinge um novo nivd de habilidade. Esta abordado no Capitulo 11. Entretanto, muitos
forma de proceder estabelece passos naturais feedbacks vetbais fornecem reforçamento
de aproximações sucessivas orientadas para um diferencial - feedbacks positivos ou ncgaaivos •
objetivo de competência total. independente das regras verbalmente
Um bom profcssor-moddador é rápido codificadas que possam também estar
presentes. Se este reforçamemo diferencial
em discriminar quando uma pessoa está
combina com a cxistcncia de passos de
fazendo progresso e quando está regredindo.
Numa aula de desenho, um bom professor deve aproximações sucessivas, então irá produzir a
dizer, *Esta expressão facial está boa Acho modelagem necessária pára o desenvolvimento
que você está aprendendo como captar a de niveis mais altos de habilidade.
expressão do olhar com um miramo de traços.
Mas os lábios nio estão tio bons quanto os do Moddagem do Próprio Compona
desenho a carvio de ontem*. O professor está mento. A maioria das pessoas aprendem
reparando nas variações do comportamento de algumas habilidades para modelar seu próprio
desenhar e está reforçando aqudas que compor-tamento em direçio a objetivos
mostram progresso em diroção ao objetivo desejáveis Quando pais. professores e amigos
desejado, e criticando o componamento que fornecem reforçamento diferencial e usam
nio é tio bom quanto um nivd anterior de passos de aproximações sucessivas, s m tra
realização. Este reforçamento diferencial como mode-los que podemos imitar ao tentar
tenderá a aumentar o número de desenhos modelar nosso próprio componamento.
habilidosos e diminuir o de desenhos mal feitos. Algumas pes-soas sc tomam bem habilidosas
PrwciPH» do CofwionameMQ na V»da Ortna 157
conseqüências aversivas das critifcas que se lutar para conseguir seu nível de perfeição 11
seguem aos erros; e (4) pelas conseqüências Infelizmente, como as pessoas muitas vezes
positivas advindas da maior independência em escondem o fato de que precisaram modelar
guiar o próprio desenvolvimento. seu próprio componamento para aperfeiçoar
Nem todo mundo tem habilidades sua habilidade, muita gente não vc a
equivalentes de auto-reforçamento e mode importância que este procedimento assume na
lagem. Além disso, a habilidade que uma produção de comportamentos dc alta quali
pessoa tem para modelar um aspecto do dade: assim, deixa de usar uma técnica muito
poderosa para melhorar suas próprias
próprio comportamento pode nâo se genera
habilidades
lizar para outros aspectos. Um artista pode ser
muito sen&ivet cm reforçar e modelar uma
melhora na habilidade artística, mas ser
pessãmo na modelagem dc suas habilidades
atléticas. Um bom atleta que usa de auto*
reforçamemo e modelagem para condicionar As pe$$t)os _muifas._ w a r modelam
novas habilidades atléticas pode não ser tio comportamento.* de form a casual^ Reforçam
bom no controle de outras habilidades. Assim, comportamentos sem prestar atenção ao que
o autocontrole por modelagem do próprio estão reforçando, sem ter objetivos especi-
componamento nâo é uma habilidade global fico s. e sem usor passos ordenados de aproxi
que automaticamente se generaliza para a mações jucessj\?3s.^ Ainda que a modelagem
modificação de todos os aspectos do casual possa produzir mudanças comporta-
componamento de alguém mentais consideráveis, estas são muitas vezes
Ainda que a modelagem do próprio esporádicas, caóticas, cheias de fracassos, e
comportamento seja bem comum, é feita de pouco recompensadoras
forma privada, de modo que não é facilmente Um bom professor-modelador usa
observada. Muitas vezes as pessoas nâo deixam pequenas passos de aproximações sucessivas
que os outros percebam quanto trabalho para tomá-los fteeis e minimamente aversivos
tiveram para melhorar seu componamento pelo (veja figura 8-9). O aprendiz não é forçado a
treino sistemático A razão é simples: O progredir num ritmo maior do que possa
componamento que claramente resulta de um
longo período de treino muitas vezes parece
menos admirável • portanto, recebe menos
atenção e elogios - do que ura comportamento
semdhante. que parece nio ter exigido
qualquer trdno ou esforço. Se um pimor conta
que gastou dez ou quinze telas e passou por
muitos fracassos para tomar cada uma dc suas
idéias artísticas cm um trabalho acabado, FIGURA 8-9 Pequenos passos de aproxima
poderá impressionar menos do que se tivesse ções sucessivas
dito -que precisou de apenas umas poucas horas
para transformar sua idéia em um quadro.
Pouco antes de sua mone. à idade dc 88 anos, agüentar O USO de passos pequenos e lentos
Michelingdo, o famoso artista da Renascença, reduz o risco de que passe por fracassos e evite
queimou todos os desenhos que ainda tinha, os passos seguintes da modelagem A
para que ninguém soubesse quanta precisou
“ . B aker(W 9).
Prwciwo» <lo Ccmpoftamonto na v.da DUna 159
modelagem casual na- maioria das Vezes não é aversiva de aprendizagem e acaba fazendo com
conduzida em passos pequenos c lentos. que ela nào queira aprender mais nada com
Muitas vezes se introduz um passo ele*2
demasiadamente grande, ou o aprendiz é
apressado a passar logo ao passo seguinte,
antes mesmo de vcnccr todas as dificuldades
do passo em que se encontra. Pressa e passos
muito grandes podem se tornar aversivos e
aumentar o risco de fracassos. Por exemplo,
quando alguém que tem grande habilidade
numa certa área tenta ensinar esta atividade a
um amigo, pode ficar muito impaciente para
ver progressos rápidos • para que ambos
possam partilhar esta atividade juntos, no FIGURA 3-10 Um passo muito grande pode
mesmo nivel de habilidade. Como resultado, a criar problemas.
pessoa que já domina a habilidade pode tentar
forçar o amigo a progredir rapidamente ou
cncorajá*)o a tentar um passo muito grande, Durante a interação social as pessoas
antes que tenha as habilidades necessárias. O muitas vezes mudam sem querer os compor
profissional dc moto-cross fica muito feliz tamentos umas das oulxas. Quando interagem,
quando um seu amigo lhe diz que quer há geralmente variações nos desempenhos*
aprender moto-cross. Lintio ensina Algumas vezes agem dc maneira suave, outras,
cuidadosamente os macetes, num ritmo lento de forma estabanada. Como as outras pessoas
nos cinco primeiros passos (Figura 8-10). O reagem diferentemente a bons e maus desem
amigo mostra um bom progresso nestes passos penhos» (por ex., mostrando entusiasmo ou
iniciais Encorajado por este progresso tão aborrecimento, amizade ou hostilidade), forne
ftdl, e excitado pela possibilidade de ter o cem reforçamento diferencial para as habili
amigo na competição do próximo fim dc dades de interação. Quando uma pessoa se
semana, encoraja-o a sc inscrever no evento - o muda da cidade nataJ para outra, maior, onde
passo grande, de número 6, da Figura 8-10. O vai estudar, e desta para a metrópole, os
aprendiz sente muito medo durante a padrões de reforçamento diferencial mudam de
competição, e pode experimentar muitos forma gradual. Isto produz efeitos de modela
fracassos (perdendo o controle em velocidades gem, ainda que não de uma forma bem
muito altas) e até se ferir (talvez quebrar uma planejada. Em sua cidade natal, é rcfbrçada.por
perna). Este tipo de modelagem casual pode ser inocente e entusiástica; na universidade, por
produzir resultados dc tal forma punitivos que ser indiferente; e na metrópole, por ser
o amigo passa a achar a atividade muito cosmopolita e perdulária. As outras pessoas
aversiva e se recusa a continuar o processo de geralmente nSo estio seguindo uma estratégia
modelagem. Os pais que esperam um progres planejada ou consciente de modelagem das
so rápido nas habilidades musicais de seu filho
- c o inscrevem para um reatai público (um
grande passo) antes que esteja em condições -
estão cometendo o mesmo erro. O marido que a. Estudos mostram que geralmente *a mulher
está ansioso para que a mulher o acompanhe deve mudai mats p a n sc ajustar ao casamento do que
em suas escaladas dc montanhas ou mergulhos o borocro", c que iflo muitas vezes eovotvc cobsc-
qüéodas aversivas para ela: pots moitas vezes «s
- e a apressa para chegar a seu nivel de pessoas ftfo usam meios positivos e eficazes para
proficiência • muitas vezes cria uma situação mudar o comportamento do outro (Ahanuoer. 1973 >.
P^ci&io* do Ccmpoftawanto na Vida Dléna 160
respostas sociais, nuts suas reações podem ter a outra companheira de quarto dc Jenny a
efeitos sistemáticos e poderosos. convida para fazer jogging todas as noites,
Quando o comportamento de um indiví depois do trabalho. Elas começam aos poucos,
duo está sendo moddado por feedbacks sociais inicialmente, e progridem gradualmente até
de duas ou mais pessoas, com valores e conseguir correr distâncias maiores. Quando
objetivos diferentes, pode ser modelado em algum colega dc trabalho a convida para
participar de uma corrida dc 10 kilòmctros. no
direções múltiplas c( às vezes, conflitantes. Os
sábado seguinte. Jenny tenta um passo grande
pais de Jenny estão modelando seu comporta
mento para transformá-la numa pessoa reca demais e acaba rompendo um tendSo, o que a
tada e seria. Seus companheiros dc trabalho, impede de continuar seu treino Duranrc as
entretanto, estào modelando suas habilidades semanas seguintes, seu comportamento pode
para ser assertiva, defender os direitos femi ser modelado por vários passos, num curso
ninos e ter atividade politics. Cada progresso noturno de arte e num outro curso de comércio
que faz no sentido de ser assertiva e e em outros contextos. Vemos que o
politicamente aliva resulta num maior respeito comportamento de Jenny fot modekdo uns
e admiração dos companheiros Mas. toda as poucos passos em várias direções diferentes,
noites, quando volta do trabalho, seu compor* mas nunca houve um objetivo únko e estávd
Assim, progrediu um pouco cm várias habili
tamento é modelado em outra direçào.-Jenny
pode aprender dois repertórios de comporta* dades. mas nào conseguiu atingir qualquer
objetivo. Isto pode ser considerado bom ou
merttos sociais, sob controle dc de diferen
tes contextos sodais. Pode ser assertiva no ruim: Jenny explorou um grande número de
trabalho e meiga cm casa. Ter o comporta atividades e pode continuar a experimentar
mento modelado cm duas direções diferentes outras ate que encontre uma que se adapte bem
pode ser muito estressante e aversivo para uma a da; mas, depois de vários anos se dedicando
pessoa, se os dois repertórios resultantes brevemente a uma grande variedade de ativi
contêm respostas incompatíveis 11 Jenny se dades. pode se arrepender de não ter aprendido
setue dividida e confusa. qualquer habilidade mais profundamente.
maior. O ambiente- fisico não- precisa ter •Veja bem LNão há força em direção ao
intenções para moddar um componamento. O progresso ou a perfeição que garanta que as
reforçamento diferencial está funcionando habilidades das pessoas, da ciência, ou da
sempre que nosso componamento de lidar com tecnologia para lidar com a natureza sempre
o ambiente físico leve ao sucesso ou fracasso; e mudem para mdhor. As interações com o
a indução fornece a matéria bruta para o ambiente natural podem levar a uma longa série
próximo passo da modelagem de habilidades dc de fracassos, retrocessos e explorações inúteis
nivd mais alto. A modelagem natural pode ser Muitos cientistas e inventores foram reforçados
mais consistente do que a modelagem social. por gastar anos pesquisando e desenvolvendo
Ainda que ninguém esteja presente -para alguma inovação "louca* que "quase" fun
moddar a habilidade de uma criança para cionou. mas que acabou fracassando. Outras
patinar, cada resposta inadequada é punida por descobertas cientificas ou tecnológicas chega*
quodas e cada melhora na habilidade é ram mesmo a funcionar de fato e fornecer
reforçada pek> sucesso e pela estimulação reforçamento imediato por algum tempo, mas
sensorial envolvida em patinadas mais longas* criaram problemas imprevistos, que puniram
mah rápidas e mais excitantes Quando alguém seu uso posterior 0 que ontem parecia um
aprende a escalar montanhas, coda melhora na progresso pode se mostrar uma péssima idéia,
habilidade traz mais reforços, sob a forma de hoje. A descoberta do DDT parecia,
escaladas mais perfeitas e vistas mais bonitas. inicialmente, ser um progresso, pois nos dava
Posições descuidadas dos pés ou das mãos são meios dc combater os insetos; entretanto,
punidas com escorregadelas, escoriações ou quando foram descobenos os perigosos efeitos
quedas. colaterais, as conseqüências aversivas supri
miram o uso deste produto químico. Apesar do
Num sentido, grande pane da produção
valor positivo da energia nuclear ter reforçado
cientifica e tecnológica foi modelada por
a modelagem gradual de uma tecnologia dc seu
sucessos c fracassos na interação com a
natureza. Quando pessoas começaram a proje controle para produção de energia elétrica, a
natureza aversiva de seu elevado custo, dos
tar pipas, pianadores e aviões, alguns projetos
problemas de segurança e de acúmulo dc lixo
foram mais bem sucedidos do que outros. O
sucesso e o fracasso forneceu reforçamento nudear diminuíram bastante seu crescimento à
medida que estes problemas se tomaram mais
diferenciai para o aperfeiçoamento da aviação;
e, devido á indução, novas formas ainda salientes, nos últimos anos No momento, ainda
melhores foram inventadas Sempre que um não está claro se os problemas a longo prazo
novo projeto dc aviâo voava mais longe e superarão os benefícios. Obviamente, é mais
carregava mais peso, havia reforçamento fccil avaliar estas questões em retrospecto,
diferencial para evoluir para este novo passo de depois que tanto os reforçadores quanto os
projeto. À medida que novos prindptos possiveis punidores já mostraram seus efeitos
científicos, que melhoravam OS projetos, foram sobre as pessoas.
descobertos, estes passos de avanço na Não apenas o ambiente natural modda
pesquisa cientifica fonun também reforçados. comportamentos, mas também o ambiente
Naturalmente, outros tipos de aprendizagem fabricado o iaz. Antes que uma criança possa
(tais como aprendizagem vicariante, uso dc usar eficientemente facas e tesouras, deve
estimulos fadlitadorcs c regras) podem estar vencer muitos passos dc crescente habilidade.
envolvidos cm qualquer desenvolvimento Cada vez que uma criança atinge um novo
tecnológico complexo; mas. na análise final, o nivd de habilidade, as vantagens fornecidas
sucesso e o fracasso modelam o curso da pdo instrumento aumentam o reforçamemo
mudança tecnológica. para progredir nos passos seguintes de
aproximações sucessivas.
____________________________________________________________ Pnncipios do Com portamento na Vida Diária .6 3
%
Ainda que usemos muito a aprendizagem carro, e os erròs-são punidos pelos arranhados
vicaiiame, us csUinuiu* faciliiadores e as regras que resultam das batidas no meio fio ou nos
para aprender a lidar com a natureza e as outros carros. Desta forma, então, os erros são
coisas fabricadas, deve-se enfatizar que, nesta suprimidos. Cada passo na modelagem de
aprendizagem, o reforçamento diferencial e a novas habilidades é negativamente reforçado
modelagem desempenham um papel funda por evitar problemas e positivamente reforçado
mental. O melhor aprendiz, depois de ler todas pelo sucesso. Um processo semelhante de
as regras para lidar com uma máquina, modelagem ocorre quando se aprende a andar
geralmente precisa de uma "experiência de bicicletas, guiar motos ou pilotar aviões, ou
prática" (na qual o comportamento inicial, a usar máquinas de escrever, de calcular ou de
determinado pelas regras, será modelado pelo costurar; ou a tocar um instrumento, jogar ou
sucesso ou fracasso), antes de dominar todas praticar um esporte; enfim sempre que se
as habilidades necessárias para chegar a lidar ganha ou se aperfeiçoa qualquer habilidade.
com ela de maneira eficaz. Quando alguém Mesmo com um excelente conjunto de regias,
aprende a dirigir um carro, ouve regras e modelos e estímulos faciütadores, geralmente é
presencia uma demonstração para iniciar uma necessária uma prática para se tomar realmente
aprendizagem mais segura, mas os meses ou eficiente no uso da maioria dos objetos, e é
anos seguintes vão constituir uma ionga nesie período de prática que a modelagem
modelagem de uma habilidade cada vez mais ocorre.
aperfeiçoada. No início, o aprendiz tem
dificuldades em, por exemplo, estacionar o
CO N CLU SÃ O
simbolicos (apresentados via livros, filmes, acabou de ser' exibido, c entorna-a gucla
TV ou descrições verbais). O observador pode abaixo de uma só vez. O aluno recém-
ser um espectador passivo ou um participante formado em negócios, tentando um emprego
ativo da atividade do modelo. O observador de executivo em um banco, observa como os
pode apresentar mudanças de comportamento executivos se vestem, andam, falam e sorriem.
imediatamente apôs ver o comportamento do Logo. logo. o recém-tormado está agindo dc
modelo, depois de um. tempo.. ou._ntmca; um modo que sc assemelha aos maneirísmos
Observadores tendon a imitar o compor do modelo. Isto não significa que a criança sc
tamento exibido pelo modelo se gostam dele toma proficiente cm plantar um jardim apôs a
ou o respeitam, sc vêem o modelo receber primeira exposição a um modelo; e o novo
reforçamento. dar sinais de prazerou sc estão membro da gang pode engasgar ao virar uma
cm um ambiente onde imitar a performance lata de cerveja. Nem o recém-formado da
do modelo c reforçada. Há momentos cm que escola de administração se torna um executivo
um observador faz o contrário do modelo. preparado da noite para o dia. Pode ser
Esta imitaç&o inversa é comum quando um necessário muila modelaçio. modelagem,
observador nào gosta do modelo, vê o modelo facilitadores ou regias no polimento do
ser punido, ou está em ambiente unde o comportamento do observador. Entretanto, as
conformismo está sendo punido. Este capitulo pessoas «prendem muito accrcn de novas
vai descrever os tipos dc efeitos modeladores atividades pela observação dos outros.
que são mais comuns na vida diária. Quando o comportamento novo está só
um ou dois passos á frente do nivei atual de
competência do observador, d c pode rmiiar
TRÊS TIPOS DE EFEITOS
satisfatoriamente o novo comportamento
MODELADORES
depois da primeira exposição ao compor
tamento do modelo. Quando o jovem alpinista
Ha trea tipos principais de efeitos atlético vê como o profissional prepara as
modeladores: (1) - aprendizagem vicariante. cordas e desce um despenhadeiro vertical,
(2) * efeitos inibidores e desinibidores e (3) - uma observação pode ser suficiente para
efeitos dc facíihaçio da resposta.• transmitir as habilidades necessárias. O visi
tante a uma cultura estrangeira só necessita de
uma exposição a um novo gesto de mão para
1. Aprendizagem w canm te observa-aprender a prática. Só quando o compor
aonal envoive a aprendizagem wyo tamento do modelo está muitos passos á frente
comportamento. Quando um observador vê da habilidade atual do observador, toma-sc
ura modelo emitir um comportamento que ele menos provável a imitação bem sucedida do
ounca fez antes, o observador pode aprender a comportamento, sem a prática?
imitá-lo meramente oÍhan<kM>. Uma criança
Podc-se^ aprtnder u m comportamento
vê a mie plantando o jardim, toma uma
ferramenta e Caz os mesmos movimentos que novo muito m ais ráSida e Tftòénjem ente nela
aprendizagem vicariante fobservacionafí gue
a mãe faz. Um membro novo de uma gang de
pela sim ples modelagem7~\ vida seria curtís
adolescentes da ma vè alguns dos membros
sima se tivéssemos que aprender apenas via
antigos bebendo latas inteiras de cerveja de
uma só vez, então, o observador pega uma
lata. aore-a oo mesmo jeito oescuioaao que * A práoca pode envotver reproduções abertas do
camponamcnio ou eosaxs cognitivos (Mahoney 1974:
6 andum 1977). A aprcodxzflçcm é muito mais cípida
quarto a pessoa fxz umto a pratica ato u quaiao a
2 Evidcncsa c\-pcnmctinl relacionada aos ties cncobena {Karáúi 1985X
cíeik* modeladores é aprcwaiad* por Baodora e
Write* (1963) e Band®a <1**1977). 4 Baodura(»969:1430.
P r r e ip o t go Com oorw yw to na Vida ftàn a 166
‘ Bardara (1969:1670
Pttnclao» Oo CotToortamowo m Vida Oiària 168
*
respostas cm ocionâis condicionadas se d o n o sso am igo'm uito antes de saber porque a
cham am respostas emocionas vicariante* e piada c engraçada.
sâo aprendidas através d c condicionam ento
O condicionam ento de so rriso s e
P avlo viano em situações onde o com porta
outras pistas sociais é influenciado por
m ento do m odelo é em parelhado com U S 's ou
num erosas pistas na colagem de estim ulos.
C S 's que citciam respostas em ocionais no
freqüentemente no s permitindo aprender
observador.
discrim inações sutis. Em bora o s so rriso s dos
A com eçar na infância, um grande am igos normalmente elidem sentim entos
núm ero de pistas so ciais piscadelas risadas, prazerosos, o s so m so s de pessoas que nos
icsta franzida, lágrim as e palavras tom am -se enganam o u procuram tirar vantagens sobre
C S ‘s; o condicionam ento continua ao lo n g^ d a nós acabam eliciando sentimentos muito
vida mantendo algum as respostas em ocionais diferentes, através do üpo de condicionam ento
e m udando outras. P o r exem plo, o s sorrisos dc Pavloviano seguinte. Q uando pessoas menti
pessoas am igas se tom am C S ’s para em oções rosas n o s som em , lo go antes de nos enganar,
agradáveis no observador A partir dos seus so rriso s ficam associados com situações
prim eiros meses dc vida, o s so rriso s dos pais aversivas. e aprendemos a discrim inar entre
s io estim ulos indicadores que frequentemente diferentes u so s dc sorrisos. A partir dai.
antecedem eventos agradáveis para a criança. so rriso s usados de m aneiras suspd tas d ic ia -
A mâe sorri quando pega e brinca com a rão sentim entos desconfortáveis • sentim entos
criança. O pai sorri enquanto alim enta e dá de inquietação - mesm o que n io sejam os
banho no filho. U m a vez que sorrisos de capazes de verbalizar precisamente porque
pessoas am igas norm alm ente precodcm nos sentim os desconfortáveis com a pessoa
experiências agradáveis, tom am -se C S 's que que está sorrindo para nós.
eliciam em oções agradáveis na criança.
D e p o is de anos de experiência, a
Eventualm ente, a sim ples vis&o do pai ou mâe
m aioria das pessoas aprende a responder a
sorrindo d ic ia prazer na criança - inclusive o
num erosas pistas sociais - tais com o expres
sorriso - mesm o que o s pais nSo brinquem,
sões faciais, palavras, tons de v o z posturas
alim entem ou façam qualquer outra coisa com
corporais de o unas pessoas com o C S 's que
a criança. A criança está aprendendo a
eliciam em oções vicariantes. A s palavras se
responder com prazer a sin ais de prazer de
tom am C S 's especialmente im portantes para
outras pessoas
respostas em ocionais vicariantes, um a vez que
O condicionam ento Pavloviano de palavras podem descrever vividam ente
so rriso s continua ao longo da vida. Q uando situações associadas a experiências em ocio
um am igo nos saúda com um grande sorriso, o nais. Q uando um a pessoa descreve com o foi
sorriso é um estim ulo indicador que se associa excitante a visita ao estúdio de gravação no
norm alm ente com um a interação agradável, dia em que um grupo importante estava
condicionando m ais o s sorrisos com o C S 's gravando seu últim o álbum, as descrições
para. em oções agradáveis A s pessoas norm al verbais junto com tom de v o z e gestos
mente sorriem ao contar piadas ou nos excitados - podem eliciar fortes respostas
envolver em brincadeiras am igáveis; e isto em ocionais vicariantes nos ouvintes.
aum em a o condicionam ento do s sorrisos
Em patia pelos sentim entos de outros sc
com o C S 's para em oções agradáveis. Sim ples
baseia em respostas em ocionais vicariantes.
mente ver um am igo sorrir antes de contar
A o ver um a criança excitada, de olhos
um a piada elicia senrim entos agradáveis que
arregalados, abrindo o s presentes de aniver
nos ajudam a rir da piada m uito antes d o final
sário, o s o lh o s brilhantes, sorrisos e risadas
E sse s sentim entos são respostas em ocionais
se rio provavçim çoie C S 's que cliciam cm nós
vicariantes que nos pêfittilem go za r o prazer
sentim entos agradáveis. N io podem os com
partilhar exatamente as m esm as respostas
P w iq n m t <ta comtxw>m<>*o m V>da l 69
%
em ocionais que á criança está tendo, m as a •compartilhadas: e o s o u vin te s tentam
resposta vicariante é agradável e bastante im aginar-se no papel do m odelo.’
sim ilar V e r um a am iga chorando no funeral
Q uando os observadores tem fortes
de sua mãe pode no s tom ar infelizes, m esm o
respostas em ocionais vicariantes, algum as
que não a tenham os conhecido Naturalmente,
vezes sentem com o se eles pudessem ser
o observador nào sente as m esm as respostas
em páticos com um m odelo, m esm o que seus
em ocionais do modeto. Entretanto, há sempre
sentim entos vicariantes sejam m uito dife
um a sim ilaridade nas respostas em ocionais se
rentes do s do modelo. P o r exem plo, hom ens e
o observador teve condicionam ento em ocionai
m ulheres que foram criados com duplo padrão
suficiente em situação sem elhante à que o
de sexualidade, algum as vezes com etem erros
m odelo está experim entando. Por exemplo,
ao responder aos sentim entos d o outro sexo.
um a criança pequena, que está presente ao
Q uando hom ens e m ulheres se encontram em
funeral d a mãe dc sua am iga, pode sentir
um bar e trocam so rriso s e palavras agra
tristeza, em tesposta às pistas sociais tais
dáveis, estas pistas sociais eliciam em oções
com o lágrim as, vozes baixas e cores escuras.
vicariantes dc prazer c sentim entos sexuais
Entretanto, a capacidade da criança d c sentir
n o s hom ens; e os hom ens semem que as
empatia com sua am iga e sua fam ília é bem
m ulheres estão m ais interessadas sexualm ente
lim itada, com parada com a d o s adultos que
d o que realmente estão." As m ulheres se
perderam alguém bem próxim o. —
surpreendem sem pre que o s hom ens sintam
Q uanto m ais sem elhante a s experiên que um sorriso em um bar sign ifiq u e m ais do
cia s de aprendizagem social passadas d e um que um a atração amiga. A s diferentes socia
m odelo e observador, m ais provável se tom a lizações de m achos e fêm eas podem levar a
que o observador sinta empatia com o m odelo sentim entos vicariantes que fornecem pistas
(e vice-versa). S e algum as m ulheres estão enganadoras a respeito do s sentim entos das
conversando e um a conta com o ela fo i atacada outras pessoas. T a is ca so s de sentim entos mal
e estuprada alguns m eses atrás, suas palavras, com preendidos podem ocorrer quando duas
gestos e tom de v o z trem ido servem com o pessoas tiveram um condicionam ento em o
C S 's que eliciam respostas em ocionais vica- cional anterior bem diferente.
riantes n o s ouvintes. A s outras pessoas da sala
se rio capazes dc sentir em patia por seus
sentim entos cm graus variados, dependendo 2. C on d iciou am e n to P a vlo via n o
de suas experiências anteriores com estupro. V icariante .Quando modelos fornecem CS's
U m a ouvinte que jã lenha sid o estuprada tem que et/ciam respostas em ocionais vicariantes
m ais probabilidade dc sentir fone s respostas em um observador, estimulos neutros, que
em ocionais vicariantes do que um a outra que estão emparelhados com estes C S’s, podem
nunca foi violentada ou sentiu o m edo e também se tom ar C S’s devido ao
angústia associados com estupro. Pessoas que condicionamento Pavloviano de ordem
jã tiveram experiência passada sem elhante - superior. Isto è aprendizagem vicariante de
consequentemente, condicionam ento em ocio novas respostas condicionadas via condicio-
nal sem elhante • têm m ais probalidade de namento Pavloviano vicariante.* P o r exemplo,
sentir respostas em ocionais vicariantes que se sua m elhor am iga esta aprendendo a tocar
lhes permitem ser sensivelm ente em pàlicas vio la e está visivelm ente entusiasm ada com
com o s sentim entos do s outros Respostas
em pàticas fortes são m ais prováveis quando as
* Bandura <1969:1670.
sim ilaridades d o m odelo e ouvintes são
salientes, o m odelo descreve viv id a e * Abbey (I982>.
em ocionalm ente a s experiências sem elhantes 9 Ver Bcrgci {1962). Craig e W õnacin <1965).
Baodurj e Ronaubal (1966) c Banduta cf a i 0969) a
rsp c iio d c condkiOQsutKao ftrvtoftaoo vècartaotc.
P rin cip al ao Coiraortfifntnto n a V<U Ghana 170
su a m ais n o v a ' música, há üm a grande -los que estão em parelhados com estes film es
probabilidade que vocc sc veja com eçando a dc pessoas tnstes c fam intas também sc
responder à sua m úsica com o um C S para tom am C S 's através do condicionam ento
sentim entos agradáveis Seus sin a is de Pavioviano vicariante. A ssim , palavras tais
entusiasm o (que s io C S 's po sitivo s) d icia rào com o ’super população", "distribuição
respostas em ocionais positivas em você desigual de alim ento* e 'exploração pdittea*
enquanto ouve a m úsica de viola. Q uanto mais podem se tom ar C S 's para em oçòes
fo n e s o s sinais dc entusiasmo, m ais rápido a desagradáveis se d a s forem emparelhadas
m úsica da vio la sc tom ará um C S positivo com estes film es aversivos. Depots de assistir
para você devido ao condicionam ento P a vio a diversos docum entários ou ter v á rio s artigos
via n o vicariante. Naturalmente, as variáveis a respeito de países subdesenvolvidos, este
de fundo tèm que estar cenas, sc sua am iga condicionam ento pode lhe f c e r sentir
não tem habilidade suficiente para criar respostas em ocionais fortes quando vocc
m ú sica audível o u se ela tocou vezes sem o u vir alguém m encionar superpopulação ou
conta a m esm a m úsica - ’ Fuscão Preto" estes exploração política
estim ulos aversivos podem exceder o s efeitos
p o sitivo s do entusiasm o dela. Untretanto, se as
va riáveis m usicais são neutras o u positivas o 3. Reforçamento e Punição Vkarian-
entusiasm o desenfreado de sua a m ig a -p ro te.Os CS 's produzidos por um modelo podem
d u zirá o condicionam ento P avioviano vica- funcionar como reforçadores e punidores
riaote da m úsica de vioia. N a próxim a ve z que condicionados para o observador. Estes
o u vir um a vio la no rádio, vocé pode sorrir e se estim ulos condicionados são cham ados refor
sentir bem. C o m o a m úsica do vio la é agora çadores vicariantes c punidores wcaruvites, e
um C S positivo cia funciona com o um podem v ir tanto diretamente das pistas sociais
reforçador condicionado que aumentará a d o m odelo (tais com o sorrisos) quanto,
probabilidade de vocc o u v ir a m úsica de vio la indiretamente, de estím ulos (tais co m o m úsica
m ais atentamente d o que o faria antes de ouvir de vio la ) que focam em parelhados com as
sua am iga tocar. T er am igos, professores ou pistas sociais d o modelo. Reforçam ento e
outros raodeios que realmente gostam das punição vicariantes tem um papel im portante
co isa s que fazem e o mostram fom ece um a na aprendizagem vicariante (observacional)
abundância de prazeres vicariantes em nossas d o comportamento operante, com o verem os
v id a s e provoca o condicionam ento vicariante na próxim a seção.
de m uitos n o vo s C S 's positivos. O entusiasm o O reforçamento vicariante ocorre
é contagiante: devido ao entusiasm o de sua quando um comportamento é seguido p o r C S 's
am iga pela viola, vocé passou a gostar de que são reforçadores condicionados devido ao
v io la também. Pessoas que se cercam com condicionam ento Pavioviano vicariante. Você
m odelos entusiasm ados aprendem - através do
pode pegar uma vio la e tentar tocá-la. porque
condicionam ento Pavioviano vicariante - a sua am iga gosta de tocar o instrum ento Se
gostar de m uitas das co isas que seus am igos sua am iga sorri com aprovação, enquanto
apreciam, seja arte. corrida, ativism o politico, você explora a s cordas, seu sorriso prove
m otociclism o ou qualquer outra coisa. reforçamento vicariante paia sua tentativa de
O bservar m odelos tristes o u infelizes tocar M esm o se sua am iga não estiver na
pode fazer estim ulos neutros se tom arem C S 's sala, vocé obterá reforçam ento vicariante por
para sentim entos tristes devido ao condicio puxar a s cordas, já que o próprio som d a viola
nam ento Pavioviano vicariante. V e r film es é agora reforçador, devido ao condiciona
que mostram o homem sofrendo em alguns m ento Pavioviano anterior, de quando vocé
países subdesenvolvidos pode oferecer m uitos o uviu sva am iga locar. A punição vicariante
C S 's que eiiciam respostas em ocionais ocorre quando um com portam ento é seguido
aversivas, talvez tristeza ou raiva O s estim u- por C S 's que são punidores condicionados
Princioio» do Com ooflflgw to * a Du m 17»
devido ao condicionam ento Pavio vHano •afetados por diferentes va riáveis e com o o
vicariante. V e r a dor, sofrim ento e tristeza de desem penho pode ocorrer segundos, semanas
outras pessoas, d ic ia em oções vicariantes no o u m esm o anos após a aquisição, estes dois
observador e serve com o punição vicariante aspectos de aprendizagem vicariante são bem
para operantes relevantes. P o r exemplo, se distintos e devem ser analisados separa
diversas pessoas estão jogando um jo g o bruto, damente.
e um a pessoa e m uito machucada, o s sinais de
d o r servirão, provavelmente, com o C S 's , que
são punidores vicariantes para outras. AQUISIÇÃO
Subitamente o jo go parece m enos intferes*
sante; e alguém sugere que se pare de jogar e A aquisição ê um pré-requisito para 0
se faça outra coisa qualquer. A punição desem penho; m as muitas respostas são
vicariante parou o jogo. A lg u m a s pessoas não adquiridas e nunca sâo realizadas. A T V
conseguem criticar pessoas sensíveis porque, fornece dúzias de m odelos d e violência,
no passado, suas criticas a pessoas sensíveis assassinato e crim e a cada dia M u ito s dc nõs
foram acom panhadas por sin ais d e tristeza adquirim os a inform ação de com o em itir estes
dessas pessoas; e esta tristeza é o C S que operantes; m as poucos de nó s realizarão atos
fornece punição vicariante para o com por de violên cia aprendidos dos m odelos na T V .
tamento de criticar no futuro. — D iv e rso s fatores aumentam a probabilidade de
um observador adquirir inform ação sobre o
com portam ento de um modelo.
COMPORTAMENTO OPERANTE”
%
I. O Comportamento do Modelo i Então. a modefeção de comportamento só e
Reforçado Se o observador vê o que o provável dc ser adquirida sê~ele tem utilidade
comportamento do modelo tem um valor ^ã^Qffios^j^espedador^. i s t o ^ s c ^ nciõna
utilitário Onto é. produz conseqüências comoum reforçador para o observador.
reforçadoras) é provável que o observador
adquira informação sobre o comportamento.
