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11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
economia (SearchBySection.aspx?section=1&type=3)
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O país mais aberto à fartura produzida pelo resto do mundo é o país cujos habitantes são os
mais privilegiados e favorecidos.
E é fácil entender isso quando você analisa por que as pessoas acordam cedo e vão trabalhar
todos os dias: elas fazem isso para auferir uma renda, a qual utilizarão para obter bens e
serviços. Ou seja, elas trabalham e produzem para poder obter coisas em retorno.
O objetivo nal do trabalho e da produção é o consumo. E quanto mais desobstruído for esse
consumo, maior será a capacidade dessa população de trocar os frutos do seu trabalho por
bens e serviços. Logo, maior será o padrão de vida dessas pessoas.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 2/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Trabalhar e produzir — ou seja, criar oferta — signi ca demandar coisas. E isso é verdade
mesmo que este trabalhador poupe 100% de sua renda: ao poupar, ele está meramente
transferindo demanda para terceiros, sejam eles tomadores de empréstimos, empresas nas
quais ele investe, instituições de caridade para quem ele doa ou mesmo repasses para seus
lhos e netos.
O ponto principal é que a produção, sempre e em todo lugar, é a expressão de uma demanda
(/Article.aspx?id=2721).
Por isso, quando o governo impõe tarifas de importação ou desvaloriza a moeda, ele está
simplesmente elevando os custos de se trabalhar e produzir, afetando o padrão de vida da
população. O objetivo de tais medidas é proteger alguns empregos em setores privilegiados
(/Article.aspx?id=2641), os quais cam blindados da concorrência estrangeira e agora
podem produzir bens de menor qualidade e a preços mais altos. A consequência inevitável é
que uma minoria é protegida e uma esmagadora maioria é prejudicada (/Article.aspx?
id=2854), pois seu poder de compra foi atacado e, consequentemente, seu padrão de vida
foi restringido.
Pior: por reduzirem a renda disponível da população — que agora tem de pagar mais caro
pelos produtos nacionais —, tarifas e desvalorizações comprovadamente reduzem
investimentos e, consequentemente, a geração de empregos (/Article.aspx?id=2854). Não
há mágica.
Imagine uma ilha quase deserta: se apenas duas pessoas estiverem ali trabalhando e
produzindo, a chegada de mais oito pessoas não irá fazer com que estes dois habitantes
originais quem desempregados e sem nenhuma atividade para desempenhar. Isso
atentaria contra a lógica, pois signi caria que a chegada de oito pessoas aboliu a escassez e
criou a mais completa abundância para todos, de modo que não há mais trabalho e
produção a serem feitos, pois todos já vivem na fartura.
A realidade, como bem sabe qualquer indivíduo dotado de razão, é oposta: a chegada destes
oito signi ca que agora dez pessoas irão produzir exponencialmente mais do que apenas
duas, e será assim simplesmente porque o acréscimo de oito pessoas sicamente
capacitadas para produzir irá permitir que dez possam se especializar ainda mais naquilo
que cada um sabe fazer melhor.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 3/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
E aquilo que já funciona bem para dez pessoas em uma ilha quase deserta irá funcionar
ainda melhor para os habitantes de todo o mundo.
Os nova-iorquinos não estão mais pobres por poderem "importar" comida que foi cultivada
ao redor do mundo. Muito pelo contrário: sua capacidade de importar comida (bem como
todos os tipos de bens e servidos produzidos em outros lugares) signi ca que, por causa da
divisão mundial do trabalho, cada nova-iorquino pôde se especializar naquele tipo de
trabalho que mais ampli ca suas habilidades e inteligências.
Quanto mais livre o comércio, maior a probabilidade de que cada indivíduo se especialize na
produção daqueles bens e serviços que ele é capaz de produzir com mais e ciência, e em
seguida utilize sua renda (alta, por causa da sua especialização) para importar aqueles bens
e serviços que são produzidos de maneira mais e ciente por outros indivíduos em outras
localidades. Um indivíduo está em melhor situação econômica quando pode se especializar
naquilo que faz melhor e, em decorrência disso, pode importar, ao menor preço possível, os
bens de que necessita.
Quando os cidadãos podem terceirizar a manufatura de vários bens para outros indivíduos
de outros países, eles podem se especializar em uma miríade de opções de trabalho: podem
ser médicos altamente especializados, nancistas, instrutores de ioga, artistas, cineastas,
chefs, contadores e empreendedores do ramo de tecnologia. Tão rica e com tamanha
liberdade de comércio é a economia, que todos têm opções.
Mais: se as fronteiras de um país são abertas para os bens e serviços produzidos em todos os
pontos do globo, então, por de nição, o poder de compra dos salários desses indivíduos
alcança sua máxima capacidade. Os habitantes deste país estão na privilegiada situação de
ter os indivíduos mais talentosos do mundo trabalhando e produzindo para atender às suas
demandas. Esses indivíduos talentosos estão concorrendo acirradamente entre eles para
fornecer a você as melhores ofertas.
Veja, por exemplo, a pujança da Suíça, dos EUA, da Alemanha e dos países asiáticos que se
abriram ao comércio (como Hong Kong, Cingapura, Taiwan etc.): a população desses países
usufrui o privilégio de ter as pessoas mais talentosas ao redor do mundo concorrendo entre
si para produzir e ofertar a ela produtos a preços baixos. Países que são abertos ao comércio
internacional têm todos os produtores mundiais ávidos para lhes fornecer bens e serviços
de qualidade e a preços baixos.
