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Resumo – Este artigo tem por objetivo • Devem fornecer ao usuário uma
apresentar a tecnologia de uma rede solução universal para suas tarefas de
Fieldbus com padrão Interbus, na automação;
automação de um processo industrial de • Devem caracterizar independência e
controle de temperatura. Serão apresentados neutralidade ao fornecer informações
os equipamentos utilizados numa aplicação ao equipamento de controle com
de controle do processo de recozimento dos arquitetura aberta (a neutralidade
núcleos de transformadores, as permite troca do equipamento de
características da rede, o software de controle e dispositivos de campo
controle, a configuração e a supervisão do durante o uso).
processo implementado.
Palavras-Chave: Fieldbus, Interbus, controle Uma condição para esta arquitetura ser flexível
de temperatura é a padronização do software de controle.
Atualmente as linguagens de programação
I. INTRODUÇÃO específicas, estão sendo substituídas pela norma
IEC 61131-3, que trata especificamente de
Em todo campo da moderna tecnologia de
software para controladores programáveis, mas
automação, novos modos de equipar máquinas
adapta-se aos tipos de controladores também
e plantas estão sendo desenvolvidos. A enorme
(Softlogic por exemplo). Outra condição para
competitividade e o custo são fatores que pesam
um sistema de automação ser aberto é a
fortemente em todas as áreas de produção e
padronização do hardware, ou seja, das
processos de engenharia, necessitando uma
conexões entre os diferentes arranjos dos
exploração potencial mais racional. Deste ponto
sistemas de controle e equipamentos periféricos
de vista a fiação paralela convencional de
disponíveis no mercado. A partir disto, os
sensores e atuadores em uma máquina ou
sistemas de automação podem ser baseados em
processo passa a ser inflexível devido à grande
filosofias de controle flexíveis.
exigência relacionada à quantidade de dados e
ao tempo de transmissão. Uma solução para
este problema é a rede serial com seus II. DEFINIÇÃO DO SISTEMA INTERBUS
componentes, chamado de barramento de O Interbus foi projetado em meados da década
campo ou “Fieldbus”. de 80 e desenvolvido em 1987 pela Phoenix
Contact e tornou-se um padrão industrial na
Sistemas “Fieldbus” para sensores e atuadores área de sensores e atuadores, aplicando-se
devem reunir dois requisitos: principalmente na manufatura.
determinado nível.
Aquecimento
Abaixo estão os diagramas de potência
(resistências de aquecimento) e comando
(conexão com Interbus):
Não
T=780 ?
Temperatura mantida
entre 780ºC e 800ºC
chaveando os contatores
Sim
Rotina 1
Não
Tempo ?
Resfriamento do forno a
uma taxa constante
Sim
Rotina 2
Não
Fig. 7 – Diagrama de potência T=360?
Sim
Fim
Fig. 9 – Fluxograma
Na rotina 1, a temperatura é monitorada para • Flexibilidade;
que não saia da faixa situada entre 780ºC e • Diagnósticos de erros;
800ºC. • Confiabilidade;
• Possibilidade de expansão sem
A estratégia de resfriamento da rotina 2, adição de equipamentos.
consiste em, através da temperatura no
momento em que a fase 2 termina, calcular uma V. AGRADECIMENTOS
reta de resfriamento de acordo com a taxa. É
calculado um limite para que a temperatura Um agradecimento especial à GEC ALSTHOM
varie em torno da curva em ± 3ºC. T&D MASA Balteau pela gentileza em nos
permitir a visita e análise do processo de
É possível observar que com apenas dois Recozimento de Núcleos de Transformadores.
módulos, digital e analógico, o controle da
temperatura do processo se torna bem viável e VI. REFERÊNCIAS
simples. Porém, um futura expansão para
eventuais globalizações de atividades de chão [1] http://www.interbusclub.com
de fábrica nunca pode ser descartada. E nesta [2] http://www.phoenixcontact.com
questão este sistema se comporta muito bem,
visto que permite a conexão de demais módulos [3] Manuais dos equipamentos Phoenix
sem nenhum problema. Contact.
IV. CONCLUSÃO
A automação de processos industriais traz
muitas vantagens, principalmente no que diz
respeito a confiabilidade e flexibilidade do
processo.
• Configuração e manutenção
simplificada;
BIOGRAFIAS:
Eude Cezar de
Oliveira
Nasceu em Paranavaí
(PR), em 1974. Estudou
em Nova Olímpia, São
Paulo e Salto, onde
concluiu o segundo
grau. Realizou pesquisa
na área de Eletrônica de
Potência, onde desenvolveu trabalhos utilizando
microprocessadores para controle de motores.
Realizou também pesquisa na área de
Automação sobre o padrão Interbus, vindo a
fazer um curso sobre Interbus na Phoenix
Contact e em seguida ministrar um mini-curso
na EFEI. Realizou estágio na Bently Nevada em
São José dos Campos e na Johnson & Johnson
também em São José dos Campos.