As recompensas associadas com o compor lb. Ver Respostas Emocionais de um
tamento do modelo podem nâo ser conscien Modelo Mesmo que um observador não
temente avaliadas pelo observador, mas fferceba quaisquer reforçadores associados
observadores respondem a diversos tipos de com um comportamento do modelo, av pistas
pistas que aumentam a aquisição do emocionais agradthws que o modelo deixa
comportamento recompensador escapar podem ser C S’s poderosos que
indicam que o comportamento i reforçador.
ehcumdo sentimentos agradáveis no observa
ta . Ver Conseqüências do Compor dor. Estes CS’s, associados com prazer,
tamento d í ura Mod rio Ver um modelo funcionam como reforçadores vicariantes que
receber reforçadores e escapar de punidores ajudam o observador a adquirir informação
è uma evidência óbvia do valor utilitário de sobre o comportamento. Sc um modelo está
um comportamento. Quando os anúncios de sorrindo, estalando a língua ou mostrando
TV mostram como as pessoas se tomam outros sinais de alegria enquanto lê uma
populares, atraentes ou sexy quando usam o revista, um passante pode observar o nome da
produto X os psicólogos dc propaganda estão revista como algo que valha a pena ler,
se aproveitando do fato de que as mesmo que não esteja claro quais reforçadores
conseqüências positivas facilitarão a aquisi provocaram, no modelo, um prazer tão
ção. pelos telespectadores, da mensagem aparente Sempre que um observador vê
anunciada Quando um universitário vê outro alguém mostrando sinais de prazer, ele tende a
estudante «capar da "detenção" arranjando relembrar as atividades do modelo Se um
desculpas, o reforçamento negativo aumenta a observador v í um grupo de pessoas clara
probabilidade de que o comportamento será mente se divertindo com um jogo de croqucs,
lembrado peio observador, mesmo que a o observador pode experimentar respostas
aquisição sozinha não determine sc o observa* emocionais vicariantes positivas c parar para
dor irà algum dia realizar o comportamento. dar uma olhada Enquanto olhar, o observador
Quando o modelo e observador res adquire informação sobre a natureza do jogo.
pondem a diferentes reforçadores, o modelo suas regras, boas estratégias, e etc.. Sc as
pode estar fazendo algo que produz, para si, pessoas estiverem jogando croquet sem
conseqüências reforçadoras nio notadas por mostrar sinais de estarem se divertindo, é
observadores que nâo respondem a essas menos provável que o observador pare e olhe
conseqüências como reforçadores Um cole porque nâo há sinais de prazer para indicar
cionador de selos pode receber freqüentes que jogar aqueJe jogo é reforçador
reforçadores por checar, sistematicamente, no Algumas pessoas riem muito, mesmo
escritório do correio, se há selos estrangeiros quando estão envolvidas numa tarefe
interessantes; já observadores, que nâo perce aborrecida, enquanro outras raramente sor
bem os selos estrangeiros como reforçadores, riem, mesmo se estiverem envolvidas numa
provavelmente não notarão que o comporta* atividade favorita As pessoas que mostram
memo do colecionador está produzindo resul sinais dc prazer atraem, provavelmente, mais
tados compensadores Consequentemente, é atenção e causam mais a aquisição de
provável que não prestem atenção, não modclaçâo da informação, do que seus
adquiram informação sobre o assunto, ou nlo parceiros descontentes. Expressões despro
se lembrem de detalhes desse comportamento. vidas de emoção podem enganar o observa-
Prtndtwo* ao C<apppjM«neflõ_qa-yMa Odfia
dor Sarah tem pensado cm so* medica ou ■comumente. múita informação <ta observação
advogada Ela cncontra uma médica que do comportamento de seus pais. já que os pais
parece estar constantemente alegre e saiisfcita. estão associados com muitas experiências
e uma advogada que tem uma expressão facial positivas e afetivas u Sc a mãe é corretora dc
inexpressiva As pistas sociais positivas que a imóveis é provavd que as crianças imitem o
médica deixa escapar atrairão a atenção de comportamento de corretor enquanto brincam,
Sarah e aumentarão a probabilidade dela porque a mãe é amada. O pai pode não gostar
adquirir informação sobre o trabalho da de sus proüssão de caminhoneiro, mss seus
medica. O fato da advogada nio fornecer filhos podem prestar atenção e adquinr toda
pistas positivas toma provável que Sarah sorte de informação relacionada com
adquira menos informação dela. Entretanto. caminhões porque gostam dele. Simplesmente
Sarah pode ser iludida com as pistas sociais pensar na mãe e no pai e seus compor
A médica poderia ter somdo mesmo que fosse tamentos provê prazer vicariante; consequen
uma advogada ou contadora; e o seu entusias- temente. há reforçamento vicariante para
mo teria levado Sarah a aprender sobre lei ou prestar atenção e adquirir informação deles.
contabilidade cm vez de medicina Além (Pela mesma razão, há reforçamento
disso, a advogada inexpressiva podia gostar vicariante para imitar o comportamento dos
de leis tanto quanto a mcdica gosta da pais).
medicina, mas a ausência de pistas sociais
Ao longo da vida, tendemos a adquirir
visíveis toma difícil para os outros perceber
informação sobre comportamento de modelos
isto. A aparente alegria de Tom Sawyer,
que respeitamos ou admiramos. A criança dc
enquanto pintava a cerca, funcionou muito 5 anos de idade pode querer ser um bombeiro
bem para atrair outras pessoas para observar ou oficial da Justiça porque os uniformes c o
seu seu trabalho (c eventualmente assumi-lo). trabalho lieròico dessas pessoas eliciam
A pessoa que gosta de uma atividade, mas respeito e admiração em crianças. Os modelos
franze as sobrancelhas, cosna e fica de mau das dc 10 anos podem incluir estrelas dc
humor o tempo lodo, fomece um modelo cinema, atletas, detetives, médicos, profes
pouco atraente, e os observadores mostrarão sores, etc. Os jovens de 15 anos podem ser
pouco interesse na atividade embora
influenciados por seus pares, estrelas de rock.
pudessem gostar de aprender sobre ela.
modelos fotográficos ou pilotos de corrida. Os
modelos que tem "status" aos nossos olhos
Ic. Curaclemticas de um Modelo. Se estão sempre mudando enquanto crescemos,
um observador respeita, (ubntra ou gosta de mudam seus lugares na sociedade e represen
um modelo - porque ele é uma pessoa tam papéis diferentes.
educada, tem status ou outra coisa qualquer - O comportamento realizado por mode
o observador muitas vezes observará e los que são amados e respeitados vale a pena
adquirtra informação do comportamento do ser aprendido. Estas pessoas parcccm fazer as
modelo. Ocorre aquisição mesmo que o coisas corretas uma vez que nos sentimos bem
observador não veja um modelo receber com relação a elas. De alguma forma, seu
reforçadores (Ia) ou mostrar sinais de prazer comportamento é compatível com as coisas
(ib). Como o modelo é admirado, respeitado e boas da vida, com reforçamento. O obser
tem um alto status, quase tudo que ele faz vador pode observar e aprender a respeito dc
adquire qualidades positivas devido à qualquer das inúmeras atividades públicas do
associação com ele. Ver meramente o modelo sem saber qual delas está realmente
comportamento do modelo prove o observa* associada com o seu sucesso ou felicidade.
dor de reforçamento vicariante para prestar
atenção e adquirir informação sobre as açòes
do modelo Crianças pequenas adquirem. ’’ Bandaracl at.(lV63).
prm dtK» <30 Cornsonarrunto na Vda Pdna »74
respeito de uma pessoa que «Imiram mniin - CSV que 'diriam respostas emocionai*
lalve* um atleta, politico ou cientista • «las positivas no observador e se somam ao
comumenic vêem um comportamento muito condicioaamcnto Pavloviano, que faz o
avançado (passo 10) que é produto de anos dc componamento a ser imitado servir como um
aprendizagem Muitos elementos do compor reforçador condicionado para o observaior
tamento do modelo • especialmente todos os Alem d « o , modelos peritos ajudam os
anos de pratica • provavelmente são invisí obscrvadxes a aprender a estabdecer aftos
veis. Por mais excitado e ansioso1^ observador critérios dc desempenho para si próprios1’
possa estar para adquirir o comportamento, ele Entretanto, para que os principiantes real
ou ela podem nem mesmo saber por onde mente adquiram niveis avançados de habilida
começar. des. é inportante que tenham acesso aos
Por exemplo, apôs ojvít um roman modelos instrutores que fornecem infornuçâo
válida sobre as habilidades qu« os princi
cista, mundialmente Camoso, discutir a alegria
piantes precisara aprender primeiro
da escrita criativa, um alunc pode se tomar
muito entusiasmado para escrever. O rosto
franzido do escritor, os olhas brilhantes, o DESEMPENHO
bom humor, o tom misterioso da voz c o uso
cuidadoso das palavras são todos CS's que
eliciam respostas positivas to observador e Depois que se adquiriu a inforimção
fornecem reforçamento vicariinte para escutar pela observação, diversos fatores determinam
a opinião do romancista. Entretanto, o quando e como aquda informação afeta/á o
componamento do romarcista não dá desempenho operante. O s determinantes
nenhuma dica sobre os aros de prática, chave ih desempenho são os padrões de
estudo, rejeições dc editores e revisões que re/orçamento e punição passados e presertes.
foram (feitas ames. Entao, o observador não associadas com a im iiaçáo de cenas m odttas
tem acesso à informação sobre iodos os e comportamentos em contextos especificas. È
passos envolvidos para sc tonar um perito da mais provávd que os observadores imitem ura
escrita. O observador entusiasta pode resolver componamento quando os modelos foram e
tentar escrever, também, e conseguir colocar ainda sãc recompensados por aquele compor
um capitulo ou dois no papel, antes de tamento. em situações semdhantes à situação
descobrir que a história é simplista e atual do observador.
desinteressante. Como o novo escritor viu o
passo 10 do comportamento do modelo perito
• no lugar dos passos 1 e 2 • ele pode não I. Reforçamento Passado. O reforçanunto
saber que o modelo passou por dificuldades passado, pela imitação de certo modelo ou um
semelhantes no começo. certo tipo de comportamento, aumenta a
prohabil*ki<ie de se em itir o cotnporttunen'o a
Muitas pessoas têm tido numerosas ser imitado em contextos de semeiha,Ues
experiências nas quais ver uai modelo perito àqueles m s quais o re/orçam ento ocorreu no
criou grande entusiasmo para se tomarem um passado. Desde cedo na vida, as pesioas
médico, um atleta, um advogado, um musico aprendem a discriminar que tipos de m odtlos
ou artista, mas a ausência de informação sobre e componamento imitar c quais contextos são
as habilidades necessárias para progredir do apropriacos para a imitação. Como acontece
passo 1 ao passo 10 deixou encalhado o com todi discriminação, as discriminações
principiante entusiasmado. Modelos peritos sobre quem, o que e onde emitir um
não fomeccm todas as informações de que os componamento copiado, são resultado do
iniciantes precisam. Todavii, ver modelos
peritos é um beneficio para eles. Um
desempenho espetacular dc um perito fornece " S k i o w t 1990:2*3).
P n n d a o » a o C g n p o rtam y ito m Vnto C u iu
reforçamento diferencial. Pistas sobre -do tipo: "Meninos não fazem isto". Os
comportamento, modelos e coiuextos. que meninos da vizinhança poderiam zombar.
precedem o reforçamento da imitação, se "Billy é uma mulherzinha, Billy é efeminado".
tomam S0*» para o comportamento a ser (Estas punições suprimem a imitação do
copiado Pistas que precedem o não reforça* comportamento observado só em mulheres, e
meato ou punição da imitação se tomam S^s toma o comportamento feminino um S* para
para nâo emiti-lo. nâo imiti-lo. Se o garoto imita o comporta
mento masculino de seu pai ou irmão, é mais
provável que esta imitação seja reforçada, isto
Ia. Comportamento. Devido ao refor toma o componamento do mesmo sexo um S°
çamento diferencial, as pessoas aprendem que para imitações futuras Então, a imitação do
certos tipos de comportamento deveriam ser garoto fica sob controle de S° para emitir
im itados mas que outros nâo. As pessoas, comportamento masculino e sob o controle de
algumas vezes, recebem reforçadores por S* para não emitir o comportamento feminino
imitarem os individuos que andam a aha Garotos pequenos muitas vezes adquirem a
velocidade Se alguém anda devagar na informação sobre como as meninas passam
estrada tendemos a fazer o mesmo. Este pintura no rosto ou colocam metas finas, mas
desempenho imitado é sempre reforçado pela eles não desempenhariam este comporta
esquiva da armadilha policial, poc- nâo mento' As meninas recebem menos punição
trombar nos carros lentos ou poder ver melhor pela imitação do sexo oposto e fazem-no mais
um acidente Então, a velocidade do (luxo de que o$ garotos.
tráfego geral se toma um S° para a imitação
Em contraste, imitar um comportamento que
pode produzir um acidente de automóvel !b. Modelo# Após imitar o
provavelmente será punido ou extinto comportamento de vários modelos, aprende
Consequentemente, o comportamento de mos que imitar algumas pessoas è mais
direção perigosa dc outra pessoa se toma um reforçador que imitar outras. Im itar pessoas
S* para nSo ser ímhado. À medida que competentes ou queridas è comumente mais
ganhamos experiência, muitas atividades do reforçador do que imitar / kssoos incompe
modelo se tomam S ^s ou SA,s que aumentam tentes ou impopulares: logo. certos modelos
ou diminuem a probabilidade da imitação se tornam S 's para im itar e outras se tomam
S*1's para nâo imitar. Podemos observar laruo
É mais provável que uma criança
reoeba reforçadores por imitar o compor bons quanto maus esquiadores e obter
informação sobre seus diferentes estilos; e é
tamento de pessoas do mesmo sexo. do que o
comportamento típico do sexo oposto. Este mais provável que tentemos imitar as
reforçamento diferencial leva a criança a respostas mostradas pdos competentes do que
discriminar e emitir o comportamento de as exibidas petos incompetentes. Crianças
sempre aprendem a imitar mais as pessoas de
pessoas do mesmo sexo mais prontamente do
que o faria com as respostas observadas no seu próprio grupo étnico ou religioso do que a
de outros grupos A criança pode ser criticada
sexo oposto. Os garotos são mais fortemente
ou punida algumas vezes por agir como "cies”
punidos do que as meninas por imitarem o
agem. Como resultado, o outro gnipo se toma
comportamento próprio do outro sexo. e eles
um S* para não imitar Artistas de cinema e
fazem menos desta imitação do outro sexo."
TV sempre se tomam S^s para imitação
Se um menino imita algum dos
Pessoas podem pegar maneirísmos. estilos de
comportamentos dc sua mãe ou irmã. a
se vesrir ou frases de atores de quem gostam,
imitação pode ser punida com um comentário
e se isto produz resultados reforçadores. os
artistas se tomam S^s pars imitações
M B an tu n « al. (1963): L>«i (1969). posteriores. Lideres, individuos populares e
Prtndoio* do Comportamento Vtda Qi ánji ) 79
outros se manifestarem livremente sobre o -deve dar um passo para esquerda. O aluno está
mesmo tema. adquirindo informação do modelo como na
imitação normal Entretanto, o desempenho é
uma versão invertida do comportamento a ser
Frequentemente, um observador pode copiado, porque só o inverso produz reforça
ficar atento ao que acontece a outras pessoas mento positivo. Situações nas quais a imitação
quando imitam um dado componamento do inversa é reforçada sempre envolve punição
modelo As conseqüências atuais dos outros para a imitação normal. $e o aluno emitisse
imitadores muitas vezes indicam tipo de precisamente os mesmas passos de valsa do
conseqüência que o observador pode esperar. modelo • andar para frente na mesma hora que
Se uma pessoa que pula na água fria parece sc a professora - os dois dançarinos colidiriam «
divertir brincando nas ondas, vocè pode ficar sc pisariam os pés. Logo, 4 imitação norma) c
um pouco inclinado a entrar na água fria punida nesta situação. Quando a imitação
também Se diversas outras pessoas imitam o inversa ajuda a evitar estas colisões e
modelo e todas mostram sinais de estarem sc conseqüências aversivas. há reforçamento
divertindo, fica mais claro que a imitação é negativo para a imitação inversa.
reforçadora e você estará mais inclinado a
seguí-las Mas a imitaçfio nâo é sempre Um tipo de imitação inversa ocorre
reforçada. A primeira pessoa que entrou na quando o componamento do observador deve
água pode ser um excelente nadador que sabe completar o do modelo. Os movimentos dc
dois valsistas devem se completar um ao outro
lidar com mares altos e ondas fortes. As
pessoas que imitam e entram na água em para produzir resultados reforçadores Quando
duas pessoas estio derrubando uma árvore
seguida podem nüo sc dar lãu bem no mar
grande com uma seira de madeireiro, um deve
agitado. Elas podem ser derrubadas ou
empurrar a serra enquanto o outro puxa. para
engolidas pelas ondas e sair da água com
que cada comportamento complete o outro e
cxpTessôes faciais que comunicam a
produza resultados efetivos. Então, cada um
avenividade da situação, e servem como
punidores vicariantes. As conseqüências observa o outro t coordena cora ursa imitação
inversa do componamento do outro. Muitas
destas imitações influenciarão sua decisão
tardas com estrutura puxar-empurrar ou
sobre o imitar.
toma-lá-dá-cá, envolvem imitação inversa
para sincronizar os papéis complementares
ÍMÍTACÂO INVERSA Algumas vezes a imitação inversa só e
reforçada quando o observador emite uma
Até aqui consideramos a imitação em resposta complementar. Outras vezes, a
que o observador emite uma resposta sim ilar á imitação inversa é reforçada quando o obser
do modelo. Quando um observador emite uma vador faz qualquer coisa que difere clara
resposta <pit é o contrário do comportamento mente de algum modo do comportamento do
iio modelo, ele está ftaendo imitação modelo, llá reforçamento por ser diferente,
inversa.'' Quando um aluno está aprendendo era vez de completar o modelo. Por ex-emplo,
como dançar valsas, tomando lições com uma membros dc uma gang juvenil brigona muitas
boa dançarina, d e deve imitar a professora, vezes odeiam a policia. Qualquer comporta
mas deve inverter a informação Quando a mento que pareça com o componamento
professora coloca seu pé esquerdo para frente "correto" ensinado pelos guardas, provavel
o aluno deve por seu pé direito para trás. Sc a mente será punido pelos outros membros da
professora dá um passo pra direita, o aluno gang O componamento que difere do correto
é negativamente reforçado pela fuga da crítica
social dos pares, e pode também ser
11 Skinner (195V121) positivamente reforçado pelos pares que
P rm opot CO ComixytMTXiyQ n» Vitfa Ctana >81
aprovam a ‘rcbctóia" isio e. fazer alguma detrómca, o analista pode vender todo o
coisa diferente do comportamento correto. Os estoque relacionado com eletrônica.
membros da gang observam que o policial
anda com uma postura correta c mantém uma
aparência asseada, cntào aprendem a evitar 3. N io Conformistas Algumas pessoas
um comportamento semelhante andando de fazem a imitação inversa porque foram
forma relaxada, quase deitando-se nas recompensadas por agir diferente ou foram
cadeiras, e vestindo trapos. punidas por serem conformistas. Quando
homens começam a usar cabelo e barbas
A tmitaçào inversa para "ser dife
longas, os não conformistas raspam os seus.
rente " munas vezes ocorre quando observa
Quando o comprimento das saias sobem, as
dores não gostam do modelo, \~èem conse
qüências negativas se seguirem ao seu não conformistas dão suas minissaias para o
exército dã sèlvação. Quando um nSo
comportamento ou recebem fo rtes reforça-
conformista, que foi um dia um grande
iiores para demonstrar aos outros que nâo
defensor da ideologia A. descobre que outros
são cotiformistas
também estão apoiando sua causa, começa a
pregar os perigos da ideologia A.
1. Desagrado As pessoas sempre se esforçam
para evitar atividades Ou usar coisas que são
MODELAÇÃO PELOS MEFOS DE
comumente associadas com grupos étnicos,
COMUNICAÇÃO DE MASSA
religiosos, políticos ou sociais dos quais têm
antipatia Os católicos e os protestantes na
Irlanda do None mostram uma imitação Os meios dc comunicação de massa •
inversa do outro. Cada grupo fomece TV, filmes, rádio, jornais, revistas apresentam
reforçadores para seus membros por serem modelos de uma grande variedade de
diferentes do outro grupo, exacerbando assim comportamentos, alguns desejáveis e outros
suas diferenças Os desajustados da sociedade indesejáveis. Tem havido uma grande
sempre cultivam padrões e estilos de vida que preocupação de que a apresentação vivida e
diferem claramente da sociedade orientada freqüente de violência « de comportamento
para realizações. Quando as pessoas intera agressivo nos meios de comunicação pode
gem com um grupo antipatizado sempre aumentar o uso de violência na vida diária das
descobrem que seus próprios maneirismos. pessoas. Só na TV, todo dia, milhões de
vocabulário e tópicos de conversação sào pessoas assistem a muitos atos dc violência
escolhidos para ser o oposto dos do grupo dc em programas que mostram brigas
que nio gostam Seu comportamento pode se domésticas, assaltos, estupros, assassinatos,
lonur tão orientado para ser o oposto, que se guerra e terrorismo. Tem havido muito debate
vêem agindo com maneirismos pouco comuns sobre os possíveis efeitos danosos da
ou dizendo coisas que realmente não acre violência dos canais de comunicação, nos
ditam só para não copiar o comportamento observadores. Embora o debate não esteja
das pessoas que nio respeitam completamente resolvido,1* há uma evidência
crescente de que o comportamento violento
apresentado petos canais de comunicação
2. Conseqüências Negativas Para o Modelo. leva algumas pessoat a cometerem atos de
Quando um motociclista vê um amigo intimo violência imitattvas.
morrer, porque nâo usava um capacete, as
conseqüências negativas para o n>odek>
aumentarão a probabilidade do observador
usar o capacete. Quando o analista de merca* " Milnvritv « al (19821. National Insütuie of Mentol
do vê investidores perderem ludo que tem na H ealth (19X2)
Prègpüa» do CamflortamwtQ na Vida &ana
Grande parte da pesquisa sobre a para o mesmo tipo dc pessoas que foram
modclação dos meios dc comunicação tem vitimas da agressão ensinada pelo modelo.
sido feita em laboratórios de psicologia'* Sob Tais descobertas levantam muitas questões
condições experimentais, mostrou-se que. Por exemplo, será que os filmes e a TV. ouc
depois -de assistirem a uma série de filmes dc contém cenas violentas nas quais uma mulner
assassinatos sangrentos, as pessoas se horro é agiedida e estuprada produzem efeitos- de
rizam menos com assassinatos do que o (Itodelaçâo de vitima, aumentando a
faziam antes. Depois dc verem o compona probabilidade das mulheres serem assaltadas c
mento agressivo ensinado na TV. as pessoas estupradas0
machucam mais os outros e imitam os tipos de Em lutas livres, a violência é
agressSo que viram na teia. Entretanto, os publicamente recompensada. Que efeitos de
críticos questionaram se esses tipos de efeitos moddação poderiam ser esperados se a
de modelação ocorrem fora do laboratorio: as violência fosse punida? Dados da Inglaterra,
pessoas imitam a violência dos canais de relativos a um periodo de 63 anos, nos quais
comunicação nas suas vidas diárias? Embora se adotou a pena de mone, e a cobertura
nfio seja fãcil fazer experimentos controlados extensiva dos meios de comunicação, revdam
no ambiente natural diversos estudos indicam que houve um decréscimo nos homicídios
que a violência dos meios dc comunicação durante o período de 2 semanas após uma
tem efeitos significativos fora do laboratório. execução amplamente divulgada. Isto reflete
Por exemplo, os efeitos de modelaçáo dos os efeitos da punição vicariante. Já que a
canais de comunicação são visíveis e estatisti punição comu mente produz só supressão
camente significativos depois que atos de
temporária do componamento, não é sur
violência, tais como lutas de pugilistas profis preendente descobrir que as execuções
sionais, execuções, suicídios e assassinatos* publicas só reduziram as taxas de homicídio
suicídios sâo largamente divulgados.30 por um período de 2 semanas.
As lutas de pugilistas profissionais são Quando as pessoas tiram a própria vida
regularmente noticiadas pelos canais de c o fato recebe ampla atenção pdos canais de
comunicação. Após uma luta comum de peso* comunicação, a taxa de suicídio na população
pesado, os homicídios aumentam mais que 12 geral aumenta significativamente Quanto
por cento. O efeito é maior quando a cobertura
mais publicidade um suicídio recebe, mais
pelos meios de comunicação é mais ampla imitadores de suicidas aparecem. Se um
Mais impressionante é o fato de que os efeitos suicídio é publicado inicialmente numa pane
dc moddação são bastame específicos. do pais. muitas imitações ocorrem na área
Quando um lutador de boxe, jovem e branco. geográfica onde a cobertura publicitária ê
i derrotado no ringue, aumentam os homi mais extensa. Alguns suicídios são masca
cídios dc homens jovens e brancos. Quando rados como "acidentes" de automóvel. Depois
um lutador jovem e negro é vencido aumen de um suicídio bem divulgado, o número de
tam os assassinatos dc homens negros e aódcnics com um só veiculo aumenta era 9.12
jovens. Isto é chamado modelação de vitimas. por cento. Os motoristas dos carros aciden
As pessoas orientam sua agressão imhativa tados costumam ter a mesma idade da pessoa
do suicídio divulgado quando a publicidade
relata o suicídio de uma pessoa mais velha, os
'* Mu/rav e Kippax Natiocuü Institutes of motoristas dos carros batidos teodem a ser
Mental Health (19S2X mais idosos; quando o suicida divulgado è
y Estas descobertas dc Phillips (1983. no prelo) tío jovtm. os motoristas costumam sw jovens.
rcsDimdat m s 5 prtximos partgxafos. Devido a Pessoas tendem a imitar modelos da ntesma
problemas mctodotòpcm letn «do difícil avaliar o idade. Novamente, quanto maior a cobertura
impocto de mtuus outras formas de violência através
dos meios dc comunicação no ambiente natural publicitária do suicídio, maior o aumento de
PfKvcioios do Comocnamftoto na Vuj» O,Ana 183
Pessoas que aprenderam formas nâo um número significativo de pessoas que não
violentas de lidar com problemas c frustrações lem repertório de comportamento que evite a
podem ser capazes de resistir aos efeitos de imitação de alguma modelação de violência
modelação da violência dos meios de através da mídia, estas pessoas são as que
comunicação. Se os pais deram exemplo de mais provavelmente mostrarão os efeitos
formas n io violentas de lidar com situações e desta violência.
pregaram sua importância, podem reduzir os
efeitos adversos da violência dos canais de
comunicação sobre seus filhos. Entretanto, a
violência dos canais de comunicação alcança
CO NCLUSÃ O
r o terceiro ensaio, faltando dois meses facilitado ou (Brigido. e eiaão, reforçado atè
L | paia a esuéia da nova peça. O palco está que ocorra com freqtiincia. Segundo, à medida
X —/vazio e os operários estão construindo, que prossegue a aprendizagem, osfacilitadores
barulhentamente, o cenário nos bastidores. No (prompts) sâo gradualmente retirados a /é que o
palco, os atores estão ensaiando a segunda comportamento ocorra sem eles1. O comporta*
cena. As falas, gestos e movimentos ainda mento que foi facilitado é geralmente aprendido
longe de estarem dominados. Enquanto os mais rapidamente quando é seguido por refor-
atores treinam suas falas, eles sempre fazem ç&meuio freqüente. Então, os atores cuias
uma pausa e dSo uma olhada para o diretor carreiras e reputações dependem de aprender
pedindo ajuda Um sinal breve, tal como dar as um conjunto complexo de falas, responderão
três primeiras palavras da próxima linha, c o rapidamente às dicas (prompts) do diretor; mas
bastante para ooloear os atores no caminho outra pessoa pode não aprender o texto mesmo
certo novamente. A apresentação de um sinal depois de mil pistas (prompts), sc não houver
facílitador é freqüente e livremente dada para reforçadores para a aprendizagem N a vida
quo os atores possam se movimentar nas cenas diária, o procedimento de retirar gradualmente
e entender o seu contorno geral. O diretor sabe os estimulos facilitadores (fading out) é
que. depois de mais alguns ensaios, os atores comumeme um efeito subsequente muito
falarão o texto muno mais naturalmente e que natural da làcilhação bem sucedida, à medida
as pistas fàcilitadoras podem ser gradualmente
retiradas (faded out). Sc os atores forem bons,
nâo há dúvida que os sinais serão reduzidos a 1 Skioner (1953), Moorc e Coldiamond (1964).
zero, bem antes da noite de estréia. Baoduia (1969). Kaafcr e Phillips (1970). e Reese (1972)
discutem as várias maneira» itaa quftts o uso dc estímulos
Este estimulo fecilitador faz pane da iaciinadorcs (prompting) e soa retirada graduai (fading
aprendizagem social na infância, embora seja ouOsI q usados no oondiooKUueato. Embora o uso de
usado cada vez menos à medida que as pessoas caimaks foalitàdOKS ttja menos unpanan.lc que o
crescem. O processo comumente consiste de reforçamento difcrcectaL modelação e regras, é tun
mâodo distinto òe aprendizagem que sempre ocorre na
duas fases Primeiro, um comportamento é vida diária e merece atcoçâo particular.
Pnncloos ao Coffaonan-ttnro na VMa DiMa 186
que o ator aprende as falas, o diretor retirará as filho andar sem ajuda, recebem reforçamento
pistas até que não sejam mais ncccssãrias, para retirar sua assistência tão logo possam.
consequentemente, nâo irais reforçadas Um
Um bebê pode ser ajudado a brincar
novo comportamento è adquirido mais eficien
com um novo brinquedo quando os pais guiam
temente, se essa retirada gradual de controle de
fisicamente as mios da criança para tocá-lo,
estimulo facilitador (fading) nio é feita muito
segurá-So. puxá-lo ou baiançá-to de forma a
rapidamente nem muito vagarosamente, mas é
produzir baralho, luzes ou outros efeitos.
regulada de acordo com o progresso do apren
Depois que o bebê recebeu diversos sinais para
diz. Naturalmente, uma pessoa que seja muiro
puxar o cordão, ouvir o brinquedo fazer “Quac*
experiente e habilidosa em dar sinais, prova*
Quac” c ver as rodas coloridas girarem,
velmente dará as dicas e as retirará de uma
fornecerão a estimulação sensorial que reforça
maneira mais sensivel e eficiente que outra
o puxar. À medida que a criança aprende a
com menos expericncia.
puxar o cordão, os pais podem retirar
Este capitulo descreve várias das gradualmente suas dicas. Crianças mais velhas
modalidades através das quais ocorrem e adultas são sempre ajudadas na aprendizagem
“prompting e fading". & váóas atividade* atléticas, iusuunwmos
musicais e danças, através dos estimulos
facilitadores Um professor pode colocar um
ORÍENTACÃO FÍSICA arco c flecha nas mãos do aluno e ai mover os
braços dele para a posição correta. O professor
As pessoas usara estimulos fecilitadores de natação sempre ajuda o aluno na água e
frequentemente - especialmente a orientação move fisicamente os seus braços ou pemas para
física - para ajudar crianças a aprender um produzir movimentos de natação. Estes
novo comportamento2. Os adultos sempre movimentos são então reforçados por elogio e
descobrem que mover os braços, pernas ou feedback positivo. A medida que o aluno
corpo de uma criança ao longo da seqüência aprende os padrões próprios das braçadas, o
do comportamento desejado é mais fácil que professor pode remover as pistas e ajudas.
dizer a ela o que fazer. Para a criança, no Crianças muitas vezes recebem dicas
estágio pré-verbal, o estimulo facilitador é nas interações sociais através dc orientação
especialmente eficaz, já que as regras verbais física A primeira vez que uma criança pequena
ainda não tèm utilidades. encontra Papai Noeá numa loja, ela pode ficar
-Quando uma criança começa a andar, os relutante cm subir no seu joelho. Os pais podem
pais provavelmente a seguram e movem de empurrar ou suspender a criança para começar
modo que a faça andar e previna quedas. Estas a interação. Um cumprimento afetuoso do
deixas físicas facilitam a resposta de andar. Papai Noel e algum doce, reforçarão o compor
Deslocar o peso da criança de um pé paia o tamento assim facilitado; os passeios futuros
outro ajuda-a a dar os primeiros passos. para ver o Papai Noel requererão menos
Muitos pais dio reforçadores generosos na estimulos facilitadores3. Quando um parente
forma, de afeição, conversa animada c atenção, distante visita a família, a criança pode ser
quando aparece o comportamento sinalizado - empurrada para o tio Freddie para encorajar
e isto apressa o processo de aprendizagem. Em interação. Se uma criança mostrar relutância em
seguida, o processo de retirar as pistas sc aproximar de um novo professor, um
gradualmente é um efeito subsequente muito médico, um barhetro, ou o cachorro do vizinho.
natural de uma Íacilitaçâo bem sucedida. Já
que o s pais acham recompensador ver seu
’ O papel dc sjxendJxtgtiiu social, inciuindo o»
estimulos feciUtadores. para estabelecer psidcàct de
espaço socai, foi discutido po* Hall (1959) e Baldwin e
’ Getfaadc H.wtmann(l975) Baldwin <1914).
oa CnrtoonftmWfl na Qártâ 187
podc-se usar estímulos facilnadorcs para se - tadora sempre comunica a informação deseja*
criar as primeiras aproximações io compor* da mais etiocmcmcnte do que as palavras.
lamento desejado. As conseqüencits seguintes
- reforçamento ou puniçio - dtaennimun se o
comportamento que foi facilitado se torna mais FAC11TADORES (PROMPTS)
oa menos freqüente. MECÂNICOS
Dar sioais é muito usado paia ensinar as
pessoas a nio emitir certas respostas. A uma Para ajudar seu filho a andar de
criança, que está agitando a perra na igreja, bicicleta, algumas vezes os pais adaptam um
UTi pai sinaliza que fique quieta, tocando par dc rodinhas ao lado dela para impedir que a
gsntilmente sua pcma e segurand^-a NSo se bicicleta caia. As rodinhas laterais servem
espera que apenas uma advertência suave como facilitadores mecânicos que ajudam a
p ro d u z a efo ito e d u ra d o u ro s p ara p a ra r a ensinar a andar de bicicleta e evitar a queda.
agitação da perna; entretanto, se a criança Ajustando as rodas laterais de modo que ambas
recebe reforçadores para o conportamento toquem o chão simultaneamente, a bicicleta
assinalado ou é punida por retomar a resposta pode ser mantida na posição vertical, e a
de sacudir a perna, as dicas sio mós eficazes. criança pode aprender os fundamentos de
pedalar, vtrar e parar, sem ter proWcmas com o
Orientar fisicamente com dicas nio é equilíbrio. Uma vez que as habilidades básicas
tio comum na idade adulta quatio o é nos estio dominadas, as rodas de treino podem ser
primeiros anos. Como os adultos respondem a ajustadas um pouco acima, de modo que a
iwtruções verbais - tanto escrita çuanto falada bicicleta possa tombar ligeiramente para cada
- melhor do que as crianças, as regras são uma lado. Agora, a criança começa a aprender como
dtemativa ao uso de dicas. Entretanto, cm sc equilibrar. Quando ela comete erros, a
cenas situações, a deixa fisica, com o uso da bicicleta nio cai porque as rodas dc treino a
iriSo, 4 superior i instrução verbd. Por exem mantem de pe. À medida que a criança melhora
pio, durante a interação sexual, o movimento seu equilíbrio as rodinhas podem ser mais
suave com a m io. pode, frequentemente, levantadas. A essa remoçio gradual da ajuda
comunicar e orientar os movimentos do mecânica chamamos “fading" de estimulos
parceiro muito melhor do que as palavras o facilitadores mecânicos. Durante cada estágio
fariam. Um sinal manual mostra jxatamente o no qual a ajuda é retirada, a criança pode
que deve ser feito. Masters c Johnson reco* inclinar mais a bicicleta e aprender através das
Tteodavam o uso das mãos como um
conseqüências
nstrumento valioso para ajudar os parceiros a
Aprenderem como gratificar melhor as Os metrônomos sâo prompts mecânicos
tcccssidades sexuais um do outro1 que fornecem jstimulos que ajudam a orientar o
ritmo da música. À medida que o aluno domina
A dica fisica ocorre também durante a e rirmn Ha i ma dada passagem, é possivd
aprendizagem e o ensaio de atores de teatro diminuir o uso do metrônomo e assim retirar s
Dançarinos podem ser orientados, pela mio pista
orientadora dc seu coreógrafo ou de parceiros
de dança, para movimentar seis corpos em Em estúdios dc TV, atores, anunciantes
certos padrões. Do mesmo modo, atores conse e locutores ocasionalmente utilizam facilitado*
guem aprender vários gestos desse jeito. Joga res mecânicos (tde-prompts) que fornecem um
dores de futebol, alunos de Karatê e outros script facilmente lido. Se locutores chegam
atletas também descobrem que uma mão orien num ponto orde se lembram, podem desgruda:
os olhos da máquina e falar sem pistas até
alcançar o próximo ponto difícil.
Alguns automóveis são construídos com
‘ M xocrsc Johnson (1970)
campainhas e luzes que avisam as pessoas pan
PmcifKos do CofT»M<iame<rto na Vtda &Ar\a m
apertar os cimos dc -segurança, checar o freio ppra encolher quo botão girar para ar ou música.
de crraeigéncia. se manter abaixo de cenos Depois de aprender o lugar dos controles, o
limites de velocidade e dai por diante. motorista não precisara olhar para as figuras
Computadores que sèo programados para para achar o boiâo corrcto. em conseqüência, o
ensinar leitura, matemática ou outros assuntos, motorista diminui automaticamente o uso das
sempre usam facilitadores. Problemas fãceis - pistas pictóricas.
cheios de sugestões, palavras sublinhadas,
diagramas informativos - são usados no inicio
de cada liçio. e quando o aluno aprende a GESTOS
responder as questões corretamente, as
sugestões são automaticamente retiradas. Com alguns gestos, um maestro pode
sinalizar aos músicos para modificar o tempo,
volume ou quantidade de tom de sua música.
