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Resumo: O mapa de danos é um dos documentos pertencentes ao processo de inventário, cuja função é
registrar graficamente as manifestações patológicas da edificação patrimonial. No entanto, como
ferramenta sistematizada para os estudos do estado de conservação do patrimônio moderno, ainda há
pouca publicação. Além disso, nota-se uma carência de referências teóricas para a representação gráfica
padronizada das manifestações patológicas e sua gravidade. A não sistematização dos procedimentos para
representação gráfica no mapa de danos podem contribuir para a insuficiência de informações ou o
comprometimento do registro das mesmas, tanto nos processos de inventário quanto durante as fases de
manutenção ou reabilitação da edificação. Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar um conjunto de
padrões, fundamentados pela Cartografia, para a representação gráfica das manifestações patológicas
características e recorrentes em fachadas em concreto aparente, sistema este representativo do
patrimônio moderno. Os procedimentos metodológicos propostos para a representação gráfica das
manifestações patológicas em mapa de danos foram aplicados em um estudo de caso. O resultado gráfico
obtido mostrou que o padrão adotado facilitou a leitura e a identificação das tipologias de danos, inclusive
a sua gravidade, garantindo um registro documental das informações do estado de conservação que pode
ser usado e atualizado ao longo do tempo de existência do patrimônio cultural.
Resume: The damage map is one of the documents belonging to the inventory process, whose function is to
record graphically the pathological manifestations of the patrimonial building. However, as a systematized
tool for the studies of the state of preservation of the modern patrimony, there is still little publication. In
addition, there is a lack of theoretical references for the standardized graphical representation of the
pathological manifestations and their severity. Failure to systematize the procedures for graphical
representation in the damage map can contribute to the insufficient information or the commitment of the
registry of the same, both in the inventory processes and during the phases of maintenance or reconversion
of the building. Therefore, the purpose of this article is to present a set of patterns, based on Cartography,
for the graphic representation of characteristic and recurrent pathological manifestations in facades in
exposed concrete, a system that is representative of modern patrimony. It is intended to establish some
methodological procedures for the graphic representation of the respective pathological manifestations, in
order to obtain a graphic result in the form of a damage map, in order that this information can be used and
updated in the patrimonial asset conservation processes.
Keywords: Modern Heritage, Damage Map, Graphic Representation, Standardized Model, Exposed Concrete.
1
1. Introdução
A representação gráfica, por meio da imagem, pertence a um sistema de sinais criado pelos homens para
armazenar, compreender e comunicar as suas observações (ARCHELA, 1999).
Quanto aos estudos sobre a conservação de edifícios patrimoniais, essas simbologias gráficas podem
contribuir com a identificação tipológica, frequência, extensão e localização de seus danos (SOUZA; RIPPER,
2009).
No entanto, muitos autores de mapas de danos adotam representação gráfica própria, baseada em
preferências pessoas, indicando a ausência de um padrão de referência que oriente o registro gráfico do
estado de conservação. Segundo Tinoco (2009), a existência de recomendações que pudessem estabelecer
procedimentos e interpretação de dados colhidos servem como suporte para as ações de conservação e
restauro, contribuindo para a autenticidade da materialidade e integridade da edificação.
Dessa forma, buscam-se alguns fundamentos da Cartografia para tratar os dados específicos que se deseja
representar no mapa de danos, com o propósito de padronizá-los e, consequentemente, otimizar a
comunicação das informações representadas no documento, ao longo do tempo da existência do bem
patrimonial.
No que diz respeito aos mapas de danos já publicados na literatura brasileira, grande parte desses
exemplares referem-se aos edifícios pertencentes à arquitetura tradicional e histórica, identificando-se
escassez de publicações sobre mapas de danos de edifícios patrimoniais modernistas.
Neste contexto, este trabalho apresenta um conjunto de padrões, embasados nos estudos cartográficos,
para a representação gráfica das principais manifestações patológicas características e recorrentes em
fachadas de concreto aparente em edifício modernistas. De modo a testar os padrões de representação
gráfica propostos, o trabalho traz a aplicação do método elaborado em um estudo de mapa de danos para o
Palácio Itamaraty em Brasília, capital do Brasil.
