[1] A família Bragaglia era de origem italiana e veio para o Brasil em 1912 trazendo seu grupo teatral. [2] Eles se apresentaram em Porto Alegre e depois se mudaram para Veranópolis, onde João Bragaglia conheceu sua esposa. [3] A família se estabeleceu em Antônio Prado, onde continuaram com seu teatro, e depois em Vacaria, onde seus filhos cresceram.
[1] A família Bragaglia era de origem italiana e veio para o Brasil em 1912 trazendo seu grupo teatral. [2] Eles se apresentaram em Porto Alegre e depois se mudaram para Veranópolis, onde João Bragaglia conheceu sua esposa. [3] A família se estabeleceu em Antônio Prado, onde continuaram com seu teatro, e depois em Vacaria, onde seus filhos cresceram.
[1] A família Bragaglia era de origem italiana e veio para o Brasil em 1912 trazendo seu grupo teatral. [2] Eles se apresentaram em Porto Alegre e depois se mudaram para Veranópolis, onde João Bragaglia conheceu sua esposa. [3] A família se estabeleceu em Antônio Prado, onde continuaram com seu teatro, e depois em Vacaria, onde seus filhos cresceram.
Texto extraído do jornal "A Notícia" de Firmo Carneiro escrito por Lélia Bragaglia - 24/12/1987
”TOCANTE HISTÓRIA DE OS BRAGAGLIA”
Ramo: GIOVANNI ACHYLLES HUMBERTO BRAGAGLIA. (JOÃO BRAGAGLIA). A Itália foi o seu berço: Família Bragaglia. Giuseppina e Petrônio, o seu tronco. Formavam um grupo de teatro clássico e possuíam também um bem montado teatro de marionetes. De cidade em cidade percorriam a Itália e seus quatro filhos nasceram, respectivamente EGIDIO e GIOVANNI (João) na Sicília , na Calábria CONCETINA e em Milão HELENA. Giuseppina ficou viúva muito nova, e com seus filhos ainda adolescentes, meu pai, o mais novo, contava com 14 anos, veio para o Brasil com seu grupo teatral, era o ano de 1912. Muitos elementos do grupo ficaram na Itália; eis os que vieram: O velho pai de minha avó que faleceu em Porto Alegre (o Nono Messina), minha avó Mama Pepe (assim a chamavam) e duas irmãs, Agripina e Antonia; Mario Libricci, Alcebíades Mortari, Fernando Anelo (fotógrafo) e outros. Em Porto Alegre apresentaram-se diversas vezes no teatro São Pedro, com peças de ópera. Mudaram pouco depois para Alfredo Chaves (hoje Veranópolis), onde meu pai Giovanni (João) fez o serviço militar no tiro de guerra local. Nesta cidade conheceu minha mãe Clorinda Spielmann, filha de Bernardo Spielmann, curtidor e Rosina Maioli, ele Austríaco de nascimento e ela Italiana. Meu tio Egidío o mais velho da família, casou com Luiza Michielin e foram morar em Bento Gonçalves. De Bento Gonçalves foram com toda a família para Antôni Prado. Meu pai já havia casado e foi morar em Lagoa Vermelha onde nasceram Cloé e Zoe. Daí para Sananduva onde nasceu o Petrônio. Rebentou a revolução de 1923. Como meu pai era do partido do governo, político e italiano de sangue quente, meteu-se em confusão e fugiu com a família para Santa Catarina, no lugar chamado Capinzal. Ai nasceram Josefina (Pina) e a Lea. Meu pai exerceu várias profissões, era alfaiate, barbeiro e casa de pasto (hoje restaurante). De Antônio Prado veio o chamado, seu irmão Egídio encontrava-se muito doente e pedia a presença da família de meu pai. Neste tempo, 1930, Antônio Prado era uma cidade progressista. Bonita ela é até hoje, mas o progresso ficou com o desvio da BR 116. Em Antônio Prado nasceram: Egídio, Bernardo, Lélia, Inédia, Névia e Mauro. Tio Egídio e tia Luiza tiveram seis filhos: Petronia, Ulysses, Olívia, Ofélia, Hércules e Humberto. Foi famoso fotógrafo de Antônio Prado, morreu aos 42 anos de uma operação de vesícula. Tia Concetina casou casou com Pedro Ranzolin, exator em Antônio Prado, também tiveram seis filhos: Lóris que já foi exator aqui em Vacaria, Conrado agente de estatística em Getúlio Vargs, Jaime, Neli era muito bonita, Jatir e Alirio, moram em Porto alegre. Tia Helena casou com Carmelito Michielin, irmão do saudoso Chico Michielin de Coxilha Grande. Tiveram duas filhas Clebi e Maria Aparecida, moravam em Vacaria. Tia Helena nos idos de 1942, fundou um grupo teatral aqui em Vacaria., com muito sucesso. Trabalharam no teatro de tia Helena, Almir Faraco Ítalo Bertuzzi, Osvaldo Lacerda, Adir Silva, Seu Mancuso, Bernardina Padilha (era o ponto), Joanin Toigo, Geni Abreu, Aracy Roxo (ao piano), Lourdes Adami, Petrônio Bragaglia e Zoe, mas Clebi