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Ken O’Donnell
Tudo o que vejo tem o que pode ser chamado de valor adquirido e valor inato ou inerente.
O valor adquirido é aquele que foi assimilado diretamente por associação durante a existência.
O valor inato é o que sempre é, independentemente da aparência. Por exemplo, o valor adquirido
do ouro muda com as oscilações do mercado. Seu valor real ou inato prende-se ao fato de ser um
dos minerais mais bonitos. Ele é extremamente dúctil e maleável, por exemplo. Se me
perguntassem quais são as qualidades principais presentes num relacionamento harmonioso com
alguém, eu poderia imediatamente responder: amor, paciência, tolerância, entendimento, empatia,
e assim por diante. Como sei disso? Será puramente pela experiência? Posso me lembrar de
realmente ter experimentado completa e constantemente alguma dessas qualidades em algum
relacionamento? Provavelmente não.
Nesse caso, de onde vem essa ânsia pelo certo senão de um sentido inato do que é correto ou
bom? Como posso julgar ou perceber o nível de paz, amor ou felicidade de uma situação senão por
uma projeção dessas mesmas qualidades que estão dentro de mim? É como se elas se juntassem
como uma régua sutil para medir o que acontece a minha volta de forma que os ajustes internos
necessários possam ser feitos de acordo com a situação. Se é bom ou ruim, pacífico ou confuso,
minhas próprias qualidades inatas pelo menos me aconselham sobre o que está acontecendo.
O problema é que elas estão em estado latente e não se traduzem muito facilmente em ação.
Apesar de essas qualidades serem a base de meus ideais, quando estou enfraquecido sou incapaz de
aplicá-las deliberadamente de acordo com as exigências do momento. Elas precisam ser
fortalecidas.
Do mesmo modo, independentemente do que eu me tenha tornado como ser, meus atributos
inatos profundos ainda são os mesmos que sempre existiram em mim. É o meu âmago interior de
qualidade que, de fato, me inspira a buscar o ideal em tudo o que faço. Se me perguntassem sobre
uma lista de qualidades que são importantes em um relacionamento entre duas pessoas, coisas
como respeito, honestidade, sinceridade, abertura e outras automaticamente brotariam na mente.
Mesmo se eu nunca as experimentei em memória viva, ainda assim, eu as busco. O impulso de
buscar e de sonhar vem de minha própria reserva de atributos inatos, que só está esperando para
ser descoberta e trazida para a atividade prática.
Todos os direitos reservados. Arquivo disponível para download no site da Editora Brahma Kumaris: http://www.editorabk.org.br. Página 1 de 2
Lá você também encontra mais artigos e trechos de livros sobre espiritualidade e meditação Raja Yoga.
As qualidades inatas da alma são as fundamentais. Elas são tão básicas que constituem o
alicerce de todas as virtudes e poderes.
Elas são como as cores primárias, e as virtudes são as secundárias. Assim como o verde é feito
do azul mais o amarelo, as virtudes, como paciência, tolerância, coragem, doçura, e assim por
diante, são a combinação dessas qualidades básicas. Alguns exemplos:
O objetivo da meditação Raja Yoga é fortalecer meus próprios atributos inatos de forma que
meu comportamento possa ser naturalmente virtuoso.
*Este texto foi retirado do capítulo IV do livro Caminhos para uma consciência mais elevada. Também estão disponíveis
para leitura, trechos dos capítulos de I a IV, no site da Editora Brahma Kumaris]
Ken O’ Donnell é consultor, escritor e coordenador da Organização Brahma Kumaris na América do Sul.
Autor de diversos livros: A Alma no Negócio, O Espírito do Líder, Reflexões para uma Vida Plena, dentre outros.
Para adquirir o livro Caminhos para uma consciência mais elevada, clique aqui.
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