SISSC Cenarios CasaConst-V3

Cenários
Prospectivos
Casa & Construção
Os impactos na produtividade da
indústria construtiva em 2018-2020
FICHA TÉCNICA
Analistas de Informação:
Fernanda R. Bichels
Luana Carla de Moura dos Santos
Projeções Estatísticas:
Fernando Siqueira e Rodolfo Real
Especialista:
Danilo C. Cascaldi Garcia
Sistema de Inteligência Setorial - Sebrae SC
Coordenador:
Fábio Burigo Zanuzzi
Gestor do Projeto:
Leandro Silveira Kalbusch
Setor de Casa & Construção
Supervisor de conteúdo:
Gilson Alberto dos Santos
Sumário
Apresentação 4
1. Panorama do setor 5
Análise dos últimos anos 5
Setor em Santa Catarina 11
2. Produtividade 14
3. Tendências para a indústria da construção 17
4. Metodologia - cenário prospectivos 21
5. Cenários 23
Cenário 1 24
Produtividade impulsionada por uma situação
político-econômica favorável 24
Cenário 2 27
Incerteza econômica tem impactos negativos na produtividade 27
Cenário 3 30
Situação político-econômica desfavorável
reduzindo a produtividade 30
6. Dicas e orientações 33
aos empresários do setor 33
7. Fontes de apoio 35
3 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Apresentação
Cenários prospectivos são frequentemente usados para enfrentar desa-

fios de longo prazo caracterizados pela incerteza e complexidade, pois
podem ajudar a explorar diferentes alternativas de caminhos futuros.
A técnica Cenários Prospectivos é baseada no monitoramento de atores e variáveis e na reflexão sobre

ocorrências passadas e tendências presentes sobre determinado assunto, segmento, setor etc. Oferece
aos empresários uma oportunidade para visualizar possíveis situações futuras e, assim, ajuda a gerar es-
tratégias para reduzir riscos, aproveitar oportunidades e evitar ameaças potenciais. Alguns benefícios dos
cenários prospectivos para as empresas são:
Possibilita a construção de um Planejamento Estratégico mais completo e favorável diante dos
prováveis desafios futuros.
Auxilia na antecipação de ameaças e vulnerabilidades, propiciando uma gestão com postura
proativa, e aumentando também o poder decisório dos gestores.
Permite à empresa antecipar tendências e, dessa forma, influenciar o futuro a seu favor, além de
ampliar também sua adaptabilidade frente às possibilidades futuras.
Os cenários prospectivos apresentados neste trabalho têm como objetivo analisar os impactos da situação
político-econômica na produtividade e no nível de inovação tecnológica do setor construtivo. Eles foram
desenvolvidos de acordo com o método de Michel Godet, no limite temporal de três anos, organizados em
cinco etapas que estão descritas em detalhes no capítulo “Metodologia”.

1. Panorama do setor
Análise dos últimos anos
Cenário econômico
A construção civil é uma das principais responsáveis pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), sen-
do capaz de movimentar mais de 70 setores econômicos e impulsionar cerca de 50% dos investimentos
da economia do país. No entanto, nos últimos anos, acompanhando o cenário de recessão econômica, o
setor também passou por uma retração. Esse recuo vem sendo observado desde 2014, conforme mostra
o gráfico abaixo:
Taxa de variação do PIB da construção civil
15,00 13,10
10,00 9,20 8,25

7,02
4,91 4,50
5,00 3,18
2014 2015 2016 2017
0,00
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
-5,00 2,14
5,62 4,98
-10,00
9,00
-15,00
Fonte: Banco de dados - CBIC.

A queda na atividade da construção segue o desempenho da indústria total, que reflete também nos ne-
gócios do setor de Casa & Construção, como demonstrado no gráfico abaixo:
Taxa de variação do PIB da indústria e da construção civil
15,00 13,10
10,20
10,00 9,20 8,25
6,21 7,02
5,00 4,10 4,91 4,11 4,50
3,18
2,17
-0,72 2014 2015 2016 2017
0,00
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 0,02
-1,51 -2,14
-5,00 -3,96
-4,70 -5,76 -4,98
-5,62
-10,00 -9,00
-15,00
Indústria Construção Civil
Fonte: Banco de dados CBIC.
No entanto, apesar de os números ainda apresentarem uma queda, é perceptível uma leve retomada do
setor. E para 2018 espera-se que recuperação prossiga. Os dados da Sondagem Indústria da Construção
da CNI (abril/2018) mostram que, apesar da queda na atividade, os empresários estão otimistas para os
próximos seis meses. Os indicadores de expectativa de atividade e de novos empreendimentos e serviços
mostram otimismo quanto ao crescimento do setor desde janeiro de 2018. O indicador de intenção de
investimento também vem mostrando uma tendência de crescimento desde 2017, e os empresários se-
guem confiantes.
Essa recuperação depende de juros e inflação baixos, crédito, bom nível de emprego e confiança no futuro.
Especificamente sobre a taxa de juros, observou-se uma queda acentuada na taxa Selic nos últimos anos,
alcançando 6,5%. Isso favorece quem deseja adquirir a casa própria e também atrai investidores.

Evolução da taxa básica de juros - Selic (em % ao ano)
16,00
14,25 14,25
14,00
12,00
11,00
10,00
8,00
7,50 7,00 6,75
7,25
6,00
4,00
2,00
0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017 mar/18
Fonte: Banco Central do Brasil.
A taxa Selic, que á a taxa básica de juros da economia brasileira, tem papel importante nos investimentos
e na concessão de empréstimos, financiamentos e demais transações bancárias. Além disso, a taxa está
associada ao controle da inflação, sendo decisória no desenvolvimento da economia brasileira.
! Setor de Casa & Construção é um dos motores da economia do Brasil
Faturamento anual superior a R$ 1,1 trilhão;
Representa 6,2% do PIB do Brasil;
25% de todo investimento do setor voltam para os cofres públicos em forma de

impostos;
A cadeia produtiva emprega, direta e indiretamente, cerca de 12,5 milhões de
pessoas no país;
R$ 269 bilhões são gerados anualmente pela folha de pagamento do setor;
Movimenta cerca de R$ 43 bilhões em venda de materiais de construção;
1,054 milhão de empregos são gerados pelo atacado e varejo do setor da

construção.
Com dados do G1.

Tributação
O setor de Casa & Construção é bastante impactado pelos impostos. A desoneração tributária possibilita-
ria reflexos positivos no setor e em diversas áreas vinculadas. Um sistema tributário mais simples incentiva
a geração de emprego e renda. Consequentemente, o consumidor também seria beneficiado com preços
mais acessíveis.
Em levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com base em
dados da Receita e do IBGE, a carga tributária total no Brasil foi de 28,1% em 2017, considerando as em-
presas de todos os setores (excluindo pessoas físicas). Nos gráficos a seguir é possível analisar um com-
parativo da carga tributária aplicada em diferentes setores, inclusive da construção, entre diversas regiões
do mundo.
Carga tributária por grandes setores em 2016 - em % do PIB
% do PIB
Indústria de
44,8
transformação
Serviços de
40,2
utilidade pública
Comércio 36,4
Serviços 23,1
Construção 13,9
Agropecuá-
ria Extrativa 6,7
Total 28,1
0 10 20 30 40 50
Fonte: Firjan com dados de RCB, Confaz, Caixa Econômica Federal, IBGE, OCDE e FMI (2017).