Michelin. O traadutor das peças, do italiano para o português, foi o saudoso advogado Lídio Filetto de Oliveira. Recordando: após a ida da minha família para Antônio Prado, o teatro dos Bragaglia chegou ao auge, entre outras peças encenaram: “ O barbeiro de Sevilha”, “Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo”, minha avó Mama Pepe, era dona de uma belíssima voz, cantava e também era atriz. Tiveram colaboração de Vicente Palombini que também era ator, pai de Calvino Palombini, amigo de meu pai, e pai de Marcos Palombini prefeito de Vacaria. Em Antônio Prado, meu pai, Giovanni ( João) Bragaglia foi ecônomo do clube União, teve Café, foi fiscal da Prefeitura na gestão de Francisco Marcantônio e Oscar Hampe, secretário da União Operaria e músico da banda da mesma sociedade. Morreu cedo, com 40 anos incompletos, de uma infecção nos rins. Nesse tempo, o Bispo Henrique Gelain , era vigário de Antônio Prado, deu muita força e ajuda à minha mãe, foi quem administrou meu pai os últimos sacramentos. Dois meses após, minha mãe em 15 de novembro de 1938, mudou-se para Vacaria , exceto a Lea que ficou que ficou com tia Luiza, até os 16 anos em Videira – Santa Catarina. Vacaria, novos ares, cidade acolhedora. Minha mãe adora esta cidade. Não voltou mais para Antônio Prado, ela diz que lá só tem cinzas, cinzas dos mortos queridos e muitas recordações. O tempo passa. Aqui os filhos cresceram, estudaram, casaram e tiveram filhos também. Dois já faleceram: Petrônio e Cloé, é o ritmo da vida o tempo... Petrônio, escrivão cível e crime em vacaria e escrivão no 3° distrito, inteligente e exímio jogador de xadrez e o mais veloz datilógrafo destas paragens, casou com Nair Kramer Pinto, tiveram dois filhos, Fernando, tenente do Exército em Porto Alegre e Salete, casada com Hélio Acauan. Petrônio era amigo de todos e em particular de Firmo Carneiro. Teve ajuda do saudoso Hermeto Atti, colega de profissão. Cloé casou com Avelino Soldateli e teve nove filhos: Marinela, Mariusa, Gilberto (falecido em acidente de automóvel), Umberto João, Wander, Avelino (Nino), Mariblanca, Ivana e Roger. Zoe trabalhou 35 anos na loja Marcantônio, é aposentada e cuida sua mãe e de seu irmão Mauro que é excepcional. Zoe foi que assumiu a responsabilidade na educação dos irmãos. Josefina (Pina), casou-se com Elpídio Machado, morou muitos anos em Carazinho teve quatro filhos Henriete, João Carlos, Rita e Luiz Adão. Atualmente é viúva e professora aposentada. Lea casou com Eloê Barbosa de Camargo e tem seis filhos: Maria de Fátima, Carla, , te Giovanni, Claudia, Luciano e Rodrigo. Lea é artista plástica e enfeia com mãos de fada as noivas de Vacaria. Egídio casou com Rulaci Broilo em Caxias do Sul, tiveram três filhos: Roberto, Humberto João e Ricardo, moram em Chapecó. Egídio atualmente mora em Florianópolis. É aposentado como assessor da Secretaria do Oeste, em Chapecó. Formou-se em direito e exerce a profissão. Bernardo casou com Nautilde Caon e teve duas filhas: Simone e Luciane. Ex bancário, exerce suas funções de representante comercial e atua em obras assistenciais em Vacaria, atualmente é presidente do asilo Santa Isabel. Lélia casou com Waldomiro Madeira da Oliveira e tem quatro filhos: João, Gianina, Vanessa e Gabriela. É professora , sua casa é o QG da família. Inédia casou com Darci Alves de Lima e tem seis filhos: Egidío, Rosele, Clorinda, Dagoberto, Andiara e Morgana. É também professora e da aulas de matemática, é o crânio dos números da família. Névia casou com João Rahde e tem duas filhas: Giselda e Mariella, moram em Gravataí, Névia é professora aposentada. Lecionou em Vacaria, sempre com classe de 1° série. Era alfabetizadora de fama. È uma poetisa. Minha mãe é parecida com as mulheres fortes da bíblia. Viúva aos 38 anos, trabalhou arduamente para o bem de seus filhos. Costurava às vezes, a noite inteira, enquanto Zoe trabalhava no Marcântonio. Adora copiar e fazer receitas, e rezar, rezar muito. Tem 37 netos 30 bisnetos. Todos a amam e aos domingos e festas a sua casa fica pequena. Não fosse a fibra e coragem destas duas mulheres maravilhosas, a família teria naufragado. Foram abençoadas por Deus com amor e carinho de todos da família. Hoje, é muito sngue Bragaglia descendente daquele humilde tronco que da velha Itália veio para as terras brasileiras.