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Colégio XIX de Março

Educação do jeito que deve ser

2017
2ª PROVA PARCIAL DE PORTUGUÊS

Aluno(a): Nº

Ano: 6º Turma: Data: 14/06/2017 Nota:

Professor(a): Paula Querino Valor da Prova: 30 pontos

Orientações gerais:

1) Número de questões desta prova: 11


2) Valor das questões: Abertas (4): 4,0 pontos cada. Fechadas (7): 2,0 pontos cada.
3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.
4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação
comprometida.
5) Tópicos desta prova:
- Textos e interpretação
- Livro: Cupido e Psiquê
- Substantivo
- Adjetivo
- Verbo

Texto para as questões 1 e 2:

Você gosta de bichos de estimação? E alguma vez já sentiu vontade de ter um cavalo, um
macaco, um boi? Mas como conviver com animais quando se vive em uma cidade grande?

Menino de cidade
Paulo Mendes Campos

Papai, você deixa eu ter um cabrito no meu sítio?


Deixo.
E porquinho-da-índia? E ariranha? E macaco? E quatro cachorros? E duzentas pombas? E um
boi? Um rinoceronte?
Rinoceronte não pode.
Tá bem, mas cavalo pode, não pode?
O sítio é apenas um terreno do estado do Rio, sem maiores perspectivas imediatas. Mas o
garoto precisa acreditar no sítio, como outras pessoas precisam acreditar no céu. O céu dele é
exatamente o da festa folclórica, a bicharada toda, e ele, que nasceu no Rio e, de má vontade, vive
nessa cidade sem animais.
Aliás, ele mesmo desmente que o Rio seja uma cidade sem bichos, possuindo o dom de
descobri-los nos lugares mais inesperados. Se entra na casa de alguém, desaparece ao transpor a
porta, para voltar depois de três segundos com um gato ou cachorro na mão. A gente vai andando
por uma rua em Copacabana, ele some e ressurge com um pinto em flor. É chegar na Barra da Tijuca,
e daí a cinco minutos, já apanhou um siri vivo.
Localiza eletronicamente todos os animais da redondeza, anda pela rua em disparada,
cumprimenta aqui um papagaio, ali um ganso, mais adiante um gato, incansável e frustrado.

2ª PP de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 1


Não distingue marcas de automóvel, em futebol não vai além de Garrincha e Nilton Santos,
mas sabe perfeitamente o que é um mastiff, um boxer, um doberman. Dá informações sobre as
pessoas de acordo com os bichos que possuam: aquele é o dono do Malhado, aquela é a dona do
Lord... Ao telefone, pergunta por patos, gatos, e outros cachorros, centenas, milhares de cachorros,
cachorros que prefere aos companheiros, cachorros que o absorvem na rua, na escola, na hora das
refeições, cachorros que costumam latir e pular em seus sonhos, cachorros mil.

Sua literatura é rigorosamente especializada: livros coloridos sobre bichos. Engatinha mal e
mal na leitura, mas fala com uma proficiência um pouco alarmante a respeito de répteis, batráquios
etc. Filho de mãe inglesa, confunde fork e knife, mas sabe o que é seal e walrus. Se pede um pedaço
de papel é para desenhar a zebra ou a baleia.
É claro que sua frustração causa pena. Por isso mesmo, há algum tempo, ganhou como consolo
um canarinho-da-terra. Um dia, como lhe dissessem que iam dar o passarinho, caso continuasse a
comportar-se mal, correu para a área e abriu a porta da gaiola.
Deram-lhe um bicudo, mas o bicudo morreu de tanto alpiste. Ganhou, mais tarde, uma
tartaruga, pequenina e estúpida, que recebeu na pia do banheiro o nome de Henriqueta. Nunca
qualquer outro quelônio deu tanto serviço. Foi ao dentista na cidade, e, ao voltar, disse ao pai, pela
primeira vez, uma palavra horrível: estou desesperado. Tinha perdido a tartaruguinha no lotação.
Ficou o vazio em sua vida. O alívio era ligar o telefone interurbano para a avó e indagar pelos
patos que “possuía” em outra cidade. Ou fazer uma visita à futura mãe de Poppy, este é um poodle
que deverá nascer daqui a meio ano, prometido de pedra e cal para ele.
Outro expediente: caçar borboletas, mariposas, grilos, alojar carinhosamente os insetos nas
gaiolas vazias, chamar-lhes pelos nomes dos antigos bichos mortos ou desaparecidos.
Um tio deu-lhe outra vez um canário, o carinho foi demais, o passarinho morreu. Não há nada
a fazer, por enquanto, e ele dedicou-se à arte de desenhar bichos. De vez em quando, ainda se anima
e entra em casa afogueado, mostrando alguma coisa invisível nas mãos: “Olha que estouro de grilo!”
Mas os grilos e as borboletas legais morrem ou saem tranquilamente das gaiolas, e ei-lo
novamente de mãos e alma vazias.
Deu um jeito: arranjou alguns pires sem uso e plantou sementes de feijão. O banheiro está
cheio de brotos verdes, tímidos. E ele já sabe que possui uma fazenda.

