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Universidade de Brasília - UnB

Christyan Fernandes de Souza


Matrícula 16/0069866

Gabriele Carvalho Cardoso


Matrícula 16/0070619

Isabela Almeida Beltrão


Matrícula 16/0008638

Raiane Vieira Penha


Matrícula 16/0079764

ANALISE DE DADOS COLHEITA FLORESTAL

Brasília, DF

2018

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………… 1

REFERENCIAL TEÓRICO……………………………………………………. 2

Histórico………………………………………………………………..

Etapas da colheita……………………………………………………….

Principais máquinas utilizadas na colheita……………………………...

MATERIAIS E MÉTODOS………..……………………………………………

RESULTADOS E DISCUSSÕES………………………………………………

REFERENCIAS………………………………………………………………….
Introdução

O setor florestal, em especial o do eucalipto é formado por um conjunto de


múltiplas atividades econômicas tanto para fontes energéticas quanto para a indústria e
serviços ambientais. As etapas da colheita e transporte são as mais importantes
economicamente, pois, tem uma alta participação no custo final do produto.
Sendo um conjunto de operações que visam o preparo e transporte da madeira
até o depósito, onde será realizada a etapa seguinte de transformação. A colheita deve
seguir um conjunto de técnicas e padrões preestabelecidos que visam garantir qualidade
da matéria prima e até mesmo do produto final. As etapas principais da colheita
envolvem: corte, descasque, extração, carregamento, transporte e descarregamento até o
pátio da empresa que irá realizar o processamento, dentro de um sistema integrado de
colheita com potencial máximo da utilização dos equipamentos. Vale ressaltar que essas
etapas representam aproximadamente 50% dos custos finais da madeira posto na
indústria. (FERNANDES, 2000?).
Os incentivos fiscais e a crescente pesquisa e desenvolvimento no setor florestal,
contribuiu também para um aumento na mecanização intensiva e consequentemente, um
aumento no volume de madeira e a homogeneidade da floresta, tornando a produção
mais viável. No entanto, ainda assim, é necessário realizar uma escolha do sistema de
colheita, pois deve-se levar em consideração algumas variáveis, como: habilidade da
mão-de-obra, topografia do terreno, espécie florestal, distância de arraste, finalidade da
madeira, maquinas utilizadas e outros. É importante que se tenha em mente que a
desconsideração de alguma dessas variáveis pode resultar em problemas operacionais e
ineficiência do processo.
Logo o objetivo deste estudo é conhecer e analisar os custos envolvidos na
colheita mecanizada do eucalipto para tornar possível um planejamento das operações,
tornando o processo mais eficiente e evitar prejuízos.
1. Referencial teórico