Qual a melhor maneira de se aumentar o padrão de vida senão por meio de uma divisão
internacional do trabalho, a qual gera oferta abundante de bens e serviços a preços baixos?
Protecionismo = pobreza
Por tudo isso, dizer que um país que pratica livre comércio com outro país irá vivenciar um
aumento na la do desemprego é algo que tem a mesma lógica que dizer que o acréscimo de
milhões de pessoas na mão-de-obra irá reduzir a oferta de bens e serviços.
Este ponto é crucial e merece ser enfatizado: a força ideológica mais poderosa na defesa do
protecionismo é o temor de que, com o livre comércio — isto é, com as pessoas podendo
comprar coisas baratas do exterior —, haverá poucos empregos para os trabalhadores na
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 4/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
economia doméstica.
Repare: o que seria esse temor senão o medo de que o livre comércio irá gerar uma
abundância tão plena, que ninguém mais terá de trabalhar para produzir? O que seria esse
temor senão a noção de que, com o livre comércio, todos os desejos da humanidade seriam
tão completamente satisfeitos, que chegaremos ao ponto em que não mais seremos úteis
em fornecer bens e serviços uns aos outros?
E tudo piora: nas economias que restringem o livre comércio, os habitantes, ao não
poderem utilizar os frutos do seu trabalho para adquirir aqueles bens e serviços que são
mais bem produzidos por estrangeiros, acabam sendo obrigadas a desempenhar várias
atividades nas quais não têm nenhuma habilidade. Isolados da divisão mundial do trabalho,
eles trabalham apenas para sobreviver, e não para desenvolver seus talentos. Eles não
podem trabalhar naquilo em que realmente são bons, pois a restrição ao livre comércio
obriga os cidadãos a fazerem de tudo, inclusive aquilo de que não entendem. Uma pessoa
boa em informática, por exemplo, acaba tendo de trabalhar como operário em uma
siderurgia, pois seu governo restringe a importação de aço, que poderia ser adquirido mais
barato de estrangeiros. Engenheiros acabam virando operários de fábricas.
E, como se ainda fosse necessário utilizar este argumento, o desemprego é menor naqueles
países que praticam o livre comércio (/Article.aspx?id=2853).
Importações, por de nição, sempre melhoram o padrão de vida dos habitantes de uma
economia. Sempre. E é assim porque, de um lado, elas aumentam a recompensa pelo
trabalho, e, de outro, permitem uma maior especialização da mão-de-obra. Acima de tudo:
o livre comércio é tautologicamente bené co, pois, se não fosse, os indivíduos
simplesmente não o efetuariam.
E, para quem quer um argumento puramente utilitarista, embora seja verdade que possam
ocorrer demissões quando a concorrência de importados aumenta, é importante levar em
conta também os aumentos nas exportações gerados pelo livre comércio. Uma fabricante de
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 5/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
automóveis pode não gostar da concorrência trazida pelos importados, mas dado que agora
os outros países do mundo irão também comprar mais de seus carros (desde que eles sejam
bons, é claro), é manifestamente mais lucrativo optar pelo livre comércio.
Conclusão
Com o protecionismo, o que nunca é visto são os indivíduos que jamais puderam se
especializar, a renda disponível que poderia ser mais alta, os investimentos que nunca
ocorreram, as empresas que não puderam surgir, e, acima de tudo, as criações que "mudam
vidas" que jamais puderam ser inventadas. Você vê apenas a tributação do trabalho e da
capacidade de especialização. E tudo supostamente para o nosso bem.
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Leia também:
Exportar muito e importar pouco não gera crescimento e é o caminho para a pobreza
(/Article.aspx?id=2827)
Como a Nova Zelândia e o Chile transformam vacas, ovelhas, uvas e cobre em automóveis
de qualidade (/Article.aspx?id=2617)
30 votos
autor
John Tamny
(SearchByAuthor.aspx? é o editor do site Real Clear Markets (http://www.realclearmarkets.com/),
id=469&type=articles)
contribui para a revista Forbes (http://www.forbes.com/) e autor do livro Popular
Economics: What the Rolling Stones, Downton Abbey, and LeBron James Can
Teach You about Economics (http://www.amazon.com/Popular-Economics-
Rolling-Stones-Downton/dp/1621573370).
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 6/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
(Article.aspx?id=2929)
2 A maioria dos empreendedores é composta de maus empreendedores - eis a sua
chance
(Article.aspx?id=2928)
3 O duplo ônus da cultura do funcionalismo público
(Article.aspx?id=2734)
4 A crença na necessidade de um curso superior já se tornou religiosa
(Article.aspx?id=2927)
5 Dica aos jovens: sejam ambiciosos e parem de perder tempo com o sistema
educacional convencional
(Article.aspx?id=2790)
6 A verdadeira face de Nelson Mandela
(Article.aspx?id=1758)
7 A esquerda “anti-fascista” tem muito em comum com os fascistas originais
(Article.aspx?id=2868)
8 O socialismo inevitavelmente requer uma ditadura
comentários (78)
Caro Alexandre,
Apoiado!
O problema é: somando todos os citados, chegamos a quantos?