FIGURAS Após vários ensaios, os músicos aprendem
como o maestro espera que toquem cada peça. e
Quando as crianças aprendem a let. o maestro pode retirar gradualmente o s gestos
sempre ganham livros que contem muitas mais exagerados. Na hora do concerto, muito
gravuras relacionadas com as palavras 0$ do trabalho dificil do maestro nSo aparece e não
livros mais simples podem ter uma palavra e mais refletido nos gestos que agora mantem
para cada figura. A palavra maçã aparcce em os músicos coordenados.
negrito debaixo da gravura de um maçã. A
Atores e dançarinos também aprendem
palavra coelho aparece sob a gravura de uma
com facilitadores gestuais. Quando um ator fala
lebre. Ver a palavra e a gravura juntas ajuda a
muito baixinho, o diretor pode fazer gestos com
criança a dizer a palavra correta. Mais tarde,
os braços, enfatizando os movimentos para
quando a criança tem mais expcricncia com
cima. a fim dc encorajar mais vigor e volume
palavras impressas, as figuras podem ser
da voz do locutor. Um movimento dc rotação
retiiadas vagarosamente: podem ser usadas
feito com as mios pode sinalizar para a
figuras menores ou apenas esboçadas: um
dançarina se virar para a direita ou esquerda
número maior de palavras pode aparecer para
Quando o diretor cria novos gestos, que
cada gravura. À medida que as figuras são
terminam por focilitar o comportamento
retiradas, a criança contará cada vez mais com
desejado, os efeitos bem sucedidos reforçam o
as palavras impressas como S ^ s que
uso dc indicações criativas.
controlam as respostas verbais Estudos tém
mostrado que retirar gradualmente os Professores e confcrcncistas frequente
facilitadores é crucial para uma aprendizagem mente usam facilitadores para chamar a atenção
eficiente. As crianças que sempre vêem a de seus ouvimes Um conferencista que aponta
gravura de uma maçã, acima da palavra maçã, um dedo para guiar nossos olhos a uma pane de
nio aprendem a responder á palavra sozinha ura diagrama ou mapa. está facilitando a
tio rapidamente quanto as críaoças que têm as atenção para o alvo correto. Ao longo da vida,
dicas da gravura gradualmente retiradas até as pessoas confiam no componamento de
que só a palavra esteja visível*. apontar com o dedo para dirigirem os olhos e a
atenção dos outros.
Os botões de controle nos painéis de
alguns automóveis tém gravuras que mostram Desde que eles comumeme nâo
uma buzina, luzes, limpadores, radio e outros conseguem ouvir um ao ouuo. os pedesues c
desenhos. Quando uma pessoa dirige um carro motoristas sempre recorrem a numerosos gestos
pela primeira vez, ela faz uso das gravuras para avisar (prompt) um ao outro para parar,
andar, diminuir a velocidade, etc..
Os atletas muitas vezes usam gestos verbais' Quando as pessoas não conseguem sc
(prompt) para lembrar seus companheiros de lembrar de um detalhe imponante quando
equipe quando correr ou esperar, virar ou se contam uma estória, elas podem olhar para um
mover amigo que sabe o que elas estão tentando dizer,
espetando por uma dica. Podem até sinalizar
para o amigo dar a dica verba) aparentando
PALAVRAS desamparo, mudez ou fazendo gestos. Então, o
amigo responde com as palavras esquecidas que
Quando uma pessoa está aprendendo ajudam o contador a terminar a estória. Por
novos padrões de comportamento verbat as exemplo, quando duas pessoas tentam comar
palavras sio fàcilitadores eficazes O ator, sobre os lugares que visitaram numa viagem
aprendendo um novo script, está na mesma que fizeram juntas, elas podem sc voltar
posiçío da criança que tenta aprender um frequentemente uma para a ouüa pedindo ajuda
poema ou uma oração. Quando as últimas para citar os nomes das várias cidades, lojas,
palavras que estão sendo faladas não tèm museus ou restaurantes.
controle suficiente de Sv para sinalizar a
próxima frase, é bom ter alguém para avisar o
padrão verbal cormo. Os pais usam
frequentemente pistas verbais para ensinar
seus filhos a dizerem “Alô, sra. Lopez",
“Obrigado”. “Até logo”, e outras delicadezas
CO NCLUSAo
Facilitadores (prompts) sio ajudas físicas, verbais ou de outro tipo, que ajudam uma
pessoa a emitir um comportamento que nSo seria provável sem esta assistência. Depois que um
comportamento foi emitido, devido a esses fàcilitadores, o reforçamento posterior aumenta a
probabilidade do comportamento Após suficiente reforçamento. os facilitadores podem ser
removidos através do procedimento de sua retirada gradual (fading).
Regras 11
Neste cu p itiilo voce v n i n p ren iitr cotilò os conselhos, as instruções e
outras regras verbais in flu a tcu u n ou deixam de influettciar o
com portam ento.
’ Skinncr(l957)
As regras não fém qualquer sentido para
os bebes. Um pré-requisito óbvio para o uso - * Suais (1968V. Skirmcr (1969); SdMHtt e Hopkút
(1970), Feracr ct al. (1975). .
Pnocioioi ao C<ircDort*m«n t t na Vid» O tin a 192
%
regras. <kvid<t à 'éxtinçào. (Quanto mais nâo toque nisso Vá brincar com a. Debbie".
coftsistcntementc uma pessoa recebe reforça Entretanto, á medida que Laura vai e volta,
dores para seguir um grande número de regras, começa a aprender uma discriminação
apresentadas por muitas pessoas e em muitos imponante Está sendo empurrada para cá e
contextos diferentes, maior sua probabilidade para lá. As pessoas lhe dizem para procurar
de seguir regras no futuro * outra pessoa, apenas para se livrarem dela.
Algumas vezes, crianças pequenas, Em ceno sentido, é interessante ver a
quando estão aprendendo a usar regras, passam criança ir de um lado para outro, dc maneira
por um período de obediência supergenera- tão obediente e confiante Pode até haver
lizada às regras Isto tem maior probabilidade alguma estimulação sensorial, neste jogo de
dc ocorrer quando seus pais. irmãos e irmãs seguir a regra ‘Vá ver litlano *, que reforça o
são consistentes em apresentar-lhcs regras comportamento de obedecê-la. Mas, á medida
razoáveis e reforçá-las por segui-las. "Venha que a novidade se esvai, o não-reforçamento
cá.". "Vá até seu pai \ "Nio toque na frigideira leva a criança a aprender uma discriminação.
quente”, "Não v i para a rua". Se pais e irmãos Laura começa a perguntar: "Por que eu lenho
perseveram no reforçamento à resposta de que ir ver o papai9 Ele disse para eu ficar aqui
obedecer às regras e na punição à sua c brincar com vooã ’ Ela está aprendendo que
desobediência, a criança pode se xomar as regras podem ser desafiadas. "Papai disse
bastante responsava a elas. que vocé tem que dividir seus bloquinhos
Laurinha está brincando com seus irmãos comigo.' Está aprendendo que as regras do
mais velhos no assoalho da sala. Enquanto seu uma pessoa (Timmy) podem ser neutralizadas
irmão tenta empilhar tocos para formar uma pelas regras de outra (o pai). Se Timmy desiste
torre, ela se empenha em derrubar alguns com e dá a Laura alguns dc seus brinquedos, este
um empurrão. Isto leva á estimulação sensorial; reforçamemo a apressa na aquisição da discri
que engraçado' Mas o irmão não está muito minação de que nem todas as regras precisam
satisfeito com seu componamento, e diz: "Pare ser obedecidas. O período de supergencra-
com isso. vocé vai acabar demtbando minha lizaçlo do comportamento de obedecer regras
torre * Laura obodece e dirige sua atenção para já terminou, e esta habilidade dc avaliar
a fazendinha que sua irmã esta montando. criticamente as regras apresentadas é cada vez
Aqui. recebe estimulação sensorial por brincar mais reforçada. Quando lhe apresentam uma
com os bonequinhos c cavalinhos de plástico regra ou instrução, a criança aprende a
Em pouco tempo, ela coloca oito bonequinhos perguntar "Por que?" *Por que tenho que ir
em cima de um cavalo. Isto perturba sua irmã. brincar no meu quano0" Isto pode levar
que leva mais a sério o sentido de realidade. algumas pessoas a recorrer ao uso da
"Saia daqui, vá ver o papai. Laura." autoridade e ás ameaças para faze-ta obedecer.
"Vocé vai fazer isto porque eu estou
Assim, Laura vai á garagem, para ver o mandando!" Ou podem reconer á persuasão
pai. Este, entretanto, está ocupado iidando com "Você deve sair da cozinha porque eu estou
o cano, com pouco tempo para dar atenção a muito cansada c não consigo cozinhar com
ela. Depois que ela distraidamente pisa numa vocé me distraindo." E podem introduzir
poça. entortando-a. ele diz a ela que volte para incentivos extras - ou seja, prometer reforça-
peno de seus irmãos, o que ela fiz. A torre de dores especiais: "Se vocc for brincar na sala, eu
Timmy está bem 8lta e bonha, agora. Quando vou deixá-la comer as sobras do doce, quando
Laura se aproxima dela, ele diz: "Ei, Laura, terminar de fazê-lo *
’ Karcn(1974:l23).
PfHKiDío» do Comportamento n i Vida O iiru 1
OS SP-S PARA SEGUIR REGRAS ^mbiebte. oodero se tomar pistas tfe contexto -
S * s ou S s - que determinam se as pessoas
As pessoas são bombardeadas com mais seguirão ou não à regra
regras do que podem seguir, e muitas delas não
levam 8 qualquer reforçamento, assim, apren
O rdens e B ons C onselhos
dem a ignorar a maioria das regras. As pessoas
mais provavelmente seguem regras quando
estão presentes S ^ s (I) na regra, e (2) no Ordem ê uma regra que é fortalecida
contexto, indicando que houve reforça-mento. pelo reforçamemo liberado pela pessoa que a
no passado, quando se seguiram regras seme apresenta. Bom conselho é uma regra que è
lhantes, em contextos semelhantes. reforçada pelas conseqüências naturais do
comportamento de segui-la (sem reforçamento
dado pela pessoa que a estabeleceu)1 Quando
1. Se obedecer a uma certa regra fo i
uma autoridade lhe diz para fazer algo e
reforçado, esta regra se tom a iim S& para um
reforça a obediência e pune a desobediência,
futuro comportamento de segtur a regra. Se
dizemos que há u m ordem, lá no caso
obedecer outra regra resultar em nâo-
conselho, alguém diz: "Teme fazer certa
reforçamento oh puiuçào, esta segunda regra
atividade e vocé verá que d a leva ao
se tom a um S 1fiara um futuro comportamento
reforçamento." As ordens, geralmente, têm um
de não segui-Ui. As pessoas discriminam e
efeito mais forte sobre o componamento do
aprendem a seguir regras que "compensaram",
que os conselhos, especialmente sc a pessoa de
no passado e a ignorar regras que levaram ao
quem emana tem realmente o poder de reforçar
nâo-reforçamento e à punição. As ordens e os
ou punir. O. conselho não tem este fortale
bons conselhos são regras que tém maior
cimento social extra, associado á ordem. O
probabilidade de serem seguidas.
conselho é sustentado pelo reforçamento
apenas na medida era que seja um bom
2. Entretanto, as coisas sâo mais conselho, isto é, que ajude a pessoa que o
complexas. Seguir uma dada regra pode ser obedece a conseguir mais reforçadores.
reforçado num contexto, mas não em oulro.
Desta forma, certas pistas de contexto na Como as crianças ainda não tèm
colagem de estim ulos podem se tornar SP 's ou experiência no uso de regras, muitas vezes
ifue ajudarão a determinar se umo pessoa estas tém que tomar a forma de ordens -
sustcnuuLs por- sanções- sociais--cxttasx.rpajs;
seguirá ou não uma regra *. Quando os pais
estabelecem uma regra, muitas vezes fornecem serem obedecidas. Apenas acdnselHãr uma
pistas extras para mostrar que "esta regra e pra criança de 2 anos de idade a não brincar aa-rua
valer" - isto é, que reforçarão ou punirão, de por causa dos riscos envolvidos, tem menos
efeito do que dar a d a uma ordem: 'Não vã
acordo com o comportamento do filho. Se a
regra é dita num tom dc voz sério, e este tom brincar na rua, senão vai apanhar.* Ã medida
dc voz é um que a coloca num contexto que as pessoas crescem e aprendem a seguir
regras, muitas aprendem a valorizar os bons
“sério* e ajuda a criança a discriminar que a
conselhos; e isto, por sua vez, as ajuda a
regra é importante, e, portanto, resultará em
confiar cada vez mais neies, na medida em que
reforçamento, sc obedecida. Um grande
aprendem também a discriminar bons e maus
número dc estimulos que vêm da pessoa que
conselhos.
estabelece a regra, ou da audiência ou do
Há areas espeeiats nas quáis as ordem ainda' mais a' probabilidade da pessoa tentar
são melhores que os conselhos - taiito para verificar se o conselho é realmente bom.
crianças quanto para adultos. Se uma boa
Mesmo quando alguém precisa de conse
regra não è obviamente verdadeira, se os
lho. pode inidalmenie tentar resolver o proble
reforçadores para o comportamento de segui-
ma apenas buscando informação verbal. Como
la estão num futuro m uito distante, ou se ela
geralmente dá um óèrto trabalho conseguir um
estabelece que a pessoa fa ça algo aversivo
bom conselho e imaginar uma forma de segui-
(tsto é, estranho, desconfortável, pouco
lo - e como o excesso de esforço age como um
comum ou socialmente inaceiuhvl). então o
punidor • as pessoas cosrumam não procurar
ouvinte só a seguirá se fo r ordenado a fazê-lo.
consdhos a menos que hajam csgoiado todos
Os amigos podem aconselhar o tio George a os métodos mais lacos de resolver seu
parar dc beber, mesmo assim, d e pode não problema. Isto significa que mesmo bons
apreciar os benefícios fimiros de uma boa conselhos c regras não são procurados, a n&o
saúde, ou nlo estar disposto a descobrir quanto ser que já se tenha tentado todos os outros
tempo pode ficar longe da garrafa. No entanto, métodos mats feeds e não se tenha conseguido
quando seu patrão lhe diz que, sc não parar de resultados Uma pessoa que não esteja conse
beber vai perder o emprego, esta regra, agora guindo fazer funcionar um gravador novo,
sob forma de ordem, tem um efeito _muito pode inicialmente tentar mexer em todos os
poderoso. botões, à procura de uma solução rápida que
Muitas vezes as pessoas que estabdeccm exija pouco esforço. Se isto n&o fundona,
regras, quando querem mudar o compor* então estará motivada a recorrer ao manual de
tamerao de alguém, começam com simples instruções, ou ao consdho de algum expert.
lembretes • conselhos dados de forma casual. Quando enfrentam problemas novos, as
Então, se estes não mudam o comportamento, pessoas frequentemente tentam aplicar as
passam a dar conselhos de forma mais habilidades que já possuem, antes de recorrer
explicita: "Goorge, tenho um conselho muito ao comportamento potencialmente mais custo
importante para você * Se mesmo este nio tem so de localizar e aplicar regras apropriadas
efeito, podem recorrer à forma de ordem Naturalmente, logo aprendem a discriminar que
"George, pare de beber?*, ainda que as sanções algumas atividades precisarão mais provavd-
nlo sejam abertamente estabdeddas Final mente de instruções especiais do que outras.
mente. podem chegar ao uso de ordem, com Uma cozinheira que não tem muito sucesso
promessas de reforçamento, ou ameaças de com pratos franceses pode recorrer ao livro de
punição, que dSo á ordem toda a sua força. . ~ receitas ou à ajuda de uma amiga, quando
estiver preparando Coquilles Saim~.lacques,
"È mais provàvd alguém obedecer uma
ainda que nâo precise de receitas quando
ordem do que seguir um conselho Como este
é bajsto e f&cãl de dar, as pessoas ouvem mais prepara os pratos do trivial. Quando discrimi
namos que cenos problemas estão acema dc
conselhos do que são capazes de seguir. Assim,
nossas habilidades, muitas vezes recorremos a
logo aprendem a não seguir a maioria deles.
regras para lidar com des. sc nosso compor
Conto é dificiJ discriminar entre bons e maus
tamento de segui-las foi reforçado no passado
conselhos, podo-se nào responder nem mesmo
aos melhores conselhos, a menos que haja S ^ s As pessoas costumam ter um .grande
daros que indiquem que "este conselho real* número de problemas em suas vidas; desta
meme funciona.* Como dá muito trabalho forma procuram ou inventam regras para usar
discriminar entre bons c maus conselhos, este como «uto-instrução. na resolução de seus
esforço serve como um punidor, que diminui problemas Quando são incomodadas pda
recorrência de pensamentos obsessivos, formu-
Principio» co Comoo/tamenio rg v.da Oróri» 195
Iam auio-instruções do tipo "lenho que parar manual de consertos de máquinas bem
de pensar nisso." As vezes sáo nccessarias conhecido - levara mais facilmente ao uso de
várias repetições do uso da regra para resolver suas regras do quc um livro pouco confiávd,
problemas mais dificeis. Muitas vezes travam especialmente no caso de leitores que
extensos diálogos internos, quando tentam aprenderam a discriminar quc um bom
resolver problemas complexos* "Deixe destes conselho c valioso (isto é, útil para a obtenção
pensamentos negativos. Você só vai se afundar do reforçamento). O conselho de um médico.
cada vez mais na depressão.” Se estes "O RX do seu pulmão mostra que você deve
pequenos bons conselhos conseguem aliviar as parar de fumar, senão *. terá mais proba*
preocupações, ainda que temporariamente, este bilidade de influenciar o comportamento do
sucesso reforça o seu uso futuro. que um semdhantc. vindo de um amigo ou da
esposa. É claro que uma dada autoridade pode
não ser respeitada por todo mundo. O conselho
P ista s C ontextuais de um magistrado pode levar uma pessoa a
obedecer, mas Índu2ir a rebdiáo em outra.
As regras sempre aparecem num com- Quando um supervisor dá uma instrução, numa
texia. e vártas pistas provenientes da pessoa linha de produção, alguns dos operários podem
<jue as dá, ou da audiência, <m do meio, obedecer; mas há bastante casos dc sabotagem
podem servir como S&'$ ou $ us quc aumentam por pane de operários, o que mostra que
ou diminuem a probabilidade de que sejam algumas pessoas aprenderam a responder com
seguidas. Se um amigo intimo ou respeitado hostilidade a certos tipos de autoridade *
sugere que façamos algo, estamos mais Assim, muitos demenros do contexto
dispostos a seguir a sugestão do que se esta é que cerca uma regra podem servir de S ^ s e
dada por um conhecido menos intimo ou S^s que determinam como uma pessoa
menos respeitado. Se fomos reforçados por responderá a cia. Como as pessoas têm
seguir regras fomeddas por uma c e m pessoa, diferentes histórias de socialização, cada utna
no passado, é mais provável quc sigamos as tenderá a responder a uma dada regra e a seu
regras fornecidas por esta pessoa, no futuro. contexto de forma consistente com sua
Um tom dc voz sério muitas vezes é um S ^ aprendizagem anterior.
que aumenta a probabilidade de uso da regra.
Se uma regra é apresentada de forma lógica e
sensivel, será mais provavelmente seguida do • R fG R A .S EXPLÍCITAS VERSUS REGRAS
quc se o for de forma trivial ou leviana. Se uma AM PLÍCmS "
regra parece razoável ou útil, sua forçà
aumentará. Há um continuum que vai desde as regras
Também a autoridade da pessoa que explicitas até ás regras implícitas. Para serem
apresenta a regra é importante, da mesma seguidas, no caso das crianças, as regras devem
forma quc a experiência passada do ouvinte ser explicitamente formuladas Uma regra
com a pessoa. Um livro respeitado - por vaga, do tipo "Arrume a mesa. Billy", prova-
exemplo, um livro de receitas famoso, ou um vebnente não produzirá resultados satisfató
rios; mas uma regra explícita, do tipo "Poaha
os guardanapos do lado esquerdo de cada
1 Quando as p esoas trabalham na modificado dc prato e volte aqui, quc eu lhe digo o quc deve
seu prúpno comportamento. 6 comum travarem fazer em seguida”, terá maior probabilidade de
diálogos traan o í, cbçK?s d? auto-insiroçOcs. (Mdriicn*
bsura e Caracron. 1974; Mahoney e Thorcsca. 1974;
Watson e Tharp, 19SI; Martin cPcar. 1983). 4 Bjork(l9?5).
Prw sp*» de CfrTOQffOTWo na Vid» &áfta 196
situação tão bem quanto ela. Mesmo quando o À medida que uma pessoa ganha
formilsdor da regra a desdobra em várias experiência direta com uma nova atividade, o
outras regras auxitiares, o aprendiz menos comportamento inicial, que era controlado por
experiente simplesmente nio mostrará a regras, sofre importantes transformações.
sutileza da pessoa que aprendeu por experiên Quando alguém nio lem experiência Anterior
cia direta. *Eu já expliquei várias vezes a meus com um comportamento complexo, costuma
empregados como devem tratar aquele’ velho ser desajeitado c mecânico em suas primeiras
ranzinza do Sr. Wurtzd, mas eles nunca tentativas de seguir a regra À medida que a t
aprendem a lidar com d e da forma que eu pessoas repetem o comportamento controlado
quero * Uma solução para este problema é por regras e ganham experiência direta, os
deixai que o empregado aprenda um pouco, desempenhos desajeitados e mecânicos do
inidalmente. por experiência direta com o inicio se suavizam sob a influência do
ambiente e depois suplementar a aprendizagem reforçamento diferencial, da modelagem, da
com as regras. aprendizagem ncariante e dos eslimulos
facilitadores. Praticando o componamento que
adquiriram através de regras, as pessoas
USO P E REGRAS ALIADO À
ganham a experiência direta, que condiciona
EXPERIÊNCIA DIRETA
um comportamento mais "natural", coordenado
e sutil
Se a regra è simples c o operante nio è Por exemplo, uma mulher que está
difícil, uma pessoa pode emitir um operante de aprendendo a jogar tênis ouve as regras sobre
forma impecável na primeira tentativa, após
como usar a raquete, correr pda quadra, etc. A
ouvir a regra apenas uma v e r Entretanto. principio, seu comportamento parece mas
quando as regras sâo complexas e requerem rígido c mecânico do que o de seu instrutor.
desempenhos operantes que estão acima do Quando a bola vem sobre a rede, tenta pensar
ntvel aluai de habilidade da pessoa, esta pode
rapidamente: "Vá com o pé esquerdo na frente,
requerer uma experiência direta extra (refor e prepare um 'backhand*, mas cuidado para
çamento diferencial, modelagem, aprendiza
nâo cruzar as pernas. Ih! Está caindo ” A
gem vicariante. ou estim ulos facilitadores),
resposta é lenta, sem espontaneidade. Num
para adquinr o comportamento. "Apenas siga
momento de hesitação, quase se pode -ouvi-la
as instruções que aparecerio no monitor de pensar: "O que devo fazer ngora?’
video, e o computador fará todo o trabalho
para vocé.* Esta i uma'regra bem fãcil de ser - Entretanto, se a aprendiz dc tênis se
seguida por pessoas qüe 'j á têm alguma exercita no jogo, a habilidade de aplicar c
experiência na operação de computadores. seguir as regras aumentará com a prática e a
Entretanto, é bastante inadequada para pessoas experiência direta. Aprenderá a discriminar
que nunca o usaram Quando tenta seguir esta S ^ s sutis e se tomará apia a aprender varia
regra, o principiante provavelmente interpre ções mais finas das regras Um giro de pulso
tará de forma equivocada muitas das instruções bem sucedido pode colocar a bola a girar (um
do computador, usará comandos impróprios, o "spin") e levar um voleio (um reforçamento
que levará o sistema a não funcionar. positivo); mas um movimento desajeitado
Entretanto, com um pouco mais de instrução e produz o resultado oposto 0 reforçamento
horas de experiência direta no teclado do diferencial modela habilidades superiores ás
computador, ele gradualmente irá adquirir as que podem ser adquiridas por regras verbais
habilidades necessarias para operar uma grande isoladamente Gradualmente, ela começa a
variedade de programas de computador. vencer mais jogos. A observação do saque de
um bom modelo também fomece uma
Principio* ooC yntxytam frnte na Vida Ortna 199
experiência adicional- de aprendizagem, assim seu Ilibo a limpar vagens para o jantar, pode
como o faz uma orientação física (prompt) ficar impaciente se ele se atrapalhar com a
sobre como segurar a raquete. Esta aprendiza tarefa e acabar atrasando o prato que d a quer
gem extra ajuda a suavizar o componamento preparar. Se resolver fazer a tarefa ela mesma,
controlado por regras, inicialmente tão entretanto, apenas impedirá o filho de aprender
desajeitado, diminuir o caráter mecânico do as habilidades necessárias através do reforça
uso rígido das regras, e a fazer com que o mento diferencial envolvido na experiência
jogador pareça mais ’natural". (A pessoa direta. O pai perfeccionista pode ensinar sua
’natural" é aquela que nio freqüentou aulas, filha como usar a serra e a broca, mas nfio
mas aprendeu todo um repertório de comporta querer sua ajuda quando está construindo uma
mentos por aprendizagem direta, isto é, por estante, por temer que não faça um trabalho
refoiçamento diferencial, modelagem, aprendi perfeito. No fim. se surpreende pd o fato dela
zagem vicariante e uso de estímulos facilita* ter aprendido tão pouco com cto. "Ensinei a ela
dores.) tudo que sei sobre carpintaria, mas essa coisa
Como o m aioria das regras não são que ela fez é uma monstruosidade. Isto prova
inteiramente precisas, a experiência direta que as mulheres nio servem para fãzer
ajuda a corrigir seus erros ou inadequações. trabalhos masculinos." Depois de dez anos e de
Poucos padrões de comportamento são tio já ter construído uma porção de coisas, a filha
simples que possam ser descritos completa consegue adquirir as habilidades necessárias,
através da experiência direta. Agora o pai diz.
mente por um conjunto de regras: portanto,
'Ensinei a ela tudo que sabia, e vocè pode v a
uma experiência extra, depois da aprendizagem
das regras, e crucia! para preencher as lacunas. que cia acabou sendo uma boa artesã,
Além disso, a pessoa que formula a regra pode igualzinha ao pait” Quando sua filha era inábil,
acidentalmente incluir uJgum conselho errado cie não foi capaz de perceber que ela precisava
ou omitir algum passo importante na explica de algo mais- do que apenas um corçumo de
regras; dez anos depois, novamente não foi
ção do comportamento Um instrutor de ténis
pode pensar que o controle de respiração é capaz de ver que foi a experiência direta que
crucial c passar a seus treinandos muitas regras refinou sua habilidade de forma tão agradável
desnecessárias a respeito de respiração. Por
outro lado. pode se esquecer de mencionar CONHECIMENTO TÀCfTO E
alguns pontos importantes sobre o trabalho CONHECIMENTO EXPLÍCITO
com os pés. Enquanto que os conselhos do
treinador podem contundir os alunos que estão
tentando aprender o jogo, 8 experiência direta Quando comparamos duas pessoas q u e1
na quadra os ajudará a aprender as respostas aprenderam comportamentos semelhantes •
corretas e compensar as imperfeições das mas uma aprendeu através do uso de regras,
regras. enquanto que outra aprendeu sem o seu uso -
vemos que sabem coisas diferentes. O tenista
Nem todo mundo tem a oportunidade de
"natural* que nunca tomou lições < aprendeu a
ter a experiência direta necessária. Em alguns jogar por experiência direta sabe coisas dife
casos, os fornecedores de regras se tomam
rentes, comparado ao tenista igualmente bom,
impaderues quando observam que o aluno não
que aprendeu através do uso de regras.
consegue emitir corretamente o compona
mento requerido; e muitas vezes preferem As pessoas que aprenderam um compor
terminar a tarefa des próprios, ao invés de tamento através de regras acham mais fá cil
proporcionarem ao aluno a chance de lutar até verbalizar e fa la r a respeito do comporta
consegui-lo. Se uma dona dc casa tenta ensinar mento do que as que o aprenderam apenas por
Pfiftçiwps ao CoffiootWTwttQ na Vida 0»ifia 200
•
experiência diretá As primeiros aprenderam a comportamento' especifico, csuunos apenas
coin portamento ouvindo alguém falar sobre mencionando que este comportamento parti
ele, de forma que o comportamento e o falar cular foi aprendido sem recurso de regras,
sobre ele caminharam juntos. Muito do tempo instruções ou aulas. Assim, ser rotulado dc
de aprendizagem foi gasto em repassar as 'natural" com respeito a um comportamento
regras que lhes foram apresentadas, mas eles nio indica a existência dc um traço universal de
podem tambem ter acrescentado suas próprias personalidade quc afete todo o comporta
inovações, baseadas nas regras. Mesmo quando mento.) "
ninguém pede que eles verbalizem a respeito A pvssoa que aprendeu um comporta
do comportamento, provavelmente eles pensa mento par regras /tensa nele em termos de
ram palavras relevantes em seu diálogo interno,
regras e tem um conhecimento explicito a fvu
quando executavam o comportamento (peto respeito. A pessoa que aprendeu por experi
menos nas fases iniciais, antes que o compor
ência direta, sem regras, provavelmente não
tamento ficasse bem aprendido)
pensa a respeito do comportamento em termos
Os que não aprenderam com o uso de de regras e tem a respeito dele um conhe
regras (os "naturais*)costumam falar e pensar cimento nào verbalizado - «w tácito 11 As
menos a respeito de como devem executar um regras fornecem conhecimento explicito que é
dado comportamento. Se alguém lhes pefgunta facil de verbalizar e compartilhar cotn outras
como conseguem dar um saque tão forte e pessoas porque este conhecimento foi codifi
preciso, provavelmente dario uma resposta cado verbalmente desde o inicio, quando a
vaga, do tipo: "Vocé sente a hora e o jeito de pessoa ouviu as regras pela primeira vez. O
bater na bola.* Conseguem apenas descrever a conhecimento explicito é facilmente tomado
parte mais evidente do comportamento, "Vocé público, pois é fitál de ser comunicado. Faz
só precisa girar"; mas aqude que aprendeu por com quc as pessoas sintam que es&o
regras acrescentará: "...mantendo o seu centro verbalmente conscientes das razões do seu
de gravidade á frente de seus pés, de modo a se comportamento. 'O treinador disse que devo
lançar para o golpe." Os ’naturais” provavel aumentar minhas corridas até chegar a 25
mente dirSo "Vocé tem que sentir a posição kilometros por dia, cinco vezes por semana, de
certa para sacar * Eles discriminam entre vários forma a aumentar minha resistência." Por outro
S ^s e S^s que os fazem "sentir* o momento lado. o "natural" joga ‘pelo sentimento*,
certo ou errado, mas muitos destes estimulos muitas vezes sem consciência verbal das causas
discrimtnaiivos são muito difíceis de descrever do seu comportamento. Um atleta "natural" se
em palavras Como descrever de forma precisa exerdra até o ponto em que "sente* que
as diferenças nas sensações de equilibrio. precisa. Os naturais sabem, certamente, algo a
tensio muscular, flexão do joelho c distensão respeito do comportamento que executam, mas
dos braços? Naturalmente, se os "naturais* é um conhecimento tácito, não verbalizado É
forem reforçados por criarem regras, um conhecimento pessoal, e nio público, c tem
provavelmente aprenderão a formular descri uma qualidade intuitiva pois é guiado mais
ções verbais de seu comportamento Como
estas regras aparecem depois que o comporta
mento foi aprendido por experiência direta, não 11 Mtscfeci()9<>8,1981).
devem ser confundidas com as regras que ” Skinner (1969); Baldwin e Baldwin (!9T8a).
guiam o comportamento controlado por regras. 0 O coebccirocBio lottnüvo neto sctnpte eslã corm o
(Note que pessoas que sio "naturais" num (McOodtcy. 19S3> Naturalmente, ts o também ocorrc
comportamento podem usar regras para fazer com o ç p ifc ç iíK a o « p t t ó t o o u s 6 mais fácil
outras coisas Quando identificamos alguém localizar c corrigir os erros do conhecimento cxphciio
como "natural" com reUçio a um dado do qoe no imtutivo (licito) (Skínncr. 1969:167)
Prir>c<p«< d g .C o n w w tn w to n » V«ta O do» 201
por sensações dâd verbais do que por eomportaroento 'controlado por regras, fingin-
instruções verbais. O conhecimento tácito é do ser "natural* quando realmente nâo o é.1*
baseado na experienaa direta e quando uma
Na verdade, o comportamento "natural"
pessoa morre, morre também todo o conheci
não é mais mistenoso do que o controlado por
mento originai e pessoal que amealhou durante
regras. Ambos sào aprendidos, apenas o méto
toda sua existência Jã o conhecimento público,
do de aprendizagem difere Quando conhece
codificado em regras, pode ser passado dc
mos toda a modelagem, aprendizagem vicarian
pessoa para pessoa, ou ser divulgado pelos
te e uso de estimulos facilitadores (prompts)
meios de comunicação, de forma que pode
envolvidos na aquisição do componamento
sobreviver a seu criador 14 Ainda que o
"natural", este já não nos parcce mais miste
conhecimento público seja de segunda mão t,
rioso ou difícil de explicar do que o compor
algumas vezes, grosseiro, as regras cultural
tamento governado por regras.
mente acumuladas ajudam as pessoas a
aprender mais do que poderiam, durante toda
sua vida, se usassem apenas a experiência A S PESSOAS SABEM MAIS DO QUE
pessoal direta. Muita gente tentou começar a CONSEGUEM DESCREVER »
fazer jogging e se machucou, antes de procurar
a informação básica que se acha em qualquer
livro dirigido a iniciantes neste esporte Os "naturais" sentem quando seu
comportamento está certo ou errado. Estes
Como os "naturais" nio conseguem "sentimentos" resultam de S ^ s, S s e CS’s
explicar de forma precisa como executam suas que foram condicionados quando aprenderam o
habilidades, ou como as adquiriram, seu comportamento, utilizando modelos, estimulos
componamento muitas vezes parece mais inte facilitadores e reforçamemo diferencia]. O
ressante, mais misterioso, ou mais inexplicável conhecimento tácito é claramente demonstrado
do que o dc uma pessoa que aprendeu por quando os "naturais* estio emitindo o compor
regras Quando uma pessoa aprende na escola tamento em questáo. mas é diBcil para eles
a tocar guitarra, pode verbalizar as regras que descrever este conhecimento. Eles sabem mais
utilizou para aprender; assim, não há qualquer do que podem contar.
mistério em seu comportamento. Por outro
lado. quando um guitarrista "natural* lhe conta Mesmo as pessoas que aprenderam pelo
que sua habilidade veio naturalmente, as causas uso dc regras podem saber mais do que podem
do componamento sào menos aparentes, contar, especialmente se a experiência direta
deixando mais espaço para o assombro. "Ele é condicionou seu comportamento num nivd
realmente muito bom, e nunca tomou aulas. além dos estágios iniciais em que as regras
Deve ter um talento musical extraordinário!" eram usadas dc forma mecânica. As regras que
N io é incomum vermos pessoas receberem conhecem sâo ótimas para iniciar um aprendiz
mais atenção, respeito e admiração por um no comportamento, mas não são tudo. À
componamento que não foi aprendido através
de regrai O artista ou atleta "natural* tende a
fascinar a imaginação das pessoas, mais do que u GoOinan (1959) observou que as povoas se
esforçam ao máximo pcua encobrir o b lo de que o
aqueles que estudaram a técnica e praticaram aperfoçouncrao dc ura dado coraponameato seo
os exercidos recomendados. Muita geote envolveu um ptangameroo (regras) ddifocrado e muito
percebeu isto e se calou a respdto do fato dc treino. 0 ooaselho de Potter (194*. 1951) reflete
que aprendeu sua habilidade por ter praticado o claramente o <ato de que quem consegue esconder o
recurso a regras provavelmente ir t se sobrepor a
qoc q2d o conscgucoL
MPotaayi(2960). HPotanyi(l960).
Pnrvtttsos 6o C o m p o rta n d o ixj Vida O dna 202
medida que a experiência direta acrescenta uma dimemo exato- qac usam para levar adiante sua
complexidade extra a seu comportamento, vida diária |T
estes também desenvolvem um conhecimento
tácito que vai além das regras iniciais.
