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LEGISLAÇÃO DOS
RECURSOS NATURAIS NO
BRASIL
VOLUME 1
MINÉRIOS
2017
| Águas Minerais | Amianto/Asbestos: Extração, Industrialização e Transporte | ANA -
Agência Nacional de Águas | Barragens | Chumbo | Cianeto | Cloro: e sua produção |
Cobre | Código de Minas ou da Mineração | Código da Águas Minerais | Comercialização
e controle na Mineração | Compensação Ambiental | Estanho e seus produtores |
Diamante | Dispositivos dos minérios na Constituição Federal | Estatuto do Garimpeiro
| Faixa Fronteira | Ferro | Fibras Naturais e Artificiais | Fossiferos | Hidro Energia |
Kimberley e os Diamantes | Licenciamento Ambiental | Meio Ambiente | Minas | Ouro
| Recursos Hídricos | Recursos Minerais | Mercúrio | Mineração | Minérios | Níquel |
Pagamento da Compensação | Pesquisa e Tecnologia Mineral | Plano de Ação de
Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) | Política Nacional de Segurança de
Barragens | Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens | Zinco |
COLETÂNEA DE
LEGISLAÇÃO DOS RECURSOS
NATURAIS NO BRASIL
VOLUME 1
MINÉRIOS
2017
| Águas Minerais | Amianto/Asbestos: Extração, Industrialização e Transporte | ANA -
Agência Nacional de Águas | Barragens | Chumbo | Cianeto | Cloro: e sua produção |
Cobre | Código de Minas ou da Mineração | Código da Águas Minerais | Comercialização
e controle na Mineração | Compensação Ambiental | Estanho e seus produtores | Diamante
| Dispositivos dos minérios na Constituição Federal | Estatuto do Garimpeiro | Faixa
Fronteira | Ferro | Fibras Naturais e Artificiais | Fossiferos | Hidro Energia | Kimberley e
os Diamantes | Licenciamento Ambiental | Meio Ambiente | Minas | Ouro | Recursos
Hídricos | Recursos Minerais | Mercúrio | Mineração | Minérios | Níquel | Pagamento da
Compensação | Pesquisa e Tecnologia Mineral | Plano de Ação de Emergência de Barragem
de Mineração (PAEBM) | Política Nacional de Segurança de Barragens | Sistema Nacional
de Informações sobre Segurança de Barragens | Zinco |
ATUALIZADO EM 14/DEZEMBRO/2016
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MONTES CLAROS/MG
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................... 07
LEI Nº 6.634, DE 2 DE MAIO DE 1979 - Dispõe sobre a Faixa de Fronteira, altera o Decreto-
lei nº 1.135, de 3 de dezembro de 1970, e dá outras providências...................................................... 107
LEI Nº 7.677, DE 21 DE OUTUBRO DE 1988 - Dispõe sobre a criação, pelo Poder Executivo,
de entidade destinada a promover o desenvolvimento da tecnologia mineral e dá outras 123
providências...................................................................................................................................................
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
APRESENTAÇÃO
A presente obra intitulada “Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil” reúne o principal e o
necessário do corpo de leis referente aos recursos naturais vigente no Brasil; e se constitui em relevante
contribuição para pesquisadores, profissionais e público em geral interessado no abrangente assunto.
Tal obra será lançada e publicada digitalmente (em formato .pdf - livro eletrônico) - por questões
ambiental e econômica. Sendo organizada em quatro volumes, intitulados nos seguintes temas
(nomenclaturas de recursos naturais):
Volume 1: Minérios | Volume 2: Florestas | Volume 3: Águas | Volume 4: Terras
Foram pesquisadas e separadas as principais legislações referente aos recursos naturais no Brasil, tendo
por uma de suas finalidades, e na medida do possível, tentar sanar o escasso mercado de obras do
direito sobre os temas nessa modalidade e formato. Dispondo no decorrer do livro o modo prático
de pesquisa e leitura sobre a legislação dos referentes aos recursos naturais.
Neste volume reunimos e iremos expor especificamente a legislação pertinente aos minérios (vigente
no ordenamento jurídico brasileiro).
Observa-se que em cada legislação (constituição, lei federal, decreto-lei, decreto, portaria presidencial,
portaria ministerial, portaria conjunta, portaria interministerial, decreto presidencial, decreto
legislativo) apresentadas no sumário, possui grifos em negrito e sublinhado indicando nos temas e
assuntos principais e relevantes de cada.
* Para fazer pesquisa tecle “Ctrl + F” e digite a palavra ou o termo que deseja encontrar
Título I
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
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Título II
Capítulo I
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares,
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
VI - o mar territorial;
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a
órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em lei.
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Volume 1: Legislação MINÉRIOS
Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil - Volume 1 - MINÉRIOS
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 8, de 15/08/95:)
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios
e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
(Produção de efeito)
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e
televisão;
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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as
secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga
de direitos de seu uso; (Regulamento)
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante
aprovação do Congresso Nacional;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
II - desapropriação;
V - serviço postal;
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XI - trânsito e transporte;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização
das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.
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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar
em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
II - orçamento;
V - produção e consumo;
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VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
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VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
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Título VII
Capítulo I
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
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seguintes princípios:
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I - soberania nacional;
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II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de
1995)
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado.
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
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Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica
constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem
à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas
nos incisos anteriores;
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas
nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
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I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela
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III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 9, de 1995)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III,
b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto
à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o
princípio da reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995)
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Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por
autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada
no País dependerá de autorização do Poder competente.
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Titulo VIII
Da Ordem Social
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Capítulo VI
Do Meio Ambiente
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
e ecossistemas; (Regulamento)
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
(Regulamento)
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)
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§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
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§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem
o que não poderão ser instaladas.
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Capítulo VIII
Dos Índios
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e
os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente,
as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos,
costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-
lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso
Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o
retorno imediato logo que cesse o risco.
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§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação,
o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do
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solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o
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que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações
contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
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O Presidente da República no uso da atribuição que lhe confere o artigo 9º, § 2º, do Ato Institucional
nº 4, de 7 de dezembro de 1966 e (Redação dada pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
CONSIDERANDO, que da experiência de vinte e sete anos de aplicação do atual Código de Minas
foram colhidos ensinamentos qual impende aproveitar; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 318, de
1967)
CONSIDERANDO que a notória evolução da ciência e da tecnologia, nos anos após a 2ª Guerra
Mundial, introduziram alterações profundas na utilização das substâncias minerais; (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
CONSIDERANDO que cumpre atualizar as disposições legais salvaguarda dos superiores interêsses
nacionais, que evoluem com o tempo; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
CONSIDERANDO que ao Estado incumbe adaptar as normas que regulam atividades especializadas
à evolução da técnica, a fim de proteger a capacidade competitiva do País nos mercados internacionais;
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
DECRETA:
CÓDIGO DE MINERAÇÃO
CAPÍTULO I
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Art. 1º. Compete à União administrar os recursos minerais, a indústria de produção mineral e a
distribuição, o comércio e o consumo de produtos minerais.
Art. 2º. Os regimes de aproveitamento das substâncias minerais, para efeito deste Código, são:
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos órgãos da administração direta e autárquica
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo-lhes permitida a extração de
substâncias minerais de emprego imediato na construção civil, definidas em Portaria do Ministério de
Minas e Energia, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas diretamente, respeitados
os direitos minerários em vigor nas áreas onde devam ser executadas as obras e vedada a
comercialização. (Redação dada pela Lei nº 9.827, de 1999)
III - a fiscalização pelo Govêrno Federal, da pesquisa, da lavra e de outros aspectos da industria
mineral.
§ 1º. Não estão sujeitos aos preceitos deste Código os trabalhos de movimentação de terras e de
desmonte de materiais in natura, que se fizerem necessários à abertura de vias de transporte, obras
gerais de terraplenagem e de edificações, desde que não haja comercialização das terras e dos materiais
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resultantes dos referidos trabalhos e ficando o seu aproveitamento restrito à utilização na própria obra.
(Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
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§ 2º. Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM a execução deste Código e
dos diplomas legais complementares. (Renumerado do Parágrafo único para § 2º pela Lei nº 9.314, de
1996)
Art. 4º. Considera-se jazida toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil, aflorando à
superficie ou existente no interior da terra, e que tenha valor econômico; e mina, a jazida em lavra,
ainda que suspensa.
Art. 6º. Classificam-se as minas, segundo a forma representativa do direito de lavra, em duas categorias:
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
I - mina manifestada, a em lavra, ainda que transitoriamente suspensa a 16 de julho de 1934 e que
tenha sido manifestada na conformidade do art. 10 do Decreto nº 24.642, de 10 de julho de 1934, e
da Lei nº 94, de 10 de dezembro de 1935; (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
II - mina concedida, quando o direito de lavra é outorgado pelo Ministro de Estado de Minas e
Energia. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
e) provisões necessárias aos trabalhos da lavra, para um período de 120 (cento e vinte) dias.
Art. 7º. O aproveitamento das jazidas depende de alvará de autorização de pesquisa, do Diretor-Geral
do DNPM, e de concessão de lavra, outorgada pelo Ministro de Estado de Minas e Energia. (Redação
dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
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Art. 9º. Far-se-á pelo regime de matrícula o aproveitamento definido e caracterizado como
garimpagem, faiscação ou cata.
III - os espécimes minerais ou fósseis, destinados a Museus, Estabelecimentos de Ensino e outros fins
científicos;
Art. 11. Serão respeitados na aplicação dos regimes de Autorização, Licenciamento e Concessão:
(Redação dada pela Lei nº 6.403, de 1976)
b) o direito à participação do proprietário do solo nos resultados da lavra. (Redação dada pela Lei nº
8.901, de 1994)
§ 1º A participação de que trata a alínea b do caput deste artigo será de cinqüenta por cento do valor
total devido aos Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da administração direta da União, a
título de compensação financeira pela exploração de recursos minerais, conforme previsto no caput
do art. 6º da Lei nº 7.990, de 29/12/89 e no art. 2º da Lei nº 8.001, de 13/03/90. (Incluído pela Lei
nº 8.901, de 1994)
Art. 12. O direito de participação de que trata o artigo anterior não poderá ser objeto de transferência
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II - renunciar ao direito.
Parágrafo único Os atos enumerados neste artigo somente valerão contra terceiros a partir da sua
inscrição no Registro de Imóveis.
Art. 13. As pessoas naturais ou jurídicas que exerçam atividades de pesquisa, lavra, beneficiamento,
distribuição, consumo ou industrialização de reservas minerais, são obrigadas a facilitar aos agentes
do Departamento Nacional da Produção Mineral a inspeção de instalações, equipamentos e trabalhos,
bem como a fornecer-lhes informações sobre:
CAPÍTULO II
Da Pesquisa Mineral
Art. 14. Entende-se por pesquisa mineral a execução dos trabalhos necessários à definição da jazida,
sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade do seu aproveitamento econômico.
§ 2º A definição da jazida resultará da coordenação, correlação e interpretação dos dados colhidos nos
trabalhos executados, e conduzirá a uma medida das reservas e dos teores.
Art. 15. A autorização de pesquisa será outorgada pelo DNPM a brasileiros, pessoa natural, firma
individual ou empresas legalmente habilitadas, mediante requerimento do interessado. (Redação dada
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Parágrafo único. Os trabalhos necessários à pesquisa serão executados sob a responsabilidade
profissional de engenheiro de minas, ou de geólogo, habilitado ao exercício da profissão. (Redação
dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
II - prova de recolhimento dos respectivos emolumentos; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
III - designação das substâncias a pesquisar; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
V - memorial descritivo da área pretendida, nos termos a serem definidos em portaria do Diretor-
Geral do DNPM; (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
VII - plano dos trabalhos de pesquisa, acompanhado do orçamento e cronograma previstos para sua
execução. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 1º. O requerente e o profissional responsável poderão ser interpelados pelo DNPM para justificarem
o plano de pesquisa e o orçamento correspondente referidos no inciso VII deste artigo, bem como a
disponibilidade de recursos.(Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. Os trabalhos descritos no plano de pesquisa servirão de base para a avaliação judicial da renda
pela ocupação do solo e da indenização devida ao proprietário ou posseiro do solo, não guardando
nenhuma relação com o valor do orçamento apresentado pelo interessado no referido plano de
pesquisa. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 3º. Os documentos a que se referem os incisos V, VI e VII deste artigo deverão ser elaborados sob
a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
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Art. 17. Será indeferido de plano pelo Diretor-Geral do DNPM o requerimento desacompanhado de
qualquer dos elementos de instrução referidos nos incisos I a VII do artigo anterior. (Redação dada
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§ 1º. Será de sessenta dias, a contar da data da publicação da respectiva intimação no Diário Oficial da
União, o prazo para cumprimento de exigências formuladas pelo DNPM sobre dados complementares
ou elementos necessários à melhor instrução do processo. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. Esgotado o prazo de que trata o parágrafo anterior, sem que haja o requerente cumprido a
exigência, o requerimento será indeferido pelo Diretor-Geral do DNPM. (Redação dada pela Lei nº
9.314, de 1996)
Art. 18. A área objetivada em requerimento de autorização e pesquisa ou de registro de licença será
considerada livre, desde que não se enquadre em quaisquer das seguintes hipóteses: (Redação dada
pela Lei nº 6.403, de 1976)
II - se a área for objeto de pedido anterior de autorização de pesquisa, salvo se este estiver sujeito a
indeferimento, aos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 6.403, de 1976)
III - se a área for objeto de requerimento anterior de registro de licença, ou estiver vinculada a licença,
cujo registro venha a ser requerido dentro do prazo de 30 (trinta) dias de sua expedição; (Incluído pela
Lei nº 6.403, de 1976)
V - se a área estiver vinculada a autorização de pesquisa, com relatório dos respectivos trabalhos
tempestivamente apresentado, e pendente de decisão; (Incluído pela Lei nº 6.403, de 1976)
VI - se a área estiver vinculada a autorização de pesquisa, com relatório dos respectivos trabalhos
aprovado, e na vigência do direito de requerer a concessão da lavra, atribuído nos termos do Art. 31
deste Código. (Incluído pela Lei nº 6.403, de 1976)
§ 1º Não estando livre a área pretendida, o requerimento será indeferido por despacho do Diretor-
Geral do Departamento Nacional da Produção Mineral (D.N.P.M.), assegurada ao interessado a
restituição de uma das vias das peças apresentadas em duplicata, bem como dos documentos públicos,
integrantes da respectiva instrução. (Renumerado do Parágrafo único para § 1º com nova redação dada
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§ 2º Ocorrendo interferência parcial da área objetivada no requerimento, como área onerada nas
circunstâncias referidas nos itens I a VI deste artigo, e desde que a realização da pesquisa, ou a
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execução do aproveitamento mineral por licenciamento, na parte remanescente, seja considerada
técnica e economicamente viável, a juízo do Departamento Nacional da Produção Mineral - D.N.P.M.
- será facultada ao requerente a modificação do pedido para retificação da área originalmente definida,
procedendo-se, neste caso, de conformidade com o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo anterior. (Incluído
pela Lei nº 6.403, de 1976)
Art. 19. Do despacho que indeferir o pedido de autorização de pesquisa ou de sua renovação, caberá
pedido de reconsideração, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação do despacho no
Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 6.403, de 1976)
§ 1º Do despacho que indeferir o pedido de reconsideração, caberá recurso ao Ministério das Minas e
Energia, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do despacho no Diário Oficial da União.
(Incluído pela Lei nº 6.403, de 1976)
Art. 20. A autorização de pesquisa importa nos seguintes pagamentos: (Redação dada pela Lei nº 9.314,
de 1996)
II - pelo titular de autorização de pesquisa, até a entrega do relatório final dos trabalhos ao DNPM,
de taxa anual, por hectare, admitida a fixação em valores progressivos em função da substância mineral
objetivada, extensão e localização da área e de outras condições, respeitado o valor máximo de duas
vezes a expressão monetária UFIR, instituída pelo art. 1º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991.
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 1º. O Ministro de Estado de Minas e Energia, relativamente à taxa de que trata o inciso II do caput
deste artigo, estabelecerá, mediante portaria, os valores, os prazos de recolhimento e demais critérios
e condições de pagamento. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. Os emolumentos e a taxa referidos, respectivamente, nos incisos I e II do caput deste artigo,
serão recolhidos ao Banco do Brasil S.A. e destinados ao DNPM, nos termos do inciso III do caput
do art. 5º da Lei nº 8.876, de 2 de maio de 1994. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
29
§ 3º. O não pagamento dos emolumentos e da taxa de que tratam, respectivamente, os incisos I e II
do caput deste artigo, ensejará, nas condições que vierem a ser estabelecidas em portaria do Ministro
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de Estado de Minas e Energia, a aplicação das seguintes sanções: (Redação dada pela Lei nº 9.314, de
1996)
a) multa, no valor máximo previsto no art. 64; (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
b) nulidade ex officio do alvará de autorização de pesquisa, após imposição de multa. (Incluído pela
Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 22. A autorização de pesquisa será conferida nas seguintes condições, além das demais constantes
deste Código: (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
I - o título poderá ser objeto de cessão ou transferência, desde que o cessionário satisfaça os requisitos
legais exigidos. Os atos de cessão e transferência só terão validade depois de devidamente averbados
no DNPM; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
II - é admitida a renúncia à autorização, sem prejuízo do cumprimento, pelo titular, das obrigações
decorrentes deste Código, observado o disposto no inciso V deste artigo, parte final, tornando-se
operante o efeito da extinção do título autorizativo na data da protocolização do instrumento de
renúncia, com a desoneração da área, na forma do art. 26 deste Código; (Redação dada pela Lei nº
9.314, de 1996)
III - o prazo de validade da autorização não será inferior a um ano, nem superior a três anos, a critério
do DNPM, consideradas as características especiais da situação da área e da pesquisa mineral
objetivada, admitida a sua prorrogação, sob as seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 9.314,
de 1996)
a) a prorrogação poderá ser concedida, tendo por base a avaliação do desenvolvimento dos trabalhos,
conforme critérios estabelecidos em portaria do Diretor-Geral do DNPM; (Incluído pela Lei nº 9.314,
de 1996)
b) a prorrogação deverá ser requerida até sessenta dias antes de expirar-se o prazo da autorização
vigente, devendo o competente requerimento ser instruído com um relatório dos trabalhos efetuados
e justificativa do prosseguimento da pesquisa; (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
IV - o titular da autorização responde, com exclusividade, pelos danos causados a terceiros, direta ou
indiretamente decorrentes dos trabalhos de pesquisa; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
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§ 1º. A não apresentação do relatório referido no inciso V deste artigo sujeita o titular à sanção de
multa, calculada à razão de uma UFIR por hectare da área outorgada para pesquisa. (Redação dada
pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. É admitida, em caráter excepcional, a extração de substâncias minerais em área titulada, antes da
outorga da concessão de lavra, mediante prévia autorização do DNPM, observada a legislação
ambiental pertinente. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 23. Os estudos referidos no inciso V do art. 22 concluirão pela: (Redação dada pela Lei nº 9.314,
de 1996)
b) inexistência de mercado interno ou externo para a substância mineral. (Incluído pela Lei nº 9.314,
de 1996)
Art. 24. A retificação de alvará de pesquisa, a ser efetivada mediante despacho publicado no Diário
Oficial da União, não acarreta modificação no prazo original, salvo se, a juízo do DNPM, houver
alteração significativa no polígono delimitador da área. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Parágrafo único. Na hipótese de que trata a parte final do caput deste artigo, será expedido alvará
retificador, contando-se o prazo de validade da autorização a partir da data da publicação, no Diário
Oficial da União, do novo título. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
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Art. 25. As autorizações de pesquisa ficam adstritas às áreas máximas que forem fixadas em portaria
do Diretor-Geral do DNPM. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
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Art. 26. A área desonerada por publicação de despacho no Diário Oficial da União ficará disponível
pelo prazo de sessenta dias, para fins de pesquisa ou lavra, conforme dispuser portaria do Ministro de
Estado de Minas e Energia. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 1º. Salvo quando dispuser diversamente o despacho respectivo, a área desonerada na forma deste
artigo ficará disponível para pesquisa. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 3º. Decorrido o prazo fixado neste artigo, sem que tenha havido pretendentes, a área estará livre
para fins de aplicação do direito de prioridade de que trata a alínea a do art. 11. (Redação dada pela
Lei nº 9.314, de 1996)
§ 4º. As vistorias realizadas pelo DNPM, no exercício da fiscalização dos trabalhos de pesquisa e lavra
de que trata este Código, serão custeadas pelos respectivos interessados, na forma do que dispuser
portaria do Diretor-Geral da referida autarquia. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 27. O titular de autorização de pesquisa poderá realizar os trabalhos respectivos, e também as
obras e serviços auxiliares necessários, em terrenos de domínio público ou particular, abrangidos pelas
áreas a pesquisar, desde que pague aos respectivos proprietários ou posseiros uma renda pela ocupação
dos terrenos e uma indenização pelos danos e prejuízos que possam ser causados pelos trabalhos de
pesquisa, observadas as seguintes regras:
II - A indenização por danos causados não poderá exceder o valor venal da propriedade na extensão
da área efetivamente ocupada pelos trabalhos de pesquisa, salvo no caso previsto no inciso seguinte;
III - Quando os danos forem de molde a inutilizar para fins agrícolas e pastoris toda a propriedade
em que estiver encravada a área necessária aos trabalhos de pesquisa, a indenização correspondente a
tais danos poderá atingir o valor venal máximo de toda a propriedade;
IV - Os valores venais a que se referem os incisos II e III serão obtidos por comparação com valores
venais de propriedade da mesma espécie, na mesma região;
VI - Se o titular do Alvará de Pesquisa, até a data da transcrição do título de autorização, não juntar
ao respectivo processo prova de acordo com os proprietários ou posseiros do solo acerca da renda e
indenização de que trata este artigo, o Diretor-Geral do D. N. P. M., dentro de 3 (três) dias dessa data,
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enviará ao Juiz de Direito da Comarca onde estiver situada a jazida, cópia do referido título;
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VII - Dentro de 15 (quinze) dias, a partir da data do recebimento dessa comunicação, o Juiz mandará
proceder à avaliação da renda e dos danos e prejuízos a que se refere este artigo, na forma prescrita
no Código de Processo Civil;
VIII - O Promotor de Justiça da Comarca será citado para os termos da ação, como representante da
União;
IX - A avaliação será julgada pelo Juiz no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data do
despacho a que se refere o inciso VII, não tendo efeito suspensivo os recursos que forem
apresentados;
X - As despesas judiciais com o processo de avaliação serão pagas pelo titular da autorização de
pesquisa;
XI - Julgada a avaliação, o Juiz, dentro de 8 (oito) dias, intimará o titular a depositar quantia
correspondente ao valor da renda de 2 (dois) anos e a caução para pagamento da indenização;
XII - Feitos esses depósitos, o Juiz, dentro de 8 (oito) dias, intimará os proprietários ou posseiros do
solo a permitirem os trabalhos de pesquisa, e comunicará seu despacho ao Diretor-Geral do D. N. P.
M. e, mediante requerimento do titular da pesquisa, às autoridades policiais locais, para garantirem a
execução dos trabalhos;
XIV - Dentro de 8 (oito) dias do recebimento da comunicação a que se refere o inciso anterior, o Juiz
intimará o titular da pesquisa a depositar nova quantia correspondente ao valor da renda relativa ao
prazo de prorrogação
XV - Feito esse depósito, o Juiz intimará os proprietários ou posseiros do solo, dentro de 8 (oito) dias,
a permitirem a continuação dos trabalhos de pesquisa no prazo da prorrogação, e comunicará seu
despacho ao Diretor-Geral do D. N. P. M. e às autoridades locais;
Art. 28. Antes de encerrada a ação prevista no artigo anterior, as partes que se julgarem lesadas poderão
requerer ao Juiz que se lhes faça justiça.
titular for o proprietário do sol ou tiver ajustado com este o valor e a forma de pagamento das
indenizações a que se refere o Artigo 27 deste Código; ou,
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II - A não interromper os trabalhos, sem justificativa, depois de iniciados, por mais de 3, (três) meses
consecutivos, ou por 120 dias acumulados e não consecutivos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 318,
de 1967)
Parágrafo único. O início ou reinício, bem como as interrupções de trabalho, deverão ser prontamente
comunicados ao D. N. P. M., bem como a ocorrência de outra substância mineral útl, não constante
do Alvará de Autorização.
Art. 30. Realizada a pesquisa e apresentado o relatório exigido nos termos do inciso V do art. 22, o
DNPM verificará sua exatidão e, à vista de parecer conclusivo, proferirá despacho de: (Redação dada
pela Lei nº 9.314, de 1996)
I - aprovação do relatório, quando ficar demonstrada a existência de jazida; (Redação dada pela Lei nº
9.314, de 1996)
II - não aprovação do relatório, quando ficar constatada insuficiência dos trabalhos de pesquisa ou
deficiência técnica na sua elaboração; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
III - arquivamento do relatório, quando ficar demonstrada a inexistência de jazida, passando a área a
ser livre para futuro requerimento, inclusive com acesso do interessado ao relatório que concluiu pela
referida inexistência de jazida; (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 1° Na hipótese prevista no inciso IV deste artigo, o DNPM fixará prazo para o interessado apresentar
novo estudo da exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, sob pena de arquivamento do relatório.
(Incluído dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 31. O titular, uma vez aprovado o Relatório, terá 1 (hum) ano para requerer a concessão de lavra,
e, dentro deste prazo, poderá negociar seu direito a essa concessão, na forma deste Código.
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Parágrafo único. O DNPM poderá prorrogar o prazo referido no caput, por igual período, mediante
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Art. 32. Findo o prazo do artigo anterior, sem que o titular, ou seu sucessor, haja requerido concessão
de lavra, caducará seu direito, caendo ao Diretor-Geral do Departamento Nacional da Produção
Mineral - D. N. P. M. - mediante Edital publicado no Diário Oficial da União, declarar a
disponibilidade da jazida pesquisada, para fins de requerimento da concessão de lavra. (Redação dada
pela Lei nº 6.403, de 1976)
Art. 33. Para um conjunto de autorizações de pesquisa da mesma subst6ancia mineral em áreas
contíguas, ou próximas, o titular ou titulares das autorizações, poderão, a critério do D.N.P.M.,
apresentar um plano único de pesquisa e também um só Relatório dos trabalhos executados,
abrangendo todo o conjunto.
Art. 34. Sempre que o Governo cooperar com o titular da autorização nos trabalhos de pesquisa, será
reembolsado das despesas, de acordo com as condições estipuladas no ajuste de cooperação técnica
celebrado entre o D. N. P. M. e o titular.
Art. 35. A importância correspondente às despesas reembolsadas a que se refere o artigo anterior será
recolhida ao Banco do Brasil S/A, pelo titular, à conta do "Fundo Nacional de Mineração - Parte
Disponível.
CAPÍTULO III
Da Lavra
Art. 36. Entende-se por lavra o conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento
industrial da jazida, desde a extração das substâncias minerais úteis que contiver, até o beneficiamento
das mesmas.
Parágrafo único. Não haverá restrições quanto ao número de concessões outorgadas a uma mesma
empresa. Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 38. O requerimento de autorização de lavra será dirigido ao Ministro das Minas e Energia, pelo
titular da autorização de pesquisa, ou seu sucessor, e deverá ser instruído com os seguintes elementos
de informação e prova:
II - designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação do Alvará de Pesquisa outorgado, e
de aprovação do respectivo Relatório;
III - denominação e descrição da localização do campo pretendido para a lavra, relacionando-o, com
precisão e clareza, aos vales dos rios ou córregos, constantes de mapas ou plantas de notória
autenticidade e precisão, e estradas de ferro e rodovias, ou , ainda, a marcos naturais ou acidentes
topográficos de inconfundível determinação; suas confrontações com autorização de pesquisa e
concessões de lavra vizinhas, se as houver, e indicação do Distrito, Município, Comarca e Estado, e,
ainda, nome e residência dos proprietários do solo ou posseiros;
IV - definição gráfica da área pretendida, delimitada por figura geométrica formada, obrigatoriamente,
por segmentos de retas com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros, com 2 (dois) de seus
vértices, ou excepcionalmente 1 (um), amarrados a ponto fixo e inconfundível do terreno, sendo os
vetores de amarração definidos por seus comprimentos e rumos verdadeiros, e configuradas, ainda,
as propriedades territoriais por ela interessadas, com os nomes dos respectivos superficiários, além de
planta de situação;
Parágrafo único. Quando tiver por objeto área situada na faixa de fronteira, a concessão de lavra fica
ainda sujeita aos critérios e condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 39. O plano de aproveitamento econômico da jazida será apresentado em duas vias e constará de:
I - Memorial explicativo;
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b) à iluminação, ventilação, transporte, sinalização e segurança do trabalho, quando se tratar de lavra
subterrânea;
f) às moradias e suas condições de habitabilidade para todos os que residem no local da mineração;
g) às instalações de captação e proteção das fontes, addução, distribuição e utilização da água, para as
jazidas da Classe VIII.
Art. 41. O requerimento será numerado e registrado cronologicamente, no D.N.P.M., por processo
mecânico, sendo juntado ao processo que autorizou a respectiva pesquisa.
§ 1º Ao interessado será fornecido recibo com as indicações do protocolo e menção dos documentos
apresentados.
§ 3° Poderá esse prazo ser prorrogado, até igual período, a juízo do Diretor-Geral do D.N.P.M., desde
que requerido dentro do prazo concedido para cumprimento das exigências. (Redação dada pela Lei
nº 9.314, de 1996)
Art. 42. A autorização será recusada, se a lavra for considerada prejudicial ao bem público ou
comprometer interesses que superem a utilidade da exploração industrial, a juízo do Governo. Neste
último caso, o pesquisador terá direito de receber do Governo a indenização das despesas feitas com
os trabalhos de pesquisa, uma vez que haja sido aprovado o Relatório.
Art. 43. A concessão de lavra terá por título uma portaria assinada pelo Ministro de Estado de Minas
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Art. 44. O titular da concessão de lavra requererá ao DNPM a Posse da Jazida, dentro de noventa dias
a contar da data da publicação da respectiva portaria no Diário Oficial da União. (Redação dada pela
Lei nº 9.314, de 1996)
Parágrafo único. O titular pagará uma taxa de emolumentos correspondente a quinhentas UFIR.
(Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
I - serão intimados, por meio de ofício ou telegrama, os concessionários das minas limítrofes se as
houver. Com 8 (oito) dias de antecedência, para que, por si ou seus representantes possam presenciar
o ato, e, em especial, assistir à demarcação; e,
II - no dia e hora determinados, serão fixados, definitivamente, os marcos dos limites da jazida que o
concessionário terá para esse fim preparado, colocados precisamente nos pontos indicados no
Decreto de Concessão, dando-se, em seguida, ao concessionário, a Posse da jazida.
§ 1º Do qe ocorrer, o representantedo D.N.P.M lavrará termo, que assinará com o titular da lavra,
testemunhas e concessionários das minas limítrofes, presentes ao ato.
§ 2º Os marcos deverão ser conservados bem visíveis e só poderão ser mudados com autorização
expressa do D.N.P.M.
Art. 46 Caberá recurso ao Ministro das Minas e Energia contra a Imissão de Posse, dentro d 15
(quinze) dias, contados da data do ato de imissão.
Art. 47. Ficará obrigado o titular da concessão, além das condições gerais que constam deste Código,
ainda, às seguintes, sob pena de sanções previstas no Capítulo V:
I - iniciar os trabalhos previstos no plano de lavra, dentro do prazo de 6 (seis) meses, contados da data
da publicação do Decreto de Concessão no Diário Oficial da União, salvo motivo de força maior, a
juízo do D.N.P.M.;
II - Lavrar a jazida de acordo com o plano de lavra aprovado pelo D.N.P.M., e cuja segunda via,
devidamente autenticada, deverá ser mantida no local da mina;
exercício da profissão;
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VII - Não dificultar ou impossibilitar, por lavra ambiciosa, o aproveitamento ulterior da jazida;
VIII - Responder pelos danos e prejuízos a terceiros, que resultarem, direta ou indiretamente, da lavra;
X - Evitar o extravio das águas e drenar as que possam ocasionar danos e prejuízos aos vizinhos;
XI - Evitar poluição do Art., ou da água, que possa resultar dos trabalhos de mineração;
XII - Proteger e conservar as Fontes, bem como utilizar as águas segundo os preceitos técnicos quando
se tratar de lavra de jazida da Classe VIII;
XV - Mnater a mina em bom estado, no caso de suspensão tamporária dos trabalhos de lavra, de
modo a permitir a retomada das operações;
XVI - Apresentar ao Departamento Nacional da Produçào Mineral - D.N.P.M. - até o dia 15 (quinze)
de março de cada ano, relatório das atividades realizadas no ano anterior. (Redação dada pela Lei nº
6.403, de 1976)
Parágrafo único. Para o aproveitamento, pelo concessionário de lavra, de substâncias referidas no item
IV, deste artigo, será necessário aditamento ao seu título de lavra.
Art. 49. Os trabalhos de lavra, uma vez iniciados, não poderão sr interrompidos por mais de 6 (seis)
meses consecutivos, salvo motivo comprovado de força maior.
Art. 50 O Relatório Anual das atividades realizadas no ano anterior deverá conter, entre outros, dados
sobre os seguintes tópicos:
III - Quadro mensal, em que figurem, pelo menos, os elementos de: produção, estoque, preço médio
de venda, destino do produto bruto e do beneficiado, recolhimento do Imposto Único e o pagamento
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do Dízimo do proprietário;
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Art. 51. Quando o melhor conhecimento da jazida obtido durante os trabalhos de lavra justificar
mudanças no plano de aproveitamento econômico, ou as condições do mercado exigirem
modificações na escala de produção, deverá o concessionário propor as necessárias alterações ao
D.N.P.M., para exame e eventual aprovação do novo plano.
Art. 52. A lavra, praticada em desacordo com o plano aprovado pelo D.N.P.M., sujeita o
concessionário a sanções que podem ir gradativamente da advertência à caducidade.
Art. 53. A critério do D.N.P.M., várias concessões de lavra de um mesmo titular e da mesma substância
mineral, em áreas de um mesmo jazimento ou zona mineralizada, poderão ser reunidas em uma só
unidade de mineração, sob a denominação de Grupamento Mineiro.
Art. 54. Em zona que tenha sido declarada Reserva Nacional de determinada substância mineral, o
Governo poderá autorizar a pesquisa ou lavra de outra substância mineral, sempre que os trabalhos
relativos à autorização solicitada forem compatíveis e independentes dos referentes à substância da
Reserva e mediante condições especiais, de conformidade com os interesses da União e da economia
nacional.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se também a áreas específicas que estiverem
sendo objeto de pesquisa ou de lavra sob regime de monopólio.