No Brasil e no mundo - carga comparativa em regiões diversas - % do PIB
40
35 36
32
30
27
25
23
20
Brasil Economias Mercados Países
desenvolvidas emergentes latino-americanos
Fonte: Firjan com dados de RCB, Confaz, Caixa Econômica Federal, IBGE, OCDE e FMI.
Disponível em: Valor Econômico (2017).
O investimento de capital, tanto interno como externo, é impulsionado em um ambiente de baixos impos-
tos. Por isso, é fundamental acompanhar a evolução dos impostos aplicados ao setor, assim como pensar
em estratégias eficientes de sua gestão.
Investimentos
Entre os fatores que também contribuem para a retomada da economia estão os investimentos. Esse fator
depende de outras variáveis, como juros baixos, melhora de crédito e baixa incerteza política. Nos últimos
anos, os investimentos em infraestrutura disponibilizados pelo governo federal tiveram uma queda em
2015 e uma leve retomada em 2016, conforme mostra o gráfico:
Investimentos do governo federal (R$ bilhões)
100,00
91,20
90,00
78,70 79,10
80,00
75,20
70,00 68,80
64,80
60,00 59,00
53,80
50,00 46,40
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: Divulgação/Sinicon/LCA.

Investimentos públicos e privados são complementares no setor. Porém, para que aumente a participação
do setor privado, todas as variáveis relacionadas ao investimento público, além do ambiente regulatório,
precisam estar em pleno desenvolvimento.
Confiança do empresário e do consumidor

Se, por um lado, os números mostram uma recuperação lenta do setor em relação ao restante da econo-
mia, por outro, o empresário e o consumidor mostram otimismo em relação à construção e à demanda
de produtos e serviços. O índice de confiança da construção, elaborado pela FGV, acumula quatro meses
seguidos de alta. A alta do indicador ocorreu devido à melhora da situação corrente das empresas e tam-
bém graças às perspectivas de curto prazo do empresariado.
Índice de confiança da construção
90,00 81,1
78,60
80,00
69,90 77,1
70,00 72,3 76,2
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
16
17
5
7
6
7
6
7
6
7
z/1
r/1
z/1
r/1
z/1
t/1
t/1
/1
/1
/1
/1
o/
o/
jun
jun
fev
fev
ou
ou
de
de
de
ab
ab
ag
ag
Fonte: FGV.
Já a confiança do consumidor, que traduz a expectativa na demanda, também está em crescimento, con-
forme mostra o gráfico:
Índice de confiança do consumidor
90
86,8
86,4
85,3 84,2
85 82,3 82 83,7
81,8 82,2 82,3
80 80,9
79,3
75
73,1
70
65
8
18
8
17
8
8
8
8
8
8
8
r/1
i/1
v/1
z/1
r/1
t/1
/1
/1
/1
/1
/1
o/
z/
jun
jan
fev
set
ma
jul
ma
ou
de
de
ab
no
ag
Fonte: FGV.

A seguir será abordado mais sobre a macroeconomia brasileira com foco nas variáveis econômicas que
serão trabalhadas neste estudo.
Setor em Santa Catarina
Principais atividades do setor

O setor de Casa & Construção engloba um conjunto de atividades bastante representativas para a econo-
mia brasileira. Para se ter uma ideia, somente em Santa Catarina são mais de 17.519 estabelecimentos,
divididos em diversos segmentos, conforme mostra o gráfico.
Atividades de Casa & Construção em Santa Catarina
Construção de Edifícios 40,2%
Comércio Varejista de Materiais de Construção em Geral 19,6%
Incorporação de Empreendimentos Imobiliários 10,4%
Obras de Alvenaria 8,5%
Comércio Varejista de Ferragens e Ferramentas 5,7%
Serviços de Pintura de Edifícios em Geral 5,1%
Comércio Varejista de Madeira e Artefatos 3,9%
Outras Obras de Acabamento da Construção 2,0%
Obras de Urbanização - Ruas, Praças e Calçadas 1,6%
Serviços Especializados para Construção 1,2%
Outras Obras de Engenharia Civil 1,2%
Obras de Acabamento em Gesso e Estuque 1,2%
Instalação de Portas, Janelas, Tetos, Divisórias e

1,1%
Armários Embutidos de Qualquer Material
Outros 5,9%
Dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS).
Todos os CNAEs contemplados na análise estão descritos na página 35 - Fontes de Apoio.
A atividade de Construção de Edifícios é a que concentra mais negócios no estado, sendo responsável por
40% dos estabelecimentos. A atividade de Comércio Varejista de Materiais de Construção também abran-
ge uma representativa parcela dos negócios (19,6%). Ainda notórias aparecem as atividades de Incorpora-
ção de Empreendimentos Imobiliários (10,42%) e Obras de Alvenaria (8,5%).

Perecebe-se que a cadeia é bastante extensa, com alta capilaridade. O crescimento de uma atividade
leva ao crescimento de uma série de atividades dependentes, ampliando o fornecimento de serviços
e produtos.
!
As atividades construtivas são o núcleo da cadeia produtiva do setor. Dois grupos principais
podem ser formados a partir delas: Construção Civil e Construção Pesada.
Construção Civil: engloba obras habitacionais e de edifícios comerciais, industriais,
agropecuárias e demais edificações para uso público e privado.
Construção Pesada: envolve obras ligadas à infraestrutura, desde construção,
recuperação, manutenção, conservação até a operação de rodovias, portos,
saneamento, estações de geração, transmissão e distribuição de energia, entre outras.
As atividades de concessionárias, imobiliárias e incorporadoras também integram a cadeia

produtiva da construção.
Quando analisada a divisão da oferta dessas atividades nas regiões catarinenses, ao contrário de outros
setores econômicos, a maior concentração não está na capital. O Vale do Itajaí e o Oeste Catarinense
concentram 48% dos negócios da construção. A Grande Florianópolis aparece em terceiro no número de
negócios (16%), em seguida o Norte Catarinense (15%) e a Região Serrana (4%).
Negócios de Casa & Construção nas regiões de Santa Catarina
30,00% 27,41%
25,00%
20,84%
20,00%
16,48% 15,53% 15,46%
15,00%
10,00%
5,00% 4,29%
0,00%
Vale do Itajaí Oeste Grande Sul Catarinense Norte Serrana
Catarinense Florianópolis Catarinense
Fonte: Dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS).

Empregos
Por ser um dos motores da economia, o setor é capaz de gerar empregos em diversos ramos, influencian-
do de forma direta a arrecadação do governo. Mesmo com a economia em recessão nos últimos anos e
com a queda na geração de emprego, o setor ainda é bastante representativo no país. Veja a evolução do
saldo de demissões e contratações nos últimos anos no estado:
Empregos no setor de Casa & Construção em Santa Catarina
7000
6054 6131
6000
5295 5198
4958
5000 4714
4074 4106 4103

3901 3859 3815
4000
3000
2459 2448
2001 2108
2000
1000
455 452
0
10
11
12
13
14
15
16
17
8
01
20
20
20
20
20
20
20
20
ar2
-M
Jan
Admitidos Desligados
Dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS).

