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A BÍBLIAем esboço

Introdução.
esboço
e análise
de cada livro da Bíblia
Лее
6a EDIÇÃO -1 9 9 4

EDITORA DOIS IRMÃOS LTDA.


RUA CANINDÉ, 24 - JACARÉ
20975-010 - RIO DE JANEIRO
ANÁLISE № 1 MENSAGEM:
Palavra- Chave: “O Princípio” O fracasso do hom em sob todos os
Verso-Chave: 1:1
O LIVRO DE GÊNESIS aspectos e a salvação de D eus para
cada situação

O ÓDIO DO INIM IGO


1) Existem, na Bíblia, dois livros que o grande inimigo da humanidade odeia de maneira particular e, contra os quais, tem usado todo seu poder para os desacreditar: - Gênesis e Apocalipse.
2) Tenta aniquilar Gênesis atacando-o por intermédio dos cientistas e críticos modernos, e procura dar fim ao Apocalipse persuadindo os homens de que é um livro por demais misterioso.
3) Por quê esta aversão? - indagareis. Porque ambos profetizam sua derrota. Gênesis nos mostra quem executaria e Apocalipse fornece os detalhes e sua execução.

O SEU GRANDE VALOR


1) Em múltiplos aspectos é o livro mais importante da Bíblia. Todos os fatos, verdades ou revelações principais, têm seu germe neste livro. Melanthon disse: “Todo o livro de Gênesis excede, em doçura,
a todos os demais” e, “Não há outro livro tão lindo e amável”.
2) O Dr. Bullinger disse: “Gênesis é o germe de toda a Bíblia e é essencial para uma compreensão real de cada parte. E o alicerce onde se apoia e sobre o qual se edifica a revelação divina. Gênesis não somente
é o fundamento de toda a Verdade, como é, também, o livro da origem e forma parte de toda a inspiração subseqüente. Por isso, é o livro dos inícios nas Sagradas Escrituras.

O SEU A U TO R E SUA O RIG EM


1) O livro foi escrito por Moisés. Como conseguiu os elementos? Seria mera coleção de documentos antigos? Examinai as mais antigas relíquias e vereis a impossibilidade de aceitar tal teoria.
2) E uma recordação, escrita, dos ensinos tradicionais? Pensam, assim, muitos e isso não é tão impossível como alguns imaginam. Milton, no seu “Paraíso Perdido”, descreve a cena em que Gabriel relata
a Adão as maravilhas da Criação. Isto é pura ficção! Porém, sem dúvida, Deus comunicaria a Adão esse conhecimento. Adão, por sua vez, o transmitiu a Metuselá, este a Noé, naturalmente, Noé a Sem
e Sem narrou, o que conhecia, a Abraão que o revelou a Isaque e, em linha de sucessão, esse conhecimento veio a Moisés.
3) Em Atos 7:37-38 se dissipa toda a dúvida quanto a origem do livro; foi recebido das mãos de Deus por Moisés - nasceu no Monte Sinai.
4) O Dr. Adão Clark escreve: “A narração é tão simples, tão semelhante à verdade, tão consistente nos mínimos detalhes, tão correta nas suas datas, tão imparcial nas biografias, tão segura nos pontos filosóficos,
tão pura em sua moralidade, tão benévola em seus desígnios que não deixa campo para a menor dúvida quando se afirma que jamais poderia ter origem humana.”

SEU ESTILO
Foi escrito em prosa e não como poesia. Isto é importante. A poesia, geralmente, aparece como atavio próprio à mitologia e à lenda, como nos livros antigos. Gênesis não foi escrito em estilo mitológico
mas, rigorosamente histórico; pois, é história e fatos e não fábula.

SUA ANÁLISE
1) Poderia dividir-se em onze seções, tendo por princípio de cada seção a expressão “a geração de”, exceto na primeira. Exemplo: Seção I, cap. 1 a 2:3, Seção II, cap. 2:4 a 4:26, Seção III, cap. 5:1
a 6:8, etc.
2) Para uma análise fácil, tomando “o princípio” como palavra chave, temos nove seções.
(b) A H IST Ó R IA
Divisão ( a ) A HISTÓRIA PRIMITIVA ABRANGENDO UM PERÍODO DE MAIS DE 2000 ANOS PATRIARCA L
m ais de 300 anos

(2) (3) (4) (S) (6) (7) (8) (»)


( i) 0 p rin c íp io da 0 princípio do 0 p rin c íp io das 0 p rin c íp io da 0 p rin c íp io da
0 principio do 0 princípio das 0 princípio da O princípio da
universo material raça hum ana pecado hum ano revelações da red en ção fam ília h u m an a civ ilização ím pia n ações do m undo confusão das línguas raça hebraica

1:1-25 1:2« - C a p . 2 3:1-7 3 i8-24 4 :1 -1 5 4:16 - C a p . 9 10 11 12-50

1) V erso 1, dá-nos a criação 1) 0 ho m em criado, n ão evo­ 1) N otar: M exendo co m aPala» 1) A prim eira prom essa d e um 1) A prim eira fam ília 1) A p rim e ira cidade constru­ 1) U m a seção im portante! 1) A p rim eira tentativa de 1) E sta seção é, sobretudo,
original lu íd o vra de D eus. A m u lh er tirou R edentor; o p rin c íp io das íd a e a v id a de um a cidade união fo ra dos prin c íp io s biográfica
da palavra de D eus e a c re s­ rev elaçõ es su b seq u en tes 2) A p rim eira contenda fam ili­ in iciad a p o r um hom icida. 2) T em os, aqui, a docum enta­ de D eus
2) b a ía s 45:18 revela que 2) C o lo c ad o n a p o s se d o d e­ cen to u algo ar originou-se por c au sa da ção titula r das nações 2) Tem os, nela, a h istó ria de
Deus não a criou como serto tran sfo rm ad o 2) Na p ró x im a referê n cia ao religião 2) Conf. 4:23-36 2) E sta tentativa de unir a A braão, Isaque e J a c ó
aparece no verso 2
“ É den" é a p alav ra aeadla- 2) Ela querubim n ão encontram os hum anidade em Babel será
na para “d eserto" “V iu” a espada p o r cau sa d o san- 3) 0 original dá o sen tid o de rep etid a pelo anti-cristo.
3) Conf. II Pedro, 3:5 e 6
“to m o u ” pecado ser co m o u m a b esta V. A pocalipse 17
4) Os 6 dias foram dias de “com eu” fx !'2 5 :2 0 feroz, etc.
reconstrução “deu”

SUA MENSAGEM
l) Principal característica: - o fracasso do homem, sob todas as condições, suprido pela Salvação de Deus; 2) Foi necessário que o homem, pelo fracasso reconhecesse sua fraqueza e insuficiência, antes de aceitar,
voluntariamente, a Deus; 3) Neste livro vemos como o homem falhou: a) num ambiente ideal - Éden; b) Sob o reino de sua consciência, - da queda ao dilúvio; c) Sob o Reino Patriarcal, - de Noé a José; Nota: 0 livro se
inicia com Deus e termina com um esquife; 4) A falha humana suprida pela Graça e Atividade divinas;"... mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”; - Romanos, 5:20.
ANÁLISE № 2 MENSAGEM:
Versos - Chave 3:8 e 12:23 Redenção pelo sangue

O LIVRO DO ÊXODO
LIVINGSTONE E EXODO
Durante as Conferências do Centenário de Livingstone, chamou-se a atenção do povo para a sua dedicação e amor ao estudo da Bíblia. Fazia das Escrituras Sagradas o objeto constante de seus estudos.
De certa feira, quando se julgou ameaçado de grande perigo, leu a Bíblia completa, quatro vezes. Mais tarde, viu-se, em sua vida, que os livros de Gênesis e Êxodo ocupavam sua mente, sendo Moisés
o seu herói favorito. E, era assim que, aquele poderoso varão de Deus, mantinha aceso o fogo de um santo entusiasmo e coragem.

ÊXODO - UMA SEQÜÊNCIA DO GÊNESIS


O intervalo que vai do Final de Gênesis ao início do Êxodo, mede três séculos e meio. Desde a descida de Jacó ao Egito até o advento da perseguição, decorreram 115 anos. Alguém já disse que, este
“silêncio de 350 anos é quase tão terrível na sua grandeza como a solidão do Sinai no Monte do Senhor”. Êxodo é uma seqüência de Gênesis; se em Gênesis se fala da queda do homem, sob quaisquer
formas ou condições;em Êxodo, vemos Deus apressando-se, solícito, em libertar o homem para o redimir, emancipá-lo e enriquecê-lo!
Nos versos-chave citados ao alto temos, em 3:8 a declaração formal de Deus, fixando Seu propósito e em 12:23 como o executaria. Êxodo é o livro da Redenção. Notar como começa: na escuridão
e tristeza, e termina em glória. Ao seu início, relata como a Graça de Deus veio a um povo escravizado, para o libertar; e, ao seu término, mostra a Glória de Deus baixando para habitar com Seu povo,
redimindo.

O MODELO DA NOSSA REDENÇÃO


Nada se constrói, - máquina, barco ou casa - sem que se elabore um plano e se esboce um modelo. Nossa salvação obedece ao plano elaborado por Deus antes da fundação do mundo, o modelo o
encontramos em Êxodo. - “Êxodo é o quadro histórico que reflete a obra da Graça Divina na redenção e restauração do homem pelo próprio Deus e para Si mesmo, por meio de Jesus Cristo, nosso apóstolo
(Moisés) e sumo sacerdote (Aarão)”. A história do Êxodo vive em todas as almas que almejam libertar-se da influência corruptora do mundo. Partindo deste ponto, observa-se que o livro é humano desde
seu primeiro até o último verso. Os fatos aí narrados são figuras e foram escritas para nossa admoestação. Estudamos o livro de Êxodo para compreender o método de Deus na salvação do pecador, e os
gloriosos propósitos desse mesmo Deus na realização dessa tarefa.

A DIVISÃO
O livro tem duas divisões e cinco seções, como veremos no quadro que se segue:

A) A NARRATIVA 1-19 B) A LEGISLAÇÃO 20-40

( 1) ( 2) . ( 3) . (4) . (5) .
Escravidão REDENÇÃO EDUCAÇAO CONSAGRA ÇAO ADORAÇAO

1e2 3-15:21 15:22-19 20-23 24-40

1) Eis, aqui, a condição miserável do 1) Aqui notamos Deus em graça bai­ 1) Começa a educação de Israel: tudo 1) Aqui, aprendemos que os redimi­ 1) Os redimidos devem ser adorado­
povo que Deus redimiu mais tar­ xando a Israel para o libertar e como, convergindoa levaropovoa apren­ dos devem fazer, sempre, a von­ res e devem adorar como Deus o
de. pelo sangue, se operou a redenção. der que dependia unicamente de tade de seu Redentor, e consa- tem determinado.
Deus. grar-seao seu serviço. Para isso,
2) Eventos: 2) Eventos: Deus mesmo provê a regra para 2) Evento:
a - nascimento de Moisés, a - chamada de Moisés, 2) Eventos: sua fé e conduta. A entrega da Lei Cerimonial
b - adoção de Moisés, b - volta ao Egito, a - Mara e Elim,
c- renúncia de Moisés, c - conflitos com Faraó, b - o deserto de Sir, 3) Esta é uma seção riquíssima do
2) Eventos:
d - fuga de Moisés, d - Israel emancipado. livro.
c - Refidim, A entrega da Lei Moral.
e - casamento de Moisés: d - Amaleque e Jetro. Deus designou tudo para o Taber­
3) Esboço da vida de Moisés:
3) Hoje, Ele grava Sua lei nas tábuas náculo.
a - durante 40 anos pensou ser al­
3) O terrível sofrimento de Israel, 3) Notar: geral mente aos Maras suce­ dos corações dos redimidos, pelo Consequentemente, são artigos sa­
guém,
a - para o despertar b - durante 40 anos aprendeu que era dem os Elins. Espírito Santo que os ilumina e grados e nenhum deveria ser omi­
b - para o purificar ninguém, guia nos caminhos do Senhor. tido em nosso estudo devoto.
c - para o unir c- durante 40 anos descobriu aquilo O amor de Deus torna doces as
d - para o desencantar que Deus pode fazer com um “nin­ águas de Mara, que não remove!
guém”.
ANÁLISE № 3 MENSAGEM: 1. O acesso dos redimidos a Deus,
Palavras-Chave: somente pelo sangue
“Santidade e Expiação” 2. A santidade dos redimidos, um
O LIVRO DE LEVÍTICO imperativo

TÍTULO
O nome de “Levítico” foi dado ao terceiro livro de Moisés, pelos “setenta” quando o traduziram da língua original, o hebraico, para o grego. No hebráico o nome é: “Vá-yich-rah”, e significa: “E Êle chamou”.
A forma do nome atual é humana, atendendo ao fato de que o livro faz ordenanças para os levitas, - embora sejam eles mencionados só uma vez em 25:32,33. A forma original é divina, condiz melhor ao conteúdo
que friza o apelo de Deus aos redimidos para se achegarem a Ele em comunhão e adoração e para se santificarem no corpo e na alma.

TEMPO
Todas as instituições dadas e os eventos recordados neste livro, abrangem o período que vai de 1 de Abril, quando o Tabernáculo foi levantado, (Êxodo 40:2,17 e Lev. 1:1) até 20 de Maio, quando os israelitas
partiram do Monte Sinal. (Números 10:11).
“Considerando que a narrativa abrange somente um mês” - escreveu o Dr. Parker - “pode considerar-se este livro como o mais notável do Velho Testamento”.

PARA QUEM FOI ESCRITO?


Levítico foi escrito para o povo redimido a fim de instruí-lo como aproximar-se de Deus e como adorá-lo. Em Gênesis, vemos o homem arruinado; em Êxodo, o homem redimido; e em Levítico, o homem
adorando. Todas as figuras falam de adoração enquanto as do Êxodo dizem respeito à redenção. Levítico é, por excelência, o livro da adoração.

PECULIARIDADES
1) Notar como se abre, magestosamente, este livro! É o primeiro, num grupo de somente três, que possuem a mesma introdução. Os outros dois são: Números e Josué. Tal sentença introdutória:
“E chamou o Senhor”, revela a importância da comunicação que segue.
2) Notável professor bíblico chamou a atenção para o fato de que em Levítico não se nomeia o Espírito Santo uma vez sequer, quando o é nos demais livros do Pentateuco; diz ele: “porque aqui
tudo se refere a Cristo, e a obra do Espírito Santo é glorificar o Senhor”.
3) Em nenhum outro livro da Bíblia encontramos tantas mensagens diretas de Deus, como neste. “O Senhor falou”, - “disse”, - “ordenou”, se encontram 56 vezes; “Eu sou o Senhor”, 21 vezes;
“Eu sou o Senhor vosso Deus”, 21 vezes; “Eu sou”, 3 vezes; e “Eu o Senhor, faço”, duas vezes.

A MENSAGEM
1) Uma das palavras chave do livro é “Santo”. Aparece 87 vezes. A outra palavra chave é “Expiação”, e aparece pelo menos, 45 vezes.
2) O problema é: - Como pode um pecador aproximar-se de um Deus Santo? - Como terá acesso a Deus? - Quem decidirá tal questão? - Somente Deus. Este livro mostra que os seus remidos terão
acesso a Ele, com todos os privilégios que decorrem da comunhão e adoração, na base do sacrifício, pelo derramamento de sangue.
3) Outra mensagem do livro, que nos surpreende, é a insistência na santificação do corpo a par da santificação da alma. Levítico, ensina que os remidos devem ser santos porque seu Redentor é Santo, 19:2.

ANÁLISE

A Sua Mensagem básica A SANTIDADE DE DEUS Ensinando definitivamente


(1) (2)
Em face de Santidade de Deus, o E, ainda, em face da Santidade de Deus, a

ACESSO SANTIDADE
dos seus redimidos a Ele, é assegurado unicamente na base do sacrifício, pelo derramamento de tanto do corpo como da alma do redimido, é um imperativo, indispensável. Verso-chave, 19:12
sangue. Verso-chave, 17:11

1-10 11:27

1 - AS 5 OFERTAS, cada uma representa um aspecto distinto da oferta única de nosso Senhor 1 - AS LEIS DA PUREZA: 11-16
Jesus Cristo. 1-6:7 O povo santo deve ter: (a) alimento puro (11); (b) corpos puros, 12-14:32; (c) lares puros, 14-33:57; (d) hábitos
puros, 15; (e) constante contato com o “sangue”, 1 6 - 0 capítulo 16 é o grande capítulo da Expiação.
2 - A LEI DAS OFERTAS, fornece particularidades da ordem, dispositivos, etc, 6:8-7 2 - RECAPITULAÇÃO DAS DIVERSAS LEIS: 17-26
O povo santo deve observar: (a) adoração pura, 17:1-9; (b) um santo respeito pelo “sangue”, 10-16; (c) moral
3 - 0 SACERDÓCIO: 8-10 pura, 18; (d) hábitos e vestuários puros, 19-26.
(a) a chamada 8:1-5; (b) a purificação, 6, (c) o vestuário 7-13; (d) a expiação, 14-29; (e) a unção, 30; (f) o Notar as festas, Levítico 23.
alimento, 31-36; (g) o ministério, 9; (h) a falha, 10. 3 - AS LEIS TOCANTES AOS VOTOS: 27
ANÁLISE № 4 MEN SAGEM: Os redimidos:
Palavras-chave: 1. São salvos para servir
Serviço, Trabalho, Guerra, Jornadas 2. Devem combater a incredulidade
O LIVRO DE NÚMEROS
NOME
Números é o nome pelo qual, geralmente, é conhecido o quarto livro de Moisés. E, assim chamado porque registra os dois censos de Israel: um, em Sinai, cap. 1, e outro, em Moabe, cap.
26. No original hebraico seu nome é “B’ midbar”, e significa - “no deserto”, título mais adequado aos relatos do livro, que põem em evidência as viagens, peripécias e experiências dos israelitas
no deserto. É o livro do deserto.

CARÁTER
Parte do livro tem caráter histórico, e parte tem caráter legislativo. É o livro da peregrinação, da guerra, do serviço, e, infelizmente, das faltas.

MENSAGEM
O livro tem uma tríplice mensagem:
1) Um dos pensamentos principais é “serviço”. E, é a mensagem que encontramos bem à sua entrada. O povo do Senhor é salvo para servir. Notemos quanto tem de significativo na ordem
das mensagens dos quatro primeiros livros da Bíblia: em Gênesis, o homem arruinado, caído; em Êxodo, já redimido para, em Levítico, adorar e, assim, em Números, poder servir. É
esta a ordem divina. Somente uma alma salva, e que adora ao Senhor, está qualificada para Seu serviço.
2) Na segunda mensagem, o pensamento central é “ordem”. Ordem, indispensável, no serviço e no viver! A ordem é a primeira lei do céu. Notamos, aqui, a organização do acampamento
e do serviço do Tabernáculo. E, nessa ordem, Deus desejava que o Seu povo sempre andasse!
3) Temos, então, a terceira mensagem. A falta do povo de Deus, assume graves proporções ao lermos essas páginas. Falta oriunda da incredulidade!
Por isso, este livro clama aos redimidos: “Acautelai-vos da incredulidade. Mas, graças a Deus nem tudo foi falta. Na última seção do livro, Israel surge, vitorioso, restaurado ao favor
de Deus.

ANÁLISE

Tempo: 20 dias Tempo: 37 anos Tempo: 9 meses


a) EM SINAI b) DE SINAI A CADES EM M OABE
V .l r l e 10:11 e 11 meses e 10 dias
( 1) (2) (3 )
Método de A triste A gloriosa
SERVIÇO FALTA VITÓRIA
no deserto no deserto no deserto
1-10 11-20 com 21:5-9 e 25 21:1-4 e 10 até 36
1. Na batalha 1 A nota predominante desta seção é a vitória, mesmo a despeito de algumas
N0 2. Num campo em ordem 2
Esta é uma seção verdadeiramente triste. Enumeram-se, nela, nada
menos de oito murmurações, como seguem: faltas. Como castigo de seu pecado em Cades, a velha geração se estinguira.
Deus se apossa, novamente, de Israel.
1. Contra o caminho no qual Deus os estava guiando, 11:1-3
SERVIÇO 3. No Tabernáculo
4. Num campo puro
3-4
5
2. Contra a comida com a qual Deus alimentava, 11:4-35
3. Contra o líder que Deus lhes dera, 12
1. A vitória sobre o rei de Arade, 21:1-3
2. A vitória sobre os reis Siom e Ogue, 21:21-35
DO 5. Numa vida nazarena
6. Nas dádivas não solicitadas
6
7
4. Contra a terra que Deus lhes prometera, 13-14
5. Contra o juízo que Deus pronunciara contra eles, justamente; 14:39-45
3. Balaão e Balaque, 22-25
4. Segundo recenseamento, 26 (Mostrando um decréscimo de 1.820 em
SENHOR 7. No serviço Aarônico e Levítico 8 6. Contra as Suas ordens, 16-17
7. Contra a sede, 20:2-13
relação ao recenseamento do Cap. 1)
5. A Lei da herança, 27
8. Contra a provisão de Deus, 21:4-9 6. Josué designado para suceder a Moisés, 27
7. A ordem das ofertas e votos, 28-30
OUTROS 1. Legislação da Páscoa
2. A nuvem-guia
9:1-14
9:15-23
Durante esses 37 anos a história de Israel se ofusca, quase se apaga. As
murmurações em 20:2-13, evidenciam a primeira prova e insucesso da nova 8. A vitória sobre os midianitas, 31
9. Os preparativos para a posse da terra, 32 até 36
geração, mostrando, assim que, em nada era superior aos seus antepassados.
CUIDADOS 3. A Legislação das trombetas 10 Notar a legislação de 15, 18 e 19
Análise № 5 MENSAGEM:
Palavra chave: “Obediência” O verdadeiro motivo para a obedi­
Versos-chave: 5 :2 9 ,10:12;13 ência e necessidade da obediência
11:26-28 e 28-1 O LIVRO DE DEUTERONÔMIO
O LIVRO

Deuteronômio é o quinto livro de Moisés. Seu nome significa “A Segunda Lei”, bem que, o livro não contém uma nova lei mas as leis dadas no Sinai 39 anos antes, aqui são revistas e comentadas. Impunha-
-se, com urgência, tal repetição. A exceção de Calebe e Josué, todos quantos saíram do Egito e receberam as leis no Sinai, não mais existiam, daí a necessidade de dar à nova geração, com toda a ênfase,
essa repetição. Dessa tarefa se desincumbiu Moisés, numa série de discursos nas planícies de Moabe, ao fim de 40 anos dejornadear errante e exatamente um mês antes da travessia do Jordão pelos israelitas
para se apossarem da terra prometida. Esses discursos dirigidos, oralmente, ao povo (cap. 1:3) foram, posteriormente escritos e reunidos em forma de livro. (Cap. 31:24-26).

O LIVRO USADO POR JESUS


Poderia-se supor que este li vro tenha merecido particular estima da parte de Jesus Cristo, nosso adorável Senhor, durante sua infância, mocidade e vida de varão, pois, no conflito que manteve com o tentador
(Mateus 4:1-11, Lucas 4:1-13 com Deut. 8:3,6:16, 6:13 e 10:20) todas as citações eram deste livro. A julgar pelas muitas citações que aparecem nos livros dos profetas, devia ter sido o livro favorito deles
também.

SATANÁS TEM MEDO DESTE LIVRO


Este livro tem sido alvo de terríveis ataques por parte da “Escola de Alta Crítica”. A data do livro é questão importante na crítica do Velho Testamento. Sustentam os críticos que o livro não foi escrito
por Moisés, mas, por um autor desconhecido, no mínimo 600 anos depois; dizem mais, que o Pentateuco foi, em grande parte, escrito para glorificar o Sacerdócio em Jerusalém e, particularmente, para
estabelecer em Jerusalém o único templo para a adoração em Israel. Como explicar, então, o fato de que o nome de Jerusalém não só é totalmente ausente em Deuteronômio, como também não é citado,
uma vez sequer, nos demais livros de Moisés? Recordando-nos como Jesus o usou, não nos admira que Satanás o odeie e tente desacreditá-lo.

NOTÁVEIS REFERÊNCIAS NESTE LIVRO


Deuteronômio contém: 1) a primeira referência aos filhos de Belial, 13:13; 2) pela primeira vez encontramos a lei de pendurar no madeiro o condenado à morte, 21:22,23; 3) a única referência no Velho
Testamento à grande visão recordada em Êxodo, 3, que precedeu a chamada de Moisés e a libertação de Israel, 33:16; “Aquele que habitava na sarça”, e a grande profecia acerca dum profeta que havia de
vir - Cristo! (18:15-9)

MAIS DO QUE REVISÃO


Este livro é muito mais do que uma recapitulação e do que uma revisão da Lei dada em Sinai. Com autoridade foi dito que: “o livro recorda o passado olhando para o futuro”. O livro inteiro é um tratado
divino sobre a obediência. Moisés já percebera bastante (Num. 20:1-6) que a nova geração não era superiora de seus pais, e reconhecia, que tudo dependia da obediência: - sua própria vida, a posse da Canaã,
a vitória sobre seus inimigos, a prosperidade e a felicidade. Assim com todo o vigor de uma natureza ardente, ele roga à nova geração. Ele mostra quanto Deus anceia para que O obedeçam, (5:29) porque
eram seus, (1:3,14:1) porque os amou, (4:37 e 7:7,8) porque desejava preservá-los e os fazer progredir, (4:1,40-5:29 -6:2,3,24, etc.) e que, pela gratidão a Ele devida, pela sua graça, misericórdia e privilégio
imenso que lhes concedeu, eles deviam render-lhe tal obediência, (4:7,8) - 5:6 - 4:33). Toda a beleza e força deste livro só pode ser apreciada quando o lemos duma vez. Como é forte, poderoso, no exortar
e em apelar ao coração.

ANÁLISE Há oito discursos distintos e separados, com um capítulo final sobre a morte de Moisés.

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (?) (8) (9)


l s Discurso 2- Discurso 32 Discurso Ar Discurso 52 Discurso 69Discurso 7- Discurso 86 Discurso 9! Discurso
Retrospecto Revisão Aviso Aliança Conselhos Instrução Cântico Bênção Moisés

Cap. 1 - Cap. 4:43 Cap. 4:44 - Cap. 26 Caps. 27 e 28 Caps. 29 e 30 Cap. 31:1-23 Cap. 31:24-29 Cap. 31:30 e Cap. 32 Cap. 33 Cap. 34

1. A falta em Cades 1. 0 maiordos discutsos 1. Instruções quanto à 1. Nesta aliança se es- Últimos conselho de 1. Este é um discurso, Um salmo sublime Este discurso é, real- 1. Morte, solitária,
Barnéia, 1 2. Aqui, Moisés revê solenidade da ceri- ta bei eceu as condi - Moisés: aos Levitas, com mente, uma profecia como é toda a morte
2. Suas jornadas, as leis moral, civil e mônia ao ser realiza- ções para Israel 1. A todo Israel, 1-6 respeito a preserva- Notar: pelo verso 44 notável 2. Morte ante uma visão
2-3 cerimonial da ao entrarem na entrar na terra pro- 2. A Josué, 7 e 8 ção do livro de Deu- se deduz que Moisés 3. Morte no abraço di-
3. Aplicação deste 3. Notar: 5:22 Canaã metida 3. Aos Sacerdotes, 9-15 teronômio cantou em dueto com Notar no Cap. 33: vi no
retrospecto, 4:1-10 “e nada acrescen- 2. Notar: o altar foi 2. Observe-se a ênfa- 4. Aviso de Jeová, 14-21 2. Notar: o verso 26, Josué V. 23-Separado Pode ser traduzido
4. Cidades de refúgio, tou”, a perfeição e edificado sobre o se dada à circunci- Notar a tristeza de significa, literal- V. 23-Satisfeito “Morreu pelo beijo
4:41-43 a finalidade dos 10 monte da maldição! são do coração - Jeová, nessa Sua de­ mente: “ perto do Israel acompanhando V. 29-Salvo de Deus”
mandamentos. 27:5. Este éo Evan­ 30:6 claração. lado da Arca” no coro
gelho
ANÁLISE № 6 MENSAGEM:
Versos-chave: 11:23; 21:44, 45 A fidelidade de Deus declarada
e demonstrada
O LIVRO DE JOSUÉ
OAUTOR
Não há razões para duvidar de que Josué fosse o autor deste livro. O Talmud afirma que Josué o escreveu todo, exceção feita aos últimos cinco versículos, atribuídos a Finéias 24:33. Certamente foi escrito
em tempo anterior a Davi, 15:63, (pois, este expulsou os jebuseus) enquanto que Raabe, a esse tempo, ainda vivia. 6:25.

O CARÁTER
O livro é uma narrativa da campanha militar chefiada por Josué, sucessor de Moisés, e pela qual Israel conquistou a terra prometida. É um livro agressivo e está para os cinco livros de Moisés como “Atos
dos Apóstolos” está para os quatro evangelhos.

A MENSAGEM
E importante notar que é muito mais do que uma simples história de guerras, por mais interessante que seja. Tem uma quádrupla mensagem: (1) A principal é a fidelidade de Deus. Estudai os versos-chave
indicados acima e vereis como E leé fiel ao que prometeu. Certamente que o é, nem poderia ser de outra maneira! Este livro, pois, declara a demonstra essa fidelidade. (2) Mostra também o valor da regra que
para gozar as dádivas divinas é necessário apropriá-las. (3) A terceira mensagem revela o horror e o ódio que Deus vota ao pecado. Esta guerra era punitiva. Os cananeus estavam tão imersos no pecado, ao
qual se entregavam sem reservas, na prática de vícios horrendos eabomináveis que, a espada flamejante da justiça de Deus, tevede ser desembainhada. (4)A quarta mensagem tem sentido espiritual. Esta campanha
militar é o tipo da guerra do Espírito. Os cananeus representam as nossas concupiscências, os nossos pecados, os inimigos espirituais, e nessa relação, podemos descobrir o segredo duma vida triunfante no Espírito.

NOTÁVEL
Um fato notável, por excelência, neste livro é que, nele, se introduz um novo método de ensino. Até ali, Deus falara através de sonhos, visões e pelo ministério dos anjos. Agora, aponta o Livro da Lei, escrito
por Moisés, e o povo é exortado a dar ouvidos à voz de Deus, por meio desse livro, 1:8. E o método quue se observa ainda hoje, embora tenhamos um livro r a Bíblia - maior que o de Josué, embora igualmente
inspirado. Temos dado, à Bíblia, seu devido valor?

ANÁLISE

(1) (2) (3) . (4)


A ENTRADA A CONQUISTA A DIVISÃO A DESPEDIDA
na terra prom etida da terra prom etida da te rra prom etida de Josué, o líder

1-5 6-12 13-22 23-24

1. Deus chama Josué, 1:1-9 1. Conquista de Jericó por um meio fora do comum. 1. A mensagem de Deus a Josué, 13 1. Último discurso de Josué:
2. O apêlo do Senhor a Israel, 1:10-15 Notar: durante seis dias o único ruído era perto da 2. A divisão da terra, 14-21 a) aos chefes do povo, 23
3. A resposta, sincera do povo, 1:16-18 Arca como que chamando a atenção somente do 3. O erro das duas e meia tribos, 22 b) a todo o povo, 24:1-28
4. Raabe, e os espias, 2 Senhor, 6 2. A morte de Josué, 24:29-31
5. A passagem do Jordão, 3 2. Pecado de Acã, 7 NOTAR: 3. A morte de Eleazar, 24:33
6. Os dois memoriais, 4 3. Conquista de Ai, 8:1-29 1. Hebrom (comunhão) coube a Calebe porque perseve-
7. 0 efeito disto no inimigo, 5:1 4. A Cerimônia do Ebal, 8:30-35 rou em seguir o Senhor, 14:14 NOTAR:
8. O opróbio do Egito é resolvido, 5:2-10 Notar: O altar se edificou no Monte da maldição 2. A filha de Calebe cuidou bem de seus interesses 1. Gênesis se inicia com Deus e termina com a morte. O
9. 0 novo alimento, 5:11,12 5. A aliança com os gibeonitas, 9 pessoais, 15:16-19 livro de Josué começa e termina com a morte.
10. Seu Capitão, 5:13-15 6. Vitória 3. A nobre e digna resposta de Josué, 17:14-18 2. 24:33 - Os sacerdotes não tinham propriedades, embora
a) em Gibeão, 10:1-27
4. Josué foi o último a receber sua herança. E, como este verso revele que Finéias as possuía. Provavelmente,
NOTAR: b) em Maqueda, 10:28-43
Calebe recebeu por livre escolha, e escolheu em lugar as recebera em compensação a serviços especiais
c) em Merom, 11
1. A Lei (representada por Moisés) não podia dar estéril que nenhum outro queria, 19:50
7. Lista de reis derrotados, 12
possessão ao pecador, 1:2
2. 0 valor da coragem, 1:6
NOTAR:
3. Israel nem viu água ao atravessar o Jordão 3:16
1. Confiança própria, o pecado de Israel, 7:3
2. Hm 7:21, o pecado se desenvolve em quatro graus:
a) “vi” - concupiscência dos olhos,
b) “cobicei” - concupiscência da mente,
c) “tomei”, ato da vontade,
d) “escondi”, ato da mão.
ANÁLISE № 7 MENSAGEM: 1. A tendência para d esviar-se de Deus
Versos-Chave: 21:25 e 2:12-16 2. Conseqüência do desvio espiritual
3. A Graça de Deus em p rocurar e
O LIVRO DE JUÍZES restaurar os desviados

OAUTOR
O autor deste livro é desconhecido. Das palavras encontradas, quatro vezes, nos últimos capítulos - “Naqueles dias não havia rei em Israel”; (17:6,18:1,19:1 e 21:25) se deduz que foi escrito um pouco depois do
estabelecimento da monarquia. Provavelmente escreveu-o Samuel, o profeta e último juiz em Israel durante seu afastamento parcial de líder do povo, depois que Saul fora escolhido como rei. Se assim é, com que gozo
Samuel recordaria a grande renúncia de Gideão, Ver 8:22,23.

UM LIVRO TRISTE
1. O livro de Juízes, (assim chamado porque é a história dos 14 juízes que reinaram e libertaram Israel), abrange o período que vai da conquista da terra e morte de Josué, até o tempo da magistratura de Samuel
e a implantação da monarquia em Israel.
2. E a história divina dos repetidos desvios de Israel, da triste decadência nacional, um dos mais negros períodos da história de Israel.
3. O livro de Números é triste ao narrar os 40 anos de jornadas errantes por causa do pecado, mas, o livro de Juízes é muito mais acabrunhador, porque expõe o pecado de Israel durante não 40 anos, mas, quase
10 vezes 40.

NEM TUDO É TRISTEZA


Pela proeminência dada às repetidas faltas de Israel, a impressão é de que a maior parte dos 450 anos sob os juízes, foram vividos no pecado. Contudo, não é assim, pois, desses anos, pelo menos 350 foram anos
de vida leal a Deus. Para mim foi uma descoberta admirável. Das condições do povo durante esses anos de felicidade. Temos um belo quadro no livro de Rute. A impressão errônea se deve, em parte, ao realce que
se dá ao pecado de Israel. No entanto, 100 anos dos 450 eram demais para vivê-los de maneira infiel a Deus. Foi, por isso, que Deus fez destacar, grandemente, essas faltas.

NOTÁVEL
O livro é notável por muitos motivos: (l)T em dois inícios, 1:1 e2:6. (2) Contém a parábola mais antiga do mundo, 9:8-15. (3) Contém o maior e mais notável hino guerreiro do mundo, cap. 5. (4) Recorda a história
da história da investidura da primeira mulher na magistratura da nação, cap. 4. Provavelmente era viúva.

A MENSAGEM
Sendo, primeiramente, a recordação das tristes recaídas de Israel, este livro revela: (1) a eterna inclinação do coração humano em afastar-se de Deus e mostra a terrível possibilidade do afastamento espiritual, mesmo
depois das grande bênçãos celestiais. (2) que, graças a Deus, não é somente um livro de quedase desvios mas, também, de libertação! Se houve 7 apostasias e 7 servidões, em compensação temos 7 clamores e 7 livramentos.
Aqui vemos Deus procurando e restaurando seu povo desviado.

ANÁLISE
À primeira vista, o livro nos parece sem ordem. Certamente, seu relato não está em ordem cronológica. Deveria principiar em 2:6-9 e depois, então, cap. 1 seguindo por 2:10-13 a caps. 17-21 e Finalmente cap. 2:14
a cap. 16. Mas, a ordem é a primeira lei do céu, e houve razão divina para não ser escrito cronologicamente. O esboço demonstra-o. Na primeira seção, Israel depende do Senhor; na segunda, Israel deixa o Senhor,
e colhe os resultados amargos; e na última seção, vemos os abismos profundos para os quais Israel resvalara.

a) Introdução b) H istória das quedas, seus resultados e restaurações c) A p ên d ice

■ (2) (3)
D E P E N D Ê N C IA D E S V IA N D O A N A R Q U IA
do Senhor do Senhor e alguns resultados resultado final

1 - 2:5 C have 1:1 C ap. 2:6 - C ap. 16 V erso-C have desta seção: 2:12 Cap. 17-21 Chave 17t6

Logo Israel se desviou e 2:6-23 é um sumário de sua história subseqüente Confusão e anarquia
Israel principiou bem mas, não perseverou: 1. Na igreja ou na vida religiosa da nação, 17 e
1. Deus consultado e os resultados, 1:1-10 A ordem das 7 18
2. Judá principiou em casa, 1:3-4 apostasias Escrituras Conquistador Duração Libertador e Juiz 2. Na família ou na moral da nação, 19
3. A captura da Adoni-Bezeque l;4-7 3. No país ou na vida política da nação, 20 e 21
Apostasia 1“ 3:1-11 Cusã-Risataim 8 anos Otniel
4. Vitórias imperfeitas, 1:8-36 3:12-31 Rei de Mesopotâmia
5. Repreensão do Senhor, 2:1-5 “ 2“ 18 anos Eude e Sangar NOTAR: 18:30
<« 4-5 Rei de Moabe e 20 anos Débora e Baraque
6-8:32 Filisteus O primeiro sacerdote idólatra foi o neto de
“ 4# 7 anos Gideão
8:33-10:5 Jabim, rei de Canaã Moisés.
“ 5“ 10:6-12 Midianitas 18 anos Abimeleque, Tola e Jair
“ 6* 13-16 Guerra Civil, etc. 40 anos Jeftá, lbzá, Elom
«4 yt
e Abdom Sansão
Anonitas Filisteus
ANÁLISE № 8 MENSAGEM:
Palavras-Chave: Descanso, 1:9,3:1 Descanso mediante a Redenção
Redimir, 4:4-6 e união
O LIVRO DE RUTE
O VALOR LITER Á R IO
Este livro deve seu nome a Rute, a moabita, que aparece, como personagem principal, na narrativa. E uma autêntica gema literária e espiritual. Uma das maiores autoridades da literatura do século XVIII,
Dr. Samuel Johnson, levou o livro de Rute aos seus amigos, reunidos num clube londrino, e ali lhes leu o livro, dizendo tratar-se de um poema pastoril que ele encontrara a pouco e eles imaginavam que fosse
recentemente composto. Ao findar a leitura, todos, unânimes, teceram os mais entusiásticos elogios, referindo-se à simplicidade, à beleza e ao sentimento da peça. Foi aí que, o Dr. Johnson revelou aos seus
amigos, tratar-se tão somente da história de Rute, que ocorre, nas páginas do livro que eles tanto desprezavam - a Bíblia. Foi uma supresa, tal revelação. Não há, na literatura humana, beleza superior a do
discurso de Rute à sua sogra, 1:16,17. E sublime!

O LIVRO
1. O escritor é desconhecido. Provavelmente, foi escrito ao findar do Reino dos Juízes e ao despontar da monarquia, -1:1; depois do nascimento de Davi, - 4:22; e daí alguns concluírem que Samuel o
escreveu. Abrange um período de 10 anos, 1:4.
2. É uma espécie de apêndice ao livro de Juízes. Que contraste é aquele livro! O livro de Rute é como um oásis em pleno deserto.
3. E notável pelo fato de ser o único livro, na Bíblia, que se ocupa, exclusivamente, com a história de uma mulher. “Há dois livros que tomam nomes de mulheres: Rute, a gentia que se casou com um
hebreu, e Ester, a judia que se casou com um gentio”.

SEU PRO PÓ SITO


1. Um dos principais propósitos do livro é traçar a genealogia de Davi e a do Senhor de Davi. O sangue de Rute corria nas veias do Senhor Jesus.
2. Certamente, é uma história amorosa designada a provar como o poder dum amor puro vence todas as dificuldades. Cumpre realçar que não se trata de um amor romântico entre jovens; porém é a história
duma jovem viúva possuída de veemente amor por sua sogra Noemi, a quem se devotou inteiramente.
3. E, com toda clareza, o livro aponta o ideal elevado do casamento. A vida matrimonial é tratada em 4:11-17, como uma amizade sublime e sagrada.

SEU VALOR T ÍPIC O


Tipicamente é de sumo valor. Alguém maior do que Boaz surge aqui. Boaz, o parente remidor é um tipo de Cristo e Rute é uma figura dos gentios. Esta história é uma prévia alusão à chamada dos gentios.
A moabita deixada fora por força da Lei, Deut. 23.3, é admitida pela graça. (1) Rute é o tipo dos pecadores gentios: a) estrangeira e de muito longe; b) pobre e necessitada; c) aparentada com Boaz pelo casamento.
Assim, estamos nós aparentados com Cristo pela união de nossa natureza humana com a Sua, divina; d) um parente mais próximo, um ser humano como nós, mas, que não pode nos ajudar. (2) Boaz é um
tipo de Cristo: a) Senhor da Seara; b) um homem de poder e valor, 2:1. (3) Interessa-se por nós e nos trata com carinho, 2:5 etc. (4) E, quando, contritos nos achegamos e nos deitamos aos seus pés traspassados,
e lhe imploramos para que nos cubra com seu manto carmezim, de amor, a sua resposta é imediata, cap. 3; Ele fala palavras confortadoras e nos cumula de bênçãos. (5) Redimindo-nos e nos unindo a Ele
mesmo, a solidão cessa e nos tornamos operosos e bênçãos para os outros.

A MENSAGEM E A ANÁLISE
A mensagem central do livro é: descanso. Embora a palavra apareça, no livro, somente duas vezes, contudo, a idéia de descanso é evidente em todo o livro. No Oriente a situação da jovem solteira é insegura.
Somente, casada é que pode contar com o respeito e proteção. Elimeleque não teve mais descanso quando saiu da Terra prometida. Deixar Moabe para voltar à Belém pareceu um meio impossível para conseguir-
-se descanso, na opinião grave de Noemi, 1:11-13; porém os caminhos de Deus não são como os do homem. Rute encontrou descanso mediante a Redenção e união com seu Redentor. Para nós não há descanso,
no mundo, senão em união com nosso Divino Redentor.

(A) (B) (C) (D)


Emigração p a ra Moabe e resultados A volta à te rra de Ju d á e os incidentes Boaz e Rute Boaz e Rute
1:1-5 1:6-22 2e3 4

1 2 3 4
DESCANSO DEIXADO DESCANSO DESEJADO DESCANSO PROCURADO DESCANSO ALCANÇADO
1:1-5 1:6-22 2-3 4

1. Seria esta a fome referida em Juízes 6:3,4? 1. Depois e 10 desastrosos anos Noemi decide buscar 1. Boaz, um homem que se distinguira na guerra, 2:1 estava, 1. Boaz age na questão, 4:1-8
2. Contra a vontade de Deus não poderia haver descanso em Israel. provavelmente, ausente, devido ao serviço militar, quando 2. Boaz casa com Rute, 9-13
bênção e prosperidade. 2. Suas duas noras decidiram acomppnhá-la 1:7-10, Noemi voltou, daí, a sua ignorância a respeito de Rute, 2:5. 3. Noemi confortada e feliz, 14-19
3. Noemi permitiu que seus filhos casassem com mas, aconselhadas, Orfa voltou paraseu povo e seus 2. 0 ato de Rute, cap. 3, chegar de mansinho ao lugar onde 4. Um dos muitos pontos de relevo na história é que as
mulheres pagãs. deuses, 1:15. descansava Boaz e deitar-se aos seus pés, sob seu manto, sentenças finais quase todas se referemà velha e feliz
4. As mulheres trataram seus maridos com benevo­ 3. Chegando a Belém “toda a cidade se comoveu” mas era a maneira usual daquela época em requerer proteção Noemi e não a felicidade do casal.
lência, 1:8. ninguém lhes ofereceu hospitalidade. legal.
4 Notar: “com ela”, 1:22, um desviado, somente depois
de restaurado, pode ser uma bênção para os outros.
ANÁLISE N9 9 MENSAGEM:
Versos - chave: 1:10-27, 7:5, 8:6,12:19-23 O lugar para a oração e o seu
Palavra-chave: “Orou” poder em todas as experiências
O PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL da vida

O LIVRO
1. Dos seis livros históricos de Israel este é o mais conhecido. Desde a nossa infância têm despertado em nós um interesse sem fim as histórias de Samuel (cap. 3) e de Davi e Golias (cap. 17). E história,
porém apresentada na mais atrativa forma de biografia.
2. É nomeada assim dada a figura proeminente de Samuel que, por certo, escreveu a maior parte do livro, ao passo que Natã e Gade fizeram o restante, I Crôn. 29:29.
3. Dá-nos a história de Israel desde o tempo de Eli até a ascenção de Davi ao trono de Israel.

CONTEÚDO NOTÁVEL
As contribuições deste livro para o vocabulário religioso, teológico e experimental são notáveis.
1. Este livro tem a honra de ser o primeiro em registrar e usar o título majestoso: “Senhor dos Exercícios, 1:3. Esta é a primeira das 281 vezes que ocorre este título que revela o Deus de Israel como Senhor
de todos os exércitos do céu e da terra.
2. Neste livro aparece, pela primeira vez, o nome - “Messias” - por intermédio de uma mulher que teve a honra de nomeá-lo, 2:10; “seu ungido” significa literalmente: “seu Messias”, e na Tradução
Setuaginta, “seu Cristo”.
3. Este livro é o que revela, a primeira das cinco coisas preciosas do Velho Testamento: (a) a Palavra de Deus, cap. 3.1, (b) a Redenção, Salmo 49:8, (c) a morte dos seus santos, Salmo 72:14; 116:15
(d) lábios de conhecimento, Prov. 20:15 (e) os pensamentos de Deus, Salmo 139:17.
4. Aqui encontramos, ainda pela primeira vez, a palavra “Icabô”, 4:21 e “Ebenézer”, 7:12; também, “Deus salve o Rei” ou “Viva o Rei”, 10:24.
5. O livro revela o nome que antigamente se dava ao profeta: “vidente”, 9:9. É um nome sugestivo que implicava na posse de dons de percepção e dicernimento como também da visão de Deus.
6. Indica que Samuel era o primeiro da linhagem nobre dos profetas escritores, 3:20, (v. Atos, 3:24 e 13:20) e mostra, pela primeira vez, a existência duma escola de profetas, provavelmente um instituto
fundado por Samuel, 10:5 e 19:20.
7. Seus ensinos a respeito do Espírito Santo, são importantíssimos. Nas suas páginas, o Espírito Santo aparece: (a) como autor e meio para a regeneração e do coração novo, 10:6 e 9; (b) como autor da
ira santa e justa, 11:6; (c) como inspirador da coragem e da prudência no falar, 16:13,18; “prudente no agir e prudente no falar”; (d) como nosso libertador do mal. (16:14).