Art. 55. Subsistirá a Concessão, quanto aos direitos, obrigações, limitações e efeitos dela decorrentes,
quando o concessionário a alienar ou gravar, na forma da lei.
§ 1º. Os atos de alienação ou oneração só terão validade depois de averbados no DNPM. (Redação
dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º - A concessão de lavra somente é transmissível a quem for capaz de exercê-la de acordo com as
disposições deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.085, de 1982)
§ 3º - As dívidas e gravames constituídos sobre a concessão resolvem-se com extinção desta, ressalvada
a ação pessoal contra o devedor. (Incluído pela Lei nº 7.085, de 1982)
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§ 4º - Os credores não têm ação alguma contra o novo titular da concessão extinta, salvo se esta, por
qualquer motivo, voltar ao domínio do primitivo concessionário devedor. (Incluído pela Lei nº 7.085,
de 1982)
Art. 56. A concessão de lavra poderá ser desmembrada em duas ou mais concessões distintas, a juízo
do Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM, se o fracionamento não comprometer o
racional aproveitamento da jazida e desde que evidenciadas a viabilidade técnica, a economicidade do
aproveitamento autônomo das unidades mineiras resultantes e o incremento da produção da jazida.
(Redação dada pela Lei nº 7.085, de 1982)
Art. 57. No curso de qualquer medida judicial não poderá haver embargo ou seqüestro que resulte em
interrupção dos trabalhos de lavra.
Art. 58. Poderá o titular da portaria de concessão de lavra, mediante requerimento justificado ao
Ministro de Estado de Minas e Energia, obter a suspensão temporária da lavra, ou comunicar a
renúncia ao seu título. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º Somente após verificação "in loco" por um de seus técnicos, emitirá o D.N.P.M. parecer
conclusivo para decisão do Ministro das Minas e Energia.
§ 3º Não aceitas as razões da suspensão dos trabalhos, ou efetivada a renúncia, caberá ao D.N.P.M.
sugerir ao Ministro das Minas e Energia medidas que se fizerem necessárias à continuação dos
trabalhos e a aplicação de sanções, se for o caso.
CAPÍTULO IV
Das Servidões
Art. 59. Ficam sujeitas a servidões de solo e subsolo, para os fins de pesquisa ou lavra, não só a
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propriedade onde se localiza a jazida, como as limítrofes. (Renumerado do Art. 60 para Art. 59 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
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Art. 60 Instituem-se as Servidões mediante indenização prévia do valor do terreno ocupado e dos
prejuízos resultantes dessa ocupação. (Renumerado do Art. 61 para Art. 60 pelo Decreto-lei nº 318,
de 1967)
§ 1º Não havendo acordo entre as partes, o pagemento será feito mediante depósito judicial da
importância fixada para indenização, através de vistoria ou perícia com arbitramento, inclusive da
renda pela ocupação, seguindo-se o competente mandado de imissão de posse na área, se necessário.
§ 2º O cálculo da indenização e dos danos a serem pagos pelo titular da autorização de pesquisas ou
concessão de lavra, ao proprietário do solo ou ao dono das benfeitorias, obedecerá às prescrições
contidas no Artigo 27 deste Código, e seguirá o rito estabelecido em Decreto do Governo Federal.
Art. 61. Se, por qualquer motivo independente da vontade do indenizado, a indenização tardar em lhe
ser entregue, sofrerá,a mesma, a necessária correção monetária, cabendo ao titular da autorização de
pesquisa ou concessão de lavra, a obrigação de completar a quantia arbitrada. (Renumerado do Art.
62 para Art. 61 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 62. Não poderão ser iniciados os trabalhos de pesquisa ou lavra, antes de paga a importância à
indenização e de fixada arenda pela ocupação do terreno. (Renumerado do Art. 63 para Art. 62 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
CAPÍTULO V
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Art. 63. O não cumprimento das obrigações decorrentes das autorizações de pesquisa, das permissões
de lavra garimpeira, das concessões de lavra e do licenciamento implica, dependendo da infração, em:
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. A caducidade da concessão de lavra será objeto de portaria do Ministro de Estado de Minas e
Energia. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 64. A multa inicial variará de 100 (cem) a 1.000 (um mil) UFIR, segundo a gravidade das infrações.
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º O regulamento dêste Código definirá o critério de imposição de multas, segundo a gravidade das
infrações.
§ 3º O valor das multas será recolhido ao Banco do Brasil S. A., em guia própria, à conta do Fundo
Nacional de Mineração - Parte Disponível.
Art. 65. Será declarada a caducidade da autorização de pesquisa, ou da concessão de lavra, desde que
verificada quaisquer das seguintes infrações: (Renumerado do Art. 66 para Art. 65 pelo Decreto-lei nº
318, de 1967)
b) não cumprimento dos prazos de início ou reinício dos trabalhos de pesquisa ou lavra, apesar de
advertência e multa;
c) prática deliberada dos trabalhos de pesquisa em desacôrdo com as condições constantes do título
de autorização, apesar de advertência ou multa;
Mineral - D.N.P.M. - mediante Edital publicado no Diário Oficial da União, declarar a disponibilidade
da respectiva área, para fins de requerimento de autorização de pesquisa ou de concessão de lavra.
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Art. 66. São anuláveis os Alvarás de Pesquisa ou Decretos de Lavra quando outorgados com
infringência de dispositivos dêste Código. (Renumerado do Art. 67 para Art. 66 pelo Decreto-lei nº
318, de 1967)
§ 2º Nos demais casos, e sempre que possível, o D.N.P.M. procurara sanar a deficiência por via de
atos de retificação.
§ 3º A nulidade poderá ser pleiteada judicialmente em ação proposta por qualquer interessado, no
prazo de 1 (hum) ano, a contar da publicação do Decreto de Lavra no Diário Oficial da União.
Art. 67. Verificada a causa de nulidade ou caducidade da autorização ou da concessão, salvo os casos
de abandono, o titular não perde a propriedade dos bens que possam ser retirados sem prejudicar o
conjunto da mina. (Renumerado do Art. 68 para Art. 67 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 68. O Processo Administrativo pela declaração de nulidade ou de caducidade, será instaurado
"ex-officio" ou mediante denúncia comprovada. (Renumerado do Art. 69 para Art. 68 pelo Decreto-
lei nº 318, de 1967)
§ 2º Findo o prazo, com a juntada da defesa ou informação sôbre a sua não apresentação pelo
notificado, o processo será submetido à decisão do Ministro das Minas e Energia.
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b) recurso voluntário ao Presidente da República, no prazo de 30 (trintas) dias, desde que o titular da
autorização não tenha solicitado reconsideração do despacho, no prazo previsto na alínea anterior.
§ 5º O titular de autorização declarada Nula ou Caduca, que se valer da faculdade conferida pela alínea
a do § 3º, dêste artigo, não poderá interpor recurso ao Presidente da República enquanto aguarda
solução Ministerial para o seu pedida de reconsideração.
Art. 69. O processo administrativo para aplicação das sanções de anulação ou caducidade da concessão
de lavra, obedecerá ao disposto no § 1º do artigo anterior. (Renumerado do Art. 70 para Art. 69 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
§ 2º Examinadas as peças dos autos, especialmente as razões de defesa oferecidas pela Emprêsa, o
Ministro encaminhará o processo com relatório e parecer conclusivo, ao Presidente da República.
CAPÍTULO VI
Art. 70. Considera-se: (Renumerado do Art. 71 para Art. 70 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
margens reservadas, bem como nos depósitos secundários ou chapadas (grupiaras), vertentes e altos
de morros; depósitos esses genericamente denominados garimpos.
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III - cata, o trabalho individual de quem faça, por processos equiparáveis aos de garimpagem e
faiscação, na parte decomposta dos afloramentos dos filões e veeiros, a extração de substâncias
minerais úteis, sem o emprego de explosivos, e as apure por processos rudimentares.
Art. 71. Ao trabalhador que extrai substâncias minerais úteis, por processo rudimentar e individual de
mineração, garimpagem, faiscação ou cata, denomina-se genericamente, garimpeiro. (Renumerado do
Art. 72 para Art. 71 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 72. Caracteriza-se a garimpagem, a faiscação e a cata: (Renumerado do Art. 73 para Art. 72 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 73. Dependem de permissão do Governo Federal, a garimpagem, a faiscação ou a cata, não
cabendo outro ônus ao garimpeiro, senão o pagamento da menor taxa remuneratória cobrada pelas
Coletorias Federais a todo aquele que pretender executar esses trabalhos. (Renumerado do Art. 74
para Art. 73 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967) (Vide Lei nº 7.805, de 1989)
§ 1º Essa permissão constará de matrícula do garimpeiro, renovada anualmente nas Coletorias Federais
dos Municípios onde forem realiados esses trabalhos, e será válida somente para a região jurisdicionada
pela respectiva exatoria que a concedeu.
§ 2º A matrícula, que é pessoal, será feita a requerimento verbal do interessado e registrada em livro
próprio da Coletoria Federal, mediante a apresentação do comprovante de quitação do imposto
sindical e o pagamento da mesma taxa remuneratória cobrada pela Coletoria. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
§ 4º Será apreendido o material de garimpagem, faiscação ou cata quando o garimpeiro não possuir o
necessário Certificado de Matrícula, sendo o produto vendido em hasta pública e recolhido ao Banco
do Brasil S/A, à conta do "Fundo Nacional de Mineração - Parte Disponível".
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Art. 74. Dependem de consentimento prévio do proprietário do solo as permissões para garimpagem,
faiscação ou cta, em terras ou águas de domínio privado. (Renumerado do Art. 75 para Art. 74 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
Parágrafo único. A contribuição do garimpeiro ajustada com o proprietário do solo para fazer
garimpagem, faiscação, ou cata não poderá exceder adízimo do valor do imposto único que for
arrecadado pela Coletoria Federal da Jurisdição local, referente à substância encontrada.
Art. 75. É vedada a realização de trabalhos de garimpagem, faiscação ou cata, em área objeto de
autorização de pesquisa ou concessão de lavra. (Redação dada pela Lei nº 6.403, de 1976)
Art. 76. Atendendo aos interesses do setor minerário, poderão, a qualquer tempo, ser delimitadas
determinadas áreas nas quais o aproveitamento de substâncias minerais farse-á exclusivamente por
trabalhos de garimpagem, faiscação ou cata, consoante for estabelecido em Portaria do Ministro das
Minas e Energia, mediante proposta do Diretor-Geral do Departamento Nacional da Produçào
Mineral. (Redação dada pela Lei nº 6.403, de 1976)
Art. 77. O imposto único referente às substâncias minerais oriundas de atividades de garimpagem,
faiscação ou cata, será pago pelos compradores ou beneficiadores autorizados por Decreto do
Governo Federal, de acordo com os dispositivos da lei específica. (Renumerado do Art. 78 para Art.
77 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 78. Por motivo de ordem pública, ou em se verificando malbaratamento de determinada riqueza
mineral, poderá o Ministro das Minas e Energia, por proposta do Diretor-Geral do D.N.P.M.,
determinar o fechamento de certas áreas às atividades de garimpagem, faiscação ou cata, ou excluir
destas a extração de determinados minerais. (Renumerado do Art. 79 para Art. 78 pelo Decreto-lei nº
318, de 1967)
CAPÍTULO VII
Da Empresa de Mineração
CAPÍTULO VII
(Renumerado do Capítulo VIII para Capítulo VII, com nova redação pela Lei nº 9.314, de 14.11.1996)
Art. 81. As empresas que pleitearem autorização para pesquisa ou lavra, ou que forem titulares de
direitos minerários de pesquisa ou lavra, ficam obrigadas a arquivar no DNPM, mediante protocolo,
os estatutos ou contratos sociais e acordos de acionistas em vigor, bem como as futuras alterações
contratuais ou estatutárias, dispondo neste caso do prazo máximo de trinta dias após registro no
Departamento Nacional de Registro de Comércio. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Parágrafo único. O não cumprimento do prazo estabelecido neste artigo ensejará as seguintes sanções:
(Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
II - multa, a qual será aplicada em dobro no caso de não atendimento das exigências objeto deste
artigo, no prazo de trinta dias da imposição da multa inicial, e assim sucessivamente, a cada trinta dias
subseqüentes. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
CAPÍTULO VIII
Art. 83. Aplica-se à propriedade mineral o direito comum, salvo as restrições impostas neste Código.
(Renumerado do Art. 84 para Art. 83 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 84. A Jazida é bem imóvel, distinto do solo onde se encontra, não abrangendo a propriedade
dêste o minério ou a substância mineral útil que a constitui. (Renumerado do Art. 85 para Art. 84 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 85. O limite subterrâneo da jazida ou mina é o plano vertical coincidente com o perímetro
definidor da área titulada, admitida, em caráter excepcional, a fixação de limites em profundidade por
superfície horizontal. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
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§ 1º. A iniciativa de propor a fixação de limites no plano horizontal da concessão poderá ser do titular
dos direitos minerários preexistentes ou do DNPM, ex officio, cabendo sempre ao titular a
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apresentação do plano dos trabalhos de pesquisa, no prazo de noventa dias, contado da data de
publicação da intimação no Diário Oficial da União, para fins de prioridade na obtenção do novo
título. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 2º. Em caso de inobservância pelo titular de direitos minerários preexistentes no prazo a que se
refere o parágrafo anterior, o DNPM poderá colocar em disponibilidade o título representativo do
direito minerário decorrente do desmembramento. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
§ 3º. Em caráter excepcional, ex officio ou por requerimento de parte interessada, poderá o DNPM,
no interesse do setor mineral, efetuar a limitação de jazida por superfície horizontal, inclusive em áreas
já tituladas. (Incluído pela Lei nº 9.314, de 1996)
Art. 86. Os titulares de concessões e minas próximas ou vizinhas, abertas situadas sôbre o mesmo
jazimento ou zona mineralizada, poderão obter permissão para a formação de um Consórcio de
Mineração, mediante Decreto do Govêrno Federal, objetivando incrementar a produtividade da
extração ou a sua capacidade. (Renumerado do Art. 87 para Art. 86 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
I - Memorial justificativo dos benefícios resultantes da formação do Consórcio, com indicação dos
recursos econômicos e financeiros de que disporá a nova entidade;
II - Minuta dos Estatutos do Consórcio, plano de trabalhos a realizar, enumeração das providências e
favôres que esperam merecer do Poder Público.
Art. 87. Não se impedirá por ação judicial de quem quer que seja, o prosseguimento da pesquisa ou
lavra. (Renumerado do Art. 88 para Art. 87 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Parágrafo único. Após a decretação do litígio, será procedida a necessária vistoria " ad perpetuam rei
memoriam " a fim de evitar-se solução de continuidade dos trabalhos.
Art. 88. Ficam sujeitas à fiscalização direta do D.N.P.M. tôdas as atividades concernentes à mineração,
comércio e à industrialização de matérias-primas minerais, nos limites estabelecidos em Lei.
(Renumerado do Art. 89 para Art. 88 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
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Parágrafo único. Exercer-se-á fiscalização para o cumprimento integral das disposições legais,
Página
regulamentares ou contratuais.
Art. 90. Quando se verificar em jazida em lavra a concorrência de minerais radioativos ou apropriados
ao aproveitamento dos misteres da produção de energia nuclear, a concessão, só será mantida caso o
valor econômico da substância mineral, objeto do decreto de lavra, seja superior ao dos minerais
nucleares que contiver. (Renumerado do Art. 91 para Art. 90 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 91. A Emprêsa de Mineração que, comprovadamente, dispuzer do recurso dos métodos de
prospecção aérea, poderá pleitear permissão para realizar Reconhecimento Geológico por êstes
métodos, visando obter informações preliminares regionais necessárias à formulação de requerimento
de autorização de pesquisa, na forma do que dispuzer o Regulamento dêste Código. (Renumerado do
Art. 92 para Art. 91 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
§ 1º As regiões assim permissionadas não se subordinam aos previstas no Art. 25 dêste Código.
§ 2º A permissão será dada por autorização expressa do Diretor-Geral do D.N.P.M., com prévio
assentimento do Conselho de Segurança Nacional.
§ 4º A permissão do Reconhecimento Geológico terá caráter precário, e atribui à Emprêsa tão sòmente
o direito de prioridade para obter a autorização de pesquisa dentro da região permissionada, desde
que requerida no prazo estipulado no parágrafo anterior, obedecidos os limites de áreas previstas no
Art. 25.
Art. 92. O DNPM manterá registros próprios dos títulos minerários. (Redação dada pela Lei nº 9.314,
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de 1996)
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Art. 93. Serão publicados no Diário Oficial da União os alvarás de pesquisa, as portarias de lavra e os
demais atos administrativos deles decorrentes. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de 1996)
Parágrafo Único - A publicação de editais em jornais particulares, é também feita à custa dos
requerentes e por êles próprios promovidos, devendo ser enviado prontamente um exemplar ao
D.N.P.M. para anexação ao respectivo processo.
Art. 94. Será sempre ouvido o D.N.P.M. quando o Govêrno Federal tratar de qualquer assunto
referente à matéria-prima mineral ou ao seu produto. (Renumerado do Art. 95 para Art. 94 pelo
Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 95. Continuam em vigor as autorizações de pesquisa e concessões de lavra outorgadas na vigência
da legislação anterior, ficando, no entanto, sua execução sujeita a observância dêste Código.
(Renumerado do Art. 96 para Art. 95 pelo Decreto-lei nº 318, de 1967)
Art. 96. A lavra de jazida ser organizada e conduzida na forma da Constituição. (Incluído pelo Decreto-
lei nº 318, de 1967)
Art. 97. O Govêrno Federal expedirá os Regulamentos necessários à execução dêste Código, inclusive
fixando os prazos de tramitação dos processos.
Art. 98. Esta Lei entrará em vigor no dia 15 de março de 1967, revogadas as disposições em contrário.
H. CASTELLO BRANCO
Octavio Bulhões
Mauro Thibau
Edmar de Souza
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 83, item II, da
Constituição e tendo em vista o disposto no art. 97 do Decreto-lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967,
alterado pelo Decreto-lei nº 318, de 14 de março de 1967 e pelo Decreto-lei nº 330, de 13 de setembro
de 1967,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento do Código de Mineração, que com este deixa, assinado pelo
Ministro das Minas e Energia.
Art. 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
A. COSTA E SILVA
CAPÍTULO I
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III - a fiscalização, pelo Govêrno Federal, da pesquisa, da lavra e de outros aspectos da indústria
mineral.
Art. 3º A jazida é bem imóvel, distinto do solo onde se encontra, não abrangendo a propriedade dêste
o minério ou a substância mineral útil que a constitui.
Art. 4º O limite subterrâneo da jazida ou mina será sempre a superfície vertical que passar pelo
perímetro da área autorizada ou concedida.
Art. 5º Aplica-se à propriedade mineral o direito comum, salvo as restrições impostas no Código de
Mineração e neste Regulamento.
CAPÍTULO II
Art. 6º Considera-se jazida tôda massa individualizada de substância mineral ou fóssil de valor
econômico, aflorando à superfície ou existente no interior da terra; considera-se mina a jazida em
lavra, ainda que suspensa.
Classe VII - jazidas de minerais industriais, não incluídas nas classes precedentes;
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§ 1º A classificação dêste artigo não abrange as jazidas de águas subterrâneas, de petróleo, gases
naturais e outros hidrocarbonetos fluídos, gases raros e de substâncias minerais de uso na energia
nuclear.
Art. 8º As substâncias minerais, relacionados em cada classe, têm a seguinte especificação: (Vide
Decreto nº 72.245, de 1973) (Vide Decreto nº 75.325, de 1975) (Vide Decreto nº 95.002, de 1987)
Classe I - minérios de: alumínio, antimônio, arsênico, berilio, bismuto, cádmio, cério, césio, cobalto,
cromo, chumbo, cobre, escândio, estanho, ferro, germânio, gálio, háfnio, ítrio, irídio, índio, lítio,
manganês, magnésio, mercúrio, molibdênio, nióbio, níquel, ouro, ósmio, prata, platina, paládio, rádio,
rênio, ródio, rubídio, rutênio, selênio, tálio, tântalo, telúrio, titânio, tungstênio, vanádio, xenotíndo,
zinco, zircônio.
Classe II - ardósias, areias, cascalhos, gnaisses, granitos, quartzitos e sáibros, quando utilizados "in
natura" para o preparo de agregados, pedra de talhe ou argamassa, e não se destinem, como matéria-
prima, à indústria de transformação.
Classe VII - substâncias minerais industriais, não incluídas nas classes precedentes: anfibólios, areias
de fundição, argilas, argilas refratárias, andalusita, agalmatolitos, asbestos, ardósias, anidrita, antofilita,
bentonitas, barita, boratos, calcários, calcários coralíneos, calcita, caulim, celestita, cianita, conchas
calcárias, córidon, crisotila, diatomitos, dolomitos, diamantes industriais, dumortierita, enxôfre,
estroncianita, esteatitos, feldspatos, filitos, fluorita, gipso, grafita, granada, hidrargilita, sais de iôdo,
leucita, leucofilito, magnesita, mármore, micas, ocres, pinguita, pirita pirofilita, quartzo, quarzitos,
silimanita, sais de bromo, salgema, saponito, silex, talco, tremolita, tripolito, vermiculita, wollastonita.
Art. 9º Classificam-se as minas, segundo a forma representativa do direito de lavra, em duas categorias:
I - Mina Manifestada, a em lavra, ainda, que transitòriamente suspensa a 16 de julho de 1934 e que
tenha sido manifestada na conformidade do art. 10 do Decreto nº 24.642, de 10 de julho de 1934 e da
Lei nº 94, de 10 de setembro de 1935;
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a) os edifícios, construções, máquinas, aparelhos e instrumentos destinados à mineração e ao
beneficiamento do produto da lavra, desde que êste seja realizado nas áreas de concessão ou de
servidão da mina;
e) as provisões necessárias aos trabalhos de lavra, para um período de 120 (cento e vinte) dias.
CAPÍTULO III
Art. 11. Os regimes de exploração e aproveitamento das substâncias minerais são os seguintes:
I - Regime de Autorização;
II - Regime de Concessão;
IV - Regime de Matrícula;
V - Regime de Monopólio.
Parágrafo único. A Autorização depende de alvará do Ministro das Minas e Energia; a Concessão, de
decreto do Govêrno Federal; o Licenciamento, de licença expedida em obediência a regulamentos
administrativos locais, de inscrição do contribuinte no órgão próprio do Ministério da Fazenda e de
registro da licença, acompanhada da planta da respectiva área, no Departamento Nacional da
Produção Mineral (D.N.P.M.); a Matrícula, de registro do garimpeiro na Exatoria Federal onde se
localize a jazida; o Monopólio, quando instituído em lei especial.
Art. 12. A autorização de pesquisa ou a concessão de lavra serão conferida, exclusivamente, a brasileiro
ou a sociedade organizada no País, autorizada a funcionar como emprêsa de mineração.
Art. 13. É facultado ao proprietário do solo ou a quem dêle tiver autorização, o aproveitamento pelo
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Regime de Licenciamento das jazidas enquadradas na Classe II, desde que os materiais sejam utilizados
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"in natura", no preparo de agregados, pedras de talhe ou argamassas, e não se destinem, como
matérias-primas, à indústria de transformação.
Volume 1: Legislação MINÉRIOS
Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil - Volume 1 - MINÉRIOS
§ 3º Não estão sujeitos aos preceitos dêste Regulamento os trabalhos de movimentação de terras e de
desmonte de materiais "in natura", necessários à abertura de vias de transporte, obras gerais de
terraplanagem e de edificações.
Art. 14. Far-se-á pelo Regime de Matrícula o aproveitamento definido e caracterizado como
garimpagem, faiscação ou cata.
III - os espécimes minerais ou fósseis, destinados a museus, estabelecimentos de ensino e outros fins
científicos;
Parágrafo único. As águas minerais em fase de lavra reger-se-ão pelas disposições do Código de
Mineração e dêste Regulamento, ressalvadas as prescrições do Código de Águas Minerais.
CAPÍTULO IV
Do direito de prioridade
jazida em disponibilidade;
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II - Se a área estiver subordinada ao direito de requerer a lavra, assegurado ao titular de autorização
de pesquisa, ou sucessor, em decorrência de aprovação de relatório de pesquisa;
III - Se a área estiver sujeita à autorização de pesquisa, concessão de lavra, manifesto de mina ou
Reconhecimento Geológico.
§ 1º Ocorrendo interferência apenas parcial da área requerida com qualquer das referidas nos ítens I,
II e III dêste artigo e desde que a pesquisa, na área remanescente se justificar, técnica e
econômicamente, a critério do DNPM, o requerente será, prèviamente consultado se lhe interessa
reajustar seu pedido.
CAPÍTULO V
Da Autorização de Pesquisa
Art. 18. Entende-se por pesquisa mineral a execução dos trabalhos necessários à definição da jazida,
sua avaliação e determinação da exeqüibilidade de seu aproveitamento econômico.
§ 2º A definição da jazida resultará da coordenação, correlação e interpretação dos dados colhidos nos
trabalhos executados, e conduzirá a uma medida das reservas e dos teores dos minerais encontrados.
Art. 19. Os trabalhos de pesquisa serão executados sob a responsabilidade de engenheiro de minas ou
de geólogo, habilitado a exercer a profissão.
Art. 20. O pedido de autorização de pesquisa será formulado em requerimento, em duas vias, dirigido
ao Ministro das Minas e Energia, entregue mediante recibo no Protocolo do DNPM onde será
mecânica e cronològicamente numerado e registrado, devendo conter em duplicata, os seguintes
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I - Tratando-se de pessoa física, prova de nacionalidade brasileira, estado civil, profissão e domicílio
do requerente; tratando de pessoa jurídica, indicação do título de autorização para funcionar como
Emprêsa de Mineração e de seu registro no órgão de Registro do Comércio de sua sede;
III - Planta, figurando os principais elementos de reconhecimento, tais como ferrovias, rodovias,
pontes, túneis, marcos quilométricos, rios, córregos, lagos, vilas, divisas das propriedades atingidas e
das confrontantes, bem assim a definição gráfica da área em escala adequada, por figura geométrica,
obrigatòriamente formada por segmentos de retas com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste
verdadeiros, com 2 (dois) de seus vértices, ou excepcionalmente 1 (um), amarrado a ponto fixo e
inconfundível do terreno sendo os vetores de amarração definidos por seus comprimentos e rumos
verdadeiros;
V - Plano dos trabalhos de pesquisa, convenientemente locados em esbôço geológico, com orçamento
previsto para sua execução, de responsabilidade de técnico legalmente habilitado;
§ 2º O requerente e o técnico poderão ser interpelados pelo DNPM para justificar o plano de pesquisa
e respectivo orçamento, bem como a garantia do suprimento de recursos necessários ao custeio dos
trabalhos.
§ 3º - Será formulada exigência, para retificação da área objetivada no requerimento quando exceder
em até 3% (três por cento) o limite máximo da Classe a que pertence a substância mineral pleiteada
para pesquisa. (Incluído pelo Decreto nº 88.814, de 1983)
§ 4º - Será formulada exigência, para adequação da área objetivada em requerimento, quando for
inferior em até 3% (três por cento) o limite fixado no § 4º do artigo 29 deste Regulamento. (Incluído
pelo Decreto nº 88.814, de 1983)
§ 5º - Se a área objetivada estiver em desacordo com os limites fixados nos §§ 3º e 4º, o requerimento
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de autorização de pesquisa será indeferido, e não será considerado para efeito de oneração da área.
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§ 6º - O pedido de autorização de pesquisa não poderá pleitear mais de uma área, sob pena de
indeferimento, e não será considerado para efeito de oneração de quaisquer das áreas. (Incluído pelo
Decreto nº 88.814, de 1983)
Art. 21. O requerimento desacompanhado dos elementos de informação e prova mencionados nos
itens I, II, III e IV do artigo anterior, será indeferido de plano pelo Diretor-Geral do DNPM.
§ 2º Será de 60 (sessenta) dias, a contar da data da publicação no Diário Oficial da União, o prazo para
cumprimento de exigências formuladas pelo DNPM sôbre dados complementares ou elementos
necessários à melhor instrução do processo.
Art. 22. Encontrando-se livre a área e satisfeitas as exigências dêste Regulamento o DNPM expedirá
ofício ao requerente convidando-o a efetuar no prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua publicação
no Diário Oficial da União, o pagamento da taxa de publicação e dos emolumentos relativos à outorga
do Alvará de Pesquisa.
Art. 23. A autorização terá como título uma via autêntica do Alvará de Pesquisa, publicado no Diário
Oficial da União e transcrito no livro próprio do DNPM.
Art. 24. O Alvará de Autorização de pesquisa deverá conter indicação das propriedades
compreendidas na respectiva área, definida esta pela sua localização, limitação e extensão superficial
em hectares.
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II - A autorização valerá por 2 (dois) anos, contados da publicação, no Diário Oficial da União, do
Alvará de Pesquisa, podendo ser renovada por mais 1 (um) ano, mediante requerimento do
interessado, protocolizado até 60 (sessenta) dias antes de expirar-se o prazo da autorização, observadas
as seguintes condições:
IV - A pesquisa em leitos de rios navegáveis e flutuáveis, nos lagos e na plataforma submarina, sòmente
será autorizada sem prejuízo ou com ressalva dos interêsses da navegação ou flutuação, ficando sujeita
às exigências impostas pelas autoridades competentes;
V - A pesquisa na faixa de domínio das estradas de ferro, das rodovias, dos mananciais de água potável,
das vias ou logradouros públicos, das fortificações - estas entendidas como áreas de domínio militar -
dependerá ainda, de assentimento das autoridades sob cuja jurisdição as mesmas estiverem;
VII - As substâncias minerais extraídas só poderão ser removidas da área para análise e ensaios
industriais, cabendo ao DNPM, a seu critério, autorizar a alienação de quantidades comerciais, sob as
condições que especificar;
VIII - Ao concluir os trabalhos, no prazo de vigência da autorização e sem prejuízo das informações
pedidas pelo DNPM, o titular da pesquisa apresentará Relatório dos trabalhos realizados, elaborado
por profissional legalmente habilitado.
Parágrafo único. O DNPM dará baixa na transcrição do título de autorização de pesquisa, ficando
livre a área, nos seguintes casos:
I - Se, findo o prazo de vigência da autorização e desde que não tenha sido requerida sua renovação,
deixar o titular de apresentar o Relatório referido no item VIII dêste artigo e no art. 26 dêste
Regulamento;
II - Se, findo o prazo de vigência da remoção da autorização, deixar o titular de apresentar o Relatório
de que trata o item anterior;
III - Se, embora apresentado no prazo previsto, não forem satisfeitas as exigências do DNPM: para
complementação do Relatório de que tratam os itens anteriores.
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Art. 26. O relatório referido no item VIII do artigo anterior será circunstanciado e deverá conter dados
informativos sôbre a reserva mineral, a qualidade do minério ou substância mineral útil, a
exeqüibilidade de lavra, e, especificamente, sôbre:
b) planta de levantamento geológico da área pesquisada, em escala adequada, com locação dos
trabalhos de pesquisa;
c) descrição detalhada dos afloramentos naturais da jazida e daqueles criados pelos trabalhos de
pesquisa, ilustrada com cortes geológico-estruturais e perfís de sondagens;
h) tabulação das espessuras, áreas, volumes e teores necessários ao cálculo das reservas medida,
indicada e inferida.
III - Reserva inferida: estimativa feita com base no conhecimento dos caracteres geológicos do
depósito mineral, havendo pouco ou nenhum trabalho de pesquisa.
Art. 28. Em caso de retificação do Alvará de Pesquisa o prazo para a efetivação dos trabalhos contar-
se-á da data da publicação do nôvo Alvará.
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Art. 29. As autorizações de pesquisa ficam adstritas às seguintes áreas máximas: (Redação dada pelo
Decreto nº 64.590, de 1969)
§ 2º O disposto no parágrafo anterior sòmente se aplica à emprêsa de mineração que, sem prejuízo
das demais exigências dêste Regulamento, satisfizer as seguintes condições: (Redação dada pelo
Decreto nº 64.590, de 1969)
a) firmar têrmo de compromisso com o Ministério das Minas e Energia, através do DNPM de que os
recursos de que trata o artigo 16, inciso IV do Código de Mineração ou o contrato de financiamento
referido no Artigo 20, inciso VI dêste Regulamento se destinam especificamente à realização dos
trabalhos previstos nos planos de pesquisa; (Incluída pelo Decreto nº 64.590, de 1969)
§ 3º A fixação da área até o limite máximo estabelecido no § 1º dêste artigo, será proposta pelo DNPM
ao Ministro das Minas e Energia, no mesmo processo regularmente examinado e informado, para a
outorga da autorização de pesquisa. (Incluído pelo Decreto nº 64.590, de 1969)
§ 4º - Em regiões ínvias e de difícil acesso, e em regiões interiorizadas, a área mínima de cada pedido
de autorização de pesquisa, excetuadas as jazidas das Classes II, VI e VIII, será de 1.000 (mil) hectares.
(Redação dada pelo Decreto nº 88.814, de 1983)
§ 5º É considerada como ínvio e de difícil acesso a Amazônia Legal, definida no Artigo 2º da Lei nº
5.173, de 27 de outubro de 1966, excetuadas as áreas urbanas e suburbanas das cidades sedes de
município. (Incluído pelo Decreto nº 64.590, de 1969)
§ 7º Sempre que o Ministro das Minas e Energia, de acôrdo com o parágrafo anterior expedir portaria
definindo e especificando regiões ínvias e de difícil acesso, e as interiorizadas, os requerentes de
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autorização de pesquisa cujas áreas se situam em tais regiões deverão enquadrar os seus pedidos nos
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prazos e condições que forem determinados nas referidas portarias, sob pena de serem os mesmos
indeferidos e arquivados. (Incluído pelo Decreto nº 64.590, de 1969)
Art. 30. À mesma pessoa natural ou jurídica não serão concedidos mais de 5 (cinco) títulos de
autorização de pesquisa de jazidas da mesma Classe.
Art. 31. O titular da autorização de pesquisa é obrigado, sob pena de sanções previstas no Capítulo
XVI dêste Regulamento:
a) dentro de 60 (sessenta) dias da publicação do Alvará de Pesquisa no Diário Oficial da União, se fôr
o proprietário do solo;
b) no prazo referido na letra "a", quando terceiro e se tiver ajustado com o proprietário do solo ou o
posseiro, o valor e a forma de pagamento das indenizações referidas no art. 37 dêste Regulamento;
II - A não interromper, sem justificativa, os trabalhos de pesquisa por mais de 3 (três) meses
consecutivos ou por 120 (cento e vinte) dias não consecutivos.