80%, 90 % dos habitantes da Banânia. Sei lá. Mas é gente pacas...
RESPONDER
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 7/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Fico assustado com os preços das coisas no Brasil. Estava procurando uma certa câmera re ex na
internet, e deu assim:
Ebay: U$ 300,00.
BR: R$ 5.500
Como o negócio estaria iniciando, eu venderia os produtos com preços bem menores. De fato, se
fosse possível importar tudo de Shenzhen sem impostos, mesmo com o câmbio no patamar
atual, o custo individual seria irrisório, mas en m.
Sem essas amarras, eu poderia complementar a minha renda trabalhando para mim mesmo. O
governo se intrometeu e quer ser o meu sócio de qualquer maneira.
Estatistas não fabricam, e se forem importar, pagam as taxas de boa fé "em nome da proteção
da indústria nacional", e da destruição da iniciativa de quem queria começar a fazer dinheiro e
vender produtos a preços mais realistas.
Foda-se o Estado, porque desde que comecei a pesquisar sobre liberalismo, estou convicto como
rocha de que contrabando é autodefesa.
RESPONDER
Faça como eu, junte o dinheiro que seria utilizado para empreender e aplique no Tesouro
Direto.
E a oportunidade está aí, para quem quiser. Quando estourou a greve dos caminhoneiros
anunciei na seção de comentários deste artigo (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2897) que estava aberta a oportunidade da década no Tesouro Direto (que só perderia
para aquela do auge do desgoverno Dilma) e que eu ia me aposentar bem mais cedo do
que o previsto. Desde então, os juros dos títulos subiram ainda mais.
Os títulos que pagam IPCA + juros para vencimento em 2035 e 2045 eles estão pagando
IPCA + 5,91%. Isso é uma delícia. (Na época da Dilma chegaram a IPCA + 7,82% mas
desde então desabaram. No auge da lua de mel com o Temer, chegaram a irrisórios IPCA
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 8/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
No Brasil, país avesso ao empreendedorismo, quem quiser se aposentar cedo sem dor de
cabeça pode car só vivendo das aplicações no Tesouro Direto. Como eu faço. E aí pego a
renda, vou pra Miami, e compro lá.
RESPONDER
Cuidado! Daqui a pouco vão te falar que (1) emprestar dinheiro não é
investimento e (2) emprestar dinheiro é imoral.
Obs: 5,9% está bem longe de ser a "oportunidade da década" hein? Espere até
as eleições...
RESPONDER
É só usar a lógica.
Logo, ele jamais dará o calote em seus credores. Isso seria de uma
burrice inominável.
Ora, você não mata quem sempre lhe empresta dinheiro e que faz
com que seja possível você fechar suas contas.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 9/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Sim, haverá calote no Brasil, mas este não ocorrerá com os títulos
públicos em mãos de bancos, fundos de investimento, cidadãos e
empresas nacionais. O calote ocorrerá sobre aqueles grupos que têm
menos poder político: aposentados, pensionistas, dependentes de
assistencialismo etc. Chegará um momento em que estes não mais
receberão nada.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2532
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2532)
RESPONDER
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 10/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 11/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Tá, até concordo com tudo mas minha dúvida é: como competir com um país como a China por
exemplo, onde o ganho salarial, a rotina de trabalho e as leis trabalhistas são desfavoráveis aos
trabalhadores? E a população economicamente ativa é mais de dez vezes maior a que a do
Brasil!!!
Sabemos que o Brasil é exportador em sua maioria de produtos de baixo valor agregado e que
não possui uma cadeia produtiva competitiva, então o que se deve fazer? Flexibilizar a CLT? Os
trabalhadores vão aceitar trabalhar 60 horas semanais? Continuaremos vendendo commodities a
preço de banana? Como estimular a indústria nacional, sem depender do capital estrangeiro e das
multinacionais? Parece papo de esquerdista contra o sistema capitalista opressor, mas não é não.
Gostaria de ver o Brasil com uma economia livre, com menos impostos, crescendo, com empresas
surgindo e oferendo empregos a toda hora. Mas as dúvidas são maiores que as respostas! Será
que os políticos conseguem responder?
RESPONDER
"A minha dúvida é: como competir com um país como a China por exemplo, onde o
ganho salarial, a rotina de trabalho e as leis trabalhistas são desfavoráveis aos
trabalhadores?"
Se isso realmente ocorre, então, francamente, essa turma do ABC deveria sumir do
mundo, nem que fosse de vergonha. Se um semi-escravo zesse constantemente um
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 12/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
serviço melhor que o meu, eu morreria de vergonha, caria quietinho no meu canto (com
medo de alguém me ver), e jamais teria a cara de fazer qualquer exigência.
Extrapolando, se toda a indústria do país conseguiu a façanha de ser quebrada por "semi-
escravos", então ela realmente não tinha nada que existir. Era uma vergonha perante o
mundo, e um constrangimento para nós.
Ah, sim: Salário médio de setor industrial na China já supera o do Brasil
(http://oglobo.globo.com/economia/salario-medio-de-setor-industrial-na-china-ja-
supera-do-brasil-20986009)
"E a população economicamente ativa é mais de dez vezes maior a que a do Brasil!!!"
Isso signi ca que o mercado consumidor chinês é uma mina de ouro para as nossas
indústrias. Falta apenas elas agora saberem como vender para lá.