Eventualmente, tambcm eles sabem mais do A PRESSÃO PARA INVENTAR REGRAS
que podem contar
Como as pessoas não conseguem contar Quando as pessoas sâo postas numa
tudo que sabem a respeito de um comporta situação em que têm de explicar seu compor
mento complexo, a comunicação a respeito de tamento, há uma tendência de fàzé-lo como w
várias áreas da vida quotidiana tende a ser bem este fosse controlado por regias. Se se
vaga e superficial Ao tentar contar o que pergunta a uma mulher por que foi tão delicada
sabem, muitas vezes as pessoas pontuam suas com um homem que estava roubando a firma,
explicações com frases do tipo 'Sabe o que sua resposta pode parecer uma regra:
quero dizer?*, "Certo?", 'Está me entenden "Devemos sempre ser o mais delicados possí
do?*. *Sabe?“. Quando terminam a expticação, vel para minimizar hostilidades desnecessárias
vocé pode nào estar muito certo sobre o que cm relação à companhia." Ela forneceu uma
queriam dizer. Sabe o que quero dizer? íkscnçõo verbal de seu componamento e esta
parece uma regra que estaria controlando seu
NSo estamos acostumados a procurar as comportamento Bntretanto. é di6dl saber se
regras para todas as nossas ações. A falta de tal explicação verbal é apenas uma descrição
clareza é comum e aceita, raras vezes é "ad hoc* de seu comportamento "natural* ou
necessário ser claro e explícito. Muitas vezes um resumo predso das regras que foram
nos impacientamos quando muitos "por queTs" usadas cm seu componamento controlado por
sio perguntados. É verdade que as crianças regras.
passam por uma fesc dc "por que?*s”. durante a
qual fazem a seus pais milhões dc perguntas Como o comportamento é o produto de
desie tipo. mas eventualmente seu comporta muitas influências, alem das regras, muitas
mento é suprimido peia punição, quando os vezes nSo ê muito prudente inferir que um
adultos ficam muito irritados. N io consegui componamento é estritamente controlado por
mos contar tudo que sabemos c as crianças regras, mesmo quando as pessoas recorrem a
aprendem a viver com informações incom elas para explicar suas atividades. Muitas
pletas. vezes, as explicações verbais não refletem as
causas reais do componamento. As pessoas
Muitas vezes as pessoas descrevem o
estão em desvantagem para descrever especial
comportamento humano como se fosse
mente o componamento "natural* porque, em
controlado por regras ou normas, e alguns
primeiro tugar, este foi adquirido sem
parecem bastante surpresos quando alguém
não consegue descrever as regras ou normas
que presumivelmente controlam seu comporta 11 Sempre que vfrm uai componamento fcgalir-
menlc padronizado, alguns cxaiiflas sociais tenta»
mento. De acordo com a análise coraporta- l o o l u » 'normas* c "regras” para este compor
mental. muito do comportamento quotidiano se tamento. como se todo componamento padronizado
baseia em conhecimento tácito adquirido sem fosse controlado por regras. Uso cria problemas quando
muita ajuda de regras. Assim, nio é dc as pessoas que eles estio estudando nào co&seguem
surpreender o fato das pessoas terem pouca expressar qualquer regra para o comportamento
observado Scon (1971:72) rcdcflnsu a uotfo
consciência verbal explicita sobre o procc- socwtófjca dc *nonna*. induindo iodo* os padrfes
rcpulares de sançáo. quer segam mediados vertaimetus,
qoer nâo. Iflo ajuda a resolver proWctnas do tipo do
encontrado por Captow ( 1984).
Pfiftcuxot CO CaoicofttfngfUo n» VwU O it^a 203
instruções verbais, cm .segundo lugar, a maioria racionâl. regras ou normas, pode parecer que é
das pessoas nio estào conscientes da influência controlado por regras, quando nào o é.
que o reforçamento difefendal, moddaçào e
Uma pane tio grande do comportamento
estimulos facilitadores exercem sobre ele.
quotidiano é influenciado por misturas comple
Assim, acham difícil explicar sua causa reaJ
xas dc reforçamento diferencial, modelação. e
Mesmo quando as pessoas nio sabem estimulos facilitadores, que as explicações em
por que emitiram um ccno comportamento, termos de regras muitas vezes mascaram os
podem criar uma entre várias explicações determinantes reais sob uma capa simplificada
possíveis para ele Criar uma explicação veros Mesmo que regras tenham sido usadas na
símil - especialmente se parecer uma explicação aquisição inicial do comportamento, toda a
inteligente • geralmente leva a mais reforça experiência direta que refina o comportamento
mento do quc não dizer nada e pareccr igno controlado por regras, tomando-o mais natural,
rante sobre suas próprias ações. Quando se raramente é captada pela reafirmação das
pergunta a um motorista por que estacionou regras em descrições verbais simples. A análise
em fila dupla, ele pode responder. 'Ah, sei lá, completa do comportamento pode ser
eu estacionei e pronto." Ou pode dizer: "Eu impedida, sc sc supõe que as explicações
estava com pressa c pensei que ia demorar tão verbais do comportamento sempre refletem as
pouco na loja que não seria multado-L A verdadeiras regras que o orientam. Qualquer
segunda explicação laz pensar quc a pessoa pessoa que tente explicar o comportamento se
planejou racionalmente o comportamento: e. referindo a regras ou normas deve estar
como parece mais inteligente que a primeira, consciente deste problema. O mero faro de que
provavelmente e mais eficaz para evitar pessoas dizem que fizeram algo por causa de
criticas Uma resposta do tipo da primeira tal ou qual regra ou norma não necessa
virtualmente esti pedindo uma réplica: 'D a riamente justifica a suposição dc que esta regra
próxima vez, pense antes dc fazer uma coisa ou norma esteja entre os principais fatores quc
tão estúpida.’ Fazendo com que o comporta controlam o comportamento. A ciência
mento pareça racional c guiado por regras, comportamental pode nos ajudar a ver através
pode-se evitar este tipo de critica. Assim, a das distorções, nas explicações quc as pessoas
ntaiorta de nós aprentie a fa la r como se nosso dio de seu comportamento e focalizar a dasse
comportamento fosse racionai, planejado e mais ampla dos determinantes comporta-
controlado por regras, mesmo que este não mentais • o reforçamento diferencial, a modela
seja o caso. Quanto mais as pessoas aprendem gem. os modelos, os estimulos fàcilitadores. e
a inventar explicações razoáveis e inteligentes, as regras. Esta visão mais ampla do comporta
mais conseguem escapar das conseqüências mento nos ajuda a obter uma melhor
aversivas e ser admirados por sua inteligência. compreensão de nós mesmos e dos outros, que
Na vida diária, muitas vezes nâo ê é bem útil para se lidar de forma eficaz com as
possível sabei se uma explicação é mais precisa complexidades da vida diária.
do que outra; assim, os ouvintes não têm
condição de reforçar diferencialmcntc explica
ções precisas e punir ou extinguir as impreci
sas. Desta forma, pode haver consideráveis
diferenças entre as explicações verbais que as
pessoas dão para o seu comportamento e suas
causas reais. Quando o comport amemo "rvatu*
ral" é descrito em termos de um planejamento
P f w d P ^ d o C c y n e o m n w it o f tiV id a O iá n t 204
CO NCLUSÃ O
1 Tem havido oactaderavcimauc menos pcsqmsa 1 Fetacr t Skiitner (1937); Dews (1963: 148):
sobre csquanas de puniçJo <Jo que sobre esquemas dc Mone e tCdlcher (>970. 1977); Zdlcr (1977): Foltui e
reíofçamcffio (W akcrse Gruscc. 1977) Scbuycr(19?2).
P nno'aoi do C am pyum wto na vitfa Qána 206
bastante na escola. Scum gmpo dè pais dá a primeira vez numa máquina, o compona
seus ftlhos dc dez anos vintc reais a cad>t vez mento pode ser seguido por uns poucos
que obtém "A" e um outro grupo de pais ganhos, juntamente com novidade e reforça
recompensou seus filhos com a mesma mento social Entretanto, a novidade do jogo
quantidade total dc dinheiro, porém numa lentamente desaparece com a sua repetição. A
distribuição mais irregular, como os diferentes atenção social para as histórias das aventuras
esquemas de reforçamento afetariam o noturnas com as máquinas também decresce à
componamento das crianças? Quando ura medida que os outros deixam de ver novidade
comportamento_é. reforçado toda vez que nas histórias e não mais recompensam o
ocorre, o padrão é chamado de esquema -de jogador com ouvidos atentos para ouvi-las.
reforçamemo contim o (CRF). Quando _o Quando há uma lenta remoção de reforça
reforçamento ocorre apenas em algumas mento para um dado operante. as pessoas
vezes, o padrão é chamado de esquema dc muitas vezes continuam a responder, mesmo
refat-çamentoparcial (PR)*. quando estão perdendo (isto é, sendo puni
Depois de duas pessoas terem aprendido das). Alguns jogadores continuam jogando,
um dado operante - uma sob CRF c a outra mesmo que estejam perdendo dois mil reais
sob esquemas de PR - elas respondem dife por noite, numa atividade que já perdeu a
rentemente quando se retira o reforçamento maior pane de sua novidade e acarreta puni
para o operante. Em situações de ft3o- ção social sob a forma de critica dos outros.
reforçamento (isto é, extinção), pessoas que Sc uma outra pessoa experimentou uma
tinham aprendido em ' esquema CRF brusca remoção do reforçamento e rápida
geralmente param de responder muito mais introdução de critica social ao jogo nas
depressa do que pessoas jjue tinham aprendido máquinas, essa pessoa teria menor probabili
em esquemas_4e. PR. Durante a extinção, as dade de continuar a jogar quando perdesse
cnaoças de dez anos. que sempre tivessem dois mil reais numa noite. Se o primeiro
recebido vinte reais para cada “A", deixariam grande ganho fosse seguido por 100 perdas
de se esforçar para conseguir A's, antes de um diretas, sem ganhar um único centavo, seria
segundo estudante que tivesse recebido mais &cil desistir do jogo do que S4 um
reforçadores com menor regularidade. Logo pequeno ganho ocasional reforçasse a expec
que os pais parassem de dar dinheiro pelas tativa dc que um outro grande ganho poderia
notas, o estudante que tivesse estado em PR vir a qualquer momento.
continuaria a trabalhar mais intensamente para
Em ambos os exemplos, esquemas
conseguir A's do que o estudante que tivesse
passados desempenham um papel decisivo na
estado em CRF. A razão para esse efeito do
determinação de como as pessoas respondem
reforçamemo parcial será explicada mais
ao mesmo padrão dc esquemas presentes de
adiante, neste capitulo.
reforçamento e punição O componamento c_
Quando há uma mudança lenta, gradual, controlado tanto por reforçadores e punidores
do reforçamento para esquemas dc punição, passados, quanto presentes.
muitas vezes uma pessoa continuará a emitir
uma resposta muito tempo depois que a
punição exccdc o reforçamento' Isso é menos A O U fS fO to E MANUTENÇÃO
provável se a mudança não for gradual. Por
exemplo, quando uma pessoa joga pela O reforçamento é necessário tanto para
a aquisição de comportamento novo quanto
para a manutenção dc comportamento antigo.
/ * N.T. - Esses esquentas sAo co m u n eae denorniru- Quando um operante é aprendido pela
dos d c esquenm de rcfbrçamcnio imemutave. prim eira vez (a fa se de aquisição), está muitas
* W einer(196S.1969). \vzes sob esquemas de reforçamento dife-
Pf«%c:oo> ao Comporta m art c. n i W O iám 207
rentes JatfueU’S Jc etapas posteriores (a fa se fiscalizar a pesea ilegal. Cada fiscal era
de. manutenção). Geralmente, c necessária deixado num local para viver e trabalhar
uma freqüência mais alta de reforçamento sozinho durante o verão. Quando os ficais
para produãf a aquisição de imv»« r«»gpn<ta« acampavam pela primeira vez. eles usual
dó quê para manter velhas respostas. Assim,.o mente montavam um sanitário a uma razoável
reforçamento pode .ser mais evidente durante a distância do acampamento, dc modo que
aquisição <to_que durante a manutenção Em ticasse fora do aJcance da vista e “reservado”.
conseqüência, algumas vezes parece que Nos primeiros dias ou semanas, os fiscais iam
velhas respostas bem aprendidas nem preci- ao sanitário quando precisavam, como era de
sam de reforçamento^ se esperar de uma pessoa que tinha aprendido
O fato do reforçamento scr muitas vezes boas práticas higiênicas. Entretanto, andar ate
menos freqüente e evidente durante a manu o sanitário custava esforço, e ninguém estava
tenção, leva alguns a acreditarem que a manu- por peito para fornecer reforçamento social
para manter as práticas higiênicas. Ao final do
lençào do çomporwmcnio antigo é automá
v a io , os fiscais nâo saiam mais do acampa
tica. e independente de reforçamento. É
mento para atender às suas >necessidades,
comum ouvir pessoas dizerem que Fulano
ainda que o acúmulo de excrementos peno da
“aprendeu uma lição" ou “intemalizou os
barraca resultasse cm fortes odores e precária
valores do grupo" Isso implica que colocar a
higiene. Um dos primeiros hábitos “civiliza
lição ou os valores do grupo na pessoa (aTàse
dos” a serem adquiridos na infância pode ser
dc aquisição) é o único processo necessário
perdido, se sc remover o reforçamento social.
para modificar e produzir comportamento.
Ao voltar á civilização, os fiscais reassumiram
Entretamo1_o comportamento nâo se mantem
as boas práticas higiênicas, devido ao resta
no repertório ativo de comportamento de uma
belecimento os esquemas de reforçamento
pessoa, ã menos quê còotimie a tvaver
reforçadòrés^qW -mantcnKãro a freqüéocia da social dc manutenção.
resposta Pessoas cm hospitais psiquiátricos e
asilos de velhos algumas vezes começam a
Por exemplo, a higiene pessoal - urinar e defecar na roupa*. Em alguns casos,
comportamento que adquirimos cedo na vida
elas claramente obtém mais atenção e
- exige reforçamento para sc manter Durante
reforçamento por esse comportamento do que
o treino de toaletc, todos aprendemos (“ou
recebem pelas práticas higiênicas. De novo,
internalizamos") práticas higiênicas. O elogio
quando os escucmas de manutenção que
e a punição que os pais usam no treino de
operam na vida social normal são
toaletc tomam quase óbvio que a aquisição
depende de reforçamento e punição. Entre desonsào>ããõs7 os comportimenKtfPbem
tanto, uma vez adquiridas as respostas, cias aprendidos se extinguem. :
parecem ser praticamente automáticas. Mass Claramente, esquemas de manutenção
são mesmo7 Sua manutenção- é independente são tão importantes quanto os mais óbvios
dc reforçamento? esquemas de reforçamento vistos na aquisição
de novo comportamento
Um estudo de pessoas que trabalharam
como fiscais de pesca demonstra o que pode
acontecer ao comportamento higiênico
quando sc mudam os esquemas de manu
tenção' Alunos universitários que serviam
como fiscais de pesca passaram o verão
acampando ao longo dos rios do Alaska para
rápido à medida que se aproxima o final do (FR 2) antes de receber punição. Uma outra*
esquema - e o reforçamento. pode conseguir três chanccs (FR 3). Em geral
Se as razões se tomam altas demais, .a a punição se toma menos efetiva na supressão
extinção pode suplantar o reforçamento e_a do comportamento á medida que aumenta o
pessoa pára de rcspõnjjer, Você pode pedir a tamanho da razão"
uma criança para contar até 20 e esperar vinte
respostas, uma vez quc ela completa o ESQUEMAS DE RAZÃ O VARIÁVEL
esquema inteiro de FR 20; mas o que
aconteceria se vocé lhe pedisse para contar ate
200, ou 20007 Numa FR 2000, o esquema foi Pode ser necessária uma média de três
estendido demais para produzir muito voltas para desaianuxar tampas de garrafa.
comportamento Algumas saem com uma virada e outras com
cinco. Desatanaxar tampas de garrafa está
num esquema VR 3, com uma média de três
viradas por garrafa, mas variando de garrafa
para garrafa. A variabilidade é um aspecto
comum da vida diária; assim, esquemas de
razão variável são mais comuns do quc
esquemas de razSo fixa. Podem ser
necessárias vime machadadas para derrubar
uma árvore e sessenta para derrubar outra.
Vime frases podem convencer um ouvinte a
assinar uma petição para controle mais estrito
da poluição, mas podem scr necessárias
sessenta frases par persuadir uma outra
pessoa. Quando o reforçamento vem após um
irümero variável_de respostas, o esquema ó
chamado de esquema de razão variável (VR).
Quando uma pessoa está ensinando a
outra uma nova habilidade, é comum ver o
professor começar com esquemas de
reforçamento em FR 1 para produzir uma
aprendizagem inicial rápida, e em seguida
mudar para esquemas de razão variável (VR).
à medida quc o aluno ganha competência. O
Twnpo instrutor de vôo pode fornecer reforçamento
continuo (FR !) quando o piloto principiante
aprende as habilidades iniciais. Entretanto,
FIGURA 12-1 Registro cumulativo de quando o novo piloto começa a dominar as
respostas em esquemas FR 25 e FR 40. habilidades de vôo, é mais provável que o
Cada reforçamento é marcado por um instrutor deixe de usar esquemas FR 1 e
cone Notem-se as pausas pós-reforça- reforce cada quarta resposta correta (em
mento mais longas no esquema mais média), e mais tarde cada décima resposta
diluído. correta (cm média). O instrutor está
“estendendo o esquema", diminuindo o
número de reforçamento dados petas respostas
A punição pode também ocorrer em
outros esquemas FR. diferentes de FR 1. Uma
,a Walters e Grastc (1917:710.
pessoa pode conseguir uma "segunda chance”
Princípios do Comportamento na Vida Diária 211
novo, c contraste •comportamental. (Sc eles p?ça se encaixara em algum lugar Aderir á
nio podem negociar aumentos de salário ou tarefa inevitavelmente conduz ao reforça
encontrar melhores empregos, podem mento, “se vocé continuar tentando”. Algu
finalmente acomodar-se ao trabalho sob mas vezes, bastam uma ou duas tentativas,
esquemas de reforçamento diluido) outras vezes são necessárias vinte e cinco ou
trima tentativas Mas. no final, sempre ocorre
o sucesso: a persistência compensa. Depois de
EFEITOS DE REFORÇAMENTO as crianças terem se adaptado a esquemas dc
m m .L PR diluídos relacionados à dificuldade de
quebra-cabeças, eias podem mostrar impres
Se o reforçamemo se segue ao j uccta/irg. sionante persistência ao trabalhar com quebra-
apenas pane do tempo, o operante estã num cabeças. experimentando dezenas dc peças em
esquema de reforçamento narctaL lambem cada lugar, mesmo quando a maior parte de
c7ia/nadq^re/orçafànlQ-.iiiUj3Ç!W>ie_E.squ& suas tentativas resultam em fracasso Elas
mas dc VR_e.ElL(cxccto_o_FR 1). produzem aprenderam a ser persistentes, a perseverar
reforçamento jw i^ .J E s q u e s w d e ^ j^ ^ e m diante do fracasso. Aprenderam o valor dc
menor extensão, os esquemas. F1_- usualmente “Insistir e nâo desistir"
en^lv«n_re&rsamemo parcial porque as pes Ao contrário, crianças que sâo
soas frequentemente, emitem diversas resoos- transferidas muito rapidamente para quebra-
tas para cada reforçadqr.reçd>ido. O reforça cabeças difíceis experimentam altas incidên
mento parcial (PR) é, _oom freqüência, jiwit.o cias dc fracasso. A mudança rápida para
efetivo na manutençào do componamento esquemas diluidos pode fazer com que as
Mudar as pessoas para esQvtuuis de crianças fiquem frustradas e desistam de fazer
racâo progres&yG?nenfe_ mats_. diluídos ,é quebra-cabeças antes de aprenderem a persis
especialmente efetivo para a manutenção do tência. O estabelecimento de persistência
comportamento, porque_ptx>du:jK rsístênçia. comportamental usualmente requer uma scriç
ou "Insista, ijâo desista " Quando se dao de müdanças-sraduais para esquênm de PR
inicialmente às crianças quebra-cabeças de pròurcssivamcnte mais diluidos
peças recortadas, elas frequentemente come Algumas vezes, a persistência criada
çam com tais quebra-cabeças simples, de pela diluição gradual de esquemas de PR é
modo que é fãcil colocar cada peça no lugar admirável; outras vezes, c irritante. Depende
correto depois de uma, duas ou trés tentativas' dc se o componamento em questão é desejá
este é um esquema dc VR 2 que fornece vel ou não. Gerãtaemc consideramos admirá
niveis bem mais altos de reforçamento para a vel quando uma pessoa é persistente num
aprendizagem iniciaL A seguir, os pais podem comportamento desejável. A criança que não
trazer para a criança quebra-cabeças dc desiste em problemas difíceis do para-casa
dificuldade gradualmente crescente. À medida pode eventualmente solucionar os problemas,
que os quebra-cabeças se tomam mais aprendendo consequentemente mais do que a
complexos, a criança pode ter que fazer dez criança que desist tu antes de encontrar a
ou vinte tentativas ao colocar uma peça, antes solução. O Iider do grupo minoritário que
de encontrar a posição correta (VR IS). Ã continua lutando pelos direitos dc seu povo, a
medida que a criança se adapta gradualmente despeito do fracasso freqüente e do sucesso
a esses esquemas de reforçamento parda}, a apenas limitado, é admirado pda dcdicaçèo e
criança aprende a continuar trabalhando num determinação. O diplomata que continua
quebra-cabeça mesmo quando falharam as tentando trabalhai peto estabelecimento da
últimas quinze, vime ou vinte e cinco paz entre nações hostis - c não desiste apesar
tentativas de colocar uma peça. Depois de dos incontáveis fracassos - pode eventual
estar, por algum tempo, num esquema de VR mente negociar um tratado que evita a guerra
IS, a criança aprende que eventualmente cada
Pnncipw tio ComixxtatTwrto r i V.dâ Dlftrta - ’1
hobbies d e i^ a ijlêJo rriêç^-lli^e^m ji^n sàs taxas de respósrãs mais lentas do que a taxa X
externas..Uma pessoa pode questionar se isso são punidas, uma vez que o cimento seca
é meramente uma "fase de talta dc sorte”, antes de ter sido trabalhado na tbrma correta
quando nào consegue vender as últimas vinte Portanto, essas baixas taxas sâo suprimidas
teias. Pode scr que a próxima seja vendida por (setas para baixo na Figura 12-6). Por outro
um preço compensador. A pessoa deveria lado, altas taxas de respostas são reforçadas,
abandonar a arte. ou se esforçar mais na uma vez que permitem ao usuário modelar o
esperança de “estourar no mercado'*? Esses cimento na forma adequada, antes que o
pensamentos sâo efeitos colaterais comuns de material endureça Essas respostas rápidas sâo
estar num esquema muito estendido ou estar reforçadas (setas para cima na Figura 12-6).
em extinção depois de reforçamento parcial. Assim, depois de reforçamento diferencial, a
Só depois dc um longo periodo de não* taxa dc respostas muda para niveis altos
reforçamento é que se toma claro - uma (curva continua na Figura 12-6)
discriminação fãcil - que a arte é um beco
sem saída, para o qual a pessoa só pode
esperar recompensas exiemas raras no futuro.
REFORÇAMENTO DIFERENGALDE
ALTAS TAXAS DE RESPOSTAS - D RH
independente dos outros. Por cxcntplo, o stand tnenos atraente.-mesmo que a discoteca, cm si
dc tbo ao alvo lornece um esquema dc VR 3, mesma, permaneça inalterada. Se diversos
se vocc acertar o alvo cm média a cada filmes bons entrarem em cartaz na cidade no
terceira vez que vocc aura. A casa mal fim-de-semana. o casal pode e&colher ir ao
assombrada fornece um esquema de VR 12, se cinema tanto na sexta-feira quanto no sábado
houver uma surpresa nova em média a cada e deixar de ir á discoteca. A atração da
doze passos. A montanha russa fornece discoteca c relativa ás alternativas Em
reforçamento quase continuo (CRF) logo que esquemas concorrentes. mudanças na atração
começa a se movimeniar Vocé pode alternar de um esquema podem afetar ax escolhas de
de uma para outra entre as atividades,- na uma pessoa tanto em relacSa a esse quanto a
ordem em que quizer, indo primeiro para o outros esauemas.
tiro ao alvo, depois para a casa mal Um corredor internacional de longas
assombrada, depois para a montanha russa A distâncias pode usar esquemas compassados
escolha é sua. quando está treinando para compctiçõcs
Quando as pessoas chegam cm casa á importantes O corredor escolhe entre três
noite, elas podem escolher erure numerosas companheiros atletas que lém trés diferentes
atividades alternativas, cada escolha propici compassos de corrida. Se um dos trés atletas
ando diferentes esquemas de reforçamento. esta contundido e tem que correr num
Hã a escolha entre fazar um mexidinho para o compasso mais lento, o corredor de longa
jantar (que envolve uma longa cadeia dc distância pode decidir gastar menos tempo
pequenos esquemas dc FR e FI) ou colocar correndo com o atleta contundido e mais
um prato do freezer no fomo (que está num tempo com os dois outros, apesar desses dois
esquema menos exigente, mas muitas vezes nâo terem mudado em nada seu ritmo
menos reforçador) Alem disso, há as escolhas Uma vez que a escolha é influenciada
entre esquemas, compassados, compassar as pelas alternativas, não podemos entender as
atividades da noite para sincronizá-las com os escolhas de uma pessoa sem conhecer as
melhores shows da TV, ou compassá-las com alternativas que êstSo dispqmveís. O simples
os esquemas do bar ou da discoteca. Hè fato de saber que uma pessoa gosta de música
incontáveis outras escolhas, tais como sentar- e tem um disco novo de um artista favorito
se com um bom livro, chamar alguns amigos nio nos informa o suficiente para prodizer que
ou sair para um passeio dc carro. Diferentes a pessoa permanecerá cm casa e ouvirá a
pessoas respondem a esses esquemas concor música. A escolha depende das alternativas:
rentes com diferentes escolhas, selecionando há um filme novo interessante na cidade? A
algumas opções e negligenciando ouiras. pessoa foi chamada ao hospital por causa de
A primeira observação a fazer em uma emergência na fàmilia?
relação a isso è que a escolha é relaiiva. A. Tem-se feito uma considerável quanti
çacolha dc qualquer atividade A depende de
dade de pesquisa sobre os esquemas concor
todas as alternativas - B, C ou P. Se a rentes, a fim de identificar as variáveis que
.atividade A sc toma mais atraente, afeta as influenciam a escolha14. Trés das m as
escolhas'dá'pessoa J»ra”tõHãs a^atiyidadffiúr importantes wariáveis que itiflutnaam q_
-A B. C e D J»"ájnda'q üê apenas A tenha escolha Jè uma pessoa entre diferentes
mudaflõT rã medida csil-Quc as pessoas esquemas concorrentes são: a frequência ([■').
çscolhcm mais A, dcdicamjnenos tempo a B. magtunidc l\l) e o atraso (A) do reforçamento
C ou~~Dr Se* a discoteca D é sempre fornecido por cada esquenta. A seguinte
estimulante e um casal tem sempre escolhido
ir lá nas noites de sábado, sua escolha pode
ser alternada se uma de suas atividades
alternativas (A, B ou C) tomar-se mais ou “ Hcítiisuwi (1961.1970); ác VUlios (1977),
Principio» q o .C arco fiafi^fta na V*ia Ddna 224
esquemas sào igualmente atraentes, as pessoas esquemas I c 11 são igualmente atraentes, cada
usualmente gastam quantidades dc tempo um avaliado como +1. eniio a equação seria
iguais cm cada um. alternando entre os dois lida como se segue:
Se um esquema é duas vezes mais atraente do
que o segundo, as pessoas usualmente gastam
duas vezes mais tempo na alternativa mais Escolha Ue I ■ u tra ç jo d e I
atraente. Um casal que aprecia duas vezes (dtracuo J c 1) * (atração d c II)
mais uma noite na discoteca do que uma nohe
no cinema, iria mais ou menos duas vezes 7+T “ 2"
mais frequentemente ã discoteca do que* ao
cinema. Sc o video-game l ê quatro vezes
mais atraente do que o Jogo II, a maior pane 0 que significa que metade do tempo as
das pessoas jogaria o Jogo 1 quatro vezes mais pessoas tàrlo a atividade I (e metade do
frequentemente do quc o Jogo II. A freqüência tempo elas fàrão U). Se alguém gostasse
de escolhas diferentes è adequada à sua igualmente de sorvete de chooolatc e de
atração baunilha (e nio pudesse comprar nenhum
outro sabor), a pessoa escolheria chocolate
A lei_de matchina nào pode predizer cerca dc metade do tempo c baunilha cerca de
todas escolhas. porque há outras variáveis, metade do tempo.
alem de e Ã. que influenciam aescglha;
mas "essa lêi simples tem surpreendente Se 0 video-game I tem uma atração de
sucesso na explicação de padrões dc escolha**. -*-4 c o jogo II uma atração de+1, a equação se
(Raciocínio e escolha orientados por regra são lé como se segue
explicados no Capitulo 14).
Se queremos saber quanto tempo uma Escolha d e l = ________ 0tração d e I_________
pessoa gastará num dado esquema, devemos (a tn c à o d e I) + (otraçoo d c IQ
compará-lo a iodos os esquemas alternativos
disponíveis. No caso mais simples, dc duas 4+1 5
atividades - 1 e il - a quantidade de tempo
dedicada ao esquema I é proporcional à
atração de l dividida peia atração total dc I e O que significa que quatro vezes em
II cinco, as pessoas jogarão o jogo I (e a vez
restante, dentre as d oco, elas jogarão o jogo
£-v - ,*
Escolha de I » ______ atraçgôttel * -
(atração dc 1) + (atração de H) .. _ . Uma vez que sabemos que a atração é
proporcional a F x M . A , podemos escrever
como se segue a equação para a lei de
Essa equação significa simplesmente matching dc escolha:
que a porção de tempo que uma pessoa decide
dedicar a I ê baseada na atração de I
comparada i atração total dc 1 e 11. Se dois EscoUu dff 1• F x M: A para I
(F x M: A p/ I) + {F x M : A p / U)
lermo* lanio <fc nuiduog quamo de ms.ximc9çdo; e os Isso é 0 mesmo que escrever a equação
memos rtiauvos das duas teonas aiada csiSo sendo como se segue:
debatidos iRachlirt ct al,. 19M; e comentários a Fr k M,
respeito) Para simplificar, sò o mnlchiog e apresentado
aqui. Escolha Am A\
Fi x M> * x Mg
“ áe V tllim ( 1977), Bawn (1979): Z d k r c Blnkdj A| Ag
(198)); Todwov ct *L ( m 3 ) . Weardeo (19*3).
Pnndoios ao Cofnaortamwtona Vrta Oiina 226
Essas equaçõef simplesmente afirmam uma pessoa mutto especial. N’amorados que
que jem po que uma pessoa moram em cidades diferentes algumas vezes,
escolhe o esquema X é j gual à atração de X escrevem diariamente tirando o tempo dos
dividida.pela atraçSo total de X + Y (ondêji amigos que estilo próximos, para trocarem
atrãçío e_ determinada__pela frcouéncja, longas cartas entre si. O amor toma a
magnitude e atraso do reforçamento). magnitude (M) da gratificação lào alta que
Vamos examinar alguns exemplos da pode suplantar o longo atraso (A) e a
vida diária da lei de matching de escolha. Se frequência limitada (F) de idéias trocadas por
uma pessoa tem de escolher entre escrever cartas Entretanto, trocar cartas nio é tio
cartas a um amigo que mora numa cidade atraente como estar, de fato, com a pessoa
distante ou interagir com um outro igualmente especial. Além disso, se um casal tem
amigo que mora perto, a lei dc matching dinheiro bastante para pagar as contas telefô
prediz que a pessoa preferirá comunicar-se nicas, eles usualmente preferem telefonar a
mais frequentemente com o amigo que mora escrever cartas. Chamadas telefônicas diminu
perio. Por que? Uma vez que a força (ou em o atraso e aumentam a frequência da troca
de informações, tomando essa escolha mais
magnitude) de ambos os amigos é a mesma.
M é o mesmo nas duas equações atraente do que escrever cartas, quando o
orçamento permite.
Ao escolher profissões, as pessoas s3o
Ewwver cw tas Interaoio íace-j-/*:* também influenciadas pda relação entre F. M
t a id Ej l M e A. A freqüência, a magnitude e o atraso do
A A reforçamento diferem de profissão para
profissão e carreiras que oferecem recompen
Portanto, a escolha depende de F e A: a sas freqüentes, de magnitude generosa e com
freqüência e o atraso dc reforçamento associa minimo atraso, tendem a ser as mais atraentes
do com escrever e com a interação tace-a- Adolescentes algumas vezes sonham viajar de
face. Uma ver. que escrever cartas é lento e carona para Hollywood, entrar num scudio e
ser contemplados com excelentes conrraios. A
trabalhoso, a maior parte das pessoas trocam
menos idéias através de cartas do que o fariam profissão ideal oferece altos valores de F c M,
numa interação face-a-face. Assim, « frequên com um minimo de A.
cia (F) dc idéias reforçadoras é mais baixa Alguém que seja bom em vendas pode
para escrever cartas do que para interações ficar dividido entre dedicar-se á venda de
face-a-face Uma vez que trocar idéias por imóveis ou dc utilidades. Na venda de imóveis
carta leva dias, o atraso (A) do intercâmbio a freqüência de vendas é baixa (talvez apenas
amistoso é maior entre amigos distantes. uma venda a cada um ou dois meses), mas
Mesmo sem colocar números exatos nas uma casa vendida pode envolver uma
equações, podemos ver que o esquema dc comissão dc várias centenas de reais. Essa
reforçamento para interação com amigos alta magnitude de recompensa c muito mais
vizinhos c mais reforçador e atrativo: F é atraente do que a comissão relativamente
maior e A é menor. Apesar de nós sempre pequena pelas vendas de utensílios,
prometermos escrever aos velhos amigos entretanto, a frequência de vendas é muito
quando nos separamos e nos mudamos para mais baixa no caso de imóveis do que de
cidades diferentes, será difícil cumprir essas utensílios. Além disso, há um atraso maior
promessas se tivermos amigos vizinhos com envolvido em lomar-se um corretor de
quem possamos desfrutar reforçamentos imóveis. Uma pessoa que avaliasse que
freqüentes, com pequeno atraso demoraria um ano ou mais para obter uma
licença dc corretor de imóveis e estabelecet-se
Naturalmente, as coisas mudam consi
com uma boa comissão, poderia achar o atraso
deravelmente sc o amigo que está distante for
Pflfttf0106go coTioanametto oa vma pana 227
comportamento de comer (uma -vez que o falar. 4Jm a vez que. vocé pode criar um futuro
alimento está por peito) e 2 dias para o melhor mas tião pode mudar o 'passado,
comportamento dc fazer dieta (uma vez que focalize menos os~prõfiteTTrgs~passadõs 3o que
levam 2 dias antes da balança mostrar as sõluçòes futuras^. Sc o casal concorda em
progresso). seguir essas regras na próxima vez que
estiverem com raiva um do outro, eles
evitarão parte da tentação de dizer palavrões
COMER FAZER DIETA um ao outro.
309eg. de 2di4* do
dlTASfl átreo
ESQUEMAS NAO-CONTINCENTES
30 min. d* 2diúsdc (INDEPENDENTES DA RESPOSTAI
èiràso dtrviso
Desde que introduzimos os esquemas de
FR I. temos estado discutindo esquemas
Quando elas estão na mercearia, a contingentes (isto é, dependentes da resposta).
escolha envolve um atraso de 30 minutos para Em esquemas de reforçamemo contineenre.
comer (uma vez que sair dali, voltar para casa reforçamento è dependente da_ocom>ik:ia de
e comer leva tempo) e um atraso dc 2_dias uma N'um esquema dc FR 10, a
para fazer dieta (uma vez que sâo necessários décima resposta é reforçada. Num esquema dc
2 dias para se notar progresso nas balanças). Fl (0 min., a primeira resposta depois de um
As pessoas tém uma chance muito melhor de periodo de 10 min. c reforçada. O
cscolhcr a dieta enquanto estão na mercearia reforçamento é contingente a ocorrência da
do que enquanto estão na cozinha. Uma vez resposta: sem resposta, nâo há reforçamento
que o atraso ate comer é sessenta vezes maior
O que acontece se o reforçamenlo
(30 minutos é sessenta vezes maior do que 30
aparecer independente do componamento?
segundos), a atração de alimentos que
Quando os reforçadores ocorrem sem consi•
engordam é muito mais baixa na mercearia do .
derar a resposta aue.os precede, os reforça-
que em sua própria casa. Isso não significa^l
dores sáo n fceo n n n gentes ou independeMes.
que todas as pessoas possam resistir a
alimentos que engordam enquanto estão na < toj*jppstjt_ Esses reforçadores sêo algumas
vezes chamados de reforçadores “livres'' ou
mercearia; mas as chances são muito melhores
recompensas “inespetadasl^para mostrar que
quando há menos tentação pela gratificação
rânhümãlrêspÒstã 'particular foi exigida par
imediata. Depois de tomar decisões inteligen
obté-los Como foi explicado ao final do
tes na mercearia e comprar alimentos de baixa
caloria, elas ajudam a garantir quo terão capítulo sobre condicionamento operante
tentações mínimas de comer alimentos que (Capítulo 2). o reforçamento nflo-coiuingente
engordam quando chegarem em casa. é usualmente menos efetivo do que o reforça
mento contingente para modificar o comporta*
Um homem e uma mulher podem acha mento operante. mas. algumas vezes, reforça
que não conseguem resistir à tentação de dores acidentais produzem efeitos não-usuais
brigar e dizer insultos um ao outro quando e dramáticos. Uma variedade dc diferentes
estão com raiva. Entretanto, se eles podem efeitos tém sido observados, dependendo da
prevenir e estabelecer algumas regras firmes freqüência e magnitude dos eventos não*
bem antes de ficarem com raiva a próxima contingentes, de estar envolvendo reforça
vez, eles podem evitar algumas brigas más. mento ou punição, e de outras variáveis
Regras úteis podem incluir “Ande_em volta
de quarteirão - sozinho - e acalmê^se ames de
falar sobre seus problemas. .\ao ü5e palavras’'
ásperas.--chieis ou paiavfõcsl "quando võce
PriftdOHM ao CttTwartamwto na Viaa Duna 229
tipo de pesca envólvé mais magicas. rituais e deuses da chuva, nâo passar debaixo dc
superstições? O risco e as incertezas dc pescar escadas, e assim por diante. Os americanos
no mar conduzem mais ao uso de mágicas e sâo tâo supersticiosos cm relação a nâo aceitar
superstições - como sc a mágica pudesse notas de 2 dólares, que o governo estocou
ajudar a afastar o perigo c garantir pescas quatro milhões de notas de 2 dólares que as
melhores. Quando as habilidades da pessoa pessoas nâo usam.
sio adequadas para lidar com uma situação, o
sucesso __é claramente contingente às suas
habilidades; e o componamento irrelevante PASS1V7DADE
nâo tem probabilidade de ser reforçado.