Parágrafo único. O início ou reinício, as interrupções de trabalho, bem como a ocorrência de outra
substância mineral útil não constante do Alvará de autorização, deverão ser prontamente comunicados
ao D.N.P.M.
Art. 32. Realizada a pesquisa e apresentado o Relatório referido no inciso VIII do art. 25 e no art. 26
dêste Regulamento, o D.N.P.M. mandará verificar "in loco" a sua exatidão e em face do parecer
conclusivo da Divisão de Fomento da Produção Mineral, proferirá despacho:
b) de não aprovação do Relatório, quando ficar constatada insuficiência dos trabalhos de pesquisa ou
deficiência técnica na sua elaboração, que impossibilitem a avaliação da jazida;
Art. 33. O titular da autorização de pesquisa, uma vez aprovado o Relatório, terá 1 (hum) ano para
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requerer a concessão de lavra e, dentro dêste prazo, poderá negociar o respectivo direito.
Art. 34. Findo o prazo do artigo anterior, sem que o titular, ou sucessor por título legítimo, haja
requerido a concessão da lavra, caducará seu direito, podendo o Govêrno outorgá-la a terceiro que a
requerer, satisfeitas as demais exigências previstas neste Regulamento.
Parágrafo único. Caberá ao Diretor-Geral do D.N.P.M. arbitrar a indenização a ser paga ao titular ou
ao seu sucessor, por quem vier a obter a concessão de lavra.
Art. 35. O titular ou titulares de autorizações de pesquisa da mesma substância mineral, em áreas
contíguas ou próximas, poderão, a critério do D.N.P.M., apresentar um plano único de pesquisa e
também um só relatório dos trabalhos excetuados abrangendo todo o conjunto e especificado para
cada área os dados referidos na letra "h" e parágrafo único do art. 26 dêste Regulamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo poderá, a critério do D.N.P.M., estender-se ao requerente
individual de autorizações de pesquisa da mesma substância mineral, em áreas contíguas ou próximas.
Art. 36. Sempre que o Govêrno cooperar nos trabalhos de pesquisa, será reembolsado das despesas,
de acôrdo com as condições estipuladas no ajuste de cooperação técnica celebrado entre o D.N.P.M.
e o titular da autorização.
CAPÍTULO VI
Art. 37. O titular de autorização de pesquisa poderá realizar os trabalhos respectivos e as obras e
serviços auxiliares necessários, em terrenos de domínio público ou particular, abrangidos pelas áreas
a pesquisar, desde que pague ao proprietário do solo ou posseiro uma renda pela ocupação dos
terrenos e uma indenização pelos danos e prejuízos causados pelos trabalhos realizados, observadas
as seguintes condições:
I - A renda não poderá exceder ao montante do rendimento líquido máximo da propriedade, referido
à extensão da área a ser realmente ocupada;
II - A indenização pelos danos causados não poderá exceder o valor venal da propriedade na extensão
da área efetivamente ocupada pelos trabalhos de pesquisa, salvo no caso previsto no inciso seguinte;
III - Quando os danos forem de molde a inutilizar para fins agrícolas e pastorís, tôda a propriedade
em que estiver encravada a área necessária aos trabalhos de pesquisa, a indenização correspondente
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IV - Os valôres venais referidos nos incisos II e III serão obtidos por comparação com valôres venais
de propriedades da mesma espécie, localizadas na mesma região;
Art. 38. Se até a data da transcrição do título de autorização, o titular da pesquisa deixar de juntar ao
processo prova de acôrdo celebrado com o proprietário do solo ou posseiro sôbre a renda e
indenização referidas no artigo anterior o Diretor-Geral do D.N.P.M. enviará, dentro de 3 (três) dias,
ao Juiz de Direito da Comarca da situação da jazida, cópias do título de autorização e do plano de
pesquisa.
§ 3º O plano de pesquisa, com orçamento aprovado pelo D.N.P.M., deverá ser indicado no laudo de
avaliação e considerado como elemento atendível na apuração da indenização.
§ 4º Apresentado o laudo de avaliação, o Juiz, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data
do despacho referido no § 1º, fixará o valor da renda e dos danos, não cabendo de sua decisão recurso
com efeito suspensivo.
§ 6º Efetivado o depósito, o Juiz, dentro de 8 (oito) dias e mediante requerimento do titular, mandará
intimar o proprietário do solo ou posseiro a permitir os trabalhos de pesquisa, dando conhecimento
do "despacho" ao diretor-Geral do D.N.P.M., e, se fôr o caso, às autoridades policiais locais, para que
garantam a execução dos trabalhos.
§ 9º Efetivado o depósito, o Juiz dentro de 8 (oito) dias e mediante requerimento do titular, mandará
intimar o proprietário do solo ou posseiro a permitir a continuação dos trabalhos de pesquisa no prazo
da prorrogação, comunicará seu despacho ao Diretor-Geral do D.N.P.M. e, se fôr o caso, às
autoridades policiais locais, para que garantam a continuação dos trabalhos.
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§ 11. As despesas judiciais com o processo de avaliação serão pagas pelo titular da autorização de
pesquisa.
CAPÍTULO VII
Do Reconhecimento Geológico
Art. 39. O Reconhecimento Geológico, pelos métodos de prospecção aérea, visa a obter informações
preliminares regionais úteis à formulação de requerimento de autorização de pesquisa.
Art. 40. Entende-se por Reconhecimento Geológico, pelos métodos de prospecção aérea:
Parágrafo único. A interpretação a que se refere o item III só poderá ser feita por profissionais técnica
e legalmente habilitados.
Art. 41 A permissão do Reconhecimento Geológico poderá ser concedida para área onde já existam
pedidos de pesquisa, autorizações de pesquisa ou concessão de lavra, respeitados os direitos dos
respectivos titulares.
Art. 42. A permissão será concedida, em caráter precário, pelo Diretor-Geral do D.N.P.M. com prévio
assentimento do Conselho de Segurança Nacional, a vista de parecer do Estado-Maior das Fôrças
Armadas (EMFA), à sociedade ou firma individual autorizada a funcionar como emprêsa de
mineração, sob as seguintes condições:
III - Assistirá ao seu titular apenas o direito de prioridades para pleitear autorização de pesquisa na
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área permissionada, desde que requerida no prazo estipulado no inciso anterior, obedecidos os limites
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IV - Obrigatoriedade de apresentar ao D.N.P.M. no prazo mencionado no inciso II, ainda que não
exercido o direito de prioridade de que trata o inciso III, relatório dos resultados do Reconhecimento
Geológico, contendo cópia dos elementos utilizados na preparação e execução das diversas fases dos
trabalhos, tais como, cobertura fotográfica, mosaicos, foto-interpretação, esboços geológicos; para
uso do Govêrno e conhecimento do público.
Parágrafo único. Descumprida a obrigação de que trata o inciso IV dêste artigo será vedado ao titular
da permissão efetuar Reconhecimento Geológico em outras áreas ainda que autorizado; neste caso a
permissão será declarada sem efeito pelo Diretor-Geral do D.N.P.M.
Art. 43. O pedido de permissão para realizar Reconhecimento Geológico será formulado em
requerimento dirigido ao Diretor-Geral do D.N.P.M., entregue mediante recibo no Protocolo dêsse
Departamento, onde será mecânicamente numerado e registrado, devendo conter em duas vias, os
seguintes elementos de informação e prova:
II - Prova de que o requerente ou terceiro que se encarregar da execução dos serviços, está inscrito no
EMFA, para fins de aero-levantamento, bem como dispõe de capacidade técnica e equipamentos
adequados à realização do Reconhecimento;
III - Mapa em escala adequada da área pretendida para o Reconhecimento Geológico, definida por
medianos e paralelos;
IV - Plano de vôo da área a ser sobrevoada em tôda a sua extensão, contendo, entre outras,
informações sôbre a altura e espaçamento das linhas de vôo;
§ 2º Emitido o parecer pelo EMFA, o processo será por êle encaminhado à Secretaria Geral do
Conselho de Segurança Nacional (SG/CSN).
Art. 44. O ato de permissão do Reconhecimento Geológico será transcrito no livro próprio do
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D.N.P.M.
CAPÍTULO VIII
Da Concessão de Lavra
Art. 45. Entende-se por lavra o conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento
industrial da jazida, a começar da extração das substâncias minerais úteis que contiver até o seu
beneficiamento.
b) a jazida que tenha relatório de pesquisa, apresentado pelo seu titular, aprovado pelo D.N.P.M.;
c) na fase de lavra, a jazida declarada em disponibilidade e cujo relatório de pesquisa, em reexame, seja
considerado satisfatório pelo D.N.P.M.
Art. 47. Sòmente as firmas individuais ou as sociedades, autorizadas a funcionar como emprêsa de
mineração, poderão habilitar-se à concessão de lavra, que não ficará sujeita a restrições quanto ao
número de concessões outorgadas à mesma pessoa jurídica.
Art. 48. O requerimento de concessão de lavra será dirigido ao Ministro das Minas e Energia, pelo
titular da autorização de pesquisa ou seu sucessor, devendo ser instruído com os seguintes elementos
de informação e prova:
I - Indicação do registro do título de autorização para funcionar como emprêsa de mineração no órgão
de Registro do Comércio de sua sede;
II - Designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação do Alvará de Pesquisa e da aprovação
do respectivo Relatório;
III - Denominação e descrição da localização do campo pretendido para a lavra, relacionando-o, com
precisão e clareza, aos vales dos rios ou córregos, constantes de mapas ou plantas de notória
autenticidade e precisão, às estradas de ferro e rodovias, a marcos naturais ou acidentes topográficos
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concessão de lavra; indicação do Distrito, Município, Comarca e Estado, nome e residência do
proprietário do solo ou posseiro;
IV - Definição gráfica da área pretendida, delimitada por figura geométrica formada, obrigatòriamente,
por segmentos de retas com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros, com 2 (dois) de seus
vértices, ou excepcionalmente 1 (um); amarrado a ponto fixo e inconfundível do terreno, sendo os
vetores de amarração definidos por seus comprimentos e rumos verdadeiros, configuradas, ainda, as
propriedades territoriais por ela interessadas, com os nomes dos superficiários;
V - Planta de situação;
VII - Plano de aproveitamento econômico da jazida, com descrição das instalações de beneficiamento,
firmado por profissional legalmente habilitado;
Art. 49. O plano de aproveitamento econômico da jazida será apresentado em duas vias e constará de:
I - Memorial explicativo;
a) ao método de mineração a ser adotado, bem como referência à escala de produção prevista
inicialmente e à sua projeção;
f) às moradias e suas condições de habitalidade, para todos os que residem no local da mineração;
g) às instalações de captação e proteção das fontes, adução, distribuição e utilização de água, para as
jazidas da Classe VIII.
III - Cronograma com indicação das datas previstas para o início e conclusão de cada um dos projetos
ou anteprojetos de que trata o item anterior, bem como da data de início do trabalho de lavra. (Incluído
pelo Decreto nº 66.404, de 1970)
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Parágrafo único. No caso de formulação de exigências para melhor instrução do processo, terá o
requerente o prazo de 60 (sessenta) dias para satisfazê-las, admitida sua prorrogação por igual período,
a juízo do Diretor-Geral do D.N.P.M.
Art. 52. A concessão será recusada se a lavra fôr considerada prejudicial ao bem público ou
comprometer interêsses que superem a utilidade da exploração industrial, a juízo do Govêrno. Neste
último caso e desde que haja sido aprovado o Relatório, o pesquisador terá direito de receber do
Govêrno a indenização das despesas feitas com os trabalhos de pesquisa.
Art. 53. A concessão de lavra terá como título um Decreto do Poder Executivo, publicado no Diário
Oficial da União e transcrito em livro próprio do D.N.P.M.
Art. 54. Além das obrigações gerais constantes dêste Regulamento, o titular da concessão de lavra
ficará sujeito às exigências abaixo discriminadas, sob pena de sanções previstas no Capítulo XVI dêste
Regulamento:
II - Lavrar a jazida de acôrdo com o plano de aproveitamento econômico aprovado pelo D.N.P.M.,
cuja segunda via, devidamente autenticada, deverá ser mantida no local da mina;
VI - Confiar a direção dos trabalhos de lavra a técnico legalmente habilitado ao exercício da profissão;
VII - Não dificultar ou impossibilitar, por lavra ambiciosa, o ulterior aproveitamento econômico da
jazida;
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VIII - Responder pelos danos e prejuízos causados a terceiros, resultantes, direta ou indiretamente, da
lavra;
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IX - Promover a segurança e a salubridade das habitações existentes no local;
X - Evitar o extravio das águas e drenar as que possam ocasionar danos e prejuízos aso vizinhos;
XII - Proteger e conservar as fontes de água, bem como utilizá-las segundo os preceitos técnicos,
quando se ratar de lavra de jazida da Classe VIII;
XV - Manter a mina em bom estado, no caso de suspensão temporária dos trabalhos de lavra, de
modo a permitir a retomada das operações;
XVI - Apresentar ao D.N.P.M., nos primeiros 6 (seis) meses de cada ano, Relatório das atividades do
ano anterior.
Art. 55. O aproveitamento, pelo concessionário de lavra, de substância referidas no item IV do artigo
anterior, dependerá de aditamento ao seu título de lavra.
Art. 56. Os trabalhos de lavra, uma vez iniciados, não poderão ser interrompidos por mais de 6 (seis)
meses consecutivos, salvo motivo comprovado de fôrça maior.
Art. 57. O Relatório Anual das atividades realizadas no ano anterior deverá conter, dentre outros,
dados sôbre:
II - Modificações verificadas nas reservas, características das substâncias minerais produzidas, teor
mínimo economicamente compensador e relação observada, entre a substância útil e a estéril;
III - Quadro mensal, em que figurem, além de outros, os elementos de produção, estoque, preço
médio de venda, destino do produto bruto e do beneficiado, recolhimento do impôsto único e
pagamento ou depósito judicial do dízimo devido ao proprietário do solo;
Art. 58. Quando o melhor conhecimento da jazida, obtido durante os trabalhos de lavra, justificar
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Art. 59. Subsistirá a Concessão, quanto aos direitos, obrigações, limitações e efeitos dela decorrentes,
quando o concessionário à alienar ou gravar, na forma da lei.
Art. 60. As dívidas e encargos que recaírem sôbre a concessão resolvem-se com a extinção desta,
ressalvada a responsabilidade pessoal do devedor.
Art. 61. No curso de qualquer medida judicial não poderá haver embargo, arresto ou seqüestro que
resulte em interrupção dos trabalhos de lavra.
Art. 62. Para a suspensão temporária da lavra, a emprêsa concessionária, após comunicação ao DNPM,
será obrigada a pleiteá-la ao Ministro das Minas e Energia, em requerimento justificativo da medida,
instruído com relatório dos trabalhos efetuados, do estudo da mina e de suas possibilidades futuras.
§ 1º Após verificação "in loco", o D.N.P.M. emitirá parecer conclusivo para apreciação e decisão final
do Ministro das Minas e Energia.
§ 3º. O titular do Decreto de Concessão de Lavra, em caso de renúncia do seu título, deverá comunicá-
la ao Ministro das Minas e Energia.
Art. 63. Considera-se ambiciosa a lavra conduzida sem observância do plano preestabelecido ou
efetuada de modo a dificultar ou impossibilitar o ulterior aproveitamento econômico de jazida.
Art. 64. A lavra praticada nas condições referidas no artigo anterior, ou com infração das disposições
dêste Regulamento, sujeita o concessionário a sanções, que podem ir da advertência à caducidade.
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Art. 65. Caberá ao Diretor-Geral do D.N.P.M., por edital publicado no Diário Oficial da União,
declarar a disponibilidade da jazida:
I - Cuja concessão de lavra tenha sido revogada, anulada ou declarada caduca e desde que, a critério
do D.N.P.M., a jazida seja considerada inesgotada e econômicamente aproveitável;
II - Cujos trabalhos de lavra de mina manisfestada, a critério do D.N.P.M., tenham sido abandonados
ou suspensos definitivamente e desde que a jazida seja considerada inesgotada e econômicamente
aproveitável;
III - Quando, embora com relatório de pesquisa aprovado, tenha o titular da autorização ou sucessor
decaído do diretor de requerer a lavra.
§ 1º Declarada em disponibilidade, a lavra da jazida poderá ser requerida por terceiro interessado,
desde que satisfaça as exigência dêste Regulamento.
CAPÍTULO IX
Art. 66. O titular da concessão de lavra deverá requerer ao D.N.P.M. a posse da jazida, dentro de 90
(noventa) dias a contar da publicação do respectivo Decreto do Diário Oficial da União.
§ 2º Feita a prova do recolhimento, caberá ao D.N.P.M. fixar a data da imissão de posse da jazida, que
será comunicada por ofício ao interessado e por publicação de edital no Diário Oficial da União.
§ 3º O interessado fica obrigado a preparar o terreno e tudo quanto fôr necessário para que o ato de
imissão de posse se realize na data fixada, cabendo-lhe confeccionar os marcos, preferencialmente,
em concreto armado, que deverão conter na sua extremidade superior a sigla "D.N.P.M.".
I - Serão intimados por meio de ofício ou telegrama os concessionários das minas limítrofes, se as
houver, 8 (oito) dias de antecedência, para, por si ou seus representantes, presenciar o ato e, em
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II - No dia e hora determinados, serão fixados os marcos dos limites da jazida, que o concessionário
terá para êsse fim preparado, e colocados nos pontos indicados no decreto de concessão, imitindo-se,
em seguida, o concessionário na posse da jazida.
§ 1º Ao representante do DNPM caberá lavrar têrmo das ocorrências, que assinará com o titular de
lavra, testemunhas dos concessionários das minas limítrofes, presentes ao ato.
§ 2º Os marcos deverão ser conservados bem visíveis e só poderão ser arrancados ou mudados com
autorização expressa do D.N.P.M., sob as penas da lei.
Art. 68. Da imissão de posse, caberá recurso ao Ministro das Minas e Energia, dentro de 15 (quinze)
dias, contados da data de sua efetivação, sendo que o seu provimento importará na anulação da
imissão.
CAPÍTULO X
Do grupamento mineiro
Art. 69. Entende-se por Grupamento Mineiro a reunião, em uma só unidade de mineração, de várias
concessões de lavra da mesma substância mineral, outorgadas a um só titular, em área de um mesmo
jazimento ou zona mineralizada.
Art. 70. A constituição do Grupamento Mineiro ficará a critério do D.N.P.M., e será autorizada pelo
seu Diretor-Geral em requerimento instruído, em duplicata, com os seguintes elementos de
informação e prova:
I - Qualificação do interessado;
II - Planta onde figurem as áreas de lavra a serem agrupadas, com indicação dos decretos de concessão;
III - Plano integrado de aproveitamento econômico das jazidas que, dentre outros, deverá conter os
seguintes elementos:
a) memorial explicativo;
b) método de mineração a ser adotado, com referência à escala de produção prevista e à sua projeção.
Art. 71. O ato de autorização de que trata o artigo anterior será transcrito em livro próprio do DNPM
e anotado nos processos referentes às concessões de lavra agrupadas.
Parágrafo único. A lavra das jazidas agrupadas só poderá ter início após a transcrição do ato de
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autorização.
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Art. 72. A alienação ou transferência de concessão ou concessões de lavra agrupadas só terá validade
após sua averbação no livro próprio mencionado no artigo anterior e no de transcrição do título na
concessão alienada ou transferida.
Art. 73. O relatório anual das atividades do grupamento mineiro deverá referir-se à lavra no seu
conjunto.
Art. 74. O titular do Grupamento Mineiro poderá, a juízo do D.N.P.M. e desde que por êste
autorizado, concentrar suas atividades em uma ou algumas das concessões, contando que a intensidade
da lavra seja compatível com a importância da reserva total das jazidas agrupadas.
Art. 75. As atividades do grupamento mineiro, com relação à lavra no seu conjunto, ficarão sujeitas às
obrigações e penalidades estabelecidas neste Regulamento para as concessões em geral.
CAPÍTULO XI
Do consórcio de mineração
Art. 76. Entende-se por Consórcio de Mineração a entidade constituída de titulares de concessões de
lavra próxima ou vizinhas, abertas ou situadas sôbre o mesmo jazimento ou zona mineralizada, com
o objetivo de incrementar a produtividade da extração.
Art. 77. A constituição do Consórcio de Mineração será autorizada por Decreto do Presidente da
República.
§ 2º O decreto de autorização será transcrito no livro próprio do DNPM e anotado nos processos
referentes às concessões de lavra dos titulares que constituírem o Consórcio.
Art. 78. O requerimento de constituição do Consorcio de Mineração será dirigido ao Ministro das
Minas e Energia, entregue mediante recibo no Protocolo do D.N.P.M., onde será mecânicamente
numerado e registrado, devendo conter, em duplicata, os seguintes elementos:
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II - Memorial justificativo dos benefícios resultantes de sua constituição, com a indicação dos recursos
econômicose financeirosde que disporá a nova entidade;
IV - Plano de trabalhos e realizar e, se fôr o caso, enumeração das providências e favores a serem
pleiteados do poder público.
§ 1º O requerimento desacompanhado dos elementos mencionados nos incisos dêste artigo será
indeferido, de plano, pelo Diretor-Geral do D.N.P.M.
§ 2º Ultimada a instrução no D.N.P.M., o processo será encaminhado ao Ministro das Minas e Energia
para apreciação e posterior designação da Comissão com as atribuições de elaborar o Caderno de
Encargos referido no § 1º do artigo anterior.
Art. 79. O relatório anual das atividades do Consórcio de Mineração deverá referir-se à lavra no seu
conjunto.
Art. 80. As infrações ou inadimplemento das obrigações e condições a que ficará sujeito o Consórcio
de Mineração, implicará na revogação do ato autorizador de sua constituição e das respectivas
concessões.
§ 2º O Consórcio será intimado, mediante edital publicado no Diário Oficial da União, a apresentar
defesa, dentro de 60 (sessenta) dias.
§ 3º Findo o prazo, com a juntada da defesa ou informação de sua não apresentação, o processo será
submetido à apreciação do Ministro das Minas e Energia, devidamente instruído pelo D.N.P.M.
CAPÍTULO XII
Das Servidões
Art. 81. A propriedade onde se localiza a jazida, bem como as limítrofes ou vizinhas, para efeitos de
pesquisa e lavra, ficam sujeitas a servidões de solo e subsolo, que serão constituídas para os seguintes
fins:
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moradias;
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b) abertura de vias de transporte e linhas de comunicação;
Art. 82. Constituem-se as servidões mediante indenização prévia do valor do terreno ocupado e dos
prejuízos resultantes dessa ocupação.
§ 1º Não havendo acôrdo entre as partes, o pagamento será feito mediante depósito judicial da
importância fixada para indenização, através de vistoria ou perícia com arbitramento inclusive da renda
pela ocupação, seguindo-se o competente mandato de imissão de posse na área, se necessário.
§ 2º O valor da indenização e dos danos, a serem pagos pelo titular da autorização de pesquisa ou
concessão de lavra ao proprietário do solo ou das benfeitorias, obedecerá no que fôr aplicável, às
prescrições contidas nos artigos 37 e 38 dêste Regulamento.
Art. 83. A indenização, não paga na oportunidade própria ficará sujeita à correção monetária, mediante
aplicação dos índices fixados pela autoridade competente.
Art. 84. No caso de constituição de servidão, os trabalhos de pesquisa ou lavra não poderão ser
indicados antes de paga ou depositada a importância relativa à indenização e de fixada a renda pela
ocupação do terreno serviente.
Art. 85. O D.N.P.M. poderá promover vistoria "n loco", para constatar a real necessidade ou
conveniência econômica do estabelecimento da servidão, indispensável aos trabalhos da pesquisa ou
lavra.
CAPÍTULO XIII
Art. 86. É assegurado ao proprietário do solo, onde se situe a jazida o direito de participação nos
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Art. 87. O disposto no artigo anterior sòmente se aplica às concessões de lavra outorgadas após 14 de
março de 1967.
Art. 88 A participação nos resultados da lavra será paga pelo concessionário ao proprietário do solo,
trimestralmente, em quantias correspondentes ao dízimo do total do impôsto único devido e recolhido
durante o trimestre considerado à exatoria federal ou a estabelecimento de crédito do lugar de situação
da jazida.
Art. 90. O direito de participação nos resultados da lavra não poderá ser objeto de transferência ou
caução separadamente do imóvel; entretanto, é facultado ao proprietário do solo, após a concessão da
lavra:
Parágrafo único - Os atos enumerados neste artigo somente valerão contra terceiros a partir de sua
inscrição no Registro de Imóveis.
Art. 91. As disposições dêste capítulo não se aplicam à lavra de jazidas e minas cuja exploração
constituir objeto de monopólio estatal, as quais não estão sujeitas a participação nos resultados da
lavra.
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CAPÍTULO XIV
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Art. 92. Os titulares de autorização da pesquisa ou de concessão de lavra são obrigados a comunicar
à Comissão Nacional de Energia Nuclear (C.N.E.N.) e ao D.N.P.M. qualquer descoberta de minerais
nucleares, sob pena de caducidade da autorização ou concessão.
Art. 93. Quando se verificar, em jazida em lavras a ocorrência de minerais nucleares, a concessão
somente será mantida se o valor da substância mineral, objeto do decreto, fôr superior ao valor
econômico ou estratégico dos minerais nucleares que contiver.
CAPÍTULO XV
Da Emprêsa de Mineração
Art. 94. Entende-se por Emprêsa de Mineração, a firma individual ou sociedade organizada na
conformidade da lei brasileira e domiciliada no país, qualquer que seja a sua forma jurídica, com o
objetivo principal de realizar exploração e aproveitamento de jazidas minerais no território nacional.
§ 2º Da sociedade poderão participar como sócios ou acionistas pessoas físicas ou jurídicas, nacionais
ou estrangeiras, nominalmente representadas no instrumento de sua constituição.
Art. 95. A firma individual ou sociedade, uma vez constituída e registrada no órgão de Registro do
Comércio de sua sede, depende de autorização outorgada por Alvará do Ministro das Minas e Energia
para funcionar como emprêsa de mineração.
Art. 96. O título de autorização para funcionar como emprêsa de minoração será uma via autêntica
do respectivo Alvará, publicado no Diário Oficial da União, transcrito no livro próprio do D.N.P.M.
e registrado em original ou certidão, no órgão de Registro do Comércio de sua sede.
Parágrafo único. Registrado o título, a interessada o comprovará ao D.N.P.M., mediante certidão que
será anexada ao processo de autorização.
Art. 97. As alterações que importarem em modificações no registro da emprêsa de mineração no órgão
de Registro do Comércio serão submetidas, previamente, à aprovação do Ministro das Minas e Energia
e, depois de aprovadas, registradas naquele órgão.
Parágrafo único. Será expedido novo Alvará em caso de alteração da forma jurídica, da razão social
ou da denominação da emprêsa de mineração.
Art. 98. As emprêsas de mineração que realizarem alterações no seu registro, sem prévia aprovação
do Ministro das Minas e Energia, ficam sujeitas ao cancelamento do título de autorização, além da
perda dos demais direitos outorgados e sem prejuízo da aplicação da multa.
CAPÍTULO XVI
Art. 99. O inadimplemento das obrigações decorrentes das autorizações de pesquisa ou das concessões
de lavra, tendo em vista a gravidade da infração, implicará nas seguintes sanções:
I - Advertência;
II - Multa;
III - Caducidade.
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Art. 100. Aos infratores de disposições dêste Regulamento serão aplicadas multas, obedecidos os
seguintes critérios:
I - Inadimplemento das obrigações impostas no item III do artigo 25, nos itens I e II e parágrafo único
do artigo 31, bem como no artigo 56 deste Regulamento: multa em quantia correspondente a 5 (cinco)
vezes o maior valor de referência estabelecido de acordo com o disposto no artigo 2º, parágrafo único
da Lei nº 6.205, de 29 de abril de1975. (Redação dada pelo Decreto nº 88.814, de 1983)
II - Inadimplemento das obrigações impostas no art. 66, e nos itens I, V, VI e VIII a XVI do art. 54
dêste Regulamento: multa de 10 (dez) salários - mínimos - mensal de maior valor do País;
III - Inadimplemento das obrigações impostas nos itens I, III e IV do art. 54 dêste Regulamento:
multa de 20 (vinte) salário - mínimos - mensal de maior valor do País;
V - Prática de lavra ambiciosa (art. 63 e item VII do art. 54 dêste Regulamento): multa de 50
(cinquenta) salários - mínimos - mensal de maior valor do País.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, específica ou genérica, a multa será cobrada em dôbro.
Art. 101. As infrações de que trata o artigo anterior serão apuradas mediante processo administrativo,
instaurado por auto de infração lavrado por funcionário qualificado.
§ 1º O auto deverá relatar com clareza a infração, mencionando o nome do infrator, o respectivo título
de autorização de pesquisa, de concessão de lavra ou de autorização para funcionar como emprêsa de
mineração e tudo mais que possa esclarecer o processo.
§ 2º Do auto de infração, que será publicado no Diário Oficial da União remeter-se-á cópia ao autuado,
que terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação, para apresentar defesa.
§ 3º Findo o prazo, com a juntada da defesa ou informação de não haver sido apresentada, o processo
será submetido à apreciação e decisão do Diretor-Geral do D.N.P.M.
§ 5º O valor da multa mediante, guia fornecida pelo D.N.P.M., será recolhido ao Banco do Brasil S.A.,
à conta do "Fundo Nacional de Mineração - Parte Disponível", no prazo de 30 (trinta) dias, contados
da data da publicação do despacho referido no parágrafo anterior.
§ 6º Do despacho de imposição da multa, caberá recurso ao Ministro das Minas e Energia, no prazo
de 30 (trinta) dias, contados de sua publicação, desde que, no primeiro decênio do aludido prazo, o
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seu valor seja depositado, para garantia de instância e mediante guia especial fornecida pelo DNPM,
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§ 7º O recurso dará entrada no Protocolo do DNPM e, depois de instruído, será remetido, com parecer
conclusivo do Diretor-Geral ao Ministro das Minas e Energia.
§ 8º A multa não recolhida no prazo fixado será cobrada judicialmente, em ação executiva.
Art. 102. A caducidade da autorização de pesquisa ou da concessão de lavra será declarada desde que
verificada qualquer das seguintes infrações:
II - Quando o infrator, embora multado por mais de duas vêzes no intervalo de um ano, prosseguir
no descumprimento das determinações da fiscalização;
III - Prática de lavra ambiciosa ou de extração de substância não compreendida no decreto de lavra,
independentemente de advertência ou multa;
Art. 103. São anuláveis as autorizações de pesquisas ou as concessões de lavra outorgadas com
infringência de dispositivos do Código de Mineração ou dêste Regulamento.
§ 2º Nos demais casos e sempre que possível, o D.N.P.M., procurará sanar a deficiência por via de
atos de retificação.
§ 3º A nulidade poderá ser pleiteada judicialmente em ação proposta por qualquer interessado, no
prazo de 1 (hum) ano, a contar da publicação do alvará de pesquisa ou do decreto de lavra no Diário
Oficial da União.
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Art. 105. O processo administrativo de declaração de caducidade ou de nulidade da autorização de
pesquisa será instaurado ex-officio ou mediante denúncia comprovada.
§ 1º O titular da autorização será intimado, mediante ofício que lhe será enviado e publicado no Diário
Oficial da União, ou por edital, quando se encontrar em lugar incerto e não sabido, a apresentar, no
prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação, defesa contra os motivos argüidos na denúncia
ou que tenham dado margem à instauração do processo.
§ 2º Findo o prazo, com a juntada da defesa ou informação de não haver sido apresentada o processo
será submetido à apreciação e decisão do Ministro das Minas e Energia.
§ 1º Concluída a instrução, com a juntada de defesa ou informação de não haver sido apresentada, o
Diretor-Geral do D.N.P.M., encaminhará o processo ao Ministro das Minas e Energia.
CAPÍTULO XVII
III - Cata, o trabalho individual por processos equiparáveis aos de garimpagem e faiscação na parte
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decomposta dos afloramentos dos filões veeiros, de extração de substâncias minerais úteis, sem o
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Art. 108. Ao trabalhador que extraia substâncias minerais úteis, por processo rudimentar e individual
de mineração, garimpagem, faiscação ou cata, denominar-se-á, genèricamente, garimpeiro.
Art. 110. A garimpagem, a faiscação ou a cata, dependem de permissão do Govêrno Federal, não
cabendo outro ônus ao garimpeiro senão o pagamento da menor taxa remuneratória cobrada pelas
exatorias federais ao que pretender executar êsses trabalhos.
§ 1º A permissão constará da matrícula do garimpeiro, renovada anualmente nas exatorias federais dos
municípios onde forem realizados êsses trabalhos e será válida sòmente para a região jurisdicionada
pela respectiva exatoria que a concedeu.
§ 2º A matrícula, que é pessoal será feita a requerimento verbal do interessado e registrada em livro
próprio da Exatoria Federal, mediante apresentação do comprovante de quitação do impôsto sindical
e o pagamento da taxa remuneratória cobrada pela Exatoria.
§ 3º Ao garimpeiro matriculado será fornecido Certificado de Matrícula, do qual constará seu retrato,
nome, nacionalidade e enderêço, e que valerá como documento oficial para o exercício da atividade
na zona nêle especificada.
§ 4º Será apreendido o material de garimpagem, faiscação ou cata, quando o garimpeiro não possuir o
necessário Certificado de Matrícula, sendo o produto vendido em hasta pública e recolhido ao Banco
do Brasil S.A., à conta do "Fundo Nacional de Mineração - Parte Disponível."
Art. 111. As permissões para garimpagem, faiscação ou cata, em terras ou águas de domínio privado,
dependem de consentimento prévio do proprietário do solo.
Parágrafo único. A contribuição do garimpeiro ajustada com o proprietário do solo para fazer
garimpagem, faiscação ou cata, não poderá exceder o dízimo do valor do impôsto único que fôr
arrecadado pela Exatoria Federal ou estabelecimento de crédito da jurisdição local, referente à
substância encontrada.
Art. 112. A autorização de pesquisa, obtida por outrem, não interrompe o trabalho do garimpeiro
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matriculado e localizado na respectiva área, salvo quando comprovados os efetivos transtornos que
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Parágrafo único. Concedida a lavra, cessarão os trabalhos de garimpagem, faiscação ou cata.