P.S.: por essa sua lógica, era para os suíços estarem tremendo de medo. Quantas vezes a
população chinesa é maior que eles?
"Sabemos que o Brasil é exportador em sua maioria de produtos de baixo valor agregado
e que não possui uma cadeia produtiva competitiva, então o que se deve fazer?"
Para começar, perceba que você, do nada, mudou totalmente de foco. Antes, a
preocupação era com as importações da China. Agora, passou a ser a nossa pauta
exportadora.
1) Nova Zelândia e Austrália são hoje extremamente ricos, e seguem tendo como pauta de
exportação commodities de baixo valor agregado.
2) Para você ter uma ideia, na Austrália, não há nenhuma grande montadora de
automóveis. E, na Nova Zelândia, nem sequer há montadora de automóveis
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2617). Eles já perceberam que é muito mais
negócio importar carros baratos do que direcionar recursos escassos para fazer algo em
que não são bons. Eles sabem que isso seria burrice.
3) Laticínios, carne, lã, madeira, peixe, alumínio, e produtos de papel. Todos eles
commodities. E sabe o que eles representam? Toda a pauta de exportação da Nova
Zelândia.
4) Carvão, minério de ferro, lã, alumínio, trigo, carne e algum maquinário. Sabe o que eles
representam? Toda a pauta de exportação da Austrália.
5) Por que o Brasil teria de fabricar absolutamente tudo aqui dentro, sendo que é muito
mais inteligente comprar de quem já tem o know how da fabricação? De novo, Austrália,
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 13/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
6) Quem não acredita nessa possibilidade tem então de refutar a teoria das vantagens
comparativas. Tem de explicar por que seria vantajoso querer concorrer com quem já
domina a área. E tem de explicar também aos neozelandeses que eles devem
urgentemente direcionar recursos escassos para construir uma fábrica de automóveis,
ainda que seja muito mais vantajoso para eles comprar de outros países.
7) Já imaginou se o governo do Japão cismasse que o país tem de virar uma potência na
extração de petróleo? É exatamente isso o que os protecionistas e desenvolvimentistas
querem.
8) Hong Kong e Cingapura têm de importar toda a sua comida e toda a sua água. E têm
os maiores PIBs per capita do mundo. Pela lógica protecionista e desenvolvimentista, era
para eles urgentemente saírem desapropriando prédios e transformar tudo em pasto, pois
é urgente plantar a própria comida.
10) No Brasil, há um vasto setor de serviços a ser explorado. Há todo um setor de turismo,
totalmente subutilizado (há vários locais bonitos sem a mais mínima infraestrutura para
turistas). Há setores tecnológicos de ponta (a Embraer, por exemplo). Nossas mineradoras
são e cientes e pagam bem (para quem é bom).
Faça um enorme favor a si mesmo e pare de car repetindo abobrinha que você leu em
blog petista. Isso apenas lhe deixa a descoberto. Pensei estar conversando com alguém
maduro.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 14/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Ah, aí não tem jeito mesmo, não. Você quer mágica. Você quer ter indústrias fortes e
competitivas, mas não quer investimentos estrangeiros diretos, que é a justamente a
única coisa que pode nos modernizar. É exatamente o investimento estrangeiro a
salvação, a única coisa capaz de modernizar nossas indústrias, aumentando sua
produtividade e e ciência (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2083).
Você por acaso é discípulo de Brizola? Achei que essa gente já havia sido enterrada na lata
de lixo da história.
"Parece papo de esquerdista contra o sistema capitalista opressor, mas não é não."
"Gostaria de ver o Brasil com uma economia livre, com menos impostos, crescendo, com
empresas surgindo e oferendo empregos a toda hora."
"Mas as dúvidas são maiores que as respostas! Será que os políticos conseguem
responder?"
Políticos?! Você quer que políticos melhorem o Brasil? Aí lascou mesmo. Quem pode
melhorar o Brasil somos nós, investidores e consumidores. E não políticos fechando a
economia.
RESPONDER
Amante da lógica,
Rapaz, quei embasbacado de alegria ao ler tuas respostas.
Sério. Sem ironias.
Você, alem de amante da lógica, é marido da coerência e mãe da paciência com
os menos libertários.
Abraços
RESPONDER
Você por acaso é discípulo de Brizola? Achei que essa gente já havia sido enterrada
na lata de lixo da história.
Err, infelizmente não. Essa gentalha esta mais viva do que nunca. Porém, agora,
estão personi cados na gura do Ciro Gomes e seu projeto de "re-construção da
industria nacional". É pra rir ou pra chorar?
RESPONDER
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 15/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
www.youtube.com/watch?v=qsm0Tq15AiY
RESPONDER
E vocês acham que um presidente que terminasse com todas tarifas de importação conseguiria
terminar seu mandato?
RESPONDER
1) "Digamos que o governo, de uma hora para outra, abrisse o mercado para o exterior e
não praticasse nenhuma proteção contra importação. Quais os impactos teríamos?"
Tudo vai depender das preferências dos consumidores. Se eles voluntariamente passarem
a comprar produtos importados, ignorando os nacionais, então eles, por de nição, estão
voluntariamente demonstrando que preferem produtos estrangeiros aos produtos
produzidos pela FIESP.