Considera-se que a proposta de um método que oriente os registros sobre o estado de conservação das
edificações patrimoniais é um facilitador para os procedimentos de gestão da manutenção, pois torna-se
uma ferramenta que permite o acompanhamento da evolução do estado de conservação e a fiscalização das
rotinas de preservação do patrimônio moderno.
Cada fenômeno a ser representado exige certa especificidade de imagem, ou seja, existem certas
representações gráficas que são mais adequadas que outras. Para Bertin (1967), a Semiologia Gráfica
promove relações de semelhança, de ordem e de proporcionalidade entre o conjunto de dados, a partir de
propriedades do plano, definindo um sistema de sinais. Qualquer associação entre os objetos a serem
exibidos podem ser expressos por meio de seis variáveis visuais, quatro níveis de organização de dados e três
modos de implantação, ilustrados na Figura 1.
Bertin (1967) denominou de variáveis visuais as seguintes propriedades: tamanho, valor, cor, forma,
orientação e granulação. Cada uma dessas variáveis visuais pode ser caracterizada pelo seu modo de
implantação, ou seja, por meio de pontos, linhas ou áreas (zonas). A associação entre os fenômenos e seus
objetos pode ser expressa por meio de relações quantitativas, quando os dados são de natureza numérica, e
são estabelecidas relações de proporção entre eles; relações de ordem, quando os dados apresentam
hierarquia; relações seletivas, quando os dados apresentam diferença entre si; e relações associativas,
quando os dados apresentam semelhança entre si.
A variável cor possui poder de expressão e traz consigo um significado, podendo ser vista como um meio de
comunicação (ARHNEIM, 1994; GUIMARÃES, 2000). Goethe (2011) afirma que o cinza é o equilíbrio entre o
claro e o escuro, e que a noção perceptiva do grau de escuridão ou claridade proporcionado por determinado
tom de cinza pode variar de acordo com o fundo onde a imagem se encontra, podendo ser considerado um
indicativo de profundidade (SALLES, 2000; BACH JÚNIOR, 2015).
Guimarães (2000) explica que um objeto com cor passa a se tornar um signo. Dessa forma, a cor pode ser
vista como um elemento da linguagem visual, podendo assumir inclusive uma codificação cultural, como por
exemplo, em sistemas de segurança e alerta. O vermelho transmite a ideia de perigo e proibição,
contrapondo a mensagem do verde que transmite a ideia de permissão e segurança. Dessa forma, nota-se
que o signo que passa uma informação negativa tende a ser mais forte.
Archela (1999) ressalta que uma das formas de se estudar as imagens é analisar seus elementos e as relações
entre suas partes, na tentativa de compreendê-la pelo processo de decodificação. Considerando a imagem
do tipo figurativa e simbólica (onde o signo antecede a palavra), a imagem gráfica é monossêmica (BERTIN,
1967).
É possível considerar os estudos cartográficos como uma metodologia de pesquisa porque permite a análise
de um problema por meio de questões pertinentes, tais como: que tipo de relações existem entre as coisas
e que tipo de coisas os signos simplificam. Portanto, para a construção de um mapa, deve-se inicialmente
colocar no papel todos os elementos gráficos de uma mesma componente e suas possíveis posições ou
coordenadas, devendo ser feitos questionamentos do tipo: onde (diz respeito à sua posição), o que, em que
ordem e quanto (ARCHELA, 1999).
Toda representação gráfica começa por uma tabela de dados ou matriz. Nessa matriz estão alocados os
grupos de objetos e os grupos de atributos (relações Z). Dessa forma, a representação cartográfica é o
tratamento e transcrição desta matriz (ARCHELA, 1999).