Art. 113. Por motivo de ordem pública, ou de malbaratamento de determinada riqueza mineral, poderá
o Ministro das Minas e Energia, por proposta do Diretor-Geral do D.N.P.M., determinar o
fechamento de certas áreas às atividades de garimpagem, faiscação ou cata, ou excluir destas a extração
de determinados minerais.
CAPÍTULO XVIII
Art. 114. Compete ao D.N.P.M. a execução dêste Regulamento, bem como a fiscalização das
atividades concernentes à mineração, ao comércio e à industrialização das matérias, primas minerais.
§ 1º A execução e fiscalização referidas neste artigo não abrangem as jazidas da Classe V, as quais se
incluem na competência do Conselho Nacional do Petróleo (C.N.P.), na forma da legislação específica.
§ 2º Visando à perfeita coordenação entre todos os Órgãos que executam e (ou) fiscalizam a política
de mineração, em território nacional, caberá à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ao
Conselho Nacional de Petróleo (CNP) e à Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima (PETROBRÁS),
manter o Departamento Nacional de Produção Mineral (D.N.P.M.), informado a respeito das áreas
em que desenvolvam suas atividades, do mesmo modo, caberá ao D.N.P.M. solicitar parecer a cada
um daquêles Órgãos quanto a possíveis interferências em áreas de interesse para suas atividades
específicas.
Art. 115. As pessoas, naturais ou jurídicas, que exerçam atividades de pesquisa, lavra, beneficiamento
distribuição, consumo ou industrialização de reservas minerais, são obrigadas a facilitar aos agentes
do D.N.P.M. a inspeção de instalações equipamentos e trabalhos, bem como fornecer-lhes
informações sôbre:
Art. 116. Caberá ao D.N.P.M. dirimir dúvidas sôbre a classificação e especificação das jazidas,
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Art. 117. Será obrigatória a audiência prévia do D.N.P.M. sempre que o Governo Federal tratar de
qualquer assunto referente à matéria-prima mineral ou ao seu produto.
Art. 118. Caberá ao D.N.P.M. fixar em ato interno, e de conhecimento público, os prazos de
tramitação dos processos, tendo em vista o interêsse e a conveniência de seu rápido andamento e final
conclusão.
CAPÍTULO XIX
Livro A - "Registro das Jazidas e Minas Conhecidas", de inscrição das jazidas e minas manifestadas de
acôrdo com o art. 10 do Decreto número 24.642, de 10 de julho de 1934, e a Lei número 94, de 10 de
setembro de 1935;
Livro B - "Registro dos Alvarás de Pesquisa", de transcrição dos respectivos títulos de autorização;
Livro C - "Registro dos Decretos de Lavra", de transcrição dos respectivos títulos de concessão;
Livro D - "Registro das Emprêsas de Mineração", de transcrição dos respectivos títulos de autorização
para funcionar;
Livro E - "Registro dos Grupamentos Mineiros", de transcrição dos respectivos atos de autorização;
CAPÍTULO XX
Art. 120. Em zona declarada Reserva Nacional de determinada substância mineral ou em áreas
específicas objeto de pesquisa ou lavra sob regime de monopólio, o Govêrno poderá, mediante
condições especiais condizentes com os interêsses da União e da economia nacional, outorgar
autorização de pesquisa, ou concessão de lavra de outra substância mineral, quando os trabalhos
relativos à autorização ou concessão forem compatíveis e independentes dos relativos à substância da
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Reserva ou do monopólio.
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§ 1º Tratando-se de Reserva Nacional a pesquisa ou lavra de outra substância mineral sòmente será
autorizada ou concedida nas condições especiais estabelecidas pelo Ministro das Minas e Energia,
ouvidos, previamente, os órgãos governamentais interessados.
§ 4º O direito de prioridade de que trata o Capítulo IV dêste Regulamentos, não se aplica às hipóteses
previstas neste artigo, cabendo ao Govêrno outorgar a autorização ou a concessão tendo em vista os
interêsses da União e da economia nacional.
Art. 121. A autorização de pesquisa, requerida por terceiro em área sujeita a licenciamento, sòmente
será outorgada se ficar comprovada a não exploração da jazida licenciada ou o aproveitamento das
substâncias minerais em desacôrdo com a utilização e destinação referidas no art. 13 dêste
Regulamento, ou, ainda, a falta de pagamento durante seis meses consecutivos, do impôsto único
sôbre minerais.
Art. 122. A propositura de qualquer ação ou medida judicial não poderá impedir o prosseguimento
dos trabalhos da pesquisa ou lavra.
Parágrafo único. Instaurada a instância judicial, será processada a necessária vistoria "ad perpetuam
rei memoriam", a fim de evitar-se solução de continuidade dos trabalhos em realização.
Art. 123. Correrá por conta dos requerentes a publicação no Diário Oficial da União dos decretos de
lavra e de autorização de Consórcio de Mineração, dos alvarás, bem como das autorizações e
permissões outorgadas pelo D.N.P.M.
Parágrafo único. A publicação de editais em jornais particulares, promovida pelos interessados correrá
por sua conta, devendo ser enviado o respectivo exemplar ao D.N.P.M., para anexação ao processo.
Art. 124. O comércio no mercado interno ou externo, de pedras preciosas, de metais nobres e de
outros minerais a serem especificados, fica sujeito a registro especial, nos têrmos de regulamento a ser
baixado pelo Govêrno Federal.
Parágrafo único. O comércio referido neste artigo ficará sob a jurisdição dos seguintes Ministérios:
Art. 126. Os atuais titulares de licenciamento terão o prazo de 1 (hum) ano contado da vigência dêste
Regulamento, para requerer o registro de suas licenças do D.N.P.M., (parágrafo único do art. 11 e §
1º do art. 13).
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O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Os depósitos fossilíferos são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes
fosseis depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral,
do Ministério da Agricultura.
GETULIO VARGAS.
Apolonio Salles. 89
Página
DECRETA:
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente
captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das
águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.
§ 1º A presente lei estabelece nos Capítulos VII e VIII os característicos de composição e propriedades
para classificação como água mineral pela imediata atribuição de ação medicamentosa.
§ 2º Poderão ser, também, classificadas como minerais, águas que, mesmo sem atingir os limites da
classsificação estabelecida nos Capítulos VII e VIII possuam inconteste e comprovada ação
medicamentosa.
§ 3º A ação medicamentosa referida no parágrafo anterior das águas que não atinjam os limites da
classificação estabelecida nos Capítulos VII e VIII, deverá ser comprovada no local, mediante
observações repetidas, estatísticas completas, documentos de ordem clínica e de laboratório, a cargo
de médicos crenologistas, sujeitas as observações à fiscalização e aprovação da Comissão Permanente
de Crenologia definida no art. 2º desta lei.
Art. 2º Para colaborar no fiel cumprimento desta lei, fica criada a Comissão Permanente de Crenologia,
diretamente subordinada ao Ministro da Agricultura.
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Presidente da República; um dos membros será escolhido entre o pessoal do órgão técnico
especializado do D.N.P.M.
Art. 3º Serão denominadas "águas potáveis de mesa" as águas de composição normal provenientes de
fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que preencham tão sòmente as condições de
potabilidade para a região.
Art. 4º O aproveitamento comercial das fontes de águas minerais ou de mesa, quer situadas em
terrenos de domínio público, quer do domínio particular, far-se-á pelo regime de autorizações
sucessivas de pesquisa e lavra instituído pelo Código de Minas, observadas as disposições especiais da
presente lei.
Parágrafo único. O aproveitamento comercial das águas de mesa é reservado aos proprietários do
solo.
CAPÍTULO II
DA AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
Art. 5º A pesquisa de água mineral, termal, gasosa, de mesa ou destinada a fins balneários, será regulada
pelo disposto no Capítulo II do Código de Minas, ressalvadas as disposições especiais desta lei.
Art. 6º Por pesquisa de uma fonte de água mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou destinada a fins
balneários, entendem-se todos os trabalhos necessários ao conhecimento do valor econômico da fonte
e de seu valor terapêutico, quando existente, abrangendo, no mínimo:
I. O estudo geológico da emergência, compreendendo uma área cuja extensão seja suficiente para
esclarecer as relações existentes entre as fontes e os acidentes geológicos locais, permitindo formar-se
juízo sôbre as condições de emergência no sentido de ser fixado criteriosamente o plano racional de
captação.
II. O estudo analítico das águas e dos seus gases espontâneos, quando existentes, do ponto de vista
de suas características químicas, físico-químicas e bacteriológicas.
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Parágrafo único. O estudo das águas constará no mínimo dos seguintes dados:
Página
I. Pressão osmótica e grau crioscópico, condutividade elétrica, concentração iônica e hidrogênio, teor
em radônio e torônio da água e dos seus gases espontâneos; temperatura e vasão.
II. Análise química compelta da água e dos gases dissolvidos, assim como sua classificação de acôrdo
com as normais adotadas na presente lei.
Art. 7º As análises químicas e determinações dos demais dados a que se refere o artigo precedente
serão repetidas em analises completas ou de elementos característicos no mínimo, duas vêzes num
ano, ou tantas vêzes quantas o D.N.P.M. julgar conveniente, até ficar comprovado possuir a água da
fonte uma composição química regularmente definida, antes de se poder considerar, satisfatòriamente
terminada a pesquisa autorizada.
CAPITULO III
DA AUTORIZAÇÃO DE LAVRA
Art. 8º A lavra de uma fonte de água mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou destinada a fins
balneários será, regulada pelo disposto no Capítulo III do Código de Minas, ressalvadas as disposições
especiais da presente lei.
Art. 9º Por lavra de uma fonte de água mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou destinada a fins
balneários, entendem-se todos os trabalhos e atividades de captação, condução, distribuição e
aproveitamento das águas.
Art. 10. A lavra de uma fonte de água mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou destinada a fins
balneários, será, solicitada ao Ministro da Agricultura em requerimento, no qual, além da observação
dos dispositivos do Capítulo III do Código de Minas, figure :
I. Certificado de análise química física, físico, química e bacteriológica da água, firmado pelo órgão
técnico do D.N.P.M. e certidão da aprovação do seu relatório de pesquisa.
II. No caso das águas minerais que não atingirem os limites constantes dos Capítulos VII e VIII da
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presente lei, além dos dados mencionados na alínea anterior, relação dos trabalhos submetidos à
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proveniente da fonte, bem como certidão do parecer favorável desta Comissão para sua classificação
como mineral.
III. Uma planta em duas vias indicando a situação exata das fontes e o esbôço geológico dos arredores,
com os necessários cortes geológicos, esclarecendo as condições de emergência das fontes.
IV. Plantas e desenhos complementares, em duas vias, com memória justificativa dos planos e
processos adotados para captação e proteção das fontes, condução e distribuição das águas, além de
dados sôbre vasão e temperatura das fontes.
V. Plantas e desenhos complementares, em duas vias, relativas ao projeto de instalação para utilização
das águas, em tôdas as suas modalidades, incluindo reservatório, maquinaria, aparelhamento balneário
e hidroterático, etc.
Art. 11. O D.N.P.M. ao processar um pedido de autorização de lavra de fonte, poderá, ouvir, quando
julgar conveniente, a Comissão permanente de Crenologia.
Art. 12. As fontes de água mineral, termal ou gasosa, em exploração regular, poderá ser assinalado,
por decreto, um perímetro de proteção, sujeito a modificações posteriores se novas circunstâncias o
exigirem.
Art. 13. Nenhuma sondagem ou qualquer outro trabalho subterrâneo poderá ser praticado no
perimetro de proteção de uma fonte, sem autorização prévia do D.N.P.M.
§ 1º No caso de fossas, cisterna, pequenas galerias para extração de material e outros fins, fundações
de casas e outros trabalhos a céu aberto o decreto que fixar o perímetro de proteção, imporá, aos
proprietários obrigação de obterem, com uma antecedência de 90 dias, uma autorização do D.N.P.M.
para tal fim.
§ 2º Os trabalhos empreendidos no Perímetro de proteção de uma fonte poderão ser interditados pelo
D.N.P.M. mediante solicitação do concessionário, quando forem julgadas procedentes as alegações.
Art. 14. O D.N.P.M., a pedido de concessionário e após exame pericial realizado por técnicos que
designar, poderá determinar a suspensão de sondagens ou trabalhos subterrâneos executados fora do
perímetro de proteção, desde que sejam êles julgados suscetíveis de prejudicar uma fonte.
Art. 15. Quando a ocupação de um terreno compreendido num perímetro de proteção privar o
proprietário de seu uso por período superior a um mês, ou quando, depois dos trabalhos executados,
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o terreno se tornar impróprio para o uso ao qual era destinado anteriormente, poderá o seu
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proprietário exigir do concessionário da fonte, pelo terreno ocupado ou desnaturado, uma indenização
que será regulada nas formas previstas em lei.
Parágrafo único. As indenizações devidas pelo concessionário da fonte não poderão exceder o
montante dos prejuízos materiais que sofrer o proprietário do terreno, assim como o preço dos
trabalhos inutilizados, acrescido da importância necessária para o restabelecimento das condições
primitivas, acrescentada uma parcela correspondente aos lucros cessantes.
Art. 16. A destruição ou a execução dos trabalhos em terrenos de outrem para proteção da fonte só
poderá ter início depois da prestação de uma caução, cujo montante será fixado pela autoridade
competente, mediante arbitramento ou acôrdo entre as partes; essa quantia servirá, de garantia para o
pagamento das indenizações devidas.
Art. 17. Em caso de oposição do órgão técnico competente do D.N. P, M., o concessionário só poderá
realizar trabalhos nas fontes, após introduzir em seus projetos as alterações julgadas necessárias.
Parágrafo único. Na falta de decisão do D.N.P.M. por período superior a três meses, o concessionário
poderá executar os trabalhos projetados independente de autorização, depois de comunicação àquele
Departamento.
Art. 18. Quando o aproveitamento de uma fonte estiver sendo feito de modo a comprometê-la, ou
estiver em desacôrdo com as condições técnicas e higiênicas estabelecidas na presente lei, poderá ela
ser interditada, até que sejam resabelecidas condições satisfatórias de exploração.
CAPÍTULO IV
Art. 19. A instalação ou funcionamento de uma estância hidromineral, por parte de um titular de lavra
de fonte, exige a satisfação dos seguintes requisitos mínimos, a critério do órgão competente do
D.N.P.M.
II. Construção ou existência de hotéis ou sanatórios com instalações higiênicas convenientes, providas
de serviço culinário apto a atender às indicações dietéticas.
IV. Existência de laboratório para realização de exames bacteriológicos periódicos para verificação da
pureza das águas em exploração ou contrato de tais serviços com organização idônea, a juízo do
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D.N.P.M.V. Existência de um pôsto meteorológico destinado à obtenção das condições climáticas
locais.
VI. Organização das fichas sanitárias dos funcionários das estâncias e dos hotéis, renovadas pelo
menos cada seis meses.
VII. No caso de a água ser entregue engarrafada ao consumo, além dos requisitos especiais
determinados para cada caso pelo órgão competente do D.N.P.M., será, no mínimo exigida, na
instalação de engarrafamento, a existência de uma máquina engarrafadora automática ou semi-
automática e de uma máquina ou dispositivo destinado à lavagem do vasilhame durante o tempo
necessário, com uma solução de soda cáustica a 10º Baumé aquecida a 60º C ou um outro processo
ou dispositivo aprovado pelo D.N.P.M., que assegure esterilização do vasilhame.
Art. 20. Às emprêsas que exploram água potável de mesa ou engarrafam águas minerais, serão
aplicadas as exigências das alíneas IV, VI e VII do artigo precedente.
Art. 21. As emprêsas que aproveitam as águas minerais para preparo de sais medicinais estarão sujeitas
a tôdas as exigências gerais desta lei e mais às prescrições específicas que a Comissão permanente de
Crenologia determinar para cada caso.
Art. 22. As estâncias serão classificadas pela Comissão Permanente de Crenologia em três grupos,
segundo a qualidade de suas instalações.
CAPÍTULO V
Art. 23. A fiscalização da exploração, em todos os seus aspectos, de águas minerais, termais, gasosas
e potáveis de mesa, engarrafadas ou destinadas a fins balneários, será exercida pelo D.N.P.M., através
do seu órgão técnico especializado.
Art. 24. As autoridades sanitárias e administrativas federais, estaduais e municipais, deverão auxiliar e
assistir o D.N.P.M. em tudo que fôr necessário ao fiel cumprimento desta lei.
Parágrafo único. O D.N.P.M. comunicará às autoridades estaduais e municipais, qualquer decisão que
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CAPÍTULO VI
Art. 25. Só será permitida a exploração comercial de água (mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou
destinada a fins balneários) quando préviamente analisada no D.N.P.M. e após expedição do decreto
de autorização de lavra.
Art. 26. Não poderão ser exploradas comercialmente, para quaisquer fins, as fontes sujeitas à influência
de águas superficiais e por conseguinte suscetíveis de poluição.
Art. 27. Em cada fonte em exploração regular, além da determinação mensal da descarga e de certas
propriedades físicas e físico-químicas, será exigida a realização de análises químicas periódicas, parciais
ou completas, e, no mínimo, uma análise completa de três em três anos, para verificação de sua
composição.
Parágrafo único. Em relação às qualidades higiênicas das fontes serão exigidos, no mínimo, quatro
exames bacteriológicos por ano, um a cada trimestre, podendo, entretanto, a repartição fiscalizadora
exigir as análises bacteriológicas que julgar necessárias para garantir a pureza da água da fonte e da
água engarrafada ou embalada em plástico. (Redação dada pela Lei nº 6.726, de 1979)
Art. 28. Uma vez classificada a água pelo D.N.P.M., será proibido o emprêgo no comércio ou na
publicidade da água, de qualquer designação suscetível de causar confusão ao con(ilegível), quanto à
fonte ou procedência, sob pena de interdição.
Art. 29. Fica criado o rótulo padrão sujeito à aprovação do D.N.P.M., devendo as águas engarrafadas
indicar no mesmo:
I. Nome da fonte.
III. Localidade.
V. Nome do concessionário.
§ 2º Ê obrigatória a notificação da adição de gás carbônico às águas engarrafadas, quando êste não
provenha da fonte; essas águas estão sujeitas às següintes especificações, sem prejuizo das outras
exigências constantes desta lei :
I. As águas minerais deverão declarar no rótulo, em local visivel, "Agua Mineral gaseificada
artificialmente".
II. As águas potáveis de mesa deverão declarar no rótulo, em local visível, "Agua potável de mesa
gaseificada artificialmente".
Art. 30. Os recipientes destinados ao engarrafamento da água para o consumo deverão ser de vidro
transparente, de paredes internas lisas, fundo plano e ângulos internos arredondados, e com fêcho
inviolável, resistente a choques, aprovados pelo D.N.P.M.
Art. 31. Constituirá motivo para interdição, apreensão do estoque e multa, além de qualquer infração
aos dispositivos da presente lei:
I. Expor à venda, ao consumo ou à utilização, água, cuja exploração não tenha sido legalmente
autorizada por decreto de lavra.
II. Utilizar rótulo com dizeres diversos dos aprovados pelo D.N.P.M.
IV. Expor à venda ou utilizar água em condições higiênicas impróprias para o consumo.
§ 1º Para efeito da interdição, apreensão e multa de que trata o presente artigo, o órgão técnico
competente do D.N.P.M. poderá, a seu critério, tomar as seguintes medidas, além de outras previstas
na presente lei:
II. Inabilitação do concessionário para adquirir selos de consumo enquanto durar a interdição.
III. Apreensão de guias e selos de consumo, em poder do interessado no momento da interdição que
serão conservados em custódia até a regularização da situação, para abertura da fonte ou interdição
definitiva.
§ 2º A multa a que se refere êste artigo será de Cr$ 5.000,00 a 20.000,00, sendo o infrator intimado a
recolher aos cofres públicos a importância respectiva, que será elevada ao dôbro no caso de
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Art. 32. As disposições da presente lei aplicam-se igualmente ás águas nacionais utilizadas dentro do
país e às que devam ser exportadas.
Art. 33. As águas minerais de procedência estrangeira só poderão ser expostas ao consumo, após
cumprimento, no que lhes fôr aplicável a juízo do D.N.P.M., das disposições sôbre comércio das águas
minerais nacionais estabelecidas na presente lei.
Art. 34. As soluções salinas artificiais, quando vendidas em garrafas ou outros vasilhames, deverão
trazer sôbre o rótulo em lugar bem visível, a denominação "solução salina artificial".
CAPÍTULO VII
Art. 35. As águas minerais serão classificadas, quanto á composição química em:
I. Oligominerais, quando, apesar de não atingirem os limites estabelecidos neste artigo, forem
classificadas como minerais pelo disposto nos §§ 2º e 3º do art. 1º da presente lei.
II. Radíferas, quando contiverem substâncias radioativas dissolvidas que lhes atribuam radioatividade
permanente.
III. Alcalino-bicarbonatadas, as que contiverem, por litro, uma quantidade de compostos alcalinos
equivalente, no mínimo, a 0,200 g de bicarbonato de sódio.
IV. Alcalino-terrosas as que contiverem, por litro, ums quantidade de compostos alcalino-terrosos
equivalente no mínimo a 0,120 g do carbonato de cálcio, distinguindo-se:
a) alcalino-terrosas cálcicas, as que contiverem, por litro, no mínimo 0,048 g de cationte Ca, sob a
forma do bicarbonato de cálcio;
b) alcalino-terrosas magnesianas, as que contiverem, por litro, no mínimo, 0,30 g de cationte Mg, sob
a forma de bicarbonato de magnésio.
V. Sulfatadas, as que contiverem, por litro, no mínimo 0,100 g do. anionte SO, combinado aos
cationtes Na, K e Mg.
VII. Nitratadas, as que contiverem, por litro, no minimo 0,100 g do anionte NO, de origem mineral.
VII. Cloretadas, as que contiverem, por litro, no mínimo 0,500 g do ClNa (cloreto de sódio).
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IX. Ferruginosas, as que contiverem, por litro, no mínimo 0,500 g do cationte Fe.
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a) fracamente radioativas, as que apresentarem, no mínimo, um teor em radônio compreendido entre
cinco e dez unidades Mache, por litro, a 20º C e 760 mm de Hg de pressão;
b) radioativas, as que apresentarem um teor em radônio compreendido entre dez e 50 unidades Mache
por 1itro, a 20º C e 760 mm de Hg de pressão;
c) fortemente radioativas, as que possuirem um teor em radônio superior a 50 unidades Mache, por
litro, a 20º C e 760 mm de Hg de pressão.
XII. Carbogasosas, as que contiverem, por litro, 200 ml de gás carbônico livre dissolvido, a 20º C e
760 mm de Hg de pressão.
§ 1º As águas minerais deverão ser classificadas pelo D.N.P.M. de acôrdo com o elemento
predominante, podendo ter classificação mista as que acusarem na sua composição mais de um
elemento digno de nota, bem como as que contiverem iontes ou substâncias raras dignas de notas
(águas iodadas, arseniadas, litinadas etc.).
§ 2º As águas das classes VII (nitratadas) e VII (cloretadas) só serão consideradas minerais quando
possuírem uma ação medicamentosa definida, comprovada conforme o § 3º do art. 1º da presente lei.
CAPÍTULO VIII
Art. 36. As fontes de água mineral serão classificadas, além do critério químico, pelo seguinte:
I. Fontes radioativas:
a) fracamente radioativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de um litro por minuto
(l.p.m.) com um teor em radônio compreendido entre cinco e dez unidades Mache, por litro de gás
espontâneo, a 20º C e 760 mm de Hg de pressão;
b) radioativas, as que apresentarem no mínimo, uma vazão gasosa de 1 l.p.m., com um teor
compreendido entre dez e 50 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20º C e 760 mm de Hg
de pressão;
c) fortemente radioativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 l.p.m., com teor
em radônio superior a 50 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20º C e 760 mm de Hg de
pressão.
II. Fontes toriativas as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 1.p.m., com um teor em
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torônio na emergência equivalente em unidades eletrostáticas a duas unidades Mache por litro.
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III. Fontes sulfurosas as que possuírem na emergência desprendimento definido de gás sulfidrico.
II. Fontes hipotermais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 25 e 33º C.
III. Fontes m(ilegível)armais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 33 e 36º C.
IV. Fontes isotermais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 36 e 38º C.
CAPÍTULO IX
DA TRIBUTAÇÃO
CAPÍTULO X
Art. 38. Logo após a promulgação da presente lei, tôdas as empresas que exploram água mineral,
termal, gasosa, potável de mesa ou destinada a fins balneários, deverão realizar novos estudos de suas
fontes, os quais deverão estar terminados no prazo máximo de dois anos.
Parágrafo único. Êstes estudos serão realizados segundo os dispositivos da presente lei, pelo órgão
técnico competente do D.N.P.M., de acôrdo com as normas estabelecidas pelo regimento em vigor.
Art. 39. Tôdas as emprêsas que exploram água mineral, termal, gasosa, de mesa ou destinada a fins
balneários deverão, dentro do prazo de um ano de vigência desta lei, estar rigidamente enquadradas
nos seus dispositivos e nos do Código de Minas.
Art. 40. O D.N.P.M. deverá proceder, de acôrdo com os dispositivos desta lei, à classificação de tôdas
as fontes em exploração, no prazo máximo de dois anos, prorrogável a juízo do Ministro da
Agricultura.
Parágrafo único. Será mantida a classificação de mineral para as águas em exploração regular diante
do Código de Minas e cujos característicos químicos e físico-químicos satisfaçam aos limites de
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Art. 41. O Governo expedirá oportunamente uma lei concedendo favores às estâncias hidrominerais.
Parágrafo único. Dentro de seis meses, a partir da publicação desta lei, o D.N.P.M. apresentará ao
Govêrno um anteprojeto regulando o assunto e as normas para classificação das estâncias segundo a
qualidade de suas instalações.
Art. 42. Até que a Comissão Permanente de Crenologia organize um regulamento geral para
exploração das estâncias, nenhuma pessoa poderá fazer uso continuado das fontes hidrominerais,
ainda mesmo a títuto de repouso ou de turismo, sem a devida autorização médica.
Art. 43. Fica proibido o uso endovenoso de água mineral, em natureza, enquanto não ficar provada,
em cada caso, a sua inocuidade para os pacientes, a juízo da Comissão Permanente de Crenologia.
I. Além das atribuições já fixadas em lei, manter os laboratórios e gabinetes técnicos e científicos
necessários ao estudo das águas minerais sob seu aspecto químico, físico, físico-químico, farmaco-
dinâmico e dos demais elementos terapêuticos para orientação científica das suas aplicações clínicas.
II. Fixar, mediante ampla colaboração com os interessados, os métodos de análises químicas e
bacteriológicas, tendo em vista a uniformização dos resultados.
Art. 45. À requisição do concessionário, ou desde que seja julgada de interêsse público, o D.N.P.M.
poderá prestar assistência técnica aos trabalhos previstos nos capítulos II e III desta lei, mediante
indenização pelas despesas, relativas à assistência prestada ou pagamento de uma importância
acordada prèviamente.
Art. 46. Dentro de seis meses a partir da data de sua constituição, a Comissão Permanente de
Crenologia, proporã, ao Govêrno a regulamentação da presente lei.
Parágrafo único. Os assuntos tratados no art. 29 e seus parágrafos e no art. 30 poderão ser objeto de
modificação pela regulamentação a ser expedida oportunamente.
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Art. 47. Fica incluída na classe XI de que trata o art. 3º do Código de Minas, a categoria de águas de
mesa.
Art. 48. Esta lei consolida todos os dispositivos legais sôbre águas minerais e águas potáveis de mesa.
GETULIO VARGAS
Apolonio Sales
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Art. 1º. Poderão ser aproveitados pelo regime de licenciamento, ou de autorização e concessão, na
forma da lei: (Redação dada pela Lei nº 8.982, de 1995)
I - areias, cascalhos e saibros para utilização imediata na construção civil, no preparo de agregados e
argamassas, desde que não sejam submetidos a processo industrial de beneficiamento, nem se
destinem como matéria-prima à indústria de transformação; (Incluído pela Lei nº 8.982, de 1995)
II - rochas e outras substâncias minerais, quando aparelhadas para paralelepípedos, guias, sarjetas,
moirões e afins; (Incluído pela Lei nº 8.982, de 1995)
III - argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha; (Incluído pela Lei nº 8.982, de 1995)
IV - rochas, quando britadas para uso imediato na construção civil e os calcários empregados como
corretivo de solo na agricultura. (Incluído pela Lei nº 8.982, de 1995)
Parágrafo único. O aproveitamento das substâncias minerais referidas neste artigo fica adstrito à área
máxima de cinqüenta hectares. (Incluído pela Lei nº 8.982, de 1995)
Art. 3º. O licenciamento depende da obtenção, pelo interessado, de licença específica, expedida pela
autoridade administrativa local, no município de situação da jazida, e da efetivação do competente
registro no Departamento Nacional da Produção Mineral (D.N.P.M.), do Ministério das Minas e
Energia, mediante requerimento cujo processamento será disciplinado em portaria do Diretor-Geral
desse órgão, a ser expedida no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação desta Lei.
jurídica de direito público, o licenciamento ficará sujeito ao prévio assentimento desta e, se for o caso,
à audiência da autoridade federal sob cuja jurisdição se achar o imóvel, na forma da legislação
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específica.
Art. 5º. Da instrução do requerimento de registro da licença deverá constar, dentre outros elementos,
a comprovação da nacionalidade brasileira do interessado, pessoa natural, ou registro da sociedade no
órgão de registro de comércio de sua sede, se se tratar de pessoa jurídica, bem assim da inscrição do
requerente no órgão próprio do Ministério da Fazenda, como contribuinte do imposto único sobre
minerais, e memorial descritivo da área objetivada na licença.
Art. 6º. Será autorizado pelo Diretor-Geral do D.N.P.M. e efetuado em livro próprio o registro da
licença, do qual se formalizará extrato a ser publicado no Diário Oficial da União, valendo como título
do licenciamento.
Parágrafo único - Incumbe à autoridade municipal exercer vigilância para assegurar que o
aproveitamento da substância mineral só se efetive depois de apresentado ao órgão local competente
o título de licenciamento de que trata este artigo.
§ 2º - O plano de pesquisa pertinente deverá abranger as novas substâncias minerais ocorrentes, bem
como as constantes do título de licenciamento, com a finalidade de determinar-se o potencial
econômico da área.
§ 3º - Decorrido o prazo fixado no § 1º, sem que haja o licenciado formulado requerimento de
autorização de pesquisa, será determinado a cancelamento do registro da licença, por ato do Diretor-
Geral do D.N.P.M., publicado no Diário Oficial da União.
§ 4º - O aproveitamento de substância mineral, de que trata o art. 1º, não constante do título de
licenciamento, dependerá da obtenção, pelo interessado, de nova licença e da efetivação de sua
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Art. 8º. A critério do D.N.P.M., poderá ser exigida a apresentação de plano de aproveitamento
econômico da jazida, observado o disposto no art. 39 do Código de Mineração.
Parágrafo único - Na hipótese prevista neste artigo, aplicar-se-á ao titular do licenciamento o disposto
no art. 47 do Código de Mineração.
Art. 9º. O titular do licenciamento é obrigado a apresentar ao D.N.P.M., até 31 de março de cada ano,
relatório simplificado das atividades desenvolvidas no ano anterior, consoante for estabelecido em
portaria do Diretor-Geral desse órgão.
Art. 10. Será ainda determinado o cancelamento do registro de licença, por ato do Diretor-Geral do
D.N.P.M., publicado no Diário Oficial da União, nos casos de:
II - suspensão, sem motivo justificado, dos trabalhos de extração, por prazo superior a 6 (seis) meses;
III - aproveitamento de substâncias minerais não abrangidas pelo licenciamento, após advertência.
§ 2º É vedado ao proprietário do solo, titular do licenciamento cujo registro haja sido cancelado,
habilitar-se ao aproveitamento da jazida na forma do parágrafo anterior.
Art. 11. O titular do licenciamento obtido nas circunstâncias de que trata o § 1º do artigo anterior é
obrigado a pagar ao proprietário do solo renda pela ocupação do terreno e indenização pelos danos
ocasionados ao imóvel, em decorrência do aproveitamento da jazida, observado, no que couber, o
disposto no art. 27 do Código de Mineração.
Art. 14. Nos processos referentes a requerimentos de registro de licença, pendentes de decisão, os
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interessados deverão recolher, no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da entrada em vigor desta Lei,
os emolumentos pertinentes, nos termos do art. 4º, e apresentar ao D.N.P.M., dentro do mesmo
prazo, o respectivo comprovante, sob pena do indeferimento do pedido.
Art. 15. O item II do art. 22 (VETADO) do Decreto-lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, alterado
pelo Decreto-lei nº 318, de 14 de março de 1967 e pela lei nº 6.403, de 15 de dezembro de 1976,
passam a vigorar com a seguinte redação:
Item II - A autorização valerá por 3 (três) anos podendo ser renovada por mais
tempo, a critério do D.N.P.M. e considerando a região da pesquisa e tipo do
minério pesquisado, mediante requerimento do interessado, protocolizado até
60 (sessenta) dias antes de expirar-se o prazo de autorização, observadas as
seguintes condições:
ERNESTO GEISEL
Shigeaki Ueki
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 1º. É considerada área indispensável à Segurança Nacional a faixa interna de 150 Km (cento e
cinqüenta quilômetros) de largura, paralela à linha divisória terrestre do território nacional, que será
designada como Faixa de Fronteira.
Art. 2º. Salvo com o assentimento prévio do Conselho de Segurança Nacional, será vedada, na Faixa
de Fronteira, a prática dos atos referentes a:
V - transações com imóvel rural, que impliquem a obtenção, por estrangeiro, do domínio, da posse
ou de qualquer direito real sobre o imóvel;
VI - participação, a qualquer título, de estrangeiro, pessoa natural ou jurídica, em pessoa jurídica que
seja titular de direito real sobre imóvel rural;
§ 3º. - Os pedidos de assentimento prévio serão instruídos com o parecer do órgão federal controlador
da atividade, observada a legislação pertinente em cada caso.
Art. 3º. Na faixa de Fronteira, as empresas que se dedicarem às indústrias ou atividades previstas nos
itens III e IV do artigo 2º deverão, obrigatoriamente, satisfazer às seguintes condições:
Parágrafo único - No caso de pessoa física ou empresa individual, só a brasileiro será permitido o
estabelecimento ou exploração das indústrias ou das atividades referidas neste artigo.