2. Produtividade
O crescimento da produtividade de um país é importante para manter ou aumentar sua competitividade

internacional e padrão de vida de sua população. É o determinante-chave do crescimento individual que
leva a uma maior prosperidade. A indústria da construção é de grande importância estratégica. Seu nível
de produtividade tem um efeito significativo no crescimento econômico nacional. Quanto maior a produ-
tividade da construção, maiores são os ganhos em toda a economia, dada sua alta interdependência com
os outros setores.
Tecnologia para produtividade

Na última década, o progresso digital transformou indústrias inteiras, dando início a uma nova era tec-
nológica hoje conhecida como a Quarta Revolução Industrial. Essas novas tecnologias não estão apenas
satisfazendo a demanda dos consumidores por melhor entretenimento, compras e transporte. A inovação
melhorou a produtividade e a sustentabilidade das empresas e redefiniu as habilidades e competências
necessárias para prosperar.
No entanto, no mesmo período, a indústria da construção continuou a operar como nos últimos 50 anos.
Ela ainda depende muito do trabalho manual, da tecnologia mecânica, dos modelos operacionais e de
negócios estabelecidos. Como resultado, a produtividade estagnou. Recentemente as tecnologias digitais
começaram a entrar no setor, mudando gradualmente a forma como infraestrutura, imóveis e outros ati-
vos são projetados, construídos, operados e mantidos.
Essas tecnologias, incluindo modelagem de informações de construção (BIM), pré-fabricação, sensores

sem fio, impressão 3D e equipamentos automatizados e robóticos, estão transformando todo o setor.
Seu impacto econômico e social pode ser substancial, já que a indústria de construção responde por 6%
do PIB mundial.
Gargalos da produtividade na construção civil brasileira

Como visto, a indústria da construção tem importância crucial no cenário econômico brasileiro. Mesmo
assim, verificou-se uma queda na produtividade do setor nos últimos anos, reflexo da falta de alguns as-
pectos importantes como:
planejamento e gestão dos processos no canteiro de obras;
qualificação da mão de obra;
investimento em novas tecnologias.
Outras razões que também impactam negativamente na produtividade são a elevada tributação e a de-
pendência do setor público.

A falta de gestão do conhecimento impede que a construção civil faça avanços significativos e duradouros.
Em seus momentos de expansão, como no período entre 2007 a 2013, o planejamento de longo prazo
não foi suficiente para que fossem corrigidas as suas ineficiências, como a qualificação da mão de obra,
por exemplo. Nesse período havia grande potencial de desenvolvimento, principalmente no emprego de
novas tecnologias e na gestão de processos. Apenas o segmento de habitação de interesse social apre-
sentou alguma evolução em termos de produtividade. Também as pequenas empresas prestadoras de
serviços aproveitaram o momento para investir em inovações tecnológicas. Tais avanços agregaram valor
a esses serviços.
Gap tecnológico
O Brasil possui um perfil tímido em relação a investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação

(PD&I). Nos últimos 15 anos o país direcionou apenas 1% do PIB para esse tipo de investimento. E não há
perspectivas de avanços nesse sentido, mesmo com a instauração da Proposta da Estratégia Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação (2016-2022), que tem como objetivo:
A ENCTI visa estabelecer um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI)

robusto e articulado que possibilite ao país dar um salto de competitividade. Para tan-
to ele estabelece como pilares a promoção da pesquisa científica básica e tecnológica;
a modernização e ampliação da infraestrutura de CT&I, a ampliação do financiamento
para o desenvolvimento da CT&I; a formação, atração e fixação de recursos humanos;
e a promoção da inovação tecnológica nas empresas. Para cada um desses pilares, são
indicadas ações prioritárias que vão contribuir para o fortalecimento do SNCTI.
Trecho reproduzido na íntegra do Portal de Planejamento do Governo Federal.
Qualificação da mão de obra
A construção civil sofre com relação à qualificação da sua mão de obra. Muitos dos trabalhadores do setor
acabam optando pela profissão por falta de opção, devido seu baixo nível de educação básica, ocupando
dessa forma cargos de ajudantes e auxiliares.
Assim, é crucial que empresas, governo e academia trabalhem de forma colaborativa com o objetivo de
preparar e incentivar a força de trabalho a evoluir em suas habilidades profissionais.
Building Information Modeling (BIM)
O “apagão” da mão de obra, ocorrido no período de auge do setor (2007-2013), acendeu a luz vermelha
para algumas empresas do setor. Não era aceitável que os custos das construções fossem mais elevados
que os índices de produtividade. Com o intuito de aumentar a produtividade e melhorar os resultados
financeiros, essas empresas passaram a investir em novos processos construtivos e inovação, principal-
mente com foco na gestão dos processos.

O Building Information Modeling (BIM) é uma dessas inovações que vem se expandindo. É um processo base-
ado em modelo 3-D inteligente que fornece aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção a visão
e as ferramentas para planejar, projetar, construir e gerenciar com mais eficiência as construções.
Em março deste ano, a Sondagem da Construção da FGV incluiu algumas questões específicas sobre a uti-
lização do BIM nos processos produtivos da cadeia, e descobriu que apenas 9,2% das empresas utilizam
a ferramenta. Além disso, verificou-se que alguns elos sequer fazem uso, como no caso do segmento de
obras de acabamento. Confira aqui os principais resultados da pesquisa!
! Fatores influenciadores da produtividade no canteiro de obras
Motivação e necessidades pessoais Tempos perdidos e movimentação
Qualidade da área de vivência Equipamentos
Qualidade do local de trabalho Proteção e Saúde

Matéria-prima Mão de obra
Planejamento e organização das Condições climáticas

atividades

3. Tendências para a indústria da construção
Tendências emergentes têm impacto direto na dinâmica da indústria da construção e estão intimamente
relacionadas a novos hábitos e comportamentos de consumo da população e à rápida evolução tecnológi-
ca que estamos vivenciando nos últimos anos. Particularmente, em cenários de incerteza político-econômi-
ca, as necessidades do setor relacionadas à produtividade, competitividade e custo acabam desenhando
as principais mudanças do mercado. A compreensão dessas tendências é um pré-requisito para as empre-
sas se prepararem para as implicações estratégicas mapeadas nos cenários e para implementarem ações
fundamentadas, assim que necessário. Veja a seguir as principais tendências de mercado identificadas.
Mercado
Mudanças demográficas – A tendência de redução do tamanho das famílias e o surgimento de novos
arranjos familiares deve se desenvolver ao longo dos próximos anos. Suas consequências diretas são a
redução do número de pessoas por domicílio e o aumento do número destes, impactando diretamente
na demanda do setor.
Economia compartilhada – É uma rede econômica que possibilita a troca de bens tangíveis e intangíveis,
e ainda pode ser escalada. Essas relações de trocas acabam por aproximar os consumidores, eliminando
intermediários. Agora é possível dividir o mesmo espaço de escritório com várias empresas (coworking) ou
compartilhar moradias (coliving), entre vários outros exemplos.
O compartilhamento em plataformas, por exemplo, é uma tendência de disrupção já comum em setores,

como o de turismo (Airbnb) e o de transportes (Uber), e deve chegar com mais força no setor da cons-
trução nos próximos anos. O compartilhamento de recursos, como equipamentos, instalações etc., visa
contribuir para que menores investimentos sejam necessários, assim como proporcionar aos negócios a
possibilidade de diminuição de parte dos riscos da sua operação. Além disso, seus reflexos atingem novos
projetos de imóveis, prevendo, por exemplo, menos vagas de garagem (justificada pelo compartilhamento
de automóveis) e desenho de projetos de imóveis menores, valorizando áreas comuns, como lavanderia
e cozinha comunitárias.
Reformas – No processo de retomada do consumo, o investimento em reforma tem sido uma das op-
ções que mais tem se adequado ao bolso do brasileiro. Além disso, há ainda as tendências de adesão à
sustentabilidade e novas tecnologias que representam grande oportunidade para o serviço de reformas. A
primeira, principalmente relacionada à redução de custos fixos (como água e energia elétrica), requer uma
readequação da residência (Retrofit). A segunda é impulsionada pelo surgimento de novas tecnologias que
possibilitam automatizar o imóvel para torná-lo “inteligente”.