As ine cientes com certeza. E isso seria ótimo. Empresas ine cientes são deletérias para
uma sociedade. Elas consomem recursos e não entregam valor. Elas, na prática, subtraem
valor da sociedade. Uma empresa que opera com prejuízo é uma máquina de destruição
de riqueza. (O mecanismo sinalizador que orienta todas as decisões e fornece os
resultados é o sistema de preços).
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 16/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
E é por isso que empresas que operam continuamente com prejuízo — por mais
importantes que elas sejam para o "orgulho nacional" — devem falir e ser vendidas para
novos administradores mais competentes. Falências são algo extremamente positivo para
uma economia, pois permitem que aqueles concorrentes mais produtivos e mais capazes
tenham a oportunidade de comprar os ativos das empresas falidas a preços de barganha,
permitindo-os fortalecer suas operações e voltar a criar valor para a sociedade.
4) "Como assim?"
O que os protecionistas defendem, embora não tenham coragem de dizer com estas
palavras, é que indústrias ine cientes e custosas devem ser protegidas, pelo governo, da
vontade dos consumidores (que já demonstraram preferir outros produtos).
5) "Mas há indústrias e cientes que estão sendo prejudicadas pelas políticas do governo.
Neste caso, seria o protecionismo aceitável?"
Negativo.
Não faz sentido combater estas monstruosidades criando novas monstruosidades. Não faz
sentido tolher os consumidores ou impor tarifas de importação para compensar a
existência de impostos, de burocracia e de regulamentações sobre as indústrias. Isso é
querer apagar o fogo com gasolina
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 17/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
7) "Mas não seria importante haver algumas tarifas protecionistas para garantir o
desenvolvimento das indústrias mais e cientes?"
Aos protecionistas cam as seguintes perguntas: Tarifa de quanto? Por que tal valor? Por
que não um valor maior ou menor? Por quanto tempo deve durar tal tarifa? Por que não
um tempo maior ou menor? Qual setor deve ser protegido? Por que tal setor e não outro?
E, nalmente, por que o segredo para a e ciência é a blindagem da concorrência?
RESPONDER
Foi só ano passado que eu descobri que o Brasil proíbe até mesmo a importação de café!
(http://www.oantagonista.com/posts/temer-suspende-importacao-de-cafe)
E aproveitando a oportunidade, alguém poderia explicar o motivo do café vendido aqui ser de tão
péssima qualidade e custar mais que o dobro do preço do café vendido para o exterior, cuja
qualidade e variedades são bem maiores? Será que isto tem explicação racional??
RESPONDER
Já para nós, portadores de moeda fraca, eles vendem apenas a raspa, a xepa.
Junte a isso o fato de que operam em um mercado protegido, e a tragédia está completa.
A fabricante de armas Taurus faz a mesmíssima coisa: manda para os EUA, mercado
extremamente competitivo, suas melhores armas. As medianas, ela vende para as polícias
(e leva processo por causa disso (http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/11/mpf-
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 18/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
abre-acao-contra-fabricante-de-armas-taurus-por-disparos-acidentais.html)). Já a
"carne de pescoço" ela manda para as casas de pesca.
RESPONDER
Vale pra tudo. Asfalto, carne, sapatos... Aqui só cam as sobras mesmo.
RESPONDER
Leandro, isso acontece com carros também. Os vizinhos da América Latina (que
não possuem o mesmo nível de exigência do que um europeu, que considera
porcaria um carro com 4 estrelas (de 5) nos testes do EURO NCAP) nunca sentiram
cheiro de Onix (e Gol) com motor 1,0 litro.
Onix só motor 1,4 e Gol motor 1,6. Classic saia com motor 1,6 e Celta com motor
1,4.
RESPONDER
O padrão americano é o mais exigente pra mim, o IIHS faz os testes mais
severos e reprova até carros da Audi.
Fora que ele deixaram de comprar carros americanos pra comprar os
japoneses, pra você vê que a exigência lá é maior que o grande orgulho
americano.
RESPONDER
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 19/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Real brasileiro é uma piada, melhor dia da minha vida foi quando consegui auferir minha renda
em moeda forte.
No Joesley Day eu estava em Cusco no Peru, costumam trocar reais brasileiros sem problemas,
mas naquele dia a volatilidade foi tão brutal que todas as casas de câmbio da cidade
suspenderam a negociação de reais brasileiros e só retornou ao normal 2 dias depois, passei o
maior perrengue e descobri o inferno que é ter em mãos uma moeda inconversível e que
ninguém quer, coloquei como objetivo de vida nunca mais passar por isso novamente, só não
quei na pior porque tinha uma namoradinha canadense que me emprestou uns dólares.
RESPONDER
Nesse dia estava embarcando de Santiago para São Paulo, as poucas casas de câmbio que
trocavam reais em meio ao caos estavam cobrando um valor absurdo pela troca, trocamos
nossos pesos chilenos restantes por reais de um casal brasileiro que estava em leve
desespero.
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É melhor ter emprego, ter renda do que adquirir mais barato alguns bens.
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Ué, de que adianta ter emprego se você nada pode adquirir com sua renda? Na URSS era
assim: todo mundo tinha emprego e salário. Só que não tinha nada de útil pra comprar.
Essa, aliás, é a de nição mais completa de escravidão: você trabalha mas nada consegue
adquirir com sua renda (ao menos, nada que presta).