Histórico

A colheita florestal no Brasil existe desde o descobrimento do país, onde já era


de grande importância econômica. Até o final da década de 60 havia uma pequena
participação de maquinários em suas atividades. Na década de 70, houve uma
modernização dos mesmos, aonde chegaram as primeiras máquinas importadas e, o
setor nacional começou com a produção de maquinários de portes leves e médios
(motosserras, trator agrícola etc). (Freitas, Machado, & Silva, 2009)
A atividade de colheita florestal passou por um significativo processo de
mecanização nas ultimas décadas. Na década de 40 praticamente não havia emprego de
máquinas nas operações de colheita florestal. As operações de corte eram realizadas de
forma rudimentar com uso de machado, foices e serras. A extração também se baseava
em métodos rudimentares utilizando o trabalho braçal e animal. Nas décadas de 50 e 60
começaram a surgir algumas atividades mecanizadas na colheita florestal, porém, estas
eram realizadas com auxílio de máquinas oriundas dos setores industrial e agrícola. Este
cenário modificou-se a partir da década de 70, quando o processo de modernização das
operações de colheita florestal começou a se despontar. Neste período surgiram as
motosserras profissionais e outras máquinas como os skidders e os autocarregáveis.
(Freitas, Machado, & Silva, 2009)
Na década de 80 as principais inovações pertinentes à atividade de colheita
florestal foram: os Feller Bunchers de disco, Skidders, Harvesters, Dellimbers, Slachers.
A partir daí, o processo de mecanização avançou de forma cada vez mais crescente,
tendo consolidado nos anos 90, com a abertura das importações. Neste novo cenário,
surgiram máquinas com design mais ergonômico, incluindo as motosserras; tratores
derrubador e acumulador; Skidder hidráulico com pinça e tratores autocarregáveis.
(Freitas, Machado, & Silva, 2009)
A partir da década de 90, houve um grande aumento na produtividade e a
redução de custos da atividade, assim, crescendo as importações e desenvolvimento de
máquinas com design ergonômico para o produtor.
Atualmente, a mecanização na atividade de colheita apresenta-se o seguinte
perfil: as grandes empresas que dispõem de máquinas leves, médias e pesadas,
altamente sofisticadas; as pequenas empresas que normalmente empregam métodos
rudimentares baseados em mão-de-obra pouco qualificada e as empresas de porte médio
que utilizam maquinários pouco sofisticados e mão-de-obra especializada. (Freitas,
Machado, & Silva, 2009)
O Eucalipto, do gênero Eucalyptus é de origem australiana. São mais de 700
espécies reconhecidas que são usadas para diversas finalidades como, lenha, estacas,
moirões, dormentes, carvão vegetal, celulose e papel, chapas de fibras e de partículas,
até movelaria, geração de energia, medicamentos, entre outros. (EMBRAPA)
O desenvolvimento da humanidade está intimamente relacionado ao uso das
florestas. Até pouco tempo, a necessidade de madeira era suprida quase que
exclusivamente por meio das florestas nativas, cuja destruição tem provocado, muitas
vezes, danos irreversíveis a alguns ecossistemas. A situação é alarmante. É nesse
contexto que entra o eucalipto, uma árvore da maior importância para o mundo, em
virtude de seu rápido crescimento, produtividade, grande capacidade de adaptação e por
ter inúmeras aplicações em diferentes setores. Esta planta está presente nos cinco
continentes e em todos os Estados brasileiros, segundo informações da Sociedade
Brasileira de Silvicultura. O plantio de eucalipto é, portanto, uma solução para diminuir
a pressão sobre as florestas nativas, viabilizando a produção de madeira para atender às
necessidades da sociedade em bases sustentáveis. (Moraes, 2010)
O Eucalipto possui uma grande importância na economia brasileira. Segundo a
Indústria Brasileira de Árvores, são 5,5 milhões de hectares plantados, com uma
produtividade média de 39 m³/ha/ano. Vale ressaltar, que a produtividade depende de
diversos fatores (local, tratos culturais, insumos etc). (EMBRAPA)
A participação brasileira de produtos florestais no mercado mundial é de 2%.
Mas, aqui são considerados os dados agregados de diferentes áreas, incluindo o
eucalipto. No caso do comércio de papel, o Brasil é o 11º produtor mundial, com 2,2%
da produção. Já no caso do comércio de celulose, são 4,2% onde o Brasil é o 7º
colocado como produtor mundial. No caso do comércio de madeira serrada a posição
brasileira é de 5º produtor mundial, com uma participação relativa de 4,3%. Da mesma
forma, no comércio de compensados a participação brasileira é de 2,9%, enquanto de
painéis reconstituídos esse valor cresce para 3% e para 11,1% do comércio de chapas
duras. O eucalipto brasileiro apresenta um forte potencial de expansão no mercado
internacional nos próximos anos. (Moraes, 2010)

Etapas da colheita

Malinovski (1998) afirma que a colheita florestal é como uma cadeia produtiva
formada por etapas, que são chamadas de atividades parciais, desde a derrubada da
árvore, até a colocação da madeira no pátio.
Suas etapas são definidas como:

Corte: A derrubada da árvore, desgalhamento, traçamento das árvores em toras e


empilhamento da madeira.
Descasque: É uma atividade opcional de separar a casca do tronco.
Extração: Transporte da madeira do local de corte até a beira da estrada, carreador ou
pátio intermediário, de onde é transferida para os veículos que fazem o
transporte final.
Carregamento: Colocação da madeira nos veículos que as transportam até o local de
utilização final.
Transporte às fontes consumidoras: Transporte da madeira até o centro de consumo.
Descarregamento: Última etapa, retirada da madeira do veículo de transporte e sua
colocação no pátio da empresa consumidora.