(Paulo Mendes Campos. In: Elenco de cronistas modernos. 12. Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1992. P.45-7.)

1ª Questão: I) O interesse do menino pelos animais é retratado logo nos primeiros parágrafos da
crônica. O que, na fala do garoto, comprova esse fato? (1,0)
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II) O narrador se empenha em mostrar a maneira como o garoto vê o mundo.


a) Que conhecimento o menino tem sobre marcas de automóvel? E sobre raças de cachorros? (0,5)
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b) Por intermédio da mãe, o menino tem contato com a língua inglesa. Por que ele confunde Knife
(faca) e fork (garfo), mas sabe diferenciar o significado das palavras seal (foca) e walrus (morsa)?
(0,5)
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III) O menino vive em uma grande cidade e, por isso, não convive com animais tanto quanto gostaria.
a) Quem é Poppy? O que ele representa para o garoto? (0,5)
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b) Que importância têm os insetos para o menino? (0.5)


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IV) No final do texto, o menino começa a plantar sementes de feijão. Segundo o narrador, os brotos
verdes que enchem o banheiro o levam a sentir-se dono de uma “fazenda”.
a) O que a fazenda de brotos de feijão representa para o menino? (0,5)
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b) Do início para o fim do texto, o principal desejo do menino se modifica? Justifique sua resposta.
(0,5)
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2ª Questão: Na crônica lida, são empregados determinados recursos gráficos, como o itálico e as
aspas. Entre as diferentes finalidades de emprego das aspas e do itálico, podemos destacar algumas,
tais como:

(1) destacar palavras estrangeiras ou gírias.


(2) realçar uma palavra ou expressão.
(3) indicar a fala de uma pessoa ou de uma personagem.

Com que finalidade as aspas foram ou o itálico são empregados em cada um dos seguintes
trechos do texto?
( ) De vez em quando ainda se anima e entra em casa afogueado, mostrando alguma coisa invisível
nas mãos: “Olha que estouro de grilo!”
( ) Não distingue marcas de automóvel [...] , mas sabe perfeitamente o que é um mastiff, um boxer,
um doberman.
( ) Foi ao dentista na cidade e, ao voltar, disse ao pai pela primeira vez uma palavra horrível: estou
desesperado.

A sequência numérica correta sobre os trechos acima é:

a) 2, 1, 3
b) 3, 1, 2
c) 3, 1, 3
d) 2, 1, 2
e) 2, 1, 1

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3ª Questão: Leia a anedota a seguir:

A professora disse para a Mariazinha:


- Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
- Bicicreta! – respondeu a menina.
- Não se diz “bicicreta”, e sim “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, diga você
um verbo.
- Prástico! – disse o garoto.
- É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo
correto de verbo – pediu a professora.
- Hospedar! – respondeu Laura.
- Muito bem! – disse a professora.
- Agora, forme uma frase com esse verbo.
- Os pedar da bicicreta é de prástico!

(http:// crianças uol.com.br/piadas/piadas_aula.jhtm. Acesso em 12/2010.)

Analisando a anedota, é INCORRETO dizer que:


a) Quando a professora pediu um exemplo de verbo aos alunos, as respostas de Mariazinha e de Pedro
estavam erradas porque falaram “bicicreta” e “prástico”.
b) O erro foi porque as palavras “bicicreta” e prástico” não são verbos e sim substantivos.
c) Inicialmente a professora considera a resposta de Laura correta porque ela supôs que a menina
tivesse dito o verbo hospedar.
d) Na verdade, Laura tinha em mente o substantivo “pedar”.
e) Os três alunos trocaram o letra L pela letra R porque utilizam o dialeto caipira.

4ª Questão: O texto a seguir é uma charge, desenho humorístico que costuma ser publicado em
jornais diários e geralmente crítica ou ironiza fatos de natureza política. Leia-o com atenção.

A charge foi publicada em um momento em que se discutia a corrupção na política brasileira.


Observe que, na parte de baixo dela, lê-se “Pelo ralo”.

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a) Em nossa língua, o que significa normalmente a expressão “ir pelo ralo”? (1,0)
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b) Na charge, o que está indo pelo ralo? (1,0)


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c) Considerando o contexto da política brasileira, no geral, conclua: O que a charge critica? (1,0)
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d) Na charge há cinco substantivos – ÉTICA, HONRA, HONESTIDADE, INTEGRIDADE, RALO. Desses


substantivos, um único é concreto. Qual é ele? (1,0)

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5ª Questão: Leia a tira a seguir, de Laerte.

Analisando a tira com atenção, podemos dizer que:


a) A locução adjetiva “das flores” é empregada nas placas para caracterizar a ilha.
b) Para caracterizar as flores são usados os adjetivos “gigantes” e “carnívoras”.
c) O adjetivo “carnívoras” justifica a advertência feita nas placas.
d) A ampliação progressiva de informações sobre a ilha, feita por meio do emprego de adjetivos e de
uma locução adjetiva, produz o suspense observado na tira.
e) Todas as afirmativas acima são verdadeiras.

