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ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA

UNIDADE DE EMERGÊNCIA
O setor de Emergência é constituído das
seguintes unidades:
 Recepção e Sala de Espera;
 Triagem;
 Sala de Suporte Avançado de Vida;
 Sala de Traumatologia;
 Sala de Sutura e Procedimentos;
 Observação Adulta e Infantil;
 Sala para Aerosol;
 Consultórios.
Emergência Urgência
Definição: Definição:
Constatação médica Ocorrência imprevista
de condições de de agravo à saúde
agravo à saúde que com ou sem risco
impliquem risco potencial à vida,cujo
iminente de morte ou portador necessita de
sofrimento assistência médica no
intenso,exigindo, menor tempo possível.
tratamento médico
imediato. Ex.Dor Lombar
Ex.Suspeita de IAM
1.1.Recepção
1.2.Sala de Espera
1.3.Triagem Equipamentos e Acessórios
Consta de local necessários:
 Computador;
específico para  Maca;
consulta de  Esfigmomanômetro;
enfermagem,onde o  Estetoscópio;
Enfermeiro utiliza a  Aparelho de ECG;
classificação de risco  Termômetro;
através dos sinais e  Impressos;
 Espátulas;
sintomas,logo após  Glicosímetro.
encaminha-o para o
médico específico.
1.3.Triagem
1.4.Sala de Suporte Avançado de Vida
O atendimento realizado pela equipe
multiprofissional nesta sala,visa a
estabilização hemodinâmica do paciente
até sua transferência para
UTI,Hemodinâmica,CC ou até mesmo
sala de observação.Sua arquitetura
permite receber,de maneira facilitada,o
aparelho de RX móvel e outros métodos
de imagem.
1.4.Sala de Suporte
Avançado de Vida
1.4.Sala de Suporte Avançado de Vida
Equipamentos e Acessórios:
 Monitores Multiparamétricos;
 Macas móveis;
 Carro de Emergência;
 Desfibrilador Cardíaco;
 Marca-passo transcutâneo;
 Aparelho de ECG;
 Respirador Mecânico;
1.4.Sala de Suporte Avançado de Vida
 Régua de oxigênio,ar comprimido e
vácuo;
 Bomba de Infusão(várias);
 Suporte para soro;
 Computador;
 Tábua e colar cervical.
Monitor Multiparamétrico
Maca Móvel
Carro de Emergência
Desfibrilador Cardíaco
Marcapasso
Transcutâneo
Gerador de
Marcapasso
Transcutâneo
Aparelho de ECG
Respirador Mecânico
1.5.Sala de Traumatologia,Suturas e Gesso
Local específico para o atendimento de
pacientes portadores de fraturas,bem
como portadores de cortes (solução de
continuidade) e necessitados de prótesse
gessada.
1.6.Sala de Observação
Local específico para observação do
paciente após alguma
intervenção,administração de
medicamentos,encaminhamento para
exames e passagem de plantão de
Enfermagem.
1.6.Sala de
Observação
1.7.Sala de Aerosol (Nebulização)
Definição
Triagem vem da palavra trie cujo
significado é “escolher”. O enfoque da
triagem é priorizar casos mais graves e
estabelecimento de uma espera segura
dos demais clientes (BARE; SMELTZER,
2002).
ou
Definição
A triagem constitui basicamente de uma
avaliação ágil e imediata para apontar as
prioridades de acordo com a gravidade
bem como procedimentos médicos
necessários
(OLIVEIRA, 2001 apud SABBADINI;
GONÇALVES, 2008).
Então
Na realização da triagem são investigados
alguns pontos importantes como, por
exemplo: sinais vitais, história, avaliação
neurológica e níveis de glicemia quando
necessário.Posteriormente segue-se um
protocolo desenvolvido pelo enfermeiro com
base em suas experiências com a finalidade
de iniciar os exames radiológicos e
laboratoriais (BARE;SMELTZER, 2002).
Atualmente existem cinco modelos de escalas de
triagem estruturada em uso:
 NTS – National Triage
Scale (Austrália);
 CTAS – Canadian Emergency
Department Triage and Acuity Scale (Canadá);
 MTS– Manchester Triage System (Reino Unido);
 ESI –Emergency Severity Index (Estados
Unidos);
 MAT –Model Andorra de Triatje (Espanha) 15.
Classificação de risco: Uma necessidade
inadiável em um serviço de emergência
de qualidade.
NÍVEL CATEGORIA TEMPO MÁXIMO COR

