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Elisabete Vido
Índice
PRINCÍPIOS 455
De acordo com o art. 3º, I, da Lei 6.938/1981, meio ambiente é “o conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas”.
– Natural: composto pelos elementos bióticos (com vida) e abióticos (sem vida), que
existem sem a intervenção do homem;
– Artificial: composto pelos bens materiais ou imateriais construídos pelo homem para
sua sobrevivência ou conforto;
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
a) Privativa da União(art. 22, IV, XII, XXVI, da CF/1988): sobre energia; energia
nuclear; água e exploração de recursos minerais; e
Note que o Município só pode legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, da
CF/1988).
É comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. De acordo com o art. 23, III,
IV, VI, VII e XI, da CF/1988, a competência para proteger o meio ambiente é comum da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Entretanto, a união terá competência material exclusiva para elaborar e executar planos
nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente
as secas e as inundações; instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; instituir diretrizes para o
desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; explorar os serviços e
instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a
lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios
nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: toda atividade
nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante
aprovação do Congresso Nacional; sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e
atividades análogas; sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; a
responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; sob regime de
permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de
meia – vida igual ou inferior a duas horas; a responsabilidade civil por danos nucleares
independe da existência de culpa (art. 21, IX, XVIII, XIX, XX, XXI, XXIII, da CF/1988).
• Previsão Constitucional
c) Princípio do limite: este princípio é dirigido ao Poder Público, para que este fixe
limites máximos de emissão de poluentes, ou seja, fixe padrões de qualidade ambiental. O
princípio do limite é contemplado na Res. 18/1986 do Conama que tratou do controle da
poluição do ar por veículos automotores.
A política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo preservar, melhorar e recuperar
a qualidade ambiental, e para sua implantação foi criado o Sisnama.
ii) Órgão deliberativo e consultivo: que é o Conama, composto pelo Ministro do Meio
Ambiente e representantes dos Estados, Distrito Federal, Municípios, ONGs e sindicatos. O
Conama estabelece normas e critérios para o EPIA/RIMA e licenciamento ambiental e
define normas e padrões nacionais de controle da poluição, acompanha a implementação
das Unidades de Conservação;
iv) Órgãos Executores: composto pelo Ibama, que possui poder de polícia ambiental,
cuida do zoneamento e impactos ambientais, licenciamento ambiental e fiscalização geral
na proteção ao meio ambiente, e pelo Instituto Chico Mendes, que administra as Unidades
de Conservação;
c) EPIA/Rima: será usado no caso de uma determinada obra trazer uma significativa
degradação ambiental (art. 225, § 1º, IV, da CF/1988; art. 9º, III, da Lei 6.938/1981; e art. 3º
da Res. Conama 237/1997).
Mesmo que o EPIA/RIMA seja negativo, a decisão não vincula o órgão ambiental na
decisão sobre a realização da obra.
ii) Instalação (art. 8º, II, da Res. Conama 237/1997), que autoriza o início das obras,
desde que tenha cumprido as condições anteriormente determinadas, e tem duração pelo
prazo de até 6 (seis) anos; e
iii) Operação (art. 8º, III, da Res. Conama 237/1997), que autoriza o funcionamento da
obra, e tem duração de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
e) Unidades de Conservação(art. 225, § 1º, III, da CF/1988 e Lei 9.985/2000), que são
espaços protegidos por possuírem aspectos naturais relevantes.
Outra necessidade é a zona de amortecimento (art. 2º, XVIII, da Lei 9.985/2000), que é o
entorno da unidade onde existem restrições nas atividades para preservar as UC. As únicas
que não precisam de zona de amortecimento são as áreas de proteção ambiental (APA) e as
reservas particulares do patrimônio natural (RPPN).
Permite o uso indireto, para visitas ou Permite o uso sustentável das populações
pesquisas tradicionais
Patrimônio Cultural são todos os bens móveis e imóveis, materiais e imateriais que
dizem respeito à origem, à identidade, à memória do povo brasileiro.
Previsão Constitucional:
INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Para tutelar o patrimônio brasileiro temos os seguintes instrumentos (art. 216, § 1º, da
CF/1988):
• Inventários;
• Registros;
• Desapropriação;
• Vigilância; e
• Tombamento.
b) Registro (Dec. 3.551/2000): serve somente para bens imateriais, tais como saberes,
lugares, formas de expressão e celebrações.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
a) Responsabilidade civil (art. 14, § 1º, da Lei 6.938/1981): é objetiva, ou seja, será
necessário demonstrar o dano e o nexo causal entre o dano e a conduta do agente, não
importando a culpa.
A reparação do dano ambiental deve ser sempre específica (in natura), mas se não for
possível deve-se proceder à compensação e, em último caso, à indenização;