Onde é este lugar? Quero ir para lá. Pois aqui no Brasil não tem nem emprego para
adquirir os poucos, toscos e caros produtos disponíveis.
E com este desemprego de dois dígitos há 3 anos vai ser uma porta arreganhada para
populismos desvairados e teremos ainda mais carestia. Viver no Brasil é um castigo.
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Cara, no próprio texto tem um trecho (com link) informando que o desemprego é menor
nos países com livre mercado...
"E, como se ainda fosse necessário utilizar este argumento, o desemprego é menor
naqueles países que praticam o livre comércio."
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{www.facebook.com/joseoliveira.oliveira.1042/videos/1793180897392433/}
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 21/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
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"Se as fronteiras de um país são fechadas, seus habitantes vivem em um estado de autarquia,
podendo consumir apenas aquilo que produzem. As opções são drasticamente reduzidas. Os
preços são maiores, pois o poder de compra da moeda é menor. A indústria é ine ciente, pois
não precisa se preocupar com a concorrência de estrangeiros. A população nacional se torna
refém do baronato industrial nacional, que tem seus lucros garantidos sem a contrapartida de
uma prestação decente de serviços. Por isso o padrão de vida em países de economia fechada é
tão baixo."
Esse é o Brasil, país onde não se pode importar livremente nem dos outros países do Mercusul.
Somos totalmente refém das corporações parasitárias que fazem lobby sempre que quiserem.
Não existe nenhum governo corajoso o su ciente para abrir o mercado às importações.
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O protecionismo tem que ser entendido do ponto de vista político. Do ponto de vista do
liberalismo ingênuo (que presume, por postulado, que a paz e boa-fé são o estado natural da
humanidade, em outras palavras, que o problema da política não precisa ser resolvido) é claro
que o comércio livre irrestrito é sempre superior.
No ponto de vista político, começam a surgir questões como "o que impede o país vizinho de
envenenar a comida que vende para mim", "o que eu faço se minha economia car criticamente
dependente de um produto importado e o meu vizinho ameaçar um embargo para fazer
exigências", "que indústrias eu posso terceirizar sem ser prejudicado se amanhã meu vizinho
entrar em guerra contra mim" são mais relevantes.
Se quisermos resolver esse tipo de questão só com livre-mercado seremos forçados a entrar em
mecanismos hipotéticos como os inventados pelos anarco-capitalistas: seguro-contra-guerra,
seguro-contra-embargo, etc.
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Por essa sua lógica impecável, Hong Kong, Cingapura e vários países asiáticos devem viver
sob constante estado de pavor: lá, não apenas não tem cultivo nenhum de alimentos,
como até mesmo a água é importada.
Sabe por quê? Porque capitalistas são esquisitos: eles sabem que é muito mais lucrativo
vender continuamente para clientes do que matá-los.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 22/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
"o que impede o país vizinho de envenenar a comida que vende para mim"
Pergunta errada. Eis a pergunta certa: O que impede os monopolistas protegidos pelo
governo (ou o próprio governo) de envenenar a comida que vendem para mim?
Kkkkk e cada uma que escrevem. E so tem um pais no mundo que produz comida? E o
Brasil,guatemala,honduras e etc paises porcaria e que precisam de dinheiro vao envenenar
a comida. E cada lixo que cai aqui.
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Pessoal, preciso da ajuda e do conselho de vocês, já que o instituto tem a mesma mentalidade
que eu.
Acordei pra vida muito tarde, no meu 5 ano de direito. Sempre fui um liberal, mas me tornei
libertário a partir do 3 ano.
Hoje vejo como a advocacia esta saturada no Brasil, a pro ssão é uma piada e ta cheio de
picaretas.
Ser funça é um grande negocio aqui, mas seria incoerente da minha parte, não ia conseguir
dormir sabendo que vivo do dinheiro alheio.
Único concurso que eu faria seria pra delegado, único dos funças que produz algo porque ferra
com criminosos. É o único que eu vejo dar algo em troca e que produz algo.
Ou eu faço um concurso e viro delegado e trabalho nessa área de acabar com bandidos
Ou eu tento sair do país, ir pro Chile ou Pros EUA. No chile tem como validar meu diploma mas é
muito complicado e incerto, precisa do aval dos juizes da Suprema corte chilena. Nos EUA acho
que essa possibilidade nem existe!
Eu poderia trabalhar como motorista nos EUA ou em alguma parte das montadoras relacionadas
a automoveis ou jornalismo do automobilismo,
O Paraguai seria uma opção também?
Digamos que eu tenho, cerca de 60 mil reais dispostos para serem usados em alguma
empreitadas dessa.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 23/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Um forte abraço!!!
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Relaxa, o cara de Direito aqui do IMB é funça (André Ramos). Todos os articulistas do
instituto compram títulos do governo. Então dane-se essa história de "viver do dinheiro
alheio", faça o que é melhor pra você.
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Delegado também prende quem não faz nada errado, como por exemplo tentar manter o
dinheiro suado longe das mãos do governo, ca a dica ;-)
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Admiro você estar disposto a tomar essas decisões, não são todos que se atém tão forte
aos princípios que segue, infelizmente não sou da área para te ajudar, mas te desejo sorte
e sucesso independente da escolha.