Art. 4º. As autoridades, entidades e serventuários públicos exigirão prova do assentimento prévio do
Conselho de Segurança Nacional para prática de qualquer ato regulado por esta lei.
Parágrafo único - Os tabeliães e Oficiais do Registro de Imóveis, bem como os servidores das Juntas
Comerciais, quando não derem fiel cumprimento ao disposto neste artigo, estarão sujeitos à multa de
até 10% (dez por cento) sobre o valor do negócio irregularmente realizado, independentemente das
sanções civis e penais cabíveis.
Art. 5º. As Juntas Comerciais não poderão arquivar ou registrar contrato social, estatuto ou ato
constitutivo de sociedade, bem como suas eventuais alterações, quando contrariarem o disposto nesta
Lei.
Art. 6º. Os atos previstos no artigo 2º., quando praticados sem o prévio assentimento do Conselho de
Segurança Nacional, serão nulos de pleno direito e sujeitarão os responsáveis à multa de até 20% (vinte
por cento) do valor declarado do negócio irregularmente realizado.
Art. 7º. Competirá à Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional solicitar, dos órgãos
competentes, a instauração de inquérito destinado a apurar as infrações às disposições desta Lei.
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Art. 8º. A alienação e a concessão de terras públicas, na faixa de Fronteira, não poderão exceder de
3000 ha (três mil hectares), sendo consideradas como uma só unidade as alienações e concessões feitas
a pessoas jurídicas que tenham administradores, ou detentores da maioria do capital comuns.
Art. 9º. Toda vez que existir interesse para a Segurança Nacional, a união poderá concorrer com o
custo, ou parte deste, para a construção de obras públicas a cargo dos Municípios total ou parcialmente
abrangidos pela Faixa de Fronteira.
Art. 10. Anualmente, o Desembargador - Corregedor da Justiça Estadual, ou magistrado por ele
indicado, realizará correção nos livros dos Tabeliães e Oficiais do Registro de Imóveis, nas comarcas
dos respectivos Estados que possuírem municípios abrangidos pelo Faixa de Fronteira, para verificar
o cumprimento desta Lei, determinando, de imediato, as providências que forem necessárias.
Parágrafo único - Nos Territórios Federais, a correção prevista neste artigo será realizada pelo
Desembargador - Corregedor da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 11. O § 3º do artigo 6º do Decreto-lei nº 1.135, de 3 de dezembro de 1970, passa a vigorar com
a seguinte redação:
"Art. 6º -......................................................................................
...................................................................................................
§ 3º. Caberá recurso ao Presidente da República dos atos de que trata o parágrafo
anterior, quando forem denegatórios ou implicarem a modificação ou cassação de
atos já praticados."
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Art. 12. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas a Lei nº 2.597, de 12 de
setembro de 1955, e demais disposições em contrário.
JOÃO B. DE FIGUEIREDO
Petrônio Portela
Danilo Venturini
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 81, item III, da
Constituição,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Este regulamento estabelece procedimentos a serem seguidos para a prática de atos que
necessitem de assentimento prévio do Conselho de Segurança Nacional (CSN), na Faixa de Fronteira,
considerada área indispensável à segurança nacional e definida pela Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979,
como a faixa interna de cento e cinqüenta (150) quilômetros de largura, paralela à linha divisória
terrestre do território nacional.
Art. 3º - Somente serão examinados pela SG/CSN os pedidos de assentimento prévio instruídos na
.forma deste regulamento.
Parágrafo único - Os pedidos serão apresentados aos órgãos federais indicados neste regulamento aos
quais incumbirá:
IV - adotar, após a decisão da SG/CSN, todas as providências cabíveis, inclusive as relativas à entrega,
ao requerente, da documentação expedida por aquela Secretaria-Geral.
§ 2º - O recurso será apresentado à SG/CSN que a submeterá, nos sessenta (60) dias seguintes ao seu
recebimento, ao Presidente da República.
CAPÍTULO II
Art. 5º - Para a alienação e a concessão de terras públicas na Faixa de Fronteira, o processo terá início
no instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Art. 6º - As empresas que desejarem adquirir terras públicas na Faixa de Fronteira deverão instruir
seus pedidos com a cópia do estatuto ao contrato social e respectivas alterações além de outros
documentos exigidos pela legislação agrária específica.
Art. 7º - Os processos para a alienação ou concessão de terras públicas na Faixa de Fronteira serão
remetidos pelo INCRA à SG/CSN, com o respectivo parecer, sendo restituídos aquela autarquia após
apreciados.
.............................................................................................................
CAPÍTULO IV
Art. 14 - Para a execução das atividades de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos
minerais, salvo aqueles de imediata aplicação na construção civil, na Faixa de Fronteira, serão
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Art. 15 - Entende-se por empresa de mineração, para os efeitos deste regulamento, a firma ou
sociedade constituída e domiciliada no País, qualquer que seja a sua forma jurídica e entre cujos
objetivos esteja o de realizar a pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento dos recursos minerais no
território nacional.
§ 1º - Os componentes da firma ou sociedade a que se refere o presente artigo podem ser pessoas
físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, mas nominalmente, representadas no ato, constitutivo
da empresa.
§ 3º - É vedada a delegação de poderes direção ou gerência a estrangeiro, ainda que por procuração
outorgada pela sociedade ou empresa individual.
Art. 16 - O assentimento prévio do CSN, para a execução das atividades de pesquisa, lavra, exploração
e aproveitamento de recursos minerais, será necessário:
Art. 17 - Nas hipóteses do artigo anterior, as empresas deverão fazer constar expressamente de seus
estatutos ou contratos sociais que:
I - pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) do capital pertencerá sempre a brasileiros;
II - o quadro de pessoal será sempre constituído de, pelo menos, 2/3 (dois terços) de trabalhadores
brasileiros; e
III - a administração ou gerência caberá sempre a maioria de brasileiros, assegurados a estes poderes
predominantes.
Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima deverão, ainda, fazer
constar em seu estatuto social que as ações representativas do capital social revestirão sempre a forma
nominativa.
Art. 18. - As empresas individuais deverão fazer constar em suas declarações de firmas que:
I - o quadro de pessoal será sempre constítuído de, pelo menos, 2/3 (dois terços) de trabalhadores
brasileiros; e
Art. 19. - As sociedades enquadradas no art. 16 deverão instruir seus pedidos com os seguintes
documentos, além dos exigidos pela legislação específica de mineração:
I - cópia dos atos constitutivos (se ainda em formação) ou cópia do estatuto, contrato social e
respectivas alterações (se empresa já constituída), em que constem as cláusulas mencionadas no art.
17;
III - prova de estarem em dia com as suas obrigações referentes ao Serviço Militar de todos os
administradores ou sócios-cotístas; e
IV - prova de estarem em dia com as suas obrigações relacionadas com a Justiça Eleitoral de todos os
administradores ou sócios-cotistas.
Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima deverão, ainda,
apresentar relação nominal, contendo a nacionalidade e número de ações de todos os acionistas.
Art. 20 - As pessoas físicas ou empresas individuais deverão instruir seus pedidos com os seguintes
documentos, além dos exigidos pela legislação específica de mineração:
I - cópia da declaração de firma, em que constem as cláusula mencionadas no art. 18, quando empresa,
individual;
III - prova de estarem em dia com as suas obrigações referentes ao Serviço Militar; e
IV - prova de estarem em dia com as suas obrigações relacionadas com a Justiça Eleitoral.
I - para empresas em formação ou para aqueIas que desejarem, pela primeira vez, executar as atividades
na Faixa de Fronteira - requerimento instruído com os documentos exigidos pela legislação específica
de mineração e os mencionados nos artigos 19 ou 20, conforme o caso, dirigido ao DNPM que, após
emitir parecer, encaminhará o respectivo processo à SG/CSN, para apreciação e posterior restituição
àquele Departamento; e
II - para empresas que já possuem o assentimento prévio para executar as atividades na Faixa de
Fronteira e que desejem efetuar alteração em seu instrumento social, para posterior registro, referente
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a alteração do objeto social; mudança do nome comercial ou endereço da sede; eleição ou substituição
de diretores na administração ou gerência; alteração nas atribuições e competências de
administradores; modificação na participação do capital social; aumento de capital social nos casos de
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emissão e/ou subscrição pública ou particular de ações; mudança na forma das ações; entrada ou
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retirada de novos acionistas; transformação, incorporação, fusão e cisão; retirada e/ou admissão de
sócios-cotistas; ou reforma total dos estatutos ou contrato social - requerimento instruído com os
documentos exigidos pela legislação específica de mineração a proposta de alteração estatutária ou
contratual e as cópias dos documentos pessoais mencionados no art. 19 dos novos administradores
ou sócios-cotistas, quando for o caso, dirigido ao DNPM, seguindo-se o processamento descrito no
Item I.
Parágrafo único - Caberá ao DNPM o encaminhamento dos atos constitutivos, instrumentos sociais
e respectivas alterações estatutárias e contratuais à empresa requerente, para posterior registro nas
Juntas Comerciais dos Estados e Territórios Federais.
.............................................................................................................
CAPÍTULO IX
Art. 42 - As Juntas Comerciais dos Estados e dos Territórios Federais exigirão prova do assentimento
prévio de CSN nos seguintes casos:
a) para inscrição dos atos constitutivos, estatutos ou contratos sociais das empresas que desejarem,
pela primeira vez, executar o serviço na Faixa de Fronteira; e
b) para inscrição das alterações nos instrumentos sociais, listadas no Item II do art. 12; e
a).para inscrição dos atos constitutivos, declarações de firma, estatutos ou contratos sociais das
empresas que desejarem, pela primeira vez, executar as atividades na Faixa de Fronteira; e
b) para inscrição das alterações nos instrumentos sociais, listadas no item II do art. 21.
Art. 43 - A abertura de filiais, agências, sucursais, postos ou quaisquer outros estabelecimentos com
poder de representação ou mandato da matriz, na Faixa de Fronteira, relacionados com a prática de
atos que necessitam do assentimento prévio, implicará o cumprimento das prescrições deste
regulamento.
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Art. 44 - Será dispensado ato formal da SG/CSN, nos casos de dissolução, liquidação ou extinção das
empresas que obtiveram o assentimento prévio para exercerem atividades na Faixa de Fronteira, na
forma deste regulamento, cabendo ao Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC)
comunicar tais ocorrências àquela Secretaria-Geral, para fins de controle.
................................................................................................................................
JOÃO FIGUEIREDO
Danilo Venturini
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 55, item I, da
Constituição,
DECRETA:
Art. 2º - A indenização a que se refere o artigo 1º consistirá no ressarcimento dos danos causados e
no pagamento de renda mensal pela ocupação da área.
§ 1º - A renda mensal pela ocupação será de valor equivalente ao lucro líquido que estiver obtendo o
proprietário ou possuidor pela utilização do imóvel, na extensão da área efetivamente ocupada.
§ 2º - Se ao imóvel não estiver sendo dada utilização econômica, a renda mensal equivalerá a 1º (um
por cento ) do seu valor cadastral para fins de lançamento de imposto.
§ 1º - Instruído o pedido com planta da área e certidão do registro imobiliário, o Juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, mandará intimar o proprietário ou possuidor para permitir o início das
atividades de prospecção, pesquisa ou lavra, requisitando, se necessário, força policial para garantí-las.
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§ 2º - No mesmo despacho, o Juiz determinará o depósito, a título de caução, do valor oferecido para
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§ 3º - Durante a execução dos trabalhos é facultado ao Juiz autorizar o levantamento de até 50%
(cinquenta por cento) do valor depositado. O saldo será levantado no final dos mesmos trabalhos,
observada a proporção dos danos ou prejuízos efetivamente causados.
Art. 4º - A resposta, que será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, só poderá versar sobre vício
do processo judicial ou sobre o valor da indenização; qualquer outra questão deverá ser decidida em
ação direta.
§ 1º - Apresentada ou não a resposta, o Juiz, sem prejuízo da realização dos trabalhos determinará
prova pericial, na forma do disposto no Código de Processo Civil.
§ 2º - Fixado por sentença o valor das indenizações, a empresa, quando for o caso, complementará o
depósito a que se refere o parágrafo 2º do artigo 3º, no prazo que lhe for determinado.
Art. 5º - A renda, fixada por acordo ou por sentença, será reajustada anualmente, a partir do 13º
(décimo terceiro) mês de sua vigência, proporcionalmente à variação do valor das Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional ou índice que legalmente o substituir.
Art. 6º - A empresa poderá, a qualquer tempo, cessar total ou parcialmente os trabalhos de prospecção,
pesquisa ou lavra, promovendo a devolução da área correspondente mediante termo de recebimento
e quitação.
Art. 7º - A propriedade onde se localiza a ocorrência mineral, bem como as limítrofes e vizinhas, ficam
sujeitas à servidão do solo e do subsolo, instituída mediante pagamento de indenização por danos e
de renda pela ocupação do terreno, apuradas na forma deste Decreto-lei.
Art. 8º - Os recursos interpostos das decisões previstas neste Decreto-lei, serão recebidos somente no
efeito devolutivo e a propositura de qualquer ação ou medida judicial não impedirá o prosseguimento
das atividades de prospecção, pesquisa e lavra.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 11 - O presente Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
JOÃO FIGUEIREDO
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O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no use das atribuições que lhe
confere o Artigo 48 do Decreto 88.351, de 1º de junho de 1983, para o efetivo exercício das
responsabilidades que lhe são atribuídas pelo § 1º do Artigo 18 do mesmo Decreto.
Art. 1º - Os fabricantes de produtos que contenham amianto (asbestos) devem imprimir em cada peça
dos mesmos, os seguintes dizeres, em caracteres bem visíveis.
“Cuidado! este produto contém fibras de amianto. Evite a geração de poeira. Respirar poeira de
Amianto pode prejudicar gravemente sua saúde. O Perigo é maior para os fumantes.”
§ 1º - Quando pelas pequenas dimensões ou outras características do produto não for possível
imprimir nos mesmos os dizeres acima, o fabricante deverá colocar essa advertência em etiqueta
individual ou impressa na embalagem de cada peça ou conjunto de peças, comunicando ao órgão
ambiental competente que avaliará a oportunidade de solicitar alguma mudança.
§ 2º - Os produtos destinados à exportação deverão ter esta comunicação redigida na língua oficial do
país, ou nos dizeres exigidos pelo país importador.
Art. 2º - Os fabricantes de produtos que contenham amianto (asbestos) em sua composição, devem
também comunicar aos consumidores intermediários e finais os cuidados atinentes à utilização destes
produtos com segurança, através de folhetos ou cartazes em cores padronizadas: vermelho, preto e
branco.
120
Página
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 3º - O não cumprimento do disposto nesta Resolução, acarretará aos infratores multa de 10 a
1.000 ONTs, aplicável em dobro nas reincidências, na forma do Artigo 14 e alíneas, da Lei 6.938 e do
Decreto 88.351, Artigo 37 e alíneas, complementado pelo Decreto nº 89.532/84.
Art. 4º - Os fabricantes terão um prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da data de publicação
desta Resolução, para implementar o estabelecido no Artigo 2º.
Parágrafo Único - Para a impressão dos dizeres estabelecidos no Artigo 1º, os fabricantes terão o
prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 5º - As penalidades aqui previstas serão aplicadas pelos órgãos ambientais dos Estados, Distrito
Federa, Territórios e, supletivamente, pela SEMA e Municípios.
Art. 6º - A SEMA apresentará à Câmara Técnica de Poluição Industrial em até cento e oitenta dias, a
partir da data de publicação desta Resolução, estudos visando a:
Parágrafo Único - O não cumprimento do disposto no caput deste artigo acarretará aos infratores as
penalidades previstas nesta Resolução.
Art. 8º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em
contrário.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 55, item II, da
Constituição,
DECRETA:
Art.1º - A mercadoria destinada à exportação fica dispensada de qualquer controle prévio à emissão
de Guia de Exportação ou documento de efeito equivalente por parte de outro órgão governamental
que não a Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S/A. - CACEX.
Parágrafo único. A dispensa de que trata este artigo não se aplica aos controles exercidos pelos órgãos
fiscalizadores dos seguintes grupos de mercadorias:
d) que contribuam para a formação do patrimônio histórico e cultural do País, nos termos do Decreto-
Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937;
JOSÉ SARNEY
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 1º Fica autorizado o Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Ciência e Tecnologia, a
criar pessoa jurídica, na forma de Instituto associado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico - CNPq, intitulado Centro de Tecnologia Mineral - CETEM, de que poderão
participar órgãos e entidades da administração direta e indireta federal, estadual e municipal, e
empresas e organismos privados, destinado a promover o desenvolvimento da tecnologia mineral e
sua assimilação pela indústria nacional, mediante o exercício, dentre outras, das seguintes atividades:
a) pelos bens e instalações atualmente utilizados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral -
DNPM, do Ministério das Minas e Energia, e pela Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais -
CPRM em atividades relacionadas com a tecnologia mineral, que o Poder Executivo fica autorizado a
transferir-lhe e cujo arrolamento e avaliação ficarão a cargo da Comissão de que trata o art. 5º desta
Lei;
Art. 4º O CETEM não terá objetivo de lucro e aplicará seus recursos integralmente na realização das
finalidades fixadas nesta Lei.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e será regulamentada no prazo de 30 (trinta)
dias.
ULYSSES GUIMARÃES
Aureliano Chaves
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o art. 84. inciso IV, da
Constituição,
DECRETA:
Art. 1° As atividades, individual ou coletiva, que realizam extração mineral em depósitos de colúvio,
elúvio ou aluvião, nos álveos (placeres) de cursos d'água ou nas margens reservadas, bem como nos
depósitos secundários, chapadas, vertentes e altos dos morros utilizando equipamentos do tipo dragas,
moinhos, balsas, pares de bombas (chupadeiras), bicas ("cobra fumando") e quaisquer outros
equipamentos que apresentem afinidades, deverão ser licenciados pelo órgão ambiental competente.
Parágrafo único. Será fixado, pelo órgão ambiental competente, prazo para o requerimento de licença
das atividades em operação.
Art. 2° É vedado o uso de mercúrio na atividade de extração de ouro, exceto em atividade licenciada
pelo órgão ambiental competente.
2º É proibido o emprego do processo de cianetação nas atividades descritas no artigo 1°, resguardado
o licenciamento do órgão ambiental competente.
Art. 3° A criação de reservas garimpeiras deverá ser condicionada a um prévio licenciamento junto ao
órgão ambiental competente.
125
Art. 4° O não cumprimento do disposto neste Decreto sujeitará o infrator à imediata interdição da
atividade, além das penalidades previstas na legislação vigente.
Página
JOSÉ SARNEY
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 84, inciso IV,
da Constituição, DECRETA:
Art. 1°. Os empreendimentos que se destinam à exploração de recursos minerais deverão, quando da
apresentação do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e do Relatório do Impacto Ambiental - RIMA,
submeter à aprovação do órgão ambiental competente, plano de recuperação de área degradada.
Parágrafo único. Para os empreendimentos já existentes, deverá ser apresentado ao órgão ambiental
competente, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da data de publicação deste
Decreto, um plano de recuperação da área degradada.
Art. 2°. Para efeito deste Decreto são considerados como degradação os processos resultantes dos
danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais
como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais.
Art. 3°. A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização,
de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade
do meio ambiente.
JOSÉ SARNEY
127
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 84, inciso IV, e
o inciso V do parágrafo único do artigo 225, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1°. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, cadastrará os
importadores, produtores e comerciantes de mercúrio metálico.
Parágrafo único. O cadastramento será feito através de requerimento dos interessados, e é condição
necessária para o exercício de suas atividades.
Produtor: o que se dedica à obtenção do mercúrio metálico nas especificações técnicas para sua
utilização;
Art. 4°. As guias de importação a serem expedidas pela Carteira do Comércio Exterior do Banco do
Brasil - CACEX, somente serão liberadas após comprovação do cadastramento do importador junto
ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 5°. Em operações de comercialização da substância mercúrio metálico, no atacado ou no varejo,
será enviado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis o
respectivo "Documento de Operações com Mercúrio Metálico".
Art. 6°. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis instruirá quanto
às condições de cadastramento, do formulário de notificação e sobre o documento de operação com
mercúrio metálico.
Art. 7°. O não cumprimento do disposto neste Decreto sujeitará o infrator às penalidades previstas
na legislação vigente.
JOSÉ SARNEY
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Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, o regime de permissão de lavra garimpeira é o
aproveitamento imediato de jazimento mineral que, por sua natureza, dimensão, localização e
utilização econômica, possa ser lavrado, independentemente de prévios trabalhos de pesquisa,
segundo critérios fixados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.
Art. 2º. A permissão de lavra garimpeira em área urbana depende de assentimento da autoridade
administrativa local, no Município de situação do jazimento mineral.
Art. 3º. A outorga da permissão de lavra garimpeira depende de prévio licenciamento ambiental
concedido pelo órgão ambiental competente.
Art. 4º. A permissão de lavra garimpeira será outorgada pelo Diretor-Geral do Departamento Nacional
de Produção Mineral - DNPM, que regulará, mediante portaria, o respectivo procedimento para
habilitação.
Art. 5º. A permissão de lavra garimpeira será outorgada a brasileiro, a cooperativa de garimpeiros,
autorizada a funcionar como empresa de mineração, sob as seguintes condições:
I - a permissão vigorará por até 5 (cinco) anos, podendo, a critério do Departamento Nacional de
Produção Mineral - DNPM, ser sucessivamente renovada;
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III - a área permissionada não poderá exceder 50 (cinqüenta) hectares, salvo quando outorgada a
cooperativa de garimpeiros.
Parágrafo único. Em caso de inobservância, pelo interessado, do prazo a que se refere o caput deste
artigo, o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM cancelará a permissão ou reduzir-
lhe-á a área.
Art. 7º. A critério do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, será admitida a
permissão de lavra garimpeira em área de manifesto de mina ou de concessão de lavra, com
autorização do titular, quando houver viabilidade técnica e econômica no aproveitamento por ambos
os regimes.
§ 2º Decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior sem que o titular haja apresentado o projeto
de pesquisa, o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM poderá conceder a permissão
de lavra garimpeira.
Art. 8º. A critério do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, será admitida a
concessão de lavra em área objeto de permissão de lavra garimpeira, com autorização do titular,
quando houver viabilidade técnica e econômica no aproveitamento por ambos os regimes.
V - evitar o extravio das águas servidas, drenar e tratar as que possam ocasionar danos a terceiros;
VIII - não suspender os trabalhos de extração por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo
motivo justificado;
X - responder pelos danos causados a terceiros, resultantes, direta ou indiretamente, dos trabalhos de
lavra.
§ 1º O não-cumprimento das obrigações referidas no caput deste artigo sujeita o infrator às sanções
de advertência e multa, previstas nos incisos I e II do art. 63 do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro
de 1967, e de cancelamento da permissão.
§ 2º A multa inicial variará de 10 (dez) a 200 (duzentas) vezes o Maior Valor de Referência - MVR,
estabelecido de acordo com o disposto no art. 2º da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, devendo as
hipóteses e os respectivos valores ser definidos em portaria do Diretor-Geral do Departamento
Nacional de Produção Mineral - DNPM.
§ 4º O disposto no § 1º deste artigo não exclui a aplicação das sanções estabelecidas na legislação
ambiental.
§ 2º O local em que ocorre a extração de minerais garimpáveis, na forma deste artigo, será
genericamente denominado garimpo.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 12. Nas áreas estabelecidas para garimpagem, os trabalhos deverão ser realizados
preferencialmente em forma associativa, com prioridade para as cooperativas de garimpeiros.
Art. 13. A criação de áreas de garimpagem fica condicionada à prévia licença do órgão ambiental
competente.
Art. 14. Fica assegurada às cooperativas de garimpeiros prioridade para obtenção de autorização ou
concessão para pesquisa e lavra nas áreas onde estejam atuando, desde que a ocupação tenha ocorrido
nos seguintes casos:
Art. 15. Cabe ao Poder Público favorecer a organização da atividade garimpeira em cooperativas,
devendo promover o controle, a segurança, a higiene, a proteção ao meio ambiente na área explorada
e a prática de melhores processos de extração e tratamento.
Art. 16. A concessão de lavras depende de prévio licenciamento do órgão ambiental competente.
Art. 17. A realização de trabalhos de pesquisa e lavra em áreas de conservação dependerá de prévia
autorização do órgão ambiental que as administre.
Art. 18. Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de
suspensão temporária ou definitiva, de acordo com parecer do órgão ambiental competente.
Art. 19. O titular de autorização de pesquisa, de permissão de lavra garimpeira, de concessão de lavra,
de licenciamento ou de manifesto de mina responde pelos danos causados ao meio ambiente.
133
Art. 20. O beneficiamento de minérios em lagos, rios e quaisquer correntes de água só poderá ser
Página
Art. 21. A realização de trabalhos de extração de substâncias minerais, sem a competente permissão,
concessão ou licença, constitui crime, sujeito a penas de reclusão de 3 (três) meses a 3 (três) anos e
multa.
Parágrafo único. Sem prejuízo da ação penal cabível, nos termos deste artigo, a extração mineral
realizada sem a competente permissão, concessão ou licença acarretará a apreensão do produto
mineral, das máquinas, veículos e equipamentos utilizados, os quais, após transitada em julgado a
sentença que condenar o infrator, serão vendidos em hasta pública e o produto da venda recolhido à
conta do Fundo Nacional de Mineração, instituído pela Lei nº 4.425, de 8 de outubro de 1964.
Art. 22. Fica extinto o regime de matrícula de que tratam o inciso III, do art. 2º, e o art. 73 do Decreto-
Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967.
Parágrafo único. Os certificados de matrícula em vigor terão validade por mais 6 (seis) meses, contados
da data de publicação desta Lei.
b) quando na faixa de fronteira, além do disposto nesta Lei, fica ainda sujeita aos critérios e condições
que venham a ser estabelecidos, nos termos do inciso III, do § 1º, do art. 91, da Constituição Federal.
Art. 24. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da
data de sua publicação.
JOSÉ SARNEY
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 1º Tornar-se-ão sem efeito, no dia 5 de outubro de 1989, e, sem exceção, na forma do art. 43 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, as autorizações de pesquisa, as concessões de lavra,
os manifestos de minas, as licenças e demais títulos atributivos de direitos minerários, caso os
respectivos trabalhos de pesquisa ou de lavra não hajam sido comprovadamente iniciados nos prazos
legais ou estejam inativos.
Art. 2º Os titulares de direitos minerários deverão comprovar, até 30 de novembro de 1989, junto ao
Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM, que os trabalhos de pesquisa ou de lavra, de
que trata o artigo anterior, foram iniciados nos prazos legais e não se encontravam inativos na data
referida no art. 1º.
Art. 3º Consideram-se inativos, para os fins desta Lei, os trabalhos de pesquisa ou lavra:
Parágrafo único. Entende-se por lavra simbólica a lavra realizada em flagrante desacordo com o plano
de aproveitamento econômico previamente aprovado e de forma incompatível com as finalidades e
condições da respectiva concessão, cuja prática possa impedir ou restringir, de alguma forma, o
aproveitamento da jazida, segundo o seu efetivo potencial econômico.
Art. 4º A comprovação de que trata o art. 2º desta Lei deverá ser efetuada, mediante protocolização
junto ao DNPM, dos seguintes elementos, conforme o caso:
135
a) relatório dos trabalhos de pesquisa realizados até 5 de outubro de 1989, acompanhado do programa
e do cronograma físico-financeiro dos trabalhos a realizar e de documentos idôneos demonstrativos
Página
das ocorrências;
b) relatório dos trabalhos de lavra realizados até 5 de outubro de 1989, acompanhado do programa e
cronograma físico-financeiro dos trabalhos a realizar, bem como dos três últimos relatórios anuais de
lavra, a que se refere o artigo 57, do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, com cópia dos
documentos demonstrativos.
Art. 5º O DNPM cancelará, ex officio, os atos vigentes na data da publicação desta Lei, que autorizem
o adiantamento ou a suspensão dos trabalhos de pesquisa ou lavra, se constatar a inexistência de
condições ou circunstâncias que justifiquem a manutenção de tais autorizações, assegurada defesa ao
interessado.
Art. 6º O DNPM fará publicar, no Diário Oficial da União, até 120 (cento e vinte) dias após a data da
publicação desta Lei, relação completa dos títulos minerários tornados sem efeito com base nesta Lei,
declarando a libertação ou a disponibilidade das respectivas áreas e assegurando defesa aos
interessados, nos termos da legislação minerária pertinente.
Parágrafo único. No prazo de até 2 (dois) anos, o DNPM, mediante edital publicado no Diário Oficial
da União, colocará em disponibilidade para pesquisa ou lavra as áreas cujos títulos foram tornados
sem efeito, por força desta Lei, fixando prazo compatível para recebimento de propostas dos
interessados.
Art. 7° O DNPM levará em conta, para os efeitos do artigo, a eventual existência da garimpagem,
respeitando, na outorga de novos títulos minerários, a prioridade das cooperativas de garimpeiros para
pesquisar e lavrar jazidas de minerais garimpáveis nas áreas onde estejam atuando e o estabelecimento
de área para o exercício da atividade de garimpagem.
Parágrafo único. Em áreas ocupadas por garimpeiro que, por ignorância ou falta de recursos, não
manifestou ao DNPM o exercício de atividades, comprovada a circunstância pelo interessado, fica
aberta, por 90 (noventa) dias da data da publicação desta Lei, a permissão para regularizar a exploração
existente.
Art. 8° Os arts. 20 e 26, do Decreto-Lei n° 227, de 28 de fevereiro de 1967, passam a vigorar com a
seguinte redação:
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
II - pelo titular da autorização de pesquisa, quando o somatório de áreas por ele
detidas ultrapassar 1000 (um mil) hectares e até a entrega do correspondente
relatório de pesquisa ao DNPM, de taxa anual para a área excedente, fixada por
hectare, no valor máximo de 10% (dez por cento) do MVR, cujos critérios, valores
específicos e condições de pagamento serão estabelecidos em portaria do Ministro
das Minas e Energia.
"Art. 26. Fica estabelecido que o DNPM deverá manter atualizado em seus registros
o somatório da extensão das áreas objeto de requerimentos de pesquisa, formulados
por uma mesma pessoa física ou jurídica.
§ 4° Para efeito do somatório de que trata o caput deste artigo, será incluída a
extensão das áreas objeto de autorização de pesquisa em vigor, outorgadas ao
requerente, pessoa física ou jurídica, observado o disposto nos §§ 1°, 2° e 3°.
III - pagar taxa anual adicional àquela prevista no inciso II do art. 20, fixada por
hectare, no valor de 50% (cinqüenta por cento) da taxa original, no terceiro ano de
vigência do alvará de autorização de pesquisa, caso o DNPM decida pela
manutenção total ou parcial da área titulada.
Art. 9° A aplicação do disposto nesta Lei não gera direito a indenização contra a União, a qualquer
título ou fundamento.
Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo o Poder Executivo regulamentá-
la no prazo de 60 (sessenta) dias.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
JOSÉ SARNEY
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 84, inciso IV,
da Constituição e o art. 24 da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989,
DECRETA:
Art. 1º. O Regime de Permissão de Lavra Garimpeira, instituído pelo art. 1º da Lei nº 7.805, de 18 de
julho de 1989, aplica-se ao aproveitamento imediato de jazimento mineral que, por sua natureza,
dimensão, localização e utilização econômica, possa ser lavrado, independentemente de prévios
trabalhos de pesquisa, segundo critérios fixados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral
DNPM.
Art. 2º. A Permissão de Lavra Garimpeira depende de prévio licenciamento concedido pelo órgão
ambiental competente.
a) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no caso de
Permissão de Lavra Garimpeira que cause impacto ambiental de âmbito nacional;
Art. 3º. Quando em área urbana, a Permissão de Lavra Garimpeira dependerá, ainda, de assentimento
da autoridade administrativa do Município de situação do jazimento mineral.
Art. 4º. A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada, com observância do disposto no Capítulo
VI do Regulamento do Código de Mineração, cabendo ao proprietário do solo, na forma que a lei
estabelecer, a participação nos resultados da lavra.
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I - o ouro, o diamante, a cassiterita, a columbita, a tantalita e wolframita, exclusivamente nas formas
aluvionar, eluvionar e coluvial; e
§ 2º O local em que ocorrer a extração de minerais garimpáveis, no forma deste artigo, será
genericamente denominado garimpo.
Art. 6º. A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada pelo Diretor-Geral do DNPM, de acordo
com os procedimentos de habilitação estabelecidos em portaria.
Art. 7º. A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada a brasileiro ou a cooperativa de garimpeiros
autorizada a funcionar como empresa de mineração, sob as seguintes condições:
I - a permissão vigorará pelo prazo de até cinco anos, sucessivamente renovável a critério do DNPM;
III - a área da permissão não excederá cinqüenta hectares, salvo, excepcionalmente, quando outorgada
a cooperativa de garimpeiros, a critério do DNPM.
Art. 8º. Julgada necessária, pelo DNPM, a realização de trabalhos de pesquisa, o permissionário será
intimado a apresentar projeto de pesquisa, no prazo de noventa dias, contados da publicação do
extrato do ofício de notificação no Diário Oficial da União.
§ 2º Atendido o disposto no caput deste artigo, o DNPM expedirá o competente Alvará de Pesquisa,
podendo, a requerimento do interessado, a área ser ampliada para o limite da classe da respectiva
substância, desde que a mesma esteja livre.
Art. 9º. 0 DNPM poderá admitir a Permissão de Lavra Garimpeira em área de manifesto de mina ou
de concessão de lavra, com autorização do titular, quando houver viabilidade técnica e econômica no
aproveitamento por ambos os regimes.
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prazo de noventa dias, contados da publicação do extrato do ofício de notificação no Diário Oficial
da União, para apresentar projeto de pesquisa para efeito de futuro aditamento de nova substância ao
título original, se for o caso.
§ 2º Decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, sem que o titular haja apresentado projeto
de pesquisas, o DNPM poderá conceder a Permissão de Lavra Garimpeira.
Art. 10. A critério do DNPM, será admitida a concessão de lavra em área objeto de Permissão de
Lavra Garimpeira, com autorização do titular, quando houver viabilidade técnica e econômica no
aproveitamento por ambos os regimes.