Entretanto, cm situações em Que só a Conseqüências náo-contingentes que
habilidade sozinha nem sempre produz o o co m m r a ajta frequência podem ,cocdjçio-.
sucçsso - oornue hà fatores incontrotávefs nat a pa ssividade _ isM _ fo i dc men a rarfo d»
demais -Tsuóesso c múrtõ~mais capncftoso, c melhor manora com jmmçâò nâò-continaenté."
qualquer atividade nâo usual associada cõm mas parece ocorrer, também, com reforça
ele pode ser reforçada e tomar-se um mento nâo-oontinaente.
cotnpoff&rofettto supctsUciqso.
A experiência freoueme com ponicâo
Depois que uma superstiç&o foi adqui n&o<ontingeme pode induzir_ao desamparo
rida.através de reforçamento nâo-continaeme. aorettdido. envolvendo nassivi<<«rf* apatia e
o comportamento _pode ser mantido por depressão* Quando as pessoas são expostas
reforçamento contingente^ Algumas vezes, a pela primeira vez à puniç&o rio-contingeme.
atenção sõ â á r amigável que uma pessoa elas tentam evitá-la ou interrompé-la.
recebe por superstições não-usuais e variadas, Entretanto, sc a punição é verdadeiramente
pode reforçar seu uso. “Oh! Wcndy. você nSo-contingcntc, não há rclsçâo entre ela e o
ainda pensa que o pó verde que você coloca componamento da pessoa; ponanto nâo há
em seu cereal realmente o ajuda a nadar nada que a pessoa possa fazer para
melhor^* Naturalmente, a critica social pode interrompé-la Gradualmente, as tentativas de
ter o efeito oposta, punindo e suprimindo a evitar a punição se extinguem (uma vez que
freqüência de uma superstição - peio menos todas fracassam) e a vitima aprende a aceitar
em público. Além disso, o comportamento passivamente a dor. As vitimas de punição
supersticioso pode criar uma üusão dc nào-conüngentc muitas vezes se sentem
controle e o sentimento de que se tem uma desamparadas, desesperançadas e deprimidas.
perspicácia especial em lidar com situações
Crianças criadas em lares altamente
difíceis. Esses pensamentos positivos podem
reduzir a ansiedade cm face da incerteza e punitivos algumas vezes desenvolvem desam
paro aprendido. Quando os país descarregam
reforçar o uso continuado de superstições.
sua raiva sobre as crianças - independente do
As respostas supersticiosas acrescentam comportamento das crianças - essas sâo
sabor e cor ã atividade humana. Há tantos punidas não-contingcntcmcnte Uma vez que
reforçadores nâooontingcntes na vida diária as crianças são mais fracas do que os adultos e
que muitas pessoas aprendem padrões únicos dependentes deles, nâo há muito o que possam
dc operantes supersticiosos As superstições fazer para evitar a agressão fisica e verbal A
podem ser passadas aos outros por aprendiza punição inevitável pode induzir passividade,
gem observacional (vicariante) ou regras. depressão e sentimentos de desamparo.
Assim, as superstições podem se espalhar
Uma vez que as..pessoas deçovolvem .
através da cultura, uma vez que um indivíduo
desamparo aprendido, muitas vezes elas não
adquira a resposta. Hà muitas superstições
culturalmente transmitidas, jogar moedas na
fonte dos desejos, bater na madeira, rezar aos w Sellgnua ( 1975); Gatbcr c Scligman <19&0).
Prwiopios cc Comoortanwoio na OtâM 231
tentam mais fu^ir às punicào contingente - Sc você pudeSseUào fazer absolutamente nada
mesmo quando poderiam evitá-la, simples e ainda assim receber reforçadores livres, por
mente assumindo um papcJ mais ativo que fazer alguma coisa? Não há nenhum
Víuíheres que foram criadas em lares incentivo - nenhuma motivação - para se
punitivos são frequentemente bastante fazer qualquer coisa além de ficar ocioso,
fatalistas se se casam com homens que as "giboiar"’ e matar o tempo.
jgrídem, elas toleram abusos aos quais outras
Crianças que são cumuladas com
mulheres reagiriam. Uma vez que as pessoas
atenção, brinquedos c cuidados pelos pais
*e lomam passivas devido ao desamparo
adotivos muitas vezes tornam-se "corrom-
aprendido, a passividade interfere, impedindo
pidas”*v filas podem recusar-se a fazer
que aprendam a resistir à punição em qualquer coisa que exija esforço - tal como
situações posteriores - a menos que um amigo
fazer o para-casa. trabalhos domésticos,
ou um terapeuta as ajude a aprender a serem
jardinagem ou limpar seu quarto - e mesmo
mais ativas e assertivas.
assim elas reccbcm reforçadores livres.
Um estudo oom prostitutas dc rua Algumas crianças corrompidas - embora nem
verificou que muitas dessas mulheres vieram iodas - tornam-se bastante preguiçosas.
de lares violentos, sendo vitimas dc incesto Pessoas muito atraentes algumas vezes se
em casa. sendo punidas e agredidas por seus tomam também corrompidas. Elas recebem
gigolòs e clientes, e sendo roubadas- e todo tipo de atençào porque são bonitas,
violentadas nas ruas;i. Depois de uma longa mesmo sc não fazem nada Se se lomam cada
historia de vitimização, muitas ficaram vez mais desmotivadas e passivas, ainda
'‘psicologicamente paralisadas”. Eias acredita assim recebem atenção e lisonja. O reforça
vam que havia pouco ou nada que pudessem mento não é contingente ao comportamento:
fazer para evitar abusos futuros. Sentiam-se simplesmente acontece pelo fato de serem
impotentes para mudar suas vidas, e seus bonitas.
hábitos de passividade as predispunham a não
tentar meios ativos de evitar experiências
aversivas CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO
VAGAMENTE DEFINIDAS
Os escravos eram frequentemente
punidos segundo a vontade de seus senhores
Os escravos com senhores cruéis eram vitimas ('onttmçèncias de reforçamemo vqgfl-
de punição não-oontingetue, que produzia mentg definidas permitem refofx*Vt,?>’M {*<">
desamparo aprendido. Após anos de repetidos qualquer uma entre várias respostas de uma
espancamentos, os escravos frequentemente am pla cíasse vagamente definida. Çontingén-
sc tomavam passivos. desanimados, çia_s_ de reforçamento vagamente definidas
desamparados e derrotados. ligam entre si os dois extremos do continuum
entre # (1) o reforçamento não-contingente,
Knquamo a punido. -nâo-conlingenic randômico- oüê produz componamento
freqüente pode produzir desamparo apren. supersticioso ou comportamento passivo, eX2)
.dido, o reforçamento nào-contingcnte. genero- as contingências estritamente definidas, que
so e freqüente pode produzir a_preguiça produzem comportamento espêci ticÜdo com
aprendida'**'. Grandes quantidades de recom precisão. Contingências vagamente dcfírií3ãs
pensas livres podem criar apatia, passividade aumentam a variabilidade do comportamento,
e falta de motivação. Não é surpreendente que por especificarem vagamente que comporta
reforçadores livres promovam a passividade. mento pode ser reforçado. Dentro desses
limites amplos, cada pessoa pode aprender
a PineseSiIbcn(l981X
“ SoJifimaa<l975), a Skinner (1980: 100).
Pw iaatre do Comoortamcrto na Vtda Otàrta 232
padrões únicos derespostas, que'contribuem cada * pessoa' pode aprender seu estilo
para a sua individualidade. Dois importantes particular.
produtos de contingências vagamente defini*
Há alguma frouxidão na definição da
das são o estilo pessoal c a flutuação do
maior pane das classes de respostas, e
comportamento.
ponanto isso dá margem a aparecer o estilo
Q 4wl<? pgwc«/>Usualmcnic surge em Quanto mais ampla a definição da ciasse dc
tarefas ingmmentais quepodem ser realizadas respostas, maior a margem para o estilo. Em
de jjm a variedade dc modos. _Qualquer conseqüência, cada um de nós aprende estilos
resposta, dentro da classe de_ respostas, pessoais dc vestir, falar, postura, gestos com
produzirá rçforçamenio. Nio importa qua l as mios, contato com o olhar, andar,
subconjunto .da clas se de respostas é em ilido. cumprimentar, e assim por diante.
Uma pessoa pode aprender a realizar um
A fluluãçõo do ftWttfcgfofflCTfTãpaparece
subconjunto da d asse de resoostas; c uma
quando o componamento. que está sob
segunda pessoa um outro subconjunto da
contingências de reforçamento vagamente
classe. Cada uma emite o operarae^jnaig num
tfefimdas. rnuda no decorrer do tempo-'* 0
c«ilo_djfe*çrtc. Por exemplo, a escrita manual
estilo dc escrita manual de uma pessoa pode
legivel é uma ampla classe dc respostas que mudar no dccorrcr dos anos. talvez se
contém milhões de estilos diferentes, sendo
inclinando mais para a direita ou para a
que todos comunicam e ponanto são lefofça- esquerda, talvez se tomando maior ou menor,
dos. Uma pessoa escreve inclinado para a
algumas vezes se tomando mais mal feita ou
esquerda, outra oom floreados e ainda uma ilegível A_ flutuação se refere a mudanças
oucra com sinais itálicos. H i incontáveis randòmicas.quc sâ p relacionadas ao reforça-
variações que são legíveis. Ma medida em que memo ao acasg, mais do m e a modelos,
um estilo funciona - isto c, produz reforça fadlhadorcs^regras ou refQrçan>gito, diferen
mento, porque comunica - não importa qual o
cial não-randõmioo. Assim, a flutuação,
estilo que foi usado Depois de anos escreven
usualmente, envolve mudanças imprevisiveís.
do e dc incontáveis reforçadores, cada um de
Uma vez que mudanças randó micas no
nós desenvolve um estilo particular
comportamento .raramente melhoram a
A diferença entre estilo e comportamen quãiidadg da,performance, é mais provável a
to supersticioso està relacionada ao tamanho flutuação,piorar do_que melhorar a qualidade
da classe de rcspostas t}ue_c7rgforçada. O do componamento.
componamento supersticioso surge quando
.. •É.comum verificar que o comportamen
to de pessoas jovens está sób contingências dc
a d asse de respostas c~infinitamcntc ampla e reforçamento estritamente definidas, mas que
contém todas as respostas possiveis. Os
classes de respostas cada vez mais amplas c
reforçadores vém independentemente dc uma
mais vagamente definidas sio aceitas e
resposta .especifica^_Q_estilo surge guando
reforçadas, á medida que as pessoas se tomam
qualquer variação dentro de uma classe
mais velhas. Ponanto, a_flutuação comportar,
especifica, embora ampla, pode ser reforçada rqental muitas vezes se toma mais vis system,
A esenta manual consiste em fazer marcas no pessoas mais idosas. Por exemplo, frequente
papel N io há nada dc supersticioso em fazer
mente espera-se que pessoas jovens digam as
as letras; algum tipo de estilo é necessário. coisas clara, simples c cficicntcmeme. Os
Um zagueiro pode fazer um passe sem adultos podem tomar-se irritados quando
murmurar o nome do que vai recebê-lo; mas
uma pessoa não pode escrever sem usar algum
estilo de escrita Uma vez que a classe de
respostas legíveis é muito ampla, há ** A íluiuaçk. do onmpotiamcato é aralésada pot
Skinner (1948, 1957), junto cora a aprendizagem
incontáveis padrões de escrita possiveis; e ... supersticioso.
Pnnetpio» ao Coroortam cnto na Vida Ctérta 233
gastam seu tempo’ com um jovefn quc não perdessem 45- minutos esperando por você
consegue expressar sucintamente uma idéia esta manhã". E sem um fccdback de critica, a
Sob tais contingências, a maior parte das flutuação pode continuar Em sub-culturas
pessoas jovens aprendem a ir direto ao onde é considerado certo as pessoas fazerem o
assumo e minimizar a redundância Entre que querem e quando querem, pode haver um
tanto. è medida que os anos passam e as código explicito paia nâo sc criticar os outros.
pessoas ganham maturidade, status, ou Qualquer quc seja a razão, quanta menos
simplesmente idade, há menos pessoas que crítico o feedback que a pessoa recebe, mais
criticam as divagações irrelevantes ou fãcil será para o comportamento verbal e o
redundantes Quando pessoas de setenta anos comportamento real sc distanciarem. Pessoas
de idade estão falando de seu passado, os mais que têm estabilidade no emprego, algumas
jovens podem abster*sc de criticar, por vezes sc tomam superficiais e mudam para
delicadeza ou respeito. Isso significa que o hábitos dc trabalho piores. Antes das psssoas
discurso sucinto está sob contingências terem a estabilidade hà. muitas vezes,
vagamente definidas, e é comum encontrar defmiçòes mais estritas relativas à quantidade
pessoas mais velhas falando e pensando e qualidade do trabalho que ê esperado delas,
menos claramente. Bem antes da velhice ou junto com a ameaça de demissão se das
do enfraquecimento físico limitar suas deixarem dc seguir os padrões. Ã medida quc
habilidades, o comportamento verbal—das uma pessoa fica mais velha e obtém
pessoas mais velhas - tamo seu discurso estabilidade no emprego, a d«fmição do
quanto pensamentos verbais - podem começar trabalho usualmenio se toma nuis ampla, uma
a flutuar. Eventualmente, algumas pessoas vez que ela deve mostrar uma incompetência
mais velhas se tomam esquecidas, repetitivas mais grave para ser demitida, depois de ter
e confusas a respeito de coisas simples; c atingido a estabilidade. Qualquer coisa que
desatentas para com os detalhes. Os não seja uma incompetência muito grave é
individuos mais velhos que exibem menos tolerada. Essa definição mais ampla do
flutuação comportamental são aqueles que trabalho permite flutuação comportamental
continuam a exigir performance dc qualidade, cm praticamentc qualquer direção, inclusive
aplicando altos padrões de cxigcncia a seu para a decadência.^
pròpno comportamcnto ou tendo amigos A flnm aç3n^ -im n n n a m c n tc i g unia fonte
honestos para corrigir seus erros. de variãbili5ã5c~Que contnfrM o colorido
A flutuação componamental nào_c um da vida diária. Junto com_o comportamento
resuita35~^è~ envelhecimento biológico, Pode supersticioso e o. estik?. produz variações
o co g e erru -pessoas., iovens também. O unpreyjSTvfcigrTy^nug- flMftHffliffKaõnar"?!
componamento verbal parece especialmente outros como interessante, engraçado ou
susceptível.de..flutuai o. que~pode levar a criativo. Entretanto, sc o comportamento
grandes discrepâncias entre o que as pessoas flutua-aféffTãc certos .ünüt«7~PO<fê pàrtcér
dizem e o guc rcalmçntó.fazem. Quando uma incqnsKlcrãdo. patético, desviante ou até
pessoa começa, pela primeira vez, a deslizar patológico^
no seu hábito de pontualidade ou deixando de
cumprir suas promessas, pode-se achar graça \V "
ou esquecer porque “todos deslizam de vez s j D Grande pane do comportamento qoe i rotulado
como patoiógíoo consiste dc comportameoto que um
em quando" Mas quando o comportamento dia foi normal mas que flu a m além dos limites que a
de uma pessoa flutua ainda mais, pode haver maioria das pessoas definem como nom aL Do ponto
uma frequência crescente de prometer uma dc vista «xoportamcmtal. a ictapia cootwte ampbmcoic
coisa - “Estarei lá às 8:00 horas cm ponto” - e de rcúnrodimr couúngcocias de reforçamcnio mais
calmamente d e fin ite quc fario o comportamento
fazçj otAFB ÇQÍM- Essa flutuação pode ser
voltar ao campo da nonnalidadc. Moddus. regias c
prevenida se a pessoa é criticada. "Você fez facilitadores pode» ser usados em coojunçte cora
com que doze pessoas ficassem sentadas e coniiQgéndas de reforçamento mais estntaincotc
Pnncktt» floCcrwoortam g te n a viga PAfta 234
CO NCLUSÃ O
riem dela por ter que se exercitai*. Seus pais os controles positivo e negativo, a desenvolver
criticam seus erros mas raramente comentam melhores métodos de controle positivo,
as passagens corretas. É criticada por não descobrir alternativas ao controle aversivo e
avançar tão rápido quanto possível, Seu dar às pessoas a informação dc quc prccisam
professor a compara com alunos melhores e para mudar de métodos negativos para
diz que o seu piano é monótono e sem positivos na interação com os outros.
inspiração. Seus pais lhe dizem o quanto estão
Estas descobertas sào novas. Muitas
desapontados. Todo mundo lhe exige mais
pessoas nunca aprenderam como usar os
exercícios. O resultado desse controle negativo
princípios do comportamento com essa
é que ela aprende a odiar o instrumento, a
finalidade. Mas a abordagem positiva da
odiar as exigências de exercícios, a evitar tocar
ciência do comportamento já tem sido imple
e a temer o que tiver que aprender no futuro.
mentada com sucesso em muitos setores da
modificação dc comportamento - relações
APLICAÇÕES HUMANÍSTICAS interpessoais, aconselhamento de casais,
terapias sexuais, práticas de educação infantil,
programas educacionais, estratégias de autO-
Grande parte da tecnologia e culturas r.onfrole. program as de auto-aperfeiçoam ento,
humanas funciona para aumentar nosso programas colecionais para delinqüentes
contato com estímulos positivos e reduzir juvenis e etc.1. Considerando a juventude da
nossa exposição a estímulos aversivos. Tecno ciência do comportamento é razoável esperar
logias para lidar com o ambiente físico forne que muitas outras situações comportamentais
cem exemplos claros disso. A medicina nos
serão analisadas e convertidas ao controle
deu vidas mais felizes protegendo-nos de positivo com o progresso dessa ciência.
doenças e nos ajudando a ser mais saudáveis.
As invenções mecânicas e eletrônicas são O principal objetivo da ciência do
comumente projetadas para tomar o trabalho comportamento é ajudar pessoas a aprender a
mais fácil e o brinquedo mais agradável. A resposta que aumenta sua habilidade de trazer
arquitetura e tecnologia tomaram nosso espaço reforçadores positivos para sua própria vida e a
mais agradável* cômodo e livre de extremos vida de outros2. Quase todo componamento
climáticos aversivos. Muitas práticas culturais pode ser posto sob controle positivo. A medida
foram também modeladas através dos anos que se adquire as habilidades do uso do
para nos ajudar a evitar os estimulos avresivos controle positivo ter-se-á criado uma sociedade
e atingir experiências positivas. As artes e muito mais feliz, livre de culpa, medo, ansie
humanidades facilitaram a criatividade e dade, ódio e vários outròs. efeitos colaterais
selecionaram os''melhores trabalhos de cada *desagradáveis do controle aversivo.
era. Regras de etiqueta e cortesia instruem as Como se aumenta o uso do controle
pessoas a se comportarem de formas que positivo e se diminui o controle negativo? A
possam evitar incidentes aversivos e ajudarem resposta depende, um pouco, da situação. Se
a interação a fluir suavemente. pessoas emitem um comportamento desejàw ! é
Entretanto, nossa tecnologia e cultura mais fácil se usar o controle positivo do que
atuais estão longe de serem perfeitas. Os quando se ocupam com atividades incfesejá-
estímulos aversivos estão conosco, gerando
muita infelicidade e miséria nas vidas de 1 Bandura (1969): Mahoney c Thoresen (1974);
muitas pessoas. Muito ainda pode ser feito Goiunan ct al. (1975); Bellack e Hersen (1977); Redd ct
para tornar o mundu um lugar mais positivo al. (1979), Ka/diu (1980), Waibon c Tktrp (1981);
para se viver. A ciência do comportamento Martin e Pear (1983).
pode ser uma das mais importantes rupturas 2 Skinner (1953, 1971); Bandura (1969. 1973;
científicas e humanísticas para to m ar.av id a Mahoney (1974, 1975). Entretanto, há casos em quc
mais positiva. É a primeira ciência a analisar puniç3o é desejável (Newson eia.L 1983).
PnncloiM dft ComocnamgMo na Vifla Piift» 237
iv». O resto desse' capitulo vai explicar a nada alem dc Ver esses jogos estúpidos na TV
maneira positiva de responder ao Sc vocc nâo quiser ir, eu vou com o José c
comportamento desejável e indesejável Harry” Agora, d a consegue alguma ação. mas
teve que usar o controle negativo. Mesmo sc
George concordar em ir. o controle aversivo
OOMPOKTAMENTO PESEfÁVEL pode tomar a viagem menos agradável do que
« poderia ter sido. se os dois fossem mais
Ao se aprender qualquer componamento habilidosos e valorizassem mais os estilos de
desejável - bondade, honestidade, habilidade interação positiva.
musical - são óbvias as vantagens do controle A pesquisa relativa à aquisição e
positivo O controle positivo- vai aumentar a manutenção dc componamento indica que,
freqüência do componamento c fazer a pessoa praticamente, qualquer comportamento pode
tentar aprender mais. O controle positivo ser aprendido e mantido sob controle positivo
também condiciona o próprio componamento Simplesmente ensinar a Linda algumas outras
a um reforçador condicionado de forma que frases positivas não vai resolver os problemas
emitir o componamento se toma intrínseca- entre d a e George. Entretanto, pode-se esperar
mente rccompensador c dicia respostas progresso se ambos aprenderem um grande
emocionais posiüvas. repenório de habilidades positivas, que tomem
As desvantagens do uso do controle mais rccompensador conversar com ele. mais
negativo com o componamento desejável recompensador esquiar com ela, e os tome, a
também são óbvias. O controle negativo ambos, mais positivos no imaginar e aprender
condiciona o componamento em um punidor padrões dc interação mutuamente recompensa-
condicionado Atividades desejáveis, que dores. Quando as pessoas conseguem ajustar
poderiam ser agradáveis, se lomam aversivas. suas atividades comuns com altos niveis de
Na maior pane dos casos tenta-se fugir ou estimulos positivos não è necessária muita
evitar o controle aversivo e o componamento insistência para que um convença o outro a
condicionado por ele. Quando pais, professo tentar de novo. Atividades que estiveram no
res. amigOS, esposos Ou Outros usam controle passado sob o- controle positivo tomam-se
aversivo para tentar ensinar habilidades impor respostas de alta probabilidade que se adora
tantes. as respostas de esquiva, geradas pelo repetir.
controle aversivo. podem evitar ou interferir Tomar-se mais positivo envolve aprender
com a aquisição do componamento desejado. as habilidades para gerar comportamentos que
As vantagens óbvias do controle positivo produzam reforçadores positivos para si
sobre o comportamento desejável ajudam a próprio e para os outros enquanto sc evita
evitar colocar esse componamento sob o componamentos que produzam punidores ou
controle negativo Mas a muitos falta a reforçadores negativos Há quatro métodos
habilidade de ser tio positivo quanto possível; gerais que permitem que sc aumente o uso de
e se suas abordagens positivas felham, normal controle positivo e se reduza o uso de controle
mente se apoiam no controle negativo Linda negativo em situações que envolvem o
sugere a George que seria maravilhoso, neste componamento desejado.
fim de semana, ir para o lago fazer esqui
aquático, e ele resmunga: “Estou ocupado’*
Então, ela usa outra faia positiva: “Lembra, 1. Aumento de controle positivo p d a
como era gostoso o esqui aquático no lago? aprendizagem de práticas que produzam
Vocc vai adorar quando a gente estiver lá". reforçadores positivos para o comporta
Mostrando irritação o George repete. “Estou mento desejável Há um beneficio enorme
ocupado!” Entào, Linda adota a forma resultante de se aprender como aumentar o uso
aversiva c retruca: “George, você não faz mais de reforçamento positivo para o próprio
P nnetpos Oo Carop&rtatnarrto fxa Vida Ciana 238
Quando ajudar uma pessoa a aprender tenna usado ô tontrole negativo por muito
uma nova tarefa exige prática e esforço, pode* tempo, nio pode esperar que as vitimas ante
sc reduzir e esforço dc aprendizagem e. riores respondam instantaneamente ao controle
portanto, facilitar o processo, mediante o uso positivo como responderiam se tivessem
de modelos, regras e sinais facilitadores. recebido, usualmente, reforçamento positivo
Sempre que so usa qualquer uma dessas dessa pessoa. O reclamador arrependido vai
estratégias quem estiver recebendo ajuda vai necessitar de alguma prática para refinar as
descobrir que o comportamento desejável que novas habilidades positivas, e suas vítimas vio
está emitindo é menos aversivo e trabalhoso, e precisar de tempo para que os estimulos
portanto, mais fácil dc aprender e manter. associados do ex-reclamador ao comporta
(Além disso, provavelmente, terá sentimentos mento solicitado sejam contracondicionados
amigáveis e calorosos pela pessoa que o cm CS's que eliciem sentimentos positivos
ajudou a tomar sua carga mais leve).
Pode-sc, usualmente, evitar outros tipos
de controle negativo tais como. sarcasmo,
Decréscimo do uso de controle negativo arremedo, comparações, insultos, irritabilidade,
pela abstenção de práticas que aumentam rudeza, hostilidade, dominação, dogmatismo e
criar situações geradoras de culpas. Todos
os estimulos aversivos associados ao
comportamento desejável. Pessoas que-estào produzem estimulos aversivos nos outros c
sempre reclamando estão criando estimulos ponanto deveriam ser evitados.
aversivos para os outros. Esses estimulos
negativos podem ser usados como punidores - 4. Decréscimo do uso de controle
“N io faça isto1', "Pare com isso” - para negativo pela abstenção de prátk&s que
suprimir um comportamento. Ou podem ser removam estimulos positivos, normalmente
usados como reforçadores negativos - "Leve o associados ao comportamento desejável As
lixo para fora”, “Vá pendurar suas roupas" - pessoas, muitas vezes, sc punem mutuamente
que fazem com que se emha o componamento removendo estímulos positivos. Quando nSo
p a n evitar reclamações. Qualquer dos dois consegue o que quer, George fica amuado Fica
tipos de controle negativo toma menos
calado e nâo conversa com Linda por horas c
positiva a interação social e gera sentimentos ás vezes. dias Ao interromper a interação
ruins a respeito do reclamador.
George removeu os reforçadores que de e
Reclamações, críticas e brigas sâo, Linda desfrutam juntos A perda dos reforça*
infelizmente, muito comuns nas vidas de muita dores é aversiva tanto para George quanto para
gente, Esses operantes são reforçados porque Linda que propõe. “George, desculpe nào
tèm sucesso no controle do comportamento de podermos ter ido ao futebol na semana
outros. Entretanto, nenhum comportamento passada Vamos na semana que vemr ‘ Isto
verdadeiramente desejável deveria ser subme reforça o amuo, comportamento que remove
tido a esse tipo de controle negativo porque o estimulos positivos da relação
comportamento se tomará um CS que elicia Amuo. mal humor, rctraimento e
sentimentos aversivos. Isto toma desagradavd esconder o amor sâo todos formas comuns dos
o comportamento desejável e faz com que ele controle dc outros pela remoção de estimulos
seja emitido com menos freqüência. Pode-se positivos. Normalmente, se aprendem esses
substituir esses métodos de controle negativo comportamentos na infância A criança embui-
por muitas das práticas positivas das duas rada, que nio fala porque os pais a proibiram
sessões anteriores. Em vez de reclamar, pode- de ver TV, pode reccbcr permissão depois que
se tentar pedidos educados, antes do os pais descobrem que o amuo é muito
componamento desejado, acompanhados de aversivo. Normalmente, nâo se “superam"
reforçamento positivo durante e depois do estas respostas infantis, especialmente se nfio
componamento. Naturalmente, quem quer qúe
P nndoios do Com ponanerna na Vrfa Diftna 241
ground. Tommy grita e bate nos companheiros aprender a pêdfr perdão, a contar até 20, a
mai s do que as outras crianças. voltar a outra face. ou buscar uma sohiçâo mais
Violcncia gera violência via aprendiza racional para o problema Entretanto, indiví
gem vicariante. Quem usa puniçào verbal e duos que aprendem a reagir e ameaçar desco
fisica está ensinando aos observadores que a brem que a punição só aumenta a violência de
agressão física c verbal sio meios eficientes dc sua resposta Tommy pode não ser agressivo
lidax com pessoas. Quando uma pessoa pune com os pais quando o punem: mas no play
outra o sucesso imediato da punição é visível ground eie, freqüentemente, usa a agressão, e a
mas os vários problemas da punição não o são. punição só foz aumentar sua própria violência.
Assim, o observador pode ficar inclinado a Mais tarde, casado, quando ameaça a sua
usar de comportamento agressivo contra os mulher c eia grita com ele, seus gritos são um
estímulo aversivo que fa2em as resposta; 4c
outros no fuiuro. Sc a pessoa nlo tem um
repertório de habilidades mais positivas para Tom ftearem mais vigorosas até que d e a
lidar com sucesso com os outros, o compor agrida fisicamente
tamento agressivo pode ser um dos meios mais
reforçadores de tratar as pessoas c se tomar
3. Punição produz somente snprtssâo
uma resposta de alta probabilidade. O compor temporária da resposta. Se um comporta
tamento agressivo pode ficar sob o controle dc
mento indesejável é punido, a taxa de respostas
SDde vários estímulos. Por exemplo, á medida será suprimida. Mas a supressão tende a ser
que cresce. Tommy aprende a ser cortês e
apenas temporária7. Assim, a punição e, no
polido, enquanto os outros são amigáveis com
máximo, uma solução temporária para o
cie. Mas. qualquer desacordo ou conflito
problema do componamento indesejàvd, a
fornece os S ^ s para levantar a voz. usar
menos que a pessoa que aplica a punição esteja
linguagem forte, gritar e fazer gestos
disposta a observar continuamente c punir com
agressivos. Se os outros não cedem, os S°’s
freqüência respostas indesejáveis. Uma das
para a agressão fisica já estão presentes
razões para aprendermos respostas relativa
mente bem suprimidas de ambientes nSo
2. Poniçio gera respostas mais fortes. sociais é que o ambiente físico impõe contin
Quando uma pessoa recebe estimulos gências rigorosas dc punição. Quando somos
aversivos intensos - uma bronca arrasadora, desajeitados com a faca de açougueiro e
um sermão longo, uma critica violenta ou cortamos o dedo. a punição é imediata e num
agressão física - provavelmente, vai apresentar esquema FR1. Este ê o modo mais eficiente de
um aumento geral de tensão muscular e de punição e suprime o uso desajeitado de facas a
vigor oa resposta6. Quaisquer que sejam as um nível bem baixo. Punição social raramente
respostas que a pessoa emita cm seguida - é tão imodiata quanto um corte doloroso e
chorar, falar, reagir - provavelmente, serão raramente vem num esquema FR); assim, a
mais intensas do que normalmente teriam sido. punição social tende a ser menos eficaz. Pode-
O vigor e intensidade aumentados transfor se pegar uma criança, cm media, a cada oitava
mam a conversa em gritos, e gestos ameaçado mentira (esquema VR8) e a punição pode se
res em socos. Nestes casos, o aumento do seguir à mentira por muitas horas ou dias
vigor cem o efeito de aumentar a agressividade Punição com atraso, ou intermitente, não é tão
da pessoa que recebeu o estimulo aversivo. eficaz quanto uma punição imediata, tipo FR1,
respostas emocionais - ncgativai que os país à'pumçãof qoe tèm o efeito de suprimir o
homens. Mulheres têm mais pesadelos, comportamento indesejàvd sem os efeitos
depressão, insônia, nervosismo e medos colaterais da punição. Cada uma ddas pode ser
irracionais que os homens10. Naturalmente, usada em conjunto com as outras. È
nem todas as mulheres têm estas respostas freqüentemente possivd usar dois ou mais
emocionais negativas e nem todos os homens desses métodos juntos - para minimizar a
estâo livres delas. O foto é que as pessoas de necessidade da punição
ambos os sexos, provavelmente, tem respostas
emocionais negativas se expostas a niveis altos
de controle negativo, e as mulheres tendem a I. Reforçamento diferencial dc outro
receber mais controle negativo que os homens comportamento - (DRO). Um método não
punitivo muito efetivo para diminuir a
freqüência de um componamento é o uso de
6. Punição pode levar á supressão genera reforçamento diferencial de outro compona
lizada dc resposta. Quando o componamento mento (DRO). Se Mark está viciado na TV e
X è punido, não só ete mas outras respostas Nancy quer faze-lo perder este hábito, cia pod£
semelhantes também sâo suprimidas. Isto é usar DRO. Recompensando Mark por outras
conhecido como supressão generalizada de respostas, mas nâo o reforçando por ver TV,
resposta. Se uma pessoa é castigada- pot ela pode levá-lo para o boliche, para jantar
muitas respostas diferentes, a generalização fora, discoteca, cinema ou visitar amigos à
aumenta ainda mais este número e a pessoa noite. Quanto mais reforçamento positivo
pode mostrar uma supressão generalizada de Nancy fornecer para outras atividades, melhor.
respostas em grande pane de seu repertório de Se d a e Mark têm amigos comuns, o reforça
comportamentos, [fio pcoduz o indivíduo mento soda) extra pode fazer Mark largar a
“inibido”, aquele que tem medo de falar, que televisão por alternativas mais gratificames.
nunca toma a frente, que tente conseqüências O reforçamento diferencial de outro
aversivas por todo lado. Doses pesadas de componamento funciona mdhor quando o
controle negativo sempre fomeccm á pessoa outro componamento é incompatível com o
inibida respostas emocionais excessivamente indesejàvd. Se uma criança é agressiva com os
negativas (item 5 acima) e um rcpenôrio dc companheiros, o DRO trará melhores resulta
respostas de esquiva física ou psicológica dos se se reforçar um comportamento incompa-
(item 4 acima). Casos extremos de supressão tive! do que sc se reforçasse qualquer resposta
generalizada de resposta não são muito nio agressiva Reforçar respostas incompatí
comuns, mas formas mais brandas, tais como veis - tais como ajuda, consideração ou
timidez, o são. Um estudo de secundaristas preocupação com os outros - não só diminuí o
universitários mostrou que mais ou menos nível dc agressão, como dá á criança um novo
quarenta por cento dos alunos rdataram estilo dc rdaçôes interpessoais em que a
sentimento de timidez11 agressão è muito menos provável. Se seu
melhor amigo é muito preocupado, o DRO
ALTERNATIVAS À PUNTCÂO para qualquer componamento que o de não
preocupar-se seria menos eficaz que um DRO
para respostas incompatívds que interferem ou
A punição pode ser brutal e desumana distraem a pessoa da preocupação. Reforça
Pode produzir muitos efeitos colaterais indese mento diferencial para qualquer comporta
jáveis. Há quatro alternativas positivas princi- mento que não a preocupação poderia incluir
reforçamento pela leitura dc jornais, ou por
assistir o noticiário na TV; entretanto, a midia
,0 Ctosler (1971); Tavrise Offir (1977:221). poderia expor a pessoa a noticias de desastres,
" Züntafdoct aL(19?5>; ZúRbank>cRad)(19&l). epidemias, crime ou outras coisas ’ que
Principios do Comportamento na Vida Diária 245
provocam preocupação. Por outro la'do, o DRO Cap. 2)!“ A extinção é sempre mais lenta se o
para respostas incompatíveis deve distrair a comportamento indesejável esteve previamente
pessoa da preocupação reforçando a atenção num esquema de reforçamento parcial (ver
em alternativas positivas, tais como relações Cap. 12). E mais difícil aprender a usar a
sociais gratificantes, atividades com amigos ou extinção porque ela não produz declínio tão
novos e estimulantes passatempos. À medida rápido e imediato da taxa de respostas como o
que a pessoa se envolve em atividades faz a punição. Há vantagens, entretanto, em
recompensadoras, haverá menos tempo para usar a extinção no lugar da punição. Como a
preocupações. extinção não envolve a aplicação de estímulos
aversivos, não condiciona respostas emocionais
O reforçamento diferencial de outro
aversivas e de esquiva. Além disso, não provê
comportamento costuma ter efeitos dura
modelos para c mau trato verbal ou físico de
douros. Uma vez que uma pessoa descobre
outras pessoas.
uma nova fonte de reforçadores, pode nunca
mais voltar a emitir o comportamento Como vimos na Capitulo 7, crianças
problemático. Depcis que alguém aprende a podem aprender uma variedade de comporta
se r b o n d o s o , c o n s c ie n c io so e p re o c u p a d o c o m mentos de “chamar a atenção” Algumas
os outros, as recompensas deste novo estilo de formas destes comportamentos são indese
relações sociais podem ser tão grandes que o jáveis: gritar, fazer birras, começar brigas, ser
indivíduo não volta mais a ser desconsiderado, insolentes, e dai por diante. Se a principal fonte
egoista ou hostil. Uma vez que uma pessoa de reforçamento para o comportamento é a
fica excitada por participar de times de atenção dos adultos, estes podem, com sucesso,
atletismo ou grupos de caridade, haverá pouco acabar com o comportamento parando de dar
tempo ou reforçamento para preocupação; e, atenção. Para fazer a extinção funcionar, é
após dois anos, o ex-preocupado achará difícil importante saber que reforçadores estão
acreditar que houve uma época em que a mantendo a resposta inadequada e ser capaz de
preocupação ocupava todo seu dia. remover uma grande parte deles. Se isto não
for possível, então deverá ser usado outro
Quando for imperativo que o comporta
método além da extinção. Por exemplo, se a
mento problemático nunca seja emitido
novamente, o DRO pode ser combinado com fonte de reforçamento para chamar atenção for
punição breve ou ameaçai» de punição. O ex- a turma de amigos, os adultos não conseguirão
eliminar o comportamento apenas deixando de
alcoólatra pode receber reforçadores para
dar atenção. Persuasão e DRO podem
manter um estimulante emprego novo, que o
ocupa muitas horas por dia e o mantém longe funcionar bem neste caso. -^ ^
dos bares (DRO); mas a ameaça de perder o Há, entretanto, muitas respostas inade-
emprego, se pego bêbado, dá uma motivação quad as na vida quotidiana para as quais a
extra para ficar sóbrio. A pessoa não precisa extinção se ajusta bem. Como os pais provêm a
experimentar o punidor - isto é, ser despedido principal fonte de reforçadores para seus filhos,
- para que a ameaça de punição leve-a a evitar podem freqüentemente acabar com um
a garrafa, e mantenha-a orientada para uma comportamento indesejado através da extinção.
alternativa mais saudável e reforçadora. O filho que acorda os pais e pede um copo
d’água, no meio da noite, deixará de pedí-lo
depois que os pais param de dar reforçamento.