A colheita florestal oferecem sistemas que podem variar de acordo com fatores,
são eles topografia do terreno, rendimento volumétrico do povoamento, tipo de
floresta, máquinas e equipamentos, uso final da madeira e recursos disponíveis.
Esses mesmos sistemas podem ser classificados em:

Sistemas de toras longas: No local do corte, há o desgalhamento e o detopo da árvore. É


um sistema desenvolvido para terrenos acidentados. O acabamento final da
madeira (descascamento, toragem e seleção) é executado na estrada ou no pátio
intermediário do processamento.
Sistema de toras curtas: Neste sistema todos os trabalhos complementares ao corte
(desgalhamento, destopo, toragem e descascamento se necessários) são
realizados no próprio local onde a árvore foi derrubada. É o sistema
predominante no Brasil, tanto em locais planos como acidentados.
Sistema de árvores inteiras: Este sistema é a remoção da árvore inteira para fora do
talhão, como operação subsequente ao corte.
Sistema de cavacos de madeira: Transformação da árvore inteira ou toras em cavacos,
operação que pode ser realizada por processadores móveis no próprio
povoamento florestal.

Principais máquinas utilizadas na colheita

São várias as opções que podem ser utilizadas na colheita florestal, mas segundo
a revista virtual Central Florestal, 2013, as principais são:

Hasvester: É uma máquina que tem capacidade de executar, simultaneamente, as


operações de derrubada, desgalhamento, traçamento, descascamento e
empilhamento da madeira. É composto por uma máquina base de pneus ou
esteira, uma lança hidráulica e um cabeçote. O Harvester é projetado para
trabalhar no sistema de toras curtas, onde normalmente o processo de extração
se dá por meio do Forwarder. (Freitas, Machado, & Silva, 2009)
Faller-buncher: É o trator-derrubador, ou seja, corta, acumula várias árvores e tomba-
as, formando feixes de toras ou árvores. Consiste de um trator de pneus ou
esteira com cabeçote que realiza o corte (derrubada) e o acumulo de árvores. O
cabeçote de corte pode ser de disco, sabre ou tesoura. É uma máquina projetada
para trabalhar no sistema de toras compridas ou de árvores inteiras, onde
normalmente o processo de extração é realizado por meio de Skidders. (Freitas,
Machado, & Silva, 2009)
Forwarder: Máquina com grua hidráulica e caçamba, cuja função é retirar a madeira de
dentro dos talhões, levando para as margens da estrada. Os Forwarders são
máquinas florestais destinadas ao baldeio, diferentemente dos autocarregáveis
que são tratores agrícolas adaptados para realizar a mesma operação. Estas
máquinas têm a função de promover o carregamento da madeira (toretes) dentro
do talhão e o descarregamento nas margens das estradas ou pátio temporário.
Como nestes casos a madeira é transportada sem contato com o solo, os danos
em relação aos processos de erosão e assoreamento são menores quando
comparados ao arraste com os Skidders. (Freitas, Machado, & Silva, 2009)
Track-skidder: É um trator florestal com esteiras, utilizados em maiores declividades.
Causa menor dano ao solo. Estas máquinas têm a função de realizar a extração
do feixe de toras ou de árvores, da área de corte até as margens das estradas ou
pátio temporário. São projetadas, portanto, para trabalhar nos sistemas de toras
compridas ou de árvores inteiras. Embora apresente desvantagem pelos danos ao
solo, os Skidders apresentam um aspecto positivo em virtude do melhor
rendimento em relação ao Forwarders, principalmente em condições de florestas
mais produtivas. (Freitas, Machado, & Silva, 2009)
Motosserra: É uma máquina portátil destina as operações de derrubada, desgalhamento,
destopamento e traçamento. A sua estrutura é constituída basicamente por duas
partes: o corpo, incluindo o motor, carburador e o sistema elétrico e o conjunto
de corte composto pela corrente, sabre e pinhão. O corte semimecanizado
apresenta alguns aspectos negativos em relação ao sistema mecanizado como,
por exemplo, maiores riscos de acidentes, condições ergonômicas desfavoráveis
e baixa produtividade. No que tange os aspectos positivos, podemos citar os
menores custo de aquisição e manutenção em relação aos sistemas mecanizados
e a capacidade de executar todas as operações de corte florestal, com o
diferencial de poder atuar em áreas de difícil acesso em relação às condições
topográficas. (Freitas, Machado, & Silva, 2009)

No entanto nosso estudo de caso abrange a utilização da máquina Harvester


Valmet para análise de custos.

2. Materiais e métodos

Este trabalho foi baseado na coleta de dados em revisões bibliográficas e artigos


acadêmicos, além de conhecimentos adquiridos em sala de aula e demais pesquisas.