Construtechs – São startups focadas em soluções para o setor da construção, que tem como objetivo
a criação de ferramentas de auxílio ao desenvolvimento de projetos e a melhoria da consolidação de da-
dos. Entre os principais focos das Construtechs estão soluções para monitoramento, segurança e análise
financeira, criação de softwares do tipo CAD, aplicação de inteligência artificial, drones, robótica, aplicativos
para gerenciamento de projetos etc. Confira aqui o mapa das startups brasileiras do setor imobiliário e da
construção organizado pela ConstrutechVentures.
Dica! Santa Catarina, que tem a maior proporção de startups do Brasil na relação empre-
sas e população, se tornou referência em tecnologia e novos negócios. Esse status abre
oportunidades interessantes para empreendedores também do setor construtivo. Confira
algumas dessas oportunidades no relatório de inteligência produzido pelo SIS!
Gestão
Building Information Modeling (BIM) – É um processo que fornece um modelo 3-D inteligente de
um edifício. Normalmente, o foco da utilização do BIM é durante o projeto e a construção, de modo
que as alterações em um conjunto de planos possam ser atualizadas simultaneamente em todos os ou-
tros planos afetados. No entanto, ele também pode estimular o investimento em projetos de edifícios
inteligentes.
Quando um prédio está em funcionamento, os dados dos sensores de IoT (Internet das Coisas, detalhada
mais à frente) podem ser inseridos no BIM. Esses dados podem ser usados para construir indicadores,
como padrões de uso de energia e tendências de temperatura ou movimentação de pessoas em todo o
edifício. Os resultados desses modelos servem como base para aprimorar futuros projetos de edifícios.
Assim, além de seu impacto no projeto e na construção, o BIM também tem importantes implicações para
o gerenciamento de operações de construção.
Lean Construction – Também chamado de construção enxuta, tem como objetivo maximizar a eficiência.
Em um projeto de construção, embora o trabalho possa ser segmentado, há um produto final que surge
como resultado de esforços coletivos. Todo o trabalho está interligado em um processo de construção
enxuta. Ao alinhar cada trabalho e fase de construção, há menos desperdício.
Equipe de trabalho conectada – Frequentemente, se não sempre, engenheiros, gerentes, agrimenso-

res, arquitetos e trabalhadores da construção civil não estão perto um do outro ao mesmo tempo. No
entanto, com a tecnologia de nuvem, por exemplo, todas essas pessoas e empresas podem permanecer
conectadas umas com as outras simultaneamente. Há um panorama crescente de diferentes soluções de
software que permitem que gráficos, medições e instruções sejam transmitidas com muito mais eficiência
e em tempo real também.

Tecnologia
Internet das coisas (Internet of Things - IoT) – A gama de aplicações é vasta. Quando você considera
a possibilidade de conectar qualquer máquina, sistema ou site à Internet para saber a qualquer momento
o que está acontecendo, rapidamente fica claro que não há limites de usos para IoT. Na indústria da cons-
trução, a tecnologia permite diminuir prazos, antecipar problemas e sincronizar informações e planos em
tempo real.
A IoT pode ajudar a rastrear ativos à medida que estes são movidos a um local diferente, garantindo que
nunca sejam perdidos ou roubados, evitando custos extras e diminuição da produtividade. Em relação ao
monitoramento e reparo de equipamentos, os sensores podem permitir que a máquina detecte e comu-
nique os requisitos de manutenção, envie alertas automatizados para manutenção preventiva, compile
dados de uso e manutenção e aumente a eficiência monitorando remotamente o consumo de energia ou
combustível, por exemplo.
Dica! Saiba mais sobre as possibilidades da IoT no relatório de inteligência do SIS!
Realidade virtual e aumentada – Ainda não é barata, mas, sem dúvida, crescerá exponencialmente nos
próximos anos. Building Information Modeling (BIM) e outros softwares de construção estão sendo integra-
dos com realidade virtual e aumentada para ajudar a visualizar projetos, realizar detecções conflitantes antes
da construção, aumentar a produtividade e melhorar a comunicação e a colaboração. Simuladores de RV
também estão sendo usados para treinar trabalhadores da construção civil em equipamentos pesados. Já
existem inúmeros aplicativos e softwares de Realidade Aumentada com foco na construção. Um exemplo é o
MeasureKit, que permite a interação entre objetos ou componentes de construção por meio do smartphone,
possibilitando medições e até cálculos de nivelamento de superfície.
Drones – Esses equipamentos já estão sendo utilizados na construção para inspecionar canteiros de
obras e fazer o mapeamento de terrenos, sendo especialmente eficientes em locais de difícil acesso. Tam-
bém são empregados na vigilância dos terrenos e no acompanhamento do andamento da obra, por meio
de registros fotográficos.
Sensores vestíveis – Servem para monitorar os trabalhadores, a fim de mantê-los seguros, bem como
monitorar o movimento para melhorar a produtividade. Eles podem indicar, por exemplo, a temperatura
corporal do trabalhador, com o objetivo de evitar exaustão térmica.
Impressão 3-D – Essa tecnologia possibilita a impressão, desde de materiais até de casas inteiras. Ainda
não se sabe ao certo seus impactos na indústria da construção, mas entre seus benefícios está a redução
de erros de projeto e de execução e atrasos. Confira o trabalho da startup InovaHouse3D, e entenda me-
lhor as possibilidades da tecnologia.

Sistemas construtivos
Construção externa – Modular ou Pré-fabricada
A construção externa ou fora do local (Offsite), tanto modular quanto pré-fabricada, tem como grande atra-
tivo o cronograma de construção condensado. Construir em um ambiente controlado em uma linha de
montagem significa acabar com atrasos na execução e finalização da obra, e cria um ambiente mais seguro
para os trabalhadores, uma vez que elimina os trabalhos em altura, diminuindo riscos de queda comuns
em locais de construção tradicionais. Além disso, ele permite personalizar em diversos itens, como pisos e
acabamentos, encanamentos etc.
Sustentabilidade
Seja um edifício totalmente sustentável, seja apenas alguns componentes verdes, a sustentabilidade con-
tinuará a ser uma tendência importante nos próximos anos. Mesmo com a ampliação da preocupação
das pessoas com a utilização dos recursos naturais, seu principal impulsionador é o potencial de redução
de custos em toda a cadeia produtiva. Suas possibilidades de aplicação na construção civil são inúmeras.
Confira algumas:
Produtos – Há no mercado cada vez mais produtos concebidos com o objetivo de eliminar desperdícios
de recursos do meio ambiente. Tijolos de lã, concreto verde, pavimento permeável e telha sustentável são
alguns deles.
Reciclagem de resíduos – Resíduos de projetos de demolição e renovação estão sendo desviados dos
aterros sanitários e reciclados. Por exemplo, o concreto pode ser triturado e usado como uma base agre-
gada para estradas.
Construções inteligentes (Smart Construction) – Também conhecidas como construções sustentá-

veis ou verdes, visam a redução do impacto ambiental da construção por meio da utilização de técnicas,
materiais e tecnologias menos agressivas, antes, durante e depois da obra. Com isso, é garantida a sus-
tentabilidade do empreendimento com o uso de materiais duráveis, reúso de água e formas alternativas
de energia.
Espera-se que os custos da construção ecológica diminuam significativamente, assumindo que outras
tendências sejam seguidas. Se todo o processo de construção for simplificado com o uso de outras tecno-
logias de economia de tempo e mão de obra, o uso de energia solar, eólica e outras formas sustentáveis
de energia podem ser facilmente compensadas, fazendo com que a economia dos clientes valha a pena.
Confira o relatório de inteligência do SIS para saber mais sobre as tendências de consumo
para o setor de Casa & Construção!