MENSAGEM
Este livro tem muitas mensagens: 1 - mostra o sofrimento proveniente da poligamia, 1:6; 2 - os desastres que advêm da indulgência paternal, 2:22-25; 3 - o perigo do ritualismo e do formalismo, 4:3;
4 - da impaciência, cap. 13 e, 5 - da obediência parcial, cap. 15. Porém, a chave da mensagem está no significado do nome de Samuel e quantas vezes aparecem as palavras “oração” e “orou”. E admirável
como este livro está cheio de oração. Em certo sentido pode ter-se em conta como um tratado sobre oração, claramente objetivado numa vida. “Samuel” quer dizer: “pedido a Deus” e o portador do nome
confirma a oração feita e atendida. Aqui vemos a oração feita constantemente, por isso, tomamos como mensagem central do livro: “o lugar para a oração e o seu poder em todas as experiências da vida”;
1) Em resposta a oração, Samuel foi dado, 1:10-28; 2) A vitória foi dada a Israel mediante a oração de Samuel, 7:5-10; 3) Quando Israel rejeitou a Deus como rei e pediu um rei terreno, (ver o início disto
em Juízes 21:25) Samuel, entristeceu—se e orou a Deus, 8:5,6; 4) Um homem de oração conhece os segredos de Deus, 9:15; 5) Não orar por Israel foi considerado pecado por Samuel, 12:19 e 23; 6) A rejeição
final de Saul se considera pelo fato de Deus ter fechado Seus ouvidos à sua oração, 28:6.

ANÁLISE
Seu conteúdo pode ser agrupado em tomo de três grandes personagens: Samuel, Saul e Davi.

Concernente a Concernete a Concernente a


SAMUEL SAUL DAVI
O pedido de Ana respondido com a chegada do pequeno Samuel O pedido do povo respondido pela separação e chamada de Saul Ungido rei, como resultado das lágrimas e das orações de Samuel

Caps. 1-7 Caps. 8-15 Caps 16-31

Nascimento Escolhido Ungido


1. Dado em resposta à oração Cap.l 1. Samuel apresenta a Deus, em oração, o pedido de 1. Davi escolhido e ungido 16:1-13
Israel por um Rei Cap. 8 Serviço
2. Oração profética de Ana 2:1-11 2. Saul escolhido para rei Cap. 9
Chamada 1. Harpista e escudeiro de Saul 16:14-23
3. Saul ungido como rei Cap. 10 2. Davi mata o gigante Golias Cap. 17
1. Preservado num lugar corrompido pelos dois filhos de Eli 2:12-16 Reinando
1. A primeira grande vitória de Saul Cap. 11 3. Aliança de amor: Jônatas e Davi 18:1-7
2. Um aviso grave a EU por um profeta desconhecido 2:27-36 4. Saul, ciumento, tenta matar Davi 18:8-20
3. Deus revela-se a Samuel Cap.3 2. O último discurso público de Samuel à nação Cap. 12
Rejeitado Exílio
Ministério 1. O primeiro passo de Saul para baixo: estabelecer um 1. A fuga e as viagens de Davi Cap. 21-30
1. Captura da Arca e Morte de Eli Cap. 4 exército permanente 13:1,2 2. A morte de Samuel 25:1
2. A Arca em poder dos filisteus durante 7 anos Cap. 5 2. Segundo passo para baixo 13:3-14 3. A Morte de Saul e Jônatas Cap. 31
3. A volta da Arca Caps. 5-7 3. Uma grande vitória 13:15, e 14 Palavras
4. A vitória pela oração 7:2-17 4. O terrível erro de Saul Cap. 15 Notar algumas palavras notáveis de Davi 22:23 e 30:6 e 24
ANÁLISE № 10 MENSAGEM:
Verso-chave-5:12 “Estai certos que o vosso pecado
Frase-chave: “Perante o Senhor” vos descobrirá.”
O SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL
OAUTOR
Concernete à autoria deste livro, I Crôn. 29:29 tem algo a dizer: “crônicas do profeta Natã”, e “crônicas de Gade, o vidente”. O segundo livro de Samuel foi, sem dúvida, escrito por Natã e Gade, dois
contemporâneos de Davi.

O DESÍGNIO
O livro se ocupa, quase que inteiramente com a história de Davi como Rei. Começa com a sua ascenção ao trono e narra os acontecimentos durante seu reinado de 40 anos. Portanto, este livro é a história
do reinado davídico.

O CONTEÚDO
1. A primeira vez que, em Israel, um rei é comparado a um pastor, 5:2, “apascentarás o meu povo de Israel” é, literalmente, “pastoreia meu povo de Israel”.
2. Foi Davi quem primeiro descreveu um rei como “o ungido do Senhor”, título que dá uma concepção elevada e digna da soberania. Compare: I Samuel, 24:6 com II Samuel 1:14,16, 21; 2:4,7; 3:39;
5:3,17; 19:10; 22:51.
3. Contém, também, o episódio de 7:1-17, onde se aprende que todos os nossos planos devem ser apresentados a Deus para receber, ou não, Sua aprovação. E uma lição que se não ensina, tão claramente,
em nenhuma outra parte da Bíblia. Quantas vezes, em situação análoga, cometemos o mesmo erro de Natã, 7:3.
4. O livro registra duas parábolas notáveis: a do egoísta, cap. 12, e a do desterrado, cap. 14:1-20.
5. É, neste livro, 23:1, que Davi revela a inspiração divina dos seus salmos e afirma que até as suas palavras procederam de Deus.

A MENSAGEM
1. A primeira mensagem mostra a necessidade de paciência e dependência de Deus para que se cumpram as suas promessas 2:1 - 5:1-3. A paciência é uma virtude para a qual nos é dada graça especial.
2. A segunda - primeira no seu valor - é a que aponta o pecado. “Estai certos que o vosso pecado vos descobrirá”, se exemplifica em diversas pessoas referidas aqui (1:14-16,2:8,9. Abner procedeu assim
apesar de conhecer os propósitos de Deus, 3:9,13; 3:27; 4:11,12), e com mais evidência no caso de Davi e seu filho Absalão. Temos os detalhes horrendos dum pecado vil, 11:4 e 13:1-15. Como veio rápido
o castigo de Deus! Mas, graças a Deus, este livro mostra, também, como Deus está sempre pronto a perdoar, 12:13. Não deixemos de notar que, às vezes, o pecado perdoado é punido, 12:14. Toda a história
subseqüente de Davi é um relato de castigo pelo seu pecado e por causa do seu pecado. Isto, Davi o reconhece, cap. 16:10. Não era grande sua alegria depois de ter pecado. Toda a queda deixa vestígios para
tristeza do crente.

ANÁLISE
Embora, originalmente, os dois livros de Samuel eram um, ambos apresentam características próprias. Temos notado que o espírito de oração prevalece no primeiro livro de Samuel, embora esse espírito
perdure neste livro, (“consultou ao Senhor”, 2:1 - 5:19 e 23 - 21:1). Entretanto, a frase chave é “Perante o Senhor”, o que, às vezes, significa: “perante a Arca do Senhor”. V. 5:3, ainda que a Arca estivesse
em Gibeá, 6:3. Em 12:16 vemos que se prostrava perante o Senhor mesmo em sua casa. Era o reconhecimento da presença constante de Deus. Notai as atitudes diferentes da alma, reveladas no estudo desta
frase, na análise que segue.

A) OSTRIUNFOS DE DAVI Caps. 1-10 B) As aflições de Davi Caps. 11-24


1 2 4 5
Davi ungido rei Davi ungido rei
3 Apêndice
A queda de Davi
sobre Judá sobre todo o Israel DAVI CONSOLIDANDO O REINO
(a) (b) (C) (d) (e) № (g)
Davi Davi Davi Davi Davi Davi Davi
Inquire Faz uma aliança Dança Senta-se Preservado Prostra-se Fala
ao Senhor perante o Senhor perante o Senhor perante o Senhor perante o Senhor em penitência, perante ao Senhor ao Senhor

Chave 2:1 Chave 5:3 Chave 6:16 e 21 Chave 7:18 Chave 8:6 e 14 Chave 12:16 Chave 22: l e 24:17

Caps. 1 - 4 Cap. 5 Cap. 6 Cap. 7 Caps. 8-10 Caps. 11-20 Caps. 21-24

1. Notícias da morte de Saul 1. Ungido rei sobre todo o Israel 1. Davi imitou os filisteus 1. O desejo que Davi possuía 1. As vitórias 8 1. Pecado 11 1. Inquirindo do Senhor 21
1:1-16 5:1-5 6:4 para construir a casa de 2. Mefibosete 9 2. Convicção 12:1-13 2. Ação de Graças 22
2. A alegria de Davi 1:17-27 2. Jerusalém é elevada à capital 2. Deus não tolera no seu povo Deus 7:1-3 3. Grandes vitórias 10 3. Julgamento: 3. As últimas palavras 23
3. Ungido rei de Judá 2:1-11 5:6-16 o que Ele tolera no incrédu­ 2. Impedido 7:4-13 a) a morte da criança, 12:14-23 4. O pecado de numerar
4. A guerra civil 2:12-4 3. As vitórias 5:17-25 lo 6:7 3. Deus promete construir a b) pecado de Amnom, 13:1-22 Israel 24
“Casa de Davi” 7:11 c) Rebelião de Absalão 13:23-39
ANÁLISE № 11 MENSAGEM: Deus, o Soberano Governador de
Versos-chave: 22:19 com 9:4-9 Israel abençoando o obediente,
Frase-chave: “como o coração de punindo o desobediente e perdoando
Davi, seu pai”, 11:4 O PRIMEIRO LIVRO DE REIS o penitente

O LIVRO
0 autor do livro é desconhecido. Com certeza, foi escrito ao tempo em que ainda existia o primeiro Templo. 8:8. Daí presumir-se que Jeremias, inspirado por Deus o tenha escrito adicionando-lhe relativos dados por Natã e Gade, I
Crôn. 29:29, e outros escritores. E a história dos reis de Judá e Israel, desde Davi até Acabe e Jeosafá, num período de 118 a 125 anos.

CONTEÚDO NOTÁVEL
1. No capítulo 1 verso 50 e no capítulo 2 verso 26, encontramos as primeiras referências ao recurso dos chifres do altar como refúgio. Os primeiros apelos ao direito do santuário.
2. Traz o primeiro exemplo de orar de joelhos, 8:54; a prática antiga era de pé, I Samuel 1:26. De fato, Salomão ficou de pé antes de se ajoelhar, 8:22. Os adoradores de Baal dobravam os joelhos. Isto explica Juízes 7:5-7 (porque 9.700
homens das tropas de Gideão dobraram seusjoelhos, provando ser adoradores de Baal, e foram rejeitados; e somente os 300 que lamberam as águas foram aceitos) e, I Reis 19:18. Todavia, ajoelhar para orar fica aprovado para nós devido
a ser esta posição usada por nosso Senhor e Salvador, Lucas 22:41.
3. O livro dá a primeira referência duma nova cronologia. Em I Reis 6:1, o período que vai do Êxodo à construção do Templo por Salomão foi calculado em 480 anos, quando,na realidade, é de 573. Isto tem sido uma pedra de tropeço
para muita gente. Porém, estudiosos, doutos das Escrituras descobriram que a diferença dos 93 anos corresponde, justamente, aos anos de cativeiro mencionados em Juízes. Esta é a solução do problema. E, aí está a cronologia divina.
Durante esses 93 anos, Israel não fora governado por Deus; esteve sob o calcanhar do opressor. Deus não contou os anos do cativeiro! Os anos gastos alheios à vontade de Deus não são contados por Ele. Os pecados desses anos, até serem
confessados, são lembrados, e os anos, assim consumidos, são considerados nulos.
4. Temos em 5:5 e 8:27 a primeira declaração, no Velho Testamento, duma concepção maravilhosamente espiritual de Deus. Observai: o Templo não foi edificado, como Casa para o Senhor, mas, sim, “ao nome do Senhor”. Os templos
pagãos eram destinados pelos seus construtores para residência de seus deuses. Salomão foi mais sábio. A expressão “ao nome do Senhor” é muito notável.
5. Notar: — 5:3, “seu Deus” e 5:4, "meu Deus”. Salomão gloriava-se no fato de que o Deus de seu Pai era o seu Deus!
6. Observai: a) que foi Joabe, o velho guerreiro, que primeiro, ouviu o som da trombeta (1:41); b) que, em 8:3 temos a única referência da condução da Arca pelos sacerdotes, serviço esse sempre feito pelos levitas; c) a declaração
“9 Senhor disse que habitaria nas trevas” 8; 12; tem sido motivo de conforto para milhares de almas aflitas. Estás nas trevas espirituais, meu irmão ou minha irmã? Regozija-te, porque Ele estará contigo! A escuridão nos achega ao nosso
Deus e nunca nos repele. Notai, d) a extraordinária e notável concepção da missão de Israel no mundo, 8:43,60; — Oh, que Israel sempre se tivesse lembrado disso!

ANÁLISE

(1) (2) (3) (4)


O A A O
. sua unidade e . „ sua lamentável e
Estabelecimento medidas tristes, Gloria explendor ívisao fatal dissidência, Declínio sua corrupção e
do Reino porém do Reino do Reino do Reino decadência
necessárias.

Caps. 1 e 2 Cap. 3 ao 10 Cap. 11-12:24 Cap. 12:25 - 22

1. Notar: “estabelecido” 2:12, 24, 45, 46 1. Notar: 3:12, 13 — 4:30 e 8:11 1. Notar: 11:11 e 12:17 1. Notar: 14:27, um ato simbólico
2. Davi, prematuramente velho (70) 1:1-4 2. Apostasia e morte de Salomão Cap. 11 2. Apostasia e morte de Jeroboão 12:25 -14:20
2. Aliança duvidosa de Salomão 3:1,2
3. Ascenção e loucura de Roboão 12:1-15 3. A terrível apostasia de Roboão e Judá 14:21-31
3. A rebelião do filho mais velho de Davi 1:5-9 3. Primeira aparição divina a Salomão 3:5-15 4. A divisão do Reino. Jeroboão reina sobre 10 tribos, 4. Os reis de Judá 15:1-24
4. Conspiração de Natã e Batseba 1:10-31 4. A sabedoria de Salomão 3:16-28 12:16-24 5. Os reis de Israel 15:25-16
5. Salomão ungido rei 1:32-52 5. A grandeza de Salomão Cap. 4 6. Acabe e Elias 17-22
6. O último discurso e a morte de Davi 2:1-12 6. O trabalho da vida de Salomão 5-8
7. Salomão executa vários traidores 2:13-46 7. Segunda aparição divina 9:1-9
8. A fama de Salomão 9:10-10:13
9. A riqueza de Salomão 10:14-29

A MENSAGEM
1. O livro foi escrito para apresentar as causas do estabelecimento e do declínio do Reino. Ensinando que Israel sempre progredia quando se mantinha leal a Deus, mas, quando o deixava seu reino e sua moral degeneraram. A visão
de 22:19 é, por demais, importante. Deus, em seu trono, dispensando misericórdia e graça ao penitente, obediente; mas punindo e castigando os pecadores.
2. Notai o novo padrão: “como o coração de Davi, seu pai” (3:3,14 - 9:4 - 11:4, 33, 38 - 14:8 -15:3,11). O homem falhou mesmo no alcançar este padrão humano.
ANÁLISE № 12 MENSAGEM:
Frase-chave: “Segundo a Palavra do Senhor” O cumprimento da Palavra de Deus é
Versos-chave: 1:17,10:10,17:23,24:2 fiel e seguro com relação ao santo e ao
O SEGUNDO LIVRO DE REIS pecador

ORIGINALMENTE, UM LIVRO
1. No original hebraico, I e II Reis formavam apenas um livro, assim como I e II Samuel, I e II Crônicas. Foram divididos em 2 livros pelos tradutores da Setuaginta, quando traduziram o Velho Testamento para o
grego. A explicação dada é que a língua grega requer, pelo menos, um terço mais de espaço do que o hebraico, daí o serem forçados a dividi-los, ou porque os rolos fossem de comprimento limitado ou, então, para facilitar
o seu uso.
2. Com isso em mente, notai a ordem perfeita nos dois livros, como a indica o Dr. Bullinger: “Os livros precipiam com o rei Davi e terminam com o rei de Babilônia; começam com a dedicação do Templo e terminam
com a destruição do mesmo; abrem-se com o primeiro sucessor de Davi, e se encerram com o último sucessor de Davi, libertado da casa de servidão.

O ESCOPO DO LIVRO
1. II Reis contém a história de Israel e de Judá, desde Acabe até o cativeiro, num período de mais ou menos 300 anos.
2. A primeira parte do livro se ocupa, quase que exclusivamente, com a narração dos atos de Eliseu durante seus 66 anos de ministério. O livro registra 16 milagres de Eliseu, ao passo que Elias operou apenas 8. A
história de Eliseu é quase que, inteiramente, a descrição dos seus milagres, e estes são quase todos obras de beneficência. (Veja-se: 2:14, 21, 24 - 3:20 - 4:1 -6, 16,17, 35, 41, 43 - 5:10, 27 - 6:6, 17,18, 20 e 13:21).
3. A segunda parte do livro descreve os eventos surgidos com a queda de Samaria e o cativeiro de Israel, a queda de Jerusalém e o cativeiro de Judá.
4. Israel contou com 19 reis sem que um só fosse bom! No entanto, Judá foi governado por 19 reis e 1 rainha, dos quais 8 foram bons.
5. Notai: a) um dos melhores reis de Judá, Ezequias, era pai do pior dos reis, (21); b) a notável referência ao nome de Josias, 23:25; c) Por quão pouco faltava perecer o único sobrevivente da linha real davídica (11:1-
3) e a única cópia existente da Lei (22:8-20).

PALAVRAS-CHAVE
Este livro é rico em palavras-chave.
1. A frase “Homem de Deus” encontra-se 36 vezes neste livro, mais do que em qualquer outro da Bíblia. Deus possuía suas testemunhas corajosas naqueles dias!
2. A triste e trágica sentença: “E fez o que parecia mal aos olhos do Senhor”, encontra-se 21 vezes, 3:2 - 8:18 - 12:2-11 -14:24 -15:9, 18, 24, 28 - 16;2 -17:2,17 - 21:2, 6,15,16, 20 - 23:32,37 - 24:9,19 . O que
fizeram esses reis foi considerado direito, segundo o conceito dos homens, mas, segundo a regra de Deus - a regra divina da fé e da prática - estava errado.
3. Graças a Deus, encontramos, também, a declaração contrária: “E fez o que era reto aos olhos do Senhor”, embora somente 8 vezes, 3:8 - 13:2 - 14:3 -15:3, 34 - 18:3 -20:3e 22:2.
4. A frase “a palavra do Senhor”, ou sua equivalente, aparece 24 vezes, 1:17 - 4:44 - 7:1,16 - 8:19 - 9:26,36 - 10:10 - 14:25 - 15:12 - 19:21.
Observe-se como a palavra do homem é sempre respondida com a “palavra do Senhor”, 20:4,16,19 - 22:13,16,18 - 23:2,3,16,24 - 24:2.
5. Notai a proeminência dada à ira do Senhor, 13:3 -17:18 - 23:26 - 24:20 e à indignação, 22:13,17 - 23:26.

A MENSAGEM
Tive o trabalho de anotar essas referências, porque o estudo das mesmas põe em evidência a mensagem do livro. A norma divina para adoração e sua moralidade têm sido violadas. Por isso, o Senhor enviou seus
“Homens de Deus” para exortar e, se possível, reconduzir o desviado a Deus. Eles vieram com um “Assim diz o Senhor”. Falhando, o homem, apesar disto, fez com que a ira de Deus se acendesse contra ele, e o entregou
ao inimigo. Em tudo isto, Deus cumpriu sua Palavra.

ANÁLISE
O livro nos oferece um gráfico das emoções do Senhor, oriundas do tratamento vil que recebeu de Israel, como se verá na análise seguinte.

(a) (b ) ( c) (d)
F im d o M in is té rio de O lo n g o M in is té rio d e D e s a p a re c e D e sa p a re c e
ELIAS ELISEU ISRAEL JUDÁ
1 2 3 4 5
6
DEUS DEUS DEUS DEUS DEUS
DEUS
IG N O R A D O E S C A R N E C ID O IR A D O C O M P A D E C ID O S U A G R A N D E IR A
S U A C Ó L E R A V IO L E N T A

1 : 1 — 2 :2 2 :1 2 -2 5 3 :1 — 1 3 :2 1 1 3 :2 2 — C ap . 16 C ap . 17
1 8 :1 -2 5

1. C h a v e : 1:3 e 16 1. C h a v e : 2 :2 3 1. C h a v e — 13:3 1. C h a v e — 13:23 1. C h a v e — 17:1 1 e 18


1. C h a v e - 2 2 :1 3 -1 7 ; 2 3 :2 6 c o m 2 4 :2 0
2. A c o n d u ta v il d o re i 2. In v e s tid u ra d e E lis e u 2 .0 lo n g o M in isté rio d e E lis e u — 66 an o s 2. R e is d e Ju d á 2. Ú ltim o rei de I s ra e l O sé ia s — m a u 2. M u ito d e v e m o s a E z e q u ia s
3. R eis d e J u d á — bom a) A m a z ia s — bom
1:1,2 2 :1 2 -5 3. N e s te c a p ítu lo su rg e u m in q u é r ito so b re (V . A n á lise , nos S alm o s)
a) J o sa fá — bom b) U z ia s — bom
3. A m e n s a g e m e liv ra m e n to d e E lia s 3. ‘‘S o b e c a lv o ” , u m a re fe rê n c ia b la sfe m a b ) J e o rã o — bom o m a l q u e d e te rm in o u a q u e d a d a n a ç ã o . 3. R e is de J u d á :
c) J o tã o - bom
1:3 e 16 à tra n s la d a ç ã o d e E lias, e s c a rn e c e n d o c ) A cazias — m au d) A caz — m au 4. N o ta r a fo rç a d e e x p re s s ã o d o v e rs o 2 3 a) E z e q u ia s - bom
4. T r a s la d a ç ã o d e E lia s o a to d e D eu s, 2 :2 3 d) Joás — bom 3. R e is d e Israel: b) M anassés - m au
2 :1 -1 1 4. O c a s tig o d o s e s c a rn e c e d o re s - 2 :2 4 4. R eis d e Isra e l: a ) J e ro b o ã o I I — m au c) A m o m - m au
a ) J o rã o — m au b) Z a caria s — m au d ) J o sia s - bom
5. R ei d e Is ra e l, A c a z ia s, m a u
b ) J e o rã o — m au c) S a lu m — m au e) Jeo caz - m au
cS J e o c a z — m au d) M en aem — m au f ) E lia q u im - m au
d) Jeoás — m au e) P e c a i as — m au g ) J e o a q u im - m au
f) P e c a — m au h)Z e d e q u ia s - m au
ANÁLISE № 13 MENSAGEM: Deus, como Senhor e Sobera­
Frase-Chave: “Tu reinas sobre no, abençoando a obediência
tudo” e punindo a desobediência
O PRIMEIRO LIVRO DAS CRÓNICAS
UM LIVRO CONFUSO
O ilustre escossês Edward Irving referiu-se a este livro como o “Livro Enigmático das Crônicas”. Uma grande maioria dos estudantes da Bíblia, concorda com ele e confessa que pouco encontra para se esclarecer
nesses dois livros das “Crônicas”; ao contrário, há muito ali para os confundir. Convém salientar que, se um livro da Bíblia nos parece insípido e desinteressante é, simplesmente, porque não se encontrou, ainda, a chave
para estudá-lo.

PONTOS PARA SALIENTAR


1. Estudiosos das Escrituras notam uma perfeita semelhança no estilo e linguagem dos dois livros de “Crônicas” com os de “Esdras” e “Neemias”; concluindo que Esdras teria escrito os livros das “Crônicas”, e o
fez durante o cativeiro babilónico.
2. Enquanto os livros de “Samuel” e “Reis” tratam dos reinos de Judá e Israel, “Crônicas” se refere somente a Judá.
3. O autor se empenha, em particular, em falar do Templo e seus ritos, ao invés de se preocupar com guerras e reis. Respira-se um ambiente eclesiástico.
4. Evidenciam-se as atividades do Senhor a favor de seu povo, 4:9,10 — 5:20,22 — 11:14 — 12:18 — 14;2,11,15 e 18:13.
5. A justiça nos juízos do Senhor aparece em 5:25,26 — 6:15 — 9:1 — 10:13,14 — 15:2,13 e 21:19 (Nota: Diz-se do Senhor que é Ele mesmo que está agindo).

SUPLEMENTO
Os tradutores gregos deram aos livros das “Crônicas” o título de “Coisas Omitidas”. Notaram que muitas informações colhidas nestes livros, não as haviam encontrado em nenhum outro livro histórico, e dando-lhes
este título, queriam, com isso, significar que as “Crônicas” eram suplementos aos livros de “Samuel” e “Reis”. Fora de dúvida que muitas informações adicionais estão nestes livros. Exemplos: 1) a genealogia de Judá
se anima pelo episódio de Jabez, 4:9,10; um homem de oração que soube pedir muito e muito recebeu. 2) Um ataque desferido contra os filisteus pelos de Efraim, estando ele ainda vivo (é possível que José ainda vivesse
— Gên. 50:23) e de conseqüências desastrosas, 7;21. Presume-se que, data desse incidente, a contenda entre os filisteus e israelitas. 3) A construção de uma casa temporária para a Arca, por Davi, 15;1 e 16;1, até que
se construísse o Templo. Este cuidado se repetirá antes da edificação do Templo que ainda será construído. Atos 15;16,17 com Ezequiel 40 a 46.4) A idade, coma qual, os levitas iniciavam seu ministério era originalmente
30 anos, (Núm. 4:3) idade mudada para 25 anos, pelo Senhor (Núm. 8:24) e reduzida, para 20 anos, por Davi, (I Crônicas, 23:27). Porém, estes dois livros são muito mais do que simples suplementos aos outros livros
históricos.

O RASTO
Na realidade é uma obra independente na qual a história do povo escolhido é narrada, novamente, num estilo diferente e de um ponto de vista novo. Enquanto os acontecimentos que se evocam, são os mesmos, são
vistos dum ângulo diferente. Em Samuel e Reis, temos o relato histórico, aqui temos o conceito de Deus a respeito desses fatos, que, se naqueles livros são considerados à vista dos homens, aqui se julgam à vista de Deus.

AS ILUSTRAÇÕES
Frizemos uns fatos, em abono e ilustrando esta afirmativa. 1) Em I Samuel 31, conta-se, simplesmente, que os filisteus mataram Saul; em I Crônicas 10:1-14 somos informados de que Deus o matou. Arazãoé explicada
nesse passo bíblico e, assim, os filisteus se tornaram, mais uma vez, os executores de Deus. 2) Em Samuel, somente num capítulo (II Samuel 6), vem a narração da remoção da Arca para Jerusalém, mas, nas “Crônicas”
temos 3, (I Crônicas 13-15 e 16), ainda nas “Crônicas” somos inteirados da razão porque Deus matou Uzá e da confissão de Davi (15:2,13) não há referência em nenhum outro livro. 3) Dois capítulos em Samuel (II
Samuel 11 e 12) tratam exclusivamente, e em detalhes, do grande pecado de Davi, mas, nas “Crônicas”, não temos nenhuma citação desse pecado. E isso está em plena conformidade com o caráter de Deus. Quando Ele
perdoa, esquece! Bendito seja o Seu santo nome! Há, no entanto, uma referência ao segundo grande pecado de Davi (I Crônicas 21:1) e isto para mostrar como e por quais meios ele deveria comprar o terreno para edificação
do altar. 4) No relato desses acontecimentos (I Crônicas 21) descerra-se a cortina e surge o incitador de Davi. Os outros livros silenciam neste assunto, 5) II Samuel 2:8, chama ao filho de Saul, Isbosete; e Abner o faz
rei de Israel. Mas, em I Crônicas 8:33, aprendemos que esse filho de Saul tinha o nome de Es-Baal, isto é, “homem de Baal”. Este filho, por certo, nasceu depois da apostasia de Saul e, seu nome idólatra, revela que Saul
começara a se inclinar para Baal. Isso se revela só neste livro que o narra na íntima e profunda realidade. 6) Neste livro, Jacó é sempre chamado pelo seu nome espiritual: Israel (1:34 e 2:1).

ANÁLISE

1. z 3. 4.
G E N E A L O G IA S SAUL DAVI TEM PLO
C a p s . 1 -9 C a p . 10 C a p s . 1 1 -2 0 C a p s .2 1 -2 9
O liv ro c o m e ç a c o m u m e s b o ç o d a h is tó ria p rim itiv a d e A d ã o R e c o rd a -se , a p e n as, a d erro ta e m o rte d e Saul. 1. D av i e s e u s v a le n te s 11 -1 2 1. Q u e m o rie n to u a c o m p ra d o te rre n o 21
e D a v i. N o t a r : H a b ita n d o c o m o R ei, n e c e ss á rio e s ta r a te n to n o 2. D av i e a A rc a 1 3 -1 5 -1 6 2. O m a te ria l p re p a ra d o 22
N ã o h á r e fe rê n c ia dele c o m o re i q u e fo i e m Is ra e l.
S e u s e rv iç o . 4 :23
3. D a v i e s u a p ro s p e rid a d e 14 3. A o rg a n iz a ç ã o d o s s a c e rd o te s e le v ita s 2 3 -2 6 :2 3
4. D a v i e s e u d e s e jo d e e d ific a r o T e m p lo 17 4 . A o rg a n iz a ç ã o d o s o fic ia is d e e s ta d o 2 6 -2 8 -2 7
5. D a v i e su a v itó ria 1 8 -2 0 5. Ú ltim a s c e n a s da v id a d e D a v i 2 8 -2 9
MENSAGEM
No livro de Crônicas, do início ao fim, procura-se engrandecer a Deus e dar-lhe merecida soberania em Israel, e ainda que, muitas vezes, ignorado e desobedecido, Ele é sempre Senhor e Soberano. “Tu reinas sobre tudo”. Aqui
vemosoSenhor cuidando daqueles queNeleconfiameOservem. Aqui se revela overdadeiroinstigadorao pecado. AquiaseveridadedivinaéjustificadaeDeuséglorificadonosSeuscaminhoseobras. Apesar do dilúvio deiniqüidades,
Ele se assenta como Rei. Por este livro, compreende-se a história de Israel do ponto de vista celeste. Lembrando isto e o fato de ter sido escrito no cativeiro em Babilônia, avalia-se a oportunidade e o poder desta mensagem.
ANÁLISE № 14 MENSAGEM: Buscando e servindo ao
Verso-Chave: 20:20 Senhor, eis o segredo de uma
Frase-Chave: 30:19 — “Que tem preparado religião vital e de uma vida
o seu coração para buscar ao Senhor.” O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS vitoriosa

VALOR DE UM PONTO DE VISTA CERTO


Um grupo de turistas após examinar um dos mais curiosos e famosos objetos no Egito volta ao hotel onde se predispõe para a comparação das anotações que cada um dos componentes do grupo fizera. Aí
surpreendem-se ao verificar que suas anotações divergem grandemente em muitos pontos, pelo que divergência provoca séria disputa; até que um experimentado viajante, declarando que todos estavam certos,
restaurou a paz entre eles. O conflito tinha sua explicação no fato de que cada um dos turistas examinaram o famoso objeto do seu ponto de vista pessoal. O estudo das “Crônicas” depende de se observar cada
tópico do ponto de vista certo. É importante notar que, nestes dois livros, a história do povo de Deus é narrada, não do ponto de vista político, nem mesmo humano, mas do ponto de vista eclesiástico e divino.
Ilustremos isto:

DIFERENÇAS ENTRE “R EIS” E “CRÔNICAS”


1. Em I Reis, 7:8 se diz, simplesmente, que Salomão construiu para a filha de Faraó uma casa, para ela, separada; porém, II Crônicas 8:11, nos informa que tal casa não foi construída em Jerusalém porque
Salomão ajuizara que sua esposa sendo idólatra não deveria residir na cidade santa.
2. Em I Reis, 12:26-33 mostra quea apostasia de Jeroboão consistia, apenas, na adoração dos bezerros deouro. No entanto, em II Crônicas 11:15, se revela que, além dos bezerros, Jeroboãoadorava os demônios.
3. Nos livros dos “Reis” não há menção de nenhum ato louvável do rei Abias, mas, em II Crônicas 13:5-12, lemos seu fervoroso discurso e, nos versos 14-18, o seu clamor a Deus.
4. Somente “Crônicas” relata que o bom rei Asa,não buscou ao Senhor na sua última doença, II Crônicas 16:12; que o rei Jeosafá apesar do poderio que o Senhor lhe proporcionara, II Crônicas 17:3-5, formou
uma tríplice e pecaminosa aliança; a) Matrimonial, II Crônicas 21:6; b) Militar, II Crônicas 18-3; c) Comercial II Crônicas 20:35; que Atália cometera sacrilégio, II Crônicas 24:7, e porque o Senhor feriu Uzias
com a lepra, II Crônicas 26:16-21.
5. O reino de Ezequias se dividiu em duas fases importantes: suas proezas militares e a reforma do Templo e sua adoração a Deus. Em II Reis, 18:4-6, temos 3 versículos, apenas falando da reforma, ao passo
que, em “Crônicas”, temos, nada menos, de 3 capítulos (29-31) para o mesmo assunto. Em citar fatos militares, vemos o contrário: “Reis” dedica 3 capítulos à história secular, e apenas 3 versículos à reforma.
6. II Reis 21, tem muito a dizer sobre a maldade de Manassés, porém, somente em II Crônicas, 33:11-13, se descreve seu cativeiro em Babilônia e sua restauração ao trono feita por Deus. Por este fato, tem
sido chamado “O pródigo do Velho Testamento”.
7. Notar como a frase notável em II Crônicas 9:8 — “...o Senhor... para te pôr como rei sobre Seu trono”, tem relação perfeita com I Crônicas 29:23.

FRASES E MENSAGENS-CHAVE
1. Ao ler este livro todo, uma frase se destaca: “Buscai ao Senhor” — 7:14,11:16,14:4 e 7,15:2, 4 ,1 2 ,1 3 e 15,17:4,19:3, 20:3 e 4, 22:9, 26:5, 30;19, 31:21, 34:3; vede também: 12:14 e 16:12. Buscar
ao Senhor resulta em bênção, vitória e sucessos.
2. Oração e confiança no Senhor como segredo do sucesso é frizante em 1:1, 13:18, 14:6 e 11, 15:9, 20:27, 26:6 e 7, 27:6, 32:8 e 22; ainda em 24:24, 28:6 e 19 e 20:20.
3. Um estudo destas escrituras, com o espírito de oração, revelará a mensagem que elas trazem. Buscando, crendo, obedecendo, servindo e amando ao Senhor são requisitos indispensáveis para a prática
de uma religião vital e de uma vida espiritual vitoriosa. E, nada menos do que isto satisfará ao Senhor e atenderá aos anceios da alma humana.

ANÁLISE
(A) O REINO DE SALOMÃO Capítulos 1-9 (B) OS REIS DE JUDÁ Capítulos 10 - 36
1 2 3 4
LEAL ABANDONANDO BUSCANDO SERVINDO
ao Senhor ao Senhor ao Senhor ao Senhor

1. Ainda que pareça impossível proceder com este livro como fizemos com os demais, dispondo-o em esquema , com divisões racionais; as quatro partes acima são uma síntese da história do povo de Deus
nele relatado.
2. Durante o reinado de Salomão e3 anos de seu filhoe sucessor (II Crônicas 1-11), opovose manteve leal a Deus, mesmoa despei to da queda de Salomão, que não é mencionada em “Crônicas”. Mas,finalmente,
o povo “deixou a lei do Senhor” (12:1) e a punição é aplicada imediatamente (12:2-4). Semaías, o profeta, transmite a mensagem da parte do Senhor e o povo se humilha (12:6). O reinado de Abias não foi de
todo mau (cap. 13).
3. O primeiro dos quatro grandes reavivamentos celebrou-se no reinado de Asa (cap. 15) Jeosafá continuou nessa prática (caps. 17-20) mandando mensagens a todos os recantos do país (17:7-9 e 19:4). Com
a morte de Jeosafá, Israel descambou para o pecado, sob o reinado de Jeorão, seu filho (cap. 21) e depois com seu neto no poder (cap. 22) Jeorão foi guiado por sua esposa iníqua, (21:6) e Acazias sofreu a influência
dessa mãe malvada. (22:3)
4. O segundo grande avivamento religioso se deu com Joás, inspirado por Jeoiada, o sacerdote, (23-24:16) porém, após a morte deste bom sacerdote, induzido pelos príncipes de Judá, Joás se desviou (24:17-
19) chegando a matar o filho do seu bem-feitor, que o conduzira sempre pelos caminhos do Senhor (24:20-22). As palavras deste moribundo foram duas vezes usadas pelo Senhor Jesus. Luc. 11:50-51 e Mat.
23:35-36.
5. O terceiro desses grandes avivamentos religiosos teve lugar sob Ezequias (caps. 29-30) e o quarto, no reinado de Josias. (cap. 34).
6. Notar a estranha recompensa à fidelidade! À fidelidade é, muitas vezes, posta à prova. (II Crôn. 32:1)
ANÁLISE № 15 MENSAGEM: O lugar e poder da Palavra
Frase-chave: “A Palavra do Senhor” de Deus, na vida espiritual,
social e civil de seu povo
O LIVRO DE ESDRAS
CHAVE
1. A chave para o estudo deste livro está na vida e na paixão predominante do seu escritor, Esdras, que o escreveu no ano 457 a. C.
2. Esdras era um descendente de Hilquias, sumo sacerdote que, no reinado de Josias, achou o livro da lei do Senhor. (II Crônicas 34:14).
3. Embora fosse sacerdote, por nascimento, não podia exercer seu ministério por ser cativo em Babilônia; o que não impediu de se dedicar ao estudo da Palavra de Deus, (7:10), tornando-se um grande
intérprete da mesma. Quão pouco a comunidade em geral sabia da Lei e de outros escritos divinos, vê-se pelo estudo de 11 Crônicas, Esdras e Neemias. Este livro mostra como, principalmente pelo ministério
de Esdras, a Palavra de Deus ocupou, pela primeira vez, sua legítima posição na história de Israel e Judá.
4. A Palavra do Senhor, lida e interpretada por Esdras, foi como se fosse uma nova e poderosa revelação e conseguiu maravilhas na vida da nação.
5. Já se pensou que a memória de Esdras não tenha recebido devida atenção entre os estudiosos da Bíblia, mas, certamente, muito lhe devemos. Além do seu ministério poderoso na Palavra, ele escreveu
I e II Crônicas, Salmo 119 (que é um poema extraordinário da Palavra de Deus); Esdras instituiu o sistema maravilhoso da adoração na Sinagoga e, auxiliado pela grande Sinagoga, fixou o Cânone Sagrado
das Escrituras. Sob Esdras deu-se a revivificação do estudo bíblico e obediência à vontade expressa de Deus. Os frutos daquele movimento nos beneficiam ainda hoje, apesar de decorridos, desde Esdras,
2500 anos!

SEÇÕES
1. Até o terceiro século “Esdras” e “Neemias” foram tidos como um só livro, e isto parece explicar do final abrupto de “Esdras”.
2. Esdras encara a volta do ponto de vista eclesiástico, Neemias, do ponto de vista civil. Esdras é o livro da construção do Templo, enquanto que, Neemias é o da construção do muro e da cidade santa.
3. Tem duas seções: capítulos 1 a 6, ocupando-se da volta sob Zorobabel, e, depois de um intervalo de 57 anos, (capítulos 7-10) a volta sob Esdras.

FRASE-CHAVE
Sua frase-chave é a Palavra do Senhor, referida como “Palavra do Senhor” (1:1), “Lei” (3:2), “Mandamentos do Deus de Israel” (6:14), “Livro de Moisés” (6:18), “Lei do Senhor” (7:10), “Lei de Moisés”
(7:6), “Lei do teu Deus” (7:14), “Palavras do Deus de Israel” (9:4), “Mandamentos de Deus” (10:3 e 5).

SUA MENSAGEM
Diz, claramente, do lugar e poder da Palavra de Deus, na vida espiritual, social e civil do Seu povo.

ANÁLISE

(A) A VOLTA SOB ZOROBABEL (Acerca de 50.000) Capítulos 1-6 (B) A VOLTA SOB ESDRAS (Acerca de 2.000) Caps. 7-10

(1) (2) . (3) . (4) . (5) (6) (?)


VOLTA DE ISRAEL REEDIFICAÇAO DO REEDIFICAÇAO DO RESTAURAÇAO DO O ESTUDANTE DA UM GRANDE TREM OR ARREPENDIM ENTO E
Cumprindo-se a ALTAR TEM PLO RITUAL DO TEM PLO PALAVRA DE DEUS A vista da REABILITAÇÃO
Palavra do Senhor Em obediência à Em obediência à De acordo com a Comissionados Palavra do Senhor Pela
Palavra do Senhor Palavra do Senhor Palavra do Senhor Palavra do Senhor

Cap. 1-2 Cap. 3:1-7 Caps. 3:8 — 6:14 Cap. 6:15 — 22 Caps. 7 e 8 Cap. 9 Cap. 10

1. Notar: 1:1 1. Notar: 3:2 1. Notar: 6:14 1. Notar: 6:18 1. Notar: 7:10 1. Notar: 9:4 1. Notar: 10:5
2. Como Daniel profetizou 2. Antes de pensarem em casas 2. Encontraremos, sempre, 2. Cerca de 23 anos decorre­ 2. Como Esdras amava a Palavra. 2. Ao chegar encontrou uma 2. Aqui vemos a Palavra de
no Reino de Dario, prova­ próprias pensaram na Casa obstáculos para o trabalho ram entre a volta dos exila­ 3. Pelo verso 13 do cap. 7, situação pior do que esperava. Deus operando o arrepen­
velmente tinha algo com do Senhor. real de Deus. dos e o término das obras da percebemos quanto impres­ 3. Tenho aprendido a temer a dimento sincero e guiando
esta proclamação. 3. Não principiaram com o 3. A igreja não deve ter o auxílio reedificação do Templo. sionou ao rei o zelo e o Palavra de Deus? à separação.
3. Até os pagãos cooperaram Templo nem com o muro, do mundo, 4:1-3. 3 .0 verso 17 prova que volta­ carinho de Esdras pela Pa­ 4. Sede, de joelhos, e fazei-a 3. Neste livro temos a separação:
com suas dádivas 1:6. mas com o altar. 4. A oposição os desanimou, e ram elementos representa­ lavra de Deus. Oxalá, vi­ vossa, a oração tocante e fer­ a) da Babilônia, 1
<♦. Apesar de voltarem só 74 4. A obra propiciatória tem que vêssemos de forma tal que b) do auxílio mundano, 4
tornou-se necessária a men­ tivos de todas as 12 tribos. vorosa confissão de Esdras.
pudéssemos induzir os ho­
levitas, houve 4.000 sacer­ vir primeiro, e deve ser o sagem de Ageu 6:14. (Leia, 9:5-15. c) da confiança no braço
mens a respeitarem a Pala­
dotes que os acompanha­ centro de todo o movimento aqui, Ageu). carnal, 8:21-23
vra de Deus!
ram. vivo e real. d) da aliança pecaminosa,
4. Notar a lealdade de Esdras a
Deus e o seu zelo pela Sua 10:10-11
glória. 8:21-22.
ANÁLISE № 16 MENSAGEM: Oração, sofrimento, perseve-
Versos-Chave: 1:4, 6:3 rança, condições para o suces-
Palavras-Chave: ‘‘Oração” e “Trabalho” ^ L I V R O D í^ so trabalho de Deus

INTRODUÇÃO
1. O Livro de Neemias é, acentuadamente, autobiográfico, e é o último livro histórico do Velho Testamento.
2. Este livro revela, admiravelmente, o caráter de Neemias. Ele nasceu (provavelmente, da casa real de Judá) no exílio, e veio a ser o copeiro-mor do poderoso rei Artaxerxes. Ainda que, vivendo
confortavelmente no castelo de Susã, em circunstâncias que lhe prodigalizavam o melhor que poderia desejar, contudo seu coração estava na cidade arruinada de seus pais.
2. Neemias renunciou à vida de comodidade e bem-estar, com todas as suas vantagens, pela chamada de Deus a uma vida de trabalho, de perigos, e de serviço doloroso próprio de um autêntico reformador.
Já deu-lhe devida honra, bem merecida para a sua aceitação deste serviço?
4. O livro nô-lo revela como um homem patriota, corajoso, destemido e empreendedor; um homem de oração, trabalhador incansável, que temia a Deus e buscava Sua bênção. Caráter impoluto!
5. Entre Esdras e Neemias decorre um período de, mais ou menos, 12 anos. A administração de Neemias se projeta pelo espaço de 36 anos, bem sucedida, apesar da incessante e amargurada oposição que
lhe moveram. O livro inicia e termina com oração.

ANÁLISE

(1) (2) (3) (4)


Os acontecimentos que levaram à A edificação do muro, mesmo A sábia organização e preparo de Certas reformas concluídas após
nomeação de Neemias para apesar de muitas dificuldades Neemias, com vistas à sua volta sua volta da Babilônia
Governador de Judá. para Babilônia

1 — 2:11 2:12 — 6 7 — 12 13

1. A cena no palácio real. 1. Depois de descansar 3 dias, ele inspeciona, secreta­ 1. Antes da comovente dedicação do muro terminado, 13:27- 1. Depois de uma ausência de 12 anos (passados na
2. No mês de dezembro, ele soube do lastimável estado mente, à noite, as obras, 2:12-16. 43 Corte da Pérsia) Neemias volta e vê a necessidade de
de Jerusalém, por um dos seus irmãos. 1:1-3 2. Inspira o povo a trabalhar, 2:17-30. 2. Os planos para guardar o muro e a cidade, 7:1-4 uma nova reforma.
3. As notícias o induziram à oração, 1:4-11 (Notar: 3. Os nomes dos que trabalharam e o serviço feito por 3. O recenseamento, 7:5-73 e Caps. 11 e 12 2. Notar: a triste queda do sumo sacerdote, numa alian­
“Deus dos céus”). eles, cap. 3. 4. Convocação de numerosa e notável Convenção para a ça mundana, 13:4
4. A expressão “e à oração dos teus servos” prova que 4. Noemias enfrentou 6 formas de oposição do inimigo leitura e exposição da palavra de Deus, Caps. 8-10 3. Neemias trata severamente os transgressores, 13:8-
ele dirigia um pequeno grupo de amigos da oração. a) Tristeza, 2:10; b) Riso, (zombaria), 2:19; c) Raiva, 5. A única referência ao púlpito, na Bíblia, 8:4 28
5. Depois de 4 meses de oração, vem a inquirição e a 4:1; d) Escárneo, 4:1; e) Conflito, 4:8; f) Astúcia, 6:2 4 .0 descanso do sábado restabelecido e os casamentos
comissão do rei, 2:1-10. e 3. mundanos dissolvidos.
5. Mais perigosa, ainda, era a oposição dos amigos; a)
Desânimo, 4:10-23, b) Egoísmo, cap. 5.
6. O muro terminado em 52 dias.
7. Não há referências à sua própria obra, aquilo que ele
fez com suas próprias mãos.

MENSAGEM

1. As palavras e versículos-chave estão registrados acima: “Oração” e “Trabalho”, 1:4 e 6:3.


2. Tem uma mensagem peculiar e oportuna para os obreiros cristãos, mostrando que as condições para o sucesso no serviço de Deus são: oração, sofrimento e perseverança.
3.
a) um homem de coração simples (sem egoísmo — notar a sua posição) que se entristece com a condição de miséria e desprezo de Sião, 1:4.
NEEMIAS, b) um homem de oração em todo o tempo e sob quaisquer circunstâncias, vivendo, assim, em comunhão com Deus (1:5-11, 2:4, 4:4 e 9, 5:19, 6:9 e 14, 13:14, 22, 29 e 31).
o c) um homem de decisão, resolvido a conhecer, pessoalmente, a verdadeira situação, 2:12.
obreiro d) um homem de trabalho, sacrificando-se para a Causa de Deus, 2:5.
e) um homem capaz de inspirar outros ao trabalho, 2:17 e 18; ele mesmo trabalhando, 4:23.
modelo f) um homem com uma concepção gloriosa da santidade e da nobreza do trabalho para Deus, 6:3 (Deixar a obra de Deus em que se empenhara para compactuar com os nobres do tempo
para era, para Neemias, indigno de um servo de Deus! Quatro vezes fora tentado a interromper a obra, mas, em nenhuma, se deixou vencer. 6:3-7)
Deus g) um homem que não se deixava desanimar nem se perturbava pelas oposições interna e externa.
h) um homem disposto a dar glória a Deus para todas as manifestações de Sua sabedoria, 2:12 e 7:5.
ANÁLISE № 17 MENSAGEM: A realidade da Providência
Verso-Chave: 4:14 Divina

O LIVRO DE ESTER
PROBLEMA
1. Dizem que Lutero se declarou francamente hostil ao livro de Ester a ponto de almejar o seu desaparecimento. E, hoje, muitos têm a mesma idéia. E verdade que o livro está cheio de problemas difíceis.
A primeira vista se nos afigura como um livro de caráter profano, sem méritos para ensinar espiritualmente e muito menos para formar entre os livros das Sagradas Escrituras.
2. Notar: a) o nome de Deus não aparece, aí, nem uma vez, ao passo que o do rei pagão é mencionado 187 vezes, b) No Novo Testamento, não se faz nenhuma referência ao livro, c) Neste livro não se
fala de oração nem se alude à observação da sagrada Lei dos Judeus, d) Trata da supersticiosa crença pagã em observar “dias de sorte”. Se isto pode ser chamado de sobrenatural, é, só nisto, que o livro se
aproxima do sobrenatural.