2. Extinção. A freqüência de operantes pode A criança que continua “enchendo a paciência”
ser diminuída pela remoção dos reforçadores da mãe c do pai para ajudá-la a resolver os
que mantêm o comportamento. Embora a problemas do para-casa, ou fazer uma pesquisa,
punição possa produzir resultados instan deixará de fazê-lo se deixar de receber ajuda.
tâneos, a extinção pode requerer dias ou Pode-se combinar eficientemente a extinção
semanas para produzir resultados iguais (ver com qualquer um dos outros métodos desta
P nnopos oo Cofwpottamwt o na Oana 2 46
soçáo. Por exemplo'. enquanto o comporta >. Aprendizagem vicariante. Modelos podem
mento inadequado está sendo extinto, os pais fornecer informações c reforçamento vicariante
podem se esforçar para ensinar, por modela- que diminuem o comportamento indesejável e
çâo, o comportamento adequado de maior aumentam as alternativas desejáveis. Quando
consideração com os outros. um observador vc um modelo se abster de um
Pessoas que se relacionam intimamente componamento inadequado e se engajar numa
muitas vezes controlam muitos dos reforçado* alternativa desejável, pode aprender padrões
res que condicionam ou mantêm o comporta desejáveis sem ter que ser punido.
mento um do outro. Ela costuma gritar com ele Quando um modelo positivo está num
porque gritar ê a única forma dc fazê-lo ouvi* contexto dc SD. onde muitos possam emitir um
ia. isto é, gritar c reforçado pela resposta dele comportamento indesejável, ele pode abster-se
dc ouvir as queixas dela e ceder ãs suas do comportamento inadequado e ajudar os
exigcncias Por outro lado, ele fica amuado observadores a resistir i “tentação"* (controle
quando nio consegue o que quer. O amuo é de S°) de emiti*lo. Os observadores podem
reforçado quando, eventualmente, ela se aprender a se abster e a adotar algumas das
aproxima, diz coisas agradáveis e tema fazer práticas de resistência usadas pek> modelo.
as pazes. Estes, e muitos outros comporta Algumas crianças vêem os pais sc envolverem
mentos que estragam as relações intimas, em discussões acaloradas: entâo vêem um ou
podem ser removidos do repertório de ambos resistir á tentação de agravar a
comportamentos através da extinção. Ele deixa discussão: “N3o podemos brigar assim. Somos
de reforçar seus berros não prestando atenção adultos maduros, temos que nos acalmar e
quajido ela grita. Isto funciona bem, principal adiar uma solução razoável" Este comporta
mente em conjunto com DRO. ele presta mento fornece um modelo excelente de práticas
atenção quando ela nio está gritando. Ela para evitar comportamentos indesejáveis e
deixa dc reforçar seu amuo não lhe dando mudar para alternativas mais positivas. Se a
atençSo quando ele emburra. Pode combinar alternativa tem sucesso e os dois mostram
extinção com DRO, sendo especialmente sinais de estarem felizes com a nova sofução, a
amigável e atenciosa quando ele nâo está esquiva de uma cena aversiva e o reforçamento
emburrado vicariante da solução do problema vão ajudar
As pessoas nâo precisam ser pais ou as crianças a aprenderem como lidar com
discussões acaloradas dc maneira civilizada.
amantes para serem fontes de reforçamento
mútuo. Amigos, colegas de trabalho e Modelos instrutores fornecem mais
conhecidos freqüentemente trocam reforça informação que os modelos peritos e ajudam os
dores. Sempre que pessoas dependem umas observadores a ganhar mais rapidamente
das outras para apòio mútuo, jogos, simpatia, habilidades positivas (Cap. 9) O modelo perito
trabalho de equipe, dependem de reforçadores demonstra dominio perfeito, sem revelar
mútuos; portanto, a remoçáo de reforçadores muitos dos passos necessários para se atingir o
pode diminuir a frequência de comportamen dominio do controle positivo Os modelos
tos indesejáveis via extinçlo. Por exemplo, se instrutores revelam os métodos que aplicam a
alguns operários dependem de brincadeiras cada problema dado. è medida que lutam para
comuns para combater o tédio de um trabalho vencê-lo1* Pais, que já dominam completa
enfadonho, interromper as brincadeiras depois mente o problema de resolver desacordos,
que um deles ofende um colega ajudará a resolvem seus conflitos pouco freqüentes
interromper o comportamento ofensivo12. apenas com algumas palavras. A criança que
observa tem pouca oportunidade dc aprender as
dúzias dc habilidades quc os pais dominam. 4. Persuasão o regras. Uma das maneiras mais
Outro tipo dc pais pode revelar muito mais dc eficazes de diminuir a freqüência de um
seu repertório dc habilidades instrutivas comportamento indesejável é se utilizar a
Depois de ver os pais com raiva, o filho pode persuasão Em vez de se castigar uma pessoa
ouvir um diálogo de auto-insirução para lidar pelo comportamento inadequado, é sempre
com a raiva: '‘Não quero dízer palavras possível ter uma conversa séria sobre os prós e
asperas; quero quc veja quc eu te amo” "Sinto contras do comportamento indesejável e suas
o mesmo. Vamos dialogar”. “Certo, mas alternativas. Esse tipo de conversa seria ensina
primeiro vamos ver se eu entendi suas as pessoas a avaliarem racionalmente os
queixas". A medida que o diálogo continua, o problemas ou perigos do comportamento
filho observa muitas das habilidades especifi inadequado, além das vantagens positivas de
cas que os pais usam para lidar com o alternativas mais aceitáveis. Todo comporta
problema Os modelos instrutores aumentam mento indesejável é “indesejável” porque causa
as chances de que a criança imite suas dano a pessoas, lugares ou coisas Como as
habilidades interpessoais porque lhe passam pessoas aprendem a usar a persuasão para
mais informação Observe que os modelos identificar as conseqüências censuráveis do
instrutores podem ser tão eficientes quanto os componamento problemático, d as aprendem a
modelos peritos na solução de seus problemas evitar tanto o comportamento inadequado
A diferença crucial é que os modelos quanto suas conseqüências aversivas.
instrutores mostram as habilidades que usam A persuasão humanistica e uma das
para evitar o controle aversivo e utilizar o formas mais efetivas dc todos os ntdos de
controle positivo; e verbalizam essas habilida
persuasão possíveis. A persuasão humanistica
des ajudando a explicar o seu componamento. enfatiza a felicidade ou sofrimento humanos
O filho, criado por pais tipo modelo instrutor, produzidos por qualquer tipo de comporta
lem mais probabilidade de aprender habilida
mento, ajudando as pessoas a entenderem
des interpessoais positivas que uma criança
como suas ações afetam a si próprios e aos
educada por pais tipo modelo perito, com as
outros. A persuasão humanistica tem mostrado
mesmas habilidades ser muito superior à punição física na educação
A maioria das pessoas é exposta a um de crianças1*. O que acontece se uma criança
grande número dc modelos, alguns dos quais de S anos está jogando bola dentro de casa e
usam controle aversivo, e outros, positivo. quebra uma estatueta cara? Em vez de espancá-
Qualquer tentativa de aumentar u taxa do la, a mãe pode calmamente sentar-se com a
modelos positivos em relação aos negativos criança e explicar porque aquela p«ça, e outros
pode ajudar a passar adiante habilidades dc semelhantes da casa. são valiosas.
controle positivo. Muitos pais tentam fazê-lo
uSua bisavó deu-me estas estatuetas
evitando brigar na frente dos Olhos (diminuin
anos atrás. antes de falecer. Sua avô costu
do, assim, a exposição dos filhos a modelos
mava colocá-las numa caixa especial na casa
negstivos). Entretanto, pais que são incapazes
dela, em lowa. Nâo podem ser substituídas e
dc resolver seus probtemas de uma forma
não têm preço para num. Espero dá-las a vocé
positiva na (rente dos filhos, tambem
quando crescer. Sinta como á fin a esta
diminuem suas habilidades positivas. Em
porcelana. Aqui, vocé consegue ver a luz
alguns casos, se os pais não são bons modelos
através dela quando a segura contra a Janela.
instrutores positivos, os filhos podem aprender
Você deve ser cuidadoso para não quebrá-las
essas habilidades positivas de outros modelos
porque sào a única ca sa que tenho da vovó
quando crescerem - de vizinhos simpáticos,
Nelly. Eu amava vovó Nelly com o vocé ama
bons professores, amigos e colegas dc quarto
atenciosos, um cônjuge positivo e dai por
diante. 14 Hoffman e Salustein (1967); Hofímao (1970);
ta k e (1972), La Vote (1974).
P r i n c í p i o s do_ç|Q [n c a r l a m e m □ n a V iria E iáru a
iTTiJ [TIW, tf fttv iiúi' fttlttfo 'i'pr \}in f I'/iijffs P e r í u ^ l o Twde ser útil cm q u a lq u er
•JÇSltuidtLS, id ade, m as a í pessoas q u e c re sce ram com 0 uso
Q u a n d o feita g e n tilm e n te e com a m a i, a d a ptrfiu 35ã ç desde a infancia, prov-ivelm cntc a
p e rsu a sã o huftianifiiicu p o d e in v o lv e i unut usarSii m ais e resp o n d erão m ais ra p id am e n te
lo n g a c o n v ersa so b re p esso as, se u s c o m p o rta q u a n d o outros forem u^á-la co m e las n a id a d e
m e n to s e sen tim en to s. A m ãe p o d s c o u ta r adulta. Uni hontem e urna m uífrcr q u e precisam
e stó ria s s o b rt a p reo c u p a ç ão de N eJiy co m re so lv e r u m conflito conjugal le f io m ais
o u tra s p esso as, e seu a m o r por coisas bnnítas, ÇucesíD com 0 uso d e p e ftu a s ã o sc am tios
re sp o n d e n d o seíisitivarncn(ç jtos co m en tário s e foram criado? com p e rsita sio e nãa o am o uso
piFglifitiLS da çriftnça. P-ersuasão hurrçat»ISÉÍca cie castig o fisieo. C om o cad a conjujte c w iv e ís i
p tr m ilç ã c ria n ç a v e r p o rq u e OutraS p esso as a sm o Q L ilrç wfe>fe s íu s p ro b lem as a suas
so trem q u a n d o u m c o m p o rta m e n to ÍEidçíçjivel possív eis w]tiçÚes^ podem u s a r a persiiasáo
ê em itid o , e d á á criança regras p a ra ev itá -lo e para. c ria r um a longa ItSía de tú d as ais vantagens
e v itar a LnteEicidade q u e e le cau sa. aEtitâor par e deivantúi^cns asNoctadas com cada so lu ç io
ftrvnr, ndo hrtnqitc Cvtn coisas aqui otak pv&xi possfvel de seu problem a. EvenCuaE[neittcr
qpsbrwr n tü ix cjltptm a d e sse u p e ç a s rfeiicaí& ui*. certas soluções p a rtC e rio te r m ais vanfagens
m utuam eirte aceitáveis q u e uütras, e am bos
Um pat que usa pcf^uasio fornece um entftfidtfiD as razões p o rq u e d e v e rão sc
modelo de atrtocontrole e preocupação buma* e sfo rç a r paru atingir sg lu ç â c s m_ai? p r e m iíiu r ls
nÍÈiica cm vea de um mpdeto dc agressão para seu p ro b lem a 16. A p ersuasão p o d e ser
verbal ou fisica. fJ qoe ulíliza persuasão esti u sad a em m tiitn j u tttro i COmeaiOS. O cunsclho
ensinando á criança Lima valiosa hal>i] idade d e d ire to re s po d e usar a perçuasão q u a n d o lerttâ
Wfiftffil para ffltttT e pensar a respeito das conse rew dvcr diferenças de o p in ião e d ç tid ir 0
qüências positivas c negafivas do comporta futuro d c sua corporação. O su p erv iso r pnde
mento. Além dis&O, ele dá à criança illfftTtna- u sai' A (KTSuíiSüo quan d o rr*plica ao a tratalJ^j-
ção e r-egrapt yteis que poderão ser ujadaa mais dores a necessidade de seguir os pmccsüOR dc
tarda. Os prós c conl^a ctescriioá peto pai fabricação. Síi n supervisor pode apresentar
servem como CS’a verbais que cliciam justificaiivis pnjittrL'as suficientes para adotar
respostas emocionais condicionada?, cte modo D& ItOVOs prutídinlentui, ns trabalhadores Wi
que a enança se sente positiva a respeito do engajarão na nova atividade por razões
componaírteaito atencioso e se sente ma3 com 0 positivas. Se o& trabaltiadores não puderem ser
comportamento destrutivo13. Finalmente, íl convencidos do %'alor posiltvo das novas
persuasão fomew; princípios yerais - regras práticash podem cojivencer o supervisor ía
amplas, Euiimmisticas, de consideração para necessidade de renegociar is diretrizes com os
com os outros - que ajudam 3. pnoduar um donos da fàbriça. A penuasão lendç a tacititar
comportamento pnõ-sodaj geiieriiJizHdo Em 3 (omada de decisão rj^n^-rátíca c penmittr
vês de ser espancada, porque quebrou uma süIlíçjjíü mais positiva que pndciri ser
pequena estatueta especifica, a criança recebeu 3eJeciü3iada$ enlre ãs alternativas disponíveis.
Liiiiá jjrín<Js lição de apreciação e considera
ção. Mais tarde, se a cfiinça traz para casa
uina bula yti uma rede de caçar bortofetas^ as
regraü generalizadas pata uma contiuta mais
iilentiusã v ã o ajwdá^la a ser mais cuiftzdosa
para nSo danificar as coisas do que üc fosse
meramente espancada por quebrar uma
determinada estatueta.
_________ __________ tf Pameirís conjugas pedem cv'tias tidligír daf
dsnccrasiría om oo mtn» pcrcuadiiKhHS? Diutannicntic
SVálJtrs 4 PtnJ« (Í967Í; Q lc jtk c W âbns Í19TQ). cm t^nes ipujKv -um vet. cJl? (Chíiman, 1979|
Ptincicto* do CQ^ooftivnflm^ cs VSda Oiana
CO NCLUSÃ O
r Kauitoünn (1973).
1' Baer (1974); Waken e Grosec (i9T?y, Ncwsoo « al. (1983).
Pensamento
Self e
Autocontrole
Neste capitulo, vocè vai aprender que jtetmnietito é ion
comportamento; voei descobrirá as origens do pensamento
otimista, do pensamettto pessitnistn, do pensamento raciona!, o
autoconceito, a identiiktãe, as crises de identidade e o
autocontrole.
nào é consciente.' Nossa consciência é ébvto, quo/tdõ v©cc' compreende que pensa em
ocupada principalmente com scnso-percep- Português e ttâo em Russo ou Chinês.
çôcs do ambiente comum, junto com um Durante sua socialização, a comunidade
diálogo intento - ou conversação interna - verbal fornece modelos da linguagem portu
quc sustentamos conosco mesmos, dentro dc guesa. Você o u w as regras do Português:
nossas cabeças. As senso-perccpções nos sào “Não inicie fra ses com prottome oblíquo * O
dadas através dos cinco sentidos externos e reforçamento diferencialfo i dado para o uso
dos scnso-reccptorcs internos A percepção correto dc fra ses em Português e para
não é passiva. As pessoas muitas vezes construções verbais que fossem compreen
aprendera padrões de comportamento*de síveis para outros falantes de Português.
percepção seletiva que enviezam suas Através desse processo. "ücê /tão apenas
percepções, dirigindo a atenção para -certos aprendeu a fa la r Português mas também a
estimulos e desviando-a dc outros. O diálogo pensar ■ a sustentar uma fa la sub-vocal - em
interno que acompanha essas percepçòes Português.
«m sisie de uma conversação continua que Os conteúdos dos pensamentos de uma
"ouvimos”’ dentro dc nossas cabeças, depois pessoa são também um ganho da sociedade
que começamos a aprender a linguagem, na em quc ela vive. NSo nos preocupamos com a
infância O pensamento é algumas vezes invasão dos holandeses no nordeste do Brasil,
chamado de fa la sub-vocal, porque a cofreme como o fizeram os brasileiros á época.11
de palavras que "ouvimos" durante o Nossos pensamentos são preenchidos com as
pensamento é semelhante às palavras faladas, questões do momento histórico atual, sejam as
exccto que está abaixo da nivel da laia - questões do poder nuclear, o tipo dc carro que
portanto "sub-vocal’” . compramos, o programa de TV desta noite ou
O diálogo interno dc nossos pensamen as oportunidades atuais dc trabalho. Muito do
tos nos é dado pela sociedade, pela comunida conteúdo do nosso pensamento depende da
de verbal, que fala conosco, nos pede para sub-cultura em que vivemos. O entusiasta dc
descrever nosso comportamento, e reforça motos aprendeu como falar sobre os maquiná-
respostas verbais autodcscrittvas. Como rios de motos, sobre o desempenho dc diferen
George Hebert M ead enfatizou, a mente e a tes motos e as. vantagens dc vários equipa
consciência do " s e lf têm suas origens na mentos. O artista pode falar uma linguagem
interação social simbólica.* Isso se torna mais nviito diferente, expressando interesse pela
última exposição no museu, pelas tendências
da arte modem a c pelas galerias onde seu
4 Skinner (1969: 246) enfatiza que "todo próprio trabal ho poderá ter uma boa
comportamento é bag eomente inconsciente’', a menos exposição. Os anotoqueiros e o artista vivem
qoe “ptábcu bem estabelecidas de autodcscnçüo
je rtra ooraoéacia" F s a o bchavionsia, o incutucicnie cm diferentes sub-culluras, recebem imputs
c bastante beacvokrnic comparado com o modelo verbais diferentes, e aprendem a pensar sobre
Fratiiaoo dc inconsciente. O b d a v ic r ê u ndo supóc coisas diferentes.
quc o ioconsciciuc seja prcctichido com desejos
egotsas ou impulsos sensuais, coroo o fez Freud
(M addl I9S0X
* M o d foi a origem do behavxxis.no soctaL Mcad (Mead, 1934: 191). "Devemos ver a mente. então,
<1934: 8. 10. iOI. 416) rejeitou o potuo de vtsw de como algo quc surge c se desenvolve dentro do
Waisoa de que o bchavtorismo ndo tteveria Ikfex corn processo social, dentro da matriz empírica de tm c o tto
pensamentos e estabeleceu tu a programa para sociais" (Mead. I W : 131).
rcladore» pensamentos (e seU) a suas origens sociais.
"O quc a i quero enfatizar. particuLirmane. c a pri* * N.T. - Mo inglês, uma regra « n a : “nâo use
tu a ó n c u temporal e lógica do processo social cm negativas duplas".
rctaçâo á autoconsctcnda individual quc sutrc nele” * N.T. - O lexio original sc refere à caçaâsbnras*
(Mead. 1934: 186). “O conteúdo colocado na naente t cm Salem. Massachusetts. cm 1961
apenas desenvolvimento c produto cia m e n ç ã o social-
Princtftot do Comportamento na vtda D im 2S2
podem lomar^se mais freqüentes. Mais tarde. escolliidas. reforçarão tanto o uso de regras
você pode compartilhar suas novas idéias com quanto suas Iwbilidades de ensaio sub-vocal.
alguma outra pessoa quc passou um ano no
Pcacc Corps, na África Centrai. Mas. o que
aconteceria se essa pessoa tivesse sofrido Dicas Verbais. Os pensamentos são
injustiças incríveis, contraído uma doença algumas vezes influenciados por pistas
grave c achado inútil o trabalho? Cada verbais. Pistas verbais são mais frequente
pensamento entusiástico que vocé expõe tem mente usadas quando uma p«ssoa não
probabilidade de scr seguido por uma consegue pensar a palavra ou frase adequada e
refutação pessimista, baseada nas experiências uma segunda pessoa "completa” ou sugere a
negativas da pessoa. O pessimista está. palavra ou frase necessária.
simultaneamente, punindo seus pensamentos
idealistas e estabelecendo, por imitação. um
novo conjunto de pensamentos mais Reforçamento e Pnnição. Os pensa
desanimadores sobre o trabalho do Peace mentos podem scr modificados por qualquer
Corps Se você gosta da pessoa, essa nova tipo de reforçamento ou puniçio, envolvendo
descrição do trabalho do Peace Corps sera ou estimulos incondicionados ou condiciona
mais fortemente reforçada por reforçamento dos. Um pensamento pode ser modificado por
vicariante do que sc você não gostar dela. reforçadores ou punidores incondicionados,
quando o pensamento conduz a ações que
produzem reforçamento ou puniçio. A ideia
Regras. As regras afetam a aquisição c dc estourar algumas pipocas pode começar
manutenção de coverants Se você ouviu, uma cadeia de respostas que termina com uma
muitas vezes, as pessoas dizerem: "Nunca deliciosa refeição e com o reforçador
acredite nos politicos, seja sempre crítico em incondicionado de alimento. Pensar num
relação ao que des dizem", as regras podem modo de não deixar a casa perder seu calor
influenciar seu diálogo interno. Depois de numa ventosa noite, de inverno é
ouvir um discurso politico, cheio de negativamente reforçado pela evitaçlo do
promessas dc campanha, vocé pode lembrar* estar frio demais. Por outro lado. pensamentos
se da regra e começar a criticar as promessas que conduzem a punidores externos podem
do politico. As promessas de campanha scr suprimidos por punidores incondiciona
servem como S°’s para lembrar-se da regra, e dos. A criança que pensa quc abelhas são
a regra serve como SD para aplicar suas pequenas criaturas lindas e estende o braço
habilidades criticas. Quando vocc esti numa’ para pegar u ia ^ . usu&lmante leva uma
festa de cerimônia, pode kmbrar-se de uma ferroada. Uma vez que conduz a punidores
regra de etiqueta. que estabelece que'se’deve' - externos, a ideia de tocar abelhas se tomará
agradecer atenciosamente ao anfitrião e á menos freqüente. Da mesma maneira, pensa
anfitriã, antes dc sair. A regra ent&o serve mentos sobre diversas atividades não
como um SD para ensaiar reservadamente - treinadas se tomam menos comuns se as
como uma fala sub-vocal - diversas coisas atividades se mostram aversivas. A literatura
que poderia dizer. O ensaio lhe dá prática em erótica pode sugerir que certas praticas
formular seus comentários delicadamente e sexuais csotcricas sejam engraçadas, e uma
lhe permite identificar as frases que soam pessoa pode fantasiar a respeito de
mais positivas4. Depois de aproximar-se do experimentá-las. Entretanto, depois de realizá-
anfitrião e da anfitriã e de agradecer-lhes os las dc fato, a pessoa descobre que algumas
bons efeitos das palavras cuidadosamente são dolorosas, e é provável que pare de
fantasiar a respeito de realizar essas atividades
aversivas.
* Rosenthal ç Z i m m o m a n <197?: 260Í).
Ponciiyot flo Corroonamento na Vida [Xàna 2S4
Pensamentos que são associados com Pensamentos que são associados com
evetuas reforçadores podem tornar-se CS's pumçõo podem tornar-se C S's que funcionam
que funcionam como reforçadores postnvos como pmudores condicionados e eliciam
condicionados c eiictam respostas emoctonass resjx>stas emocionais aversivas1-. Os pensa*
de prazer. A medida que crianças pequenas memos aversivos muitas vezes suprimem a
aprendem quc aniversários são associados frequência de cadeias de pensamentos quc
com festas c presentes, o simples fato de conduzem a eles. Muitas pessoas acham
pensarem que está chegando o aniversário, aversivo pensar sobre sua própria morte e,
iogo se toma um CS que elicia sentimentos depois de algum tempo, param de pensar
agradáveis c retorça pensamentos freqüentes nisso. Alguns alunos detestam fazer provas.
sobre festas. Quanto mais sc aproxima o Eles detestam pensar sobre os exames finais e
grande dia. mais a criança pensa sobre todos o tanto que terão que estudar para fazê-los.
os sorvetes, bolo e presentes, uma vez que o Mesmo sabendo que faltam poucas semanas
simples fato de pensar essas coisas gera os para os exames, eles evitam pensar sobre eles,
CS's cognitivos agradáveis que reforçam o porque os pensamentos são aversivos. Alguns
pensar continuamente sobre o aniversário. alunos não conseguem pensar seriamente no
Adolescentes que gostam de pensar sobre estudo, ate quc os medos de fracasso no curso
lugares distantes podem achar que seus reforcem negativamente seu pensamento de se
devaneios sobre viagens são mais longos e preparar para os exames finais.
mais freqüentes do que devaneios sobre outras
atividades menos reforçadores. Os adultos, t .Ct-' . .
muitas vezes, verificam que seus pensamentos Preocupação e A utoator».^ fação. -r-Se
se voltam frequentemente para a nova mobilia pensamentos e preocupações ’ sobre idéias
ou o novo carro que estão planejando aversivas são CS’s que ftjvSonam como
comprar, para as lembranças do grande punidores condicionados, por.que algumas
torneio de boliche quc ganharam ou para pessoas acabam se preocupando o tempo
outros eventos positivos. Pensar coisas todo? Por que será que elas não conseguem
otimistas ou devanear sobre possibilidades parar de pensar sobre os problemas, mágoas,
futuras maravilhosas sào reforçados pck» tormentos, remorsos incertezas e medos, que
estimulos positivos que produzem. Uma funcionam todos como CS's aversivos? üá
pessoa pode tambem receber reforçamento .. numerosos padrôcs de contljçjonamcnto que
social por pensamentos positivos, uma vez j/J'J reforçam o preocupar-sfr■trU^£-fortememe:,do,
que os outros usualmente acham reforçadora a quedos CS‘s dos pensamentos:, negativos'
interação com individuos alegres e otimistas. •^'conseguem punir é suprimir opreocupar-se1*."
Se os pensamentos otimistas são Primeiro, pessoas que sc preocupam,
reforçadores. por que será que aquela pessoa muitas vezes recebem a simpatia dos outros, e
não pensa coisas positivas o tempo todo? Se esse reforçamento social pode condicionar o
uma pessoa frequentemente cem experimen preocupar-se com uma alia freqüência.
tado desapontamento, fracasso ou punição Pessoas que se criticam a si próprias, cm seus
depois de planejar otimisticamente os eventos pensamentos e palavras, muitas vezes
futuros, a punição pode suprimir o pensamen verificam que outras pessoas respondem
to otimista. Alem disso, a preocupação pode enumerando todos os seus pontos positivos.
servir como uma resposta competitiva que
diminui o otimismo (ver a seguir)
** MUfcr (1951); Barber c Hahn (1964*
11 Bandura (1971,1977). — -*•
Princípios do Comportamento na Vida Diária 256
Se uma pessoa não aprendeu muitas outras estimuteção sensonal. Se uma pessoa começa
respostas que lhe tragam reforçamento social, a se preocupar pelo fato de ser tímida òu não-
a atenção dada à preocupação e à autocrítica atraente, podem seguir-se dezenas de novas
3ode condicionar esses coverants em alta preocupações: “Será que algum dia
freqüência de respostas, mesmo sendo esses encontrarei alguém que me ame?” "Será que
pensamentos CS’s que eiiciam emoções me casarei?” “Será que ficarei sozinha toda a
aversivas. minha vida?”. Quanto mais problemas novos
Segundo, a preocupação é muitas vezes com que se preocupar a pessoa descobre, mais
negativamente reforçada pela fuga ou evitação reforçamento por estimulação sensorial existe
de problemas maiores. A pessoa que se para o preocupar-se. Algumas pessoas que se
preocupa em passar num curso pode planejar preocupam muito são especialmente habili
suas atividades seguintes, estudar muito e dosas em localizar problemas com que se
eventualmente ser reforçada por uma nota preocupar; e quanto mais coisas com que se
boa. A pessoa que se preocupa com os planos preocupar elas conseguem encontrar, maior o
para as férias, com meses de antecedência, reforçamento por estimulação sensorial que
elas recebem para sua habilidade de encontrar
pode ser bem sucedida conseguindo ter tudo
aríanjado, de modo que as férias corram bem. problemas. Mesmo quando as coisas estão
Assim, a preocupação pode ser um tipo de indo bem, elas focalizam todas as coisas que
comportamento de solução de problema e poderiam ir mal e descobrem - ou inventam -
numerosos problemas que nunca teriam
pode ser negativamente reforçada porque
ocorrido para outras pessoas.
permite que as pessoas evitem viários
problemas. Entretanto, enquanto as pessoas
estão pensando sobre possíveis problemas P ensam entos C ondicionam P ensam entos
futuros, elas podem estar se expondo a
numerosas questões inquietantes que sâo CS’s Através do condicionamento Paviovia
cognitivos para sentimentos aversivos. no, os CS’s de uma sucessão de pensamentos
Terceiro, logo nos primeiros anos de podem condicionar outros pensamentos. Se
vida, uma criança pode aprender a ser um conjunto de pensamentos funciona como
autocrítica e autopunitiva, porque seu compor um CS para sentimentos agradáveis, outros
tamento muitas vezes reduz a probabilidade pensamentos que são emparelhados com o
de que outras pessoas a punam. Por exemplo, conjunto de pensamentos positivos também se
e menos provável que os pais punam a tornarão CS's para sentimentos agradáveis.
transgressão.dc seu filho se o pequeno Freddie . J*. Quando você fica amando alguém, muitas
'está se culpando rã si rhesmo por quebrar o vézes verifica qúe as coisas de que aquela
vaso, criticando sua própria falta de jeito, e pessoa gosta também se. tomam mais atraentes
dizendo quão mal se sente, do que se Freddie para você. Se a pessoa que você ama é um
não tivesse apresentado autopunição. Assim, a velejador fanático, você pode surpreender-se -
criança aprende a escapar da punição social, pela primeira vez em sua vida - imaginando-
punindo-se antes. Uma vez que os comporta se velejar no Caribe. Cada vez que as
mentos de fuga e de esquiva podem ser muito fantasias sobre o velejar são emparelhadas
persistentes, a pessoa pode engajar-se em com os pensamentos positivos de estar
pensamentos autopunitivos, por muito tempo compartilhando a experiência com seu
depois de uma oportunidade de punição namorado, os pensamentos sobre o velejar
social.
Quarto, uma vez que qualquer dos três
padrões de reforçamento acima fazem com 14 Osgood e Tannenbaum (1955); Staats (1968,
que uma pessoa comece a se preocupar, as 1975); Mahoncy (1974); Bandura (1977); Schwartz
preocupações podem ser ainda reforçadas port _ r (1984).-^_>-.~
PimctMQ» CO Coo^gctameftg na VMa Qàra
.or do cabelo. a rod pa, o assumo da conversa, freqüência este ftadráo, em resposta ao fluxo
3 .sala onde você o encontrou Mais tarde, constante dc S1's na colagem de estimulos
quando vocé terna pensar no nome, vocc pude e.Memos e internos. As vezes, o curso da
ter de reconstruir diversos elementos da consciência é altamente organizado c racional,
colagem de estimulos antes de estarem mas frequentemente nâo o é. A maiona dos
presentes S^'s suficientes para trazer de voita padrões de pensamento contem seqüências
o nome As pessoas muitas vezes “procuram racionais e saltos para idéias apenas parcial
em suas memórias", apresentando uma varie* mente relevantes ou irrelevantes. Embora
dade de Sü*s que poderiam trazer à tona o muitas pessoas comparem o pensamento
pensamento desejado. Ao tentar lembrar-se-do humano às operações lógicas de computado
nome dc alguem. você poderia perguntar a si res. a analogia do computador - que enfatiza o
mesmo uma série de questões “Quem mc processamento dc dados racionalmente
apresentou a ela?” “Onde nos encontramos?” programados c o arma/enamento de informa
“Em que ela estava interessada?” Pode ser que ções - sugere que a atividade mental humana
uma dessas quesiões gerais sirva como um S° c mais racional c mecanizada do que na
que traga á tona pensamentos suficientes realidade e,#. É mais acenado retratar o
sobre a pessoa e a situação para servirem pensamento humano cm termos de um curso
como SD,s para o nome da pessoa. Uma outra da consciência, com sua mistura dc conexões
estratégia é dizer lentamente as letras do lógicas e casuais
alfabeto - "A... B... C... D...” - tentando O curso da consciência è, na realidade,
começar diversos nomes com cada letra: uma longa cadeia de percepções e pensa
"Card. Cathy. Diane, Dorís...” Essa revisão mentos. Percepções da chegada dos estimulos
sistematica de Sn's relevantes é, muitas vezes, por todos os órgSos sensitivos externos e
util para trazer à tona o nome certo' "Donna’'
internos servem como.SD’s para os pensa
Recursos mncmònicos nos ajudam a lembrar mentos. Estes pensamentos, em troca, podem
palavras, fornecendo as primeiras letras ou funcionar como Su‘s para mais pensamentos
frases das palavras corretas. Roy G. Biv nâo é ou comportamento aberto
uma pessoa, mas um recurso mnemònico que
pode ajudar-nos a lembrar as cores do Às vezes, o curso dos pensamentos flui
espectro, na ordem correta: red, orange, num padrão altamente sistemático c racional,
yellow, green, blue, indigo, violet mas nio tem que ser assim. Os seres humanos
não são de natureza racional Cadeias racio
OCURSO DA CONSCIÊNCIA nais dc pensamentos normalmente ocorrem
quando uma de duas condições prevalece: (l)
quando Sp,s de percepçõtís sensitivas
0 peasamcmo tem sido descrito como o aparecem em uma ordem racional - por
curso da consciência - um fluxo constante de exemplo, ouvindo alguém desenvolver um
imagens, idéias, flashbacks, fantasias e outros argumento lógico e claro - o curso da
pensamentos O curso de idéias nâo segue consciência é racional; (2) quando a pessoa
necessariamente uma ordem ou padrão aprende habilidades para organizar, de
racional, embora possa. Muitas das novelas c maneira racional, um material complexo e
filmes que são feitos no estilo “curso da confuso, o curso da consciência é racional,
consciência" permitem que cenas sejam encai- mesmo quando os S°‘s observados não estão
\adas, como se fossem associações livres. em ordem lógica. Como nossos ambientes,
Partes do passado do personagem principal e frequentemente, contêm uma misturai de S°‘s
sua vida presente sio colocados juntos como múltiplos que não sc encaixam nos padrões
se a pessoa vivesse um presente complexo c lógicos e simples, e como e quase impossível
frequentemente, voltasse ãs memórias
passadas. O pensamento humano segue com
“ SUoncr (1974:110).
PnncTKw do Comportamento r<a Vida DiAtia 260
aprender habilidades racionais suficicmcs para pensar clara é racionalmente quando realiza a
dar sentido a todas as complexidades da vida. longa série de passos precisos, necessários
poucas pessoas possuem um curso de numa cirurgia complexa. Pensamentos c ações
consciência que seja complemente racional mal feitos podem levar a conseqüências faiais.
Todo mundo aprende algumas habilida Para dominar os passos precisos e racional
des para o pensamento racional e lógico, mas mente ordenados para realizar a cirurgia,
são necessárias condições especiais para levam-se anos de aprendizagem através de
aprender a usar lógica sistemática e frequente modelos, regras, facilitadores (prompts) c
mente. numa grande variedade de circunstan reforçamento diferencial Mesmo depois quc o
cias. Pessoas que tiveram um contato amplo cirurgião adquiriu as habilidades necessárias,
com modelos, normas c facilitadores a demanda continua da tarefa prove
(prompts) para o pensamento racional têm reforçamento diferencial para manter padiòes
uma boa chance de adquirir estas habilidades precisos de pensamento e açào. Entretanto, as
cognitivas No entanto, a frequência com quc habilidades racionais cognitivas podem nSo se
Niiirzam habilidades racionais depende dc generalizar para todos os contextos de SD‘s.
