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“Morbidade Respiratória em Trabalhadores da Limpeza Interna
na Região Metropolitana de São Paulo”*
346 limpadores avaliados
Agentes citados como relacionados aos sintomas de vias aéreas:
Agente Citações
Alvejantes com cloro 157 (25%)
Poeira 122 (20%)
Ácidos 48 (8%)
Detergentes amoniacais 47(8%)
Desinfetantes 37(6%)
Outros 181 (29%)
Não sabe 33 (5%)
Total de agentes citados 625 (100%)
*Elayne de Fátima Maçãira. Tese de mestrado, FSP –USP, 2004
Confirmação
do
diagnóstico
de
asma
• História
clínica
• Diagnóstico
funcional
–
espirometria
e
provocação
brônquica
inespecífica.
Estabelecimento
da
relação
entre
asma
e
exposição
ocupacional
• História
ocupacional
-‐
Exposição
a
agente
suspeito,
relação
com
a
jornada
de
trabalho,
com
fins
de
semana
e
férias.
• Evidência
de
obstrução
reversível
associada
à
exposição
ocupacional
Espirometria
• Importante no diagnóstico de asma e
prognóstico da AO - freqüentemente é
normal, mas pode apresentar padrão
obstrutivo ou restritivo. Quando anormal,
está relacionada a pior prognóstico
• Antes e após a jornada de trabalho - deve
ser feita após o fim de semana ou após um
dia de folga, buscando-se observar redução
significativa do VEF1 com a jornada de
trabalho. São freqüentes falsos negativos.
Testes de Broncoprovocação
Inespecífica
Histamina,
metacolina
e
carbacol
são
os
agentes
mais
empregados.
Administração
de
aerossol,
através
de
um
nebulizador
de
jato
ou
dosímetro,
em
concentrações
progressivas,
observando
a
função
pulmonar
(curva
dose-‐resposta)
e
calculando
a
dose
e
concentração
da
droga
capaz
de
reduzir
o
VEF1
em
20%
do
basal
(PD20
ou
PC20).
Broncoprovocação
Inespecífica
Curva
dose-‐resposta
VEF1
120 (% )
100
80
60
40
Metacolina
20
Carbacol
0 PC 20
Log Concentração (mg/ml)
Brocoprovocação Inespecífica -
Indicações
1. Quando
a
espirometria
é
normal,
para
diagnóstico
de
asma.
Já
foram
descritos
casos
de
asma
ocupacional
com
provocação
inespecífica
negativa.
2. Para
avaliar
o
prognóstico
da
asma
ocupacional.
Quanto
maior
a
responsividade
brônquica,
pior
o
prognóstico.
3. Para
avaliar
o
efeito
de
medidas
terapêuticas,
como,
por
exemplo,
o
afastamento
do
trabalho.
Testes Cutâneos e Sorológicos
Específicos
Quando positivos, indicam sensibilização
• Testes
Cutâneos
-‐
prick-‐tests
ou
testes
intradérmicos
com
extratos
de
alergenos
proteicos,
como
antígenos
de
animais,
enzimas
biológicas,
poeira
de
farinha
e
com
alguns
agentes
de
baixo
peso
molecular,
como
sais
de
platina
e
níquel
ou
antibióticos.
• Testes
Sorológicos
-‐
determinam
a
presença
de
anticorpos
IgE
ou
IgG
pelo
RAST
ou
ELISA
específicos
para
antígenos
de
alto
peso
molecular
ou
antígenos
de
baixo
peso
conjugados
a
proteínas,
como
os
anidridos
ácidos
e
isocianatos.
Raramente
disponíveis
em
nosso
meio.
Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Método mais freqüentemente empregado
para o diagnóstico de asma ocupacional
• Usar
aparelhos
portáteis
já
testados
e
de
boa
qualidade.
•
Ensinar
o
trabalhador
a
realizar
as
medidas
corretamente.
•
Orientar
o
trabalhador
para
realizar
a
atividade
onde
ocorre
a
exposição
ao
agente
suspeito.
•
Manter
a
medicação
constante
durante
o
período
de
registro.
Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Realizar
no
mínimo
4
medidas
de
PFE
ao
dia,
em
intervalos
regulares,
com
pelo
menos
3
manobras
reprodutíveis
por
vez.
Ideal
ter
2
períodos
de
trabalho
intercalados
por
um
de
afastamento
(≥
3
semanas).
OASYS
é
um
programa
disponível
que
constrói
as
curvas
e
faz
análises
estatísticas
dos
dados.