FATO
1. Antes de condená-lo, precipitadamente, devemos inquirir da atitude do povo judeu a seu respeito, e se, realmente podemos compreendê-lo ou não.
2. E fato que não só foi aceito como parte do Cânon, como também é considerado, pelos judeus, como peculiarmente sagrado e, a seu ver, ocupa o 2“ lugar, logo em seguida aos 5 livros de Moisés.

SOLUÇÃO
1. O fato da ausência do nome de Deus é o seu principal encanto, e, de maneira alguma, consideraríamos isto uma mancha.
2. Mathew Henry disse: “Se o nome de Deus não está aqui, Seu dedo está”. Este livro é, como o chama o Dr. Pierson, o “Romance da Providência”. Por providência compreendemos que, em todos os negócios
e atos na vida humana, quer individuais, quer nacionais, Deus tem sua parte e sua porção. Este controle, no entanto, está oculto — é secreto. Nisto reside a história maravilhosa que ensina a realidade da
Providência Divina. O nome de Deus não aparece, “somente os olhos da fé vêm o fator divino na obra humana. Para o observador atento toda a história é a sarça ardente, flamejante, coma Presença misteriosa.
3. O Talmud dá Deut. 31:18, como outra razão porque não se menciona o nome de Deus. Deus escondera seu rosto a Israel por causa do seu pecado. Mesmo assim, não era indiferente à situação do Seu
povo, embora agindo como que sob um véu.
4. Sugere-se que este livro é um extrato dos arquivos oficiais da Corte Persa (2:23). Isto explica a omissão do nome de Deus e os detalhes particulares.

O AUTOR
1. Nada, dogmaticamente, se pode dizer a respeito do autor. Agostinho atribui o livro a Esdras, o Talmud à Grande Sinagoga.
2. Possivelmente, o livro foi escrito por Mardoqueu. (9:20)

A DIVISÃO
Curiosamente, todos os acontecimentos do livro giram em torno das 3 festas, daí, se formam, naturalmente as 3 divisões.

( 1) ( 2) (3)
O BANQUETE DE ASSUERO O BANQUETE DE ESTER A FESTA DE PURIM
e sua consequência — Caps. 1 e 2 e sua conseqüência — Caps. 3 e 7 e sua conseqüência — Caps. 8-10

1. Um banquete que durou 6 meses 1:1-4 1. Mardoqueu recusa adorar um descendente de Agague que Samuel matara, 1. Intercessão e estratégia de Ester para salvar a vida de Israel, cap. 8
2. Seguido de uma festa de 7 dias 1:5-8 3:1-2 2. Um dia de defesa própria, 9:1-19
3. A nobre recusa da rainha e sua deposição 1:9-22 2. Os intrigantes da Corte o contam a Hamã, 3:3-4 3. A festa de Purim instituída e observada pelos judeus desde esse tempo
4. Entre os caps. 1 e 2, o rei desencadeou o histórico ataque à Grécia, com um 3. A conspiração de Hamã, 3:5-15 9:20-32
exército de 5 milhões, sofrendo terrível derrota. 4. O jejum dos judeus, 4:1-4 4. A grande festa de Mardoqueu, cap. 10
5. A mensagem de Mardoqueu a Ester, 4:5-14 Notar: Crê-se que a prática de “mandar presentes uns aos outros, e dádivas
5. Escolha e entronização de Ester, 2:1-20 6. O jejum de Ester, 4:15-17 aos pobres” no dia de Natal, teve origem na observância habitual dos
6. Mardoqueu salva a vida do rei, 2:21-23 7. Ester conferencia com o rei, 5:1-8 judeus de assim fazerem durante a Festa de Purim. (9:22)
Notar: “Ester” é nome pérsico e significa: “Estrela do Oriente”. No hebraico 8. Hamã conspira para matar Mardoqueu, 5:9-14
o nome era Hadassah, que significa "Murta”. 9. O que fez o rei na noite de sua insônia, cap. 6
10. A festa de Ester e o resultado, cap. 7
ANÁLISE № 18 MENSAGEM: As provações e sofrimentos, às
Palavra-Chave: Provação vezes, nos sobrevêm para nossa
Verso-Chave: 1:9, com Tiago 5:11 instrução; nem sempre para
O LIVRO DE JÓ castigo

O PINIÕES
Na opinião de muitos, o livro de J ó é o mais notável das Sagradas Escrituras. Tennyson considera-o como “o maior poema das antigas e modernas literaturas”. Lutero disse ser “o mais magnífico e sublime
entre os demais livros das Escrituras”. Carlyle escreveu: “eu acho em Jó uma das maiores coisas jam ais escritas por uma pena”.

A DATA
Dos livros conhecidos, é o mais antigo. Deve ter sido escrito mais ou menos nos tempos de Jacó. Notar: (1) silêncio total dos disputantes sobre os milagres, atinentes ao êxodo; (2) a longa vida de Jó o
coloca na era dos patriarcas; (3) Jó era o sumo-sacerdote na sua família, o que não seria admissível, dadas as prescrições cerimoniais de Êxodo, caso ele tivesse vivido a esse tempo ou depois; (4) Elifaz era
descendente do filho mais velho de Esaú, chamado Elifaz, o qual tinha um filho chamado Temã, Gênesis, 36:10,11.

OAUTOR
Desconhecido, Jó 32:17 (Notar o “eu”) parece mostrar que Eliú o escreveu. Embora escrito em estilo de poesia (com exceção dos primeiros dois capítulos e parte do último) Jó e as outras pessoas eram
reais, portanto o livro cita fatos, e não é ficção.

MENSAGEM
Incidentalmente, revela como eram vastos os conhecimentos teológicos e a cultura intelectual dos dias patriarcais. Quase toda doutrina importante se encontra neste livro e, adicionadas de verdades científicas
somente descobertas, com precisão, em nossos dias. Mas a mensagem do livro fala do mistério do sofrimento. Julgava-se, então, que todo o sofrimento decorria do pecado pessoal. A falha de Deus, aparente,
em não recompensar seus servos e castigar seus inimigos, como mereciam, era um problema que punha sempre à prova a fé dos santos do Velho Testamento. Assim, à vista do sofrimento cruel de Jó, seus
amigos deduziram ter ele pecado grandemente. Embora o livro não dê sua última palavra no assunto, no entanto, faz luz sobre o mistério do sofrimento e da dor; provando, como em Jó, que o sofrimento
é permitido por Deus, não como castigo, mas como teste revelador do caráter, para educar e instruir. Os antigos perguntavam: “Como este homem pode ser justo, se sofre tanto?” Nós, cristãos, perguntaríamos:
“Como este homem pode ser piedoso, se nada sabe do sofrimento?” — A melhor resposta dada ao porquê do sofrimento do crente é: “Para sermos participantes da sua santidade”.
Hebreus 12:10

(1) (2) (4) (4) (5) . (6)


JÓ Satanás e o O Fim da A calorosa e infrutífera discussão filosófica Jeová e o mistério JÓ e "o pro­
antes da prova mistério da dor Paciência de Jó sobre o mistério do sofrimento, entre Jó do sofrimento pósito do Senhor”
e seus quatro amigos.

1:1-5 1:6 — 2:10 2:11-3 4 — 37 38-41 42

JÓ SATANÁS Termina a paciência de 1. Concordam os 3 amigos de Jó, nos seus argumentos, quando dizem que 1. Admiramos, antes de tudo, por 1. E qual foi o propósito
1. Lugar: Uz, falado em 1. Admissão na corte do Jó e inicia-se sua queixa. todo o sofrimento deriva do pecado pessoal, portanto, a grande tribulação aquilo que Deus não disse. Até de Deus em permitir
L am entações 4:21, céu, 1:6 Embora não amaldiço- de Jó provava ser ele um grande pecador e um refinado hipócrita. aqui o livro tem sido um longo que Jó sofresse?
idêntico a Edom. 2. Inquietação 1:7 assea Deus, almadiçoouo 2. Nos primeiros discursos dos 3 amigos, esta suposição veio em primeiro argumento, se bem que o argu­ PRIMEIRO
2. Pureza, 1:1 3. Poder: sua extensão e dia de seu nascimento, en­ lugar e cada um dos três termina com um apelo para que Jó se arrependa mento mesmo não existe. E como Revelar o caráter de Jó.
3. Prosperidade, 1:2-4 limite. volvendo em suas maldi­ do seu pecado para que volte a prosperar. se os mistérios da divina provi­ SEGUNDO
4. Popular (v. cap. 29) 4. Teoria: que Jó era bom ções o que Satanás citara 3. Na segunda série de discursos, cada um trata, exclusivamente, dos dência não devessem ser resolvi­ Lição objetiva:
5. Piedoso, 1:5 somente por interesse. como suas bênçãos. terríveis sofrimentos e o fim dos ímpios. dos por demonstrações lógicas. O “O quadro negro de
No verso 4 notemos 5. Declaração: que o sofri­ 1:10 — 3:23 4. A terceira série de discursos assemelha-se à primeira. coração não entra em repouso pelo Deus”.
que os filhos tinham mento aniquilaria a pie­ Notar: Os “sete dias e 5. Notar: Elifaz prova seus argumentos pela revelação recebida em sonho. caminho das forças intelectuais. TERCEIRO
suas próprias casas. dade de Jó. sete noites” de Bildade se apóia em velhos provérbios que lera ou ouvira (como em 8:2- 2. Os pensamentos de Jó se voltaram Manifestar um pecado
Notar: Jó buscou aces­ 6. A teoria supra provada 2:13 é o perío­ 13) e Zofar pela experiência e raciocínio. de si para Deus. Se não podia oculto do do qual Jó
so a Deus, através do falsa. do de grande 6. Embora Jó concorde com os argumentos apresentados, protesta sua explicar os fatos mais simples e não era ciente: justiça
sangue do sacrifício Notar: “Os filhos de luto. inocência, e no cap. 21 apresenta um novo argumento: os ímpios, muitas conhecidos (história natural ou própria.
1:5 Deus”, no verso 6, em vezes, vivem em prosperidade. ciência), comosejulgar capaz para 2. O verso 6 é sempre a
conexão com 38.7, re- 7 .0 quarto amigo, Eliú, mais se aproxima da verdade— cap. 33 — quando expicar o mistério dos caminhos linguagem do verda­
velam-se como anjos. diz que o sofrimento tem de ser considerado, às vezes, como disciplina divinos. deiro arrependido.
de Deus para restaurar ou instruir uma alma. 3. O fato de Deus não explicar o 3. Notar: A força do verso
mistério do sofrimento nos ensi­ 10.
na que Ele apela para a nossa
confiança.
ANÁLISE № 19 MENSAGEM: “Dai ao Senhor a glória
Palavra-Chave: “Adoração” devida ao seu nome; ...”
Verso-Chave: 29:2
O LIVRO DOS SALMOS
UM TESTEMUNHO
Cada salmo é uma expressão viva do conhecimento de Deus. Os estudantes e leitores assíduos dos Salmos estão à altura de compreender o ardente testemunho dado por C.H. Spurgeon, o príncipe dos
pregadores, depois que terminou seu grande comentário sobre esse livro; obra na qual gastou os 20 melhores anos de sua vida. Eis o teor do seu testemunho: “Mística tristeza pesa em meu espírito ao completar
o “Tesouro de Davi”, visto que, jamais, encontrarei na terra repositório mais rico, embora tenha aberto, para mim, todo o palácio da Revelação. Abençoados têm sido os dias dispendidos em meditar, prantear,
esperar, crer e exultar com Davi. Posso esperar usufruir dias mais alegres aquém da porta dourada? O livro dos Salmos nos instruiu, tanto no uso das asas como no uso das palavras. Ele nos prepara tanto
para voar como para cantar”.

OQUEÉ
E uma coletânea de 150 cânticos ou poemas espirituais, muitos dos quais foram compostos para adoração, por meio da música, no Tabernáculo e no Templo. Eles revelam a atitude da alma na presença
de Deus, quando contempla a história vivida, a experiência presente e a esperança profética. Cada salmo é a expressão dum consciencioso auto-exame da alma frente a seu Deus, sentido e conhecido
profundamente.

AUTORES
Foram diversos os autores desses poemas sagrados e inspirados. Moisés escreveu o d e n B90; Davi compôs 73 salmos; os filhos de Coré, 11; Asafe, 12; Hemã, 1; Etã, 1; Ezequias, 10; há algumas referências
a Salmos de Salomão (72 e 127); Esdras compôs o 119, e o restante permanece sem os seus autores conhecidos.

DIVISÁO
1. Desde os tempos mais antigos, o livro foi sempre conhecido como sendo dividido em 5 seções, terminando cada uma com uma doxologia.
2. Mas, a razão dessa divisão do livro tem sido, por séculos, um embaraçoso problema.
3. Alguns têm pensado que no Livro I figuram os salmos compostos por Davi; no Livro II, Salmos adicionais para uso no templo, coligidos por Ezequias; no livro III, uma compilação por Josias e nos
Livros IV e V uma coleção feita por Esdras e Neemias. Explicação esta não aceita totalmente.
4. O certo é que os Salmos não figuram em ordem cronológica, se assim fosse, o mais antigo (n° 90) seria o primeiro.
5. A solução apropriada reside na compreensão, correta, duma declaração judaica, antiquíssima e que diz: “Moisés deu aos iraelitas os 5 livros da Lei, e, correspondendo a esses, Davi deu-lhes os 5 livros
dos Salmos”.
6. Todo o livro é um Pentateuco poético. Isto aparece, explendidamente, no “Companheiro da Bíblia”, como segue:

LIVRO I — Salmos 1-41 LIVRO II — Salmos 42-72 LIVRO III — Salmos 73-89 LIVRO IV — Salmos 90-106 LIVRO V — Salmos 107-150

Correspondendo com Gênesis Correspondendo com Êxodo


Palavras-chave: 8:4, 10:18 Correspondendo com Levítico Correspondendo com Números Correspondendo com
ASSUNTO:
ASSUNTO: ASSUNTO: ASSUNTO: ASSUNTO:
RUÍNA D EIS RAEL 42-49 Deuteronômio
O HOMEM: seu estado de REDENTOR 50-60 O SANTUÁRIO ATERRA
bem-aventurança, queda e restauração REDENÇÃO 61-72 A PALAVRA DE DEUS

1. O homem, no estado de bem-aventu­ “No livro de Gênesis, o pensa­ “Neste os conselhos de Deus são vis­ Assim como Números é o “livro do deser­ Todo o ensino desta quinta seção envolve
rança. mento central é o homem; em Êxo­ tos em relação com o Santuário, o qual é to" - ou da terra - assim nesta quarta seção o ao redor da Palavra de Deus.
2. Ele é visto (2-8) caido de sua alta posi­ do, é a nação de Israel. mencionado ou referido em quase todos assunto central é a terra. O livro se abre com o Salmo 107 que dá a
ção de bênção e em inimizade com Abre-se com o clamor profundo os salmos. A bênção para a terra, é: chave. “Ele enviou a Sua Palavra e os sarou.”
Deus. da ruína e da opressão, como em O santuário é visto desde a sua ruína necessária 90-94 Por isso, o Salmo 119 é o grande salmo de
3. Esta inimizade culmina no “anticristo”, Êxodo, e termina com o Rei, reinan­ até seu estabelecimento com a plenitude antecipada 95-100 todo o livro, já pelo seu conteúdo, já pela sua
9-15 do sobre a nação redimida, (72) con­ da bênção. gozada 101-106 extensão.
4. Finalmente, abençoado pela obra re­ gregada, pela segunda vez, dos qua­ Seu primeiro Salmo foi escrito nas jorna­
dentora de Jesus Cristo, Homem, 16-41 tro cantos da terra, como foi tirada, das no deserto 90
quando da primeira vez, do Egito."
ANÁLISE № 20 MENSAGEM: A piedade é intensamente
Propósito: Palavras para orientar a vida. prática
Verso-Chave: 9:10
O LIVRO DE PROVÉRBIOS
O A N T IG O M É T O D O D E E N S IN O
O ensino pelos provérbios era um a das form as m ais antigas de instrução. D esde os tem pos históricos m ais antigos, cada nação possuía seus provérbios. Tal m étodo de ensino se adaptava, perfeitam ente, à época,
quando os livros rareavam e eram caríssim os. A s sentenças claras e vivas eram facilm ente decoradas. A inda hoje — idade de erudição e ciência — os provérbios são tão fam iliares que exercem poderosa influência.

0 L A R D O S P R O V É R B IO S
Sem dúvida, o Oriente é o berço original dos provérbios. Conform e declaram em inentes sábios, quase todos os provérbios europeus têm sua origem no Oriente. A m ais excelente e a m ais instrutiva coleção de provérbios
encontra-se na B íblia, sob o título de “ Provérbios de Salom ão”, sendo a Bíblia um livro oriental, tam bém . “Provérbios” é m uito m ais do que uma coleção de m áxim as e princípios hum anos. É a sabedoria divina
intencionada em orientar nossa vida diária. E, perigoso é negligenciá-la. Visa, ainda, dem onstrar que a piedade não é uma atitude m ística, m as uma virtude intensam ente prática.

AU TO RES
E scrito sob a inspiração de D eus, “ Provérbios” tem vários autores hum anos. Som ente nos capítulos 10-19 e 25, 26, tem os os provérbios de autoria de Salom ão. N os capítulos 1:6 a 9:18, 19:20 a 24, encontram os
as “Palavra dos S ábios”. (Veja 1:6 — 22:17-24, palavras que Salom ão aprendeu de seus m estres). Nos capítulos 30 e 31, encontram os as palavras de A gur e Lem uel. D entre os 3.000 provérbios que Salom ão disse,
(I R eis 4:32) ele m esm o selecionou m uitos e os pôs em ordem , (Ecles. 12:9). M uitos anos depois “os hom ens de E zequias, rei de Judá (Prov. 25:1) fizeram outra seleção daquele vasto repertório, preservado, sem dúvida,
na biblioteca real. O livro de Provérbios foi, então, com pletado com o o tem os hoje.

A N Á L IS E
Salom ão pôs em ordem a coleção de Provérbiosque ele com pôs. Que ordem ? A prim eira vista, parece não ter nenhum a ordem . M as não há desordem em nenhum livro divino. Um segundo olhar nos revela 3 divisões,
m arcadas pela frase: “Provérbios de Salom ão” — 1:1, 10:1 e 25:1. E xam inando com atenção estas 3 divisões, descobrim os diferenças notáveis, especial m ente nos pronom es: em algum as partes estão na segunda pessoa
e, em outras, na terceira pessoa. E stes e outros dados induziram o Dr. T hirtle e outros a um a conclusão decisiva: — os provérbios pronunciados na segunda pessoa do singular são os que foram ensinados a Salom ão
pelos seus m estres, e os que aludem à terceira pessoa são os que Salom ão ensinou aos seus discípulos e ao povo em geral.

PARTE I PARTE II PARTE III PARTE IV PARTE V PARTE VI PARTE VII


INTRODUÇÃO PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS
para por para por > para por por
SA LO M Ã O SA LO M Ã O SA LO M Ã O SA LO M ÃO SA LO M Ã O AGUR U ’A M Ã E
1:1-5 1:6 — 9:18 10:1 — 19:19 19:20 — 24 25-26 27-29 30 31
1. Objeto e resultado de 14 discursos, todos Notar a segunda pes­ 6 discursos, iniciando Copiados pelos homens Principia sem introdu­ Verso 4 é o grande Diversos conselhos sá­
um estudo deste livro. com a introdução: “Meu soa: Teu, Te, e a terceira com a frase: “Meu filho" de Ezequias, da Biblioteca ção formal. enigma apresentado pelo bios e também o louvor de
2. Quem dará atenção. filho” pessoa: Ele, lhe, seu, eles, 19:27 — 23:15, 19, 26 — Real. Notar, outra vez: “Meu Todo-Poderoso, da eterni­ uma esposa virtuosa.
1:8,10,15— 2:1 — 3:1, lhes. 24:13, 21. filho” — 27:11. dade para o tempo.
1 1 ,2 1 — 4:1, 10,20 —
5 :1 — 6:1, 20 — 7:1.

O S IS T E M A D E E S T U D O E M T Ó P IC O S
O m éto d o d e estu d o em tó p ic o s é o m elh o r para o e stu d o d este livro. S ig a -se tu d o q u e este livro fala sobre: o louco, o sá b io , o c o raç ão , o preg u iço so , o ju sto , etc, e d e sc o b rirá s um a v e rd ad e ira m ina d e
en sin o s. E is a q u i, um e stu d o -m o d e lo so b re o louco:

DEFINIÇÃO A CRENÇA COM O TRATAR O FIM DE UM A SALVAÇÃO


OS ATOS DE UM LOUCO
DE UM LOUCO DE UM LOUCO
UM LOUCO LOUCO DO LOUCO
Aquele que confia no seu l.Seucaminhoédireito, 12:15 1. Odeia tudo que o faz sentir-se pequeno, 1:7 13:20 3:35 1. Aprender o ABC da Sabedo­
próprio coração 28:26 2. Detesta a idéia de se apartar 2. Sem temperança, 12:16 ria, 1, é, “O temor do Senhor”.
23:9 11:29
do mal, 13:19 3. Suas palavras são insensatas, 12:23 2. E deixar que o Senhor lhe seja
4. Zomba do pecado, 14:9 26:4,5 (conf. Lucas 12:20) feito Sabedoria.
5. Mal considera sua mãe, 15:20
6. Sem concentração de pensamentos nem propósitos definidos, 17:24
7. Alimento, 15:14
8. Nenhum deleite, 18:2
9. Sua boca o leva a contendas, 18:6-7
ANÁLISE № 21 MENSAGEM: “A vida separada de Deus é
Frase-Chave: “Debaixo do sol” cheia de can saço e
desapontamento”
O LIVRO DE ECLESIASTES
O VALOR DE UMA CHAVE
1. Não é possível ler e compreender, com proveito, certos livros da Bíblia sem que, antes de tudo, se ache a chave do estudo. Talvez nenhuma outra porção das Sagradas Escrituras necessite tanto da chave para o
estudo como Eclesiastes.
2. Adimira-nos o fato de o livro ter despertado o interesse dos ateus. Diz-se que Volney e Voltaire apelavam para ele em defesa de seu ceticismo filosófico. Ninguém pode ocultar as declarações contidas no livro,
tão opostas aos sagrados ensinos bíblicos. Parecem aprovar coisas indignas dos cristãos. Ler: 1:15, 2:24, 3:3, 4, 8 ,1 1 ,1 9 e 20; 7:16 e 17; 8:15.

INDISPENSÁVEL
Mesmo considerado contraditório e incompreensível, não o podemos dispensar, pois é, largamente, citado no Novo Testamento, cap. 7:2 em Mat. 5:3,4; cap. 5:2 em Mat. 6:7; cap. 6:2 em Lucas 12:20; cap. 11:5
em João 3:8; cap. 12;14, em II Cor. 5:10; cap. 5:1, em I Tim. 3:15; cap. 5:6, em I Cor. 11:10.

FATOS CIENTÍFICOS
Contém declarações sobre fenômenos científicos rigorosamente certas. “Sendo tão mavilhosas essas afirmações, o estudante incauto corre o perigo de tomar a Bíblia em defesa de conhecimentos científicos. Fato
curioso é o das afirmações de Salomão sobre a evaporação das águas e a formação de chuvas, coincidirem, perfeitamente, com as descobertas dos sábios de nossos dias a esse respeito. Alguns têm dito que a teoria de
Redfield sobre tempestade tem sua origem aqui. Sem penetrarmos em tal campo, perguntamos: quem ensinou a Salomão o emprego de termos que, claramente, exprimem fatos, e quem revelou a ele que o movimento
dos ventos, tido por muitos sem lei, se rege por leis tão positivas como as que determinam o crescimento da planta; e ainda que, por evaporação, as águas que caem sobre a terra sobem novamente e tornam a descer,
de sorte que o mar nunca transborda? — Cap. 12:6, é uma descrição poética da morte; como “cadeia de prata” descreve a espinha dorsal; o “copo de ouro” é a caixa craneana; o “cântaro” são os pulmões; a “roda” é
o coração. Sem pretendermos afirmar que Salomão fosse inspirado a revelar algo positivo sobre a circulação do sangue, 26 séculos antes que Harvey a revelasse, veja-se a assombrosa linguagem que ele usa, e que evoca
a figura de uma roda puxando água através dum cano para despejar noutro”. (Dr. Pierson)

CARÁTER
1. Não há dúvida de que Salomão é o autor do livro, 1:1 e que é, certamente, a autobiografia de sua vida dramática cheia de experiências difíceis, desde que se desviou de Deus e apelou para recursos pessoais para
alcançar a felicidade. Este livro originou-se no triste afastamento de Salomão.
2. Regenerou-se Salomão? Foi restaurado? Os últimos versos do livro parecem declarar, de maneira decisiva, que o foi.

PALAVRA-CHAVE
1. E pródigo em palavras-chave: “debaixo do sol”, encontra-se 29 vezes; “vaidade”, 37 vezes; “debaixo do céu”, 3 vezes; “sobre a terra”, 7 vezes.
2. A verdadeira chave é: “debaixo do sol”. Temsido chamado, com justiça, “o livro do homem natural”. E interessante que o título da Aliança, “Jeová”, não é mencionado nenhuma vez. Este livro se refere, unicamente,
ao homem em relação ao seu Criador. O livro é uma exposição da longa experiência, pela qual passou o autor, em busca da felicidade. Não há, no livro, “assim diz o Senhor”. É simplesmente uma obra de argumento
e um apelo à razão humana, ressaltando que os resultados de uma tentativa feita para viver sem Deus.
3. Mas, para o cristão, viver não é apenas existir “debaixo do sol”, mas “ acima do sol”, “assentado, como Cristo, nos lugares celestiais”. E, aquilo que, “debaixo do sol”, se diz impossível, o homem de Deus, “acima
do sol”, conhece e afirma ser, gloriosamente, possível. “Debaixo do sol” é a vida materialista e natural; “acima do sol” é a vida sobrenatural. O impossível ao homem é possível a Deus. Ler: Isaíâs 40;4 e 42;16— Lucas
3:5 e 13:13 — Filip. 2:15 e 1:9 — II Cor. 5:17 e Apoc. 21:5.

MENSAGEM
A mensagem do livro é que, separada de Deus, a vida se enche de enfado e desapontamento. Ainda bem que ao Eclesiastes segue Cantares de Salomão, um é complemento do outro. Em Eclesiastes aprendemos
que sem Cristo não podemos ser felizes, mesmo que possuamos o mundo inteiro, o qual é por demais pequeno para o coração. Nos Cantares de Salomão, o ensino é que se renunciarmos o mundo e concentrarmos toda
a nossa afeição em Cristo, não poderemos sondar a infinita preciosidade e excelência do seu amor. O objeto, Cristo, é demasiadamente grande para o coração.

ANÁLISE
(1) . (2) (3)
O PROBLEMA 1:1-3 A EXPERIENCIA 1:4 — 12:12
C o m o s a ti s f a z e r - s e e v iv e r fe liz s e m — E le b u s c o u sa tisfa z e r-s e com :
1. S a l o m ã o s u r g e a o s n o s s o s o l h o s , c a d a v e z , c o m o h o m e m d e c i ê n c i a e d e p r a z e r ; c o m o f a t a l i s t a
D eus? 1. C iê n cia , 1 :4-11, m a s c o lh e u e n fa d o n h a m o n o to n ia .
2. S a b e d o ria e filo so fia , 1:1 2 -1 8 , tu d o s e m n e n h u m p ro v e ito . e m a te ria lis ta ; c o m o c é tic o , e p ic u r is ta e e s tó ic o , c o m p o u c o s in te rv a lo s a r d e n te s e b r ilh a n te s , a té
3 . P razere s, 2 :1 -1 1 , e m a le g ria , 1 — em b eb e r, 3 — e m c o n stru ir, 4 — e m te r g ra n d e s p o sse ssõ e s, 5 - 7 — em o fim d o liv ro . M a s , n o f e c h o d a o b r a , e le s e d e s liz a d e to d a s a s v a id a d e s e n g a n o s a s e s e firm a ,
riq u e z a s e m ú s ic a , 8 — tu d o em vão. a o s n o s s o s o lh o s , c o m o o m a is n o b r e tip o h u m a n o : o a r r e p e n d id o e o c re n te .
— E x p e rim e n to u ta m b é m :
2 . N o t a r : “ d e v e r ” e s t á e m g r i f o , i s t o é , " e s t e é o h o m e m í n t e g r o ” . C o m o q u e d i z e n d o : f a z e n d o is to ,
4. M a te ria lis m o , 2; 1 2 -2 6 , v iv e n d o só p a ra o p re se n te .
5. F a ta lism o , 3 ;1 -1 5 s e r e i s o to d o e n ã o a m e t a d e d e u m h o m e m , p o r t a n t o , s a n t o !
6. D eísm o , 3; 16 a té o f im d o cap . 4, aí, tu d o fa lh o . 3. S o m e n te D e u s p o d e s a tis fa z e r.
7. R e lig iã o (s e m D e u s ) 5; 1-8
8. R iq u e z a s, 5 -9 a té o f im d o cap . 6, s e m s a tisfa ç ã o .
— F in a lm e n te , e x p e rim e n to u :
9. M o ra lid a d e , 7 :1 a 12:1 2 . A q u i e le re s p ira n u m a a tm o s fe ra m a is p u ra . E le v a -s e a u m p la n o s u p e rio r. M a s
n em a m o ra lid a d e o satisfe z.
ANÁLISE № 22 MENSAGEM: Comunhão de Cristo com Seu
Palavra-Chave: “Amor” povo: sua necessidade, condição
Verso-Chave: 8:6 e resultado
CANTARES DE SALOMÃO
MAL ENTENDIDO
Este é um dos livros mais mal entendidos da Bíblia. Não poucos são os cristãos que lhe negam lugar no cânon sagrado.

OPINIÕES
Antes de o condenar, notemos a opinião de outros. Os judeus sempre o tiveram em elevado apreço e o reconheciam entre os mais santos dos livros. Comparavam “Provérbios” ao átrio exterior do Templo,
“Eclesiastes” ao lugar santo e “Cantares” ao Santo dos Santos. Jonathan Edwards, de veneranda memória, escreveu: “O livro inteiro me era agradável e lia-o em todo o tempo, achando nele, cada vez que
o lia, uma doçura sempre crescente que me elevava na minha contemplação”. O fato é que os homens mais espirituais que o mundo conheceu encontraram gozo profundo nas suas páginas.

POR QUE É MAL ENTENDIDO?


E mal entendido porque os críticos severos não se lembram que é:
1. Poesia e não prosa. Damos aos poetas ampla licença. Esquecem-se, também, que é:
2. Um poema oriental. Os orientais se comprazem em figuras de retórica que a nós, ocidentais, aborrecem. Aqui nada há que melindre ao mais modesto oriental.
3. Tratando-se de uma parábola, temos que nos ater mais à questão da interpretação do que a da inspiração.
4. E importante notar que foi cantado, anualmente, no oitavo dia da Festa da Páscoa. Portanto, somente os que reconhecem em Jesus Cristo seu Cordeiro Pascoal é que podem compreendê-lo.

O QUE É?
1. Provavelmente o livro teve sua origem num fato da atualidade, talvez a história de um amor todo humano: o romance de Salomão com uma donzela de Shulam. Alguém escreveu: “E a história real duma
moça, humilde e virtuosa, prometida em casamento a um jovem nas mesmas condições; e que foi tentada a voltar suas atenções e afetos a um dos jovens mais ricos e famosos que jamais vivera entre os homens.
Celebra-se a vitória do amor casto e da vida humilde sobre as atrações mundanas e vantagens presumíveis da alta nobreza. E, ainda, a revelação de um amor puro, virtuoso, que os faróis da riqueza não podem
iludir, nem a lisonja conquistar” .
2. Mas isto é apenas o fundo e a armação. O Dr. Duff, em sua linda introdução às cartas de Rutherford’s, diz: “Temos, aqui, representados, misticamente, os sons apaixonados da mais sublime concepção
metafórica do Oriente, por demais deslumbrante aos sentidos e pensamentos habituados com a frieza ocidental. A relação amorosa, o enlevo na comunhão, e a ardente, íntima, afeiçoada entrevista entre Emanuel
— o Homem Deus — e as almas humanas. Mrs. Penn Lewis escreveu: “Em “Cantares de Salomão” nos é revelada a história mais íntima do redimido, que é levado a conhecer o Senhor, oculto em linguagem
só compreendida pelo esclarecimento do Espírito Santo. Vemos como o Noivo Celestial atrai a alma, por quem Ele morreu, estabelecendo união real com ela, atraindo-a com as cordas do amor, e fazendo
com que, numa experiência real, tivesse sua vida unida a dEle”.

ANÁLISE
O livro pode dividir-se em 5 seções e, em cada seção, exceto em duas — 3 e 5 ■
— temos evocada a separação entre os noivos, as consequências da separação, mas também o feliz desfecho na união e deleite
mútuos.
(1) (2) (3) (4) (5)
Cap. 1 — 2:7 Cap. 2:8 — 3:5 Cap. 3:6 — 5:1 Cap. 5:2 — 8:4 Cap. 8:5 até o fim.
Versos: Nesta seção, temos, mais uma vez, a Esta seção difere das duas anteriores. Principia com nova separação dos noivos. Aqui vemos os noivos, mais uma vez juntos
1. A melhor introdução aos Cantares de Salo­ separação dos noivos. Os noivos não se separam. Ela não fala nem A noiva dorme, mas é acordada por ele; demais voltando do deserto.
mão.
10. A noiva dorme. sequer uma vez. Somente ele fala. Pela sonolenta, custa a se levantar e quando o faz nota a Agora não há mais deserto, nada mais do que
2. Anseio pelo beijo de comunhão.
3. Noivo ausente, porém de nome doce, e seu 11. 11-13. O noivo clama por sua primeira vez o noivo chama uma alma sua ausência do noivo. a terra manando leite de mel.
amor colocado acima de todas as alegrias da noiva. noiva. No cap. 1, ela é somente sua amiga. Ela expõe sua mágoa às suas amigas, filhas de 0 Rei lembra-lhe a sua humilde posição an­
terra. 14. A noiva se refugia no sacrifico No cap. 2:14, ele a chama “pomba” símbo­ Jerusalém, que lhe indagam da diferença que há terior, 5; e a noiva prorrompe numa maravilhosa
4-6. Confissão de fraqueza e indignidade, lem­ expiatório. lo da presença Espírito Santo nela. entre o seu noivo e o das outras. declaçáo do amor verdadeiro.
brança das misericórdias passadas. 3; 1-3 .0 noivo atrai o olhar dela para Em 4:8 ele a chama “minha esposa”. Ela replica.
7. Desejo de encontrar seu querido, ainda que o calvário, buscando-O. Perguntando-se onde teria ido, de repente ela se
ele se oculte. 3. O auxílio dos guardas. lembra, 6:2.
8. Ensina-a como achá-10.
4. Sua recompensa em achá-lo. Ele volta e descreve a glória da noiva numa
9-2:2. Por fim, o Rei revela-se, então temos o
diálogo apaixonado. linguagem que jamais escandalizaria a mais fina
2:3-7. A noiva testemunha que agora é feliz. sensibilidade oriental.

TRÊS FRASES DO AMOR


1) O primeiro pensamento da alma é “o meu amado é meu, e eu sou dEle”, 2:16. A esta altura pensamos, principalmente, que Cristo é nosso, e para nosso gozo. 2) Chegamos a “eu sou do meu amado e
o meu amado é meu”, 6:3. O desejo de sermos possuídos por Ele é nosso primeiro pensamento. 3) Por fim, chegamos a “eu sou do meu amado, e ele me tem afeição”, 7:10. Segurança perfeita.
ANÁLISE № 23 MENSAGEM: A salvação da nação por Jeová;
Palavra-Chave: “Salvação” por meio do julgamento e da
Frase-Chave: “O Santo de Israel”
O LIVRO DE ISAÍAS
PARA NOVOS CONVERTIDOS
Quando o grande Agostinho perguntou a Ambrósio qual, dos livros sagrados, era o melhor para ser estudado após à sua conversão, a resposta veio logo: Isaías. Certamente em nenhuma outra parte do Velho
Testamento temos, tão nítida, a visão da Graça de Deus. O livro tem sido chamado “O Evangelho segundo Isaías”, e seu autor tem sido chamado “o quinto evangelista” e “o profeta da Redenção”. Além disso,
o livro é notável pela riqueza de seu vocabulário, linguagem nobre e estilo aprimorado. Portanto, acertado é afirmar que a resposta de Ambrósio foi sábia e digna de nota.

O PROFETA
Isaías era um homem de sangue real. Seu pai, Amós, era um dos filhos mais novos de Joás, rei de Judá. Sendo um homem de personalidade marcante, torna-se estadista, exercendo poderosa influência
a bem da nação. Casou-se com uma mulher que possuía o dom de profetizar e teve, pelo menos, dois filhos, 7:3, 8:3 e 18. Trabalhou 60 anos e morreu mártir, no reinado de Manassés (segundo a tradição)
aos 120 anos de idade.

ESTILO
E o mais beloe sublime de todos os escritores proféticos. Tem sido chamado o maior dos profetas. Com exceção de 4 capítulos, do 36 ao 39, o livro é todo poético e que poesia magnífica! O livro é exuberante
em metáforas, 2:19 e 24:20. Para um estudo, em tópicos, da Bíblia, o livro possui uma reserva extraordinária de material. Exemplos:

ESTUDOS EM TÓPICOS
1. Há outras coisas eternas em Isaías: — a) Salvação, 45:17 — b) Luz, 60:19 — c) Gozo, 35:10 — d) Força, 26:4 — e) Bondade, 54:8 — f) Aliança, 55:3 — g) Julgamento, 33:14.
2. Constituir, das suas páginas, a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo: a) Nascimento, 7:14 e 9:6 — b) Família, 11:1 — c) Unção, 11:2 — d) Caráter, 11:3-4 — e) Regime simples e simplicidade de vida,
7:15 — f) Doçura, 42:1 a 4 — g) Morte, 53 — h) Ressurreição, 25:8 — i) Reino glorioso, 11:3-16 e Cap. 33 etc.
3. Notar seu ensino com respeito ao Espírito Santo: 10:27 — 11:2 — 32:15 — 40:7 e 13 — 42:1 — 44:3 — 59:19 e 21 - 61:1 e 63:10.
4. Vede seu ensino concernente ao Conforto: 40:1 — 51:3 e 12 — 66:13 — 61:2,3 e 12 — 63:9, também 43:1,2 e 50:10.
5. Notar ainda: (a sua alusão à Trindade (“Nós”) 6:8 — b) sua profecia quanto ao fim das guerras, 2:4,11:9 e 14:7 — c) os três “bem-aventurados”, 30:18, 32:20 e56:2 — d) o Senhor como Rei de Israel,
6:5, 44:6 e 43:15 — e) o remanescente de Israel, salvo, 1:25-27; 2:2 e 3; 6:13; 11:11; .18:7; 27:12 e 13, etc.

PALAVRAS-CHAVE E MENSAGEM
1. “O Santo de Israel” é uma frase peculiar a este livro. Encontra-se somente em três salmos: 71, 78 e 19, duas vezes em Jeremias: 50 e 51, e em II Reis 19:22, onde Isaías é quem fala. Esta frase e sua
abreviatura, “O Santo”, se encontram, no mínimo, 33 vezes. Evídenteménte a visão que ele teve, quando os serafins clamavam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor”, o impressionou vivamente, daí pensar no
Senhor sempre como o “Santo”.
2. Outra palavra peculiar deste livro é: “Salvação”. Em nenhum outro livro do Velho Testamento, com exceção dos Salmos, encontra-se esta palavra tão freqüentemente. O próprio nome de Isaías significa:
“a salvação é de Jeová”. Esta é a sua mensagem.

ANÁLISE
Este livro divide-se, naturalmente, em 3 partes: I Parte — Principia com o Senhor dando a razão do julgamento e cativeiro iminentes de Israel, porém finaliza com a sua bênção e restauração. II Parte —
Focaliza a intervenção do Senhor e o livramento de Israel. III Parte — Tem três seções duas terminam com as palavras: “Mas os ímpios não têm paz, disse o Senhor” , e a terceira anuncia a morte do ímpio.
A I Parte começa com a Visão — Cap. 6 — ; a III Parte principia com a Voz — Cap. 40. Notemos que a III Parte principia eacaba com o Novo Testamento, isto é, com João, o Batista, no deserto e um novo
céu. Notar, também, que, intercaladas com ameaças de julgamento, há promessas animadoras de bênçãos e garantias de uma gloriosa restauração.

(A) ACUSAÇÃO (B) HISTÓRICO (C) CONSOLAÇÃO

0 Santo de Israel O santo de Israel 0 Santo de Israel


PROVOCADO, REPREENDENDO E JULGANDO LIBERTANDO CONFORTANDO, REDIMINDO, ENRIQUECENDO

Cap. 1-35 Chave: 1:4 — 31:1 Cap. 36-39 Chave 37:23 Cap. 40-66 Chave: 4 0 :1 — 43:3,14 — 49:7 — 53:3 — 60:17

1. Concernente a Judá e à Jerusalém, 1-12. Degradação do povo, chamada de Isaías, Emanuel, 1. Aflição de Ezequias, 36 1. 1* seção — Nota dominante: “Conforto", 40-48
o Menino-Deus, única esperança de Israel. 2. Oração e Libertação de Ezequias, 37 2. 2* seção — Nota dominante: “O servo sofredor”, 49-55 (O capítulo 53 é o capítulo central)
2. Concernente às nações circunvizinhas, 13-23. Babilônia, Moabe, Damasco, Egito e Tiro. 3. Doença de Ezequias, 38 2. 3* seção — Tema dominante: "A glória futura”, 58-66
3. Concernente ao mundo, 24-35. Uma seção notável; principalmente concernente ao futuro. 4. Loucura de Ezequias, 39
ANÁLISE № 24 MENSAGEM: A certeza do juízo de Deus
Versos-Chave: 3:12, 22 — 31:3 em face do pecado, todavia
Palavras-Chave: Apostasia, Volta a benignidade, e o caráter
Reparação, Amado O LIVRO DE JEREMIAS do amor de Deus

ALGUMAS OPINIÕES APAIXONADAS


“Este livro, depois dos Salmos, impõe-se até hoje, como um dos mais espirituais do Velho Testamento”. Eis, aqui, o testemunho do grande escossês, Principal Whyte. “A vista dos dados que possuímos para ajuizar,
Jeremias foi o mais moço, mais corajoso e o maior vulto na história do Velho Testamento”, escreveu o Dr. W. W. White. Isaac Williams asseverou: “Nada há, em toda a Escritura, tão eloqüente pelo amor, pranto e
consolação, como os capítulos 31 e 33 de Jeremias. Em nenhuma outra literatura, encontraremos palavras de beleza tão tocante”. Como certeza: estas referências elogiosas são uma surpresa para os que nada têm visto
de belo em Jeremias.

A VIDA DE JEREMIAS
Ao contrário de muitos profetas, Jeremias tem muito a dizer desi mesmo, Era sacerdote por nascimento, 1:1, e foi chamado pelo Senhor, para o ministério da profecia, muito jovem ainda, 1:6. Alegando sua mocidade,
(apenas 21 anos) inexperiência e deficiência no falar, 1:6; como razões para não atender à chamada, Deus revelou-lhe que o consagrara para este serviço antes do seu nascimento, 1:5; então recebeu a unção divina,
1:9, e, logo a seguir a comissão, 1:10. Não lhe foi permitido casar-se, cap. 16. A mensagem que teve de transmitir era tão severa e solene que custou amargura a esse coração temo, patriótico, e de um verdadeiro homem
de Deus. O entregar desta mensagem de julgamento feria-lhe o Coração. Seu ministério não foi aceito, sua própria família e seus próprios patrícios conspiraram contra ele, 12:6 e 38:8-9. O povo de Jerusalém também
conspirou contra ele, 18:18, sendo por fim, açoitado e acorrentado ao cepo, 20:1-3. Solto, foi agredido com risco de sua vida, cap. 26. Sofreu encarceramento diversas vezes; 37:11-15, 38. Na queda de Jerusalém foi
solto por Nabucodonozor e ajudou o novo governador, mas, morto este, Jeremias viu-se obrigado a acompanhar, sem o querer, os refugiados ao Egito, onde encontrou a morte pelo apedrejamento ao contar 40 anos
de ministério.

O CARÁTER DE JEREMIAS
Não era poderoso como um Elias, eloqüente como Isaías ou místico como Ezequiel, mas um tímido, acanhado, cônscio de sua incapacidade, anelando por uma simpatia e um amor que jamais conheceria — tal
era o instrumento escolhido, pelo qual veio a Palavra do Senhor, àquela geração corrupta e degenerada. Por quê a escolha de tal homem para tão árdua missão? Ah! Somente um homem de coração boníssimo poderia
transmitir com poder e carinho a tremenda mensagem do juízo divino. O importante residia na força da palavra. Jeremias falou sempre com acerto e distinguiu-se como o profeta de coração quebrantado.

ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES EXCEPCIONAIS


1. Entre todos os livros da Bíblia, somente em Jeremias é que lemos que a Arca não terá lugar no Israel restaurado 3:16,
2. “Madrugando e falando” é uma frase que só aparece neste livro, (onze vezes, 7:13 etc) à exceção de II Crôn. 36:15, que Esdras, o escriba, provavelmente, transcreveu de Jeremias.
3. Contém a frase singular “é a Mim que eles provocam a ira”, 7:19 e
4. “De maneira nenhuma se envergonham”, 6:15 e 8:12; era o libelo tremendo, por causa da degeneração extrema a que descera aquele povo. — Eis algumas de suas orações: 1:6 — 4:10 — 12:1 a 4 — 14:7, 8,
11 e 21 — 15 — 17:13 a 18 — 18:13 a 18 — 20:7 — 32:16 a 25.

ANÁLISE
O livro é uma entrosagem de história, biografia e profecia. Não está escrito em ordem cronológica.

A) Chamada B) Ministério C) Retrospecto


1 2 3 4 5 6
Jeremias, sua Em Judá, Aos remanescentes no
CHAMADA E ANTES DA QUEDA DE QUEDA DE país, após o NO EGITO CATIVEIRO
COMISSÃO JERUSALÉM JERUSALÉM CATIVEIRO DEJU D Á
Cap. 1 Cap. 2-38 Cap. 39 Cap. 40-42 Cap. 43-51 Cap. 52
Introdução 1-3; Tomando a fórmula profética usual, “Veio a Palavra do Senhor”, Alguns detalhes da História e profecia em 1. Aos judeus, 43-45 O livro começa com a predição do
Chamada 4-8; como guia, parece que, neste livro, temos 51 profecias distintas. queda. conjunto. 2. As nações gentias, Juízo e termina em seu cumprimento.
Unção 9-10;
Encorajamento 11-19 46-51

MENSAGEM
Na leitura do livro, algumas palavras são freqüentes: “deixai”, “deixado”, 24 vezes; “apóstata”, “apostatando”, 13 vezes; — estas últimas só se encontram em Jeremias, salvo uma vez em Provérbios e três vezes
em Oséias — “voltai”, 47 vezes; por isso Jeremias é um livro cheio de mensagem para os apóstatas.
Judá deixara o Senhor — Jeremias advertiu-o quanto ao Juízo iminente, e instou para que voltasse ao Senhor e endireitasse suas veredas, pois o Senhor ainda o amava ternamente.

