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Pancreatite Aguda:
Em muitos casos de pancreatite aguda biliar, uma libação alimentar nas ultimas 12 – 16
horas é relatada pelo paciente ou por seus familiares.
Abordagem:
1 - Diagnóstico = Sintomas compatíveis com a doença + Níveis elevados de
amilase/lipase (> 3x o normal) + Exame de imagem
2 - Definir a causa: Biliar? Álcool? Drogas?
3 – Definir a gravidade: Leve ou Grave
Escore de Ranson > 3
Idade > 55 anos, Leucocitose > 16.000, Glicose > 200, LDH > 350 U/L e AST >
250 U/L
APACHE > 8
Disfunção Orgânica: Choque (PAS < 90 mmHg), Insuficiência Pulmonar ou
Renal.
Complicação local: Necrose, pseudocisto ou abscesso
Complicações sistêmicas
4 – Tratamento:
Pancreatite leve Repouso, analgesia (Meperidina), Antieméticos, Dieta zero,
Infusão de líquidos e eletrólitos. Passagem de SNG.
Pancreatite Grave Reposição volêmica de vulto, UTI, ATB profilática
(Imipenem por 7 dias), Suporte nutricional (Dieta enteral logo que possível),
Considerar abordagem das vias biliares.
5 – Acompanhar desenvolvimento de complicações:
As complicações sistêmicas costumam ocorrer em um primeiro momento e devem ser
imediatamente tratadas. As complicações locais ocorrem no decorrer do quadro e
podem ser acompanhadas durante a internação.
Coleção fluida aguda (30-50% dos paciente) É bastante comum. A conduta é a
observação e acompanhamento. Quando não é totalmente reabsorvida da origem aos
pseudocistos.
Pancreatite Crônica
Diagnóstico:
Amilase e Lipase normais ou pouco elevadas
Esteatorréia só aparece quando há perda de mais de 90% da função exócrina
Teste de estimulação de secretina positivo
RX/TC de abdome evidenciam calcificações pancreáticas
RNM/CPRE são mais sensíveis e mostram irregularidades dos ductos
pancreáticos (dilatações e estenoses).
Apendicite Aguda:
Anatomia Tamanho médio de 9cm no adulto; origem na parede
posteromedial do ceco, na confluência das tênias + mesoapêndice com veia e
artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica; localização mais comum é a
retrocecal.
Manobras propedêuticas:
Blumberg Descompressão dolosa no ponto de McBurney
Rovsing Dor na FID quando se comprime a FIE
Lapinsky Dor à compressão da FID enquanto o paciente eleva o MID
esticado
Lenander Diferencial das temperaturas axilar e retal maior do que 1°C
Sinal do Psoas Dor à extensão da coxa direita seguida de sua abdução, com o
paciente deitado sobre o seu lado esquerdo.
Sinal do obturador Dor em região hipogástrica ao realizar rotação interna e
passiva da coxa direita flexionada.
Sinal de Dunphy Dor na FID que piora com a tosse.
Tumor carcinóide
A maioria dos tumores carcinóides acomete o íleo.
O câncer mais comum do apêndice é o adenocarcinoma mucinoso.
A etiologia é desconhecida mas tem origem nas células do sistema
neuroendócrino.
A síndrome carcinóide é causada principalmente pelo excesso de serotonina.
Os carcinoides do intestino anterior (pulmão, brônquios e estomago) secretam
pouco ou nenhuma serotonina, assim como os oriundos do intestino posterior
(cólon). Os tumores derivados do intestino médio (delgado, apêndice e cólon
ascendente) são os principais responsáveis pelo aparecimento da síndrome
carcinóide.
Acomete mais adultos jovens, entre 30-40 anos. Os tumores apendiculares são
mais comuns em mulheres.
Os tumores ileais são os que mais enviam metástase, sendo o fígado o principal
local.
Os tumores carcinoides uma vez identificados devem sempre ser ressecados. No
apêndice, tumores maiores que 2cm indicam apendicectomia + hemicolectomia
à direita.
Para que haja síndrome carcinoide é necessária que ocorra metástase para o
fígado. As manifestações clinicas da síndrome são: sintomas vasomotores –
flushing-, diarréia, doença orovalvar cardíaca (insuf. Tricúspide). Inicialmente
os sintomas são episódicos, sendo provocados por estresse, liberação de
catecolaminas, ingestão de álcool e alimentos.
O diagnostico da síndrome é clinico é pode ser confirmado pela presença de
níveis elevados do 5-HIAA na urina.
Diverticulite
Clínica: A diverticulite aguda se caracteriza por febre, leucocitose, dor abdominal baixa
(mais comumente à esquerda), que piora com a defecação e sinais de irritação
peritoneal. O exame físico pode demonstrar massa no quadrante inferior esquerdo. A
dor pode irradiar para a coluna, região suprapúbica e flanco. “É A APENDICITE DO
LADO ESQUERDO”.
o Doentes que exibem sinais exuberantes como febre, leucocitose com desvio,
sinais de irritação peritoneal merecem ser internados. Seguimento com dieta
zero, hidratação venosa e antibioticoterapia parenteral (ceftriaxona +
metronidazol).
Vascularização:
Tronco Celíaco: a. Hepática comum (Fígado e vais biliares, duodeno proximal)
+ a. Esplênica (baço, pâncreas, estômago) + a. Gástrica esquerda (estomago)
Artéria Mesentérica Superior (pâncreas, duodeno distal, íleo, jejuno, ceco,
apêndice, cólon ascendente e transverso)
Artéria Mesentérica Inferior (Cólon transverso distal, descendente, sigmoide e
reto).
*As áreas intestinais mais propensas a isquemia são a flexura esplênica e a
junção retossigmóide.
Isquemia Intestinal:
Inicio do processo (agudo ou crônico)
Extensão do segmento acometido (delgado ou grosso, mucoso ou transmural)
Grau de obstrução (total ou parcial)
Duração (transitória ou persistente)
Origem do processo (arterial, venoso, trombose ou embolia)