I - iniciar os trabalhos de extração no prazo de noventa dias, contados da data da publicação do título
no Diário Oficial da União, salvo motivo justificado;
III - comunicar imediatamente ao DNPM a ocorrência de qualquer outra substância mineral não
incluída no título, sobre a qual, nos casos de substâncias e jazimentos garimpáveis o titular terá direito
de aditamento ao título da permissão;
V - evitar o extravio das águas servidas, drenar e tratar as que posam ocasionar danos a terceiros;
VIII - não suspender os trabalhos de extração por prazo superior a cento e vinte dias, salvo motivo
justificado;
IX - apresentar ao DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, informações quantitativas da produção
e da comercialização relativas ao ano anterior; e
X - responder pelos danos causados a terceiros, resultantes, direta e indiretamente, dos trabalhos de
lavra.
§ 1º O não cumprimento das obrigações constantes deste artigo sujeita o infrator às sanções de
advertência ou multa, previstas nos incisos I e II do art. 63, do Decreto-Lei n° 227, de 28 de fevereiro
de 1967, e de cancelamento da permissão.
§ 2º A multa inicial variará de dez a duzentas vezes o Maior Valor de Referência (MVR) estabelecido
de acordo com o disposto no art. 2° da Lei n° 6.205, de 29 de abril de 1975, devendo as hipóteses e
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§ 3º Na apuração das infrações de que trata este artigo aplicar-se-ão, no que couber, as disposições do
art. 101 do Regulamento do Código de Mineração, aprovado pelo Decreto n° 62.934, de 2 de julho
de 1968.
§ 4º O disposto no § 1° deste artigo não exclui a aplicação das sanções estabelecidas na legislação
ambiental.
Art. 12. O DNPM estabelecerá, mediante portaria, as áreas de garimpagem, levando em consideração
a ocorrência do bem mineral garimpável, o interesse do setor mineral e as razões de ordem social e
ambiental.
Art. 14. A área de garimpagem poderá ser desconstituída por portaria do Diretor-Geral do DNPM
quando:
Art. 15. A área de garimpagem poderá ser reduzida sempre que o número de garimpeiros não justificar
o bloqueio da área originalmente reservada para essa atividade,
Lavra, de Licença Registrada ou de Manifesto de Mina responde pelos danos ao meio ambiente.
Página
II - quando na faixa de fronteira, além do disposto neste Decreto, fica ainda sujeita aos critérios e
condições que venham a ser estabelecidos, nos termos do inciso III do § 1° do art. 91 da Constituição
Federal.
Art. 18. O aproveitamento de bens minerais, pelo regime de concessão de lavra ou pelo regime de
licenciamento, depende de licenciamento do órgão ambiental competente (art. 2º, parágrafo único).
Art. 19. A realização de trabalho de pesquisa e lavra em áreas de conservação dependerá de prévia
autorização do órgão ambiental que as administre.
Art. 20. Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de
suspensão pelo órgão ambiental competente, conforme disposto na legislação específica.
Parágrafo único. A suspensão de trabalhos de lavra será comunicada previamente, ao DNPM, que
adotará as providências necessárias no sentido de que o titular mantenha a área e as instalações em
bom estado, de modo a permitir a retomada das operações.
Art. 21. O beneficiamento de minérios em lagos, rios e quaisquer correntes de água somente poderá
ser realizado de acordo com solução técnica aprovada pelo DNPM e pelo órgão ambiental
competente.
Art. 22. A realização de trabalhos de extração de substâncias minerais sem a competente concessão,
permissão ou licença, constitui crime, sujeito a pena de reclusão de três meses a três anos e multa.
§ 1° Constatada, ex officio ou por denúncia, a situação prevista neste artigo, o DNPM comunicará o
fato ao Departamento de Polícia Federal (DPF), para a instauração do competente inquérito e demais
providências cabíveis.
§ 2° Sem prejuízo da ação penal e da multa cabível, a extração mineral realizada sem a competente
concessão, permissão ou licença acarretará a apreensão do produto mineral, das máquinas, veículos e
equipamentos utilizados, os quais, após transitada em julgado a sentença que condenar o infrator,
serão vendidos em hasta pública e o produto da venda recolhido à conta do Fundo Nacional de
Mineração, instituído pela Lei n° 4.425, de 8 de outubro de 1964.
144
Art. 23. Nas áreas estabelecidas para garimparem os trabalhos deverão ser realizados
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
§ 1° 0 DNPM, no prazo de sessenta dias, após o recebimento do requerimento de Permissão de Lavra
Garimpeira, verificando que a área se encontra livre, publicará no Diário Oficial o respectivo memorial
descritivo e abrirá prazo de sessenta dias para eventual contestação por parte de cooperativa de
garimpeiros, que esteja extraindo minerais garimpáveis na área, para fins de exercício do direito de
prioridade.
§ 3° Decorrido, sem contestação, o prazo referido no § 1° deste artigo, o DNPM dará seguimento ao
processo de outorga do título de permissão de lavra garimpeira.
§ 4° Caso haja contestação, o DNPM procederá vistoria na área requerida, no prazo de sessenta dias
para identificação e colheita de provas.
Art. 24. Fica assegurada às cooperativas de garimpeiros prioridade para obtenção de autorização de
pesquisa ou concessão de lavra nas áreas onde estejam atuando, desde que a ocupação tenha ocorrido:
§ 1° A cooperativa de garimpeiros terá o prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação deste
Decreto, para exercer o direito de prioridade de que tratam os incisos I e II deste artigo, mediante
protocolização do competente requerimento.
§ 2° A cooperativa, quando necessário, fará prova do exercício anterior da garimpagem na área, pelos
seus associados e, se for o caso, da implantação de infra-estrutura existente na área.
§ 3° A cooperativa de garimpeiros, que se enquadre no disposto no artigo anterior, poderá optar pelo
título de Permissão de Lavra Garimpeira, cabendo ao DNPM decidir sobre a pretensão.
Art. 25. Observado o disposto nos arts. 23 e 24, aplica-se, para atribuição da prioridade na obtenção
145
Art. 26. A cooperativa de garimpeiros titular de Permissão de Lavra Garimpeira fica obrigada a:
II - não admitir em seu quadro social pessoas associadas a outra cooperativa com o mesmo objetivo;
III - fazer constar, em seu estatuto, que entre seus objetivos figura a atividade garimpeira;
V - apresentar anualmente ao DNPM lista nominal dos associados com as alterações ocorridas no
período;
VI - não permitir que pessoas estranhas ao quadro social exerçam a atividade de garimpagem na área
titulada; e
Art. 27. Haverá, no DNPM, além dos livros previstos no art. 119 do Regulamento do Código de
Mineração, o Livro I, de Registro das Permissões de Lavra Garimperia, para transcrições das
respectivas permissões.
I - no prazo de trinta dias, portaria regulando procedimentos para habilitação à Permissão de Lavra
Garimpeira (art. 6°);
III - no prazo de cento e vinte dias, portaria contendo instruções para aplicação ao disposto no art.
10.
JOSÉ SARNEY
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
J. Saulo Ramos
147
Página
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nºs 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e 8.001, de
13 de março de 1990, bem assim nas Leis nºs 2.004, de 3 de outubro de 1953, 7.453, de 27 de dezembro
de 1985, e 7.525, de 22 de julho de 1986, e suas alterações,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Disposição Preliminar
CAPÍTULO II
CAPITULO III
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 13. A compensação financeira devida pelos detentores de direitos minerários a qualquer título,
em decorrência da exploração de recursos minerais para fins de aproveitamento econômico, será de
até 3% (três por cento) sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral,
obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação
industrial.
II - ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias minerais: 2% (dois por cento), ressalvado o disposto
no inciso IV deste artigo;
III - pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres: 0,2% (dois décimos por
cento);
IV - ouro: 1% (um por cento), quando extraído por empresas mineradoras, isentos os garimpeiros.
§ 2º A distribuição da compensação financeira de que trata este artigo será feita da seguinte forma:
III - 12% (doze por cento) para o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), que
destinará 2% (dois por cento) à proteção ambiental nas regiões mineradoras, por intermédio do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ou de outro
órgão federal competente, que o substituir.
§ 4º No caso das substâcias minerais extraídas sob o regime de permissão da lavra garimpeira, o valor
da compensação será pago pelo primeiro adquirente.
II - faturamento líquido, o total das receitas de vendas excluídos os tributos incidentes sobre a
comercialização do produto mineral, as despesas de transporte e as de seguro;
inclusive secagem, desidratação, filtragem, levigação, bem como qualquer outro processo de
beneficiamento, ainda que exija adição ou retirada de outras substâncias, desde que não resulte na
Página
descaracterização mineralógica das substâncias minerais processadas ou que não impliquem na sua
inclusão no campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
§ 1º No caso de substância mineral consumida, transformada ou utilizada pelo próprio titular dos
direitos minerários ou remetida a outro estabelecimento do mesmo titular, será considerado
faturamento líquido o valor de consumo na ocorrência do fato gerador definido no art. 15 deste
decreto.
Art. 15. Constitui fato gerador da compensação financeira devida pela exploração de recursos minerais
a saída por venda do produto mineral das áreas da jazida, mina, salina ou de outros depósitos minerais
de onde provêm, ou o de quaisquer estabelecimentos, sempre após a última etapa do processo de
beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.
Parágrafo único. Equipara-se à saída por venda o consumo ou a utilização da substância mineral em
processo de industrialização realizado dentro das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos
minerais, suas áreas limítrofes ou ainda em qualquer estabelecimento.
Art. 16. A compensação financeira pela exploração de substâncias minerais será lançada mensalmente
pelo devedor.
Parágrafo único. O lançamento será efetuado em documento próprio, que conterá a descrição da
operação que lhe deu origem, o produto a que se referir o respectivo cálculo, em parcelas destacadas,
e a descriminação dos tributos incidentes, das despesas de transporte e de seguro, de forma a tornar
possível suas corretas identificações.
CAPÍTULO IV
Art. 17. A compensação financeira devida pela Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) e suas subsidiárias
aos Estados, Distrito Federal e Municípios, correspondente a 5% (cinco por cento) sobre o valor do
óleo bruto, do xisto betuminoso e do gás natural extraídos de seus respectivos territórios, onde se
fixar a lavra do petróleo ou se localizarem instalações marítimas ou terrestres de embarque ou
desembarque de óleo bruto ou de gás natural, operados pela Petrobrás, será paga nos seguintes
percentuais:
150
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
III - 0,5% (cinco décimos por cento) aos Municípios onde se localizarem instalações marítimas ou
terrestres de embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural.
Parágrafo único. Os Estados, Territórios e Municípios centrais, em cujos lagos, rios, ilhas fluviais e
lacustres se fizer a exploração do petróleo, xisto betuminoso ou gás natural, farão jus à compensação
financeira prevista neste artigo.
Art. 18. É também devida a compensação financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios
confrontantes quando o óleo, o xisto betuminoso e o gás natural forem extraídos da plataforma
continental, nos mesmos 5% (cinco por cento) fixados no artigo anterior, sendo:
II - 0,5% (meio por cento) aos Municípios onde se localizarem instalações marítimas ou terrestres de
embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural operadas pela Petrobrás;
III - 1,5% (um e meio por cento) aos Municípios confrontantes e suas respectivas áreas
geoeconômicas;
IV - 1,0% (um por cento) ao Ministério da Marinha, para atender aos encargos de fiscalização e
proteção das atividades econômicas das referidas áreas;
V - 0,5% (meio por cento) para constituir um Fundo Especial, a ser distribuído entre todos os Estados
e Municípios.
1º O percentual de 1,5% (um e meio por cento) previsto no inciso III do caput deste artigo, atribuído
aos Municípios confrontantes e suas respectivas áreas geoeconômicas, será partilhado da seguinte
forma:
I - 60% (sessenta por cento) ao Município confrontante juntamente com os demais Municípios que
integram a zona de produção principal, rateados, entre todos, na razão direta da população de cada
um, assegurando-se ao Município que concentrar as instalações industriais para processamento,
tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural, 1/3 (um terço) da cota deste
inciso;
II - 10% (dez por cento) aos Municípios integrantes de produção secundária, rateado, entre eles, na
razão direta da população dos distritos cortados por dutos;
III - 30% (trinta por cento) aos Municípios limítrofes à zona de produção principal, rateado, entre
eles, na razão direta da população de cada um, excluídos os Municípios integrantes da zona de
produção secundária.
2º O percentual de 0,5% (meio por cento) previsto no inciso V do caput deste artigo, atribuído ao
Fundo Especial administrado pelo Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento (Lei nº 7.525, de
22 de julho de 1986, art. 6º), será distribuído de acordo com os critérios estabelecidos para o rateio
dos recursos dos Fundos de Participação dos Estados e Municípios, obedecida a seguinte proporção:
151
Art. 19. A compensação financeira aos Municípios onde se localizarem instalações marítimas ou
terrestres de embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural será devida na forma do disposto
no art 27, inciso III e § 4º da Lei nº 2.004, de 3 de outubro de 1953, na redação dada pelo art. 7º da
Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, consideram-se como instalações marítimas ou terrestres de embarque
ou desembarque de óleo bruto ou gás natural as monoboias e suas bases de apoio operacional
marítimo, os quadros de boias múltiplas e suas bases de apoio operacional marítimo, os píeres de
atracação, os cais acostáveis e as estações terrestres coletoras de campos produtores e de transferência
de óleo bruto ou gás natural, obedecidos os critérios estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis - ANP. (Incluído pelo Decreto nº 8.876, de 2016)
§ 2º Serão consideradas como bases de apoio operacional marítimo para as monoboias, ou para os
quadros de boias as instalações que sejam utilizadas como apoio aos pontos de atracação de navios
com o objetivo de embarcar ou desembarcar petróleo e que concentrem itens como barcos de apoio,
equipes de prevenção de acidentes e danos ambientais, mangotes, dutos, conexões, máquinas e outras
instalações necessárias para a operação da monoboia ou do quadro de boias. (Incluído pelo Decreto
nº 8.876, de 2016)
Art. 20. No cálculo da compensação financeira incidente sobre o valor do óleo de poço ou de xisto
betuminoso e do gás natural extraído da plataforma continental, consideram-se como confrontantes
com poços produtores os Estados e Municípios contíguos à área marítima delimitada pelas linhas de
projeção dos respectivos limites territoriais até a linha de limite da plataforma continental, onde
estiverem situados os poços.
2º Os Municípios que integram tal área geoeconômica serão divididos em 3 (três) zonas, distinguindo-
se 1 (uma) zona de produção principal, 1 (uma) zona de produção secundária e 1 (uma) zona limítrofe
à zona de produção principal, considerando-se como:
I - zona de produção principal de uma dada área de produção petrolífera marítima o Município
confrontante e os Municípios onde estiverem localizadas 3 (três) ou mais instalações dos seguintes
152
tipos:
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b) instalações relacionadas às atividades de apoio à exploração, produção e ao escoamento do petróleo
e gás natural, tais como: portos, aeroportos, oficinas de manutenção e fabricação, almoxarifados,
armazéns e escritórios.
III - zona limítrofe à de produção principal os Municípios contíguos aos Municípios que a integram,
bem como os Municípios que sofram as conseqüências sociais ou econômicas da produção ou
exploração do petróleo ou do gás natural.
Art. 21. A compensação devida aos Municípios confrontantes e suas respectivas áreas geoeconômicas
será calculada segundo o valor da produção associada à Unidade da Federação de que fazem parte.
1º A compensação devida a Municípios que pertençam à mesma Unidade da Federação será rateada
entre os que integram a zona de produção principal, a zona de produção secundária e a zona limítrofe,
de acordo, respectivamente, com os percentuais fixados nos incisos I a III do § 1º do art. 18 deste
decreto, respeitado o disposto no art. 9º do Decreto nº 93.189, de 29 de agosto de 1986.
3º A compensação devida a cada Município será obtida multiplicando-se a parcela atribuída à sua
correspondente zona pelo quociente formado entre seu coeficiente individual de participação e a soma
dos coeficientes individuais de participação dos Municípios que integram a mesma zona.
4º Não se procederá ao destaque a que se refere o art. 18, § 1º, inciso I, in fine , deste decreto:
a) caso inexista, entre os que integram a zona de produção principal, Município que concentre
instalações industriais para processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo ou
gás natural, provenientes exclusivamente da plataforma continental;
Geografia e Estatística (IBGE), nos termos do art. 7º do Decreto nº 93.189, de 29 de agosto de 1986,
e daquelas elaboradas pela Petrobrás, referentes aos Municípios onde se localizarem instalações de
embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural, operados pela mesma.
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Art. 22. O DNC fixará os valores do óleo de poço ou petróleo bruto, do óleo de xisto betuminoso e
do gás natural, de produção nacional, observados os seguintes critérios:
I - O valor do petróleo bruto será o da paridade na boca do poço produtor, definido como a diferença
entre o custo CIF do petróleo importado, expresso em moeda nacional e utilizado como base para
fixação dos preços dos derivados produzidos no País, e o custo médio de transferencia entre os poços
produtores e os pontos de embarque;
II - O valor do óleo de xisto betuminoso extraído das bacias sedimentares terrestres será igual ao
fixado para o petróleo bruto, nos termos do inciso anterior;
III - O valor do gás natural, referido à pressão absoluta de 1.033 Kg/cm² e temperatura de 20ºC, será
igual à média ponderada dos preços de venda fixados pelo DNC para os diferentes usos do produto,
dela deduzidos o custo médio de transferência entre os poços produtores e os respectivos pontos de
entrega.
1.º No caso de variação do custo CIF do petróleo importado no mesmo mês do ano calendário, far-
se-á ponderação pelo número de dias em que vigorou cada custo CIF.
2.º A compensação incidente sobre o gás natural será calculada sobre os volumes extraídos e utilizados,
excluídos os inaproveitados, que escapam no processo de produção de petróleo, e os reinjetados nas
jazidas.
3º Os custos de produção previstos neste artigo serão fixados pelo DNC, de conformidade com os
valores apurados pela Petrobrás, no primeiro ou no segundo mês anterior ao da produção.
4.º Na apuração dos valores a que se refere o parágrafo anterior a Petrobrás indicará, separadamente,
os custos correspondentes à produção das bacias sedimentares terrestres e da plataforma continental.
Art. 23. Os Estados transferirão aos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) das parcelas das
compensações financeiras que lhes são atribuídas pelos arts. 17 e 18 deste decreto, mediante
observância dos mesmos critérios de atribuição de recursos estabelecidos em decorrência do disposto
no art. 158, inciso IV e respectivo parágrafo único da Constituição, e dos mesmos prazos fixados para
entrega desses recursos, contados a partir do recebimento da compensação.
Art. 24. Os Estados e os Municípios deverão aplicar os recursos previstos neste Capítulo,
exclusivamente em energia, pavimentação de rodovias, abastecimento e tratamento de água, irrigação,
proteção ao meio ambiente e em saneamento básico.
Art. 25. O cálculo da compensação financeira de que trata este Capítulo, a ser paga aos Estados e
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
da União, ao qual competirá também fiscalizar a sua aplicação na forma das instruções por ele
expedidas. (Vide Resolução nº 44, de 2010).
CAPITULO V
Disposições Gerais
Art. 26. O pagamento das compensações financeiras previstas neste decreto, inclusive dos royalties
devidos por Itaipu Binacional ao Brasil, será efetuado mensalmente, diretamente aos beneficiários,
mediante depósito em contas específicas de titularidade dos mesmos no Banco do Brasil S.A., até o
último dia útil do segundo mês subseqüente ao do fato gerador.
Parágrafo único. É vedado, aos beneficiários das compensações financeiras de que trata este decreto,
a aplicação das mesmas em pagamento de dívidas e no quadro permanente de pessoal.
Art. 27. O DNAEE, o DNPM e o DNC, no âmbito das respectivas atribuições, poderão expedir
instruções complementares a este decreto.
Art. 29. Fica revogado o Decreto nº 94.240, de 21 de abril de 1987, e demais disposições em contrário.
FERNANDO COLLOR
Ozires Silva
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 1º O art. 11 do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 11 ........................................................................................
Art. 2º O art. 79 do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, passa vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 79. Entende-se por Empresa de Mineração, para os efeitos deste Código, a
156
firma ou sociedade constituída sob as leis brasileiras que tenha sua sede e
administração no País, qualquer que seja a sua forma jurídica, com o objetivo
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
principal de realizar exploração e aproveitamento de jazidas minerais no território
nacional.
........................................................................
§ 2º O controle efetivo da firma ou sociedade a que se refere este artigo deverá estar
em caráter permanente sob a titularidade direta de pessoas físicas domiciliadas e
residentes no País ou de entidades de direito público interno, entendendo-se por
controle efetivo da empresa a titularidade da maioria de seu capital votante e o
exercício, de fato ou de direito, do poder decisório para gerir suas atividades.
ITAMAR FRANCO
Alexis Stepanenko
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
III - a venda a granel de fibras em pó, tanto de asbesto/amianto da variedade crisotila como daquelas
naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei.
Art. 2º O asbesto/amianto da variedade crisotila (asbesto branco), do grupo dos minerais das
serpentinas, e as demais fibras, naturais e artificiais de qualquer origem, utilizadas para o mesmo fim,
serão extraídas, industrializadas, utilizadas e comercializadas em consonância com as disposições desta
Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consideram-se fibras naturais e artificiais as
comprovadamente nocivas à saúde humana.
Art. 3º Ficam mantidas as atuais normas relativas ao asbesto/amianto da variedade crisotila e às fibras
naturais e artificiais referidas no artigo anterior, contidas na legislação de segurança, higiene e medicina
do trabalho, nos acordos internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil e nos acordos
assinados entre os sindicatos de trabalhadores e os seus empregadores, atualizadas sempre que
necessário.
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§ 1º (VETADO)
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
§ 2º As normas de segurança, higiene e medicina do trabalho serão fiscalizadas pelas áreas competentes
do Poder Executivo e pelas comissões de fábrica referidas no parágrafo anterior.
§ 3º As empresas que ainda não assinaram com os sindicatos de trabalhadores os acordos referidos no
caput deste artigo deverão fazê-lo no prazo de 12 (doze) meses, contados a partir da publicação desta
Lei, e a inobservância desta determinação acarretará, automaticamente, o cancelamento do seu alvará
de funcionamento.
Parágrafo único. Todos os trabalhadores das empresas que lidam com o asbesto/amianto da variedade
crisotila e com as fibras naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei serão registrados e
acompanhados por serviços do Sistema Único de Saúde, devidamente qualificados para esse fim, sem
prejuízo das ações de promoção, proteção e recuperação da saúde interna, de responsabilidade das
empresas.
Parágrafo único. Acontecendo o previsto no caput deste artigo, o Governo Federal não autorizará a
importação da substância mineral ou das fibras referidas no art. 2º desta Lei.
§ 1º Outros critérios de controle da exposição dos trabalhadores que não aqueles definidos pela
legislação de Segurança e Medicina do Trabalho deverão ser adotados nos acordos assinados entre os
sindicatos dos trabalhadores e os empregadores, previstos no art. 3º desta Lei.
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§ 2º Os limites fixados deverão ser revisados anualmente, procurando-se reduzir a exposição ao nível
mais baixo que seja razoavelmente exeqüível.
Parágrafo único. As pesquisas referidas no caput deste artigo contarão com linha especial de
financiamento dos órgãos governamentais responsáveis pelo fomento à pesquisa científica e
tecnológica.
Art. 10. O transporte do asbesto/amianto e das fibras naturais e artificiais referidas no art. 2º desta
Lei é considerado de alto risco e, no caso de acidente, a área deverá ser isolada, com todo o material
sendo reembalado dentro de normas de segurança, sob a responsabilidade da empresa transportadora.
Art. 11. Todas as infrações desta Lei serão encaminhadas pelos órgãos fiscalizadores, após a devida
comprovação, no prazo máximo de setenta e duas horas, ao Ministério Público Federal, através de
comunicação circunstanciada, para as devidas providências.
Parágrafo único. Qualquer pessoa é apta para fazer aos órgãos competentes as denúncias de que trata
este artigo.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Paulo Paiva
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Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antônio Carlos Magalhães, Presidente do Senado
Federal, nos termos do art. 48, item 28 do Regimento Interno, promulgo o seguinte
Art. 1º - É aprovado o texto de Acordo Constitutivo da Associação dos Países Produtores de Estanho,
celebrado em 29 de março de 1983, em Londres.
Parágrafo único - São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art.
49, I, da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos no patrimônio nacional.
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.055, de 1º de junho de 1995,
DECRETA:
II - apresentação, até 30 de novembro de cada ano, ao DNPM de previsão de importação, para o ano
seguinte, de asbesto/amianto da variedade crisotila;
III - cumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual e municipal de controle
ambiental, de saúde e segurança no trabalho e de saúde pública, pertinentes a armazenagem,
manipulação, utilização e processamento do asbesto/amianto, bem como de eventuais resíduos
gerados nessa operação, inclusive quanto a sua disposição final.
Comércio e do Turismo relação atualizada das empresas cadastradas e aptas a realizarem importação
de asbesto/amianto.
Parágrafo único. As normas e os procedimentos para aplicação desse controle serão elaborados e
regulamentados até 31 de dezembro de 1998.
Art. 6º As fibras naturais e artificiais que já estejam sendo comercializadas ou que venham a ser
fabricadas deverão ter a comprovação do nível de agravo à saúde humana avaliada e certificada pelo
Ministério da Saúde, conforme critérios a serem por ele estabelecidos, no prazo de noventa dias.
Art. 9º As empresas que não assinarem e depositarem o acordo com os sindicatos de trabalhadores,
nos prazos fixados nos arts. 7º e 8º, terão o seu alvará de funcionamento automaticamente cancelado.
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 11. Os registros da medição de poeira de asbesto/amianto deverão ser conservados nas empresas
pelo prazo mínimo de trinta anos, e o acesso a eles é franqueado aos trabalhadores, aos representantes
e às autoridades competentes.
Art. 14. Fica criada a Comissão Nacional Permanente do Amianto - CNPA, vinculada ao Ministério
do Trabalho, de caráter consultivo, com o objetivo de propor medidas relacionadas ao
asbesto/amianto da variedade crisotila, e das demais fibras naturais e artificiais, visando à segurança
do trabalhador.
Parágrafo único. A CNPA elaborará seu regimento interno, a ser aprovado pelo Ministro de Estado
do Trabalho, disciplinando o seu funcionamento.
§ 1º Os membros da CNPA serão designados pelo Ministro de Estado do Trabalho, após indicação
pelos titulares dos órgãos e das entidades nela representados.
§ 2º A CNPA poderá se valer de instituições públicas e privadas de pesquisa sobre os efeitos do uso
165
§ 3º A participação na CNPA será considerada serviço público relevante, não ensejando qualquer
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remuneração.
Art. 16. O Ministério do Trabalho estabelecerá, no prazo de 180 dias a partir da publicação deste
Decreto, critérios para a elaboração e implementação de normas de segurança e sistemas de
acompanhamento para os setores têxtil e de fricção.
Art. 17. Caberá aos Ministérios do Trabalho, da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação e do
Desporto, mediante ações integradas, promover e fomentar o desenvolvimento de estudos e pesquisas
relacionados ao asbesto/amianto e à saúde do trabalhador.
Art. 18. A destinação de resíduos contendo asbesto/amianto ou fibras naturais e artificiais referidas
no art. 2º da Lei nº 9.055, de 1995, decorrentes do processo de extração ou industrialização, obedecerá
ao disposto em regulamentação específica.
Paulo Paiva
Reinhold Stephanes
Francisco Dornelles
Raimundo Brito
Gustavo Krause
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 1º É proibido em todo o território nacional, a partir de dois anos da entrada em vigor desta Lei,
o uso industrial de embalagens metálicas soldadas com liga de chumbo e estanho para
acondicionamento de gêneros alimentícios, exceto para produtos secos ou desidratados.
José Serra
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL aprovou, e eu, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES,
PRESIDENTE do SENADO FEDERAL, nos termos do art. 48, item 28, do Regimento Interno,
promulgo o seguinte.
Art. 1º É aprovado o texto do Acordo de Sede celebrado entre o Governo da República Federativa
do Brasil e a Associação dos Países Produtores de Estanho, em Brasília, em 27 de maio de 1999.
Parágrafo único. São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art.
49, I, da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
PRESIDENTE
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e em cumprimento ao disposto no art. 2o da Lei no 9.827, de 27 de agosto de 1999,
DECRETA:
Art. 1º. Este Decreto regulamenta a Lei no 9.827, de 27 de agosto de 1999, dispondo sobre a extração
de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil, definidas em portaria do Ministro
de Estado de Minas e Energia, por órgãos da administração direta e autárquica da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas
diretamente, respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas onde devam ser executadas as obras
e vedada a comercialização.
Condições da Extração
Art. 2º. A extração de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil, definidas em
portaria do Ministro de Estado de Minas e Energia, por órgãos da administração direta e autárquica
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para uso exclusivo em obras públicas
por eles executadas diretamente, depende de registro no Departamento Nacional de Produção Mineral
- DNPM, autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, na forma do disposto neste Decreto.
Art. 3º. O registro de extração será efetuado exclusivamente para substâncias minerais de emprego
imediato na construção civil, definidas em portaria do Ministro de Estado de Minas e Energia, em área
considerada livre nos termos do art. 18 do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Código
de Mineração).
169
§ 1º Será admitido, em caráter excepcional, o registro de extração em área onerada, desde que o titular
Página
§ 2º A extração de que trata este Decreto fica adstrita à área máxima de cinco hectares.
§ 1º Os elementos de instrução exigidos no inciso IV deste artigo deverão ser elaborados por
profissional legalmente habilitado e estar acompanhados da respectiva anotação de responsabilidade
técnica.
§ 2º A critério do DNPM, poderão ser formuladas exigências sobre dados considerados necessários à
melhor instrução do processo, inclusive apresentação de projeto de extração elaborado por técnico
legalmente habilitado.
§ 3º Não atendidas as exigências no prazo de trinta dias, contado a partir da publicação do seu extrato
no Diário Oficial, o requerimento será indeferido pelo Diretor-Geral do DNPM.
§ 4º Na hipótese de que trata o parágrafo anterior, a área ficará disponível, nos termos do art. 26 do
Código de Mineração.
§ 5º Quando objetivar área onerada, o requerimento deverá ser instruído ainda com a autorização do
titular do direito minerário preexistente, sob pena de indeferimento.
170
Art. 5º O requerimento de registro de extração em área considerada livre onera a área, para fins de
interposição de novos requerimentos de direitos minerários e registro de extração.
Página
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Prazo do Registro
Art. 7º Atendidos os requisitos previstos nos arts. 3o e 4o, o Diretor-Geral do DNPM expedirá
declaração de registro da extração pretendida, com base nos dados informados no requerimento, dela
formalizando-se extrato a ser publicado no Diário Oficial.
Vedações
Art. 8º São vedadas aos órgãos da administração direta e autárquica da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
II - a contratação de terceiros para a execução das atividades de extração de que trata este Decreto.
Cancelamento do Registro
II - quando as substâncias minerais extraídas não estiverem sendo utilizadas em obras públicas
executadas diretamente pelo interessado;
Página
III - quando não forem iniciados, sem motivo justificado, os trabalhos de extração no prazo de um
ano, a contar da publicação do registro;
IV - na hipótese de suspensão, sem motivo justificado, dos trabalhos de extração por prazo superior
a um ano,
VII - quando expirado o prazo de validade, sem que tenha havido prorrogação.
Art. 11. Cancelado o registro nas hipóteses previstas no artigo anterior, a área objeto de registro de
extração ficará disponível, nos termos do art. 26 do Código de Mineração.
Direito de Prioridade
Art. 12. Será respeitado, na aplicação do disposto neste Decreto, o direito de prioridade à obtenção
do registro de extração atribuído ao interessado, cujo requerimento tenha por objeto área considerada
livre para a finalidade pretendida, à data da protocolização do requerimento no DNPM.
Art. 13. O Diretor-Geral do DNPM poderá expedir atos complementares, se necessários, à aplicação
deste Decreto.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 1º A produção de cloro pelo processo de eletrólise em todo o território nacional sujeita-se às
normas estabelecidas nesta Lei.
Art. 2º Ficam mantidas as tecnologias atualmente em uso no País para a produção de cloro pelo
processo de eletrólise, desde que observadas as seguintes práticas pelas indústrias produtoras:
V - controle gerencial do mercúrio nas empresas que utilizem tecnologia a mercúrio, com
obrigatoriedade de:
VII - sistema gerencial de controle do amianto, nas indústrias que utilizem essa tecnologia, com
obrigatoriedade de: a. utilização de amianto somente do tipo crisotila;
VIII - afastamento temporário do trabalhador do local de risco, sempre que os limites biológicos legais
forem ultrapassados, até que medidas de controle sejam adotadas e o indicador biológico normalizado;
IX - discussão dos riscos para a saúde e para o meio ambiente em decorrência do uso do mercúrio e
do amianto, no âmbito das Comissões Internas de Prevenções de Acidentes – CIPAs, da qual será
dado conhecimento aos empregados e demais trabalhadores envolvidos;
b. estratégia de amostragem;
Art. 3º Fica vedada a instalação de novas fábricas para produção de cloro pelo processo de eletrólise
com tecnologia a mercúrio e diafragma de amianto.
Art. 4º A modificação substancial das fábricas atualmente existentes que utilizam processos a mercúrio
ou diafragma de amianto será precedida de registro mediante comunicação formal aos órgãos públicos
competentes, sem prejuízo das exigências legais pertinentes.
§ 1º Para efeito desta Lei, são consideradas modificações substanciais aquelas alterações de processo,
instalações, equipamentos e área envolvida diretamente no processo de eletrólise que:
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
IV - aumentem o número de células existentes;
VI - possam resultar em alterações nos riscos à saúde e segurança dos trabalhadores e das instalações.
§ 2º Ficam vedadas ampliações desses processos que configurem construções de novas salas de células
ou circuitos completos adicionais aos já existentes.
Art. 6º As indústrias de cloro pelo processo de eletrólise deverão manter nos estabelecimentos, em
local de fácil acesso, para fins de fiscalização, as informações sobre o automonitoramento e demais
itens do art. 2o desta Lei.
Art. 8º Na hipótese de infração das determinações desta Lei, os órgãos de fiscalização competentes,
sem prejuízo de outras cominações legais, aplicarão uma ou mais das seguintes medidas:
I - advertência;
II - multa;
Art. 9º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias de sua publicação.
175
Página
José Gregori
Francisco Dornelles
José Serra
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 1º Esta Lei altera a redação da Lei no 8.001, de 13 de março de 1990, com o objetivo de destinar
ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico recursos oriundos da compensação
financeira pela utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e pela exploração
de recursos minerais.
Art. 2º O art. 1º da Lei no 8.001, de 13 de março de 1990, com a alteração do art. 54 da Lei no 9.433,
de 8 de janeiro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º ...........................................................................