TEXTOS PARA PREGADORES


“Deixando o manancial de águas vivas pelas cisternas rotas”, 2:13 — “Reforma superficial insuficiente”, 2:22 — “Falso e inábil tratamento do próximo”, 6:14 — “Veredas antigas, as melhores”, 6.T6 —
“Oportunidades perdidas”, 8:20 — “Em que se gloriar”, 9:24— “A necessidade da regeneração”, 13:13 — “O Senhor, um estranho”, 14:8— “Decadência prematura”, 15:9— “A Palavra do Senhor”, 15:16 e 23:29
— “ Condição do coração natural”, 17:9 — “Uma nova oportunidade”, 18:4 — “A Justiça personificada”, 23:6. Vede também outras verdades importantes em: 24:7 — 31:16 e 31 a 34 — 33:3 — 49:11.
ANÁLISE № 25 MENSAGEM: 1) A miséria, conseqüência do
Versos-Chave: 1:12, 2:17, 3:22, 33 pecado
2) O amor e a compaixão do Senhor
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS pelos expostos à Sua ira

AUTOR, ETC.
1. O livro foi escrito por Jeremias após o 3a sítio e queda de Jerusalém. Na versão setuaginta, o livro traz um prefácio com estas palavras: “E aconteceu que, depois que Israel foi levado para o cativeiro
e Jerusalém ficou desolada, Jeremias assentou-se, chorando e lamentando com esta lamentação sobre Jerusalém”, — Note-se que, ao invés de exultar pelo cumprimento das profecias por ele anunciadas à
nação, Jeremias se conturba e chora. E um fato, este, digno de nota.
2. Num lado do Monte do Calvário, o monte verde, fora das muralhas de Jerusalém, onde nosso querido Senhor foi crucificado, há um recesso conhecido como “A Gruta de Jeremais”. Crê-se ter sido aí
onde o profeta, sentando-se, contemplou a cidade em ruínas e, com o coração quebrantado, chorando, compôs suas lamentações. A ser isto real, quão sugestivo nos será imaginar que, ali perto do lugar onde
Jeremias verteu lágrimas de dor, oriundas de seu acendrado amor pátrio, — o Salvador rejeitado, sofreu pelos pecados da mesma, por ele e por toda a humanidade e verteu seu precioso sangue.
3. Os judeus patriotas, em cada sexta-feira, cantam por este livro, junto ao “Muro das Lamentações” em Jerusalém. O livro é lido também em toda sinagoga judaica por ocasião do jejum, aos nove dias
de agosto, dia esse marcado para o pranto e jejum pelas cinco grandes calamidades que sobrevieram à nação.

OPINIÕES
0 Principal Whyte escreveu: “Nada há, em todo o mundo, como “Lamentações de Jeremias”. Tristeza bastante já houve em todas as éras e em todos os países, mas outro pregador como Jeremias, cujo
coração abrigava tanta tristeza, não nasceu. Dante vem depois de Jeremias, e sabemos que Jeremias era o profeta favorito daquele grande desterrado”. Poderíamos citar mais opiniões, mas, cremos que isto
basta.

UM MAIOR DO QUE JEREMIAS, AQUI


Não há dúvida de que temos, aqui, um maior do que Jeremias. 0 Dr. Schofield, sugestivamente, disse: “0 significado tocante deste livro encontra-se no fato de ser o descortinar do amor e da tristeza de
Jeová por aquele povo a quem está castigando — uma tristeza operada no coração de Jeremias pelo Espírito Santo”. Foi, também, um símbolo das lamentações e choro de Jesus pela tremenda desolação que
sobreviria à Cidade Santa. Há, no livro, muitas referências messiânicas: 1:12 — 2:15 — 3:14, 15, 19 e 30.
Cada lamento foi escrito formando um acróstico o qual não tem efeito em nossas traduções. “O alfabeto hebraico se compõe de 22 letras. Cada capítulo de Lamentações tem 22 versos, e cada verso principia
com uma letra do alfabeto hebraico, mantendo a ordem alfabética, excetuando-se o cap. 3 que possui 66 versos; cabendo à Alefe 3 versos; à Bete, outros três, e assim até o final. O último capítulo é um pouco
irregular”. Parece que o processo de escrever sujeito a um acróstico foi adotado para auxiliar a memória.

ANÁLISE
Há cinco poemas conforme indicamos capítulos. Em cada poema, exceto no último, há referências às condições miseráveis da cidade, seguidas da justificação de Deus quanto ao tratamento drástico aplicado
ao Seu povo e uma referência aos viandantes. Cada poema termina com uma oração ao Senhor com exceção feita ao quarto que é beneficiado pelo último, pois este todo é uma oração. A pérola do livro se
encontra em 3:22 e 23.

D POEMA 22 POEMA 32 POEMA r- POEMA 52 POEMA

A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como
uma uma pelo OURO um
VIÚVA CHORANDO M ULHER VELADA PROFETA CHORANDO deslustrado, alterado, desvalorizado SUPLICANTE
lamentando em solidão agora lamentando entre as ruínas lamentando perante Deus, o Juiz rogando ao Senhor

Cap. 1 Cap. 2 Cap. 3 Cap. 4 Cap. 5

Jerusalém é comparada a uma viúva, priva­ Aqui há uma descrição viva do cerco de Este é considerado como um dos poemas 1. Cidade — por uma série de contrastes, são Ao se encerrar o poema anterior, não
da de seus filhos, assentada, sozinha, à noite, Jerusalém. Neste 2° poema, o profeta medita mais notáveis do Velho Testamento. pintados os horrores do sítio 1-10 houve oração; este, no entanto, é um longo
chorando. Notemos os dizeres característicos: principalmente em Deus como autor e admi­ Ele difere dos outros no fato de o profeta 2. Juízos — Deus justificado 11-16 e fervoroso apelo ao Senhor.
“ninguém a consola”, 2, 9,17, 21 — nistrador de castigos tão duros. se identificar com o povo e tomar sobre si as 3. Crueldade de Edom 17-20 1. Cidade. Calamidade 1-6
“nenhum descanso” 3 1. A cidade cercada e sua ruína 1-14 misérias e tristezas do mesmo. 4. Retribuição a Edom 21-22 2. Pecado. Confissão 7
"pasto algum ” 6 2. Os viandantes, seus escámeos e injúrias 1. Cidade — profeta, um homem de aflição, 3. Sofrimento 8-18
“nenhum confortador” 9 cruéis 15-16 1-20 4. Apelo ao Senhor 19-22
1. A cidade na sua calamidade 1-7 3. Juízos preditos 17 - profeta, um homem de esperança 21-36
2. Juízes — Deus justificado 8-11 e 18 4. Oração ao Senhor 18-22 2. Juízos — Deus justificado 37-39
3. Viandantes, apelo à simpatia deles, 12-19 3. Apelo à Nação 40-54
4. A oração, apelo ao Senhor 20-22 4. Apelo ao Senhor 55-66
ANÁLISE № 26 MENSAGEM: A bondade e a severidade de
Versos-Chave: 1:28,10:4 e 18, 43:2 Deus
Frase-Chave: “A Glória do Senhor”
O LIVRO DE EZEQUIEL
EZEQUIEL
Ezequiel era utn sacerdote da aristocracia de Jerusalém, 1:1-3. Com idade de 25 anos, e justamente 11 anos antes da destruição do Templo, foi levado cativo à Babilônia. Foi contemporâneo de Daniel
e Jeremias. Em Babilônia, residia em sua própria casa, 8;1. Era casado, tendo sua esposa falecido no ano em que se iniciou o cerco final de Jerusalém, 24:18. Principiou seu ministério 5 anos após ter chegado
à Babilônia. Tinha, então, 30 anos, e Jeremias se aproximava do fim de sua trágica, porém gloriosa carreira.

SUA MISSÃO
Os falsos profetas induziram os cativos a crer que Jerusalém não seria destruída, e que eles logo seriam restaurados em sua querida cidade. Jeremias ouvindo isto, então em Jerusalém, lhes escreveu e enviou
uma carta, Jeremias 29. Ezequiel principiou seu ministério no ano seguinte, confirmando tudo o que Jeremias havia dito. Ezequiel se esforçou em convencê-los de que, antes de alimentarem qualquer esperança
de voltarem a Jerusalém, era necessário voltarem ao Senhor seu Deus. Embora a tarefa, a princípio, se apresentasse difícil e cheia de oposições, Ezequiel conseguiu levá-la a bom término e foi coroado de
sucesso, pois a volta do povo ao Senhor e à sua terra foi, em grande parte, o fruto de seu ministério.

PROFETA DO ESPÍRITO
Cada um dos três grandes profetas enfatizou uma pessoa da Santíssima Trindade. Ezequiel é o profeta do Espírito; como Isaías o é do Filho, e Jeremias do Pai. O ministério do Espírito é muito notável
neste livro. Hã, pelo menos, 25 referências ao Espírito. Veja-se: 2:2, 3:12, 14, 24, etc. O nome de Ezequiel significa “a quem Deus fortalece”, e o agente neste fortalecer foi o Espírito Santo.

VERDADES NOTÁVEIS
1. Ezequiel fala de Israel mais que qualquer outro profeta. Somente nestre livro, (20:1-9), somos informados da idolatria de Israel no Egito e do pensamento de Deus em destruí-lo naquele país, por esta
razão.
2. Somente em Ezequiel se nos revela a história de Satanás, 28:11-29, lemos, aqui, um vislumbre da história do nosso grande adversário.
3. Ainda, somente neste livro, temos a história, em muito detalhe, do Templo a ser edificado, cap. 40-42; e a do novo rio, 47.

ANALISE
1. Este é um livro do qual muitos se desinteressam de o ler. A razão no fato de que não compreendem sua chave, sua estrutura, e não alcançam sua mensagem.
2. Sua frase-chave é: “A Glória do Senhor” que ocorre 14 vezes nos primeiros 11 Capítulos. No Velho Testamento, a “Glória do Senhor” significava a luz visível que brilhava entre os querubins no lugar
do Santo dos Santos, no Tabernáculo e no Templo e que proclamava a presença de Deus. Antes da destruição do Templo, Ezequiel viu, em visão, a “Glória do Senhor” deixando o Templo. Há, em 9:3, uma
descrição, breve, deste fato, do qual temos mais particularidades no cap. 10. Enquanto olhava, viu acima dos querubins a semelhança do trono, com rodas e, portanto, uma espécie de carro real, 10:1. Daí
a “Glória do Senhor” dirigiu-se para entrada da casa, 10:4 e daí para a porta do oriente, 10:18 e 19, e daí, do Templo para o meio da cidade e em seguida para o monte que está ao oriente da cidade, 11:22
e 23. Assim, aos poucos, com pesar, porém magestosamente, a “Glória do Senhor” deixou o Santuário e a Cidade. Mas a Glória, certamente, voltará, cap. 43. O ministério de Ezequiel principiou com uma
visão de Deus e termina com uma visão de Deus entre seu povo. Bendito final! Sua mensagem é a severidade de Deus ao seu povo desviado e impenitente e Sua bondade para o penitente.

(D ( 2) (3) (4)
Preparação e chamada do Profeta Profecias da destruição de Jerusalém Profecias contra 7 nações Profecias gloriosas em relação ao futuro de Israel

O APARECIMENTO O DESAPARECIMENTO A GLÓRIA DE DEUS A VOLTA


da Gldria do Senhor da Glória do Senhor e as nações circunvizinhas da Glória do Senhor

Cap. 1- Cap. 4 — 24 Cap. 25 — 32 Cap. 33 — 48

O aparecimento da Glória e o resultado na vida do Profeta. Razões para o desaparecimento da Glória de Deus. A Glória de Deus agindo em defesa do seu povo. Preparação para a volta da Glória do Senhor.
1. Céus abertos e uma visão de Deus, o Filho como o Homem, Ele principia seu ministério a Israel. Essas sete profecias foram proferidas no tempo entre o Preparação após um silêncio de 3 anos.
sobre o trono 1 1. Predição do cerco de Jerusalém 4 conhecimento do sítio por Nabucodonosor, 24:2 e as notíci­ Muitos consideram esta parte a mais rica do livro.
2. Os servos: 2. Horrores do cerco 5 as sobre a captura de Jerusalém, 33:21. 1. Promessa de restauração 33
a) sua comissão 2 3. Um remanescente preservado 6 Observemosque Deus foi contra essas nações pagãs, não 2. O Bom Pastor 34
b) seu alimento 3:1-3 4. Sua temível desolação 7 somente por causa de seu pecado, a idolatria, mas por causa 3. O Evangelo segundo Ezequiel 36
c) sua tarefa 3:4-11 5. Idolatria na alta sociedade 8 do tratamento cruel infligdo ao seu povo. 4. Predição de um grande avivamento nacional 37
d) sua unção 3:12-14 6. O remanescente designado para preservação 9 1. Amom, Moabe, Edom, Filistia 25 5. Futuros inimigos derrotados 38-39
7. O desaparecimento da Glória 10, 11 2. Tiro 26-28 6. O novo Santuáro será edificado 40-42
e) seus deveres 3:15-21 8. Castigo tardio, porém certo 12 7. A volta da Gldria do Senhor 43
3. O aparecimento da Glória do Senhor 3:22-27 9. Falsas profetisas 13 3. Egito 29-32 8. O Príncipe Misterioso 44
10. Várias parábolas do Velho Testamento, com mais ensi­ 9. A divisão de Jerusalém 45-46
nos importantes, todos visando induzir Israel ao arrepen­ 10. Torrentes de águas purificadoras 47
dimento, restauração política e espiritual. 14 — 24 11. A divisão da Terra 48
ANALISE № 27 MENSAGEM: A Soberania Universal de
Versos-Chave: 2:22, 4:25 Deus

O LIVRO DE DANIEL
DANIEL
1. Daniel, tal qual Ezequiel, encontrava-se entre os que foram levados cativos para Babilônia, por ocasião da invasão da Palestina pelas hostes de Nabucodohosor, 1:1-3.
2. Admite-se que procedia de família de alta estirpe, talvez da Casa Real. Foi levado para Babilônia aos 16 anos de idade, oito anos antes de Ezequiel. Sendo assim, conclui-se que Daniel seguiu entre
os capturados por ocasião da primeira invasão no terceiro ano de Jeoaquim, ao passo que Ezequiel foi levado após a segunda invasão.
3. Toda a sua vida, desde então, passou-a em Babilônia (1:21) num período de 69 anos. No seio de uma Corte corrupta, ele viveu uma vida santa, tanto assim é que, em Ezequiel 14:14-20, Daniel é apontado
como padrão e modelo de justiça.
4. Embora pertencesse a uma raça cativa, embora nunca abandonasse sua devoção e lealdade a Jeová, alcançou o mais alto cargo da administração pública e exerceu seu poderoso ministério político nos
3 impérios: babilónico, medo e persa.

PROFETA
Não era exclusivamente um servidor público do Estado, mas, sobretudo, um profeta de Deus. Suas profecias, dirigidas, de maneira particular, às nações gentílicas, antes mesmo que aos de sua raça, figuram,
em nível igual, ao lado das mais notáveis da Bíblia.

O “IMPRIMATUR” DO SENHOR JESUS


Em Mat. 24:15, o Senhor confirma a inspiração divina deste livro. 0 próprio título do Senhor é baseado em Daniel 7:13, “filho do homem”.

MENSAGEM
Tem diversas mensagens. Os servos do Senhor leais e obedientes, (1) freqüentemente são abençoados com vitórias neste mundo, 1:9, 20 — 2:48,49, e (2) Deus lhes confia Seus segredos, 2:19, 22, 47;
(3) em tempos de sofrimento e provação, eles têm o conforto da Sua presença, 3:25. (4) Ergue-se também forte clamor contra o orgulho, 4:30-37. (5) em não honrar e glorificar a Deus, 5:22 e 23. Mas sua
mensagem principal é proclamar a soberania universal de Deus, 4:25.

ANÁLISE
Contém duas divisões principais. A primeira trata, especialmente, de eventos históricos; a segunda de visões e, então, de interpretações. O nome de Daniel significa: “Deus é meu juiz”, (sugerindo a defesa
que Deus lhe prestava) ou “Juiz de Deus”, isto é, aquele que transmite o juízo em nome do Senhor. Sugerem-se 6 divisões menores, como se segue:

(A) HISTÓRICA (Escrita por Daniel na 3a pessoa) (B) PROFÉTICA (Escrita na Ia pessoa)

(O (2) (3) (4) (5) (6)


COSTUMES FILOSOFIA ORGULHO IMPIEDADE PERSEGUIDO­ AS NAÇÕES DO MUNDO JULGADAS
PAGÃOS PAGÃ PAGÃO PAGÃ RES PAGÃOS
julgados julgada julgado julgada julgados o estabelecimento do Reino Eterno

1 2 3-4 5 6 7 até o final

1. Tendo sido dedicado a Baal 1. Os filósofos pagãos (ma­ 1. A construção desta grande 1. Pela morte de Belsazar. 1. Daniel teria mais ou menos 1. Visão das Bestas — Cap. 7
(seu novo nome significa que gos, astrólogos e encantado­ imagem foi uma tentativa 2. Das inscrições achadas e 80 anos quando lhe sobre­ No cap. 2os reinos do mundo se vêem, pelo rei pagão, na sua glória
e unidade exterior, mas sem vida — um colosso de metal.
ele seria um favorito de res) fracassaram na interpreta­ de Nabucodonosor para decifradas, sabemos agora veio esta prova. Neste capítulo, eles aparecem ao profeta em seu aspecto real, como se
Baal), contudo permaneceu ção do sonho. unificar as religiões do seu que Belsazar e seu pai, Na­ 2. Daniel pôs a Deus em pri­ fosse instinto com vida, — vida meralmente bestial, poder animal,
fiei a Jeová. 2. A interpretação do sonho império por deificar-se a si bucodonosor, reinaram jun­ meiro lugar, e Deus o de­ terrível.
2. Ele e seus companheiros re­ indica o curso e fim do do­ mesmo. tos no Império Babilónico. fendeu. 2. Visão do Carneiro e do Bode — Cap. 8
cusaram-se a comer, no Pa­ mínio mundial pelos genti­ 2. Esta tentativa será repetida 3. Enquanto Belsazar caía mor­ 3. Vede como Deus foi glorifi­ Dando mais particularidades concernentes ao reinos, medo, persas
os, desde os dias de Daniel e macedônio, (versos 5 e 8 tanto impressionaram ao grande Alexandre,
lácio do Rei Pagão, carne de pela Besta, o último cabeça to na captura da cidade im­ cado pela lealdade do seu o Magno, que ele preservou a Israel).
animais sacrificados aos ído­ até o fim desta era. do domínio mundial gentí­ perial, seu pai se entregava servo. 3. Visão das 70 semanas — Cap. 9
los. 3. Notamos a Pedra, 2:34, 35 lico. Apoc. 13:11-15 e em Borsippa. Este é um capítulo muito importante. As setenta semanas são
3. Deus lhe abençoou e aos que não cresce até que te­ 19:20. setenta períodos, cada um com 7 anos.
seus companheiros, pela sua nha feito em pedaços a gran ­ Notai a significação da eleva­ 4. Visão do Senhor — Cap. 10
lealdade e deu-lhes a vitó­ de imagem. E depois da ção, em nossosdias, do H u­ Nos versos 1-9 e 16 até o fim, temos a visão do Senhor, mas, nos
versos 10-15, surge um anjo.
ria. destruição total do domínio manismo religioso. 5. Mais profecias a respeito dos tempos de Daniel até ao final dos
gentílico que se estabelece tempos, cap. 11 — Cap. 12:3.
o Reino de Deus. 6. As últimas palavras — Cap. 12:4 até ao fim.
ANÁLISE № 28 MENSAGEM: Uma exposição do método
Palavra-Chave: “Volta” de Deus em restaurar os
(citada 15 vezes) desviados
O LIVRO DE OSÉIAS

0 PRO FETA
1. Oséias contemporâneo de Amós, Isaías e Miquéias, desenvolveu suas atividades em Samaria, contudo, em seus últimos anos, se retirou para a Judéia depois de ter apelado, em vão, aos seus patrícios
sentenciados. Crê-se que os últimos trechos deste livro foram escritos na Judéia.
2. Foi poupado para trabalhar para seu Senhor, muitos anos. Do cap. 1:1 deduzimos que exerceu seu ministério profético durante 72 anos. Calculamos que o iniciou aos 20 anos de idade, tendo falecido
com a idade de 92 anos.
3. Sofria triste provação doméstica; — a infidelidade da esposa, — e Deus usou tão lamentável aflição para falar a Israel. Este é o ponto central do livro.

SUA MISSÃO
A mensagem de Oséias foi, particularmente, dirigida a Israel, (às 10 Tribos). O nome de Efraim aparece, neste livro, mais de 35 vezes, e o nome de Israel com igual freqüência. Enquanto que a Judéia
é mencionada só 14 vezes, e Jerusalém não é mencionada uma vez sequer.

CARÁTER
1. Os escritos de Oséias são mais poéticos do que a maioria dos profetas; são ricos em notáveis metáforas.
2. O atributo divino mais usado por Oséias é: “Senhor”. O aspecto do caráter de Deus, sobre o qual Oséias medita mais carinhosamente, é aquele que simboliza o esposo e a esposa. (Israel é a noiva de
Jeová enquanto que a Igreja é a noiva do Cordeiro).

ANÁLISE
1. Alguns consideram Oséias como o livro mais difícil dos livros proféticos. Por certo, não é um livro de fácil estudo.
2. À primeira vista, parece não haver, nele, ordem alguma, mas um estudo contínuo e apurado revela uma ordem bela.
3. Em realidade, é um tratado claro sobre o arrependimento. E um livro para os desviados, onde se evidencia uma deliciosa exposição dos métodos de Deus na restauração do seu povo desviado.

(1) (2) (3) (4 ). (5) (6) (7) (8)


A IGNÓBIL A TERRÍV EL O PREÇO OS TERRÍVEIS O CLAMOR DE O SENHOR O APELO A amorosa resposta
CONDIÇÃO QUEDA PAGO PELO RESULTADOS ARREPENDIMENTO SONDA AS FINAL DO do Senhor!
DA QUEDA FERIDAS DE ISRAEL PROFETA A A RESTAURAÇÃO
DE ISRAEL DE ISRAEL RESGATE DE ISRAEL
DE ISRAEL (antes de aplicar o bálsa­ ISRAEL FINAL
(sendo escolhido de Deus) DE ISRAEL (Apontados por Deus) mo curativo) DE ISRAEL

I 2 3 4-5 6:1-3 6:4-13 14:1-3 14:4-9

1. 0 casamento de Oséias com 1. A infidelidade da esposa 1. Apesar de o ter deixa­ 1. Falta de moral, 1-5 1. Será a resolução do re­ 1. Para pôr à prova o ar­ Um apelo do profeta a 1. A cura 4
uma mulher sem moral (2). de Oséias é um quadro do e viver em má con­ 2. Ignorância obstinada, 6- manescente nos últimos rependimento de Isra­ Israel, para: 2. Amado pelo Senhor, 4
Calvino e outros pensam tra­ da infidelidade de Israel . duta, o profeta tem de 11 dias. el, o Senhor sonda suas 1. Reconhecer que o seu 3. Restaurado pelo Senhor,
tar-se apenas de uma parábola. a Deus. 1-5 amar sua esposa. (1) 3. Idolatria, 12-19 2. Notar a força de expres­ feridas e, assim, experi­ triste estado era devido, 5
Não vemos razão para não se 2. Castigo 6-13 2. O profeta faz um 4. Mas a pior das calamida­ são do verso 3. menta sua contrição. unicamente, ao seu pró­ 4. Crescimento 5
tomar esse verso literalmente. 3. Vede como o verso 14 contrato peloqual cer­ des foi a de se ocultar à Para o Israel imperti­ 2. Notar as metáforas para prio pecado. 5. Beleza 6
2. Nascimento de dois filhos e com 8:13, parecem su­ ta provisão é providen­ face do Senhor, 5-15 nente, E leé “ como um descrever o caráter e a 2. Repudiar toda a espe­ 6. Fragância 6
de uma filha, com nomes suges­ gerir a Israel que precisa ciada para ela, (2) sob comp. 4-7 com 14:8. Há leão” , 5:14, mas, aos condição de Israel: rança em auxílio huma­ 7. Prosperidade 6
tivos dado a cada um (4-9). uma nova experiência do condição (3) aqui uma visão perfeita arrependidos é “como a 6:4 no. 8. Companhia do Senhor,
3. 0 casamento era uma lição Egito e do deserto. 3. C ontudo, parece que do Evangelho em duas chuva serôdia que rega 7:4, 8, 11 e 12 3. Apresentar sinais evi­ N otar a conclusão
para Israel (e não é verdade 4. Finalmente, termina com não morariam juntos partes: a terra”. 8:7, 9 dentes de seu arrepen­ magnífica com o verso 9.
quanto à cada crente hoje?) que Israel restaurado pelo tão cedo. 1) O quadro duma nação 3. Se a nossa bondade pro­ 10:1, 11 e 12 dimento verdadeiro. A cura de apostasia
não fora escolhido por qual­ Senhor. 19 4. C um prido em Israel, apegada a seus ídolos. ceder de Deus, não será 12:1 significa mais do que um
quer valor que tinha em si, por­ Notar: Pela bênção de hoje. Não vivendo como 2) A mesma nação atiran­ “como a nuvem da ma­ 3. Notar, ainda, as como­ Notar como é confortado­ perdão; significa que Deus
que era tão indigno de casa­ Deus, os nossos vales de esposa de Jeová, mas vi­ do-os para fora de si. nhã e como o orvalho ventes expressões em ra a última cláusula do vs. não somente cura, como
mento puro quanto Gomer. Acor (aflições) se tornarão vendo vida separada. 4- “Eu O tenho ouvido”, é da madrugada, que cedo 11:8 3, para os órfãos. também remove a causa.
4. No verso 2, Oséias mostra fontes de bênçãos e lugares 5. o segredo. passa” . vs. 4
que as aflições de Israel come­ de cânticos. 15 5. E videntem ente Davi
çaram pelo desviar-se de Deus. terá de reinar novamen­
Vede como termina este livro, te sobre Israel. 5
14:1.
ANÁLISE № 29 MENSAGEM: O valor e a importância do
Frase-Chave: “O dia do Senhor” arrependimento

O LIVRO DE JOEL
JOEL
1. Nada se conhece de Joel, além do que ele mesmo revela na pequena apresentação que dá de si mesmo em, 1:1.
2. O primeiro conhecido por este nome nas Escrituras foi o filho mais velho de Samuel, (I Samuel 8:2) e significa “Jeová é meu Deus”.
3. Provavelmente, Joel foi um dos mais antigos, senão o primeiro, dos profetas-escritores, tendo exercido seu ministério na Judéia no princípio do reinado de Joás, (II Reis, 11 e 12). Na sua mocidade teria
conhecido Elias e Eliseu.

NOTÁVEL
1. Destacadas autoridades literárias são unânimes em afirmar que, quanto ao seu estilo, este pequeno livro é uma verdadeira gema literária. “Seu estilo é, evidentemente, puro e se caracteriza pela suavidade,
fluência, força e ternura”.
2. Três coisas o tornam, por demais, notável: a) contém a maior descrição, conhecida em toda a literatura, de uma devastação por gafanhotos; b) é o livro que, em primeiro lugar, nos prediz o derramamento
do “Espírito sobre TODA a carne”, 2:28 e 29; c) suas profecias se notabilizaram pelo seu escopo e se estendem, desde aqueles dias, até o final dos tempos.

OCASIÃO
1. Uma grande seca assolara a terra e uma praga de gafanhotos tudo arruinara.
2. Embora Moisés em Deut. 28:38 e 39, e Salomão em I Reis 8:37, tivessem feito menção aos gafanhotos como um dos instrumentos do castigo divino, nesta instância, o povo não os reconheceu como
tal.
3. A missão de Joel foi a de mostrar que a condição tristíssima da vida espiritual da nação foi a causa de lhe ser enviada a praga e exortar ao arrependimento toda a nação como passo essencial para
voltar-se a Deus.

PROFÉTICO
1. Joel mostrou, ainda, que a invasão dos gafanhotos era apenas o tipo (símbolo) duma outra invasão muito mais terrível.
2. Sem dúvida, esta profecia cumpriu-se, parcialmente, quando da invasão da terra pelas hostes pagãs, naqueles dias.
3. Contudo, há detalhes que não tiveram o seu cumprimento e são ainda para o futuro, para os últimos dias.

CHAVE
- 1. Para se compreender o livro, a chave é a frase: “O dia do Senhor”, 1:15 - 2:1, 11, 31 e 3:14.
2. “ O dia do Senhor” começará com o arrebatamento da Igreja. É o dia no qual o Senhor julgará e intervirá, mais uma vez, diretamente, no curso político deste mundo, e reinará por mil anos.

(1) (2) (3) (4) (5) (6)


. Calamidade nacional 0 Dia do Senhor 0 Dia do Senhor EIS ESTA A RAZAO A RESPOSTA G L O ­
INTERVENÇÃO PO RQUE ISRAEL RIOSA DO SENHOR
DESCRITA E PREVISTO PREDITO DO SENHOR EM DEVEARREPEN- AO ARREPEND I­
INTERPRETADA ISRAEL DER-SE MENTO DE ISRAEL

1:1-14 e 16-20 1:15 2:1-10, 3:9-15 2 :1 1 e 3:16 2:12-17 2:18-29, 3:1-8 e 17-21

1. Calamidade sem paralelo 1-3 0 profeta vê, nesse ataque dos 1. Número do inimigo e as injúri­ 1. A súbita e inesperada intervenção 1. Notar: “Ainda assim” 1. Bênção 18, 19
2. Descrição da desolação 4-13 gafanhotos, o símbolo dum ataque as feitas por ele 2:1-10 do Senhor para'salvar Israel do 2. A intervenção voluntária do Se­ 2. Emancipação 20
3. Assemelha-se o jejum nacional 14 mais terrível das hostes pagãs no seu 2 .0 desafio de Deus aos inimigos aniquilamento. nhor é a razão suprema dada para 3. Prosperidade 21-27
4. Lamento do profeta 16-20 dia, e, mais particularmente, nos últi­ de Israel 3:9-15 2. “Refúgio dó seu povo”— 3:16 — que Israel se arrependesse e vol­ 4. Derramamento do Espírito, 28,29
mos dias. 3. A promessa de preservar um significa: “um porto” — “um lu­ tasse ao Senhor. 5. Julgamento das nações gentílicas,
remanescente 2:30-32 gar para reparos”. 3. Ao coração rasgado, vs. 13, se­ 3:1-8
gue-se o véu rasgado, Mat. 27:51, 6. Abênção para todo o Reino, 3:17-
e o céu fendido, Isaías 64:1. 21

MENSAGEM
Joel tem sido chamado o “profeta do avivamento religioso”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base de todo o avivamento verdadeiro, e era para isso que ele se esforçava. Este é o livro
do arrependimento. Ao coração rasgado segue-se o véu e céu rasgados, isto é: Acesso a Deus e as bênçãos do Pentecostes seguem ao vero arrependimento.
ANÁTJSE № 30 MENSAGEM: O pecado da nação implica
Palavra-Chave: “Castigo” no julgamento da nação

O LIVRO DE AMOS
O PROFETA
1. Amós era natural de Tecoa, situada a 19 quilômetros de Jerusalém e a 9 quilômetros de Belém. Pertencia, portanto, à Judéia.
2. Não era da corte como Isaías, nem sacerdote como Jeremias. Era simples homem de trabalho. Era pastor — boieiro — e cultivador de sicômoros. “Cultivador” significa “podador” ou “picador” do fruto
do sicômoro, — um figo bravo comido somente pelos mais pobres — fruta essa que só amadurecia quando picada.
3. Amós foi contemporâneo de Oséias e Jonas. Embora natural da Judéia, profetizou contra Israel.

O TEMPO
1. “Dois anos antes do terremoto”, 1:1; iniciou seu ministério profético em Betei. Amós profetizou este terremoto, 5:8 — 6:11 — 8:8 e 9:5.
2. Este terremoto foi de conseqüências espantosas, pois, quase 300 anos depois, Zacarias fala dele como um acontecimento que não se esquece, Zac. 14:5.

UM OBREIRO MODELO
O livro nos apresenta, incidentalmente, um tratado sobre pregação e descreve Amós como um obreiro do Senhor.
1. Sua humildade. Ele não esconde, sob pretexto algum, fatos relacionados com sua vida passada; não se envergonhava do seu nascimento humilde e de sua ocupação. Nele não havia, de maneira alguma,
afetação. Sua elevação à carreira profética não o arruinou.
2. Sua indústria. Devido à sua ocupação, passava muito tempo em solidão, mas sempre em comunhão com Deus; observando a natureza. As ilustrações esparsas através do livro são todas oriundas de
sua vida diária, provando, assim, sua visão perspicaz e a originalidade de sua mente.
3. Sua sabedoria. Não pregava acima do entendimento vulgar, empregava termos familiares a todos.
4. Sua habilidade. Chamava, logo, a atenção do povo, falando contra seus inimigos.
5. Sua fidelidade. Não procurava ser agradável aos ouvidos do povo, mas tratava lealmente com ele, indo, diretamente, àsuaconsciência.
6. Sua constância. Recusou deixar a missão que Deus lhe confiara, 7:10-17. Tinha o seu olhar fixo no Mestre Divino.
7. Sua mensagem. Sempre usou “Assim diz o Senhor”. Mensagem direta de Deus, apropriada àquele povo que abandonara seu Deus.
8. Seu sucesso. Recebeu a bênção de um sucesso maravilhoso, 7:10; e exerceu influência em toda a terra.

MENSAGEM
O peso de Amós era concernente ao castigo. Possuía uma mensagem rigorosa para aquela época de luxo e indulgência. Era o profeta da ira e dos “ais”. O livro mostra que o pecado da nação resulta no
julgamento da nação. O pecado individual será julgado no Trono Branco, ao passo que as nações serão julgadas, a seu tempo, neste mundo. A História dos Povos e da Civilização confirma isto.

a) PREGAÇÃO b) PROCLAMAÇÃO c) REVELAÇÃO d) RESTAURAÇÃO

(D (2) (3) (4) (5)


CASTIGO CASTIGO TRES VISÕES RESTAURAÇAO
das de DISCURSOS concernentes de todo o Israel
Nações circunvizinhas Judá a Israel contra Israel a Israel

1:2 — 2:3 2:4-16 3:1 — 6:9 7:1 — 9:10 9:11 — 15

1. Aqui a profecia é contra as nações circunvizi­ 1.0 troar da ira de Deus paira sobre os 1. Cada um desses discursos principia 1. Dos gafanhotos 7:1 Aqui se prediz a vinda do Senhor e o estabeleci­
nhas que ocupavam território dado por Deus a reinos ao redor, atingindo Judá, 4 e com um “OUVI”. 2. Do fogo 4 mento do Reino Davídico.
2. Discurso contra Israel e “toda a 3. Do prumo 7 1. Restauração 11
Israel. 5; e finalmente cai em seu furor, geração”, atingindo, assim a Judá.
2. Embora enviado expressamente a Israel, ele esmagando Israel. 3. Em 4:2, rudemente, o profeta dissi­ 4. Frutos do verão 8:1 2. Possessão 12
inicia seu ministério anunciando o juízo contra 2. Notemos as acusações que Deus pa, de Israel, a idéia que alimentava 5. Do Senhor 9:1 3. Prosperidade 13,14
as 6 nações pagãs. teve que levantar contra eles: 2:4,6, seu orgulho nacional, de que à nação Notai: "Sobre o altar” 4. Perpetuidade 15
a) para chamar a atenção de Israel, 7, 8 etc. favorecida de Jeová, nenhum dano
lhe sucederia.
b) para mostrar que Deus não faz acepção de 4. No cap. 5, temos um discurso a
pessoas quando trata do pecado. Verso Notável: respeito de buscar o Senhor. 5:4
2:13— “Eu vos apertarei no vosso
Versos notáveis: lugar como se aperta um carro cheio Versos notáveis: Versos notáveis: Verso notável:
Expressão original em 1:3 e outros versos: “Por de manolhos”. 1. — 4:12 7 :1 -8 :1 1 9:15
três transgressões”. 2. — 3:3
3. — 6:1
ANÁLISE № 31 MENSAGEM: Aviso solene contra os
Verso-Chave: “Como tu fizeste, assim se perigos do orgulho e
fará contigo” , verso 15 anti-semitismo
O LIVRO DE OBADIAS
OBADIAS
Nada se sabe, absolutamente, quanto ao autor deste livro. Vários Obadias são mencionados no Velho Testamento, mas nada há que indique ser um deles o autor deste livro. Seu nome significa: “O servo”
ou “adorador de Jeová”. É difícil positivar quando foi escrito o livro. No entanto, os versos 10-14 provam, claramente, que o livro foi escrito depois da queda de Jerusalém. II Crônicas, 36:17-21.

PROPÓSITO
Este é o menor livro do Velho Testamento. E um brilhante precioso de profecia. Forma um manifesto severo contra os ferozes idumeus, inimigos perpétuos de Israel. Mostra o caráter, a condenação e
a queda de Edom.

HISTÓRIA
Os edomitas ou idumeus eram os descendentes de Esaú. Constituíam um povo orgulhoso, feroz e vingativo, procurando, sempre pretextos para maltratar os filhos de Jacó. Governados, primeiramente,
pelos duques e depois pelos reis, — Gên. 36 — desfrutaram sua época áurea quando Israel deixava a escravidão egípcia. Israel e Edom estavam, frequentemente, em guerra. Quando Nabucodonosor < pturou
Jerusalém, Edom se regozijou com a derrota de Israel e tomou parte no massacre cruel dos vencidos e no despojar de Israel. (Salmo 137:7). Em tempos passados, Deus ordenara ao seu povo que .ratasse
bondosamente a Edom, (Deut. 23:7), mas a sua conduta atroz fez transbordar seu cálice de iniqüidade, e a sentença de condenação e extermínio foi lavrada contra eles. Depois da restauração de Israel, Ciro,
rei da Pérsia, venceu os idumeus, matando milhares deles. Tiveram outra derrota esmagadora frente aos judeus, sob Macabeus e, gradativamente, desapareceram como nação, perecendo o seu própro nome.

ANÁLISE

(D ( 2) (3)

A HUMILHAÇÃO O CRIME A SENTENÇA


DE EDOM DE EDOM DE EDOM

Versos 1-9 Versos 10— 14 Versos 15—21

Notemos os passos da humilhação de Edom. Notemos a descrição viva do pecado de Edom. À primeira vista, esta seção parece tratar exclusivamente da
1. O Senhor trabalhando, incitando as nações contra Edom 1 1. Violência contra seu irmão Jacó 10 restauração gloriosa de Judá, mas um estudo mais minucioso mostra
ser uma introdução às declarações de como e quando Edom seria
2. Em consequência a pequena nação edomita foi “desprezada” 2 2. “tu mesmo eras um deles” e agiste como os vencedores 11 destruída.
3. Seriam desalojados dos seus refúgios que julgavam inexpugnáveis 3. Alegrou-se na derrota de Jacó e zombou dele 12 1. A sentença anunciada 10-15
3,4 4. Tomou parte no despojar 13 2. Israel seria libertado, santificado, enriquecido, (17) e, depois disto,
4. Seriam despojados, mas não como por ladrões 5, 6 5. E, pior do que tudo isso, prendeu os fugitivos e os entregou aos seria um instrumento na destruição de Edom, (18) e possuiria a terra
5. Nações vizinhas com as quais mantinham aliança, romperiam com inimigos 14 de Edom, 19 e 20.
eles 7 3. Isto se deu ao tempo dos Macabeus, embora os versos 19-21
6. Até seus célebres conselheiros, sábios, e a força e a coragem dos revelam um cumprimento mais glorioso.
seus soldados, lhes seriam tirados, e lhes falhariam 8, 9 4. Que fim glorioso: “e o reino será do Senhor!”

MENSAGEM
Este pequeno livro tem uma dupla mensagem: um aviso contra o orgulho pecaminoso e o desafio ímpio, (verso 3) e, ainda, contra o odiar e maltratar os judeus, cuja causa Deus defenderá, e cujos inimigos
Ele destruirá.

EVANGELHO
Que jóia preciosíssima do Evangelho está aqui — versos 17 e 18! Aqui surgem as preliminares da vitória — íibertado, santificado, enriquecido, poderei viver a vida de plena vitória.
ANÁLISE № 32 MENSAGEM: Deus é Deus do gentio
Verso-Chave: 4:2 como o é do judeu

O LIVRO DE JONAS
VALOR LITERÁRIO
Charles Reade, eminente autoridade literária, declarou que o livro de Jonas é a mais bela história jamais escrita em tão pouco espaço. E uma jóia perfeita e rica em ensinos.

HISTÓRIA
Este livro é um campo de batalha ao criticismo destruidor do modernismo. E considerado, por muitos, uma simples alegoria sem fundo histórico algum; porém II Reis 14:25 prova que Jonas era um
personagem histórico. Ainda, o caráter histórico deste homem é confirmado pelo Senhor Jesus em Mat. 12:39-41. Portanto, não hesitamos em afirmar que temos, aqui, um fato, e não ficção; uma história,
e não uma fábula.

O PROFETA
1. Jonas era natural de Gate-Hefer perto de Nazaré, portanto era galileu, provando quanto mentiram os farizeus, ao dizerem: “que da Galiléia nenhum profeta surgiu”. (João 7:52). Naum e Malaquias também
eram da Galiléia.
2. Jonas iniciou sua carreira profética quando Eliseu terminava a sua. Algumas autoridades antigas dos judeus eram de opinião de que Jonas era o filho da viúva de Zarefate que Elias ressuscitara.
3. Uma de suas profecias foi preservada em II Reis 14:25-27. Era, portanto, um profeta acreditado.

CHAVE
Capítulo 4:2 é a chave, dando-nos a compreensão do livro inteiro. Por quê Jonas desobedeceu o Senhor? (1) Não por causa da covardia; há evidências abundantes de sua coragem neste livro. (2) Nem,
tampouco, por não simpatizar com “missões estrangeiras”. (3) Nem ainda por considerar sua própria honra de profeta. (4) O motivo que o levou a desobedecer a Deus foi um falso patriotismo. Assíria era
o grande inimigo de Israel, e Jonas pensou em deixá-los perecer nos seus pecados para que Israel ficasse livre de seu velho inimigo. Ir lá, pregar a eles, poderia conduzi-los à salvação e preservação, e isso
ele desejava evitar.

( 1) (2 ) . (3) . (4) (5) (6)


A COMISSÃO A DESOBEDIENCIA A ORAÇAO RECOMISSIONADO O SUCESSO REPROVADO
do Profeta do Profeta do Profeta O Profeta do Profeta o Profeta

1 : 1-2 1:3-17 2 3:1-3 3:4-19 4

1. Devia ter sido um profeta experi- 1. O profeta desobedeceu delibera- 1. Eis aqui uma oração feita em gran- 1. Oh! Que Alegria em não ser lan- 1. Jonas alcançou sucesso porque 1. Jonas alimentava uma vaga es-
mentado ao ser chamado. damente o Senhor. de aflição, e çado fora por desobediência e in- foi uma testemunha viva das ver- perança de que a Assíria seria
2. Este livro começa abrutamente 2 . “pagou, pois, a sua passagem”. 2. Num lugar esquisito. fidelidade! dades que proclamava. Contem- destruída.
— "Levanta-te”, parecendo ser Sempre temos de “pagar” quando Notar: 2. Teria de levar a mensagem do plando-o, obtinham um raio de 2. Deus deu-lhe uma lição objetiva.
uma continuação, e não um início O desobedecemos. 1) Sua condição: — deslocado. Senhor! esperança. 3. Notar: a terminação brusca, que
do seu ministério. 3. Notemos 4 coisas “preparadas” 2) Sua descrição gráfica. "a pregação que eu te disse” 2. Notar: impressiona pelas expressões
3. Nínive era, na verdade, "grande neste livro: 1:17 — 4:6, 7, 8 . 3. O profeta obedeceu prontamente. "os homens de Nínive creram em tenras de Deus.
cidade”. Era de95 quilômetros de 4. Quão parecido com o sono do pe­ Deus” e se arrependeram.
circunferência, cobrindo 560 qui- cador é 1 :6 .
lômetrosquadrados, com uma po­ 5. Salvação pela substituição é ensi­
pulação de 600.000 pessoas. nada em 1:15.

LIÇÕES
1. Mostra quão inúteis são os esforços humanos para impedir os Divinos propósitos da Graça.
2. A lição principal é a declaração em Rom. 3:29, e designava-se a ensinar o povo de Deus que Ele era Deus do gentio como era do judeu e que tinha propósitos de graça e amor, tanto para gentios como
para Judeus. No entanto, Israel nunca aprendeu esta lição, mesmo apesar do ensino eloqüente deste livro.

TIPO
1. Em Mat. 12:38-42, Jesus declara que Jonas era tipo de sua morte e ressureição, e o povo de Nínive um exemplo do arrependimento sincero.
2. Jonas é tipo, não só do Senhor como de Israel. O Dr. Bullinger, sugestivamente, o tem apontado, dizendo: “Jonas é o embaixador de Deus enviado a pregar o arrependimento aos gentios. Assim foi Israel.
Opondo-se à bênção aos gentios, Jonas foge da desagradável tarefa. Alcançado por uma tempestade, divinamente enviada, é lançado ao mar. Assim é com Israel, que foi lançado ao mar das nações; mas, como
Jonas, não está perdido, visto que, mais tarde, será atirado à terra, e será, então, o embaixador de Jeová e o transmissor da bênção aos gentios”.
ANÁLISE № 33 MENSAGEM: 1) Odeia a injustiça
Versos-Chave: 6:8 e 7:18 DEUS: 2) Odeia o ritualismo
3) Deleita-se em perdoar
O LIVRO DE MIQUÉIAS
0 ESCRITOR
1) Nada se sabe de Miquéias, além do que vem registrado em 1:1, e que era de Judá. Era contemporâneo de Isaías que profetizou 17 ou 18 anos antes que Miquéias iniciasse seu ministério. Embora fosse
um camponês, seu ministério foi dedicado às cidades.
2) Seu nome “quem é como Jeová” reflete seu caráter. Para ele, Deus era tudo. Tinha em alto conceito a Santidade, a Justiça e a Compaixão de Deus. Termina seu livro exclamando: “Quem, ó Deus, é
semelhante a ti?...” (7:18) compreendendo muito bem o que dizia. A julgar pelo seus escritos, era um homem de poder notável, calmo, juízo são, coração temo. Todavia, fiel e, contudo, reconhecia ser Deus
a fonte (3:8).

NOTÁVEL
E notável por muitas razões: (a) Éescritoem estilo encantador, cheio de beleza poética, pelo que é um favorito dos estudantes dos profetas menores, (b) Contém uma profecia notável concernente à Jerusalém,
3:12. (c) e, à glória futura de Jerusalém, cap. 4. (d) Indica o lugar do nascimento do Salvador, 5:2 (e) e, como diz Dean Stanley, contém “uma das mais sublimes e emocionantes declarações da religião espiritual
contidas no Velho Testamento”, 6:6-8. (£)E, para coroar tudo isto, em 7:18 e 19, temos, como diz o Dr. Pierson:“um pequeno poema de 12 linhas (no hebraico)... uma das coisas mais esquisitas que se encontram
em todo o Velho Testamento e que, por si somente, provaria que a Bíblia é a Palavra de Deus, porque não há nada que se lhe possa comparar em toda a literatura humana”.

CITAÇÕES
Todo o autor se orgulha quando é citado, seja pela imprensa ou pela opinião pública. Há três ocasiões notáveis quando Miquéias é citado: (a) Pelos anciãos da terra e, fazendo assim, foi salva a vida de
Jeremias — Jer. 28:18 e Miq. 3:12. (b) Citado na chegada dos Magos em Jerusalém. Mat. 2:5 e 6 e Miq. 5:2. (c) Pelo Senhor, quando enviou seus doze discípulos. Mat. 10:35 e 36 e Miq. 7:6.

