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Módulo 7
Fernando Pessoa
Realizado por:
TCL-TQI 2016-2019
Disciplina: Português
1.Introdução
O presente trabalho é sobre o Modernismo na Europa e em Portugal, mais
concretamente sobre Fernando Pessoa e o grupo “Orpheu” e sobre os seus
heterónimos e ortónimos.
O objetivo deste trabalho é dar a conhecer melhor o poeta famoso Fernando Pessoa e
sabermos mais sobre os seus heterónimos, os seus estilos e as correntes estéticas.
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2.1.1. Europa
O início do século XX poderia ser datado no ano de 1895. Esta "licença histórica "
explica-se pela importância que esta data teve na história das ideias artísticas que
vieram depois. Neste ano, o austríaco Sigmund Freud lançou o livro Estudos sobre a
história, um marco importante na divulgação de suas descobertas científicas, que o
levaram a constituir um novo ramo médico: a Psicanálise.
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Em 1919, a grande guerra chega ao fim, e a nova onda otimista atingiu a Europa.
Acredita-se então, que uma catástrofe suicida daquelas proporções nunca mais
ocorreria. A década de XX ficou conhecida como os “anos loucos”.
A ousadia e a alegria eram palavras de ordem, tudo era discutido, todas as liberdades
eram proclamadas. Este ambiente favorece o surgimento de novas ideias estéticas,
ideias que constituíram o fundamento do nome Arte Moderna, a arte do século XX.
2.1.2. Portugal
O modernismo em Portugal surge no século XX, este movimento artístico que
filosoficamente assenta em Fitche e Hegel, é a assimilação de dois movimentos
literários: o simbolismo-decadentismo e o futurismo. O modernismo ensaia-se em
1913 com os poemas de Dispersão de Sá Carneiro e Pauis de Fernando Pessoa.
Estendeu-se até o final do Estado Novo, na década de 70, e contou com importantes
nomes, entre eles Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Irene
Lisboa, Miguel Torga, entre outros, que representaram as quatro vertentes do
modernismo: o Orfismo, o Presencialismo, o Neorrealismo e o Surrealismo.
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Os orfistas tinham como objetivo espantar a burguesia ao apresentar uma poesia livre
da métrica e inserir a literatura portuguesa no contexto cultural europeu, que àquela
época estava sob forte influência das tendências futuristas.
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Distanciamento do sentimentalismo;
Espírito dinâmico, acompanhando as transformações tecnológicas;
Espírito crítico e questionador;
Linguagem cotidiana;
Oposição às normas, numa atitude considerada “anárquica”;
Originalidade e excentricidade;
Ruptura com o passado, numa atitude inovadora.
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Rimas raras;
Vocabulário culto;
Objetivismo;
Racionalismo;
Universalismo;
Rejeição do lirismo.
3.1.2.1. Portugal
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Nascido no interior do norte de Portugal, Ponte de Lima, Feijó foi um importante poeta
parnasiano. Além de poeta, foi diplomata, exercendo diversos cargos no Brasil e em
países da Europa. De suas obras poéticas destacam-se: Transfigurações (1862),
Líricas e Bucólicas (1884) e Ilha dos Amores (1897).
Embora tenha nascido no Rio de Janeiro, Crespo era filho de pai português, e foi
considerado um dos mais importantes poetas parnasianos em Portugal. De suas obras
destacam-se: Miniaturas (1870), Nocturnos (1882) e Obras Completas (1887).
3.1.2.2. Europa
3.2 Intersecionismo
O termo Interseccionismo encontra-se uma série de obras mais ligadas às linguagens
vanguardistas que têm em comum a superposição de planos, mantendo afinidade com
o futurismo.
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Intersecção duma paisagem com um estado de alma que consiste num sonho;
Intersecção duma paisagem com outra paisagem (simbólica esta dum estado
de alma — como, por exemplo, «dia de sol» de alegria);
3.2.2.1. Portugal
3.2.2.2. Europa
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Ele nasceu na Villa Déramond-Barre adquirida por seu avô em 1830, e onde viveu até
1860, quando se estabeleceu na França metropolitana. Obras: Aspirations, poésies,
1858, La Rencontre, scène dramatique en vers, Paris, Salle Taitbout, 24 février 1875, entre
outras.
3.3. Sensacionismo
Dos vários “ismos” criados por Pessoa, o Sensacionismo é o mais desenvolvido, na
teoria e na prática. O Sensacionismo rejeita do Classicismo a noção — na verdade
mais característica dos discípulos modernos dos escritores pagãos do que deles
propriamente — de que todos os assuntos devem ser tratados no mesmo estilo, no
mesmo tom, com a mesma linha exterior a delinear-lhes a forma.
