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O artigo 5º da LDBEN preceitua: “o acesso ao ensino fundamental é direito público

subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,


organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o
Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo”.

LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012. Art. 7o O gestor escolar, ou autoridade


competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou
qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-
mínimos. § 1o Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado
o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo.

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns de


ensino regular, como meta das políticas de educação, exige interação constante entre
professor da classe comum e os dos serviços de apoio pedagógico especializados, sob
pena de alguns educandos não atingirem rendimento escolar satisfatório. (p
51, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica)

Na organização das classes comuns, faz-se necessário prever:


c) as flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola,
respeitada a frequência obrigatória.
f) Temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades educacionais
especiais de alunos com deficiência mental ou graves deficiências múltiplas, de forma
que possam concluir em tempo maior o currículo previsto p
ara a série/etapa escolar, principalmente nos anos finais do ensino fundamental, conforme
estabelecido por normas dos sistemas de ensino, procurando-se evitar grande defasagem
idade/serie. (p. 47, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica)

Quando os alunos com necessidades educacionais especiais, ainda que com os apoios e
adaptações necessárias, não alcançarem os resultados de escolarização previstos no Art.
32.1 da LDBEN “o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo” uma vez esgotadas as
possibilidades apontadas nos Art 24, 26 e 32 D LDBEN – as escolas devem fornecer-lhes
uma certificação de conclusão de escolaridade, denominada terminalidade específica.
(p.59 das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica)
Terminalidade específica é uma certificação de conclusão de escolaridade –
fundamentada em avaliação pedagógica – com histórico escolar que apresente, de forma
descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educandos com grave
deficiência mental ou múltipla. É o caso dos alunos cujas necessidades educacionais
especiais não lhes possibilitaram alcançar o nível de conhecimento exigido para a
conclusão do ensino fundamental, respeitada a legislação existente, e de acordo com o
regimento e o projeto pedagógico da escola.
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NOTA TÉCNICA Nº 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
Público-alvo do AEE
– Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual, mental ou sensorial. II – Alunos com transtornos globais do
desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou
estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome
de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e
transtornos invasivos sem outra especificação. III – Alunos com altas
habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande
envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade

O atendimento educacional especializado - AEE visa promover acessibilidade, atendendo


as necessidades educacionais específicas dos estudantes público alvo da educação
especial, devendo a sua oferta constar no projeto Político pedagógico da escola.
Não se pode considerar imprescindível a apresentação de laudo médico por parte do
aluno com deficiência, uma vez que o AEE caracteriza-se por atendimento pedagógico e
não clínico. Porém, se necessário, o professor do AEE, poderá articular-se com
profissionais da área da saúde, tornando-se o laudo médico, neste caso, um documento
anexo ao Plano de AEE.
Cabe à escola, fazer constar no Projeto Político Pedagógico, detalhamento sobre: “II - a
matrícula de alunos no AEE; III - cronograma de atendimento aos alunos; VI – outros
profissionais da educação e outros que atuem no apoio”, conforme art. 10.
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RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 (*) Institui Diretrizes Operacionais para o


Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.

Art. 12. Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício
da docência e formação específica para a Educação Especial. Art. 13. São atribuições do
professor do Atendimento Educacional Especializado: I – identificar, elaborar, produzir e
organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – elaborar e executar
plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade
dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – organizar o tipo e o número de atendimentos
aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV – acompanhar a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino
regular, bem como em outros ambientes da escola; V – estabelecer parcerias com as áreas
intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados
pelo aluno; VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais
dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII – estabelecer articulação com os
professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas
atividades escolares

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RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001.(*) Institui Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica

Art. 8o As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas
classes comuns: I - professores das classes comuns e da educação especial capacitados e
especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos;
II - distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias classes do ano
escolar em que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das
diferenças e ampliem positivamente as experiências de todos os alunos, dentro do princípio de
educar para a diversidade; III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o
significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos
didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da
escola, respeitada a freqüência obrigatória; IV – serviços de apoio pedagógico especializado,
realizado, nas classes comuns, mediante: a) atuação colaborativa de professor especializado em
educação especial; b) atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis; c)
atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente; d)
disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação.
V – serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor
especializado em educação especial realize a complementação ou suplementação curricular,
utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos;

VI – condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos
professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades
surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino
superior e de pesquisa; VII – sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem
cooperativa em sala de aula, trabalho de equipe na escola e constituição de redes de apoio, com
a participação da família no processo educativo, bem como de outros agentes e recursos da
comunidade; VIII – temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades
educacionais especiais de alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas,
de forma que possam concluir em tempo maior o currículo previsto para a série/etapa escolar,
principalmente nos anos finais do ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos
sistemas de ensino, procurando-se evitar grande defasagem idade/série;

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RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001.(*) Institui Diretrizes Nacionais para a


Educação Especial na Educação Básica (VER com JEANE)

Art. 9 o As escolas podem criar, extraordinariamente, classes especiais, cuja organização


fundamente-se no Capítulo II da LDBEN, nas diretrizes curriculares nacionais para a Educação
Básica, bem como nos referenciais e parâmetros curriculares nacionais, para atendimento, em
caráter transitório, a alunos que apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou
condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos e demandem ajudas e
apoios intensos e contínuos. § 1o Nas classes especiais, o professor deve desenvolver o
currículo, mediante adaptações, e, quando necessário, atividades da vida autônoma e social no
turno inverso. § 2o A partir do desenvolvimento apresentado pelo aluno e das condições para o
atendimento inclusivo, a equipe pedagógica da escola e a família devem decidir conjuntamente,
com base em avaliação pedagógica, quanto ao seu retorno à classe comum.

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Art. 15. A organização e a operacionalização dos currículos escolares são de competência e


responsabilidade dos estabelecimentos de ensino, devendo constar de seus projetos
pedagógicos as disposições necessárias para o atendimento às necessidades educacionais
especiais de alunos

Art. 16. É facultado às instituições de ensino, esgotadas as possibilidades pontuadas nos Artigos
24 e 26 da LDBEN, viabilizar ao aluno com grave deficiência mental ou múltipla, que não
apresentar resultados de escolarização previstos no Inciso I do Artigo 32 da mesma Lei,
terminalidade específica do ensino fundamental, por meio da certificação de conclusão de
escolaridade, com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as competências
desenvolvidas pelo educando, bem como o encaminhamento devido para a educação de jovens
e adultos e para a educação profissional

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