ANÁLISE
Alguns sustentam que o livro contém três discursos, começando cada um com a palavra “Ouvi”. — Este ponto de vista é prejudicado, visto que essa palavra aparece cinco vezes: 1:2, 3:1 e 9,6:1 e 2. A
exemplo de Isaías, temos duas divisões distintas: — Denunciatória, caps. 1-3, e Consolatória, caps. 4-7. Tem uma semelhança notável com Isaías e tem sido julgado por alguns como sendo um sumário das
predições de Isaías; um “Isaías abreviado”, mas, naturalmente, é um livro distinto. Divide-se em 4 subdivisões.

A B
DENUNCIATÓRIA CONSOLATÓRIA
Caps. 1-3 Caps. 4-7

“QUEM É DEUS SEMELHANTE A TI?...”

1 2 3 4
NO TESTIFICAR NO CONSOLAR NO IMPLORAR NO PERDOAR
Chave desta seção: 1:2 Chave: 4:4 Chave: 6:2,3 Chave: 7:18

1-3 4-5 6 7

1 . 0 profeta e seus ouvintes 1 : 1, 2 1. Observai a grande diferença no trato. O Senhor 1. Este é um capítulo emocionante. Comovido, o 1. 0 profeta lamenta 7:1-4
2. Descrição prática do Senhor, como vem em juízo, que testificou contra Israel surge aqui, consolan­ Senhor implora 6:1-5 2. Os próprios lares haviam sido invadidos pelo ódio e pelo
para testificar contra Israel 1:3-5 do-o através de suas declarações concernentes a 2. Ele requer adoração e serviço espirituais 6 -8 engano 5-6
3. A causa do juízo 1-5 glórias vindouras. 4:1-5 3. 0 pecado e o mal, denunciados e julgados, 9-16 3. O profeta se volta para Deus (7), repreende o inimigo ( 8 ),
4. Predição da destruição de Samaria 1:6-7 2. Embora disperso, Israel será juntado 4:6-8 Notar — 0 profeta fala no vs. 8 , a respeito do que confessa, humildemente, o pecado de Israel (9), confiante,
5. Invasão de Judá 1:8,9 3. Embora positivo o cativeiro babilónico, Israel Deus requer, mas nada diz do dom de Deus. Não espera em Deus para o futuro (10-17), e termina declarando a
6 . O pânico conseqüente 1:10-16 seria libertado 4:9-13 poderemos satisfazer o que Ele requer sem que, plenitude, a liberalidade e a fidelidade do perdão de Deus.
7. A apostasia e a violência condenadas Cap. 2 4. Tudo isto se conseguirá por intermédio de Jesus, primeiro, recebamos os dons divinos de justiça e
8 . Denunciados os chefes e os falsos profetas, 3:1-11 “0 Eterno” 5:1-3 vida.
9. A destruição de Jerusalém graficamente predita 5. A glória futura de Israel 5:5-15
3:12
ANÁLISE № 34 MENSAGEM: A sentença e o fim horrível
Frase-Chave: “Duma vez” do apóstata
Versos-Chave: 1:8 e 9
O LIVRO DE NAUM
NAUM
N aum ,oautor,era elcosita, 1:1. Há uma Elcos na Assíria, situada a poucas milhas de Níni ve, e onde existe um túmulo que há muito tempo vem sendo apontado, como sendo o do profeta; porém autoridades
no assunto rejeitam, por muitas razões, este lugar em favor de Elcos na Galiléia. Este último lugar, embora em ruínas, foi indicado a Jerome, como sendo o de Naum, por um guia nativo.

FUNDO HISTÓRICO
Perceber o fundo histórico certo é importante para bem compreender este livro. É claro que Naum era da Galiléia e era contemporâneo de Ezequias e Isaías. Quando da invasão da Assíria e a deportação
das 10 tribos, Naum escapou para o território de Judá e, provavelmente, fixou sua residência em Jerusalém. Aqui, 7 anos depois, ele presenciou o sítio daquela cidade por Senaqueribe, e a destruição do exército
assírio, quando pereceram 185.000 de seus homens numa noite, (II Reis, ca ps. 18 e 19). Indubitavelmente, há referências disso em 1:11, etc. Pouco depois destes acontecimentos, Naum escreveu seu livro.

ASSUNTO
Este livro focaliza apenas um tema: a destruição de Nínive. Foi escrito 150 anos após a missão de Jonas. O avivamento, ou antes o arrependimento ocasionado pela pregação de Jonas, sincero que fosse,
não foi duradouro, dando lugar a uma completa e deliberada apostasia contra Deus. Não eram, simplesmente, desviados, mas, bem piores, eram apóstatas deliberados, rejeitando e desafiando ao Deus que
tinham aceito e adorado, (II Reis 18:25, 30, 35 e 19:10-13). O Senhor aceitou o desafio orgulhoso do assírio, (II Reis 19:22,23) e Naum foi escolhido para recordar a profecia da derrota completa, final de
Nínive e seu império — um império edificado pela violência e por opressão cruel, mas sentenciado a perecer duma maneira toda especial e violenta. Toda esta profecia se cumpriu 86 anos depois. O livro
de Naum é um grande “Duma vez’.

ESTILO
Naum é um lindo poema, vívido, pictorial, concernente à grandeza, poder e justiça de Deus, e sobre o conflito entre Jeová e o cruel império desafiador de Nínive. Um grande estudioso dos profetas escreve:
“Nenhum dos profetas menores parece se igualar a Naum em ousadia, ardor e sublimidade. Sua profecia é um poema perfeito. O exórdio não é simplesmente magnífico, é, verdadeiramente, majestoso! A
preparação para a destruição de Nínive e a descrição de sua queda e desolação se expressam, vivamente, nas cores mais fortes, e são ousadas e luminosas no mais alto grau”.

ANÁLISE
O livro divide-se em 2 seções: a primeira aponta o Juiz; a segunda, o Julgamento.

(A) (B)
O o
JUIZ JULGAMENTO
1:1-7 1 :8 até ao fim

(D (2) (3) (4)


A A A A
1. 0 livro abre-se com uma declaração sobre
SENTENÇA APLICAÇÃO VISÃO CERTEZA
Quem, e 0 que Deus é; “numa sublime e pode-
rosa revelação dos atributos de Deus, e como 1:8-14 1:15 2 3
constituem a base de todas as Suas ações para 1. Vencedor e vencidos 1-3
1. Condenada à destruição 8 ,9 1. 0 cap. 1 termina com um aviso a Judá. O quadro apresentado do cerco e que­
com os filhos dos homens”. 2. Nínive foi tomada quando seus defen­ 2. É um apelo a Judá que vindo após da de Nínive e a desolação que se seguiu 2. A causa da derrota 4
sores estavam embriagados e fora de si, aquilo que foi dito de Nínive e suma­ é, por demais, vivo e impressivo. 3. A certeza do julgamento 8-10
2. Na figura duma tempestade, aparece a majesta­
10 mente impressionante, pois Deus o O profeta vê e induz seus ouvintes a 4. Mais particularidades sobre o cerco.
de esmagadora de Deus. 3. Sem dúvida, o vs. 11 se refere a Rabsa- puniria severamente se não voltasse olhar para esse quadro, horrível e trágico.
qué — II Reis 18:17-37 dos seus maus caminhos.
4. 0 nome a ser apagado 14

MENSSAGEM
Sua mensagem é dupla: — 1) E de conforto, (Naum significa “conforto”) a um povo perseguido, aterrado e em perigo, por causa do cruel e terrível poder militar da Assíria. Notemos, quanto conforto em
1:7,12,13! — 2) É, também, de aviso, mostrando que, a um povo ou nação apóstatas, a Deus nada mais resta, senão destruí-los.
ANÁLISE № 35 MENSAGEM: A constância de Deus
Palavra-Chave: “Porquê?” — 1:3 consigo mesmo à vista do
mal permitido
O LIVRO DE HABACUQUE
EXCELENTE LITERATURA
1. Observado, simplesmente, como literatura (embora seja, infinitamente, mais do que isso), este livro surge proeminente pela sua extraordinária beleza. Dizem que BenjaminFranklin leu Habacuquenum
círculo literário, em Paris, grangeando para o autor o tributo de admiração de todos, unânimes em confessar que nunca dele haviam ouvido antes.
2. A descrição da majestade e da revelação própria deD eus,nocap. 3 ,éalgo de supremo; o livro todo é escrito em acentuado gênero lírico, aproximando-se dos Salmos, na sua estrutura, mais do que qualquer
outro escrito profético.

QUEM ERA HABACUQUE ?


1. 0 que ele escreve de si mesmo explica a semelhança dos seus escritos com os Salmos. Não era somente um profeta, 1:1, mas também um dos cantores levíticos do Templo, 3:19. Além disso, nada mais
se sabe do profeta.
2. A julgar 1:5,6, onde se fala da invasão caldaica, como fato futuro, embora iminente, ele deveria ter vivido e trabalhado na última parte do reinado de Joás (II Reis 22:18-20). A invasão teve lugar 5 anos
depois.

O AVÔ DA REFORMA
1. Este profeta foi um autêntico avô da Reforma. A grande doutrina da justificação pela fé, Paulo a aprendeu com Habacuque e Martinho Lutero a aprendeu de Paulo.
2. Pode concluir-se que este livro foi um dos prediletos de Paulo, porque ele cita 1:5 na sua advertência aos judeus incrédulos, em Antioquia; (Atos 13:41) e quanto à célebre declaração de 2:4, Paulo a
cita 3 vezes: Rom. 1:17, Gál. 3:11 e Heb. 10:38.

DIÁLOGOS
1. Este livro é notável pelo fato de que quase dois terços ele constituem diálogos entre o profeta e Deus.
2. Habacuque é chamado, não somente o “profeta da Fé”, como também de “livre pensador entre os profetas”. Não podia conciliar sua crença em Deus — tão bom e justo — com os fatos da vida como
ele os via. Daí sua dúvida e o “Por quê?”
3. Mas, com todo este mistério e perplexidade, justificando seu nome, (que significa “abraçar”, “agarrar”), ele se agarrava a Deus, e derramando ante Ele suas dificuldades, em oração, aguardava,
pacientemente (2:1), pela explicação divina.

(A) , (B) (Q
PRIMEIRO DIALOGO SEGUNDO DIÁLOGO HINO E DOXOLOGIA DO PROFETA

(1) (2 ) (3) (4) (5)

Ele estava perplexo com o silêncio e Deus responde, fazendo sentir que A resposta do Senhor resolveu uma A isso responde o Senhor, esclare­ Dissipando-se todas as suas dificuldades, e a calma de Deus
com a clemência de Deus, permitin­ Seu silêncio não quer dizer ignorância dificuldade, mas suscitou um proble­ cendo que não desconhecia a maldade apoderando-se de sua alma, o profeta estravasa todo o seu ser num
do que o mal prosseguisse, e derrama ou indiferença, pois, logo trará o cas­ ma — vs. 13 — Como poderia um do instrumento, que, a seu tempo, so­ hino vibrante, de oração, louvor e confiança em Deus.
sua alma a Deus. tigo àquela nação ímpia. Deus puro castigar Israel por uma na­ freria um castigo severo.
ção muitas vezes pior do que ela?

1:1-4 1:5-11 1 : 1 2 -2:1 2 :2 - 2 0 3

A perplexidade do profeta, pela: Deus respondeu que: 0 profeta confessa sua dificulda­ a) Deus ordena ao profeta para que a) O profeta ora para que Deus renove sua Graça libertadora 2
a) negligência do Senhor às suas ora­ a) estava para fazer coisa incrível 5 de em crer que: escreva, bem claro, o que ía dizer, 2 b) E que, na execução do juízo, se lembrasse da misericórdia 2
ções 1:2 b) usaria os caldeus para castigar Isra­ a) o Eterno e Santo Deus 12,13 b) o que Deus tinha a fazer sucederia c) Então, escreve a majestade do Senhor no Sinai, e na ida adiante de
b) aparente indiferença ao pecado e el pelo seu pecado 6 b) pudesse castigar um povo pecador brevemente 3 Israel para possuir a Canaã 3-15
ao sofrimento 1:3,4 c) E, dá uma descrição característica por outro pior 12, 13 c) os contados como justos pela fé d) A evocação de tudo isso traz descanso à sua alma 16
dos caldeus 7-11 c) e permitir apanhar os homens como seriam preservados daquelas terrí­ e) E confiança em Deus.
peixes 14, 15 veis tristezas 4
d) quando eles se glorificam a si mes­ d) E, então, Deus lança cinco "ais”
mos 16, 17 contra os caldeus.
e) A paciência do profeta 2:1
ANÁLISE № 36 MENSAGEM: “Eu, o Senhor teu Deus, sou
Palavra-Chave: “Zeloso” Deus zeloso”
Versos-Chave: 1:18 e 3:8
O LIVRO DE SOFONIAS

AUTOR
Muito pouco se sabe de Sofonias, o autor deste livro. Através de 1:1 aprendemos que, provavelmente, era um príncipe da casa real de Judá, sendo um dos descendentes de Hezequias. Acredita-se que tenha
profetizado ainda moço. Seu nome, que significa: “Escondido em Jeová”, talvez tivesse influído quando escreveu 2:3.

ATIVIDADE
Sofonias iniciou seu ministério profético nos primeiros dias do reinado de Josias (641-610, a.C.). Ele prediz a sentença contra Nínive, (2:13) que se cumpriu em 625a.C .,eem 1:4 ele denuncia várias formas
de idolatria, as quais foram estirpadas por Josias. Indubitavelmente, foi o principal inspirador do avivamento sob o reinado de Josias. A tradição adianta que Sofonias tinha Jeremias como colega.

PALAVRAS-CHAVE
Existem, no livro, três: 1) “0 Dia do Senhor”, ao qual se refere sete vezes, constitui uma chave para o estudo deste livro. 2) “No meio” é outra chave notável. 3) Porém a chave, por excelência é, “Zeloso”.
Há um zelo ou ciúme, que jamais deverá ser atribuído a Deus, é o ciúme que faz suspeitar da fidelidade e que, constantemente, induz à busca de provas da mesma. Milton fala desse ciúme como sendo o “inferno
do amante”. Que inferno na terra é o lar onde existe tal ciúme! Porém, há um outro ciúme, produto natural do amor, e esta é a natureza do ciúme divino. Deus ama tanto ao seu povo que não pode admitir
um rival. Requer inteira devoção, e tudo fará para a conseguir, mesmo que tenha de lançar mão de terríveis castigos, como lemos neste livro.

CONTEÚDO
Ao iniciar a leitura deste livro, assusta-nos seu conteúdo: denúncias terríveis, ameaças, nada além de exprobações e ameaças de ira, — porém, quando nos lembramos da frase de Cowper, “o castigo é
o semblante mais grave do amor”, vemos, em tudo isso, a prova inconteste do amor de Deus. Embora o livro comece com ira, termina com cânticos; e embora as duas primeiras seções estejam repletas de
sombras e tristezas, a última seção contém o mais doce cântico de amor do Velho Testamento.

D IV IS Ã O A D IV IS Ã O B
O S enhor “no (V erso-C have: 3:5 O S e n h o r“ no „ . T v A n à r» V erso-Chave: 3:15-17
m e io ” para JU L G A M E N T O com 1:7) m eio ” para »A C V A ^A U Cap 3:9 ao fim
V Cap. 1 :1 — 3:8

(i) (2 ) (3)

O fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em “toda a terra” de Israel. 0 fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em “ toda a terra” entre os 0 fogo devorador do zelo do Senhor, extinto, e o Senhor “descansará no
(Ver. 1:18) gentios. seu amor”.

1:1— 2:3 e 3:1-7 2:4-15 e 3:8 3:9 — até o fim

1. Ameaça de j ulgamento 1:2-7 1. Julgamento dos inimigos locais de Israel, literalmente cumprido naqueles 1.0 arrependimento de Israel (9) seguido da sua restauração (10). Humilda­
de (11, 12), santificação (13), regozijo (14) e libertação (15).
2. Aqueles sobre quem recairá o julgamento 1:8-13 dias. 2:4-15 2. Notemos o canto do Senhor 3:17
3. A aproximação do “dia do Senhor" 1:14-18. (Parte cumprida na invasão 2. Julgamento dos inimigos mundiais de Israel, ainda para se cumprir, 3:8 3. O Senhor contou a Jó — 38:7 — que, quando firmou os fundamentos da
de Nabucodonosor. 0 cumprimento final é, ainda, futuro.) terra, as “estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e todos os filhos
com 2 : 1 0 , 11
de Deus rejubilavam”, mas Deus silenciava.
4. Chamada ao arrependimento 2:1-3
4. A primeira vez que se faz referência ao cantar de Deus é em relação à
5. A triste condição moral de Jerusalém ao tempo do profeta 3:1-7 Redenção (Salmo 105:43)
Quão maravilhosas e admiráveis são as declarações acima!
5. Foi em Mateus 26:30, a última vez que cantou? A ocasião mais recente em
que Deus cantou foi a última conversão.
6 . E, quando Israel será restaurado, Deus cantará.
ANÁLISE № 37 MENSAGEM: Deus em primeiro lugar, na
Frase-Chave: “A Palavra do Senhor” vida e no serviço

O LIVRO DE AGEU
TEMPO
0 “segundo ano de Dario” no qual Ageu profetizou foi o de 520 a.C , quando o célebre filósofo chinês Confúcio brilhava e progredia na China.

AUTOR
Nada sabemos a respeito de Ageu, além do fato de que trabalhava em harmonia com Zacarias. Provavelmente, nasceu na Babilônia, durante o cativeiro. Seu nome significa: “minha festa” e pode muito
bem ser que assim o chamaram, antecipando a alegria da volta do cativeiro. Ele começou a profetizar dois meses depois de Zacarias. No entanto, Zacarias profetizou durante 3 anos, enquanto que Ageu não
o fez senão durante 3 meses e 24 dias.

OCASIÃO
Dezesseis anos haviam decorrido após a volta do cativeiro. Esdras, cap. 3, declara que o primeiro pensamento do povo foi reconstruir o Altar e o Templo, porém surgiram dificuldades. Finalmente, as
intrigas políticas paralizaram o trabalho, e o zelo e entusiasmo do povo arrefeceu em face dessas difuldades prolongadas. E, mesmo depois de apaziguada a tempestade, ninguém voltou ao trabalho. Surgiu,
logo depois, um tempo de aflição— a colheita falhou, houve seca, aflições e tristeza, (1:6,9-11). Ageu foi enviado a interpretar-lhes a calamidade e incentivá-los a deixar sua indolência edesânimo pecaminosos.
0 resultado foi bom. Em vinte e quatro dias, o povo reiniciou a obra. Então, outras mensagens animadoras e de conforto foram entregues.

ESTILO
Cada livro, na Bíblia, tem um estilo próprio. 0 de Ageu é simples, claro, brusco e diligente. Usava, com freqüência, da interrogação, (exemplos 1:4,2 ;3 ,12 e 13) processo que obriga a pensar e dispensar
toda atenção. Certas frases, ele repete várias vezes, como: “diz o Senhor” e “Senhor dos Exércitos”, ambas nada menos de doze vezes; “a Palavra do Senhor” aparece cinco vezes determinando as divisões
do livro. Houve cinco mensagens transmitidas em ocasiões especiais e distintas.

( 1) (2 ) (3) (4) (5)


PRIMEIRA MENSAGEM SEGUNDA MENSAGEM TERCEIRA MENSAGEM QUARTA MENSAGEM QUINTA MENSAGEM
1 de setembro 24 de setembro 2 1 de outubro 24 de dezembro 24 de dezembro

A mensagem rigorosa A mensagem confortadora A mensagem alegre Uma mensagem confirmadora Uma mensagem de firmeza
de de de concernente à purificação e concernente à
REPREENSÃO RECOMENDAÇÃO ANIMAÇÃO BÊNÇÃO SEGURANÇA

1 : 1-11 1:12-15 2:1-9 2:10-19 2 :2 0 até o fim

1. Desanimado e sem desejo de trabalhar, 1. A repreensão alcançou o resultado dese­ 1. Ao passo que trabalhavam, iam desani­ 1. Por perguntas e respostas, Ageu discutiu 1. Evidentemente, 2:6,7 os havia perturba­
procuravam excusar-se por um erro em jado 1 :1 2 mando pelo fato de pensarem que, dada a sobre a impureza do povo. do.
calcular os anos 1:2 sua pobreza, o Templo seria inferior ao de 2. Pela figura do “anel de selar”, foram escla­
2. Em seguida,'Ageu transmite uma mensa­ 2. Porém a impureza havia sido removida.
Salomão. recidos como Deus os estimava, avaliava
2. A calamidade declarada e interpretada, gem do Senhor, curta, porém confortado­ 3. Agora havia bênção para os outros. e cuidava.
1 :6 -1 1
ra 1:13 2. Ageu os animava, declarando-lhes que sua
3. E quão seguros estariam nos tempos per­
3. Mensagem que teve um resultado esti­ glória seria maior do que a anterior. Jesus
3. 0 povo exortado ao trabalho 1:8 turbadores.
mulante 1:14 ficou no meio.

MENSAGEM
1. “ Deus em primeiro lugar” na vida e no serviço é a mensagem do livro. E uma ilustração e utn comentário velho-testamentário sobre I Cor. 15:58.
2. Ageu está diante de nós, como um obreiro-modelo de Deus, e um padrão para imitarmos.
a) Ele se eclipsou; não gastou tempo algum em dar referências ou detalhes de seu trabalho. Exaltou, sempre, o seu Senhor.
b) Sempre aflorava ao seus lábios, o “assim diz o Senhor”. Era um mensageiro do Senhor.
c) Não somente repreendia, mas também animava; não só criticava, mas também recomendava e estimulava por palavras e exemplos.
d) Não somente pregava, mas também praticava. Ele sempre dava a mão de auxílio (Esdras 5:1-2).
ANALISE № 38 MENSAGEM: O amor e cuidado de Deus
Versos-Chave: 1:14, 2:8 e 8:2 pelo seu povo

O LIVRO DE ZACARIAS
AUTOR
(1) Zacarias (o profeta da Restauração e Glória) provavelmente nasceu em Babilônia. A diferença entre Esdras 5:1, 6:14 e Zacarias 1:1 pode ser explicada facilmente. Provavelmente seu pai falecera
durante sua infância, e, então, seu avô Ido (Neemias 12:4 e 16) o criou.
(2) Assim, ele era sacerdote e também profeta. Os três nomes são sugestivos quando reunidos: Zacarias, “Jeová lembra” — Baraquias, “Jeová abençoa” — Ido, “o tempo determinado”. Assim, estes três
nomes formam uma chave para a interpretação do livro. Notemos as palavras-chave do livro: “zelo” — “zelei” — ■“grande zelo”.

MISSÃO
(1) Zacarias era contemporâneo de Ageu, sendo o menor dos dois. (2:4) Sua missão era a de animar aos desalentados.
(2) Ele encorajava os desalentados profetizando, em termos ardorosos, da glória que, no futuro, havia de vir a Israel.
(3) Aqui está o método divino, para animar: desviar o nosso olhar das tristezas do presente, para vermos as glórias do futuro. Zacarias exerceu seu ministério por 3 anos.

ESTILO
Dos antigos e inspirados videntes, Zacarias era um dos maiores. Seus 14 capítulos estão repletos das mais notáveis visões do Velho Testamento. Era um grande poeta, e assim um companheiro apropriado
para o simples e prático Ageu.

DIVISÃO
(1) O livro está dividido em duas partes principais: a primeira recai em 3 seções; e a segunda, em duas. Abrangem cinco mensagens, separadas e distintas.
(2) O livro não se compõe de profecias já cumpridas como muitos o desejariam; é, na maior parte, sem cumprimento ainda. Mesmo algumas profecias que pareciam cumpridas estão evidentemente só
parcialmente cumpridas.

A) PRIMEIRA DIVISÃO — APOCALÍTICA — Cap. 1:8 B) SEGUNDA DIVISÃO


PROFÉTICA - Cap. 9 14

( 1) (2 ) (3 ) (4) (5 )
PRIMEIRA MENSAGEM SEGUNDA MENSAGEM TERCEIRA MENSAGEM QUARTA M EN SA G EM Q U IN T A M E N S A G E M

Cap. 1:1-6 Cap. 1:7 — Cap. 6 Caps. 7—8 Cap. 9-11 Cap. 12-14

Uma chamada fervorosa ao arrependimento. Lem­ Oito visões, todas dadas em uma noite, e todas para 1. Esta terceira mensagem foi transmitida quase dois anos 1. As profecias desta quarta mensagem tiveram, parci­
brou os pecados de seus pais ( 2 ), do cativeiro que animação. depois. almente, seu cumprimento. Veja 9:8.
resultou (6 ), e exortou-os a fugir daqueles pecados (4). I — O L A D O M A T E R IA L D A P R O S P E R ID A D E 2. As profecias da quinta mensagem visam, totalmente,
FUTURA o futuro.
Ao lamentar sua grandeza passada, não devem esquecer 2. E uma resposta quádrupla a uma inquirição feita por
1. As murteiras, 1:7-17. Israel por baixo, pisado, mas 3. As profecias não estão em ordem cronológicas.
a causa. uma comissão de babilônios, concernente à necessida­
contemplado e lembrado em oração.
de de observar certas festas queeles (não Deus) tinham
2. Chifres e ferreiros, 1:18-21. Predizendo a derrota dos
NOTAR que tanto j uízos como bênçãos nos seguem e inimigos de Israel. instituído. CONCERNENTE AO REI
atingem. 3. Um cordel para medir, 2:1. Revelando a prosperidade
gloriosa de Jerusalém, como resultado da derrota dos 3. O jejum do quinto mês se referia à destruição do 1. A vinda do Rei — 9:9, somente em parte está cumpri­
inimigos. Templo, e o do sétimo mês, ao aniversário da morte de da.
I I — -O L A D O E S P IR IT U A L D A P R O S P E R ID A D E Gedalias (Jeremias 41). 2. A relação do Rei
FUTURA a) 0 preço pago 11:12-13
4. Josué, o Sumo Sacerdote, 3:2. Um quadro da corrupção 4. Primeira resposta 7:1-7 b) O pastor morto 13:6-7
nacional purificada e a restauração da nação ao serviço Segunda resposta 7:8-14 c) A dispersão do povo 11:7-11
sacerdotal. Terceira resposta 8:1-17 3. A segunda vinda do Rei 14:3-8
5. O castiçal, 4:2. Resultando em Israel capacitar-se para Quarta resposta 8:18-23 4. As vitórias do Rei 9:8 — 12:l-9e 10-14 — 13:1-5
ser o luzeiro de Deus ao mundo.
5. 0 programa do Rei 9:10-17 — 10 — 14:9-21
6 . Rolo voante, 5:1-4. Israel torna-se uma força moral no
mundo por meio da Palavra de Deus.
7. O efa, 5:5-11. Aplicação da Lei de Deus.
8 . Quatro carros, 6:1-8. Uma agência trabalhando a favor
de Israel.
Conclusão: — coroação simbólica.
ANÁLISE № 39 MENSAGEM: Lembrai-vos, arrependei-vos,
Frase-Chave: “vós dizeis” voltai, relatai

O LIVRO DE MALAQUIAS
NOME ANGÉLICO
(1) Malaquias é o profeta desconhecido, com nome angélico. Nada se sabe dele. Há os que aceitam a versão de ser desconhecido, e que Malaquias é apenas um título que revela a sua posição oficial, pois
significa: “Meu anjo” ou “Mensageiro”.
(2) Não usou esse nome vagamente, mas, ao contrário de muitos de nós, orgulhava-se dele e deleitava-se em repeti-lo. Exemplo — Quando falava de Levi, como exemplo do verdadeiro sacerdote, dizia:
“Ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos” (2:7). Descreve João, o Batista, como “Mensageiro de Deus”, e fala do Senhor como sendo o “Mensageiro da Aliança” (3:1).

DIÁLOGO
(1) Este livro se notabiliza pelo seu estilo dialógico. Uma evidência do estado do crente desviado é o espírito hipercrítico. O povo de Deus vivia em triste condição espiritual e, conseqüentemente, estava
sempre pronto a trazer em questão todo e qualquer assunto, até mesmo as declarações de Deus. Todas as suas palavras de crítica tinham sido apontadas pelo Senhor. — “vós dizeis” ou “e dizeis” se encontram,
pelo menos, onze vezes, (1:2, 6, 7, 12, 13 — 2:14, 17 — 3:7, 8, 13, 14). Ele observa, ainda, as declarações de outros (1:4).
(2) Porém, Deus, não somente aponta tais palavras como, também, as combateu. E o que, facilmente, se deduz do estudo dos textos acima citados.

UM RETRATO
(1) Malaquias foi o último dos profetas. “Suas profecias, por isso, assumem solene e grave importância; por duas razões: primeira, quando mostra a condição dos sobreviventes que, na infinita misericórdia
de Deus, tinham sido trazidos de Babilônia; e, segunda, por causa da posição deste remanescente em relação à do povo de Deus nesse momento. Como nada havia entre eles, assim, nada haverá para intervir
entre nós e a expectação da vinda do Senhor”.
(2) No estado de Israel revelado por Malaquias, temos um retrato nítido do nosso tempo e época.

ANÁLISE
O livro apresenta duas divisões e três subdivisões, como segue:

A) A EXPOSTULAÇÃO - Caps. 1 e 2 B) A PREDIÇÃO - Caps. 3 e 4

( 1) ( 2) (3)
A MENSAGEM DE AMOR A MENSAGEM DA REPREENSÃO A MENSAGEM DA ESPERANÇA
1:l-5 1:6 a 2:17 3e4

1. A declaração de Deus afirmando seu amor a Israel 1:2 Aos sacerdotes: Uma série de profecias concernentes:
2. Israel questiona, cegamente, aquele amor para com ele 1:2 1. Não davam a Deus a reverência e a honra que Lhe eram devidas 1 :6
3. O Senhor condescende a dar uma das muitas provas 1:3-5 2. Ofereciam a Deus o que não ousavam oferecer ao seu rei 1:8 *■ À vinda e à obra de João, 0 batista 3:1
3. Recusaram trabalhar, a não ser com retribuição 1:10 2. À vinda e à obra do Senhor, tudo, ainda, para o futuro 3:1-6
N. B. — No Velho Testamento temos a declaração do amor de Deus para com 4. A afirmativa solene de Deus de que Seu nome seria grande, apesar das faltas 3
3:7-15
Ao estado triste do Seu povo anterior à Sua vinda
Israel. (2) No Novo Testamento temos a revelação do amor de Deus de Israel 1:11
para com o Mundo — João 3:16. 5. A falta total 2:1-9 Ao remanescente fiel, que mesmo então haverá 3:16-18
5. Ao Dia do Senhor 4:1
6. Ao Seu advento que não inspira terror aos fiéis 4:2-4
Ao povo:
1 . O pecado de um para com 0 outro 2:10 7. A Elias que, voltaria antes do Dia do Senhor 4:5
2 .0 pecado contra Deus na família 2:11-17

MENSAGEM

Lembrai-vos do seu amor, arrependei-vos dos vossos pecados, voltai para Ele. Contai, uns aos outros, o Seu amor, a Sua graça e Seu advento predito.
ANALISES DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
LIVRO PALAVRAS OU FRASES-CHAVE MENSAGENS

São Mateus “Reino” Jesus como Rei Messias

São Marcos Imediatamente Jesus como 0 Servo


São Lucas Filho do Homem Jesus como o homem ideal

São João Crer Jesus, como o Filho Eterno de Deus

Atos dos Apóstolos “Começou” 0 trabalho que Jesus iniciou, descrito nos Evangelhos, foi e ainda é feito por Ele pelo Espírito Santo

Romanos Justiça A Justificação pela Fé, seu método e Resultados

I Coríntios “Nosso Senhor” A Soberania de Cristo


II Coríntios Conforto — Ministério O Conforto: Sua natureza e dispensação; 0 Ministério: Sua mensagem e desempenho

Gaiatas Fé Cristo, o libertador: da Lei, e do mero formalismo guiando à gloriosa liberdade


Efésios A Igreja A Igreja, o Corpo de Cristo

Fi li penses “Todos” A unidade cristã deve ser mantida a todo o custo

Colossenses “Ele é o Cabeça” A Suprema Glória e dignidade de Cristo


I Tessalonicenses “Esperar dos Céus a Seu Filho” A vinda do Senhor para Seu povo

II Tessalonicenses “0 Dia do Senhor” A vinda do Senhor com Seu Povo


I Timóteo “Como Convém Andar” Desig1 ida a conseguir, I Tim. 4:12
II Timóteo “Vergonha” Lealdade ao Senhor e à Verdade, em face da perseguição e da apostasia

Ti to “Em tudo te dá por Exemplo” 0 ideal de Deus para a Igreja Cristã e para os obreiros cristãos
Filemom Receber A prática do perdão cristão indispensável e ilustrado

Hebreus Melhor A cura do desânimo e do desvio é uma real concepção da Glória e da Obra de Cristo

Tiago Fé, Obras A fé manifestada pelas obras

I São Pedro Sofrimento Como poderemos sofrer, paciente e alegremente, para a Glória de Deus

II São Pedro Lembrança Como se manter puro e leal nos dias de corrupção e apostasia

I São João Saber e Comunhão A vida em comunhão com Deus, sua alegria, vitória, segurança e certeza

II São João Verdade A verdade deve ser aceita, obedecida e mantida a todo custo
III São João “ Cooperadores” 1. 0 dever da hospitalidade na Igreja - 2. O perigo de um dirigente déspota
São Judas Guardar —Guardado 0 nosso dever ante a apostasia é gua rdar a fé, confiantes em que estamos guardados para não tropeçarmos
Apocalipse Revelação Jesus, gloriosamente, triunfante
ANÁLISE № 1 MENSAGEM:
Versos-Chave: 1:1 e 27:37 O EVANGELHO SEGUNDO Jesus como REI MESSIAS

S. MATEUS
O VALOR
(1) Renan, o cético, descreveu este Evangelho como “o livro mais importante do Cristianismo — o livro mais importante jamais escrito”.
(2) Concordamos, plenamente, quanto à sua importância, mas preferimos dizer “um dos mais importantes”.

O ESCRITOR
(1) Foi escrito por Mateus, o publicano convertido -— 9:9. Em Marcos 2:14 é chamado Levi. Evidentemente, Mateus foi renomeado por nosso Senhor.
(2) Somente no seu Evangelho é que o termo desprezível de “publicano” se associa ao seu nome apostólico de Mateus. — Mateus significa: “Dom de Deus”.
(3) Tudo indica ter sido um homem afortunado. Modestamente não faz alusão alguma ao “grande banquete” que ofereceu emsua casa, por ocasião da sua chamada ao ministério, (Lucas
5:29) nem ao seu grande sacrifício em seguir a Cristo. Não fora o autor deste Evangelho, e seria um dos apóstolos menos conhecidos.

O PRO PÓSITO
(1) Originalmente, o livro foi escrito em hebraico e destinou-se, especialmente, aos judeus; conseqüentemente, o Velho Testamento é citado constantemente.
(2) Uma palavra característica, neste livro, é “cumprir”. Ele alude a nada menos de sessenta citações do Velho Testamento como tendo sido cumpridas em Cristo.
(3) Não há contradição nos quatro evangelistas, como alguns pretendem afirmar; pois cada um deles escreveu, tendo em mira umpropósito especial. Cada um fornece um retrato diferente
do Senhor Jesus. O retrato dado por Mateus é o do Rei. A palavra “Reino” encontra-se 55 vezes; “Reino do Céu”, 32 vezes; e “Filho de Davi”, 7 vezes.
(4) Este livro mostra que a missão de Jesus era destinada, primeiramente, aos judeus, (10:5,6 e 15:24). O “Evangelho do Reino”, anunciado por Jesus e seus discípulos (4:23 e 10:7),
não é o mesmo que anunciamos hoje. O primeiro constituiu as boas-novas que Deus estava para estabelecer na terra — um reino político e espiritual — regido por Jesus como Filho
de Davi, enquanto que o último tem de se empenhar com o reino espiritual de Deus. O “Evangelho do Reino” foi anunciado até a rejeição e crucificação de Jesus, mas será anunciado
outra vez, um pouco antes da grande Tribulação (24:14) e da segunda vinda de Jesus, como Rei. O Evangelho que pregamos hoje é boas-novas da salvação por meio de Cristo e
a chamada de um povo para Si mesmo. Uma proclamação do Evangelho da Graça de Deus.

ANÁLISE

(1 ) (2 ) (3) (4) (S) (7) (8 ) (9)


O NASCIMENTO O ARAUTO DO REI A PROVA DO REI A PROCLAMAÇÃO AS LEIS DO REI O M INISTÉRIO A REJEIÇÃ O A ENTRADA A M O RTEE
RESSUREIÇÃO
DO REI DO REI DO REI DO REI DO REI
DO REI
Caps. 1 e 2 Cap. 3 Cap. 4:1-11 Cap. 4:12-25 Caps. 5 a 7 Caps. 8 a 11:19 Cap. 11:20 e Cap. 20 Caps. 21 a 25 Caps. 26 a 28

1. A genealogia e nas- 1. Todas as pessoas no- 1. Aqui o Senhor Jesus 1. Jesus não veio fundar 1. O sermão do monte é 1 .0 Rei em atividade na 1. Esta é uma seção de 1. A entrada final do Rei 1. Jesus foi morto
cimento do Rei, a táveís do Oriente ti- encontrou e derrotou a Igreja, mas, sim, o somente para os disci- sua missão de ensinar grande importância. na sua capital e sua por se declarar
adoração dos Reis do nham arautos, assim o tentador, recusan- Reino. Aqui, Ele faz a pulos. É o código das e curar entre o seu Israel tinha, pratica- rejeição final e públi- Rei.
Oriente (os sábios) a também Jesus. do receber o Reino sua proclamação real. leis especialmente para povo, Israel. mente, rejeitado o ca. Notai, especial­
perseguição de He- por outro meio que o reino terrestre de Cris- Rei. Agora, o estabe- mente, 27:11,12,
rodes, o usurpador. 2. João, o batista, anun­ não fosse Deus. 2. 0 Reino de Deus é to, que Ele estabelece­ 2. N otar que a versão lecimento do Reino 2. Notar: 2 5 :4 1 — Ne­ 29, 37 e 42.
ciava a aproximação composto de todos rá, mais tarde, embora inglesa (R. V.) traduz foi adiado, e Jesus, nhum juiz da terra, ao
2. O Senhor Jesus é o do Reino e batizou o 2. 0 prim eiro Adão, quantos, no céu e na tenha uma mensagem a palavra “creado” das pela primeira vez, lavrar a sentença a um 2. Ao rasgar do véu
último na história ju ­ Rei. cercado de todo o terra, a Ele se subme­ para nós, agora. leis, específica 8 :6 por sugere um novo pas­ criminoso, faz dela um em 27:51 segue-se
daica, cuja descen- conforto, caiu no tem, e a entrada neste “menino” no sentido so: a criação duma assunto relacionado a o dilaceiamento do
dência, da linha real Éden; o segundo Reino é pelo novo 2 .0 sermão do monte tem de afeição, mostran­ nova sociedade — a sua pessoa. Cristo faz. coração de Jesus.
de Davi pode ser cla­ Adão, mesmo enfra­ nascimento (João 3). sua aplicação moral aos do, assim , quanto Igreja. 0 afastar-se de Cristo
ra e perfeitamente quecido pela longa 0 Reino do céu é o crentes. aquele criado se afei­ significa perder toda
estabelecida. abstenção, triunfou estabelecimento visí­ çoara ao seu amo. 2. Notar 12:14 seguido a esperança.
no deserto. vel do Reino de Deus do “mistério” ensina­
na terra. do no cap. 13.
ANALISE № 2 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Imediatamente” O EVANGELHO SEGUNDO Jesus como O Servo
Verso-Chave: 10:45
S. MARCOS
O ESCRITOR
1. O escritor deste Evangelho não era apóstolo, mas um obreiro ligado aos apóstolos.
2. Era filho das Marias do Novo Testamento a qual era evidentemente pessoa de relativo conforto (Atos 12:12).
3. Era sobrinho de Barnabé e foi por causa dele que Paulo e Barnabé discordaram (Atos 15:36-41).
4. Admite-se que Marcos se converteu pela instrumentalidade de Pedro. Em todo o caso, se tornou seu companheiro e registrava as suas declarações.

A ORIGEM
1. Os bispos primitivos, notadamente, Clemente de Alexandria, descrevem a impressão deixada pela pregação viva de Pedro e a ansiedade dos ouvintes em possuir, escrito, aquilo que tanto o deleitara.
Quando ouviram da chegada de Marcos, seu companheiro, suplicaram-lhe que lhes recordasse as palavras de seu mestre. Marcos aquiesceu ao pedido e escreveu com a sanção apostólica de Pedro.

O PROPÓSITO
1. Foi escrito, assim se crê, em Roma, para os romanos. Conseqüentemente: (a) há muito poucas referências às Escrituras do Velho Testamento; (b) palavras judaicas são explicadas, 3:17, 5:41, 7:11 e
34, 14:36; também os costumes judaicos, 7:3,4; 14:12, 15:42; (c) palavras latinas são usadas freqüentemente, ex. “legião”, “centurião”, etc.
2. No seu todo, o livro reflete a natureza enérgica e impulsiva de Pedro e, assim, admiravelmente adaptado para o cidadão romano, que era, sem favor, homem de ação.
3 .0 retrato que Marcos esboça do Senhor Jesus é o de Servo ou obreiro ideal. Como à maioria dos romanos não interessavam palavras, doutrinas ou ensinos, mas, sim, atividades constantes, neste Evangelho
frizam-se os atos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não suas palavras.

ANÁLISE
Este livro não é fácil de analisar. É cheio de incidentes. Contudo, dividimos cinco partes distintas.

1 2 3 4 5
A C H E G A D A E A A F I D E L I D A D E D O O S E R V O T R A B A L H A N D O O S E R V O O R E S S U S C I T A D O
I D E N T I D A D E D O S E R V O O C A R Á T E R E A O B E D I E N T E E G L O R I F I C A D O ,
S E R V O N A T U R E Z A D O S E U T R A B A L H O A T É A M O R T E A I N D A S E R V O

1 : 1-11 1:12 e 13 1:14 — Cap. 13 Caps. 14 e 15 Caps. 16

1. Não há genealogia, nem se fala 1. Somente neste livro se diz que 1. Ele é o Servo Sábio — escolhido e colocando outros no serviço: 1:14-20, 1. Como o boi, sempre pronto para o 1. Ele ressuscitou! E sua ressurrei­
do seu nascimento e infância. Ele, na sua tentação, "estava com 2:13, 14; 3:14-19 e 6:7-13. trabalho ou para o sacrifício, Ele ção é evidente à luz do serviço
Isto é importante quando pensa­ as feras”. 2. Este é o Servo com autoridade — tinha poder sobre os demônios, sobre realizou ambos! que prestou.
mos que esses dados não são os elementos, sobre a morte e no ensinar, 1:21-28, 4:35-41, 5, 6:47-51 e
requeridos a um empregado. 2. Davi, antes de servir a Deus e a 9:14-29. 2. Sua m orte foi o m aior serviço 2. Notai a força da expressão e a
Israel, lutou com as feras, I Sa­ 3. Ele éo Servo tem o e am oroso — servindo com compaixão: l:29-34e40- prestado a outros. Ele morreu por significação de “e a Pedro”, no
2. E o Servo de todos e não somente muel 17:34-36. 45; 5:41; 6:34; 8:2; 10:13-16, 21. nós! verso 7.
dos judeus. 4. Ele é o Servo piedoso — servindo com oração: 1:35, 6:46, 4:32-41.
3. Na tentação o divino Servo foi leal 5. Ele é o Servo ativo — servindo a todos, sem alarde: 1:36-39. 3. Observe no verso 20: Ele é, ain­
3. Notai 14:51 e 52 e a interessante
6 . Ele é o Servo incansável — servindo sem descanso, ministrando mesmo
3. 0 Servo é o Filho de Deus, reve­ a Deus. suposição de que esse moço, que da, o Servo que coopera com
lado no vs. 1 e anunciado no vs. quando em casa: 2:1-12, 15-22.
tudo presenciara, fosse o próprio seus servos.
2.
7. Ele é o Servo abnegado — servindo com despreendimento: 3:20, 6:31.
L iç ã o : Marcos, o autor deste livro.
8 . Ele é o Servo sofredor — servindo com muita tristeza: 3:5, com gemidos:
Eu tenho de ser leal a Deus e, 7:34, 8:12, e até a morte: 8:27-38
4. Está preparado para o ministério pela sua graça, ter uma vida vitorio­ 9. Ele é o Servo hum ilde — ensinando com simplicidade as verdades divinas.
pelo Espírito. sa, antes que possa, realmente, ser Caps. 4, 9:33-37, 12:11-12 e 1:22 com 12:37.
útil ao meu próximo. 10. Ele é o Servo desprezado — mas continua servindo, mesmo mal compre­
L iç ã o : endido: 6 : 1 -6 .
Eu nunca poderei servir a Deus, 11. Ele é o Servo tolerante — que observa e aprecia o proceder dos outros:
acertadamente, se não for Seu filho 9:38-40, 12:41-44.
pela fé em Cristo Jesus, e se não
tiver o testemunho e a plenitude do L iç ã o
Espírito. Ele é o Servo Modelo. Que o nosso trabalho, todo o serviço que
prestamos, em tudo se assemelhe ao dEle!
ANÁLISE № 3 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Filho do homem” O EVANGELHO SEGUNDO Jesus como o homem ideal
Verso-Chave: 23:47
S. L U C A S
O ESCRITOR
L u cas, o escrito r d e ste E van g elh o , seg u n d o E u sé b io , era natural de A n tio q u ia , na Síria. Era gen tio . S eu n om e é um a form a abreviada de L ucanus, o que levou alguns a a firm ar q u e ele era g reg o . E ra um
hom em in struído q u e ab raço u a c arreira d e m édico. A p rim eira referência d e sua pessoa, co m o se n d o c o o p erad o r de P aulo, é em A tos 16:10.

O PROPÓSITO
Foi e scrito para os g reg o s — em p rim eira in stân c ia, a um am igo pessoal — depois de um a rig o ro sa in v estig ação , com o propósito de p ô r term o à c irc u la ç ão de falsos e v an g e lh o s e às a lu sõ es duv id o sas
da V ida das V idas. C om o L u cas foi co m p an h eiro de P au lo , acred ita-se q u e tenha incorporado ao se u livro a substância da preg ação do gran d e A pó sto lo .

A
■ MENSAGEM ^
1) R enan, o c ético , a firm o u que o livro de L u cas é “ o liv ro m ais lindo do m u n d o ” . Um livro, em cu ja s pág in as, o s a rtista s se d eleitam e q u e tem in sp irad o m ais q uadros d o que q u a lq u e r outro livro. 2) E ste
liv ro , sen d o dirig id o a leitores g re g o s, dá um a ch av e, a ssim , à sua m ensagem . 0 ideal grego era d e v isão p erfeita, era m u ito d iferen te d o ideal dos ro m an o s. E nquanto “os ro m an o s sentiam q u e sua m issão
era g o v e rn ar, os g reg o s a lim en tav am o ideal de educar, e le v ar e aperfeiço ar o hom em . 0 ideal d o ro m a n o era a glória m ilitar e o d o m ín io , m as o d o g re g o era a sabedoria e a b e le z a ” . 3) O re tra to d e Je su s
que L u cas pintou é o do H om em P erfeito, aq u ele que m ais sa tisfaz e ultrap assa o m ais elevado ideal dos gregos. A o passo que fala da D eidade d e C risto , da ênfase à sua v a ro n ilid a d e p erfeita. 0 c ará te r de
Je su s é revelado, n este E van g elh o , c o m o in te n sa m en te h u m an o . C om o v erem o s no estudo se g u in te , E le tanto é “ F ilh o do H o m e m ” com o “F ilho d e D e u s” .

1 2 3 4 5
O HOMEM O HOMEM O HOMEM O H O M E M O HOMEM

“fosse semelhante “um que, como nós, Que se compadece das nossas fraquezas Como nosso parente Ainda como homem
aos irm ãos” em tudo foi tentado” Hebreus 4:15 mais chegado, re- na glória da ressu r­
H ebreus 2:17 Hebreus 4:15 mindo-nos. reição e ascensão.