Em relação ao tratamento gráfico dessas informações, esta etapa corresponde à forma de intervenção
gráfica. Nesse momento são escolhidas as representações gráficas por meio da simplificação e análise da
matriz, com o intuito de descoberta das relações entre os dados. A representação gráfica pode ser vista,
portanto, como a simplificação da informação complexa que facilite a memorização e o tratamento dos
dados, e deve ser formatada de tal modo que seja possível a leitura tanto do detalhe quanto do conjunto, e
vice e versa (ARCHELA, 1999).
Tanto o pesquisador que elabora o mapa quanto o leitor devem possuir a mesma noção perceptiva diante
da matriz. Dessa forma, ao ser elaborada a representação gráfica, deve-se analisar as questões (implícitas e
explícitas) que podem ser feitas pelo usuário (ARCHELA, 1999).
Archela (1999) enfatiza que a representação gráfica não se limita a imagem. Ela deve ser vista como um
instrumento de memorização, capaz de estabelecer classificações e categorizações. Por esse motivo, a
representação gráfica deve ser formatada por várias vezes, até que se consiga revelar todas as possíveis
relações de seu conteúdo.
O documento técnico italiano NORMAL 1/88 traz padrões de representação com uma descrição, terminologia
e definições de alterações identificadas em materiais de pedras naturais e artificiais. Apesar de esta norma
ter sido substituída pela UNI 11182:2006, a análise de suas representações é relevante para o presente
trabalho.
Enquanto a NORMAL 1/88 trazia a simbologia gráfica juntamente com o registro fotográfico, a descrição e a
denominação do dano, a UNI 11182:2006 não contempla a representação gráfica por meio de símbolos, mas
estabelece a fotografia como a única forma de registro visual.
No entanto, ao observar o registro fotográfico da UNI 11182:2006 e a simbologia adotada pela NORMAL
1/88, percebe-se certa compatibilidade visual entre todas as representações, com clara semelhança visual
entre o que é apresentado na fotografia e a sua representação simbólica gráfica. Nota-se, portanto, uma
preocupação em representar o fenômeno pelo efeito visual que ele provoca.
Gallois (2009) produziu para o IPHAN uma normativa para representação de danos de materiais lapídeos,
baseada na metodologia da ICCROM-UNESCO (Stone Conservation Course, Venezia, 2009) e na normativa
italiana UNI 11182:2006, já mencionada. Utilizando o mesmo exemplo dos documentos normativos
anteriores, percebe-se certa semelhança gráfica entre as simbologias, e mesmo sendo um documento
baseado na normativa UNI 11182:2006 mais atualizada, ainda assim, a autora optou pela simbologia gráfica
ao invés do registro por meio de fotografia.
A partir de uma sequência de procedimentos, o método proposto no presente trabalho estabelece algumas
etapas principais para a elaboração gráfica de padrões de representação gráfica de manifestações
patológicas recorrentes em fachadas modernistas em concreto armado aparente. O método proposto
consiste em estabelecer um conjunto de dados a serem representados e suas correlações. Essas associações
trazem como resultado final a composição de uma matriz. Na sequência, a matriz é analisada e os padrões
de representação gráfica são finalmente definidos.
1No presente método, não foram contempladas anomalias congênitas, tais como: junta de forma, ninho de concretagem, abertura
de forma e mancha de concretagem.
Proposta para representação gráfica do estado de conservação de fachadas em concreto aparente
Especifica-se a forma como serão abordadas as representações gráficas:
As informações presentes no desenho gráfico do mapa de danos podem ser categorizadas como
componentes gráficos. Determina-se, portanto, os dados gráficos e modo de implantação, correspondentes
a cada componente.
O Quadro 2 detalha todos os parâmetros cartográficos adotados. Após a escolha e definição dos parâmetros
cartográficos do mapa de danos proposto, determina-se no Quadro 3, a entidade de cada componente
gráfico.
Estágio 2 - Cor
Gravidade
Estágio 3 - Cor
Estágio 4 - Cor
Concreto armado aparente Área Cor
Elementos e Componentes Fachada Cortina
Área Cor
Construtivos (caixilhos metálicos e panos de vidro)
Componente para reparo Área Cor
Para que seja possível atribuir gravidade ao componente gráfico manifestações patológicas, foram listadas e
codificadas as suas principais categorias. O Quadro 4 traz essa subdivisão.