4. Metodologia - Cenário prospectivos
1ª etapa | Delimitação do estudo
As principais questões que nortearam o projeto, servindo como base para a pesquisa e as análises são:
Como a industrialização está impactando na demanda e na oferta de produtos e serviços dos

pequenos negócios de casa e construção?
Qual a perspectiva de crescimento do setor para os próximos dois, três (ou mais) anos?
Quais as principais tecnologias utilizadas nesse processo de industrialização?
Ao final, as perguntas foram respondidas em forma de dicas e orientações aos empresários do setor, le-
vando em consideração os cenários identificados.
Para compreender a cadeia de construção e a situação atual do seu mercado, foram coletados dados e
informações em fontes específicas, como Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sindicato da Construção (SindusCon-SP), Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Instituto Brasileiro de Economia (IBRE-FGV) e Banco Central do Brasil (BCB).
2ª etapa | Estudo das variáveis
O levantamento de informações e delimitação do estudo auxiliou na identificação das principais variáveis a

serem consideradas nos cenários, a fim de verificar a evolução ao longo dos anos e assim prever o desen-
volvimento do setor no futuro. As variáveis analisadas no estudo foram: taxa de juros, tributação, situ-
ação política, crédito às empresas, produtividade e inovação tecnológica, investimento público,
investimento privado, demanda, emprego e inflação, custo da construção, renda familiar, pib
e pib da construção, insumos essenciais da construção, sustentabilidade, legislação e normas,
financiamento imobiliário.
3ª etapa | Análise histórica e atual
Essa etapa teve como objetivo entender o comportamento das variáveis em um limite temporal, analisan-
do os impactos que geraram. O estudo histórico das variáveis permitiu obter uma base teórica e a identifi-
cação de suas reações a determinadas situações, permitindo realizar simulações futuras. Após esse levan-
tamento de dados, foram elaboradas estimativas de três possíveis cenários para a indústria da construção.
Dentro desses parâmetros, foram realizadas previsões no período 2018-2020 para o Produto Interno Bru-
to da Construção (PIB-Construção), Produto Interno Bruto Total (PIB-Total), consumo das famílias, gastos
do governo, Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e Custo Unitário Básico da Construção (CUB). Para a
construção dos cenários, adotou-se o modelo preditivo baseado em séries temporais.

4ª etapa | Condicionantes de futuro
Para auxiliar no desenvolvimento da cenarização e na identificação das orientações mais pertinentes aos
empresários, foram estudadas as principais tendências para a indústria da construção. Essas micro e ma-
cro tendências foram classificadas de acordo com o tipo de impacto esperado, probabilidade e velocidade
de ocorrência. Como fontes de informação foram utilizados estudos disponibilizados na internet, pesquisa
de notícias e entrevistas com especialistas.
5ª etapa | Cenarização
A partir da base do estudo, foram definidos dois grupos que mais impactam no setor: situação político-e-
conômica e Produtividade, que formaram o panorama básico de análise do cenário e foram compostos
pelas variáveis explicativas. Os grupos foram organizados na forma de matriz de incertezas, cada um re-
presentando um eixo. Essa matriz deu origem a quatro quadrantes que simulavam as condições “boas” e
“ruins” de cada grupo, acarretando as seguintes situações hipotéticas:
Cenário político-econômico e produtividade positivos.
Cenário político-econômico positivo e produtividade negativa.
Cenário político-econômico negativo e produtividade positiva.
Cenário político-econômico e produtividade negativos.
Desses quatro cenários foram elaborados três de maior probabilidade de ocorrência, com base em análi-
ses estatísticas, notícias atuais, entrevistas com especialistas da área e os resultados dos impactos de uma
variável em relação à outra. Os três cenários definidos são:
1. Cenário 1 – Situação política favorável, situação econômica com baixa incerteza e ganhos em
produtividade.
2. Cenário 2 – Retomada da situação político-econômica, mas ainda com alto nível de incerteza na
economia, acarretando baixos investimentos e capacitação do setor, e consequente estagnação
da produtividade.
3. Cenário 3 – Situação político-econômica desfavorável para o setor, com alta instabilidade política
e econômica, além de baixo nível de investimento produtivo e consequente redução na absorção
de novas tecnologias.
Os cenários prospectivos apresentados neste trabalho foram baseados no método de Michel Godet, no
limite temporal de três anos, e foram organizados nas cinco etapas aqui apresentadas. O modelo eco-
nométrico utilizado, que apresenta a projeção de dados econômicos a partir de informações disponíveis
até dezembro/2017, mostra as tendências para a indústria da construção. É importante salientar que os
modelos não captam possíveis choques econômicos ou decisões governamentais não esperadas. Nesse
sentido, nenhum resultado é incontestável e toda previsão econômica deve ser analisada com cautela.

5. Cenários
O desenvolvimento da indústria da construção nos próximos três anos depende crucialmente da capaci-
dade de recuperação da economia como um todo. A estabilidade econômica e política, atrelada a reformas
estruturais, como a tributária e a da previdência, propiciam um ambiente propício à expansão da capaci-
dade produtiva e ao investimento de longo prazo.
O cenário atual é bastante incerto, o que dificulta a realização de previsões de longo prazo. Mesmo que a
economia volte a crescer, as dificuldades do cenário internacional prejudicam uma retomada mais forte e
rápida nos próximos três anos.
Assim, a partir da base metodológica de cenários, do panorama do setor e das tendências futuras identifi-
cadas, foram desenvolvidos três cenários possíveis para os próximos três anos:
Cenário 1 – Produtividade impulsionada por uma situação político-econômica favorável
Cenário 2 – Incerteza econômica tem impactos negativos na produtividade
Cenário 3 – Situação político-econômica desfavorável reduzindo a produtividade

Cenário 1
Produtividade impulsionada por uma situação

político-econômica favorável
Este cenário considera que as questões político-econômicas estarão favoráveis, com retomada da go-
vernabilidade e baixa incerteza econômica, o que beneficiará a produtividade no setor. Os investimen-
tos em tecnologia para modernização e inovação do setor, além da capacitação da mão de obra, serão
impulsionados.
Situação política
Após um período de incerteza e estagnação provocadas pelas eleições de 2018, a situação política deve se
alinhar e o governo retoma definitivamente a governabilidade. Políticas governamentais adequadas podem
reduzir o déficit habitacional, aumentar a demanda por investimentos em obras públicas de infraestrutura e
o acesso ao crédito, e aquecer também a oferta no mercado imobiliário e expandir a oferta de vagas de em-
pregos. O cenário positivo também impulsiona a confiança do meio empresarial, que atua em consonância
com as propostas do governo para promover o crescimento sustentado de longo prazo.