I Ressuscitação 0 minutos Vermelho

II Emergência 10 minutos Laranja

III Urgência 60 minutos Amarelo

IV Semi-urgente 120 minutos Verde

V Não Urgente 240 minutos Azul


Modelo de Escala de Risco
Nível I – Vermelho – 0 minutos
 Cianose central e periférica intensas;
 Palidez extrema;
 Respiração ausente, lenta ou superficial;
 Sem pulsos periféricos ou pulsos muito
débeis;
 Bradicardia < 40pbm;
 PA imperceptível;
 Inconsciente e pouco reativo;
 Politraumatizado grave
Modelo de Escala de Risco
Nível II – Laranja – até 10 minutos
 Dispnéia;
 Ruídos respiratórios;
 Tiragem intercostal;
 Estridor;
 Taquicardia >120bpm;
 Bradicardia <50bpm;
 Pulso filiforme;
 Confusão mental;
 Estupor.
Modelo de Escala de Risco
Nível III – Amarelo – até 60 minutos
 Petéquias;
 Hemoptise;
 Cefaléia súbita;
 Parestesias;
 Alterações da fala;
 Déficit motor;
 Fraturas de membros sem sinais de
gravidade;
Modelo de Escala de Risco
Nível III – Amarelo – até 60 minutos
 Diabetes descompensado >350mg%;
 HAS sintomática S>180 e D>110mmHG;
 Hemorragia digestiva alta com estabilidade
Hemodinâmica;
 Síncope sem alterações de sinais vitais;
 Intoxicação exógena;
 Dor abdominal (não crônica);
 Queimaduras agudas;
 Corpo estranho (ouvido, nariz, faringe, olho).
Modelo de Escala de Risco

Nível IV – Verde – até 120 minutos


 Otalgia;
 Odontalgia;
 Odinofagia;
 Cefaléia;
 Cervicalgia;
 Conjuntivite;
 Fraqueza com sinais vitais normais;
Modelo de Escala de Risco
Nível IV – Verde – até 120 minutos
 Dor torácica inespecífica;
 Tosse;
 Dor lombar;
 Traumas leves;
 Dor em membros sem cianose dos mesmos;
 Processos gripais;
 Dor osteomuscular sem sinais de fratura;
Modelo de Escala de Risco

Nível V – Azul – até 240 minutos


 Atraso menstrual;
 Anorexia;
 Queimadura solar;
 Alergia/dermatite com sinais vitais normais;
 Busca por atestados de saúde ou doença;
 Busca por especialistas (referenciados ou
não);
Modelo de Escala de Risco

Nível V – Azul – até 240 minutos


 Busca por métodos diagnósticos
(exames);
 Busca por receitas de drogas controladas;
 Busca por renovação de receitas;
 Dor crônica com sinais vitais normais.
Equipe Multiprofissional
 Médico Emergencista;
 Médico Cirurgião;
 Médico Ortopedista;
 Médico Pediatra;
 Enfermeiros;
 Assistente Social;
 Psicologo;
 Técnicos de Enfermagem;
 Recepcionistas;
 Maqueiros;
 Serviços Gerais;
 Seguranças.
Equipe de Enfermagem

 Enfermeiro Coordenador;
 Enfermeiros Assistenciais;
 Técnicos/Auxiliares de Enfermagem;
 Maqueiros;
 Auxiliares Administrativos;
 Serviços Gerais.
A Associação Americana de Enfermagem
(ANA) estabeleceu os "Padrões da
Prática de Enfermagem em Emergência"
em 1983, tendo como referência padrões
definidos,classificando os enfermeiros de
emergência em três níveis de
competência:
Primeiro nível : requer competência mínima para o
enfermeiro prestar atendimento ao paciente.
Ex:Punção venosa;
Segundo nível: este profissional necessita formação
específica em enfermagem de emergência;
Ex.Atendimento a um politraumatizado estável;
Terceiro nível: o enfermeiro deve ser especialista
em área bem delimitada e atuar no âmbito pré e
intra hospitalar.
Ex.Paciente em PCRC
Atividades privativas dos Enfermeiros em
uma U.E.