Com base nas decisões e escolhas feitas até então, sintetiza-se a ideia geral da representação gráfica
proposta por meio da formatação de uma matriz das informações gráficas já definidas, a qual pode ser
melhor observada no Quadro 5.
Quadro 4 - Categorias de manifestações patológicas e seus respectivos códigos. Fonte: AUTORAS, 2018.
DADO GRÁFICO CATEGORIAS CÓDIGO
Micro vegetações daninhas V1
Vegetação Vegetações daninhas com caule e raízes frágeis V2
(V) Vegetações daninhas com raízes firmes e superficiais V3
Vegetações daninhas com raízes profundas V4
Para aberturas menores que 0,2 mm F1
Fissuras Para aberturas iguais ou maiores que 0,2 mm e menores que 0,4 mm F2
(F) Para aberturas iguais ou maiores que 0,4 mm e menores que 0,6 mm F3
Para aberturas iguais ou maiores que 0,6 mm F4
Sujidade localizada M1
Alteração cromática M2
Biológica - Bolor M3
Pontos de umidade M4
Manchas Sujidade generalizada M5
(M) Pichação M6
Início de eflorescência M7
Umidade localizada M8
Eflorescência avançada M9
Umidade generalizada M10
Lascamento ou esfoliação pontual do concreto PS1
Desagregação do concreto PS2
Perda de seção
(PS) Destacamento de concreto com exposição da armadura PS3
Destacamento, esfoliação ou desagregação de concreto com perda
PS4
significante de massa do elemento estrutural
Pontos de corrosão sem fissuras CA1
Corrosão de armadura Manchas de corrosão com fissuras CA2
(CA) Manchas de corrosão com fissuras e perda de seção do aço CA3
Barra de aço seccionada CA4
Regiões reabilitadas
Estágio 01 Estágio 02 Estágio 03 Estágio 04
na fachada de concreto
V1 X
F1 X
M1 X
PS1 X
V2 X
F2 X
M2 X
M3 X
M4 X
Concreto Aparente
M5 X
ATRIBUTOS
OBJETOS
M7 X
M8 X
PS3 X
V4 X
F4 X
M9 X
M10 X
PS4 X
CA1 X
Armadura
CA2 X
CA3 X
CA4 X
Componente
para reparo
R X
A análise da matriz (Quadro 5) contempla estudos sobre as relações formadas entre os objetos e seus
atributos e quanto à natureza do problema exposto pela representação gráfica. No caso das manifestações
patológicas, a análise contempla questionamentos sobre o tipo de atribuições que cada objeto pode assumir:
tipos de materiais, gravidade e de que forma isso pode ser implantado visualmente.
Nesta etapa são feitas as devidas composições gráficas entre os objetos e seus atributos e são finalmente
decididas as representações gráficas que entram na composição do produto gráfico final.
Decidiu-se pela composição entre os componentes gráficos gravidade e manifestações patológicas, de forma
a indicar por meio de cores o estado de gravidade das manifestações patológicas diagnosticadas e
representadas, conforme já apresentado na etapa 01. De acordo com os parâmetros escolhidos para medir
o nível de gravidade, apresentados no Quadro 5, define-se o critério utilizado para as correspondências
(manifestação patológica - gravidade) e a sua respectiva cor (variável visual do componente gráfico
gravidade):
O Quadro 5 apresenta em qual nível de gravidade cada categoria de manifestação patológica está
enquadrada. Entretanto, de modo a facilitar o entendimento e utilização dessas correspondências, foram
formatadas algumas réguas graduadas de gravidade.
2 De acordo com Gaspar (2009), o modelo conhecido por padrão RGB, sigla que significa: red, green e blue (tradução: vermelho, verde
e azul), considera que todas as cores estão dispostas em um espaço tridimensional. Dentro desse espaço, os eixos correspondem às
cores vermelho, verde e azul, estando graduados de 0 a 255. Dessa forma, cada cor corresponde a uma coordenada RGB (x,y,z)
específica, variando de 0 a 255.