Muiios cirurgiões parecem distraídos, disper
reforçamento Reforçamento social da parte
dos pais, professores, amigos, colegas e sos c pouca racionais quando estão no
colaboradores podem ajudar a pessoa a consultório ■ onde funcionários lidam com
consultas, arquivos, faturamentos e problemas
aprender a usar o pensamento e a palavra
lógica e racionalmente O reforçamento do dia-a-dia. Pelo fato do comportamento do
vicariante por ver modelos respeitáveis cirurgião não estar sob estritas contingências
demonstrando o poder e a elegância da fala e dc reforçamento no consultório - onde outras
do pensamento racional também aumenta as pessoas são as responsáveis - o compor
chances do observador utilizar um comporta tamento cognitivo pode flutuar e tomar-se
mento semelhante. Uma vez quc a pessoa consideravelmente superficial naquele
contexto. Mesmo pessoas mundialmente
aplica o raciocínio cm problemas diários, o
famosas por suas contribuições inteligentes e
pensamento radonal fica sob o efeito dc
reforçamento diferencial automático, a habili racionais na arte, literatura, política ou
dade de raciocinar é reforçada (porque da ciência, tem. muitas vezes, pensamentos
resolve problemas), mas o raciocínio mal feito consideravelmente irracionais sobre tópicos
nio é reforçado. Uma vez que o reforçamento fora de sua área de atuação.
natural da solução efetiva de problemas toma* Embora muitas tarefas requeiram
se bastante freqüente, o reforçamento social pensamento lógico, racional e ação para
dos pais. professores e outras fomes podem alcançar sucesso, nem todos o fazem H á
ser gradualmente retirados e a pessoa muitas circunstâncias em quc o raciocínio é
conrinuará a usar as habilidades para o desnecessário. Por isso. padrões de pensa
pensamento raciona] mento que não são racionais não são necessa
A racionalidade não è um traço de riamente errados ou sem valor. Como temos
personalidade ou uma habilidade global que no Capitulo i l sobre regras, pessoas que
automaticamente se generaliza para ser aprendem um comportamento sem o uso de
regras podem executá-lo bem mas serem
aplicada a todos os aspectos da vida''. Quase
sempre, pessoas que parecem altamente incapazes de verbalizar racionalmente sobre
racionais e lógicas quando lidam com algumas seu comportamento Elas têm um ‘'senti
mento" de como realizar o comportamento,
coisas podem não aplicar a lógica e o
mas nào possuem regras verbais racionais
racíocinio quando lidam com outras arcas de
suas vidas. Por exemplo, um cirurgião pode para explicar as etapas para sua execução.
Embora tenham conhecimento tácito ou
''intuitivo*', elas podem não estar aptas a
M»sehd<1968.1981). pensar ou verbalizar a respeito do comporta-
261
menio de uina forma* racionai Assim sendo, pensamento rácfona/1'' Primeiro, embora seja
pensamentos racionais e palavras não são possivel determinar se o pensamento intuitivo
essenciais para a execução de muitos é correto ou útil, c difícil avaliar porque, uma
comportamcntos habilidosos c litds vez que suas causas não podem ser facilmente
avaliadas e identificadas. Portanto, mesmo se
Quando uma pessoa com conhecimento
um pensamento intuitivo pareça estar cerro em
úcito tem uma idéia, ou pensa na solução de
uma situação, é difícil prever se ele será
■um problema sem a ajuda de séries racionais
verdadeiro ou não em outras situações.
dc etapas mentais, o pensamento pode ser
■descrito como uma “intuição". Uma vez que a Segundo, se um irvdividuo (em frequentemente
pessoa não pode identificar dc onde veio o pensamentos intuitivos muito bons. é difícil
pensamento ou que S°‘s o dispararam, o para outras pessoas aprenderem como pensar
dc maneira semelhante, já que o pensador
pensamento intuitivo pode parecer mais
intuitivo não pode verbalizar facilmente
misterioso do que o pensamento racional que
foi desenvolvido num nivel verbal consciente qualquer das etapas mentais necessárias para
a traves de uma serie de etapas lógicas, que o outro chegue a pensamentos intuitivos
igualmente acurados. O pensamento racional
altamente ordenadas. Se problema» de
nào sofre essa limitação. Primeiro, porque
educação de criança ou conserto de uma
como a lógica por trás do pensamento racional
máquina leva uma pessoa a “chccar duas
ê facilmente colocada em palavras, é possivel
vezes" mesmo quando - ou principalmente
pant ou iras pessoas checar a lógica, testar as
quando - alguma coisa parece ter ido bem na
primeira tentativa, a pessoa pode ter suposições cruciais contra os fatos, e corrigir
quaisquer erros ou preconceitos que existam.
aprendido um pensamento intuitivo que não
Este tipo dc avaliação critica não só leva o
parece racionalmente defensivel. “As coisas
pensamento racional a ser aperfeiçoado, mas
aconteceram sem dificuldade. Achei melhor
checar duas vezes porque alguma coisa com também auxilia no acesso a uma serie dc
situações nas quais as idéias são úteis.
certeza estava errada”. Os SD,s de estar dando
certo conduzem ao pensamento dc checar Segundo, as habilidades para um pensamento
racional correto podem ser passadas para os
duas vezes. Se a pessoa não consegue lembrar
outros, de tal forma que muitas pessoas
as primeiras ocasiões nas quais aprendeu a ter
podem aprender a se beneficiar deste tipo de
esse pensamento, o pensamento intuitivo pode
parecer especialmente misterioso, talvez pensamento. A partir do momento que as
sugerindo ESP (Percepção Extra Sensorial) ou etapas do pensamento racional são facilmente
uma premonição. Se checar duas vezes revela compartilhadas com outras pessoas através da
modelaçào, regras c facilitadores (prompts)
de fa to um problema, a crença da pessoa em
ESP ou em premonições pode ser reforçada. verbais. Além disso, habilidades racionais
Os pensamentos intuitivos parecem muitas podem ser aperfeiçoadas pelo reforçamento
diferencial e modelagem, à medida que um
vezes serem irracionais, e é difícil defender-se
quando desafiado por alguém que pretende feedback positivo e negativo pode ser dado
para o raciocínio correto versus incorreto, ã
ver lógica por detrás deles. Entretanto, eles
recompensam o bastante para reforçar o seu medida que a pessoa pratica o pensamento e
uso continuado, mesmo se são criticados por faia racionais.
serem irracionais
Naturalmente, nem todo pensamento
■nacional, intuitivo, é correto, mas tão pouco
ü é todo pensamento racional. O pensamento
racional e o intuitivo podem ser ou certos ou
errados. Contudo, o pensamento tntm tivo tem 11 Este argumento asscrocDu-M i anâüsc dc Skinncr
{1969 - 167) sobre a t vantagens do conhecimento
várias limitações não encontradas no explícito sobre o conhecimento tácito.
Prrnd «o» do Comoonamwito ra Vlfla Ddna 262
CQNSEQUÊNOAS
Com portam ento 2 (-) <+> (-) t+) <+> (+> <+> <+)
Com portam ento 4 (-) <+> <+> <+> <-> <+> <-> (-) (-)
de cada escolha (os sinais + c - na figura), os escolher em primeiro lugar, o estudante pode
pensamentos positivos c negativos seryirâo escolher o trabalho que é mais divenido.
como reforçadores e punidores condicionados Entretanto, depois de utilizar procedimentos
que poderão modificar e modelar a racionais, ele poderia decidir que seria
preferência da pessoa por cada comporta realmente mais inteligente escolher um
mento até que uma preferência estável seja trabalho que oferecesse uma valiosa experiên
encontrada Depois de uma avaliação cia profissional.
cuidadosa, ela poderá decidir que o comporta Quando as pessoas avaliam os prós e
mento 2 foi a melhor escolha (com o compor* contras de todas suas alternativas, elas estão
tamento 3 sendo o próximo melhor), uma vez realmente aprendendo as razões pelas quais
que d e foi associado com as melhores elas precisam selecionar ou rejeitar cada
conseqüências. opção. Conhecer as razões, porque cada
Quanto mais corretamente as pessoas alternativa è boa ou ruim, ê útii qwutdo
identificam todas as conseqüências importan conduz para escolhas que envolvem a perda
tes a curto e longo prazo de cada alternativa, da gratificação imediata na busca de uma
mais provavelmente elas estarão aptas a recompensa melhor, mas m ais distante. Se um
selecionar a alternativa que terá as conseqüên estudante de direito decidiu aceitar um
cias mais recompensadoras. Quando as trabalho de verão executando um trabalho na
pessoas não usam o processo de dedsâo biblioteca de uma firma dc advocacia, ao
racionai, elas com freqüência focalizam as invés de aceitar um emprego divenido. pode
conseqüências imediatas das alternativas mais haver momentos em que a tarefa da biblioteca
evidentes isto nio só reduz sua amplitude de pareça entediante ou enfadonha. Ao invés dé
escolhas, que passa a incluir apenas opções se sentir mal pesquisando livros de direito, ele
obvias, mas também influencia sua seleção pode rever mentalmente as razões por ter feito
cm favor de uma gratificação imediata em tal escolha: as recompensas a longo prazo por
lugar dc um planejamento a longo prazo que ter adquirido experiência em advocacia
inclui reforçamemo atrasado. A escolha justificam alguns sacrifícios das recompensas
racional evita estes dois problemas por imediatas. Estes pensamentos racionais nio só
considerar todas as alternativas razoáveis e ajudam a combater a experiência aversiva de
focalizar-sc em conseqüências tanto a curto executar uma tarefa difícil, como também
como a longo prazos Quando solicitado a orientam o estudante no sentido de cxecutar
selecionar rapidamente qual trabalho de verâo
Pmclpaot do C o fc a n a m fto na V<da Oi&na 264
um bom trabalho' nó presente com vistas a limitadas por dois ou très trabalhos, menos
atingir um objetivo futuro compensador. provavelmente tomará uma decisão menos
Quando tomam decisões complexas ou inteligente do que um estudante que
experimenta vários trabalhos diferentes, que
momentâneas, as pessoas podem passar dias.
semanas e meses pesando os pros e conrras de conversa com várias pessoas a respeito dos
todas as alternativas possiveis, imaginando prós e comras de suas escolhas profissionais e
como seria executar cada uma No caso dc se mantém bem informado sobre os
possibilidades futuras dos diferentes campos
dectsõcs complexas ou importantes, é neces
sário autodisciplina para trabalhar uma avalia de trabalho
ção! cuidadosa e sera preconceitos, dc todas as
alternativas, algumas pessoas acham a auto
Terapia raçiooal. Quando as pessoas
disciplina tão trabalhosa c desagradável que
não tèm habilidade dc raciocinio adequada,
abandonam o processo de avaliação racional muitas vezes fracassam cm lidar com os
muito rapidamente c falham por nio tomar
problemas do dia-a-dia que poderiam ser
uma decisão bem pensada com base numa resolvidos peto raciocínio. Na falta de uma
avaliação cuidadosa de todos os dados. No
visão racional de sua situação, elas podem
entanto, algumas pessoas aprendem a aborrecer-se com pensamentos e medos
desfrutar do processo mental de trabalhar uma irracionais que ampliam seus problemas em
decisão complexa e ver emergir uma escolha vez dc resolvê-los Por exemplo, algumas
pensada sc o pensamento racional já pessoas .Oo preocupadas com medos
conduziu a resultados recompensadores, no irracionais de sujeira, germes e doenças
passado*'. enquanto seu casamcnto e relações familiares
Os métodos de decisão racional não estão fracassando devido ao fato dc nlo
garantem que as pessoas farão sempre as desempenharem um papel responsável na
melhores escolhas. 0 método é baseado numa tentativa de resolver os problemas fami liares.
avaliaçio cuidadosa das conseqüências e Terapeutas comporramentais tem
alternativas conhecidas. Quando pouco se desenvolvido técnicas para ajudar as pessoas a
sabe a respeito de todas as alternativas, os lidar com seus problemas mais racionalmente
métodos racionais podem não conduzir à ensinando-as a se engajar em diálogos
melhor escolha (embora nenhum outro internos sistemáticos e lógicos quando se
método possa garantir melhor decisão).
confrontarem com situações
Quando as pessoas têm um conhecimento difíceis25 Primeiro, o terapeuta provè um
limitãdo das alternativas que podem ter em modelo para um pensamento e fala racionais
quaJquer momento, precisam buscar “Quando as coisas parecem não estarem indo
informações de outras pessoas, jornais, bem, digo para mim mesmo OK Qual è o
revistas ou livros - ou obtê-los através de meu problema? Quais são as soluções
experiência pessoal Naturalmente, quanto possiveis? Quais são as conseqüências de cada
mais completa e precisa é a informação, mais solução possivel? Qual é a melhor sotuçâo?
provavelmente a pessoa chegará a uma boa Que passos poderia planejar para seguir?
escolha Um estudante que baseia a escolha de Quem eu poderia solicitar para ajudar-me em
seu trabalho ou profissão em informações meus planos7* O terapeuta pode passar horas
conversando com uma pessoa, praticando
esses passos racionais gerais para as
n KaoJniann (1973) questiona, a partir de uma
perspectiva lilcsóffca que. embora as deasões aois
importantes na vxta tendam a scr t5o complexas, que " Ellis (1962); Mahooev (1974); Ooldíricd ei a».
m uios ix&soas temem âjvxknir-sc delas, o raoodnlo t (1974); Mcicbcnbauin <1976, 1977); Rosctutal c
o melhor instnnocnlo que lemot para chegar a «kasóes Zimmerman (1978): Kcndill c Holton (1979), W ason
inteligentes. e Tharp(1981); Martin e Pear (1983).
PUftdoictt do Coroortameoto na Vkia Dtáfla____ 26$
RESPOSTAS SIGNIFICATIVAS
REFERENTES
Siys-> 1. Operantes verbais
Eventos, lugares, pessoas, tomam-se S^s*** 2. Operantes não verbais
compottamentos.
CS's-* 3 Respostas emocionais
sentimentos
condicionadas
pode repetir a palavra- "mamãe'' da última 'A medula, quc as pessoas af>rendem a
sentença dita por sua mãe (pois dizer mamãe i responder aos referentes dc um conceito com
um comportamento de alta probabilidade no respostas apropriadas dos très tipos wrbal.
repertório verbal da criança). A tnáe pode não verbal e emocional será m uito mais
abraçar a criança (reforçando a resposta da provável que um observador conclua que a
criança) e novamente fazer a primeira pessoa aprendeu o "verdadeiro" significado
pergunta “A quem você ama?" As chances do conceito. Se uma criança somente dá a
são de quc a criança dirá novamente resposta verbal. “Eu te amo*', mas nio mostra
“mamâe”. Tanto a mãe quanto o pai podem comportamento afetivo e respostas emocio
brincar com este jogo verbal com a pequena nais afetivas, o observador julgará que a
Jane numa variedade de contextos, até quc a criança ainda nâo aprendeu o significado
criança tenha aprendido a dizer "mamãe" ou “mais profundo" da palavra, mesmo quc a
“papai'’ É verdade que a criança não tem um criança a use somente no contexto de SD
entendimento muito profundo do conceito de correto. Quando uma pessoa aprende
amor, mas o processo de aprendizagem está respostas apropriadas de todos os três tipos -
começando. Mais tarde. quando o pai aperta a verbal, nio verbal e emocional - é provável
criança em sais braços, ete pode dizer “Eu te que o observador chegue a inferir um nivel
amo, Jane". Se a criança imita. “Eu te amo, mais profimdo ou mais rico de significado A
papai" é provável que a criança receba medida que os anos passam, nós somos
reforçadores Se a criança diz “Eu te amo” expostos a incontáveis experiências dc
quando está com raiva ou egoísta, os pais aprendizagem nas quais podemos adquirir
podem dar uma resposta mais critica e todos os três tipos de respostas significativas”
punitiva, como: “Esta nào é a forma de se
Ouvimos modelos definindo amor e os
comportar quando você ama alguém” Assim,
vemos mostrar consideração pelas pessoas
através de imitaçSo e de reforçamento
que amam Ouvimos regras afirmando que se
diferencial, a criança aprende como usar a
vocé realmente ama alguém, vocé o trata de
palavra amor em contextos de Sn, associado
forma especial Uma pessoa que nós amamos
cora o uso correto, mas não em contextos de
pode fomecer-nos facilitadores físicos para
SA associado com uso incorreto Quando a tocà-la dc uma cena maneira quando estamos
criança está feliz e os pais estão sendo expressando nosso amor. Má reforçamento
afetivos, os S ^ s estão presentes para a criança diferenciai para os componentes verbais e nio
dizer “Eu te amo” Quando a criança está com verbais da classe dc respostas chamada
raiva ou os pais estio sendo punitivos há, Srt,s componamento amoroso Através do
para não dizer “Eu te amo". Os pais podem condicionamento Pavloviano. os referentes do
também usar regras para ajudar a criança a amor tomam-se CS's que eliciam respostas
aprender o significado de amor. Eles podem emocionais. Naturalmente, algumas pessoas
dizer. “Vocé deverá dizer á sua avó que você estão expostas a mais oportunidades para
a ama", isto ajuda a criança a aprender a
atribuir á palavra novos referentes, neste caso.
a avó. Embora uma criança de dois anos nâo "significado dc uma palavra t o « a uso na ImgusgmT
possa dar uma boa definição pant a palavra Veja Day (1970).
am or, um observador perceberia quc a criança
a A analise coraportamcnlal é totalmente socioló
sabe alguma coisa sobre o significado da gica porque d a invcsuga as causas ao acrescentar
palavra, uma vez quc aprendeu a usá-la em signifcado, voltando ao ambiente social no qual a
resposta aos SD‘s coretos34 pessoa aprcndca a atribuir c usar o significado. As
lenhas dc sprenduapan provêem um iasruncnco ideal
p a n os sociólogos que procuram associar o cwnpona*
meoto social a causas sociais (Durgess c Busbcli. 1969.
Scoti. 1971; KunkJc. 1975; Baldwin e Baldwin. l97Sa:
24 A análise cocnportamcnial do ágniíicado cwockte
Baldwin. 19R2.198$).
com a posição á s -W ingeoseinV 09 5 3 ) o n d e .o
Pofiacios ao Cc™oottam«nto na Vnte P á n a
•
aprcndeicm um repertório refinado de menos hipócritas. Sc um homem .rccebeu
respostas amorosas, do que outras. Com bons reforçadores para seu componamento verbal e
modelos, regras, facilitadores (prompt), nâo verbal, ambos os aspectos de seu desem
reforçamento diferencial e condicionamento penho serão CS’s que eliciarão emoções
Pavioviano. a pessoa pode adquirir um positivas para ele. Ele pode ter sentimentos
repertório refinado de respostas verbais. não românticos quando fala dc amor duradouro
verbais e emocionais. A pessoa será capaz de uma noite e pode também apreciar os senti
dizer coisas de amor para seu parceiro, tratá-lo mentos de liberdade quando pega a estrada na
gentilmente e sentir respostas emocionais manhã seguinte.
positivas. O observador concluirá que esta Como temos histórias individuais de
pessoa aprendeu a atribuir uma grande experiência de aprendizagem, aprendemos a
quantidade de significado a amor e conhece a atribuir significados diferentes para os
significação mais profunda do conceito. referentes em nossas vidas. Por outro lado,
Observe que nlo e meramente a cada um de nós atribui significados que se
quantidade de experiências dc aprendizagem sobrepõem cm alguma coisa com aqueles das
que leva uma pessoa a acrescentar respostas pessoas dc quem estamos próximos porque (1)
significativas a referentes apropriados. Certas crescemos numa mesma cultura. (2)
experiências levara as pessoas a aprenderem aprendemos uns com os outros, e (3) as
respostas inapropriadas para um dado recompensas da interação social dependem de
referente. Um homem que verbalmente diz compartilhar significados suficientemente
atribuir uma grande quantidade dc significado semelhantes, de forma que possamos
ao amor - mas cujo comportamento cruel e comunicar c coordenar eficientemente.
egoísta indica uma falta de respeito, afeição e Em nossa análise de estimulação
interesse - pode não saber o significado sensorial (Capitulo 6), vimos que a significa
verdadeiro do amor. Como os componentes ção contribui para a estimulação sensonal.
verbais c não verbais do comportamento são Deve ficar claro que quanto maior o significa*
relativamente independentes e podem ser do uma pessoa aprendeu a atribuir a um dado
condicionados por diferentes conjuntos de estimulo (referente), maior a estimulação
modelos, regras, facilitadores (prompts) e sensorial que a pessoa provavelmente obterá
reforçamento diferenciai è possivel que as daquele estimulo Se vocé diz uO que é
ftessoas aprendam padrões de respostas amizade?" para alguem que nunca aprendeu a
incongruentes e até mesmo hipócritas1*. Por atribuir muito significado à palavra, o
exemplo, quando há recompensas por dizer estimulo é meramente uma palavra.; que
uma coisa e fazer outra - confessar amor provoca poucas respostas. Para alguém, que
duradouro e então cobrar por uma noite - aprendeu o - grande número de respostas
podem aparecer discrepáncias entre os verbais, não verbais e emocionais relevantes
significados verbais e não verbais que uma para amizade, a questão "o que é a amizade"
pessoa atribui a um determinado referente. -Se pode disparar uma variedade de respostas que,
um homem recebeu reforçadores por dizer cm troca, provêm uma grande quantidade de
“Eu a amarei para sempre" á noite, e recebeu estimulação sensonal para a pessoa e podem
reforçadores para ir embora na manhã reforçar longas seqüências de pensamento
seguinte, ele pode ter aprendido um acerca do tema.
comportamento que parece hipócrita. Além
disso, as emoçóes ligadas aos referentes na
vida dos amantes hipócritas podem ser O SELF
completamente diferentes daqueles homens
Embora muitas pessoas pensem no
“self* como algo que se origina do interior da
* Btyun Scott(»971). pessoa é orienta Õ restante de seu ownporta-
_pflnop.Q8.ao Comportamento na vsda OiSna
mente do que uma'pessoa com uma vida um único Ela 'leva uma vida popular cm
complexa c comportamento altamente vários círculos, mas impopular cm outros.
variável A primeira pessoa tem, meramente, Alguns dias, ela se sente feliz com a vida; em
uma tarefa mais fácil porque padrôcs dc outros muito triste. Suas autodescriçôes são
componamento mais simples são mais taceis inconsistentes. Não há um padrão simples,
de aprender e descrever unificado. Quando as outras pessoas
Quando uma jtessoa aprende outodes- perguntam a ela o que fazer nos próximos dois
cnções que <I) cobrem uma i-asia exiensâo tie anos. ela não sabe. Ela perdeu o senso dc
experiência e (2) revelam um padrào identidade porque suas autodescrições
consistente de interesses e d ireçò e\ a pessoa sugerem uma pessoa fragmentada que
necessita de um senso unificado de direção2".
adquire um senso de "identidade". Quando
Se ninguém crítica Jill por sua falta de
Judy está na universidade, sua vida é muito
mais complexa do que quando tinha quatro direção, a falta de identidade pode não ser
anos. c aprendeu a descrever seu comporta aversiva para ela Por outro lado, sc as pessoas
a criticam por n io saber o que fazer com sua
mento de forma mais detalhada. Assim, seu
autoconceito tende a ser muito mais complexo vida, a falta de identidade pode tomar-se
aversiva “Por que vocé não é como Judy e fa z
do que naquela idade. Se seu autoconceito se
encaixa num padrão relativamente consis alguma coisa com sua vida?” “Você nunca
valorizou nada". Este condicionamento
tente, d a pode ser considcra-da como tendo
negativo pode tomar a falta de uma identidade
uma "identidade''. Se a socialização passada
ISO aversiva que pode-se cair numa “crise de
de Judy dirigiu-a para um objetivo - tornar-se
uma advogada - e seus pensamentos de entrar identidade”. Pensar sobre a (alu de identidade
toma-se então um CS que elicia emoções
na advocacia receberam muito mais
aversivas As crises de identidade podem
reforçamento do que qualquer outro plano de
aparecer a qualquer momento na vida. Se Judy
cancira. ela pode ter um forte senso de
fracassar na escola de Direito e tiver que sair,
identidade como uma futura advogada. Se
ela perderá o único tema que, uma vez, deu a
várias pessoas da família ou amigos intimos
ela o senso dc identidade. Em conseqüência,
da família sio advogados, ela terá visto o
todas suas antigas autodesenções acerca de
suficiente da profissão para descrever
facilmente as coisas que acontecem na escola ser uma advogada de sucesso pararào de
de direito e durante a prática da advocacia. fornecer reforçadores Seu fracasso na
advocacia tomará aquelas autodesenções
Isto leva a ter uma visão clara de sua
aversivas; e ela poderá ter uma crise dc
identidade como uma futura advogada. “Eu
me casarei com um homem com alguma identidade tão dolorosa como Jill tcvo~
profissão e nós nos divertiremos comparti anteriormente. '
lhando a excitação de duas carreiras estimu O autoconceito ou identidade de uma
lantes Nós, provavelmente, adiaremos ter pessoa será positivo sc a maioria das autodes*
filhos até que eu tenha trinta anos ou talvez criçôes da pessoa se constitui em CS's para
decidamos não lê-los". emoções agradáveis, devido a uma história dc
experiências positivas. Pessoas que tiveram
A pessoa que vem dc uma socialização
complexa que não proveu um modelo simples sucesso em muitas coisas e receberam
reforçamenios sociais generosos descobrirão
de objetivo dc vida pode nâo ter facilidade em
que muitos elementos de suas autodesenções
encontrar uma “identidade". Jill pensou cm
vários interesses diferentes, incluindo são CS’s que eiiciam bons sentimentos acerca
delas mesmas. Pessoas que fracassaram,
advocacia, dança. arte. ser uma boa dona de
sendo criticadas por muitos aspectos do
casa e mãe Ela recebeu pouco suporte e
encorajamento para cada interesse, mas
nenhum reforçamento fone e consistente por "S k àra a m 149).
Prmciwo» co Comifflt ameWo na Vidfr OAna 270
namento Pavloviano' muitas vezes ocorre música serve tíomo CS's para várias emoções,
como um subproduto do condicionamento vocc pode selecionar os CS’s musicais c
operante, vocé poderá docidír superar certos atingir um controle crescente sobre seu estado
medos aprendendo habilidades operantes de espirito.
relevantes, sabendo que o condicionamento
emocional ocorrerá como um subproduto. Por
exemplo, vocé poderá superar o medo de Capitulo 6 e 7: Reforçadores e Puni
altura fazendo um curso de alpinismo com um dores. Uma vez que os reforçadores e
expert. Escolha um professor habilidoso e punidores sâo as causas principais do
seguro: adquirir boas habilidades minimizará condicionamento operante e Pavloviano.
$eu medo de risco ou perigo ao escalar, c o aprenda a usar estes estimulos efetivamente.
comportamento seguro do professor garantirá Primeiro, conheça seus refor-çadores e
que o escalar será pareado com estimulos punidores Use a autoobservação para desco
sociais positivos - o quc tomará o escalar um brir quais reforçadores e punidores sSo mais
CS para emoções agradáveis. Enquanto você efetivos na modificação e manutenção dc seu
aprende habilidades operantes em um comportamento de tal forma que possa utilizá-
contexto social reforçador, as experiências los eficazmente em seu autocontrole Segun
positivas irão automaticamente contracorv* do, planeje utilizar mais reforçadores do quc
dicionar medos antigos. À medida que- as punidoies. Isto torna o autocontrole mais
pessoas recebem reforçadores positivos por recompensador e aumenta as chances de você
aprenderem quaisquer habilidades - falar cm continuar se esforçando para guiar sua própria
público, debater, nadar, autodefender-se - os vida - ao inves dc permitir que sua vida seja
antigos medos dessas atividades desaparecem. controlada por fatores externos. Algumas
pessoas mantem uma lista de todas as coisas
quc gostam mais dc fazer e todas as
Capitulo 5: Controle de Estímulos. À recompensas que gostam de receber para que
medida quc vocc mantem diários c registros a tenham muitos reforçadores para escolher
respeito dos estímulos que precedem e quando planeja o autoreforçamento. Você
predizem seu componamento. você aprenderá pode utilizar seus reforçadores para aumentar
sobre seus S°‘s e CS’s. Usando esta ou diminuir a freqüência de muitas panes de
informação, você pode organizar os estimulos seu repertório dc comportamento Se deseja
antecedentes para que produzam o comporta* aumentar a frequência dc so exercitar
mento que você deseja Sc deseja parar dc regularmente, vocc pode se recompensar por
pensar no namorado quc lhe partiu o coração, cada etapa do progresso com reforçadores tais
retire suas fotos e pertences (porque sâo SD's como um filme, um disco ou roupas novas, ou
que trazem à tona pensamentos sobre ele) e qualquer outra ooisa de que gosee Sc pode
''mergulhe” em outras atividades e amizades. encontrar um amigo com quem possa correr,
Se deseja lembrar-se dc cscrcvcr a seus pais os reforçadores sociais que vocé obtém
mais frequentemente, coloque a foto deles enquanto se exercita ajudá-io*ão a aumentar a
sobre sua mesa - ponha em cima de uma probabilidade de corridas futuras e a
caixa de papel envelopes e selos - para que condicionar a corrida como um CS quc dicia
sirvam como um S° para a resposta desejada. sentimentos agradáveis (ao invés do
aversivos). Você pode dim inuir comporta
A autoobservação ajudará vocé a
mentos indesejáveis, reforçando respostas
descobrir quais CS’s eliciam as respostas
incompatíveis e competitivas (DRO). Pensa
emocionais desejadas e as nâo desejadas Por
mentos negativos desaparecerão gradualmente
exemplo, alguns discos podem deixá-lo triste,
se vocc reforça pensamentos positivos c
melancólico, quando outros eliciam a alegria e
otimistas. A freqüência das explosões de mau
o fazem rir. Outros ainda eliciam o roman
humor diminuirá automaticamente se você
tismo. A medida quc você sabe que o poder da
PfinciDioB do CotTcortanvttWo na Vida 0 4 n a 274
CONCLUSÃO
%
regras. <kvid<t à 'éxtinçào. (Quanto mais nâo toque nisso Vá brincar com a.Dcbbie".
coasistcntcmente uma pessoa recebe reforça Entretanto, á medida que Laura vai e volta,
dores para seguir um grande número de regras, começa a aprender uma discriminação
apresentadas por muitas pessoas e em muitos importante Está sendo empurrada para cá e
contextos diferentes, maior sua probabilidade para lá. As pessoas lhe dizem para procurar
de seguir regras no futuro * outra pessoa, apenas para se livrarem dela.
Algumas vezes, crianças pequenas, Em certo sentido, é interessante ver a
quando estão aprendendo a usar regras, passam criança ir de um lado para outro, dc maneira
por um periodo de obediência supergenera- tio obediente e confiante Pode até haver
lizada às regras Isto tem maior probabilidade alguma estimulação sensorial, neste jogo de
dc ocorrer quando seus pais. irmãos e irmãs seguir a regra ‘Vá ver litlano *, que reforça o
sâo consistentes em apresentar-lhcs regras comportamento de obedecê-la. Mas, á medida
razoáveis e reforçá-las por segui-las. "Venha que a novidade se esvai, o nSo-reforç amenta
cá.". "Vá até seu pai \ "Nio toque na frigideira leva a criança a aprender uma discriminação.
quente”, "Não v i para a rua". Se pais e irmãos Laura começa a perguntar: "Por que eu lenho
perseveram no reforçamento à resposta de que ir ver o papai9 Ele disse para eu ficar aqui
obedecer às regras e na punição à sua c brincar com vooã ’ Ela estã aprendendo que
desobediência, a criança pode se xomar as regras podem ser desafiadas. "Papai disse
bastante responsava a elas. que você tem que dividir seus bloquinhos
Laurinha está brincando com seus irmãos comigo.' Está aprendendo que as regras do
mais velhos no assoalho da sala. Enquanto seu uma pessoa (Timmy) podem ser neutralizadas
irmão tenta empilhar tocos para formar uma pelas regras de outra (o pai). Se Timmy desiste
torre, ela se empenha em derrubar alguns com e dá a Laura alguns dc seus brinquedos, este
um empurrão. Isto leva ã estimulação sensorial; reforçamemo a apressa na aquisição da discri
que engraçado' Mas o irmão não está muito minação de que nem todas as regras precisam
satisfeito com seu componamento, e diz: "Pare ser obedecidas. O período de supergencra-
com isso. você vai acabar demtbando minha lizaçlo do comportamento de obedecer regras
torre * Laura obodece e dirige sua atenção para já terminou, e esta habilidade dc avaliar
criticamente as regras apresentadas é cada vez
a fazendinha que sua irmã esta montando.
Aqui. recebe estimulação sensorial por brincar mais reforçada. Quando lhe apresentam uma
com os bonequinhos c cavalinhos de plástico regra ou instrução, a criança aprende a
Em pouco tempo, ela coloca oito bonequinhos perguntar "Por que?" *Por que tenho que ir
em cima de um cavalo. Isto perturba sua irmã. brincar no meu quarto0" Isto pode levar
que leva mais a sério o sentido de realidade. algumas pessoas a recorrer ao uso da
"Saia daqui, vá ver o papai. Laura." autoridade e ás ameaças para faze-ta obedecer.
"Você vai fazer isto porque eu estou
Assim, Laura vai á garagem, para ver o mandando!" Ou podem recorrer á persuasão
pai. Este, entretanto, está ocupado tidando com "Você deve sair da cozinha porque cu estou
o cano, com pouco tempo para dar atenção a muito cansada c não consigo cozinhar com
ela. Depois que ela distraidamente pisa numa você me distraindo." E podem introduzir
poça. entortando-a. ele diz a ela que volte para incentivos extras - ou seja, prometer reforça
peno de seus irmãos, o que ela fiz. A torre de dores especiais: "Se vocc for brincar na sala, eu
Timmy está bem alta e bonha, agora. Quando vou deixá-la comer as sobras do doce, quando
Laura se aproxima dela, eie diz: 'Ei, Laura, terminar de fazc'io *
’ Karcn(1974:l23).
PmcifKos do CofT»M<iame<rto na Vtda &Ar\a m
apertar os cimos dc -segurança, checar o freio ppra eScolber quo botão girar para ar ou música.
de crraergéncia. se manter abaixo de cenos Depois de aprender o lugar dos controles, o
limites de velocidade e dai por diante. motorista não precisara olhar para as figuras
Computadores que sèo programados para para achar o boião correto, em conseqüência, o
ensinar leitura, matemática ou outros assuntos, motorista diminui automaticamente o uso das
sempre usam facilitadores. Problemas fãceis - pistas pictóricas.
cheios de sugestões, palavras sublinhadas,
diagramas informativos - são usados no inicio
de cada lição, e quando o aluno aprende a GESTOS
responder as questões corretamente, as
sugestões são automaticamente retiradas. Com alguns gestos, um maestro pode
sinalizar aos músicos para modificar o tempo,
volume ou quantidade de tom de sua música.
FIGURAS Após vários ensaios, os músicos aprendem
como o maestro espera que toquem cada peça. e
Quando as crianças aprendem a ler. o maestro pode retirar gradualmente o s gestos
sempre ganham livros que contem muitas mais exagerados. Na hora do concerto, muito
gravuras relacionadas com as palavras Os do trabalho dificil do maestro nSo aparece e não
livros mais simples podem ter uma palavra e mais refletido nos gestos que agora mantem
para cada figura. A palavra maçã aparcce em os músicos coordenados.
negrito debaixo da gravura de um maçã. A
Atores e dançarinos também aprendem
palavra coelho aparece sob a gravura de uma
com facilitadores gestuais. Quando um ator fala
lebre. Ver a palavra e a gravura juntas ajuda a
muito baixinho, o diretor pode fazer gestos com
criança a dizer a palavra correta. Mais tarde,
os braços, enfatizando os movimentos para
quando a criança tem mais expcriencia com
cima, a fim dc encorajar mais vigor e volume
palavras impressas, as figuras podem ser
da voz do locutor. Um movimento dc rotação
retiiadas vagarosamente: podem ser usadas
ferto com as mios pode sinalizar para a
figuras menores ou apenas esboçadas: um
dançarina se virar para a direita ou esquerda
número maior de palavras pode aparecer para
Quando o diretor cria novos gestos, que
cada gravura. À medida que as figuras são
terminam por fòcilttar o comportamento
retiradas, a criança contará cada vez mais com
desejado, os efeitos bem sucedidos reforçam o
as palavras impressas como S ^ s que
uso dc indicações criativas.
controlam as respostas verbais Estudos tém
mostrado que retirar gradualmente os Professores e confcrencistas frequente
facilhadores é crucial para uma aprendizagem mente usam facilitadores para chamar a atenção
eficiente. As crianças que sempre vêem a de seus ouvimes Um conferencista que aponta
gravura de uma maçã, acima da palavra maçã, um dedo para guiar nossos olhos a uma pane de
não aprendem a responder á palavra sozinha ura diagrama ou mapa. está facilitando a
tão rapidamente quanto as críaoças que têm as atenção para o alvo correto. Ao longo da vida,
dicas da gravura gradualmente retiradas até as pessoas confiam no comportamento de
que só a palavra esteja visível*. apontar com o dedo para dirigirem os olhos e a
atenção dos outros.