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6ª Questão: Leia estes quadrinhos, de Nik:

I) De acordo com a personagem Gaturro, o seu humor é expresso pelos bigodes.


a) A que substantivo se referem os adjetivos calmo, assustado, apaixonado e triste? (0,5)
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b) Em “[com] 99% de umidade”, a expressão de umidade é locução adjetiva. Que adjetivo poderia
substituir essa expressão? (0,5)
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II) O humor dos quadrinhos reside, em grande parte, na relação entre a linguagem verbal e as
imagens. O que sugerem os bigodes associados aos estados:
a) apaixonado? (1,0)
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b) triste? (1,0)
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III) O auge do humor está no último quadrinho:


a) Qual é a consequência da umidade para os bigodes de Gaturro? (0,5)
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b) A umidade é um estado de humor? Explique por que a referência à umidade na fala de Gaturro
torna a tira engraçada. (0,5)
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7ª Questão: Leia esta história em quadrinhos:

I) Nos três primeiros quadrinhos, o Menino Maluquinho dá uma série de ordens ao cãozinho.
a) Que palavras traduzem essas ordens? (0,5)
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b) Qual foi a reação do cão? (0,5)
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II)Para construir o humor da história, o autor dá uma informação importante apenas no último
quadrinho. Qual é ela? (1,0)
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III) As ordens que o Menino Maluquinho dá indicam ações que o cão poderia praticar. Que outras
palavras da tira também indicam ação? (1,0)

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IV) Observe esta frase:


“O cachorro é só suporte!”
A palavra é indica ação ou estado? (1,0)

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8ª Questão: Leia o texto:
Por que os beija-flores voam tão rápido?

Isso acontece porque as asas são adaptadas para fazer movimentos em forma de 8. Algumas
espécies batem as asas 28 vezes em um só segundo! Eles conseguem rodopiar, voar para trás,
fazer curvas rápidas e até parar no ar. Por serem tão velozes, gastam muita energia e precisam
comer bastante. Esses pássaros se alimentam de néctar das flores e insetos, alguns chegam a
comer 10 vezes o peso do corpo por dia – como se uma criança de 40 quilos comesse 400 quilos
de alimento em um só dia!
(Recreio, n. 655, p.5.)

Das formas verbais destacadas no texto, a única que NÃO indica ação é:
a) batem
b) serem
c) gastam
d) alimentam
e) comesse

9ª Questão:

Todos os povos, em toda parte e em todos os tempos, têm seu repertório de


narrativas, passadas de geração a geração, de boca em boca. São histórias ou contos
de vários tipos, chamados fábulas, mitos ou lendas. Quando essas histórias,
nascidas da imaginação coletiva, ganham forma escrita, além de perdurar no tempo,
atravessando os séculos, elas encontram seu público muito além de seu lugar de
origem. No livro Cupido e Psiquê, encontramos saborosos mitos da Grécia antiga,
lendas muito poéticas de índios brasileiros, um conto popular da Alemanha entre
outros. É que o prazer de narrar e ouvir histórias é universal, uma característica
invariável do ser humano, em todos os tempos e em toda parte.

No texto Cupido e Psiquê conhecemos alguns personagens da Mitologia Grega. Associe as colunas:
(a) Vênus ( ) Significa “alma” em grego antigo.
(b) Cupido ( ) Deusa do amor, também conhecida por Afrodite.
(c) Psiquê ( ) Filho da deusa do amor, também conhecida por Eros.
(d) Apolo ( ) Deus das profecias e dos oráculos.

A associação correta é:
a) a, c, b, d
b) a, c, d, b
c) c, a, b, d
d) c, a, d, b
e) b, d, a, c

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10ª Questão: No conto A Riqueza e a Sorte, é INCORRETO dizer que:
a) Os substantivos riqueza e sorte são grafados com inicial maiúscula porque estão personificados,
isto é, representam pessoas, por isso são considerados substantivos próprios.
b) Sempre que o homem que é o protagonista da narrativa ganha algo da Riqueza, acontece algo
inesperado que lhe tira o que ele ganhou.
c) O conto tem um tom de fábula e, como é comum nas fábulas, a narrativa contém um ensinamento.
d) A moral da narrativa é “Não basta ter dinheiro para ser feliz; se não se tem sorte, isso de nada
adianta”.
e) Em resumo, podemos dizer que a riqueza fez o homem muito feliz.

11ª Questão: Com relação ao conto Comadre Morte, podemos dizer que:

I- O homem do conto rejeita ter Deus como compadre porque, segundo ele, Deus dá a uns a riqueza
e a outros a pobreza.
II- Ele aceita a morte como comadre porque ela trata todos de forma igual.
III- O homem tentou enganar a Morte ao visitar um doente muito rico que parecia condenado a morrer
mudando a posição da cama dele.
IV- A Morte levou a melhor nesta disputa em esperteza com o homem.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

a) I
b) II
c) III
d) IV
e) I e II

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