Professional Documents
Culture Documents
1 2 3 4
PRÓXIMOS
PROMESSA DE FATO DE 3º CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
PASSOS
A classificação permite uma ‘arrumação exaustiva da realidade’, afinal as classes de contratos resultam
de repartições feitas com base em critérios que têm a ver com a ocorrência ou a verificação de certas
qualidades. A recondução de contrato a esta ou àquela classe não significa mais do que a sua
repartição do que o seu agrupamento, consoante se tenha esta ou aquela característica. [...]. Esta
necessidade de classificação se vincula ao domínio teórico da matéria, hábil em seu tratamento
coerente e coeso, atribuindo certeza e segurança jurídica aos critérios de decidibilidade. (FARIAS;
ROSENVALD, 2015, p. 246)
Unilateral: são os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes;
Plurilaterais ou plúrimos: são os contratos que contêm mais de duas partes cuja prestação de
cada uma se dirige à realização de um fim comum, como, por exemplo, o contrato de sociedade
e o contrato de consórcio, em que cada sócio é uma parte.
Gratuitos ou benéficos: são aqueles em que apenas uma das partes aufere benefício ou
vantagem, onerando a outra parte, como sucede na doação pura e no comodato.
Onerosos: são contratos em que ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual, porém,
corresponde um sacrifício patrimonial. Em geral, todo contrato bilateral é oneroso. Exceção –
ex.: mandato (ex. com pagamento a posteriori de despesas necessárias à sua execução).
Consensuais (solo consensu): são aqueles que se formam unicamente pelo acordo de vontades,
independente da entrega da coisa ou de determinada forma. São exemplos a compra e venda
de móveis pura (art. 482, CC); a locação e o mandato;
Reais: são os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa que
lhe serve de objeto, como os contratos de depósito, comodato e mútuo.
Comutativos: as partes podem antever as vantagens e os sacrifícios que terão, pois não
envolvem riscos.
Aleatórios (ou de esperança): alea significa sorte, acaso, evento incerto. São contratos em que
o objeto é marcado pelo risco. Uma das partes assume o risco do fato acontecer ou não, dando-
lhe ou não o retorno patrimonial desejado. Os contratos aleatórios estão previstos nos arts. 458
a 461 do Código Civil e podem ser:
a) Aleatórios por natureza: é o contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos
contraentes não pode antever a vantagem que receberá, em troca da
prestação fornecida;
Aleatórios (ou de esperança): alea significa sorte, acaso, evento incerto. São contratos em que
o objeto é marcado pelo risco. Uma das partes assume o risco do fato acontecer ou não, dando-
lhe ou não o retorno patrimonial desejado. Os contratos aleatórios estão previstos nos arts. 458
a 461 do Código Civil e podem ser:
Aleatórios (ou de esperança): alea significa sorte, acaso, evento incerto. São contratos em que
o objeto é marcado pelo risco. Uma das partes assume o risco do fato acontecer ou não, dando-
lhe ou não o retorno patrimonial desejado. Os contratos aleatórios estão previstos nos arts. 458
a 461 do Código Civil e podem ser:
Típicos: são os contratos regulados pela lei, os que têm o seu perfil nela traçado. São exemplos
de contratos típicos as vinte e três espécies previstas no Código Civil;
Atípicos: são os contratos que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as
características e os requisitos definidos na lei. Exemplos: hospedagem; factoring; engineering;
• Quanto à designação
Nominados (ou confeccionados): aqueles que têm designação própria, abrangendo as espécies
contratuais que têm nomen iuris;
Inominados (ou sob medida): são contratos que não possuem denominação própria.
Coativo (ditado, imposto, forçado) é o contrato que se realiza sem o pressuposto do livre
consentimento de uma das partes. Exemplo: DPVAT
• Quanto às formalidades
Solenes ou formais: são os contratos que devem obedecer à forma prescrita em lei para se
aperfeiçoar (a forma é ad solemnitatem, ou seja, elemento de validade do negócio).
Não solenes, não formais ou de forma livre: basta o consentimento das partes para a sua
formação, quando a lei não exige nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento (arts. 107
e 109, CC). A forma, neste caso, é ad probationem tantum, ou seja, apenas auxilia na prova
do ato.
De execução diferida ou retardada: os que devem ser cumpridos também em um só ato, mas
em momento futuro;
• Quanto à pessoalidade
Impessoal: é o contrato cuja prestação pode ser cumprida indiferentemente pelo obrigado ou
por terceiro;
Individual: é contrato em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva
várias pessoas;
Coletivo (normativo): trata-se de forma contratual que alcança grupos não individualizados,
unidos por uma relação de fato ou jurídica;
Autocontrato (contrato consigo mesmo): ocorre quando a pessoa realiza um contrato consigo
mesma (ex.: art. 685, CC).