 Atividades Assistenciais;
 Atividades Administrativas;
 Atividades de Ensino.
Atividades Assistenciais
 Presta o cuidado ao paciente juntamente
com o médico;
 Prepara e administra medicamentos;
 Viabiliza a execução de exames especiais
procedendo a coleta;
 Instala sondas nasogastricas,nasoenterais e
vesicais em pacientes;
 Realiza troca de traqueostomia e punção
venosa com cateter;
Atividades Assistenciais
 Efetua curativos de maior complexidade;
 Prepara instrumentos para intubação,
aspiração, monitoramento cardíaco e
desfibrilação, auxiliando a equipe médica
na execução dos procedimentos diversos;
 Realiza o controle dos sinais vitais;
 Executa a evolução do pacientes e anota
no prontuário entre outras.
Atividades Administrativas
 Lidera a equipe de enfermagem no
atendimento dos pacientes críticos e não
críticos;
 Realiza a estatística dos atendimentos
ocorridos na unidade;
 Coordena as atividades do pessoal de
recepção, limpeza e portaria;
 Soluciona problemas decorrentes com o
atendimento médico-ambulatorial;
Atividades Administrativas

 Aloca pessoal e recursos materiais necessários;


 Realizaa escala diária e mensal da equipe de
enfermagem;
 Controla estoque de material;
 Verifica
a necessidade de manutenção dos
equipamentos do setor.
Atividades de Ensino
No hospital existe um setor específico para o
desenvolvimento de programas de educação
permanente, no qual atua um enfermeiro
responsável em implementar programas, cujos
propósitos consistem em sanar dificuldades
evidenciadas na prática da enfermagem e
promover o aprendizado de novos conhecimentos
sobre os avanços ocorridos na área da saúde.
A- Escala de Serviço

Todo serviço de Emergência deve ter uma


escala de serviço:
 Escala Mensal (com pontos de espera);
 Escala das subunidades da emergência
(ex.sala de parada, sala de sutura);
 Escala de checagem dos materiais e
equipamentos
B-Abertura e Fechamento de Plantão

A equipe de enfermagem na área de


emergência deve conhecer claramente o
que deve ser feito ao iniciar o plantão,com
vistas a uma melhor organização e
padronização do seu trabalho.
O fechamento do plantão priorizará o que
está em andamento e as pendências.
B-Abertura e Fechamento de Plantão
 Área onde estão os pacientes em
atendimento:
 Motivo do atendimento;
 Idade;
 Grau de compreensão percebida;
 Pendências (ex.exames de imagens e
laboratório,transferência interna e
externa)
 Orientações que devem ser dadas;
 Controles que devem ser feitos
C-Passagem de Plantão
Um grande desafio é a passagem de
plantão,já que o fluxo de informações e o
atendimento não podem esperar.São
informações contempladas:
 Passagem de plantão do paciente
 Nome do paciente e convênio;
 Hipótese diagnóstica;
 Exames e procedimentos pendentes;
 Observações relevantes.
C-Passagem de Plantão
 Passagem de plantão administrativa:
 Equipamentos e materiais;
 Chegadas previstas de pacientes;
 Ausências de membros da equipe;
 E o que ocorrer.
D- Chegada de Pacientes
Esta rotina deve contemplar a forma de
chegada do paciente;
 Condução própria;
 Ambulância;
 Helicóptero;
 Internamente(funcionários ou
acompanhantes de pacientes internados )
E- Triagem ou Pré-consulta de Enfermagem

Terá sua rotina baseada como o fluxo se


dará,como se realizará o atendimento e a
classificação de prioridade e quais ações
são realizadas nesta área para
encaminhar o paciente ao atendimento.
F-Abertura de Cadastro

Aspectos de identificação e,em casos de


serviços que atendam
convênios,aspectos de cobertura do plano
devem ser contemplados(exigir
documentos comprobatórios).
Atenção a pacientes sem
identificação,encaminhar situação para o
serviço social .
G-Admissão na área de Atendimento

Para tal,o grau de gravidade com ações


para cada situação e,também,em
situações que envolvam pacientes com
necessidades especiais como
idosos,crianças,deficientes físicos e etc.
Quanto ao grau de gravidade,a
classificação das situações de urgências
e não urgências.
H-Atendimento na sala de Emergência
A sala de emergência precisa de rotinas
como conferência por plantão e manutenção
preventiva e corretiva de equipamentos.
Quanto ao atendimento:
 Real necessidade do uso da sala;
 Mobilização da equipe;
 Abordagem de acompanhantes;
 Encaminhamentos aos diversos setores do
hospital.
I-Atendimento nas Salas de Observação

Os critérios para utilização das salas de


observação também terão que ser
definidos nesta rotina,assim como os
cuidados rotineiros a serem prestados.
J-Encaminhamento aos serviços de Imagem
Na área de emergência,os serviços de
imagem são muito utilizados,seja para uma
radiografia,seja para uma tomografia ou até
para o uso da radiografia vascular ou
hemodinâmica.
As preocupações nesta rotina envolvem:
 Comunicar a área de Imagem;
 Gravidade do paciente;
 Autorizações de Convênios.
L-Solicitação de Internação

As necessidades nesta rotina envolvem:


