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2.6.

7 Ementa da disciplina de Educação Física Militar e Saúde

1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 80 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Graduação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser graduado em Educação Física.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal;
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Ordem Unida.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
a.1 Aspectos históricos
A História da Educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam o passado e o
presente das atividades humanas e a sua evolução. O homem, condicionado à situações de ser
pensante, desempenhou, em todas as etapas da vida, um papel importante na história da
educação física, a qual se propõe a investigar a origem e o desenvolvimento Seletivo de suas
atividades físicas, através do tempo: sua importância, as causas de seu apogeu e da sua
decadência. A Educação Física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos.
Assim, a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos,
sociais, económicos e científicos vigentes nas sociedades humanas. Na Pré-História havia a
preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário-guerreiro, sem
ideia definida do ponto de vista moral. Na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos,
visavam ao desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava
o aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram
os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Já entre os romanos, que
herdaram com a conquista da Grécia as atividades físicas dos gregos, em plena decadência,
orientavam a educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se
dedicavam à cultura intelectual e muito menos a da moral. Na Idade Média, caracteriza-se a
reação contra a adoração pagã do físico, e o espírito passa a predominar sobre a matéria. Os
exercícios físicos são relegados a plano secundário e a "justo" e o "torneio" são as formas
bárbaras de sua manifestação, por influência das ordens de cavalaria. Módulo ernamente, com o
desenvolvimento da fisiologia e outras ciências, cai, o conceito anatômico e passa a prevalecer o
fisiológico. O que se deseja não é a força, mas sim a saúde, mais do que a força. É preciso,
também, considerar o lado moral. A moral deve ser levada em conta pela educação física, pois é
necessário que ela concorra para formar um coração generoso, uma moral elevada, além de uma
inteligência lúcida. Estamos, pois, hoje, na fase em que a educação física visa, a par do preparo
físico, a educação, no seu tríplice aspecto: físico, moral e intelectual.

a.2 Aspectos Atuais


A disciplina propõe estabelecer e transmitir a importância da prática regular de atividade física
que sempre estiveram associada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas
ideias que tentavam explicar a vinculação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que
alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que
possuíam boa saúde, vigor física e disposição mental; a outra propositura dizia que a atividade
física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças,
saúde mental e boa aptidão física. Hoje, sabe-se que os dois conceitos são importantes e se
relacionam. Em uma visão contemporânea, pode-se considerar que a Educação Física vem
estudando o ser homem em um contexto de cultura corporal de múltiplas possibilidades, na
pratica de atividades físicas sistematizadas e direcionadas, para a educação, desporto, estética e
saúde, entre outras. (Bach & Beresford, 2003). Vivemos um tempo de enormes exigências.
Somos constantemente chamados a lidar com novas informações e experiências. O homem cada
vez mais se vê diante de inúmeras situações às quais precisa adaptar-se. Como exemplo, citamos
as demandas e pressões externas vindas da família, do meio social, do trabalho ou do meio
ambiente. Assim se retrata a vida urbana atual, ocasionando danos significativos à saúde. Dentro
deste universo se insere o policial militar que, não diferente dos demais, também sofre as
influências advindas do mundo exterior. Em consequência, faz-se necessário ter hábitos
saudáveis de vida, com o objetivo de combater os danos causados à saúde pela forma de vida
que levamos. Para tanto, a prática da atividade física regular vem como um meio de evitar que
esses danos se propagem, ou até mesmo preveni-los, pois pesquisas mostram que os efeitos são
benéficos, de forma a melhorar o bem-estar físico, mental e social, e, consequentemente,
contribuir para uma melhor qualidade de vida. O homem, ao ser preparado para a atividade
policial militar adquire conhecimentos diversos dentro deste universo. Ética, direito, táticas
policiais, são exemplos das áreas do conhecimento onde o policial militar está imerso. Dentre
estas matérias, existe uma de suma importância para a interdisciplinaridade, que prepara o corpo
e a mente para a absorção de todo e qualquer conhecimento. Esta área do conhecimento é a
educação física, que na atualidade vem se revelando como uma das mais importantes ciências
para o estabelecimento da qualidade de vida e bem-estar do homem. A Polícia Militar e a
Educação Física sempre estiveram ligadas através do enfoque no desempenho de suas funções
afetas ao cumprimento de missões de combate (atividade-fim), enquanto o enfoque da saúde é
condição essencial para o desempenho de qualquer função, inclusive aquelas de cunho
administrativo. A perspectiva do treinamento na operacionalidade da tropa visa atender
fundamentalmente ao interesse da Polícia Militar e ao cumprimento da sua missão institucional.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
ampliar conhecimentos para:
– identificar os benefícios da prática de exercícios físicos;
– identificar os aspectos que envolvem o treinamento físico individual;
– identificar os índices de massa corporal e percentual de gordura, satisfatórios para o bem-estar
físico
e mental;
– se conscientizar sobre a responsabilidade individual na prática de exercícios físicos, que são
essências para o desempenho da Polícia Ostensiva;
– identificar as diversas opções de treinamento oferecidas aos policiais militares pela
Instituição.
desenvolver e exercitar habilidades para:
– manter seu condicionamento físico dentro dos padrões exigidos pela Corporação;
– ser um agente multiplicador dessa nova concepção institucional de disciplina consciente
relacionada
à qualidade de vida do profissional.
fortalecer atitudes para:
– se conscientizar dos benefícios decorrentes de uma vida saudável, seja através da prática de
exercícios físicos ou de atividades desportivas.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou
neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde
ocorra a
perturbação da ordem pública;
– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade-fim;
– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;
– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – ORIENTAÇÕES TEÓRICAS
1) Educação Física Militar e Saúde
2) Atividade Física
3) Origem da atividade física
4) Benefícios da atividade física
5) Malefícios da inatividade
6) Qualidade de vida (Conceito, Aspectos importantes)
7) Método de Cálculo do IMC (tabela com indicativo do grau de obesidade segundo a OMS)
8) Obesidade (conceito, causas, consequências, prevenção e controle da obesidade).
9) Orientações sobre a Legislação PM (Portaria 042/2008-PM/1)
10) Orientações sobre o Manual de Campanha Treinamento Físico Militar do Exército – C
2020.