Proposta para representação gráfica do estado de conservação de fachadas em concreto aparente
Régua graduada de gravidade para vegetação
A manifestação patológica causada pelo crescimento de vegetação nas edificações foi dividida em estágios
de gravidade, conforme pode ser observado na Figura 2.
A régua graduada apresentada na Figura 3 indica cada estágio de gravidade do dano fissura. A dimensão de
sua abertura será o parâmetro de classificação de gravidade, melhor representado por quatro diferentes
estágios.
De acordo com a Figura 3, as cores ficam cada vez mais forte à medida que a dimensão de abertura da fissura
aumenta. Dessa forma, nomeia-se de estágio 1 todas as fissuras menores que 0,2 mm. As pertencentes ao
estágio 2 são todas aquelas aberturas com dimensão igual ou maior que 0,2 mm e menores que 0,4 mm.
Todas as fissuras de dimensões iguais ou maiores que 0,4 mm e menores que 0,6 mm pertencem ao estágio
3. No estágio 4 estão todas aquelas fissuras iguais ou maiores que 0,6 mm.
No caso das manchas, o parâmetro de análise de gravidade é atribuído à sua origem ou causa. Dessa forma,
obedecerá a régua graduada da Figura 4.
Criou-se, como parâmetro de classificação de gravidade para a manifestação patológica perda de seção, a
régua graduada da Figura 5.
A cada etapa de avanço desse tipo de manifestação patológica, haverá uma maior exposição dos
componentes às intempéries. Portanto, quanto mais avançada for a manifestação patológica, maior será seu
nível de gravidade.
No caso da corrosão de armadura, o parâmetro de análise de gravidade obedece a régua graduada da Figura
6.
Como pode ser observado, estabeleceu-se alguns estágios de avanço da manifestação patológica, desde seu
início até o seu estágio mais avançado. Atentou-se também para os critérios de segurança do componente
estrutural armadura: conforme o processo de corrosão alcança estágios mais avançados e mais distantes dos
fatores de segurança, mais grave a manifestação patológica se apresentará.
Como forma de registro gráfico dos componentes e elementos construtivos, foram escolhidas texturas
sólidas de tonalidades na cor cinza, conforme a régua graduada da Figura 7.
Figura 7 – Régua graduada de tonalidade na cor cinza para registro gráfico dos componentes e elementos
construtivos. Fonte: AUTORAS, 2018.
Os Quadros 6 e 7 trazem, por sua vez, os padrões de representação gráfica escolhidos para as regiões
reabilitadas e para as tipologias de manifestação patológica recorrentes no concreto armado aparente.
Quadro 6 – Padrões de representação gráfica para regiões reabilitadas nas fachadas de concreto armado aparente.
Fonte: AUTORAS, 2018.
DADO GRÁFICO ELEMENTO GRÁFICO PADRÃO DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Símbolo pontual/
Símbolo linear/
Região reabilitada
Textura formada por
símbolos pontuais
Mancha por
alteração Textura formada por símbolos pontuais
cromática/textura
O método proposto foi aplicado em um mapa de danos da fachada principal do Palácio Itamaraty, sede do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil, situado em Brasília, capital do Brasil, com Arquitetura Moderna
de Oscar Niemeyer. O mapa de danos utilizado para a aplicação do método proposto foi obtido do trabalho
desenvolvido por Costa (2014). O resultado gráfico pode ser observado na Figura 8.
A Figura 9 mostra em detalhe a representação gráfica das manifestações patológicas que, por meio de seus
símbolos e cores padronizados, identifica a tipologia e a gravidade do dano encontrado.
LEGENDA
LEGENDA
Figura 9 – Detalhe do estado de conservação da fachada do Palácio Itamaraty. Fonte: AUTORAS, 2018.
Proposta para representação gráfica do estado de conservação de fachadas em concreto aparente
5. Conclusões
Agradecimentos
À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.
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