Para se chegar ao objetivo do trabalho foram utilizados os seguintes conceitos e


fórmulas:

● Custo Fixo – é um custo que não sofre alteração de valor de acordo com a
produção. Exemplos: depreciação, impostos, salários a pagar, juros, aluguel etc.
Depreciação
Dp = (Va – Vpn – Vr)/ (N x he)

Onde:
Dp = depreciação linear da máquina (R$ / he)
Va = valor de aquisição da máquina (R$)
Vr = valor residual da máquina (R$)
Vpn = valor de um jogo de pneu (R$)
N = vida útil estimada (anos)
He = horas efetivas de uso anual
Juros
J=(IMA x i) / he

Onde:
J = custos com juros (R$ / he)
I = taxa de juros (%)
He = horas efetivas de uso anual
IMA = investimento médio anual (R$)

IMA = ((Va – Vr) x (N + 1) + Vr) / (2 x N)


Onde:
Va = valor de aquisição da máquina (R$)
Vr = valor residual da máquina (R$)
N = vida útil estimada (anos)

● Custo Variável – a quantidade produzida influencia no seu valor. Exemplo:


custo com combustível, lubrificantes e graxas, manutenção, insumos, reparos,
pneus, esteira etc.
Custo com combustível
CC = Pu x c

Onde:
CC = custo de combustível (óleo diesel) (R$ / he)
Pu = preço de um litro de óleo diesel (R$)
C = consumo de óleo diesel por hora efetiva (L / he)

Custos com lubrificantes e graxas


CLG = ILG x CC

Onde:
CLG = custo com lubrificantes e graxas (R$ / he)
ILG = índice de custos por máquinas com lubrificantes e graxas
CC = custos com combustível (R$ / he)

Custos de pneus e esteiras


Cr = (Nr x Vr) / Hr

Onde:
Cr = custo dos rodados (R$ / he)
Vr = valor de um pneu/ esteira da máquina (R$)
Nr = número de rodados (pneus/esteiras) por máquina
Hr = vida útil do pneu/esteira, em hora efetivas
● Custo mão de obra – corresponde a todos os gastos que a empresa possui com
os empregados. Exemplos: salários, INSS, férias, benefícios etc.
● Custos indiretos – são custos auxiliares empregados no processo de fabricação
e que não integram fisicamente os produtos. Exemplo: mão de obra indireta
(auxiliares administrativos), materiais indiretos.
● Custo total de produção - é o somatório de todos os custos fixos, variáveis, de
mão de obra e administrativos.
CT = CF + CV + CMO + CAD

Onde:
CT = custo operacional total de cada máquina (R$ / he)
CF = custos fixos (R$ / he)
CMO = custos de mão de obra (R$ / he)
CV = custos variáveis (R$ / he)
CA = custos de adicionais (R$ / he)

● Custo unitário de produção – Após calcular o custo total, pode calcular o custo
de produção, ou seja, o custo de produção de cada máquina.
CPr = Ct / Prod

Onde:
CPr = custo de produção da máquina analisada (R$ / m³)
CT = custo operacional total da máquina analisada (R$ / he)
Prod = produtividade da máquina analisada (m³ / he)

Tabela 1.
Dados Coletados
Local Seropédica, RJ
Equipamento Harvester Valmet
Custo de aquisição 942.000,00
MÃO DE OBRA
Operador 1 por máquina
Salário (R$ / mês) 1200,00
Benefícios(R$/ mês) 228
Horas efetivamente trabalhadas (he) 12
TALHÃO
Área (ha) 10
Espécie Eucalyptusgrandis
Espaçamento (m) 3x2
Volume / ha (m³/há) 2943,75
Volume / árvore (m³ / arv) 1,47
PRODUÇÃO DIÁRIA
Volume / hora (m³ / he) 100
CONSUMO
Combustível (L/he) 5
Lubrificantes (kg / he) 0,40
3. Resultados e discussões