......................................................................................"
"...................................................................................."
Página
"§ 6º No mínimo trinta por cento dos recursos a que se refere o inciso V do caput
serão destinados a projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa sediadas nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo as respectivas áreas das
Superintendências Regionais." (AC)*
Parágrafo único. Para fins do disposto no § 5o do art. 165 da Constituição Federal, o Poder Executivo
incluirá os recursos de que trata o art. 1o na proposta de lei orçamentária anual.
Art. 4º Será constituído, no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, que lhe prestará apoio
técnico, administrativo e financeiro, Comitê Gestor com a finalidade de definir as diretrizes gerais e
plano anual de investimentos, acompanhar a implementação das ações e proceder à avaliação anual
dos resultados alcançados, o qual deverá ser composto pelos seguintes membros:
Art. 5º O art. 8º da Lei no 7.990, de 28 de dezembro de 1989, com a redação dada pelo art. 3o da Lei
no 8.001, de 13 de março de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 8º ......................................................................."
"II – multa de dez por cento, aplicável sobre o montante final apurado." (AC)
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
"Art. 2º .........................................................................
...................................................................................."
"I - ..............................................................................."
"II - ..............................................................................."
"III - 10% (dez por cento) para o Ministério de Minas e Energia, a serem
integralmente repassados ao Departamento Nacional de Produção Mineral -
DNPM, que destinará 2% (dois por cento) desta cota-parte à proteção mineral em
regiões mineradoras, por intermédio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama." (NR)
Art. 7º Para fins do disposto no § 5º do art. 165 da Constituição Federal, o Poder Executivo incluirá
na proposta de lei orçamentária anual os recursos destinados ao FNDCT previstos nesta Lei.
Art. 8º Será constituído, no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, que lhe prestará apoio
técnico, administrativo e financeiro, Comitê Gestor com a finalidade de definir diretrizes gerais e plano
anual de investimento, acompanhar a implementação das ações e avaliar anualmente os resultados
alcançados, o qual será composto pelos seguintes membros:
Art. 9º Os membros dos Comitês Gestores referidos nos incisos VII e VIII do art. 4o e nos incisos
VI e VII do art. 8o desta Lei terão mandato de dois anos, admitida uma recondução, devendo a
primeira investidura ocorrer no prazo de até noventa dias a partir da publicação desta Lei.
Art. 10. Não se aplica a este Fundo o disposto na Lei no 9.530, de 10 de dezembro de 1997.
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 1º. São sustados os efeitos da Nota Conjur-Minfra nº 24, de 11 de fevereiro de 1992, aprovada
pelo Senhor Presidente da República, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União de 24
de março de 1992, na Exposição de Motivos nº 19, de 21 de fevereiro de 1992, do Ministro de Estado
da Infra-Estrutura.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
181
Página
Art. 1º. A exportação e a importação de diamantes brutos somente poderá ser efetivada após a prévia
anuência do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, mediante:
I - declarar ao DNPM:
a) o número de sua inscrição nos cadastros de contribuintes do Ministério da Fazenda (CPF ou CNPJ);
d) o valor dos lotes (em dólares dos Estados Unidos da América, em base FOB);
II - apresentar ao DNPM cópia do Certificado emitido por outro país participante do Processo de
Kimberley.
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
I - por meio de requerimento dirigido ao Diretor-Geral do DNPM, acompanhado do pagamento de
emolumentos e dos demais elementos de instrução estabelecidos em Portaria do DNPM, no caso de
exportação; ou
Art. 3º A declaração para despacho aduaneiro de exportação ou de importação dos diamantes brutos
de que trata o art.2o será instruída com o Certificado do Processo de Kimberley atestando o país de
origem, além dos documentos estabelecidos nas normas específicas.
Art. 4º. Os lotes de diamantes brutos a serem exportados, que se destinem a análises, testes e fins
científicos, bem como a exposição em feiras, congressos e eventos similares, sem destinação comercial,
também deverão estar acompanhados do Certificado do Processo de Kimberley, cujo conteúdo
indicará:
I - a finalidade da exportação; e,
II - o período de permanência no exterior, quando se tratar de material que deva retornar ao País.
Art. 5º. O Certificado do Processo de Kimberley emitido pela Secretaria da Receita Federal nos termos
do § 2o do art. 6o da Lei nº 10.743, de 2003, será renumerado e conterá os mesmos termos do
certificado original emitido pelo DNPM.
Parágrafo único. Para a emissão do Certificado a que se refere o caput deste artigo, não serão cobrados
novos emolumentos.
Art. 6º. A juízo do DNPM, e, em caráter excepcional, poderá ser exigido laudo técnico para a
confirmação da autenticidade das informações prestadas pelo exportador, nos termos estabelecidos
em Portaria do DNPM.
Art. 7º. Os estoques de diamantes brutos extraídos até 31 de dezembro de 2002, deverão ser
formalmente informados ao DNPM, no prazo de 90 dias, contado da vigência desta Portaria, mediante
comunicação escrita, dirigida ao diretor do DNPM, instruída com documentos contábeis
comprobatórios de suporte das declarações fiscais entregues à Secretaria da Receita Federal.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo é condição para a emissão do Certificado de
Processo de Kimberley com vistas a amparar operações de exportação de diamantes brutos extraídos
183
Art. 8º. Ficam aprovados, na forma do Anexo I, os modelos dos Certificados do Processo de
Kimberley para exportação de diamantes brutos.
Diretor-Geral do DNPM
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal,
nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte
Art. 1º Fica aprovado o texto dos Termos de Referência e Regras de Procedimento do Grupo
Internacional de Estudos do Níquel - GIEN.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam
resultar em revisão dos referidos Termos, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos
termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional.
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Tião Viana, Presidente do Senado Federal
Interino, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte
Art. 1º Fica aprovado o texto dos Termos de Referência e Regras de Procedimento do Grupo
Internacional de Estudos do Chumbo e Zinco - GIECZ.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam
resultar em revisão dos referidos Termos, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos
termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional.
Interino
186
Página
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Capítulo I
Disposições preliminares
III - minerais garimpáveis: ouro, diamante, cassiterita, columbita, tantalita, wolframita, nas formas
aluvionar, eluvional e coluvial, scheelita, demais gemas, rutilo, quartzo, berilo, muscovita,
espodumênio, lepidolita, feldspato, mica e outros, em tipos de ocorrência que vierem a ser indicados,
a critério do DNPM.
Art. 3º O exercício da atividade de garimpagem só poderá ocorrer após a outorga do competente título
minerário, expedido nos termos do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967, e da Lei no 7.805,
de 18 de julho de 1989, sendo o referido título indispensável para a lavra e a primeira comercialização
dos minerais garimpáveis extraídos.
187
Capítulo II
Página
I - autônomo;
Capítulo III
Seção I
Dos Direitos
Parágrafo único. É facultado ao garimpeiro associar-se a mais de uma cooperativa que tenha atuação
em áreas distintas.
Art. 6º As jazidas cujo título minerário esteja em processo de baixa no DNPM e que,
comprovadamente, contenham, nos seus rejeitos, minerais garimpáveis que possam ser objeto de
exploração garimpeira poderão ser tornadas disponíveis, por meio de edital, às cooperativas de
garimpeiros, mediante a manifestação de interesse destas, conforme dispuser portaria do Diretor-
Geral do DNPM.
188
Art. 7º As jazidas vinculadas a títulos minerários declarados caducos em conformidade com o art. 65
do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, relativos a substâncias minerais garimpáveis que
Página
possam ser objeto de atividade garimpeira, poderão ser tornadas disponíveis, por meio de edital, às
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
cooperativas de garimpeiros, mediante a manifestação de interesse destas, conforme dispuser portaria
do Diretor-Geral do DNPM.
Art. 8º A critério do DNPM, será admitido o aproveitamento de substâncias minerais garimpáveis por
cooperativas de garimpeiros em áreas de manifesto de mina e em áreas oneradas por alvarás de
pesquisa e portarias de lavra, com autorização do titular, quando houver exeqüibilidade da lavra por
ambos os regimes.
Art. 10. A atividade de garimpagem será objeto de elaboração de políticas públicas pelo Ministério de
Minas e Energia destinadas a promover o seu desenvolvimento sustentável.
Art. 11. Fica assegurado o registro do exercício da atividade de garimpagem nas carteiras expedidas
pelas cooperativas de garimpeiros.
Seção II
Art. 12. O garimpeiro, a cooperativa de garimpeiros e a pessoa que tenha celebrado Contrato de
Parceria com garimpeiros, em qualquer modalidade de trabalho, ficam obrigados a:
Capítulo IV
189
Art. 15. As cooperativas, legalmente constituídas, titulares de direitos minerários deverão informar ao
DNPM, anualmente, a relação dos garimpeiros cooperados, exclusivamente para fins de registro.
§ 2º No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro, podendo, no caso de não pagamento
ou nova ocorrência, ensejar a caducidade do título.
Capítulo V
Disposições finais
Art. 16. O garimpeiro que tenha Contrato de Parceria com o titular de direito minerário deverá
comprovar a regularidade de sua atividade na área titulada mediante apresentação de cópias
autenticadas do contrato e do respectivo título minerário.
Parágrafo único. O contrato referido no caput deste artigo não será objeto de averbação no DNPM.
Art. 17. Fica o titular de direito minerário obrigado a enviar, anualmente, ao DNPM a relação dos
garimpeiros que atuam em sua área, sob a modalidade de Contrato de Parceria, com as respectivas
cópias desses contratos.
§ 2º No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro, podendo, no caso de não pagamento
ou nova ocorrência, ensejar a caducidade do título.
Art. 19. Fica intitulado Patrono dos Garimpeiros o Bandeirante Fernão Dias Paes Leme.
190
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Brasília, 2 de junho de 2008; 187º da Independência e 120º da República.
Carlos Lupi
Edison Lobão
191
Página
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, José Sarney, Presidente do Senado Federal, nos
termos do parágrafo único do art. 52 do Regimento Comum e do inciso XXVIII do art. 48 do
Regimento Interno do Senado Federal, promulgo o seguinte
Art. 1º Fica aprovado o texto dos Termos de Referência e Regras de Procedimento do Grupo
Internacional de Estudos sobre o Cobre - GIEC.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam
resultar em revisão dos referidos Termos e Regras, bem como quaisquer ajustes complementares que,
nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
DECRETA:
Art. 1º Os arts. 31 e 32 do Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 31. Para os fins de fixação da compensação ambiental de que trata o art. 36
da Lei no 9.985, de 2000, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo
prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que
considerará, exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio
ambiente.
III - propor diretrizes necessárias para agilizar a regularização fundiária das unidades
de conservação; e
Art. 2º. O Decreto no 4.340, de 2002, passa a vigorar acrescido dos seguintes artigos:
CA = VR x GI, onde:
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
§ 2º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
§ 3º O órgão licenciador deverá julgar o recurso no prazo de até trinta dias, salvo
prorrogação por igual período expressamente motivada.
Art. 3º Nos processos de licenciamento ambiental já iniciados na data de publicação deste Decreto,
em que haja necessidade de complementação de informações para fins de aplicação do disposto no
Anexo do Decreto nº 4.340, de 2002, as providências para cálculo da compensação ambiental deverão
ser adotadas sem prejuízo da emissão das licenças ambientais e suas eventuais renovações.
Carlos Minc
ANEXO
140
IM = Índice Magnitude;
IB = Índice Biodiversidade;
IA = Índice Abrangência; e
IT = Índice Temporalidade.
70
IM = Índice Magnitude;
IT = Índice Temporalidade.
O CAP tem por objetivo contabilizar efeitos do empreendimento sobre a área prioritária em que se
insere. Isto é observado fazendo a relação entre a significância dos impactos frente às áreas prioritárias
afetadas. Empreendimentos que tenham impactos insignificantes para a biodiversidade local podem,
no entanto, ter suas intervenções mudando a dinâmica de processos ecológicos, afetando ou
comprometendo as áreas prioritárias.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
G1:parque (nacional, estadual e municipal), reserva biológica, estação ecológica, refúgio de vida
silvestre e monumento natural = 0,15%;
2. Índices:
Valor Atributo
0 ausência de impacto ambiental significativo negativo
pequena magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao
1
comprometimento dos recursos ambientais
média magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao
2
comprometimento dos recursos ambientais
3 alta magnitude do impacto ambiental negativo
Valor Atributo
0 Biodiversidade se encontra muito comprometida
1 Biodiversidade se encontra medianamente comprometida
2 Biodiversidade se encontra pouco comprometida
área de trânsito ou reprodução de espécies consideradas endêmicas ou
3
ameaçadas de extinção
197
Atributos para
Atributos para empreendimentos marítimos Atributos para
empreendimentos ou localizados empreendimentos
Valor
terrestres, fluviais e concomitantemente nas faixas marítimos (profundidade
lacustres terrestre e marítima da Zona em relação à lâmina d’água)
Costeira
impactos limitados à área impactos limitados a um raio profundidade maior ou
1
de uma microbacia de 5km igual a 200 metros
impactos que impactos limitados a um raio profundidade inferior a
ultrapassem a área de de 10km 200 e superior a 100
2 uma microbacia metros
limitados à área de uma
bacia de 3a ordem
impactos que impactos limitados a um raio profundidade igual ou
ultrapassem a área de de 50km inferior a 100 e superior a
3 uma bacia de 3a ordem e 50 metros
limitados à área de uma
bacia de 1aordem
impactos que impactos que ultrapassem o profundidade inferior ou
4 ultrapassem a área de raio de 50km igual a 50 metros
uma bacia de 1a ordem
Valor Atributo
1 imediata: até 5 anos após a instalação do empreendimento;
2 curta: superior a 5 e até 15 anos após a instalação do empreendimento;
3 média: superior a 15 e até 30 anos após a instalação do empreendimento;
4 longa: superior a 30 anos após a instalação do empreendimento.
198
Página
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
2.5 - Índice Comprometimento de Áreas Prioritárias (ICAP):
Valor Atributo
inexistência de impactos sobre áreas prioritárias ou impactos em áreas
0
prioritárias totalmente sobrepostas a unidades de conservação.
1 impactos que afetem áreas de importância biológica alta
2 impactos que afetem áreas de importância biológica muito alta
impactos que afetem áreas de importância biológica extremamente alta ou
3
classificadas como insuficientemente conhecidas
199
Página
Considerando que nas hipóteses acima referidas, por não objetivarem a comercialização dos materiais
envolvidos, esses trabalhos não são considerados atividade de lavra;
Considerando que, por essas razões, o § 1º do art. 3º do Código de Mineração afasta a aplicação de
seus preceitos a esses trabalhos, desde que efetivamente necessários à abertura de vias de transporte,
obras gerais de terraplenagem e de edificações, sendo vedada a comercialização dos materiais in natura
e terras resultantes dos referidos trabalhos;
Considerando que o dispositivo legal mencionado acima permite a utilização dos materiais in natura e
das terras resultantes desses trabalhos, desde que restrita à própria obra;
Considerando que compete ao DNPM assegurar, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de
mineração em todo o território nacional, expedir os demais atos referentes à execução da legislação
minerária, bem como estimular o uso racional e eficiente dos recursos minerais;
3º do Código de Mineração;
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
RESOLVE:
Objeto
Art.1º Esta portaria dispõe sobre os trabalhos de movimentação de terras e de desmonte de materiais
in natura, necessários à abertura de vias de transporte, obras gerais de terraplenagem e de edificações,
de que trata o § 1º do art. 3º do Código de Mineração e institui a Declaração de Dispensa de Título
Minerário.
Definições
II - desmonte de material in natura: operação de remoção, do seu estado natural, de material rochoso
de emprego imediato na construção civil;
IV - faixa de domínio: limites da seção do projeto de engenharia que definem o corpo da obra e a área
de sua influência direta;
VI – Declaração de Dispensa de Título Minerário: certidão emitida pelo DNPM que reconhece o
disposto no § 1º do art. 3º do Código de Mineração para caracterização de caso específico.
Requisitos
Art. 3º. A execução dos trabalhos de movimentação de terras ou de desmonte de materiais in natura
que se enquadrem no § 1º do art. 3º do Código de Mineração independe da outorga de título minerário
ou de qualquer outra manifestação prévia do DNPM.
201
Parágrafo único. Opcionalmente, o responsável pela obra poderá requerer ao Chefe do Distrito do
Página
DNPM com circunscrição sobre a área de interesse a Declaração de Dispensa de Título Minerário a
ser emitida nos termos desta Portaria.
Volume 1: Legislação MINÉRIOS
Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil - Volume 1 - MINÉRIOS
Art. 4º. O enquadramento dos casos específicos no § 1º do art. 3º do Código de Mineração depende
da observância dos seguintes requisitos: para a obra; e
II – vedação de comercialização das terras e dos materiais in natura resultantes dos referidos trabalhos.
§ 1º Para fins do inciso I deste artigo, entende-se por real necessidade aquela resultante de fatores que
condicionam a própria viabilidade da execução das obras à realização dos trabalhos de movimentação
de terras ou de desmonte de materiais in natura, ainda que excepcionalmente fora da faixa de domínio.
§ 2º Os fatores referidos no § 1º deste artigo podem ser naturais ou físicos, como o relevo do local,
mas também de outras naturezas, desde que igualmente impeditivos à execução das obras, como, por
exemplo, comprovada ausência, insuficiência ou prática de preço abusivo do material na localidade,
ou, no caso de obras públicas contratadas pela União e suas autarquias e as executadas com recursos
federais, a redução dos custos de execução da obra considerando o custo de produção pelo próprio
requerente em relação ao valor comercial do bem mineral objetivado, a critério do DNPM. (Redação
alterada pela Portaria Geral DNPM Nº 142 de 14/04/2015).
Art. 5º Quando couber, a presença dos requisitos relacionados no art. 4º desta Portaria deverá ser
verificada pelo DNPM sob a perspectiva do atendimento ao interesse público, mediante ponderação
de valores no caso concreto.
Art. 6º. Os trabalhos de movimentação de terra e desmonte de material in natura que não atendam
aos requisitos do art. 4º desta portaria serão considerados pelo DNPM como lavra ilegal, podendo
ensejar a responsabilização civil, penal e administrativa do infrator, conforme dispuser a legislação
aplicável.
Art. 7º. A Declaração de Dispensa de Título Minerário somente poderá ser pleiteada pelo responsável
ou executor da obra, mediante requerimento dirigido ao Chefe do Distrito do DNPM em cuja
circunscrição está localizada a área de interesse.
I - justificar e, se for ocaso, comprovar o seu interesse no requerimento para obtenção da declaração;
202
II - apresentar plantas das áreas de interesse georreferenciadas no datum oficial do País, em meio
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
III - indicar a origem do material e descrever as vias de acesso pelas quais o material será transportado,
quando for o caso;
V - apresentar a necessária licença ambiental da obra, emitida pelo órgão ambiental competente;
VI - apresentar documento que comprove a aprovação, quando exigida pela legislação aplicável, do
VII - informar a destinação a ser dado ao material ou à terra resultante dos trabalhos, inclusive o
VIII - indicar o órgão ou entidade contratante, quando se tratar de obra contratada pela
IX - quando se tratar de obras públicas contratadas pela União e suas autarquias e as executadas com
recursos federais o requerente deverá, ainda:
à redução dos custos da obra, inviabilizará a sua execução e de que essa redução foi considerada no
orçamento da obra ou no repasse dos recursos federais; e
b) - Indicar a quantidade da substância mineral objetivada para execução da obra, comprovar os preços
praticados no mercado e demonstrar o custo de produção da substância mineral objetivada pelo
próprio requerente.
Art. 8º. A Declaração de Dispensa de Título Minerário será emitida pelo Chefe de Distrito, na forma
do Anexo I desta Portaria, após manifestação da área técnica do DNPM e, se for o caso, da
Procuradoria Distrital.
Parágrafo único. O prazo de validade da Declaração de Dispensa de Título Minerário será limitado ao
prazo da licença ambiental ou documento equivalente, admitida a sua prorrogação devidamente
justificada, não podendo exceder a efetiva conclusão da obra.
Art. 9º. A utilização indevida da Declaração de Dispensa de Título Minerário poderá acarretar
Aproveitamento restrito
Página
Art.10. O aproveitamento das terras e materiais resultantes dos trabalhos de que trata o § 1.º do art.
3.º do Código de Mineração restringe-se à obra indicada na declaração referida no artigo 8.º desta
portaria.
Art.11. O responsável pela obra ou executor deverá depositar as terras ou os materiais in natura que
não tenham sido utilizados (art. 10 desta Portaria) em local definido previamente no projeto da obra
e em conformidade com a licença ambiental expedida pelo órgão competente.
Recuperação ambiental
Art.12. Compete ao responsável pela obra ou executor promover a recuperação ambiental da área de
interesse e, se for o caso, da área utilizada para a deposição a que se refere o art. 11 desta Portaria, nos
termos da legislação ambiental em vigor.
CFEM
Art.13. Não haverá incidência de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais -
CFEM pela utilização das terras e materiais in natura resultantes dos trabalhos de que trata o §1º do
art. 3º do Código de Mineração.
Art. 14 Em se tratando de obra contratada pela Administração Pública, o Chefe do Distrito, ao emitir
a Declaração de Dispensa de Título Minerário, deverá comunicar o fato à entidade contratante para
subsidiar, se for o caso, a adoção de medidas necessárias à manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicialmente pactuado.
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Vigência
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
ANEXO I
Nos termos da Portaria DNPM nº 441/2009, declaro, a pedido da parte interessada, que os trabalhos
de desmonte de material in natura e movimentação de terra para a execução da obra ________, nas
áreas de interesse descritas abaixo, enquadram-se no § 1° do art. 3° do Código de Mineração,
dispensando, portanto, outorga de título minerário.
Brasília, / /
_________________________________________
CONDICIONANTES:
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. Esta Lei estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e cria o Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB).
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos,
à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais que apresentem
pelo menos uma das seguintes características:
I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze
metros);
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos, sociais, ambientais
ou de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6o.
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, são estabelecidas as seguintes definições:
207
III - segurança de barragem: condição que vise a manter a sua integridade estrutural e operacional e a
preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente;
IV - empreendedor: agente privado ou governamental com direito real sobre as terras onde se
localizam a barragem e o reservatório ou que explore a barragem para benefício próprio ou da
coletividade;
VI - gestão de risco: ações de caráter normativo, bem como aplicação de medidas para prevenção,
controle e mitigação de riscos;
VII - dano potencial associado à barragem: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento,
infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
IV - criar condições para que se amplie o universo de controle de barragens pelo poder público, com
base na fiscalização, orientação e correção das ações de segurança;
CAPÍTULO III
Página
I - a segurança de uma barragem deve ser considerada nas suas fases de planejamento, projeto,
construção, primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros;
II - a população deve ser informada e estimulada a participar, direta ou indiretamente, das ações
preventivas e emergenciais;
Art. 5º. A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das ações fiscalizatórias dos
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama):
I - à entidade que outorgou o direito de uso dos recursos hídricos, observado o domínio do corpo
hídrico, quando o objeto for de acumulação de água, exceto para fins de aproveitamento hidrelétrico;
II - à entidade que concedeu ou autorizou o uso do potencial hidráulico, quando se tratar de uso
preponderante para fins de geração hidrelétrica;
III - à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou temporária de
rejeitos;
IV - à entidade que forneceu a licença ambiental de instalação e operação para fins de disposição de
resíduos industriais.
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS
I - o sistema de classificação de barragens por categoria de risco e por dano potencial associado;
Seção I
Da Classificação
Art. 7º. As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco, por dano
potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
§ 1º. A classificação por categoria de risco em alto, médio ou baixo será feita em função das
características técnicas, do estado de conservação do empreendimento e do atendimento ao Plano de
Segurança da Barragem.
§ 2º. A classificação por categoria de dano potencial associado à barragem em alto, médio ou baixo
será feita em função do potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e
ambientais decorrentes da ruptura da barragem.
Seção II
I - identificação do empreendedor;
VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de
210
Art. 9º. As inspeções de segurança regular e especial terão a sua periodicidade, a qualificação da equipe
responsável, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento definidos pelo órgão fiscalizador em
função da categoria de risco e do dano potencial associado à barragem.
§ 1º. A inspeção de segurança regular será efetuada pela própria equipe de segurança da barragem,
devendo o relatório resultante estar disponível ao órgão fiscalizador e à sociedade civil.
§ 2º. A inspeção de segurança especial será elaborada, conforme orientação do órgão fiscalizador, por
equipe multidisciplinar de especialistas, em função da categoria de risco e do dano potencial associado
à barragem, nas fases de construção, operação e desativação, devendo considerar as alterações das
condições a montante e a jusante da barragem.
§ 3º. Os relatórios resultantes das inspeções de segurança devem indicar as ações a serem adotadas
pelo empreendedor para a manutenção da segurança da barragem.
Art. 10. Deverá ser realizada Revisão Periódica de Segurança de Barragem com o objetivo de verificar
o estado geral de segurança da barragem, considerando o atual estado da arte para os critérios de
projeto, a atualização dos dados hidrológicos e as alterações das condições a montante e a jusante da
barragem.
§ 2º. A Revisão Periódica de Segurança de Barragem deve indicar as ações a serem adotadas pelo
empreendedor para a manutenção da segurança da barragem, compreendendo, para tanto:
Art. 11. O órgão fiscalizador poderá determinar a elaboração de PAE em função da categoria de risco
Página
e do dano potencial associado à barragem, devendo exigi-lo sempre para a barragem classificada como
de dano potencial associado alto.
Volume 1: Legislação MINÉRIOS
Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil - Volume 1 - MINÉRIOS
Art. 12. O PAE estabelecerá as ações a serem executadas pelo empreendedor da barragem em caso de
situação de emergência, bem como identificará os agentes a serem notificados dessa ocorrência,
devendo contemplar, pelo menos:
Parágrafo único. O PAE deve estar disponível no empreendimento e nas prefeituras envolvidas, bem
como ser encaminhado às autoridades competentes e aos organismos de defesa civil.
Seção III
Art. 13. É instituído o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), para
registro informatizado das condições de segurança de barragens em todo o território nacional.
Seção IV
Da Educação e da Comunicação
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Art. 15. A PNSB deverá estabelecer programa de educação e de comunicação sobre segurança de
barragem, com o objetivo de conscientizar a sociedade da importância da segurança de barragens, o
qual contemplará as seguintes medidas:
III - manutenção de sistema de divulgação sobre a segurança das barragens sob sua jurisdição;
CAPÍTULO V
DAS COMPETÊNCIAS
I- manter cadastro das barragens sob sua jurisdição, com identificação dos empreendedores, para fins
de incorporação ao SNISB;
III - exigir do empreendedor o cumprimento das recomendações contidas nos relatórios de inspeção
e revisão periódica de segurança;
§ 1º. O órgão fiscalizador deverá informar imediatamente à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao
Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec) qualquer não conformidade que implique risco imediato à
segurança ou qualquer acidente ocorrido nas barragens sob sua jurisdição.
§ 2º. O órgão fiscalizador deverá implantar o cadastro das barragens a que alude o inciso I no prazo
máximo de 2 (dois) anos, a partir da data de publicação desta Lei.
213
Página
IV - informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa acarretar redução da
capacidade de descarga da barragem ou que possa comprometer a sua segurança;
VI - permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador e dos órgãos integrantes do Sindec ao local da
barragem e à sua documentação de segurança;
XI - manter registros dos níveis dos reservatórios, com a respectiva correspondência em volume
armazenado, bem como das características químicas e físicas do fluido armazenado, conforme
estabelecido pelo órgão fiscalizador;
XII - manter registros dos níveis de contaminação do solo e do lençol freático na área de influência
do reservatório, conforme estabelecido pelo órgão fiscalizador;
Parágrafo único. Para reservatórios de aproveitamento hidrelétrico, a alteração de que trata o inciso
IV também deverá ser informada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
CAPÍTULO VI
Art. 18. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos termos da legislação pertinente
deverá ser recuperada ou desativada pelo seu empreendedor, que deverá comunicar ao órgão
fiscalizador as providências adotadas.
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§ 2º. Na eventualidade de omissão ou inação do empreendedor, o órgão fiscalizador poderá tomar
medidas com vistas à minimização de riscos e de danos potenciais associados à segurança da barragem,
devendo os custos dessa ação ser ressarcidos pelo empreendedor.
Art. 19. Os empreendedores de barragens enquadradas no parágrafo único do art. 1o terão prazo de
2 (dois) anos, contado a partir da publicação desta Lei, para submeter à aprovação dos órgãos
fiscalizadores o relatório especificando as ações e o cronograma para a implantação do Plano de
Segurança da Barragem.
Parágrafo único. Após o recebimento do relatório de que trata o caput, os órgãos fiscalizadores terão
prazo de até 1 (um) ano para se pronunciarem.
Art. 20. O art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos XI, XII e XIII:
.............................................................................................
Art. 21. O caput do art. 4o da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000, passa a vigorar
acrescido dos seguintes incisos XX, XXI e XXII:
“Art. 4º .........................................................................
.............................................................................................
...................................................................................” (NR)
José Machado
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Considerando a Década Brasileira da Água, instituída pelo Decreto de 22 de março de 2005, cujos
objetivos são promover e intensificar a formulação e implementação de políticas, programas e projetos
relativos ao gerenciamento e uso sustentável da água, em todos os níveis, assim como assegurar a
ampla participação e cooperação das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na
Política Nacional de Recursos Hídricos ou estabelecidos em convenções, acordos e resoluções a que
o Brasil tenha aderido;
Considerando que compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos zelar pela implementação da
Política Nacional de Segurança de Barragens, conforme inciso XI, do art. 35 da Lei nº 9.433, de 1997;
Considerando que o sistema de classificação de barragens por categoria de risco e dano potencial
associado é um instrumento da Política Nacional de Segurança de Barragens;
Considerando que a Lei nº 12.334, de 2010, em seu art. 7º, atribuiu ao Conselho Nacional de Recursos
Hídricos a competência de estabelecer critérios gerais de classificação das barragens por categoria de
risco, dano potencial associado e volume;
217
de 2011, que colheu contribuições e subsídios para o aprimoramento desta resolução, resolve:
CAPÍTULO I
Art. 1º - Estabelecer critérios gerais de classificação de barragens por categoria de risco, dano potencial
associado e pelo volume do reservatório, em atendimento ao art. 7º da Lei nº 12.334, de 2010.
III - órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de fiscalização da
segurança da barragem de sua competência, observada as disposições do art. 5º da Lei nº 12.334, de
2010;
IV - empreendedor: agente privado ou governamental com direito real sobre as terras onde se
localizam a barragem e o reservatório ou que explore a barragem para benefício próprio ou da
coletividade, sendo também o responsável legal pela segurança da barragem, cabendo-lhe o
desenvolvimento de ações para garantí-la;
V - dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no
solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente da sua probabilidade de
ocorrência, podendo ser graduado de acordo com as perdas de vidas humanas e impactos sociais,
econômicos e ambientais; e
VI - área afetada: área a jusante ou a montante, potencialmente comprometida por eventual ruptura
da barragem, cuja metodologia de definição de seus limites deverá ser determinada pelo órgão
fiscalizador.
Art. 3º - As barragens serão classificadas pelos órgãos fiscalizadores, por categoria de risco, por dano
potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos nesta Resolução.
fiscalizador, devendo, para tanto, apresentar estudo que comprove essa necessidade.
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Seção I
Art. 4º - Quanto à categoria de risco, as barragens serão classificadas de acordo com aspectos da
própria barragem que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente, levando-se em
conta os seguintes critérios gerais:
I - características técnicas:
a) altura do barramento;
e) idade da barragem;
c) eclusa;
d) percolação;
e) deformações e recalques;
§ 2º - Caberá ao órgão fiscalizador em, no máximo, a cada 5 (cinco) anos reavaliar, se assim considerar
Página
Seção II
Art. 5º - Os critérios gerais a serem utilizados para classificação quanto ao dano potencial associado
na área afetada são:
VII - volume.
§ 2º - Caberá ao órgão fiscalizador em, no máximo, a cada 5 (cinco) anos reavaliar, se assim considerar
necessário, a classificação a que se refere o caput deste artigo.
Seção III
Art. 6º - Para a classificação de barragens para disposição de rejeito mineral e/ou resíduo industrial,
quanto ao volume do reservatório, considerar-se-á:
220
I - muito pequeno: reservatório com volume total inferior ou igual a 500 mil metros cúbicos;
Página
II - pequena: reservatório com volume total superior a 500 mil metros cúbicos e inferior ou igual a 5
milhões de metros cúbicos;
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III - média: reservatório com volume total superiora5milhões de metros cúbicos e inferior ou igual a
25 milhões de metros cúbicos;
IV - grande: reservatório com volume total superior a 25 milhões e inferior ou igual a 50 milhões de
metros cúbicos; e
V - muito grande: reservatório com volume total superior a 50 milhões de metros cúbicos.
Art. 7º - Para a classificação de barragens para acumulação de água, quanto ao volume de seu
reservatório, considerar-se-á:
II - média: reservatório com volume superior a 5 milhões de metros cúbicos e inferior ou igual a 75
milhões de metros cúbicos;
III - grande: reservatório com volume superior a 75 milhões de metros cúbicos e inferior ou igual a
200 milhões de metros cúbicos; e
IV - muito grande: reservatório com volume superior a 200 milhões de metros cúbicos.
Art. 8º - Para a classificação das barragens por categoria de risco, dano potencial associado e pelo seu
volume, os órgãos fiscalizadores deverão considerar os quadros constantes dos Anexos I e II desta
Resolução.
Art. 9º - A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das ações fiscalizatórias dos
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, às entidades
previstas no art. 5º da Lei nº 12.334, de 2010.
https://sistemas.dnpm.gov.br/publicacao/mostra_imagem.asp?IDBancoArquivoArquivo=7232
https://sistemas.dnpm.gov.br/publicacao/mostra_imagem.asp?IDBancoArquivoArquivo=7233
O CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, no uso das competências que lhe são
conferidas pelas Leis nºs 9.433, de 8 de janeiro de 1997, 9.984, de 17 de julho de 2000, e 12.334, de 20
de setembro de 2010, pelo Decreto nº 4.613, de 11 de março de 2003, e tendo em vista o disposto em
seu Regimento Interno, anexo à Portaria nº 377, de 19 de setembro de 2003, e
considerando a Década Brasileira da Água, instituída pelo Decreto de 22 de março de 2005, cujos
objetivos são promover e intensificar a formulação e implementação de políticas, programas e projetos
relativos ao gerenciamento e uso sustentável da água, em todos os níveis, assim como assegurar a
ampla participação e cooperação das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na
Política Nacional de Recursos Hídricos ou estabelecidos em convenções, acordos e resoluções a que
o Brasil tenha aderido;
considerando que compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos zelar pela implementação da
Política Nacional de Segurança de Barragens - PNSB, conforme o disposto no inciso XI do art. 35 da
Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997;
considerando que compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos estabelecer diretrizes para
implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de
Informações sobre Segurança de Barragens - SNISB, conforme inciso XII do art. 35 da Lei nº 9.433,
de 1997, resolve:
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CAPITULO I
Página
DO OBJETIVO
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II - incidente - qualquer ocorrência que afete o comportamento da barragem ou estrutura anexa que,
se não for controlada, pode causar um acidente.