UD II – ATIVIDADES PRÁTICAS
1) Treinamento Físico Militar do Exército
2) Preparação para o TAF (flexão de braço, abdominal Curl-up, flexão na barra e corrida 12
min.)
3) Alongamento
4) Caminhada
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5) Corridas Variadas: 50m, 100m, 3.200m, 5.000m e 7.000m - (treinamento aeróbico e
anaeróbico)
6) Fartlek (trabalhar variantes da corrida)
7) Recreação (Atividades recreativas)

e) Instruções metodológicas
Ministrar aulas teóricas sobre Educação Física Militar e Saúde, buscando conscientizar os
discentes
quanto à importância da prática regular de atividades físicas.
Executar as diversas atividades físicas disponíveis pela Instituição, em consonância com as
atividades
de grupo.
f) Avaliação da aprendizagem
As três avaliações deverão ser práticas com a aplicação da Tabela do TAF padrão da PMGO,
para o
sexo masculino e para o sexo feminino obedecendo os critérios previamente estabelecidos.

g) Referências Bibliográficas

ARAÚJO, Denise Sardinha; ARAÚJO, Cláudio Gil Soares. Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 6, n. 5, p.194-203, 2002.
<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a05.pdf >.

BACH, César Madeira; BERESFORD, Heron. Intervenção profissional, avaliação da possibilidade de


intervenção do profissional de educação física, em uma pratica preventiva de saúde, nos níveis
secundário e terciário, dentro de um enfoque legal, moral e epistemológico. Fitness e Performance
Vol 2,
2003.<http://fpjournal.org.br/painel/arquivos/17253_Intervencao_profissional_Rev6_2003_Portugues.pdf
>.

CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. Resolução 046. Dispõe sobre a intervenção do
profissional de educação física. Rio de Janeiro, 2002. <http://www.portaleducacao.com.br/educacao-
fisica/artigos/3223/resolucaoconfef-n-046-2002>.

POWERS, Scott K; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao


condicionamento e ao desempenho. Tradução por Marcos Ikeda. 5ª Ed. Barueri: Manole, 2005.

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