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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA-CTEC

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Laboratório de Materiais

Barras de Aço para Concreto Armado

Arthur Martins Costa Barboza

Daniele Feitoza Silva

Isabela Gomes de Carvalho


MACEIÓ, 15 DE ABRIL DE 2011

INTRODUÇÃO

Ensaios com Barras e Fios de Aço para Concreto Armado CA – 50 foram feitos no
dia 09 de abril deste ano.

Neste dia ensaios relativos à massa, entre outros, e análise das dimensões de
dobramento de Aço para Concreto Armado foram realizados no Laboratório de Solos,
supervisionados pelo Técnico Valdemir, entre às 11h10minh e 11h40minh. Logo após, ensaios
de tração com 3 (três) Barras de Aço para Concreto Armado CA – 50 também foram
realizados, desta vez no LEMA (Laboratório de Estruturas e Materiais da Construção Civil)
supervisionados pelo Técnico Henrique, entre às 11h40minh e 12h50minh. Ambos os ensaios
também foram supervisionados pela Professora Sílvia Uchôa e pela Monitora Camila Agra.
OBJETIVO

Os ensaios foram feitos tendo como objetivo verificar as grandezas numéricas e


análise do gráfico obtido a partir dessas grandezas, para deformação e tensão aplicada às
Barras de Aço CA – 50. Com isto, darmos qualificação adequada ao material disponível, isto
é, verificar se as Barras de Aço CA – 50 ensaiadas atendem ás especificações da Norma
Técnica estabelecida pela ABNT 7480.
ENSAIOS

Os ensaios tiveram início com a apresentação de uma barra de aço CA-50 cuja
fabricação regula-se pela norma NBR 7480, da ABNT. Depois de verificadas as medidas da
barra, fomos para a máquina universal onde fizemos dobras de 180° em pequenos pedaços de
aço. Já no ensaio de tração 3 (três) Barras de aproximadamente 60 cm de comprimento e
bitola 10, ou diâmetro de 10 mm foram submetidas a trações medidas com extensômetro, ate
o rompimento, a fim de verificar o comportamento do aço, ou seja,o ponto de rompimento, a
deformação e o gráfico da tensão x deformação.

CARACTERÍSTICAS DA BARRA

Foram medidos o comprimento e o peso da barra de aço de diâmetro 10 mm, com


esses dados foi calculada a massa nominal do aço.

C = 0,603m

M = 0,370kg

Massa Nominal = 0,370kg/0,603m = 0,614kg/m

DOBRAMENTO

Posteriormente ao dimensionamento da barra, foi feito um experimento de


dobramento do aço. Esse procedimento consiste em dobrar uma amostra de aço em 180º
aplicando uma força num ponto central da peça. O dobramento será feito por meio de um
pino de dobramento (Cutelo), onde o diâmetro desse pino é determinado por norma, sendo
proporcional à bitola do aço que está sendo analisado. De acordo com a norma NBR 6118 -
“Projeto e execução de obras de concreto armado” da ABNT – o diâmetro do cutelo a ser
utilizado no Aço CA – 50 de bitola inferior a 20 mm deve ser cinco vezes maior que a sua
bitola.
Na realização do experimento foi dobrada uma primeira amostra do aço, amostra
essa que não apresentou um comportamento satisfatório, de maneira a se romper antes mesmo
de atingir os 180º. Como a primeira amostra não esteve conforme, tornou-se necessária a
realização de uma contraprova, ou seja, um novo procedimento similar ao primeiro com uma
nova amostra do mesmo material.
Na contraprova o aço se comportou de maneira esperada, dobrando-se até os 180º
sem qualquer deformação, fratura ou algo do gênero, que pudesse diminuir o desempenho do
material. Sendo assim, observamos a conformidade do material no quesito dobramento.