Economia
O crescimento sustentável da indústria da construção depende de uma série de fatores econômicos. O
crescimento do PIB representa o crescimento da economia como um todo, tanto por parte da renda das
famílias como do faturamento das empresas. Uma economia robusta gera maior demanda por bens du-
ráveis, como imóveis, o que incentiva a indústria da construção. Um sistema tributário simplificado torna
os negócios mais simples e acessíveis, tendo um efeito positivo direto na construção. No longo prazo, o
crescimento da indústria da construção depende do nível de produtividade do setor, que cresce com a
absorção de novas tecnologias e capacitação de funcionários. Assim, as previsões para as principais va-
riáveis são:
Evolução do PIB total e do PIB da construção - Cenário 1
4,00% 2,30% 2,00%

2,00% 1,00% 1,40% 1,80% 1,60% 1,80%
0,00%
2015 2016 2017 2018 2019 2020
-2,00%
-4,00% -3,80% -3,60%

-6,00% -5,20% -5,00%
-8,00% -7,60%
-10,00%
PIB total PIB da construção
Fonte: Previsões Sistema de Inteligência Setorial -Sebrae SC, com informações do Banco Central.
VARIÁVEIS 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Investimentos -13,9% -10,2% -1,8% 4,1% 3,2% 0,4%
Consumo -3,9% -4,2% 1,0% 3% 1,8% 1,6%
Gastos do governo -1,1% -0,6% -0,6% 0,5% 1,5% 1,4%

Com projetos políticos adequados, a inflação tende a ser controlada, ou seja, a média dos preços em um
determinado período é mantida para que a população consiga se manter “ativa”.
Nesse cenário, o crédito empresarial é facilitado. Ele é necessário para a capacidade de produção da eco-
nomia, via sustentação do poder de compra das empresas. As empresas necessitam de acesso rápido e
barato ao crédito para atividades do dia a dia, como o capital de giro para pagamento de impostos e folha
salarial. Além disso, as empresas dependem de linhas de financiamentos para investimentos em máquinas
e equipamentos, ampliando sua competitividade.

Produtividade
A ampliação do nível de produtividade da indústria da construção depende da criação e absorção de novas
tecnologias pelo setor e da capacitação dos funcionários. O avanço tecnológico passa por incentivos públi-
co e privados, em caráter acadêmico, incubação de empresas e direto na linha de produção. A capacitação
de funcionários depende não só da atuação direta no canteiro de obras, com aperfeiçoamento e adoção
de novas técnicas, mas também da qualidade da educação de base.
Como atuar diante deste cenário?

O cenário é propício para o investimento em longo prazo. Busque linhas de financiamento para
investir em produtividade, além de entidades que venham a investir em qualificação da mão de obra.
A expansão do mercado interno é influenciada por um cenário econômico favorável. Assim, é
um momento interessante para testar novos modelos de negócio e nichos de atuação, além
de ampliar o portfólio de produtos e serviços da sua empresa. Confira os conteúdos do SIS e
obtenha informação de mercado qualificada para potencializar o seu negócio!

Cenário 2
Incerteza econômica tem impactos negativos na produtividade

O cenário considera uma leve retomada da governabilidade com recuperação econômica favorável ao se-
tor, mas ainda com alto nível de incerteza, não sendo suficiente para alavancar a produtividade.
As expectativas econômicas são fortemente influenciadas pela instabilidade política. Em 2018 o momento
é de certo alívio comparando aos últimos quatro anos com o encolhimento do PIB. Mas o cenário é bas-
tante incerto, o que dificulta a realização de previsões de longo prazo.
No período eleitoral, normalmente o mercado fica estagnado, aguardando o que vai acontecer. O cenário
atual é ainda mais difícil, pois não se tem clareza sobre o posicionamento e planejamento dos presidenci-
áveis em relação a questões importantes, como a crise fiscal, os sistemas de crédito direcionados (FGTS) e
a reforma da previdência.
Para que esse cenário se concretize, é essencial que o governo tenha controle e eficiência dos gastos pú-
blicos, focando em novos investimentos.

Economia
As sondagens da FGV e da CNI dizem que o pior ficou para trás, mas a retomada está sendo muito lenta
– mais que o esperado. A infraestrutura, que deveria puxar a retomada, está evoluindo mais devagar do
que o previsto, e depende de um horizonte de médio prazo mais positivo. Mesmo que a economia volte a
crescer, as dificuldades do cenário internacional prejudicam uma retomada mais forte e rápida nos próxi-
mos três anos.
O setor vive basicamente de investimentos, olhando sempre para médio e longo prazo. Se não houver um
corte severo destes, é possível pensar em taxas baixas, mas ainda positivas. Assim, as previsões para as
principais variáveis econômicas seriam:
4,00%
1,90% 2,10% 1,70%
2,00% 1,00% 0,50% 1,00%
0,40%
0,00%
2015 2016 2017 2018 2019 2020
-2,00%
-4,00% -3,80% -3,60%
-6,00% -5,20% -5,00%
-8,00% -7,60%
-10,00%
PIB PIB da construção
VARIÁVEIS 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Investimentos -13,9% -10,2% -1,8% 1,5% 3,7% 1,9%
Consumo -3,9% -4,2% 1,0% 1,5% 2,3% 2,1%
Gastos do governo -1,1% -0,6% -0,6% 1,2% 2,0% 1,7%

As faixas 2 e 3* do Programa Minha Casa Minha Vida estão conseguindo dar um impulso no mercado imo-
biliário, mas estas dependem essencialmente de sistemas de crédito direcionados, como o FGTS. Assim,
se esgotar essa fonte, podemos ter uma piora drástica no cenário do setor.
*A faixa 2 contempla famílias com renda bruta de até R$ 4.000,00 e pode dar subsídios de até R$ 27.500,00.
Inclui imóveis de até R$ 225.000.
A faixa 3 contempla famílias com renda bruta de até R$ 7.000,00 e não inclui subsídio do governo.
Inclui imóveis de até R$ 225.000.

Produtividade
A incerteza política e a econômica reduzem o incentivo ao investimento produtivo. Sem garantias de um
sistema econômico estável, as empresas acabam focando nas obrigações de curto prazo e não expandem
a capacidade produtiva. Investimentos em novas tecnologias e em capacitação acabam sendo adiados, o
que influencia negativamente a produtividade das empresas.

Identifique padrões de consumo e produção no mercado imobiliário para planejar seus
investimentos em novos projetos. Compare os tipos de empreendimentos que registraram maior
queda e alta de vendas, e o volume do estoque disponível no mercado. Assim, você consegue
identificar nichos de atuação. Você pode utilizar os indicadores da Abrainc como fonte de
pesquisa. Acesse aqui!
Este é um momento de cautela em relação a investimentos, pois a melhora econômica é apenas
uma possibilidade no horizonte. Cuide da saúde financeira, respeitando sua capacidade de
manutenção e pagamento.
Se você tem interesse em atender o nicho de mercado relativo ao programa MCMV, é importante
buscar a certificação no PBQP-H, item obrigatório para ser fornecedor. Um dos focos do Sebrae
é a potencialização das empresas da cadeia da construção civil, aumentando, por exemplo, o
percentual de empresas que possuam certificações de qualidade em processos e produtos.
Portanto, busque a unidade do Sebrae mais próxima ou entre em contato pelo 0800 570 0800
para obter informações e auxílio sobre o PBQP-H.