CUSTOS FIXOS Valores CUSTOS Valores


VARIÁVEIS
Depreciação da Combustivel (R$/he)
maquina
Valor de aquisição 942000 Preço diesel (R$/L) 2
(R$)
Valor residual (R$) 180000 Consumo diesel 5
(L/he)
Vida útil 7 Custo combustível 10
estimada(anos) (R$/he)
Total de horas 430 Lubrificantes e
trabalhadas no mês graxas(R$/he)
Vida útil (h) 37500 Indice de custos por 1,5
máq. c/ lub. e graxas
Valor de depreciação 20 Custo combustível 10
(R$/h trab) (R$/he)
Valor de rodados(R$) 3879 Custo com lub. e 15
graxas (R$/he)
Total depreciação 8693 Oleo hidráulico
mês (R$/mês) (R$/he)
Juros (R$/he) Custo combustível 10
(R$/he)
Taxa de juros (%a.a.) 12 Custo com óleo 5
hidráulico (R$/he)
Horas efetivas de 5160 Pneus e esteiras
uso(h anual) (R$/he)
Investimento médio 445787 Valor de um 969,75
anual (R$) pneu/esteira da maq
(R$)
Total juros (R$/he) 10 Nº rodados por maq 4
Seguros (R$/mês) 160 Vida útil do 8000
pneu/esteira (he)
Aluguel(R$/mês) 4500 Custo de rodados 0,484875
(R$/he)
Custos 11250 Custos c/ 15,072
administrativos manutenção –
(R$/mês) 60%Va (R$/he)
Custo transporte de 8,14
pessoal (R$/mês)
CUSTO FIXO 68 CUSTO 53,70
TOTAL (R$/he) VARIÁVEL
TOTAL (R$/he)
CUSTOS DE MÃO Valores CUSTOS Valores
DE OBRA ADICIONAIS
(ESTRUTURA DE
CAMPO)
Salário 1 operador 1200 Banheiros no 2674,08
(R$/mês) campo (R$/mês)
13º salário 1 1200 Fossa sanitária 1878,79
operador (R$/ano)
Férias 1 operador 400 Conteiner escritório 507,75
(R$/ano) (R$/mês)
FGTS 1 operador 96 CUSTO 11,77
(8%/mês) ADICIONAL
TOTAL (R$/he)
INSS (11%/ mês) 132
Saúde 1 operador 140
(R$/mês)
Alimentação 275
(R$/mês)
CUSTO MÃO DE 7,40 CUSTO TOTAL 140
OBRA TOTAL DE PRODUÇÃO
(R$/he) (R$/he)

Tendo como base um trator florestal Harvester, que tem função de corte,
desgalha, descasca e traça no tamanho desejado. Com sistema de rodados de pneus,
composto de uma máquina escavadeira, que custa R$ 640.000,00 e o cabeçote R$
262.000,00. O total de depreciação da máquina foi calculado seguindo a fórmula já
citada, onde o valor de aquisição (Va) era de R$ 942.000,00, valor residual (Vr) de R$
180.000,00, vida útil da máquina (N) de 7,27 aos, horas efetivas de uso no mês (he) de
430 horas (SOUZA, PIRES e SIÇVEIRA, 2008), e valor dos rodados (Vpn) R$
3.879,00 (Preço de Insumos do Estado do Rio de Janeiro, IBGE, setembro de 2009).
A taxa de juros de 12% a.a, foi baseada em MACHADO (2002); horas efetivas
de uso anual da máquina foi calculado com base nas horas mensais (430h), e
multiplicado por 12, que obteve o resultado em horas efetivas anuais, seguindo a
fórmula já citada, com os dados de Va, Vr e N. Com isso, obteve o resultado do total de
custo dos juros, aproximadamente R$ 10,37 por hora trabalhada. O custo com seguros
foram baseado em MACHADO 2002, onde o valor é o somatório de seguros e impostos
anuais, no valor de 2.000,00, que dividido por 12 meses resultam aproximadamente R$
160,00. Aluguel de R$ 4.500,00, que é o somatório de R$ 1.200,00 de aluguel do setor
administrativo e R$ 3.300,00 do setor de manutenção central. Custos administrativos de
11.250,00, somando água, luz, telefone, contabilidade, etc., ambos baseados em
(SOUZA, PIRES E SILVEIRA, 2008). Estes custos formam o Custo Fixo Total,
resultando em R$ 68,00 por horas efetiva (he).
O Custo Variável Total foi calculado somando os custos citados acima, onde o
afirma MACHADO (2002); gerando um custo total de combustível de R$ 10,00/he. O
custo com lubrificantes e graxas foi de R$ 15,00, por hora trabalhada, onde o índice de
custo por máquina foi admitidos sendo 1,5. Custo total do óleo hidráulico foi de R$
5,00/he.
O preço unitário do pneu foi obtido dividindo o preço do conjunto de pneus,
citado na planilha, por quatro, a vida útil dos pneus foi baseado no trabalho de LOPES
(2007), o somatório destes custos gerou o Custo Total de Pneus/Esteiras R$ 0,4849/he.
A manutenção da máquina corresponde a 60% do valor de aquisição da mesma, ao
longo da sua vida útil. Logo este custo foi de R$ 15,072/he. O custo do transporte de
funcionários, faz parte do custo variável, gerando um total de R$ 3.500,00. Totalizando
o Custo Variável Total com o valor de R$ 57,70/he.
O Custo Total de Mão de obra, que une os gastos da empresa com salários e 13º
(1.200,00); férias (1/3 salário); FGTS (8% salário a.m); INSS (11% salário a.m); saúde
(R$ 140,00) e alimentação (R$ 275,00). Gerando um Custo Total de Mão de obra de R$
7,40/he.
Custos Adicionais, são aqueles que ocorrem com a logística de campo, estrutura
necessária para atender às necessidades de trabalho, no talhão (banheiros, escritórios,
campo, etc). Baseando-se no SINAPI 09/2009, temos o custo de um banheiro com dois
sanitários e chuveiros, com paredes de madeira de Pinus, por R$ 1.878,79 / mês.
Somando à R$ 11,77/he.
Logo, o Custo Total de Produção é igual a R$ 140,00/he.
preço do óleo diesel foi de R$ 2,00; o consumo por máquina de 5 litros por hora efetiva,