1— 3 4:1-13 4:14 — 19:28 19:28 — 23 24

1. Um como nós, na sua descendên­ Lucas encara a tentação do ponto 0 Senhor Jesus, como: 1. Como bom patriota, chorando
cia de Adão, cabeça de humani­ de vista humano. sobre Jerusalém, 19:41. 1.0 Senhor ressuscitado, porém ain­
dade, 3:23-38. 1) 0 homem dos interesses cosmopolitas da Homem.
“O diabo desafiou ao primeiro 2. Como homem, recebendo o minis­
Este Evangelho narra os incidentes na vida de nosso Senhor, os quais
tério do anjo, e isto em resposta à 2. Como Homem, em caminho para
2. Um como nós, nas relações co­ Adão, o segundo Adão desafia o dia­ mostram Seu interesse por toda a raça humana, e não somente pelos oração, 22:43. Emaús com dois discípulos.
muns à humanidade, com todos bo”. O diabo arruinou o primeiro ho­
judeus: 2:10, 2:31, 32; 17:18, 19:2.
os deverese responsabilidades que mem, o diabo foi despojado pelo 3. Como nosso parente mais chega­ 3. Como Homem, comendo, no cená­
se acompanham. Homem Jesus Cristo. 2) 0 homem de sabedoria, como revela em seus ensinos: 4:14, 15,32. 0
do, fazendo a parte do parente. culo, e mostrando, ainda, sua per­
(Os primeiros dois capítulos tra­ mais sábio de todos os mestres: 5:30, 39. Caps. 6 e 10:25-37 e 20:2-8. feita humanidade.
tam dos primos de Maria). 0 primeiro Adão envolveu a raça 3) O homem de capacidade, 4:33-37, Caps. 5, 8 e 9:37-43. (Veja Lev. 25:47-55, Rute,
na sua derrota, o último Adão incluiu cap. 2—3:10-18, 4:1-10) 4. Ascendendo no ato de abençoar.
4) O homem cheio de sim patia hum ana.
3. Um como nós, na nossa vergonha, a raça na Sua vitória.
a) pelos caídos e desprezados: 5:27-29, 7:36, 37. ó 3 № T '« c i o 3 *
pela união do batismo. Subme­
b) pelos desamparados: 7:11, 8:42, 9:38. NOTAR:
tendo-se à ordenança do batismo. .$ /£ ( ( * P /A SM H fP ê* O livro começa e termina com
Ele arruinou sua reputação em c) pelos desanimados: 7:19.
a 7 > jf'tO !i.iA a í:- regozijo, e tudo tocante a Jesus.
relação à estima do mundo judai­ d) pelos doentes: 4:38-41, 5:12 e 7.
co.
(Notai o forte elemento humano em todas as parábolas de Lucas). c » S ©S ,
5) O homem de oração, mostrando sua inteira dependência de Deus, em 5 t /e i < .V& S TO J»f J .v> „
NOTAR:
Aqui se preservaram os primei­ todas as grandes crises de sua vida: 3:21,5:16,6:12,9:18, 29,11:1, 2,
ros gérmens preciosos da Hinologia 9:29.
Cristã. 6) O homem social, 7:36, 11:37, 14:1, 19:7.
1:68-79, 1:46-55, 2:14, 2:29-32
7) O homem de Beleza e Glória, 9:28-36.
ANÁLISE № 4 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Crer” O EVANGELHO DE Jesus, como o Filho Eterno de Deus
Verso-Chave: 20:31
S. JOÃO
0 ESCRITOR
João, o autor deste Evangelho, era filho de um mestre-pescador, (seu pai tinha “os jornaleiros”, Marcos 1:20) e Salomé, uma das mulheres que ajudavam ao Senhor com suas fazendas, (Mat. 27:55, 56
e Lucas 8:3) disto e do fato de residir em Jerusalém (João 19:27), é evidente que desfrutava vida confortável. 2) Embora de caráter contemplativo, possuía um gênio violento e incerto, (era chamado “filho
do trovão”) até que a graça o atingiu e, então, o leão se transformou em cordeiro. Tornou-se o apóstolo do amor. Evidentemente era o mais jovem dos apóstolos do Senhor e sobreviveu aos outros.

O LIVRO
1) E o último dos Evangelhos, escrito pelo menos cinquenta anos após a ascenção do Senhor, e é o mais profundo de todos. 2) No Continente Europeu, este livro é chamado o “Seio de Cristo”, porque,
através de suas páginas, revela-se o coração de Cristo, o seio do Eterno.

O PROPÓSITO
1) Segundo os Anciãos das igrejas primi tivas, foi escri toe publicado em Efeso, a pedido do apóstolo André e dos Bispos asiáticos, para combater certos erros, que, então, prevaleciam, a respeito da divindade
de Cristo. Isto é importante e digno de nota. 2) Sua palavra-chave é: “CRER”. Neste Evangelho, Jesus Cristo é apresentado como Aquele em quem devemos crer; nas Epístolas de João, como Aquele a quem
devemos amar, e, no Apocalipse, é Aquele que devemos esperar”. Devemos crer o quê? A Divindade do Homem Cristo Jesus. — Notar 20:31.

AS PECULIARIDADES
Duas estão em evidência. I a) A palavra “judeu” ocorre uma vez em Mateus, duas vezes em Marcos, duas em Lucas, mas, em João, ela aparece mais de sessenta vezes. 2a) Relata este livro só oito milagres
(ou melhor “sinais”), todos revelando o poder da Palavra de Cristo, tão somente da Sua Palavra.

O QUADRO
O quadro de Jesus, desenhado para nós, é do “Unigénito do Pai”. João revela aquilo que convencia homens e mulheres de todas as classes e posições: Jesus era Deus! Os elementos que João usa no seu
Evangelho são todos novos, guardados e reservados por Deus.

1 2 3 4 5
Jesus revelado como Filho de Deus pelas suas O Filho de Deus se r e ­ Sua reivindicação à
Jesus, o Filho de
obras e suas palavras vela mais ampla- O Filho de Deus Divindade
Deus, antes da sua M orto Plenamente estabelecido pela
m ente aos seus
encarnação João mostra o que convenceu o povo da Divindade de Cristo sua ressurreição

1:1-14 1:15 — Cap. 12 Caps. 13 — 17 Caps. 18 e 19 Caps. 20 e 21

1. Deus não O enviou ao mundo para 1. João Batista inteirou-se da divindade de Jesus, pelo batismo com o 1. Notar o efeito de um só raio de Sua 1. Ler Romanos 1:4
se tornar seu Filho. Ele é o Filho Espírito Santo, 1:33. 1. Completamente rejeitado pelos divindade em 18:6.
Etemo. 2. Natanael foi convencido pela prova de Sua onisciência, 1:48-49. representantes da nação judaica, 2. Certamente, que maior prova de
3. Seus discípulos se convenceram de Sua divindade quando, em seu 11:47-53. Jesus não mais se 2. Em' 19:7 vemos que Ele foi morto, sua divindade não poderia ser
2. Este Evangelho começa como o primeiro milagre, transformou a água em vinho, 2 :1 1 . não somente por se dizer Rei, mas dada além da Sua ressurreição.
declara abertamente ao mundo.
livro de Gênesis. 4. Pela purificação do templo e operação de muitos milagres (não registra­ por declarar ser igual a Deus.
11:54
dos) muitos judeus o reconheceram como divino, 2:23. 3. Notar: 20:17, a primeira vez em
3. Os gentios compreenderam, cla­ 5. Jesus revela-se a Nicodemos, como divino, 3:13-16. 2. Agora se manifesta aos seus discí­ que Jesus chama aos seus discí­
ramente, de que João falava, como 6 . Quatro testemunhos notáveis de João Batista, 3:25-36.
pulos, mais abertamente, de sorte pulos pelo termo e afetuoso nome
sendo a Palavra, pois usavam uma 7. Jesus revela-se como divino à mulher samaritana, 4:26.
que suas convicções a respeito de de “irmãos”.
frase semelhante quando falavam 8 . Os samaritanos aceitam-no como divino, 4:41-42
aos seus deuses. Sua divindade ficaram profunda­
9. O oficial convenceu-se da divindade de Jesus, ao verificar que sua
Palavra era tão eficaz quanto a sua presença, 4:53. mente estabelecidas.
4. “ No princípio era o Verbo” . As­ 10. A oposição porque chamou a Deus de Seu Pai, 5:17-18.
sim, Ele era antes de serem criadas 11. Muitos se convenceram de sua divindade pelo milagre dos pães, 6:14.
todas as coisas e não uma parte da 12. Notar: 6:35, 8:12,58; 10:9-11, 11:25, 14:6, 15:1, Jesus declara ser a
criação. revelação completa do grande “Eu Sou” do Velho Testamento.
13. Jesus revela-se ao homem curado, como divino, 9:35-38.
5. “ O Verbo era com Deus” — 14. A confissão de Marta, 11:27 e o efeito da ressureição de Lázaro, 11:45.
outra Pessoa, provando-se, assim, 15. Ultimamente, Jesus é reconhecido, abertamente, como Divino, pelos
que Jesus, sozinho, não era Deus. judeus, 12:12-19 e pelos gentios, 12:20.
ANÁLISE № 5 MENSAGEM:
Chave da Análise: 1:8 O trabalho que Jesus iniciou,
Chave da Mensagem: 1:1 descrito nos Evangelhos, foi e ainda
ATOS DOS APÓSTOLOS é feito por Ele pelo Espírito Santo

AS OBRAS DE CRISTO
1) Segundo Daniel Crawford, o pitoresco título Bantu para o livro dos Apóstolos é “Palavras concernentes às obras”. 2) Mas as obras de quem? O atual título não nos parece bem correto, porque o livro
fala de dois dos apóstolos: Pedro e Paulo. Era conhecido, antigamente, como o “Evangelho do Espírito Santo” e “Evangelho da Ressurreição”. Tem sido chamado, também, de os “Atos do Espírito Santo”,
e este é verdadeiro; mas o correto seria: “Os atos do Senhor Ressuscitado e Glorificado”. No cap. 1:1 está a revelação da sua mensagem. Os Evangelhos relatam a vida de Jesus na carne. O livro dos “Atos”
• descreve a Sua vida no Espírito. Neste livro notamos, ainda, o Senhor Jesus Cristo, ressuscitado, vivo, cooperando sempre, pelo Espírito Santo, com seus discípulos.
Lucas, no seu Evangelho, escreveu o “que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar”; neste livro, encontramos o sumário do que continuou a fazer e ainda está fazendo.

A ANÁLISE
1) Este é o único livro incompleto na Bíblia. Notai como se encerra repentinamente. E de que outra maneira poderia encerrar-se? Como poderíamos ter um relato perfeito, completo da vida de Quem ainda
vive? E o Senhor Jesus ainda vive! 2) No entanto, neste livro, mesmo incompleto, há ordem e sistema. Cap. 1:8 é a chave da análise. Todo o livro relata o cumprimento daquela profecia, que indicava o início
do trabalho em Jerusalém, sua extensão a toda Judéia e Samaria e, como alcançaria os “confins da terra”. 3) O livro se abre com a pregação do Evangelho em Jerusalém, o grande centro religioso jJajiacão
judaica e fecha-se com a pregação em Roma, o grande centro político do império do mundo. 4) E importante notar que, em cada um desses centros avançados em influência, há um derramamento singular
do Espírito Santo e um ato do Juízo Divino.

B
Do Pentecostes à morte de Estevão Perseguição de Saulo até sua conversão O ministério de Paulo até sua prisão

O Senhor trabalhando em Jerusalém O Senhor trabalhando em “Judéia O Senhor trabalhando até aos “confins
e Samaria” da terra”
1— 7 8— 9 18— 28

1. A obra em Jerusalém inaugurada com o derramamento do Espírito Santo e 1. O


trabalho, numa esfera mais ampla, inaugurado por um derramamento do 1. O trabalho nesta importante seção é inaugurado por um derramamento do
Juízo 2:1 — 5:1-11 Espírito (8:17) e uma ameaça de Juízo (8:22-24). Espírito e Juízo. 10:44-48 e 13:6-13
2. A conversão de Cornélio e sua seqüência Cap. 10 e 11
Notar a Ascenção de Nosso Senhor 1 : 1-11 3. A igreja em Antioquia 11:19-30
2. Notar: a) a perseguição de Saulo 8:1-4
a) Fora da vista, mas não do pensamento e tato 4. Prisão de Pedro e sua libertação Cap. 12
b) o ministério de Filipe 8:5-40
b) Dez dias aguardando o Espírito 12-14 5. Primeira viagem missionária de Paulo Cap. 13 — 15:35
c) A eleição de um apóstolo 15-26 6 . Segunda viagem missionária de Paulo Cap. 15:36 — 18:22
3. A Conversão de Saulo 9:1-30
d) Pentecostes e a fundação da Igreja Cap. 2 7. Terceira viagem missionária de Paulo
e) A cura do aleijado e sua seqüência Cap. 3 Cap. 18:22 — 21:17
4. O Ministério adicional de Pedro 9:32-43
0 A primeira perseguição Cap. 4 8 . A prisão de Paulo 21:18 até o fim.
g) O juízo Cap. 5
h) Os diáconos Cap. 6
i) Estêvão Cap. 7

MENSAGEM
Afirmamos que “Atos dos Apóstolos” põe em destaque o Senhor Jesus. Ele é o Obreiro. Fixemos este fato no livro:

O 1. Comandante e instrutor de seu povo 1:2-9


2. A grande esperança da igreja 1: 10-11
3. Guia do seu povo em questões da igreja, nos momentos de perplexidade 1:24,10:13,16:10,22:18-21
SENHOR 4. Doador do Espírito Santo 2:33
5. Assunto de todos os sermões e mensagens 2:22-36, 3:13-15, 4:10-33, 5:30, 6:14, 8:5,10:36, etc.
JESUS 6. Aquele que fazia crescer a igreja 2:47
7. Única esperança para um mundo que está perecendo 4:12
8. Cooperador, ativo, em nosso serviço 3:16, 26, 28:9-10
CRISTO 9. Agente pessoal na conversão de Saulo 9:3-6
10. Animador dos seus, nas suas muitas provações 7:55, 56 e 23:11
ANÁLISE № 6 MENSAGEM:
Versos-Chave: Cap. 1:16, 17 A EPÍSTOLA A Justificação pela Fé, seu método
e Resultados
AOS ROMANOS
A EPÍSTOLA
Esta epístola foi escrita aos crentes em Roma, no mês de fevereiro, a .D. 58, em Corinto, quando, então, Paulo estava em casa de Gaio (16:23), um crente rico daquela cidade. Paulo a ditou e Tertius a escreveu
(16:22). A epístola foi levada a Roma por uma viúva rica, chamada Febe, que ia para lá para atender a negócios particulares (16:1,2).

AS OPINIÕES
Sempre se considerou esta epístola como a obra-prima de Paulo, tanto do ponto de vista intelectual, como do teológico, tanto que sempre foi tida em elevada consideração por grandes homens. Dizem
que Crisóstomo a lia uma vez por semana eque Coleridge a considerava “a obra mais profunda, jamais escrita”. — Calvino, a respeito desta carta, disse: “Abriu-se a porta a todos os tesouros das Escrituras”.
— Lutero pronunciou-se desta forma: “O livro principal do Novo Testamento e o Evangelho “mais puro”; eMelancton, a fim de conhecê-la melhor e melhor se familiarizar com ela, copiou-a duas vezes com
sua própria mão. — Godet a descreveu como “A catedral da fé cristã’.

O PROPÓSITO
Esta carta responde à pergunta dos séculos: “Como se justificará o homem com Deus?” (Jó 9:2) Ninguém pode julgar-se justo se não se justificar com seu Criador. E, ainda, nesta carta que se revela e
se expõe a maneira como Deus justifica. Seus versos-chave são 1:16 e 17. Estes dois versos podem ser considerados como o texto, e o restante da carta como sendo o sermão.

ANÁLISE
Divide-se em duas seções. Como um pregador sábio, Paulo expõe, em primeiro lugar, a doutrina (1-11) e, em seguida, faz a aplicação (12-16). A primeira seção tem 9 divisões.

(A) DOUTRINA (B) PRÁTICA


i 2 3 4 5 6 7 8 9
A
Justificação A necessidade Como somos A As bênçãos que justificação Os esforços e A A Os deveres do justificado
pela fé universal da justificados justificação seguem à pela fé e a gemidos do liberdade e os justificação e
revelada no justificação pela Fé não é justificação questão do justificado privilégios do o judeu
Evangelho pela Fé doutrina nova pecado justificado incrédulo

1:1-17 1:18— 3:20 3:21-31 4 5 6 7 8 9 — 11 12 — 16

1. Após iniciar com 1. Nesta seção 1. A sua Fonte 1. Mas esta Vs. — Aqui se revela Sem dúvida, te­ Neste capítulo — E Israel? 1. A Deus.
asaudação, Pau­ sevêque todaahu- é a Graça, vs.24. doutrina não é 1 — A Paz que a justificação mos aqui a experi­ temos a Terra de Consagraremo-nos a nós mesmos 12:1
lo manifesta o manidade tem ne­ 2. Sua base é o c omp l e t a me n t e 1 pela Fé não permi­ ência da pessoa re­ prom essa onde 0 cap. 9 é dedi­ Não nos conformando com o mundo
desejo de visitar cessidade da Gra­ sangue, vs. 25, veja nova? Não é uma 2 — O Acesso te a continuação no generada. Embora mana leite e mel cado à reivindica­ 12:2
ça justificadora de 2 2. A nós mesmos
Roma. 5:9. uma nova idéia? pecado. Do contrá­ muitos desperta­ para todos a possu­ ção da liberdade de Não sermos presunçosos
a) para atender ao Deus. 3. Sua aceita­ C ertam ente que 2 — A alegria rio, m orrerem os dos, mas não con­ írem. Deus em orientar
2. Em primeiro 12:3
desejo ardente ção é pela Fé, 22, não. 2 para ele. vertidos tenham seus planos confor­ 3. A Igreja
lugar, mostra como
de sua alma.
os gentios se des­
26,28. 2. Abraão foi 4 — a glória na tri­
bulação.
experiência igual. Que contraste me sua onisciência . Usar nossos dons 12:4-8
b) ser uma bênção 4. Sua prova é a justificado pela fé. Notar: vs 2 Aqui vemos a ba­ deste capítulo com 4. Aos outros crentes
viaram de Deus, e 3 Amor demonstrado em diveisas maneiras
para os irmãos, ali. os resultados fu­ ressurreição de 3. A té Davi “nós que esta­ talha, incessante, o anterior! Este ca­ No capítulo 10,
5 — 0 amor de 12:9-13
c) para solver uma nestos que se se­ Cristo, 4:25. descreveu a bem- mos mortos para entre a velha natu­ pítulo começa com porque Israel foi
Deus no coração. 5. Ao inimigo
dívida, indo ali guiram. 5. Sua evidên­ -aventurança do es­ o pecado” . reza e a nova. “nenhuma conde­ rejeitado. No capí­ “não vos vingueis’' 12:14-21
5
pregar o Evan­ 1:18-32 cia são as obras, tado do justificado. Notar: nação há” e termi­ tulo 1 1 , se revela 6 . Ao País
gelho. 3. Em seguida, Tiago 2:14-26. 1) No vs. 5 temos a — Para o "Homem na afirmando que que a rejeição de “estejais sujeitos” 13:1-7
2. Eleafirma que este prova, no cap. 2 , Esta seção é prim eira refe­ velho” a versão do não há mais sepa­ Israel foi parcial, e 7. Aos vizinhos
Evangelho revela que também o ju ­ Notar: vs. 23. muito importante. rência ao Espíri­ século vinte dá o ração! não permanente. “A ninguém devais coisa alguma”
o método de deu carece da mes­ Nem todos têm os to, nesta carta. “Velho Eu”. 13:8-14
8 . Ao irmão fraco
Deus, de conce­ ma graça. mesmos pecados, Notar: vs. 19-22 2) Na parte anteri­
4. A justifica­ “suportar as fraquezas” 14-15:7
dera justiça ejus- mas todos são pe­ Nada de inde­ or somos dirigi­ 9. A todos
tificar o pecador. ção pela Fé é so­ cadores. cisão. Abraão en­ dos à obra de Observando as cortesias comuns da vida
3. Estes são os tex­ mente para aqueles carou, firme, o pro­ Cristo para nós 15:8-16
tos básicos. cujas bocas foram blema. antes da obra do
fechadas. Espírito em nós.
ANÁLISE № 7 MENSAGEM:
Verso-Chave: 1:2 “ Senhor deles A PRIMEIRA EPÍSTOLA A Soberania de Cristo
e nosso”
AOS CORÍNTIOS
A IGREJA
A igreja em Corinto foi fundada por Paulo, como resultado de 18 meses de trabalho naquela cidade. (I Coríntios 4:15 e Atos 18).

A ORIGEM DA EPÍSTOLA
1. Após a retirada de Paulo, surgiram graves desordens. Durante a sua estadia de 3 anos em Efeso (Atos 19-20:31), provavelmente correu a Corinto para ali passar alguns dias, a fim de consertar a situação
e corrigir abusos. (A primeira, Atos 18; I Coríntios e II Coríntios, foram escritas no fim do terceiro ano de ministério em Efeso, (I Coríntios 16:8), mas, em II Coríntios 12:14 e 13:1, Paulo fala em fazer uma
terceira visita).
2. Na sua volta, ele escreveu sua primeira carta (perdida, veja I Cor. 5:9 e 11), assim o que chamamos primeira carta é a segunda e a segunda é a terceira.
3. A chegada e as notícias dos membros duma família bem conhecida (I Cor. 1:11) e as notícias constantes de outros viajantes (I Cor. 5:1, 9:18), provaram que, não obstante todos os esforços de Paulo,
as tristezas permaneciam. Depois veio a resposta à sua primeira carta, com novas perguntas (I Cor. 7:1) e, para respondê-las e ao mesmo tempo dar tranqüilidade à sua alma, com respeito a tais desordens,
então escreveu esta carta.

GUIA E CHAVE
1. A orientação desta mensagem e a compreensão desta epístola está na condição mental, moral e espiritual dos coríntios.
2. Posto que os membros da igreja de Corinto viessem, na sua quase totalidade, da classe baixa (I Cor. 1:26 e 6:9-11), nem por isso se libertaram da obsessão peculiar aos gregos, quanto ao seu orgulho
intelectual. “Corinto era a rival de Atenas. Os gregos se orgulhavam de sua língua, de sua literatura, de sua sabedoria e lógica. Paulo preparou esta epístola para ir ao encontro da mentalidade grega. Começa
renunciando a sabedoria (I Cor. 1:17 e 2:1, etc). Em tudo, a epístola é uma repreensão aos princípios deste mundo, tão confiantes em sua sabedoria mundana, mas insensato aos olhos de Deus. O mundo, pela
sua sabedoria, não conheceu a Deus (I Cor. 1:21). O homem natural não compreende nem pode receber as coisas do Espírito; as verdades mais sublimes lhes são escondidas. (I Cor. 2:14)” — (Dr. Pierson).
3. Eram dados, também, à imoralidade, (I Cor. 5:1-11 e 6:15-18) à bebedice, (I Cor. 9:21) pecados característicos de sua cidade.

O ESTILO
Esta epístola, característicamente, uma epístola de repreensão. A doutrina nela contida é de repreensão. (Veja I Cor. 15:12) — E intensamente prática (até o ardente capítulo da ressurreição é usado, ali,
como incentivo ao serviço), reprovando e corrigindo abusos da vida social e eclesiástica do povo; e, posto que, foi primeiramente aplicada aos crentes de Corinto, os princípios, ali expostos, a fazem apropriada
e aplicável ao povo de Deus, em todos os tempos.

DIVISÃO
Divide-se, naturalmente, em duas seções principais; tratando dos assuntos: a) relatados a Paulo, e, b) inquiridos de Paulo.

I C o rín tio s (A) (B) I C o rín tio s


INFORMANDO PAULO PAULO INQUIRIDO
1 2 3 4
DESORDENS NA IGREJA IRREGULARIDADES SOCIAIS IRREGULARIDADES SOCIAIS DESORDENS NA IGREJA

1:1-9 1:10 — 4:21 5 — 6:8 6:9 — 10 11 — 16 16:5-24

Introdução 1. Divisões partidárias denunciadas 1:10-18 1. A imoralidade denunciada Cap. 5 1. Sobre o casamento, celibato e o divórcio 1. A modéstia feminina na Igreja 11:1-16 Conclusão
2. A sabedoria mundana denunciada 2. Falta de amor fraternal, severamente re­ 6:9 — cap. 7 2. Desordens à mesa do Senhor, repreendidas
1:19 — 2:16 preendida 6 :1 -8 2. Sobre os manjares oferecidos aos ídolos, cap. 8 11:17-34
3. O ministério verdadeiro 3. Sobre a autoridade e exemplo de Paulo, cap. 9 3. Os dons espirituais 12
a) Obstáculos 3:1-4 4. Lição tirada de Israel 10:1-15 4. Sobre o amor 13
b) Origem do sucesso 3:5-10 5. A lei do amor em relação ao comer e beber 5. A profecia, o dom maior 14
c) Duas espécies 3:11-23 10:16-33 6 . O grande capítulo da ressurreição 15
d) Nosso Senhor 4:1-21 7. Concernente às coletas 16:1-4

A MENSAGEM
Um estudo cuidadoso do Novo Testamento revela este fato: o título completo de Nosso Senhor — Senhor Jesus Cristo, nunca lhe é conferido, senão quando o escritor procura dar ênfase à soberania de
Cristo. Quão significativo é, então, encontrar este título, dado a nosso Senhor, seis vezes nos primeiros versos — 2, 3 ,7 ,8 ,9 e 10. O nome “Senhor” é mui proeminente, (1:31,2:8,16; 3:20, 4:4 ,5 :4 ,5 ; 6:13,
etc). Há uma grande significação nisso quando se reconhece que todas as desordens introduzidas na igreja, derivaram do fato de não reconhecerem em Jesus Cristo, o Senhor — Oh! coroai a Jesus Cristo como
o Senhor de vossas vidas!
ANÁLISE № 8 MENSAGEM:
Palavras-Chave: Conforto, Ministério A SEGUNDA EPÍSTOLA 1. O Conforto: Sua natureza e
dispensação
AOS CORÍNTIOS 2. O Ministério: Sua mensagem
e desempenho

AS CIRCUNSTÂNCIAS
Depois de escrever a primeira epístola ao Coríntios e tê-la enviada por intermédio de Tito, Paulo deixou Efeso, sendo sua partida um tanto acelerada por um tumulto. (Atos 19:23-41). Seguiu em
direção à Troas, pregando por onde passasse, tendo combinado encontrar-se, no caminho, com Tito quando voltasse de Corinto. Em Troas, Paulo foi muito usado por Deus, porém a volta de Tito,
por dem ais atrasada, o perturbou grandemente, tal era a sua ansiedade por ouvir da recepção e dos resultados da sua primeira carta. Assim, não resistindo mais, Paulo se dispôs a atravessar o Mar
Egeu e vai ao seu encontro. Eventualmente, encontraram-se em Filipos (II Cor. 2:12, 13; 7:5, 6). Aí, provavelmente, Paulo adoeceu (II Cor. 1:8-10).

O PR O PÓ SITO
Paulo ouviu de Tito que sua carta alcançara o seu propósito. Tanto a igreja como o culpado estavam plenamente arrependidos (II Cor. 7:7-16; 2:1-11). Porém, do mesmo Tito, Paulo recebeu a
informação de que um novo perigo invadia a igreja:— profetas judaicos, munidos com cartas de apresentação da igreja de Jerusalém, tinham vindo a Corinto, pregando outro evangelho e censurando
o apostolado de Paulo, de tal sorte que, desse movimento, surgiu um partido hostil a ele. (3:1 -3 ,4 :2 ,1 0 :1 0 ,1 1 :1 -4 ,1 2 ,1 3 ). D aí o escrever esta segunda carta. 1) Ele explica porque não os tinha visitado
ainda. (1:15-24; 2:1-3) — 2) Ele os louva por terem acatado sua primeira carta (7:4-15) — 3) Ele aconselha a restauração do transgressor arrependido (2:6-9) — 4) Ele previne aos que ainda não se
arrependeram (12:21; 13:2) — 5) Previne-os contra os falsos profetas (1 1 :3 ,4 ,1 3 ) — 6) Ele defende seu apostolado (12, conf. cap. 11) e exorta-os a dar a contribuição prometida aos irmãos pobres
de Jerusalém (8:10-11).

A REVELAÇÃO DE PAULO
Esta segunda carta, Aos Coríntios, contém mais da história de Paulo, do que as demais epístolas. D e fato, é uma revelação de Paulo, ele mesm o. E, certamente, uma manifestação da profundeza
e grandiosidade da força de seu amor; e o segredo é 5:14. Isto revela que, às vezes, sofria da fraqueza do corpo (1:8-10; 12:7-9); e não é de adm irar quando evoca os seus trabalhos, seus sofrimentos,
suas privações (11:23-33). os caps. 10:10 e 11:6, dão-nos um pouco de conhecimento a respeito de sua aparência e fala. No cap. 12, revela um segredo que guardava há 14 anos.

A MENSAGEM
A epístola contém muitas metáforas brilhantes e elucidativas, (2:15,3:3,18, 4:7,5:20), além de declarações sugestivas aos pregadores. Sua m ensagem especial é dupla. As duas palavras que, com
mais freqüência, se encontram, são: “ Conforto” e “M inistério”, e o estudo dessas palavras formam leituras bíblicas edificantes.
1. — Conforto: fonte, 1:3; propósito, 1:4; compensação, 1:5; dever cristão, 2:7; como, às vezes, D eus conforta, 7:6, 7,13; ordem imperativa, 13:11.
2. — Ministério: Satanás tem o seu, 11:15; Deus tem o seu, 6:4; Mensagens, 4:5, 1:19, 2:12; um ministério espiritual e glorioso, 3,6-8; conduz para a transformação do caráter, 3:3; ajuda-nos a
não desfalecermos, 4:1; é um ministério de reconciliação, 5:18; necessita cuidado, 6:3.

OS PONTOS
Esta epístola, por muitas razões, é notável. Muitas vezes, Deus é apresentado como o Todo-Poderoso no Velho Testamento, mas, como tal, só dez vezes se refere a Ele no Novo Testamento, sendo
nove no Apocalipse, e uma nesta carta, (II Cor. 6:18). Outro ponto, e dos mais notáveis, é que a epístola nos fornece a fórmula da bênção mais usual, e com qual se encerra a maior parte das reuniões
cristãs. (II Cor. 13:14).

A ANÁLISE
E quase impossível analisar esta epístola por ser o menos sistemático dos escritos de Paulo. Assem elha-se a um rio (geralm ente africano), que, por um pouco de espaço, corre mansam ente, (e espera-
-se analisá-lo satisfatoriamente), mas, de repente, se atira numa queda enorme, (quando as profundezas do seu coração são quebrantadas.) Contudo, cabem bem três divisões.

1 2 3

EXPLANAÇÃO EXORTAÇÃO REIVINDICAÇÃO

1— 7 8—9 10 — 13

Paulo explica a razão da sua demora em visitá-los, porque falou tão claro Paulo os exorta a cumprir, de pronto, a promessa feita em contribuírem Uma diferença no estilo do apóstolo pode ser notada nesta divisão: há
e enérgico na sua primeira carta, porque estava ansioso por eles, e relata os para socorrer os irmãos necessitados, em Jerusalém, revelando-lhes como se rigor eironia quando ele reivindica, para o seu apostolado, todo o respeito que
seus sofrimentos. gabara deles às igrejas da Macedonia, nesse particular. merece, provando o direito que lhe assiste em assim proceder.
ANÁLISE Nfi 9 A MENSAGEM:
Verso-chave: 3:2 A EPÍSTOLA Cristo o libertador:
da Lei, e do mero formalismo guiando
AOS GÁLATAS à gloriosa liberdade

GALÁ CIA
Galácia, uma larga tira de terra na Ásia Menor, era habitada por uma raça mista onde predominavam os gauleses. Estes deixaram o seu país (hoje conhecido como a França) 300 anos a. G , e, após uma
triunfante campanha militar, estabeleceram-se lá, dando seu nome ao país. Ainda hoje os viajantes notam, admirados, o cabelo louro e os olhos azuis que denunciam a afinidade entre as tribos de pastores
da Galácia e os camponeses do oeste da França.

A IGREJA
Aqui, Paulo detido pela doença (4:13) durante a sua segunda viagem missionária (Atos 16:6), pregou o Evangelho. Parece que a força das suas mensagens era: “Cristo crucificado” (3:1), e que foi recebido
como “anjo de Deus”, (4:14). Estabeleceu uma igreja ali (1:16), que lhe votou ardente amor (4:15).

O PROPÓSITO
1. - A raça céltica e de temperamento volúvel, amando a vaidade e variedade, e quando os ensinadores judaicos, passando por lá, anunciavam a salvação pelas obras e a necessidade da circuncisão; com
uma pressa indecorosa (1:16) abraçaram esses ensinos.
2. - Paulo, quando ouviu da condição que os desviava, e julgando que tal assunto merecia urgente atenção, não dispondo, então, de amanuenses à mão, fez o que não era seu hábito: escreveu, ele mesmo,
toda a epístola (6:11).

AS PECULIARIDADES
1. - Notar: a) há um tom estranho de rigor nesta epístola, b) Paulo inicia sem uma palavra de louvor ou ação de graças, o que é estranho nele. c) Não há pedido de oração nesta epístola. Como poderiam
orar pelos outros se eram desviados?
2. - Esta epístola tem feito mais, do que qualquer outro livro do Novo Testamento, pela emancipação dos cristãos do judaísmo, romanismo, ritualismo e toda a forma de exterioridade que tem ameaçado
a liberdade e a espiritualidade do Evangelho.
3. - Era a epístola preferida de Lutero, e tomou parte saliente na gloriosa Reforma, sob os Reformadores.
4. - Gaiatas trata, em controvérsia, o que Romanos expõe sistematicamente, revelando o Senhor Jesus Cristo como o Libertador.
5. - A doutrina da justificação pela fé, encontra-se aqui, mais enfaticamente do que nos outros escritos de Paulo. Notar a ênfase que ele dá à natureza interior e espiritual da fé cristã, em contraste à mera
exterioridade dos outros “ismos”. (Cap. 1:16; 2:20; 4:6; 19).

A ANÁLISE
Esta epístola divide-se em quatro partes, sub-divididas em onze seções.

(A) (B) (C) (D)


AUTORIDADE DEFESA E EXPOSIÇÃO DA SALVAÇAO E CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO APOSTÓLICA SANTIFICAÇÃO SOMENTE PELA FÉ
DE PAULO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
0 EVANGELHO
A FRIA A REPREENSÃO DEPAULO GRANDE JUSTIFICAÇÃO UNIÃO RECEPÇÃO FILHOS, LIBERDADE, O SERVIÇO EM
SAUDAÇÃO RIGOROSA RECEBIDO CONTENDA SOMENTE DIVINA DO ESPÍRITO PELA PELA COM PAIXÃO CONCLUSÃO
DE PAULO DE PAULO DO SENHOR P E IA FÉ EFÉ
COM PEDRO PELA FÉ PELA FÉ FÉ FÉ
PORREVELAÇÃO
EO U TRO S
DIRETA
1:1-5 1:6-9 1:10-24 2:1-15 2:16-19 2 :2 0 - 2 1 3:23-4:31 3:1-22 5 6 :1 -1 0 6:11-18

Com a me­ Ele expressa Aqui, ele pro­ Paulo mos­ Como os ju ­ A fé, não so- Não somen­ Além de ser­ Cristo nos con­ Devemos tra­ Que conclu­
nor saudação, sua grande surpre­ va que, no deser­ tra como soube­ deus provaram a menteleva àjus- te somos justifi­ mos justificados duz em liberdade tar, uns aos outros são magnífica!
ele se refere à sa por terem acei­ to da Arábia, re­ ra resistir sem­ incapacidade da tificação, como cados pela fé, pela fé, nos torna­ gloriosa, liberdade, com compaixão, e Notar: vs. 17
expiação, uma to tão depressa um cebeu seu Evan­ Lei para salva­ tam bém nos como também mos filhos de que custe o que simpatia, e de ma­
pre ao judaís­
dos identifica com por ela somos
verdade outro- E vangelho que gelho diretamen­ mo, a ponto de Deus, pela fé, e custar, devem os neira p a rticu la r
0 que a Lei C risto na sua santificados.
ra tão cara a nada tinha de te do Senhor. repreender a não podia fazer, Aqui, o es­ somos capazes de manter. “aos extraviados”.
eles, mas, ago­ Evangelho. Pedro, aberta­ morte e ressur­ nos identificar no Porém a liber­
a Graça o tinha tado de justifica­
ra, praticamen­ mente. reição, e na estado de filhos dade não deve dar
feito. Ãjustifica- ção conduz pela
te rejeitada. ção é pela fé, e união da alma fé, ao estado de pelo Espírito que “lugar à carne”.
somente pela fé. çapt o Senhor. santificação. habita em nós.
ANÁLISE Na 10 MENSAGEM:
Versos-chave: 1:22, 23 e 5:30 A EPÍSTOLA A Igreja, o Corpo de Cristo

AOS EFÉSIOS
A IGREJA
Foi fundador da igreja em Éfeso. Sua primeira visita, na primavera do ano 54 a. D., foi breve demais pelo fato de não poder deixar de estar em Jerusalém, em determinada data, para ali cumprir um voto,
(Atos 18:19-21) mais tarde deu a Éfeso três anos de intenso e consagrado serviço, tudo fazendo de todo o coração (Atos 19:8-10, 20:31).

A EPÍSTOLA
Esta epístola foi escrita durante a primeira prisão de Paulo, em Roma; 10 anos após ter organizado a igreja de Éfeso. Bem se tem dito que: “Esta epístola ultrapassa todas as outras em sublimidade de estilo,
e é proeminente, mesmo entre as cartas do apóstolo, pela majestade que, permanentemente, imprime ao seu tema, e por um certo esplendor espiritual tanto na sua concepção, como na sua linguagem”. O Dr.
Pierson a chamou de “A Epístola do Terceiro Céu de São Paulo”, pois, nela “ele sobe, das profundezas da ruína às alturas da redenção”. Também tem sido chamada: “Os Alpes do Novo Testamento”, visto
que, nesta carta, somos chamados por Deus para subir, passo a passo, até alcançarmos a maior altura possível, onde o homem possa manter-se firme, de pé, mesmo na presença de Deus”.

SEUS ENSINOS
0 ensino distintivo da epístola é concernente à igreja como corpo de Cristo e, os membros, deste corpo sagrado, são os crentes. Prova-se que o Pai não somente preparou um corpo para o Senhor Jesus
sofrer nele, mas, também, um corpo místico para nele ser glorificado. Assim como, temos duas epístolas que ensinam sobre justificação, (Romanos e Gaiatas) também temos duas que doutrinam sobre a igreja,
esta e a carta aos Colossenses, as quais foram escritas na mesma épocda pelo que, à primeira vista parecem iguais. Examinadas, contudo, com mais cuidado, encontramos na Epístola aos Efésios a ênfase
dada à igreja como corpo de Cristo, ao passo que, em aos Colossenses, Cristo, como o cabeça do corpo, é a verdade proeminente.

PALAVRAS-CHAVES
1 - Esta epístola abunda_em palavras-chaves: - “Em Cristo Jesus”, etc. (1:1, 6, 7, 11, 13 - 2:6, 10, 13, 21, 22 - 4:21) - “O andar” (2:2, 10 - 4:1,17 - 5:2, 8, 15) - “Juntos” (1:10 - 2:5, 6, 21) - “Portanto”
(2:19 - 4:1,17 - 5:1, 7, 24) - “Pelo que” (1:15 - 2:11 - 3:13 - 4:8, 25 - 5:14,17) - “Segundo” (1:5, 9 ,1 1 ,1 9 - 2:2 - 3 :7 ,1 1 ,1 6 , 20) - “Nos lugares celestiais” (1:3, 20 - 2:6 - 3:10) - “Riquezas” (1:7,18 - 2:7
- 3:8,16) - “Amor” (1:4 - 3:17 -4:2, 15, 16 - 5:2).
2. - Esta epístola nos apresenta três figuras distintas da igreja de Cristo: a) O Templo, 2:21, 22; b) O corpo humano, 1:22, 23; c) A noiva, 5:25-32 - A do corpo é o ensino frisante, principal, da carta aos
efésios.

(A) (B)
SEÇÃO DOUTRINAL - Caps. 1-3 SEÇÃO PRATICA - Caps.4-6

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
SAUDAÇÕES BÊNÇÃOS ORAÇÃO CRISTO, O PREPARAÇÃO UMA OS GENTIOS A UNIDADE O PODER A EDIFICAÇÃO OS DEVERES
CABEÇA PARA ASSOCIAÇÃO UNIFICADOR
aos membros para os pelos membros SERMOS ABENÇOADA têm uma porção do seu corpo do seu corpo dos membros
do seu corpo membros do seu corpo do seu corpo, membros do em sermos e um lugar do seu corpo do seu corpo
do seu corpo a igreja seu corpo membros do no seu corpo
seu corpo
1:1 e2 1:3-14 1:15-21 1:22 e 23 2 :1 -1 0 2 :1 1 -2 2 3 4:1-3 4:4-6 4:7-16 4 :1 7 -6

“Em C risto Estes versos Há duas ora­ Q ue ensino Aqui surge a - “Lembrai-vos”, O ensino Os membros 1 - 0 poder 1 - Vários 1 - A respei­
Jesus” (como o nos revelam os ções de Paulo, sublime, este! obra de Deus, (vs. 1 1 ) correspondente do seu corpo, de u n ific ad o r do dons para a edifi­ to do “an d ar”
corpo é unido à conselhose propó­ nesta epístola: Jesus, exalta­ formando o cor­ - “Onde há a do­ aos gentios, foi tudo se devem corpo se revela cação do corpo. 4:17-5:20.
cabeça) é a fra­ sitos eternos de po, do qual, os
aqui e no cap. do para ser o ca­ çura do perdão, revelado, especi­ abster, não so­ aqui.
Deus,oPai.-"Tor­ 2 - A respei­
se-chave desta nar a congregar, 3:14-21. beça duma nova m em bros esta­ há a tristeza da almente a Paulo, mente para não 2 - A palavra
e p ís to la . "Em ordem, dum novo vam mortos em lembrança”. pelo Senhor, e a quebrar essa uni­ 2 - Observai: “aperfeiçoamen­ to do “lar” 5:21 -
em Cristo, todas as
Cristo”, somos e coisas.” -Este ver­ Na primeira, corpo, a Igreja. pecados, mas, pregação do dade, como tam­ não som ente, to” ^ . 12 ) é no­ 6:4
temos tudo. so 1 0 , é muito su­ ele pede para que foram perdoa­ Comparar: mesmo, ocasio­ bém, fazer todo o “so b re todos”, tável, significan­
gestivo. recebam luz e en­ Em Colossen­ dos, vivificados, “não sois, estran­ nou a sua prisão, possível para for­ mas, “em todos”. do: crescimento 3 - A respei­
tendimento; e na ses, o ensino é para se “ assen­ geiros” (vs 19) (vs. 1). talecê-la ca da vez “em tudo naque­ to do “trabalho”
Notar: - Nove ve­ segunda, força mais desenvolvi­ tarem nos luga­ com IP edro2:ll. mais. le que é o cabeça 6:5-9
zes, neste pri­ do. res celestiais em - Cristo” (vs. 15).
para entender.
meiro capítulo, 4 - A respei­
a força de Cristo Jesus”.
to das “lutas”
“todas”,’’todos” 6:10-24
e “todo”.
ANÁLISE № 11 MENSAGEM:
Palavra-chave: “TODOS” A EPÍSTOLA A unidade cristã deve ser mantida
Versos-chave: 4:1-3 a todo o custo
AOS FILIPENSES
A EPÍSTOLA
1. - Esta epístola deve ser apreciada, em particular, pelos gentios, porque foi escrita à primeira igreja organizada na Europa (Atos 16:9-40).
2 - O bispo de Durham a chama de “uma das mais lindas e preciosas regiões do livro de Deus”. - Não sendo uma das mais notáveis ou profundas, é, contudo, um dos escritos mais doces e suaves de Paulo.
Quanto à sua natureza é mais uma carta amorosa que o apóstolo escreve aos filipenses, os quais, se excederam a todos em devotada afeição a Paulo. Através dessa carta, vislumbramos o grande coração do
apóstolo.

PONTOS NOTÁVEIS
1 - Não há, nesta epístola, uma citação sequer do Velho Testamento.
2 - A palavra “gozo” ou “regozijar” encontram-se em todos os capítulos: 1:4,18, 25 - 2 :2 ,1 7 ,1 8 - 3:1 - 4:1 - 4:10.
3 - Apenas três vezes é mencionado o Espíirito, mas, quão significante é cada uma dessas passagens: - a) O suprimento do Espírito, 1:19; b) A comunhão do Espírito, 2:1; - c) A adoração pelo Espírito,
3:3.
4 - 0 Dr. Pierson, chama esta epístola de “a folha de balanço do discípulo”, porque nela o apóstolo revela a soma de renúncias e as compensações de um discípulo, com o grande saldo a seu favor, 3:4-
14.
5 - Esta epístola fala menos de censura e mais de louvor do que as outras.

A IGREJA
A Igreja de Filipos notabilizou-se pela sua generosidade. Repetidamente atendera às necessidades de Paulo, 4:15,16 - Sabendo do encarceramento do apóstolo, em Roma, repetiram seu auxílio e o enviaram
por Epafrodito, (4:10-18) o qual, logo à sua chegada, enfermou gravemente. As notícias concernentes à sua enfermidade, chegando a Filipos, assustaram os irmãos e, daí a preocupação de Epafrodito, logo
que se recuperou, dele mesmo ir assegurar aos irmãos sua cura. Então, Paulo escreveu esta carta e ele foi o portador. (2:25-28)
O OBJETIVO
1 - 0 objetivo desta carta era duplo. Primeiro, agradecer a generosidade dos irmãos. Segundo, havia um objetivo mais sério. Por intermédio de Epafrodito, o apóstolo soubera duma dissenção que surgira
na igreja, ameaçando sua paz e sua operosidade.
- Notar: a) Desde o início as mulheres ocuparam lugares importantes naquela igreja. Duas, das mais em evidência, eram inimigas. (4:2) - b) A questão que motivara a dissenção, provavelmente fora a
preocupação de uma perfeita doutrina cristã. Atente-se para a proeminência dada a esta verdade. - c) Imperceptivelmente, a igreja entrara na questão e se dividira em duas correntes.
3 - Observar como Paulo tenta a unificação: - a) Ele recusa reconhecer duas partes assim, usa constantemente a palavra “todos”. Tomai dum lápis e sublinhai a palavra “todos” e ficareis admirados. - b)
Ele não repreendera as mulheres, nem a elas faz referências senão quase ao terminar da carta. Quão sábio foi este procedimento! - c) Ao invés, ele procura enriquecer suas mentes com a grandeza de nosso
Senhor, e sobretudo sua humanidade, mansidão e longanimidade. - d) Exortações a uma urgente unidade. Meditar, 1:27, - 2:1-3, - 3:15,16 e 4:2.
4 - As vezes, penso que esta epístola deveria seguir, e não ficar entre Efésios e Colossenses, com seus ensinos maravilhosos para a igreja; mas, refletindo bem, resta-me agradecer por ela, estar onde está.
Efésios fala da igreja como o corpo de Cristo e a união mística entre Ele e sua igreja, e, Filipenses revela que, esta união pode ser mantida ou não.