Talvez seja uma boa tentar se comunicar com o Rodrigo Saraiva Marinho, que é da área de
direito também. (tem um livro no site de autoria dele, além de artigos)
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https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 24/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Abraços!!!
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Com todo respeito, mas essa foi uma das maiores asneiras que já li na vida.
Caro Hugo, moral pra mim é algo muito valioso, não sei pra você...
''Com todo respeito, mas essa foi uma das maiores asneiras que já li
na vida.
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https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 26/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Um Abraço Fraternal
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Liberaleco fun%C3%83%C2%A7a
27/06/2018 01:50
Na verdade, essa área me interessa mais
como vivência de vida, algo de fazer por
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 27/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Erro do texto:
Foi dito que na verdade não há perda de empregos com o livre mercado, pois o dinheiro poupado
ao comprar bens mais baratos importados, poderá ser utilizado em outros setores (que do
contrário não os receberiam).
O problema é que o dinheiro usado para comprar o bem estrangeiro signi ca em outras palavras
uma operação de câmbio, trocando real pra dólar, por exemplo, para pagar ao exportador
estrangeiro. Se isso passar a ser feito em larga escala (para substituir uma indústria nacional
falida, por exemplo), signi ca que o dólar vai disparar, a população não vai mais conseguir
importar com o real tão desvalorizado, e com isso vai car no mesmo estado ou pior que quando
havia a indústria nacional.
Na verdade, com o livre mercado a compra é um envio de dinheiro para o exterior, ao passo que
com a indústria nacional o dinheiro ca no país (melhor).
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"O problema é que o dinheiro usado para comprar o bem estrangeiro signi ca em outras
palavras uma operação de câmbio, trocando real pra dólar, por exemplo, para pagar ao
exportador estrangeiro. Se isso passar a ser feito em larga escala (para substituir uma
indústria nacional falida, por exemplo), signi ca que o dólar vai disparar"
De novo: balança comercial não de ne câmbio. Nem a balança de serviços. E nem as duas
juntas (saldo corrente). Dizer que o que determina o câmbio é a balança comercial e de
serviços, e não o poder de compra das moedas, é algo que não faz absolutamente nenhum
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 28/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
sentido.
Se essa teoria fosse verdadeira, todos os países da África, que quase nada importam,
teriam moedas absurdamente valorizadas. A Venezuela, então, que exporta muito
petróleo e não importa quase nada (pois o governo restringe), teria uma moeda que seria
um portento. Aliás, o próprio dólar (os EUA importam muito mais do exportam, e têm
dé cits comerciais seguidos desde a década de 1970) estaria hoje esfrangalhado.
Aliás, vale lembrar que o uxo cambial foi positivo no Brasil em 2015
(http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN0UK1WC20160106). Ou seja, em
2015, entraram mais dólares do que saíram do Brasil. E, ao mesmo tempo, o dólar saltou
de R$ 2,50 para R$ 4.
Setor externo nada tem a ver com a força da moeda. O que determina a taxa de câmbio,
no longo prazo, é a diferença entre o poder de compra das moedas, e não saldos de
balança comercial ou setor externo.
E o que determina é o poder de compra da moeda. E este é afetado sobretudo pela oferta
monetária (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2663).
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2901 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2901)
"Na verdade, com o livre mercado a compra é um envio de dinheiro para o exterior, ao
passo que com a indústria nacional o dinheiro ca no país (melhor)."
Falou uma merda gigantesca. Não existe isso de "dinheiro sair do país". Por acaso o real é
moeda corrente no estrangeiro? Por acaso circulam dólares na economia brasileira? O
dólar é aceito no comércio brasileiro?
Quando há importações, não saem reais do Brasil. Quando há exportações não entram
dólares no Brasil. Quando um brasileiro importa algo, não saem reais do Brasil. O real não
é moeda corrente em nenhum outro país do mundo. Nenhum real sai do Brasil quando
um brasileiro importa.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 29/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
O que ocorre é que dólares, que estão em uma conta bancária em um banco americano,
mudam de proprietário. Quando você importa, você repassa reais para um exportador, e
esse exportador repassa dólares para a pessoa de quem você comprou pela Amazon.
Quando um brasileiro exporta soja para os EUA, não entram dólares na sua conta bancária
aqui no Brasil. O dólar não é moeda corrente aqui e nem na esmagadora maioria dos
países do mundo. Sendo assim, o dólar não "entra" nesses países via sistema bancário e
nem muito menos sai do sistema bancário americano.
O que ocorre na prática é que o exportador brasileiro adquire a titularidade de uma conta
bancária, em um banco americano, em dólares. Ato contínuo, ele pode decidir entre
vender a titularidade dessa conta bancária para outra pessoa (normalmente para um
banco brasileiro ou para um importador brasileiro, que então depositará reais em sua
conta em um banco brasileiro) ou manter a propriedade dessa conta em dólares,
decidindo investir esses dólares na própria economia americana (comprando ações,
debêntures ou até mesmo títulos do governo americano).
Perceba que os dólares nunca saíram dos EUA. A única coisa que aconteceu foi que a
titularidade de uma conta bancária em um banco americano mudou de dono: um
importador americano de soja brasileira repassou uma parte de seus dólares para um
exportador brasileiro, que então decidirá o que fazer com os dólares dessa conta: ele pode
vender para um banco brasileiro ou para um importador brasileiro, sempre em troca de
reais.