CAPÍTULO II
III - a adequação da gestão da segurança das barragens às diversidades físicas, econômicas, sociais e
ambientais das diversas regiões do país, às características técnicas dos empreendimentos e ao dano
potencial das barragens; e
CAPÍTULO III
Art. 4º - O Plano de Segurança da Barragem deverá ser elaborado pelo empreendedor, e compreender,
223
I - identificação do empreendedor;
VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de
quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à manutenção e à operação
da barragem;
Art. 5º - O Plano de Segurança de Barragem deverá ser atualizado em decorrência das inspeções
regulares e especiais e das revisões periódicas de segurança da barragem, incorporando suas exigências
e recomendações.
Art. 6º - Os órgãos fiscalizadores poderão estabelecer prazos para elaboração da primeira edição do
Plano de Segurança das barragens existentes, em função da categoria de risco, do dano potencial e do
volume.
CAPÍTULO IV
VI - a relação dos órgãos fiscalizadores que remeteram informações para a Agência Nacional de
Águas-ANA com a síntese das informações enviadas; e
VII - os recursos dos orçamentos fiscais da União e dos Estados previstos e aplicados durante o
período de competência do relatório em ações para a segurança de barragens.
Art. 10 - A ANA, até 30 de junho de cada ano, poderá estabelecer o conteúdo das contribuições e
formulários padronizados para recebimento das informações que comporão o Relatório de Segurança
de Barragens, devendo ser disponibilizados em seu sitio eletrônico.
Parágrafo único - Caso a ANA não estabeleça o disposto no caput será mantido o conteúdo mínimo
e os formulários adotados no exercício do ano anterior.
Art. 11 - Os empreendedores terão prazo até 31 de outubro de cada ano para enviar aos órgãos
fiscalizadores as informações necessárias para elaboração do Relatório de Segurança de Barragens.
Art. 12 - Os órgãos fiscalizadores terão prazo até 31 de janeiro de cada ano para enviar à ANA as
informações necessárias para a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens.
Art. 13 - A ANA deverá encaminhar o Relatório de Segurança de Barragens ao CNRH até 31 de maio,
de forma consolidada.
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Página
Art. 14 - Fica instituído o Grupo de Trabalho no âmbito da Câmara Técnica de Assuntos Legais e
Institucionais - CTIL com o objetivo de analisar o relatório elaborado pela ANA e propor as
recomendações para a melhoria da segurança de barragens.
Parágrafo único - O GT será constituído por dois membros de cada segmento representado na CTIL.
CAPÍTULO V
III - empreendedores.
III - definir as informações que deverão compor o SNISB em articulação com os demais órgãos
fiscalizadores; e
IV - disponibilizar o acesso a dados e informações para a sociedade por meio da Rede Mundial de
Computadores.
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II - disponibilizar permanentemente o cadastro e demais informações sobre as barragens sob sua
jurisdição e em formato que permita sua integração ao SNISB, em prazo a ser definido pela ANA em
articulação com os órgãos fiscalizadores;
III - manter atualizada no SNISB a classificação das barragens sob sua jurisdição por categoria de
risco, por dano potencial associado e pelo seu volume;
I - manter atualizadas as informações cadastrais relativas às suas barragens junto ao respectivo órgão
fiscalizador;
II - articular-se com o órgão fiscalizador, com intuito de permitir um adequado fluxo de informações.
Art. 21 - O SNISB deverá buscar a integração e a troca de informações, no que couber, com:
considerando que a Lei nº 12.334, de 2010, estabeleceu que o órgão fiscalizador deverá implantar, e
manter atualizado, cadastro das barragens sob sua jurisdição com identificação dos empreendedores
para fins de incorporação ao Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens - SNISB,
no prazo máximo de 2 (dois) anos a partir da data de sua publicação;
considerando que a Lei nº 12.334, de 2010, estabeleceu que os empreendedores de barragens deverão
submeter à aprovação dos órgãos fiscalizadores relatório especificando as ações e o cronograma para
implantação do Plano de Segurança da Barragem, do qual é parte integrante a Revisão Periódica de
Segurança da Barragem, até 20 de setembro de 2013;
considerando que conforme a Lei nº 12.334, de 2010, compete ao órgão fiscalizador estabelecer a
periodicidade de atualização, a qualificação técnica, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento do
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considerando que nos termos da Lei nº 12.334, de 2010, compete ao DNPM a fiscalização do Plano
de Segurança da Barragem e da Revisão Periódica de Segurança da Barragem; e
considerando o resultado da Consulta Pública nº 02/2012 que colheu subsídios para o aprimoramento
desta Portaria, resolve:
Art. 1º - Esta Portaria define a sistemática de cadastramento das barragens fiscalizadas pelo DNPM,
a periodicidade e o conteúdo mínimo das respectivas informações e a periodicidade de atualização, a
qualificação do responsável e equipe técnica, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento do Plano
de Segurança da Barragem, da Revisão Periódica de Segurança da Barragem e das Inspeções de
Segurança Regulares e Especiais das Barragens de Mineração.
Parágrafo único - À exceção do Capítulo I que se aplica a toda e qualquer barragem de mineração, os
demais dispositivos desta Portaria aplicam-se a barragens destinadas à acumulação de água para
quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais que
apresentem pelo menos uma das seguintes características:
I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15 m (quinze
metros);
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m3 (três milhões de metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis; e
III - órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de fiscalização da
segurança da barragem de sua competência;
IV - dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração
no solo ou mau funcionamento de uma barragem, conforme definição do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos - CNRH;
VI - Matriz de Categoria de Risco e Dano Potencial Associado: Matriz que consta do Anexo I desta
Portaria, que relaciona classificação de Categoria Risco e Dano Potencial Associado, com objetivo de
Página
VII - anomalia: qualquer deficiência, irregularidade, anormalidade ou deformação que possa vir a afetar
a segurança da barragem, tanto a curto como a longo prazo;
CAPÍTULO I
Seção I
Seção II
Art. 4º - O cadastramento das barragens deverá ser efetuado anualmente, por meio da apresentação
do RAL, no prazo fixado para entrega do RAL do respectivo ano-base pela Portaria DNPM nº 12, de
13 de janeiro de 2011, que estabelece os procedimentos para sua entrega e processamento.
§ 2º - A atualização dos dados já cadastrados também será efetuada por meio da apresentação do RAL
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no prazo fixado pela Portaria DNPM nº 12, de 2011, ou mediante sua retificação.
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Seção III
Art. 5º - O conteúdo mínimo a ser informado pelo titular quando do cadastro das barragens será
aquele solicitado no RAL no local concernente ao cadastramento de barragens.
Paragrafo único - A declaração das informações será efetuada preenchendo, em sua totalidade, as
informações solicitadas.
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 6º - As barragens de mineração serão classificadas de acordo com o quadro de classificação quanto
ao Risco e ao Dano Potencial Associado, nas classes A, B, C, D e E, constante no Anexo I.
Seção II
segurança da barragem.
Art. 8º - O Plano de Segurança da Barragem deverá ser composto ordinariamente por 4 (quatro)
volumes, respectivamente:
§ 1º - Quando se tratar de barragens com Dano Potencial Associado Alto, nos termos do Anexo I, ou
em qualquer caso, a critério do DNPM, o Plano de Segurança da Barragem deverá, ainda, ser
composto pelo volume V, referente ao Plano de Ação de Emergência.
Seção III
Art. 9º - O Plano de Segurança da Barragem deverá ser elaborado por responsável técnico com registro
no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea, com atribuições profissionais
para projeto, construção, operação ou manutenção de barragens, compatíveis com as definidas pelo
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea.
Art. 10 - O Plano de Segurança da Barragem deverá ser elaborado até o início da operação da
barragem, a partir de quando deverá estar disponível para utilização pela Equipe de Segurança de
Barragem e para os órgãos fiscalizadores.
Parágrafo único - O Plano de Segurança da Barragem deverá estar disponível no próprio local da
barragem e, na inexistência de escritório no local, na planta de beneficiamento, no escritório da mina,
na regional ou sede do Empreendedor, o que for mais próximo da barragem.
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Art. 11 - À medida que ocorrerem as atividades de operação, monitoramento, manutenção, bem como
as inspeções regulares e especiais, os respectivos registros deverão ser inseridos no Volume III do
Plano de Segurança da Barragem.
Art. 12 - O Plano de Segurança da Barragem deverá ser atualizado em decorrência das Inspeções
Regulares e Especiais e das Revisões Periódicas de Segurança da Barragem, incorporando suas
exigências e recomendações.
Parágrafo único - Todas as atualizações a que se refere o caput deverão ser anotadas e assinadas em
folha de controle de alterações, que deverá fazer parte dos volumes respectivos.
Seção IV
Subseção I
Art. 14 - A Revisão Periódica de Segurança de Barragem deverá indicar as ações a serem adotadas pelo
empreendedor para a manutenção da segurança, compreendendo, para tanto:
Parágrafo único - O conteúdo mínimo da Revisão Periódica de Segurança de Barragem será detalhado
no Anexo II.
Art. 15 - O produto final da Revisão Periódica de Segurança de Barragem será um relatório que
233
Parágrafo único - O Resumo Executivo da Revisão Periódica de Segurança da Barragem deverá ser
enviado ao DNPM em até 60 (sessenta) dias após a elaboração do relatório a que se refere o caput,
juntamente com declaração de ciência do representante legal do empreendedor quanto ao conteúdo
do documento, por meio do sítio do DNPM na internet.
Subseção II
Subseção III
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 17 - A Revisão Periódica de Segurança de Barragem deverá ser realizada por equipe
multidisciplinar com competência nas diversas disciplinas que envolvam a segurança da barragem em
estudo.
§ 2º - O responsável técnico pela Revisão Periódica de Segurança da Barragem deverá ter registro no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea, com atribuições profissionais para
projeto, construção, operação ou manutenção de barragens de terra ou de concreto, compatíveis com
as definidas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea.
CAPÍTULO III
Seção I
Periodicidade
Art. 19 - Anualmente, até o dia 20 de setembro, ressalvado o disposto no art. 36, o empreendedor
deverá realizar Inspeção Anual de Segurança Regular de Barragem, elaborar Relatório de Inspeção
Regular da Barragem, preencher o Extrato da inspeção de Segurança Regular da Barragem e emitir a
Declaração de Estabilidade da Barragem, nos termos desta Portaria.
Art. 20 - Quando, durante as vistorias de rotina, for constatada na barragem de mineração anomalia
que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do quadro de Estado de
Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem, conforme Anexo IV, o empreendedor
deverá realizar Inspeções de Segurança Especiais observado o disposto no art. 26 e seguintes.
Art. 21 - A Ficha de Inspeção Regular terá seu modelo definido pelo empreendedor e deverá abranger
todos os componentes e estruturas associadas à barragem, observados os parâmetros relacionados no
art. 22.
Parágrafo único - A Ficha de Inspeção Regular deverá ser anexada ao Plano de Segurança no Volume
III - Registros e Controles.
Parágrafo único - O Relatório de Inspeção Regular deverá ser acompanhado da respectiva anotação
de responsabilidade técnica do profissional que o elaborou.
Art. 23 - O Relatório de Inspeção Regular deverá ser anexado ao Plano de Segurança da Barragem em
até 60 (sessenta) dias após a data da inspeção.
236
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 24 - O Extrato de Inspeção de Segurança Regular de Barragem constitui o resumo das
informações relevantes das inspeções de segurança regulares realizadas no ano e deverá ser preenchido
diretamente no sítio eletrônico do DNPM na internet, observado o prazo previsto no art. 19.
Parágrafo único - Quando constatada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos,
em qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem,
conforme Anexo IV, o Extrato de Inspeção de Segurança Regular de Barragem deverá ser preenchido
em até 1 (um) dia após a realização da vistoria.
Art. 25 - O empreendedor deverá encaminhar ao DNPM por meio do sítio desta autarquia na internet,
no prazo estabelecido no art. 19, juntamente com o Extrato de Inspeção de Segurança Regular de
Barragem, Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem na forma do Anexo IV-A,
individualmente por barragem.
§ 1º - Cópia da declaração de que trata o caput deverá ser disponibilizada no próprio local da barragem
ou, na inexistência de escritório local, na planta de beneficiamento ou no escritório da lavra, o que for
mais próximo da barragem.
Seção II
Art. 26 - Sempre que detectadas anomalias na barragem de mineração deverão ser realizadas Inspeções
de Segurança Especiais na forma desta Portaria.
Periodicidade
Art. 27 - O empreendedor deverá realizar, semanalmente, ou em menor prazo a seu critério, Inspeções
de Segurança Especiais de rotina até que a anomalia detectada na Inspeção de Segurança Regular de
Barragem tenha sido classificada como extinta ou controlada.
Parágrafo único - As inspeções de que trata este artigo deverão ser registradas nas Fichas de Inspeção
237
Art. 29 - A extinção ou o controle da anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez) pontos,
em qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem,
deverá ser atestada por meio de uma inspeção final de segurança especial, observado o disposto no §
1º do art. 31.
Art. 30 - A Ficha de Inspeção de Segurança Especial de Barragem terá seu modelo definido pelo
empreendedor e deverá abranger os componentes e estruturas associadas à barragem que tenham
motivado a Inspeção Especial de Segurança de Barragem e, no mínimo, os tópicos existentes no
modelo proposto no Anexo V.
Parágrafo único - A Ficha de Inspeção de Segurança Especial deverá ser anexada ao Plano de
Segurança no Volume III - Registros e Controles.
I - identificação do representante legal da empresa, assim como da empresa externa contratada pelo
empreendedor, quando for o caso;
II - identificação do responsável técnico para a mitigação das anomalias que resultaram na pontuação
máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à
Categoria de Risco da Barragem constatadas na Inspeção Regular de Segurança de Barragem pela
própria empresa ou pela empresa externa contratada, quando for o caso;
III - avaliação das anomalias que resultaram na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem encontradas
e registradas, individualmente, identificando possível mau funcionamento e indícios de deterioração
ou defeito de construção;
X - classificação do resultado das ações adotadas nas anomalias que resultaram na pontuação máxima
de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria
de Risco da Barragem, de acordo com definições a seguir:
a) extinto: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem, for
completamente extinta, não gerando mais risco que comprometa a segurança da barragem;
b) controlado: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem não for
totalmente extinta, mas as ações adotadas eliminaram o risco de comprometimento da segurança da
barragem, todavia devem ser controladas, monitoradas ou reparadas ao longo do tempo;
c) não extinto: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem, não foi
controlada tampouco extinta, necessitando de novas intervenções a fim de eliminar a anomalia assim
como novas Inspeções Especiais de Segurança da Barragem.
§ 2º - A extinção ou o controle da anomalia de que trata o § 1º deverá ser informado ao DNPM por
meio do sítio do DNPM na internet, na página de Inspeções Especiais de Segurança de Barragens,
por meio do Extrato de Inspeção de Segurança Especial de Barragem.
§ 4º - A classificação do resultado das ações adotadas em face da anomalia que resultou na pontuação
máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do quadro de Estado de Conservação referente à
239
Categoria de Risco da Barragem, deverá ser feita para cada anomalia encontrada.
Página
Art. 32 - O Relatório de Inspeção Especial deverá ser anexado ao Plano de Segurança da Barragem
em até 30 (trinta) dias após a data da Inspeção de Segurança Especial.
Seção III
Art. 34 - As Inspeções de Segurança Regular e Especial de Barragem deverão ser efetuadas pela Equipe
de Segurança da Barragem ou por empresa externa contratada pelo empreendedor, composta por
profissionais treinados e capacitados.
CAPÍTULO IV
Sanção
Art. 35 - O não cumprimento das obrigações previstas nesta Portaria e a apresentação de informações
inverídicas ao DNPM, sem prejuízo de outras sanções legalmente previstas, conforme o caso,
sujeitarão o infrator às penalidades estabelecidas no art. 100, II, c/c art. 54, V e XVI do Decreto nº
62.934, de 2 de julho de 1968, e art. 9º, caput, IV, VI e VII, e §§ 1º e 2º da Lei nº 7.805/89.
240
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 36 - Os empreendedores que possuem barragens de mineração já implantadas ou cuja implantação
será concluída até 20 de setembro de 2012 deverão:
I - até 20 de setembro de 2012, se não declararam RAL ano-base 2011 ou se o declararam sem
preencher as informações sobre as barragens sob sua responsabilidade, encaminhar ao DNPM, na
forma da Portaria DNPM nº 12, de 2011, RAL ano-base 2011 ou RAL retificador, com os dados
referentes ao cadastramento de que trata o Capítulo I desta Portaria;
III - até 60 (sessenta) dias contados da publicação desta Portaria, realizar a primeira inspeção de rotina
e preencher a respectiva Ficha de Inspeção Regular;
IV - até o dia 20 de setembro de 2013, realizar a primeira Inspeção Anual de Segurança Regular das
Barragens de Mineração;
VII - realizar a primeira Revisão Periódica de Segurança das Barragens nos prazos estabelecidos no
art. 16.
§ 1º - A primeira Revisão Periódica de Segurança das Barragens de que trata o inciso VII deverá ser
imediatamente incorporada ao Plano de Segurança de Barragem.
§ 2º - O DNPM poderá, a qualquer momento, solicitar que a primeira Revisão Periódica de Segurança
das Barragens que trata o caput seja elaborada em período diverso do estabelecido no art. 16.
§ 2º - O cronograma de que trata o inciso I do § 1º deverá ter como data inicial 21 de setembro de
2012 e data final, até, conforme disposto abaixo, não sendo impeditivo o término e envio antes desta
data final:
Vigência
ANEXO I
Médio B C D
242
Baixo C D E
Página
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
ANEXO II
i. Para barragens
1. Plano de operação, incluindo, mas não se limitando, Classe D e E,
à somente o item 1
será obrigatório
a) regra operacional dos dispositivos de vertimento, para o Volume II.
caso existam;
regulamento
O conteúdo
mínimo e o nível
1. Registros de Operação;
de detalhamento
2. Registros da Manutenção; dos relatórios de
inspeções de
3. Registros de Operação; segurança
regulares de
Volume III 4. Registros da Manutenção; barragens são
Registros e 5. Registros de Monitoramento e Instrumentação; definidos em
Controles regulamento
específico emitido
6. Fichas e relatórios de Inspeções de Segurança de pelo DNPM e
Barragens; e deverão estar
contemplados no
7. Registros dos testes de equipamentos hidráulicos,
Plano de
elétricos e mecânicos, caso existam.
Segurança da
Barragem
Registros de
Página
construção, para
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
determinar se a
barragem foi
construída em
conformidade
com as hipóteses
de projeto e
verificar a
adequabilidade da
sua estrutura e
Revisão Periódica dos materiais de
de Segurança da fundação.
Barragem
i. Avaliação da
estabilidade e
adequação
estrutural,
resistência à
percolação e
erosão de todas as
partes dos
barramentos,
incluindo-se suas
fundações, bem
como quaisquer
barreiras naturais
sob condições de
carregamentos,
normais e
extremos;
Avaliação da
capacidade de
todos os canais e
condutos
hidráulicos para
descarregar
seguramente as
vazões de projeto
e a adequação
desses condutos
hidráulicos para
suportar a vazão
afluente de
projeto e de
esvaziamento do
reservatório, caso
necessário, em
condições
emergenciais;
245
Verificação do
projeto de todas
Página
as comportas,
válvulas,
dispositivos de
acionamento e
controle de fluxo,
incluindo-se os
controles de
fornecimento de
energia ou de
fluidos
hidráulicos para
assegurar a
operação segura e
confiável;
Avaliação do
comportamento
da barragem
frente a eventos
extremos (sismos
e cheias),
considerando os
eventos ocorridos
a partir da
construção da
barragem;
ii. Verificação da
adequação das
instalações para
enfrentar
fenômenos
especiais que
afetem a
segurança, por
exemplo,
entulhos ou
erosão, que
podem ter sido
insuficientemente
avaliados na fase
de projeto.
Resumo 5. Conclusões;
Executivo
Página
6. Recomendações;
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
O conteúdo
mínimo e o nível
Volume V de detalhamento
Plano de Ação de do Plano de Ação
Emergência - de Emergência
PAE serão tratados em
regulamento
específico.
ANEXO III
Nome da Barragem:
Empreendedor:
CNPJ:
UF:
Município:
Data do Início
CRONOGRAMA Data do Final
(21 de setembro de 2012)
Volume IV - Revisão
Periódica
Demais volumes do
Plano
ANEXO IV
247
Estado de Conservação – EC
Confiabilidade das
Deformações e Deterioração dos
Estruturas Percolação
Recalques Taludes/Paramentos
Extravasoras
Umidade ou
Estruturas com surgência nas áreas Falhas na proteção
Existência de trincas e
problemas de jusante, dos taludes e
abatimentos com
identificados e paramentos, paramentos, presença
medidas corretivas em
medidas corretivas taludes e de vegetação
implantação (2)
em implantação (3) ombreiras estáveis arbustiva (2)
e monitorados (3)
Umidade ou
surgência nas áreas Erosões superficiais,
Estruturas com
de jusante, Existência de trincas e ferragem exposta,
problemas
paramentos, abatimentos sem presença de
identificados e sem
taludes ou implantação das vegetação arbórea,
implantação das
ombreiras sem medidas corretivas sem implantação das
medidas corretivas
implantação das necessárias (6) medidas corretivas
necessárias (6)
medidas corretivas necessárias. (6)
necessárias (6)
Surgência nas
áreas de jusante Depressões
Estruturas com com carreamento Existência de trincas, acentuadas nos
problemas de material ou com abatimentos ou taludes,
identificados, com vazão crescente ou escorregamentos, com escorregamentos,
redução de infiltração do potencial de sulcos profundos de
capacidade vertente material contido, comprometimento da erosão,com potencial
e sem medidas com potencial de segurança da estrutura de comprometimento
corretivas (10) comprometimento (10) da segurança da
da segurança da estrutura. (10)
estrutura (10)
248
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
ANEXO IV-A
Empreendedor:
Barragem:
Classificação da barragem:
Município/UF:
Declaro para fins de acompanhamento e comprovação junto ao DNPM, que realizei Inspeção de
Segurança Regular de Barragem na estrutura acima especificada conforme Relatório de Inspeção de
Segurança Regular de Barragem, elaborado em .............(dia) /.............(mês) /...........(ano), e atesto a
estabilidade da mesma em consonância com a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e Portarias
DNPM vigentes.
Local e data.
--------------------------------------------------------------
Formação profissional
249
Página
ANEXO IV-B
Empreendedor:
Barragem:
Classificação da barragem:
Município/UF:
Data da Inspeção:
Declaro para fins de acompanhamento e comprovação junto ao DNPM, que realizei vistoria técnica
na estrutura acima especificada conforme Relatório de Vistoria Técnica de Barragem elaborado em
.............(dia) /.............(mês) /...........(ano) e atesto a estabilidade da mesma em consonância com a Lei
nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e Portarias DNPM vigentes.
Local e data.
--------------------------------------------------------------
250
Página
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Formação profissional
ANEXO V
1. Nome da Barragem:
6. Empreendedor:
Coluna(s) do quadro de
Identificação Situação Estado de Conservação Pontuação Observações
com anomalia
( ) Confiabilidade das
Estruturas
( ) Extravasoras;
( ) Percolação;
251
( ) Deformações e
Recalques;
Página
( ) Deterioração dos
Taludes/Paramentos.
Identificação da Ações
Classificação do resultado das ações tomadas
Anomalia Executadas
( ) Extinto;
( ) Controlado;
( ) Não extinto.
Confiabilidade das
Estruturas Extravasoras;
Percolação;
Deformações e
Recalques;
Deterioração dos
Taludes/Paramentos.
Identificação do Avaliador:
Nome:
Cargo:
Assinatura:
252
Página
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Considerando que a Portaria nº 416, de 3 de setembro de 2012, que cria o Cadastro Nacional de
Página
Considerando que o Anexo II da Portaria nº 416, de 2012, estabelece que o conteúdo mínimo e o
nível de detalhamento do Plano de Ação de Emergência serão tratados em regulamento específico;
Considerando o resultado da Consulta Pública nº 02/2013 que colheu subsídios para o aprimoramento
desta Portaria, resolve:
Seção I
Parágrafo único - Esta Portaria se aplica às Barragens de Mineração inseridas na PNSB que apresentem
Dano Potencial Associado Alto ou a qualquer Barragem de Mineração quando solicitado formalmente
pelo DNPM, conforme § 1º do art. 8º da Portaria nº 416, de 3 de setembro de 2012.
III - coordenador do PAEBM: agente, designado pelo empreendedor, responsável por coordenar as
ações descritas no PAEBM, devendo estar disponível para atuar prontamente nas situações de
emergência da barragem;
254
IV - dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração
no solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente da sua probabilidade de
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
ocorrência, podendo ser graduado de acordo com as perdas de vidas humanas e impactos sociais,
econômicos e ambientais;
VI - empreendedor: agente privado ou governamental que explore a barragem para benefício próprio
ou da coletividade ou, na condição de barragem inativa, que a tenha implantado ou possua o direito
real sobre os imóveis onde se localiza a barragem, sendo também o responsável legal pela segurança
da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento de ações para garanti-la;
VIII - classificação por categoria de risco e dano potencial associado: classificação que consta da
Resolução CNRH nº 143, de 10 de julho de 2012, e seu Anexo I;
IX - nível de emergência: convenção utilizada nesta Portaria para graduar as situações de emergência
em potencial para a barragem que possam comprometer a segurança da barragem;
XI - zona de autossalvamento: região a jusante da barragem que se considera não haver tempo
suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em caso de acidente;
XII - estudo de cenários: estudo realizado capaz de caracterizar adequadamente os possíveis cenários
que ocorrerão em virtude de uma eventual ruptura da Barragem onde os métodos para tal estudo
devem ser explicitados no PAEBM, sendo de responsabilidade do empreendedor; e
Parágrafo único - Para efeito desta Portaria, a Defesa Civil Nacional é representada pelo Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), ou pelo órgão que vier a lhe suceder.
Seção II
Subseção I
empreendedor, no qual estão identificadas as situações de emergência que possam pôr em risco a
integridade da barragem e onde são estabelecidas as ações imediatas necessárias nesses casos e
Volume 1: Legislação MINÉRIOS
Coletânea de Legislação dos Recursos Naturais no Brasil - Volume 1 - MINÉRIOS
definidos os agentes a serem notificados de tais ocorrências, com o objetivo de evitar ou minimizar
danos com perdas de vida, às propriedades e às comunidades a jusante.
Art. 4º - O PAEBM deverá ser elaborado para todas as Barragens de Mineração classificadas pelo
DNPM com dano potencial associado alto de acordo com Anexo I da Resolução do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) nº 143, de 10 de julho de 2012, e em observância ao art. 11º
da Lei 12.334, de 2010, até o início da operação da barragem ou a qualquer Barragem de Mineração
quando solicitado formalmente pelo DNPM.
Art. 5º - Nos termos do artigo 12 da Lei 12.334, de 2010, o PAEBM deverá contemplar, pelo menos:
IV - fluxograma e procedimentos de notificação com os telefones, quando for o caso, dos envolvidos
associados;
§ 1º - O documento físico do PAEBM deverá ter capa vermelha e o nome da Barragem de Mineração
em destaque, visando fácil localização no momento de sinistro.
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
§ 2º - O documento físico do PAEBM deverá estar inserido no Plano de Segurança da Barragem de
Mineração assim como deve estar, também, em local de fácil acesso no próprio local da barragem e,
na inexistência de escritório local, na planta de beneficiamento, no escritório da mina, na regional ou
sede do empreendedor, o que for mais próximo da barragem.
Art. 7º - Devem ser entregues cópias físicas do PAEBM para as Prefeituras e Defesas Civis municipais
e estaduais afetadas, além de cópia digital para o CENAD através do sítio eletrônico do referido
Centro.
§ 3º - O PAEBM deve conter em seus anexos relação das autoridades públicas que receberão a cópia
do Plano.
Subseção II
III - nos organismos de Defesa Civil dos municípios abrangidos pelo PAEBM.
Art. 9º - O PAEBM deverá ser atualizado, sob responsabilidade do empreendedor, sempre que houver
alguma mudança nos meios e recursos disponíveis para serem utilizados em situação de emergência,
bem como deverá o empreendedornotificar as entidades identificadas no art. 8º desta Portaria sobre
a mudança do coordenador do PAEBM.
Parágrafo único - Todas as atualizações a que se refere o caput deverão ser anotadas e assinadas em
257
Art. 10 - O PAEBM deverá ser revisado por ocasião da realização de cada Revisão Periódica de
Segurança de Barragem, conforme art. 16 da Portaria DNPM nº 416, de 3 de setembro de 2012, por
equipe técnica descrita no artigo 17 da referida Portaria.
Parágrafo único - A revisão do PAEBM, a que se refere este artigo, implica reavaliação das ocupações
a jusante e dos possíveis impactos a elas associados, assim como atualização do estudo de cenários e
seu mapa homônimo.
Seção III
II - disponibilizar informações, de ordem técnica, necessárias para que a Defesa Civil promova
treinamentos e simulações de situações de emergência, em conjunto com as prefeituras e demais
instituições indicadas pelo governo municipal, devendo manter registros destas atividades no Volume
V do PSB, além de estar disponível para eventual atuação em conjunto com os órgãos citados, quando
solicitado formalmente;
IX - notificar a Defesa Civil estadual, municipal e nacional, a Prefeitura e o DNPM em caso de situação
de emergência;
§ 1º - O estudo e o mapa de cenários a que se referem o inciso I deverão ser incorporados ao PAEBM
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§ 2º - A designação a que se refere o inciso IV não exime o empreendedor da responsabilidade legal
pela segurança da barragem.
Art. 13 - O responsável técnico pela elaboração do PAEBM deverá ter registro no Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia - CREA, com atribuições profissionais para projeto ou construção ou
operação ou manutenção de barragens compatíveis com as definidas pelo Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea.
Seção IV
Capítulo III da Portaria DNPM nº 416, de 2012, ou seja, quando for constatada, a qualquer momento,
anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer coluna do quadro de
Página
Art. 16 - O coordenador do PAEBM, ao ter conhecimento de uma situação expressa no art. 15, deve
avaliá-la e classificá-la, junto com a equipe de segurança de barragens, de acordo com os Níveis de
Emergência, conforme expresso:
I - Nível 1 - Foi detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer
coluna do quadro de Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem de
Mineração, de acordo com o Anexo I da Resolução CNRH nº 143, de 2012 e Anexo IV da Portaria
DNPM nº 416, de 2012, e para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança
da estrutura;
II - Nível 2 - Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso I for classificado
como "não extinto", de acordo com a definição do inciso X do art. 31 da Portaria DNPM nº 416, de
2012; ou
§ 1º - Após a classificação quanto aos Níveis de Emergência, o coordenador do PAEBM deve declarar
Situação de Emergência e executar as ações descritas no PAEBM.
Art. 17 - Quando a emergência for de nível 3, estando, ao menos, em situação de iminência de ruptura,
sem prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das ações das autoridades públicas competentes,
fica o empreendedor obrigado e responsável por alertar ou avisar a população potencialmente afetada
na zona de auto salvamento, conforme os sistemas de alerta e de avisos constantes no PAEBM, de
forma rápida e eficaz.
Art. 18 - O planejamento das atividades previstas no artigo 17 deve constar no PAEBM e ser objeto
de orientação da Defesa Civil nacional, estadual e municipal em observância a Lei nº 12.608, de 10 de
abril de 2012, que instituiu a Política Nacional de Defesa Civil - PNPDEC.
Art. 19 - Uma vez terminada a situação de emergência nível 3, o coordenador do PAEBM ou seu
substituto, em conjunto com a equipe de segurança da barragem, devem elaborar o relatório de
260
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Alexandre Soares de Almeida (Org.)
II - relatório fotográfico;
III - descrição das ações realizadas durante o evento, inclusive cópia das declarações emitidas e registro
dos contatos efetuados, conforme o caso;
Seção V
I - 6 (seis) meses contados da data de publicação desta Portaria, para as Barragens de Mineração
classificadas como Categoria de Risco Alto de acordo com Anexo I da Resolução CNRH nº 143, de
2012;
II - 12 (doze) meses contados da data de publicação desta Portaria para as barragens classificadas
como Categoria de Risco Médio de acordo com Anexo I da Resolução CNRH nº 143, 2012; e
III - 18 (dezoito) meses contados da data de publicação desta Portaria para as barragens classificadas
como Categoria de Risco Baixo de acordo com Anexo I da Resolução CNRH nº 143, de 2012.
Art. 21 - Quando exigido formalmente pelo DNPM, o prazo para a elaboração do PAEBM, para
qualquer outra Barragem de Mineração classificada pelo DNPM como Dano Potencial Associado
Médio ou Baixo, será de 12 (doze) meses, contados da data de recebimento da exigência.
Art. 22 - O não cumprimento das obrigações previstas nesta Portaria e a apresentação de informações
inverídicas ao DNPM, sem prejuízo de outras sanções legalmente previstas, conforme o caso,
sujeitarão o infrator às penalidades estabelecidas no art. 100, II, c/c art. 54, V e XVI do Decreto nº
62.934, de 2 de julho de 1968, e art. 9º, caput, IV, VI e VII, e § § 1º e 2º da Lei nº 7.805/89.
261
jusagrarista@gmail.com
Alexandre Soares de Almeida (Org.)
Art. 2º Em caso de inobservância do art. 1º desta Portaria ou se não tiver sido apresentada ao DNPM
a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem, conforme exigido pelos arts. 19 e 25 da
Portaria nº 416, de 2012, o DNPM determinará, a seu critério, como medida preventiva, a interdição
provisória das atividades de acumulação de água ou de disposição final ou temporária de rejeitos de
mineração, sem prejuízo da imposição das sanções administrativas cabíveis.
DOU de 18/01/2016
Página