Cenário 3
Situação político-econômica desfavorável

reduzindo a produtividade
Este é o cenário mais pessimista, considerando que fatores econômicos e políticos não serão favoráveis
para a construção. Assim, será um ambiente de muitos desafios aos empresários do setor, com inseguran-
ça econômica, alta da inflação, desemprego e baixíssimo nível de investimentos, tanto do governo quanto
privado, desfavorecendo a absorção de novas tecnologias e impactando negativamente na produtividade.
A atual situação política é desfavorável, reflexo da lenta recuperação econômica e das ainda altas taxas de
desemprego no país. Além disso, a espera de definições relacionadas às eleições presidenciais contribui
para a queda do desempenho econômico. Instabilidade política e econômica refletem em maior descon-
fiança por parte das empresas que, assim, investem menos. Essa instabilidade afeta diretamente os proje-
tos de longo prazo do governo para a Construção Civil, como o Avançar (substituto do PAC), o Minha Casa
Minha Vida e os investimentos em infraestrutura.

Economia
Em 2017, o mercado da construção civil atingiu um período de quatro anos seguidos de resultados nega-
tivos. A queda estimada no PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil foi de 6%. Entre 2014 e 2017,
a queda no emprego com carteira assinada se aproximou a 1,2 milhão de postos de trabalho. Nesse ce-
nário pessimista, a economia brasileira continuará patinando, demonstrando enormes dificuldades em se
recuperar. De maneira geral, as previsões para o PIB, o PIB da Construção, os investimentos, o consumo e
os gastos do governo seriam:
4,00%
1,80% 1,50%
2,00% 1,00%
0,30% 0,20% 0,50%
0,00%
2015 2016 2017 2018 2019 2020
-2,00% -1,00%
-4,00% -3,60%
-3,80%
-6,00% -5,20% -5,00%
-8,00% -7,60%
-10,00%
PIB PIB da construção
VARIÁVEIS 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Investimentos -13,9% -10,2% -1,8% -2,0% 2,1% 0,3%
Consumo -3,9% -4,2% 1,0% 0,5% 1,8% 1,6%
Gastos do governo -1,1% -0,6% -0,6% -0,6% 1,1% 0,8%

Com a inflação crescente, espera-se elevações nas taxas de juros, o que aumentaria o custo do financia-
mento imobiliário e empresarial, prejudicando a demanda.
O sistema tributário se mantém caro e complexo, influenciando o poder de compra da população, o custo
produtivo e a capacidade do governo de investir.
Por causa da baixa disponibilidade de recursos para financiamentos, o mercado imobiliário enfrentaria
tempos muito difíceis, com baixa demanda e grande quantidade de estoques encalhados.
A dificuldade de acesso ao crédito por parte das empresas teria impactos diretos e indiretos na atividade
da construção.

Produtividade
Reflexo de uma situação econômica desfavorável, um nível de produtividade negativo reduziria a capacidade
e a disposição para maiores investimentos do governo em programas de inovação tecnológica com foco na
melhora da gestão, capacitação de mão de obra e competitividade do setor construtivo. Além disso, as altas
tributações e taxas de juros acabam por desestimular o investimento privado no setor, diminuindo a absor-
ção de novas tecnologias. Como resultado, a produtividade se reduz.
Com alta tributação e acesso ao crédito limitado, o processo produtivo vai encarecer. Dessa forma, as em-
presas acabam priorizando a redução de custos que são considerados altos, como, por exemplo, mão de
obra. Assim, elas tendem a não contratar, ou até a reduzir o quadro de funcionários.

Cuidado com a parte financeira da empresa com possibilidade de busca de crédito de giro,
renegociação de contratos e cortes de custos.

6. Dicas e orientações
aos empresários do setor

É importante que, independentemente do cenário futuro que se desenhe, os empresários do setor este-
jam atentos às principais questões que o impactam diretamente, como legislação, normas, regulamentos,
tributação, produtividade e sustentabilidade. Dessa forma, selecionamos algumas dicas que podem auxi-
liá-lo nesse desafio.
Como aumentar a produtividade na construção

Investimento na produtividade se torna questão de sobrevivência do negócio, principalmente porque,
diante do cenário de recessão econômica, os recursos do governo estão cada vez mais escassos.
O relatório de produtividade da McKinsey indica a atuação em sete dimensões, simultaneamente, para se

ter um resultado entre 50% a 60% de melhora da produtividade. As dimensões sugeridas são:
redefinição da regulamentação;
readequação do modelo contratual para redefinir a dinâmica da indústria;
remodelação dos processos de desenho e engenharia;
melhoria da gestão de compras e cadeia de suprimentos;
melhoria na execução das obras;

uso de tecnologia digital, novos materiais e técnicas avançadas de automação; e
capacitação da mão de obra.
Adotar tecnologias de maneira mais ágil
Quando se trata de aumentar a produtividade, adotar novas tecnologias é provavelmente o caminho mais
rápido com o maior retorno. Muitos empreiteiros já estão se voltando para novas tecnologias com esse
objetivo. A visão computacional e a inteligência artificial (AI), por exemplo, estão sendo usadas para medir
a produtividade do trabalho, monitorando cada parte de um projeto para ajudar a quantificar o progresso.
Dispositivos móveis e tablets também estão sendo implantados em campo para reduzir a dependência de
papel e acelerar os processos.

Priorizar contratos mais curtos
É comum na construção de contrato incluir o máximo possível de cláusulas para cobrir eventualidades
que ultrapassem a marca em termos do que é realmente necessário. Isso dificulta que os membros da
equipe e os contratados se envolvam diretamente entre si e paralisem a produtividade da construção.
Comece a dividir contratos legais em contratos individuais menores, em vez de criar contratos longos.
Menos mediação legal poupa tempo, dinheiro e aumenta a eficiência durante a fase de construção.
Melhorar o planejamento
Mesmo que você não possa eliminar eventos imprevistos ou empreiteiros não confiáveis por meio de pla-
nejamento detalhado, a tecnologia pode ajudá-lo a melhorar a eficiência e a flexibilidade durante a fase de
construção. Se possível, substitua processos analógicos por digitais, o que ajudará a aumentar a eficiência
de seus negócios e a melhorar seus projetos. Mesmo pequenas melhorias em cada processo causarão
uma mudança e terão um enorme impacto na produtividade (agregação de ganhos marginais).
Melhorar o treinamento de segurança e oferecê-lo com maior frequência
Os acidentes são a principal causa de atrasos nos projetos e excesso de custos. Aumentar a conscientiza-
ção sobre segurança e fornecer mais treinamento também ajudará a aumentar a produtividade da cons-
trução. Em geral, não forneça apenas treinamento de segurança. Certifique-se de que ele esteja atualizado
e os procedimentos de segurança estejam sendo empregados.
Oportunidades para o serviço terceirizado

O processo de industrialização da construção abrirá espaço para o micro e pequeno empreendedor es-
pecialista, de acordo com a Lei das Terceirizações, que permite à construtora terceirizar a contratação
de funcionários. Em uma grande obra, a incorporadora vai continuar precisando de instalador hidráulico,
gesseiro e quem faça o madeiramento e instale os vidros. Essa é a oportunidade desses profissionais se
qualificarem também como gestores do próprio negócio. Esses profissionais precisam se especializar e se
colocar à disposição do mercado, não somente de uma obra.

