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O BIOGRÁF(EMAT)ICO

O BIOGRAFEMÁTICO

Virada da pesquisa: interrogar o biografema no que ele


produz hoje

O uso das escritas de vida pelas narrativas


comunicacionais alteraria os modos de ser e fazer do
biografema?
O novo traçado do espaço público transformou decisivamente os
gêneros autobiográficos canônicos, aqueles que esboçavam as formas
modernas de enunciação do eu. O avanço da midiatização e de suas
tecnologias da transmissão ao vivo fez com que a palavra biográfica
íntima, privada, longe de se circunscrever aos diários secretos, cartas,
rascunhos, escritas elípticas, testemunhos privilegiados, estivesse
disponível, até a saturação, em formatos e suportes em escala global.
(ARFUCH, 2010, p. 151)
O BIOGRAFEMÁTICO
A partir de tal colocação, propomos perguntar não as
causas do fenômeno, mas sim suas implicações. Indagar
ainda mais: quais os modos de enunciação dessas vidas,
seus veículos de expressão, suas particularidades? É
mesmo além: quais as consequências desse processo, que
afetos e que subjetividades são movimentadas por essa
escrita?
PROBLEMA

Tendo em vista a dispersão de traços biografemáticos nas


narrativas midiáticas contemporâneas, quais as
implicações desse processo para o pensamento semiótico
e comunicacional?
OBJETIVO GERAL

Mapear os usos atuais do biografema nos meios de


comunicação, destacando nesse cenário seus diversos
regimes semióticos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Problematizar o conceito de biografema, de sua proposição


enquanto crítica da biografia por Barthes até suas modulações
contemporâneas.

• Compreender a noção de espaço biográfico, em sua


transversalidade com os problemas da biografia e dos meios de
comunicação, destacando análises que também identifiquem
mudanças no panorama das escritas de vida.

• Caracterizar a presença de traços biográficos em objetos midiáticos


(oriundos da literatura e do jornalismo), destacando nessa dispersão
tanto suas regularidades quanto variações.

• Discutir essa dispersão biografemática a partir da elaboração de


hipóteses teórico-analíticas, calcadas no pensamento de Barthes e
nas discussões da Semiótica Crítica.
OBJETOS

Literatura:
A sinagoga dos iconoclastas, Rodolfo Wilcock
Vida, Paulo Leminski
La literatura nazi en America, Roberto Bolaño

Jornalismo:
Caetano Veloso estaciona o carro/Chico Buarque compra baguetes
Bela, recatada e “do lar”
A vida que ninguém vê/O olho da rua, Eliane Brum
PROPOSTA DE SUMÁRIO

1 Introdução
1.2 Percurso metodológico
2 Aspectos do biográf(emát)ico contemporâneo
2.1 Elementos de biografemática
2.2 Geografias do espaço biográfico
2.2.1 Sobre alguns devires menores das escritas de vida
2.3 À biografagia
3 Mapeamento de traços biografemáticos
3.1 História(s) da vida escrita
3.1.1 Da vida iconoclasta à vida-oxímoro
3.1 História(s) da vida impressa
3.2.1 Da vida que ninguém vê à vida vista por todos os lados
4 Dimensões da palavra biografemática
4.1 Como palavra de ordem
4.2 Como palavra mitológica
4.???
PROBLEMAS PARA PESQUISA

Com qual ideia/conceito de mídia trabalhamos? Como


tratar das narrativas em termos comunicacionais não
genéricos?

Reapropriado o biografema, quais os dispositivos de


“desestabilização” do biográfico hoje?

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