O
sistema
OASYS,
através
da
análise
discriminante,
produz
um
escore.
O
sistema
também
exibe
um
gráfico
com
os
valores
médios,
máximos
e
mínimos
diários.
Curvas de Pico de Fluxo Expiratório - OASYS
Curva
de
PFE
-‐
OASYS
Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Interpretação
Análise
Visual
(tem
se
mostrado
superior
às
análises
estatísticas)
Padrões
mais
freqüentes
de
deterioração
e
recuperação:
Padrões
Diários
Deterioração
diária
progressiva
com
recuperação
no
fim
de
semana.
Deterioração
equivalente
com
recuperação
nos
fins
de
semana.
Recuperação
nos
finais
de
semana
e
nos
períodos
de
afastamento.
Padrões
Semanais
Deterioração
progressiva
sem
recuperação
nos
fins
de
semana.
Deterioração
equivalente
sem
recuperação
nos
fins
de
semana.
Recuperação
nos
períodos
de
afastamento.
700
600
500
400
300
200
100
0
S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D A A A A A S D A A A A A
200
150
100
50
0
A A S D A A A A A S D T T T T T S D T T T T T S D T T T T T S D T T T
Realizou
Outros 38%
3%
Analfabeto
4%
Demitido
Transferido 23%
3%
Asma Grave
8% Afastado
21%
Testes de Broncoprovocação Específica
Considerados testes padrão para o diagnóstico de
asma ocupacional.
Etapas:
Dia
1:
Exposição
ao
placebo
e
monitorização
da
função
pulmonar.
Dia
2:
Exposição
ao
agente
suspeito
e
monitorização
da
função
pulmonar.
Se
necessário,
repetir
em
outros
dias
em
concentrações
maiores.
Métodos:
Administração,
via
nebulizador,
de
extratos
de
alergenos
hidrossolúveis
de
alto
peso
molecular.
Administração,
em
câmaras
de
broncoprovocação,
de
agentes
em
forma
de
poeiras,
gases
ou
vapores.
Testes de Broncoprovocação Específica
•
Raramente
disponíveis
em
nosso
meio
•
Podem
induzir
reações
asmáticas
graves.
•
Podem
ser
negativos
se
a
exposição
já
cessou.
•
São
demorados
e
trabalhosos.
•
Exigem
hospitalização
para
observação,
no
caso
de
ocorrerem
reações
tardias.
•
Não
estão
indicados
para
fins
médico-‐
legais.
•
Indicados
quando
há
asma
ocupacional
por
agente
ainda
não
descrito
em
literatura
ou
em
casos
de
exposições
múltiplas.
Broncoprovocação Específica
Método de Pepys
Câmaras
de
Broncoprovocação
Testes de Broncoprovocação Específica.
Padrões de Resposta
Típicas:
1-‐Imediata
-‐
começa
no
máximo
10-‐20
minutos
após
a
exposição
e
dura
de
1
a
2
horas.
2-‐Tardia
-‐
pode
ocorrer
1-‐2
horas
ou
4-‐8
após
a
exposição,
e
se
associa
a
eosinofilia
e
inflamação
das
vias
aéreas.
Combinada
(imediata
e
tardia).
Atípicas:
1-‐Progressiva
2-‐Imediata
prolongada
3-‐Quadrada
4-‐Asma
noturna
recorrente
após
exposição
única.
Provocação Brônquica com Látex
Reação Imediata
120 PFE (% basal)
110
100
90
80
70
60 Nitrílica
50 Látex
40
30
Basal 20min 1h 3h 5h 7h 9h 11h
PB específica – farinha de trigo
Reação Imediata
110
100
90
80
70
60 VEF1
50 PFE
40
30
20
Basal 30min 3h 6h 19,5
Broncoprovocação
com
poeira
de
madeira
110
100
90
80
Ipê
Jatobá
70
60
50
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
PB com poeira de madeira
Reação imediata e na manhã seguinte.
PFE (%
120 basal)
110
100
90
80
70 Jatobá
Ipê
60
50
Basal 1h 5h 10 24h
Sensibilidade
e
Especificidade
dos
Métodos
para
DiagnósJco
de
Asma
Ocupacional*
Método
Sensibilidade
(%)
Especificidade
(%)
PFE
seriado
(OASYS)**
78
92
Espirometria
pre/pós
turno
de
50
91
trabalho
Variação
da
resposta
à
metacolina
≥
48
64
3,2
vezes
Provocação
no
local
de
trabalho
desconhecida
desconhecida
Provocação
Específica
desconhecida
desconhecida
(<100%)
(<100%)