Os botões de controle nos painéis de
alguns automóveis tém gravuras que mostram Desde que eles comumeme nâo
uma buzina, luzes, limpadores, radio e outros conseguem ouvir um ao ouuo. os pedesues e
desenhos. Quando uma pessoa dirige um carro motoristas sempre recorrem a numerosos gestos
peia primeira vez, ela faz uso das gravuras para avisar (prompt) um ao outro para parar,
andar, diminuir a velocidade, etc..
r o terceiro ensaio, faltando dois meses facilitado ou árigido, e emão, reforçado atè
L | paia a esuéia da nova peça. O palco está que ocorra com freqüência. Segundo, à medida
X —/vazio e os operários estão construindo, que prossegue a aprendizagem, osfacilitadores
barulhentamente, o cenário nos bastidores No (prompts) sâo gradualmente reurados a /é que o
palco, os atores estão ensaiando a segunda comportamento ocorra sem eles1. O comporta*
cena. As falas, gestos e movimentos ainda memo que foi facilitado é geralmente aprendido
longe de estarem dominados. Enquanto os mais rapidamente quando é seguido por refor-
atores treinam suas falas, eles sempre fazem ç&meuio freqüente. Então, os atores cuias
uma pausa e dSo uma olhada para o diretor carreiras e reputações dependem de aprender
pedindo ajuda Um sinal breve, tal como dar as um conjunto complexo de falas, responderão
três primeiras palavras da próxima linha, c o rapidamente às dicas (prompts) do diretor; mas
bastante para colocar os atores no caminho outra pessoa pode não aprender o texto mesmo
certo novamente. A apresentação de um sinal depois de mil pistas (prompts), sc não houver
facílitador é freqüente e livremente dada para reforçadores para a aprendizagem N a vida
quo os atores possam se movimentar nas cenas diária, o procedimento de retirar gradualmente
e entender o seu contorno geral. O diretor sabe os estimulos facilitadores (fading out) é
que. depois de mais alguns ensaios, os atores comumente um efeito subsequente muito
falarão o texto muno mais naturalmente e que natural da facilttação bem sucedida, à medida
as pistas fàcilitadoras podem ser gradualmente
retiradas (faded out). Sc os atores forem bons,
nâo há dúvida que os sinais serão reduzidos a 1 Skioner (1953), Moorc e Coldiamond (1964).
zero, bem antes da noite de estréia. Baoduia (1969). Kanfcr e Phillips (1970). e Reese (1972)
discutem as várias maneira» itaa quftts o uso dc estímulos
Este estimulo fecilitador faz parte da iaciinadorcs (prompting) e soa retinida graduai (fading
aprendizagem social na infância, embora seja ouOsíq usados no oondicionaiueBtci. Embora o uso de
usado cada vez menos à medida que as pessoas c a im a k s foalitàdOK* ttja menos unpanan.lc que o
crescem. O processo comumente consiste de reforçamento ditercoctaL. modelação e regras, é tun
m âodo distinto de aprendizagem que sempre ocorre na
duas fases Primeiro, um comportamento é vida diária e merece atcoçâo particular.
Puncipeot <to Com ow ttnyrto n» Vida Oiánj 167
‘ Bardara (1969:1670
PrwciPH» do CofwionameMQ na V»da Ortna 157
%
humorísticas que foram reforçadas no passo 1. conseqüências' áversivas Para darificar os
O reforçamento diferencia) no passo 1 mccanismos'de "modelagem, vamos considerar
produziu a diferenciação de respostas e a primeiro os exemplos de moddagem mais
induç&o que tomaram possível o passo 2. Um sistemática Posteriormente vamos considerar
novo padrão dc reforçamento diferencial no as formas de modelagem menos sistemáticas e
passo 2 irá produzir outras mudanças no eficientes
componamento. tomando possivet chegar ao
passo 3. 0 reforçamento diferencial de
histórias espirituosas (passo 3) vai meihorar a
habilidade do comediante de contar histórias
engraçadas e provocar a indução de outras
respostas. Talvç* algumas das histórias do Quando sc estuda a modelagem cm
passo 2 envolvam um diálogo entre dois laboratório, ela é sistemática e cuidadosamente
personagens fictícios, de forma que o executada. A modelagem sistemática envolve a
comediante possa usar dois estilos diferentes mudauça do comportamento em passos de
de voz para indicar qual personagem está aproximações svcexsiw s ~em direção a 'Üm~
falando. O diretor e o comediante podem desempenUn^fmal preestabekçido. (\ cada
decidir usar esta resposta recentemente passo, o reforçamento é dado ao
induzida como a matéria bruta para a comportamento que mais se aproxima do
modelagem no passo 3, e usar a representação desempenho final. Nâo se avança para um novo
de diferentes estilos de humor como critério passo, a menos que o anterior tenha sido bem
para reforçamento. Agora o diretor reforça aprendido c que tenha aparecido um bom
apenas quando o comediante cria novas número de novas respostas desejáveis (devidas
histórias engraçadas, com vários tipos de à indução), que tomem possívd uma transiçio
personagens. À medida que este novo padrão fãcil para o novo passo dc reforçamento
de reforçamento diferencial aumenta a diferencial
freqüência de boas representações dc
personagens, a indução pode tomar possível O passo 1 sempre começa com o
mais outros passos. No passo 4, o comediante comportamento que a pessoa c capaz dê~
deve aprender a representar os vários executar bem OT passos s£õ~ tipicamente'
personagens, ao mesmo tempo que improvisa pequenos pãra tomar o ptogressò fãal e
em resposta às intervenções dc um outro ator altamente reforçador. A cada passo, o grupo de
No passo 5, deve planejar textos inteiros, respostas do repertório que mais se ap roxima
misturando múltiplos personagens, com faias do desempenho fináí é reforçado, enquanto que
para vários outros atores. Eventualmente, o as outras variações da' respostas siocm HuTou
comediante pode se tomar capaz dc criar toda punidairÀ mcdidãqüe~a'induçáò produznovas
uma peça humorística que incorpora as variações, aquelas que mais sc aproximam do
habilidades aprendidas nestes cinco passos. desempenho final também sio reforçadas; c
como 'conseqüência a pessoa_ _aprende
Na vida diária^ há um continuum de habüidã3cs cãda~vêz' mais avançadas Depois
diferemèTüpos de modelagem, dê sistemática de dominar um número suficiente dc
átTlsáo yslcmãtica. A modelagem sistemática habilidades, ã pessoa eStâ' pfõntã pãra avaaçar
tem tnãís proDábilidãde de~produzTr" múdança~ ao próximo passo da seqüência de
comportamental rápida c efetiva - com Tiim” . — — • -•— .i« n n s m a «
ntuiifno flfnríTWWX * Jbgesttes de reforçamento diferencial. O
• enquanto que a moddanem nào-sistemárica -r s r —^ x - - ... >o apressar nos
tem mais prooabwdade de ser lenta. e passos, iw«fc‘ qrtgMirt£~tFg~aimrní»ÍM as
desorganizada, com maior risço de fracassos 6 chances de SUtt&õ t aumentaria as- 3e
P*nc>do* do Conportamsrto na V*da f r i n a 149
chatos. Julie era uma estudante dc Direito, e ' Alguma variação do componamento j i
ela e George começaram uma discussão muito existente sc toma mais provável, enquanto que
interessante sobre a profissionalização da outras sc tomam menos prováveis Ao fim dc
mulher. George estava interessado em ouvir as um processo de reforçamento diferencial,
opàni&es de Julie sobre as várias opções nenhuma nova variação foi criada. Como
profissionais abertas às mulheres modernas e mostra a Figura 8-2, toda a variabilidade da
suas perguntas sinceras o ajudaram a aprender resposta se distribui entre as zonas A, B, C e
muito a respeito do que pensa e sente uma D, tanto toiies quanto depois do reforçamento
mulher quc quer seguir uma carreira diferencial. Apenas a distribuição das respostas
profissional. mudou - movendo-se mais para a direita.
George continuou a ter estes encontros, EmtWanto,_Jiá_processos quc muitas
na semana seguinte, tendo aborrecido menos vezes acompanham o retorçamento'd'tferencia]
suas companheiras e recebido muito menos e que resultam ná 'criação de iun_novo
feedbacks negativos À medida que ele desen comportamento F.sscs processos criadores são
volveu ura maior interesse a respeito dos a indução e a modelagem, as quais nos
assuntos que interessavam as mulheres, passou permitem desenvolver padrões dc comporta
a fazer perguntas mais significativas e rele mento que estão alem das classes iniciais dê
vantes. Estas perguntas o ajudaram a aprender resposta.
muito a respeito das mulheres dc sua idade c Quando iim operante é reforçado e
também formas de interação que eram mutua aumenta d? freqüência, respostas sem elhantes
mente reforçadoras. Várias semanas depois, podem _aparecèr~ ; aumentar de /reqüènda,
George contou ao terapeuta que ele c Julie - a mesmo q u èliâ o tênfiam sido reforçadas. Este
moça de soi teredro cnconiro - estavam processo c chamado de indução, indicando quc
namorando seriamente, c que ele nio mais o reforçamento induiiu mudanças em
precisava dos "treinos" Sete meses depois, comportamentos que são semelhantes aos
George novamente procurou o terapeuta com a comportamentos que foram reforçados.
boa noticia de que ele e JuKe estavam noivos. Quando as variações comportamentais das
O reforçamento diferencial mudou com zonas C e D são reforçadas - mas não o sio as
sucesso o estilo de interação de George. Um variações localizadas nas zonas A c B - iodas
padrão inicial de resposta sofreu diferenciação, as respostas da zona C c D aumentam dc
na medida cm que ele aprendeu a evitar freqüência. Alem disso, ocorrem outras
aborrecer suas companhias e a se deter um mudanças, giaças á indução. Em primeiro
tópicos de interesse mútuo. Tanto ele quanto lugar, as variações da zona B quc são mais
suas companhias acharam o novo estilo mais semelhantes ao comportamento reforçado da
reforçador. zona C aumentam de freqüência, pois tém
alguma semelhança com os comportamentos
reforçados Em segundo lugar, há uma
MDf/C'ÂO* tendência para o aparecimento dc novas
respostas (a área sombreada E da Figura $*
3). Então, o processo de reforçar
Nos casos puros de reforçamento dife comportamentos do tipo C e D aumenta a
rencial. não se criam novos comportamentos. freqüência desses comportamentos e de
respostas semelhantes, algumas das quais sào
<*omnfNri«fn*n*A«
■ inauçao • lamocra coanaoa oe genentiuüvju oa zona £). Os novos comportamentos do tipo
ou transferência dc respostas - i discutida por Skinner
(1938; 1953:930 * Caurna <1971)
PrtUCi&O* ao Ccmoartarrewa r a V ga f>ána 137
corrida sabem que cada corrida pode envolver passar n vtlnria. r *«im por diarue Alguns,
acidcntcs dolorosos se não tomarem precau operantes sio seguidos por alimento na boca
ção. Ver um vazamento incomum numa (reforçador inconiicionado) enquanto outros
máquina de alto desempenho d um punidor são seguidos por reforçadores condicionados
condicionado que sinaliza perigo cm potencial associados com limemo. Em muitas cadeias
na próxima corrida - que poderá ser dias ou comuns de componamento, os reforçadores
semaias mais tarde. 0 punidor condi:ionado incondicionados ce estimulação sensorial são
c um CS que clicia respostas emocionais c superpostos aos reforçadores condicionados
pune quaisquer atos de negligência responsa* em vários pontos através da cadeia.2 Tocar
veis pelo vazamento da máquina; ele t um S° música, conversar com um amigo, explorar
que estabelece a ocasião para reparar o uma nova cidade c jogar, envolvem cadeias de
defeito. Uma vez que a máquina é consertada, comportamento nas quais novas e estimu
o puridor condicionado desaparece; o desapa lantes experiências sensoriais aparecem em
recimento do punidor provè reforçamento vários pontos da cadeia c tornam o compona
negativo para s boa manutenção da rraqulna. mento mais recompensador do que ele poderia
Assin, os punidores condicionados cobrem a ser se fosse mantido somente por reforçadores
lacuna de tempo entre uma cuidadosa condicionados.
manutenção da máquina e a próxima sorrida,
Segundo, cs reforçadores terminais de
ajudando as pessoas a evitar serias punições algumas cadcias podem nâo ser reforçadores
por tomar precauções eficazes com antece
incondicionados. O reforçador term inai pode
dência. Quando um cirurgião vê que o bisturi ser um dos mais poderosos reforçadores
está nuito próximo de uma artéria qie deve condicionados, como atenção social ou
permanecer intacta, os estimulos produzidos dinheiro. Pagamcitos são reforçadores termi
pela resposta servem como pwnidorcs nais que manterão longas cadcias de trabalhar
condicionados que suprimem futuras respostas
por vários dias. Crianças que reclamam ou
incorretas, como S^s para nio cortar mais. e emburram podem gerar cadeias de compor
como Sfts para uma açio corretiva. Fugindo tamento que duram uma hora ou mais ames de
dos punidores condicionados, o cirurgilo evita receberem o reforço terminal de atenção
cometer enganos que poderiam causa* sérios social.
probfemas mais tarde.
Terceiro, o reforçador term inal nâo
precisa ser tão poderoso se outros reforça
CADEIAS COMPLEXAS dores antertores, ra cadeia, sâo relativamente
poderosos. Por exemplo, uma conversa no
telefone termina com “ Até amaohS" e o
A té a g o ra . H iscu tim o i d u a s d a s fo rm a s
telefone desligado Os atos finais da conversa
mais básicas de cadcias de componamento
ao telefone não produzem reforçadores termi
operate: cadeias de dois elos levando a um
nais que são suficientemente recompensadores
reforçador iocondicionado e cadcias dc vários
para manter toda a interação social prévia. Em
elos fevando a um reforçador incondidonado.
muitas conversas, os reforçadores terminais
Outrts tipos de cadeias operantes são também
são de importância trivial comparados com os
visto? na vida diária.
reforçadores de interação social, a informação
Primeiro, algumas cadelas contém
reforçadores incondicionados misturados com 22 No dia-t-dia. too é raro ccreus reforçadoces dc
os rtforçadores condicionados em m uitos estimulação sensonal opsrcccndo em vários p o n to ao
pontes ao longo da cadeia. Por exemplo, longo da cadeia de reformadores ooodícwnadM que
jantar ê uma cadela de opwantec qu« inotui p n o e d e n ura tcfbfçMor K rm m l. Houston <1976:173)
servir-se de mais um pouco de arroz cortar nota que mesmo no tooratono. a cittirmbçÃo seasonal
poá t a p a r a r cm poaos *o longo de uma
um pedaço de came, colocar a c&me na boca. cadeia.
Pnneipm do Comooffgrento na vwa f rto a 128
"Skiimcr(1953: T7>.
“ O'Leary a aL (1970); Hall et aL <t9?2); Sulzcr e
” Soboo e O'Leary (1976). Mayer (1972); Axdrod (I9T7).
P*wse<o< da Camoar!a rt cata na V>da Olfrla 125
A punição fisica c muito mais usada no duas vezes mais este numero, sio severamente
dia-a-dia do que se pode imaginar. Por surradas por seus maridos.17 0 emprego dos
exemplo: há, no minimo. dois milhões dc punidores incondicionados não fica restrito aos
casos de abuso de crianças, por ano, nos lares. Através da história, usou-se o açoita-
Estados Unidos (e hà provavelmente muitos mento. espancamentos, torturas, linchamentos,
mais).11 Uma vez que as crianças pequenas inquisição, caça às bruxas, campos de concen
nio podem ftigir ou reagir, os pais encontram tração c guerras, numa tentativa dc controlar
pequena resistência, quando usam a punição os outros, inlligindo-lbes dor.
corporal na educação dos filhos e alguns A longo prazo, técnicas aversivas produ
chegam a níveis perigosos, quebrando-lhes os zem numerosos problemas. A punição pode
ossos. Por serem pequenas, as crianças condicionar uma variedade de respostas Que
dependentes nSo podem esquivar-se do pai vâo do medo, ansiedade e esquiva ao ódio,
que pune com tanta violência que até ossos violência e revolta. Todas essas respostas
sio quebrados; crianças mais velhas freqüen debilitam relações sociais construtivas, estáveis
temente fogem de casa quando o permanecer e cooperativas. A ciência modema do compor
lá é extremamente aversivo. Vários milhões de tamento tem demonstrado que a maioria dos
crianças fogem de casa anualmente.1' comportamentos pode ser aprendido - ou
Violência gera violência, crianças que evitado - através do reforçamento positivo,
vivem em ambientes violentos muito sem os maus efeitos colaterais criados pelo
freqüentemente aprendem a usar a violência aprendizado aversivo (Capitulo 13). Além
sobre o s outros. Em casa não podem lutar disso, o reforçamento positivo toma a
com o s pais, com medo de sofrerem, cm aprendizagem muito mais agradável do que
troca, agressões físicas, mas no parque aquela adquirida através da punição ou
maltratam e lutam com outras crianças reforçamento negativo. Um dos grandes
imitando o uso de punidores incondicionados desafios da sociedade modema i o de
que presenciam em casa.14 Uma vez atingida a abandonar a grande confiança na punição, -que
fase adulta, as pessoas que cresceram em lares foi tão comum no passado, e ajudar as pessoas
violentos tém m us probabilidade de abusar dc a aprenderem o poder e o prazer de utilizar o
outras crianças do que aquelas de lares nio reforçamento positivo.1*
violentos.15 Também tém maior probabilidade
dc esperar c a usar a violência fisica na
interação com seu parceiro. '*
O marido agride sua mulher, quando ela
sc recusa a atender qualquer desejo seu. Ela
pode aceitar isto como sendo ''normal'', sc Uma vez que reforçadores e punidores
esta foi a forma que ela viu seu pai tratar sua incondicionados desempenham importantes
mãe A cada ano, nos Estados Unidos, dois ou papeis biológicos na sobrevivência e
três milhões de mulheres, no minimo, talvez reprodução, parece ser lógico supor que
seriam biologicamente fixos e resistentes á
mudanças (exceto nas pequenas flutuações,
devido à privação e saciação) Espera-se que o
11010974-205).
alimento seja sempre um reforçador para uma
n Chipnua(lf76). pessoa com fome, enquanto ser espancado seja
M Uandura c Walters (1959. 1963). Hoffman
(I960)
11 Silver et al. (1969); Sptociu e Rigkr (I972>. ” Strauss ci al. (19»». O'Reilly (I963>
’* Martin (>976). “ Skinner (1971).
Prmcmtos c o Comocrtixniwia na Vifla Diana
dc privarão que outras pessoas poderiam dos americanos come 3.6 refeições de .
considerar aversivos.7 qualidade por dia. a media dos indianos come
0.7*
A pnvação extrema pode levar as
2. Privação Deliberada. As pessoas
pessoas a comportamentos extremos. Durante
deliberadamente se abstem de se alimentar
a grande fome de 1943 na China, as pessoas
ames da grande refeição do "Dia de Ação de
cortaram em tiras a casca das árvores, para
Graças", porque isto parece tomar a comida
terem algo com que encher seus estômagos
mais saborosa e lhes permite comer mais.
(embora a casca de árvore tenha um valor
Muitas vezes, deliberadamente, ficam
nutritivo minimo).9 Houve relatos de que
acordada* até se sentirem cansadas, antes de
crianças as vezes eram mortas e comidas, á
irem para a cama, pois a privação as faz
despeito das sanções culturais c morais contra
dormir raais profundamente, o que é mais
tal componamento. No inverno de I&46, um
agradável do que um sono leve e reparador.
grupo de pioneiros americanos - o grupo de
após uma privação mínima.
Donner - ficou preso nas montanhas enquanto
seguia para o oeste. Trinta e quatro pesso>as
J. Privação Obrigatória. As vezes, morreram de frio e fome. Muitos dos quarenta
maridos e esposas tém que viver em cidades e cinco sobreviventes não morreram de fome,
diferentes, por causa da localização de suas comendo os mortos10 Em outubro dc 1972,
escolas ou trabalho. Quando tém a chance de um avião com quarenta e cinco passageiros
se ver, sentem que os dias de privação colidiu com uma montanha coberta de neve
intensificaram o grau no qual o toque, a nos Andes, numa altura de aproximadamente
carícia e o ato sexual sio experiências 3.600 metros.11 Trinta e dois dos quarenta e
positivas Pessoas pobres era países cinco passageiros sobreviveram ao desastre.
subdesenvolvidos podem conhecer a privação Ao inves de morrerem de fome. os
obrigatória, para a qual há pouco alívio sobreviventes decidiram, depois de passadas
Muitas pessoas, em áreas superpopulosas da algumas semanas, cortar os corpos dos
África e Ásia estão quase sempre em estado companheiros mortos, cm pequenos pedaços, e
de privação de alimento Enquanto a maioria comê-los. Dezesseis pessoas sobreviveram
durante setenta e três dias dc frio e apuros, até
que chegasse socorro Sob privação extrema
’ Tendo observado que os reforçadores sâo efetivos de alimento, as pessoas são motivadas a agir
somente depois de um período dc privação e que a de maneira como nunca agiriam, cm outras
privação intensa i aversivn. alguns estudiosos circunstâncias
condulmn que a recompensa só é possível depois de
orna shuoçâo aventa anterior Isso crirn uma visâo
desanimadora da vida. na qual todo coroponarocoto é
motivado pela fuga oa esquiva de una condição PUNIDORES INCONDICIONADOS
aversta. Os cxempfas de privação natural dados no
texto deixam claro que a privação pode nâo ser
percebida por aquele que são ativos c ocupAdos A Tabela 6-2 relaciona alguns dos
Pessoas com grande repertório de Mivkbdcs punidores incondicionados que são comuns no
interessantes, qoe preenchem seu* dias, nfto sc dão dia-a-dia. Punidores incondicionados nâo sâo
coma do estado dc prtaçfto. tanto quanto aquelas que
tem pouco a fazer. Além do mais. atguns estímulos -
tais como temperatura o estimulação sensorial em * Pritchett <I9T$).
niveis ideais • n9o requerem privação para ’ Whhe U9T8).
funcionarem como reforçadores positivos (ver item
estimulação sensorial adianto 10Rbote 11973).
'Road (1974)
Pfiftc.piog do CorTiBonamgmo na Vxla Oátla R7
está assistindo, suas lembranças das palavras de com uma disposição neutra {nem alegre nem
seu amigo acrescentam estímulos preditivos que triste), uma feliz combinação de vários CS's
eliciam respostas emocionais antes que o com pequeno controle sobre emoções positivas
menino seja decapitado pejo assassino. pode colocá-lo numa boa disposição e tomar o
Enquanto vocc espera por esta cena homvct, seu dia bem feliz, sem que vocé consiga apontar
vocc estará pensando nas palavras dc seu amigo qualquer acontecimento cm particular que possa
c já estará experimentando os CS's didadores explicá-lo. A soma de vários CS’s com fraco
de medo. mesmo antes que o machado entre em controle sobre emoções aversivas pode ter o
açâo. Como resultado disso, vocc estará tendo efeho inverso; vocé pode ter um péssimo dia
uma dose extra de CS's eliciadores dc medo sem conseguir localizar uma única causa
porque você terá entrado no cinema com uma Naturalmente, quanto mais uma pessoa estuda
descríçlo vetbaJ da cena. Assim, na maioria dos as relações entre estimulos antecedentes e
casos, pedir a alguém que lhe come os homveis respostas emodonais, mais alerta se tomará
detalhes antes, apenas aumenta o número total para os eventos que afetam seus humores. Por
de CS's na sua colagem de estímulos. É o exemplo, ela pode começar a perceber que uma
mesmo que estar num avião durante uma série de experiêndas matinais agradáveis pode
tempestade e ouvir o passageiro do lado Talar ter um importante efdto no estabelecimento do
sobre os horrores dos acidentes de avião as tom emodonal que vai vigorar o dia inteiro. Se
palavras da outra pessoa aumentam o número vocé ouve una música alegre no rádio quando
de CS's que elidam o medo. Se vocé desejar acorda, pensa em algum assunto mais otimista
que o seu próximo filme de horror seja ainda durante o café da manhã, depois recebe um
mais amedrontador, peça a alguém para contá- telefonema bem humorado de um amigo,
lo a vocé antes de ir vê-lo. certamente começará o dia com uma seqüência
A habilidade de identificar o controle de positiva de pensamentos e sentimentos que o
estímulos pode ser cotnpensadora dc várias ajudarão a prestar mais atenção nos eventos
formas. Por exemplo, o humor de algumas positivos todo o dia.
pessoas costuma variar para melhor ou pior, Todo mundo está consdente de alguns
sem que elas saibam por que. Quando seus dos estimulos que afetam seus humores, e usa
sentimentos estão obviamente ligados aos este conhecimento para evitar CS’s que
estímulos presentes no momento _ como no produzem emoções indesejávds e procurar os
caso do filme de horror _ as pessoas não tem CS's que produzem respostas emodonais
dificuldade em ligar suas emoções aos estimulos agradáveis. Vocé está fazendo este tipo de
antecedentes. Mas a vida diária é muito mais controle dc humor quando toca seu disco
sutíl do quc um Glroe de horror, e as disposições preferido, quc lhe faz sentir-se bem c tambem
das pessoas podem melhorar ou piorar quando evita ler artigos de jomal que falem
gradualmente, sem que elas percebam quais são sobre assuntos deprimentes Quanto mais as
os estimulos antecedentes relevantes Muitos pessoas aprendem a identiftear os estimulos que
dos CS's de nossas colagens diárias de estimulos afetam seus humores, tanto melhor das saberão
tem apenas um fraco controle sobre nossas sdccionar os CS's para provocar cm si mesmas
emoções, portanto, seu efeito cm nossa os humores que desejarem. Depois de observar
disposição provavelmente passará despercebido, as correlações entre seus humores e os
a menos que tenhamos aprendido a procurar os estímulos antecedentes, algumas pessoas apren
estimulos antecedentes e suas respectivas dem a minimizar as discussões e as palavras
respostas emodonais. Não obstante, um grande ásperas (que elidam emoções desagradáveis} e
número de CS's fracos na colagem de estimulos a aumentar o uso de comentários agradáveis, do
pode ter um efeito acumulado significativo bom humor e da cordialidade (que eliciam
sobre as emoções. Se vocé acorda de manhá emoções agradáveis). Graças a isso das conse-
r--ut>t&s ao Camponam^Mt» na vwia D.Via S5
prolongar os efeitos dos rótulos verbais para memo, e depois pergunte que estimulos usual* •
muito depois que o interlocutor acabou de falar mente ocorrem logo antes e estão altamente
Os ruidos e a turbulência servem de S ^ s para correlacionados com o componamento Estes
lembrar as palavras do companheiro de viagem são os melhores candidatos a serem os estimu*
a respeito dos perigos ou da segurança dos os controladores daquele comportamento.
vôos, e estas palavras funcionam como CS's As pessoas geralmente acham útil
verbais internos que elidam medo ou relaxa
identificar os estimulos que controlam o
mento. Muitos passageiros aprenderam a se componamento que das querem emitir mais ou
acalmar em vôos muito agitados usando rótulos menos frequentemente O seguinte exemplo
verbais que sio CS's para respostas de relaxa mostra como a identificação do controle de
mento Eles se empenham em um longo estimulos pode ajudar uma pessoa a ter maior
diálogo interno sobre a segurança dos aviões
controle sobre si mesma Nick tem um problema
modernos, e assim gerara uma longa série de que aborrece tanto a ele mesmo quanto a seus
CS's vçrbais que eiiciam o relaxamento e amigos: VoUa t meia e lí perde controle do
contrabalançam os estimulos potencialmente temperamento e diz coisas das quais ele acaba
eliciadores de medo. se arrependendo. Para melhor entender c
Note que é muito mais difícil para os controlar este comportamento, ele pode tentar
rótulos verbais alterarem o estado emocional de identificar os estimulos antecedentes que
uma pessoa, quando a colagem de estímulos provocam sua raiva c as palavras desagradáveis
nlo é ambígua. Se alguém encontra uma que diz. Uma boa estratégia para ele é manter
situação realmente amedrontadora - como um um registro de todas as situações nas quais
terrível acidente de carro no qual t-odos os perde o controle. As perguntas sobre "quem,
outros passageiros morreram • mesmo milhares que, quando, e onde" são úteis na identificação
de palavras positivas e tranquilizadoras não dos estimulos antecedentes que controlam o
terão muito efeito em modificar as «moções comportamento s Quando Nick tem um acesso
eüeiadas por esta experiência claramente dc cólera _ ou mesmo quando ele se sente
aterromante. No outro extremo, quando uma próximo dc ter um _ ele pode se perguntar a
pessoa está provando uma das mais positivas respeito dos estimulos antecedentes “Quem
experiências da vida _ como se apaixonar por estava presente logo antes do momento cm que
alguém _ mesmo o maior cinico não encontrará eu comecei a sentir raiva? O que estava
palavras negativas suficientes para destruir a acontecendo0 O que está vamos fazendo e
beleza de toda a experiência dizendo? Em que eu estava pensando0 Onde e
quando estes eventos ocorreram?" Geralmente é
melhor escrever todas as pistas reveladas por
IDENTIFICANDO O CONTRO LE DE estas perguntas. Como provavelmente há
ESTÍMULOS muitos estimulos possiveis que estarão provo
cando sua raiva, pode demorar alguns dias para
que ele tenha uma quantidade suficiente de
Uma das melhores form as de se
auto-obscrvaçócs para identificar os CS's e S ^ s
identificar o controle de estim ulos dos que provocam a raiva e as palavras impensadas.
comportamcntos operantes ou reflexos è
procurar os estimulos que precedem e melhor Durante vários dias. Nick anotou breves
predizem a q w k comportamento. Inicialmente, descrições das pistas de contexto _ quem, que,
selecione um padrSo comum de comporia* quando e onde _ que estavam presentes logo
ames dc suas cxpiosòes começarem Kick
SO para operantes tais como procurar um emocionais, as quais causam mais um aumento -
dentista ou tomar um analgésico. Se seu na preocupação, o que pode levar a niveis
coração começa a bater rapidamente, as elevadíssimos de ansiedade. (Na verdade,
sensações internas podem funcionar como CS’s, estudos têm mostrado que outras pessoas
especialmente se você foi condicionado a se percebem menos nossas respostas emocionais
preocupar com taquicardia ou com a do que imaginamos A maioria das nossas
possibilidade de ter um ataque cardiaco * Da respostas emocionais ocorrem dentro de nossos
mesma forma um excesso de movimentos e corpos e essas respostas internas são menos
sensações desagradáveis no trato digestivo salientes para os outros do que para nós *.
funciona como um CS que elida ansiedade Saber disto pode ajudar muita gente a evitar
numa pessoa sensibilizada pela possibilidade de esta espiral de ansiedade crescente que resulta
contrair úlceras. Outra vez, estes estimulos da preocupação de que outros estejam
internos podem funcionar como S ^ s que percebendo suas emoções, quando enfrentam
levam a pessoa a fazer dietas, exercidos ou ir situações difíceis.)
ao módico. Estimulos internos podem também As pessoas aprendem a responder a
elidir sentimentos agradáveis Quando alguém estímulos externos, internos ou a ambos como
está numa boa condição física, as sensações dicas para um dado componamento. 0 compor
corporais fornecidas pela respiração profunda e tamento de comer, por exemplo, pode ser
pelos movimentos bem coordenados dos controlado por um grande número de estímulos
músculos, quando se faz jogging ou ginástica externos (tais como o relógio marcando meio
são provavelmente CS's dc origem interna que dia, estar na cozinha, o cheiro dcJtrioso de
elidam respostas emocionais agradáveis. Estes algum alimento, ver outras pessoas comerem,
mesmos estimulos internos podem servir de ser convidado a comer, etc.), e também por
S ^ s para se pensar sobre como é bom se sentir estimulos internos (as sensações estomacais
saudável e fone. que nos indicam a fome) As pessoas gordas
O comportamento de uma pessoa pode costumam comcr cm resposta a S ^ s diferentes
ser influenciado simultaneamente por estimulos das pessoas magras 9 Os magros tendem a
externos e internos. Os CS's externos responder principalmente aos S ^ s internos
produzidos por ouvir o patrão criticar seu fornecidos pelo estômago vazio, de forma que
trabalho podem produzir um "bolo* era sua eles não comem quando não estão com fome
garganta, um tremor na sua voz. palpitação, e Por outro lado. os gordos parecem comer
outras respostas emocionais. Estas respostas sempre que encontram qualquer dos inúmeros
servem de S ^ s internos para pensamentos do S ^ s que eles relacionaram à comida. Assim, ir
tipo: "Espero que ele não perceba que eu estou á cozinha pode resultar num consumo de mais
tão nervoso. Sc não, pode pensar que eu perdi 200 calorias, no caso dc um gordo, e nâo ter
o controle da situação". Seu pensamento de que qualquer efeito para um magro Todos os S ^ s
o patrão possa estar percebendo seu nervosismo presentes na cozinha induzem o gordo a provar
aumenta os CS's internos, que eliciam outras um pedaço do bolo. ir á geladeira, comer as
respostas emocionais • tais como suar * e estas sobras do jantar, etc. No caso da pessoa magra,
por sua vez aumentam ainda mais sua estes S ^ s externos têm pouca ou nenhuma
preocupação a respeito de seu patrão estar influência sobre o componamento, a menos que
percebendo seu nervosismo. Assim se forma um haja sinais internos de estômago vazio, que
circulo vicioso Cada novo aumento na sinalizam que ele precisa comer.
preocupação só faz aumentar as respostas
'. McEwancDcv«ns(t983).
r. Valins eR ay O * ’ ) * Schachier(1967)
Principio» oo C&«n&gna<T»y>to na V 4* tfeána M
que associa a marca X com CS's para ansiedade e sentimentos desagradáveis, e esses
sentimentos agradáveis. Depois dos ob CS's aversivos ajudam a suprimir os operantes
servadores terem visto repetidos anúncios que podem causar fogo ou acidentes.
positivos para a marca X, as experiências
Os meios de comunicação muitas vezes
tenderão a condicionar a marca X como um
apresentam CS's associados com ansiedade
CS com associações positivas, portanto um
para reforçar negativamente respostas de fuga
reforçador (exceto para aquelas pessoas com
ou esquiva. A maior parte das pessoas tem
forte condicionamento negativo em relação a
sido condicionada a ser sensível e estar alerta a
fumar). Se a loja local nào tiver um cigarro da
CS’s que eliciam emoções desagradáveis.
marca favorita do fumante, ele tem mais
Estímulos que sinalizem um aborrecimento
probabilidade de selecionar a marca X do que
iminente muitas vezes chamem nossa atenção e
uma marca menos bem anunciada.
assim nos ajudam a nos preparar ou nos
Esse tipo sutil de condicionamento prevenir de conseqüências aversivas. Somos
funciona? Uma indústria multi-milionária de negativamente reforçados por estar alertas a
propaganda existe, porque funciona. Para cada esses CS’s porque nossa preparação nos ajuda
dezena de pessoas que nunca mudarão de a evitar eventos aversivos associados com os
marca (ou não fumam), há umas poucas CS's. Propagandistas se aproveitam disso.
pessoas que podem mudar de marca se Uma gravura de uma casa em chamas e uma
expostas a repetidas experiências sutis de família desabrigada olhando desampa
condicionamento.10 radamente, fomece CS’s visuais que criam
Nem toda a influência dos meios de impacto emocional para a legenda do anuncio,
comunicação se baseia na apresentação de “O seguro de sua casa é adequado?". Essa
cena pode tomar o proprietário levemente
CS's que eliciam emoções de prazer. Drama,
ansioso. O leitor pode tentar tranqüilizar a
ficção, anúncios e notícias muitas vezes
utilizam CS's que eliciam medo, ansiedade, ansiedade aliciada pelos CS's verbal e
pictórico, lembrando-se da foto de que já tem
tristeza, compaixão, ódio ou outras respostas
emocionais, e esses CS's podem, em troca, um bom seguro, mas se o seu seguro e
inadequado, a pessoa pode continuar lendo o
suprimir certos operantes ou reforçar negativa
mente outros. Por exemplo, anúncios e anúncio em busca de informação que possa
diminuir o medo da perda.11 Se o tipo de
cartazes que foram projetados para suprimir
seguro que está sendo anunciado promete uma
comportamento, muitas vezes usam CS’s que
eliciam ansiedade. Zé Colmeia é mostrado ao generosa cobertura, ele se tomara um CS
lado de uma floresta em chamas, rodeada de associado com segurança e fuga da ansiedade,
simplesmente porque ele é emparelhado com
animais aflitos e desabrigados, sendo, todos
uma solução para o problema. Para o leitor
esses, CS's que eliciam sentimentos
preocupado, esse CS positivo reforça a leitura
desagradáveis. Anúncios exortando-nos a não
cuidadosa do anúncio e alimenta a
dirigir bêbados mostram um carro amassado
probabilidade de telefonar para a companhia
com um corpo sendo tirado numa maca, junto
de seguro.
com outros estímulos aliciadores do medo
associados com morte. O condicionamento Assim, CS's que eliciam emoções
Pavloviano produzido pelas mensagens desses agradáveis ou desagradáveis podem ser
meios de comunicação aumenta as chances de empregados para aumentar a freqüência do
que as pessoas respondam a incêndio em comportamento operante porque eles podem
florestas e a acidentes de carro como CS's para
11 Algumas pessoas aprendem a nâo olhar os meios
dc comunicação que retratam CS‘s aversivos
10 Bem (1970:700; Broad (1980). (Lcventhal, 1970).