De atividade: os que se caracterizam pela prestação de uma conduta de fato da qual decorre a
utilidade econômica.
• Quanto à definitividade
Definitivo: tem objetos diversos, de acordo com a natureza de cada avença, sendo marcado
pela definitividade.
Por tempo determinado: vigora durante prazo certo e estipulado pelas partes ou pela lei;
Derivado ou subcontrato: é o que tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato,
denominado básico ou principal, como por exemplo a sublocação, a subempreitada, a
subconcessão.
A promessa de fato de terceiro foi prevista no Código Civil de 1916 na Parte Geral do Direito das
Obrigações.
No Código Civil de 2002 (art. 439, CC) foi corretamente deslocada para a Parte Geral dos Contratos
designando o contrato que “produzirá efeitos em relação a terceiro se uma pessoa se comprometer
com outra a obter a prestação de fato de um terceiro não participante dele” (DINIZ, 2012, p. 118). O
único vinculado é aquele que promete fato de outrem.
I. Art. 439, parágrafo único, CC: tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge
do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo
regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens;
II. Art. 440, CC: o promitente será exonerado da responsabilidade se o terceiro descumprir a
obrigação após ter dado a sua anuência.
No Direito brasileiro a estipulação em favor de terceiros foi inserida no ordenamento pelo Código Civil
de 1916 (arts. 1.098 a 1.100) e, atualmente, encontra-se prevista nos arts. 436 a 438, CC/02.
A estipulação em favor de terceiros, como exceção ao princípio da relatividade subjetiva dos efeitos
dos contratos, ocorre “quando num contrato entre duas pessoas, pactua-se que a vantagem
resultante do ajuste reverterá em benefício de terceiro, estranho à convenção e nela não
representado” (RODRIGUES, 2009, p. 93).
“Dá-se estipulação em favor de terceiro quando, num contrato entre duas pessoas, pactua-se que a
vantagem resultante do ajuste reverterá em benefício de terceiro, estranho à convenção e nela não
representado” (Silvio Rodrigues, v. III, p. 93).
Partes:
Estipulante ou promissário: aquele que estabelece a obrigação;
Promitente ou devedor: aquele que deverá cumprir a obrigação.
Não sendo o beneficiário parte contratual, não precisa anuir com a formação do contrato. Bem como,
sua substituição pode ser realizada pelo estipulante independente de sua autorização (art. 438, CC).
Tanto o estipulante quanto o beneficiário poderão exigir o cumprimento da obrigação (art. 436, CC).
Art. 437, CC – uma vez estipulado que o beneficiário pode reclamar a execução do contrato, o
estipulante perde o direito de exonerar o promitente e a estipulação torna-se irrevogável.
Contrato com pessoa a declarar ou contrato com pessoa a nomear, reserva de nomeação, pro amico
eligendo, pro amico electo, electio amici, sibi aut amico vel eligendo.
Foi introduzido no Direito brasileiro pelo Código Civil 2002 – art. 467, CC. “Trata-se de contrato em
que uma das partes se reserva a faculdade de designar uma outra pessoa que assuma a sua posição
na relação contratual, como se o contrato fosse celebrado com esta última” (Antunes Varela).
Trata-se de negócio jurídico bilateral que se aperfeiçoa quando a pessoa nomeada toma o lugar na
relação contratual. Os seus efeitos, portanto, são ex tunc, projetando-se sobre a pessoa designada.
Partes:
Promitente: que assume o compromisso de reconhecer o nomeado;
Estipulante: que pactua em seu favor a cláusula de substituição;
Electus: quem aceita a indicação.
A principal função desse contrato é permitir ao contratante que, por questões pessoais ou
econômicas, não quer aparecer, valha-se de um intermediário que estipula em nome próprio, mas
reservando-se declarar em favor de quem efetivamente estipulou. Por isso, não é admitida em
obrigações personalíssimas.
O contrato com pessoa a declarar não pode ser feito em contratos que não admitam a representação
ou é indispensável a determinação dos contratantes.
Art. 468, CC – a indicação da pessoa nomeada deve ser comunicada à outra parte no prazo estipulado
ou, na falta desse, em 05 dias da conclusão do contrato, para que seja considerada como aceita.
Se dentro do prazo de cinco dias (se outro não foi estipulado pelas partes) o electus não se manifestar,
o estipulante poderá indicar outra pessoa.
A aceitação do nomeado, para ser eficaz, deve ser feita da mesma forma que as partes utilizaram
para o contrato.
• Se não houver indicação da pessoa no prazo legal ou no prazo estipulado pelas partes;
Garantias contratuais;
Vícios redibitórios;
Evicção.