1 2 3 4 5 6 7
SAUDAÇÃO ORAÇÃO CRISTO A HUMILDADE EA
GLORIFICADO MANSIDÃO DE CRISTO AVISOS EXORTAÇÕES SAUDAÇÕES
A TODOS POR TODOS pela prisão de Paulo, um um exemplo a todos
encorajamento a todos A TODOS A TODOS DE TODOS A TODOS

1 : 1,2 1:3-11 1:12-30 2 3 4:1-20 4:21-23

1. Notai como Paulo deixa seu 1. A oração de Paulo sugere 1. Sua prisão contribui 1. Como o orgulho é o ini- 1. Contra falsos profetas. 1-3 1. União 1-3 1. Todos os santos saudados.
costume para enfatizar que es- um estudo interessante. para mais ampla difusão do migo da união, Paulo mostra a 2. Regozijo 4 2. Todos os santos enviam
creve a TODOS. Evangelho. humanidade do Senhor como 2. Contra a justiça própria. 3. Temperança 5 saudações.
2. “Em Filipos”, mas, graças a 2. Orava por eles: 2. Alguns pregavam in- um exemplo a seguir por to- 4-6 4. Paz de Deus 6 ,7 3. Santos, mesmo na casa de
D eus,.... em Cristo Jesus. a) com alegria, dignamente. dos, 1-5. 3. Contra tudo, para uma per- 5. No que pensar 8 César.
b) para mais amor, 3. O amor de Paulo pelo 2. Sete vezes, em dobro, sua feição progressiva, 6 . Contentamento, e a sua fon-
c) não um amor cego, Senhor, vs. 21. humilhação e exaltação, 6 - 11 . 7-14 (Com 1:6, 9) te 11-14
d) para maior gozo, 4. Seus sofrimentos glo- 3. O efeito disso deveria 4. Contra falsos mestres.
e) para serem sinceros, rificavam o Senhor, conquan- ser a humildade de coração e 15-19
f) para produzirem. to fossem um. mente, acura do orgulho espi­
ritual.
ANÁLISE № 12
Palavra-chave: 3:11,1:18
A EPÍSTOLA MENSAGEM:
A Suprema Glória e dignidade de Cristo
Verso-chave: 2:8
AOS COLOSSENSES

A HERESIA EM COLOSSOS
1 - Paulo, na prisão de Roma, tinha um companheiro chamado Epafras, (Filemon 23). Quando este homem se converteu não o sabemos - provavelmente durante os 3 anos de ministério de Paulo em Éfeso.
Reconhecido que, Paulo não organizara a igreja em Colossos (veja 1:4, 7, 8 e 2:1), admite-se que Epafras o fizera (1:7, 4:12).
2 - Foi, por Epafras, que Paulo soube de que a heresia invadira Colossos. Que fosse, precisamente, a sua natureza é assunto que dá margem à discussão. Porém, a julgar pelo conteúdo da epístola, conclui-
se que não passava de uma mistura, curiosa aliás, de Judaísmo, Ascetismo, com a adoração dos anjos, etc. A forma dessa heresia foi classificada assim: “A carne é essencialmente má, Deus é essencialmente
santo; entre o essencialmente santo e o essencialmente mau, não pode haver comunhão. E impossível, afirma a heresia, para o essencialmente santo chegar-se ao essencialmente mau. Há um abismo,
intransponível, entre os dois que impede a intimidade entre ambos. A heresia, nesse caso, inventou um meio para transpor esse abismo, e pelo qual o Deus, essencialmente santo, pudesse ter comunhão com
o estado essencialmente mau em que habitava a humanidade. Que fez, então, a heresia? Afirmara que, do essencialmente santo, Deus emanava um ente um pouco menos santo, deste, emanava um terceiro
menos santo, e do terceiro, o quarto; e assim por diante, diluindo-se, gradativamente, a santidade e a divindade cada vez mais empobrecida, até que um apareceu, (Jesus), tão vazio de divindade, de santidade,
e tão parecido com o homem que poderia chegar-se ao homem” (Jowett).
3 - Uma coisa é certa, como afirma o Bispo Moule: “Era uma doutrina de Deus e a salvação que fez baixar uma nuvem sobre a glória de Jesus Cristo, diminuía a pessoa de Jesus Cristo”. Esta heresia, como
qualquer um pode ver, a) destruiu a suprema soberania e realeza de Jesus Cristo. Ele foi destronado, despido de Sua divindade; b) destruiu, também, a soberana vocação de Cristo como nosso único mediador,
fazendo-o, apenas, um entre muitos mediadores.

O PROPÓSITO
Pode estudar-se esta epístola, com proveito, como um quadro da igreja, no qual, a soberania de Cristo como o Cabeça tem ênfase (1:18,2:10,19) do cristão, (1:13,14, etc.) e do obreiro cristão, (4:7-13,
etc.). Porém, o objeto supremo e o propósito da carta é pintar um retrato fiel do Senhor Jesus em toda a sua dignidade, divindade e glória.

ANÁLISE
E feita em duas divisões principais, cada qual sub-dividida em 3 seções.

_ (A ) _ (B ) ,
S E Ç A O D O U T R IN A L S E Ç A O P R A T IC A

1 2 3 4 5 6
GRAÇAS A INTERCESSÃO A SUPREMA DIGNIDADE, GLÓRIA E A INACESSÍVEL AVISOS UNIÃO COM SAUDAÇÕES
DEUS PREEMINÊNCIA DE JESUS, CONTEMPLADA SOB TODO contra o erro e a CRISTO aos colossenses
pelos colossenses pelos colossenses O PONTO DE VISTA heresia e seus resultados

1 : 1-8 1:9-14 1 :1 5 -2 :3 2:4-23 3 -4 :6 4:7 até o fim

1 - Notai: primeiro é 1 - Notar a expres- Aqui está o coração da epístola. Não de um modo ditatorial, porém, mudo e solene, São avisados con- Unidos com nosso Se- Que edificante e rica co-
exercitada a fé, depois, a são: “orar por vós”. 9 Paulo comove o coração e domina a alma, numa afirmação da glória de Cristo. tra: nhor, na ressurreição, te- leção de obreiros cristãos
manifestação do amor, 4 AQUI CRISTO É VISTO COMO “TUDO E EM TUDO” 1. Palavras persua­ mos: aparece aqui!
2 - Esta oração não 1. Na Divindade, Igualdade com Deus - imagem de Deus, 15; habitação da plenitude, sivas 4
2 - No vs. 8 , temos a tem um fim todo formal, 19 e 2:9; e primogênito, 15, título de dignidade. 2. Filosofia vã 8 1. A mente celeste, 1-3 Notaras particularidades
única menção do Espírito mas, continua “numa 2. Na Criação. Criador do Universo, onde se vê que Ele é a causa, cabeça e fim do S.Ritualismo, 16,17 de cada um.
Santo na epístola. adorável e gloriosa con­ universo criado. Ver 16. 4. Adoração de an­ 2. A santa conivência
fissão da glória do Cris­ 3. Na Providência. Sustentador do universo, 17; Aquele que criou o universo, e por jos 18 no lar, serviço, e em todo o
to de Deus”. Sua atividade o sustenta até hoje. 5. Humilhações e proceder em nossa vida.
4. Na Igreja. Em Efésios vemos o que o Corpo é para a Cabeça; em Colossenses o que abnegações vazias e vãs 4-4:6
a Cabeça é para o corpo, 18; enquanto em Efésios a ênfase está na Igreja 20-23
como o Corpo, em Colossenses a ênfase está em Cristo como o Cabeça.
5. Na Redenção. 20-23, Ele é o único Redentor e Sua redenção é extendida a toda
criatura.
6 . No M istério do Evangelho. 24-29, o mistério é: “Cristo em vós”.
ANÁLISE № 13 MENSAGEM:
Verso-chave: 1:10 A PRIMEIRA EPÍSTOLA A vinda do Senhor para Seu povo

AOS TESSALONICENSES
A PRIM EIR A DAS EPÍSTOLAS
Esta foi a primeira das epístolas escritas por S. Paulo, provavelmente no ano 53 a.D., em Corinto.

A IG R EJA
A igreja em Tessalônica foi fundada porS. Paulo no decurso de sua segunda viagem missionária (Atos 17:1-9) depois de sua memorável visita a Filipos. Mesmo permanecendo ali apenas um mês, contudo
trabalhou tão fielmente e com tanto esforço que, não somente organizou a igreja, mas, estabeleceu-a firmemente. Tal qual o homem em Atos 3:7-9, esses novos convertidos dispensaram o tradicional período
de gatinharem, e andavam firmes, progredindo tão rapidamente que o apóstolo decidiu alimentá-los logo com carne. i.e. “Eleição”, 1:4 - “Espirito Santo”, vs. 6 - “Trindade”, vs. 1 e 6 - “Segunda vinda de
Cristo”, 1:10 - “Santidade” 4.1-3, verdades e doutrinas, infelizmente consideradas, hoje, somente próprias àqueles que há muito tempo estão no caminho de Deus.

O PRO PÓ SITO DA EPÍSTO LA


1 - Do cap. 3:6-8, aprendemos que, esta epístola foi escrita na volta de Timóteo, a quem Paulo tinha enviado de Atenas (3:1,2). Ele ficou muito animado pela notícia de sua condição saudável e vigorosa,
mas, apressou-se a corrigir o modo errado de compreender e, que sustentavam, acerca da vinda do Senhor. Exemplo: - entristeciam-se ao ver que alguns haviam morrido e que, por isso, não participariam
da glória da segunda vinda de Cristo; e outros, tomados, profundamente, pelo pensamento de que a vinda do Senhor era iminente, deixaram de trabalhar. 4:13-18 e 11,12.
2 - 0 ensino acerca da vinda do Senhor pelos Seus, não era conhecido até que o Senhor o revelou a Paulo (Notar: “pela palavra do Senhor” - 4:15).
3 - A vinda do Senhor é mencionada 318 vezes nos 260 capítulos do Novo Testamento, aparecendo em média uma em cada vinte versos, desde S. Mateus até o Apocalipse. O que será o suficiente para
demonstrar a sua importância.

ANÁLISE
Esta pequena epístola tem cinco divisões, quatro das quais terminam com declarações concernentes à vinda do Senhor, as quais, admiravelmente, resumem todo o ensino anterior.

(1) (2 ) (3) (4) (5)


A Conversão e a Serviço e a Pureza de Coração e Vida e a A Tristeza e a A Prontidão e a
Segunda Vinda Segunda Vinda Segunda Vinda Segunda Vinda Segunda Vinda

A Vinda do Senhor A Vinda do Senhor A Vinda do Senhor A Vinda do Senhor A Vinda do Senhor
UMA ESPERANÇA INSPIRADO RA UMA ESPERANÇA ANIMADORA UMA ESPERANÇA PURIFICADORA UMA ESPERANÇA CONSOLADORA UMA ESPERANÇA DESPERTADORA
para o Novo Convertido para o Servo Fiel para o Crente para os tristes para o Crente adormecido

Cap. I Cap. 2 Cap. 3 -3 :1 2 Cap. 4:13-18 Cap. 5

1. Saudação vs.l Uma sumário notável da natureza do 1. A ansiedade de Paulo 3:1-4 1. Os nossos queridos que morreram em 1. A vinda de nosso Senhor será “como um
serviço de Paulo: 2. Paulo sentia que não sobreviveria se eles Cristo, ressuscitarão primeiro 4:17 ladrão, de noite”, veloz, silencioso re­
2. Graças por:
vs. não se mantivessem firmes 8 2. E nos acompanharão, quando arrebata­ pentino, inesperado.
a) seu esplêndido serviço,
b) sua paciência na esperança, 1. Não em vão 1 3. A Vinda do Senhor, um incentivo a: dos, iremos ao encontro do Senhor 4:18 2. Mas, não virá “como um ladrão, de noi­
c) sua eleição, ►VERSOS 2. Ousado, a despeito da grande oposição, 2 a) Santidade 3:13 Nota: te”, para aqueles que O esperam, porque
d) sua aceitação do Evangelho, 2 ■8 3. Franco e claro 3 b) Um viver consistente 4:1 "Eu irei a ele, mas ele não voltará para mim”, “não estamos em trevas” (vs. 4) e Ele não
e) seu nobre exemplo, foi tudo que o inconsolável Davi podia dizer nos surpreenderá, porque o aguardamos.
4. Somente para a glória e Deus, 4-6 c) Pureza 4:3-8
f) sua atividade em pregar.
5. Era manso 7-9 d) Amor fraternal 4:9-10 a respeito de seu filho morto (II Samuel 3. Isto requer vigilância de nossa parte.
3. Pela sua conversão: \ 6. Ajudado pelo seu santo viver 10-12 4. Pensar em sua vinda gloriosa não autoriza 12:23). Mas, nós que esperamos o Salvador,
a) voltaram para Deus, dos ido- 1 7. Bem sucedido 13-18 uma vida ociosa 4:11-12 podemos afirmar que: “Aqueles que dor­
los (não dos ídolos para 1 8 . A sua maior recompensa, na Vinda do mem em Cristo, Deus os trará com Ele”.
. Deus)- 1 VERSOS Senhor, mesmo depois de o ter visto, seria
b) voltaram para uma vida de jr ^ jq
serviço. | ver seus convertidos participando naque­
c) voltaram para uma vida de 1 le grande evento 19-20
esperança, aguardando o Se- I
nhor. *
ANÁLISE № 14 MENSAGEM:
Versos-chave: 1:7 e 8 A SEGUNDA EPISTOLA A Vinda do Senhor com Seu povo

AOS TESSALONICENSES
PORQUE FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Não muito tempo depois de ter escrito e enviado sua primeira carta aos cristãos em Tessalônica, São Paulo viu a necessidade de escrever uma segunda carta.
A razão para isto residiu no fato de terem avisado a Paulo que, devido a uma carta falsa e uma mensagem verbal, também falsa, ambas atribuídas a ele, com revelações imaginárias no Espírito, 2:2; dadas
por algum ou alguns membros da igreja; os cristãos começaram a entristecer-se julgando que já estavam passando pela Grande Tributação, e que o grande e terrível “Dia do Senhor”, já viera.

O ENSINO DA EPÍSTOLA12
1. Nesta epístola ele aquieta suas mentes, declarando que, antes do “Dia do Senhor”, alguns acontecimentos se darão: - a) a grande apostasia; b) a Vinda de Cristo para Seu povo; c) a revelação, pública,
do “homem do pecado” e sua terrível campanha aberta contra o Senhor; - d) só depois a vinda do Senhor com seu povo para estabelecer terrível juízo (2:1-4).
2. Na primeira carta, Paulo ensinou que os crentes que haviam dormido em Cristo, tomariam parte na vinda do Senhor; na segunda, ele mostra que os crentes que ainda vivem, não serão atingidos pelos
juízos do “Dia do Senhor”. Na primeira ensinou que a vinda do Senhor seria de repente, porém, na segunda advertiu que “repentinamente”, não quer dizer “imediatamente”.

1 2 3 4
A perseguição e a vinda O impenitente e a vinda A apostasia e a vinda O serviço e a vida
do Senhor do Senhor do Senhor do Senhor
Para Seu povo 1
do Homem A demora da vinda resulta
traz a revelação J
UM CONFORTO AOS TERROR PARA OS
Com seu povo em oportunidades especiais
PERSEGUIDOS INCRÉDULOS significa a do Pecado
destruição para serviço
1:1-7 1:7-12 2 : 1-12 3 com 2:13-17

1 - Saudação 1,2 1 - Estes versos destroem a idéia de que Ele não virá antes 1 - É importante saber a significação dos versos 1 e 2 para 1 Com que alívio Paulo volta deste assunto terrível,
2 - Recomendação 3,4 que 0 mundo seja convertido. compreender bem todo o capítulo. aos crentes 2:13,14
Observando, muitas vezes acharemos algo para reco­ 2 - O mundo nunca viu a nosso Senhor Jesus desde que 0 2 A demora de nosso Senhor dá-nos oportunidades
mendar, naqueles que denunciamos ou repreende­ crucificou. Como Joás (II Crôn. caps. 22 e 23). Ele está 2 - Esta seção contém algumas das profecias mais impor­ especiais:
mos. escondido no Santuário; mas, agora será visto, publi­ tantes do Novo Testamento, - as grandes predições do
apóstolo a respeito do Anti-Cristo. I a Lealdade a Ele 2:15
camente, por todo 0 mundo.
3 - Inspiração 4-73- Contraste vivo entre isto e I Tess. 4:14-18 3 - “Homem do pecado” é um hebraísmo que significa:
2a Evangelizar o mundo 3:1
O fato da Vinda do Senhor: “homem de maldade permanente”.
a) Ali, Elevem acompanhado por um anjo; aqui, por 3a Orando pelos Seus servos 3:1,2
a) Inspirou-os a uma piedade nobre, levando-os ao 4 - Muitos aceitam a teoria de que o “homem do pecado”
muitos. 4a Esperando-o, pacientemente 4
foi revelado no Papa. Ainda que haja pontos notáveis
crescimento na fé e a se aprofundarem no amor 4 b) Na primeira, somente visto pelos seus; na segunda, 5a Vivendo a vida de santidade 3:6-14
que se harmonizam na descrição do caráter e da
b) Inspirou-os a ter mais paciência, e fidelidade na por todos - Apoc. 1:7. 6a Ternura para com os desobedientes 3:15
história do Papa, ou Papado, não podemos deixar de
perseguição 4 c) Na primeira, “para”; na segunda, “com” Seus chegarmos à conclusão de que ele ainda não veio.
c) Na sua vinda,far-se-áinteira justiça, e tomará santos - Judas 14.
vingança de todos osopressores. 5-7 d) Na primeira, Ele veio com um objetivo de paz; na NOTA:
segunda, para julgamento - Judas 15.
1. O pecado do homem tem seu desenvolvimento no
“homem do pecado”. (Mauro)
2. Não antes do Senhor ter arrebatado os seus, virá o
anti-Cristo, o qual se revelerá publicamente. (Mauro)
3. O mistério da piedade, é Deus humilhando-se para
tornar-se homem; o mistério da iniqüidade, é o homem
exaltando-se para tornar-se Deus. (A. J. Gordon)
ANÁLISE № 15 MENSAGEM: .
Verso-chave: 3:15 A PRIMEIRA EPÍSTOLA Designada a conseguir, I Tim. 4:12

A TIMÓTEO
TIMÓTEO
Timóteo era filho de pai grego e mãe judia. Converteu-se na idade de 15 anos, durante o ministério de Paulo em Listra (Atos 1 4 ,1 Tim. 1:2). Sete anos após, progredira tanto na graça que mereceu bom
testemunho de todos. Tornou-se companheiro de Paulo (Atos 16), e principiou, daí, uma belíssima amizade entre o mais velho e o apenas jovem, tão proveitosa aos dois (Filipenses 2:22).

CIRCUNSTÂNCIAS
Logo após o seu livramento do primeiro encarceramento, e antes de visitar a Espanha (Rom. 15:24, Filemom 22), provavelmente, Paulo visitou a Macedônia, Éfeso, etc. Não lhe sendo possível permanecer,
por muito tempo, em Éfeso, deixou com Timóteo a responsabilidade do trabalho. Esta separação foi uma cruel provação para Timóteo (I Tim. 1:3-11 Tim. 1:4). Para animá-lo e instruí-lo, visto ser sensitivo,
tímido e não muito forte (5:23) é que Paulo lhe escreveu esta carta, remetendo-a de Corinto.

CARÁTER
As duas epístolas a Timóteo e a epístola a Tito são conhecidas como epístolas pastorais, visto terem sido dirigidas a indivíduos e não a congregações. Paulo, quando as escreveu, contava 70 anos de idade;
conseqüentemente, encontramos nelas as palavras de despedida do grande apóstolo aos ministros e obreiros cristãos. Temos, ainda, nessas cartas, a sabedoria amadurecida pela velhice. E, após tantos séculos,
ainda hoje, os obreiros cristãos encontram, nessas páginas, a fonte inesgotável de animação e auxílio. Um notável ministro declarou que as lia todos os domingos, à tarde, para o bem de sua própria alma.

PECULIARIDADES
Diversas fases há que, se encontram somente nas epístolas pastorais: - a) “Deus meu Salvador”, uma frase por demais comum no Velho Testamento; com exceção de S. Lucas 1:47, é encontrada no Novo
Testamento apenas nas epístolas pastorais (I Tim. 1:1, 2:3, 4:10, Tito 1:3, 2:10,13 e 3:4); b) “Piedade” é outra das frases peculiares às epístolas pastorais (salvo, II Pedro 1:3, 6, 7 e 3:11) e se encontra em:
ITim. 2:2,10,3:16,4:7,8,6:3,5,6,11; II Tim. 3:5, Tito 1:1; -c) “Sã”, uma metáfora científica que Paulo provável mente a tomou de Lucas, o médico amado, encontra-se somente nestas epístolas. (“Palavras”,
II Timóteo 1:13; “Doutrina”, I Timóteo 1:10; II Timóteo 4:3, Tito 1:9, 2:1; “Fé”, Tito 1:13; “Linguagem”, Tito 2:8); - d) “Homem de Deus”, muitas vezes encontrada no Velho Testamento, é encontrada só
duas vezes no Novo Testamento e somente nas epístolas pastorais, I Tim. 6:11 e II Tim. 3:17; - e) Tendo em conta a sensibilidade de Timóteo, e a significação de misericórdia, (veja S. Lucas 10:37, Gênesis
39:21) é muito sugestivo notar que, somente nas epístolas pastorais é que “misericórdia” é acrescentada às palavras “graça” e “paz”. (I Tim. 1:2, II Tim. 1:2, Tito 1:4 e no começo de outras epístolas); f) Somente
nas epístolas pastorais encontramos as “palavras fiéis”, isto é, provérbios de lares cristãos (I Tim. 1:15, 3:1, 4:9, 10; II Tim. 2:11-13 e Tito 3:8).

DIVISÃO
O propósito da epístola é dado, admiravelmente, em I Tim. 3:15 e todo o conteúdo visa elevar, o obreiro jovem, à altura de I Tim. 4:12.

1 2 3 4
A natureza e ordem da A necessidade imperiosa da As qualificações necessárias para um O Pastor e Obreiro cristão, e seus
SÃ DOUTRINA ORAÇÃO PUBLICA GOVERNO ESPIRITUAL DEVERES ESPIRITUAIS
1 2 :1 -8 2:9-3 4-6

1. Introdução 1,2 1, Para que devemos orar 1-3 1. A razão de ser do ministério e o adorno das mulheres 1. Prevenir outros 4:1-6
2. Incumbência 2. Como orar 8 2:9-15 2. Exercitar-se a si mesmo
3,4 4:7, 8 , 9 e 16
3. Deus tem: 2. Qualificações necessárias, - irrepreensível na:
3. Piedade prática 5,6 a) Vida familiar 3:2, 4, 5, 11 e 12 3. Como tratar os outros 5
a) prazer 3
4. A Lei - seu uso e abuso 7-11 b) desejo 4 b) Vida pessoal 2, 3, 6 e 8 4. Dever dos criados 6:1 e 2
5. Testemunho pessoal 13-17 c) provisão 5 ,7 c) Vida pública 7 5. Várias exortações 6:3 até o fim
6. Um cargo solene 18-20 d) condição 4:10 d) Crença espiritual 9

DEFINIÇÕES NOTÁVEIS
Diversas são as definições notáveis nesta epístola:
1. “Evangelho da Glória”, 1:11, sugerindo, não é o que é o Evangelho, mas, de que ele trata;
2. “Sua longanimidade”, 1:16, isto é, Ele nos dá a graça necessária e nos capacita para sofrer longânime e pacientemente;
3. “Que tens seguido”, 4:6;
4. “Sejam comunicáveis”, 6:18;
5. “Bom fundamento,... para alcançar a vida eterna”, 6:19.
ANÁLISE № 16 MENSAGEM:
Palavra-chave: “ Vergonha” A SEGUNDA EPÍSTOLA Lealdade ao Senhor e à Verdade,
1:8, 12, 16,2:15 em face da perseguição e da apostasia
A TIMÓTEO
O SEGUNDO ENCARCERAMENTO DE PAULO
Depois de escrever a sua primeira carta a Timóteo, Paulo deixou Corinto e, com Ti to, navegou para a Ilha da Creta, onde o deixou para pôr em ordem a Igreja (Tito 1:5). Ao voltar ao continente, escreveu
a Tito. Em caminho para Nicópolis, onde pretendia invernar (Tito 3:12), Trófino foi deixado, doente, em Mileto e Arasto em Corinto (II Tim. 4:20). Provavelmente quando em Nicópolis, se preparava para
uma pequena visita a Troas, foi preso em casa de Carpo e conduzido, imediatamente, a Roma. Foi preso, tão de repente, que não houve tempo de reunir seus livros preciosos, nem seus pergaminhos, nem
aos menos, vestir sua capa (II Tim. 4:13). Esta segunda prisão difere muito da primeira. -1) Da primeira vez, deixaram-no em uma casa alugada; agora, em cárcere incomunicável. - 2) Na sua primeira prisão
era acessível a todos, mas, agora, somente Onesíforo poderia avistar-se com ele, com grande dificuldade e arriscando-se por demais. (1:16,17) - 3) Lá, ponto central de um grande número de amigos; aqui,
quase só! (4:10-12) - 4) Na primeira prisão, aguardava sua breve libertação; na segunda, aguardava a morte (4:6).

O OBJETIVO DA EPÍSTOLA
Paulo havia comparecido à presença de Nero, porém, sua causa fora adiada (4:16,17). Esperava comparecer, novamente, no inverno e escreveu apressando Timóteo (o qual já estava livre, Hebreus 13:23)
a vir logo com Marcos e as coisas que deixara (4:9, 11,13, 21). Na dúvida de que Timóteo chegasse a tempo, (não chegou, pois o julgamento e a morte deram-se antes do inverno, em junho) quis dar uma
última advertência acerca das heresias e infundir ânimo ao zelo, à coragem e à paciência.

CARACTERÍSTICAS DA EPÍSTOLA
Esta foi a última epístola escrita por Paulo. A sua natureza é notável, pois há, nesta carta, referências a vinte e três pessoas e, uma delas (Cláudia) supunha-se ser uma princesa britânica. O estilo é rude:
sem plano ou método, fortemente comovedora, pela vívida lembrança do passado, e pelos pensamentos, ansiosos, pelo futuro. Paulo, tal qual seu amado Senhor, mesmo vergando ao peso da solidão, e ciente
da proximidade da morte, esqueceu-se de si mesmo, para preocupar-se pelos outros. O Bispo de Durham, escreve: “Tenho achado, muitas vezes, difícil ler, deliberadamente, esses capítulos tão curtos, sem
ter a impressão de que uma névoa cobre os meus olhos. Sinto que o coração do apóstolo pulsava ao escrever”. Somente nesta epístola somos informados dos nomes dos parentes de Timóteo e dos inimigos
de Moisés (1:5 e 3:8).

CHAVE, MENSAGEM E ANÁLISE


A palavra chave é “Vergonha”. - Não tinha de que se envergonhar, nem de seu Senhor, de Seu Evangelho, nem de Seus Santos sofredores. - cap. 1. - Como posso eu ser um obreiro que não tem de que
se envergonhar? - Caps. 2 e 3 - Então o Senhor não se envergonhará de estar ao meu lado. Cap. 4.

1 2 3 4
L e a ld a d e ao S e n h o r, S u a v e r d a d e e S e u s L e a ld a d e a o S e n h o r e m d e v o ta d o L e a ld a d e a o S e n h o r e S u a v e r d a d e e m O S e n h o r a o la d o d e S e u s e r v o l e a l n a
se rv o s n ã o o b s ta n te o S E R V IÇ O fa c e da DESERÇÃ O
S O F R IM E N T O A P O S T A S IA

1 2 3 -4 :5 4 : 6 a t é o f im

Ç 1) P r e g a ç ã o 1 1. C in c o m in ia tu ra s d e p a rá b o la s d o s e rv iç o cristão : 1 . U m tr i s t e c a tá lo g o d o s v íc io s d o s é c u lo X X 1-9 1. A v id a cristã s o b trê s m e tá fo ra s :


\ 1 2) O r a ç õ e s 3 a) 0 d o e n te re s ta u ra d o 1 ELE FA LA (4 :7 ,8 )
2 . A s E s c r i tu r a s S a g r a d a s 1 0 -1 7
b ) 0 d is p e n s e iro fie l 2 a ) C o m o sold ad o , ilu s tra n d o a v id a c o m o u m a g u e rra ,
PATUn 1 3 ) S e r v iç o 3 3 . D u a s c o is a s c o n h e c id a s d e T i m ó te o :
rA U L U 1 4 ) D e s e jo s 4 c) 0 so ld a d o f o r te 3 ,4 b) C o m o atleta, ilu s tra n d o a v id a c o m o u m a ca rre ira,
a ) o li v r o d a v id a e d o c a r á t e r d e P a u lo 10 c) C o m o d ep o sitá rio , ilu s tr a n d o a v id a c o m o u m d e p ó ­
d') 0 a tle ta 5
V 5 ) P e n s a m e n to s 5 b ) o liv r o in s p ir a d o d e D e u s 15 s ito sag rad o .
e) 0 la v ra d o r 6
2. 0 o b re iro c ris tã o id e a l: 4 . C o m o o p r e g a d o r c r is tã o d e v e p r o c e d e r n o s te m p o s 2. P a u lo , o h om e m , é v isto :
Ç 1) P r im e ir o s d i a s 5
a) L e m b ra n ç a 8 p e rig o so s 4 :1 - 6 a) S u sp ira n d o , na s o lid ã o 9 -1 2 e 21
2 J 2) A m a d o d e P a u lo 2 b) A n im a ç ã o 9 b ) A n s ia n d o c o n fo rto f ís ic o 13 e 21
5 . O s tr ê s “ p r o n to s ” d e P a u lo :
T1M 0TE0 | 3 ) L e m b r a d o p o r P a u lo 3 ,5 c) S u ste n to 13 c ) S o fre n d o po r c a u sa d o in im ig o 14, 15
P r o n to p a ra :
V. 4 ) D e s e ja d o p o r P a u lo 4 d ) E s tu d o 15 d) S e u triste la m e n to d e v id o à fa lta d e s o c o rro le g a l 16
a ) S e r v iç o R o m a n o s 1 :1 5
3 . P o i s , a t é m e s m o o m a is t í m i d o , n ã o d e v e r i a e n v e r g o - 3. 0 a lic e rc e irre m o v ív e l 16 -1 9 3. P a u lo , o Santo, é v isto :
b) S o fre r A to s 2 1 :1 3 a) T e ste m u n h a n d o , e x u lta n te , a r e s p e ito do S en h o r, 17
n h a r-s e d o E v a n g e lh o 6 -1 4 4. A g ra n d e c a sa e seu s v a so s 2 0 -2 2
5. O p o d e r d a g e n tile z a 2 3 -2 6 c ) S a c r i f íc io II T i m ó te o 4 :6 b ) C o m o T e ste m u n h a o u s a d a d o S e n h o r 17
4 . U m a tr is te d e c la ra ç ã o 1 5 -1 8
c ) C o n fia n d o n o S e n h o r 18

DEFINIÇÕES NOTÁVEIS
(1) Despertamento do dom, 1:6. (2) Conhecê-lo, 1:12. (3) Bom depósito, 1:14. (4) Fortalecimento na graça, 2:1. (5) Tomar parte no Seu sofrimento, 2:12. (6) Lembrar-se de Jesus Cristo, 2:8. (7) Manejar
bem, 2:15 (8) Combater o bom combate, 4:7.

CINCO OBJETOS DE AMOR


(1) Dinheiro, I Tim. 6:10. (2) “Si mesmos”, II Tim. 3:2. (3) Prazer, II Tim. 3:4. (4) O mundo, II Tim. 4:10. (5) a cura para todos esses é o quinto: “amarem a Sua vida”, II Tim. 4:8.
ANALISE № 17 MENSAGEM;
Versos-Chave: 2:7, 8, 15 A EPÍSTOLA O ideal de Deus para a Igreja
Cristã e para os obreiros cristãos
A T I T O
O ESCRITOR
Sem dúvida, foi Paulo o autor desta epístola. Alguns pensam que não, devido a ênfase posta nas obras, 1:16 - 2:7,14 - 3:1, 8,14; porém 3:5 é uma resposta suficiente a esta objeção. Foi escrita, mais ou
menos, ao mesmo tempo e no mesmo lugar da primeira carta a Timóteo.

TITO
Está bem claro que Ti to era um dos convertidos de Paulo (1:4). Deve ter-se convertido nos primeiros dias do ministério de Paulo, pois ele acompanhou Paulo e Barnabé a Jerusalém, ao findar da sua primeira
viagem missionária, dezessete anos após à sua conversão. (Gál. 2:1). Tito era diferente de Timóteo em muitos aspectos. Timóteo foi criado como judeu e circuncidado por Paulo, enquanto que Tito era um
puro gentio e não foi circuncidado (Gál. 2:3). Devia ser mais velho do que Timóteo em idade e graça; certamente mais forte, física e moralmente, pois Paulo parecia menos preocupado com a conduta de Tito
e de como os outros o tratavam, do que com o que sucedia a Timóteo.

OS CRETENSES
Paulo não reconhece bom caráter nos cretenses (1:12,13). Diziam que “os cretenses constituíam uma raça turbulenta - ou, antes, um grupo de raças turbulentas - sem paz entre eles, nem paciência sob
o domínio estrangeiro. Antes de serem conquistados pelos romanos, no ano de 67 a. C., estavam acostumados com a forma de governo democrático. Por isso mesmo, sentiam, de maneira por demais aguda,
o jugo romano”. Por estas razões, Paulo, sabia que estava dando recomendações a Tito (3:1), que, transmitidas, seriam mal recebidas até mesmo pelos convertidos cretenses. Reconhecendo essas dificuldades,
i Paulo (por ter muita fé na sabedoria e capacidade de Tito, a quem já confiara missões delicadas, ex.: aos Coríntios, II Cor. 2:13 e 7:6, 7) ao deixar Creta, após sua visita, deixou a Tito a incumbência de pôr
“em boa ordem as coisas” (1:5).

PONTOS NOTÁVEIS
1 - Esta epístola contém duas das mais completas declarações de fé cristã das encontradas no Novo Testamento, 2:11-14, 3:4-7.
2 - A única vez que Paulo diz de si ser “escravo de Deus” é nesta epístola, 1:1.
3 - Paulo é o único escritor do Novo Testamento que cita profanos e pagãos, e o faz por três vezes: - a) nesta epístola, 1:12; - b) em Atos 17:28; e c) I Cor. 15:33.
4 - Esta epístola nos revela a vinda, pessoal e pré-milenial de Cristo, a respeito da qual Paulo escreveu detalhadamente aos Tessalonicenses, treze anos; e que, agora, na sua velhice, ainda era, para ele,
uma bendita esperança, 2:13.

ANÁLISE

1 2 3
A ênfase, nesta seção, está em: Ordem na Igreja A ênfase, nesta seção, está na doutrina A ênfase, nesta seção, está nas obras
Chave: 1:5 Chave: 2:1, 2, 7, 10 Chave: 3:1, 8 , 14

UMA IGREJA EM ORDEM UMA IGREJA SÃ UMA IGREJA ATIVA


Cap. 1 Cap. 2 Cap. 3

1. A amorosa e sugestiva saudação de Paulo, 1:4. 1. Uma Mensagem para: versos


(Notar, como o verso 2 é um contraste impressionante ao caráter mentiroso a) Tito versos 1, 7, 8 , 15 1. 0 direito, prático, do cidadão 1
dos cretenses; veja o verso 1 2 ) b) os velhos versos 2, 3 2; A piedade prática 2
2. 0 propósito em deixar Tito, 5. c) os moços versos 4, 6 3. Um triste retrospecto 3
3. As qualidades para bispos, 6-9. d) os escravos versos 9, 10 4. 0 que operou nossa transformação 4-7
4. 0 caráter turbulento dos cretenses, 10-16. 2. Um atestado de Paulo, pelo qual, numa sentença, nos dá um Evangelho todo, 5. Necessidade duma piedade prática 8
5. Notar a declaração sugestiva, no verso 15, de que “todas as coisas são puras passado, presente e futuro, 11-14. 6. De quem nos devemos desviar 10, 11
para os puros...” 9. Conclusão 12-15

A MENSAGEM
1. O ideal de Deus para Sua igreja: ordem na organização, santidade na fé e na moral, e obras práticas de piedade e filantropia.
2. O ideal de Deus para o obreiro cristão: amor à ordem e ao método, uma ortodoxia vital, porte sóbrio, e linguagem sã.
ANÁLISE № 18 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Receber” A EPÍSTOLA A prática do perdão cristão
vs. 12, 15, 17 indispensável e ilustrado
A FILEMOM
A CORRESPONDÊNCIA ÍNTIMA DE PAULO
Em tempos atrás, o Rev. Sr. W. Robertson Nicoll, famoso editor e autoridade literária, escreveu: “Se tivesse de cobiçar qualquer honraria como escritor de qualidade, bastaria que algumas de minhas cartas,
figurassem nas estantes dos meus amigos, logo que terminassem as lutas da vida”. Se Paulo almejou essa honra ou não, uma de suas cartas íntimas foi preservada com carinho. De toda a correspondência
íntima de Paulo, esta epístola é a única que o tempo preservou. É a mais curta de suas epístolas, uma verdadeira jóia!

A HISTÓ RIA NA EPÍSTOLA


Um escravo deFilemom (membro influenteda igreja em Colossos), cujo nome era Onésimo, fugira e escondera-se em Roma, quem sabe, se com algum dinheiro roubado ao seu dono. Ali, providencialmente,
sob a influência de Paulo, converteu-se e tornou-se querido do apóstolo pelo seu devotado serviço. Porém, legalmente, era escravo de Filemom e Paulo não queria nem pensar em tê-lo consigo; pois não o
poderia usar como criado, nem aproveitar seu trabalho sem que seu dono o soubesse.

O PROBLEM A DE PAULO
1. Desejava, ardentemente, evitar ao escravo foragido, a punição severa e cruel que, nesse caso, ditava a lei romana.
2. Queria conciliar Filemom com Onésimo, sem humilhar este; recomendar o malfeitor sem lhe negar a falta cometida. Como conseguir isto? Este foi o problema que Paulo teve de enfrentar.

A ESTRATÉGIA DE PAULO
1. Sente que o escravo não deve encontrar-se a sós com seu dono, injuriado; por isso, providencia um mediador, em Tíquico, que estava de partida para Colossos.
2. Escreveu esta carta pessoal a Filemom, e Onésimo foi seu portador. Carta esta que é um perfeito modelo de tática e cortesia.
3. E para tornar difícil a Filemom não perdoar e não restaurar o culpado, ele o recomenda à igreja. (Veja Coloss. 4:9).

SUA DIVISÃO E PALAVRA-CHAVE


1. Naturalmente, temos quatro divisões - a) Saudações, 1-3; - b) Caráter esplêndido de Filemom, em evidência, 4-7; - c) Intercessão por Onésimo, 8-21; - d) Saudação e conclusão, 22-25.
2. Sua palavra-chave é: “Receber”. Notar, como nos versos 12, 15 e 17, ele fere uma nota mais forte e uma chave mais elevada, cada vez que as repete.

A EPÍSTO LA É DE VALOR
Em primeiro lugar - Como revelação do caráter de Paulo.
Conhecemos, corretamente, o verdadeiro caráter de um homem, mais pelas suas cartas íntimas do que pelas suas cartas públicas. Enquanto, alguém, brilha pelo segundo exemplo, ele, muitas vezes,
revela-se a si mesmo, em verdadeiras cores, no primeiro exemplo. Pelo estudo desta epístola, tão curta, notamos a robustez do caráter de Paulo, - ele é sempre o mesmo, cortês (por isso, a chamam
a epístola da cortesia), amavél, humilde, santo e homem desinteressado.
Em segundo lugar - Um exemplo de tática e sabedoria de Paulo.
E uma obra-prima, um modelo de tática, graciosa e delicada solicitação.
1. Desejoso de tocar numa corda sensível do coração de Filemom, Paulo menciona, muitas vezes, que ele era um preso, 1,9, etc.
2. Ele cita, cordialmente, as excelentes qualidades de Filemom; assim fazendo, torna-lhe difícil não exercer essas qualidades, em perdoar Onésimo, 4:7.
3. Muito a propósito, demora em citar o nome de Onésimo, a fim de preparar o espírito de Filemom.
4. Ele não quer ordenar, com a autoridade de um apóstolo, mas prefere rogar como um amigo muito íntimo, 8, 9, 20.
5. Com um ardente apelo, refere-se a Onésimo como, “meu filho” (10) na certeza de que Filemom faria segundo seu pedido, 21.
6. Reconhecimento franco do mal causado, (11) e prometendo restituir ou compensar o prejuízo, 18, 19.
7. Embora noutro tempo sem proveito, (11) Paulo afirma, agora, uma transformação completa, evidente, que poderia garanti-la, 13.
8. Por um feliz trocadilho (Onésimo quer dizer útil ou proveitoso no grego) e o uso jeitoso de palavras, 2, 4, e tocando no aspecto providencial da questão, 15.
9. Pela cuidadosa escolha das palavras. Paulo diz: “se tenha separado de ti” (15) e não “fugiu” ou “escapou”. Não usou nenhuma palavra que despertasse, no dono, o sentido de zanga, por isso escolheu
as palavras que descrevem o ato e não o gênero, apresentando somente o aspecto exterior do procedimento do escravo: “por algum tempo”, 15.
10. Mencionando a esperança de sua próxima libertação e a oportunidade de vê-lo, 22.
11. E, como enfrentaria Paulo se não fizesse como ele pedira?
Em terceiro lugar - Como ilustração do método evangélico para a reforma social.
Esta epístola tem sido mencionada, pelos amigos e partidários da escravidão, como base a apologia dessa infelicidade. Poderia existir escravidão se os versos 16 e 17 fossem postos em prática? Aqui está
uma ilustração da influência reformadora do Evangelho, que procura atingir seus fins pela persuasão e não pela compulsão; com gentileza e não com força.
Em quarto lugar - Como uma analogia da nossa redenção.
“O pecador é propriedade de Deus, não somente fugiu do seu Mestre como, também, O roubou. A lei não proporciona nenhum direito de asilo, mas, a graça concede o direito de apelar. Ele foge
para refugiar-se em Cristo, a Quem, Deus tem como sócio. Nele, o pecador nasce de novo, e, como filho, tem nele um intercessor como um Pai; ele volta para Deus e é recebido, não como escravo,
mas, como Cristo mesmo, e toda a sua dívida é posta na conta de Cristo”.
ANÁLISE № 19 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Melhor” A EPÍSTOLA A cura do desânimo e do desvio
é uma real concepção da Glória e
AOS HEBREUS da Obra de Cristo

O AUTOR
Desconhece-se o autor desta epístola. Euzébio nos diz que Pontoenus, de Alexandria (segundo século), atribui os direitos de autor a Paulo. Tertuliano, de Cártago (terceiro século), declara que Barnabé
é o autor. Lutero admitia que Apoio a tivesse escrito. O Dr. Campbell Morgan acha que a epístola revela traços do pensamento de Paulo e o estilo de Lucas. O Dr. Scofield pensa que, nesta carta,
preservaram-se alguns dos discursos de Paulo, proferidos nas sinagogas. Calcula-se que foi escrita, mais ou menos, no ano 64 a.D., visto que se refere, ali, ao Templo ainda não destruído.

O PR O PÓ SITO
Em face da cruel perseguição, os crentes chegaram a julgar que, por terem abraçado a Causa de Cristo, haviam perdido tudo, — altar, sacerdotes, etc. Começaram a menosprezar os privilégios cristãos,
preocupando-se em demasia com seus sofrimentos e colocando-se, geralmente, em condição de transviados. O apóstolo (sem dúvida, Paulo a escreveu) enviou esta carta para corrigir esses erros.

A HABILIDADE
Note-se a habilidade do escritor em tratar com esses cristãos desanimados e sem esperança.
1. Primeiro, ele ocupa suas mentes com a glória da Pessoa e com a grandeza da Obra do Senhor Jesus Cristo.
2. Refere-se, em seguida, ao fato de que, ao invés de termos perdido tudo, ganhamos tudo (Notar: “Temos” em 4:14, 6:19, 8:1, 10:34 e 13:10-14) e que seu cristianismo era superior ao judaísmo.
3. Mostra, depois, que não haviam, até ali, sofrido como os outros. Coleridge mostra, de maneira belíssima, que, enquanto a epístola aos Romanos prova a necessidade da religião cristã, o objetivo de Hebreus
é provar a sua superioridade. E isto, o autor o demonstra, não em detrimento do velho, mas revelando que o novo é o cumprimento do velho. Não se nega que tinham boas coisas no velho sistema, porém, era
precioso concordar que agora tinham tudo “melhor”. Esta epístola tem sido chamada de “O Quinto Evangelho”. Os outros quatro falam da Sua obra na terra, e este fala da terra, mas também Sua obra no céu.

O ESTUDO EM TÓPICOS
Nenhum livro se apresenta tão claro para oestudo em tópicos como este. Vejamos:— a) “Perfeição” 7:11,19,28; 9:9,11; 10:14; 11:40.— b) “Celestial” 1:10; 3:1; 4:14; 6:4; 7:26; 8:15; 9:23,24; 10:34;11:16;
12:22, 23,25, 26. — c) “Eterno” 1:8; 5:6,9; 6:20; 7:17, 21,24, 28; 9:12, 14,15; 13:8,20, 21. — d) “Assentado” 1:3; 8:1; 10:12; 12:2. — e) “Uma vez” 7:27; 9:12, 26-28; 10:2, 10. — f) “Melhor” 1:4; 6:9;
7:19, 22; 8:6; 9:23; 10:34; 11:16, 35, 40; 12:24.

ANÁLISE

(A) O ARGUMENTO Capítulos 1 — 10:8 (B) A APLICAÇÃO. Cap. 10:9, até o fim
A VIDA QUE DEVEMOS VIVER PO R CAUSA
A G L Ó R I A D A P E S S O A E A O B R A D E C R IS T O DE SUA VIDA E SUA OBRA

1 2 3 4 5
Como sábio pregador, o escritor não deixou para o fim a
O Senhor Jesus 0 Senhor Jesus O Senhor Jesus O Senhor Jesus O Senhor Jesus
aplicação, mas, e repetidamente, com energia, aplicava a lição,
MAIOR DO QUE OS PROFETAS MAIOR DO QUE OS ANJOS MAIOR DO QUE MOISÉS MAIOR DO QUE JOSUÉ MAIOR DO QUE ARÁO
como em 2:1-4,3:7-19,6:1-12. Mas a aplicação, propriamente,
começa aqui e é notável pela repetição da frase: “Deixemos”.
Cap. 1:1-3 Cap. 1:4-11 Cap. 3 Cap. 4:1-13 Cap. 4:14 — 10:18

1. Os profetas eram gran­ Os anjos são grandes se­ 1. Como foi grande Moi­ 1. Josué foi um grande A rão e seu s sucessores foram grandes, NÃO DEIXAR DE:
m as J e su s é superior, pois:
des, mas o Filho era maior, pois, res, mas o Senhor Jesus é sés! Jesus, porém, é maior. chefe, mas falhou. Jesus é 1. E ra sem pecado, enquanto eles
enquanto Deus falou “pelos” maior, pois: Moisés foiumservo fiel, mas maior, visto que só Ele pode tin h am p ec ad o 4:15
1 — Prosseguir 6:1
profetas, Jesus é o Verbo, que se 1) Ele é o Filho de Deus. Jesus é o Filho leal, posto conduzir-nos com seguran­ 2. E ra sacerd o te d e um a ordem m ais 2 — Nos achegarmos 10:19-22
fez carne, João 1:14. 2) “Ele é “gerado” de sobre Sua própria casa. ça para nos dar o repouso elevada que a de A rão 5:6 3 — Reter 10:23
Deus. 3. É o n o sso p recursor, A rão nun ca o
real. foi 6:20 4 — Considerar uns aos outros 10:24
2. Observar, no vetso 3, a 3) Deus nunca disse aos 2. Esta declaração atin­ 4. A b rão c o n siderou quão grande era 5 — Perseverar 10:26— Cap. 11
palavra “assentou-se”. É uma anjos o que fala ao Senhor giu, de forma impressionan­ 2. É “a Palavra de Deus” M elquisedeque 7:4
Jesus: “O Deus, o teu trono 5. A o rd em d e M elquisedeque é eter­
6 — Pôr de lado todo o embaraço e o pecado 12:1
das declarações características te, os judeus daqueles dias no verso 12, o Senhor Je­ na 7:16,17 7 — Correr com paciência 12:1, 2
subsiste...”
de Hebreus, sugestiva numa
4) O “óleo de alegria mais
como, de fato, ainda atinge sus? Certamente, Ele é a 6. A rão serv iu d e exem plar e som bra, 8 — Suportar 12:3-29
obra perfeita e completa. os dos nossos dias. Palavra de Deus, pois é da qual J e su s é a realidade 8:1-5
do que a teus companheiros’’, 7. Jesu s é o M ediador de um concerto 9 — Cultivar o amor fraternal 13:1-4
(vs. 9) prova que nosso Se­ vivo, poderoso, onisciente m elhor 8:6-13 10 — Ter costumes sem avareza 13:5
nhor não foi somente “ho­ e conhecedor de tudo. 8. J e su s m in istra n u m santuário m elhor 1 1 — Ir a Ele 13:13
9:1-25
mem de dores”, mas também 9. Jesu s ofereceu m e lh o r sacrifício, 12 — Oferecer sacrifícios de louvor 13:15
“homem de alegria”. 9:25-28
ANÁLISE № 20 MENSAGEM:
Palavras-Chave: “Fé” — “Obras” A EPÍSTOLA DE A fé manifestada pelas obras
— “Cumpridor”
SÃO TIAGO
O A UTOR
1. — Sem dúvida, Tiago, o irmão do Senhor, foi o autor. Três homens, chamados Tiago, são mencionados no Novo Testamento: a) o filho de Zebedeu, b) o filho de Alfeu, — c) Tiago, o justo, irmão do
Senhor, que é o escritor desta carta.
2 — Era um forte antagonista de nosso Senhor, quando do seu ministério terreno; mas converteu-se num encontro especial, íntimo, com O ressuscitado (I Cor. 15:7). Tornou-se um homem de oração e
foi nomeado Bispo da Igreja em Jerusalém (Atos 15:13-21, Gaiatas, 2:9) e foi assassinado pelos judeus no ano 62 a. D.