 Informação ao paciente do motivo da
internação;
 Definição da equipe que se responsabilizará
pela internação do paciente;
 Impressos envolvidos neste processo;
 Local de internação;
 Autorização de convênios se for o caso.
M-Espera de Leitos

Refere-se à necessidade de um leito para


internação,mas este não está
disponível.Critérios para tomada de
decisão nesta situação precisam de
embasamento da diretoria quanto a
possibilidade de transferência ou aguardo
da disponibilidade do leito.
N-Óbito
Seguirá a mesma rotina estabelecida no
hospital que,em geral,classifica duas
situações:
 Óbitos Atestados:Encontraremos aqueles
que a família optar pela cremação ou
existem aspectos religiosos;
 Óbitos não Atestados:Mortes violentas ou
de causas desconhecidas:O corpo deverá
ser encaminhado para o IML.
O- Equipe Médica Especialista à Distância

Há serviços onde especialistas podem


não estar presentes.Para estas situações
devem existir rotinas para
encaminhamentos a outros serviços ou
acionar à equipe a distância se for o caso.
É importante que o enfermeiro registre
(documente) em impresso próprio do
serviço o horário da chamada.
P-Transferência Externa:Recebimento de
outro Serviço

Nesta rotina devem estar previsto quem


e o meio que se estabelecerá este
contato e a capacidade da instituição
receber o paciente,seja pelo aspecto da
necessidade de especialistas e de
equipamentos,seja pela ocupação da
área de atendimento.
Q-Transferência Externa:Encaminhamento
para outros serviços
Os critérios para procurar outros serviços
também levam em consideração aspectos
da gravidade e da estabilidade do
paciente,do preparo do serviço para
receber,da disponibilidade de vagas e da
aceitação pelos critérios de
regionalização(serviço público)ou de
convênios (serviços particulares).
R-Transferência Interna

Tem como objetivo abordar o meio de


transporte conforme a gravidade ou
necessidade física,e,também quanto a
necessidade ou não de materiais de
apoio,equipamentos e de pessoal.
S- Registros de Pertences

A guarda de objetos dos pacientes é uma


preocupação constante,principalmente
quando o paciente está inconsciente.A
área de emergência tem um fluxo de
pessoas diferentes que não fazem parte
da equipe hospitalar,o que facilita a perda
de objetos de forma intencional.
T- Aplicação de Medicamentos
Os serviços de emergência também são
procurados para aplicação de medicamentos
receitados e que não podem ser aplicados
em farmácia.Esta rotina envolve:
 Validade da receita,assinatura e carimbo do
médico;
 Medicamento trazido pelo paciente ou aplica
o medicamento oriundo da farmácia do
hospital
V- Controle de Psicotrópicos

Medicamentos psicotrópicos são


freqüentes em serviços de emergência.
Cuidados que deverão ser tomados:
 Gaveta com difícil acesso e trancada;
 Chave com o Enfermeiro e deverá passar
para o próximo plantão;
 Quando usá-lo guardar o casco.
W-Atendimento aos
acompanhantes/Familiares ou Não

Dê suma importância para humanização


do atendimento,a presença de
acompanhantes ou familiares deve ser
criteriosa para não prejudicar o
andamento do serviço.
Orientações por telefone devem ser
gerais e sem aprofundamento.
1-ANA MARIA CALIL SALLUM,WANA YEDA
PARANHOS.O Enfermeiro e as situações de
Emergência.2º edição.São Paulo:Atheneu,2010
2-FABIO LUÍS PETERLINI...[et al.].Emergências
Clínicas e Cirúrgicas.Rio de Janeiro:Elsevier,2010
3- ALESSANDA MORISHITA... [et al.]. Concepção de
Triagem X Demanda Crescente do Atendimento
em Unidades de Urgência e Emergência
4- RUBIA MARIA ALBINO... [et al.]. Classificação de
risco: Uma necessidade inadiável
em um serviço de emergência de qualidade
1-SALLUN,Ana Maria Kalil...[et al.].O Enfermeiro e
as situações de emergência.2º edição.São
Paulo:Atheneu,2010
2- PETERLINI,Fabio Luís...[et al.].Emergências
Clínicas e Cirúrgicas.Rio de
Janeiro:Elsevier,2010
3- BECKER,Eunice.Perfil dos Pacientes usuários
de um serviço de urgência e
emergência.TCC(conclusão de curso)-Centro
Universitário FAEVALE,Novo Hamburgo,2009.
4- ALBINO,Rubia Maria... [et al.]. Classificação de
risco: Uma necessidade inadiável
em um serviço de emergência de qualidade.

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