3.3.1.1. Portugal
Viveu grande parte da sua vida pobre e frágil no Ribatejo, na quinta da sua tia-avó
idosa, e aí escreveu O Guardador de Rebanhos e depois O Pastor Amoroso. Voltou no
final da sua curta vida para Lisboa, onde escreveu Os Poemas Inconjuntos.
3.4. Futurismo
O Futurismo caracterizou-se principalmente pelo rompimento com a arte e a cultura do
passado, celebrando o progresso e a tecnologia moderna, a vida urbana, a velocidade
e a energia ao ponto de os mais extremos, exaltarem as armas e a violência. Os
integrantes desse estilo foram os grandes divulgadores do movimento, recorrendo a
palestras e a publicidade para dar visibilidade a este estilo.
3.4.1.1. Portugal
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É o poeta moderno, aquele que vive as ideologias do século XX. Estudou Engenharia
Naval, na Escócia, mas não podia suportar viver confinado em escritórios. De
temperamento rebelde e agressivo, os seus versos reproduzem a revolta e o
inconformismo, manifestados através de uma verdadeira revolução poética. Escreveu
“Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e “Tabacaria”.
3.4.1.2. Europa
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Mais tarde veia a ter um padrasto que era o comandante militar João Miguel Rosa, que
foi nomeado cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul.
Fernando Pessoa acompanhou a família para a África do Sul, onde recebeu educação
inglesa. Estudou num colégio de freiras e na Durban High School.
Regressou a Lisboa em 1902, com a sua família e em 1903 voltou sozinho para a
África do Sul, onde frequentou a Universidade de Capetown.
Entre 1902 e 1908, Fernando Pessoa escreveu suas poesias e prosas apenas em
inglês, só aos 20 anos passou a escrever em português. Em 1912 estreou como crítico
literário na revista “Águia”.
A partir de 1915 liderou um grupo de jovens (Figura 5), que era composto por Mário de
Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor, Almada-Negreiros e o brasileiro Ronald de
Carvalho, e resolveram fundar a revista “Orpheu” (Figura 6), uma publicação que foi
porta-voz dos ideais de renovação futurista desejados pelo grupo, defendendo a
liberdade de expressão, numa época em que Portugal atravessava uma profunda
instabilidade político-social da primeira república. A revista Orpheu teve vida curta,
mas enquanto durou, Fernando Pessoa publicou poemas que escandalizaram a
sociedade conservadora da época. Os poemas “Ode Triunfal” e “Opiário”, escritos por
o seu heterônimo “Álvaro de Campos”, provocaram reações violentas levando os
“orfistas” a serem chamados de loucos e insanos nas ruas.
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Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, a 16 de abril de 1889. Órfão de pai e mãe, só teve
instrução primária e viveu quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia.
Poeta de contato com a natureza, extraindo dela os valores ingénuos com os quais
alimenta a alma. Para Caeiro, “tudo é como é”, “tudo é assim como é assim”, o poeta
reduz tudo à objetividade, sem a mediação do pensamento. O poema “O Guardador
de Rebanhos” mostra a forma simples e natural de sentir e dizer deste poeta. Alberto
Caeiro morreu com tuberculose em 1915.
Bernardo Soares é um dos heterónimos que o próprio Fernando Pessoa definiu como
sendo um “semi-heterónimo”. É o autor do Livro Desassossego.
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Conclusão
O grupo d’Orpheu teve como objetivo "acordar o País do sono cultural em que
mergulhara", para isso publicou dois números da revista Orpheu e colaborou em
diversas revistas apoiantes do modernismo. Um grande representante do modernismo
foi Fernando Pessoa, era um homem de forte talento e isso bastaria para explicar a
sua prodigiosa produção literária.
A poesia de Pessoa foi a mais bela que se escreveu em Portugal durante todo o
século XX, no entanto, apenas publicou uma obra completa antes da sua morte, a
Mensagem. A sua influência quase só se fez sentir num círculo estrito de admiradores,
apesar de lhe ter sido atribuído um discutível meio-prémio oficial da Secretaria de
Propaganda Nacional, à sua obra "Mensagem". Quando, em 1943 o seu velho
companheiro Luís de Montalvor inicia a publicação das suas "Obras Completas",
Fernando Pessoa torna-se o mais imitado dos nossos poetas modernos, sobretudo
porque se opõe à metafísica sentimentalista romântica, que abstrai a sensibilidade da
razão: "O que em mim sente está pensando".
Este trabalho fez assim compreender melhor da vida de Fernando Pessoa, dos seus
heterónimos e algumas das correntes estéticas do modernismo presentes nas obras
em Europa e Portugal.
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Bibliografia e sitegrafia
Modernismo, em https://modernismo.pt/index.php/orpheu (acedido em 25-10-
1918).
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