Tabela 2.
CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO
Volume horário (m³/he) 100
Custo horário (R$/he) 140
Custo unitário (R$/m³) 1,4

Este quadro mostra o custo do metro cúbico baseado nos cálculos de produção
analisados. O custo de horas efetivas da operação, dividido pelo horário da produção
diária, teve o resultado de R$ 1,40/m³.
Os custos são baseados no volume médio por árvore. O volume varia entre
árvores e podem ser medidos através de equipamentos especializados. A produção de
cada máquina não é uniforme, ela depende da idade da máquina e da experiência do
operador (SOUZA, PIRES E SILVEIRA, 2008).
Referências

CENTRAL FLORESTAL. Colheita e transporte florestal. 2013. Disponível em:


<http://www.centralflorestal.com.br/2017/02/colheita-e-transporte-florestal.html>.
Acesso em: 16 jun 2017.

CONSUFOR, consultoria em negócios e estratégias, especializada nos setores:


siderúrgico, madeira, móveis, papel e celulose. Composição da área de florestas
plantadas no Brasil Curitiba 2014. Disponível em: <
http://www.revistaopapel.org.br/noticia-
anexos/1395143448_0482050e1cf760a2df1a803d32e84143_355102058.pdf> Acesso
em: 29 abril 2014.

EMBRAPA. Sobre o eucalipto. Disponível em:


<https://www.embrapa.br/florestas/transferencia-de-tecnologia/eucalipto>. Acesso em:
17 jun. 2018.

FERNANDES, Haroldo C. Colheita florestal. Viçosa: UFV, 2000?.

FERREIRA, Shana Machado de Assis. Metodologia para controle de custos na


colheita florestal. Seropédica: Universidade Federal Rural. Rio de Janeiro, 2010.

MACHADO, C. C. Colheita florestal no Brasil. Viçosa: UFV, 2004.

NAHUZ. M. A. R. et al. Setores consumidores de madeira: aspectos do mercado


atual e potencial do eucalipto. Fortaleza: banco do Nordeste do Brasil 2012.

SOUZA, M. A; PIRES, C. B. Colheita florestal: mensuração e análise dos custos


incorridos na atividade mecanizada de extração. Faculdade do Vale do Rio dos
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Freitas, L. C., Machado, C. C., & Silva, G. C. (2009). A mecanização da colheita


florestal no Brasil. REVISTA DA MADEIRA.

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http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-producao-de-
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no Brasil: benefícios para o meio ambiente. Acesso em 29 de Junho de 2018,
disponível em administradores.com.br: http://www.administradores.com.br

GUIA DO EUCALIPTO, 2008. Disponível em:


http://cib.org.br/wpcontent/uploads/2011/10/Guia_do_Eucalipto_junho_2008.pdf>.Aces
so em 30 ago. 2013.

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