No seu caso, que está importando um bem estrangeiro, ele vai repassar os dólares para a
pessoa de quem você comprou. Sendo assim, se você estiver importando algo para o
Brasil, esse exportador brasileiro vai repassar os dólares para a pessoa de quem você
comprou o importado, e você vai repassar seus reais para esse exportador brasileiro.
Nenhuma moeda saiu de seu respectivo país.
Ou seja, para que haja importação, tudo o que é necessário é que o importador consiga
alguém disposto a vender moeda estrangeira em troca da moeda nacional. Mas nenhum
real sai do Brasil.
Aprenda esse básico, cidadão: não existe isso de reais saírem do Brasil. Reais não saem do
Brasil. O real não é moeda corrente em nenhum outro país do mundo. Dígitos eletrônicos
não saem do Brasil; eles não cruzam fronteiras. Não há como "enviar reais para o
estrangeiro". Nenhum real sai do Brasil nem quando um brasileiro importa nem quando
uma multinacional remete lucros para o exterior. A quantidade de reais na economia ca
a mesma.
Em suma, você simplesmente não sabe do que fala. E o engraçado é que são exatamente
esses ignorantes os mais arrogantes quando dão palpite sobre o que comprovadamente
nada sabem.
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https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 30/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
E tudo caria ainda mais lindo se nós não fossemos obrigados a utilizar
essa moeda pí a que é o real.
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Sei que o meu comentário não tem nada a ver com o post em si, mas alguém aqui do mises.org
poderia me responder por que o federalismo nunca deu certo no Brasil? muito pelo contrário, ele
apenas fortaleceu as oligarquias locais e deu espaço para guras como Getulio Vargas ascender
ao poder?
Pergunto isso porque a nossa primeira constituição repúblicana foi copiada de cabo a rabo da
americana e, mesmo assim, foi um fracasso. Outro país que copiou várias coisas da constituição
americana foi a Argentina, porém, nesse caso, foi um sucesso, transformando a Argentina em um
dos países mais ricos do mundo. Será que somos tão diferentes assim dos hermanos ou tem
outros interesses por baixo?
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Agradeça Getúlio Vargas. De fato, essa Constituição foi inspirada na americana e na suíça,
era (muito) mais liberal que a atual e também descentralizadora. Durou até 1930, quando
o nosso querido ditador fascista deu um "gópi". Em 1932, houve a revolução
constitucionalista, liderada por São Paulo, que resultou em uma nova Constituição, a de
1934 (Brasil deu mais um passo rumo ao fascismo, com esta Constituição foi criada a
Justiça Trabalhista, bancos foram nacionalizados, bem como as riquezas minerais);
contudo, esta, só durou 3 anos, quando Vargas deu o golpe do Estado Novo (neste
momento, os Estados perderam toda sua autonomia).
A Constituição de 1937 durou até 1946, com o m do Estado Novo, foi promulgada nova
Constituição, que restaurou direitos civis e de liberdades individuais; mas que manteve
centralizado o governo, retirando boa parte da autonomia dos Estados.
Ainda que tivéssemos a mesma constituição desde 1891, não sei se tudo seria muito
diferente, esse caminhão de Direitos teria sido criado por leis ordinárias; a melhoria seria
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 31/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
por ter menos amarras pra se livrar pra revogar essas leis (na CF, existem até parte
imutáveis). Vide a Argentina que você citou...
Quanto aos aspectos econômicos de cada época, deixo aos economistas de plantão, que
podem elucidar qual foi a evolução econômica do país em cada período.
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Leandro,
A gente tem visto muitas notícias sobre a questão da curva de juros dos EUA. Alguns analistas
dizem que quando a curva não aponta muita diferença entre a taxa de curto prazo e a taxa de
longo prazo, é sinal de que uma recessão pode estar se aproximando.
Abraço!
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www.mises.org.br/Article.aspx?id=2903#ac218249
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2903#ac218249)
RESPONDER
Excelente.
RESPONDER
Obrigado, Leandro.
Leandro,
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 32/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
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Mais fácil você mesmo se matar, mas de obesidade com as suas 8 refeições diárias!
cou louco?
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Pessoal, vocês viram o que os bandidos da receita federal estão fazendo agora? Agora é proibido
importar smartphone. Antigamente, a RF tributava automaticamente em 200 a 300 reais cada
smartphone independente do preço. Raramente eles tributavam em 60% o valor do smartphone.
Agora eles estão aplicando 60% do valor do produto mais uma multa em 100% do valor do
produto. O valor da multa e o tributo sai em 200% o valor do produto. Eles estão multando todo
mundo. Então agora é o cial: é proibido importar smartphone.
RESPONDER
No segundo semestre de 2016 o preço do feijão disparou (por causa da safra ruim, se não me
engano); então o governo bondosamente baixou as tarifas de importação de feijão para ajudar a
reduzir o preço. O que seria de nós sem o controle estatal da economia, não é?
E ainda têm uns ingratos que perguntam por que essas tarifas sobre importação de alimentos
básicos não são abolidas de vez!
***
RESPONDER
á
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2908 33/34
11/08/2018 Mises Brasil - Você trabalha porque quer adquirir bens e aumentar seu padrão de vida. O protecionismo impede isso
Comentário
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