O ESTILO
1. — A epístola foi escrita por um judeu para os cristãos judeus e, nela, há bastante que é peculiarmente judaico, no seu estilo e no seu espírito.
2. — Uma particularidade da epístola é o próprio caráter de Tiago. Rigoroso e severo, assemelhava-se muito aos profetas do Velho Testamento. Seu estilo é breve, ousado e incisivo, fazendo dele um homem
admirável em metáfora: 1 :6 ,1 0 ,1 7 ,1 8 , 21, 23 — 5:5.

O TEM PO
Pelas evidências internas, as autoridades no assunto concordam, cada vez mais, que em Tiago temos a primeira das epístolas do Novo Testamento. Calcula-se ter sido escrita entre os anos 45 e 53 a. D.
— Isto é muito importante fixar, levando-se em conta que muitos têm declarado que Tiago escreveu sua epístola para combater o ponto de vista que Paulo defendeu: a justificação pela fé; amplamente
desenvolvido na carta aos Romanos. No entanto, a epístola de Tiago foi escrita alguns anos antes da que Paulo escreveu aos Romanos.

O PRO PÓ SITO
1. — Os cristãos judeus atravessaram um período de provas acerbas e tentações terríveis, e Tiago escreve para animá-los e para confortá-los.
2. — Sucediam-se grandes desordens nas assembléias cristãs judaicas, e ele escreve para instruir as mesmas.
3. — Havia a tendência de divorciarem a fé das obras. “ Uma verdadeira epístola defeno” , disse Lutero, referindo-se, naturalmente, à “palha” de I Cor. 3:12, “não tendo o verdadeiro caráter evangélico”.
Lutero era incapaz (devido ao seu ligeiro ponto de vista da epístola) de harmonizá-la com a elevada doutrina da qual se tornou seu campeão, porém, anos depois, percebia diferentemente e aceitava que, em
verdade, Tiago era o complemento de Romanos. — A prova de que sou justificado pela fé só a demonstrarei pelas minhas obras.

O CONTEÚDO
1. — Há pouca doutrina, nesta epístola, mas muito de prática e de moral. Tiago soube ser muito prático, vivia o que pregava. Este é o livro do viver santo.
2. — Seu verso-chave é 2:26. Na verdade, um tratado muito prático sobre a fé, sua natureza e obra. Parece, à primeira vista, tão fragmentada e desconjuntada como Provérbios, porém um estudo mais apurado
revela discernimento em belíssima ordem.

ANÁLISE

1 2 3 4 5 6 7
A Fé demonstrada e A Fé demonstrada pela A Fé demonstrada pelos
SAUDAÇÃO provada pelas A Fé demonstrada pelas A Fé demonstrada pelas A Fé demonstrada pela nossa paciência, debaixo de efeitos de nossas fervorosas
TENTAÇÕES OBRAS PALAVRAS VIDA SEM MUNDANISMO INJUSTIÇA CRUEL ORAÇÕES

1:1 1:2 — 21 1:2 2 — 2 3 4 5:1-12 5:13-20

1) Notar sua humildade 1) Ter em conta que a tentação 1) Não nos enganemos: 1) “E muito notável nesta 1) 0 mundo é uma ordem de 1) Evidentemente, muitos, 1) A tradição diz, com res­
não fazendo nenhuma refe­ é uma gloriosa oportunidade para a) a respeito de Deus 16 carta a revelação de que havia coisas ao nosso redor, ou aquele entre os humildes cristãos, eram peito a Tiago, que seus joelhos
pôr à prova a nossa fé. 2-4 espírito em nós, que é cego e surdo
rência à sua relação com Je­ b) a nós mesmos 22 muita maledicência, violenta e oprimidos pelos ricos e defrau­ se tornaram grossos e duros
2) Para ter sabedoria, a fim de ao valor da realidade das coisas
sus. enfrentar as tentações, quando pre­ c) quanto à religião 26 arrogante entre os cristãos ju­ espirituais e indiferente a vontade dados nos seus salários. como os do camelo, devido o
2) Quando se refere a Je­ judicado ou insultado, pedi-la a 2) Acepção de pessoas não é deus; bastante discussão, cheia de Deus. 2) A fé em Cristo e em Sua seu hábito constante de orar.
sus, o faz com reverência e Deus. 5-17 apenas descortesia para com de ira e contenção amarga”. 2) A separação do mundo apa­ vinda nos confortará e nos dará 2) Praticava o que pregava.
devoção! 3) 0 homem que “sofre a ten­ o pobre, masépecado, 2:1-13 2) Aqui, ele revela que uma rece aqui como uma prova infalí­ paciência nos sofrimentos ine­ 3) Notar quão abrutada-
tação” e vence essa provação, é vel de que somos justificados, e
Isto é digno de nossa aten­ 3) Em 2:14-26, temos o cora­ das provas de sermos justifi­ que possuímos uma fé real que vitáveis. mente termina a epístola.
bem-aventurado. 12
ção, pois muitas vezes a fami­ 4) Tentações para o mal não ção da epístola, mostrando cados é nas nossas — Pala­ salva em Cristo. 3) Isto, hoje, tem sua ex­ Não se encontraria nota
liaridade produz a falta de res­ vêm de Deus. 13-18 que a fé, quando vive, é vras — estas dirão aquilo que 3) Observar: plicação. mais impressionante para a con­
peito. 5) Sob a provação, sede tardi­ real, se envidencia pelos somos e a quem pertencemos. “Sujeitai-vos, pois, a Deus” 4) O “justo” (vs. 6) o mai­ cluir.
os em falar. 19-21 seus frutos. antes de “resisti ao diabo”. or exemplo!
ANÁLISE № 21 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Sofrimento” PRIMEIRA EPÍSTOLA DE Como poderemos sofrer,
paciente e alegremente, para a
SÃO PEDRO Glória de Deus

DESTINATÁRIOS
1. — Esta epístola, Pedro a escreveu quase ao fim de sua vida, no ano 60 a.D., quando estava em Babilônia (5:13), onde uma igreja cristã havia sido organizada. A epístola fora enviada por Silvano (5:12),
um dos companheiros de Paulo, agora livre para este serviço, porquanto o apóstolo ainda continuava preso.
2. — Foi escrita principalmente — não exclusivamente — aos crentes hebraicos: judeus, 1:1 e gentios, 2:9,10.

O PR O PÓ SITO
Evidentemente, foi escrita com duplo propósito: — a) Muitos crentes primitivos chegaram a pensar que Paulo e Pedro esposavam diferentes idéias sobre os fundamentos da fé cristã. Para destruir esses
maus pensamentos é que Pedro a escreveu e a remeteu, justamente, por um companheiro de Paulo, às igrejas asiáticas. — b) Outro propósito do escritor foi o de animar e fortalecer os judeus convertidos,
os quais, à essa altura, passavam por duas provações e enfrentavam amargas perseguições; assim fazendo, Pedro cumpria o ministério que lhe impusera nosso Senhor (S. Lucas 22:31, 32).

PEDRO TRANSFIGURADO
A pessoa de Pedro nos Evangelhos e seus ensinos nas suas epístolas são, notável e gloriosamente, diferentes! Nos primeiros, vemos Pedro contemplando seu Senhor transfigurado e, nos últimos, vemos
a Pedro que, pela graça sem limite de Deus, está completamente transfigurado. Nos Evangelhos, Pedro aparece sempre impetuoso, corajoso, impaciente, sempre pronto a retribuir uma afronta pessoal, além
de ambicioso pelo poder terrestre; porém, em suas cartas, ele surge paciente, longânimo, confiante, amoroso, e com a antiga ligeireza e coragem, purificadas e enobrecidas.

PALAVRAS-CHAVE
1. A palavra “preciosa”, evidentemente, era uma das preferidas por Pedro. Sete coisas preciosas são mencionadas: — 1:7, 19; 2:4, 6 e 7; 3:4; II Pedro 1:1,4.
2. Pedro radiante, invencível, não admira que usasse como uma de suas prediletas, a palavra “esperança”; — 1:3,13,21; 3:15. Enquanto Paulo é chamado “O apóstolo da Fé” e João “O apóstolo do Amor”,
Pedro é chamado de “O Apóstolo da Esperança”.
3. Pedro é notável quanto à Eleição, 1:2; à Predestinação, 1:20; à Trindade, 1:2; à Morte vicária de Cristo, 1:2,18,19; 2:21, 24; 3:18; 4:1.
4. Pedro estava sempre pronto para aprender e jamais esqueceu as lições recebidas. Ele aprendeu 1:17 em Atos 10:15,34; -— 2:4-8 em Mateus 16:18; — 2:25 em João 10;1; — 4:19 em Lucas 23:46; —
5:2 em João 21:15,17 e 5:5 em João 13:4,5.
5. Porém, a verdadeira palavra-chave é: “Sofrimento”. Esta palavra e suas equivalentes aparecem vinte e uma vezes nesta pequena epístola e dão a mensagem do livro. Os sofrimentos de Cristo são
mencionados em todos os capítulos, porém nem uma só vez na sua segunda epístola.

( 1) (2 ) (3 ) (4 ) (5 )
Chave — 1:6 Chave — 2:12, 19,20
3:1, 17 com 4:15, 16 Chave — 4:13 Chave — 5:1 com 1:11, 13 e 5:10 Chave — 5:9
Podendo regozijar-se no sofrimento por Para sofrer, inocentemente, para a gória
Sofrendo assim, temos, com nosso Senhor, Assim sofrendo jamais esqueçamos que se Lembrar que a parte de todos
causa de de Deus, é essencial a seguirá a é o sofrimento em
SALVAÇÃO SANTIDADE COMUNHÃO GLÓRIA COMUM
1:1-13 1:14 — Cap. 3 Cap. 4 5:1-4 5:5 ao fim

1. “Pedro”, nome dado por Jesus. 1. Queé essencial à santidade, do coração e 1. Notar: “E acham estranho” verso 4, e 1. Conforto abençoado na tristeza e nas pro- 1. Não é bom imaginarmos que ninguém há
da vida, encontra-se em tudo que Pedro “coisa estranha” do verso 12. vações traz o pensamento no futuro. que sofra como nós.
2. Notar a força da palavra “Em que” no escreve nesta seção.
verso 6. 2. O pensamento de Pedro, aqui, diz que a 2. Esta pequena seção está repleta de “gló- 2. O fato é, à luz do verso 9, que sofrimento
2. Ele está ansioso para que ninguém, por vida é reta quando no sofrer estamos em ria que se há de revelar”. e tristezas são experiências comuns a to-
3. Esta salvação gloriosa que, pela Graça, conduta pecaminosa ou descuidadosa, comunhão bendita com o Senhor. dos.
é nossa, através do sofrimento e das venha a sofrer perseguição e sofrimen- 3. “ Revesti-vos de humildade” (5) é, literal- Ninguém está isento delas.
provas, nos leva ao “gozo inefável e tos. 3. Há uma cobertura de pecados que é legí- mente, “revesti-vos de humildade como
glorioso”. tima, vs. 8; sendo que se refere ao pecado de um avental de escravo”. 3. “Humilhai-vos” (6) para que Ele não seja
3. Uma vida descuidada pode nos expor ao dos outros, e não ao nosso. obrigado a humilhar-vos.
4. E numa grande esperança, 13. vitupério dos inimigos da Cruz.
ANÁLISE № 22 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Lembrança” SEGUNDA EPÍSTOLA DE Como manter-se puro e leal nos dias de
corrupção e apostasia
SÃO PEDRO
O AUTOR
Não há, no Novo Testamento, um livro que suscite tanta questão, como esta epístola, no que diz respeito ao seu autor.
Em geral, apresentam-se quatro objeções à autoria de Pedro, porém essas objeções podem ser resolvidas de maneira satisfatória:
(a) Desde o século terceiro, foram levantadas dúvidas quanto a Pedro ter escrito esta epístola. Resposta: Objeções concernentes a outros livros foram mantidas no século terceiro, mas surgiram provas
mostrando que tais objeções não tinham base.
(b) Não podia ter sido escrita durante a vida de Pedro, pois “todas” as epístolas de Paulo ainda não haviam sido escritas. Veja 3:16. — Resposta: Mas, com certeza, o sentido claro de 3:16 é “em todas as
suas epístolas”, então escritas.
(c) O estilo e a linguagem são diferentes de I Pedro. — Resposta: Muito, naturalmente, o fato de ter sido escrita com um propósito diferente, explica isso.
(d) O capítulo 2 é, evidentemente, uma cópia de Judas, e, certamente, ninguém acusaria Pedro de plagiar outro autor. — Resposta: Pedro não copiou de Judas, nem Judas copiou de Pedro. Pedro no capítulo
2 profetiza (notar o tempo futuro em 2:1 “haverá”); Judas em sua epístola, nos versos 4,12, 16, 19, mostra que a profecia de Pedro já se realizou (notar o tempo presente do verbo: “são”).
Notar, também, o seguinte: 1) o autor era apóstolo (3:2), e 2) e um dos três privilegiados que estiveram no Monte da Transfiguração (1:18), ainda, 3) tinha escrito uma epístola antes desta ao mesmo povo,
(3:1); 4) portanto à luz de 1:1 é a única solução lógica.

CONTEÚDO
Esta carta contém referências à velhice de Pedro e sua próxima morte (1:14), é a sua experiência no Monte da Transfiguração (1:17,18). Também é notável pela exposição das virtudes cristãs (1:5-8), os
últimos dias (3:4-11) e o elogio às epístolas de Paulo (3:16).

PALAVRAS-CHAVE
Quatro palavras são, com freqüência, encontradas nesta epístola e são características do livro. — a) Pedro que, tão bem conhecia seu Senhor, fala muito do valor de tal conhecimento do Senhor (1:2, 3,
5, 8; 2:20, 21 e 3:18) — b) Era enérgico, pensando sempre na diligência (1:5,10 e 3:14) — c) Tinha sofrido muito outrora, por causa do seu esquecimento, agora é forte na lembrança (1:12,13,15 e 3:1,2).
Tem muito a dizer sobre corrupção e contaminação (1:4, 2:12,19, 20).

O PRO PÓ SITO
A segunda epístola de Pedro foi escrita com um propósito bem diferente da primeira. A primeira foi delineada para animar e fortalecer os cristãos sob as perseguições e provações; a segunda, porém,
tinha por objetivo preveni-los contra os falsos mestres e suas doutrinas corrompidas. Isto é, porque nem uma só vez são mencionados os sofrimentos do Senhor, na sua segunda epístola. Na primeira,
encontram-se inimigos; na segunda, a escuridão é mencionada e a necessidade da “Lâmpada da Verdade” (1:19). A primeira foi escrita para consolar; a segunda, para advertir. Na primeira, há muito
sobre o sofrimento; na segunda, temos muito sobre o erro.

ANÁLISE
E feita em três divisões, como segue: (Cada seção tem sua Chave, Recurso e Salvaguarda).

1 2 3
F IR M E Z A
CORRUPÇÃO MORAL C O R R U P Ç Ã O D O U T R IN A L à vista da Corrupção

Chave — 1:4 Recurso: Natureza Divina Chave — 2:1,2 Recurso: As Escrituras, 1:19 Chave — 3:17
Salvaguarda: Lembrança, 1:12,13 Salvaguarda: Lembrança, 1:15 Recurso e Salvaguarda: Lembrança, 3:1-2

1:1-14 1:15 até o fim do Cap, 2 Cap. 3

f 1. Se obtém a fé preciosa 1 1. A fé cristã não é uma fábula 1:16 1. Até as mentes puras precisam de avivamento 3:1
L I 2 . Ter mais paz e graça 2 2. Origem divina das Escrituras 1:17-21 2. Fruto do ensino errôneo é a rejeição das verdades acerca da segunda vinda de
Q 1 3. Receber “o que diz respeito à vida e piedade” 3
3. Falsos mestres 2:1 Cristo 3:9
( 4. Escapar à corrupção moral 4
M I 5. Evitar a cegueira espiritual 5-9 4. Têm muitos seguidores 2:1 3. Certeza quanto ao Dia do Senhor 3:10
Q 1 6. Não tropeçar 10 5. Seu julgamento severo 2:3-9 4. O fruto da fé na Sua vinda é santificação do coração e da vida 3:11-17
V 7. Conseguir, amplamente, entrada no Reino 11 6. Sua presunção 2:10-11 5. A importância do crescimento espiritual 3:18
7. Doutrina corrompida produz costumes corrompidos 2:12-22
ANÁLISE № 23 MENSAGEM:
Palavras-Chave: PRIMEIRA EPÍSTOLA DE A vida em comunhão com
“Saber” e “Comunhão” Deus, sua alegria, vitória, se­
SÃ O J O Ã O gurança e certeza

O ESC RITO R
Esta epístola foi escrita pelo velho apóstolo João, mais ou menos no ano 90 a. D., provavelmente de Éfeso. Não foi endereçada a uma igreja em particular, nem a um indivíduo, mas a todos os cristãos
(2:12-14).

O PR O PÓ SITO
1. Logo após o estabelecimento da igreja cristã, o erro começou a se infiltrar em seus ensinos. Os convertidos vindos do judaísmo e do paganismo, procuravam abalar a fé cristã com as teorias de suas
primitivas crenças. Isso orientou a heresia e a apostasia e culminou com o gnosticismo. Esta seita, admitindo a divindade de Cristo, negava sua humanidade e retinha outras idéias heréticas. Chamavam-se
gnósticos (os sábios) e se colocavam na posição de “aristocratas da sabedoria”, jactando-se de que só eles possuíam a verdadeira sabedoria e olhavam com lástima e desprezo a todos os que aderiam à fé apostólica.
2. Sem dúvida, ao escrever esta epístola, João tinha em mira essa heresia: a) em 1:1,2, ele afirma à humanidade de Cristo, declarando que não somente o ouviram, mas também O haviam visto e tocado.
— b) Denunciou os que negavam a Sua humanidade, 4:2,3. — c) Deu ênfase ao fato de que os gnósticos não tinham o monopólio da sabedoria, mas que o cristão, o crente ortodoxo possuía um conhecimento
superior — não derivado de especulações como o deles — mas, sim, da revelação (1:5, 2:20 e 27). A palavra “saber” ou seu equivalente encontra-se 32 vezes nesta epístola (veja Seção 4, na Análise abaixo).

O ESTUDO EM TÓ PICO S
O método de estudo em tópicos tem o valor de nos ajudar a compreender o ensino da epístola. Exemplo: tomemos três tópicos:
a) O AMOR. 1) O amor de Deus para com os pecadores, 4:9,10. — 2) O resultado desse amor é a adoção, 3:1. — 3) Porque nos devemos amar uns aos outros, 4:11 com 3:11 e 23. — 4) Como amamos,
assim provamos, 3:14. — 5) Amor, sua presença ou sua ausência, é a diferença entre um filho de Deus e um filho do Diabo, 3:10 — 6) Porque amamos a Deus, 4:19. — 7) O que prova amando
o mundo, 2:15. — 8) Em quem se aperfeiçoa o amor de Deus, 2:5. — 9) O resultado do aperfeiçoamento do amor, 4:18. — 10) O grande fato de que Deus não é somente “Luz”, 1:5; mas também
“Amor”, 4:16.
b) O PECADO. E universal, 1:8,10. — 2) Duas definições do pecado, 3:4 e 5:17. — 3) Para que veio nosso Senhor, 2:2; 3:5 e 4:10. — 4) Há purificação do pecado, 1:7. — 5) Para os que confessam, 1:9.
—6) Sabemos que os nossos pecados são perdoados, 2:12. — 7) Não há necessidade de continuar no pecado, 2:1 e 3:8,9. — 8) o segredo para vencer o pecado é “permanecer”, 3:6 e “conser­
var- se”, 5:18.
c) O NOVO NASCIMENTO. Sua evidência e resultados. 1) Não continua no pecado, 3:9. — 2) Amor, 4:7. — 3) Fé, 5:1. — 4) Vitória, 5:4. — 5) Quem é nascido de Deus é guardado pelo Unigénito do
Pai, 5:18. — 6) Viver santo, 2:29.

QUATRO RAZÕES DE JO Á O
João dá quatro razões porque escreveu esta epístola, tudo fruto do viver em comunhão com Deus.

JOÃO ESCREVEU: (1) “para que o vosso gozo seja JOÁO ESCREVEU: (2) “para que não pequeis”, 2:1 JO ÃO ESCREVEU: (3) para prevenir contra os enga­ JO ÁO ESCREVEU: (4) “para que saibais” , 5:13
completo”, 1:4 nadores, 2:26

A vida de comunhão é A vida de comunhão é A vida de comunhão é A vida de comunhão é


UMA VIDA ALEGRE UMA VIDA VITORIOSA UMA VIDA PRESERVADA UMA VIDA SÁBIA
1 2:1-17 2 :18— 4:6 4:7 — 5

1. Os crentes aos quais João escreveu tinham gozo (o gozo do 1. A vida de comunhão é uma vida vitoriosa. Não há 1. A heresia em atividade 2:18,19 1. Um conhecimento baseado sobre o testemunho da
perdão), mas não tinham a plenitude do gozo (o gozo da necessidade de continuar na escravidão do pecado, Palavra de Deus. 5:6-12
comunhão). no entanto, tristemente, pecamos. vs. 1 2. Mas os crentes se salvaram guardados pela unção do
2. Ele demonstra que a plenitude do gozo é o resultado da Espírito 2:20-27 2. O que sabemos condiz com as seguintes passagens:
comunhão:
a) com o Pai, 2. Para nós, há um Advogado, por quem, mantemos
b) com Jesus Cristo, e nossa comunhão! — Notamos, também, que a propi­ 3. Os gnósticos falavam muito, mas levavam uma vida 2:3, 5,13, 14, 20, 21, 29
c) com os irmãos. ciação não é limitada. 1:2 má, (não são assim os crentes) 3:11-24 3:2, 5,14, 15, 19, 24
3. Ele previne que esta íntima e bendita comunhão está 4:2, 6, 13, 16
condicionada a: 3. A comunhão com Deus significa e depende de: 4. Porque o mundo nos aborrece 3:1 5:2, 13, 15, 18, 19, 20.
a) andar na luz a) Obediência 3-6
b) confissão do pecado b) Amar os irmãos 7-11 5. Os sinais dos falsos mestres 4:1-6
c) perdão do pecado c) Não amar o mundo 15-17
d) purificação do pecado
ANÁTJSE № 24 MENSAGEM:
Palavra-Chave: “Verdade” SEGUNDA EPÍSTOLA DE A verdade deve ser aceita, obedecida
e mantida a todo custo
SÃO JOÃO
A NATUREZA
1. Esta epístola é notável pelo fato de ser a única, no Novo Testamento, que é dirigida, exclusivamente, a uma senhora.
2. E uma carta íntima, pessoal, dirigida a uma senhora cristã e sua família, mas desconhecida; e é um lindo exemplo de correspondência entre os apóstolos, e da igreja cristã primitiva.
3. Não se sabe quem era “a senhora”. Alguns consideram as palavras “senhora eleita” como um título, mostrando, assim, que a senhora era rica e vivia na alta sociedade. Há uma tradição que afirma ser
Marta, de Betânia, a senhora. Bengel disse que no grego “kyria” (senhora), no hebraico é “Marta”.
A ser verdade, a “irmã” referida no verso 13, é Maria.

OAUTOR
1. Em vista da omissão de um nome na introdução desta carta, o direito de autoria tem sido muito controvertido.
2. Toda a evidência mostra que João a escreveu. Assemelha-se muito à sua primeira epístola, pois oito dos seus treze versos, encontram-se na primeira, ou no sentido, ou na expressão. Quando a escreveu,
devia ser bem idoso. Chama-se, a si mesmo de presbítero. Calcula-se que, a esse tempo, tinha 90 anos de idade.

PROPÓSITO
1. A palavra “amor” (ou “caridade” ) é encontrada cinco vezes nesta epístola: 1, 2, 3, 5 e 6; e a palavra “verdade”, cinco vezes: 1 (duas vezes) 2, 3 e 4.
2. Parece ter sido escrita para prevenir uma bondosa senhora a respeito da hospedagem de alguns falsos mestres, 10.

CHAVE
1. Sem dúvida, a palavra “Verdade” deve ser considerada como chave desta epístola, fornecendo-lhe a mensagem.
2. Esta palavra é usada em três sentidos: — a) como base do ensino cristão, 1, 4; — b) como o próprio Cristo, e — c) “sinceramente”.
3. Temos, assim, uma pequena homilia, ou pregação sobre a verdade; expondo sua natureza, provas, caráter, frutos e defesa.

ANÁLISE

1 2 3 4 5 6
A m or na P or causa da Saudação na Andando na A prova da A defesa da

VERDADE V ERD AD E V ERD AD E VERD AD E V ER D A D E V ERD AD E


Vs. 1 Vs. 2 Vs. 3 Vs. 4 — 6 Versos 7 — 9 Versos 10-13

1. João não hesitou em dar a esta 1. Será que não se pronunciará, aqui, 1. Uma forma de saudação não 1. Alegria que deriva duma certe- 1. Negando a realidade da humani- 1. Há uma falsa caridade.
senhora um título de honra. Verdade, com V maiusculo? — muito em uso; encontrada, ape- za 4 dade de Cristo:
Ele, Cristo, é a Verdade. nas, nas epístolas pastorais. a) na Sua vida terrena, 2. Em defesa da verdade, não devemos
2. A verdade como: 2. A verdade é para se andar nela, b) na Sua segunda vinda, sinal do hospedar, nem pedir bênçãos, nem
a) fonte de amor, 2. Ele é a verdade: 2. Precisamos: 4 anti-cristo e dos falsos mestres. desejar sucesso aos falsos mestres.
b) natureza do amor, a) Em nós, a) da Graça, 3. Devemos amar 5
c) razão para o amor, (lealdade à b) Conosco, b) da Misericórdia, 2. Não fiquemos sem a coroa 8 3. Um final cheio de carinho 12-13
verdade). c) E, por amor dEle, nos amamos c) da Paz. 4. O amor se manifesta em pronta
e praticamos a Veroade. obediência 6
3. Não só João, mas todos quantos 3. Notar a harmonia dos nomes
a conheciam, e. à sua família, os divinos.
amavam.
ANÁLISE № 25 MENSAGEM:
Verso-Chave: 8 TERCEIRA EPÍSTOLA DE 1 .0 dever da hospitalidade
na Igreja
SÃ O J O Ã O 2 .0 perigo de um dirigente
déspota

DESTINATÁRIO
1. Esta carta foi escrita ao “amado Gaio”, vs. 1, pelo apóstolo João já em idade bem avançada.
2. Cinco indivíduos atendiam por este nome: — a) Gaio, da Macedônia; Atos 19:29, — b) Gaio, de Derbe; Atos 20:4, — c) Gaio, batizado por Paulo; I Cor. 1:14, — d) Gaio, hospedeiro de Paulo, Romanos
16:23, e, e) Gaio, o destinatário desta carta. Provavelmente, os três últimos eram a mesma pessoa.
3. Compreendemos que Gaio converteu-se pela instrumentalidade de João (4), batizado por Paulo e tratava-se de um membro da igreja em Corinto, hospitaleiro e rico.

PROPÓSITO
1. Muitos dos cristãos primitivos foram chamados para uma vida de evangelização itinerante, sem salário ou recompensa secular (7); consequentemente dependiam da hospitalidade dos cristãos e, por isso,
moravam em diversas cidades ou aldeias, por onde quer que passassem.
2. Diótrefes, que havia conseguido o controle quase absoluto da igreja, de uma maneira autocrática, recusou hospedar e não permitiu que esses evangelistas trabalhassem ali. Exclui da igreja os membros
hospitaleiros que os receberam (10). João havia escrito à igreja acerca desta questão (uma das muitas epístola perdidas), mas Diótrefes rejeitou a carta e não reconheceu a autoridade apostólica de João,
(9)'
3. O velho apóstolo escreve, então, ao simpático e generoso Gaio, agradecendo os benefícios já prestados por ele, e insistindo para que continue na sua obra piedosa de hospedar os servos do Senhor, apesar
da oposição de Diótrefes (5, 6, 8) e promete tratar, drasticamente, com esse usurpador, na sua próxima visita à igreja (10).

CONTRASTES
Contrastes notáveis notam-se nas três pessoas mencionadas nesta epístola: — 1) Gaio, o bondoso, generoso e hospitaleiro; — 2) Diótrefes, o arrogante oficial da igreja; e — 3) Demétrio, de quem todos
dão bom testemunho.

CONTRIBUIÇÃO
Embora não contenha nenhum ensino doutrinário de importância, esta carta é de grande valor, porque nos revela o início de um regime ou governo arrogante, autocrático e déspota, que tem sido uma maldição
na igreja cristã, tanto nos dias passados, como no presente. Até mesmo a autoridade apostólica foi envolvida nas questões.

VERDADE
Tal qual na segunda epístola, a palavra “verdade” é mencionada freqüentemente. A Verdade é designada: — a) Como fonte e natureza do amor do apóstolo, 1; — b) como a presença de um poder interior,
3; — c) manifestando-se na prática exterior, 3,4. Somos exortados a usar a Verdade como nossa arma no serviço e na guerra cristãos, 8; — d) como nossa companheira e sócia, 8. — A verdade dará, então,
seu testemunho a nosso favor, 12.

ANÁLISE

(A ) - (B ) (C ) .
IN T R O D U Ç Ã O E S A U D A Ç Ã O O P R O P O S IT O D A E P IS T O L A A CO NCLUSÃO

1 2 3 4 5 6 7
O AMOR A ORAÇÃO O REGOZIJO A EXORTAÇÃO A DENÚNCIA A RECOMENDAÇÃO A EXPLICAÇÃO
do Apóstolo do Apóstolo do Apóstolo e recomendação dos Apóstolos do Apóstolo do Apóstolo do Apóstolo

vs. 1 vs. 2 vs. 3, 4 vs. 5-8 vs. 9-11 vs. 11 vs. 13, 14

1. Notar a grande afeição do 1. Não um mero desejo, mas 1. Para Gaio, a verdade era: 1. Por “irmãos” e “estranhos”, 1. Esta carta perdeu-se. 1. É este o mesmo Demétrio 1. Nestes versos, João justifica o
apóstolo. uma oração. a) um poder interior, João se refere aos judeus e 2, Diótrefes: de Atos 19:24? Se assim é porquê de uma epístola tão
2 Seu amor era: 2. Gaio era fraco e doente? b) o caminho que trilhava, gentios convertidos. a) ambicionava o primeiro lugar, que transformação! curta.
a) sincero, 3. Estava bem na alma. c) o ar que respirava. 2. Quase não se pode fixar b) Rejeitou a carta de João, 2. Tinha boa opinião: 2 .0 apóstolo considerava a ami­
b) firmado na verdade, onde termina a recomen­ c) Caluniou o apóstolo, a) de todos os homens, zade.
c) por causa da verdade. 2) Notar em que João se rego­ dação e onde se inicia a d) Não era hospitaleiro, b) da Verdade, mesmo,
zijava. exortação. e) Pregava contra a hospitalidade, c) do Apóstolo,
f) Pôs, fora da igreja, os hospita­ d) dos outros cristãos.
leiros.
ANÁLISE № 26 MENSAGEM
Palavras-Chave— “Guardar’’— A EPÍSTOLA DE O nosso dever ante a apostasia é
“Guardado” guardar a fé, confiantes em que estamos
SÃO JUDAS guardados para não tropeçarmos

O AUTOR
1. Judas, irmão de Nosso Senhor e de Tiago (Mateus 13:55, Marcos 6:3), foi o autor desta carta.
2. Como Tiago, Judas não foi apóstolo, mas um discípulo. “Era homem simples, porém ardoroso e cheio de zelo profético”, contudo, sob sua austeridade, pulsava um coração amoroso e simpático. —
Notai a repetição da palavra “amados”, 3, 17 e 20.

DESTINATÁRIOS
1. Devia ter sido escrita, mais ou menos, no ano 69 a. D., visto que faz referência à profecia de II Pedro que, por sua vez, não foi escrita antes do ano 66 a. D. Seu irmão Tiago morrera, como mártir, poucos
anos antes de ter sido escrita.
2. Não foi destinada a uma igreja ou a algum povo, mas aos cristãos de toda parte, daí ser chamada “Epístola Universal”.

PROPÓSITO
1. Pelo verso 3, se deduz que Judas pretendia escrever um tratado sobre a salvação, quando foi constrangido pelo Espírito a mudar o tema. Já, a esse tempo, a igreja primitiva corria grande perigo, em face
dos traidores dentro de si e por causa de outros que, deliberadamente, haviam abandonado a fé, retendo, contudo, seus direitos de membros. Ele escreveu, prevenindo a igreja e pondo-a em guarda.
2. A epístola de Judas é uma das mais solenes da Bíblia. Descreve-nos a história da apostasia antes e até o fim dos tempos, referindo-se a anjos ambiciosos, a Caim e sua própria justiça, aos sodomitas
depravados, a Israel rebelde, a Balaão avarento, a Coré presunçoso, e a apostasia nos seus dias e em nossos dias. Em tudo, três julgamentos sobre a maldade coletiva e três sobre a individual.

NOTAS
1. É o único livro da Bíblia que lembra a disputa pelo corpo de Moisés (9) e a profecia de Enoque (14, 15).
2. Três coisas eternas são mencionadas: a) A Vida (21) — b) As prisões (6) — 0 fogo (7).

ANÁLISE
Suas seis divisões são as seguintes:

1 2 3 4 5 6
Uma descrição vívida do A necessidade de conservar-se
A quem foi escrita? Por quê foi escrita? Apostasia no passado caráter dos apóstatas no amor e na fé Bela e notável Doxologia

Ao povo de Deus Para exortar o povo de Deus Os que não guardam as veredas da A desastrosa degeneração, 0 povo de Deus deve crer O povo de Deus
a lutar e verdade e não obedecem são do caráter por que está
GUARDADOS POR DEUS GUARDADOS PARA GUARDADO NO AMOR GUARDADO
PARA O SENHOR JESUS GUARDAR A FÉ O JUÍZO NÃO GUARDAR A FÉ DE DEUS DE TROPEÇAR
Versos 1,2 Versos 3 e 4 Versos 5-7 Versos 8, 19 Versos 20-23 Versos 24, 25

1. "Conservados” ou “guardados” 1. O Espírito constrange a mudar o 1. Como solene aviso, recordam-se Abandonando a fé, segue-se uma 1. E possível ser leal à verdade e 1. Aqui está uma belíssima e admi­
em Cristo Jesus. tema. notáveis exemplos de apostasia, terrível deterioração do caráter, faltar com o amor. rável doxologia.
2. Escrita aos que são: como se demonstra aqui:
2. “Salvação comum” não significa sobre os quais caíram os juízos 2. Notai como proceder da nossa 2. Como é glorioso saber que Ele é
que é de pouco valor, mas, sim, severos de Deus, nesta vida, dan­ parte: poderoso para nos guardar de
a) os chamados, a) Sensualidade 18,19
b) os amados de Deus, que está ao alcance de todos. do certeza do juízo futuro. b) Pensamentos corruptos 8, 10 a) Edificando 20 tropeçar. — Tropeçar precede o
c) conservados pela união com 3. “Uma vez dada” significa que não 2. Aqueles que “não guardaram” c) Incontinentes 8, 16 b) Orando 20 cair.
Cristo, há necessidade de recomendá-la d) Espíritos zombeteiro 8, 18 c) Conservando 21
são guardados para o juízo.
d) “conservados” por Jesus Cris­ e) Palavras arrogantes 16 d) Olhando 21
novamente, pois é impossível
to, como um dom precioso, f) Aparentemente religiosos, falsos e) Compaixão 22
para ser apresentado a Cristo aperfeiçoar o que é perfeito. 12, 13,19 f) Salvando 23
por Deus, o Pai. g) Murmuradores 16
g) Odiando 23
ANÁLISE № 26 MENSAGEM
Palavras-Chave— “Guardar’’— A EPÍSTOLA DE O nosso dever ante a apostasia é
“Guardado” guardar a fé, confiantes em que estamos
SÃO JUDAS guardados para não tropeçarmos

0 AUTOR
1. Judas, irmão de Nosso Senhor e de Tiago (Mateus 13:55, Marcos 6:3), foi o autor desta carta.
2. Como Tiago, Judas não foi apóstolo, mas um discípulo. “Era homem simples, porém ardoroso e cheio de zelo profético”, contudo, sob sua austeridade, pulsava um coração amoroso e simpático. —
Notai a repetição da palavra “amados”, 3, 17 e 20.

DESTINATÁRIOS
1. Devia ter sido escrita, mais ou menos, no ano 69 a. D., visto que faz referência à profecia de II Pedro que, por sua vez, não foi escrita antes do ano 66 a. D. Seu irmão Tiago morrera, como mártir, poucos
anos antes de ter sido escrita.
2. Não foi destinada a uma igreja ou a algum povo, mas aos cristãos de toda parte, daí ser chamada “Epístola Universal”.

PROPÓSITO
1. Pelo verso 3, se deduz que Judas pretendia escrever um tratado sobre a salvação, quando foi constrangido pelo Espírito a mudar o tema. Já, a esse tempo, a igreja primitiva corria grande perigo, em face
dos traidores dentro de si e por causa de outros que, deliberadamente, haviam abandonado a fé, retendo, contudo, seus direitos de membros. Ele escreveu, prevenindo a igreja e pondo-a em guarda.
2. A epístola de Judas é uma das mais solenes da Bíblia. Descreve-nos a história da apostasia antes e até o fim dos tempos, referindo-se a anjos ambiciosos, a Caim e sua própria justiça, aos sodomitas
depravados, a Israel rebelde, a Balaão avarento, a Coré presunçoso, e a apostasia nos seus dias e em nossos dias. Em tudo, três julgamentos sobre a maldade coletiva e três sobre a individual.

NOTAS
1. É o único livro da Bíblia que lembra a disputa pelo corpo de Moisés (9) e a profecia de Enoque (14, 15).
2. Três coisas eternas são mencionadas: a) A Vida (21) — b) As prisões (6) — O fogo (7).

ANÁLISE
Suas seis divisões são as seguintes:

1 2 3 4 5 6
Uma descrição vívida do A necessidade de conservar-se
A quem foi escrita? Por quê foi escrita? Apostasia no passado caráter dos apóstatas no amor e na fé Bela e notável Doxologia

Ao povo de Deus Para exortar o povo de Deus Os que não guardam as veredas da A desastrosa degeneração, O povo de Deus deve crer O povo de Deus
a lutar e verdade e não obedecem são do caráter por que está
GUARDADOS POR DEUS GUARDADOS PARA GUARDADO NO AMOR GUARDADO
PARA O SENHOR JESUS GUARDAR A FÉ O JUÍZO NÃO GUARDAR A FÉ DE DEUS DE TROPEÇAR
Versos 1,2 Versos 3 e 4 Versos 5-7 Versos 8, 19 Versos 20-23 Versos 24, 25

1. “Conservados” ou “guardados” 1. O Espírito constrange a mudar o 1. Como solene aviso, recordam-se Abandonando a fé, segue-se uma 1. E possível ser leal à verdade e 1. Aqui está uma belíssima e admi­
em Cristo Jesus. tema. notáveis exemplos de apostasia, terrível deterioração do caráter, faltar com o amor. rável doxologia.
2. Escrita aos que sáo: como se demonstra aqui:
2. “Salvação comum” não significa sobre os quais caíram os juízos 2. Notai como proceder da nossa 2. Como é glorioso saber que Ele é
que é de pouco valor, mas, sim, severos de Deus, nesta vida, dan­ parte: poderoso para nos guardar de
a) os chamados, a) Sensualidade 18, 19
b) os amados de Deus, que está ao alcance de todos. do certeza do juízo futuro. b) Pensamentos corruptos 8, 10 a) Edificando 20 tropeçar. — Tropeçar precede o
c) conservados pela união com 3. “Uma vez dada” significa que não 2. Aqueles que “não guardaram” c) Incontinentes 8, 16 b) Orando 20
cair.
Cristo, há necessidade de recomendá-la d) Espíritos zombeteiro 8, 18 c) Conservando 21
são guardados para o juízo.
d) “conservados” por Jesus Cris­ e) Palavras arrogantes 16 d) Olhando 21
novamente, pois é impossível
to, como um dom precioso, f) Aparentemente religiosos, falsos e) Compaixão 22
para ser apresentado a Cristo aperfeiçoar o que é perfeito. 12, 13, 19 f) Salvando 23
por Deus, o Pai. g) Murmuradores 16
g) Odiando 23
ANÁLISE № 27 MENSAGEM:
Verso-Chave: 1:19 O LIVRO DE Jesu s, gloriosam en te,
Frase-Chave: triunfante
“Revelação de Jesus Cristo” APOCALIPSE
UM LIVRO DIFÍCIL
Este é, declaradamente, o livro da Bíblia mais difícil de se interpretar e, por isso, embora haja uma promessa de bênção especial aos que o lêem (1:3), é bastante negligenciado. Não podemos deixar de
admitir que Satanás tem parte nessa negligência, porque o livro fala muito de sua queda final. Porque deixar à parte o livro, só porque é misteriosò e difícil? Será que os cientistas deixam seus estudos e suas
pesquisas de lado só porque são difíceis?

UM ESPLÊNDIDO FIM DA BÍBLIA


0 livro encerra, de maneira esplêndida, a Biblioteca Divina. 0 Rev. Archibald Brown mostra a balança admirável que existe entre o Gênesis e o Apocalipse. “No Gênesis, vejo a terra criada; no Apocalipse
vejo a terra que passa. No Gênesis, o Sol e a Lua aparecem; no Apocalipse leio que não há necessidade deles. No Gênesis, há um jardim que é o lar do homem; no Apocalipse, há uma cidade que é o lar das
nações. No Gênesis, há o casamento do primeiro Adão; no Apocalipse há o casamento do segundo Adão. No Gênesis, temos a primeira e horrenda aparição daquele grande inimigo: Satanás; no Apocalipse,
sua condenação final. No Gênesis, há a inauguração da tristeza e do sofrimento, ouvimos o primeiro soluço, vemos a primeira lágrima; no Apocalipse, não há mais tristeza nem dor, e toda a lágrima é enxugada.
No Gênesis, ouvimos a murmuração da maldição que veio por causa do pecado; no Apocalipse, lemos que: “não haverá mais maldição”. No Gênesis, vemos o homem expulso do jardim e banido da árvore
da vida; no Apocalipse, vemo-lo bem-vindo e com a árvore da vida ao seu dispor”.

ESCLARECIMENTO
Para compreendermos bem este livro, muitos fatos devem ser anotados e retidos em nossa memória:
1. Apresenta-nos um quadro brilhante do Senhor Jesus, triunfante. A frase-chave é “Revelação de Jesus Cristo”. 0 livro revela Jesus Cristo. Quem quer que seja que procure estudar o livro para saber o
que ele diz a respeito de Jesus Cristo, encontrará uma revelação maravilhosa. Nada menos de 26 vezes encontramos o título sacrificial de Cristo, “o Cordeiro”. Está cheio dEle!
2. Depois do capítulo 3, a Igreja nunca é representada na terra, neste livro. Entre os capítulos 3 e 4, ter-se-ia dado o arrebatamento da Igreja. Do capítulo 4 em diante só se trata da terrível tribulação e das
últimas coisas.
3. A regra da repetição (observada em outros livros e, notadamente, no Gênesis) deve ser considerada. Após assistirmos um grande desfile ou algum grande acontecimento nacional, ao voltarmos para
casa, temos por hábito contar aos nossos tudo aquilo que vimos. Após o relato, repetimos, uma vez ou outra, alguma parte mais interessante, a fim de fixar particularidades importantes. Esta é a regra da repetição.
E é justamente isto que João faz. Depois de relatar o princípio dos juízos na terra e a vitória final do Senhor Jesus, noscaps. 4 — 11:18 (veja divisão C, Seção I da Análise) ele repete o assunto nos caps. 11:19
— Cap. 16, e ainda nos capítulos 17 — 22. E de suma importância conhecer esta regra da repetição, quando se lê e estuda o Apocalipse.

ANÁLISE
0 cap. 1:19, nos dá a tríplice divisão; a última tem três subdivisões.

(A) (B) (C)


"As coisas que tens visto” “As coisas que são” As coisas que irão acontecer

1 2 3
O Senhor Jesus, como 0 Senhor Jesus, como 0 Senhor Jesus, como
O GLORIFICADO O CABEÇA DA IGREJA 0 TRIUNFANTE
1 2— 3 4 — 11:18 11:19 — 16 17 — 22

1. Revelação e não-Revelações 1. A mensagem notável do Senhor Jesus às 1. A cena se move da terra para o céu, ao 1. A divisão anterior focalizava mais os ma­ 1. Somos levados, novamente, às últimas
Santuário do Altíssimo, 4 les seculares tendo como ponto central o coisas, para obtermos mais particularidades.
2. De Jesus e não de João sete igrejas da Ásia. 2. 0 livro, no cap. 5, não é o Livro da Vida, Trono; esta se ocupa mais com os males a) A queda da Babilônia 17-18
3. Bênçãos para os que lêem e ouvem 3 2. São aplicáveis às igrejas de hoje. mas o do julgamento. espirituais, e seu ponto central é o Tem­
3. 0 dia da tribulação começa com o abrir plo. b) 0 advento de Cristo, o Vencedor e as
4. Radiante visão do Senhor Jesus 3. Antes da visão do Pai, em 4:3, temos a Bodas do Cordeiro 19
dos selos, 6 2. Nas outras divisões, principiamos com
5. “Ele nos amou”, e bendito seja Seu Nome, visão e as palavras do Filho, em 1:3. 4. As pragas aumentam, em intensidade e Cristo como o Glorificado, aqui, retroce­ c) A queda de Satanás, derrota, encarce­
porque ainda nos ama. Eu preciso conhecer o Filho, antes de severidade, nos capítulos que se sucedem. demos atéo seu nascimento, vemos o ódio ramento e seu fim 20
conhecer o Pai. 5. 0 cap. 7 deve ser considerado à luz de um de Satanás contra Jesus, e suas tentações d) Novos céus e nova terra 21
parêntesis; uma observação aceitável para para exterminá-lo. e) Cidade-Jardim, e as últimas palavras
Jesus é o Caminho para Deus. termos uma visão do Senhor preservando os 3. Vemos aumentar o progresso da terrível
trindade do mal. de Jesus 22
seus.
6. No fim, vemos a vitória final e completa 4. Depois, a visão de Cristo como Vencedor, 2. Notar: Há quatro males e quatro Aleluias,
do Divino e sempre abençoado Senhorlesus a derrota das forças aliadas do mal, e a todos no cap. 19. Há nove referências aos
Cristo. queda da Babilônia. males e dez aos cânticos.

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