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Os processos que dão origem a globalização econômica tange (a) ao crescimento

extraordinário dos fluxos internacionais de bens, serviços e capital, pois o período corresponde
entre os anos 1982-2000 houve um aumento significativo na renda mundial, cuja taxa média
anual da ordem cresceu 6,3%, ocorrendo também crescimento nas exportações de bens e
serviços e no estoque de investimento externo direto, implicando nas grandes transações
mundiais; (b) ao acirramento da concorrência internacional, que levou a um estímulo para o
desenvolvimento econômico e para as políticas de relações exteriores; (c) à crescente
interdependência entre agentes econômicos e sistemas econômicos nacionais, em que as
exportações e as importações de bens e serviços cresceram a taxas superiores à renda
nacional, provocando o aumento do grau de abertura externa das economias nacionais. Assim,
podemos entender a globalização econômica como sendo a ocorrência simultânea entre esses
três processos.

As causas determinantes da globalização econômica têm origem sistêmica, política e


tecnológica. Entretanto, a raiz para a sua causa básica é de natureza sistêmica. Há momentos
em que o capitalismo põe a capacidade de investimento na produção de bens e serviços
superior à absorção do conjunto da economia, tendo a necessidade de se encontrar macro
saídas para o capital excedente quando as suas expectativas (dos capitalistas) encontram-se
desfavoráveis. Assim, o País procurará o mercado internacional para deslocar a produção ou o
capital para o exterior, resultando na internacionalização da produção por meio do comércio
exterior ou do investimento externo. Isso significará na aceleração dos fluxos de comércio e
investimento internacional, o acirramento da concorrência e a maior integração entre as
economias nacionais. Tecnológica, pois o avanço e desenvolvimento da tecnologia oferecerão
novos bens e serviços e, portanto, a “oferta cria sua própria demanda”, aumentando o fluxo de
transações econômicas. Política, pois a transferência de renda de indivíduos com baixa
propensão a consumir para indivíduos com elevada propensão a consumir tende a ter impacto
positivo sobre a demanda agregada, envolvendo também gastos públicos e militares. Em
síntese, a causa básica da globalização econômica é a necessidade das economias
desenvolvidas de expandir os seus mercados.

A globalização econômica é fundamentalmente conceituada à tramitação de bens e serviços


de País origem ao País não residente, e é dada ao comércio, investimento externo direto e
relações contratuais. É composta por quatro formas: comercial, produtiva, tecnológica e
financeira. A forma comercial diz respeito ao comércio internacional de bens e serviços,
enquanto que a produtiva, refere-se às operações de empresas transnacionais, que possui
controles subsidiários e filiais em outros países. Já a forma tecnológica, engloba, em grande
parte, a transferência de know-how ou direitos de propriedade por meio de relações
contratuais, enquanto que a forma financeira, englobará os fluxos internacionais de capital e
empréstimo, financiamento e investimento externo indireto, abarcando transações com ativos
financeiros que dispensam controle sobre o agente econômico receptor do investimento.
Os principais atores da globalização econômica são os Estados Nacionais, sabendo que o
Estado é uma instituição que possui o monopólio da foça, da moeda e da definição de normas
que regulam as coisas, as pessoas, o capital e o território. Sabendo também que o cenário
internacional é o conjunto de territórios nacionais que mantêm relações entre si, utilizando
instrumentos econômicos (comércio, empresas, capital, tecnologia) para alcançar sues
objetivos políticos (e militares). De forma simultânea, as classes dominantes utilizam
instrumentos de poder do seu Estado Nacional para defender seus interesses econômicos no
sistema vigente, sendo o poder do Estado Nacional determinado pela riqueza nacional, ao
mesmo tempo em que a determina.

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