7. Fontes de apoio
Panorama
CNAES contemplados na análise
•• 4110-7/00 Incorporação de empreendimentos imobiliários
•• 4120-4/00 Construção de edifícios
•• 4213-8/00 Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas
•• 4222-7/01 Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas,
•• exceto obras de irrigação
•• 4299-5/01 Construção de instalações esportivas e recreativas
•• 4299-5/99 Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente
•• 4311-8/01 Demolição de edifícios e outras estruturas
•• 4311-8/02 Preparação de canteiro e limpeza de terreno
•• 4312-6/00 Perfurações e sondagens
•• 4319-3/00 Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente
•• 4329-1/05 Tratamentos térmicos, acústicos ou de vibração
•• 4329-1/99 Outras obras de instalações em construções não especificadas anteriormente
•• 4330-4/01 Impermeabilização em obras de engenharia civil
•• 4330-4/02 Instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material
•• 4330-4/03 Obras de acabamento em gesso e estuque
•• 4330-4/04 Serviços de pintura de edifícios em geral
•• 4330-4/05 Aplicação de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores
•• 4330-4/99 Outras obras de acabamento da construção
•• 4391-6/00 Obras de fundações
•• 4399-1/01 Administração de obras
•• 4399-1/02 Montagem e desmontagem de andaimes e outras estruturas temporárias
•• 4399-1/03 Obras de alvenaria
•• 4399-1/04 Serviços de operação e fornecimento de equipamentos para transporte e elevação de cargas e
•• pessoas para uso em obras
•• 4399-1/05 Perfuração e construção de poços de água
•• 4399-1/99 Serviços especializados para construção não especificados anteriormente
•• 4744-0/99 Comércio varejista de materiais de construção em geral
Alexandro Martello. No décimo corte consecutivo, Copom baixa juro básico para 7% ao ano; taxa Selic é a menor desde 1986. G1. 2017.
A Carga tributária para a indústria de transformação. Firjan. 2017.
Como a construção civil movimenta a economia e gera emprego. G1. 2018.
Darlan Alvarenga. Construção civil se retrai em 2017 e segura recuperação da economia. G1. 2017.
Jamille Lopes da Rocha e Rafael Borges Ribeiro. Relação Entre a Carga Tributária e o Cenário Macroeconômico Brasileiro: Uma Análise
no Setor da Construção Civil no Período de 2006 a 2015. XIV Congresso USP. 2017.
Sondagem do Consumidor. FGV. 2018.
Sondagem da Construção. FGV. 2018.
Sondagem da Indústria da Construção. Portal da Indústria. 2017.
Vitor Abdala. Índice de Confiança da Construção avança 0,7 ponto de fevereiro para março. Agência Brasil. 2018.

Produtividade
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Boa gestão das compras resulta em aumento da produtividade. AECWeb.
CBIC lança manual básico indicadores de produtividade na construção civil. Mapa da Obra. 2017.
Gargalos de produtividade na construção civil. Prenova. 2017.
Michael Harenberg. 5 ways to boost construction productivity. PlanRadar. 2017.
Nadine Alves. 3 lições que podemos aprender com a construção civil na China e Japão. Construct. 2018.
Reinventing Construction: A route to higher productivity. Mckinsey Glboal Institute. 2017.
7 Easy Ways to Increase Construction Productivity. Construction Productivity Blog. 2017.
Tendências
Brasil 2035 - Cenários para o desenvolvimento. ASSECOR e IPEA. 2017.
Jacqi Levy. 4 BIG ways the IoT is impacting design and construction. IBM. 2017.
Matt Banna. 6 Principles of Lean Construction. KaiNexux Blog. 2017.
Nadine Alves. 7 tendências na construção civil em 2018. Construct. 2018.
O mundo das construtechs, as startups da cadeia da construção. Sienge. 2018.
Quais serão as tendências da Engenharia Civil em 2017?. Mobuss construção. 2017.
Rachel Burger. How “The Internet of Things” is Affecting the Construction Industry. The Balance Small Business. 2017.
Tendências do setor de construção para acelerar crescimento. Jornal O Povo. 2018.
Tendências da construção civil para 2018. BuildIn. 2017.
5 tendências da construção civil para acompanhar. Fetz. 2017.
5 tendências tecnológicas para construção civil em 2017. Construct. 2017.
6 tendências no mercado de construção civil em 2018. VejaObra. 2018.
7 novidades na construção civil que estão transformando o setor. Mapa da Obra. 2017.
Metodologia
Abraao Dahis. É possível prever o futuro com cenários prospectivos?. Administradores. 2008.
Informações disponibilizadas pelo especialista Danilo César Cascaldi Garcia, pesquisador em nível PhD na Economic Modelling and
Forecasting Group - Warwick Business School, University of Warwick.
Dicas e orientações
Produtividade na construção civil: entenda como eliminar as perdas. Casa do Construtor. 2017.

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Cenários

Sistema de Inteligência Setorial - Sebrae SC

Setor de Casa & Construção

3. Tendências para a indústria da construção 17

4. Metodologia - cenário prospectivos 21

3 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Cenários prospectivos são frequentemente usados ​​para enfrentar desa-

A técnica Cenários Prospectivos é baseada no monitoramento de atores e variáveis e na reflexão sobre

4 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Análise dos últimos anos

Taxa de variação do PIB da construção civil

10,00 9,20 8,25

Fonte: Banco de dados - CBIC.

5 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Taxa de variação do PIB da indústria e da construção civil

Fonte: Banco de dados CBIC.

6 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Fonte: Banco Central do Brasil.

! Setor de Casa & Construção é um dos motores da economia do Brasil

Faturamento anual superior a R$ 1,1 trilhão;

Representa 6,2% do PIB do Brasil;

25% de todo investimento do setor voltam para os cofres públicos em forma de

Movimenta cerca de R$ 43 bilhões em venda de materiais de construção;

1,054 milhão de empregos são gerados pelo atacado e varejo do setor da

7 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Carga tributária por grandes setores em 2016 - em % do PIB

8 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Investimentos do governo federal (R$ bilhões)

9 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Confiança do empresário e do consumidor

Índice de confiança da construção

Índice de confiança do consumidor

10 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Setor em Santa Catarina

Principais atividades do setor

Atividades de Casa & Construção em Santa Catarina

Construção de Edifícios 40,2%

Comércio Varejista de Materiais de Construção em Geral 19,6%

Incorporação de Empreendimentos Imobiliários 10,4%

Obras de Alvenaria 8,5%

Comércio Varejista de Ferragens e Ferramentas 5,7%

Serviços de Pintura de Edifícios em Geral 5,1%

Comércio Varejista de Madeira e Artefatos 3,9%

Outras Obras de Acabamento da Construção 2,0%

Obras de Urbanização - Ruas, Praças e Calçadas 1,6%

Serviços Especializados para Construção 1,2%

Outras Obras de Engenharia Civil 1,2%

Obras de Acabamento em Gesso e Estuque 1,2%

Instalação de Portas, Janelas, Tetos, Divisórias e

Dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS).

Todos os CNAEs contemplados na análise estão descritos na página 35 - Fontes de Apoio.

11 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

As atividades de concessionárias, imobiliárias e incorporadoras também integram a cadeia

Negócios de Casa & Construção nas regiões de Santa Catarina

Fonte: Dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS).

12 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

Empregos no setor de Casa & Construção em Santa Catarina

4074 4106 4103

13 Casa & Construção Os impactos na produtividade da indústria construtiva em 2018-2020

O crescimento da produtividade de um país é importante para manter ou aumentar sua competitividade

Tecnologia para produtividade

Essas tecnologias, incluindo modelagem de informações de construção (BIM), pré-fabricação, sensores

Gargalos da produtividade na construção civil brasileira

Cenários prospectivos são frequentemente usados para enfrentar desa-