TRAÇÃO

Nos ensaios de tração, a barra de aço tinha seu comprimento medido, anotado e
marcado com um giz de 10 cm em 10 cm. A barra então era encaixada em um equipamento no
qual eram impostas forças de tração. No eixo central da barra um extensômetro (instrumento
capaz de medir deformação de corpos) foi acoplado, a fim de medir a deformação da barra.

Ao serem encaixadas e as forças começarem a atuar, um gráfico Tensão x


Deformação foi plotado a partir de um programa computacional, e com o gráfico, valores
foram contabilizados, valores estes como:

Tensão Máxima – tensão máxima aplicada à Barra de Aço fazendo-o romper.

Tensão de Escoamento – tensão máxima que a Barra de Aço suporta ainda no regime elástico.

Módulo de Elasticidade – valor de rigidez da Barra de Aço.

Taxa de Deformação – alongamento da Barra de Aço, dada em porcentagem.

Após cada rompimento, a Barra era encaixada nos pontos de rompimento e seu
comprimento final medido. No ponto de ruptura também foi realizada uma medição em
relação aos 10 cm marcados no início do ensaio, de ponta a ponta da marca do giz.

Para a análise das Barras, é válido averiguar sua Taxa de Escoamento. Para Barras de
Aço CA 50, a exigência da ABNT 7840 é que essa taxa seja mínima de 540 MPa e o
Alongamento após a Ruptura, em relação aos 10 cm delimitados inicialmente, seja de 8%, no
mínimo.
Seguimos com os valores iniciais das barras:

Barra 1 Barra 2 Barra 3


Ci = 60,3 cm Ci = 60,2 cm Ci = 60,6 cm
Li = 10 cm Li = 10 cm Li = 10 cm

Medidas encontradas, as barras foram suspensas e as forças atuaram. Os valores finais


encontrados foram:

Tensão de Módulo de
Força Máxima
Barra Escoamento Deformação (%) Elasticidade
(N)
(MPa) (MPa)
1 (D = 10 mm) 55033 588,91 8 203832
2 (D = 10 mm) 54859 577,5 10 192767
3 (D = 10 mm) 51757 465 10 198152
Tabela 1 – Valores encontrados no Ensaio de Tração

Os valores de comprimento finais e alongamentos encontrados foram:

Barra 1 Barra 2 Barra 3


Cf = 65 cm Cf = 65,6 cm Cf = 66,4 cm
Lf = 11,7 cm Lf = 11,7 cm Lf = 12 cm

Temos Ci – comprimento inicial da barra, Cf – comprimento final da barra, Li – delimitação


da barra, Lf – valor final da delimitação após a ruptura.

Os gráficos obtidos a partir dos dados do ensaio são:


Gráfico 1 – Gráficos Tensão x Deformação das Barras 1, 2 e 3
CONCLUSÃO

Quanto ao valor da massa e comprimento de uma Barra de Aço CA – 50, a norma


especifica que a massa nominal para uma barra de bitola 10 é de 0,617 kg/m com tolerância
de 6%, para mais ou para menos. Os dados indicam que, em referência a massa, a Barra está
classificada como Conforme. A partir dos ensaios de tração realizados nas Barras de Aço CA
50 notamos que na Barra 3 o valor da Taxa de Escoamento não está adequada para tal barra;
logo, esta estaria classificada como Não Conforme.

Seguir as indicações de norma se faz necessário na busca de um produto final seguro,


prevenindo assim quebras ou fragilidade nas regiões de dobras, afim de não colocar toda a
estrutura em risco. No entanto, o dobramento pode fragilizar o material na parte da região de
dobra. Em casos onde não há um respeito às normas técnicas no ensaio, se a barra não quebrar
no ensaio é muito pior do que se ela tivesse quebrado, pois seria retirada da mesa de
dobramento e não iria para a armadura. A barra com problema irá compor a armadura e
ocorrendo alguma sobrecarga acidental na estrutura a fragilização pode acontecer neste ponto.

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